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QUEM FOI SÓCRATES?

Sócrates (469/470 a.C – 399 a.C) foi um filósofo grego considerado o fundador da
filosofia ocidental. Ele era conhecido por seu método de questionamento, que agora
é chamado de método socrático.

Sócrates, um filósofo da Grécia antiga que viveu de 470 a.C, foi o primeiro
dos três antigos filósofos gregos, que incluiu Platão e Aristóteles, e estabeleceu os
fundamentos da filosofia ocidental. Todo seu ensinamento se baseia na frase
"Conheça-te a ti mesmo".
No ano de 470 a.C, Sócrates nasceu em Atenas, na Grécia. Nada se sabe
sobre sua infância, pois era filho de um escultor, pedreiro e parteira. Ele participou
de três campanhas militares quando era jovem.
Entre 406 e 405 a.C, entrou no conselho legislativo de Atenas. Em 404 a.C,
ele correu o risco de morrer se recusasse a cooperar com os planos políticos da
dinastia dos Trinta Tiranos, que governava a cidade.
Como homem feito, Sócrates chamou atenção por sua inteligência e pela
estranheza de sua figura e hábitos. O indivíduo era corpulento, baixo, com um nariz
chato, olhos saltados, usando roupas rotas e pés descalços pelas ruas de Atenas.
Ao longo de sua vida, Sócrates costumava passar horas absorto em seus
pensamentos. Ao invés de meditar sozinho, ele conversava com seus seguidores,
procurando ajudá-los na busca da verdade.

Os filósofos voltaram para uma explicação natural do universo antes da


chegada de Sócrates à academia grega. O período "socrático" da filosofia grega
começou no final do século V a.C. Esses filósofos pediram a se interrogar sobre a
natureza da verdade. O que significa ser nascido? O que significa ser justo?
MÉTODO SÓCRATICO

O método socrático é uma forma de investigação e discussão entre


indivíduos, baseada em perguntas e respostas para estimular o pensamento crítico e
iluminar ideias. Envolve dividir problemas complexos em partes menores e mais
gerenciáveis e questionar suposições.

Sócrates é conhecido por seu método de questionamento, que ele usou para
desafiar as crenças de seus companheiros atenienses. Ele acreditava que a busca
por conhecimento e sabedoria era a chave para uma vida plena e incentivava seus
alunos a questionar tudo e pensar por si mesmos.

O método socrático tem sido amplamente utilizado na educação moderna


como forma de promover o pensamento crítico e o aprendizado ativo. Ele incentiva
os alunos a fazer perguntas, pensar criticamente e se envolver em discussões
significativas com seus colegas. O método foi aplicado em vários campos, incluindo
direito, medicina e negócios, e foi considerado eficaz para melhorar as habilidades
de resolução de problemas e promover uma compreensão mais profunda de tópicos
complexos.

CONDENAÇÃO

Assim que os conceitos de Sócrates se espalharam pela cidade, o número de


seus seguidores cresceu. Assim, os antigos colegas de trabalho se tornaram cada
vez mais irritados. Eles: Como um indivíduo poderia instruir gratuitamente e pregar
que não era necessária a presença de professores como ele? A comunidade não
concedia as idéias de Sócrates, que ele disse que para provar que uma coisa era
verdadeira, era preciso ver se ela era realmente verdade.

Assim que Sócrates começou a criar vários adversários, ele imediatamente


iniciou um grande rumor. Entretanto, a liberdade de suas palavras, a ausência de
costumes, a sua postura julgando, comédia e a forma como ele as educou, trouxe
desaprovação geral, o que se tornou um problema para os outros, além de criarmos
um, ele era completamente dedicado à educação e à crítica. Sob a pressão popular,
bem como em resposta a elementos reacionários, Sócrates se tornou o líder de uma
aristocracia do conhecimento. Este estado de espírito anti-Sócrates foi transformado
em uma acusação formal, por causa de Anito, Licon e Mileto, de desfigurar a
juventude e rejeitar as divindades da terra por causa de outros. Sócrates tentou se
defender por conta dos julgamentos e da humanidade, se desculpando e se
humilhando. Antes dos olhos da alma, ele não tinha uma solução específica para a
vida terrestre, mas sim o entendimento constante da razão, que era imortal. E ele
escolheu a morte. Por causa de uma pequena quantidade de culpa, ele se propôs a
fazer uma defesa firme no tribunal, que o condenou à morte por causa do voto da
maioria. A punição e a morte de Sócrates são partes importantes da obra de Platão
(Apologia e Críton). Sócrates disse que é provável que ele tenha evitado ser
condenado à morte, se tivesse desistido de sua vida honesta. Mesmo depois de ser
condenado, ele poderia ter evitado a morte se tivesse fugido com a ajuda de amigos.

Estas três acusações foram expressas por Meleto da seguinte forma: Ele também é
culpado da corrupção da juventude. Sentença: Pena de morte.

