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Giulia
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Leonardo
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(...)
(...)
(...)
Entro em casa e logo encontro Giulia com Felipe,
os dois conversam algo sobre o alfabeto.
— Ei! — chamo a atenção dos dois. — O que
estão fazendo?
— Ensinando um pouco do alfabeto. Daniel e
Gabriel estão no quarto conversando.
— Felipe, vá até o seu quarto.
— Leonardo...
— Giulia, teremos uma conversa muito séria.
Felipe pega o caderno e vai para o quarto. Sento
ao lado de Giulia. Inclino-me em sua direção, mas ela se
afasta. Opto por começar a falar:
— Eu consegui mais dois aliados para me ajudar.
— Isso é bom, mas como vão conseguir algo?
— Então, tiveram uma ideia, na verdade, é a
melhor de todas.
— E que ideia genial é essa?
— Lembra as minhas viagens? Quando fui atrás
dos culpados? Teremos que voltar até esse local.
— Como se eles fossem continuar lá. — zomba.
— Você não estava lá, aquele lugar é estranho.
Pensando bem, eu deveria ter continuado por lá, não
deveria ter voltado e mentido para todos.
— Do que está falando?
— Relembrando aquele dia, eu percebi que
poderia ter encontrado mais pistas, mas não fiz. —
arrependo-me por não ter investigado mais, mas não foi
culpa minha, Giulia estava no hospital e não pude ficar
longe dela. — Estarei voltando até lá, até o local onde
tudo aconteceu.
— Eu vou com você!
— Não, Giulia! — esbravejo. — É perigoso!
— Se Brittany vai, sua mulher também vai. —
olho para trás e vejo Nicholas. — O que foi? Se Brittany
pode correr perigo, a sua mulher também pode.
— Leo, eu fui obrigada a aprender a me defender.
— Giulia diz, tentando me convencer dessa ideia
estúpida. — Você sabe disso. Você precisará de ajuda e
eu poderei fazer isso.
— Giulia, eu não te deixarei ir! Eu não vou deixar
que você corra perigo, não deixarei que você saia atrás de
um inimigo que nem sei quem é.
— Eu e sua irmã fomos envenenadas. Quando
aconteceu comigo eu estava dentro da minha própria casa.
Leonardo, eu penso mais que você. Talvez o inimigo
esteja mais perto do que pensamos. Ficar ou ir, eu corro
perigo de qualquer maneira. Mandarei Felipe para os
meus pais, estarei indo com vocês.
Não, não vou deixa-la ir comigo. Já tive a
sensação de quase perdê-la, não sentirei isso
novamente.
Capítulo 15
Giulia
(...)
Em casa não havia nada para ser feito. Meus pais
nem ao menos estão aqui. Decido ir até a casa de Jasmine,
para conversarmos um pouco. Deixei Felipe com Karen,
ela é a única que está em casa e ficou feliz com a
companhia do sobrinho.
Desço do carro e logo alguns homens mal
encarados me encaram, mas logo eles ficam tranquilizados
quando percebem que sou eu. O pai de Jasmine, o Tyler, é
um gangster, logo esse lugar é protegido por ele e seus
parceiros. E quando um carro diferente entra, eles logo
olham com desconfiança, mas eles sabem quem eu sou e
não impedem a minha entrada.
Estaciono o meu carro um pouco distante da casa
de Jasmine, já que na frente tem algumas crianças
brincando e não quero bloquear a rua com meu carro.
Toco a campainha da casa de Jasmine.
— Giulia. — Jasmine abre a porta. — Que bela
surpresa.
— Oi. Realmente, faz um tempo que não nos
vimos.
— Sim. Daniel falou que você e Leonardo
voltaram. — ela se encosta a porta.
— Ei, Giulia! — Leila aparece atrás de Jasmine e
sorri para mim.
— Oi, Leila.
— Então, sabe o que acho muito legal sobre isso?
— Jasmine fala, o seu tom de voz sai carregado de raiva.
— Que eu sempre estive ao seu lado nos momentos
críticos da sua vida, quando precisava desabafar e falar
mal de Leonardo, mas quando está tudo bem, eu não servi
para a senhorita. Agora, que Leonardo viajou, você veio
atrás de mim apenas para se lamentar?
— Jasmine, tem noção do que passei nesses dias?
Kat foi parar no hospital...
— Viu, só lamentações. Giulia, você me esqueceu
no momento em que voltou para Leonardo.
— Mas isso aconteceu ontem! Aconteceu tudo de
maneira rápida.
— Poupe-me, Giulia! — Jasmine grita. — Não
volte aqui, não quero saber de você. Você é aquele tipo de
pessoa que só está ao seu lado quando precisa, depois
quando está tudo bem, nada disso importa.
— Jasmine...
— Adeus, Giulia! — Jasmine bate a porta com
força em minha cara.
