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PESSOAS AFROBRASILEIRA

IMPORTANTE PARA O
BRASIL
MACHADO DE
ASSIS
BIOGRAFIA

• Machado de Assis (Joaquim Maria Machado de Assis), jornalista, contista, cronista, romancista, poeta e teatrólogo, nasceu no
Rio de Janeiro, RJ, em 21 de junho de 1839, e faleceu também no Rio de Janeiro, em 29 de setembro de 1908. É o fundador da
cadeira nº. 23 da Academia Brasileira de Letras. Velho amigo e admirador de José de Alencar, que morrera cerca de vinte anos
antes da fundação da ABL, era natural que Machado escolhesse o nome do autor de O Guarani para seu patrono. Ocupou por
mais de dez anos a presidência da Academia, que passou a ser chamada também de Casa de Machado de Assis. Filho do pintor
e dourador Francisco José de Assis e da açoriana Maria Leopoldina Machado de Assis, perdeu a mãe muito cedo, pouco mais
se conhecendo de sua infância e início da adolescência. Foi criado no Morro do Livramento. Sem meios para cursos regulares,
estudou como pôde e, em 1854, com 15 anos incompletos, publicou o primeiro trabalho literário, o soneto “À Ilma. Sra.
D.P.J.A.”, no Periódico dos Pobres, número datado de 3 de outubro de 1854. Em 1881 saiu o livro que daria uma nova direção
à carreira literária de Machado de Assis - Memórias póstumas de Brás Cubas, que ele publicara em folhetins na Revista
Brasileira de 15 de março a 15 de dezembro de 1880. Revelou-se também extraordinário contista em Papéis avulsos (1882) e
nas várias coletâneas de contos que se seguiram. Em 1889, foi promovido a diretor da Diretoria do Comércio no Ministério em
que servia.
OBRAS LITERÁRIA
CAROLINA
MARIA DE JESUS
BIOGRAFIA

• Carolina Maria de Jesus nasceu em 14 de março de 1914, na cidade de Sacramento, em Minas Gerais, numa comunidade rural, de
pais analfabetos. Era filha ilegítima de um homem casado e foi maltratada durante toda sua infância. Aos sete anos, sua mãe a
obrigou a frequentar a escola, depois que a esposa de um rico fazendeiro decidiu pagar seus estudos, mas ela interrompeu o curso
no segundo ano, tendo já conseguido aprender a ler e a escrever e desenvolvido o gosto pela leitura. Em 1937, sua mãe morreu e
ela se viu impelida a migrar para a metrópole de São Paulo. Carolina construiu sua própria casa, usando madeira, lata, papelão e
qualquer material que pudesse encontrar. Saía todas as noites para coletar papel, a fim de conseguir dinheiro para sustentar a
família. Em 1947, aos 33 anos, desempregada e grávida, Carolina instalou-se na extinta favela do Canindé, na zona norte de São
Paulo.

