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Spin-off de A Aposta
Jacque Dark
Copyright © Jacque Dark, 2020
Capa: Jacque Anderson
Revisão: Jacque Anderson
Diagramação: Jacque Anderson
Atenção
Esse livro contém cenas de sexo e violência que podem ser considerados
como possíveis gatilhos. Não leia caso sinta-se desconfortável.
Sua mão agarra e aperta meu ombro com força, de sua boca o sangue
jorra, ele respira rápido tentando se segurar a vida. Há sangue, muito sangue
para todos os lados. Ele me puxa para mais perto, percebo quer falar algo mas
não consegue, ele tosse e sangue sai de sua boca, ele está morrendo em seu
próprio líquido, vermelho, tudo vermelho, sua camisa branca encharcada de
sangue, seu rosto jovem manchado de sangue e a gravata também.
Sou um homem duro, fui treinado para não sentir, não me arrepender,
não ser derrotado, não perder. Mas ver meu irmão deixando a vida em minhas
mãos, era duro demais para um homem. Eu tentei, juro que tentei salvá-lo,
mas não houve tempo, os tiros o atingiram em cheio. Seu corpo caiu sobre o
chão, agonizando.
Ele repira fundo e segura, penso que ele não voltará, porém ele volta e
me puxa para bem próximos de seu rosto, fala em um fio de voz.
— Vingue a minha morte, não deixe ninguém vivo, encontre-os e
mate-os.
Mais tosse, mais sangue jorrando. Ele olha para o céu e respira fundo,
sua última respiração. Sua mão que me segura afrouxa, ele está com os olhos
abertos, ele está morto.
Fico alguns minutos debruçado sobre o corpo dele, não choro, pois
não há tristeza dentro de mim, mas ódio, um ódio mortal pelos responsáveis.
Eu vou caçá-los e os destruirei um por um. Levo a mão no rosto do meu
irmão e fecho os seus olhos. Travo a boca em uma linha fina, sobre o corpo
do meu irmão, eu juro, terei a minha vingança.
Capítulo 1
Eleni
Meus irmãos, são o tipo protetor, mesmo estando longe eles vira e
mexe aparecem no Bar à noite, estranhei até eles não terem vindo hoje. Eles
são enormes, musculosos, mas não são boas pessoas, Contudo os amo e não
quero que nada de mal os aconteça. Tenho muito medo de perdê-los para essa
vida louca do crime.
Perdi minha mãe quando tinha 14 anos, ela foi assassinada, meu pai
na época não quis entrar em detalhes, mas creio que tem algo a ver com as
atividades dele no mundo do crime. Não é fácil ser filha e irmã de gângsters,
se as pessoas soubessem de quem sou filha se afastariam de mim. Por isso,
nunca falo da minha vida para ninguém, prefiro assim.
— Você foi incrível como sempre, o bar fica lotado quando você
canta.
— Obrigada, Yuri.
— Temos alguém importante hoje, ele gostaria de tomar um drink
com você.
— Yuri, sabe que não faço programa.
— Eu sei meu bem, mas ele só quer tomar um drink, nada mais.
— Eu sei como isso funciona Yuri, tentará me convencer a terminar a
noite na cama dele e hoje não estou a fim de aturar isso, fale que estou
indisposta.
— Você é quem sabe, mas saiba que ganharia muito mais se fosse,
digamos... agradável com alguns.
— Terminou? Preciso me trocar.
— Não está aqui quem falou.
Saí por trás do bar, a noite estava fria, caminhei apresada pelos becos,
a pouca iluminação dava um ar de sombrio. Coloquei as mãos no bolso do
casaco e andei de cabeça baixa, pensando na vida. Ao chegar no final do
beco, uma luz forte de uma lanterna de carro ofuscou minha visão, coloquei a
mão na frente e tentei ver o que estava acontecendo. As portas se abriram e
alguns homens desceram, meu coração pulou como tambor no peito, aqueles
homens não eram pessoas comuns, eles portavam armas pesadas.
— Não! — grito.
