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118-135)
Educação literária e Leitura
2.
A. Introdução ao episódio
a. Localização temporal do episódio, apresentação da história que vais ser contada e
responsabilização do amor pela morte de Inês: estâncias 118-119.
c. Razões invocadas para a necessidade de matar Inês, trazida diante do rei: estâncias 122
(vv. 5-8)-124 (vv. 1-4).
A. Introdução ao episódio
3.1. Neste excerto da obra, o narrador é Vasco da Gama, que conta a história de Inês ao
rei de Melinde.
Este episódio integra-se no plano da História de Portugal (que surge encaixado no plano da
Viagem).
3.2.2. O Amor aparece personificado, atuando como um ser “fero” (v. 5), “áspero” e
“tirano” (v. 7), não se contentando com lágrimas, mas exigindo sacrifícios humanos.
B. Episódio de Inês de Castro
4.1. No início da sua história (estâncias 120 a 125), os sentimentos que dominam Inês são a
tranquilidade, a alegria e a saudade.
4.2. Relação entre o estado de espírito de Inês e o ambiente que a rodeia: Inês apresenta-
se tranquila e despreocupada. Também o ambiente que a rodeia – “os campos do
Mondego” – é calmo e aprazível.
4.3. Na estância 120 percebe-se que estes sentimentos não vão durar muito tempo:
“Naquele engano da alma, ledo e cego, / Que a Fortuna não deixa durar muito” (vv. 3-4) –
nestes versos, afirma-se que o destino não permitirá que aquele estado de alma feliz e
ingénuo dure muito tempo.
5.2. D. Afonso IV é quem toma a decisão de mandar matar Inês: “O velho pai sesudo” (est.
122, v. 6).
5.3. Razões que justificam esse ato cruel: D. Afonso IV dá ouvidos ao “murmurar do povo”
(est. 122, v. 7) e, preocupado com o filho que “casar-se não queria” (est. 122, v. 8),
acredita que só a morte de Inês poderá acabar com a paixão que une os amantes e fazer
com que D. Pedro mude de atitude.
6.1.
No discurso que faz ao rei, Inês apresenta vários argumentos:
c. até os animais ferozes e as aves de rapina demonstraram, em várias situações, piedade
para com as crianças: estância 126;
a. não é humano matar uma donzela fraca, só por amar a quem a conquistou: estância
127, vv. 2-4;
b. o rei devia ter respeito pelas crianças, filhos de Inês e D. Pedro: estância 127, vv. 5-8;
e. o rei devia saber dar a vida, tal como soube dar a morte na guerra com os mouros:
estância 128, vv. 1-4;
d. se, apesar da sua inocência, o rei a quiser castigar, pode optar por desenterrá-la para
uma região gelada ou tórrida ou para junto de feras, dando-lhe, assim, oportunidade de
criar os filhos: estância 128, vv. 5-8 e estância 129.
6.2. Inês, ao apresentar ao rei estes argumentos, pretende suscitar piedade para si e para
os seus filhos (netos do rei).
7.1. O rei fica comovido com as palavras de Inês e “Queria perdoar-lhe” (est. 130, v. 1).
7.2. A persistência do povo e o destino de Inês, há muito traçado, não lhe permitem rever
a decisão inicial (est. 130, vv. 3-4).
7.3. Ao utilizar o adjetivo “benino” para caracterizar o rei, o narrador mostra alguma
simpatia por D. Afonso IV.
8.1. Nestes dois versos, os assassinos de Inês são apresentados como ferozes, cruéis e
cobardes, pois só mostram valentia “Contra hua dama”. A escolha dos vocábulos remete
para um universo animalesco.
10. O aspeto de Inês, depois de morta, é comparado com o de uma flor campestre
(“bonina”) que, colhida e maltratada por uma criança para a pôr numa grinalda, perde o
perfume e a cor.
11. Durante muito tempo, as ninfas do Mondego, em Coimbra, recordaram Inês com
lágrimas que transformaram numa fonte a que chamaram “Dos amores de Inês”.