E.E.E.F.M.

DO ESCOLA DO OUTEIRO
DIRETORA: DANIELY BALIEIRO
PROFESSOR(A):
ALUNO(A): __________________________________________________________________
TURMA: TURNO: 3º BIMESTRE: AGOSTO/2021

FILOSOFIA

alcançar a Verdade que está no interior de cada um

FILOSOFIA CLÁSSICA
Neste bimestre, vamos conhecer um pouquinho
das reflexões filosóficas de Sócrates, Platão e
Aristóteles. Esses três filósofos foram os
inauguradores da filosofia ocidental como a que
concebemos ainda hoje em muitos aspectos. O
período em que Sócrates, Platão e Aristóteles
viveram é considerado como o período áureo da
Filosofia, dada a imensa contribuição deles para a
formação do pensamento filosófico.
SÓCRATES
“Só sei que nada sei”
A frase acima talvez seja a mais famosa da
História da Filosofia e é atribuída ao filósofo
Sócrates, mestre de Platão. Ateniense, viveu entre
469 e 399 a.C. Sobre Sócrates, o que temos de
registros são os escritos e os relatos de seus
contemporâneos, que foram o filósofo Platão,
Xenofonte e o comediante Aristófanes. Há, ainda,
uma teoria que defende que Sócrates foi apenas um
personagem criado por Platão para ilustrar seu
ponto de vista, mas sem comprovações
determinantes para tal constatação.
As três fontes mais relevantes sobre a vida de
Sócrates são as peças de Xenofonte, e os diálogos
observados em quase cem por cento dos escritos de
Platão. Nas peças de Aristófanes, Sócrates aparece
como um personagem cômico e acredita-se que o
comediante deturpou seu pensamento, com o fim de
ridicularizá-lo perante os cidadãos de Atenas.
Sócrates é identificado pelos discursos de Platão
como um homem de inteligência concisa e rigorosa,
que abordava seus compatriotas e concidadãos na
rua, na praça, onde quer que fosse, com o objetivo
de faze-los exercitar o pensamento racional e
(“Conhece-te a ti mesmo.”). Para tal, ele
desenvolveu um método de busca da verdade
através do diálogo. O Método Socrático pode ser
dividido em duas partes: a ironia e a maiêutica.
• Ironia (expressão grega que significa
"perguntar, fingindo não saber"): Esse primeiro
momento do diálogo socrático possui um caráter
negativo, visa negar as preconcepções, pré-
julgamentos e preconceitos. Faz-se perguntas ao
interlocutor com o objetivo de mostrar que o
conhecimento que ele julgava possuir não
passava de mera opinião, uma interpretação
parcial da realidade, cheia de equívocos.
• Maiêutica (significa "parto", em grego): Nesse
segundo momento, o filósofo continua fazendo
perguntas, agora com o objetivo de que o
interlocutor chegue a uma conclusão mais próxima
da verdade, tentando definir um conceito sobre o
assunto investigado. O nome "maiêutica" teve como
inspiração a própria família de Sócrates. Sua mãe
era parteira; Sócrates dizia que os dois faziam
atividades semelhantes. Enquanto a mãe auxiliava
mulheres a darem à luz a crianças, o filósofo
auxiliava pessoas darem à luz a ideias.
O interessante desse método é que os diálogos
nem sempre levam a uma conclusão, mas ainda
assim trazem o benefício de levar cada um a
abandonar sua doxa (lê-se “docsa”, e quer dizer
opinião, senso comum, conhecimento impreciso e sem
fundamento).
Sócrates foi condenado sob a acusação de corromper
a juventude ateniense e tentar introduzir novos deuses.
Apesar de ser inocente, segundo Aristóteles, não tentou
fugir nem se livrar de sua condenação, apenas
argumentou convincentemente em sua defesa,
demonstrando as razões de sua inocência no tribunal em
praça pública de Atenas. Ainda assim, os cidadãos
votaram majoritariamente por sua condenação a pena de
morte por envenenamento, ingerindo uma substância
letal de nome “cicuta”.