• Em 1949, deu à luz seu primeiro filho, João José de Jesus, o que fez que perdesse seu emprego, voltando a ser catadora. Teve
ainda mais dois filhos: José Carlos de Jesus nascido em 1950 e Vera Eunice de Jesus nascida em 1953.Ao mesmo tempo em que
trabalhava como catadora, registrava o cotidiano da comunidade onde morava nos cadernos que encontrava no material que
recolhia, que somavam mais de vinte. Um destes cadernos, um diário que havia começado em 1955, deu origem a seu livro mais
famoso, Quarto de Despejo: Diário de uma Favelada, publicado em 1960.
OBRAS
LITERÁRIAS
DJAMILA TAÍS
RIBEIRO
BIOGRAFIA
• Djamila Taís Ribeiro dos Santos (Santos, 1 de agosto de 1980) é uma filósofa, feminista negra, escritora e acadêmica brasileira. É pesquisadora e
mestra em Filosofia Política pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Tornou-se conhecida no país por seu ativismo na Internet, atualmente
é colunista do jornal Folha de S. Paulo.
• Djamila Ribeiro é a caçula das quatro crianças de Joaquim José Ribeiro dos Santos e Erani Benedita dos Santos Ribeiro. O pai era estivador, ativista
do movimento negro e um dos fundadores do Partido Comunista na Baixada Santista. Sua mãe trabalhava como empregada doméstica e foi quem a
iniciou no Candomblé quando ela tinha 8 anos. Iniciou o contato com a militância ainda na infância. Uma das grandes influências foi o pai, um
homem que mesmo com pouco estudo formal, era culto.
• Aos 18 anos se envolveu com a Casa da Cultura da Mulher Negra, uma organização não governamental santista, e passou a estudar temas
relacionados a gênero e raça. Em maio de 2001, sua mãe faleceu por decorrência de câncer no rim, quando Djamila tinha 20 anos. No ano seguinte,
seu pai foi diagnosticado com mieloma múltiplo, uma espécie de câncer de medula que não tem cura, falecendo quando ela tinha 21 anos.Nos anos
que se seguiram, Djamila estudou jornalismo até engravidar de Thulane, aos 24 anos, quando abandonou a faculdade para se dedicar à família.
• Retomou os estudos sob protestos do esposo e de outros familiares, pois ela deixava a filha de 3 anos em escolinha em período integral para fazer a
faculdade em Guarulhos, a três horas de distância de Santos. Graduou-se em Filosofia pela Escola de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da
Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), em 2012, e tornou-se mestra em Filosofia Política na mesma instituição, em 2015, com ênfase em
teoria feminista.
OBRAS LITERÁRIAS
CONCEIÇÃO
EVARISTO
BIOGRAFIA
• Maria da Conceição Evaristo de Brito (Belo Horizonte, 29 de novembro de 1946) é uma linguista e escritora afro-brasileira. Agora aposentada, teve
uma prolífica carreira como pesquisadora-docente universitária. Conceição nasceu em 29 de novembro de 1946. Sua mãe, Joana Josefina Evaristo, a
teve na Santa Casa de Misericórdia de Belo Horizonte. Segundo relato da própria Conceição, trata como pai a Aníbal Vitorino, que se tornou seu
padrasto ainda na infância .De ascendência angolana, beninense, nigeriana, serra-leonina, ugandensa, sul-africana, norte-africana e indígena,
• viveu seus primeiros anos na favela do Pindura Saia, uma comunidade extinta na década de 1970, localizada da zona sul de Belo Horizonte. Sua
família era muito pobre e numerosa, tendo nove irmãos, sendo a segunda mais velha. Conceição foi criada na periferia, tendo sua mãe como principal
incentivadora da leitura. Joana Josefina Evaristo Vitorino colecionava cadernos de seus próprios escritos.
• .Prestou vestibular em 1987 para o curso de letras na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), conseguindo bolsa de pesquisas durante o
período. Formou-se no ano de 1990.No seio da universidade, ainda na década de 1980, entrou em contato com o grupo Quilombhoje, que a incentivou
a iniciar sua escrita. Estreou na literatura em 1990 com obras publicadas na série Cadernos Negros, publicada pela organização.
• Entre 1992 e 1996 cursou mestrado em letras-literatura brasileira pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio). Sua dissertação
chamava-se Literatura Negra: uma poética da nossa afro brasilidade e foi defendida em 1996.A partir de 1999 licenciou-se da prefeitura do Rio de
Janeiro e passou a lecionar na Universidade Federal Fluminense (UFF), mantendo este vínculo até o ano de 2011.Em 2008 ingressou no doutorado em
letras-literatura comparada da Universidade Federal Fluminense, concluindo os estudos em 2011
OBRAS LITERÁRIAS
SOLANO
TRINDADE
BIOGRAFIA
• Solano Trindade (Recife, 24 de julho de 1908 — Rio de Janeiro, 19 de fevereiro de 1974) foi
um poeta brasileiro, folclorista, pintor, ator, teatrólogo, cineasta e militante do Movimento Negro e do Partido Comunista. Morou e
trabalhou em Recife, Rio de Janeiro, São Paulo e Embu das Artes. Filho do sapateiro Manuel Abílio Trindade e de Emerenciana Maria
de Jesus Trindade. Foi operário, comerciário e colaborou na imprensa. Nasceu no bairro São José em Recife/PE, estudou no Colégio
Agnes Americano, onde fez o curso de teatro. Em 1935, casou-se com Margarida Trindade com quem teve 4 filhos. No ano de 1934
idealizou o I Congresso Afro-Brasileiro no Recife, Pernambuco, e participou em 1936 do II Congresso Afro-Brasileiro
em Salvador, Bahia.
• Mudou-se para o Rio de Janeiro, nos anos 40 e logo depois para a São Paulo, onde passou a maior parte de sua vida no convívio de
artistas e intelectuais. Participou de um grupo de artistas plásticos com Sakai de Embu onde integrou na produção artística a cultura
negra e tradições afro-descendentes. O poeta foi homenageado com o nome em uma escola e uma rua na região central do município.
• Trabalhou no filme A Hora e Vez de Augusto Matraga de Roberto Santos.
• A produção poética publicada por Solano Trindade ficou registrada em um livro organizado por sua filha Raquel Trindade, em 1999.
Sua poesia registra a sua biografia marcada pela paixão pelas mulheres, uma identidade racial e social identificada com negros e com
as classes populares e o compromisso com a defesa do que convencionou chamar de tradições culturais do seu povo.
• Compromisso presente na produção e encenação de seus espetáculos ligados à cultura popular com o grupo Teatro Popular Brasileiro.
O grupo deu origem ao Teatro Popular Solano Trindade, em Embu das Artes, onde sua família mantém viva a memória e a obra do
poeta.
OBRAS LITERÁRIAS
AQUALTUNE
BIOGRAFIA

