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psicologia

da infância
PAPALIA, Diane E. JERUSALINSKY, Julieta
É professora da Universidade de Wisconsin - Psicóloga (UFRGS), psicanalista, mestre e
Madison. Cursou o bacharelado, com ênfase doutora (PUC/SP), professora. É professora de
em Psicologia, no Vassar College. Tanto o pós-graduação nos cursos de especialização
mestrado em Desenvolvimento Infantil e em "Clínica Interdisciplinar em Estimulação
Relações Familiares quanto o doutorado em Precoce", "Clínica Interdisciplinar dos
Psicologia do Desenvolvimento do Ciclo de Problemas do Desenvolvimento Infantil"
Vida /Universidade de West Virginia. Membro desenvolvidos pelo Centro Lydia Coriat em
da Sociedade Americana de Gerontologia. parceria com diferentes faculdades do Brasil. É

WINNICOTT, Donald W. professora de pós-graduação no curso de


"Teoria Psicanalítica" (COGEAE PUC-SP).
Foi um pediatra e psicanalista inglês influente Crianças são sujeitos singulares e detentores
no campo das teorias das relações objetais e da palavra.
do desenvolvimento psicológico. Ele foi líder
da Sociedade Britânica de Psicanálise
Independente, e Presidente da Sociedade
Britânica de Psicanálise duas vezes.
criança
com ou como sintoma?
relações objetais:
referem-se às relações emocionais entre sujeito CRIANÇA
e objeto amado. Sujeito em processo de estruturação que
precisa do adulto para se constituir. Assim,
DOLTO, Françoise arma-se uma teia de representações que se
refletem no comportamento, afetos e
Pediatra e Psicanalista francesa que teve
subjetivação da criança.
grande influência sobre a educação de
crianças de seu tempo. Dolto iniciou sua “(...) a criança não é uma entidade em si, mas
carreira como psicanalista, em especial como faz parte de um discurso coletivo(...)” -
psicanalista de crianças e foi a partir dessa Manonni (1967)
experiência de trabalho que desenvolveu um Assim, o terapeuta precisa oferecer escuta às
pensamento original sobre a educação de diferentes demandas e discursos que se
crianças, para uso de pais e de educadores, cruzam para esclarecimento dos materiais dos
inspirando-se nos conhecimentos que a indivíduos implicados e servir de “separador”
psicanálise e sua prática puseram à sua entre o que demanda dos pais e núcleos do
disposição. sofrimento da criança.
Desconsiderar esse “nó sintomático” inviabiliza
JERUSALINSKY, Alfredo o tratamento da criança. “O SINTOMA é uma
linguagem que nos cabe decifrar. O indivíduo
É psicanalista, membro da Associação
propõe a sua questão por intermédio de seus
Psicanalítica de Porto Alegre. Doutor em
pais, para eles ou contra eles”(Mannoni, 1967)
Desenvolvimento Humano (USP).
A criança também vem atender a uma Portanto:
demanda social (imagem-modelo proposta
pelas ideologias*) além da parental. Mas A CRIANÇA É POR SI UM SIMBÓLICO
também esse sujeito tem uma demanda “A criança responde ao que existe de
própria (na subversão natural, porém que a sintomático na estrutura familiar”
exclui). (Balbo 1992) OU
A criança há de se integrar a um gozo social “A criança ocupa um lugar de fantasma /
para atender a um gozo narcísico dos pais. objeto-desejo do outro” - podendo ser
mortífero.
sintoma intervenção clínica
O SINTOMA da criança é compreendido com
uma NÃO CONFORMIDADE a um ideal Atuar na interpretação da criança como
externo. sintoma dos “adultos” (intervenção mais
familiar e preventiva); [Considerar a
sintoma = essência de sua subjetividade.
caracterização dinâmica do trabalho no
Assim, a criança deve ser ouvida como sujeito
SUS]
do seu próprio discurso, em que a sua
Atuar no acompanhamento da
construção sintomática traz a marca da função
subjetivação (desenvolvimento, verdade do
simbólica dos pais, sem, no entanto, ser
sujeito, tratamento).
redutível a ela.
LUGAR DUPLO-FACETADO DO PSICÓLOGO:
a escuta dos pais O que dele espera a criança.
O que dele espera os pais.
A CRIANÇA que se busca na anamnese
(informativo) + desvendamento da posição que
a criança ocupa na fantasia/desejo parental.
DISCURSO PARENTAL
Lugar onde se desenrola o sintoma da criança,
em primeira instância = MATRIZ SIMBÓLICA.

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