Tal condenação deve ter provocado em seus
discípulos um profundo pessimismo em relação à
Democracia. Nas obras de Platão, os diálogos levam a
conclusões negativas sobre a democracia como forma de
governo. Mas essa conclusão não aparece como mera
opinião, decorrente de decepções pessoais, e sim como
consequência do raciocínio na investigação sobre o que
é Justiça, por exemplo, na maior obra de Platão
intitulada "A República". Nesse livro, ele apresenta
várias alegorias para expor suas doutrinas. A mais
conhecida é o mito da caverna, que ajuda a
compreender sua Teoria das Ideias e a evolução do
processo de conhecimento.
De acordo com essa alegoria, homens presos desde
pequenos encontram-se em uma caverna escura e
amarrados de tal maneira que permanecem sempre de
costas para a abertura da caverna. Nunca saíram e nunca
viram o que há fora dela. No entanto, devido à luz de um
fogo que entra por essa abertura, podem contemplar na
parede do fundo a projeção das sombras dos seres que
passam lá fora, em frente do fogo. Acostumados a ver
somente essas projeções, isto é, as sombras do que não
podem ver diretamente, assumem o que veem como se
fosse a verdadeira realidade. Se saíssem da caverna e
vissem as coisas do mundo iluminadas diretamente pelo
sol, não as aceitariam como verdadeiras e reais. Isso
levaria um tempo. Estando acostumados às sombras, às
ilusões, teriam de habituar os olhos à vida real: primeiro
olhariam as estrelas da noite, depois as imagens
refletidas nas águas tranquilas, até que pudessem encarar
diretamente o Sol e enxergar a fonte de toda
luminosidade.
Nessa alegoria, a caverna representa a escuridão e a
prisão dos sentidos, dos desejos e apetites sensoriais; o
indivíduo que se liberta do cárcere da prisão e resolve
seguir a luz que entra pela entrada da caverna é aquele
que passa a se interessar pela busca de um conhecimento
mais verdadeiro.
Nesse livro, Platão também apresenta uma doutrina
política segundo a qual somente os filósofos, eternos
amantes da verdade, teriam condições de libertar-se da
caverna das ilusões e atingir a intuição profunda da
realidade e sabedoria.
Imaginou uma sociedade ideal, governada por reis-
filósofos. Seriam pessoas capazes de atingir o mais alto
conhecimento das ideias, que consiste na ideia do Bem.
EXERCÍCIO
1) Observe a charge:
Na internet, pesquise sobre a teoria das ideias e por
outros quadrinhos, tirinhas e charges que fazem
referência às alegorias da caverna de Platão. A partir
dessa pesquisa, em seu caderno, elabore uma redação
dissertativo-argumentativa, de 20 a 30 linhas, com
pelo menos dois parágrafos, falando sobre a
atualidade do pensamento de Platão e Sócrates,
argumentando com evidências e dados da atualidade
sobre as dificuldades de acessar conhecimento
verdadeiro e formar um conhecimento mais elevado e
opiniões equilibradas sobre a realidade. Em seu texto,
não deixe de falar sobre a questão das Fake News
(notícias falsas).
ORIENTAÇÃO
Caro(a) aluno(a),
Nesta atividade, você entregará por escrito a redação
em folha de papel com pauta ou caderno.
Não esqueça de ficar atento à
• letra legível,
• evitar erros gramaticais e
• respeitar as regras básicas de uma redação
dissertativo-argumentativa.
Escreva nas folhas o cabeçalho contendo:
E.E.E.F.M. DO OUTEIRO
NOME COMPLETO:
DISCIPLINA: TURMA: TURNO: DATA:
ATENÇÃO:
➢ Entregue no prazo determinado para que sua atividade
seja corrigida.
➢ Essa atividade conta como frequência e avaliação do
3º bimestre.
➢ Averá mais material didático em forma de vídeos e
links para a turma na plataforma Google Classroom
(acesse com seu e-mail institucional) e no grupo de
WhatsApp da turma.