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EDUCANDO PARA A

DIVERSIDADE
ÉTNICO-RACIAL
REPRESENTAÇÕES
POSITIVAS SEMPRE!
Para que as crianças negras cresçam com a autoestima fortalecida, procurem
apresentar materiais que as representem positivamente,
sem estereótipos.

Atualmente existem no mercado marcas afroempreendedoras que oferecem


materiais que podem ajudar na construção da autoimagem positiva das
crianças negras como:

‘’Akokonan‘’ @akokonaneducação @amorabrinquedos @orabolas


@fulele_infancia @afroinfancias @pachamamaeditora @eraumavezomundo que
possuem materiais como bonecos (as), giz de de cera com tons de pele
variados, para desmistificar a questão do lápis cor de pele (que por muito
tempo foi tido como ‘’cor de pele’’ universal aquela cor rosa claro), jogos
variados, acessórios com representatividade. A Ora Bolas por exemplo, tem
materiais como mochilas, bonés, cadernos com imagens positivas para as
crianças negras. A marca @pretapretin oferece roupas de cama com bonecos
e bonecas negras, que podem compor a decoração do quarto da criança.
@amorabrinquedos tem o giz de cera com tons variados, cadernos com
desenhos com personagens negras que fizeram parte da história que não nos
foi contada para colorir, bonecas entre
outros produtos.

A Akokonan traz jogos educativos relacionados ao continente africano, a


Fulelê Infâncias também apresenta jogos educativos que podem ser usados
tanto no ambiente escolar quanto fora dele. A Afroinfancias oferece livros,
entre eles o ‘’Plantando com Malik’’, e a caixa da autoestima que ajudará no
fortalecimento da identidade da criança negra, de fundamental importância
para ela cresça saudável e mais consciente da sua potência.

A marca de roupas Obadelê @useobadele possui roupas infantis repletas de


representatividade para vestir as crianças negras, que desde pequenas já
terão roupas que representam a cultura
afro-brasileira.

3
BRINCADEIRAS
AFRICANAS E INDÍGENAS
Você sabia que cabo de guerra é uma brincadeira indígena?
Quando passamos a pesquisar sobre a origem das brincadeiras, e brincamos
com as crianças brincadeiras africanas e indígenas, trazemos a diversidade e
o respeito às diferentes culturas existentes em nosso país. Trarei algumas dicas
de brincadeiras simples e divertidas que podem ser realizadas tanto no
ambiente escolar quanto fora dele, afinal somos (ou deveríamos ser) seres
brincantes.

Terra e Mar (Moçambique)


É uma brincadeira simples, de atenção mas muito atrativa para as crianças de
todas as idades. Uma longa reta é riscada no chão. Um lado é a “Terra” e o
outro “Mar”. No início todas as crianças ficam no lado da Terra. A ouvirem:
mar! Todos pulam para o lado do mar. Ao ouvirem terra!
Pulam para o lado da terra. Quem pular para o lado errado ou fizer menção
de pular quando não deve pular, sai. O último a permanecer no jogo vence.

santos.sp.gov.br

Disponível em:
<https://novaescola.org.br/planos-de-aula/fundamental/5ano/educacao-fisica/brincadeiras-e-jogos-de-matriz-
africana/6544?
gclid=Cj0KCQiAz9ieBhCIARIsACB0oGKC5ZdJTlfHSTyK7nnhG_o2GP_4DudrDpqvyqf_tKjZzrrMSXSJ4k0aAt6iEALw_wcB
Acesso em 29.01.2023

4
Teca Teca (África do Sul)
Então, para o jogo começar, deve-se desenhar, no chão, um quadrado
composto por 16 quadrados menores dentro dele e seguir o ritmo da música.
O diferencial dessa amarelinha é que podemos jogá-la em dupla ou em grupo
e o nível de dificuldade pode aumentar. Assim, os nossos pequenos podem se
divertir realizando esse jogo em grupo.

nova-escola-producao.s3.amazonaws.com

Gavião e Passarinhos (Indígena)


