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"O Quinto Império"
• O poema "O Quinto Império" está inserido
na 3ª parte da obra Mensagem, ou seja, "O
Encoberto" mais especificamente dentro
Localização da subparte "Os Símbolos". Este poema
surge como conclusão de uma ideia
do poema passada por Pessoa ao longo da sua obra,
na obra por outras palavras, "O Quinto Império" irá
substituir todos os impérios passados
Mensagem acabando por superá-los demonstrando o
seu caráter universal e espiritual, daí se
encontrar presente no final da obra sendo
este poema a conclusão da ideia de
Mensagem.
Análise das estrofes
• 1ª estrofe:
O poeta expressa um sentimento de desalento em
relação àqueles que vivem confortavelmente em
casa, julgando-se felizes.
Está presente uma crítica à falta de ambição e
sonhos, simbolizados pelo "sonho no erguer de asa",
que poderá erguer a chama interior ("mais rubra a
brasa") e motivar o homem a deixar a segurança do
lar em busca de algo mais.
Análise das estrofes
• 2ª estrofe:
O poeta aborda a ironia da felicidade daqueles que
apenas existem, sem buscar significado ou
profundidade na vida.
A "lição da raiz" sugere uma existência superficial,
limitada a aspetos materiais ou básicos.
A "sepultura" indica uma vida sem crescimento
espiritual ou realizações mais elevadas, esperando
apenas pela morte que é uma condição de vida.
Análise das estrofes
• 3ª estrofe:
Há uma reflexão sobre a passagem do tempo e a
ideia de que a insatisfação ou o descontentamento
são uma característica intrínseca à humanidade.
A "visão que a alma tem" sugere uma compreensão
mais profunda e espiritual que pode superar as
forças cegas da existência.
Análise das estrofes
• 4ª estrofe:
O poeta faz referência aos quatro períodos da
história e sugere que, após esses ciclos, a terra será
palco de um novo amanhecer .
A "erma noite" representa um período de escuridão
ou desafio, mas há a esperança de um renascimento
ou de uma nova era de luz ("dia claro").
Análise das estrofes
• 5ª estrofe:
O poeta menciona civilizações passadas (Grécia,
Roma, Cristandade, Europa) e sugere que todas
estão destinadas a desaparecer, como é própria de
todas as eras.
A referência a D. Sebastião, uma figura histórica e
mítica portuguesa, adiciona um elemento de
mistério e simboliza a busca incessante por verdades
perdidas ou inalcançáveis, sugerindo a ideia de um
futuro império, utilizando a sua figura como messias
que vai instaurá-lo. "A verdade" representa aqui
esse novo Império espiritual.
Resposta às perguntas de interpretação
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1.Infira a intenção das afirmações "Triste de quem vive em casa, / Contente com o
seu lar" e " Triste de quem é feliz", à luz do contexto dessas duas estrofes.
A intenção das afirmações do sujeito poético é criticar a felicidade alcançada sem
esforço e, em particular, aqueles que se contentam com pouco, sem que os sonhos
os movam. Pretende mostrar, ainda, que o mais importante é o sonho e mesmo que
estejamos num sítio confortável, como em casa, a vida tornar-se triste.
Resposta às perguntas de interpretação