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CAPÍTULO 1
PERIGOSAS ACHERON
PERIGOSAS NACIONAIS
PERIGOSAS ACHERON
PERIGOSAS NACIONAIS
CAPÍTULO 2
PERIGOSAS ACHERON
PERIGOSAS NACIONAIS
meus dias.
Havia um café na esquina do apartamento, onde
todas as manhãs na volta da caminhada, pegava o
meu café com leite e torradas doces, com
coberturas de caramelo e chocolate.
O único dia que não trabalhava era na segunda-
feira. E caso implorassem muito, fazia pelo dobro
do preço. Meu perfil estava exposto em um site de
acompanhantes online e em jornais, claro, nomes
fictícios.
Natasha Bloemer, nos sites e nos jornais. Mas
normalmente em cada noite precisava inventar um
nome diferente.
Eu tinha uma amiga chamada Gabriela,
diferente do meu trabalho, ela aceitava que sua
noite se estendesse um pouco mais, mas escolhia.
Homens com uma faixa de 20-30 anos, sempre
tomando precauções. Sendo um ano mais velha do
que eu.
Outra pessoa que não posso deixar de fora
dessa pequena apresentação é o Leandro, meu ex-
namorado. Tudo aconteceu na escola, um ano antes
de meu pai morrer, o que resultou em uma
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É só dizer!
Quero que faça meu filho se apaixonar por você.
E por que eu faria isso?
Porque estará recebendo o meu dinheiro.
De quanto estamos falando exatamente?
Uma quantia que irá te favorecer muito, mas não
quero tratar de negócios pelo computador.
Onde nós nos encontramos?
No Restaurante San Marino, você conhece? Às
20:00 de hoje.
Estarei lá. Leve 3.000 reais
Não esperei que ele me respondesse, precisava
encontrar no quarto uma roupa para utilizar no
jantar. Já havia frequentado com um dos meus
acompanhantes.
Até que a hora do encontro chegasse, distraí-me
com o que passava na televisão, eram programas
aleatórios.
Sabrina havia deixado algumas mensagens no
meu celular, provavelmente estavam precisando de
dinheiro.
"Você pode me dar cinquenta reais?"
Sabrina
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"Está ai?"
Sabrina
"Responde quando puder."
Sabrina
"Está trabalhando hoje? Segunda é o seu dia de
descanso, lembra?"
Sabrina
Era engraçado como Sabrina nunca se
contentava em mandar apenas uma mensagem, ela
precisava mandar várias até que eu pudesse
responder as mesmas.
"Posso sim, mas preciso saber para que você quer
usar?"
Selena
"Estou."
Selena
"Como sabe eu não trabalho hoje, mas precisarei
sair mais tarde, não é bem um acompanhamento
como de costume. E muito menos algo a mais."
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Selena
Deixei o celular em cima da minha cama para
caso ela pudesse responder rapidamente. Iria
preparar um bom banho para estar mais relaxada.
Todas as vezes antes de sair para ser
acompanhante, preparava um banho que pudesse
limpar as impurezas e assim fazia quando voltada
do trabalho.
Esperei alguns minutos na pequena banheira
que ficava na minha suite. Ligava o som em um
volume considerado alto, mas que não fosse
atrapalhar os vizinhos, já que as regras do
apartamento eram rígidas, claro, ninguém estava
errado.
Nós precisávamos respeitar uns aos outros para
uma boa convivência.
Deixei os meus cabelos enrolados na cabeça,
como se fosse careca para poder utilizar a peruca
que escolhi para o encontro.
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CAPÍTULO 3
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Selena
"Ela reclamou que a televisão do quarto dela está
com problemas."
Sabrina
"Perfeito! Obrigada."
Selena
"Boa noite irmã, estou indo dormir agora."
Sabrina
Como eu disse, era difícil mamãe me pedir
alguma coisa além da contribuição que lhe dava
todos os meses. A questão era, apesar de dar uma
grande quantia de dinheiro que recebia, mamãe
pretendia garantir o futuro da filha mais nova,
Sabrina. E era por isso que a minha irmã ainda não
sabia, mas tinha uma conta no banco com seu
nome, onde metade do dinheiro que a mamãe
recebia era depositado.
Organizei o quarto, estava ansiosa e a última
coisa que se passava na minha cabeça era o ato de
dormir.
Nunca presenciei um evento de extrema
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CAPÍTULO 4
mim.
— Até o sábado. — Despedimos uma da outra.
Sabrina pediu para que o presente que havia
comprado para mamãe ficasse guardado comigo
para que ela não mexesse e nem desconfiasse de
nada.
Como ainda era cedo, resolvi que iria para casa
a tarde para dormir um pouco. Era necessário estar
acordada para que pudesse agir com o plano de
conquistar Alan.
Estava ansiosa para conhecer o mesmo, já que
seu pai nem ao menos mostrou uma foto dele para
que eu tivesse uma pequena noção de como ele
seria.
[...]
Acordei um pouco assustada com o horário,
com o tanto de coisa que tinha para fazer estava
atrasada. Demoraria alguns minutos para fazer as
unhas, tanto da mão quanto do pé, arrependia-me o
máximo de não ter marcado o salão para um dia tão
"importante".
Mais um pouco de tempo para arrumar o
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CAPÍTULO 5
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significasse nada.
— Espero que você não seja igual as outras
secretárias dele. — Avisou. — Porque se ficar se
jogando para cima do seu chefe irá ser demitida
rápido, o senhor Estevan detesta isso.
— Está dizendo isso por experiência própria? —
Perguntei.
Quando as últimas palavras saíram da minha
boca, foi que eu percebi que poderia ter ficado
quieta. A mão da Giovanna atingiu em cheio a
minha bochecha, deixando com certeza uma marca.
— Você está louca? — Gritei.
— Nunca falte com respeito comigo, serei a futura
mulher do seu chefe! — Gritou.
Foram poucos minutos para que entrassem no
banheiro. Alan estava ao lado dos seus pais,
olhavam-nos atentos.
— O que está acontecendo aqui? — Helena
perguntou.
— Essa mulher é louca. — Apontei. — Olha o que
ela fez com o meu rosto. — Mostrei o vermelho e a
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CAPÍTULO 6
Selena
"Amiga? Onde você se meteu? Não manda mais
mensagens!!!"
Gabriela
"Esqueceu da amiga, só pode!!!"
Gabriela
"Está com algum bofe??"
Gabriela
"Acabei de chegar, estava em um evento."
Selena
"Nunca esqueço de você."
Selena
"Finalmente descobri seu endereço!"
Leando
"Estou louco para te ver novamente..."
Leandro
"Precisamos ter uma conversa séria!"
Leandro
"Nós não temos mais nada para conversar! Já falei
para você me esquecer."
Selena
A coisa que mais me deixava furiosa era essa
mania do Leandro tentar resolver a nossa relação. A
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chorar.
— E você irá trabalhar com o que? — Perguntei em
dúvida sobre qual seria o seu meio de
sobrevivência.
— Ele me ofereceu um trabalho em sua empresa, é
arquiteto, algo relacionado a administração dentro
dos seus funcionários. — Explicou.
— Isso será interessante. — Confessei. — Apoio
você com todas as minhas forças.