Brincadeira para no mínimo três participantes. Primeiramente, desenha-se uma
grande árvore no chão com galhos condizentes ao número de participantes.
Cada um ficará em um galho e uma criança é escolhida para ser o gavião.
Quando começar a brincadeira, cada passarinho vai fazer o movimento de
bater asas, e pode também cantar e assobiar com o intuito de distrair o
gavião. Já o gavião, estará atento para pegar cada passarinho que estiver
fora do galho. Por isso, o ideal é estar atento com a proximidade do gavião e
a localização do seu galho. Cada criança que for pega pelo gavião sai fora
da brincadeira até sobrar somente uma, a vencedora.

demonstre.com

5
Peteca (Indígena)
Não se sabe exatamente a origem da Peteca, mas sabe-se que desde
antes de 1500 ela já era praticada pelos indígenas, portanto criada no
Brasil. Ela era utilizada pelos índios como atividade esportiva para
ganho de aquecimento corporal durante o inverno.
Para brincar, devemos lançar a peteca para o alto, batendo com as
mãos, sem deixar cair no chão.

borboletakids.com.br/brincadeiras-indigenas

Ensinando a fazer Peteca com jornal:


1. Como fazer;
2. Corte as alças da sacola, o fundo dela e as laterais.
3. Amasse as folhas de jornal em formato de bolinha;
4. Coloque essa bolinha no meio da sacola que recortou;
5. Dê o formato de peteca, dando uma torcida na sacola;
6. Amarre usando uma das alças da sacola, dando nós e cortando.
7. Pronto!

6
Mbube Leão (Gana)
Duas crianças têm os olhos tapados e estão dentro de uma área delimitada.
Uma é o leão, outra é a presa e ambas têm de se mover devagar. Quando o
leão estiver perto da presa, as outras crianças devem dizer bem alto: «Mbube!
Mbube!». Mas, se ele estiver longe, todos dizem baixinho: «Mbube! Mbube!».
O volume do coro das crianças, subindo e descendo, vai guiando a caçada do
leão, mas também a fuga da presa.

oespacoeducar.com.br

Da Ga (Gana e Nigéria)
Com giz ou fita adesiva colorida, marque um círculo no chão para ser a casa
da serpente. A criança que será a serpente ficará dentro de sua casa e as
outras crianças circulam pelo espaço restante enquanto chamam a serpente.
A serpente deve sair e tentar pegar as crianças. Quando agarra alguma, essa
fará parte da serpente e volta para a casa com ela, de mãos dadas.
Sucessivamente, a serpente vai aumentando de tamanho à medida que pega
mais crianças. Se durante a correria a serpente se romper, as crianças que
formam a serpente devem voltar correndo para sua casa.

Diário do Nordeste

7
Corrida do Saci (Povo Xavante-Mato Grosso)
A brincadeira se chama corrida do Saci. Para brincar, primeiro marque um
limite de largada e outro de chegada. Os participantes deverão ficar atrás da
linha de largada e deverão chegar até a linha de chegada correndo, mas com
um pé só igual ao saci. Ganha quem ultrapassar a linha de chegada primeiro.

Word.press

NNGAPI? (Quantas?) (Tânzania)


Brincadeira da Tanzânia: em duplas cada um deles traz consigo um número
determinado de pedrinhas, estabelecida previamente pelos dois
competidores. Quem inicia o jogo sem deixar o outro perceber coloca de 1 a 4
pedrinhas numa das mãos , fechando-a logo a seguir estende o braço e
pergunta? NNGAPI? (Quantas) para ver se o oponente acerta. Se o oponente
acertar, ganha uma pedrinha, se errar dá uma pedrinha para o oponente.
Ganha quem acerta mais e tem o maior número de pedrinhas. ( Pode ser
adaptado com tampinhas, caroços ..)

Livro Kakopi, Kakopi

8
Acompanhe meus pés (Zaire)
Com origem no Zaire, a brincadeira é uma ótima opção para trabalhar a
memória das crianças. Para brincar elas devem formar um círculo enquanto o
líder canta e bate palma. Em um determinado momento, ele para na frente de
uma criança e faz um tipo de dança. Se ela conseguir imitar os passos será o
próximo líder. Se não, este escolherá outra pessoa e novamente faça a dança,
até que o novo líder seja definido. A brincadeira dura o tempo estipulado pelo
professor, ou até que as crianças mostrem-se cansadas.

