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Escola Superior de Saúde de Viseu

Licenciatura em Enfermagem

DESENVOLVIMENTO PSICOSSEXUAL
- FREUD -
Unidade curricular Psicologia do Desenvolvimento e da
Saúde
Docente Professora Doutora Sofia Campos

Tema Desenvolvimento Psicossexual Freud

Iara Cruz, nº 5494


Discentes Kátia Ferro, nº 5528
Raquel Felício, nº 5581
Tatiana Soares, nº 5556

Turma 35ºB CLE

Metodologia Descritiva, com apresentação em


PowerPoint
Duração Cerca de 60 minutos

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Índice
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• Introdução
• Desenvolvimento
- Biografia - Sigmund Freud
- Introdução à Psicanalise
- Método Psicanalítico
- Teoria Psicanalítica
- Teoria Psicossexual
- Estádios do Desenvolvimento:
 Estádio Oral
 Estádio Anal
 Estádio Fálico:
o Complexo de Édipo
o Tragédia de Édipo
 Estádio de Latência
 Estádio Genital
- Criticas:
 Aos Estágios do Desenvolvimento Psicossexual de Freud
 Ao Desenvolvimento Psicossexual

• Conclusão
• Bibliografia
• Webgrafia
Introdução
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Neste trabalho, proposto pela professora psicóloga Sofia
Campos, vamos abordar Freud mais concretamente a sua teoria
do desenvolvimento psicossexual. Vamos iniciar o nosso
trabalho apresentando uma breve biografia sobre Freud,
posteriormente iremos explicar a psicanálise, que conjuga o
método e a teoria psicanalítica, em seguida abordaremos os
cinco estádios do desenvolvimento psicossexual, e por fim
algumas críticas à sua teoria.
 
Biografia de Sigmund Freud
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“Neurologista austríaco, fundador


da psicanálise.
Os seus trabalhos foram cruciais
na psicologia e psiquiatria.
Desenvolveu teorias sobre uma
dimensão profunda da mente- o
inconsciente- e aforma como esta
influencia as ações e os processos
mentais dos seres humanos.”

Catarina, P., Sara, B., André, L., Filipe, R. (2015). Nós (p.276-280; p.111-112). Areal Editores
Introdução à Psicanálise

Sigmund Freud formulou a psicanálise, que é nada mais do que a junção da teoria do
psiquismo e um método de intervenção. Tudo isto deriva da sua intriga relativamente ao
funcionamento do cérebro, observando nos seus pacientes que apresentavam sintomas
físicos variados não terem uma explicação fisiológica. Pensou então que se os sintomas não
tinham origem no consciente, estes poderiam então ser produzidos no inconsciente.
Entretanto desenvolveu o seu próprio método, a psicanálise.
 
Método Psicanalítico
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Teoria Método de Investigação Prática Profissional

explica o comportamento procura o significado forma de tratamento


do psicológico humano oculto daquilo que é psicológico, terapia
manifestado através de psicanalítica, que visa a
ações, palavras, cura ou auto
sonhos e delírios conhecimento
Método Psicanalítico
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Dentro do método psicanalítico, Freud ainda fez a divisão do mesmo em dois procedimentos:

 Associação livre - pelo encorajamento da pessoa a exprimir livremente e sem quaisquer


restrições ou inibições os pensamentos que acodem à mente, a partir de um dado elemento seja
este uma palavra ou até uma imagem;
 Atos falhados/Resistências - análise dos atos falhados e
das resistências;
Teoria Psicanalítica
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Mente

Id Ego Superego
Opera num nível Satisfazer as exigências Opera no princípio da
inconsciente de acordo do id de uma maneira moralidade e motiva-
com o princípio do segura e socialmente nos a comportarmo-
prazer aceitável, seguindo o nos de maneira
princípio da realidade, socialmente
pois opera tanto na responsável e
mente consciente aceitável
Eros e Tânatos
(Instinto de vida e de morte)
quanto na inconsciente
Teoria Psicanalítica

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Noção de desenvolvimento
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• O processo de desenvolvimento inicia-se na conceção e


termina na morte como um sistema aberto em que todos os
aspetos interagem;

• O desenvolvimento implica o ser humano, como unidade


biopsicossociológica, que se adapta, se organiza num processo
global e estrutural, desde a fecundação ao terminus da vida;
Teoria Psicossexual
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• A personalidade forma-se nos primeiros anos de vida, quando as


crianças lidam com os conflitos entres os seus impulsos biológicos
inatos, ligados às pulsões e às exigências da sociedade, ocorrendo numa
sequência invariante de fases baseadas na maturação do
desenvolvimento psicossexual, no qual a gratificação se desloca de uma
zona do corpo para a outra;
Estádios do Desenvolvimento
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1- Estádio Oral ( 0 - 12/18 meses)

2- Estádio Anal ( 12/18 – 2/3 anos)

3- Estádio Fálico ( 2/3 anos – 5/6 anos)

4- Estádio de Latência ( 5/6 anos – puberdade)

5- Estádio Genital ( depois da puberdade)


Estádio Oral ( 0 - 12/18 meses)
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• A zona erógena principal é a boca: o bebé obtém prazer ao


mamar, ao levar objetos à boca e através de estimulações corporais.

