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Dedicatória
Dedico esse livro ao meu esposo que me incentiva a continuar
escrevendo, me dando dicas e sugestões, acompanhando tudo de perto, me
dando todo o apoio e suporte. À minha mãe que leu meu livro, e me ajudou
bastante com dicas para melhorar minha escrita, com alguns pontos soltos e
me deu total apoio, dizendo que sou capaz de escrever um livro. E aos meus
leitores.
Para as minhas parcerias:
Isa, Isis, Lorena, Skarlat, Aline, Autora Candy Boss, Autoras Lis, Cíntia,
Daiany, Dayana, Ella, Giovanna, Hylanna, Íris, Juliana, Karine, Lais, Luana,
Paty, Susana e Zayra.
E as minhas betas maravilhosas:
Isabella, Isis, Lorena e Skarlat.
Observação
No restaurante o maître nos acompanha até a mesa que meu pai reservou.
Me sento ao lado de Enrico e meus pais se sentam à minha frente. Fazemos
nossos pedidos e o rapaz se afasta.
— Recebemos convites para o jantar beneficente dos Campbell, para irmos
na próxima semana — mamãe informa.
— Nossa, pensei que não iria ter esse ano — comento um pouco surpresa.
— Também pensei, querida. Mas recebemos o convite ontem — papai
responde.
Somos interrompidos, pelo garçom que traz a jarra de suco, nos serve e se
retira.
— Então preciso providenciar meu terno — Enrico comenta.
Meus pais se olham e minha mãe fita Enrico, sem graça.
— É..., você não foi convidado, Enrico. — Prensa os lábios.
— Como assim, Karen? — Enrico a olha, colocando o copo de suco na
mesa.
— Apenas nós recebemos o convite — meu pai responde, e toma seu suco.
— Sim, Hector, mas e o Douglas? Ele nem gosta dessas coisas — Enrico
fala.
— Douglas vai, sim. Ele sempre vai, na verdade. — Meu pai o olha. —
Sempre faz doações significativas, nunca perde um evento.
— Qual é, Hector? — Enrico sorri sem humor, e se altera um pouco. —
Douglas só vive para trabalhar na merda do FBI.
— Olha, Enrico... — Ele interrompe meu pai.
— Eu sou o namorado da Manuela, eu quem devo ir. Manuela sozinha em
um evento cheio de homens? — Enrico apoia as mãos na mesa.
Meu pai trinca o maxilar e fita Enrico bem sério.
— Enrico, peço que meça as suas palavras. Meu filho vai, sim! Eu não vou
pedir para ele não comparecer só porque você quer ir. E não chame o trabalho
do meu filho de merda, Enrico, de maneira alguma. Não tenho culpa se você
não foi convidado. — Meu pai o olha, sério. — Sobre Manuela..., ela vai
sozinha para onde ela quiser ir. Você não manda nela, e ela não estará
sozinha. Se ela quiser ir a algum lugar, sozinha, ela vai, e não será você quem
irá impedi-la.
Enrico respira fundo, se controlando e toma um gole do seu suco, sem falar
nada. Enquanto meus pais conversam entre si, Enrico me dá um olhar
extremamente furioso e me encolho na cadeira, sabendo o que virá depois,
quando estivermos sozinhos. E só de pensar no que pode acontecer, fico
extremamente angustiada e perco a fome.
— Você decidiu que a cor do vestido vai ser um azul Capri de seda, para o
jantar beneficente? — Amy me olha.
— É. Amanda e Olívia acharam que um verde esmeralda ficaria perfeito,
mas concordaram nesse azul. O estilista me mostrou detalhadamente como
será o vestido, e eu gostei — comento.
Pego duas taças no armário e entrego a ela.
— Hum... E as joias? Já pensou? — Amy abre o vinho branco e despeja
nas taças.
— Pensei em alguns da Cartier, dei uma olhada no catálogo e fiquei
encantada com algumas peças da nova coleção. Mas também pensei nas da
Tiffany&Co. O que acha? — Bebo um gole do vinho.
— Nossa, é perfeito. — Ela se anima. — Com certeza, uma joia exclusiva
vai combinar perfeitamente com o seu vestido.
— Sim. O decote do vestido merece um colar perfeito e comprido, brincos
que combinem perfeitamente, um anel e uma pulseira. Acho que vai ficar
lindo — comento.
Nos sentamos no sofá do meu apartamento, e apoio meus pés em cima da
mesinha de centro.
— Você e o Rodrigo, como estão? — pergunto, girando a taça.
— Estamos bem, mas ele viaja tanto, que me deixa sozinha muitas vezes.
— Ela olha a taça
— Você já conversou com ele? — A olho.
— Pretendo conversar essa semana. Eu sei que as viagens que ele faz são a
trabalho, dos negócios que ele faz, mas poxa..., é tão ruim estar sempre
sozinha, sabe? — Assinto.
— Eu te entendo perfeitamente — murmuro.
— Você e o meu irmão não estão se dando bem? — pergunta.
— Você sabe como seu irmão é, quer tudo do jeito dele. — Bebo um gole
do vinho, sentindo meu peito apertar.
— Sei exatamente como Enrico é chato demais, quer ser perfeito ao
extremo. — Ela me olha. — Às vezes ele cisma com meu namorado,
acredita? Tem horas que ele perde a noção das coisas.
— Mas o Rodrigo sempre foi bom com você — argumento.
— Exato. Mas ele quer achar defeito em tudo — murmura, irritada.
— Ninguém é perfeito. — Dou de ombros.
— Mas ele acha que é. O sabe tudo. O senhor perfeito — fala com desdém.
— Às vezes me irrita, me dá vontade de voar no pescoço dele.
Dou uma risada.
— Pois é. Às vezes também sinto — digo
Ela me olha atentamente.
— Vocês estão bem mesmo? — pergunta.
Suspiro e assinto, dando um sorriso forçado.
Estou cada dia pior, não quero comer, não quero sair de casa, não quero
assistir..., eu só fico o dia todo no quarto, deitada, chorando. As náuseas se
tornaram frequentes e as dores abdominais também. Há dias Enrico não me
manda mensagem e não liga. Isso me deixa tão triste, magoada e apreensiva.
Será que ele ficou com outra pessoa? Sinto meu coração acelerado com a
possibilidade de Enrico ter ficado com outra mulher. Será que ele é capaz de
me trair? Só de pensar nisso, sinto náuseas e meu corpo trêmulo.
Sinto meu celular vibrar em cima da cama, pego e vejo uma mensagem do
meu irmão.
Douglas: Irmãzinha, como está? Quero te dizer que marquei com nossos
pais o jantar que eu tinha lhe falado. Mila está bem ansiosa para te ver de
novo, já faz tempo... Ah, e leva seu namorado. É hoje, às oito. Beijos! Amo
você, princesa.
Suspiro, pensando se ainda tenho um namorado. Travo o celular e me
agarro ao travesseiro, sentindo meus olhos marejarem e fungo, querendo não
chorar mais. Não aguento mais chorar, não aguento mais sentir medo,
angústia, desespero, apreensiva. Por que fico me sentindo tão mal? Não
consigo dormir direito, sinto náuseas constantemente, assim como diarreia.
Tudo que eu como, coloco pra fora. Não estou bem, e não sei o motivo.
Horas se passam, e meu celular vibra indicando que tem uma mensagem.
Pego meu celular e meu coração acelera com o que vejo.
Enrico: Precisamos conversar. Você errou, e está fazendo todo esse
drama sem falar comigo. Nem parece que eu tenho namorada.
Com os dedos trêmulos eu digito.
Eu: Meu irmão chamou você para jantarmos na casa dos meus pais às oito.
Você vai?
Vejo-o digitar.
Enrico: É só isso que vai falar? Vai ficar mudando de assunto? Estou
avisando logo que não sou culpado de nada, a única culpada é você.
Sinto meu coração acelerar e meu estômago embrulhar.
Eu: Enrico, isso conversamos depois. Não estou muito bem. Só responde
se vai ou não?
Enrico: Vou. Passo por aí e pego você.
Eu: Não precisa. Vou mais cedo.
Enrico: Vai fazer o quê lá cedo?
Eu: Ué, ficar um pouco com meus pais, o que faz tempo que eu não faço.
Enrico: Tá.
O vejo ficar offline e meus olhos ficam marejados. Não aguento mais
chorar e me sentir dessa forma. Uma inútil que não consegue bater de frente
com ele. Eu sou uma inútil, uma burra!
Capítulo 7
Estaciono meu carro no edifício onde meus pais moram, pego minha bolsa
e saio do carro travando-o, e indo para o elevador. Não demora muito e o
elevador para e abre as portas, mostrando a enorme sala da cobertura dos
meus pais.
— Manu! — Mila salta do sofá, e vem até mim.
Sorrio e a abraço forte.
— Ah, que saudade eu estava de você — ela sussurra, ainda abraçada a
mim.
— Também estava com muita saudade. — Sorrio. Adoro Mila.
— Oi, princesa. — Escuto a voz de Douglas.
O vejo vindo em minha direção para me abraçar, com um sorriso grande
nos lábios. Abraço forte sua cintura, me sentindo segura com ele. Meu irmão
é perfeito.
— Que bom que veio. — Beija minha cabeça.
— Meu irmãozinho pediu, então eu vim. — Sorrio, sentindo uma alegria
que fazia tempo que não sentia.
— Ah, vem aqui, vamos conversar. — Mila puxa minha mão.
Sorrio e me sento com ela no sofá. Mila é maravilhosa, uma mulher linda e
extrovertida, ela e meu irmão se dão muito bem, são um casal lindo. Linda,
de olhos verdes e cabelos castanhos compridos, deixa meu irmão mortinho de
ciúmes, principalmente quando ela está fardada.
— Me conta como estão os preparativos do casamento? — pergunto,
colocando minha mochila no canto.
— Ah, nossa..., tudo corrido demais. Mas está ficando tudo perfeito. — Ela
sorri ao ver Douglas a olhando.
— E o apartamento? — A olho.
— Só faltam chegar os móveis, mas estamos nos virando com a cozinha
semi completa e a cama. — Mila sorri.
— Estou ansiosa para conhecer o apartamento de vocês. — Sorrio.
— Mas você vai, cunhada. Claro que vai. Só deixe a gente terminar de
arrumar a casa. — Mila suspira. — Você nem imagina a bagunça que está.
— Pode ter certeza que imagino. — Sorrimos.
— Olha quem chegou. — Meu pai aparece na sala.
Levanto-me do sofá e vou até ele, com um sorriso nos lábios.
— Saudade da minha princesa. — Beija minha testa.
— Estava morrendo de saudades. — Dou um sorriso.
— Faz tempo que não vejo esse sorriso lindo, que ilumina meu dia. — Ele
me analisa.
Abro um sorriso grande. Amo demais o meu pai.
— Cadê a mamãe?
— Está no salão, mas logo chega. — Ele se senta comigo no sofá.
— O sábado religioso de dona Karen no salão. — Mila sorri.
— Pois é. — Sorrimos.
Ficamos conversando muito, eu completamente aliviada e espairecendo, o
que não fazia há muito tempo. Mamãe não demora muito para chegar, e logo
se enturma na conversa, completamente feliz falando do casamento do meu
irmão e da minha cunhada. Eu tinha decidido dormir essa noite aqui e passar
o domingo todo com meus pais e meu irmão, junto com minha cunhada, que
ficaram felizes e já tenho ideias sobre o almoço e o jantar, porque eu só irei
embora na segunda-feira.
Perto do jantar, Enrico chega e rapidamente fico desconfortável. Enrico
está com cara de poucos amigos, o que faz meu irmão e meu pai notarem,
quando ele vem até mim e me dá um simples beijo na bochecha e não fala
nada, além de cumprimentá-los com um curto boa noite. Por isso que eu não
gosto quando alguém chama Enrico para cá, porque eu sei que ele não gosta
da minha família e fica esse clima super desconfortável.
Nosso jantar está sendo ainda mais desconfortável, Enrico está ao meu
lado, jantando em silêncio, e tento me concentrar em Mila, que não para de
falar sobre o casamento. Eu tento interagir o máximo e esquecer um pouco
que Enrico está ao meu lado, bufando, mostrando claramente que não está
gostando do jantar.
— Pai, cadê aquele contrato da Manu? — Douglas pergunta ao papai.
— Da VS? Na mesa do meu quarto. Por quê? — Papai ergue a sobrancelha.
— Vou pegá-lo — meu irmão diz.
O vejo se levantar da cadeira e sumir pelo corredor, indo em direção ao
quarto de nossos pais. Sinto o olhar de Enrico sobre mim, mas não me atrevo
a olhá-lo. Não sei bem o motivo de Douglas falar sobre esse contrato.
Meu irmão volta com o documento dentro do envelope em mãos e uma
caneta na outra. Ele se senta na cadeira e me olha com um sorriso.
— Bom, eu quis que chamasse Enrico para esse jantar, para
comemorarmos. — Douglas me olha com um sorriso.
— Comemorar o quê, querido? — Mila o questiona.
— Bom, todos aqui sabemos o quanto Manu sempre quis ser uma angel da
Victoria’s Secret. Desde nova ela sonhava em desfilar e ainda quando criança
começou a desfilar nas passarelas com roupas de grifes. — Douglas sorri para
mim, e eu sinto meus olhos marejados. — Sempre notamos sua alegria,
empolgada, sonhando em um dia ser uma angel. E hoje, aqui com esse
contrato, você vai assiná-lo e se tornar uma angel.
— Mas ela disse que não quer. — Escuto Enrico falar.
Douglas o olha, e mantém seus olhos nele, sem se intimidar.
— Ela vai assinar sim, Enrico. Sabe por quê? Porque minha irmã sempre
sonhou com isso e ninguém vai tirar isso dela — fala sem tirar os olhos dele.
— Você quer tirar isso dela, Enrico? Quer deixar a grande oportunidade da
vida dela passar?
Enrico trinca o maxilar e segura forte a taça de vinho.
— Não é que eu não queira — responde, ríspido.