Só Escola

Brincadeira Tum Tum! (Togo)


Uma turma de alunos, acomodados em cadeiras dispostas uma ao lado da
outra ou apertados em um banco comprido, ou em pé se posicionam de frente
para um colega que se mantém de pé.
Uma criança deve ter uma venda nos olhos impedindo-o de ver o que está
acontecendo. Um dos alunos, ao sinal da professora, começa a bater o
tambor em intervalos regulares.
O que está com os olhos vendados, orientando-se pelo soar do
Tum-Tum encaminha-se com as mãos esticadas em direção ao colega em
direção que ele supõe estar batendo pilão.

9
Nova Escola
Cabo de Guerra (Indígena)
Atividade na qual duas equipes tentam puxar a corda, onde competem para
verem quem tem mais força!

Governo de Taubaté

Mamba (África do Sul)


A escolha um jogador para ser mamba (cobra). A Cobra corre ao redor da
área marcada e tenta apanhar os outros. Quando um jogador é pego, ele
segura sobre os ombros ou a cintura do jogador que representa a cobra e
assim sucessivamente. Somente o primeiro jogador (a cabeça da serpente)
pode pegar outras pessoas.

Educação Salvador

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LITERATURA
INFANTIL
"Menina pretinha, exótica não é linda, você não é bonitinha,
você é uma rainha!'' -Mc Soffia

É necessário trazer referênciais positivos para a construção de uma


identidade negra, desde a infância. Nossas memórias e referênciais
constroem nossa identidade que advém da consciência de como nos
vemos na sociedade, por isso deve ser respeitada em sua
integralidade. A criança que se vê positivamente desde o
nascimento, cresce mais fortalecida, e sentindo- se capaz de ser e
realizar o que quiser! Contar histórias escritas por autores e autoras
negros (as) com referenciais positivos é de fundamental importância
para a construção de uma identidade negra positiva e estimular o
respeito às diferenças. Precisamos ter atenção aos escritores que
escrevem histórias sejam negras e/ou indígenas e suas ilustrações,
narrativas, para não reproduzirmos estereótipos negativos para as
crianças.

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ESCRITORES NEGROS COM
HISTÓRIAS PRETAS COM
REFERENCIAIS POSITIVAS

Otávio Júnior é um escritor, ator, contador


de histórias e produtor teatral brasileiro que
ficou conhecido por abrir a primeira
biblioteca nas favelas do Complexo do
Alemão e no Complexo da Penha, no estado
do Rio de Janeiro. Ganhador do prêmio
Jabuti.

Principais obras do Autor :


“Da Minha Janela” , “Grande Circo Favela”,
Otávio Junior "De Passinho em Passinho’’ , ‘’Maria Preta".
Fonte:https://www.anf.org.br/

Ricardo Jaheem é Mestre em Educação,


Professor, Escritor, Poeta e atual Gerente da
Gerência das Relações Étnico - Raciais
(GERER -SME).

Obras do Autor : ‘’Adebumi’’, ‘’ Dindo’’,


‘’Luena Gaba’’.

Ricardo Jaheem
Fonte: Facebook( acervo pessoal)

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É mestre em Relações Étnico-Raciais,
Pedagoga e Professora. Adora conviver com
crianças. Tem mais de 40 livros publicados
para o público infantil. Alguns deles foram
adotados por diversas escolas públicas
brasileiras, outros ganharam o mundo e
foram editados em outros países.

Principais obras de Sonia Rosa:


Enquanto o almoço não fica pronto… ,
Sonia Rosa Menino Nito, Alice vê, Tesouros de Moninfa,
Fonte: www.itausocial.org.br
A Bela Adormecida do Samba, Capoeira,
Jongo, Maracatu, Como é bonito o pé do
Igor, Tabuleiro da Baiana.

