O documento discute a anatomia e fisiologia do sistema olfativo dos cães. Os cães possuem uma cavidade nasal maior com mais receptores olfatórios, permitindo que eles detectem odores em concentrações muito menores do que os humanos. Seu cérebro também é mais voltado para o processamento de odores. Estudos mostram que os cães podem identificar doenças como câncer através do olfato.
Descrição original:
Descrição anatômica e fisiológica a cerca do sentido olfatório em cães.
O documento discute a anatomia e fisiologia do sistema olfativo dos cães. Os cães possuem uma cavidade nasal maior com mais receptores olfatórios, permitindo que eles detectem odores em concentrações muito menores do que os humanos. Seu cérebro também é mais voltado para o processamento de odores. Estudos mostram que os cães podem identificar doenças como câncer através do olfato.
O documento discute a anatomia e fisiologia do sistema olfativo dos cães. Os cães possuem uma cavidade nasal maior com mais receptores olfatórios, permitindo que eles detectem odores em concentrações muito menores do que os humanos. Seu cérebro também é mais voltado para o processamento de odores. Estudos mostram que os cães podem identificar doenças como câncer através do olfato.
O sistema olfatório dos vertebrados capta moléculas dispersas no ar, podendo
até perceber sinais químicos distantes do indivíduo, de forma particular, os cães possuem uma especial aptidão para detecção de odores, sendo um dos animais com maior capacidade olfativa, devido a sua cavidade nasal particularmente desenvolvida, essa aptidão é diferente de sua respiração normal, que se interrompe na presença de um odor, direcionando-o para uma cavidade óssea específica no compartimento nasal esse processo armazena as moléculas de odor nessa cavidade, e assim facilita um reconhecimento mais específico do cheiro, cerca de 1/3 do cérebro do cão é voltado ao olfato, por isso são capazes de detectar odores em concentrações cem milhões de vezes menores que os humanos. Os cães além de apresentarem uma zona olfatória no cérebro mais desenvolvida, possuem uma superfície epitelial na cavidade nasal 40 vezes maior e contêm mais células olfatórias. Em algumas raças de cães, devido ao tamanho da cavidade nasal e ao número de dobras do epitélio olfativo na concha etmoidal a superfície epitelial olfativa chega a atingir até 150 cm². A utilização de cães na identificação de odores corporais foi pela primeira vez descrita em 1887, quando foi relatada a capacidade dos cães em identificar pessoas através de seus cheiros específicos, mesmo na presença de outros odores externos, em diferentes condições ambientais e distantes de seus alvos, naturalmente os cães aperfeiçoaram esse sentido para conferir uma vantagem adaptativa em relação à caça principalmente, e nos últimos anos, junto ao homem esse sentido vem sendo aprimorado e utilizado em diversas áreas. Ainda se faz necessários estudos nessa área a fim de avançar e explorar os mais diversos campos, principalmente no que se diz respeito à área da saúde, onde recentes pesquisas apontam que o olfato desses animais torna possível identificar doenças em humanos e outros animais, como por exemplo, o câncer, auxiliando na descoberta da doença mais cedo e assim facilitando as chances de cura. Iremos abordar os pontos fisiológicos e anatômicos do sistema olfatório dos cães para um melhor entendimento de como é possível um auxílio tão relevante no cotidiano, que se melhor estudado, poderá auxiliar ainda mais. - Desenvolvimento
Anatomia e Fisiologia do sentido olfatório dos cães
O sistema olfativo possui uma importante conexão e ajuda na regulação de
