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Psicanálise

Clínica infantil.
Aula 02

Prof. Abraão L.

Instituto de Formação Fateb


“Em suas singelas e inocentes atitudes, a criança
tem o poder de ultrapassar fronteiras invisíveis e
tocar o mais profundo e delicado espaço, um
espaço que o adulto pensa que esqueceu”

-Prof. Abraão L.-


PROFESSOR ABRAÃO L.
-Diretor da SOBRAPPSI- Conselho deliberativo-

Psicanalista, Mestre em Psicanálise e Educação,


Fitoterapeuta, Técnico em Biblioteconomia, Formação em
Inteligência Emocional, Especialização em Neuropsicanálise.
Capacitações em Psicopatologia Clinica e geral, Ludoterapia,
Escuta Terapêutica, Análise e interpretação do desenho
infantil, Capacitação em psicanálise aplicada aos contos e
historias infantis.
Professor de Psicanálise, atuante em clinica com experiência
@abraaofeh em atendimento com crianças, adolescentes e adultos.
Idealizador do projeto Clinica Humanizar online e AvivA
"QUERIDO ALUNO, É UM PRAZER
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A Clínica infantil
ESPAÇO DE DESENVOLVIMENTO EMOCIONAL E
PSÍQUICO, CONSTRUIDO ATRAVÉS DE UMA RELAÇÃO
TERAPÊUTICA COM CARACTERÍSTICAS PEDAGÓGICAS.
(ANNA FREUD)
CLÍNICA INFANTIL II
TRILHA DE CONTEÚDOS
•OS 03 FATORES NA •FERRAMENTAS PARA
ANÁLISE DO TRABALHO EM CLÍNICA
DESENVOLVIMENTO E
BEM ESTAR INFANTIL
•OS 04 "AS" E SUA
•PROBLEMAS ATUAIS QUE IMPORTÂNCIA NO CONTEXTO
LEVAM AS CRIANÇAS A CLÍNICO(CONTRIBUIÇÃO
CLÍNICA AUTORAL PROFESSOR
ABRAÃO)
•CONTRIBUIÇÕES DA
ANNA FREUD PARA O •DICAS DE LEITURA.
TRABALHO COM
CRIANÇAS
O setting analítico infantil
ENTENDENDO A CONSTRUÇÃO
A Clínica infantil tem por O analista toma um papel além
essência o Trabalho e manejo de terapêutico também
com questoes delicadas, a instrutor, demonstrando as
observação do desenvolvimento diversas atividades e propondo
e estado do paciente, trabalho o desenvolvimento delas no
lúdico e análise minuciosa da setting terapêutico
subjetividade infantil.
A importância do ato de brincar.

APROXIMA A CRIANÇA
ENTENDENDO A
DE SUA REALIDADE
ESTRUTURA EGOICA E
SUBJETIVA,
SUPEREGO EM
IMAGINATIVA,
CONSTRUÇÃO.
CRIATIVA E EMOCIONAL

DESENVOLVENDO A ENTENDENDO O VALOR E


PERCEPÇÃO DA CRIANÇA EM PAPEL DOS PAIS E
SUAS FAMILIARES, DESCOBRE -
RELAÇÕES, LAÇOS FAMILIARES, SE MEDOS, IDEIAS,
CRIANDO SITUAÇÕES FANTASIAS, COMPLEXOS
FANTASIOSAS E DESEJOS
“No ato de brincar, a criança está absolutamente
mergulhada em um espaço sagrado, conectada
profundamente com o presente de forma
orgânica. Corpo, sensações, emoções e todos
seus sentidos participam destes processos.
Brincar é a possibilidade de viver a fantasia, a
imaginação, imitar o mundo adulto, e a
natureza. ”

-Instituto Alana-
Os 6 papeis do terapeuta infantil

1-O mediador

2-O instrutor

3-O acolhedor

4-O técnico

5-O apoiador

6-O facilitador
4 PRINCIPAIS FORMAS DE
EXPRESSÃO DO CONFLITO NA
CRIANÇA

Expressão Comportamento
Emocional

Brincadeiras Fator Relacional


BÔNUS
Dica de vídeo: Efeitos da privação
emocional e da negligência em um
bebê.(1965)

Baseado nos estudos do psicanalista


René Spitz e suas teorias emocionais
entre criança e mãe
03 FATORES NA ANÁLISE DO BEM ESTAR E
DESENVOLVIMENTO INFANTIL

Entender os ciclos e fases do desenvolvimento infantil e


construção na adolescência dos seguintes fatores

Fator Relacional
Fator Cognitivo
Fator Social
Fator Emocional > Construção de Autopercepção,
Sentimentos, desejos, medos, emoções.

