Apostila Módulo 1 - Nutrição Funcional 2.0

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CURSO DE EXTENSÃO

NUTRIÇÃO FUNCIONAL 2.0


U M C U R S O O R I G I N A L G A B R I E L D E C A R VA L H O

APOSTILA MÓDULO 1
MÓDULO 1

MÓDULO 1
ENTENDENDO A NUTRIÇÃO FUNCIONAL E AVALIAÇÃO INICIAL DO PACIENTE

AULA 1 - ESTABELECENDO AS PRIORIDADES NO TRATAMENTO PELA NUTRIÇÃO FUNCIONAL

A nutrição clínica funcional compreende a interação entre todos os sistemas do corpo, enfatizando as
relações que existem entre bioquímica, fisiologia e aspectos emocionais e cognitivos do organismo.
Para organizar o atendimento, precisamos estabelecer prioridades no tratamento, não podemos pular
etapas e, para isso, o Prof. Gabriel de Carvalho desenvolveu a pirâmide das prioridades mostrando a
caminhada que está além da matriz da NF para se obter efetividade da conduta:

Metilação; Complexo B;
Vit. A, D, E e K; outras
Vitaminas e Minerais;
àcidos Graxos...

Inflamação; Suporte Mitocondrial e


Estresse oxidativo.

Alergias e sensibilidades alimentares; Detoxificação


e Saúde Gastrointestinal.

Nutrição; Sono-descanso; Atividade Física; Contato com Natureza;


Emoções - amor; Pensamentos; Meditação; Fé, espiritualidade.

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Licença Internacional 4.0. Conforme a Lei 9.610/98, é proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial sem a autorização
prévia e expressa do autor (artigo 29). © GABRIEL DE CARVALHO – TODOS OS DIREITOS RESERVADOS.
MÓDULO 1

A base da pirâmide envolve cuidados prioritários e imprescindíveis para um resultado em qualquer


tratamento, devem ser o enfoque inicial:

Alimentação baseada em alimentos e menos produtos alimentares. Orgânica e natural. Ade-


quar conforme sinais e sintomas, demandas individuais;

Hidratação 35-50ml/Kg de peso corporal ao dia;

Cuidar da higiene do sono (8h/noite), dia circadiano ideal, controle de consumo cafeína,
alimentação e exposição à luz. Jejum mínimo de 12h diárias.

Atividade física;

Contato com elementos da Natureza para equilíbrio energético.

Estado emocional (amor) – emoções em todas as áreas da vida, ensinar vigília dos pensamen-
tos. Buscar afirmações positivas, pessoas que lhe fazem bem, leituras e emoções boas. Ter a fé,
a espiritualidade e meditação como forma de trazer estabilidade.

O segundo nível da pirâmide envolve sensibilidades alimentares, saúde gastrointestinal e


detoxificação, e a primeira intervenção será nas sensibilidades alimentares pois não há como
detoxificar ou modular intestino de alguém que usa alimentos aos quais possui reação.

A dieta de eliminação e reintrodução é a primeira que deve ser feita em qualquer pacien-
te. Após o 2º nível ter sido abordado, a ação no 3º nível é otimizada. E, somente após
entrar no detalhamento do 4º nível.

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AULA 2 - ANAMNESE NUTRICIONAL FUNCIONAL E A APLICAÇÃO DA MATRIZ DA NUTRIÇÃO FUNCIONAL

Princípios da Nutrição Funcional: Interconexões em teia; Individualidade Bioquímica; saúde como


vitalidade positiva; Equilíbrio dinâmico de fatores externos e internos; centrada no paciente e não na
doença.

A anamnese permite avaliar objetivo do atendimento, compreender o processo em andamento (fisio-


patologia) e motivar o paciente para adesão ao tratamento. Na anamnese se encaminha a resolução.

PASSOS DE UMA CONSULTA:

Passo 1: Questionário de Rastreamento Metabólico – antes do início da consulta.

Importância e objetivos da aplicação do QRM: Diferencial de abordagem; Otimização de tempo con-


sulta; Quantificação problemas; Minimiza o esquecimento de relatos; Mostra interesse no indivíduo
como um todo; Avalia de forma pessoal – subjetiva; auxilia diagnóstico correto; propicia acompanha-
mento de evolução clínica.

Classificação da Pontuação Total: <20 baixa chance de hipersensibilidade; >30 Indicativo de hiper-
sensibilidade, >40 certeza de hipersensibilidade; >100 saúde ruim, doenças crônico-degenerativas

OBS= ≥10 pontos em única seção ou quantidade de 4 marcados – indicativo de hipersensibilidade;

Passo 2: Investigar motivo da consulta – Iniciar construção da matriz da nutrição funcional.

