Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
1º Edição
Julho de 2022
Este livro pode causar desconforto ou gatilhos em pessoas
sensíveis aos temas: violência, prostituição, assassinato, drogas,
tortura, estrupo, violência física e psicológica contra a mulher, entre
outros assuntos complexos que envolvem o submundo da máfia.
Se você tiver sensibilidade a algum desses temas, não inicie
a leitura.
Optamos neste livro usar a linguagem contemporânea, tanto
na narrativa quanto nos diálogos, para ficar um texto mais próximo
do que falamos no nosso dia a dia.
Desde que eu era criança meu pai me ensinou que ser fiel ao
clã era questão de honra, um traidor dentro da máfia condena não
só a sua vida, como a de toda a sua família. Sempre levei esse
ensinamento à risca e fui fiel a Domênico Pizzorni, o homem que me
treinou para ser um letal soldado.
Demonstrei minha lealdade quando defendi a sua esposa
com muito sangue, o que me rendeu uma elevação de cargo, feita
por nosso próprio Capo.
Tornei-me um tenente da máfia e um novo mundo surgiu,
pude levar para minha família todo o conforto que sempre sonhei,
mas quando certa mulher bagunçou meu coração, desestruturou
todos os ideais que sempre fiz questão de seguir.
Ambra pertence ao alto clã da máfia, como irmã do
Consigliere deve se unir a alguém tão poderoso quanto ela. O
problema é que eu a desejo e não consigo conter a atração
explosiva que acontece sempre que nos encontramos.
Resistir a tentações faz parte do meu treinamento, mas como
posso me manter longe quando ela domina todo o meu
pensamento?
Reivindicá-la pode destruir tudo o que conquistei, tenho
noção dos riscos, no entanto, Ambra merece uma grande batalha e
eu nunca fui homem de fugir dos desafios.
Ela será minha e eu não me importo com as consequências
que terei que enfrentar.
Aviso Importante
Nota da Autora
Sinopse
Prólogo
Capítulo 1 – Oferta
Capítulo 2 – Faculdade
Capítulo 3 – Amizade
Capítulo 4 - Honesto
Capítulo 5 – Eu te levo!
Capítulo 6 – Parabéns!
Capítulo 7 – Problema
Capítulo 8 – Entendo seu fascínio
Capítulo 9 – Quer ser beijada?
Capítulo 10 – Abra os olhos
Capítulo 11 – Eu beijei Amaro!
Capítulo 12 – Tentação
Capítulo 13 – Está com ciúmes?
Capítulo 14 – Convite
Capítulo 15 – Desfile
Capítulo 16 – Posso te tocar, Ambra?
Capítulo 17 – Parecemos dois criminosos
Capítulo 18 – Tem certeza?
Capítulo 19 – Sinal de alerta
Capítulo 20 – Acima das possibilidades
Capítulo 21 – Tente ser positiva
Capítulo 22 – Faça o que quiser comigo
Capítulo 23 – Não fala assim
Capítulo 24 – Mundo cruel
Capítulo 25 – Bomba-relógio
Capítulo 26 – O jantar
Capítulo 27 – Que merda de vida!
Capítulo 28 – Estou apaixonada por ele
Capítulo 29 – Quero me casar com ela
Capítulo 30 – Ela é minha
Capítulo 31 – Eu o amo
Capítulo 32 – Noivado
Epílogo 1
Epílogo 2
Agradecimento
Contatos da autora
Estaciono o carro e desligo o motor, olho para o lado onde
meu pai tem uma venda nos olhos. Ele está irritado, é um soldado
antigo da máfia e ter seus sentidos limitados não é algo que o
agrade. Porém, o momento pede um suspense e ele sabe que se
não fosse algo importante, eu não exigiria esse tipo de sacrifício.
— Vou tirar todos do carro, não mexam na venda — aviso à
minha família antes de abrir a porta e receber um jato de vento frio
no rosto.
Não consigo deixar de sorrir, hoje vou poder presentear as
pessoas que mais amo neste mundo, com um conforto que só
imaginei nos meus sonhos.
O meu pai é o primeiro a deixar o veículo, em seguida tiro a
minha mãe e irmãs. As meninas estão empolgadas, elas não
pararam de tentar adivinhar o que estava acontecendo.
— Deem as mãos e sigam as minhas instruções.
— Amaro eu já estou começando a me irritar, vou tirar essa
merda de venda.
— Não vai, pai! — Intercepto a mão dele antes que chegue
aos olhos. — É por um bom motivo, não confia em mim?
