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Teorias da Personalidade

(22/04)

Nascimento > esquizo-paranóide > depressiva >


oscilação ao longo de toda vida

Posição esquizo: tudo vivenciado com muita


intensidade; objetivo é a descarga (tudo que gera
aumento de tensão psíquica, devem ser
eliminados) relacionados aos mecanismos de
defesa de projeção e identificação projetiva
(colocar no outro/mundo externo as vivências de
destrutividade; se livrar da persecutoriedade; não
suporta a própria destrutividade e projeta no
mundo ext; intolerância à própria realidade
psíquica)

Posição depressiva: aumento da tolerância no


conflito amor x ódio

Papel da phantasia: inconscientes; expressão dos impulsos

Memórias em sensações: bebê é um feixe de vivências corporais (frio, fome, calor, insatisfação) e naturalmente
essas sensações terão repercussão no psiquismo. Representações dessas senasço~es corporais no psiquismo. São
inomináveis (sensações muito primitivas que ficam registradas no nosso psiquismo numa época pré verbal; período
em que não damos conta de transformar em palavras/sentimentos, são angústias primitivas). Acompanham a nossa
vida (permanecem no nosso ics e que o processo de análise permita que essas experiências venham à tona).
‘’Melanie Klen pode ser considerada como uma das pioneiras na descoberta de que durante uma
análise….inominável no psiquismo.’’

Interjogo aspectos constitucionais x ambientais: objeto vivenciado pelo bebê com objeto mal: enquanto
representante da phantasia inconsciente derivada da pulsão de morte; relação do bebê x mãe é permeada por
impulsos amorosos e destrutivos, mas experiências positivas/gratificação, contribui para introjeção do objeto bom e
de um ego fortalecido (aspecto ambiental); presença naturalmente dos aspectos destrutivos e se o bebê vivencia só
experiências de frustração, nada do ambiente fará um contraponto, alimenta a pulsão destrutiva. P. 152: ‘’outro
ponto importante da n sei o que kleiniana…..que a criança pequena recebe’’. Por ex: bater no irmão é vivido de uma
forma violência (ce bateu, vou te bater também), você não contribui para que a criança vivencie as experiências de
óido de uma outra forma, não ajuda a criança a pensar o que tá vivendo e sentindo.

Relação mãe-bebê aparece no relação


analista-paciente a partir da transferência. O
indivíduo se relaciona com o analista enquanto um
protótipo dessa relação originária; por ex: paciente
que quando o analista traz uma interpretação/ideia
nova sobre algo, ao invés dele poder pensar sobre
aquilo e usufruir, ele fala que não/nada a ver (...) ou
paciente que cruza com outro paciente e fica com
ciúme porque o horário acabou…= reedição da
relação com a mãe

Intersubjetividade: relação com o paciente, é


importante trabalhar no ‘’encontro de duas mentes’’;
Posição depressiva: integração ego e objeto e vivência do complexo de édipo; ocorre bem mais cedo do que para o
freud, p. 158: ‘’’uma das mais invenções de klein….serve para contrapor seu objeto mal...converta-se em objeto
persecutório...abolição completa com o objeto mal...complexo de édipo precoce’’. Na posição depressiva ou se
relaciona c objeto bom ou mal, quando há a integração do objeto, é como se um terceiro entrasse na relação
(elemento, n de fato) porque aí o objeto/possibilidade de se relacionar com os dois objetos é um acontecimento que
precipita a entrada na posição depressiva e complexo de édipo. ‘’terá sempre de ter de ser retomada...um do outro’’.
Possibilidade de vivenciar experiência de estar separado do outro (fim da relação onipotente e reconhecimento da
relação entre os pais) e que esse outro tem vida própria; reconhecer a relação dos pais como algo natural que faz
parte da vida e que não necessariamente precisa ser vivida como algo muito doloroso (exclusão por ex)

Luto da relação diádica: mãe-bebê; triangulação = vivência do triângulo mãe-pai-filho; reconhecimento da filiação:
faz parte da triangulação, mas que você é proveniente da relação de duas pessoas da qual você não faz parte.
Teorias da Personalidade
(29/04)

Fim da ilusão onipotente: que existe uma relação dual e a mãe é só dele; dessa forma instaura o Complexo de
Édipo. Melanie Klein fala que acontece por volta de ⅚ meses (bem anterior a Freud).