Início da consulta basear em levantar queixas e prioridades. Investigar antecedentes e gatilhos do


paciente. Associar queixas com resultado do QRM e mostrar ao paciente zonas de pontuação. Avaliar
necessidade de aplicação de outros questionários que podem ser aplicados no momento ou na sequên-
cia do tratamento.

Passo 3: Investigar alimentação do paciente – Uso de recordatório 24h e de alimentação habitual.

É importante verificar grau de consciência do paciente sobre sua alimentação ao avaliar recordatório
alimentar.

Passo 4: Correlacionar sinais e sintomas com deficiências e excessos de nutrientes.

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Passo 5: Recomendações Nutricionais – iniciar correções alimentares de forma pertinente


ao momento do indivíduo e fazer educação nutricional na visão funcional (visando o todo).

Passo 6: Solicitação de Avaliação Bioquímica laboratorial – englobando o maior número de


parâmetros possíveis e necessários conforme dados levantados na consulta.

Passo 7: Solicitação de registro alimentar de 3 dias – para avaliação de consumo médio de macro
e micronutrientes e análise em conjunto com sinais/sintomas e resultados de exames.

A matriz da Nutrição Funcional O profissional deve mostrar ao paciente sua matriz e explicar
suas interrelações.

1. Histórico do Paciente: juntos desenvolvem condições clínicas, gatilhos atuam sobre antece-
dentes e disparam mediadores que acionam células e genes.

Antecedentes (Background genético): Aspectos genéticos, história familiar, história pregres-


sa de vida, história gestacional e de aleitamento materno, saúde e doenças na infância,
reação a medicamentos e cafeína, história de dietas realizadas.

Gatilhos: História da doença, queixa principal, ocorrências dos últimos 6 meses da vida do
indivíduo – questões físicas, emocionais, alimentares, medicamentosas, profissionais e etc.

Mediadores/Perpetuadores: carência nutricional, estresse oxidativo, depleção células T


reguladoras, desequilíbrio hormonal e de neurotransmissores, traumas.

2. Fatores de Estilo de Vida:

Sono/relaxamento: hábitos de sono, disposição ao despertar, sono ao longo do dia, uso de


estimulantes, dores musculares ligadas à tensão/respiração. Distúrbios podem ser investiga-
dos com questionário do sono.

Exercício/movimento: tipo, forma e frequência.

Nutrição e Hidratação: hábitos de quantidade, qualidade e variabilidade.

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Biomarcadores
Nutricionais a avaliar
*outros parâmetros serão citados na QUANDO ALTERADO É INDICATIVO DE:
próxima tabela em conjunto com
sistemas da matriz

Vit. 25- D3 e 1,25-D3 baixas Deficiência de vitamina D, magnésio e B2.

Relação 1,25 D3/ 25 D3 Alto: Inflamação, infecção e autoimunidade

Cromo baixo Excesso de açúcar, resistência à insulina.

Zinco baixo Deficiência de zinco, excesso de cádmio.

Selênio baixo Falta de selênio, excesso de mercúrio.

Magnésio baixo Falta de magnésio.

Baixo: falta de cálcio.


Cálcio iônico
Alto: falta de magnésio e K2.

Baixo: baixa absorção, baixa D3, magnésio.


Relação Cálcio-creatinina urina Alto: Alta excreção, disfunção mitocondrial, dano renal
ou falta de D3, magnésio, K2.

Baixo: falta.
Manganês
Alto: excesso de manganês.

Baixo: disfunção adrenal, falta de sódio e carboidratos.


Sódio
Alto: excesso de sódio, carboidrato e disfunção renal.

Potássio e Folato Baixo: falta de fontes alimentares.

B12 Baixo: falta de B12, B9.


Alto: inflamação, dano hepático, renal ou câncer.

Baixo: falta de cobre, excesso de zinco.


Cobre
Alto: inflamação, estresse oxidativo, anticoncepcionais.

Baixo: má conversão do betacaroteno por falta de ferro,


Vitamina A zinco, t3 e sais biliares, falta de vitamina A.
Alto: excesso de vitamina A.

Estresse e Resiliência: graduar nível de estresse, avaliar uso de técnicas de relaxamento –


ensinar quando necessário.
Relações Pessoais: familiares e profissionais.

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3. Elementos Centrais - Sistemas:

SISTEMA SINAIS A AVALIAR QUANDO ALTERADO É INDICATIVO DE:

Assimilação: avalia sistema Reduzida secreção do pâncreas exócrino (baixa


Baixa Elastase pancreática
respiratório e gastrointestinal liberação de enzimas)
(frequência/forma/volume de
evacuação, distensão abdominal,
Má mastigação, hipocloridria, ingestão de água na
flatulência, ondulação unhas). Amido Presente
refeição, insuficiência pancreática.

Pode ter exame coprológico


funcional para avaliar dados Má mastigação, hipocloridria, insuficiência
Fibras musculares mal digeridas
conforme exposto ao lado. pancreática.