Gabriela estava chorando, eu estava chorando.
A sua felicidade estava sendo refletida em mim.
— Obrigada por ser a melhor amiga do mundo. —
Abraçou-me intensamente.
— Eu tenho muito a agradecer por você também.
— Beijei sua bochecha.
Gostava da companhia dela, a sua presença no
apartamento ou no mesmo ambiente que eu estava
fazia com que tudo ficasse melhor.
Contar para ela sobre o meu novo emprego, fez
com que um peso caísse dos meus ombros.
Ela já estava dormindo ao meu lado, como
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CAPÍTULO 7
escrito ALAN.
"O rosto está melhor?"
Alan
"Sim! Nada que um gelo não tenha resolvido."
Selena
"Espero que Giovanna não repita o ocorrido."
Alan
"Espero não vê-la mais."
Selena
Faltava apenas dez minutos para que o meu
expediente acabasse. A não ser que o meu chefe
não tivesse saído da sua sala, disposto a enfrentar
uma reunião de duas horas, onde eu seria obrigada
a frequentar.
— Você só precisará anotar o que for pedido e
alguns lembretes, certo? — Explicou.
— Sim.
A sala de reunião que ficava um andar abaixo
estava cheia. Muitos homens engravatados, alguns
senhores e outros novos assim como Alan.
— Vamos começar, o que querem discutir? — O
tom profissional e o olhar de Alan fazia com que
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CAPÍTULO 8
Estevan
"Não estou recebendo notícias do Alan!! Você
ainda está com ele?"
Estevan
Como o senhor Estevan estava preocupado com
o seu filho... Ou quem sabe ele só estivesse curioso
para saber com quem o seu filho estava naquela
noite.
"Olá senhor Estevan. Acabei de chegar em casa.
Estava com Alan, fomos jantar para comemora o
meu primeiro dia de trabalho e o novo projeto da
empresa. Talvez tenha sido um encontro, um dia
iremos descobrir. Estou um pouco cansada,
amanhã começo cedo. Até mais."
Selena
A questão era que eu estava cansada demais
para qualquer trabalho como acompanhante
naquele momento. Ou quem sabe fosse apenas uma
desculpa para não precisar ir encontrar com
qualquer homem e fingir ser a sua
namorada/noiva/mulher.
A banheira que ficava no banheiro do meu
quarto estava chamando pelo meu corpo. Foi um
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CAPÍTULO 9
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fazer visitas.
Havíamos organizado tudo. Novamente Alan
nos ajudou em cada detalhe.
— Vocês estão juntos? — Ouvi mamãe perguntar
ao Alan, ele estava próximo a ela, na sala.
— Mamãe! — Chamei a sua atenção.
— Está tudo bem! — Alan sorriu animado.
— Filha eu não tenho culpa em querer saber disso.
— Mamãe deu de ombros, arrancando risadas de
nós três.
Não era possível que eu estava passando
vergonha na frente de Alan.
— Não precisa se envergonhar. — Alan tocou o mu
ombro, passando um pequeno choque pelo toque.
— Vocês formariam um lindo casal. — Sabrina
comentou.
Após muitas conversas e comentários nada
saudáveis, Alan pediu que eu o levasse para o seu
apartamento.
Não trocamos nenhuma palavras no caminho
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Selena
"Agora deixa eu ir descansar! Estou exausta."
Selena
Quando estava entrando na banheira o meu
celular apitou. Sabrina nunca se cansava.
O que me pegou desprevenida e surpresa foi
ver o nome que estava na tela do meu celular,
ALAN.
"Nós tivemos um dia maravilhoso juntos."
Alan
"Adorei conhecer dona Elisa e Sabrina!"
Alan
"Espero que possamos repetir a dose."
Alan
"Tenha uma boa noite."
Alan
O meu chefe estava mandando mensagens para
o meu celular e isso não envolvia o trabalho.
Ter visto que ele havia gostado de conhecer a
minha mãe e minha irmã já me deixava satisfeita.
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CAPÍTULO 10
um convite."
Selena
"Conte-me um pouco mais."
Alan
"Pizza agora na casa da minha mãe, ela quem
convidou."
Selena
"Um convite da senhora Elisa é irrecusável!"
Alan
"Precisa que eu te mande o endereço?"
Selena
"Não será necessário! Até mais."
Alan
Por sorte o sinal era maior, quatro tempos.
Deixei para dar a notícia quando chegasse em
casa, não queria receber aquelas mensagens da
minha irmã insinuando mil e uma coisas.
Estava pensando nos sabores de pizza. Como
sempre, nós pedíamos duas pizzas enormes. Quatro
sabores em cada uma.
Calabresa
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CAPÍTULO 11
lado.
— Senhora Helena, estou feliz em vê-la
novamente. — Beijei a sua bochecha, da maneira
que dava, pois estávamos sentadas.
— Querida, lembre-se de dispensar a palavra
senhora, assim me sinto muito velha. — Brincou,
mantendo a classe e o carinho.
— Bom dia senhor Estevan. — Saudei o mesmo,
que se virou para me olhar.
— Olá Selena, como você está? — Era como se por
alguns segundos esquecesse de todo o nosso
contrato.
— Estou ótima, obrigada.
Gostava de alguma maneira de toda aquela
atenção que eu recebia da família do Alan.
Por mais que eu soubesse que em alguma hora
tudo pudesse acabar, gostaria de aproveitar o
máximo.
Esperava que mesmo que estivéssemos indo
para um cruzeiro a negócios, pudéssemos
aproveitar pelo menos um pouco.
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CAPÍTULO 12
algo sério.
Como sabia que provavelmente a sua amiga
Giovanna poderia estar na piscina e faria de tudo
para chamar atenção do Alan, resolvi colocar um
dos meus biquínis mais chamativos. Ninguém
notaria, já que aquele modelo estava na moda, rosa
digamos que florescente com lilás forte.
É claro que teria que sair ainda de biquíni para
Alan poder absorver aquela cena, sem que ninguém
o atrapalhasse. Fingi esquecer a canga no quarto,
mas havia deixado-o lá de propósito.
— Desculpe senhor Stuart, pensei que você já havia
ido embora. — Desculpei-me, procurando a minha
canga com pressa.
— Não tem problema, estou esperando você lá
fora. — Avisou, saindo pela porta, aposto que deve
ter olhado para cada espaço do meu corpo.
A minha intenção é que ele ficasse naquele
quarto comigo, de preferência durante todas as
horas possíveis.
Chegamos na piscina, onde sua mãe estava
deitada em uma das cadeiras em frente a piscina. Já
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Pediu Alan.
Estava quase voando com a mão na cara dela,
uma moça que se diz digna e culta, não deveria
estar se jogando daquela maneira para cima de um
homem. Principalmente do seu ex-chefe, por mais
que ele não estivesse em nenhum relacionamento,
ainda assim era errado.
Tinha certeza que a dona Helena, mãe de Alan,
não estava gostando nada daquela cena que ela
estava expondo o seu filho que futuramente viria a
ser dono de sua empresa. A questão principal, era
que estávamos a trabalho no cruzeiro e que por
mais que estivéssemos aproveitando naquela hora,
havia pessoas de diferentes empresas, sócios,
funcionários, assistindo tudo de perto.