Ele bufa, mas não discute, o que é um bom sinal. Seguro sua
mão e começo a dar instruções sobre os passos deles. Abro a porta
da casa e os encaminho para o meio da sala. O meu coração dá um
salto quando vejo a grandiosidade do lugar, agora será aqui que
viverão, com o conforto que sempre sonhei proporcionar a eles.
— Pronto, podem tirar a venda.
Elena é a primeira a arrancá-la, ela olha tudo com
curiosidade. Meu pai enruga a testa e me encara, perguntando
silenciosamente o que está acontecendo.
— Que casa linda, filho — minha mãe avalia atentamente o
lugar. — Quem mora aqui?
— Vocês. — Todos me encaram perplexos, sem entenderem
exatamente o que estou falando.
— Como é? — Stefania, minha irmã do meio, questiona
incrédula.
— Que brincadeira é essa, Amaro? — A voz irritada do meu
pai se espalha pela sala. — Você sabe que não gosto de mentiras.
— Não é mentira, pai, a casa é nossa agora, foi o próprio
chefe Paolo que me deu as chaves.
— Mas esta é a casa da irmã dele — afirma confuso.
— Sim — concordo. — Mas senhora Fiorella não irá mais
morar aqui e como ela é a herdeira do maldito falecido marido, deu
permissão que nosso Capo me entregasse a casa. De acordo com
Paolo o sonho dela é que alguma família seja feliz neste lugar, já
que ela nunca foi.
Os olhos da minha mãe vão para o chão, pois sabe bem,
tudo o que aconteceu com Fiorella. Sempre me abri com meus pais
sobre todos os assuntos e quando soube o tanto que ela sofria no
casamento, desabafei com eles que eu gostaria de matar Carmelo.
Casamentos dentro da máfia são complexos, muitos homens
abusam de diversas maneiras das suas esposas, a covardia que
reina dentro de muitos matrimônios, em alguns casos, me deixa
enojado.
Eu tive sorte em nascer em um lar cheio de amor, meu pai
sempre me ensinou a respeitar as mulheres, nunca o ouvi elevar a
voz com a minha mãe. Sempre que discutiam, faziam isso dentro do
quarto mantendo a discrição.
Tenho um orgulho imenso dele e me espelho nas suas ações
em cada âmbito da minha vida. O dia que eu me casar, vou
respeitar a minha esposa sempre e espero também que tenhamos
amor no nosso casamento. Não quero passar o resto dos meus dias
com alguém por obrigação, quero poder chegar em casa e ser
recebido com expectativa, assim como via acontecer com o senhor
Domênico, meu antigo chefe direto, o homem que me ensinou a ser
um grande soldado.
Posso ser um mafioso, matar quando necessário, mas nem
por isso preciso ser uma besta-fera com a minha mulher, ela, assim
como a minha família, terá o meu melhor lado, já os meus inimigos
não possuirão esse privilégio.
— Está querendo dizer que moraremos aqui para sempre? —
Elena pergunta.
— Sim! — confirmo feliz. — Fiorella nos deu a casa, ela não
quer nada da herança do marido, este lugar para ela só traz más
lembranças. — Foi exatamente isso que Paolo me disse. — Como
ele se sente em dívida comigo por ter salvado Giovanna das garras
do asqueroso sogro, nos presenteou com esta casa.
— Que Deus abençoe a bondade dela, essa menina sofreu
tanto ao lado daquele marido. — Os olhos da minha mãe estão
marejados.
— Não podemos aceitar isso, esse lugar custa uma fortuna,
nunca poderemos pagar. — Meu pai me olha apreensivo.
— Vai recusar um presente vindo do nosso Capo? — o
questiono. — Ele ficará ofendido.
— Amaro tem razão, pai. — Stefania segura o braço dele. —
Se Paolo nos concedeu o imóvel, por ser grato ao ato de bravura do
meu irmão, podemos ficar aqui.
— O seu irmão fez apenas o serviço dele, como um leal
soldado deve proteger os seus superiores.
— Sei disso. — Nos fitamos intensamente. — Só que agora
eu sou um tenente e, como tal, sou um membro de status dentro da
máfia, não posso morar no subúrbio, seria humilhante para mim.
— Pasquale. — A voz da minha mãe é serena, mas o seu
tom é firme. — O nosso Capo sabe o que faz, se ele acha que
nosso filho merece algo assim, só podemos aceitar e sermos gratos
por termos dado a educação necessária para ele sempre ser fiel à
Famiglia. — Ela me olha com orgulho. — Não temos em casa um
stronzo[1] como Ciro, que traía ao clã e envergonhou os pais, nosso
filho é honrado.
