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A filosofia é crítica: geralmente, as nossas opiniões são condicionadas pelos nossos preconceitos. Porém,
filosofia, exige abertura de espírito e estar disposto para pensar livremente. Em filosofia, tens a liberdade
de defender as tuas ideias. Tanto podes defender que Deus existe como que não existe; tanto podes
defender que o aborto deve ser permitido como que não o deve ser.
Método da Filosofia:
O método da argumentação racional; o exercício reflexivo e a investigação conceptual;
As questões da filosofia : Questões que exigem uma resposta racional. Questões que só podem ser
resolvidas, através do raciocínio e do pensamento. Questões que só podem ser resolvidas, através da
argumentação e da discussão de ideias.
Leia atentamente o texto seguinte:
«A filosofia é uma atividade [não empírica]: é uma forma de pensar acerca de certas questões [como por
exemplo, será que Deus existe? O que é a realidade? Será a pena de morte moralmente aceitável?]. A sua
caraterística mais marcante é o uso de argumentos. A atividade dos filósofos é, tipicamente, argumentativa:
ou constroem argumentos, ou criticam os argumentos de outras pessoas ou fazem as duas coisas. Os
filósofos analisam e clarificam conceitos».
N. WARBURTON, Elementos Básicos de Filosofia, pp. 19-20.
1 – Do excerto anterior, retire os elementos essenciais que caraterizam a filosofia. Pode acrescentar
outros que tenha aprendido nas aulas ou nas suas leituras.
R.: A filosofia carateriza-se por ser uma atividade não empírica. Isso significa que as respostas para os
problemas da filosofia não se encontram na experiência empírica. Como a resposta a esses problemas não
se encontra na experiência, a filosofia procura obter respostas para os seus problemas a partir do debate
argumentativo e crítico. Esse debate, para ser produtivo, pressupõe a análise e clarificação dos conceitos
gerais usados na discussão. É com base nesta metodologia de investigação que a filosofia progride,
procurando encontrar respostas mais capazes para os problemas.
2 – Com base no que já aprendeu em relação ao método da filosofia, será que fazer filosofia é limitar-
se a repetir aquilo que os filósofos afirmaram? Justifique.
R: Fazer filosofia não é limitar-se a repetir aquilo que os filósofos afirmaram. Se a tarefa da filosofia fosse
apenas a de repetir fórmulas feitas, então a filosofia perderia todo o seu valor e não poderia progredir. Como
refere o autor, a tarefa do filósofo é essencialmente argumentativa: assenta na construção de novos
argumentos (construção essa que pode ou não derivar de uma crítica a argumentos apresentados
anteriormente).
3. A filosofia reflete sobre as nossas ideias ou crenças básicas, fundamentais. Considere duas
crenças dos seres humanos: a) somos livres ou escolhemos realmente o que fazemos e b) existe
responsabilidade moral. Destas duas crenças qual é a mais básica ou fundamental? Justifique.
R.: A crença mais básica ou fundamental é a crença de que somos livres. Com efeito, considera – se que só
podemos ser responsabilizados pelas ações que praticamos livremente, que se devem ao facto de as termos
querido realizar. A crença na existência de livre – arbítrio é básica porque funciona como justificação para a
crença de que somos responsabilizáveis pelas nossas ações, de que devemos responder pelo que fazemos.
4. «A filosofia da religião é a disciplina filosófica que afirma que Deus existe». Está de acordo com
esta caraterização da filosofia da religião? Porquê?
R.: Não. A filosofia da religião é a disciplina filosófica que se interroga sobre a possibilidade de justificação
racional das nossas crenças religiosas. Entre estas destaca – se a crença na existência de Deus. Sobre esta
questão em particular, os filósofos podem apresentar argumentos a favor ou contra a existência de Deus, pelo
que a caraterização acima enunciada esquece ou menospreza a dimensão crítica e problematizante da
filosofia. A existência de Deus mais do que uma tese é um problema. As questões mais centrais da filosofia
da religião são «Será que Deus existe? Podemos provar a sua existência? Serão essas provas aceitáveis?».
Como se vê, mais do que objeto de afirmação, a existência de Deus é objeto de problematização.
Os problemas filosóficos levam o pensamento a aproximar-se dos seus limites, resistindo a qualquer tentativa
de solução.