Como não queria ficar sobrando naquela
piscina e ver Giovanna atacar o homem que eu
precisava conquistar, sentei ao lado da minha futura
sogra, na tentativa de me aproximar.
— Giovanna deveria ser como você. — Comentou
baixo, para que apenas nós duas escutássemos.
— Como assim? — Perguntei curiosa.
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começou a me atormentar.
Procurei por remédios na pequena bolsa que
havia pego com produtos de higiene, estava certa
de que havia deixado ali em algum lugar, mas por
um azar do destino, não havia nenhum remédio.
Optei em colocar uma pequena toalha de rosto
molhada, em cima da minha testa como mamãe
sempre fazia quando não havia remédio em casa.
Talvez algumas horas de sono me fariam bem,
já que não estava acostumada com o mar.
— Selena? — Houve alguns toques na porta, antes
do meu nome ser pronunciado.
— Estou aqui. — Falei em um tom baixo, já que a
dor estava dominando o meu corpo.
— Mamãe falou que estava com dor de cabeça, está
melhor? — Alan parecia preocupado, sentou-se ao
meu lado direito, enquanto checava a minha
temperatura.
— Estou sim, logo passa. — Avisei.
— Você está quente, tomou algum remédio? —
Perguntou preocupado.
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CAPÍTULO 13
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sobre.
Ela continuou contando alguns detalhes sobre
tudo que aconteceu durante a gravidez, não gostava
muito de histórias tristes. Mas gostava da maneira
como ela demonstrava que confiava em mim.
— Querida, adoraria ficar mais tempo com você,
mas estou cansada. — Beijou a minha bochecha e
levantou-se com cuidado.
— Agradeço por ter ficado esse tempo todo
comigo, tenha uma boa noite. — Agradeci.
Assim que a dona Helena foi embora, resolvi
que estava na hora de tomar um banho. Quem sabe
eu iria melhorar, além de tirar aquela aparência de
doente.
Não me preocupei com o tempo que iria ficar
de baixo do chuveiro, mesmo porque Alan estava
em uma reunião e ainda iria jantar.
Desejava que ele não encontrasse com
Giovanna no caminho para a janta, caso contrário,
isso iria prolongar sua noite, o que demoraria a o
mesmo chegar.
Enrolei-me na toalha, cuidando para que a água
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CAPÍTULO 14
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— Diga.
— Você é linda. — Falou, deixando-me totalmente
envergonhada.
Nunca havia recebido um elogio desse. Quer
dizer, é claro que meu ex-namorado falava essas
coisas quando nos conhecemos e enquanto
namorávamos.
Mas receber um elogio de um homem como o
Alan, era totalmente diferente.
— Obrigada Alan. — Agradeci.
— Posso ser sincero com você? — Perguntou.
— Claro. — Respondi.
— Você tem mudado a minha vida. — Contou.
De que maneira ele estava falando? Como
pessoa? No seu trabalho?
— Pode me explicar melhor? — Pedi.
— Você chegou do nada, resolveu um problema
importante no meu trabalho, agradou os meus pais,
me levou para conhecer a sua família, faz de tudo
para nunca me deixar sozinho, até me levou no
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CAPÍTULO 15
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sozinhos na piscina.
— Aquele momento estava desconfortável. —
Comentei.
— Eles acham que eu ainda estou com a Giovanna.
— Contou.
— Talvez você deva se afastar, ela só está te
trazendo problemas. — Não era exatamente certo
falar isso, ele poderia achar que eu estava
interferindo na sua vida, talvez ainda sentisse algo
pela sua ex.
— Acha que não estou tentando de todas as
formas? Não aguento mais ela, vou em festas de
noite, fico com outras mulheres na sua frente, quem
sabe assim ela percebe que não quero nada, mas ela
insisti. — Contou, deixando-me um tanto
incomodada com o seu desabafo.
Quer dizer que ele estava saindo durante à
noite? Beijando outras mulheres em baladas? Tudo
isso para mostrar a Giovanna que não queria ficar
com ela? Desculpe-me, mas na minha visão certa
desculpa.
Gostaria de poder discordar da maneira de
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ocupado. — Explicou.
— Senhor Alan, pode ser mais claro? — Pedi.
— Você tem dominado os meus pensamentos. —
Começou a contar. — Como posso sair e ficar com
outras mulheres, sendo que é em você que estou
pensando a cada momento?
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CAPÍTULO 16
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CAPÍTULO 17
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CAPÍTULO 18
Eu te vi e já te quis
Me vi tão feliz
Um amor que pra mim era sonho Surpreendente
provar
Do que eu só ouvi falar
E você resolveu me mostrar
Logo eu que nem pensava
Eu não imaginava, te merecer
E agora sou o dono desse amor
Eu nem quero saber porque
Eu só preciso viver
O resto dessa vida com você
Te vi e já te quis
Me vi tão feliz
Um amor que pra mim era sonho Surpreendente
provar
Do que eu só ouvi falar
E você resolveu me mostrar
Logo eu que nem pensava
Eu não imaginava, te merecer
E agora sou o dono desse amor
Eu nem quero saber porque
Eu só preciso viver
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problemas.
Após essa simples resposta, não houve mais
perguntas.
O silêncio estava deixando o clima ainda mais
tenso. Era como se eu voltasse anos atrás e
estivesse sendo apresentada para a família do meu
namorado. Não me sentia uma adulta.
Alan e o senhor Estevan haviam se levantado
para pagarem algumas bebidas extras que não
estavam dentro do pacote comprado.
— Querida, não ache que não aprovo esse
relacionamento, mas é que nunca vi o meu filho
assim por causa de uma mulher. — Dessa vez
Helena estava mais calma, era como se as suas
dúvidas em relação aos sentimentos do seu filho
estivessem acabando.
— A senhora tem toda a razão de estar assim. —
Precisava me aproximar o máximo possível.
— Do fundo do meu coração eu espero que Alan
tenha mudado e realmente esteja apaixonado por
você. — Afirmou, cessando as palavras com a
chegada deles.
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CAPÍTULO 19
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desconhecesse o autor.
Havia uma parte em especial que havia me
identificado, talvez a palavra roubar parecesse
certa naquele momento.
"Até que um dia, cansado de estar dividido ao
meio, esse coração chamará a sua outra parte e
alguém por vontade própria, sem que precisemos
roubá-la ou furtá-la nos entregará a metade que
faltava..."
Alan chegou por vontade própria, eu por outro
lado, estava apenas querendo roubar o seu coração
e acabei o fazendo sem esforço algum... Pelo fato
de ser a hora dele entregar o seu coração para
alguém.
Talvez eu devesse mandar alguma coisa,
corresponder com outro texto, mas naquele
momento não haviam palavras suficientes... Não
era certo enviar algo que não viesse do meu
coração, mesmo sabendo, que sempre fora assim.
Resolvi que antes de pensar em qualquer coisa
para Alan, iria responder as perguntas da minha
irmã que estava preocupada.
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privada.
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CAPÍTULO 20
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CAPÍTULO 21
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CAPÍTULO 22
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CAPÍTULO 23
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CAPÍTULO 24
Brinquei.
