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O caso Hans
1- confirmação de suas
2- compreensão do 3- investigação da vida
teorias sobre a
quadro de fobia; psíquica das crianças.
sexualidade infantil.
A partir da análise de Hans propôs as teorias sexuais infantis, e gerou a escrita de dois textos: “O
esclarecimento sexual das crianças” (1907) e “Sobre as teorias sexuais infantis” (1908).
No texto “Três ensaios sobre a teoria da sexualidade” (1905), Freud já desenvolve os principais pontos da
sexualidade infantil atrelados ao conceito de pulsão, retirando a criança de seu lugar de inocência –
pequeno perverso-polimorfo.
Pai de Hans – discípulo de Freud – que narrou por cartas a vida sexual de seu filho.
Em uma dessas cartas, o pai comunicou o sintoma da fobia apresentado por Hans, que temia ser
mordido por um cavalo, recusando-se a sair de casa.
Relatou ainda suas atitudes exibicionistas, seu interesse pelos órgãos genitais.
Hans chegou a conclusão que todos os seres animados também tinham “faz pipi”, obtendo confirmação da
mãe de que também ela tinha um. Esse relato nos conduz ao tema da sexualidade infantil.
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Em sua época, Lacan 1- o ideal de normalidade 2- as leituras 3- a psicanálise que
centra suas críticas aos associado à genitalidade; desenvolvimentistas propunha como finalidade
demais psicanalistas em pautadas num modelo da cura uma melhor
três pontos: evolutivo; adaptação do sujeito à
realidade externa.
O psicanalista deve se submeter ao texto do analisando e a esse texto subordinar a interpretação – daí que os
arranjos significantes do paciente tenham um valor privilegiado. Não se deve tentar compreender de
imediato o que diz o paciente, mas ser guiado pela sequencia de letras.
Quando pensamos em desvendar o sentido oculto de um sintoma, nos aproximamos da via da significação, o
que nos leva a procurar uma analogia formal ou figurativa ou um fragmento de discurso que permita decifrar
a cena (fantasia ics) que explicaria o sintoma. Esse caminho supõe que o ics está estruturado como uma
fantasia.
Para Lacan, o objetivo da análise não é explicar o sintoma, mas descongelá-lo.
O cavalo no caso Hans
Para que serve o cavalo? A ênfase está na preocupação do “para quê”, com a função que tem o cavalo, do
que com o porquê. O cavalo é um significante.
Os cavalos arrastam carros, carros estão engatados aos cavalos, e que os carros carregam coisas.
Num primeiro momento, Lacan diz que Hans se vê arrastado pela situação em que está com a mãe, como
por um carro.
Fala de um jogo de engano jogado por Hans e sua mãe, no qual a criança brinca de ser o falo da mãe.
Essa interpretação enfatiza o valor metafórico do carro, que representaria Hans engatado ao cavalo, que,
nesse momento, seria sua mãe.
Ainda estamos na via da significação, contudo a ênfase não está na representação metafórica de cada um dos
sujeitos pensados isoladamente, mas na relação entre ambos, no “engate” de Hans à mãe.