várias funções que possibilitam uma melhor adaptação ao meio e um bom funcionamento do organismo, fazendo com que este corresponda às exigências para uma melhor condição de vida, como o controle homeostático, respostas emocionais, reprodução e comportamento social. O processamento do odor realiza uma conexão com o sistema límbico que consiste em ser uma unidade cerebral localizada na superfície medial dos mamíferos, associado à experiência e expressão das emoções e comportamento social. Esse processamento também está ligado ao hipocampo, que se relaciona com o armazenamento da memória, isso auxilia no armazenamento de alguns odores específicos. O sistema olfativo em mamíferos é composto por narinas pares (externas), coanas (narinas internas), cavidades nasais, células receptoras, nervos e bulbo olfativo. Os ossos da face, mais conhecidos como ossos turbinados, encontram-se nas laterais da cavidade nasal, onde cada osso forma uma estrutura diferente, as chamadas conchas. A concha dorsal é formada pelo osso nasoturbinado, a concha ventral, pelo osso maxiloturbinados e a concha etmoidal, pelo osso etmoidal. Todas essas estruturas possibilita uma maior intensidade para os odores e também uma memorização dos mesmos, como já citado anteriormente. Recentemente os estudos, apesar de serem poucos, a cerca dessa área possibilitou muitos avanços em diversas áreas que colaboram na sociedade, esse fato não exclui a interferência negativa do homem quanto às modificações genéticas que ocorre em algumas raças, que diminuem drasticamente a qualidade da vida dos cães e o funcionamento do seu organismo, alterando toda sua fisiologia normal.
Fisiologicamente de forma normal, um neurônio sensorial olfatório não
estimulado tem uma diferença de potencial através de sua membrana. Nesse potencial de membrana, a maior parte desses neurônios gera potenciais de ação (impulsos nervosos). Quando o odor ativo parte para receptor olfatório e causa a entrada de íons sódio no meio intracelular, o potencial de membrana se torna menos negativo, isso é, sofre despolarização, aumentando a frequência de produção de potenciais de ação. Além disso, quanto maior o número de moléculas odorantes ligadas às proteínas receptoras na membrana, maior será a despolarização, e maior a frequência de potenciais de ação de um dado neurônio receptor. Todo esse processo nos cães é muito maior do que acontece normalmente nos humanos, e isso já sendo de conhecimento, vêm sendo utilizado: Médicos têm tentado com sucesso treinar cães para identificar pacientes portadores de alguns tipos de câncer, como melanoma maligno, câncer de pulmão, próstata e mama. - Conclusão O sistema olfatório dos cães tem uma enorme utilidade para um maior desenvolvimento em várias áreas da sociedade, desde a saúde até a segurança, visto que os cães mostram uma mucosa olfatória maior, com um número maior de receptores olfatórios, os quais se projetam para um bulbo olfatório de maior tamanho, de onde as informações alcançam outras áreas do SNC, e em todas essas regiões o número de células para o processamento das informações olfatórias é maior. Adicionalmente, o dobramento interno da cavidade nasal, as narinas alongadas e o ato de farejar devem contribuir para a maior sensibilidade olfatória dos cães. Se faz assim necessário, um maior estudo a cerca desse sentido para assim melhor contribuir em diferentes áreas.
-Referências
GENELHOUD, Gustavo. O USO DE CÃES NA ÁREA FORENSE PARA
IDENTIFICAÇÃO DE ODORES HUMANOS. 2017. 30 f. Monografia (Especialização) - Curso de Ciências Biológicas, Universidade Federal do Paraná, Curitiba, 2017. Disponível em: https://core.ac.uk/reader/288178748. Acesso em: 23 jun. 2020
MICHELETTI, Márcio Henrique; DE MELO, Cristiano Barros. Cães de detecção: uma
breve revisão sobre o uso do nariz canino. Brazilian Journal of Veterinary Medicine, v. 38, n. 4, p. 387-392, 2016.
LOURENÇO, Fernanda Daiani; FURLAN, Maria Montserrat Diaz Pedrosa.
SENSIBILIDADE OLFATÓRIA EM HOMENS E CÃES: UM ESTUDO COMPARATIVO. Arquivos do Museu Dinâmico Interdisciplinar, v. 11, n. 2, p. 14- 19, 2007.