O homem tapa minha boca com uma das mãos grande e me segura
pela cintura, eu esperneio, tento soca-lo, mas nada que eu faço surte efeito,
ele parece um monstro. Ele me imobiliza completamente, os outros dois
aproximam-se com uma fita adesiva cinza. O homem que me segura pega a
fita e pressiona na minha boca, tento gritar mas o aperto da fita é muito forte.
Então ele também amarra minhas mãos para trás. Ao finalizar ele me olha,
meus olhos estão banhados de lágrimas e cheios de pavor.
Então ele segura meu rosto com força apertando meu maxilar, olha
atentamente para mim e sua feição demonstrava que estava gostando de ver
meu desespero. Ele sorriu, e não era um sorriso gentil ou alegre, era
maquiavélico e diabólico. Meu corpo começou a tremer muito e eu soluçava
abafado, a sensação que tinha era que iria desmaiar de medo a qualquer
momento, mas não queria perder os sentidos, precisava saber o que eles
querem de mim.
Eleni
O s minutos seguintes
foram os
vida, não sabia para onde estavam me levando, consegui olhar através do
mais
aterrorizantes da minha
vidro mas não podia ver nada, as janelas do carro eram escuros. Eu estava
encharcada pela umidade das lágrimas que molhava a mordaça na minha
boca, parecia que eu estava me afogando, fazendo o pânico aumentar ainda
mais. Tentei empurrar a mordaça com a língua, mexi a mandíbula, mas tudo
que tentava só piorava a minha situação e machucava a minha pele.
— Continua.
Pulei de susto quando ouvi sua voz, mesmo já esperando ele falar
algo.
— Muito bem!
Ele estendeu uma das mãos e puxou a fita adesiva de uma vez me
causando dor. Percebi que um pouco de pele dos lábios saíram junto e os
machucou. Passei a língua para apaziguar o incômodo.
Para minha surpresa ele riu e não era um riso de deboche, parecia que
estava realmente se divertindo.
Engoli em seco, já tinha uma ideia que meu pai e irmãos tinham
alguma coisa a ver com tudo isso e sei como são essas coisas, ele irá me
matar, não há escapatória para mim. Contudo, ele não quer somente meter
uma bala na minha cabeça, se quisesse fazer isso já teria feito. Por isso penso
que me manterá presa para chantagear meu pai ou algo assim. Porém
precisava convencê-lo que não tenho nada a ver com as atividades do meu
pai, eu tinha que suplicar, implorar.
— Não pode me manter aqui, não tenho nada a ver com as atividades
do meu pai e irmãos. Além do mais há pessoas que me conhecem lá fora, eles
irão me procurar.
— Meu pai não sofrerá por mim, ele já me rejeitou por ter ido
embora.
— Ora Eleni Koslov, olha para mim, você acha que não sei tudo sobre
você e seus parentes? Não tente me enganar.
— Deixa minha filha em paz, Voronov, ela não tem nada a ver com
isso.
— Vejo que fez um bom trabalho aqui, irei me divertir muito com
essa princesinha ruiva.
— Não chega perto da minha irmã seu Filho da Puta, quando sair
daqui eu mato você igual matei o viado do seu irmão.
Meu irmão mais velho gritou.
— Nada mal.
— Me deixa ir embora, por favor — implorei.
— Mas nós só começamos querida.
— O que fará comigo?
— Isso você saberá com o tempo.
Dimitri
Maldição! O meu irmão ainda não foi enterrado, eu queria acabar com
isso antes de deixá-lo descansar na eternidade. Contudo o som da voz doce
dela não deixa a minha cabeça, seus olhos puros sonda a Porra dos meus
pensamentos desde o momento que meus olhos repousaram nela.
Todos riram e uma ira me cegou na hora, parecia que alguma força
maligna tomou conta do meu corpo. Em um impulso rápido, peguei no
pescoço do homem e empurrei-o contra parede, seu sorriso sumiu, todos
param e olhavam a cena confusos, pois fui eu mesmo que havia dito que eles
iriam trepar com a garota, mas naquele momento não podia nem pensar meus
homens a tocando, nem ao menos um fio de cabelo, muito menos possuí-la.
— Dimitri, foi você mesmo que falou que podíamos nos divertir com
a garota antes de matá-la.
