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- A Vida de Sócrates
- A Arte do Diálogo
Nas suas conversas, Sócrates passava a impressão de não queria propriamente ensinar às
pessoas, mas que queria aprender com elas. Geralmente no início delas, ele fazia sempre
perguntas, como se não soubesse de nada. Durante o diálogo, ele freqüentemente conseguia fazer
com que o se interlocutor visse os pontos fracos de suas reflexões e percebesse os seus próprios
erros a partir de suas afirmações.
Sócrates utilizava este método (fingia não saber de nada) porque acreditava que o
conhecimento verdadeiro é formado a partir da opinião própria e não pode ser obtido retirando-se
dos outros. Ele afirmava que só o conhecimento que vem de dentro é capaz de revelar o
verdadeiro discernimento. Justamente por fingir que nada sabia, Sócrates forçava as pessoas a
usar a razão, sendo capaz de se passar por um completo ignorante, muito mais tolo do que
realmente era. Ou seja, Sócrates nada ensinava, apenas ajudava as pessoas a tirarem de si
mesmas opiniões próprias e limpas de falsos valores.
- O Filosófo
De acordo com Sócrates, um filósofo sabe muito bem que, no fundo, ele sabe muito
pouco. Justamente por isso ele vinha tentando chegar ao verdadeiro conhecimento. Ele sabia
muito bem que nada sabia sobre a vida e o mundo. E o mais importante: o fato de saber tão
pouco não o deixava em paz.
Um filósofo é, portanto, uma pessoa que reconhece que há muita coisa além do que ele
pode entender e vive atormentado por isso. Desse ponto de vista, ele é mais inteligente do que
todos que vivem se vangloriando de seus pretensos conhecimentos. “Mais inteligente é aquele
que sabe que não sabe”. Afirmações deste tipo são bem raras até mesmo entre filósofos. O
próprio Sócrates dizia que a única coisa que sabia era que não sabia de nada.
- A Morte de Sócrates