— Então é o quê? Parece que não está contente da sua namorada desfilar
para uma das melhores marcas de lingerie. — Douglas mantém seus olhos
nele.
— Desfilar de lingerie — Enrico fala entre os dentes.
— E daí? Qual o problema? É uma coisa extremamente profissional. Você
deveria se orgulhar dela — meu irmão diz. — Manuela sempre sonhou com
isso.
Enrico fica calado, mas eu sei o quanto ele está puto, por Douglas estar
batendo de frente com ele. Douglas me olha e me sinto feliz por essa sua
atitude. Sinto meu coração acelerado, e dessa vez não é por medo, angústia...
e sim, por felicidade. Meu corpo inteiro vibra de felicidade.
— Então, princesa, vamos assinar? — pergunta com um sorriso.
— Ah, meu Deus! Eu já disse que amo você? — Mila se pendura no
pescoço dele, beijando sua bochecha.
— Douglas, eu... — Enrico me interrompe.
— Posso falar com você rapidinho? — Enrico me olha.
Seus olhos escuros transmitem ódio e raiva, e eu sei que se eu for falar
com ele, ele vai me pressionar a não assinar o contrato.
— Não, Enrico. Ela primeiro vai decidir agora se vai assinar ou não. —
Meu irmão bate de frente com ele.
— Eu não posso falar com minha namorada? — Enrico pergunta,
trincando o maxilar.
Olho meus pais que estão um pouco surpresos ao ver meu irmão e meu
namorado batendo de frente um com o outro, sem entender nada.
— Pode, mas depois. — Douglas me olha. — Então, vai querer assinar?
Assinto com um sorriso, mesmo sabendo das consequências do meu
namoro.
— Você disse que não queria. — Enrico segura minha mão, sobre minha
coxa, apertando-a.
Ele mantém seus olhos em mim, me intimidando a dizer não, como ele
quer.
— Mas ela acabou de dizer que quer. — Mila me defende.
— Mas ela... — Meu irmão o interrompe.
— Enrico, seu nome é Manuela? É você que vai desfilar? — Meu irmão o
olha, sério. — Não se meta, deixe ela decidir o que ela quer para a vida dela!
Engulo em seco, sentindo meu coração bater forte, e depois de muito
tempo, ele bate forte de alegria e não de angústia ou desespero. Douglas
empurra o contrato na mesa em minha direção junto com a caneta. Pego a
caneta com as mãos trêmulas, pronta para assinar o contrato que eu sempre
quis, quando sinto Enrico apertar forte minha outra mão, fazendo-o olhar.
— Ei, olhe para o contrato e assine. — Meu irmão chama a minha atenção.
Então eu assino o contrato que eu sempre sonhei para minha vida, sentindo
uma alegria imensa dentro de mim, e uma vontade enorme de me jogar nos
braços do meu irmão e agradecê-lo imensamente por isso.
Eu sei que meu namoro está em risco após esse contrato, e eu tenho certeza
disso, quando Enrico diz que ter que ir embora, após terminarmos de jantar.
Quando as portas do elevador se fecham, eu vejo uma mensagem no meu
celular, que me deixa angustiada.
Enrico: Acabou! Não me ligue, e não venha atrás de mim.
Capítulo 8
Eu sabia que se irritasse a Hannah sobre ela não conseguir uma foto com a
Manuela Peterson, ela iria me chamar para mostrar que conseguiu a foto, e
iria esfregar na minha cara isso, ainda mais na frente dela. É justamente o que
está prestes a acontecer, e é isso que eu quero que aconteça. Bom, eu não
saberia como chegar nela, somos de mundos diferentes, ela é uma modelo e
eu sou um CEO. Várias pessoas que estão nesse jantar beneficente, só
conheço pelos sites ou revistas, a tal Manuela eu mesmo nem a conhecia,
acho por eu viver em um lugar ou vida diferente da dela... Não sei.
Vejo Hannah interagindo com Manuela, que mantém um sorriso lindo nos
lábios pintados de vermelho. Manuela está perfeita em um vestido azul, seus
cabelos ruivos longos, lisos, deixando-a mais linda. Dou um gole no meu
champanhe sem tirar os olhos dela, e noto o quanto ela chama atenção de
todos nesse jantar. Acho que ela não percebe a beleza que tem, não sabe do
poder que tem, ela pode deixar um homem de joelhos para ela, é exatamente
o que ela está fazendo comigo.
Não vou ser hipócrita, já saí com diversas mulheres bonitas e elegantes,
não irei rebaixá-las só porque notei a Manuela e estou bastante interessado,
mas vou ser sincero, ela chama a minha atenção, e sinto algo dentro de mim,
que desconheço. Sempre tive a mulher que eu quisesse, algumas estavam
totalmente à minha disposição, mas eu sempre fui um homem reservado, não
vou mentir que adoro uma putaria, já dividi mulheres com meus irmãos em
clubes privados, mas como são sigilosos, a sociedade não sabe desse nosso
lado pervertido que às vezes colocamos em prática. Eu continuo sendo
reservado, sempre escolhi mulheres discretas para passar um tempo, nada
mais. Não gosto de mulheres aproveitadoras, interesseiras e oportunistas, eu
gosto daquelas mais reservadas, inteligentes, simpáticas e educadas. Eu sou
um bom observador, sempre quando quero escolher uma mulher para um
sexo sem compromisso, a analiso bem, muito aliás. Gosto de preservar minha
reputação, eu sou um homem sério e quero manter minha reputação intacta,
não quero que seja manchada por uma mulher que chame muita atenção, só
pelo fato de estar ao lado de um homem bem-sucedido e bonito.
Não sou convencido como meus irmãos, principalmente Dimitri, que às
vezes adora se exibir. Mas eu sei que sou um homem bonito, que chama
atenção. Cuido bem da minha vida, da minha alimentação, e mantenho uma
rotina diária com meus exercícios físicos. Não gosto de me exibir, longe
disso, apenas gosto de me cuidar.
Hannah aponta para mim e é quando Manuela me olha, e mantém seus
olhos em mim. Eu já disse que ela é linda? Pois é, ela está absurdamente
linda, e agora eu posso analisá-la melhor. No dia que eu a vi pela primeira
vez, não tive muito tempo para notá-la, mas agora eu posso. Hannah acena
para mim, para eu ir até elas e sorrio internamente, sabendo que o meu plano
foi bem-sucedido. Coloco minha taça de champanhe vazia na primeira
bandeja que passa a minha frente, e ando calmamente até elas.
— Eu disse a você que iria conseguir tirar uma foto com ela — Hannah
fala, assim que me junto a elas.
Dou um sorriso de lado e olho Manuela, que está me fitando com seus
olhos castanhos.
— Não vai me apresentar? — pergunto a Hannah, sem tirar os olhos de
Manuela.
— Essa é Manuela Peterson. — Hannah a olha. — Manuela, esse é o meu
amigo, Demétrio D’Saints.
Manuela me dá um sorriso e nós dois nos aproximamos, beijo sua
bochecha sentindo seu cheiro, que invade minhas narinas e sinto seus lábios
macios beijarem meu rosto. Seguro sua cintura e lhe dou mais outro beijo na
bochecha.
— Manuela... — falo, achando perfeito como seu nome soa em meus
lábios.
Ela sorri, tímida, sem tirar os olhos de mim.
— Demétrio. — Manuela morde o canto do lábio.
— Esse é o amigo que falei, que é super chato, que adora me irritar. —
Hannah bate seu ombro no meu braço, fazendo-nos sorrir.
— Não seja má, acabei de conhecer a moça, não quero passar uma
impressão ruim — digo, e olho a ruiva.
— Não está mostrando impressão ruim, de maneira alguma. — Sua voz sai
suave.
— Olha aí! Eu disse que ela é simpática e adorável. — Hannah sorri e
Manuela sorri para minha amiga.
— Eu só vim nesse jantar para conseguir uma foto com você — Hannah
fala a Manuela.
— Não gosta de jantares beneficentes? — Manuela a questiona.
— Oh, não! São chatos demais. Não concorda? — Minha amiga pergunta.
Manuela se aproxima mais de nós.
— Também não gosto muito — ela sussurra, nos fazendo sorrir. — São
cansativos.
— Você deve ir a vários, não é? — pergunto, olhando-a.
Manuela me olha, o que faz meu coração acelerar. Nossa, ela é linda.
— Sim. Mas você também, não é?
— Pois é. — Sorrimos.
— Bom, eu preciso falar com minha amiga. Minha nossa, realizei meu
sonho. — Hannah a abraça.
Manuela a abraça, delicadamente, com um sorriso lindo nos lábios.
Hannah se despede de nós e se retira, ficando apenas eu e Manuela. Um
garçom passa com taças de champanhe e olho Manuela.
— Quer uma taça? — pergunto.
— Sim, por favor. — Pede, com um sorriso.
Pego duas taças e entrego uma a Manuela, que me agradece.
— Conte-me sobre você. — Peço, após dar um gole no champanhe.
Viro-me, para ficar de frente para ela e analisá-la melhor.
— Sou modelo, desfilo para diversas marcas de grifes — responde. — E
você?
— Sou um dos donos da Vintage Essence — digo. — Acho que conhece.
— Sim. Perguntei só para não ficar chato. — Ela dá um sorriso tímido.
— Então sabe quem eu sou? — pergunto sorrindo.
Dá de ombros, bebendo seu champanhe.
— Assim... — Sorrimos. —, é bem estranho se eu não o conhecesse, não
é?!
— Por quê? — Sorrio.
Ela ajeita seu cabelo de jeito sensual e delicado, e não perco um
movimento sequer seu, estou hipnotizado.
— Ora essa, quem não conhece os trigêmeos D’Saints? — Ela sorri e sua
espontaneidade me diverte — Todos aqui em Nova York conhecem vocês.
— Coisa boa ou ruim? — Dou um gole do champanhe.
— Que vocês são um dos melhores CEO’s, que sabem levantar bem a
empresa..., só coisa boa, não se preocupe. — Pisca o olho, com um sorriso.
Assinto e dou um gole no champanhe.
— Preocupado com sua reputação? — Ela me olha. — Algo que ninguém
deva saber? — Cerra os olhos, com um sorriso.
Solto uma risada, jogando a cabeça para trás.
— Não. Estou tranquilo com minha reputação. — Sou sincero — Mas
gosto dela reservada.
— É. Eu também. — Prensa os lábios. — Gosto da minha vida pessoal
totalmente reservada.
— Sua vida é muito agitada? — A olho.
— Muito. Você nem imagina, vida de modelo não é fácil. — Dá um gole
do champanhe. — E a sua? Imagino que também seja.
— Muito, mas a vida de pessoas de alta classe social realmente não é fácil
— comento.
Ela abre a boca para falar, mas é interrompida por um rapaz alto.
— Oi, princesa. Estava te procurando. — Ele beija sua bochecha.
— Douglas, esse é Demétrio D’Saints. — Manuela faz as apresentações.
— Demétrio, esse é meu irmão.
— Nossa, não acredito. — O rapaz estende a mão, com um largo sorriso.
— Te admiro demais. — Aperto sua mão firme, assentindo.
— Obrigado, Douglas. — Sorrio. — Estava aqui conversando com sua
irmã, ela é realmente adorável. — Douglas sorri orgulhoso.
— Manuela é uma mulher de ouro. — Olha sua irmã.
Assinto em concordância, vendo o olhar de admiração do irmão.
— Mas eu não quero atrapalhar. — Ele limpa a garganta e olha sua irmã.
— Mas precisamos ir, vamos viajar logo cedo.
— Nossa..., estava me esquecendo. — Manuela me olha, com uma carinha
triste. — Preciso ir. Foi ótimo te conhecer, Demétrio.
— O prazer foi todo meu. — Sorrio e olho seu irmão. — Foi um prazer te
conhecer, Douglas.
Douglas aperta firme minha mão, mantendo seus olhos em mim, como se
quisesse me decifrar, e o deixo saber o que transmite em meus olhos. Ele
parece ter entendido e faz um aceno. Fala algo a Manuela e se retira.
Manuela me olha e dá um sorriso triste.
— Eu preciso ir. — Prensa os lábios.
— Tudo bem. Adorei conhecer você, Manuela. Nossa conversa me fez
muito bem. — Sou sincero.
Manuela dá um sorriso de lado.
— Para mim também, adorei cada minuto.
Ela se inclina e beija minha bochecha.
— Tchau! — Me dá um sorriso.
Sorrio e ela vai se afastando aos poucos. Sinto-me vazio, como nunca
havia sentido. Seguro seu braço com delicadeza, virando-a para mim.
— Manuela... — sussurro, olhando seus olhos.
Ela engole em seco.
— O que foi?
Solto seu braço e suspiro.
— Eu quero te encontrar de novo, fora daqui. — Faço uma pausa. —
Quero te conhecer melhor.
— Demétrio... — Eu a interrompo.
— Olha, se você não quiser, tudo bem, vou entender. — Retiro meu celular
do bolso. — Mas se quiser, anota seu número de telefone para mim?
Ela olha minha mão com meu telefone e me olha novamente. Se aproxima
e pega o telefone de minhas mãos, para meu alívio, ela começa a digitar seu
número.
— Pronto, está anotado. — Ela me devolve o telefone, com um sorriso.
Pego meu telefone de sua mão e o guardo no bolso.
— Fique esperando minha mensagem. — Dou um sorriso.
Ela assente com um sorriso.
— É com isso que estou contando. — Me fita com seus olhos castanhos.
Assinto e ela me dá uma última olhada e se vira para ir embora.
— Manuela. — A chamo novamente.
Ela se vira e me olha.
— Esqueci de dizer uma coisa. — Manuela franze a testa — Você está
linda.
Ela sorri mordendo o lábio.
— Você também.
Capítulo 11
Acordo pela manhã, sentindo a claridade entrar em todo meu quarto. Abro
os olhos e sorrio, me lembrando da melhor noite da minha vida. Tateio a
cama à procura de Demétrio, mas o lugar está vazio. Sento-me na cama, nua,
e vejo que estou sozinha no quarto. Um sentimento ruim preenche meu peito.