— Sei muito bem o que disse, porém mudei de ideia, a manterei viva
por alguns dias.
— Então depois a gente pode foder com ela...
Meu celular tocou naquele momento e olhei para a tela, era o chefe,
atendi prontamente.
— Aleksei.
— Soube que já pegou os responsáveis.
— Sim.
— Ótimo, acabe com isso o quanto antes, vingue seu irmão.
— Irei chefe, não há dúvida disso.
— A forma que você fará não me interessa, mas quero todos mortos, e
Dimitri, não poupe crueldade.
— Assim será chefe.
Que droga! Eu mesmo vou fode-la, vou acabar com ela, tenho certeza
que quando terminar esse desejo que sinto irá se dissipar, não terei uma
relação com a filha do homem que foi responsável pela morte do meu irmão,
não mesmo. Mas isso não me impede de me divertir com ela por algum
tempo, tê-la como minha amante, tenho certeza que Aleksei entenderá e
aprovará, será até melhor, assim o pai dela ficará mais desesperado ainda ao
saber que ela é minha puta particular. Farei questão de lhe mostrar como trato
a filhinha ruiva dele.
Ri maquiavélico, acho que essa vingança será mais doce do que
imaginei.
***
Havia acabado, meu irmão se fora para sempre. Olhava para lápide do
túmulo, seu nome gravado em relevo. Todos já haviam ido embora, somente
eu permaneci para o último adeus. Uma garoa fina começou a cair, por que
todos os funerais parece aconteceram na chuva? Talvez seja apropriado, estou
tão sombrio quanto o dia, meu coração está gelado, quero sangue derramado,
por ele, e assim acontecerá. A Bratva espera isso de mim, e não posso
decepciona-los.
***
Desci do carro e meu irmão mais novo Petrovic veio ao meu encontro.
Petrovic agiu rápido, assim como eu, porém eu errei, não fui capaz de
prever o ataque. Vi meu irmão ser atingido no pescoço.
Seu corpo caiu aos meus pés. Rapidamente o tirei da linha de fogo,
mas não houve tempo, o tiro atingiu a artéria do pescoço.
***
— Por favor, não machuque a minha filha, ela não tem culpa de nada.
Fiz um sinal para que o som fosse desligado. Com brutalidade, a fiz
ajoelhe-se no chão. Ela estava aterrorizada e tremia muito, minha arma estava
encostada na cabeça dela agora.
— Sua vadia! Se tiver essa mesma reação quando meu pau estiver na
sua boca, irá se arrepender.
— Não!
Ri e abri as calças, meu pau latejante ficou na frente dela. Olhei para o
vidro e o pai dela praticante arrancava os cabelos de desespero. Nós não
podíamos ouvi-los, mas eles podiam nos ouvir, e quero que o som da filha
dele sendo empalada com meu pau todo dentro de sua boca, não saia da
cabeça deles.
— Chupa, vadia!
— Não, por favor! Tenha misericórdia.
— Faça, agora!
Puxei o cabelo dela com força a forçando engoli meu pau. Movi o
quadril para a frente e para trás fazendo com que ela começasse a chupar.
Meu corpo todo arrepiou com a boca quente e deliciosa dela envolta do meu
pau, mesmo que forçado. Merda! Aquilo era bom demais, e queria que ela
tivesse fazendo por vontade própria, isso me fez sentir um covarde Filho da
Puta! Assim como o pai dela me chamou.
Com raiva pelos meus conflitos internos, empurrei a cabeça dela para
que aprofundasse mais e gemi alto, Caralho! Eu não consigo mais segurar, eu
vou gozar. E assim foi, tirei o pau da boca dela e derramei meu líquido todo
em seu rosto. Ao finalizar, olhei para ela e me senti culpado de novo. Ela
estava toda suja da minha Porra, com o rosto machucado pelos meu tapa.
Ouvia seus soluços baixos. Abaixei-me e a fiz levantar-se. A empurrei até a
divisão e encostei a cabeça dela contra o vidro, o pai e irmãos, tentaram
consola-la . Fiz sinal para que ligassem o som.
