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ALCIONE

Alcione Dias Nazareth é uma cantora, compositora e multi-instrumentista.

Alcione nasceu em São Luís, Maranhão, incentivada por seu pai a aprender
música, começou a estudar clarinete e trompa aos nove anos.

Querendo novas oportunidades, foi para o Rio de Janeiro onde conseguiu crescer
profissionalmente, participando de concursos, festivais musicais e programas de
televisão.

Alcione começou a participar dos carnavais em 1974 onde foi convidada pela
Estação Primeira de Mangueira para desfilar e desde então participa ativamente do
carnaval interpretando sambas de enredo de algumas escolas.

Alcione disse recentemente em uma entrevista ao programa “Conversa com Bial''


que sofreu muito com preconceito e racismo ao longo de sua carreira,
principalmente no início, mas que não deixou se abalar pelos diversos comentários.
LUIZ GONZAGA
Luiz Gonzaga do Nascimento, mais conhecido somente como Luiz Gonzaga ou, rei do
baião, foi um sanfoneiro/compositor negro, nordestino, nascido na cidade de Exú,
interior de Pernambuco no ano de 1912, segundo de nove filhos.

Luiz foi para o Ceará onde se alistou ao exército brasileiro, lá ele aprendeu a tocar
corneta e por tocar bem ganhou o apelido de “BICO DE AÇO”. As grandes
oportunidades aconteceram quando ele decidiu tocar músicas da sua terra.

Em sua trajetória contou com a parceria de grandes compositores, seu sucesso nacional
e internacional, campeão na venda de discos aconteceu por sua voz, toque da sanfona,
letras das músicas, suas roupas marcantes, se tornando referência da cultura nordestina
para o nosso País. Luiz morreu em 1989 após lutar por um bom tempo contra um
câncer de ossos.

Um dos momentos que marcou sua trajetória foi um episódio de racismo sofrido em
São Paulo, em 1951, quando foi impedido de entrar na rádio Gazeta para assistir um
programa no qual havia sido convidado pelo apresentador.
MILTON NASCIMENTO

Milton é um cantor, compositor e multi-instrumentista brasileiro, reconhecido mundialmente como um


dos mais talentosos músicos da MPB.

Nascido em uma favela do bairro da Tijuca no Rio de Janeiro, sua mãe era empregada doméstica -
Maria do Carmo do Nascimento, que foi abandonada grávida por seu primeiro namorado -.

Maria tentou criar Milton com ajuda de sua mãe, viúva, também empregada doméstica. No entanto,
ainda muito jovem, desenvolveu um quadro de depressão e morreu de tuberculose, antes mesmo de
Milton completar dois anos - que ficou entregue aos cuidados da avó materna.

Segundo Milton, quando pequeno, sofria preconceito por sua cor: “acredito que minha consciência
política tenha aflorado durante minha primeira infância em Três Pontas-MG. Eu era proibido de entrar
no clube da cidade por ser negro. Isso era tão comum que quando tinha um show, ficava do lado de fora
do clube ouvindo o som. Na época, eu tinha 14 anos."

“Teve também uma vez que meu pai adotivo, Seu Zino, precisou pegar um revólver para me defender de
outro caso de racismo. Sempre enfrentei muita coisa nesse sentido, então esse sentimento apareceu
muito cedo pra mim”.
Joaquim Antônio Callado
Joaquim Antônio da Silva Callado foi um excepcional flautista e compositor; ele é
comumente chamado de “pai dos chorões” pois é considerado o criador do gênero.

Nascido na cidade imperial em 1848, desde pequeno já vivia no meio musical dado o fato de
seu pai ser pistonista, professor de música e mestre de banda na Sociedade Carnavalesca dos
Zuavos.

Aprendeu piano e flauta com seu pai ainda quando criança; aos seus 15 anos, se apresentou
pela primeira vez em concerto, tendo escrito uma de suas primeiras composições
(Querosene) em 1863. Em 1866 conheceu o maestro Henrique Alves de Mesquita, onde teve
aulas de regência, harmonia e composição, o que ajudou muito em sua formação musical.

