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O filósofo Sócrates é quem tornou mais evidente essa ligação entre o deus
Apolo e a filosofia nascente. Foi Querofonte, seu amigo, que em uma visita ao
oráculo de Delfos, perguntou à pitonisa (sacerdo�sa que recebe a mensagem
dos deuses e transmite aos mortais) se havia no mundo alguém mais sábio que
Sócrates. A resposta do oráculo foi nega�va, pois não havia ninguém mais
sábio que Sócrates. Ao receber essa mensagem de Querofonte quando regres-
sou a Atenas, Sócrates passou sua vida tentando contestar o oráculo.
O filósofo não compreendeu como ele poderia ser o mais sábio. Julgava não
ser detentor de nenhum conhecimento. O filósofo considerava-se apenas uma
pessoa comum com o di�cil propósito de buscar o conhecimento verdadeiro.
Essa contestação teria levado Sócrates a proferir a famosa frase: “Só sei que
nada sei.”
A par�r desses encontros, Sócrates percebeu que esses sábios não passavam
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A única vida que vale a pena viver é uma vida virtuosa. Só posso viver uma vida
virtuosa se souber o que é “bom” e o “mau”. Assim, moralidade e conheci-
mento estão ligados. Uma vida inques�onada é uma vida na ignorância. Logo,
a vida irrefle�da não vale a pena ser vivida.
parece forçada. Sócrates não era an�rreligioso e no seu julgamento alegou ser
fiel nas suas prá�cas religiosas. Porém, aparentemente �nha opiniões que não
eram ortodoxas. Talvez o mo�vo do julgamento foi por “empurrá-las para as
ruas de Atenas” (daí o seu apelido: “a mosca de Atenas”).
Sócrates reagiu com serenidade absoluta. Durante o julgamento, lhe foi dada
a oportunidade de renunciar às suas ideias, mas ele preferiu manter-se fiel à
busca da verdade. Ele disse: “Enquanto eu puder respirar e exercer minhas
faculdades físicas e mentais, jamais deixarei de praticar a filosofia, de elucidar
a verdade e de exortar todos que cruzarem meu caminho a buscá-la [...]. Por-
tanto, senhores [..] seja eu absolvido ou não, saibam que não alterarei minha
conduta, mesmo que tenha de morrer cem vezes.”
Uma opinião medíocre emi�da com autoridade, embora sem provas de como
foi formada, pode provisoriamente carregar todo o peso de uma opinião abali-
zada. Os jurados que ocupavam os bancos do Tribunal não eram especialistas.
Havia velhos e feridos de guerra, que buscavam uma renda extra (três óbolos
por dia: quan�a menor que a recebida por um trabalhador braçal. Os únicos
requisitos eram cidadania, sanidade mental (= andar em linha reta e saber
dizer o próprio nome) e ausência de dívidas. Os membros do júri cochilavam
durante os julgamentos e não �nham qualquer experiência em casos seme-
lhantes ou leis. O júri encarregado de julgar Sócrates era movido por violentos
preconceitos: eram influenciados pela caricatura de Aristófanes e achavam
que o filósofo exercera alguma influência nos acontecimentos desastrosos
(Guerra do Peloponeso) que haviam assolado a cidade.
Sócrates percebeu que não �nha chance. Ele poderia ter renunciado à sua
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filosofia e salvado sua vida (Galileu fez isso). O final do discurso do filósofo foi
emocionante: “Se os jurados me condenarem à morte, não encontrarão com
facilidade alguém capaz de me substituir. O fato é que, se é que posso me
expressar de uma maneira um tanto cômica, fui literalmente ligado por Deus à
nossa cidade, como se ela fosse uma enorme égua puro-sangue que, devido ao
seu tamanho, apresentasse uma propensão à preguiça e precisasse do estímu-
lo de um mosquito [...] Se os senhores seguirem meu conselho, poupar-me-ão
a vida. No entanto, suspeito de que dentro em breve irão despertar do torpor
em que se encontram e, aborrecidos, seguirão o conselho de Ânito e desfecha-
rão sobre mim o golpe final; em seguida, voltarão a dormir.”
Quando o juiz convocou uma segunda votação para o veredito final, 360 mem-
bros do júri votaram a favor da pena de morte. Após a sua morte, os ânimos se
inverteram e eles perceberam o que fizeram: mataram o grande filósofo Sócra-
tes. Claro que a impopularidade não é sinônimo de verdade. Mas algo fica:
nem sempre a opinião pública está certa. Precisamos seguir sim os ditames da
razão.
Pensar em “modo de vida” é pensar “numa vida que vale a pena ser vivida”.
