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APOLOGIA DE SOCRATES

RESENHA CRÍTICA;

1)Apresentar o livro;

2)Descrever o livro;

3)Avaliar partes do livro;

4)Recomendar o livro ou não;

1) Apresentar o livro:

“Apologia de Sócrates” é uma obra literária escrita pelo filósofo Platão (424/423 a.C. –
348/347 a.C.) na qual o autor exprime sua versão da defesa feita por outro filósofo, Sócrates,
em seu próprio julgamento, onde está sendo acusado de corromper a juventude e de não
aceitar os deuses que são reconhecidos pelo estado, introduzindo novos cultos.A Apologia (ou
defesa) de Sócrates de autoria de Platão é um dos primeiros relatos da defesa de Sócrates em
meio ao famoso julgamento que resultou na sua morte por ingestão de cicuta, poderoso
veneno. Várias outras “Apologias” seriam elaboradas nos anos seguintes, destacando-se ainda
a feita por Xenofonte.

2) Descrever o livro:

A primeira questão evidente na obra é se as palavras que Platão "coloca" na boca de Sócrates
seriam as mesmas proferidas em concreto perante o Tribunal de Atenas ou na verdade
refletem o pensamento de Platão em relação às injustiças sofridas por Sócrates. A obra está
estruturada sob a forma de diálogo, iniciando-se com a acusação feita por Meleto,
acompanhado de Ânito e Lícon. Meleto é o único na obra a falar durante a defesa de Sócrates,
caindo em contradição sobre a natureza da acusação feita ao filósofo, afirmando num
momento que este pregava o ateísmo, e em outro, que acreditava em semideuses. Ao longo da
obra, Sócrates logicamente se concentra em uma argumentação contrária a seus adversários,
que em alguns momentos se torna pessoal. O filósofo responde a seus adversários por
refutação, tentando invalidar as teses opostas à sua. Ele ainda irá retroceder ao passado para
reforçar a sua argumentação de defesa na tentativa de esvaziar a acusação.
Perguntas:

1)

Socrates desejava ser considerado como estrangeiro no tribunal pois ,Em seu julgamento,
Sócrates discutiu a possibilidade de ser considerado estrangeiro ou "meteco" (residente
estrangeiro) em vez de um cidadão ateniense, como uma alternativa à pena de morte. Ele
estava ciente de que os metecos em Atenas não tinham os mesmos direitos e proteções legais
que os cidadãos, e ele pode ter visto essa alternativa como uma maneira de evitar a execução
e, ao mesmo tempo, permanecer em Atenas.

2)

Os sofistas eram conhecidos como “senhores do saber” os quais iam de cidade em cidade
influenciando a juventude local. Os sofistas cobravam para ensinar e Socrates era contrario a
esse pratica. Socrates ensinar através da dialética e acreditava que o conhecimento era o único
modo do homem conseguir alcançar a razão. Sócrates e os sofistas eram figuras importantes na
Grécia Antiga, conhecidas por sua influência na filosofia e no pensamento da época. No
entanto, eles tinham abordagens e visões distintas em relação à filosofia, à educação e à busca
do conhecimento .

Sócrates: Ele não cobrava por suas lições e estava mais interessado em estimular o
pensamento crítico e o autodescobrimento em seus interlocutores. Sua abordagem era
dialética, procurando encontrar contradições e inconsistências nas opiniões das pessoas para
levá-las a um entendimento mais profundo.

Sofistas: Os sofistas eram professores profissionais que cobravam por seus ensinamentos. Eles
ofereciam cursos para ensinar habilidades retóricas, argumentativas e de persuasão. Seu foco
estava em capacitar os alunos a serem bem-sucedidos na vida pública, nas leis e na política.

3)

A afirmação do oráculo sobre Sócrates como o homem mais sábio está relacionada ao fato de
que ele era humilde o suficiente para reconhecer sua própria ignorância e dedicado o bastante
para buscar a verdade através do diálogo crítico e da auto-reflexão. Em vez de se contentar
com opiniões superficiais e confiantes, Sócrates buscava constantemente um entendimento
mais profundo, o que o tornava, de certa forma, mais sábio do que aqueles que se
consideravam sábios sem questionamento ou reflexão adequados.