Pedagoga, Doutora em Educação, Mestre


em Psicologia pela Universidade de São
Paulo (USP) e Terapeuta Integrativa, Kiusam
é escritora do que chama de "Literatura
Negro-Brasileira do Encantamento Infantil e
Juvenil". Atua como formadora de
profissionais de educação nas temáticas
educação, relações étnico-raciais e de
gênero, com foco em uma educação
Kiusam de Oliveira antirracista.
Fonte: biblioo.info
Principais obras de Kiusam: Com qual
penteado eu vou?, O mundo no black power
de Tayó, O Black Power De Akin, Solfejos de
Fayola, Omo-oba: histórias de princesas.

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Sinara é Mestre em Relações Relações
Étnico-Raciais/CEFET, Gerente de Livro e
Leitura da SMC/RIO, Educadora, Contadora
de Histórias , Escritora.

Principais obras de Sinara Rúbia: Alafiá,


A Princesa Guerreira, As Pedras da Tapera,
Dona Sebastiana e Como Tudo Começou,
Tapera Encantada, Como Proteger as
Crianças e Fazê-las Crescerem Fortes.
Sinara Rúbia
Fonte: Agencia Brasil (EBC)

Mestre em História da África, da Diáspora e


dos Povos Indígenas pela Universidade
Federal do Recôncavo da Bahia. Professor e
escritor.
Principais obras de Marcos Cajé:

Afrocontos: Ler e ouvir para transformar,


Amali e sua história, Zula, a Guerreira,
Ara, o menino trovão Akin o rei de Igbo,

Marcos Cajé Makori, A Pequena Princesa , Lobo e as


Princesas.
Fonte: Revista Cenarium

Músico, escritor, especialista em


confeccionar instrumentos africanos

Obra de Fábio Simões:


Olelê: Uma antiga cantiga da África

Fábio Simões
Fonte: secarte.ufsc.br

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Daniel Munduruku é um Escritor, Professor e
Ativista Indígena brasileiro, ganhador do
prêmio Jabuti.

Principais obras de Daniel Munduruku:


Histórias de Índio, Coisas de Índio e As
Serpentes que Roubaram a Noite, Kaba
Darebu.

Daniel Munduruku
Fonte: lunetas.com.br

Mulher originária do Povo Puri da


Mantiqueira. Historiadora, Escritora e
Ilustradora. Doutora em História Cultural
pela UFRRJ. Mestre em História Social pela
UFF. Idealizadora da Pachamama Editora,
(editora formada por mulheres
originárias/indígenas).

Principais obras de Aline Pachamama:


Aline Pachamama Guerreiras - Mulheres indígenas na cidade,
Fonte: baladaliteraria.com.br mulheres indígenas na aldeia” e do livro
infanto-juvenil Polilíngue “Taynôh” (Guarani,
Xavante, português e espanhol). Também é
autora dos livros “Boacé Uchô Narrativas e
Memórias do Povo Puri da Mantiqueira”,
2010; “Pachamama - a poesia é a alma de
quem escreve”, 2016; “Inhã Uchô”
(lançamento em 2022); “Schuteh Poteh,
Schuteh Koya - A língua Puri como elo de
identidade e afeto” (lançamento em 2022).

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Escritor, Professor, Geógrafo, Artista
Plástico, Líder Indígena e Autor de mais de
30 livros infantis, entre eles Os Olhos do
Jaguar, que compõe a coleção Leia para
uma Criança 2021.

Principais obras de Yaguarê Yamã:


Contos da Floresta (2012), Pequenas
Guerreiras (2013), O caçador de histórias

Yaguarê Yamã (2004).


Fonte: Revista Acrobata

MAIS DICAS DE LIVROS

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FILMES, DESENHOS
E DOCUMENTÁRIOS COM
PROTAGONISMO NEGRO
INFANTIL

Quando dizemos que representatividade importa, é verdade! A


criança negra precisa se ver também na televisão de forma
positiva, para que a construção da sua autoimagem seja favorável
para ela. Muito do que as gerações anteriores passaram devido à
ausência de representatividade, as crianças negras hoje não
precisam passar, pois temos diversas opções filmes, desenhos e
documentários com protagonismo negro infantil em que as
crianças e seus professores, familiares, amigos podem ver junto, se
divertir, aprender e se emocionar!