Olho para a porta fechada e fico me perguntando o
que aconteceu para Jasmine estar me tratando dessa
maneira. Sempre fomos amigas, desde criança quando ela
começou a frequentar a minha casa. Claro que eu sempre
desabafei com ela, mas a minha reconciliação com
Leonardo aconteceu ontem e hoje eu vim até aqui.
Paro de pensar nisso e volto para o meu carro.
Não adianta tentar encontrar resposta para algo que não
tem sentido.
Aproximo-me do carro e noto um papel preso ao
limpador do para-brisa.
Não é possível que nesse bairro tenham guardas
para me multar.
Retiro o papel e percebo que ele está dobrado e é
folha de caderno.
Desdobro o papel somente para notar que é um
bilhete anônimo, com palavras recortadas de revistas e
jornais:
(...)
Óbvio que os inimigos não estariam nesse hotel,
ainda mais depois de tantos anos, mas todo cuidado é
pouco.
O recepcionista nos deu a lista com os nomes,
agora o amigo de Nicholas está procurando sobre todos
eles. Não sei como esse cara conseguirá algo, mas
Nicholas disse que consegue tudo.
Acabei de falar com Giulia. É madrugada e ela
ainda estava acordada, mas estava estranha, muito
monossilábica. Talvez esteja chateada por eu tê-la
deixado para trás, mas foi preciso, eu não sabia o que me
esperava aqui.
Volto para o quarto onde estou dividindo com os
outros caras. Assim que entro, encontro todos eles
olhando para os notebooks que estão em cima da cama.
— Alguma novidade? — pergunto.
O amigo de Nicholas enviou a ficha de todos os
homens que estavam na lista, saí e os deixei aqui no
quarto terminando a procura. Enquanto isso, eu estava do
lado de fora o hotel, tentando encontrar uma maneira de
falar com Giulia, já que o celular estava sem sinal.
— Ainda nada. — Daniel responde.
Continuamos a procura. Quando não temos mais
nada para fazer, decidimos dormir, admitindo a derrota.
(...)
— Leonardo! Acorda!
Escuto os gritos de Daniel e levanto da cama em
estado de alerta.
— O que foi? — pergunto.
— Encontramos algo muito importante. — ele
aponta para a sua cama, que está com o notebook aberto.
— Ontem um nome havia me chamado a atenção nas
fichas que o amigo de Nicholas enviou, não falei sobre
isso com você para não dar falsas esperanças, mas, hoje
cedo, o amigo de Nicholas trouxe as respostas.
Ando até a cama de Daniel, onde tem inúmeros
papéis com fotos de pessoas.
— Encontramos algo muito importante. — Daniel
pede para que eu me aproxime. — Esse cara aqui. —
aponta para um papel, onde tem uma imagem de um
senhor, mas isso parece ser uma imagem do século
passado. — Ele se chama Giuseppe Baptista, na ficha
consta que ele estava hospedado aqui no dia sete de
março, mas, na verdade, ele morreu no ano de 1964.
— Poder ser coincidência, afinal, podem ter
vários homens com esse nome. — falo.
— Não com a mesma nacionalidade. — Gabriel
diz. — Na ficha tem as informações dele, a única coisa
diferente é a data de nascimento, fora isso, não mudou
nada. E tem mais uma coisa, ele nunca voltou para o hotel,
saiu e deixou suas coisas para trás. Só tem a informação
de quando ele entrou, mas já é grande coisa saber que o
cara nunca voltou.
— Por isso eu pedi para que o amigo de Nicholas
puxasse a árvore genealógica desse homem, descobrimos
que ele é de uma família muito tradicional lá na
cidadezinha italiana, então foi fácil fazer isso. — Daniel
continua. — Conseguimos até algumas imagens dos
parentes mais conhecidos, imprimimos tudo.
Daniel me entrega as imagens, logo eu reconheço o
cara que assassinei.
— Foi ele. — aponto para a imagem.
— Francesco, ele é bisneto desse homem e já
cumpriu pena por tráfico de drogas. Imaginei que pudesse
ser esse cara, já que ele é a terceira pessoa que já
cometeu crime na família, a outra também já morreu,
restando apenas uma. Agora, mude a folha.
Viro a página e encontro Antonieta Baptista.
Não pode ser...
— Ela é a bisneta de Giuseppe, irmã de Francesco
e já foi presa por suspeita de tráfico de drogas. — olho
para Daniel, que continua falando. — Mas nós a
conhecemos apenas como Leila, a amiga de Giulia e
Jasmine.
Capítulo 18
Giulia
(...)
(...)
Karen
(...)
(...)
Entro na casa de Fernando e encontro Karen e
Katherine sentadas no sofá.
— Olá, crianças.
— Vai à merda. — obviamente isso partiu de
Katherine.
Sento no meio, entre Karen e minha irmã
rabugenta.
— Sabia que essa coisa gótica saiu da moda há
anos?