Levanto-me e pego meu robe em cima da poltrona e o visto.
Saio do quarto chamando por Demétrio e não o encontro; nem suas roupas,
ou algo que seja dele. Meus olhos ficam marejados, mas o alívio me
preenche, quando vejo um pedaço de papel em cima do balcão da cozinha.
Vou até ele e o leio:
“Olá, Bambina. Bom dia. Infelizmente tive que ir embora logo cedo.
Recebi uma ligação dos meus irmãos, avisando que temos um problema no
trabalho, e tive que ir embora. Não queria te acordar, você estava linda
dormindo. Queria que você acordasse ao meu lado, e eu preparasse um café
da manhã, perfeito para você, mas o curto tempo que tive, só deu para fazer
um café da manhã simples.
Cortei algumas frutas, que estão na geladeira, separei torrada, e queijo.
Também fiz café, que ainda deve estar quentinho na garrafa. Minhas
sinceras desculpas. Assim que eu resolver o que tiver de resolver, eu te ligo.
Beijos, Bambina.
Ah, já ia me esquecendo. A noite foi maravilhosa.
Deme.”
Solto um sorrisinho, por saber que para ele nossa noite também foi
maravilhosa. Ponho o bilhete em cima da cama, quando escuto baterem na
porta. Sigo até a porta e a abro. Vejo Enrico com cara de poucos amigos, e
me pergunta de forma grosseiro e irritado:
— Quem está aí com você?
Capítulo 17
Entro no carro, após Davi fechar a porta, afrouxo minha gravata e abro os
dois primeiros botões, quando Enzo põe o carro em movimento. Ergo meu
punho e verifico a hora.
— Ontem à noite..., vocês escutaram alguma coisa quando liguei? —
pergunto.
Enzo me olha com um sorriso pelo retrovisor.
— Como foi mesmo, Enzo? — Davi pergunta.
Enzo faz um barulho com a garganta e me olha pelo retrovisor.
— Minha nossa..., você é tão gostoso, Demétrio. — Faz vozinha de
mulher.
Ele e Davi gargalham. Arranco minha gravata e jogo nele.
— É bom você esquecer cada palavra — ameaço.
— Ah, chefe, eu já tinha esquecido, você que me lembrou. — Ele sorri. —
Não vale me demitir por causa disso.
— Então esqueça tudo isso — aviso.
— O chefinho está todo apaixonado. — Davi cutuca Enzo, e eles
gargalham.
— Eu não estou apaixonado — murmuro.
— Você que está dizendo. — Davi sorri.
Bufo e reviro os olhos.
— Irei sair hoje à noite para a casa de Manuela — aviso.
— Olha aí, Enzo, eu disse. Sabia que iria rolar um segundo encontro —
Davi fala.
— Claro que sabia. Conheço muito bem meu patrão para saber que iria ter
um segundo encontro.
— Não é um encontro — murmuro.
— Ah, não? Tudo bem. Se está dizendo... — Enzo dá de ombros, sorrindo.
— Já vamos comprar nossas pipocas, para acompanhar os próximos
capítulos desse romance super erótico. — Davi gargalha.
— Que figlio di puttana[12]! Vocês não têm o que fazer não? — Faço gesto
com as mãos.
— Eu estou dirigindo — responde Enzo, com um sorriso.
— E eu, de olho em qualquer movimento estranho. — Davi sorri.
Sinto meu telefone vibrar, retiro-o de dentro do bolso do paletó e sorrio,
vendo uma notificação de Manuela.
Bambina: Você vem mesmo?
Sorrio e digito.
Eu: Com certeza. Já estou a caminho da cobertura, para tomar um banho,
trocar de roupa e ir para sua casa.
A vejo digitando.
Bambina: Você vai dormir aqui?
Respiro fundo e suspiro.
Eu: Só se você quiser.
Bambina: Quero sim.
Abro um sorriso.
Eu: Vou levar uma pequena mala, com minhas roupas, tudo bem?
Bambina: Vem logo!
Eu: Chego em poucos minutos. Beijos.
Travo o celular e vejo meus seguranças olhando para mim com um sorriso.
— Depois diz que não está apaixonado — Davi diz e sai do carro.
Reviro os olhos e saio após ele abrir a porta. Enzo contorna o carro e vem
até mim, com um sorriso nos lábios.
— Vão se foder vocês dois! Desço em poucos minutos. — Pego minha
gravata da mão de Enzo e subo para a cobertura, escutando-os gargalharem.
Seguro sua nuca e beijo sua boca deliciosa com gosto de vinho. Manuela
afunda seus dedos em meus cabelos se esfregando em mim, me fazendo
gemer em sua boca. Sinto sua boceta roçar no meu pau duro, fazendo-o
pulsar mais e mais por ela. Ela chupa meu lábio e se afasta, se levantando.
Retira seu short, ficando com uma calcinha minúscula, totalmente de renda,
que não deixa nada para a minha imaginação. Mordo o lábio vendo seu corpo
delicioso. Porra, ela é gostosa pra caralho.
Manuela leva suas mãos pequenas e delicadas até o cós da minha bermuda
de moletom e abaixa junto com a cueca, me deixando totalmente nu na sua
frente, com o pau apontando para meu umbigo, duro e pulsante por ela. Ela
sorri ao jogar minha bermuda longe, admirando meu pau babado por ela. Me
encosto melhor no sofá e ela abre minhas pernas, com suas mãos, ficando no
meio delas. Passando suas mãos pelas minhas coxas, indo até minhas bolas.
Um gemido baixo sai da minha garganta, quando ela começa a massageá-las.
— Bambina..., não precisa fazer isso. — Acaricio seu rosto.
— Você não quer? — Me olha.
Passo meu polegar em seu lábio e a olho.
— Minha nossa, como eu quero..., mas você não precisa fazer, isso não é
primordial para mim — digo.
Manu lambe os lábios ressecados e morde-os.
— Mas eu quero fazer. Você quer que eu faça? — pergunta.
— Quero, quero muito. Mas não se sinta obrigada. — Tiro alguns fios de
cabelo do seu rosto.
— Não estou me sentindo obrigada. Eu quero muito chupar você. — Ela
segura meu pau, e começa a me masturbar, lentamente.
— Hum. — Mordo o lábio. — Suas mãos são perfeitas.
Ela massageia meu pau, sem pressa, me olhando nos olhos, me testando.
Uma mão sua desce pela extensão do meu pau e vai até as minhas bolas.
Solto um gemido baixo e ela sorri. Manuela fica brincando com meu saco,
enquanto me masturba com a outra mão, passando o polegar na glande, onde
está toda molhada. Pego uma pequena almofada, e coloco-a atrás da minha
cabeça como apoio e fecho os olhos, sentindo suas mãos em mim. Sinto suas
mãos pequenas largarem meu pau e subirem pelo meu abdômen, arranho-me
levemente com suas unhas grandes. Abro os olhos e a vejo me admirando.
Aquele olhar de pura satisfação e luxúria.
— Você é tão lindo. — Passa suas mãos em minhas coxas.
— E você é muito gostosa. — Fito seus olhos, vendo-os com um brilho
diferente.
Manuela sorri e leva suas mãos novamente ao meu pau, se inclina e passa a
língua em toda sua extensão, fazendo-me gemer um pouco mais alto. Nossa,
a língua dela é perfeita e macia. Estico meu braço, retirando alguns fios de
cabelo, quando ela abocanha meu pau, colocando-o todo em sua boca.
— Oh! Minha nossa! — Trinco os dentes.
Manu sorri com meu pau dentro da sua boca e começa a me chupar com
vontade, fazendo zoada com a saliva, me deixando louco de tesão. Chupa, me
olhando nos olhos o tempo todo, o que está me deixando mais duro e pulsante
na sua boca. Ela mantém seus olhos em mim, mostrando que está adorando
me ter na sua boca. Manuela me chupa com gosto, mostrando claramente o
quanto está gostando de me dar prazer.
— Nossa..., fantasiei demais essa boquinha no meu pau. — Jogo a cabeça
para trás.
Ela me lambe, me chupa, me fazendo gemer. Com as minhas duas mãos,
afasto seus cabelos da frente, e os levo até o alto da sua cabeça, para me
proporcionar uma visão melhor dela me chupando gostoso, a visão perfeita
para aumentar minha libido. Ela de joelhos me chupando, com a bunda
empinada com uma calcinha fio dental, está me deixando louco de tesão. Tira
meu pau da boca e volta a lambê-lo, principalmente nas partes onde me
proporciona mais prazer, que está conhecendo aos poucos e explorando mais
e mais. Seguro forte seu cabelo, mordendo o lábio, adorando cada minuto,
que está me levando ao delírio. Ela volta a me chupar, me levando todo em
sua boca.
— Puta merda! Ah, que delícia! Você chupa tão gostoso. — Mordo meu
lábio.
Ela continua me chupando, me levando ao êxtase, me fazendo perder a
cabeça a cada minuto. Manuela sabe o que está fazendo, sabe que está me
deixando a ponto de gozar na sua boca gostosa. Enquanto me chupa, brinca
com minhas bolas, me incentivando a gozar, mas eu não quero gozar agora.
Quero aproveitar mais.
— Vem cá. Deita aqui de perna bem aberta, para eu ver sua boceta. —
Puxo seu braço.
Ela faz o que peço, se arreganhando toda no sofá, mostrando o quanto está
molhada, até escorre.
— Chupar meu pau te excita, Bambina? — A olho.
— Muito. — Assente mordendo o lábio.
— Hum... Vou deixar você me chupar mais vezes. — Passo meu indicador
pela sua boceta.
— Vou adorar. — Sorri para mim.
— Você é bem safadinha! Estou amando isso. Segure bem suas pernas,
para mantê-las bem abertas para mim.
Antes que ela responda, eu caio de boca na sua boceta, saboreando seu
gosto único. Manuela geme e se arreganha mais. Passo a língua em toda sua
extensão e me concentro no seu clitóris, que está inchado, louco pela minha
atenção. Subo minhas mãos e aperto seus seios, que cabem perfeitamente em
minhas mãos, enquanto a chupo com vontade.
— Deme... — Choraminga.
— Você quer gozar, bambina? — pergunto chupando-a, vendo-a com a
boca entreaberta, gemendo.
Manuela assente, mordendo o lábio. Passo a língua em seu clitóris e enfio
um dedo dentro dela, que arqueia as costas e geme, se arreganhando ainda
mais. Enfio mais um dedo e pressiono seu ponto G.
— Ai, Deme... estou quase gozando. — Choraminga, fazendo uma carinha
sexy.
Sorrio e aumento mais a velocidade dos meus dedos dentro dela, sentindo-
a apertar meus dedos e gozar. Chupo seu clitóris e ela puxa meus cabelos
com força, gemendo alto, se contorcendo no sofá, com as pernas trêmulas e a
respiração ofegante. Aperto seus seios, terminando de chupar sua boceta, que
está bem vermelhinha.
— Você tem um gosto delicioso. — Levanto-me, tocando meu pau.
Manuela faz menção de se levantar.
— Quietinha aí. Vira esse rabo para cima, porque eu vou te comer por trás
— ordeno e ela faz o que mando, totalmente animada. — Muito bem! Fique
assim, até eu voltar.
Ela vira o rosto sorrindo e caminho até seu quarto. Vou até minha mala,
abro-a e tiro da carteira uma camisinha e volto para sala, vendo Manuela me
olhando, com um sorriso sapeca, de quatro no sofá. Rasgo o plástico da
camisinha e visto meu pau com o látex. Jogo a embalagem em qualquer lugar
e vou até ela, passo a mão na sua bunda lisinha e lhe dou um tapa forte,
fazendo-a pular de susto. Passo a mão, amenizando a dor, vendo que ela
gostou. Pego meu pau e pincelo na sua entrada, espalhando seu gozo para
facilitar minha entrada e entro de vez, fazendo-nos gemer.
Minha nossa! Ela é tão gostosinha, quentinha, macia..., uma delícia.
Manuela geme quando começo a me movimentar e seguro suas nádegas,
vendo-a maior e bem apetitosa. Minhas bolas batem nela, pelos movimentos
rápidos que estou fazendo. Manuela segura forte no encosto do sofá,
gemendo baixinho. Trinco os dentes quando Manuela começa a gozar, de
novo.
— Merda! Você está tão sensível. — Aumento a velocidade das minhas
estocadas.
Ela se segura no sofá, pois estou indo muito rápido, louco para gozar e
fazê-la gozar de novo é claro, o primordial. Desço minhas mãos pelas suas
costas e puxo seu cabelo, deixando sua bunda mais empinada. Entro fundo,
batendo minha pélvis em sua bunda, ecoando o som na sala. Jogo a cabeça
para trás, afundando meus dedos em sua bunda e com a outra puxando seu
cabelo. Suor escorre em meu peitoral, descendo pela barriga e mordo o lábio,
soltando um gemido abafado. Solto seu cabelo e me inclino, para beijar suas
costas, entrando fundo e lento dentro dela.
— Deme... — Manuela geme baixinho.
Beijo seu ombro e puxo seu corpo para colar no meu e beijo seu pescoço,
sentindo-a afundar seus dedos em meu cabelo, gemendo.
Somos interrompidos, quando escutamos batidas fortes na porta.
— Manuela, abre a porra dessa porta! — Um homem grita atrás da porta.
Rapidamente Manuela fica tensa.
— Manuela, eu sei que está aí dentro com esse filho da puta! Abre essa
porta! — Bate mais vezes na porta.
Manuela me empurra e me faz sair de dentro dela, saindo do sofá. Ela se
vira e me olha assustada.
— É o Enrico — sussurra, passando as mãos nos cabelos, que estão
bagunçados.
— Manuela! — Ele grita mais uma vez.
Me aproximo de Manuela e puxo sua cintura.
— Vem cá. — A faço pular em meus braços.
Caminho com ela até seu quarto, escutando os gritos do Enrico e a coloco
na cama e subo em cima dela.