O pai dela chorava, eu o havia quebrado, e era isso que queria. Porém
o preço foi alto demais, eu havia a machucado e isso não me agradou.
Contudo ao olhar para aquele velho, meu ódio voltou e com todo desprezo na
voz, falei.
— Olha sua filha, suja da minha Porra! Isso só foi uma amostra de
como será a vida dela daqui por diante. Tente viver com isso Koslov.
Eleni
Preciso ter cautela, sou filha de criminoso e sei como isso funciona,
fui sequestrada pela Bratva e eles não tem piedade, esses homens são brutais,
violentos e sem compaixão, eu senti na pele o que aquele homem fez comigo.
O que for para fazer, será feito. Por isso acredito que o fato de terem me
tirado do local que chamaram de câmera de tortura seja por algum motivo
mais obscuro ainda.
Me esforçava para ouvir qualquer som de movimento. Arrastei-me na
cama e coloquei os pés no chão. Levantei-me cuidadosamente e andei até e a
porta. A camisola que estava usando era longa e meus pés embolaram em sua
borda quase me fazendo perder o equilíbrio. Puxei-a tentando soltar e nesse
momento a porta abriu-se. Fiquei paralisada olhando o homem a minha
frente. Ele me avalia dos pés a cabeça com seus olhos maliciosos.
Meu coração bateu forte no peito de medo, porém uma raiva também
me apoderou. O homem entra no quarto e fecha a porta, caminha lentamente
aproximando-se de mim. Tento me manter firme, a cabeça levantada o
encarando, sua presença dominante logo preenche todo o recinto. O epítome
absoluto do poder exala de cada poro, ele me avalia com seus olhos azuis
profundos, nunca vi olhos tão azuis e tão gelados em toda a minha vida.
Sendo assim, meu pai levantou a arma na direção do meu irmão mais
velho e atirou em sua cabeça com um tiro certeiro, ele caiu no chão sem vida.
O próximo foi o meu irmão do meio e por fim, ele tirou a própria vida. O
vídeo desligou. Eu não tinha nem lágrimas para chorar, apenas o soluço saiu
da minha garganta. Somente uma pergunta saiu da minha boca.
— Sabe por que manipulei para que seus parentes tirassem a própria
vida?
— Não!
— Para que minhas mãos ficassem limpas do sangue deles.
— Por quê?
— Para que possamos começar a nossa relação sem nenhum
obstáculo.
— Que relação?
— A nossa! Quero conhecê-la melhor.
— Eu jamais terei qualquer relação com você.
— Já esperava essa reação, Eleni. Não a forçarei a nada, mas como
sei que terei que convencê-la a me aceitar, ficará aqui presa, como uma
passarinho, até você entender que será minha.
— Boa noite Senhorita Koslov, sou Juna, a serviçal, vim avisa-la que
o jantar será servido em meia hora. O Senhor Voronov, pede que use esse
vestido e vá até a sala de jantar. Eu a guiarei.
— Desculpe, Juna, diga a ele que não estou disposta e não irei no
jantar.
— Há um bilhete junto da roupa, estarei esperando-a no corredor.
"Já antecipando que recusaria meu gentil convite para jantar comigo,
escrevi esse humilde bilhete para avisa-la que se não vier, terei que usar de
chantagem, eu conheço seu local de trabalho, seus amigos de faculdade, não
quero que nada aconteça com um deles. Vista o vestido para me agradar."
Dimitri
Sentei-me em um dos sofás que ele indicou e Juna trouxe a água. Ele
sentou-se à minha frente e me encarava intensamente. Fiquei desconcertada
com aquele olhar. Então ele iniciou a conversa.
— Tudo estava planejado para terminar no mesmo dia, mas a sua voz
doce e sua beleza me encararam, por isso, todos os meus planos mudaram.
— Se você está arrependido de tudo que fez, por que não me deixa ir
embora? Não quero conhecê-lo melhor, não quero ter relação nenhuma com
você, nem ao menos de amizade.
— Acontece que eu quero conhecê-la melhor e não abrirei mão disso,
enfrentei meu chefe para tê-la comigo e não desistirei assim. A propósito,
amanhã nós vamos fazer uma visita para ele e a esposa.