Foi acusado de três crimes:

1. Costumes gregos e descrença em Deus.


2. Junte-se aos deuses do mal que gostam de destruir cidades.
3. Corromper os jovens com suas próprias idéias.

Quando Sócrates teve a oportunidade de se defender dessas acusações, ele


exibiu todas as suas faculdades intelectuais.

Em sua defesa, apontou para a contradição das acusações e perguntou:


"Como posso não acreditar em Deus e me unir a Ele ao mesmo tempo?" No entanto,
um tribunal de 501 cidadãos o condenou. Mas não a pena de morte. Eles sabiam
que milhares de jovens se revoltariam se fossem condenados à morte. Eles o
sentenciaram ao banimento eterno ou cortaram sua língua, impossibilitando-o de
ensinar aos outros. Se ele se recusar, ele será morto.
DIFERENÇA SÓCRATES E SOFISTAS

 Os sofistas são professores itinerantes. Sócrates é uma figura


envolvida no destino de sua cidade.
 Os sofistas são chamados a ensinar. Sócrates vive sua própria vida,
que se confunde com a vida filosófica: “A filosofia não é uma profissão, é uma
atividade humana livre”
 Os sofistas “sabem tudo” e transmitem conhecimento pronto sem
crítica (Platão a equipara às mercadorias que os sofistas exibem e vendem).
Dizendo que nada sabe ("Só sei que nada sei"), Sócrates coloca-se ao nível
do interlocutor e protagoniza uma aventura dialética em busca da verdade
que está dentro de cada um de nós.
 Os sofistas fazem retórica (discurso bem formado mas sem conteúdo).
Sócrates faz uma dialética (um bom argumento). Na retórica, o ouvinte é
arrastado por uma enxurrada de palavras que, se bem formuladas, são
persuasivas sem transmitir conhecimento. Na dialética da pergunta e da
resposta, a pesquisa avança passo a passo, não sendo possível avançar sem
esclarecer o que ficou para trás.
 Os sofistas fazem contra-argumentos com o objetivo de argumentar para
vencer. Sócrates se recusa a purificar a alma da ignorância.

SÓCRATES E SOCIEDADE

O pensamento socrático exerceu uma influência profunda na filosofia


ocidental, e suas ideias sobre a sociedade foram fundamentais para o
desenvolvimento do pensamento político e social. Sócrates, o filósofo ateniense do
século V a.C., foi conhecido por sua abordagem crítica e seu compromisso com a
busca da verdade. Ele acreditava que o objetivo principal da vida humana era a
busca do conhecimento e da sabedoria.

Para Sócrates, a sociedade era composta por indivíduos que buscavam o


bem e a virtude. Ele argumentava que a ignorância era a raiz dos males sociais e
que, por meio do conhecimento, era possível alcançar uma vida mais justa e
virtuosa. Sócrates estava convencido de que a verdade podia ser descoberta por
meio de um diálogo racional e questionador, no qual as ideias pré-concebidas eram
colocadas à prova e examinadas criticamente.
Um dos aspectos mais distintivos do pensamento socrático era o método da
maiêutica, também conhecido como "arteira de almas". Sócrates acreditava que
todos os indivíduos possuíam conhecimento latente dentro de si, e sua função como
filósofo era ajudar as pessoas a dar à luz esse conhecimento. Ele fazia isso
formulando perguntas cuidadosamente elaboradas, desafiando as opiniões
convencionais e incentivando os indivíduos a questionarem suas próprias crenças.
Para Sócrates, a virtude era o valor supremo e a base para uma sociedade
justa. Ele considerava que a virtude estava intrinsecamente ligada ao conhecimento
e à compreensão do bem. Ele argumentava que, se as pessoas soubessem o que
era o bem, naturalmente agiriam de acordo com ele. Portanto, a ignorância era a
principal fonte de injustiça e imoralidade na sociedade.

Sócrates era crítico em relação às estruturas sociais existentes em Atenas.


Ele acreditava que a democracia, tal como praticada na época, tinha suas falhas.
Sócrates via a democracia como uma forma de governo em que o poder estava nas
mãos da maioria, mas nem sempre a maioria possuía o conhecimento necessário
para tomar decisões justas e sábias. Ele acreditava que a verdadeira autoridade
deveria ser concedida àqueles que possuíam sabedoria e conhecimento,
independentemente de sua posição social ou riqueza.

Essas visões políticas de Sócrates o colocaram em conflito com as


autoridades atenienses. Ele era visto como uma ameaça à ordem estabelecida e foi
acusado de corromper a juventude e negar os deuses tradicionais da cidade. Em
399 a.C., Sócrates foi condenado à morte por envenenamento por cicuta.

Apesar de sua condenação e morte, o legado de Sócrates perdurou por


gerações. Seus ensinamentos foram preservados por seu discípulo mais famoso,
Platão, que os disseminou por meio de seus diálogos filosóficos. A influência do
pensamento socrático pode ser vista em várias áreas, desde a filosofia política até a
ética e a epistemologia.

