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TEORIAS DA

PERSONALIDAD
EI
Faculdade São Francisco do Ceará - FASC
Curso: Psicologia
Professor Me. Luan Layzon Souza Silva
E-mail – luanlayzon@fsf.edu.br
06 MELANIE
KLEIN
“Minha prática com as
crianças, assim como com os
adultos, e toda a minha
contribuição para a teoria
psicanalítica derivam da
técnica do brincar.”
M. Klein
A VIDA DE MELANIE KLEIN
Melanie Reizes;

Uma das primeiras mulheres psicanalistas;

Nasceu em Viena em 30 de março de 1882;

Família judia, modesta e culta;

Ficou noiva aos 17 anos de um jovem engenheiro químico, Arthur Klein;

Viveu em Budapeste, Hungria, após o casamento (1903);

Após a morte de um filho sofreu com depressão (1907-1914);


A VIDA DE MELANIE KLEIN

Deparou-se com a psicanálise ao ler A interpretação dos sonhos de Freud;

Em 1916 começou análise com Sándor Ferenczi, o mais eminente psicanalista húngaro;

Teve “a convicção da existência do inconsciente e de sua importância na vida psíquica”;

Ferenczi a incentivou em seu projeto de se dedicar à psicanálise com crianças;

Comunicou suas observações sobre o desenvolvimento de seu filho à Sociedade Psicanalítica de


Budapeste e se tornou membro dela;

Em 1920, Ferenczi a apresenta a Karl Abraham que dirige a Sociedade Berlinense de Psicanálise e a
convida para ir a Berlim.
A VIDA DE MELANIE KLEIN

Em 1921 Hungria vive no caos do pós-guerra – Klein troca Budapeste por Berlim em 1921 para
praticar a psicanálise de crianças por sugestão de Karl Abraham;

Trabalhou na policlínica e tornou-se membro titular da Sociedade de Berlim;

Em 1924 iniciou análise com Abraham a qual foi interrompida após 14 meses. Abraham morre em 1
de janeiro de 1926;

Em 1925 recebe acolhida calorosa em Londres, para onde muda em 1926, após a morte de
Abraham, primeiro provisoriamente, depois, decide instalar-se aceitando as ofertas de Ernest Jones,
presidente da Sociedade Britânica de Psicanálise e que lhe abrira as colunas de sua revista e a
convidara para dar uma série de conferências.
A VIDA DE MELANIE KLEIN

Segundo Winnicott, Jones teria pedido a Klein para analisar um de seus parentes, provavelmente
criança;

Freud censura-o por estar fazendo uma campanha contra sua filha Anna Freud e portanto contra
ele.;

Ao redor de Klein havia simpatia e colaboração, a Sociedade Britânica de Psicanálise começa, a


partir desta época a ser denominada “Escola britânica de Psicanálise”;

Em 1926 filiou-se a Sociedade Britânica de Psicanálise;

Comunicou os primeiros tratamentos com crianças e a técnica psicanalítica do brincar.


A VIDA DE MELANIE KLEIN
Na sociedade britânica acontecia uma guerra de outro tipo: vienenses ficaram em torno de Freud e
os britânicos em torno de Klein;

Fez crítica ao trabalho as teorias de Anna Freud em 1927;

Criação do subgrupo dos kleinianos na SBP;

Annafreudianos, kleinianos e os independentes;

Morreu em Londres em 22 de setembro de 1960, aos 78 anos de idade;


SUA TEORIA
A técnica psicanalítica do brincar e suas descobertas:

A técnica psicanalítica do brincar não se reduz à ludoterapia (Play-Therapy);

A técnica psicanalítica do brincar não se reduz à “observação analítica”;

“Se os meios de expressão das crianças diferem dos dos adultos, também a situação
analítica é diferente com uns e com outros. Mas ela se mantém, nos dois casos,
essencialmente idêntica. As interpretações consequentes, a redução progressiva das
resistências e o remontar da transferência a situações mais antigas constituem, tanto nas
crianças quanto nos adultos, a situação analítica tal como deve ser”
SUA TEORIA
Não existe associação verbal: a criança não pode fazer associações livres, como é a regra no
tratamento de adultos;

É “que elas não podem fazê-lo, não porque lhes falte a capacidade de traduzir seus
pensamentos em palavras (...), mas porque a angústia opõe uma resistência às associações
verbais”;

O brincar toma o lugar da associação no sentido analítico, da condensação, da palavra no


lugar de outra, lugar atrapalhado pela angústia;

