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negritude na literatura e
na música brasileiras
O campo das artes é onde esse estatuto fica mais evidente para
nós.
LITERATURA - MÚSICA -ARTES PLÁSTICAS - ARQUITETURA -
DANÇA - CINEMA - TEATRO
Gregório de matos - SÉCULO xVII
TORNA A DEFINIR O POETA OS MAOS MODOS DE OBRAR NA GOVERNANÇA DA
BAHIA, PRINCIPALMENTE NAQUELA UNIVERSAL FOME, QUE PADECIA A CIDADE.
Que falta nesta cidade?…………………Verdade
Que mais por sua desonra……………..Honra
Falta mais que se lhe ponha…………..Vergonha.
O demo a viver se exponha,
Por mais que a fama a exalta,
Numa cidade, onde falta
Verdade, Honra, Vergonha.
[…]
Gregório de matos - SÉCULO xVII
Quais são os seus doces objetos?…………..Pretos
Tem outros bens mais maciços?…………….Mestiços
Quais destes lhe são mais gratos?…………..Mulatos.
Dou ao demo os insensatos,
Dou ao demo a gente asnal,
Que estima por cabedal
Pretos, Mestiços, Mulatos.
[…]
Gregório de matos - SÉCULO xVII
INDO O POETA PASSEAR PELA ILHA DA CAJAIBA,
ENCONTROU LAVANDO ROUPA A MULATA ANNICA E LHE
FEZ ESTE ROMANCE.
Achei Anica na fonte
lavando sobre uma pedra
mais corrente, que a mesma água,
mais limpa, que a fonte mesma.
[…]
Gregório de matos - SÉCULO xVII
Conchavamos, que eu voltasse
na segunda quarta-feira,
que fosse à costa da Ilha,
e não pusesse o pé em terra,
Que ela viria buscar-me
com segredo, e diligência,
para na primeira noite
lhe dar a sacudidela.
Gregório de matos - SÉCULO xVII
Depois de feito o conchavo
passei o dia com ela,
eu deitado a uma sombra,
ela batendo na pedra.
Tanto deu, tanto bateu
co’a barriga, e co’as cadeiras,
que me deu a anca fendida
mil tentações de fodê-la.
[…]
José de alencar - SÉCULO XIX
Eis um dos resultados benéficos do tráfico. Cumpre não esquecer, quando se
trata dessa questão importante, que a raça branca, embora reduzisse o africano
à condição de uma mercadoria, nobilitou-o não só pelo contato, como pela
transfusão do homem civilizado. A futura civilização da áfrica está aí, nesse fato
em embrião. Cada movimento coesivo das forças contrárias é um passo mais para
o nivelamento das castas e um impulso em bem da emancipação. Chegado o termo
fatal, produzido o amálgama, a
escravidão cai decrépita e exame de si mesma, sem arranco nem
convulsão, como o ancião consumido pela longevidade que se despede da existência
adormecendo (ALENCAR. Cartas a favor da escravidão, 2008, p. 78)
Adolfo caminha - a demonização do
corpo negro
Dor negra