Você está na página 1de 47

NeuroPsicanálise

Teoria de
Melanie Klein

Prof. Abraão L.

Instituto de formação Fateb Aula 02


“…O que aprendemos sobre a criança e o
adulto através da psicanálise mostra que
todos os sofrimentos da vida posterior são
para a maior parte das repetições dessas
anteriores, e que toda criança nos
primeiros anos de vida passa e grau
imensurável de sofrimento.”

Melanie Klein
PROFESSOR ABRAÃO L.
Diretor da SOBRAPPSI- Conselho deliberativo
Psicanalista, Mestre em Psicanálise e Educação,
Fitoterapeuta, Técnico especialista em Biblioteconomia,
Formação em inteligência Emocional, Especialização em
Neuropsicanálise.
Capacitações em Psicopatologia Clinica e geral, Ludoterapia,
Escuta Terapêutica, Análise e interpretação do desenho
infantil, Capacitação em psicanálise aplicada aos contos e
historias infantis.
@abraaofeh Professor de Psicanálise, atuante em clinica com experiência
em atendimento com crianças, adolescentes e adultos.
"QUERIDO ALUNO, É UM PRAZER
CONSTRUIR E COLABORAR JUNTO Idealizador do projeto Clinica Humanizar online e AvivA
COM VOCÊ!
DESEJO GRANDES CONSTRUÇÕES. Educação Emocional.
Palestrante, Seminarista e escritor.
TEORIA DE MELANIE KLEIN

TRILHA DE CONTEÚDOS
1-CONSTRUCÃO DA PERSONALIDADE NA PERSPECTIVA
KLEINIANA.

2-LUDOTERAPIA O TRABALHO FUNDAMENTAL DO


PSICANALISTA DA CRIANÇA.

4-O CASO DICK, UM MARCO NO TRABALHO DE MELANIE KLEIN.

5-A ABORDAGEM KLEINIANA COMO AQUELA QUE DEU VOZ A


CRIANÇA NA CLÍNICA PSICANALÍTICA.
CONSTRUCÃO DA
PERSONALIDADE NA
PERSPECTIVA KLEINIANA.
Para muitos acadêmicos, a abordagem sobre
o psiquismo é vista como a principal
divergência entre as teorias de Melanie e as
de Freud. Enquanto Freud discute o
desenvolvimento psíquico em três fases
distintas - a fase oral, a fase anal e a fase
fálica -, Klein introduz uma dinâmica a esse
período que até então não era considerada
pela psicanálise.
Kein inicialmente rejeitava a ideia de 'fases'. Para ela, há
'posições' que perduram e se alternam ao longo da vida.
Além disso, essas posições não se sucedem, como
proposto por Freud. Na teoria de Melanie Klein, desde o
primeiro ano de vida, a criança transita entre as posições
esquizoparanoide e depressiva em seu psiquismo. Para
Klein, essas 'posições' são contínuas, não seguindo um
desenvolvimento psíquico linear. Portanto, essa
alternância de comportamento será constante.
Segundo a teoria de Melanie Klein, também conhecida como
kleiniana, a posição chamada esquizoparanoide abrange
ansiedades de caráter persecutório. Enquanto a posição
denominada depressiva origina todas as ansiedades
provenientes do estado depressivo. Assim, todos os problemas
emocionais são analisados a partir dessas duas vertentes ou
posições. Para Klein, somente o equilíbrio entre essas duas
posições pode equilibrar a mente. Esse equilíbrio é
fundamental para eliminar problemas como depressão,
esquizofrenia e neuroses.
No início do desenvolvimento infantil, o mundo é inicialmente dividido
em objetos bons e maus, o que Melanie Klein chamou de posição
esquizoparanoide. Com o tempo, a criança passa a perceber o
objeto bom e mau como um só.