• Aqualtune é uma figura histórica associada à resistência contra a escravidão no Brasil, mas sua biografia é envolta em
lendas e informações fragmentadas. Ela era uma princesa do Reino do Congo, conhecida por sua coragem e liderança.
Durante uma batalha contra os portugueses no século XVII, foi capturada e posteriormente vendida como escrava no
Brasil.
• Como escrava, Aqualtune tornou-se uma líder entre os cativos, inspirando revoltas e resistência. Sua participação mais
conhecida foi na liderança da revolta do Quilombo dos Palmares, um dos maiores refúgios de escravizados fugitivos no
Brasil colonial.
• A história registra Aqualtune como uma mulher de grande força e determinação, capaz de unir e liderar os oprimidos.
Sua coragem e liderança foram fundamentais na luta contra a opressão, tornando-a um símbolo de resistência e liberdade
na história brasileira. No entanto, informações detalhadas sobre sua vida são escassas, e a maior parte do que se sabe é
baseada em tradições orais e relatos históricos fragmentados. Sua importância está mais nas lendas e na inspiração que
sua história proporciona na luta contra a escravidão e pela igualdade.
ZUMBI DOS
PALMARES
BIOGRAFIA

• Zumbi dos Palmares é uma figura icônica na história do Brasil e na luta contra a escravidão. Ele nasceu livre em Palmares, uma
comunidade de quilombolas, mas foi capturado na infância e levado como prisioneiro para a capitania de Pernambuco. Foi
entregue a um padre português, que o batizou com o nome de Francisco.

• Zumbi foi criado por esse padre por alguns anos, mas fugiu e retornou a Palmares. Lá, tornou-se líder do quilombo e foi
fundamental na resistência contra as investidas dos colonizadores portugueses, mantendo Palmares como um importante refúgio
para os escravizados fugitivos.

• Sua liderança, coragem e habilidade militar inspiraram a comunidade a resistir por décadas. No entanto, em 1694, após sucessivos
ataques, Palmares foi invadido e Zumbi foi morto em combate.

• Zumbi dos Palmares é lembrado como um símbolo de resistência e luta pela liberdade. Sua história inspira a busca por igualdade
e justiça, sendo um ícone na luta contra a escravidão e um exemplo de coragem e liderança na defesa dos direitos humanos.
DANDARA DOS
PALMARES
BIOGRAFIA
Dandara foi uma figura proeminente na luta contra a escravidão no Brasil colonial. Ela era esposa de Zumbi dos
Palmares e desempenhou um papel crucial na resistência quilombola.
Apesar da escassez de informações detalhadas sobre sua vida, Dandara é lembrada como uma mulher de grande
coragem e determinação. Ela não apenas apoiou Zumbi em suas estratégias de resistência contra os colonizadores
portugueses, mas também desempenhou um papel ativo na defesa do Quilombo dos Palmares.
Dandara é celebrada por sua força, liderança e participação na luta pela liberdade dos escravizados. Sua história inspira
a busca pela igualdade e justiça, representando não apenas a resistência feminina, mas também a resistência coletiva e a
determinação na luta por direitos humanos.
LUÍS GONZAGA
PINTO DA GAMA
BIOGRAFIA

Luiz Gama foi uma figura importante na história brasileira, reconhecido por sua atuação como abolicionista, advogado e
escritor. Filho de uma africana livre e um fidalgo português, ele nasceu escravizado, mas conquistou sua liberdade por meio
de suas próprias ações.
Gama foi autodidata, aprendeu a ler e escrever por conta própria, tornando-se um advogado renomado, principalmente na
defesa de escravizados que buscavam liberdade. Sua atuação no campo jurídico foi fundamental para libertar centenas de
escravizados por meio de petições, argumentando que muitos eram ilegalmente mantidos em cativeiro.
Além de seu trabalho como advogado, Gama também foi um prolífico escritor e ativista abolicionista, defendendo a causa da
abolição da escravidão no Brasil. Sua coragem, conhecimento jurídico e comprometimento com a justiça o tornaram uma
figura notável na luta pelos direitos humanos e na história da abolição da escravatura no Brasil.
DRAGÃO DO MAR
(FRANCISCO
JOSÉ)
BIOGRAFIA

Dragão do Mar, cujo nome verdadeiro era Francisco José do Nascimento, foi uma figura essencial na luta pela abolição da
escravidão no Ceará, Brasil, no final do século XIX.
Como líder comunitário e jangadeiro, ele se destacou por sua coragem e determinação em se opor ao embarque de escravizados nos
navios negreiros que partiam do porto cearense. Ele liderou um movimento de resistência, recusando-se a permitir que as jangadas
transportassem escravizados para esses navios.
Sua ação direta e protestos pacíficos foram fundamentais para a promulgação da Lei Áurea, que aboliu a escravidão no Brasil em
1888. Dragão do Mar é lembrado como um herói popular e uma figura crucial na luta pela liberdade, tanto no Ceará quanto em todo
o país. Sua coragem e ação direta ajudaram a acelerar o fim de uma das instituições mais opressivas da história brasileira.

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