Eleni
E stava apavorada, em um
espaço de uma hora,
acordei e descobri que
fiquei um mês em estado sonâmbulo, não faço ideia do que me aconteceu
nesse período, tenho até medo de pensar. Descobri que perdi meu pai e
irmãos. Estava aflita com todas aquelas revelações e acontecimentos, mas o
fato de ir conhecer o chefe da Bratva pessoalmente me deixou de fato em
pânico, não gostaria nunca precisar cruzar o caminho desse homem, a bratva
é conhecida como uma das máfias mais sanguinárias do mundo por conta dos
métodos desse homem, ele não tem piedade, ainda tenho dúvidas se
realmente ele me "aceitou" depois do que meus parentes fizeram com um de
seus membros.
— Gostou da sala?
— É bonita, esperava algo diferente. Não parece o covil do demônio.
A lucidez voltou quando senti sua dura ereção e a memória aquele dia
que me forçou colocá-lo na boca veio como raio, meu estômago embrulhou e
tentei me soltar e fugir o mais rápido possível dali, o empurrava no peito.
— Deixe-me ir!
— Não lute, sei que me quer tanto quanto a quero.
— Me solta! Não o quero nem agora nem nunca.
Uma tristeza mortal apossou-se do meu coração, não podia ter uma
relação com esse homem, eu estava escandalizada com minha reação, mas
não sucumbirei, por isso preciso usar as armas que tenho e as palavras são as
únicas no momento.
— Por favor! Não faça isso, você disse que não me forçaria.
— Eu a estou forçando?
— Sim, está! — falei veemente.
— Eu disse que iria persuadi-la e se continuar tenho certeza que
cederá.
— Seu infeliz, me solta!
— Tudo bem!
Ela seguiu para o banheiro. Não me movi, não quero ter simpatia pela
empregada, apesar de se mostrar solícita e sempre com um sorriso amigável
no rosto. Ela é minha carcereira e durante todo esse tempo nunca me ajudou
sabendo que eu estava sobre efeito de medicamento. Ela voltou para o quarto
e comunicou.
— Deixarei no banheiro.
Quando ela voltou, desfez a cama, em seguida olhou para mim com
carinho.
— Está tudo pronto senhorita Koslov, tenha uma boa noite de sono e
até amanhã.
— Juna.
— Sim, senhorita Koslov.
— Você sabe que ele me mantém aqui contra a minha vontade, não
sabe?
— Não sou paga para contestar as atividades do meu patrão.
— Quando eu estava em estado sonâmbulo, alguma vez ele me
banhou ou dormiu aqui no quarto? — Precisava saber isso.
— Não senhorita, somente eu cuidava de suas necessidades, ele só
entrou aqui algumas vezes para ver como a senhorita estava, mas sempre com
minha presença.
— Obrigada!
— Com licença!
Eleni
e falou animada.
A cordei com as cortinas
sendo abertas, Juna
estava dentro do quarto
Imaginei isso, penso que ele me trouxe para essa área remota somente
para me impossibilitar de tentar fugir, mas ele não conhece Eleni Koslov, sou
filha de criminoso e não aceitei ser subjugada nem por meu pai, muito menos
serei por ele.
— Desculpa Juna!
— Neh! Não tem problema, está apenas aborrecida e eu entendo.
— Mas não vestirei nada.
— Se entende com o patrão quando ele voltar.
— Me entenderei sim, exigirei ir embora.
Juna nada disse e saiu, retomou alguns minutos depois com o café da
manhã.
Não queria admitir, contudo era inevitável não admirar sua beleza
máscula e um certo encanto... um encanto diabólico de fato, pois só assim
para entender aquele fascínio que sentia por ele.
— Está pronta?
— Sim!
— Vamos!
Fiquei envergonhada, não sei o que aconteceu nesse último mês, mas
pelo pouco que percebi, e sobre que Dimitri me falou ontem, acho que
realmente ele estava pronto a deixar a Bratva e por isso, estou temerosa em
conhecer o chefe, afinal de contas, ele me queria morta.