Fator Cognitivo > Aprendizagem, Adaptação, Resposta


sensorial, Autonomia.

Fator Social > Relações objetais, relações Familiares,


papéis dos parentais, relação com os demais
"O outro no seu papel"
"Chamo de "Fator Relacional", uma parte
importante do desenvolvimento e
manutenção da vida psíquica, emocional e
mental de uma criança, é brincando, se
relacionando e conhecendo o "outro" que ela
conhece o mundo que o cerca e vive em
harmonia no mesmo"

-Prof. Psican. Abraão L.-


"Os fenômenos humanos são
biológicos em suas raízes, sociais
em seus fins e mentais em seus
Piaget propõe a
meios."
importância dos fatores
-Jean Piaget biológicos, sociais e
mentais.
o fator mental sendo a
base onde os fatores
biologicos e sociais se
sustentam.
PROBLEMAS ATUAIS
Questões traumáticas
(Abuso e exploração infantil, acidentes, desastres.)

Mecanismos psicossociais
(Pais dependentes químicos, desestruturação Familiar, desordens nos
papéis dos cuidadores, problemas escolares, Bullying.)
CONTRIBUIÇÕES DA ANNA FREUD
PARA O TRABALHO COM
CRIANÇAS
•1º Passo: Treinamento ou Esquentamento.
Quando a criança desenvolve um sintoma, ela não tem essa
compreensão do que está acontecendo, de que o sintoma
está atrelado ao momento atual. Ou seja, as pessoas a sua
volta começama perceber a diferença no humor, por
exemplo, perturbara aula toda, não ficar parada, etc. Ela
pode até achar engraçado, pois não tem consciência do
que está acontecendo, como vê os adultos.
O primeiro passo seria mostrar a criança por que ela está
em tratamento, ou seja, conscientizá-la de que se os pais
procuraram um tratamento, é por algum motivo. O
tratamento deve levá-la a um insighta respeito da própria
doença.

Anna possui uma postura bastante pedagógica, o que se


faz é bem semelhante, mas não no sentido de uma
preparação. O tratamento leva as crianças a
compreenderem que, se elas vãoali é para tratarem suas
próprias questões.
•2º Passo: Aliança.
A aliança se faz no sentido de que o analista e a criançavão
tentar resolvero problema, que ela saiba qual é o papel do
analistae o que eles vão fazer.

O primeiro momentodo insight é que a criança vai poder


decidirou não pelo tratamento, através do conhecimento
maior do que se trata a terapia. Por isso, a criança deve
explorar o ambiente, que deve ser propício. A partir disso,
faz-se uma aliança com ela, deixando claro, de que nem
sempre vão acontecer coisas agradáveis ali, mas que
sãonecessárias para que ela se cure.
•3º passo: Falar da importância da cura.

Mostrar para a criança que ela pode ter uma


expectativa positivado tratamento.

Quando não tem um sofrimento da criança, Anna Freud,


considera importante que a criança perceba o
sofrimento que ela está impondo aos outros, as
conseqüências do seu sintoma.Bem como, a
conseqüência do tratamento, o que se busca com ele.
Para Anna Freud, ceder aos caprichos da criança é
considerado útil para o tratamento. Fala em analista útil, ou
seja, que faz coisas que a criança demanda, tornando-se
útil para ela, por ceder aos seus caprichos. Uma vez que o
vínculoestá estabelecido, é que o analista vai colocando,
aos poucos os limites, pedir para que ela faça suas
própriascoisas. Aqui começao que vai denominar de
processo analítico.

Resumindo, a função do analista seria a de fazer com que


a criança se entregue, que não resista ao tratamento, que
traga sonhos, etc. Em fim, que ela invista o máximo no
tratamento.
Espaço de discussão
Colaborativa
OS 4 "A"
Conteúdo teórico autoral Abraão L.
A importância no contexto Clínico

Aceitação Avaliação

Autorização Apresentação
Criatividade consiste na manutenção
de um aspecto fundamental da
experiência da infância ao longo da
vida: a capacidade de criar e recriar o
mundo. A criatividade é a onipotência
da mente da criança.