— Você não terá nada da empresa para fazer. —
Avisou.
Digamos que não era justo ele não me passar
trabalho pelo simples fato de querer passar a noite
comigo. Mas ao mesmo tempo era certo porque eu
era a sua namorada e precisávamos passar mais
tempo juntos.
Aquilo não era correto se alguém percebesse
que eu não estivesse levando nada para fazer em
casa. Talvez imaginassem que eu era muito
inteligente para concluir todos os meus trabalhos
enquanto estivesse na empresa.
— Eu amo o seu sorriso. — Comentou.
— Eu amo o seu jeito quando está comigo. —
Comentei.
Estava-se na hora de fazermos declarações eu
precisava retribuir de alguma forma e se ele
escolheu por elogios, seria assim que iria ser.
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CAPÍTULO 25
Avisei.
Eu o deixei chateado.
Ele não me olhou mais nos olhos.
Não me deu um beijo de despedida.
Eu poderia ter falado aquilo de maneira menos
grosseiro, talvez não tão direta, mas essa era a
minha maneira de estragar tudo. Quem sabe fosse
bom não fazê-lo se apegar tanto, ou ele já estava
apegado demais?
A minha vontade era de entrar no carro e seguir
para o seu apartamento, quem sabe para fazer uma
surpresa, mas a questão era que eu não tinha
condições para isso.
Exausta no meu apartamento, procurava
alguma coisa para que pudesse me alimentar.
Infelizmente não havia feito a compra do mês, ou
seja, a geladeira estava vazia.
O que eu resolvi fazer? Ir ao mercado de noite,
descabelada, exausta, com vontade de correr para a
cama, mas eu precisava comer.
A questão era que o mercado onde eu
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Alan
"Só estava com pressa de chegar em casa e além
do mais não queria atrapalhar."
Selena
"Seria uma ótima oportunidade de eu te
apresentar para os meus amigos."
Alan
Será que quando ele disse "meus amigos"
estava se referindo também aquela menina que
estava ao seu lado? Provavelmente ela não gostaria
de saber que agora ele estava namorando.
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CAPÍTULO 26
estava me incomodando.
Corri meus olhos por um livro aleatório jogado
no meu sofá, autora Clarice Lispector, não sabia ao
certo o que iria ler, era um livro com diversas
citações, na verdade a minha amiga havia feito com
as frases dela, da maneira como gostava, com as
melhores frases que eu poderia ler.
"Só uma coisa a favor de mim eu posso dizer:
nunca feri de propósito. E também me dói quando
percebo que feri. Mas tantos defeitos tenho. Sou
inquieta, ciumenta, áspera, desesperançosa.
Embora amor dentro de mim não falte."
Por que agora tudo que eu via, lia, ouvia, tinha
que mostrar um pouco de tudo que estava
acontecendo? Na verdade eu tinha as minhas
dúvidas, era como se tudo conspirasse contra mim.
Não estava mais aguentando pensar no Alan, quer
dizer, era bom pensar nele e em todas as sensações
que me proporcionava, a questão era o contrato.
"NUNCA FERI DE PROPÓSITO" essa era a
realidade que eu convivia em todos os meus dias.
Não era a minha intenção, mesmo porque o meu
trabalho não tinha nada haver em ferir, sempre para
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CAPÍTULO 27
— Obrigada. — Agradeci.
— Caso você tenha os mesmos sintomas utilizando
todos os remédios, preciso que volte para que
possamos fazer novos exames. — Explicou.
— Tudo bem. — Assenti.
Mamãe mal conseguia manobrar o carro para
tirar da vaga onde havia estacionada quando
chegamos ao hospital. Lembrando que, fui eu quem
trouxe o carro, mesmo porque ainda estava
possibilitada do ato.
— Eu odeio dirigir. — Mamãe reclamou
emburrada.
— Você quer que eu tire da vaga?— Perguntei.
— Quero e que leve até a minha casa. —
Respondeu, desligando o carro.
— Você sabe que eu estou um pouco sonolenta,
certo?— Perguntei.
— Eu irei correr esse risco. — Avisou.
Estava certa de que iria ter que levar o carro até
a casa dela. Mesmo porque caso deixasse mamãe
levá-lo, poderíamos demorar muito para chegar e
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CAPÍTULO 28
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retrucou.
— Ei eu sou sua irmã, não precisa ficar com
vergonha de contar sobre o seu novo namorado. —
Expliquei.
— Mas ele não é meu namorado ainda. — Talvez
ela tivesse deixado escapar aquele "ainda".
— Ainda? — A minha voz saiu um pouco
empolgada, fazendo com que mamãe me olhasse
como se estivesse me repreendendo por estar
incomodando a minha irmã, que também estava
incomodada com as minhas perguntas.
Como Alan adentrou a cozinha, chamando a
atenção de todas nós, preferi não tocar no assunto
na frente dele, por mais que depois contaria com
certeza sobre isso, para que pudéssemos rir juntos.
Teria uma longa conversa com Sabrina sobre
Leandro. Como papai não estava mais aqui e
mamãe muitas vezes deixasse a desejar sobre o
assunto de ser mais rígida quando o assunto era
garotos, precisava ser a pessoa chata que iria
perguntar as intenções com a minha irmã.
— Alan, espero que você goste de sopa, caso queira
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CAPÍTULO 29
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CAPÍTULO 30
embalagens.
— E por que você comprou isso? — Perguntei,
normalmente quem fazia esse tipo de compra era
eu.
— Porque você está naqueles dias, não está? —
Perguntou confuso.
— Na verdade ainda não. — Neguei com a cabeça.
Ele estranhou a minha resposta. Será que era
possível? Ele estava anotando e cuidando os dias
que eu estava de tpm?
— Pensei que já estivesse há três dias. —
Comentou.
— E você só trouxe agora, por quê? — Perguntei.
— Porque não tinha mais no armário do seu
banheiro. — Respondeu como se fosse óbvio.
Não era possível que ele estivesse olhando
todos os produtos que eu estava precisando.
Quando ele fazia isso? Normalmente tomávamos
banho juntos. É, não fazíamos nada demais, era só
tomar banho mesmo.
É claro que ele precisava ir ao banheiro
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calmo. — Avisou.
Por sorte pude dormir. Não ouvi mais nada
relacionado a bebês. Embora soubesse que Alan
ainda estava preocupado, ainda mais pelo fato de
ver em seus olhos.
Pensei em fazer o teste para acabar logo com
essa preocupação boba que ele tinha. Mas era
necessário deixar pelo menos para a próxima
semana, já que estávamos cheios de trabalho na
empresa e inúmeras reuniões.
O tempo que sobrava seria destinado para
dormir e comer.
Acabei acordando na madrugada sem sono
algum. Em vez de continuar na cama, resolvi
levantar e ir com o meu notebook na sala.
Por algum motivo senti vontade de ir embora.
Fugir. Naquele momento parecia tão certo. Não
tinha o porquê de continuar.
É claro que não iria embora, pelo menos não
agora.
Enquanto passava os meus olhos pela tela, lia
textos maravilhosos postados em redes sociais. A
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CAPÍTULO 31
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bastante. — Ressaltou.
