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27 personalidades negras que fizeram a diferença no Brasil

Políticos, cantores, atores, artistas, atletas, escritores, muitos foram os ativistas que
ajudaram na luta pela inserção social dos negros. Reunimos aqui uma lista de grandes
personalidades das mais variadas gerações que contribuíram de forma significativa
para a diminuição da desigualdade racial no nosso país.
1. Zumbi dos Palmares (1655-1695)

Talvez a personalidade negra mais importante da nossa história seja o líder da


resistência negra Zumbi dos Palmares, que nasceu no Quilombo dos Palmares (região
de Alagoas). 
No Quilombo, que foi um verdadeiro centro de resistência escravocrata, chegaram a
viver cerca de trinta mil negros que escaparam dos seus senhores. 
Durante aproximadamente dezoito anos, Zumbi defendeu o seu Quilombo contra
capitães que queriam destruir a comunidade e recuperar os escravos fugitivos que
haviam perdido.
A morte de Zumbi foi trágica: denunciado por um dos companheiros, foi capturado,
morto e degolado. A sua cabeça ficou exposta em praça pública para desencorajar
outros escravos de se rebelarem.
O Dia da Consciência Negra - dia do assassinato brutal de Zumbi - é lembrado até os
dias de hoje no Brasil.
Descubra a biografia completa de Zumbi dos Palmares.
2. Machado de Assis (1839-1908)

Considerado por muitos como o maior escritor brasileiro de todos os tempos, e um dos
maiores da literatura de língua portuguesa, Joaquim Maria Machado de Assis teve uma
origem difícil. 
Nascido no berço de uma família pobre carioca, o futuro grande escritor precisou
trabalhar cedo e foi um autodidata. Um dos seus primeiros empregos foi como aprendiz
de tipógrafo. Depois de publicar o seu primeiro conto - aos 16 anos - não parou mais
de escrever tendo criado romances, crônicas, poemas, textos dos mais variados
gêneros.
Atuando também como tradutor e jornalista, Machado deixou um legado ímpar na
nossa literatura. Ativista, o intelectual foi também o fundador (e primeiro presidente) da
Academia Brasileira de Letras.
Conheça a trajetória de Machado de Assis.
3. Milton Santos (1926-2001)

O maior geógrafo do Brasil ficou conhecido internacionalmente tendo chegado a dar


aulas em uma série de universidades estrangeiras.
Milton Santos nasceu na Bahia e, como era filho de professores, começou a dar aulas
desde cedo, ainda com 13 anos. Depois de se formar em direito, foi fazer um
doutorado na área que sempre despertou a sua paixão: a geografia.
Durante a ditadura militar foi perseguido no Brasil e se exilou na França. Reconhecido
pelo seu trabalho, Milton Santos recebeu o título de doutor honoris causa por mais de
20 instituições no Brasil e no exterior. Ele foi também o único brasileiro a receber o
prêmio Vautrin Lud (o Nobel da Geografia), em 1994.  
Saiba mais sobre o percurso de Milton Santos.
4. Carolina Maria de Jesus (1914-1977)

Uma importante escritora do Brasil, Carolina Maria de Jesus foi autora de uma das
grandes obras da nossa literatura: Quarto de Despejo: diário de uma favelada.
Com uma história de vida difícil, Carolina nasceu no interior de Minas Gerais, era neta
de escravos e filha de uma lavadeira analfabeta. 
A família, numerosa (Carolina tinha sete irmãos), passou muita necessidade. A jovem
só pode estudar porque teve a ajuda de uma das patroas da mãe. Quando se mudou
com a família para São Paulo, Carolina trabalhou como lavradora, empregada
doméstica, faxineira e catadora de papel. 
Mãe de três filhos, ela viveu na favela do Canindé. Nas horas livres Carolina escrevia
e, em 1941, teve um poema publicado no jornal Folha da Manhã. Um dos repórteres
descobriu o seu talento e ajudou a escritora a publicar o seu diário anos mais tarde. 
Lançado em 1960, o livro autobiográfico fez tanto sucesso de público como de crítica. 
Conheça o percurso de Carolina Maria de Jesus.
5. Pixinguinha (1897-1973)

