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Vida e obra de Padre Ant�nio Vieira


De fam�lia modesta, Ant�nio Vieira nasceu em Lisboa, em 1608. Partiu para o Brasil
com seis anos de idade. Estudou no col�gio dos Jesu�tas, em Salvador da Ba�a e
missionou entre os amer�ndios. Em 1641, sendo j� um pregador prestigiado, regressou
a Portugal e ao servi�o do rei D. Jo�o IV envolveu-se diretamente na atividade
pol�tica. �Em 1652, Vieira partiu de novo para o Brasil e a 13 de junho de 1654, o
Padre Ant�nio Vieira pregou o Serm�o de Santo Ant�nio (aos peixes), em S. Lu�s do
Maranh�o, partindo de seguida, para Portugal, em busca de �rem�dio para a salva��o
dos �ndios�.�
Em 1665, Vieira foi preso pela Inquisi��o, sob a acusa��o de heresia, por defender
ideias pouco ortodoxas a chegada de um Quinto Imp�rio imp�rio onde se abra�am
judeus, crist�os, mu�ulmanos numa esp�cie de para�so, imp�rio a construir em vida
entre os homens e n�o a doutrinar como pr�mio a alcan�ar depois da morte
(atualidade que nos parece hoje t�o inquestion�vel). Apesar de todas as tentativas
de defesa, foi condenado � reclus�o numa casa jesu�tica, em Coimbra e foi proibido
de pregar.
Pese embora toda a intelig�ncia da defesa de Vieira, exausto, 1667, ele acabou por
aceitar as censuras e acusa��es que lhe tinham sido feitas, ouviu a sua senten�a
primeiro na Mesa do Santo Of�cio de Coimbra e depois, no Col�gio da Companhia de
Jesus, em Coimbra, perante toda a comunidade jesu�tica. Foi proibido para sempre
de pregar e condenado � pris�o no Col�gio da Companhia. No dia 24 de Dezembro de
1667, foi libertado dos c�rceres da Inquisi��o com a determina��o de que ficasse
recluso no Col�gio da Companhia de Jesus. A sua pris�o n�o foi excessivamente
longa, pois em 1668 recebeu um perd�o que lhe levantou todas as penas. Nesse mesmo
ano, partiu para Roma, onde triunfou como diplomata e pregador, nomeadamente junto
da rainha Cristina da Su�cia, que vivia ent�o em Roma.�Morreu no Brasil em 1697,
com oitenta e nove anos de idade.
O Serm�o de Santo Ant�nio, constitu�do pelas palavras cr�ticas de Vieira �
sociedade do seu tempo e t�o afins �s viv�ncias dos nossos dias, fez de tal modo
furor e demonstrou tamanha for�a que dois processos impar�veis da� surgiram: a
determina��o do sil�ncio definitivo do Padre em Portugal pela Inquisi��o e a outra
a transversalidade da sua plavras que se manter� para l� de qualquer espa�o ou
cultura e a intemporalidade da sua palavra, que se arrastou do s�culo XVII, at�
hoje e certamente at� ao futuro.


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