Que vida vale a pena para você? Não existe um ideal único. O que há é um
palco de modos de vida. Para muitos, pode ser uma vida de engajamento (fa-
mília, amigos, ideais); para outros, uma vida egoísta, voltada apenas para a
carreira; para outros ainda, ter uma vida dentro de uma zona de conforto (aco-
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modado) etc.
A vida vale a pena quando você disser: “eu não trocaria de lugar com nin-
guém”. Mas se trocaria, você deve pensar: “o que eu devo fazer para poder
dizer: ‘não vou trocar de lugar com ninguém’?”
É di�cil medir a vida que vale a pena (a felicidade), pois ela depende de um
conjunto de indicadores. Há três grupos de pessoas: há um pequeno grupo de
pessoas que tem muita sorte: tudo dá certo na vida delas; há um outro grupo
que tem muito azar: tudo dá errado; mas a maioria das pessoas não está
nesses extremos: as pesquisas em psicologia posi�va e neurociência indicam
que para a maioria das pessoas há dois picos de felicidade: dos 12 aos 18 anos
e dos 50 aos 70 anos; e que entre os 20 aos 40 anos, eles tem um pico de an-
siedade. Para essas pessoas, grande parte de sua felicidade (bem-estar) é uma
conquista, uma aprendizagem.
nada pela frase “se eu fosse eu”, que a procura do papel se torna secundária,
e começo a pensar. Diria melhor, sen�r. (Clarice Lispector, A descoberta do
mundo, 1984). Quem é você? Pense nisso sem pensar no seu nome, estudo,
hobbie, trabalho, nacionalidade, etnia e gênero!
Os estoicos acreditavam que a razão é o que nos caracteriza como seres huma-
nos. Assim, devemos nos guiar racionalmente, buscando nos tornar sábios,
livres e felizes. Aqui está o problema: nem sempre isso ocorre. Somos levados
por emoções. E essas emoções são chamadas pelos estoicos de paixão.
Páthos, do grego, significa: estado perturbado da alma, emoção violenta.
Tomados pelo páthos, não pensamos direito. Os estoicos defendiam a apa�a
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(a + páthos): não ser escravo de emoções violentas. Não significa: não sen�r
nada ou não ter emoções. Somos humanos. Temos emoções. Significa: ter as
emoções e a razão em harmonia, de modo que você não perca a cabeça com
os acontecimentos do seu dia a dia. Ser estoico é viver em harmonia consigo,
tendo emoções, pensamentos e ações alinhadas.
Marco Aurélio, em Meditações (7:54) diz: “em todos os lugares, a cada mo-
mento, você tem a opção: contentar-se com o que te acontece, tratar os
outros com jus�ça e lidar com tuas ideias para que nada de irracional entre de
forma sorrateira.” Uma das grandes lições do estoicismo é nos oferecer ferra-
mentas e treinamento para trabalharmos a nossa mente. Tendo uma vida
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Epicteto achava que a prá�ca mais importante para um novo estoico era a Dis-
ciplina do Desejo. Aconselhava seus alunos a se concentrarem nesta área,
porque o avanço futuro do estoicismo requeria a a�tude saudável que emergi-
ria da prá�ca da Disciplina do Desejo. O desejo é a expansão de sua mente
para algo que você quer; trata-se do oposto da aversão (ou medo), que é uma
contração de algo. Epicteto explicou a questão do controle do desejo e da
aversão com uma verdade simples: se você nunca conseguir o que quer, nunca
será feliz e, caso se depare com aquilo que está tentando evitar, perderá qual-
quer felicidade que �ver. Para desenvolver uma felicidade consistente, você
deve treinar a si mesmo para desejar apenas o que sempre pode ter e temer
apenas o que sempre pode evitar. A a�tude estoica envolve a compreensão do
que podemos e do que não podemos controlar. Para administrar nossos dese-
jos e nossas aversões, devemos nos concentrar no presente. As coisas que
controlamos estão aqui, neste momento. Como disse Sêneca: “Duas coisas
devem ser eliminadas: o medo do futuro e a memória de sofrimentos passa-
dos. O passado já não me diz respeito, enquanto o futuro ainda não me diz res-
peito”. Muitos de nossos desejos e medos existem lá no futuro, e ainda assim
encontram uma maneira de nos incomodar por meio dos nossos pensamentos
presentes. Logo você vai aprender a “cercar” o presente para que possa con-
centrar sua energia no aqui e agora. Disciplinar o desejo também significa
aprender a aceitar o momento presente. Se queremos agir de forma decidida
em um determinado momento, temos de reagir ao que se encontra diante de
nós. Desejar que as coisas fossem diferentes do que são é um desperdício de
energia. A expressão Amor Fa�, amor ao des�no, vem de um filósofo mais mo-
derno, Nietzsche. A ideia, no entanto, permeia a filosofia estoica. Se somos
capazes de aceitar o mundo como ele é, não desejaremos coisas que nunca
acontecerão. Isso não significa desencorajar a pessoa a lutar pelo melhor;
afinal, como teríamos a virtude coragem se assim fosse? Mas se não consegui-
mos chegar a um acordo sobre o que está acontecendo diante de nós, nossa
felicidade será sempre descon�nuada. Colocar sua vida pessoal em um con-
texto mais amplo, até mesmo universal, pode ajudar a conter o pensamento
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nega�vo, pondo seus desafios em perspec�va. Eis algumas prá�cas que vêm
da Disciplina do Desejo:
i) isole o presente: “Então lembre-se de que nem o passado nem o futuro têm
poder sobre você. Somente o presente tem – e mesmo isso pode ser minimi-
zado. Apenas marque seus limites.” (Marco Aurélio, em Meditações) “Marque
seus limites” faz referência a uma prá�ca chamada isolar o presente. Ela pro-
porciona um meio de aliviar o estresse, o pensamento catastrófico e outras an-
siedades. Para fazer isso, basta que você se permita habitar no presente, dis-
tanciando-se do futuro e do passado.