Mestre do choro, o carioca Alfredo da Rocha Vianna Filho, conhecido como


Pixinguinha, era um músico de mãos cheias. É dele a música Carinhoso, que
permanece no imaginário do brasileiro até os dias de hoje.
Filho de um flautista, começou a compor com apenas treze anos. Aos quinze já era
membro da orquestra do Teatro Rio Branco. Pixinguinha tocava flauta, cavaquinho,
saxofone e uma série de instrumentos.
Além de ter feito sucesso no Brasil, o músico fez uma série de turnês no exterior.
Se quiser saber mais sobre a história do artista vá para a biografia Pixinguinha.
6. Aleijadinho (1738-1814)

Escultor, entalhador e arquiteto, Aleijadinho foi um dos maiores criadores do Brasil


colonial. As suas obras podem ser admiradas até os dias de hoje nas cidades mineiras
de Ouro Preto, Mariana, São João del Rei e arredores.
Filho bastardo de pai escultor e carpinteiro, Aleijadinho aprendeu o ofício em casa ao
ver o pai trabalhando especialmente na madeira e com figuras religiosas. O seu pai,
Manuel Francisco Lisboa, teve Aleijadinho da relação que manteve com a escrava que
possuía, Isabel. 
Aleijadinho viveu durante um período de ouro da região de Minas Gerais. 
Com muitas obras - principalmente religiosas - o seu trabalho como entalhador e
projetista foi encomendado com bastante frequência. O estilo de Aleijadinho era
principalmente o rococó e o barroco. 
Quer saber mais sobre o artista? Então consulte a biografia de Aleijadinho.
7. Grande Otelo (1915-1993)

O ator Grande Otelo foi um dos maiores das artes cênicas brasileira no século XX. Os
seus trabalhos, especialmente com Oscarito, fizeram muito sucesso no cinema. 
Sebastião Bernardes de Souza Prata nasceu em Minas Gerais e começou a
representar nas festas populares. Quando tinha sete anos participou de uma
apresentação do circo e ganhou de vez o gosto pela atuação.
Depois de ter ficado órfão de pai se mudou para São Paulo e entrou na Companhia de
Teatro  Mambembe. A partir de então não parou mais de trabalhar: atuou nas grandes
estações de rádio e nos principais canais de televisão do país além de ter
protagonizado uma série de filmes. 
Grande Otelo protagonizou um marco importante: os negros não podiam entrar pela
porta da frente nos cassinos, esse evento só foi superado depois que Grande Otelo foi
contratado para atuar em um deles.
Desvende mais sobre a carreira de Grande Otelo.
8. Maria Firmino dos Reis (1825-1917)

A primeira romancista brasileira nasceu em São Luís do Maranhão, da união entre um


pai negro e uma mãe branca. 
Criada por uma tia, teve acesso à educação formal e quando tinha 25 anos passou
num concurso e se tornou professora primária.
Aos 34 anos publicou a sua primeira obra, chamada Úrsula (1859). Esse foi o primeiro
romance lançado por uma mulher no nosso país e teve a particularidade de ser
também o primeiro livro antiescravagista publicado em solo brasileiro. 
Além desse romance, lançou uma série de contos e um livro de poemas. Maria Firmino
continuou dando aulas enquanto trabalhava como professora. 
9. Bezerra da Silva (1927-2005)

Cantor e compositor, Bezerra da Silva começou na área da música tocando trompete.


Foi militar, trabalhou como pintor de paredes e na construção civil. Sem conseguir se
sustentar viveu mesmo como mendigo, no Rio de Janeiro, durante sete anos. 
Depois de conseguir se estabelecer numa favela na Gávea, zona sul carioca, começou
a participar em discos de sambistas importantes como Clementina de Jesus. Com a
visibilidade foi parar na rádio nacional, onde vendeu o concurso de carnaval de 1965.
Quatro anos mais tarde lança o seu primeiro compacto e permanece cantando na
rádio. Integra também a orquestra da Rede Globo e vai crescendo na carreira. 
Bezerra da Silva chegou a receber 11 discos de ouro e três de platina. 
10. Nilo Peçanha (1867-1924)
Presidente do Brasil, Nilo Peçanha governou entre 1909 e 1910 depois da morte do
então presidente Afonso Pena. Como vice, assumiu o cargo a meio do mandato. 
Formado em Direito, atuou como advogado e se tornou político tendo virado deputado
no Congresso Constituinte em 1890. 
Em 1903 virou Presidente do Estado do Rio de Janeiro. Com a morte do presidente
eleito, Nilo Peçanha se tornou o sétimo presidente do Brasil. 
Entre as suas principais conquistas, Nilo Peçanha conseguiu implementar o ensino
técnico no país e foi responsável por fazer o saneamento básico na baixada
fluminense. 
Saiba mais sobre o percurso de Nilo Peçanha.

