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Na última estrofe do poema “Horas Mortas”, o poeta, através da suas sensações e

emoções, concede-nos uma visão total da cidade - o que nos é sugerido pelo verso “e
enorme, nesta massa irregular”. Para além disso, é também através dessas sensações
individuais que nos revela sentimentos de aprisionamento e opressão, o que se poderá
constatar no 2.º verso da estrofe em análise “de prédios sepulcrais, com dimensões de
montes”. A partir daqui, desperta-se no “eu” um desejo de fuga ou de evasão para outro
espaço “A dor humana busca os amplos horizontes”. Todavia, a imagem que nos
transmite no último verso é vertiginosa e escatológica: a cidade e toda a sua dor
culminam num “sinistro mar”.

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