Realmente naquele momento me senti uma
garota de programa. Não que eu tivesse algo contra
as mulheres que exercem essa função, tenho certeza
que elas tem seus motivos, assim como eu tenho
em ser acompanhante. Mas eram situações
diferentes. Eu não dormia com os homens que
contratavam o meu serviço — nem que me
pagassem um valor maior —, eu me recusava a
passar por esse transtorno.
Na verdade, eu nunca consegui ficar com
alguém sem sentir um sentimento por essa pessoa.
Está certo que já dormi com Alan, mas durante
esses dois meses, acabei criando um sentimento por
ele e o mesmo por mim.
— Caso vocês não casem em duas semanas,
certifique-se que você terá que me pagar uma
multa. — Avisou.
Eu não tinha esse dinheiro.
Eu não poderia deixar de casar.
Eu teria que arrumar uma maneira de fazer com
que Alan quisesse casar comigo.
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CAPÍTULO 32
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CAPÍTULO 33
— Avisou sério.
— Está tudo bem? — Perguntei, notando o quão
sério ele estava.
— Lembre-se que aqui dentro eu sou seu chefe e
não seu namorado, não posso ficar passando a mão
na sua cabeça a cada erro que cometer. — Explicou
e dessa vez fez questão de olhar-me nos olhos.
Não sabia ao certo o que o seu olhar estava
querendo me dizer. Mas uma coisa era certa, não
havia o mesmo brilho de antes. Desde a noite
anterior — que eu nem sabia como havia terminado
—, ele estava me tratando com total indiferença e
isso estava me incomodando. Por mais que
soubesse que deveria me acostumar com a
distância, já que logo estaríamos separados.
Logo é maneira de dizer, demoraria ao menos
seis meses para que o contrato fosse realizado com
sucesso, assim eu poderia desaparecer da vida do
Alan.
Talvez eu tivesse ficado alguns segundos parada na
frente da mesa dele, olhando-o.
— Agora já pode retornar para a sua mesa, tenho
trabalho para fazer. — Avisou, apontando a porta
para que eu saísse.
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CAPÍTULO 34
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CAPÍTULO 35
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CAPÍTULO 36
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cozinha.
Alan realmente estava sendo cuidadoso comigo
todo esse tempo e eu sentia que mesmo mentindo
para ele, deveria retribuir de alguma maneira.
Como logo eu teria que evitar qualquer contato
com ele, planejei que poderíamos ter uma noite de
amor, talvez fosse a última e eu não poderia perder
a oportunidade.
Poderia ser a última porque a qualquer
momento alguém poderia descobrir sobre o
contrato e tudo acabaria. Eu não iria ter nem sequer
uma última oportunidade de me despedir, mesmo
sabendo que sentia a falta dele depois.
Enquanto ele preparava a nossa janta, resolvi ir
até o nosso quarto, deixar tudo preparado. Na
verdade eu não tinha nada em mente do que poderia
fazer ali, ainda mais tendo poucos minutos.
Como ele adorava tanto a cor branca, quarto a
cor vermelha, resolvi que trocaria as roupas de
cama, para vermelho, assim chamaria mais a sua
atenção, com certeza ele entenderia o recado.
Por baixo da roupa que eu estava usando,
procurei um conjunto de calcinha e sutiã brancos,
havia utilizado apenas uma única vez e seria
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CAPÍTULO 37
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Vai me perdoando
Esquece aqueles planos
Tudo o que eu te prometi
Sei que é difícil encarar que seja o fim
Mas vai me perdoando enfim
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testa.
Seria um dia agitado. Começaria por ter que
ficar longe do Alan durante a manhã e tarde toda, já
que os “noivos” não podem se ver no dia do
casamento — segundo a mãe dele — e é claro que
nós resolvemos obedecer essa ordem.
— Serão por poucas horas, depois você terá todo o
tempo do mundo para ficar comigo. — Falei,
acariciando a sua barba.
Alan havia ficado um pouco vaidoso de uns
tempos para cá, dessa vez ele deixava a barba
crescer um pouco mais do que o costume, mas
cortava ela de uma maneira que se encaixava
perfeitamente em sua face, deixando-o mais
charmoso. Por mais que adorasse esse seu novo
estilo, sentia um pouco de ciúmes quando uma
empresária ou sócia de alguma empresa marcava
uma reunião com ele — deixando claro que eu não
poderia estar junto —. E como eu era a empregada
e precisava obedecer a ordens, não havia nada que
eu pudesse fazer.
— Estou indo para o meu apartamento. — Avisou,
dando-me um abraço, pegando-me desprevenida.
Com o fato do “bebê” poder correr riscos, nós
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CAPÍTULO 38
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CAPÍTULO 39
Ponto de vista do Alan:
Faltavam poucos minutos para o inicio do meu
casamento com Selena e já estava me direcionando
para a igreja junto dos meus pais. Confesso que
estava ansioso para o momento mais importante da
minha vida.
Mamãe conversara comigo horas antes sobre
como a minha vida mudaria assim que eu me
casasse e começasse a dividir o mesmo teto que
minha futura esposa. E eu tinha certeza absoluta
que ela estava certa.
O problema é que ela não sabia que tudo era
uma farsa.
Eu estava preparado para dar continuidade
naquela loucura que eles haviam criado o contrato e
iria ver até onde aquilo daria.
— Os convidados já entraram você deve entrar
logo em seguida. — A mulher que havíamos
contratado para organizar o casamento avisou.
— Devo entrar agora? — Perguntei, sabendo que
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mentir tanto.
Era difícil de imaginar que a mulher que eu
pensei que seria minha para o resto da vida, estaria
na verdade, fingindo ser minha. Selena era uma
acompanhante e estava sendo paga pelo meu
próprio pai para casar-se comigo durante seis
meses.
É certo que há pessoas assim no mundo, mas
nós não reconhecemos quando de fato acontece
dentro da nossa própria casa, com pessoas que nós
achávamos que eram de nossa confiança.
Por mais que eu não tivesse acreditado na
palavra de Giovanna quando me contou sobre o
contrato que papai fizera com Selena, uma
acompanhante, onde será que ele a encontrou?
Após ela me apresentar à prova — um vídeo —
muito recente por sinal, quando eu estava em uma
reunião importante me sacrificando pela empresa
do meu pai, eles estavam preparando um golpe por
trás de mim.
Tentei agir todo esse último mês como se nada
estivesse acontecendo. E como se não fosse o
suficiente este contrato, Selena havia sido capaz de
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soluços e outros.
— Não me chame mais de mãe, eu não tenho
orgulho de você, esqueça onde moro. — E foi a
única coisa que a senhora Elisa disse antes de ir
embora correndo.
Sabrina não ficou com sua irmã, precisou ir
atrás da mãe para que evitasse qualquer
acontecimento trágico.
Antes mesmo que Selena fosse embora com a
ajuda da moça que estava organizando nosso
casamento, puxei-a pelo braço, fazendo-a ficar de
frente para mim.
— Digo o mesmo que a sua mãe. Esqueça que eu
existo, nunca mais quero ver o seu rosto na minha
frente, pegue suas coisas no escritório em um
horário que eu não esteja. — Avisei, soltando-a.
