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Repressão
Culpa
Luto
Trauma
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HIPOTESES:
Para a Psicanálise, os primeiros laços afetivos constituem uma espécie de herança sentimental,
no interior da qual se processa o desenvolvimento psíquico do sujeito e a partir da qual se
constroem as ferramentas internas onde se filiam os modos dominantes de aprendizagem e
as modalidades de relacionamento ao longo da vida.
Segundo a Teoria da Vinculação (Guedeney & Guedeney, 2004) as primeiras trocas de co-
regulação afectiva entre a criança e as suas figuras de vinculação são progressivamente
interiorizadas, construindo, como postulou Mary Ainsworth (1974), “modelos operantes
internos” que a orientarão na leitura dos seus estados emocionais, na leitura das disposições
do outro a seu respeito e nas suas futuras relações sociais.
As primeiras experiências vinculativas constituem assim o protótipo dos laços de amor cujo
modelo fica presente em cada um de nós até à morte. Quando este amor é demasiado ferido
por vivências disruptivas, de abandono, de rejeição, de indisponibilidade, existe dor física /
sofrimento mental e formam-se ao nível infraverbal, visceral, muscular, núcleos onde se
enredam a violência, o medo e o desespero. Forma-se, como refere Green (2000) “uma
memória do desamor que funciona durante toda a vida de modo traumático, isto é, repetitivo,
puxando o sujeito para trás, sob a forma de anti-crescimento”, levando à utilização de defesas
muito primitivas contra a dor, sob a forma de auto-destruição ou agindo os conflitos e
destrutividade no exterior. T
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%20antonio/luto%20freud%20e%20klein%20(1).pdf
O luto é caracterizado como uma perda de um elo significativo entre uma pessoa e seu objeto,
portanto um fenômeno mental natural e constante durante o desenvolvimento humano.
Nesse contexto, por se tratar de um evento constante, acaba implicando diretamente no
trabalho de profissionais da saúde, tornando-se um conhecimento necessário para o amparo
adequado àqueles que sofrem a perda. A ideia de luto não se limita apenas à morte, mas o
enfrentamento das sucessivas perdas reais e simbólicas durante o desenvolvimento humano.
Deste modo, pode ser vivenciado por meio de perdas que perpassam pela dimensão física e
psíquica, como os elos significativos com aspectos pessoais, profissionais, sociais e familiares
do indivíduo. O simples ato de crescer, como no caso de uma criança que se torna
adolescente, vem com uma dolorosa abdicação do corpo infantil e suas significações,
igualmente, o declínio das funções orgânicas advindo com o envelhecimento. A capacidade de
o indivíduo, desde a infância, se adaptar às novas realidades produzidas diante das perdas
servirá como modelo, compondo um repertório, reativado em experiências ulteriores.
No processo de luto, a inibição de qualquer atividade que não esteja ligada ao objeto perdido e
à perda de interesse no mundo externo ocorre por causa da catexia do objeto que continua a
aumentar e tende, por assim dizer, a esvaziar o ego. Para Freud (1915), essa inibição é
expressão de uma exclusiva devoção ao luto, devoção que nada deixa a outros propósitos ou a
outros interesses. Freud (1926), em Inibições, Sintomas e Ansiedades, fala sobre a Inibição,
que também não apresenta necessariamente uma implicação patológica, sendo O conceito
psicanalítico do luto 91 Psicólogo inFormação, ano 17, n. 17, jan./dez. 2013 uma restrição da
função do ego imposta como medida de precaução ou acarretada como resultado de um
empobrecimento de energia. O ego, no estado do luto, se vê envolvido e absorvido em uma
tarefa psíquica particularmente difícil, perdendo uma grande quantidade de energia à sua
disposição, tendo que reduzir o consumo dessa energia em muitos pontos ao mesmo tempo
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%20antonio/Luto%20e%20fases%20(1).pdf
Bohleber, Werner. (2007). Recordação, trauma e memória coletiva: a luta pela recordação em
psicanálise. Revista Brasileira de Psicanálise, 41(1), 154-175. Recuperado em 11 de dezembro de 2022,
de http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0486-
641X2007000100015&lng=pt&tlng=pt.