Enquanto a posição esquizoparanoide desperta emoções dualistas,


devido à predominância da fantasia do seio bom/seio mau e à
ansiedade persecutória resultante dessa fantasia, a posição
depressiva reflete emoções ambivalentes - o objeto é amado e
odiado simultaneamente.
Posição Esquizoparanoide

É termo introduzido por Melanie Klein para


indicar um ponto no desenvolvimento de
relações objetais antes de o bebê haver
reconhecido que as imagens da mãe boa e da
mãe má, com as quais esteve relacionado, se
referem à mesma pessoa.
Posição Esquizoparanoide

É termo introduzido por Melanie Klein para indicar um ponto


no desenvolvimento de relações objetais antes de o bebê
haver reconhecido que as imagens da mãe boa e da mãe
má, com as quais esteve relacionado, se referem à mesma
pessoa.
Na teoria das relações objetais , a posição esquizo-
paranóide é um estado de espírito das crianças, desde o
nascimento até os quatro ou seis meses de idade.
Melanie Klein descreveu os estágios iniciais da vida psíquica
infantil como essenciais para o desenvolvimento bem-
sucedido, através de certas posições. Segundo Klein, uma
posição é um conjunto de funções psíquicas relacionadas a
uma fase específica do desenvolvimento, que se manifestam
no primeiro ano de vida e permanecem presentes em todos
os momentos posteriores, podendo ser reativadas a
qualquer momento.
Paranóico descreve a ansiedade central paranóica, o medo de mal
invasivo. Embora seja percebido como algo externo, no fundo,
origina-se da projeção do instinto de morte. A ansiedade paranóica
pode ser interpretada como um medo iminente de aniquilação,
derivado de um sentimento de instinto destrutivo ou de morte na
infância. Nesse estágio, antes da internalização segura de um objeto
bom para proteger o ego, o ego imaturo lida com a ansiedade
separando os sentimentos negativos e projetando-os para fora, o
que resulta em paranoia. Já o termo esquizóide refere-se ao
mecanismo de defesa central: a divisão, a vigilante separação do
objeto bom do objeto ruim.
Quando as coisas correm bem, a mãe é vista como uma figura
totalmente benigna. No entanto, inevitavelmente, quando as
necessidades ou desejos do bebé não são imediatamente
satisfeitos pela mãe, devido à sua ausência, a falta do objeto bom é
percebida como a presença do objeto mau.

O objeto ruim é então alvo de ódio e ataque em fantasias.


Rapidamente, o objeto odiado e frustrante passa a ser visto como
persecutório, pois se imagina que se vingará de forma semelhante à
maneira como está sendo tratado. Por isso, o bebê se sente
perseguido, levando ao termo "paranoico" no contexto esquizoide
paranóico.
Klein propôs que um desenvolvimento saudável envolve a
criança dividir o mundo externo, seus objetos e a si mesma
em duas categorias: boa (gratificante, amada, amorosa) e
má (frustrante, odiada, persecutória). Essa divisão ajuda na
internalização e identificação com o bem. Em resumo, a
separação nessa fase é benéfica para proteger o que é bom
de ser destruído pelo que é mau. À medida que o ego se
desenvolve, o mal pode ser integrado e a ambivalência e o
conflito podem ser tolerados.
Mais tarde, com maior maturidade e resolução da
posição depressiva, o ego é capaz de reunir o objeto
bom e o objeto mau, o que leva a relações objetais
inteiras. Conseguir isso envolve o luto pela perda do
objeto idealizado e pelas ansiedades depressivas
associadas.
Com o passar do tempo, o bebê desenvolve uma
maior capacidade de lidar com a frustração e de se
apegar ao objeto bom por períodos mais longos. Isso
possibilita que ele lide com seus impulsos negativos
sem receio de ser destruído por eles. Essa evolução
promove uma visão mais equilibrada de si mesmo e
do objeto, reconhecendo que ambos possuem
qualidades positivas e negativas, resultando em
maior integração e maturidade.
Posição Depressiva

Através da experiência repetida com uma


parentalidade suficientemente boa, a imagem
interna que a criança tem dos outros externos, que é
o objecto interno da criança, é modificada pela
experiência e a imagem transforma-se, fundindo
experiências de bom e mau que se tornam mais
semelhantes ao objecto real ( por exemplo, a mãe,
que pode ser boa e má).
POSIÇÃO ESQUIZO-PARANÓIDE:

MECANISMOS DE DEFESA

Idealização:
oIdealização crescente do objeto ideal, a fim de mantê-lo
distante do objeto perseguidor e de torna-lo impermeável
ao mau.
Através da onipotência, atribui-se-lhe a
indestrutibilidade, a onisciência,
(SIMON, 1986, p. 91)
POSIÇÃO DEPRESSIVA:
MECANISMOS DE DEFESA REPARAÇÃO
• Impulsos reparadores ocasionam maior avanço na
integração.
•o Amor em conflito com ódio: controle da destrutividade
e reparação do dano causado.
• Reparação e restauração do dano causado ao objeto
bom (interno e externo).
• Base para atividade criativa: desejo de restaurar
felicidade, objetos internos perdidos e harmonia do
mundo interno.
Posição depressiva
Essas raaßes acabam por fim, originando a depressão infadil, podendo
também ser originadas na depressão adulta causando grandes sofrimentos e
inibições
Na busca por evitar o sofiimento o sujeito usa defesas para com o objeto total amado
para evitar sua perda
Melanie relata algumas dessas defesas:
Debmas maniacas onde os sentimentos de onipotència tentam controlar os "maus"
objetos destruidores.
Defesa de fuga: fuga para os bons objetos intemos (psicoses, antismo) e fuga para os
bona objetos externos (estados amors repetitivos nas neuroses).
Reparação e restauração: onde o sujeito é obrigado, em virtude de sus identificação
com o bom objeto, a repane o "desastre criado por seu sadismo".
O trabalho do lito é a única superação verdadeira da posição depressiva, tamo
relacionado ao luto da mãe, quanto ao seto, sendo oluto da pessoa fantástica
Melanie Klein viu esta saída da posição
depressiva como um pré-requisito para a
vida social. Além disso, ela via o
estabelecimento de um mundo interno e
externo como o início das relações
interpessoais.
Klein argumentou que pessoas que não
superam a posição depressiva na infância
podem lutar com o problema na vida
adulta. A culpa intensa pode decorrer
dessa posição depressiva não resolvida,
atuando como mecanismo de defesa
contra sentimentos insuportáveis.
A culpa surge da confusão entre fantasia e
realidade, servindo como um mecanismo de
defesa para proteger o eu de sentimentos
dolorosos de tristeza e pesar, e para preservar
o objeto interno do ente querido da raiva
intensa do eu, que poderia, teme-se, causar
danos irreparáveis ao objeto interno.
A culpa surge da confusão entre fantasia e
realidade, servindo como um mecanismo de
defesa para proteger o eu de sentimentos
dolorosos de tristeza e pesar, e para preservar
o objeto interno do ente querido da raiva
intensa do eu, que poderia, teme-se, causar
danos irreparáveis ao objeto interno.
LUDOTERAPIA O TRABALHO
FUNDAMENTAL DO
PSICANALISTA DA
CRIANÇA.
LUDOTERAPIA
Em 1920, a psicanalista Melanie Klein (1882-1960)
desenvolveu o método de brincar para analisar o
comportamento infantil. Essa técnica permitiu acessar o
inconsciente bem como memórias e experiências
recalcadas das crianças.
Melanie Klein (1926/1981) propôs que, durante o ato de
brincar, a criança "expressa e diz tudo o que lhe vem à
mente, com valor de associações verdadeiras", de forma
semelhante a como um adulto associa elementos de seus
sonhos (Klein, 1926/1996, p. 159). Assim, o jogo é uma forma
de acessar o inconsciente.
Foi observado que o ato de brincar deve ser
considerado como uma ferramenta essencial
para a observação e o atendimento de crianças.
Isso permite que o terapeuta compreenda o
funcionamento e a realidade psíquica da
criança, contribuindo para a resolução de seus
conflitos e seu desenvolvimento saudável.
Os brinquedos utilizados pela Melanie Klein na
LUDOTERAPIA
O CASO DICK, UM
MARCO NO TRABALHO
DE MELANIE KLEIN
Caso Dick
O caso em análise é considerado pela literatura psicanalítica
como o primeiro caso de autismo divulgado, embora naquela
época não existisse tal categoria diagnóstica. Conhecido como
"Caso Dick", foi descrito por Melanie Klein em 1929 no artigo "A
importância da formação de símbolos no desenvolvimento do
Ego". Dick era um paciente que começou a ser tratado por Klein
quando ainda era criança, continuando o acompanhamento
com a psicanalista por dezessete anos.
Caso Dick