Ela foi embora sem dizer nada, mesmo porque
não seria necessário, eu não estaria disposto a
escutá-la. E quando disse que para ela eu não
existia mais, era a verdade, não iria nunca mais vê-
la.
Mamãe não disse nenhuma palavra, talvez
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CAPÍTULO 40
Eu estava entrando na igreja de braços dados
com a minha mãe — afinal papai não estava mais
entre nós —. Estava tentando imaginar aquele
casamento sendo real e que de fato eu estivesse
feliz por finalmente ter encontrado o homem da
minha vida.
Alan era o homem mais bonito do mundo e
aquele terno se adequava perfeitamente ao seu
corpo. Talvez ele tivesse optado por um modelo
que ficasse mais justo — mas não de uma maneira
feia — e sim de maneira que valorizasse o seu belo
corpo, os músculos dos seus braços e o traço do seu
bumbum. Quer dizer, em relação ao bumbum eu
ainda não havia tido a oportunidade de observar, já
que ele estava de frente para mim, mas poderia
imaginar.
As coisas poderiam ter sido tão diferentes se eu
não tivesse aceitado aquele contrato, mas quem
sabe eu não teria tido a oportunidade de conhecê-lo.
A experiência que tive ao seu lado foi maravilhosa
e com certeza eu seria grata para o resto da minha
vida por tudo que passamos juntos.
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feito.
— É verdade. — Afirmei, entre alguns soluços e
outros.
— Não me chame mais de mãe, eu não tenho
orgulho de você, esqueça onde moro. — E foi o
que a minha mãe disse antes de ir embora.
Como eu me sentia ao ver e ouvir a minha mãe
reagir daquela maneira? Não que ela estivesse
errada, no lugar dela eu também não estaria com
orgulho da minha filha, caso ela agisse dessa
maneira.
Eu queria ir embora e estava preparada para ir,
mas senti alguém segurar o meu braço — muito
forte por sinal — e então era Alan. O que será que
ele ainda queria comigo? Humilhar-me mais ainda?
— Digo o mesmo que a sua mãe. Esqueça que eu
existo, nunca mais quero ver o seu rosto na minha
frente, pegue suas coisas no escritório em um
horário que eu não esteja. — Avisou seco,
soltando-me após sua fala.
Eu não tinha como responder algo naquele
momento, nenhuma palavra ousaria em sair da
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CAPÍTULO 41
E as duas primeiras semanas sem o Alan por
perto não foram fáceis. Passei alguns dias sem
colocar um alimento sequer na boca — mas
felizmente — eu tinha uma melhor amiga que me
"obrigava" a fazer as coisas.
O meu apartamento por incrível que pareça
estava limpo e organizado, talvez fosse uma
maneira que eu havia encontrado para não fazer
nenhuma besteira.
Embora eu tivesse dinheiro guardado, boa parte
dele ainda ia diretamente para a conta da minha
mãe — que ainda não havia voltado a conversar
comigo — e na de Sabrina — que fazia questão de
me mandar mensagens todos os dias —, sobrando
um valor considerado para que eu pagasse as
minhas contas e vivesse tranquilamente, mas eu
precisava de um emprego caso quisesse manter
tudo como estava.
Após há primeira semana, resolvi que teria que
procurar um emprego decente e na semana
seguinte, em cada dia que se passava frequentava
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informações em um papel.
Ele me explicou que eu deveria entregar o
papel na recepção para que eles pudessem me levar
até a sala certa, onde ocorreriam os exames que
seriam necessários para saber se eu estava com
algum problema de saúde.
— Se você estiver cansada e quiser ir para casa,
pode ir. — Falei para Gabriela, já que estava um
pouco tarde.
Ela balançou a cabeça negativamente.
— Irei ficar com você. — Afirmou.
Estava prevendo que aqueles exames iriam
demorar a que eu pudesse fazê-los. Mas, após
quinze minutos esperando, chamaram-me para uma
sala onde coletaram o meu sangue e a minha urina.
Os resultados dos exames só ficariam prontos
no dia seguinte, mas antes de ir para o meu
apartamento, precisei tomar soro. O soro serviria
para me deixar hidratada e mais forte segundo o
médico.
— Eu vou ir para casa, qualquer coisa você me
liga. — Gabriela avisou, sem sair do carro.
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CAPÍTULO 42
Havia diversos exames que eles haviam feito e
eu não entendia a maioria deles. Mas um deles eu
conhecia bem, na verdade, já havia feito uma vez.
Exame de gravidez. Eles não haviam comentado
comigo que iriam fazer tal teste, mas fizeram e não
que eu me importasse com isso, mas essa
possibilidade estava fora de cogitação.
Mas o que eu achava que era impossível
tornou-se realidade. Aquelas palavras em
maiúsculo vieram como um vento forte,
derrubando-me de joelhos no tapete da sala.
POSITIVO.
Eu já nem enxergava mais as palavras por conta
do embaço que as lágrimas haviam causado nos
meus olhos. Eu não poderia ser mãe naquele
momento. Poderia haver uma maneira de estar
errado, quem sabe uma troca de exames?
Alan não poderia saber que eu estava grávida,
afinal, ele não queria mais olhar na minha cara,
com certeza iria dizer que aquele filho ou filha
poderia ser de algum homem que eu havia
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acompanhado.
O pior de tudo é que eu não teria o apoio de
mamãe, mas ainda assim tinha Sabrina e precisava
contar para ela.
"Se eu te disser que eu estou grávida de verdade? E
que isso não fazia parte do plano?"
Selena
Ela com certeza não demoraria a responder,
assim que visse a mensagem iria me ligar, eu
conhecia a irmã que eu tinha e precisava da força e
animação da mesma naquele momento.
E como o esperado, cerca de dez minutos
depois que a mensagem havia sido enviada, o meu
celular começou a tocar descontroladamente.
"INICIO DA LIGAÇÃO"
— Alô?
— SELENA! — É a minha irmã estava gritando ao
telefone. — Você está falando sério?
— Eu fiz os exames ontem, não sabia que o médico
havia pedido um teste de gravidez. — Contei.
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diferente.
— Eu não acredito que depois de tudo que
aconteceu você é capaz de voltar para esse trabalho.
— Julgou-me.
— Como você me reconheceu? — Perguntei
nervosa.
— É impossível esquecer seus olhos. —
Respondeu, mas logo em seguida arrependeu-se do
que havia dito.
— E por que está falando comigo? — Perguntei,
tentando ser o mais forte possível em sua frente.
— Eu também não sei. — Respondeu. — Só quero
pedir que não fique no meu caminho. — Avisou,
retirando-se.
Será que o motivo pelo qual ele caminhou até
mim, seguindo-me até o banheiro seria apenas para
dizer que queria distância? Preciso confessar que
adorei saber que ele me reconheceu apenas em
olhar nos meus olhos, era um sinal que ele ainda
não havia me esquecido e que provavelmente ainda
me amava.
Doía saber que ele não me queria por perto,
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CAPÍTULO 43
Ponto de vista do Alan:
Eu estava vivendo as duas piores semanas da
minha vida e a minha dor estava sendo
compartilhada com a minha mãe que havia se
mudado temporariamente para o meu apartamento.