https://www.scielo.br/j/pe/a/mKqnLTRgwYbCCcQGr4GxjWg/?format=pdf&lang=pt
Os sintomas são ou uma satisfação de algum desejo sexual ou medidas para impedir tal
satisfação e, via de regra, têm a natureza de conciliação, de formação de compromisso entre
as duas forças que entraram em luta no conflito: a libido insatisfeita, que representa o
recalcado, e a força repressora, que compartilhou de sua origem. É esse acordo entre as partes
em luta que torna o sintoma tão resistente.
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%20antonio/ARTIGO%20EXELENTE.pdf
A fim de entender sobre sexualidade infantil torna-se importante primeiramente compreender
a diferença existente entre “sexo” e “sexualidade”. Enquanto o Sexo é entendido a partir do
biológico, remetendo-se a ideia de gênero, feminino e masculino, a sexualidade vai além das
partes do corpo, constituindo-se como uma característica que está estabelecida e está
presente na cultura e história do homem.
PAPEL DOS PAIS Sem dúvida que, pesquisas (Oliveira e Costa, 2011; Egypto, 2003; Werebe,
1998) desenvolvidas a respeito deste tema evidenciam o papel essencial da família na
construção da sexualidade pela criança. Werebe (1998), afirma que a educação informal, que
se realiza pela família, possui uma importância no desenvolvimento da criança e na formação
de valores. Para o autor, os pais são os primeiros educadores da sexualidade da criança. Tal
educação ocorre, muitas vezes de forma inconsciente, pois os pais não tem noção das
consequências que suas atitudes ou falas, o que estas proporcionarão as crianças. Nestes
casos, para Werebe (1998), os pais educam mais pela atitude do que pelo que dizem.
Percebe-se o quanto a fase da descoberta dos órgãos genitais pelas crianças, que ocorre por
volta dos três anos, desestabiliza os pais e os educadores.
Mãe má https://www.uol.com.br/vivabem/noticias/redacao/2021/01/02/maes-com-
transtorno-narcisista-o-prazer-delas-e-o-sofrimento-dos-filhos.htm
file:///C:/Users/huawei/Desktop/6%C2%BASemestre/a%20culpa%20%C3%A9%20do
%20antonio/NARCISISMO.pdf Mãe narcísica
As mães narcisistas revelam-se, assim, possessivas em relação aos filhos, controlando-os com
ameaças, chantagens e abusos emocionais (e por vezes físicos), reclamando que não são
submissos o suficiente. Deste modo, negligenciam e desprezam também a autonomia e as
fases normais de crescimento dos filhos, sentindo-se ameaçadas pela independência crescente
destes, temendo deixarem de ser o centro das suas vidas. Estas ocorrências ampliam a
gravidade das circunstâncias do filho, que se vê preso nesta relação tóxica.
Danos ao filho
O filho à partida cresce com carência afetiva materna, principalmente a partir do momento
em que comece a querer ter os seus próprios gostos, vontades e relações, algo que a
progenitora vê como uma ameaça. Estes são vítimas de uma violência maioritariamente
psicológica, onde o facto de a progenitora controlar e depositar as suas expectativas e
vontades de forma exagerada e persistente, sem permitir erros, pode causar danos
irreversíveis no desenvolvimento do filho. Ao crescer com uma progenitora que não
proporciona segurança para que este expresse os seus sentimentos e opiniões, o sujeito
poderá desenvolver uma baixa autoestima, desvalorizando os seus sentimentos em prol dos
sentimentos e opiniões do outro; neste caso, o sentimento de agradar a progenitora
independentemente dos abusos que receba. Por outro lado, tal pode ser usado
estrategicamente pelo filho para evitar os confrontos com o progenitor, num instinto de
reduzir o nível de conflito, gerindo assim a sua própria ansiedade (Dutton, Denny-Keys, & Sells,
2011; Rappoport, 2005). Uma vez que os filhos sofrem de uma violência invisível, é difícil
receberem apoio dos demais, principalmente se estes estiverem, igualmente, relacionados
com a progenitora, apoiando-a como mãe. Com isto, as verdadeiras vítimas são os próprios
filhos, que acabam por desenvolver ansiedade e baixa autonomia, já que foram educados de
forma a não procurarem a independência da sua progenitora. Como esta é uma relação de
difícil ou impossível solução, ter que cortar relações com a sua mãe poderá mostrar-se como o
único desenlace possível para que o filho possa encontrar a sua liberdade, independência e
felicidade, apesar de poder não ser uma solução fácil de concretizar.