— Só se concentra em mim — sussurro, beijando seu queixo —, na minha
voz. — A penetro devagar. — Só em mim... em nós.
Ela me abraça com suas pernas e começo a me movimentar dentro dela,
fazendo-nos gemer e aos poucos esquecer Enrico, no lado de fora do
apartamento. Manuela passa suas mãos nas minhas costas, afundando suas
unhas em mim, fazendo-me ir mais fundo.
— Ah, Demétrio! — Joga a cabeça para trás.
Abaixo minha cabeça e chupo seus seios, fazendo-a gemer mais.
— Que gostoso. — Ela crava as unhas nas minhas costas. — Minha nossa.
Vai mais rápido, Deme. Eu preciso de mais.
Rosno e coloco suas pernas nos meus ombros, ficando ajoelhado na cama,
começo a me movimentar mais rápido, indo mais fundo. Manuela se contorce
na cama, gemendo e beijo sua perna, respirando ofegante.
— Que delícia... — Aumento mais a velocidade.
Manuela grita e se contorce, gozando, prendendo meu pau. Fecho os olhos,
sentindo um arrepio na espinha e gozo trincando os dentes. Respiro ofegante,
sentindo minha libertação se esvair, me trazendo um alívio enorme. Saio de
dentro dela e caio na cama ao seu lado, respirando rápido, sentindo meu
coração bater forte. Ficamos sem silêncio, controlando nossas respirações.
— É, ele cansou e foi embora — murmura, divertida.
Sorrio e a olho.
— Pensei que tinha desmaiado. — Ela sorri.
— Dessa vez não. — Me olha corada.
Capítulo 20
Opto por um short de tecido na cor preta, para combinar com o blazer que
estou usando, sem blusa por baixo, totalmente fechado e elegante, com as
mangas dobradas nos cotovelos e um salto alto com amarração no tornozelo.
O blazer tem um decote em v discreto, nada tão chamativo, o que me permite
usar alguns colares. Deixo meus cabelos soltos mesmo, com uma maquiagem
leve, coloco algumas pulseiras e anéis e procuro pela minha bolsa.
Recebo uma mensagem de Douglas, avisando que está lá embaixo me
esperando e me apresso em desligar as coisas e sair do meu apartamento.
Assim que chegamos no restaurante, somos recepcionados pela hostess até a
nossa mesa, nos sentamos e fazemos nossos pedidos com calma e pedimos
alguns aperitivos e vinho como entrada.
— Ah, querida. Estou tão feliz por ver você sorrindo. — Mamãe me olha.
— Também estou, mamãe. Fazia um bom tempo que não saíamos com a
Manu, vê-la sorrindo, totalmente família. — Douglas sorri para mim.
— Ainda bem que você deixou aquele idiota do Enrico. Ele te deixava
muito presa. — Papai toma seu vinho.
— É, mas vamos esquecê-lo, não é? Vamos falar de outra coisa. — Mudo
de assunto, com um sorriso.
— Como foi esses dias com o pessoal da VS? — Douglas me pergunta.
— Foi bom, fiz algumas fotos para a campanha e semana que vem, vou
gravar um comercial com as angels, será a minha apresentação de nova
angel. — Abro um largo sorriso.
— Estou tão animada para ver você desfilando para eles. — Mila sorri.
— Nem me fale. — Bebo meu vinho.
— E os treinos? — Papai me pergunta.
— São puxados, pai. A dieta nem se fala, por isso pedi uma comida mais
saudável possível. Preciso estar em forma até o desfile — explico.
— Deve ser puxado mesmo, sempre estar em forma. — Mila bebe seu
vinho.
— Demais, mas é algo que eu sempre quis, então vale o esforço. — Giro
minha taça.
— Me lembrei dos seus vídeos que eu vi, você desfilando em casa, usando
os óculos da Karen, a sandália maior que o pé... — Mila fala sorrindo e todos
nós sorrimos.
O meu sorriso morre ao ver Demétrio entrando no mesmo restaurante que
estou, com a sua mão apoiada na base da coluna de uma negra estonteante,
que chama atenção de quase todos no restaurante. Eles sorriem um para o
outro, e pude ver que ali, tem mais do que eu possa imaginar.
Capítulo 21
Conduzo Kimberly por dentro do restaurante, com a hostess que nos leva
até a nossa mesa. Nos sentamos um de frente para o outro e fazemos nossos
pedidos.
— Como estão as coisas? — Kim me pergunta.
— Muito boas. Semana que vem a loja abre e tudo vai voltar à
tranquilidade — respondo.
O garçom nos interrompe, trazendo o vinho. Enche nossas taças e se retira,
nos dando privacidade.
— Como foi a viagem? — pergunto, após dar um gole no vinho.
— Foi maravilhosa! Amo Nova York, você sabe disso. — Ela sorri e bebe
seu vinho. — Mas não foi por isso que você me chamou.
— Sim, não foi para isso que eu te chamei. — Giro a taça. — Vim para
dizer que, o que nós tínhamos, não podemos continuar.
— É alguma mulher na jogada? — Se encosta na cadeira e me olha.
— É, o nome dela é Manuela Peterson. — Sorrio.
— Boa escolha. Ela é linda!
— Não estou com ela por causa de sua beleza, mas sim, pelo seu jeito, a
simpatia, o carisma... Ela é maravilhosa. — Dou um gole no vinho.
— Está apaixonado? — Me olha.
— Não sei, mas me sinto bem quando estou com ela. — Sou sincero.
— Entendo. Que bom, Demétrio, não vou atrapalhar vocês.
— Obrigado.
— Mas vocês estão namorando, se conhecendo... o que afinal? —
pergunta.
— Estamos nos conhecendo, ela acabou de sair de um relacionamento
nada legal, e não está pronta para um novo relacionamento — comento.
— E você, está pronto para um relacionamento? — Toma seu vinho.
— Pode parecer loucura, mas estou pronto. — Kim assente. — Nunca
estive em um relacionamento sério, não sei bem como funciona, mas se ela
quiser, eu quero.
— Ela te faz bem, hein. — Me olha, com um sorriso.
— Muito. Me sinto leve, sabe?! Sempre falamos o que queremos e isso é
bom. Temos uma vibe perfeita — digo.
— Sinceridade e honestidade é tudo — diz e eu assinto. — Vocês têm se
visto muito?
— Sim. Fiquei de marcar com ela para jantarmos na cobertura, só não tive
tempo ainda — explico.
— Olha isso, na cobertura? Quem é você?
Sorrimos, até virar meu rosto e ver Manuela em outra mesa me fitando de
longe, muito séria.
— O que foi? — Escuto Kimberly falar comigo.
— Manuela está aqui. — Olho rapidamente Kim e volto minha atenção a
Manuela.
Manuela intercalava seu olhar entre mim e Kimberly, e não duvido que ela
esteja pensando algo que não deveria pensar. De maneira alguma! Será que
ela está achando que estou saindo com Kimberly? Eu trouxe Kim até aqui,
para dispensá-la de uma maneira menos ruim possível, do que por uma
ligação ou mensagem. O certo a se fazer era chamá-la para jantarmos e
explicar o motivo sem chateá-la, porque ela não merece nenhum desprezo
meu.
Sabia que se eu ligasse para Kim ou enviasse alguma mensagem me
desculpando, dispenso-a, ela iria agir normalmente, não iria se importar, mas
sei que, no fundo, iria incomodar um pouco. Sou um homem honesto, de
princípios, e eu nunca iria dispensar uma mulher por telefone, eu jamais faria
isso. E agora, Manuela deve estar pensando totalmente o contrário da
situação.
Manuela desvia seu olhar e fala algo com uma mulher de longos cabelos
castanhos que está ao seu lado, ambas se levantam, pegando suas bolsas e
andam em direção ao banheiro, antes de entrar no corredor ela me dá um
olhar de raiva, a mágoa estampada em seu rosto, e segue com a mulher.
— Vai lá falar com ela. Ela deve estar pensando uma coisa totalmente
diferente. Vai, eu fico aqui. — Kim toca em meu braço.
— E se ela não quiser falar comigo? Eu tinha falado com ela que não iria
sair com mais ninguém, além dela. — A olho.
— Sim, mas ela não sabe que estamos aqui para finalizar algo que tivemos
há meses. Ela deve estar chateada por estar deduzindo que estamos saindo e
que você mentiu. Sou mulher, entendo perfeitamente o que ela deve estar
pensando. Vá falar com ela, se for atrapalhar, fechamos a conta agora mesmo
e eu vou embora, sem ressentimento algum — fala.
— Tudo bem. Vou lá falar com ela — digo.
Ela assente e eu me levanto, ajeitando meu paletó e ando pelas mesas, indo
em direção ao banheiro. Entro no corredor e vejo-as de longe em frente ao
banheiro, conversando, e Manuela fazendo gestos com as mãos. Me
aproximo, chamando a atenção das duas e elas me olham, parando de falar.
Coloco minhas mãos nos bolsos da calça social e paro perto delas.
— Boa noite. Posso falar com você, Manuela? — A olho.
Ela me olha e cruza os braços, se encostando na parede.
— Não! Não está vendo que estou ocupada falando com minha cunhada?
— fala rudemente.
— Sim, estou vendo, mas eu quero falar um minutinho com você. — Olho
sua cunhada e fito seus olhos verdes. — Posso? Não irei demorar.
— Me chamo, Mila, sou cunhada de Manu, noiva do Douglas e agente do
FBI. — Estende sua mão.
Aperto sua mão firme.
— Sou Demétrio D’Saints. — Me apresento, apertando sua mão.
— Vou deixar vocês conversarem. — Ela se aproxima mais de mim e
sussurra: — Espero que não esteja fazendo merda, conserte isso. — Assinto e
ela se afasta, deixando-nos a sós. Volto meu olhar para Manuela, que não está
olhando para mim, com os braços cruzados.
— Manuela, olhe para mim. — Peço.
Ela me ignora olhando suas unhas, pintadas de um rosa claro muito bonito.
— Pode voltar para sua convidada — murmura.
Dou um sorriso de lado e fico de frente para ela. Ergo minha mão e seguro
seu queixo, fazendo-a me olhar. Seus olhos castanhos me fitam, cheio de
ciúmes e mágoa.
— Você está linda, sabia? — Me aproximo dela, me encostando em seu
corpo.
— Sua opinião não me importa — responde.
— Ah, é? Mas continua linda da mesma forma. — Olho seus lábios, me
contendo para não a beijar.
— Você deveria voltar, é falta de educação deixar a convidada esperando.
— Sai de perto de mim.
A vejo ir até o banheiro, e logo a puxo para o banheiro dos cadeirantes,
fechando a porta atrás de nós.
— O que você está... — A interrompo.
— Manuela, não é o que está pensando — me defendo.
— Ah, não? — Cruza os braços.
— Você precisa confiar em mim. Quando eu disse que iria sair apenas com
você, eu falei a verdade — explico.
— E aquela mulher? Vai me dizer que é uma pessoa importante do
trabalho? Que são velhos amigos? — Faz gestos com as mãos.
— Não, ela não é uma pessoa importante do trabalho, mas uma velha
amiga. — Me aproximo dela, mas ela se afasta.
— Ah, deixe-me adivinhar. Amigos coloridos? Que transam? — Me olha
magoada.
Suspiro, passando a mão no rosto.
— Sabia! E você quer que eu pense o quê disso, Demétrio? — Me olha
irritada.
— Manuela, não tiro sua razão, mas eu quero que saiba que não tenho mais
nada com ela — me defendo. — A chamei hoje para um jantar, para dizer
que não vamos ter mais nada, apenas amizade.
— E você acha que eu deveria acreditar nisso? — Aponta para mim.
— Eu não minto, Manuela. Quando eu disse que iria sair apenas com você,
é porque eu só vou sair com você. Sempre mantenho minha palavra —
afirmo.
Ela continua calada, esperando que eu fale mais, para tentar convencê-la.
— Eu e a Kimberly saímos diversas vezes, só a chamei hoje, para dizer
que não iremos ter mais nada.
— E deveria chamar para jantar? Tomar um vinho aos risos? — fala
irritada.
— Manuela, a esse tempo que estamos juntos, nos conhecendo, deveria
saber que eu nunca iria dispensar alguém por telefone. — A olho. — Acho
isso uma falta de respeito, principalmente por ser uma mulher. Não queria
deixá-la chateada.
— E quem está chateada sou eu. — Cruza os braços, fazendo bico.
Suspiro e me aproximo dela, retiro alguns fios de cabelo do seu rosto,
colocando-os para trás, sem desviar meu olhar do seu.
— Me desculpe, mas como eu iria saber que estaria aqui? Além disso, eu
iria contar a você sobre isso, não tinha intenção de esconder de você. Eu tinha
uma vida antes de você. — Acaricio seu rosto.
— Você iria me contar? — murmura, me olhando de soslaio.
— Claro que eu iria. Não pretendia esconder isso de você, sabia que de
alguma forma, iria cair na internet. E eu sou super sincero com você —
explico.
— Não gostei daqueles risos. — Faz bico, desviando o olhar.
Sorrio e me aproximo mais dela, segurando seu rosto.
— Sabia que aqueles risos, foi sobre você? — Beijo seu nariz. — A
conversa foi sobre você, o quanto é maravilhosa, simpática, linda, gentil...
— Tá. Vou fingir que acredito, que a mulher que transou com você, estaria
rindo do que você falava de mim — sussurra.
— Pode acreditar, Bambina. Ela está feliz por eu estar com você. Eu e
Kimberly deixamos claro o que iríamos ter e nunca ultrapassamos. Somos
amigos, ela me entende, eu a entendo, e ela sabe que eu quero ficar com você,
ela estava me incentivando a vir atrás de você. — A olho.
Ela me olha, ainda fazendo charme.
— Pode não acreditar em mim, se quiser. Não estou mentindo, não estou
falando essas coisas para que acredite em mim. Não vou chamar a Kimberly
para você perguntar, porque você tem que confiar em mim, no que eu digo.
