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ATIVIDADE 3: O Bibliotecário Mediador e as Dinâmicas de Leitura

Realizar a leitura exercitando a constatação, o cotejo e a transformação, dos


três textos indicados e responda às questões propostas:

1.Silva e Moro (2021, p.126) afirmam que: “O bibliotecário tem o poder de


intervir positivamente nas práticas de leitura da comunidade escolar, podendo
auxiliar os usuários a expandir a restrita visão de mundo que muitas vezes possuem,
bem como, a criticidade tão importante para estabelecer o posicionamento do
indivíduo, seja ele político, social ou cultural, perante a sociedade”. Como vocês
compreendem essa assertiva?
No contexto em que eles colocam de bibliotecas escolares, eles querem dizer
que, pelo bibliotecário atuar diretamente com a leitura, eles podem intervir
justamente nessa parte de organizar ações que promovem a leitura e auxiliar os
alunos e o pessoal do corpo docente a encontrar materiais que eles possam se
interessar para iniciar o gosto pela leitura, pois Silva e Moro (2021, p.126) também
afirmam que “[...] estar habituado a ler é diferente de encontrar o prazer nas leituras
vivenciadas” e, sendo assim, uma vez que o bibliotecário consiga intervir
positivamente para que exista esse prazer nas leituras, o hábito de ler já estará
intrinsecamente ligado ao usuário (nesse contexto, aluno ou membro do corpo
docente).
Então, o bibliotecário poderá auxiliar nas leituras para que o usuário consiga
estabelecer sua própria visão de mundo e, assim como Silva e Moro (2021, p.1260
reafirmaram uma garantia de Silva (2000), “[...] a leitura não visa simplesmente
memorizar ou reter informações, mas sim compreender e criticar.” Portanto, o que eu
compreendo dessa afirmativa é exatamente isso, que o bibliotecário possui, sim, a
habilidade de intervir na comunidade escolar para a criação dessa visão crítica de
mundo, desde que haja engajamento e determinação para que a ação seja realizada
com calma e paciência, pois adquirir o gosto pela leitura é algo relativamente fácil,
afinal, todos lemos todos os dias, mas criar esse hábito de leitura em um ambiente
escolar é um pouco mais complicado, principalmente entre os alunos mais velhos e
o corpo docente, por já acharem que estão com coisas demais para fazer e não
quererem adicionar algo a mais.

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2. Dentre as atividades de leitura realizadas no Programa “Sobre os Ombros
de Gigantes, as Nossas Crianças Crescem” destaque(m) aquela que considera mais
interessante e justifique a escolha.
Acredito que a mais interessante para mim tenha sido “Educando Para o
Mundo”, pois existe essa apresentação da biblioteca para os alunos e a
comunidade, além de diversas atividades interessantes, como a conservação de
materiais ensinada aos alunos e a explicação de como o livro é feito. Uma das
partes mais interessantes, creio eu, tenha sido as atividades sobre as diferentes
formas de comunicação, como libras e braile, interessantes de saber, no mínimo, o
básico para conversação.

3. Em relação ao segundo texto, as autoras Luft e Estabel (2021, p. 147)


afirmam que: “O ideal seria que o bibliotecário, que, entre outras, acumula também a
função de disseminador da leitura, na ocasião de montar ou atualizar seu acervo de
obras literárias, realizasse uma seleção capaz de propiciar a crianças e jovens
textos de qualidade e questionadores, conquanto lúdicos.” Vocês concordam ou
discordam das autoras? Por considerar que a atuação do bibliotecário é importante
como “disseminador da leitura”?
A atuação do bibliotecário é importante como “disseminador de leitura”
justamente porque é ele quem está cuidando, organizando e selecionando os livros
ali presentes, então ele deve selecionar obras que sejam adequadas para crianças e
jovens que sejam, ao mesmo tempo, divertidas de ler e promova o pensamento
crítico.
Portanto, sim, concordo com a afirmação das autoras, pois muitos leitores
iniciam seus hábitos por livros divertidos e prazerosos, então fazer essa seleção de
livros desse tipo poderá garantir um futuro leitor.

4. Cite os aspectos necessários para o roteiro das práticas leitoras:


Segundo Luft e Estabel (2021, p.150) os aspectos para o roteiro devem incluir
uma delimitação em qual seria o objetivo da atividade proposta, assim como
justificar o motivo de ter escolhido tal tema e sua abordagem, além do tempo para
fazê-lo e como fazê-lo e desenvolvê-lo.
Além disso, as autoras destacam a importância de outros fatores, como o
bibliotecário e o professor também serem leitores, por possuírem uma visão mais
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direta para recomendar a leitura. Outro fato é a escolha do livro, que deve ser
selecionada de acordo com o público-alvo e distribuir outras formas que possibilitem
a leitura do livro.

5. Em relação ao terceiro texto, a autora cita Jouve(2002) na relação “que a


leitura é um processo que caminha em direções variadas” e aponta cinco
dimensões. Quais e como são apresentadas essas dimensões?
São cinco processos: neurofisiológico, pois nosso cérebro entende o que está
lendo; cognitivo, pois interpretamos o que está querendo dizer; afetivo por todas as
emoções despertadas nas pessoas enquanto estão lendo, além das emoções dos
próprios personagens; argumentativo, pois é o momento em que entendemos o que
o texto quer dizer e passamos a criticar ou questionar o que está sendo dito; e por
último o simbólico, que significa que comparamos o texto com a realidade que
vivemos e conhecemos.

6. Sobre os dois vídeos: Considerem os temas apresentados nos vídeos e


elaborem no mínimo três a cinco parágrafos apresentando sua argumentação em
relação à biblioteca, às dinâmicas de leitura e ao bibliotecário mediador.
Marisa Lajolo (2015) afirmou um conceito de literatura como “um conjunto de
obras, um conjunto de públicos e um conjunto de autores”. Tal afirmação é válida
pois, assim como ela coloca posteriormente, “as obras foram criadas com o objetivo
de que o público leia essas obras”, já que existe uma conversa entre o autor e o
leitor. Assim, a literatura não pode ser classificada como apenas clássicos ou
apenas científicos, uma vez que a literatura é um grande termo que engloba todos
esses gêneros.
Para que o livro, seja físico ou digital, chegue nas mãos do leitor, existe uma
grande trama de mediação que inicia com a ideia do autor, passa pela editora e
então é entregue ao leitor por algum outro mediador. Esse mediador, geralmente, é a
biblioteca, seja ela pública ou escolar, uma vez que a principal missão da biblioteca
é construir leitores que gostem de ler, e tal situação não está ocorrendo, conforme
afirma Luft (2021) em seu vídeo, sobre o aluno estar saindo da escola feliz por não
precisar mais ser obrigado a ler.
Isso ocorre porque muitas vezes não há um mediador apto trabalhando em
uma biblioteca escolar e, portanto, não percebe a importância de dinamizar e
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humanizar a biblioteca e os livros. Conforme Luft (2021) comentou, um mediador
precisa ser um leitor atualizado de diferentes gêneros para estabelecer essa ponte
entre o livro e o leitor, mas não apenas isso, pois o mediador deve ter a vontade e a
criatividade de criar oficinas de leitura, cursos e dinâmicas para tornar a leitura algo
prazeroso e não algo forçado.
No entanto, tal dinâmica deve ser algo ativo que possibilite uma interação
entre o leitor e o que ele está lendo, necessitando, assim, que seja algo interessante
e que, com isso, haja um interesse por parte do leitor de descobrir mais sobre esse
mundo das leituras (independente do gênero que está lendo) e conseguir associar o
livro com a sua realidade.

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