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FILMES
Kiriku e a Feiticeira
Ao saber que a vila onde mora no continente Africano está sendo ameaçada
por um ser maligno, uma criança pequena e seu tio guerreiro decidem lutar
contra a força do mal. Na batalha para salvar a vila eles encontram novos
amigos e enfrentam muitos inimigos.

Hair Love
O curta-metragem é tão fofo, que ganhou até um Oscar, em 2020. Disponível
no Youtube, o filme conta a história de um pai que tinha que pentear o cabelo
da filha pela primeira vez.

Soul
Outro vencedor do Oscar na lista, hein? O filme da Disney-Pixar tem como
personagem central Joe, um professor de música que não lida muito bem com
a morte e com as realizações de sua vida. Reflexivo, faz pensar e levanta a
discussão de temas importantes com as crianças. Onde assistir? Disney+.

A princesa e o Sapo
A primeira princesa negra da Disney, Tiana, protagonista da história, também
mostra a história de uma mulher, empreendedora, que quer conquistar os
próprios sonhos – e não buscar a felicidade no amor de um príncipe. Onde
assistir? Disney+.

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Pantera Negra
Conheça a história de T'Challa, príncipe do reino de Wakanda, que perde o
seu pai e viaja para os Estados Unidos, onde tem contato com os Vingadores.
Entre as suas habilidades estão a velocidade, inteligência e os sentidos
apurados.

Dudu e o lápis cor de pele (Curta-metragem)


Dudu é um garoto negro, inteligente e imaginativo, estudante de um colégio
particular da classe média de São Paulo. Durante uma aula de educação
artística, sua professora, Sônia, diz a ele que utilize o que ela chama de “lápis
cor da pele” para pintar um desenho. A frase desperta em Dudu uma crise de
identidade. Com toda a inocência de uma criança da sua idade, Dudu passa
a carregar o lápis em questão consigo para encontrar alguém que possa sanar
seus questionamentos.

Ana (Curta-metragem)
Ana (Ana Maria Linx) é uma estudante negra de 10 anos que não se reconhece
como tal. Ela estuda na escola onde Jeannette passa a trabalhar. A aula tem
início; e para cumprir o que fora solicitado, um desenho da própria imagem,
Ana entrega à professora o seu. No entanto, a criança ali desenhada, loira dos
olhos azuis, não a representa.

Disque Quilombola
Crianças do Espírito Santo conversam de um jeito divertido sobre como é a
vida em uma comunidade quilombola e em um morro na cidade de Vitória. Por
meio de uma genuína brincadeira infantil, os dois grupos falam de suas raízes
e desvelam o quanto a infância tem mais semelhanças do que diferenças.

Cores e Botas ( Curta-metragem)


Joana tem um sonho comum a muitas meninas dos anos 80: ser Paquita. Sua
família é bem sucedida e a apoia em seu sonho. Porém, Joana é negra, e
nunca se viu uma paquita negra no programa da Xuxa.

Disponível em: <https://almapreta.com/sessao/cultura/confira-dez-producoes-audiovisuais-com-protagonismo-negro-para-criancas,> Acesso


em 29.01.2023

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DESENHOS
O mundo de Karma
Karma é uma menina que vive em busca da rima perfeita para um rap.
Ambiciosa, ela resolve uma série de problemas. A série é recheada de músicas
e tem um ótimo astral! Onde assistir? Netflix.

Ada Batista a Cientista


No laboratório de Ada Batista, ciência é pura diversão. Ela e seus amiguinhos
vão viver aventuras incríveis! Disponível na Netflix.

Nana e Nilo
Os irmãos gêmeos Nana e Nilo, duas crianças negras brasileiras, viajam para
vários países africanos no presente e no passado, e participam de muitas
aventuras, descobrindo a origem das coisas e de personagens históricas
africanos e afro-brasileira.