ii) oportunidade infinita: quando seus desejos e suas aversões são coisas ou
situações, você vai pensar em momentos que não proporcionam o que você
quer ou momentos que o confrontam com coisas que você evitaria como
“ruins”. Se parar de se concentrar em desfechos – mas desejar ser o que você
tem de melhor em cada momento – vai compreender que todas as situações
oferecem oportunidades para pra�car a virtude. Quando enfrentar um desa-
fio, pergunte a si mesmo: como posso me beneficiar disso? A que virtude
posso recorrer para dar conta deste momento?
iii) faça uma pausa e compare: todos temos prazeres que são pouco saudáveis
para nós. Pode ser di�cil resis�r ao que desejamos num determinado momen-
to. Às vezes podemos simplesmente evitar a situação em questão, para não
ficarmos tentados, mas os estoicos sempre nos lembram de que não podemos
entregar nossa felicidade ao acaso. Vamos enfrentar situações em que precisa-
remos tomar uma decisão. É aí que fazemos uma pausa e comparamos. O pri-
meiro passo é encontrar um modo de retardar nossa escolha. Não podemos
nos afastar por um momento? Não podemos dar uma parada para respirar?
Dê a si mesmo tempo para pensar. Compare, em seguida, duas possibilidades:
optar pelo prazer versus optar pela excelência (virtude). Lembre-se de que o
prazer inclui o momento durante o qual você o desfruta mas também seus
sen�mentos sobre si mesmo após o fato. Essa prá�ca irá ajudá-lo a dominar os
impulsos iniciais e a tomar uma decisão mais fundamentada.
recue e veja seu bairro. Recue mais e veja sua cidade, seu país, o mundo, talvez
até o Universo. Enquanto faz isso, exponha, em cada estágio, seus desafios
com relação ao que vê. Repare que há outros indivíduos que também estão
enfrentando desafios. Constate que o mundo não está tão concentrado em
você a ponto de fazer que seus erros sejam vistos por todos. Deixe que, por
ora, seus problemas desapareçam na distância. Encontre paz no mundo e em
sua pequena parte dele.
Temos de tomar decisões e assumir alguns riscos nesta vida, mas agir não
garante que venhamos a obter o que queremos. Como podemos, então, nos
sen�r em harmonia se o fracasso é uma possibilidade?
ii) duas missões: essa a�tude estoica permite que você desfrute a vida, com
seus desafios e tudo o mais, e con�nue feliz. Por ex.: pense no ato de guiar um
carro. Pode haver trânsito pesado, você pode levar uma fechada ou errar
numa conversão. Lembre-se de que você quer dirigir, mas também quer con�-
nuar vivendo a vida contente. Sempre que es�ver pronto para fazer alguma
coisa, pense no que vai enfrentar e que obstáculos novos poderão surgir. Adi-
cione, então, uma frase a seu obje�vo maior: “Também quero estar contente”,
“Quero estar em harmonia com a vida” ou “Quero proteger o que tenho de
melhor”.
iii) duas alças: “Tudo tem duas alças: uma pela qual pode ser carregado e outra
pela qual não pode. Se seu irmão age de maneira injusta, não tente controlar
a situação usando a alça da injus�ça, pois a situação não poderá ser conduzida
por ela; procure a outra alça, sabendo que ele é seu irmão, que é parte da sua
família e que você conduzirá tudo de modo sa�sfatório.” (Epicteto, Manual,
43). A metáfora das duas alças irá lembrá-lo de que o modo de abordagem de
um desafio é uma escolha. No exemplo de Epicteto, você pode retribuir injus-
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�ça com injus�ça ou pode optar por colocar em prá�ca o que tem de melhor.