— Manuela me olha. — Eu tinha uma vida um pouco agitada antes de
conhecer você, e não precisa ficar desse jeito. Você precisa confiar em mim,
se quer que isso dê certo.
Manuela suspira, descruzando os braços.
— Tudo bem — murmura.
Sorrio de lado e a puxo para um abraço forte.
— Desculpa pela crise de ciúmes. É que eu vi vocês dois juntos, juntos
demais. — Me olha.
— Desculpas aceitas. Kimberly não vai nos atrapalhar, eu disse que estou
com você e que não vou mais sair com ela. — Beijo seus lábios.
Ela assente.
— Você está linda — sussurro.
Manu me olha com um sorriso, seguro sua nuca e beijo sua boca. Escuto
sua bolsa cair no chão e sinto suas mãos agarrarem minha nuca para
aprofundar mais o beijo. Abraço sua cintura com as duas mãos e a puxo mais
para mim. Sinto-a ficar na ponta dos pés, — mesmo com um salto altíssimo
—, para ficar do meu tamanho.
Ando com ela, sem desviar do nosso beijo e a encosto na parede, mantendo
nossos corpos bem próximos, nos esfregando um no outro, fazendo-nos
gemer. Enfio minha língua em sua boca, aprofundando nosso beijo delicioso.
Manuela puxa meu paletó e morde meu lábio.
— Essa sua boca... me deixa louco. — Mordo seu lábio. — Você me deixa
louco.
— Deme... — sussurra, excitada
Desço minhas mãos pelo seu pescoço, passando o nariz em seu rosto,
sentindo seu cheiro que me deixa inebriado. Desço meu dedo pelo seu colo,
deslizando-o pelo seu decote.
— Você está usando sutiã, Bambina? — pergunto com a voz rouca.
Ela nega.
— Ah, Bambina... você está me deixando de pau duro — sussurro,
encostando meu corpo no seu, para ela sentir.
Ela solta um gemido e aperta minha bunda, trazendo-me mais para ela.
— Estou com uma vontade insana de tirar sua roupa e te foder nesse
banheiro. — Mordo seu lábio.
— Então faz. — Ela passa sua língua no meu lábio.
Puxo sua nuca e lhe beijo, faminto. Manuela enfia sua língua em minha
boca e a chupo, escutando seu gemido baixinho. Seguro sua coxa, subindo-a
e fico mais perto dela, esfregando minha ereção, fazendo Manu gemer em
minha boca.
— Ah, Bambina..., você precisa voltar. — Tento ter algum juízo, que foi
para a puta que o pariu.
— Unhum... Eu sei — sussurra, um pouco ofegante. — Então, se não nos
largarmos agora, não vamos sair daqui.
Suspiro, fechando os olhos. Passo alguns segundos, abraçado a ela,
aproveitando esse curto tempo. Respiro fundo e beijo sua cabeça.
— Tudo bem. — Me afasto dela. — Estou com uma vontade imensa de te
agarrar aqui dentro, mas você tem que voltar.
— Eu sei. — Pega sua bolsa no chão.
— É melhor você ir. Já estamos há um tempão aqui dentro, seus pais
podem vir atrás de você — digo.
Ela assente e me olha.
— Então é melhor eu ir. Você vai agora? — Ajeita o cabelo.
— Não. Vou demorar alguns minutos ainda. — Aponto para meu pau, que
está duro, e bem evidente.
Ela cora e assente.
— Vou indo. — Se afasta com um sorriso e abre a porta. Antes de sair ela
me olha com um sorriso. — Confio em você.
Capítulo 22
Após toda a recepção na loja, subimos para a festa mais exclusiva, com
amigos e empresários que conhecemos, e meus pais, é claro. A recepção
acima da loja, são para os mais íntimos, por isso a recepção é pequena e
reservada. O buffet e os espumantes circulam pelo local, servindo todos os
convidados presentes.
Uma mesa cheia de sacolas com a logo da loja, com alguns mimos dentro,
para presentearmos todos os convidados, à medida que eles forem embora.
Um DJ toca uma música suave no local, deixando tudo mais agradável. Um
pequeno local foi decorado, para mim e meus irmãos discursarem e agradecer
a todos por terem vindo, como fizemos a poucos minutos, e ao finalizar
fomos aplaudidos pelo longo e agradável discurso.
Vejo meus pais se aproximarem, com um sorriso nos lábios, eles me
cumprimentam após cumprimentarem meus irmãos, que estão ao meu lado e
nos parabenizam por nossa nova loja.
— A festa está perfeita — Mamãe comenta.
— Realmente a empresa fez tudo certo. — Papai bebe seu champanhe. —
E esse champanhe? Quem escolheu?
— Muito bom, não é? — Ele assente. — Foi a empresa do buffet que
sugeriu, suave e delicioso.
— Perfetto. — Mamãe dá um gole no champanhe.
Logo avisto Benjamin, vestido em seu terno vindo em minha direção.
— Parabéns, chefe. Tudo está perfeito. — Estende sua mão.
— Obrigado, Benjamin. Como foi a viagem? — pergunto, após apertar sua
mão.
— Foi ótima. Super tranquila — diz e assinto. — Depois quero falar com
você, sobre os documentos, se vai querer mantê-los aqui, ou em Milão.
— Falaremos sobre isso depois. Hoje é só festa. — Aperto seu ombro e
sorrimos. Olho por cima do seu ombro, e vejo Aaron e Nicole conversando.
— Deixe-me falar com Aaron e sua esposa, e depois nos falamos.
Ele assente e eu me afasto dele, indo em direção ao meu velho amigo, que
ao me ver abre um largo sorriso.
— Ah, Demétrio. Que saudade, cara! — Aaron me abraça.
— Eu que o diga. — Bato em suas costas.
— Como vai, Demétrio? — Nicole vem até mim e me abraça.
— Ótimo! E você está cada dia melhor — digo, gentilmente. — O
casamento está fazendo bem a você.
— Pode apostar. — Segura o braço do seu esposo, com um sorriso.
— Que bom, fico muito feliz. — Sorrio.
— Chérie[19], aquela não é a modelo Manuela Peterson? — Aaron aponta.
Sigo seu olhar, junto com Nicole, e vejo Manuela conversando com suas
duas amigas, bebendo champanhe, e sorrindo de algo que ambas estão
falando.
— É ela mesmo, chéri[20]. Não foi ela que se hospedou no seu hotel? —
Nicole olha seu marido.
— Sim. Nossa, ela mudou muito. Soube que vai desfilar para a VS —
Aaron comenta.
— Vai sim — digo com um sorriso, olhando-a de longe.
— Nossa, ela é maravilhosa — Nicole comenta. — Manuela é tão
elegante, simpática. — Assinto em concordância.
— E o hotel, Aaron? Lotado? — Olho meu amigo.
— Todas as suítes reservadas. E pode deixar que as de vocês estão
garantidas. — Ele sorri e toma seu champanhe.
— Obrigado, amigo. Agora me deixe falar com uma pessoa. — Me
despeço deles.
Vou em direção a Manuela, que ao me ver, me fita intensamente cheia de
desejo, o que me faz querer agarrá-la aqui, na frente de todos, mas me
controlo. Me aproximo e cumprimento suas amigas com um aceno e vou até
Manuela e falo em seu ouvido:
— Me segue. — Peço e me distancio dela.
Caminho entre as pessoas, cumprimentando algumas e sigo por um
corredor um pouco escuro e abro uma porta, que dá para uma sala vazia, onde
tem apenas uma mesa de madeira no meio dela. Me encosto na mesa,
colocando as mãos nos bolsos e a espero.
Logo a porta que eu tinha deixado entreaberta, é empurrada e sinto seu
cheiro preencher o ambiente. Ela aparece toda linda e sorri para mim, ao
entrar na sala.
— Passa a chave na porta. — Peço.
Ela assente e fecha a porta, passando a chave, nos dando mais privacidade,
para fazer o que eu quero fazer com ela. Ela me olha e segura firme sua bolsa
de mão.
— Agora vem cá. — A chamo com o indicador.
Ela vem andando até mim, rebolando seu quadril, me fazendo morder o
lábio. Manuela é tão deliciosa, tão gostosa, que toda vez que a vejo, quero
jogá-la numa cama e fodê-la até perder nossas forças. Ela fica de frente para
mim, e eu puxo sua cintura, encostando seu corpo no meu.
— Você está maravilhosamente linda. — A olho.
Ela sorri e coloca sua bolsa em cima da mesa, apoia suas mãos em meu
peito e encosta mais seu corpo ao meu.
— E você está sexy com essa camisa sem a gravata. Tive vários
pensamentos eróticos com isso. — Me fita, com seus olhos castanhos.
— É? — Desço minha mão pelas suas costas e aperto suas nádegas.
Manuela solta um gemido, quando dá um impulso e sente meu pau duro,
empurrando a calça, louco para entrar nela. Aproximo meu rosto do seu,
passando meu nariz em todo seu rosto, sentindo seu cheiro. Sinto suas mãos
em minha nuca, afundando seus dedos em meus cabelos, enquanto as minhas
mãos permanecem em sua bunda, apertando-a.
Me afasto um pouco e beijo seus lábios, sentindo o gosto do champanhe,
misturado com seu gosto delicioso. Segurando sua cintura, puxo-a mais para
mim, intensificando nosso beijo. Manuela solta um gemido e eu solto um
grunhido, quando ela se esfrega em mim, sem pudor algum.
— Quero te levar ao clube amanhã — sussurro em seus lábios.
— Hum... Amanhã? — Mordo meu lábio.
— Tem algum compromisso? — A olho.
Ela nega com a cabeça e aproxima seu rosto do meu e fala, antes de me
beijar de novo:
— Estou ansiosa para que amanhã chegue logo.
Capítulo 24
Assim que chegamos em frente ao clube, Enzo sai do carro para nos dar
mais privacidade. Pego uma caixa quadrada na cor preta no banco da frente e
a coloco no meu colo.
— O que é isso? — Manuela pergunta, se remexendo no banco.
— Nossas máscaras — digo ao abrir a caixa.
As máscaras são obrigatórias no clube, esconde nossa identidade de alguns
espertinhos que tentam filmar, infringindo uma das regras mais importantes
do clube; entrar sem celulares, e câmeras. A de Manuela é uma preta, toda de
renda com detalhes lindos nela, com a fita de cetim, para fazer a amarração.
A minha é simples, preto fosco com fitas foscas também.
— Se vire, para eu colocar em você. — Peço, tirando sua máscara da
caixa.
Manuela fica de costas, ainda sentada no banco, coloco sua máscara e faço
um laço firme para a máscara não cair. Ela se vira e me olha, com um sorriso.
— Está linda. — Acaricio seu queixo.
Pego minha máscara e coloco em mim. Fecho a caixa e coloco-a de volta
no lugar, no banco da frente. Volto minha atenção a Manuela.
— Você precisa me entregar sua bolsa, porque Enzo vai entregar a uma
pessoa de extrema confiança do meu amigo, que irá levá-la até a nossa suíte,
colocará em um compartimento, sem entrar no quarto — explico.
— Certo. Preciso desligar o celular? — Me entrega a bolsa.
— Não, ele só está abrindo essa exceção, porque vamos ficar até amanhã
de manhã por aqui, em um quarto e porque ele confia em mim. Então pode
ser que aconteça algo com nossas famílias ou amigos, que precisem de nossa
presença. — Ela assente. — Por isso não iremos entrar com o celular no
clube, para não correr o risco de alguém pegar e fazer algo. Enquanto
estivermos lá dentro, essa pessoa levará nossas coisas para o nosso quarto,
antes que entremos nele — falo. — Manuela, como eu havia explicado, você
poderá ver coisas que te façam se sentir desconfortável, e se quiser vir
embora, sairemos do clube no mesmo instante. Tudo bem? — Manuela
assente. — Se sinta à vontade para se expressar, sentir..., enfim. Qualquer
coisa você pode me falar.
— Entendi.
— Vamos? — A chamo.
— Sim.
Saímos do carro e mantenho minha mão na base da sua coluna e a conduzo
para dentro do clube, após liberarem nossa entrada. Manuela respira fundo,
vendo tudo ao seu redor. Um homem forte e musculoso com uma máscara no
rosto, escondendo sua identidade, usando apenas um harness masculino e
uma cueca que não deixa nada para a imaginação, passa a mão no braço de
Manuela, a seduzindo, como a mulher faz comigo, vestida com uma lingerie,
com saltos altos e uma máscara.
Manuela fica tensa ao ver o homem tentando a seduzir, solto sua mão e
fico de frente para ela. Seguro seu queixo, fazendo-a olhar para mim.
— Se quiser ir embora, é só falar — digo.
Ela assente e suspira.
— Não, tudo bem. Só não sabia que essas pessoas seriam tão... diretas —
murmura, olhando o clube.
Seguro sua mão e caminho com ela, mostrando tudo do clube.
— Não se sinta assediada, Bambina. Eles tomam a iniciativa, mas é você
que decide se quer ou não. Muitos vem aqui para apreciar um show de
strippers, ou tomar alguns drinks em um ambiente diferente — explico.
Ela segura forte minha mão, quando uma loira se aproxima de mim, me
seduzindo, com seus seios à mostra. Manuela fica olhando a mulher de um
jeito diferente, como se a quisesse longe de mim. A mulher olha para ela, e
ao ver seu olhar, se afasta rapidamente.
— Não precisa ter ciúmes. — Sorrio, apertando mais sua mão.
— Ela precisava esfregar aqueles peitos siliconados em você? — Me olha
com ciúme.
Sorrio e seguro seu queixo, para um beijo lento e delicioso, sentindo sua
língua percorrer minha boca.
— Estou aqui com você. Não precisa ter ciúme. — Lhe dou um selinho. —
Se quiser, podemos ir direto para a nossa suíte.
— Não. Quero conhecer mais o clube — fala.
Mostro todo o lugar a ela, todos os cômodos possíveis. Na sala de shows já
está acontecendo o strip-tease de um casal, se esfregando sem pudor algum
no palco, com luzes vermelhas sobre eles. Seguimos para outro cômodo onde
acontece uma cena de BDSM, com várias pessoas olhando, enquanto um
casal transa em cima de um pequeno palco no meio do salão, com pessoas em
volta.