O pensamento socrático continua a desafiar e inspirar os filósofos


contemporâneos. Sua ênfase na busca da verdade e no exame crítico das crenças
estabelecidas é um lembrete poderoso da importância do pensamento independente
e da auto-reflexão. Sócrates nos Sócrates - Pensamento sobre a sociedade lembra
que a sociedade pode se beneficiar quando questionamos e examinamos
cuidadosamente nossas próprias opiniões e as estruturas sociais que nos cercam.
Em resumo, o pensamento socrático sobre a sociedade foi baseado na busca
do conhecimento e da virtude como meios de alcançar uma sociedade mais justa e
moral. Sócrates enfatizava a importância do diálogo racional, da maiêutica e do
questionamento constante das crenças estabelecidas. Sua visão crítica da
democracia e sua defesa da autoridade baseada no conhecimento continuam a
ressoar nos debates políticos e sociais contemporâneos. O legado de Sócrates é um
chamado à reflexão, à busca do conhecimento e à busca da verdade em benefício
da sociedade como um todo.

SOFISTAS – LORRANA - VIDA E MORTE

O grupo de pensadores identificado como sofistas caracterizou-se


principalmente pela ausência de uma doutrina em comum e pelo ensino voltado a
um fim instrumental. Eram vistos como habilidosos oradores pelas pessoas,
reconhecendo-se a importância das palavras e do uso da lógica. Eles podem ser
considerados instrutores itinerantes contratados para ensinar retórica para fins
políticos. Muito do que sabemos sobre esses pensadores está contido nos diálogos
platônicos e nos escritos de Aristóteles, nos quais são diretamente criticados. As
críticas contrastam com a etimologia da palavra “sofista”, cuja origem é sophós e
significa sábio ou habilidoso, mas passa a denotar aqueles que aparentam ser
sábios, entretanto não alcançam a verdade.

Os sofistas propõem apenas verdades relativas. Na ausência de uma verdade


absoluta, torna-se mais fácil praticar a erística, a saber, a tentativa de alcançar
sucesso em qualquer debate. Uma das descrições, que alguns sofistas atribuíam a
si mesmos, era a habilidade de refutar qualquer assunto. Sua elogiável oratória
favorecia a aparência de sábios, mas o interesse pela verdade não estava presente.

Sendo a retórica sofista um instrumento vazio de conteúdos que possui como


finalidade apenas a valorização do discurso (seja ele de caráter verdadeiro ou não) e
da persuasão para o alcance de interesses.

Por concentrarem seus esforços para pensar naquilo que consideravam útil,
questões como a origem do seres, a vida após a morte e a existência dos deuses,
ou seja, questões de ordem metafísica, eram rejeitadas.
SOFISTAS – STHEFANE LOPEZ – RELIGIAO

Os sofistas eram considerados mestres da retórica e da oratória, acreditavam


que a verdade é múltipla, relativa e mutável. Eles eram chamados de sofistas por
conta do termo "sábios", mas que adquiriu o sentindo de desonestidade intelectual.

Em questão a religião os sofistas acreditavam no relativismo, onde tudo o que


se refere à vida prática, como a religião e a política, era considerado fatores
culturais, logo podiam ser modificados, e apontava o homem como sendo a medida
de todas as coisas, sendo assim, o homem é o centro das suas explicações,
contudo, elas não poderiam ser baseadas na existência dos deuses. Para os
sofistas, é mais provável que os deuses não existam, mas eles não rejeitam
completamente a existência, como Platão, por exemplo. Contudo, eles são mais
próximos do agnosticismo do que do ateísmo.

A definição de alma para os sofistas é de uma natureza passiva e podia ser


modelada pelo conhecimento que vem do exterior. Isso é muito importante para a
prática que eles exerciam, pois se as pessoas possuem almas passivas, elas podem
ser convencidas de qualquer discurso proferido de forma encantadora. Por isso, era
preciso lapidar a técnica a fim de levar as pessoas a pensarem de um modo que
favoreça o orador, ou seja, aquele que está falando para o público. A resistência que
alguma pessoa oferece a algo que é dito não seria proveniente da capacidade de
refletir ou questionar e sim era decorrência da inabilidade discursiva do orador.

Os sofistas estavam bastante empenhados em resolver questões da vida


prática da pólis. Aquilo que contribuiria para uma vida melhor com os outros ou para
atender às necessidades imediatas era o centro de suas preocupações. Por
concentrarem seus esforços para pensar naquilo que consideravam útil, questões
como a origem do seres, a vida após a morte e a existência dos deuses, ou seja,
questões de ordem metafísica, eram rejeitadas.

Embora os sofistas não sejam considerados filósofos pela tradição, sua


importância se dá na medida em que estão entre os primeiros a desafiar a ideia de
que a sabedoria seria recebida dos deuses, baseando-se na hipótese de que, assim
como nas atividades físicas, a prática da virtude, por meio da retórica e da oratória,
poderia melhorar os estudantes, tornando-os mais sábios e virtuosos.
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

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