Motown Magic
Com um pincel mágico e os sons clássicos da Motown, Ben usa toda sua
criatividade para transformar a cidade onde mora.Disponível na Netflix.

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Guilhermina e o Calendário
A série mostra o cotidiano cheio de descobertas e grandes aventuras de dois
irmãos afrodescendentes, que levam uma vida simples, mas feliz, numa praia
colombiana. A cada dia eles fazem novas descobertas e, com imaginação e
fantasia, vivenciam grandes aventuras.

Bino e Fino
Os irmãos Bino e Fino vivem no continente africano com sua família. Com a
ajuda de sua amiga Zeena, a borboleta mágica, os dois aprendem sobre a
cultura e beleza do lugar.

Hora do Blec
Uma série de animações musicais, protagonizadas por uma criança negra.
Cada clipe é inspirado em um dos 17 objetivos do desenvolvimento sustentável,
metas estabelecidas pela ONU. Onde assistir? Youtube.

Disponível em : <https://www.almanaquesos.com/animacoes-filmes-infantis-protagonista-negro-preto-desenho-animado
Acesso em 29.01.2023

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CANTORAS, CANTORES E
INFLUENCERS PARA AS
CRIANÇAS SE INSPIRAREM!

Mc Elis Mc Soffia
Instagram @elismc_oficial Instagram: @mcsoffia
Youtube: Mc Elis

Duda Pimenta Luttita


Instagram @luttitakids
Instagram @dudapimenta
Youtube: Luttita
Youtube: Duda Pimenta

Imagens Reprodução Instagram


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Crespinhos SA Pretinhas Leitoras
Instagram @crespinhos Instagram @pretinhasleitoras
Youtube: Pretinhas Leitoras

Livos do Dri Kunumi Mc


Instagram @livrosdodrii Youtube: @Owera
Youtube: Livros do Drii

Katu Mirim
Instagram @katumirim

Imagens Reprodução Instagram/Spotify/Deezer


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LUGARES CHEIOS DE
REPRESENTATIVIDADE
PARA CONHECER:

Quilombos Cafundá Astrogilda


O museu Cafundá Astrogilda é uma iniciativa da família Santos Mesquita que
busca recompor as memórias e trajetórias próprias e de outras famílias que
habitam dentro da área do Parque Estadual da Pedra Branca e que
atualmente compõem o Quilombo de Vargem Grande no Rio de Janeiro. Antes
da idealização de um espaço de memória formal alguns membros da família
encontraram na posse e custódia de objetos sagrados, pertencentes ao
terreiro de umbanda chefiado pela matriarca Astrogilda, da qual são
descendentes, uma possibilidade de narrar sua história. Trata-se de bens
simbólicos que contêm a experiência e a afetividade do grupo em sentido
pleno. Nessas imagens a identidade e consciência do grupo familiar se
materializa. Com a recente visibilidade que o quilombo adquiriu e o crescente
número de visitantes a família Santos Mesquita iniciou a construção de um
museu seguindo técnicas antigas de construção.
Endereço : Rua Luiz Borracha 722, Vargem grande

Fonte: http://www.museuafrorio.uerj.br/?work=museu-astrogilda-cafunda-quilombo-de-vargem-granderj

Fonte: www.cariocasemfronteiras.com.br

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Quilombo do Grotão
Um espaço de resistência e valorização
dos saberes e práticas ancestrais do povo
negro está localizado em plena cidade de
Niterói, na Região Metropolitana do Rio
de Janeiro. Com mais de 70 anos de
história, o Quilombo do Grotão
consolidou-se como território de cultivo
das raízes da cultura afro-brasileira no
estado.
Endereço :Rua 41, Sítio 77 - Engenho do
Mato, Niterói/RJ

Fonte: aseguirniteroi.com.br/noticias/quilombo-do-grotao-uma-historia-de-resistencia- Fonte: https://www.brasildefatorj.com.br/2018/11/23/quilombo-


negra-e-luta-por-terra-em-niteroi/
do-grotao-resistencia-tradicional-em-niteroi-rj