Dick, um menino que nos primeiros meses de vida, demonstrava


indiferença ou recusa diante da figura materna, a ponto de recusar o peito
e quase morrer de inanição. Aos cincos meses sofria para defecar ou urinar.
Quando começaram a lhe oferecer alimentos sólidos, se recusou a mastigar
e rejeitava tudo o que não tivesse a consistência de mingau, a ponto de
sofrer de transtornos digestivos. Para Klein, Dick apresentava um quadro
diferenciado, visto que na época, retratou uma repercussão e ainda hoje
tem sido discutido no
meio psicanalítico por diversos autores, sendo considerado um caso clínico
clássico não apenas da neurose, mas também dos estados mentais
depressivos e esquizóides
Caso Dick
A HISTÓRIA CLÍNICA DE DICK
A vida de Dick foi dramática desde o começo. Sua mãe tentou
amamenta-lo, mas não conseguiu. Persistiu por várias semanas, em
meio à angústia, mas foi um fracasso. Dick por pouco não morreu
de fome. O menino tinha sete semanas quando se contratou uma
babá, que passou a lhe dar mamadeiras, mas o mesmo se recusava
a tomá-las. Foi preciso obrigá-lo. Além disso, Dick sofria de
problemas digestivos.
Caso Dick
A HISTÓRIA CLÍNICA DE DICK
A vida de Dick foi dramática desde o começo. Sua
mãe tentou amamenta-lo, mas não conseguiu.
Persistiu por várias semanas, em meio à angústia,
mas foi um fracasso. Dick por pouco não morreu de
fome. O menino tinha sete semanas quando se
contratou uma babá, que passou a lhe dar
mamadeiras, mas o mesmo se recusava a tomá-las.
Foi preciso obrigá-lo. Além disso, Dick sofria de
problemas digestivos.
A fria família de Dick
O amor era estranhamente ausente nessa família: não havia calor
humano em torno de Dick, nada de gestos de afeição por parte
da babá nem de seu pai, sobretudo de sua mãe, desamparada
diante desse filho que ela pressentira ser anormal desde o
nascimento. Um “meio pobre de amor”, relações imediata e
profundamente perturbadas, sofrimentos corporais: foi esse o
mundo hostil em que Dick se viu mergulhado e no qual continuou
a se debater. Assim, aos cinco meses, defecar ou urinar eram
uma tortura. Quando começaram a lhe oferecer alimentos
sólidos, ele se recusou a mastigar e rejeitava tudo o que não
tivesse a consistência de mingau.
O que parecia uma leve melhora
Houve uma melhora aos dois anos: outra babá foi contratada e a
avó dele o hospedou durante uma longa temporada. Essas duas
pessoas, novas em sua vida, cercaram-no de afeição e ternura,
pacientemente. Dick pareceu sair de seu marasmo e retomar o
curso de uma vida mais harmoniosa e normal. Aprendeu a andar,
adquiriu o controle dos esfíncteres e desenvolveu sua
inteligência. Aparentemente, adaptou-se melhor à realidade e
enriqueceu sua linguagem, aprendendo maquinalmente várias
palavras novas. Descobriu também a masturbação e, quando a
babá o flagrou e o repreendeu sentiu medo e culpa, estava então
com quatro anos. Tinha havido progresso e normalização, sem
dúvida, mas no fundo nada estava resolvido, e os problemas
essenciais persistiram.
O que parecia uma leve melhora
No início do tratamento Dick não parecia ver sentido nos
brinquedos que lhes eram apresentados.
Dick correu por toda parte, perdido. Não perguntou nada, não
brincou e não exprimiu nenhuma
emoção. Não reagiu, por exemplo, quando sua babá saiu,
deixando-o com Klein. Não mostrou medo nem timidez, como faria
a maioria das crianças na mesma situação.
Dick não avançava em seu desenvolvimento. Como os trens de que
tanto gostava, parecia estar abandonado na plataforma de uma
estação e haver renunciado a qualquer desejo de descoberta do
mundo e de si mesmo. Seu corpo desajeitado fazia lembrar um
fantoche desarticulado. Por último, não sentia dor física e,
curiosamente não sabia utilizar facas nem tesouras.
Caso Dick
Dick estava encerrado num universo estranho e frio,
terrivelmente negativo. Sem esperança?
Felizmente, dois elementos positivos, como dois
pontos possíveis, ligavam-no à realidade dos
outros seres humanos: seu interesse e curiosidade
pelos trens e estações e também pelas portas
e suas maçanetas, por seu abrir e fechar.
Era assim que se apresentava o pequeno Dick: um
menino retraído, inatingível, com apenas
alguns pontos de ancoragem na realidade, e cujo
muro de indiferença Melanie Klein procurou
derrubar imediatamente.
Caso Dick
Deixemos Dick com esse questionamento, num momento de sua análise em
que ele ia de descoberta em descoberta e de emoção em emoção. A análise
progrediu, de fato: aos poucos, Dick interessou-se por novos objetos, novos
brinquedos. Procurou compreender como funcionavam e brincou de estraga-
los. Alguns o inquietavam e, quando isso acontecia, fugia ou os colocava
de lado, voltava-se para outros, dizia seu nome, experimentava uma nova
brincadeira, ficava
com medo e assim seguia.
Por exemplo, durante um certo tempo, evitou aproximar-se do armário,
dedicando-se a um exame detalhado da pia e do aquecedor. Arranhava-os,
batia neles, salpicava-lhes água e os entalhava com um canivete. Mas a
angústia era demais. Então, voltava ao armário e estudava suas dobradiças e
fechaduras. Entrava dentro dele e perguntava à Klein o nome das suas
diferentes partes. Assim, o universo de Dick foi-se ampliando.
Ele passou a se interessar mais pelas
pessoas, pelos objetos e por seus nomes.
Caso Dick
Deixemos Dick com esse questionamento, num momento de sua análise em
que ele ia de descoberta em descoberta e de emoção em emoção. A análise
progrediu, de fato: aos poucos, Dick interessou-se por novos objetos, novos
brinquedos. Procurou compreender como funcionavam e brincou de estraga-
los. Alguns o inquietavam e, quando isso acontecia, fugia ou os colocava
de lado, voltava-se para outros, dizia seu nome, experimentava uma nova
brincadeira, ficava
com medo e assim seguia.
Por exemplo, durante um certo tempo, evitou aproximar-se do armário,
dedicando-se a um exame detalhado da pia e do aquecedor. Arranhava-os,
batia neles, salpicava-lhes água e os entalhava com um canivete. Mas a
angústia era demais. Então, voltava ao armário e estudava suas dobradiças e
fechaduras. Entrava dentro dele e perguntava à Klein o nome das suas
diferentes partes. Assim, o universo de Dick foi-se ampliando.
Ele passou a se interessar mais pelas
pessoas, pelos objetos e por seus nomes.
Resultados com o Dick