• A sexualidade é auto erótica

• O desmame corresponde a um dos primeiros conflitos vividos: o


id, orientado pelo princípio do prazer, é dominante, opondo-se ao
ego, que se rege pelo princípio da realidade

• É neste estádio que o ego se forma

• Tem um período em que a criança é muito passiva e dependente


Estádio Anal
( 12/18 – 2/3 anos)
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• A zona erógena principal é a região anal: a criança obtém prazer pela


estimulação do ânus ao reter e expulsar as fezes;

• Adquire o controlo dos esfíncteres;

• É nesta fase que se faz a educação para a higiene;

• O controlo da defecação gera simultaneamente sentimentos de prazer


e de dor-ambivalência;

• A sexualidade é auto-erótica;

• Há reforço do ego;

• Neste período etário a criança é autónoma, procurando afirmar-se e


realizar as suas vontades.
Estádio Fálico ( 2/3 anos – 5/6 anos)
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• A zona erógena é a região genital;

• As crianças atentas ás diferenças anatómicas entre os sexos, às


relações ente os pais e às interações entre homens e mulheres;

• Nesta fase por vezes surgem comportamentos exibicionistas e


“voyeuristas”;

• Neste estádio as crianças vivem o complexo de Édipo;

• É no final desta etapa que a estrutura da personalidade está


formada, com a existência de um superego.
Complexo de Édipo
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• É a atração que o rapaz tem pela mãe, a • Na rapariga, é uma triangulação


quem ele esteve sempre ligado desde que relacional idêntica.
nasceu, e que agora é sentida de forma
diferente. • A principal diferença é que a rapariga
esteve desde sempre muito ligada à mãe e,
• A sexualidade, que era até essa idade nesta idade, vais investir e “seduzir” o pai.
exclusivamente auto-erótica, vai agora ser
investida nos pais. • È mais difícil rivalizar com a mãe porque
receia perder o seu amor.
• Ao descobrir o tipo de relação que liga os
seus progenitores, sente rivalidade.
Complexo de Édipo
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O período edipiano da rapariga e do rapaz é atravessado por vivências tais como :


Angústias Culpabilidades Agressividades Receios
O medo fantasiado da castração

• Algumas destas relações edipianas passam-se de forma invertida, isto è, a criança investe
sensualmente no progenitor do mesmo sexo.

• A terceira instância do aparelho psíquico, o superego, vai agora ser constituída.

É uma instância com funções


morais que é constituída pelos pais introjetados.
Complexo de Édipo
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Estádios oral e anal rapaz relação mãe rapariga relação mãe


privilegiada privilegiada

Estádio fálico
rapaz amor
mãe rapariga hostilidade
mãe
hostilidade amor
pai pai
Complexo de Eletra
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Uma 1ª etapa de atração pela mãe A predileção pelo pai

(comparativamente aos meninos) • Aos 3/4 anos, começa a mostrar uma certa
• O vínculo emocional entre as conduta de fixação ou paixão pelo pai.
meninas e a mãe é mais intenso nos
três primeiros anos de vida. O complexo de Electra tem seu suposto
ponto de partida no momento em que as
• Este apego inicial marcará mais meninas descobrem que não têm pénis por
tarde “o retorno” e a necessidade por sua vez, sentem o desejo de obter o que este órgão
parte da menina de se identificar sexual simboliza.
com a mãe para incorporar algumas
das características maternas a sua • Podem desenvolver ciúmes e mostrar condutas
personalidade e inclusive que vão deste o afeto possessivo pelo pai até uma
internalizar sua moralidade no certa hostilidade se em um dado momento a
“superego”. menina não consegue o que deseja da figura
materna.
A resolução natural do complexo de Electra
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Chegados os 6 ou 7 anos, a menina sente de novo a necessidade de proximidade e


identificação com sua mãe. 

• Começa a mostrar condutas de imitação e de curiosidade pelo mundo feminino onde a


pequena vai assentando seu papel de género;

• Enfatiza-se ,que toda esta fase faz parte do desenvolvimento normal da menina, no qual se
posicionam os primeiros tijolos de sua conduta afetiva, social e psicológica.

•Por sua vez, é necessário que toda fricção seja dissolvida, e que as meninas não vejam mais
suas mães como inimigas, como rivais, evitando assim possíveis dinâmicas que mais tarde
podem criar muros no seio da família.
Estádio de Latência
( 5/6 anos – puberdade)
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• Período caracterizado por uma aparente atenuação da


atividade sexual;

• Ocorre a amnésia infantil: a criança reprime no inconsciente


as experiências que a perturbaram no estádio fálico;

• A criança investe a sua energia nas atividades escolares,


ganhando especial importância as relações que estabelece
entre os colegas e o professor;

• A existência de um superego vai manifestar-se em


preocupações morais.
Estádio Genital ( depois da puberdade)
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• A adolescência vai reativar uma sexualidade que esteve como que


adormecida durante o período da latência.