— Minha nossa. Eles fazem assim, na frente de todos? — Manu me
pergunta.
— Sim. Essas pessoas que estão aqui, algumas são dominadoras e outras
submissas, são praticantes do BDSM, e isso que está acontecendo na mesa, se
chama cena.
Manuela continua vidrada na cena, onde a mulher está toda amarrada,
imobilizada, com cordas em volta do seu corpo e seios, com a técnica de
shibari, deixando seus punhos amarrados nas costas, enquanto o homem a
fode sem pena por trás, fazendo um grande esforço. Marcas de mãos estão em
seu corpo e ele mantém um chicote na mão, batendo em seus seios e bunda,
sem parar, mostrando que é um sádico e a mulher uma masoquista, que está
adorando sentir dor enquanto é fodida.
Manuela engole em seco, vendo a cena e vamos para outro salão grande,
onde várias mulheres dançam em um pole dance, completamente nuas,
deixando os homens e algumas mulheres suspirando vendo seus corpos nus.
Manuela me puxa, como se não quisesse que eu as visse, só que ela paralisa
quando entramos em um corredor onde tem casais se esfregando, alguns nus,
e outros fazendo práticas do BDSM, por exemplo; pet play.
— Por que essa mulher está fazendo o homem de cachorro? — Manuela
sussurra, para eu escutar.
— Bom, essa é uma das práticas do BDSM, que se chama pet play. O
dominador, no caso, a dominadora como você está vendo, faz com que seu
submisso se comporte como um animal de estimação, pode ser um cachorro
ou gato. — Ela arregala os olhos. — Por isso a coleira em seu pescoço.
Ela fica calada e eu continuo:
— Durante a prática, o submisso ou submissa, imita integralmente o
animal. O pet play pode ser divertido para eles, traz uma oportunidade de elas
tirarem uma folga, do que é ser um humano. Às vezes serve como um
castigo, que o submisso não fez o que foi mandado pela sua dona, ou porque
eles gostam e é divertido para eles. — Dou de ombros.
A mulher passa por nós, com dois adesivos em forma de x nos seios, uma
máscara preta no rosto, com uma tiara na cabeça com duas orelhinhas fofas,
usa uma cinta liga preta com as meias 7/8 com um salto bem alto, segurando
a cordinha que leva até a coleira no pescoço do homem, que anda como um
cachorro, completamente nu.
Manuela sacode a cabeça e me olha.
— Acho que é melhor irmos para a nossa suíte. O que acha? — Sorri,
colocando suas mãos em meu peito.
— Já estamos atrasados, querida.
Manuela me disse que sabe dançar pole dance, só não sabia que seria tão
perfeita, dançando como uma profissional. Eu fiquei tão empolgado, que tirei
meu blazer, jogando em qualquer lugar, tirei a camisa de dentro da calça e
abri todos os botões, sabendo que poderia deixá-la maluca. O quarto está
fresquinho, na temperatura perfeita para um outro momento, pois para mim
está calor demais, ao ver uma ruiva estonteante dançando pole dance para
mim, apenas para mim.
Uma música sensual e bem explícita soa no quarto, deixando tudo mais
quente e excitante. A luz vermelha reflete em Manuela, deixando-a mais
perfeita. Ela agora está sem o vestido, e está apenas com uma lingerie linda, a
máscara e saltos. Puta que pariu. Ela faz os movimentos segurando a barra de
ferro, fazendo questão de mostrar sua bunda, que faz meu pau pulsar. Aperto
meu pau sobre a calça, soltando um gemido baixo, vendo seu corpo se
movimentando perfeitamente com a música. Sua lingerie é perfeita. O sutiã
meia taça sem alças, empina seus seios, que me fazem salivar. A porra da
calcinha minúscula, toda de renda, que não deixa nada para a imaginação.
Levo o copo com uísque até a boca e dou um grande gole, sem tirar os
olhos dela, vendo-a rebolar e descer até o chão de forma sexy e provocativa.
Após ingerir todo o líquido âmbar do copo, deixo-o na mesinha ao meu lado,
levanto-me do sofá e vou até ela em passos firmes. Ao me aproximar, ela fica
de costas para mim, balançando seu quadril, com um sorriso safado nos
lábios.
Seguro seu quadril e me movimento com ela, fazendo os mesmos
movimentos, esfregando nela, minha ereção dura e pulsante dentro da calça.
Ela sorri e se esfrega mais em mim, ainda dançando. Subo minha mão,
passando pelo seu corpo, sentindo sua pele macia, com minhas mãos grandes.
Inclino minha cabeça me aproximando do seu pescoço, cheirando-o.
— Você está me deixando tão duro. — Beijo seu pescoço. — Chega doer,
Bambina.
Manuela sorri e se esfrega mais em mim. Afundo meus dedos em seus
cabelos e puxo-os com força, fazendo-a virar seu rosto e ataco sua boca, num
beijo forte e intenso, mostrando o quanto a desejo. Manuela gira seu corpo, e
me puxa mais para ela.
— Demétrio... — Geme em minha boca.
— O que você quer, Bambina? — Mordo seu lábio.
Sinto suas mãos apertarem minha bunda.
— Quero sentir seu pau dentro de mim — sussurra.
— É? — Puxo sua nuca. — Quer meu pau enfiado nessa boceta gostosa?
— Quero. Quero agora! — Pede, excitada.
Seguro seu queixo e mordo seu lábio.
— Deixa eu ver se está molhadinha. — Minha voz sai rouca.
Desço minha mão e a enfio dentro da sua calcinha, indo direto para sua
boceta, retiro o vibrador jogando-o no sofá e levo meu dedo até sua entrada,
sentindo-a tão molhada, que meu dedo desliza fácil para dentro dela. Mexo
em seu clitóris com o polegar, estimulando-a. Ela afunda suas unhas em
minha bunda, gemendo baixinho.
— Está tão molhada — sussurro, roçando meus lábios nos seus. — Vai pra
cama, tira esse sutiã e fica apenas de calcinha e com esses saltos. De quatro
— ordeno, morrendo de tesão.
Ela se afasta de mim, tirando o sutiã, revelando aqueles seios fartos,
deliciosos e suculentos, com os biquinhos rosados, enrijecidos. Tiro meus
sapatos e a calça, caminho até a mesa, para pegar a camisinha no pote. Viro-
me e vejo Manuela na cama, do jeito que eu mandei, com um sorriso sapeca
nos lábios.
Caminho até a barra de ferro e pego um chicote e um separador de pernas.
Volto para a cama e jogo a camisinha, o separador e o chicote em cima, e fico
diante da sua bunda, apenas com um fio dental, que está tirando a minha
sanidade.
Passo minha mão sobre suas nádegas, doido para meter o chicote nela.
— Você vai usar isso em mim? — Aponta para o chicote.
— Vou, se você quiser. Sei que combinamos, e te falei o que tem no
quarto, mas se não quiser usar, pode falar. — A olho.
— Pode usar. Se doer eu digo — sussurra.
Pego o chicote, ainda acariciando sua bunda e olho aquele pequeno fio no
meio da sua bunda, deixando meu pau mais duro. Segurando-o, chicoteio sua
bunda com firmeza, sem machucá-la, fazendo-a dar um pulinho de susto e
soltar um gemido baixo. Manuela fica quieta em seguida, me deixando em
dúvida.
— Manuela? — A chamo.
— Tudo bem, Deme. Pode continuar. Se doer, eu digo. — Escuto-a falar.
Suspiro e me concentro para a próxima chicotada, que ela solta um gemido
gostoso, fazendo-me chicoteá-la em seguida. Suas nádegas estão vermelhas, e
estou tomando todo o cuidado para não deixar marcas ou feridas. Após
algumas chicotadas, enfio meu dedo dentro dela e sinto-a mais molhada.
— Porra, Bambina. Ser chicoteada te deixa excitada? — Minha voz sai
rouca, enquanto eu a masturbo.
Ela geme, agarrando o lençol vermelho de seda, esfregando sua boceta em
meus dedos.
— Ah, Deme... — Abafa seus gemidos no lençol.
— Nada de abafar seus gemidos. Seus gemidos são meus, para eu ouvi-los.
Pode gritar, gemer... que aqui, só tem nós dois. — Afundo mais meus dedos.
— Bora. Geme alto, porra.
Aumento os movimentos dos meus dedos em sua boceta e ela grita, sem
pudor algum. Rosno e caio de boca na sua boceta. Passo a língua do seu ânus
até sua boceta, sentindo seu gostinho delicioso. Manuela geme e se contorce,
esfregando sua boceta na minha cara, querendo mais. Sua boceta se contrai
em meus dedos e goza, deliciosamente.
Retiro meus dedos de dentro dela, e os levo até minha boca e os chupo,
sentindo seu gosto delicioso. Fico ereto e pego o afastador de pernas em cima
da cama e encaixo as algemas em seus tornozelos, sem machucá-la. Após
prender as duas algemas me afasto dela e retiro a minha cueca, pegando o
preservativo, rasgo o plástico e visto meu pau.
— Preparada, Bambina? — Me aproximo de sua bunda, passando minhas
mãos nela.
Ela assente, com um sorriso e me enfio no meio das suas pernas, abro o
separador de pernas e estico até o máximo, impossibilitando Manuela de
tentar fechar as pernas e entro de uma vez na sua boceta apertada e gulosa.
Solto um gemido, sentindo seu calor, sentindo-a me prender. Não perco
tempo e começo a bombear dentro dela, segurando sua cintura.
Manuela geme alto, agarrando-se nos lençóis, porque estou indo com
força, com brutalidade, sem pena alguma. O intuito de virmos até aqui, é
porque eu quero uma noite maravilhosa com ela, para aproveitarmos ao
máximo, a noite toda, sem folga, direto. Aqui ela pode gritar à vontade. Eu
nunca fui um homem de gemer demais, mas desde que comecei a transar com
Manuela, eu não consigo me controlar, nós não conseguimos nos controlar.
Tudo é demais, é intenso, sufocante e prazeroso demais, então não somos
um casal silencioso. O escândalo reina em nós dois, e eu amo isso, porque é
intenso pra caralho. Sãos muitos puxões de cabelo, arranhões, mordidas,
tapas... minha nossa, é delicioso demais.
— Oh, Deme... — Ela geme.
— Minha nossa... sua boceta é tão gostosa. — Vejo meu pau saindo e
entrando. — Puta merda!
Trinco os dentes, forçando mais meu quadril a entrar todo dentro dela.
Manuela geme, se contorce e grita, isso me deixa insano demais. Fico a ponto
de perder o controle. A vontade que eu tenho é de querer me enfiar todo
dentro dela e não sair mais. Porque, puta que pariu, a mulher é gostosa.
— Está sentindo, meu amor? Meu pau todo dentro de você? — Rosno,
batendo na sua bunda. — Sente meu pau enfiar todo na sua boceta, sente?
— Onw! Hum... Deme... Oh, meu Deus! — Rebola sua bunda, me
deixando louco.
Jogo a cabeça para trás, sentindo-a gozar mais uma vez. Me seguro para
não gozar agora, quero curtir mais a noite. Após ela gozar, saio de dentro
dela, um pouco ofegante, e retiro o afastador de pernas e o jogo na cama.
— Vem cá. — A chamo, ofegante ainda.
Ela se levanta da cama, ainda com suas pernas trêmulas, seguro seu rosto e
lhe dou um beijo delicioso. Seguro sua mão e a levo até o grande X na
parede. Destravo as algemas para descê-las, para ficar do tamanho exato
quando Manuela esticar seus braços e suas pernas. Coloco as algemas em
seus punhos, nos seus tornozelos e a olho.
— Vou brincar um pouquinho com você. — Retiro sua máscara e ela me
olha.
— Deme — sussurra, excitada.
Lhe dou um beijo demorado e me afasto dela, retirando a camisinha e
jogando-a no lixo ao lado da mesa, escolho um vibrador clitoriano de silicone
com toque aveludado. Retiro a embalagem, jogando no lixo e vou até ela, que
me olha, ainda toda relaxada do seu orgasmo.
Me aproximo ligando o vibrador no médio, passo em seus seios e ela geme
baixinho.
— Você é tão sensível aqui. — Deixo o vibrador no seu biquinho.
Ela geme, jogando a cabeça para o lado, tentando puxar os braços, que
felizmente seus punhos estão presos pelas algemas. Desço o vibrador pela sua
barriga, fazendo-a gemer baixinho quando me aproximo da sua boceta. Desço
mais um pouco o vibrador e o coloco em cima do seu clitóris e ela geme alto,
por ainda estar sensível do seu recente orgasmo. Ela se contorce mexendo as
pernas, tentando fechá-las sem poder.
— Você está tão perfeita assim. — Minha voz sai rouca.
— Minha nossa... Deme, para... — ela sussurra.
Sorrio, vendo que o prazer está intenso para ela, aumento a velocidade do
vibrador e pressiono mais no seu clitóris. Ela chora, grita, geme e se contorce.
Pede para eu parar, mas eu sei que não é isso que ela quer. O seu orgasmo vai
vir forte e tirará todas as suas forças. Me inclino e chupo seus seios um por
um, me demorando neles. Ela goza, gemendo alto e chora, pela intensidade
do seu orgasmo. Desligo o vibrador, vendo seu rosto corado aliviar e me
afasto dela. Deixo o vibrador em cima da mesa, pego outra camisinha, coloco
em mim e vou até ela, que me olha toda mole. Sorrio e me abaixo para retirar
as algemas dos seus tornozelos e me levanto.
— Você gozou muito, não foi? — Seguro seu queixo e ela assente, ainda
toda molinha. — Agora eu quero gozar. E quero gozar sentindo sua boceta
gozar comigo.
Segurando suas nádegas, a levanto, fazendo-a cruzar as pernas em meu
quadril e me afundo dentro dela. Gemo, sentindo-a molhada demais,
encharcada demais, que meu pau entra com tanta facilidade, que me fez
rosnar e entrar de vez, indo fundo. Forço meu quadril indo rápido demais,
louco pra gozar.