-Winnicott-
FERRAMENTAS PARA O TRABALHO EM
CLÍNICA
•Associação Livre/Transferência.

Anna Freud Considera que a criança não tem como associar livremente,
mas que ela possa ser dirigida a isso. Não acredita no vínculo
transferencial, uma vez que para ela, a criança ainda está muito ligada
nas suas primeiras relações de amor, que são seus pais, ou quem cuida
dela.

Apesar disto, Anna Freud acha que o analista deve possuir métodos para
que a criança fale e com que possa se estabelecer uma relação, ainda
que não de transferência.
ANÁLISE DE SONHOS
Este seria, segundo ela o principal método para se trabalhar, o analista
deve mostrar interesse na interpretação dos sonhos, mostrar a sua
importância. Os sonhos infantis são mais fáceis de serem interpretados
do que o dos adultos, pois possuem menos censura. E a criança acha
divertido falar dos sonhos e daquilo que está pensando ou vivendo.
Muitas vezes, nem precisa ter uma estruturaintelectual muito
desenvolvida para que a criança possa fazer este trabalho.
•DEVANEIOS OU SONHOS DIURNOS.
Os adultos têm mais vergonha em falar das fantasias,
devaneios (imaginam que tem o controle sob ela e tem
vergonha por isso). A criança não tem vergonha da sua
fantasia, não tem tanta censura.
•Fala de três tipos dedevaneios:

1.Baseados em acontecimentos recentes.


2.Devaneios em série.
3. Mudanças de situações e personalidades.
•DESENHO

ESTE É FUNDAMENTAL PARA A


COMUNICAÇÃO PARA FAZER A CRIANÇA
FALAR. ANNA FREUD NÃO INTERPRETA O
DESENHO, SUA ANÁLISE ERA FEITA COM O
TEMA ABORDADO, O QUE A CRIANÇA
ESTAVA COMUNICANDO.
ANÁLISE DE DESENHO INFANTIL NA PRÁTICA
ESTE DESENHO É O
RETRATO DE UM PAI NA
VISÃO DO FILHO, UM
MENINO QUE FOI
ABUSADO DESDE
MUITO PEQUENO.

NA VISÃO DO MENINO
O PAI ERA COMO UM
DEMÔNIO
ALCOOLIZADO E
VICIADO EM JOGOS
CAÇA-NÍQUEIS.
ANÁLISE DE DESENHO INFANTIL NA PRÁTICA

MENINO DE 8 ANOS QUE FOI


ABUSADO DESDE OS SEUS 4 ANOS
PELO PADRASTO. NO DESENHO
ELE SE RETRATA EM PÂNICO
DIANTE DO ABUSADOR.

UM FATOR MARCANTE NO
DESENHO SÃO OS BOTÕES DA
CAMISA E O ZÍPER DA CALÇA, NO
AUTORRETRATO A CRIANÇA
DESTACA OS DOIS DETALHES DAS
ROUPAS QUE ERAM O ALVO DO
ABUSADOR
ANÁLISE DE DESENHO INFANTIL NA PRÁTICA

CRIANÇA DE 7 ANOS MOSTRA


COMO ERA OBRIGADO PELO PAI A
FAZER SEXO ORAL.

TRAÇOS SIMPLES E DESENHO


POUCO COMPOSTO DEMONSTRA
MEDO POR PARTE DA CRIANÇA
MESMO QUE DE FORMA
INCONSCIENTE EM PRODUZIR
AQUELA ATIVIDADE
ANÁLISE DE DESENHO INFANTIL NA PRÁTICA

UMA MENINA DE 5 ANOS, ERA


ABUSADA PELO PAI SENDO
OBRIGADA A ASSISTIR A FILMES
PORNOGRÁFICOS.

NO DESENHO ELA RETRATA UM


TRECHO DE UM DOS FILMES QUE
FOI OBRIGADA A ASSISTIR.
Dicas de leitura.
"Uma das belezas da prática analítica é
exatamente analisar e entender o
paciente de forma humanizada e
individual, respeitando sua própria
história, seus processos, traumas e desejos
tão singulares."

-Prof. Psican. Abraão L.


"Como é maravilhoso que ninguém precisa esperar
um único momento antes de começar a melhorar o
mundo"
-Anna Freud-
Desejo Sempre brilhantes
ressignificacões
Até a próxima!
Att. Prof. Abraão L.

@abraaofeh

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