11. André Rebouças (1838-1898)


André Rebouças fez história ao se tornar o primeiro negro formado pela Escola Militar.
Filho de um advogado mulato que se tornou deputado pela Bahia,  André e o irmão
eram ótimos alunos e ganharam uma bolsa de estudos na Europa. 
Ambos estudam engenharia civil tanto na França e na Inglaterra. De volta ao Brasil, em
1863, os irmãos são convidados pelo então ministro da Guerra para vistoriarem as
fortificações do litoral sul. André começa a fazer carreira no exército. 
Com bastante fama, é convidado em 1866 para dirigir a construção da obra das docas
do Rio de Janeiro. Foi ele que planejou as docas da Alfândega e da Gamboa. André
também deu aulas na Escola Politécnica. 
12. João da Cruz e Sousa (1861-1898)
O poeta mais importante do simbolismo brasileiro nasceu filho de escravos alforriados,
e portanto, veio ao mundo já com a condição de livre. O rapaz foi adotado por um
marechal e pela sua esposa e, ainda aos sete anos, começou a escrever poemas. 
Em 1877 começou a publicar em jornais locais e desde cedo foi um personagem
importante na campanha abolicionista. Escreveu durante muitos anos para o Jornal
Tribuna Popular.
Por ser negro, sofreu um enorme preconceito social. Em 1885 lançou a sua primeira
obra literária e assumiu a direção do jornal O moleque. 
Ao longo da vida trabalhou como jornalista e arquivista. Em termos literários teve um
papel importantíssimo porque rompeu com o parnasianismo e inaugurou o movimento
simbolista no Brasil.
Conheça mais a biografia de Cruz e Sousa.
13. Mãe Menininha do Gantois (1894-1986)
Nascida em Salvador, descendente direta de escravos libertos, Mãe Menininha
assumiu pela primeira vez o Terreiro do Gantois quando tinha 28 anos. Os seus
antepassados fundaram o primeiro terreno Nagô do Brasil no ano de 1849.
Maria Júlia da Conceição Nazareth foi a primeira mãe-de-santo famosa no nosso país
e era a avó de Mãe Menininha.
Mãe Menininha foi fundamental na luta da aceitação e divulgação do candomblé no
Brasil e convidou brancos e católicos para conhecerem o terreiro. 
A religiosa ajudou a queda da Lei de Jogos e Costumes (de 1930), que proibia rituais
de acontecerem depois das 22 horas.
14. Ronaldinho Gaúcho (1980)

Destaque mundial no mundo do futebol, Ronaldinho Gaúcho foi durante dois anos
seguidos eleito o melhor jogador do mundo pela FIFA (em 2004 e 2005).
O craque deu os primeiros passos na carreira em 1997. Dois anos mais tarde foi
convocado para a seleção brasileira, onde colaborou durante muito tempo. 
Com uma carreira internacional jogou pelo Paris Saint-Germain, pelo Barcelona e pelo
Milan. No Brasil se destacou jogando no Flamengo e no Atlético Mineiro.
Conheça mais da biografia do jogador Ronaldinho Gaúcho.
15. Elza Soares (1930)

Conhecida pela voz rouca, Elza Soares é uma das maiores cantoras do Brasil apesar
da dura história de vida que teve.
A menina nasceu no subúrbio do Rio de Janeiro e era filha de um operário com uma
lavadeira. O pai, que cantava nas rodas de samba nos tempos livres, introduziu a
menina no mundo da música. 
Elza Soares trabalhou como encaixotadora numa fábrica de sabão e se casou quando
tinha apenas 12 anos. Ela fez o primeiro teste para a Rádio Tupi em 1953, no show de
calouros do famoso Ary Barroso, e ficou em primeiro lugar. 
A cantora atuou na Orquestra Garam Bailes, na Rádio Vera Cruz, participou do Festival
Nacional da Bossa Nova e foi representante do Brasil na copa do mundo do Chile. 
A BBC elegeu em 2000 Elza Soares como a melhor cantora do universo.
Aproveite para saber mais sobre a cantora consultando a biografia de Elza Soares.