Após descobrir a sacanagem que seu marido teve
coragem de fazer com o próprio filho e já não estar
tão satisfeita com o seu relacionamento, ela decidiu
que estava na hora de pedir o divórcio.
No inicio fui contra a sua ideia. Não queria que
ela estivesse acabando com um casamento de anos,
sendo que o motivo era eu. Mas na verdade, ela
contara para mim que soube das traições de papai
— o qual eu desconhecia — e acabei guardando
ainda mais rancor do mesmo.
Ainda havia o meu lugar reservado na empresa
— por mais que não conversasse com meu pai —,
ele sabia que não haveria alguém melhor naquele
momento para ocupar o meu cargo e também tinha
total certeza de que eu passara a ter um ótimo
desempenho como profissional, ajudando a
empresa crescer ainda mais.
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CAPÍTULO 44
Não imaginava que tantos meses fossem passar
e tanto mamãe quanto Alan não me procuraram
nem ao menos para saber se eu estava bem. É claro
que o fato de ser a minha mãe incomodava-me
ainda mais, já que eu necessitava dela por perto,
principalmente por eu estar carregando um neto que
era dela.
O combinado que fiz com a Sabrina, era que ela
dissesse para mamãe que algo muito importante
estava acontecendo naquele momento em minha
vida, mas que ela não deveria contar o que — no
caso a gravidez —, pois se mamãe quisesse mesmo
saber, ela teria que vir até o meu apartamento.
Durante o quinto mês da minha gravidez Deus
colocou um anjo na minha vida chamado Oscar.
Não se preocupe que não é nenhum homem que eu
estava tendo alguma relação e sim um senhor de 49
anos que tinha uma lanchonete perto do meu
apartamento.
Certa manhã eu estava frustrada por não ter
conseguido achar um emprego após tanto tempo na
procura e então choraminguei no seu balcão.
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CAPÍTULO 45
A primeira noite que dormimos enfim no meu
apartamento, Eduardo não pareceu estranhar nada
— talvez por estar comigo — e isso me deixava
ainda mais confiante com os nossos próximos dias.
Gabriela preferiu dormir naquela noite para caso eu
necessitasse de algo e tivesse algum problema com
Edu.
O quarto que antes era utilizado para guardar as
minhas perucas, roupas e maquiagens, agora era o
quarto do Eduardo. O quarto não era grande — já
que o espaço era pequeno —, mas coube tudo que
fosse necessário para um bebê. A decoração era
uma mistura de branco, azul e verde. Não havia
muitas coisas, apenas o berço, uma poltrona —
para a hora de amamentação —, um guarda-roupa
— que por sinal já tinha bastantes roupas — e um
enfeite.
Era cedo e Eduardo havia acordado chorando,
assim acordando-me junto com ele. Como não era
nem nove da manhã, trouxe o mesmo para o meu
quarto, amamentando-o ainda deitada na cama, de
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almoçar. — Respondeu.
— Fora? — Perguntei.
— Não. — Balançou a cabeça negativamente. —
Ela estava cheirando gordura. — Explicou.
O cheiro da comida da mamãe era maravilhoso.
Como eu era mais do que curiosa, fui até a cozinha
para ver o que ela havia feito. Como sempre
fazendo em uma maior quantidade para mais tarde.
Havia arroz, carne ensopada, maionese, alface e
macarrão com frango desfiado. Sentia saudade de
comer a comida dela — e esperava que um dia eu
pudesse cozinhar daquela maneira —, para
satisfazer os desejos do meu filho também.
Estava analisando como Sabrina reagia à
presença do seu sobrinho — único — ainda mais
sendo um bebê recém-nascido. Como Edu era um
bom menino — e muito calmo —, em momento
algum pareceu querer chorar, o que me deixava
ainda mais orgulhada do mesmo.
Estava tão entretida observando os dois que
nem percebi quando mamãe desceu a escada
silenciosamente — talvez já sabendo que tinha
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amiga.
Tenho certeza que ela agradecera mentalmente
por eu estar acompanhada por uma ótima melhor
amiga que esteve durante todos aqueles meses ao
meu lado e também sobre o senhor Oscar ter-me
oferecido o emprego e também me oferecido tudo
que seria necessário para o meu bebê.
— E esse filho é de quem? — Talvez ela estivesse
curiosa para saber quem era o pai do meu filho
desde o começo. Por mais que essa pergunta
houvesse me deixado um tanto triste, eu deveria
esperar por isso.
— Do Alan. — Respondi. — Em alguns anos ele
foi o único homem com quem tive relações. —
Expliquei.
Mamãe ficou mais confortável com a minha
resposta — parecia até satisfeita —. Enquanto elas
almoçavam precisei amamentar Eduardo — que
chorou um pouco por conta da fome que estava
sentindo —, mas de vez em quando conseguia
comer algo junto também.
Esperei que ela viesse perguntar se eu já havia
tentado conversar com Alan sobre o assunto e
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CAPÍTULO 46
Estar com o coração livre na companhia do
meu príncipe que a cada dia trazia-me cada vez
mais felicidade, fazia com que o meu coração
transbordasse de alegria e eu sempre tinha ainda
mais vontade de compartilhar tudo que eu estava
vivendo com alguém. Por sorte na minha vida Deus
havia colocado pessoas maravilhosas e que
adoravam estar perto de mim e do meu Eduardo.
O combinado com o senhor Oscar é que eu
precisaria ficar os primeiros meses em casa para
cuidar do meu filho — que era um bebê recém-
nascido — e que necessitava dos meus cuidados, já
que ele não tinha um pai — quer dizer tinha — mas
não era presente em sua vida, ao menos sabia que o
mesmo existia.
Havia dias que ficava pensando como seria
quando Alan — se um dia — tivesse oportunidade
de conhecer o filho maravilhoso que havia sido
resultado do fruto do nosso amor.
Era domingo e Gabriela havia escolhido passar
o dia todo em meu apartamento, mesmo porque
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CAPÍTULO 47
Naquele dia quando Alan conheceu nosso filho
Eduardo, não trocou muitas palavras comigo — o
que me incomodou bastante —, e foi embora cedo,
prometendo voltar pelo menino.
Eu estava um pouco assustada por tudo ter
acontecido de maneira rápida e de uma forma que
eu não esperava. Era como se tudo que eu previa
que fosse acontecer tivesse tido uma transformação
para me pegar de surpresa.
Não sabia ao certo quais seriam as principais
atitudes de Alan quando saiu do meu apartamento.
Quem sabe começaria contando para a sua família
que agora tinha um filho — recém-nascido — e que
teria novas responsabilidades. Ou então, preferisse
entrar em contato primeiro com a sua namorada,
seria horrível se ela ficasse sabendo por outra
pessoa que seu namorado tinha um filho com a ex-
namorada — que ela detestava —.
O meu receio maior era que Giovana tentasse
fazer algo contra o meu filho para descontar em
mim. Não sei na verdade se ela seria capaz para
tanto, mas caso fizesse, surgiriam forças de mim o
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CAPÍTULO 48
Embora eu estivesse ansiosa com toda a
proximidade que Alan havia iniciado após conhecer
o nosso filho, cada dia eu me acostumava ainda
mais com a sua companhia. Ele não passava um dia
sequer sem vir visitar o Eduardo, talvez não
estivesse vindo apenas por ele, mesmo sabendo que
era a parte essencial de tudo.