Muhcab
O MUHCAB é um museu de território –
situado na Pequena África, tendo como
marco zero o Cais do Valongo, Patrimônio
Mundial. O museu pretende contar a
história da região que testemunhou o
maior desembarque de africanos
escravizados no mundo, de importantes
marcos de afirmação negra no Brasil e do
desenvolvimento da cultura afro-brasileira,
bem como debater conceitos que emanam
desta narrativa e a situação do negro no
Fonte: Brasildefato.com.br
Brasil hoje.
Endereço : R. Pedro Ernesto, 80 - Gamboa,
Rio de Janeiro - RJ,

Fonte:https://www.rio.rj.gov.br/web/muhcab/apresentacao

26
Quilombo Sacopã
Em meio a uma das áreas mais nobres da
cidade do Rio de Janeiro, um local que
serviu como refugio de escravos, enraíza
sua história secular. Localizado às margens
da Lagoa Rodrigo de Freitas, na Zona Sul
da cidade do Rio de Janeiro, o Quilombo
Sacopã, há 105 anos ocupado pela família
Pinto, preserva sua história, tradição e
cultura.
Endereço:Rua Sacopã, 250, Lagoa

Fonte: https://diariodorio.com/historia-do-quilombo-
Fonte: diáriodorio sacopa-um-refugio-de-escravos-na-lagoa/

Pedra do Sal
A Pedra do Sal, que fica no pé do Morro da
Conceição, no mesmo bairro, nas cercanias
da Praça Mauá, era o local onde os negros
foram negociados como escravos logo que
desembarcavam no Porto do Rio de Janeiro,
vindos da África e da Bahia. Mais tarde, livres,
fizeram ali seu ponto para rituais, cultos
religiosos, batuques e rodas de capoeira.
Sambistas e chorões, como João da Baiana,
Donga e Pixinguinha também se reuniam na
Pedra do Sal. A Pedra do Sal, assim chamada
devido ao sal que ali era desembarcado e
Fonte : https://www.tripadvisor.com.br/AttractionToursAndTickets-g303506-d3842319-
Pedra_do_Sal-Rio_de_Janeiro_State_of_Rio_de_Janeiro.html
comercializado, foi o berço do Samba carioca
no final do século XIX. O ponto de encontro
do ritmo carioca era um ambiente recheado
de inspirações vivas de grupos de samba e
ranchos de carnaval.
Endereço :R. Tia Ciata - Saúde

Fonte: https://www.palmares.gov.br/?p=2041

27
Circuito Herança Africana
Desde a descoberta do Sítio Arqueológico Cemitério dos Pretos Novos, em
1996, até as obras de revitalização da Região Portuária, em 2012 a 2016,
estudos e escavações arqueológicas trouxeram à tona a importância histórica
e cultural desta área do Rio de Janeiro. Estes vários achados arqueológicos
possibilitam uma melhor compreensão do processo da Diáspora Africana e da
formação da sociedade brasileira, e por isso, motivaram a criação, pelo
Decreto Municipal nº 34.803 de 29 de novembro de 2011, do Circuito e do
Grupo de Trabalho Curatorial do Circuito Histórico e Arqueológico da Herança
Africana, para construir coletivamente políticas de valorização da memória e
proteção deste patrimônio cultural. De lá pra cá, muito pouco foi feito para
valorizar o potencial histórico da Região Portuária e constituir uma política
pública que pudesse acolher e atrair um número maior de pesquisadores,
estudantes, turistas e moradores da cidade.
O IPN criou oficinas a céu aberto, que se tornaram verdadeiros passeios-aulas,
que teve uma grande repercussão junto aos grupos de estudantes da Rede
Pública de Ensino. A partir desta experiência, foi idealizado o projeto Circuito
de Herança Africana, em 2016, com o forte propósito de promover e fortalecer
a educação patrimonial de seus participantes, sobretudo dos educadores e
estudantes. Além dos seis pontos do roteiro oficial, o IPN incluiu outras
localidades que fortalecem a narrativa desta atividade e torna esta
experiência ainda mais dinâmica e inesquecível.