https://www.scielo.br/j/agora/a/wFpJx55RQYHMQ7XZnkWndcs/?format=pdf&lang=pt
Bleger (1967/2001) compreende a simbiose como uma forma de dependência, uma relação
narcísica de objeto, vinculada aos fenômenos de projeção e introjeção, na qual ocorre uma
identificação projetiva cruzada, em que cada um dos depositários age em função dos papéis
complementares do outro, e vice- -versa. Na simbiose, há projeções maciças imobilizadas
dentro do depositário, de tal maneira que, nesse último, boa parte do eu é alienada. Há
também um déficit na personificação, no sentimento de identidade e no esquema corporal,
assim como confusão entre os papéis femininos e masculinos, e um déficit na comunicação no
plano simbólico, com um incremento da comunicação no plano pré-verbal. Para Bleger, a
simbiose é “muda”. Sua sintomatologia só se torna evidente em casos de ameaças de sua
ruptura. Segundo o autor, o controle do vínculo simbiótico pelos depositários tem por objetivo
evitar que o depositário saia da relação narcísica de objeto. Assim, nas palavras de Bleger, a
simbiose consiste em: “(...) uma estreita interdependência entre duas ou mais pessoas que se
complementam para manterem controladas, imobilizadas e, em certa medida, satisfeitas, as
necessidades das partes mais imaturas da personalidade, que exigem condições que se acham
dissociadas da realidade e das partes mais maduras ou integradas da personalidade. Esta parte
imatura e mais primitiva da personalidade foi separada do eu mais integrado e adaptado, e
configura um todo de certas características que me levaram a reconhecê-lo como o núcleo
aglutinado da personalidade. Esta separação deve ser rigidamente mantida porque, caso
contrário, se pode produzir a desintegração psicótica” (idem, p.83)
https://www.scielo.br/j/pusp/a/ZWDxQkLTpwyfVBdGQcQgH3q/abstract/?lang=pt
A culpa
Freud percebe que tanto cerimoniais religiosos como rituais obsessivos surgem com duas
características: a de buscar proteção contra impulsos hostis internos (tentação/pecado) e
evitar o mal esperado (um castigo, punição ou penitência). Percebe também que existem, em
ambos, leis e proibições, cuja função é expiatória. Em seguida, Freud trata da formação da
religião, que se baseia na supressão ou renúncia de certos impulsos instintuais – dos quais
procedem, por exemplo, os mandamentos –, e verifica que o sentimento de culpa resultante
de uma tentação contínua e a angústia sob a forma de temor da punição divina são conhecidos
há mais tempo no campo da religião do que no campo das neuroses. Posteriormente, a
renúncia dos impulsos será abordada na obra freudiana como elemento crucial, juntamente
com a intensificação do sentimento de culpa, das bases do desenvolvimento da civilização.