A questão era, mesmo quando Eduardo dormia
e ele já estivera a horas no meu apartamento,
acompanhava-me nas refeições, assistir filmes e
outras programações comigo. Nós tínhamos um
ótimo relacionamento, ainda mais por sermos pais
juntos.
Giovana estava se adaptando com a ideia de
que agora seu namorado também era pai e tinha
outras responsabilidades. Não sabia se ela estava
mesmo aceitando isso ou apenas fingia para que
Alan não se afastasse novamente, como quando eu
apareci em suas vidas.
— Selena? — Alan chamou-me, ele estava no
quarto com Edu que dormia profundamente.
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— Sim?
— A Giovana quer fazer um almoço para a minha
mãe e ela pediu que eu trouxesse Eduardo comigo,
você acha que isso é possível? — Perguntou e pude
ver em seus olhos que era o que ele mais desejava
naquele momento.
Eu poderia dizer que Eduardo era muito novo
para ficar tanto tempo sem a mãe por perto — e ele
era novo mesmo, estava apenas com três meses —,
mas Alan estava tão ligado com ele nesses últimos
dias e além do mais seu filho nunca havia ido até
sua casa.
Resolvi ceder naquele momento.
— Tudo bem Alan, não há problemas. — Assenti.
— Mas não dê e nem deixem dar nenhuma comida,
muito menos liquido, ele só pode tomar o leite
materno agora. — Pedi.
Enquanto Alan organizava a pequena bolsa do
Eduardo com suas fraldas, roupas extras, coloquei
meu próprio leite dentro de duas mamadeiras.
Eu estava torcendo para que nada acontecesse.
— Você tem um horário para que trazer ele? —
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Perguntei.
— Nós iremos almoçar, talvez comer algum doce
que Giovana tenha feito e conversar. —
Respondeu.
— Caso precise de alguma coisa, não exite em me
ligar. — Avisei.
— Quando eu vir trazer ele, eu te ligo antes. —
Avisou.
Enchi Eduardo de beijos e palavras carinhosas,
talvez eu tenha dito umas dez vezes que eu o amava
muito e que mesmo de longe estaria pensando no
mesmo.
— Vai ficar tudo bem. — Alan afirmou, tocando no
meu ombro.
— Eu só não estou acostumada. — Eu estava um
pouco sensível em deixar meu filho naquele
momento, mas não poderia negar ao pai dele aquele
pedido.
— Não irei falhar com ele, muito menos com você.
— Beijou a minha bochecha com carinho,
transmitindo uma paz imensa.
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CAPÍTULO 49
Em vez de irmos para o meu apartamento ou
para dela após almoçarmos, resolvemos que
passaríamos no shopping — já que a minha melhor
amiga estava necessitando de roupas novas — e
além do mais fazia tempo que não assistíamos a um
filme no cinema.
Nesse meio tempo que estivemos mais unidas,
nós duas relembramos um pouco do nosso passado,
nossos maiores segredos, os sonhos que ficaram
longe demais, entre outras coisas que só nós duas
sabíamos.
— Amiga, não olha agora. — Gabriela falou
sorrindo. — Mas tem um gatão te encarando. —
Contou.
Dizer para não olhar — em minha opinião — é
a mesma coisa que dizer: OLHE AGORA.
E foi isso que eu fiz.
Assim que ela falou que não era para eu olhar,
virei o rosto da maneira mais disfarçada possível e
assim que coloquei os olhos no "gatão" ele sorriu
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— Alan?
— Selena, você está aonde? — Perguntou e algo na
sua voz me incomodava.
— Saindo do shopping com a Gabriela. —
Respondi.
— Eu te mandei várias mensagens, estou no
hospital com o Eduardo. — Falou tudo de uma vez,
rápido demais, fazendo com que o meu coração já
doesse sem nem saber o motivo pelo qual estava lá.
— O que aconteceu com o Eduardo? — Perguntei
preocupada.
— A Giovana acabou dando comida para ele sem
querer. — Respondeu.
— Sem querer? Ela fez isso de propósito, qualquer
um sabe que não se deve alimentar um bebê recém-
nascido com comida normal. — Gritei no celular,
chamando a atenção da minha melhor amiga.
— Conversamos depois, o médico está me
chamando. — E foi isso, ele desligou o celular na
minha cara.
"FIM DA LIGAÇÃO"
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CAPÍTULO 50
Apesar de acreditar nas palavras de Alan, o
meu coração ainda estava muito machucado por ele
não ter tomado um maior cuidado em relação ao
Eduardo. Ele avisou que só sairia do meu
apartamento quando eu estivesse mais calma e
houvesse perdoado ele.
Talvez ele tenha cansado de esperar, agora
havia tomado posse do meu pequeno sofá e dormia
tranquilamente. Sentia falta de vê-lo lá como
antigamente quando ele vinha passar alguns dias
comigo, era um tanto gostoso vê-lo dormir.
Nosso filho não era muito ao contrário do pai
— também estava dormindo — mas em seu berço,
como se nada em sua volta importasse.
Como havia tido um dia agitado por conta de
ter saído com a minha melhor amiga e depois ter
ido ao hospital por causa do Eduardo, resolvi que
também me permitiria dormir, ainda mais por Alan
estar lá.
Não demorou muito para que eu acordasse —
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encarou o teto.
— Está triste? — Perguntei.
— Por que estaria? — Devolveu com outra
pergunta.
— Por você e pela Giovana. — Respondi.
Ele pensou antes de responder.
— Não exatamente. — Mordiscou o lábio. —
Embora eu estivesse com ela todos esses meses,
não era a mesma coisa.
— Mesma coisa?
— É. — Concordou. — Mesmo que tenha sido
tudo uma farsa o nosso relacionamento, com você
eu me sentia feliz.
Não fora tudo uma farsa, havia deixado claro
isso na carta.
— Ei, não fala assim. — Pedi. — Eu amei você.
Alan virou-se no estante que disse que lhe
amei, olhando fixamente para os meus olhos.
— No passado? Amou? — Perguntou, deixando
um leve sorriso escapar.
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CAPÍTULO EXTRA
Estávamos na festa de formatura do curso de
Administração que Sabrina acabara de concluir.
Assim como mamãe, eu estava tão ansiosa quanto
ela. Quando vi minha irmã mais nova receber
aquele certificado de conclusão, senti orgulho e
imaginei o quanto papai estaria feliz e realizado
olhando por ela lá do céu.
Mamãe não conteve as lágrimas e chorei junto.
Alan acompanhava tudo de perto, esboçando
expressões de felicidade apenas. Já Eduardo nós
não poderíamos trazer em um lugar onde haveria
música muito alta e bagunça, optamos em deixá-lo
com a mãe de Alan em seu apartamento.
O repertório das músicas estava tranquilo — e
apesar de muito funk —, não apelaram para a
baixaria ainda mais por ter famílias e muitas
crianças no local. Sabrina dançava freneticamente
com as amigas da classe, quando de repente a
música mudou drasticamente para sertanejo, alguns
casais atreveram-se a dançar.
A consequência maior fora que a música que
começara a tocar era a mesma que eu havia
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