Desmame = momento que a separação fica mais evidente; luto da relação diádica; reconhecimento da filiação (para
a gente existir, dependemos de um outra pessoa, reconhecimento da relação entre os pais) = elaborar o luto
contribui para o desenvolvimento do interesse pelo mundo externo

Interesse pelo mundo externo = ‘’ter vida própria’’; viver a própria experiência de sexualidade (relacionado do ponto
de vista biológico, mas também poder estabelecer relações com outras pessoas sem se sentir culpado ou que está
abandonando os pais), autonomia (sem vivenciar a culpa por fazer escolhas)

Controle do objeto: ‘’Querer ser tudo para


alguém, possuir e controlar o objeto
amado…..caracterizam os pais da primeira
infância’’. = em relacionamento amorosos que o
controle tá muito intenso, é uma reedição das
relações infantis

Nascimento psíquico na análise; analista


parteiro da alma = autonomia = s/ culpas por
escolhas e viver as relações (muito importante)
= longo caminho psíquico

Mãe e pai na medida em que cuidam contribui


para identificações introjetivas, naturalmente,
contribui para que a criança identifique essas
figuras e possa desenvolver em si própria o
cuidado e o proteger. Introjeção de objetos bons = cuidar de si = fortalecimento do ego

‘’Como que a criança tem essa percepção mesmo pequena?’’ É uma PERCEPÇÃO da existência de um terceiro na
relação; ego vai aos poucos se desenvolvendo e vai dando conta de ter essa percepção; universo se amplia

Na medida em que temos uma relação de objeto total, na qual há integração do ego e do objeto (deixa de ser
idealizado e passa a ser real = que frustra mas também gratifica) e damos conta de viver essa dor de um objeto que
não é exclusivo nosso, não é idealizado, isso está baseado na capacidade de manter o valor dos objetos.
Essa pessoa ‘’não é perfeita, mas eu posso gostar dela mesmo assim’’, é possível nos relacionar mesmo que a
pessoa não atenda nossos anseios

‘’O que permite a abertura ao outro, se a criança não suporta o próprio desejar, irá retirar...sucumbindo então, a
dinâmica da inveja, desinvestimento libidinal...risco de frustrar-se’’ = inveja como expressão mais primitiva da pulsão
de morte, destrutiva; já que o objeto não atende totalmente minhas necessidades, eu destruo esse objeto
inconscientemente e não invisto mais, porque não corro o perigo de desejar e me frustrar; ‘’não vale a pena me
relacionar’’’; extremos muito idealizado x destruído; suportar a integração do objeto/dor que nem sempre as coisas
acontecem da maneira como desejamos.

‘’Por outro lado, a gratidão….maior proveito possível’’ = usufruir o que o ambiente tem para oferecer;

Muita inveja, objeto bom > objeto ruim > destruído > não vale a pena investir > nada a receber

‘’Costuma se dizer que somente as pessoas que sentem gratidão...inveja a deprecia’’ = movimento destrutivo muito
grande, a pessoa vai ficando 'esvaziada internamente em termos de recurso
‘’Melanie Klein postula que a relação com a realidade externa…’’ = elementos centrais a inveja e a gratidão; inveja
como um elemento que contribui para a não vivência de relações positivas; objeto bom que poderia oferecer algo
fique destruído, o que teria que para receber de bom no objeto, não é recebido.

‘’Muitas frustrações terá de ser...decréscimo do investimento no mundo, eficiência de ligar c a realidade’’ = tão difícil
lidar com a frustração que vai havendo um movimento de desinvestimento das relações

Freud: superego é herdeiro do complexo de édipo, internalização das figuras parentais, regras, normas = vai estar
estruturado por volta de 5 anos

Melanie: superego precoce/arcaico = está presente desde o início da vida e que é muito rígido/bravo/exigente = tanto
na relação do indivíduo com ele mesmo e com a realidade; a mesma exigência que impomos a nós mesmos,
impomos aos outros;
outro tem visão negativa de mim = na verdade é uma projeção; ao mesmo tempo que se critica muito, se sente
muito criticada pelos outros = projeção;
Pode contribuir para estados psicóticos porque ele é muito destrutivo;

‘’Não é difícil estimar….transformação dos superego primitivo em sua forma edípica capaz de instaurar o pacto
social’’ = na medida que o superego pode ser abrandado com o processo de análise, o indivíduo natural pode
vivenciar uma relação mais amistosa com si mesmo e com o mundo; funcionamento psicótico e neurose grave
(transtorno de personalidade obsessivo compulsivo = alto nível de exigência = aparece nos sintomas,
funcionamento, haver muita dúvida = não faz nada = fica preso na dúvida = existe um medo muito grande de
escolher errado = superego rígido = vai ser uma tragédia = não tem que lidar com a dor de que poderia escolher
melhor) = funcionamento obsessivo)