16. Gilberto Gil (1942)


Cantor, músico, instrumentista e ministro da cultura, Gilberto Gil foi importante de
muitas formas para o Brasil.
A música entrou desde cedo na vida do artista - já com nove anos, Gil começou a
estudar música na Academia Regina. Em 1963 conheceu outros jovens talentosos:
Caetano Veloso, Maria Bethânia, Tom Zé e Gal Costa. Juntos, revolucionários, criaram
o Movimento Tropicalista.
Gilberto Gil participou dos históricos Festivais da Canção e foi um contestador dentro
da sua geração.
Com a ditadura, em 1969, foi obrigado a se exilar e só retornou ao Brasil em 1972.
Na política, Gil trabalhou como vereador na Câmara Municipal de Salvador (1989-
1992) e em 2003 foi nomeado para Ministro da Cultura (2003-2008).
Conheça a biografia completa Gilberto Gil.

17. Conceição Evaristo (1946)


A escritora e professora Conceição Evaristo é um dos maiores nomes da literatura
brasileira contemporânea e é uma das grandes ativistas do movimento negro. 
As suas publicações vão desde poemas, ensaios e até mesmo ficção. A moça teve
uma origem dura - Conceição é filha de uma lavadeira e não teve contato com o pai,
tendo sido criada pelo padrasto, que era pedreiro. 
A escritora começou a trabalhar como empregada doméstica aos oito anos de idade.
Formada em Letras, Conceição fez Mestrado e Doutorado e deu aulas em escolas e na
Universidade. Em 2018 ganhou o Prêmio de Literatura do Governo de Minas Gerais. 
18. Djamila Ribeiro (1980)

Nascida em Santos, Djamila atua como jornalista e é ativista do movimento negro, dos
direitos humanos e feminista. 
Com graduação e mestrado em filosofia política, a veia politizada e intelectual Djamila
herdou do pai, que, apesar de ter pouco estudo, era um militante comunista e levava
os três filhos desde pequeno para os atos políticos.
Além de ativista e pensadora, Djamila tem uma atuação bastante prática: a jovem já
ocupou cargos públicos e foi secretária-adjunta da Secretaria de Direitos Humanos e
Cidadania de São Paulo.
Conheça a biografia completa de Djamila Ribeiro.
19. Benedita da Silva (1942)

Ativista do movimento negro e feminista, Benedita fez toda a sua carreira na vida
pública. A política, que viveu no morro Chapéu Mangueira (no Rio de Janeiro) durante
57 anos, começou a atuar na comunidade através da Associação de Favelas do
Estado do Rio de Janeiro.
Benedita foi responsável por alfabetizar uma série de jovens adultos da comunidade
através do método Paulo Freire e, em paralelo, se manteve estudando tendo se
formado em Serviço Social e Estudos Sociais aos 40 anos.
Em 1979 foi uma das responsáveis pela criação do PT e três anos mais tarde foi eleita
a primeira vereadora do partido. Mais tarde, Benedita também se elegeu como
deputada, senadora e foi governadora do Rio de Janeiro. No primeiro governo Lula foi
também Ministra do Desenvolvimento Social.
Conheça a biografia de Benedita da Silva. 
20. Sueli Carneiro (1950)

Sueli Carneiro é uma das intelectuais e ativistas contemporâneas mais importantes do


país. Nascida em São Paulo, Sueli fez o doutorado em Educação pela USP e fundou o
Geledés Instituto da Mulher Negra.
A frente da instituição que milita pela consciência racial no Brasil, Sueli tem feito fortes
contribuições sociais. Ela também escreve regularmente livros e artigos: a autora já
tem mais de 150 artigos publicados além de 17 livros lançados pensando a situação
dos negros no país. 
Sueli Carneiro é uma referência de militância política do movimento negro.
21. Elisa Lucinda (1958)

