O poema descreve a jornada de um cavaleiro em busca da Felicidade, representada pelo "palácio encantado da Ventura". Após muitas provações, ele finalmente avista o palácio, mas ao bater em suas portas de ouro só encontra silêncio e escuridão, indicando que sua busca foi em vão.
O poema descreve a jornada de um cavaleiro em busca da Felicidade, representada pelo "palácio encantado da Ventura". Após muitas provações, ele finalmente avista o palácio, mas ao bater em suas portas de ouro só encontra silêncio e escuridão, indicando que sua busca foi em vão.
O poema descreve a jornada de um cavaleiro em busca da Felicidade, representada pelo "palácio encantado da Ventura". Após muitas provações, ele finalmente avista o palácio, mas ao bater em suas portas de ouro só encontra silêncio e escuridão, indicando que sua busca foi em vão.
O poema começa com a forma verbal “Sonho” que indica:
que o poema manifesta o desejo de algo inatingível ou distante; que é pessoal (uso da primeira pessoa) que refere uma realidade constante (presente do indicativo) O “cavaleiro andante” é uma figura simbólica da cultura europeia que denomina alguém em demanda, em busca de algo que o torne ainda mais perfeito. O segundo verso contém uma anáfora (repetição do “por” no início de grupos preposicionais consecutivos); uma enumeração (“desertos”, “sóis” e “noites”) uma antítese (“sóis” e “noites”) pretendendo, com esses recursos, por um lado criar um efeito onomatopaico do som do cavalgar (por, por, por) e por outro de que percorreu muito caminho difícil durante muito tempo. Ao considerar-se “paladino do amor”, afirma-se que é com os valores deste que ele luta. O adjetivo “anelante”, que significativamente rima com “andante”, mostra o caráter permanente e persistente desta busca. No último verso da primeira quadra, expõe o objetivo desta busca: a Felicidade, enquanto ideal. Aqui simbolizada na metáfora “palácio encantado da Ventura”. Se a primeira quadra expressa a partida e a esperança em alcançar o seu objetivo, os dois primeiros versos da segunda quadra expressam o desânimo: “desmaio” “exausto e vacilante”; contudo nos seguintes temos a renovação de esperança já que vê finalmente o seu objetivo. A caraterização do exterior do palácio -“pompa e aérea formosura” e “portas d´ouro” – sublinham o seu caráter idealizado e maravilhoso, de “encantado”. O sujeito poético bate à porta com violência, com ansiedade, pedindo através de uma apóstrofe que as portas se abram. Esse verso (o primeiro do último terceto) contém várias aliterações (repetições do som “p”, “t”, “g”…) para além de todas as palavras serem monossílabos ou dissílabos o que ajuda a criar o barulho de bater à porta e o desespero de quem o faz. Por fim, as portas abrem-se (a conjunção coordenativa adversativa “mas” indica logo que não vai encontrar o que espera) e dentro há apenas “silêncio e escuridão”. Um vazio total acentuado pelo uso do advérbio “só” e do pronome indefinido “nada”. Dado que silêncio e escuridão podem ser consideradas caraterísticas definidoras da morte que só esta trará a felicidade que ele procura.