Superego pulsional = id/pulsão de vida e de morte = vem das pulsões = destrutiva

Ego assimilar o superego mais brando que vai fazer o papel da


ordem, da ética, passagem do medo para culpa
Esquizo-paranóide = medo = persecutoriedade = medo que o
outro faça uma retaliação em mim
Depressiva = culpa = assimilação do superego (de preferência um
mais brando ao ego), superego mais rígido vou vivenciar muita
culpa, fico presa e nao saio dela; numa neurose mais grave, eu
não escolho nada porque se eu escolher errado, vou vivenciar
uma culpa muito grande

Culpa = relação importante com a consciência


moral/ética/responsabilidade que temos pelas escolhas que a
gente faz

Dualismo medo x culpa; perseguição x vivência da culpa = linha tênue; criança ao mesmo tempo que num minuto tá
pensando que não vai fazer porque tá com medo, ao mesmo tempo não vai fazer porque vai deixar os pais
chateados

‘’Um dos aspectos importantes no processo de transformação do superego arcaico para a consciência
moral….crítica destrutiva’’ Na medida que damos conta de fazer reparação, saímos do lugar do medo/perseguidor
externo e entramos numa dinâmica da culpa, buscamos reparar o objeto. ‘’ O movimento de reparação...por meio de
um ato de amor’’. Medo de ter destruído esse objeto e ficar sem nada. ‘’A capacidade….restauração do mundo’’ =
Poder criativo;
Análise do superego na análise de crianças
seria importante porque está intimamente
ligado ao recalque/a repressão e contribuiria
para a personalidade e a integração entre da
realidade interna e externa.

Amor à verdade: desejo de conhecer-se


embora entremos em contato com verdades
doloridas; caminho para liberdade (ampliar a
compreensão a respeito das escolhas que a
gente faz)

Intuição: instrumento valioso pro analista;


permite contato imediato com o mundo dos afetos e das representações inconscientes = implica naturalmente
numa relação afetiva do paciente e analista e poder fazer o uso da intuição (não é cega = atribuir ao outro algo que
não é dele). ‘’A análise kleiniana…
Cura análitica: casal parental enquanto objeto bom
introjetado, poder se perceber separado deste casal
mas não idealizado; poder experimentar relações
complexas, ambivalentes => autonomia => suportar
isso na própria análise

Visão integral amplo do paciente e sobre nós mesmos;


conhecimento do outro é sempre limitado e imperfeito
= análise é uma eterna construção = não há uma
cura/alta necessariamente, se pensar no inconsciente
não tem fim;

Trabalho terapêutico: paciente tem outras relações


das quais o analista não faz parte, assim como o
contrário e isso pode ser doloroso pro paciente;

Que lugar o analista é colocado; é possível sentir


gratidão a esse analista; é colocado no lugar de alguém
muito idealizado ou persecutório => observar o clima
afetivo da sessão até o paciente perceber que o
analista é ser humano

Plano intrapsíquico = maturidade = sem recorrer aos


mecanismos esquizo-paranóides e às defesas
maníacas (se distanciar ou desprezo)
Ego forte está relacionado a internalizar e proteger o bom objeto = integração do objeto

pag 184: ‘’para que o ego possa se fortalecer e enriquecer dessa forma….

Não é negar a dependência do vínculo parental (somos dependente emocionalmente um dos outros) mas se não
damos conta de suportar, recorremos aos mecanismos. Aceitar essa dependência; e aceitar que estamos sempre
parcialmente excluídos;

P. 187: ‘’honrarás….é a fonte da criatividade…’’


Não idealização do vínculo parental; poder perdoar
os pais; tolerar o amor e ódio que está em nós
mesmos porque se isso não acontece, o indivíduo
não dá conta do próprio ódio e o aparece fora como
uma ameaça, persecutoriedade, atitude de muita
violência em relação ao ódio
Suportar a diferença, a integração
p. 188: guerra e paz: viver de uma forma mais
integrada, naturalmente precisaremos suportar a
guerra e paz dentro de nós mesmos.

‘’É preciso….reconhece que sempre haverá forças….inveja e validade e ciúmes...angústias’’ Psicanálise trabalha
com aquilo que não é nominável. ‘’risco da quebra e do naufrágio..risco da loucura não pode ser evitado’’ não
estamos isentos da loucura => funcionamento predominantemente psicótico é muito destrutivo, rompe vínculo
interno (não tem integração de amor e ódio) e externo (se o objeto não é perfeito, não dá para conviver)

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