Isso é sempre uma escolha sua. Em qualquer situação, em par�cular nas situa-
ções desafiadoras, lembre-se de que há duas maneiras de interagir e escolha a
melhor entre elas.
“As pessoas não se sentem incomodadas com as coisas, mas, sim, com a opi-
nião que têm sobre elas.” (Epicteto, Manual, 5). A Disciplina do Consen�mento
treina você para prestar atenção ao seu processo de pensamento e cul�var
uma mente saudável. Consen�mento, no estoicismo, significa dizer sim às
informações que recebemos. O estoicismo pede que você pare e pense sobre
suas respostas à vida, em vez de permi�r que o ins�nto e o hábito as contro-
lem. Há uma história sobre um professor estoico (menção a Zenão de Cí�o)
que estava viajando de barco quando uma enorme tempestade ameaçou virar
a embarcação e afogar os tripulantes. Um dos passageiros notou que o estoico
ficou pálido, assim como todo mundo, mas, ao contrário dos demais, não mos-
trava medo. Depois que a tempestade acabou, o passageiro ques�onou o
estoico. “Parecia que você estava assustado, vi seu rosto ficar pálido. Isso não
vai contra o que ensina?” O estoico explicou que nossas reações iniciais não
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Para o esclarecimento, o homem teria que ser corajoso e fazer uso de seu pró-
prio entendimento. Eis a famosa frase que Kant emprega: Sapere Aude (“atre-
va-se a saber”, “ouse saber”). Ou seja, a razão sendo um exercício da autono-
mia, e sendo esta autonomia livre. A�ngir a “maioridade” seria pra�car o uso
livre da razão. Mesmo mostrando os bene�cios de se pra�car o uso livre da
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“É tão cômodo ser menor. Se tenho um livro que faz as vezes de meu entendi-
mento, um diretor espiritual que por mim tem consciência, um método que
por mim decide a respeito de minha dieta etc., então não preciso esforçar-me
eu mesmo. Não tenho necessidade de pensar, quando posso simplesmente
pagar; outros se encarregarão em meu lugar dos negócios desagradáveis.”
O “não” uso da razão em busca do Aufklärung abriria caminho para que outro
tomasse as rédeas da vida do indivíduo, manipulando-o (embora com seu pró-
prio consen�mento), mas impedindo-o (por preguiça ou inação) de pensar e
se conduzir por si mesmo. Neste sen�do, sapere aude seria o conselho de Kant
para este indivíduo. Sair da inação (menoridade) e conduzir a sua vida em
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“Entendo, contudo, sob o nome de uso público de sua própria razão aquele
que qualquer homem, enquanto sábio, faz dela diante do grande público do
mundo letrado. Denomino uso privado aquele que o sábio pode fazer de sua
razão em um certo cargo público ou função a ele confiado.”
Kant constrói o conceito de direito individual por meio do uso público da razão
pela possibilidade do uso da razão livre (direito de livre pensar). Embora o
ques�onamento com obediência não conduza ao esclarecimento, esta obedi-
ência faz-se necessária para o convívio em sociedade, em especial, quando
eivada de uma obrigatoriedade hierárquica.
“Seria muito prejudicial se um oficial, a quem seu superior deu uma ordem,
quisesse pôr-se a raciocinar em voz alta no serviço a respeito da conveniência
ou da u�lidade dessa ordem. Deve obedecer. Mas razoavelmente, não se lhe
pode impedir, enquanto homem versado no assunto, fazer observações sobre
os erros do serviço militar, e expor essas observações ao seu público para que
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Sendo assim, para Kant é salutar que se obedeça, porém, é necessário que
também se faça o uso público da razão, pois somente desta forma, o esclareci-
mento é alcançado, ou seja, um homem pode pessoalmente e por algum
tempo apenas adiar este esclarecimento, mas “renunciar a ele, quer para si
mesmo quer ainda mais para sua descendência, significa ferir e calcar aos pés
os sagrados direitos da humanidade”.
A época relatada por Kant é um período apenas de passagem, não sendo ainda
“esclarecida”, mas em processo de “esclarecimento”. O texto de Kant é essa
explicação do esclarecimento. Com ele e nele, temos a ansiedade de buscar,
inspirado por Hume, “acordar do sonho dogmá�co” em que vivemos. Só assim
é que o homem se redimirá de sua culpa e sairá de sua tão deplorável menori-
dade. Kant constrói o conceito de direito individual por meio do uso público da
razão pela possibilidade do uso da razão livre (direito de livre pensar).
Para concluir, cito Harari e a importância dos 4 Cs. Diz ele: “Muitos especialis-
tas em pedagogia alegam que as escolas deveriam passar a ensinar “os quatro
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