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CURITIBA 2020
QUADRO COMPARATIVO
As instâncias que polarizam os dois lados do ego (ID e Superego), são por sua
vez as responsáveis pelo período da eclosão do ego, já que não se pode satisfazer
todos os impulsos do id, quando há então o superego influenciando o eu, quanto às
normas éticas sociais que o indivíduo presencia em seu meio ; Ego, etimologicamente
palavra latina que significa “eu” seria a formação da identidade do indivíduo, pelo qual
foi aprimorada por grande nomes da psicanálise, desenvolvendo o conceito
Freudiano. Segundo Freud a consciência é a superfície do aparelho mental, assim
partimos do pressuposto que o ego é quem circula entre o senso real e os impulsos
instintivos do id, e assim a função do ego é de ponderar as duas instâncias movendo-
se entre elas, para assim desenvolvermos nosso eu.
Seguindo o pressuposto de seu pai Anna Freud (1895 /1982) aprimora dentro
da psicanálise as funções egóicas relacionadas às crianças; observa e analisa as
funções e métodos envolvidos no desenvolvimento dessa instância, levando em
consideração que Anna Freud além de psicanalista no atendimento de crianças era
também professora.
Anna não se afasta do conceito já desenvolvido por Sigmund Freud, contudo
visa as funções dinâmicas do ego e suas funcionalidades, assim como, converge na
teoria do desenvolvimento do mesmo, defendendo que a criança nasce com ego e se
desenvolve até os cinco anos de idade. Para a autora a funcionalidade egóica seria
decorrente da capacidade da criança de lidar com a perda e a separação da mãe,
variando de acordo com cada fase e assim com o senso de realidade que é revelado
pelas frustrações e de resistência aos impulsos do id. O ego seria um processo
psíquico inconsciente que circula entre as outras duas instâncias, e assim, torna-se
um alívio do estado intrusivo do id e o superego ameaçador, assim como as fortes
pressões vindas da realidade externa. Para Anna, sem a funcionalidade do ego, não
poderíamos aprender nada quanto à instância do id, assim como vezes o superego
tornar-se-á perceptível quando construímos pelo ego um sentimento de culpa.
O ego então, seria como o meio pelo qual obtemos as imagens, mensagens e
lições dispostas do ID e do superego, que faz o eu, estar em equilíbrio sobre o meio.
Devemos também levar em consideração que o ego para a autora assim como para
Freud, possui por sua vez impulsos: é uma espécie de guardião das mensagens e
instintos (que serão expressados ou reprimidos) no qual o ego tomará noção, gerando
então todos os mecanismos que o defendem, cada qual como mecanismo subjetivo
de como o ego observa e luta quanto às mensagens do inconsciente e as funções
dele na realidade.
Devemos ressaltar quanto ao pensamento de Melanie Klein, que sua teoria nos
estabelece que: mesmo sem a separação entre si mesmo e a mãe, o aparelho
psíquico do bebê já consta desde seu nascimento, e o ego primitivo é construído sob
suas experiências durante a amamentação - o ponto de partida. Para além da nutrição
em si, o ato de amamentar gera a sensação de cuidado, amor e segurança; e quando,
os chamados do bebê não são atendidos (ou quando se percebe que a mãe não o
gratifica) a criança sente-se parte não íntegra da mãe, sente-se desamparado, faminto
e não gratificado; são justamente esses sentimentos contrários e conflitantes que são
toda a realidade do recém -nascido ainda em seus primeiros meses.