Manuela geme e mordo o lábio, jogando a cabeça para o lado. Vejo seus
peitos balançando me dando mais prazer. Sinto um arrepio na espinha e sinto
minhas bolas se comprimirem e gozo forte. É intenso.
— Puta merda! Caralho! Oh, delícia. — Jogo a cabeça para trás.
Jatos de sêmen preenchem a camisinha, levando todas as minhas forças
que me restam.
Capítulo 27
Saio do banho enrolado numa toalha indo até meu closet. Deixo a toalha
pendurada após secar meu cabelo e vou até à gaveta de cuecas. Visto uma e
penso em que roupa poderei vestir para ir nesse jantar, se eu for de calça
jeans, camisa polo e sapatênis vai ficar legal. Separo minha roupa e me visto.
Olho-me no espelho e suspiro.
— Espero que o pai dela não se incomode com minhas tatuagens nos
braços — murmuro, olhando meus braços com poucas tatuagens.
Pego meu celular e envio uma mensagem para Manuela, avisando que já
vou sair de casa. guardo a carteira e o celular no bolso e sigo até a adega,
pego um vinho perfeito para o jantar. Saio da cobertura e encontro meus
seguranças no hall do prédio, me esperando.
Minutos depois, Enzo já está estacionando em frente ao prédio luxuoso,
onde os pais de Manu moram e saio do carro, me despedindo dos meus
seguranças. Sigo para o elevador privado da cobertura, após minha entrada
ser liberada na recepção. O elevador sobe até o último andar e logo as portas
são abertas mostrando a grande sala da cobertura.
Vejo Manuela aparecer na sala com um sorriso largo no rosto. Desço meu
olhar pelo seu corpo, vendo que ela veste um macaquinho simples, porém,
lindo. Saio do elevador e caminho até ela, vendo seus olhos escuros
brilhando.
— Você está linda. — Puxo sua cintura, e lhe abraço.
— Você também está lindo. — Envolve seus braços em meu pescoço e me
dá um selinho.
Nos afastamos e vejo um homem alto de cabelos um pouco grisalhos, se
aproximando de nós.
— Você deve ser Demétrio. Sou Hector, pai de Manuela. — Ele estende
sua mão, me olhando.
Estico meu braço e aperto sua mão, firme, sem tirar meus olhos dele.
— O prazer é todo meu, senhor. — O cumprimento.
— Apenas Hector. Sem muitas formalidades. — Ele sorri gentilmente, e eu
retribuo.
— Mãe, esse é o Demétrio — Manuela fala.
Uma mulher bonita com cabelos ruivos e olhos castanhos se aproxima de
mim, com um sorriso e me fornece um abraço, gentil.
— Prazer Demétrio, sou Karen.
— O prazer é meu. — Sorrio, e beijo sua mão.
— Olha só quem está aqui. — Um rapaz alto se aproxima.
Lembro-me dele do jantar beneficente dos Campbell, que se apresentou
como irmão da Manuela. Desço meu olhar rapidamente, vendo seus braços
tatuados, um par de óculos de grau em seu rosto e mantém um sorriso gentil
nos lábios.
— Olha você de novo. É bom revê-lo, Douglas. — Ele aperta firme minha
mão, mantendo seus olhos em mim, me analisando.
— Digo o mesmo, Demétrio. — Ele assente, com um sorriso de lado. —
Quero lhe apresentar minha noiva, Mila.
Vejo a moça que encontrei com Manuela no banheiro do restaurante.
— Olá! É bom ter você conosco. — Ela me abraça.
— O prazer é meu. — Sorrio para eles. — Trouxe vinho, para tomarmos
no jantar. — Levanto a sacola.
— Ah, querido, não precisava, mas obrigada. Dê-me aqui para deixar em
um bom lugar, para quando formos jantar, ele estará perfeito — Karen fala.
Entrego a sacola para ela, que se retira saindo da sala.
— Venha, sente-se conosco. — Hector aponta para os sofás.
Sento-me ao lado de Manuela, que sorri gentilmente para mim. Pego sua
mão e deposito um beijo. Fico segurando sua mão, a todo momento fazendo
um carinho com meu polegar.
Capítulo 29
— Não acredito que você está namorando com o Demétrio! — Olívia abre
a boca.
— A bicha é rápida demais. — Amanda sorri.
— Não fui rápida, quando o conheci, já fazia uma semana que não estava
com Enrico, e estava apenas conhecendo Demétrio, só que tudo mudou.
Estou apaixonada por ele, e ele me faz super bem — respondo.
— Demétrio deve ser ótimo para você mesmo, você está mais feliz, tem
uma luz em sua volta. — Olívia sorri, e Amanda concorda com a cabeça. —
O Douglas se deu bem com ele? Porque com Enrico ele mal falava.
— Nossa, Douglas aparenta gostar muito do Demétrio. Se deram super
bem. Após o jantar conversaram junto com meu pai, e logo foram assistir
uma partida de futebol. Demétrio saiu tarde da noite. — Sorrio.
— Que coisa maravilhosa. É muito bom quando sua família se dá bem com
seu parceiro. Isso é muito bom. — Amanda se anima.
— Verdade, Amanda. Mas e aí, já conheceu os pais dele? — Olívia me
olha.
— Ainda não, mas o jantar já está marcado para semana que vem, na
cobertura dele.
— E está ansiosa para conhecer seus futuros sogros? Cara, ser nora de
Nathaniel e Michele D’Saints é o sonho de várias mulheres. — Amanda me
olha.
— Realmente, são pra poucas, hein. Sortuda você, sua piranha. — Olívia
dá um murro no meu braço, de brincadeira.
— Sortuda demais! — Amanda sorri.
— Douglas gostou tanto dele, que marcou um churrasco na nossa casa lá
nos Hamptons, e convidou os irmãos e os pais dele para irem — digo, e bebo
meu café.
— Uau! Que evolução. Garanto que o Enrico não conhece essa casa nos
Hamptons. — Olívia me fita. — Adoro aquela vista para o mar.
— Não conhece. Nunca foi lá, apesar de sempre querer ir, mas Douglas
sempre colocava algum empecilho, dizendo que não podia ir — falo.
— Douglas não o queria por perto — Amanda diz.
— Não duvido — murmuro.
Meu celular começa a vibrar dentro da bolsa, o retiro de dentro e vejo o
número da minha ex-cunhada.
— Oi, Amy!
— Oi, Manu! Quero me encontrar para conversar com você. Você pode?
— Bom, estou no Tiffany’s. Se quiser vir...
— Claro. Estou aqui na Madison, chego rápido aí.
Me despeço dela e desligo o telefone.
— Essa é a minha deixa. — Amanda pega sua bolsa, abre sua carteira e
coloca algumas notas em cima da mesa, junto com Olívia. — Não gosto
dessa Amy, nos vemos depois?
— Claro. — Assinto.
— Vamos marcar para irmos na sua casa nos Hamptons. Saudade daquela
piscina. — Olívia me faz sorrir. — Beijo, amiga.
Me despeço delas e logo vão embora. Peço a conta, e o rapaz limpa toda a
mesa, deixando-a pronta para uma nova clientela. Não demora muito, Amy
chega e vem até mim. Após me cumprimentar com um abraço, se senta à
minha frente e faz um pedido para ela.
— Saudades de você. — Ela me olha, com seus olhos escuros.
— Também sinto sua falta. Já faz um tempinho que não nos falamos —
digo.
— Pois é, mulher, estou no final da faculdade, e atolada de coisas. —
Passa as mãos nos cabelos.
— Nem teve um minuto para mandar uma mensagem pra sua amiga? —
Encosto-me na cadeira.
Ela bufa e revira os olhos.
— Tá legal, eu vacilei. — Faz gestos com as mãos.
— Meu relacionamento com seu irmão acabou, e você nem para me ligar
para saber o que aconteceu? — questiono, magoada.
— Manuela, meus pais estão se separando. Está um caos lá em casa. — Me
olha, irritada.
— Ah, é? Logo você que nunca fez questão da separação deles. — Cruzo
os braços. — Estou magoada, Amy. Muito mesmo.
— E você queria o quê, Manuela? — Me questiona, irritada.
— Que você tivesse me ligado para saber como eu estava, você sabia que
eu amava seu irmão. Amigas fazem isso — argumento.
— Amava? Não ama mais? — Franze a testa.
— Não. Não amo mais. Seu irmão foi um idiota comigo o tempo inteiro,
agora estou em outra — digo, e tomo um gole de água da garrafinha.
— Em outra? Como assim? Você está com outro? — pergunta, totalmente
surpresa.
— Claro que estou! Ou você achava que eu iria ficar esperando o Enrico
mudar e voltar para mim? — A olho, com raiva. — Eu tenho uma vida, Amy.
Não vou ficar sofrendo mais por causa de Enrico. Já sofri demais, fiquei
doente por causa dele. Você tem noção disso? E seu irmão não estava nem aí!
— Há! Enrico vai adorar saber disso — ela murmura, com um sorrisinho.
— Se quiser, te dou meu telefone pra você ligar pra ele e contar agra
mesmo. Não tenho medo dele, Amy — digo firme.
— Mas deveria ter. — Me olha.
— Por quê? Por que eu deveria ter? — questiono.
Ela se aproxima, apoiando as mãos na mesa e me fita.
— Enrico não vai gostar de saber que você está com outra pessoa. Apenas
isso — responde.
Fito seus olhos, mas eles me mostram alguma outra coisa que eu não
consigo decifrar.
Pronto.
Meu relacionamento com Manuela foi descoberto e é um dos assuntos
mais comentados em várias redes sociais, fomos parar em várias revistas,
com nossas fotos circulando por Nova York de mãos dadas e trocas de
carinho em público.
Sim, esses malditos paparazzis nos flagraram em um momento íntimo
ao sairmos de um restaurante na Quinta Avenida. Não é que a gente queria
esconder nosso relacionamento, mas estava muito bom quando só nossa
família e amigos sabiam. Agora toda Nova York sabe desse relacionamento e
os repórteres estão alvoroçados. Não vamos mais ter sossego a partir de
agora, mas estamos tranquilos.
Com tudo isso, decidimos ir até à casa dos pais de Manuela, nos
Hamptons, para o churrasco que meu cunhado prometeu. Meus pais ainda
estão aqui, e também foram convidados para passar esse final de semana
aqui, longe desse pessoal, que às vezes só nos estressa.
Chegamos há algumas horas na mansão em frente à praia, a casa
luxuosa é bastante aconchegante e confortável, com móveis modernos, uma
casa típica de praia. Manuela já está muito mais próxima da minha família e
eu da dela. Ela e minha mãe se dão super bem, vivem conversando, rindo e
fofocando. Hector e Douglas fazem questão de puxar assunto comigo, me
chamam para assistir uma partida de futebol com uma cerveja, é claro. Tudo
está muito bom, perfeito.
Enrico às vezes procura por Manuela, e estou ficando preocupado. Eu
já tinha dito a Manuela que na próxima vez que ele se aproximasse dela,
prestasse uma queixa contra ele. Ele anda perseguindo-a, ligando..., e eu não
estou gostando nada disso. Da última vez que ele foi atrás dela, ele apertou
seu braço, e ela ficou com uma leve mancha roxa. Meu sangue ferveu e só
não fui atrás dele, porque Manuela implorou. Não quero seu nome em um
escândalo, seu desfile da VS já está perto, e ainda bem que a mancha saiu do
seu corpo. Mas eu disse a ela que na próxima vez, iríamos à delegacia.
Manuela concordou e ficamos um pouquinho distantes, e não gostei disso. No
outro dia, liguei pra ela e acabamos nos acertando, e concordamos que Enrico
não deve interferir no nosso relacionamento e ficamos bem.
Eu e Douglas estamos assando algumas carnes, enquanto o pessoal
está na piscina, se divertindo. Dou um gole na minha cerveja e vejo Manuela
saindo da piscina, vai até as espreguiçadeiras e pega sua saída de praia que
parece uma saia longa e a veste. Ela me olha e sorri, sorrio de volta e ela vem
até mim, colocando seus óculos de sol.
— Você está linda. — Puxo sua cintura e Manuela envolve seus
braços em volta do meu pescoço.
— E você está uma tentação — sussurra para seu irmão não escutar.
Estou apenas com uma sunga estilo boxer, com um calção folgado por
cima e óculos de sol. Já tinha aproveitado um tempinho com ela na piscina e
na praia, e parei para comer um pouco.
Sorrio e beijo seus lábios, repousando minha mão na sua bunda.
— Quer? — Ofereço um pedaço de carne.
Ela nega com a cabeça e pega um talher para pegar algumas verduras
e coloca na boca. Retiro alguns fios de cabelo do seu ombro, vendo-a
mastigar.
— Está aproveitando? — pergunto, puxando-a para mais perto de
mim.
— Muito. Adoro sua família e está sendo maravilhoso tê-los aqui —
responde, colocando seus óculos em sua cabeça, me fitando com seus olhos
castanhos.
— Algum namorado seu já veio aqui? — Acaricio sua cintura.
Ela coloca mais verduras na boca e pega a garrafinha com seu suco
natural.
— Não, nenhum deles vieram. Você é o primeiro — comenta.
Sorrio, sentindo uma felicidade imensa.
— Fico feliz por você ter me trazido. — Acaricio seu rosto, ela me
olha e sorri.
— E eu fico feliz por você estar aqui. — Beija meus lábios.
— Não vai mais entrar na piscina? — Coloco um pedaço de comida
na boca.
— Não. Já peguei um pouco de sol. Não quero ficar com a marca do
biquíni, por causa do desfile — explica.
— Hum, entendi — murmuro.
Escutamos Mila chamá-la no deck, perto da entrada da casa.
— Vou lá. — Beija meus lábios e se afasta, levando sua garrafinha de
suco.
— Você gosta da minha irmã, hein. — Douglas se aproxima, me
entregando uma long neck, que aceito de bom grado.