• Retomam-se algumas problemáticas do estádio fálico, como o


complexo de Édipo.

• A puberdade traz novas pulsões sexuais genitais.

• O mundo relacional do adolescente è alargado a pessoas


exteriores à família.
Estádio Genital
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• O adolescente revive o complexo de Édipo e a sua liquidação está ligada a um processo de


autonomização dos adolescentes em relação aos pais idealizados, como eram sentidos na
infância;

• O adolescente faz escolhas sexuais fora do mundo familiar e adapta-se a um conjunto de


exigências socioculturais;

• Alguns adolescentes regridem a fases desenvolvimentais anteriores, recorrendo a mecanismos


de defesa do ego, como o ascetismo e a intelectualização.

O adolescente nega o prazer, procurando O jovem procura esconder os aspetos


ter um controlo das pulsões através de emocionais do processo adolescente, interessa-
uma rigorosa disciplina e isolamento se por atividades do pensamento, colocando aí
toda a sua energia
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Criticas às Teoria dos estágios do desenvolvimento psicossexual de Freud

• A teoria é focada quase exclusivamente no desenvolvimento do sexo masculino com pouca


menção do desenvolvimento psicossexual feminino.

• As suas teorias são difíceis de testar cientificamente. Conceitos como a libido são
impossíveis de medir, e, portanto, não podem ser testados.

• Previsões futuras são demasiado vagas. Como podemos saber que um comportamento
atual foi causado especificamente por uma experiência de infância? O período de tempo
entre a causa e o efeito é demasiado longo para assumir que existe uma relação entre as duas
variáveis.

• A teoria de Freud é baseada em estudos de caso e pesquisa não empírica.

• Freud baseou sua teoria sobre as lembranças de seus pacientes adultos, não em observação
real e estudo dos filhos.
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Criticas ao desenvolvimento psicossexual

 
 Uma das mais severas críticas sofridas pelo método psicanalítico foi feita pelo filósofo da

ciência Karl Popper. Segundo ele, a psicanálise é pseudociência, pois uma teoria seria
científica apenas se pudesse ser falseável pelos fatos, citando o exemplo do "Complexo de
Édipo". Na época da formulação da psicanálise, a sua "amostra" era bastante limitada;
parte dela vinha de sua experiência subjectiva (a sua "auto-analíse“) e da sua prática
clínica, feita na maioria das vezes com pacientes burgueses de uma Áustria vitoriana.
Conclusão
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Num contexto geral e apesar da controvérsia que lhe está associada, Freud
demarcou-se pela temática psicanalítica e Psicossexual. Foi contestado, e ainda
hoje o é devido a erros científicos ou por não concordarem apenas com a forma
como ele abordou o nosso desenvolvimento. Apesar de tudo, a sua importância
na ciência, mais precisamente no que diz respeito às doenças mentais, foi
extrema e inegável. 
Bibliografia
28

Catarina, P., Sara, B., André, L., Filipe, R. (2015). Nós (p.276-280; p.111-112). Areal
Editores

Profª. Rosângela, P.S., Psicologia do Desenvolvimento e da Aprendizagem (p.16,41,49).


iEditora

McLeod, S.A. (2018). What are the most interesting ideas of Sigmund Freud?. Obtido em:
https://www.simplypsychology.org/Sigmund-Freud.html 

Manuela Monteiro, Milice Ribeiro dos Santos, Psicologia, Nova Edição, (p.156-159; p.172-
177), Porto Editora

André A., Claudine B., Michel B., Claude B., Dr. Jean-Pierre C., George H.,Jacqueline H.,
Roland J., Henri L., Monique M., Jacques M., Sarah P., Herbert S.,Os 10 grandes do
inconsciente, (p.55-65), Verbo

Diane E. Papalia, Sally Wendkos Olds, Ruth Duskin Feldman (2001), 8ª edição, (p.22-24),
McGraw-Hill Portugal
Webgrafia
29

 https://psicoativo.com/2016/04/as-5-fases-do-desenvolvimento-psicossexual-de-freud.h
tml
 http://psicodesp-3j.blogspot.com/2011/05/sigmund-freud-estadios-de.html
 http://psicologiad40.blogspot.com/2012/06/estadios-de-desenvolvimento.html
 https://eds.a.ebscohost.com/eds/resultsadvanced?vid=6&sid=93f27025-c855-4b95-
95d3-ee1d30cda772%40sdc-v-
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 https://www.simplypsychology.org/Sigmund-Freud.html
 https://courses.lumenlearning.com/boundless-psychology/chapter/theories-of-human-d
evelopment/

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