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CHIQUINHA GONZAGA

Francisca Neves Gonzaga nasceu em 17 de outubro de 1847, no Rio de


Janeiro, filha do marechal do Exército, imperial brasileiro, Basileu Neves
Gonzaga e Rosa de Lima Maria, filha alforriada da escrava mestiça Tomásia.
Afilhada de Luís Alves de Lima e Silva, o Duque de Caxias Iniciou seus estudos
ao piano com o maestro Elias Álvares Lobo. Aos 11 anos inicia sua carreira
composicional com a “Canção dos Pastores, frequentava rodas de lundu,
umbigada e outros ritmos originários da África. Considerada a primeira
compositora popular brasileira. Além de regente e pianista, foi a primeira
musicista de choro, autora de “Ó Abre alas, obra criada na virada do século XIX
para o XX, considerada a primeira marcha carnavalesca com letra na história,
composta para um desfile do cordão Rosa de Ouro, no Rio de Janeiro, bairro
do Andara. Foi uma das primeiras mulheres a viver profissionalmente da
música, atuando também como professora particular, e pianista no conjunto do
flautista Joaquim Callado. Sua obra é estimada em cerca de duas mil canções
e 77 partituras para peças teatrais. Uma personalidade feminina da história da
música brasileira que escreveu o seu nome na história nacional. Como
maestrina somou mais de setenta peças de teatro em gêneros variados. Sua
estreia no teatro foi com a opereta “A corte na Roça” no Teatro Príncipe
Imperial. Em 1889, regeu no Imperial Teatro São Pedro de Alcântara, um
concerto de violões, vendia partituras de porta em porta buscando recursos
para a Confederação Libertadora, comprou a alforria de José Flauta, escravo
músico. Escreveu para teatro de variedades e revista, e após sofrer exploração
abusiva de seu trabalho, passou a lutar pelo reconhecimento do direito autoral,
fundando em 1917, a primeira Sociedade Brasileira protetora e arrecadadora
de direitos autorais do país, também militante da causa abolicionista. Por meio
de convênio firmado com a Sociedade Brasileira de Autores Teatrais em
outubro de 2005, o Instituto Moreira Salles tornou-se responsável pelo acervo
da compositora. Dada a sua importância no cenário da música popular
brasileira, comemora se o Dia Nacional da Música Popular Brasileira no dia 17
de outubro, data do seu aniversário. Chiquinha Gonzaga faleceu aos 87 anos
de idade no Rio de Janeiro, em 28 de fevereiro de 1935.Obras

Música Popular brasileira

- Atraente (1877) - polca

- Corta-Jaca (1895) - maxixe (ou tango brasileiro)

- Ó Abre Alas (1899) - marcha carnavalesca

- A corte na Roça - opereta


A música "Corta-jaca" foi executada ao violão, por Nair de Tefé, esposa do
presidente Hermes da Fonseca, em uma recepção no Palácio do Catete,
residência oficial da Presidência da República, quebrando o protocolo, pelo fato
de se tratar de uma música popular e ainda tocada em um instrumento
marginalizado na época. https://www.youtube.com/watch?v=Eo8rNQ9x4u8

Aclamada pelo público e pela crítica, com o reconhecimento do seu


trabalho, com sua atuação na transição entre a música estrangeira e a
nacional nas primeiras décadas do século XX.

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