— Então essa é a moça que quase levou meu chefe de segurança para
a cova, junto com ela.
— Não é mais preciso preocupa-se com ela, Eleni sabe seu lugar na
Bratva agora.
— É claro, nada como uma mulher domesticada.
— Larga-me!
— E quem se importa com o amor? Essa química que nós temos não
tem nada a ver com amor.
— Eu não sinto nada por você, nem desejo.
— Seu corpo diz o contrário.
— Não é verdade, ele reage assim por medo.
— A quem quer enganar, Eleni? Eu posso provar agora que você não
resistiria.
— Você é um arrogante — elevei a voz.
— Não fale comigo nesse tom — vociferou.
— Eu o odeio e jamais me entregarei.
Dimitri
Meu pau fica duro, imagino que é minha Eleni encima de mim, ela
sorri, seus cabelos ruivos e perfumados emolduram seu rosto lindo de traços
delicados, a boca dela é uma tentação. Estendo as mãos e enlaço a mulher, ela
me beija e eu correspondo, estou tanto tempo sem sexo que acho que bati
todos os recordes da minha vida inteira.
— Eleni — murmuro.
— Não sou a Eleni, mas posso fazer tudo que ela faz e até melhor.
Talvez eu seja considerado um fraco por isso, mas ela é tão frágil e
pequena, tão inocente e corajosa também. E sua coragem fora o que mais me
encantou, tirando a linda voz dela. Quando a ouço cantar, me transporto para
um mundo mágico, onde não há dor, sofrimento, ódio, vingança... sim, a voz
dela me fez desistir da vingança como havia planejado e me sinto um merda
por isso. Meu irmão deve está se revirando no túmulo. Aleksei me entendeu,
apesar de que no primeiro momento queria me matar, mas ele também sofreu
o amor arrebatador pela sua esposa e ele sabe muito bem como um homem se
sente. É como se um trator passasse em cima da gente várias vezes sem
percebermos que estávamos sendo esmagados. É assim que meu coração está
agora, sufocada e transbordado de um sentimento maior que qualquer coisa
que já experimentei antes.
Meu coração nunca bateu de verdade, não até o momento que pus
meus olhos nela. E desde esse dia sou um homem condenado. E eu quero
isso, mas não sei até quando aguentarei não tê-la por completo. Eu preciso
dela, cada fibra do meu maldito corpo vibra para possuí-la. Por isso a
mantenho cativa, penso que isso a machuca também, mas não posso abrir
mão dela. Posso esperar para possuí-la, mas jamais a deixarei livre, ela é
minha.
Sua buceta fica exposta para mim, uma emoção forte me domina em
saber que ela nunca esteve com outro homem e que nunca estará, somente eu
colocarei a boca nela. Debrucei-me sobre ela e a olhei direto dentro dos olhos
antes de cuspir e me deliciar em sua dobras femininas. O cheiro dele é
delicioso, passo a língua em sua fenda, chupando-a e lambendo-a. Ouço seu
suspiros e gemidos tímidos, sei que ela está gostando e eu a levarei para o
mundo que ela nunca navegou antes, o da luxúria e prazer.
Depois de me deliciar em suas dobras, encontro seu botãozinho
inchado. Assim que encosto minha boca, ela arqueia o quadril e segura na
minha nuca puxando meus cabelos. Começo e sugar com vigor e ela gemi
alto.
— Dimitri.
— Ahhh! Dimitri.
Satisfeito, saio do meio de suas pernas e subo até sua boca, a tomo em
um beijo ardente e caloroso. Ela corresponde com ardor. Logo depois, deito
do seu lado e a faço encostar a cabeça em meu peito.
Eleni
A cordo subitamente e
sinto algo pesado sobre
mim, movo a cabeça e
vejo que não estou sozinha na cama. Percebo um braço bronzeado e
musculoso com pelos dourados e tatuagens em volta de mim. Olho para os
lados apertando os olhos algumas vezes tentando clarear minha mente.