Katherine olha para mim. Ela tem uma maquiagem
muito escura nos olhos, que destaca o tom azul que eles
têm, a sua boca tem um batom preto. Minha mãe nem é
contra essa maquiagem, mas sim as suas roupas. Katherine
decidiu que seria gótica na adolescência, antes disso a
garota foi emo. Suas músicas se resumem a guitarras,
pessoas gritando como se tivessem morrendo e muitas
músicas que parecem ópera, e do nada começa a gritaria
novamente. Eu curto rock, mas essa garota curte um rock
estranho, muito estranho.
— Por isso é bom ser gótica, ninguém mais é. Sou
a única no meio dessas pessoas desprezíveis, ridículas,
mesquinhas, pobres de espírito. — olha para mim. — Já
disse que não gosto de pessoas?
— Deixe a tia Isabella escutar isso.
— Não tenho culpa se ela acha legal ser feminina
e eu prefiro ser assim, sombria.
— Falou à garota que sofre de amores por mim. —
Gabriel se joga no sofá.
— Por isso as pessoas são tão desprezíveis, por
atitudes como essa.
Katherine se inclina e pega duas botas debaixo do
sofá e calça. Ela levanta e tenho um vislumbre da sua
roupa preta e o sobretudo da mesma cor.
— Katherine... — Karen franze o cenho. — Que
tipo de roupa é essa? Está calor.
— Góticos não sentem calor. — rio.
— Você. — Kat aponta para mim. — O que faz no
meio dos jovens da casa? Você quase nunca fala conosco.
— Essa acusação é falsa.
— Não, não é. — Gabriel levanta a mão. —
Sempre é você, Giulia, Daniel e Jasmine, quase nunca
somos inclusos em nada desse ''quarteto''.
— É, não se intrometa no nosso trio. — Katherine
cruza os braços. — O que quer conosco?
Reviro os olhos.
— Preciso ter uma conversa com Giulia e, bem...
Eu estou tentando retardar essa hora.
— Fez merda?
— Pode ser que sim, Katherine.
— Você traiu Giulia? Não se pode trair ninguém,
principalmente a esposa. Se você traiu Giulia, eu não
olharei mais na sua cara.
— Kat, acha mesmo que eu trairia Giulia?
Ela diz que ''não''.
— Você é idiota, mas ama Giulia. Então, o que
você fez dessa vez?
Olho para Karen. Ela tem a sobrancelha arqueada
e parece que poderá me matar a qualquer momento.
Gabriel tem um sorriso e Kat continua me encarando com
raiva.
— Boa noite, crianças. — Fernando entra na sua
casa. Ele havia ficado para trás para resolver algo.
— Vai, Katherine. Diz o mesmo que você falou
comigo para Fernando. — provoco.
— Eu não gosto de gente, mas isso não significa
que eu queira me retirar desse planeta.
— Que roupa é essa?
Fernando encara Katherine.
— Outro que quer falar de moda?
Fernando apenas revira os olhos para a minha
irmã.
— Onde Sara está?
— No quarto.
— No quarto onde a senhorita também deveria
estar. — Fernando sorri para Karen. — Qual a parte do
castigo não entendeu?
— Mas estou em casa.
— Karen, pode ir para o seu quarto. Você fugiu de
casa, então ficará presa a ela e no seu quarto.
— Pai...
— Karen, suba!
Karen resmunga e, por fim, sobe para o quarto.
— Katherine.
— O que é? — ela se encolhe quando vê o olhar
que Fernando dá a ela. — O que o senhor deseja?
— Para o quarto.
— Você não é o meu pai.
— Wow! — grito. — Katherine está perdendo o
amor à vida.
— Certo, ok. — levanta as mãos. — Já estou indo
para a minha casa.
— Não, você ficará aqui. Marco ligou e me avisou
sobre isso.
— Tio, posso dormir no quarto de Karen? — sua
voz sai melosa, como sempre ela faz quando quer algo.
— Não. — Fernando sorri com sarcasmo.
Katherine rosna e sobe as escadas.
— Gabriel!
— Já sei e já estou indo.
Gabriel levanta do sofá e anda para a porta da
saída.
— Para onde vai? — Fernando grita.
— Vou embora.
— Você fica.
— Mas...
— Você fica! Seu quarto está aí. Mas, eu te aviso,
cometa um erro novamente e você está fora de casa e da
Nostra...
— Eu estou dentro de tudo novamente?
— Vocês dois. — Fernando olha para mim. —
Estava fora resolvendo isso. Leonardo, você escondeu e
mentiu sobre a morte daquele homem, mas dei um jeito e
consegui convencer a todos que você não vai fazer mais
nada de errado. Então é isso, se um dois cometer um erro
novamente, estarão fora.
— Eu não vou errar novamente. — falo. —
Obrigado.
— Já falou com a minha filha? — nego. — O que
está esperando.
A coragem, finalmente, aparecer...
Capítulo 25
Giulia
(...)
(...)
Amasso o papel.
Pois é, Jasmine, está na hora de acordar para a
vida.
Em breve na Amazon.
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