Diante dos paralelos e analogias entre neurose obsessiva e religião, Freud (1907/1969) conclui:
“pode-se considerar a neurose obsessiva um correlato patológico da formação de uma
religião, descrevendo a neurose como uma religiosidade individual e a religião como uma
neurose obsessiva universal” (p. 116). As relações entre a religião, que mitiga a culpa universal,
e a neurose obsessiva, que acolhe a culpa individual, aparecem também em “Leonardo da
Vinci e uma Lembrança de Sua Infância” (1910), no qual Freud fala sobre a ousadia e
independência intelectual de Leonardo. Dentre muitos aspectos de sua genialidade, Freud se
interessa justamente pelo 638 SENTIMENTO DE CULPA NA OBRA FREUDIANA: UNIVERSAL ... 3
ANDRÉ GELLIS E MARIA ISABEL LIMA HAMUD 2 Descrita e detalhada no referido texto (Freud,
1910/1969, pp. 76-85). que parece ser apenas um “detalhe” na história daquele homem tão
brilhante: sua fria rejeição da sexualidade. Freud afirma que os afetos do gênio italiano eram
controlados e submetidos à pesquisa, o que não significa que ele fosse insensível à paixão, ele
apenas “convertera sua paixão em sede de conhecimento... entregando-se à investigação com
a persistência, constância e penetração que derivam da paixão” (Freud, 1910/1969, p. 69). É
notável a capacidade que Leonardo desenvolveu de sublimar seus impulsos sexuais, tanto em
suas expressões artísticas como em sua curiosidade e interesse intelectual. Segundo Freud,
esse destino só foi possível porque a libido escapou ao recalque, podendo ser investida e
sublimada em suas pesquisas.
Freud atenta em diversos momentos para a curiosidade infantil e demonstra que a
especulação das crianças sobre a vida sexual produz fundamentos concretos ao psiquismo e se
relaciona com a culpa. O pensamento vigente à época era o de que a sexualidade emergia
apenas com a puberdade, mas Freud descreveu a sexualidade infantil e se contrapôs à ideia de
que a sexualidade concerne apenas à idade adulta. Assim, a criança pode atribuir a si mesma
uma imensa culpa por sua curiosidade infantil, ou ainda a culpa derivada do medo de perder o
amor dos pais ou do temor da punição, o que pode gerar inúmeros desdobramentos futuros.
Tal compreensão, se não justifica, ao menos explica a marcante independência que Leonardo
apresenta em relação a seus próprios sentimentos e também aos demais seres humanos, não
necessitando e nem dependendo de qualquer figura de autoridade.
Intervenciones a lo largo del caso.Durante el transcurso de las sesiones se observa una serie de
eventos narrados por el paciente, pormedio de la asociación libre, partiendo en retroceso
desde lo actual hacia las primeras etapas de lainfancia, encontrándose un retorno de lo
reprimido (la experiencia sexual) a la edad de 5 años, enel que se encuentra el trauma psíquico
originario de la culpa que lo hace consultar en la actualidad,culpa acompañada por la muerte
de su madre.
Segunda sesión:
fallece “me siento culpable por traérmelo a la ciudad, pero era lo mejor” a lo que el
terapeutainterviene: “lo mejor para
quién
Tercera sesión:
se inicia el diálogo por parte del paciente quien refiere poca tolerancia hacia los jóvenes que
acuden a la iglesia y el solo hecho de sentir tal intolerancia, lo hace sentirse culpable.Se realiza
intervención por el terapeuta haciendo caer en cuenta de la reiteración de la palabra
“
culpable
en las 3 sesiones continuas e intenta explicar el mecanismo del desplazamiento de laculpa
hacia todo lo sucedido a su alrededor. Durante la intervención se toca el tema de una joven
ofusca al interpretar el dialogo del terapeuta como “acusador” con respecto al deseo sexual
del
paciente hacia la joven y el deseo sexual hacia personas del mismo sexo. Gracias al enojo
delpaciente, el caso se convierte en un enigma para el terapeuta y al mismo tiempo aporta una
pistavaliosa para resolverlo.
Cuarta sesión:
“Mariana”
Quinta sesión:
terapeuta pregunta por el nombre de su madre, a lo cual paciente cambia su nombrede pila
por Antonia. Sin embargo, dentro de las sesiones, terapeuta no solo se fijó en lo que dijo
elpaciente, sino también
en lo que calló, que en este caso fue el nombre de “Ana”, el cual correspondía
a una amiga de la adolescencia, siendo tal escena un hilo conductor para el retorno de lo
reprimidoen cuanto a la experiencia sexual con su amigo Roberto en la infancia