— A amo. — Levo a long neck até os lábios, vendo-a entrar na casa
com Mila.
— Minha irmã merece isso. — Assinto. — Enrico a procurou de
novo?
— Não. Mas eu disse a ela que na próxima vez iremos à delegacia.
— Qualquer coisa você me liga. Resolvo rapidinho — fala.
— Pode deixar, Douglas, estou de olho nele. Já disse a Manuela para
tomar cuidado e qualquer coisa me ligar — explico.
— Às vezes, Manuela tem medo de Enrico, não sei bem o que ele fez
com ela nesse tempo de namoro deles dois, mas espero que ela conte.
— Você acha que ele a machucou? — O olho. Manuela não me disse
que ele lhe bateu.
— Não sei, Demétrio. Mas estou de olho nele. Eu sempre achei
aquele cara estranho, fechado demais, quieto demais. Nunca confiei nele. —
Me olha.
— Também não fui com a cara dele. Manuela recentemente achou
coisas que ele deu pra ela, no início do namoro; fotos, ursos, cartas... Tudo
estava em uma caixa em cima de um armário na dispensa — falo.
— Ela jogou fora a caixa com as coisas? — Me pergunta.
— Sim. Ela mesma jogou tudo no lixo, as fotos ela queimou —
explico, me sentindo muito aliviado quando vi a cena. — Ela estava
procurando algo para me mostrar e acabou encontrando a caixa na dispensa,
ela nem se lembrava mais.
— Olha, Demétrio, eu gosto pra caramba de você. Você pode achar
estranho por eu sempre falar isso, talvez até duvidar da minha sexualidade.
— Sorrimos. — Mas é que desde que você começou a ficar com minha irmã,
ela está muito feliz, não anda mais triste, e isso me deixa aliviado, porque eu
confio cegamente em você e sei que você vai cuidar da minha irmã.
— É esse o meu objetivo, Douglas, fazer sua irmã feliz. — Sou
sincero.
— Obrigado por isso. De verdade. Isso me traz um alívio, que você
nem imagina — confessa.
— É bonita a relação de vocês. O jeito que você a protege. — O olho.
— Minha irmã é tudo pra mim, claro que minha família e minha
noiva são, mas assim, é minha irmãzinha, faço tudo por ela. — Sua voz sai
embargada.
Presto atenção em sua feição.
— Eu faria qualquer coisa. Se Enrico a machucar, não sei até onde
minha raiva poderá ir — fala.
— Eu também, Douglas. Eu também — concordo, girando a garrafa
long neck.
— Nós amamos a mesma mulher, só que de maneiras diferentes. —
Ele me olha. — Só que temos uma coisa em comum, Demétrio.
— O quê? — pergunto, curioso.
Douglas me fita com seus olhos escuros e suspira.
— Faremos qualquer coisa por ela. E o interessante..., é que não
sabemos onde isso poderá nos levar.
Estou no deck, falando por mensagem com meus irmãos, quando vejo
minha namorada sair da piscina e vir até mim. Não temos feito nada, além de
dormirmos juntos. Rolou alguns beijos mais quentes, chegando a uns
amassos, mas ela sempre para, e eu concordo em não fazer nada. Ela está
precisando de um tempo a mais, para se recuperar totalmente, e eu não vou
forçá-la a nada. Vamos fazer quando ela tiver vontade de fazer, e vou esperar
até quando ela estiver pronta para mim. Recentemente ela começou a sair
mais do quarto, ou do deck onde sempre estava. Agora ela entra na piscina ou
no mar, e isso está me deixando feliz, saber que ela está se permitindo voltar
à sua rotina e viver um pouco.
Deixo o celular de lado, quando ela fica de pé ao meu lado. Pega sua
toalha e começa a enxugar seu corpo. Desço meu olhar, vendo seu corpo
ainda com algumas manchas, já sumindo de vez, mas sei que na cabeça a
ferida será permanente, nunca vamos esquecer o que aconteceu. Eu tenho me
dedicado cem por cento em cuidar dela, sempre verificando os horários dos
remédios que ela deve tomar, sempre passando pomadas em seu corpo, doido
para essas manchas saírem logo.
Manuela se senta na cadeira e pega o copo de suco que Carina fez
para ela, e leva o canudo até a boca, ingerindo-oco.
— Se divertindo um pouco? — A olho.
— É, a água está boa, não vai entrar? — Põe o copo na mesinha.
— Não. Daqui a pouco eu tenho uma ligação para fazer do trabalho.
Posso entrar à noite — sugiro.
Ela ajeita a toalha na cadeira e se senta melhor, apoiando seus pés na
mesinha de vidro.
— De noite está bem gelada. — Ela me dá um sorriso e põe os óculos
de sol.
— Posso te esquentar. — Me aproximo dela e beijo seus lábios.
— Engraçadinho. — Ela sorri, e faz um bom tempo que ela não ri
assim. — O que foi?
— É que... já faz um tempo que você não sorri assim, de um jeito bem
espontâneo. — Acaricio seu rosto.
— É que você me faz bem. Obrigada por me trazer de volta aos
poucos. — Mexe em meu cabelo.
— Obrigado você, por existir em minha vida! — Beijo seus lábios.
Aproveito que estou em Nova York, e vim ver como a loja está
funcionando. Deixei Manuela na minha cobertura, ainda dormindo, para ver
como estão as coisas. Enquanto estou aqui, ela está no meu apartamento,
dormindo todas as noites, e eu estou adorando isso. Sei que o nosso
casamento não vai ocorrer assim, depressa. Vamos ficar noivos por um
tempo, não estamos com cabeça para organizar um casamento. Claro que
vamos ter uma equipe para fazer tudo isso, mas eu sei que Manuela vai
querer participar de cada detalhe, e vou estar ao lado dela. Estamos bem
assim, noivos, aproveitando um ao outro.
Eu viajo para Nova York, ela vai a Milão, conversamos todos os dias
por telefone..., está sendo maravilhoso. Nós dois estamos nos esforçando para
nosso relacionamento dar certo, e estamos mais fortes do que nunca. O
pedido de casamento veio a público, e todos ficaram sabendo que estamos
noivos, mas como o combinado de todos de nossa família, a história do
aborto está confidenciada a nós, isso nunca virá a público.
A minha vinda à empresa, não foi só para ver como está e sim, porque
Hugo Lancaster virá para me falar sobre Enrico. Manuela sabe sobre Amy e
Enrico terem tido um caso, que a deixou magoada demais, mas sobre o que
pedi a Hugo em relação ao Enrico, ela nunca irá saber. Um segredo que eu e
Douglas vamos levar para o túmulo.
Escuto baterem na porta e em seguida ser aberta. Uma moça aparece
nela.
— Senhor D’Saints, Hugo Lancaster chegou — avisa.
— Mande-o entrar, por favor. — Peço.
Ela se retira e eu me levanto indo em direção à porta, quando Hugo
aparece vestindo seu terno impecável, seus cabelos negros perfeitamente
penteados e seus olhos cinzas frios. O cumprimento e nos sentamos no sofá.
Peço à secretária para trazer a bebida para Hugo.
— Aqui. — Ele me entrega um envelope.
Pego o envelope da sua mão e o abro.
— Aí dentro está o pen drive com a filmagem do que minha esposa
fez com ele. — Hugo abre um sorriso, orgulhoso. — Mas tem uma outra
coisa que Enrico iria usar contra sua mulher, que você não vai gostar.
— O que é? — Franzo a testa.
— Coloque o pen drive no computador. — Ele pede.
Levanto-me e sento-me na minha cadeira, injetando o pen drive na
entrada USB do computador. Hugo se senta em frente à minha mesa, quando
a secretária entra e nos serve com doses de uísque e se retira do escritório. A
pasta automática se abre e vejo alguns vídeos nele.
— Veja o vídeo um. — Pede.
Clico e a tela se abre, justamente na hora que eles estão transando.
Meu sangue ferve em minhas veias e meus punhos se fecham. Olho para
Manuela que não está nem um pouco à vontade, nem geme, nem fala, está
totalmente imóvel, como uma porra de uma boneca de pano. Ele a está
estuprando? É isso mesmo que estou vendo? Ai, meu Deus!
— Que filho da puta! Ele iria usar isso contra ela? — Rosno.
— Provavelmente, Demétrio — Hugo responde. — Ele não teria esse
vídeo para nada, não é? Com certeza ele iria usar para chantageá-la, para
ficarem juntos. Meus homens foram até o antigo apartamento dele e
encontraram esse vídeo no computador dele.
— Foi feito cópias? — Trinco os dentes.
— Não. Meu hacker investigou e não houve cópias, é apenas esse
vídeo, que estava codificado. Também procuraram algo que prejudicasse
você ou Manuela, mas nada foi encontrado. — Ele bebe seu uísque.
Suspiro aliviado.
— No telefone dele encontramos conversas dele com Amy, Demétrio.
Tudo desde o início foi recuperado. Eles queriam dar o golpe em Manuela.
Manuela é filha de Hector e Karen Peterson, além de herdar a agência dos
pais, ela tem uma conta muito gorda, e era isso que eles queriam, dar o golpe.
— O que tinha na conversa? — pergunto, fechando a tela do vídeo,
enojado.
— Enrico iria se casar com Manuela e fazer ela assinar alguns papéis,
passando tudo para o nome dele, de imediato. Inclusive, já tinha os papéis
prontos. Eles estão no envelope, caso queira ver. — Assinto e ele prossegue.
— Estava tudo esquematizado, tudo certo para o golpe, mas Enrico ficou
obcecado por ela, e Amy não gostou nada disso. Porém, na conversa, Enrico
conseguia contornar a situação, fazendo declarações de amor para ela.
— Isso é tão nojento, tão escroto... — Faço uma careta.
— Se quiser ver toda a conversa, entregarei o telefone para você. —
Me fita, com seus olhos cinzas.
— Não, não quero ver mais nada, pode se livrar de tudo, Hugo.
Queimarei esses papéis, destruirei esse pen drive. Manuela nunca irá saber
disso. — Passo a mão no rosto, apavorado.
— Bom. Meu trabalho está feito. — Ele se levanta, fechando os
botões do seu paletó.
— Obrigado... — Ele me interrompe.
— Nem pensar, Demétrio. Não quero agradecimentos, amigos são
para essas coisas. — Ele me olha sério. — Mas seja sincero comigo. O
motivo de você ter me procurado, não foi só porque ele bateu nela, foi?
Respiro fundo, sentindo uma dor em meu peito.
— Ela estava grávida, Hugo. — Minha voz sai embargada. — Ela
estava esperando um filho meu, quando ele bateu nela. A consequência da
agressão levou ao aborto. Ele chutou tanto sua barriga, que ela acabou tendo
um sangramento enorme e o bebê não sobreviveu.
— Sinto muito, meu amigo. — Ele aperta meu ombro. — Vocês vão
superar isso, tenho certeza.
— Sim — murmuro, me recompondo.
— Bom, meu amigo, desejo toda a felicidade do mundo para vocês.
Agora estão livres, sua mulher está livre para viver sua vida. — Ele me dá um
sorriso simples.
— Serei eternamente grato. — Aperto seu ombro.
— Sobre Amy, como Enrico não quitou a dívida, a levarei para meu
clube. Ela pagará todas as dívidas. — Assinto. — Depois a entregarei para
um amigo meu, que vai adorar tê-la como prostituta do seu clube.
— Não será nada bom, não é? — pergunto.
— De maneira alguma, meu amigo. Eles se meteram com a máfia
mais poderosa que existe na América, não será nada bom — responde
friamente. — Agora vá até sua mulher, e diga a ela que está livre, e que não
está mais em perigo. Que ela precisa voltar às passarelas, onde é seu lugar.
Agora sim, me sinto aliviado, e nem um pouco arrependido. Ele se
afasta indo até à porta, mas antes de sair ele me olha e sorri.
— Quero receber o convite de casamento de vocês.
— O primeiro convite será entregue a você. — Ele sai da minha sala,
fechando a porta, após acenar se despedindo.
Volto até minha mesa, sentando-me na cadeira, e abro a pasta onde
estão os dois vídeos, e clico no vídeo dois, que em segundos, a tela abre,
mostrando do início ao fim, Enrico sendo torturado da pior forma possível.
Natasha tortura Enrico lentamente, rasgando sua pele, escutando seus gritos
agonizantes, batendo nele... e por fim, dando-lhe um tiro na testa, dando um
fim nesse miserável que fez a vida da minha noiva um inferno.
Sinto-me aliviado, nem um pouco arrependido.
Minha mulher está livre para viver sua vida, e é isso que importa para
mim.
Capítulo 41
EM BREVE
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Me Apaixonei por um CEO
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Katherine quer estar longe desse tipo, não quer seu coração quebrado
mais uma vez.
Gabriel, consegue tudo o que quer, e ele a quer de qualquer forma.
Tudo que um Griffin quer, ele consegue.
Dominic | Trilogia D’Saints – Livro I
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[1] Irmão.
[2] Nome dado às modelos da grife de lingerie Victoria's Secret.
[3] Idiota.
[4] Abreviação de Victoria’s Secret.
[5] Criança, menina.
[6] Minha menina.
[7] Papai, pai.
[8] Filho.
[9] Mamãe, mãe.
[10] Merda, porra.
[11] Mas que merda!
[12] Filho da puta.
[13] Consiste na observação de uma pessoa no ato de se despir, nua ou
realizando atos sexuais.
[14] Bondage, Disciplina, Dominação, Submissão, Sadismo e Masoquismo
[15] É uma prática sexual onde um casal, ou dois parceiros, decidem que
estão com vontade de incluir mais pessoas na sua relação.
[16] Relação erótica e afetiva que envolve três pessoas.
[17] Depois da festa.
[18] O Pink Carpet é o famoso tapete vermelho da Victoria’s Secret.
[19] Querida, amor. (Em francês)
[20] Querido, amor. (Em francês)
[21] Olá.
[22] Bom dia. (Em francês)
[23] Primo. (Em francês)