Atriz, poeta, cantora, jornalista: Elisa Lucinda tem muitas facetas. Nascida em Vitória, a
artista se mudou para o Rio de Janeiro para trabalhar como atriz em 1986 e se
estabeleceu de vez na cidade.
O primeiro livro publicado, O semelhante (1994), virou peça de teatro onde declamava
os seus poemas. O mesmo se passou com várias outras publicações literárias de Elisa
Lucinda que foram adaptadas para os palcos.
A artista, multifacetada, mantém também uma associação no Rio de Janeiro que
promove saraus e estimula a declamação de poesias.
22. Abdias Nascimento (1914-2011)
Nascido no interior de São Paulo, Abdias foi professor, poeta, político, escritor e ator.
Ao longo de toda a vida procurou implementar políticas de afirmação do negro, tendo
militado já na década de quarenta no Movimento Negro Brasileiro.
Durante a ditadura foi obrigado a se exilar nos Estados Unidos onde deu aulas no
ensino superior. Quando regressou ao Brasil se elegeu deputado federal e senador. 
O seu legado ficou não só da memória daqueles que conviveram com Abdias como
também nos mais de vinte livros que o autor deixou publicados.
23. Leci Brandão (1944)
Leci Brandão nasceu no Rio de Janeiro e é cantora, compositora e política. Uma das
mais importantes intérpretes de samba e MPB, Leci começou a trabalhar com música
na década de setenta.
Na ocasião quebrou uma importante barreira ao se tornar a primeira mulher da ala de
compositores da escola de samba Mangueira. Apaixonada por carnaval, Leci foi
durante muitos anos comentarista dos desfiles na televisão. 
No campo político foi Conselheira da Secretaria Nacional de Políticas de Promoção da
Igualdade Racial (2004) e foi eleita deputada estadual por São Paulo (2010, 2014 e
2018). Leci foi a Segunda deputada negra da história da Alesp. 
24. Emicida (1985)

Leandro Roque de Oliveira, conhecido no meio artístico como Emicida, é um


importante cantor, compositor, apresentador de tv e artista plástico da nova geração. 
Formado em desenho, Emicida foi criado na zona norte de São Paulo e em paralelo
com o trabalho no campo das artes começou a criar letras de rap. Frequentou também
muitas batalhas de improvisação e se aventurou a escrever poemas. 
Emicida é um dos expoentes do ativismo negro brasileiro contemporâneo.
25. Milton Nascimento (1942)
Cantor e compositor, Milton Nascimento é dos nomes mais importantes da MPB.
Nascido no Rio de Janeiro, depois de perder a mãe foi viver com a avó em Minas
Gerais, onde foi criado.
Quanto tinha 13 anos começou a tocar violão, aos 15 criou um grupo com amigos e
passaram a se apresentar em bailes da região.
Em 1966 teve a sua primeira música gravada por Elis Regina. No ano a seguir, três
das suas criações foram classificadas para o Festival Internacional da Canção. 
Milton seguiu fazendo sucesso numa série de festivais e passou a ter uma forte
carreira nacional e internacional.
Reconhecido no Brasil e no exterior, Milton chegou a ganhar quatro Grammys.
Descubra mais sobre a trajetória de Milton Nascimento.
26. Marina Silva (1958)
Marina Silva é uma importante política e ambientalista do norte do Brasil, que chegou a
receber o prêmio Champions of the Earth, o maior prêmio da ONU pela sua luta em
defesa da Amazônia. Marina levou para casa também o prêmio da Fundação
Norueguesa Sophie e a Medalha Duque de Edimburgo.
Nascida no seringal, Marina passou enorme dificuldade e só aprendeu a ler e a
escrever aos 16 anos. 
Na política, ingressou em 1984, ao lado de Chico Mendes, com quem fundou a CUT
(Central Única dos Trabalhadores). 
Marina Silva foi vereadora, deputada estadual, senadora, Ministra do Meio Ambiente.
Tentou se eleger presidente nos anos de 2011, 2014 e 2018, mas perdeu todas as
campanhas presidenciais.   
Conheça mais sobra a biografia de Marina Silva. 
27. Glória Maria
A reconhecida jornalista Glória Maria nasceu no Rio de Janeiro, filha de um alfaiate
com uma dona de casa. Para se formar em jornalismo, precisou conciliar o seu horário
na universidade com o emprego de telefonista na Embratel.
Na televisão o seu primeiro grande trabalho foi como repórter na cobertura do
desabamento do Elevado Paulo de Frontin, em 1971, no Rio de Janeiro.
Na rede Globo participou de vários programas jornalísticos: Jornal Hoje, Bom Dia Rio,
RJTV, Jornal Nacional. Também integrou a equipe do Fantástico trabalhando como
apresentadora e fazendo matérias especiais.

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