Com Dick, Melaine Klein teve que dar um salto no desconhecido,


antecipar-se às produções dele a partir daquilo que já sabia. A aposta
parece ter dado certo, sem dúvida ficando à altura da forte convicção
e do desejo que a moviam: os de uma desbravadora, pioneira na
prática e da teoria psicanalíticas.
Após sua análise com Melanie Klein, Dick foi tratado por outra analista,
Beryl Sandford, que o achou inteligente e muito tagarela, mas ainda
muito dividido. Possuía uma memória extraordinária e conhecimentos
consideráveis no campo musical, pelo qual era apaixonado.
A influência dos estudos
kleinianos na clínica infantil.
Ao analisar seus pequenos pacientes
desenvolveu um entendimento muito
profundo do funcionamento emocional
do self infantil. Sua apreensão do
mundo interno infantil e das formas por
meio das quais as emoções lá
adquirem significado contribuiu para o
entendimento da personalidade adulta
com seus núcleos infantis incrustados
que persistem por toda a vida.
A abordagem que deu espaço e
voz para as crianças na clínica
psicanálitica
As Crianças são como as flores. Fazemos de tudo para que
cresçam lindas, perfeitas e cheias de vida.
Onde há amor, elas florescem. Onde há o toque suave,
elas não se desmancham. Onde há o cuidado, a cor é
vibrante.
Entender a necessidade de cada uma também é uma
tarefa importante. Algumas precisam de mais sol, outras
mais sombra. O vento pode desmanchar algumas, mas
pode levar sementes boas para outros solos. A vida de
uma flor depende de quem cuida. A vida de uma criança
também.
As flores, as crianças, a vida, o amor. Para quem acredita
no simples, saberá a importância do cuidar.

Alê Maria Borboleta


"⁠Quando, através da análise, chegamos aos
conflitos mais profundos de onde surgem o
ódio e a ansiedade, também encontramos lá o
amor."

Melanie Klein
Obras importantes para leitura, dicas.

A Psicanálise Contribuições Psicanálise


de crianças à Psicanálise da criança
"Como é maravilhoso que ninguém precise esperar um único
momento antes de começar a melhorar o mundo."
-Anna Freud-

Desejo sempre construções


maravilhosas e preciosas ressignificações
em sua jornada!
Att. Prof. Abraão L.

@abraaofeh

Você também pode gostar