Fonte: https://pretosnovos.com.br/educativo/circuito-de-heranca-africana/

Fonte :Riotur

28
POR UMA EDUCAÇÃO
ANTIRRACISTA

Precisamos dizer frases positivas às crianças!


Quem não gosta de ouvir que é bonito (a)? Inteligente? Importante?
As crianças negras precisam ouvir essas afirmações positivas diariamente para
que mesmo que inconscientemente, elas absorvam esses adjetivos e se sintam
amadas, fortalecidas e pertencentes a nossa sociedade.
Precisamos ter atenção ao que falamos às nossas crianças e se damos o
mesmo tratamento a todas as crianças; as crianças sentem quando são
tratadas de forma diferenciada. A educação antirracista requer mudanças
atitudinais cotidianas. Sabemos que a Lei 10.639//03 completou vinte anos,
foi alterada pela 11645/08 e ela ainda não é trabalhada em sua plenitude nas
escolas. Se você é responsável, cobre da instituição onde seu filho (a) estuda
a aplicabilidade da lei, não espere chegar novembro para ver algum trabalho
relacionado às relações étnico-raciais. Verifique o Projeto Pedagógico da
escola, o corpo docente dessa escola (existem funcionários negros? Em que
posição?); os murais, as histórias que são contadas, existem brinquedos que
contemplem a diversidade étnico racial pertencente ao nosso país?Afinal
somos quase 57% da população brasileira de acordo com o IBGE. Vimos com
esse e-book que existem atualmente inúmeras possibilidades para que seja
tabalhada uma educação antirracista. Portanto precisamos agir em prol de
uma sociedade que de fato respeite as diferenças. E para isso, precisamos
agir!

29
LIVROS QUE FALAM SOBRE A
IMPORTÂNCIA DE UMA
EDUCAÇÃO ANTIRRACISTA

Deixarei aqui algumas dicas de livros importantíssimos para quem quiser ler
mais e se aprofundar sobre a temática étnico racial no âmbito escolar.
Boa leitura !

30
31
Quem escreveu esse guia?
Luiza Mandela é professora de Educação Infantil da
Prefeitura do Rio de Janeiro há dez anos ( atualmente está
como formadora de Lideranças Pedagógicas da Escola de
Formação Paulo Freire (EPF). Já atuou como membro da
Gerência de Alfabetização e Anos Iniciais- GAI/SME).
Além de Pedagoga, Mestra em Relações Étnico Raciais, Pós
Graduada em Psicopedagogia, Gestão Educacional
Integrada e em Gestão de Recursos Humanos.

Luiza também é Escritora; coautora dos livros:


Mães Pretas: Maternidade Solo e Dororidade (editora
conejo 2021), Saúde Mental da População Preta Importa
(editora conquista 2022), Sobre Nossas Avós: Memória e
Ancestralidade, e Educação Socioemocional (lançamento
previsto para meados de 2023 - editora conquista) e
coordenadora editorial do livro Seja Potência Negra
(lançamento previsto para meados de 2023- editora
conquista). Palestrante, recebeu em novembro de 2021
uma moção de congratulações na Câmara Municipal do
Rio de Janeiro pela sua atuação em prol de uma educação
antirracista nas escolas.

No ano de 2020 coidealizou o curso livre Onã


Infâncias e Relações Étnico Raciais, que visou
trazer mais arcabouço teórico para a construção
de uma educação antirracista, que está no
catálogo do novembro negro da CEPPIR–RIO.
Idealizadora do curso Letramento Racial,
disponível na Hotmart.
Referências

AGUIAR, J. PINHEIRO, M (orgs). Jogos e brincadeiras africanas:o brincar


que nasce do chão.Wak Editora, 2022

BARBOSA, A. Rogerio. Kakopi, Kakopi: Brincando e jogando com as


crianças de vinte países africanos.Editora Melhoramentos; 1ª edição ,2019

BARROS, F. OLIVER, M. Saúde Mental da População Preta


Importa.Editora Conquista, 1ª edição, 2022

PORTAL LUNETAS. https://lunetas.com.br. Acesso em 20.jan.2023

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