4)

As principais acusações apresentadas por Meleto e seus colegas acusadores (Ânito e Lícon)
foram as seguintes:

a) Corromper a juventude: Meleto afirmou que Sócrates estava corrompendo a juventude de


Atenas ao influenciá-los com suas ideias e métodos de questionamento. Sócrates tinha o
hábito de questionar as crenças tradicionais e os valores da sociedade, o que, segundo Meleto,
poderia levar os jovens a questionar as autoridades e as normas estabelecidas.
b) Introdução de novas divindades: A segunda acusação estava relacionada à religião. Meleto
alegou que Sócrates estava introduzindo novas divindades e negando os deuses reconhecidos
pelo estado ateniense. Isso era uma preocupação séria na sociedade grega, onde a religião
desempenhava um papel central na vida pública e privada.

c) Não acreditar nos deuses da cidade: Além de introduzir novas divindades, Meleto acusou
Sócrates de não acreditar nos deuses da cidade, o que era considerado uma ofensa grave.
Questionar ou negar os deuses tradicionais poderia ser visto como uma ameaça à ordem social
e religiosa de Atenas.

5)

Sócrates abriu mão de riquezas em sua vida porque ele via a busca pela virtude, pela
sabedoria e pelo autoconhecimento como prioridades mais elevadas. Sua vida foi dedicada a
buscar a verdade interior e a promover o crescimento moral e intelectual, em vez de se
concentrar em bens materiais.

6) As atitudes refletem a moral incorruptível de Sócrates, seu compromisso com a verdade, a


virtude e a integridade, e sua disposição de viver de acordo com seus princípios, mesmo diante
de desafios e perigos.

7) Socrates poderia pedir por misericórdia, modificar opiniões, aceitar o exilio, mas no fim
ócrates escolheu manter sua integridade moral e seus princípios filosóficos, mesmo que isso
significasse sua condenação à morte. Ele via a busca pela verdade, pela virtude e pelo
autoconhecimento como valores supremos, e estava disposto a aceitar as consequências de
suas crenças, independentemente do resultado de seu julgamento. Sua atitude diante do
julgamento reforçou sua reputação como um filósofo que vivia de acordo com suas convicções
mais profundas.

8) Durante seu julgamento, Sócrates sugeriu uma pena inusitada e provocativa como
alternativa à pena de morte. Ele propôs que, em vez de ser condenado à morte ou a outra
punição tradicional, ele deveria ser recompensado pelo Estado e tratado como um herói.
Sócrates sugeriu que o Estado deveria lhe fornecer refeições gratuitas no Pritaneu, que era a
residência oficial dos magistrados e heróis da cidade. Essa sugestão tinha um tom sarcástico e
irônico, pois ele estava sugerindo que suas contribuições intelectuais e filosóficas para a cidade
deveriam ser honradas da mesma maneira que os atletas vitoriosos e outras figuras
importantes.

9) Aos que o condenaram, Sócrates provavelmente teria transmitido uma mensagem de


respeito à justiça e à lei. Ele acreditava na importância de obedecer às leis da cidade, mesmo
quando discordava delas. Sua recusa em fugir ou pedir clemência demonstrou seu
compromisso com a integridade moral e a aceitação das consequências de suas ações. A
mensagem poderia ser algo ao longo das linhas de que ele aceitava o julgamento e a punição
como uma expressão da vontade da cidade, mesmo que ele não concordasse.
Aos que o absolveram, Sócrates poderia ter expressado sua gratidão por sua consideração e
apoio. Ele também poderia ter aproveitado a oportunidade para reiterar sua crença na busca
da verdade, da virtude e do autoconhecimento como os valores mais importantes da vida
humana. Sócrates pode ter compartilhado que, apesar de sua condenação, ele continuava
comprometido com o processo de questionamento e reflexão, e que esperava que sua filosofia
pudesse continuar a influenciar as mentes dos que estavam dispostos a buscar a verdade.

1O)

Sócrates abordou a questão da morte de uma maneira filosófica e reflexiva. Suas visões sobre a
morte eram centradas em sua busca pela verdade, pela virtude e pelo entendimento mais
profundo da vida humana. Embora não tenhamos seus escritos diretos, as informações sobre
sua visão da morte foram registradas por seus discípulos, principalmente por Platão.

Sócrates via a morte como um mistério, mas também como uma oportunidade para a reflexão
e a filosofia.

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