Espero ele dizer algo, meu pai corre os olhos por toda a casa
pensativo. Sei o quanto ele é orgulhoso, mas neste caso eu estou
recebendo apenas um presente de gratidão e, quero recebê-lo
unicamente para poder propiciar conforto à minha família.
— Não sei se conseguirei viver no meio de tanto luxo — por
fim diz ao me encarar temeroso.
— Todos nós nos acostumamos com o que é bom, meu
velho, em pouco tempo andará por todos os cômodos sem maiores
problemas e, traremos muitas alegrias para este lugar que um dia
vivenciou tanta dor. — Passo a mão por seu ombro e beijo seu
rosto. — A partir de hoje esta será nossa casa e iremos construir
aqui as melhores memórias possíveis.
As minhas irmãs se aproximam sorrindo e nos unimos em um
abraço caloroso, com um raro amor em família, já que pertencemos
ao obscuro mundo da máfia. A nossa vida acaba de mudar, agora
seguiremos um outro rumo e, eu vou fazer questão de realizar o
sonho de cada um deles.
Dois anos depois
— Não sei bem o que dizer, é estranho saber que você está
em um lugar para que outros homens possam te ver — digo ao
saborear um dos biscoitos que a mãe dela fez. — Foi mais
incômodo do que imaginei, me senti uma mercadoria.
— Porra, Ambra! — Elena xinga.
— Olha essa boca, se o papai te vê falando palavrão já sabe.
— A irmã a recrimina.
— Ele não está aqui — responde fazendo uma careta. — Eu
não vou tolerar isso quando minha vez chegar, o papai vai ter que
encontrar outra forma de me arrumar um marido.
— Nós não somos a elite da máfia como Ambra, talvez nos
deixe frequentar festas em que possamos interagir mais
naturalmente, afinal ele e a mamãe se conheceram porque
moravam no mesmo prédio, as famílias acabaram ficando amigas e
organizaram o casamento de ambos.
— Eles sempre se amaram, são tão sortudos. — Elena solta
um suspiro. — Será que a gente vai ter essa sorte?
— Tudo é possível — digo antes de ouvir a porta da frente
bater.
A atenção de todas nós fica concentrada em quem está
chegando e, meu coração que já está agitado, dispara quando
Amaro aparece com uma blusa azul grudada ao seu peitoral por
causa do suor e uma calça preta de tecido sintético.
Ele é muito gostoso, eu adoro cada parte do seu corpo, mas
confesso que meu ponto fraco são as suas tatuagens e os piercings.
Esses adereços o deixam mais sensual e revelam sutilmente o
quanto é um homem perigoso.
Lembro do que fizemos na noite anterior, isso me faz ficar
excitada, pois sei que em poucas horas iremos dar um passo
adiante.
— Você não consegue descansar nem no domingo? Qual a
necessidade de correr hoje? Seus músculos estão em dia, não
precisa ficar neurótico com a aparência. — Elena como sempre não
mede as palavras.
— Exercícios não são necessariamente para manter a forma,
é uma espécie de prazer. — A última parte da sua fala é dita quando
nossos olhos se encontram. — Pensei que estaria cansada depois
da festa de ontem. — Se dirige a mim com naturalidade.
— Só me cansei emocionalmente.
— Entendo. — Com clara intenção de me provocar ele retira
a blusa revelando o tórax sarado e repleto de tatuagens. — Vou
tomar uma ducha.
Ele joga a blusa sobre o ombro e sobe as escadas de dois
em dois degraus.
— Amaro não para um minuto, eu não tenho esse pique. —
Elena revira os olhos.
— Você sabe como ele é. — Stefania vira-se para mim. —
Não conseguiu realmente gostar de nenhum rapaz?
— Infelizmente não.
— Minha amiga, eu lamento muito, juro que estava
esperançosa que se interessasse por alguém.
— Não sei se conseguirei me conectar a uma pessoa por
obrigação.
— Tudo pode acontecer, tenha fé que conseguirá encontrar
uma pessoa que realmente goste.
Não digo nada, pois já encontrei quem eu gosto, no entanto,
ainda não sei exatamente o que fazer para tê-lo em definitivo na
minha vida.
Só consigo ter uma certeza de que se houver a mínima
possibilidade de ficarmos juntos, eu vou lutar por isso, nem que eu
precise enfrentar Dom e toda a minha família.
Instagram
https://www.instagram.com/lilyfreitas04/
Email
autoralilyfreitas@gmail.com
Grupo Facebook
https://www.facebook.com/groups/1032213300175477/?ref=share
Avaliação:
[1]
Filho da puta
[2]
Maldito.
[3]
Criança.