Aquilo havia acontecido mesmo ou foi só um sonho? Me perguntei em
pensamento. Passei as mãos no meu corpo e percebi que a camisola estava
abaixada deixando meus seios à mostra. Desci a mão mais um pouco e
constatei que estava sem calcinha. Oh! Aquilo aconteceu mesmo, pensei que
havia tido um sonho erótico.
Movo-me tentando sair dos seus braços e ele não permite, segura-me
firmemente e tão próximo que consigo sentir seus pênis duro em minha
bunda.
Preparei para me levantar, mas ele não deixou, ainda lutei tentando
me soltar, mas fui facilmente derrotada. Cansada, comecei a chorar, meus
nervos estavam em frangalhos.
— Por favor Eleni, não quero vê-la chorando, não quero magoá-la
mais, somente fazê-la feliz.
Juna era a única que tinha a chave além dele, ela vinha regularmente
para arrumar o quarto e o banheiro, trazer minhas refeições, as roupas limpas
e provia tudo que eu precisava. Nossa convivência era cordial, mantínhamos
uma conversa leve, ela sempre gentil e sorridente.
Eleni
V oltei-me lentamente e o
encarei. Meu coração
acelerou, abri os olhos
como se estivesse assombrada. Dimitri permaneceu no mesmo lugar, alto,
elegante com as mãos nos bolsos da calça e vestido de preto da cabeça aos
pés. Seus olhos azuis estavam inexpressivos e sua fisionomia permaneceu
ilegível, sem demostrar aborrecimento, diversão ou enfado. Parecia um deus
pagão exercendo seus poderes divinos sobre meros mortais e esperando uma
respostas a sua pergunta. E que resposta lhe dar? Nem eu mesma sei o que
me fez voltar, ou talvez eu saiba mas não quero admitir. Minha mente estava
confusa, não encontrava lógica nos meus próprios pensamentos, a única coisa
que tenho certeza é a reação do meu corpo e coração.
— Se o que pretende é que te diga que irei mudar, sinto muito mas
não vou fazê-lo. Eu sou o que sou, Eleni, e se quer ficar comigo será assim,
dentro dos meus termos, entende?
— Sim!
Sua língua quente deslizou entre o vale dos meus seios e subiu
lentamente até o pescoço fazendo trilha de fogo sobre a minha pele.
Timidamente, enrolei minhas mãos na parte de trás do pescoço dele e o puxei
ligeiramente, movendo meu quadril para senti-lo melhor. Percebi que ele
sorriu, fiquei envergonhada, não sou assim tão receptiva, mas naquele
momento eu o queria muito.
Eu podia sentir a adrenalina correndo pelas veias, olhei para seu rosto
e vi sua expressão cheia de paixão e desejo. Ousada, levei minhas próprias
mãos até o coz de sua cueca, não aguentava mais esperar, precisava dele.
Dimitri percebendo a minha intenção, segurou os meus dois pulsos me
impedindo de continuar, o encarei confusa, um medo grande tomou-me, ele
irá me rejeitar? Perguntei-me com o coração pesado.
— Eleni, você tem certeza que é isso quer? A partir daqui não terá
volta.
Minha buceta se apertou em volta do pau dele até que gozei e gritei.
Era muito diferente de tudo que provei até agora sobre prazer, o pênis dele
causavam sensações devastadoras, era muito maravilhoso. Senti meu corpo
todo estremecer enquanto Dimitri ainda me fodia forte até que ele também
caiu no orgasmo em uma explosão alucinante. Seu esperma preencheu minha
cavidade, me transbordando. Seu pau enorme latejava dentro de mim. Suas
mãos seguravam meus quadris, aperando a minha carne enquanto gemia
através da sua mandíbula cerrada até liberar a última gota de sêmen.
— Sim!
Dimitri
sorriu para mim. Eu permaneci do mesmo jeito, sério fumando meu charuto.
Ela voltou-se para as notas e início a melodia. A voz doce dela penetrou meus
ouvidos e meu coração acelerou.
Ela me olhou preocupada. Acariciei seu rosto e beijei seus lábios lhe
passando confiança. Logo ela circulou as mãos em meu pescoço e se declarou
mais uma vez.
— Eu te amo!
— Também te amo!
Fim.
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Livro A Aposta
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