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Ainda jovem, Sócrates teria visitado o templo de Apolo, em Atenas, fato que o
marcou duplamente, pois:
Tudo o que se conhece da filosofia de Sócrates, hoje, foi extraído dos escritos
sobre ele e, principalmente, dos diálogos platônicos, que, em sua maioria,
Sócrates aparece como personagem principal.
Com o seu método, o pensador julgou levar a capacidade de pensar por conta
própria e questionar o conhecimento estabelecido ao povo ateniense,
estabelecendo uma nova maneira de se proceder filosoficamente e de combater
o relativismo das opiniões.
Morte de Sócrates
Em 199 a.C., uma acusação por parte do poeta Meleto e do político Anitos levou
Sócrates a se defrontar com o Tribunal dos Heliastas, “constituído por cidadãos
provenientes de dez tribos que compunham a população de Atenas e escolhidos,
por meio da tiragem de sorte”[ii]. A missão do tribunal não era fácil: ele deveria
julgar Sócrates, figura, às vezes, um pouco incômoda, mas conhecido por ser
justo. “A acusação era grave: não reconhecer os deuses do Estado, introduzir
novas divindades e corromper a juventude”[iii].
Sócrates foi julgado, basicamente, por sua atitude questionadora, que nunca
aceitava o que era estabelecido sem que antes fosse criteriosamente analisado.
Em sua defesa, Sócrates não apelou às súplicas pela misericórdia, comuns na
época, limitando-se a apresentar argumentos consistentes, a favor de sua
inocência. O filósofo defendia que era seu papel ali apenas convencer o júri da
verdade, e não partir para a apelação.
A maioria dos membros do tribunal, por uma pequena diferença de pouco mais
de 60 votos, vota por sua condenação. O acusador Meleto exigia a pena de
morte, mas fora concedida a Sócrates a possibilidade de ele fixar uma sentença
que poderia ou não ser acatada pelo júri, sendo sugerido, pelo júri, o exílio e, por
seus amigos, o pagamento de uma multa. Sócrates não aceitou nem um e nem
outro. O exílio traria a abdicação dos direitos políticos, algo que o filósofo jamais
se submeteria. O pagamento da multa ou cumprimento de outra sentença similar,
segundo Sócrates, também significaria a aceitação da acusação. A fim de
preservar sua honra, o pensador grego manteve firmeza e aceitou a pena de
morte.