Um ano depois conheceu e se casou com Feliciana Adelaide Callado, com quem teve três
filhas e um filho. Para sustentar sua família, Joaquim se tornou oficialmente músico
profissional: foi o segundo flautista no Teatro Ginásio Dramático, onde se apresentou para a
família imperial. Mais tarde, Joaquim formou seu próprio conjunto de choro em 1870
conhecido como Choro Carioca ou Choro do Callado.

Sua carreira de sucessos foi encerrada rapidamente quando Joaquim adoece e morre em 20
de março de 1880 aos 31 anos de idade, deixando quatro filhos e sua esposa.
PIXINGUINHA
Alfredo da Rocha Vianna Filho, mais conhecido como Pixinguinha, foi um instrumentista,
compositor, orquestrador e maestro. Sua vasta obra musical abrange gêneros como valsa, polca,
jazz, maxixe, samba e, sobretudo, o choro.

Começou seus estudos na música ainda criança por influência de seu pai que era flautista, ainda
pequeno já dominava conhecimentos de teoria musical e tocava cavaquinho, flauta e bandolim.

Na adolescência participava de alguns grupos e orquestras na cidade do Rio de Janeiro e


frequentava a então casa da Tia Ciata que foi um dos locais mais importantes para a criação e
desenvolvimento do samba.

Com seu grupo de Choro gravaram as primeiras músicas desse gênero musical “Sofres porque
Queres” e “Rosa”. E com o grupo Oito Batutas tocando nos cinemas do centro, inovam trazendo
repertórios como o maxixe, choro e canções sertanejas para esses locais onde se tocava apenas
músicas “finas” como valsas e tangos.

Pixinguinha foi um dos maiores e mais importantes na expansão e divulgação do Choro,


privilegiando a atmosfera nacional, suas obras marcantes expunham brasilidade em suas
composições, deixa uma importante contribuição na orquestração e na música popular brasileira
da primeira metade do século XX.
GILBERTO GIL
Nascido em Salvador, em 26 de junho de 1942, Gilberto Passos Gil Moreira é um cantor, compositor, multi-instrumentista, produtor musical
e político.

É também conhecido por sua contribuição na música brasileira e por ser vencedor de muitos prêmios como o Grammy Awards, Grammy
Latino e galardoado pelo governo francês com a Ordem Nacional do Mérito. Em 1999, foi nomeado como Artista pela Paz, pela UNESCO.

Aos três anos de idade, o menino já manifestava seu desejo de ser músico, fascinado com os sons da banda local, do sanfoneiro Cinézio e
dos cantadores e violeiros- remanescentes dos trovadores medievais, cantam versos de improviso, fazendo desafios entre si, contando
estórias e história nos pontos mais longínquos do interior. Era uma das principais fontes de informação da população nordestina do Brasil.
Seus versos eram feitos impressos em cordéis.

Enquanto cursava a faculdade, Gilberto Gil promoveu e participou em eventos de vanguarda, como o Seminário de Música, dirigido pelo
professor e compositor Hans-Joachim Koellreutter, que dá ao jovem o contato com a música erudita contemporânea. Em dezembro de 1964
se formou em administração de empresas, e em janeiro do ano seguinte, mudou-se para São Paulo, com o objetivo de prestar um processo
seletivo para a Gessy Lever.

Assim como Milton, Gilberto Gil também sofreu racismo: "Os brancos exerciam sua hegemonia silenciosamente, tranquilamente, sem
perturbação nenhuma. Até bem pouco tempo atrás escravizavam, massacravam, matavam, faziam o que queriam sem que ninguém dissesse
nada. Agora não, agora as vozes estão divididas, estão compartilhadas."

Ele relata que teve um despertar relativamente tardio para a identidade negra, para o sentimento de negritude: "A distinção de raça para mim
só veio já a partir da adolescência. Até ali eu vivia numa família de classe média, pequeno burguesa, mãe professora, pai médico, figuras
importantes nas microssociedades em que o racismo era nada, não existia."

Foi na adolescência em Salvador e como jovem adulto em São Paulo — onde trabalhou na companhia Gessy Lever após se graduar em
administração — que Gil vivenciou episódios abertamente racistas. "Sofri discriminação por parte de alguns colegas e de alguns professores.
Manifestações negativas em relação a minha presença nas salas de aula e coisas desse tipo."

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