O brincar faz ofício de metáfora;


SUA TEORIA
“No brincar, as crianças representam simbolicamente fantasias, desejos e experiências. Para
isso empregam a linguagem, o modo de expressão arcaico, filogeneticamente adquirido,
com que os sonhos nos familiarizaram”;

É preciso guardar os detalhes mais ínfimos do brincar;

É necessário levar em conta o material que as crianças fornecem durante a sessão:


brinquedo, dramatização, água, recorte ou desenho;

A maneira como brincam;

A razão por que passam de uma brincadeira para outra;


SUA TEORIA
E os meios que escolhem para suas representações;

“Todo esse conjunto de fatores, que muitas vezes parece confuso e desprovido de
significação, afigura-se-nos lógico e repleto de sentido, e suas fontes e os pensamentos
que lhe são subjacentes revelam-se a nós, quando o interpretamos exatamente como um
sonho”;

A sequência do brincar tem valor de formação do inconsciente;

Para Melanie Klein, as condições práticas e teóricas da interpretação são as mesmas na


análise dos adultos. Não é a idade do paciente que é determinante, mas é a atitude, a
convicção interna do analista que descobre a técnica necessária e apropriada;
SUA TEORIA
A metapsicologia kleiniana e suas descobertas

O aparelho psíquico da criança pequena tem um alto nível de tensão:

Pulsões de vida X pulsões de morte;

De 6 a 8 meses de vida o bebê vive duas situações principais para o seu desenvolvimento
normal:

• Fase esquizo-paranoide;
• Posição depressiva;
SUA TEORIA
Por que posição e não fase?

Fase é uma coisa estática. Você vive e se voltar, é denominado regressão;

Posição é um conceito dinâmico;

Apresenta agrupamentos específicos de angústias e defesas que aparecem e reaparecem;

Klein preocupava-se em não reduzir esses momentos à época do desenvolvimento


da primeira infância.
SUA TEORIA
Encontramos os mecanismos esquizo-paranoides e os depressivos mais tarde, na
adolescência e na idade adulta;

Posição esquizo-paranóide – estádio em que predominam os impulsos destrutivos e as


angústias persecutórias;

Estende desde o nascimento até 3, 4 ou 5 meses de idade;

Angústia persecutória e relação de objeto parcial;

Defesas: projeção, introjeção, dissociação, identificação projetiva, idealização, negação;


SUA TEORIA
Posição depressiva

Está ligada a passos importantes do desenvolvimento do Ego – 6º. Mês;

As fantasias, impulsos sádicos, e a angústia persecutória diminuem de intensidade;

Introjeção do objeto total e capacidade de sintetizar os vários aspectos do objeto e suas


emoções;

O amor e o ódio unem-se na sua mente;


SUA TEORIA
Esta união produz a angústia – temor que o objeto, tanto externo quanto interno seja
danificado ou destruído;

Os sentimentos depressivos e de culpabilidade suscitam o anseio de preservar ou


ressuscitar o objeto amado e fazer reparações pelas fantasias e impulsos destrutivos

Inicia-se o estádio primitivo do complexo de Édipo ( à partir de 6 meses de idade);

Klein sugere que o complexo de Édipo se inicia sob o domínio do sadismo e do ódio,
quando a criança se volta para um segundo objeto – o pai – com sentimentos de amor e
ódio.
SUA TEORIA
Ela vê nos sentimentos depressivos derivados do medo de perder a mãe – como objeto
externo e interno – um impulso importante para os primeiros desejos edípicos;

Klein admite a existência de um Ego dotado de certos elementos de integração e de


coerência, desde o início de seu desenvolvimento e considera que o conflito se produz
antes de que o desenvolvimento do Ego tenha progredido muito e que o poder de integrar
o processo psíquico esteja plenamente estabelecido;

A raiz do Ego, só podem ser entendidos pelos mecanismos de introjeção e projeção;


SUA TEORIA
Melanie Klein X Anna Freud

Anna Freud censurava as concepções de objeto, superego primitivo, Édipo primitivo e as


fantasias originárias, a inveja e a gratidão, bem como as posições depressiva e esquizo-
paranóide, afirmando não são serem psicanalíticas;

Anna acreditava que criança não desenvolve transferência e deve ser tratada
pedagogicamente;

Klein acusava Anna de não ser freudiana.


BIBLIOGRAFIA
OBRIGAD
O
Prof Me. Luan Layzon Souza Silva
Psicólogo (CRP11/10527)
luanlayzon@fsf.edu.br

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