É possível determinar pelo Insuficiência biliar, hipocloridria, insuficiência


período/hora do dia que ocorre Gotículas de gordura pancreática.
distensão abdominal, qual a
porção intestinal onde está
Alto: má digestão de carboidratos, excesso de
havendo crescimento bacteriano. Ácidos orgânicos
(normal 14 a 18%) carboidratos, SIBO.
O questionário de
hipermeabilidade intestinal pode Alto: aumento de protobactérias, hipocloridria,
ser um parâmetro da avaliação Amoníaco (normal <4%) excesso de proteínas.
do processo de assimilação do
paciente. Mostra má digestão de gorduras, insuficiência biliar
Cristais de ácidos graxos
e pancreática
Na aplicação do questionário de
fungos e candidíase, mulheres
Alta: hipocloridria ou câncer, excesso de cálcio e falta
com resultado >120 e homens >90
Gastrina - normal <110 de magnésio, excesso de proteína. Baixa: hiperclori-
devem ser tratados.
dria ou normocloridria.

GGT (normal é <16), PCR e Ácido úrico altos. Estresse oxidativo e intoxicação metais

Plaquetas, leucócitos e eritrócitos baixos. Exposição tóxica.


Biotransformação e
Eliminação: avalia exposição TGO (normal é 15 a 20) Estresse oxidativo, disfunção mitocondrial
tóxica. Deve ser solicitado
enzimas hepáticas, TGP (normal é 15 a 20) Estresse oxidativo, dano hepático
marcadores de função renal
além de níveis séricos e Uréia (normal é 25 a 45) Catabolismo, dano renal, excesso de proteína
urinários de metais tóxicos.
Creatinina: normal é 0,8 a 1,2 - Se alta = dano renal
Relativo à massa muscular.
Verificar reação do indivíduo
a medicamentos, odores e Alto: mostra disfunção hepática e biliar, Síndrome de
produtos químicos. Pode Bilirrubina total: normal é <1,2 Gilbert e hemólise aumentada (inflamação, infecção,
utilizar questionário de oxidação).
avaliação de detoxificação.
MDA (malonaldeído) normal é <4 Estresse oxidativo.

Alumínio, Chumbo, Mercúrio, Níquel, Se altos = Contaminação por metais pesados


Arsênico, Cádmio, Fluoreto (urina)

Taxa de Filtração Glomerular: Baixo: insuficiência renal.


normal ≥ a 60 mL/min/1,73m²;

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SISTEMA SINAIS A AVALIAR QUANDO ALTERADO É INDICATIVO DE:

Leucócitos altos Inflamação

Neutrófilos altos Inflamação, infecção bacteriana e fúngica

Infecções virais, herpes, alergias e hipersensibilida-


Linfócitos altos
des, câncer.

Monócitos altos Infecção crônica

Eosinófilos altos Alergias e hipersensibilidades, parasitoses

Basófilos altos Alergias mediadas por IgE e parasitoses

Plaquetas altas Risco de trombose. Marcador de coagulação.


Defesa e Reparo: relacionado
com alergias e hipersensibilida- VSG alto Estresse oxidativo, inflamação.
des, inflamação, infecção,
autoimunidade. Relação Neutrófilos-linfócitos alta.
Inflamação.
PCR, TNFa e IL-1B altos

A avaliação principal se baseia Homocisteína alta


Disfunção endotelial, risco de aterosclerose,
no hemograma completo com hipometilação.
plaquetas, VSG, PCR, Ferritina,
Fibrinogênio, Homocisteína, Baixa = falta de ferro.
Ferritina
Ácido úrico, IgA sérica, IgG + Alta = excesso de ferro ou inflamação.
complemento.
Mieloperoxidase alta Inflamação por neutrófilos

Fibrinogênio alto e Lipoproteína A alta Risco de trombose

Resistência a insulina, inflamação, excesso de


Ácido úrico alto frutose e purinas, álcool e falta de vitamina C,
disfunção mitocondrial.

Adiponectina baixa Resistência à insulina, inflamação do tecido adiposo.

Alta = Parasitoses, alérgenos, hiperpermeabilidade


IgA sérica
intestinal. Baixa = Imunossupressão.

Baixa Imunidade linfóide intestinal, infecções,


IgA secretora baixa estresse, menor defesa da mucosa, falta de vitaminas
D e A.

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SISTEMA SINAIS A AVALIAR QUANDO ALTERADO É INDICATIVO DE:

IgA secretora alta Maior defesa da mucosa mas com alta agressão.

Parasitoses, inflamação, alergias imediadas por IgE,


Proteína Eosinofílica X alta
IgG e IgA, doença Celíaca, colite, helmintíase.

Defesa e Reparo: relacionado Mostra inflamação, infecção ou ocorre após uso de


com alergias e hipersensibilida- Calprotectina alta (proteína dos neutrófilos)
antiinflamatórios não esteroidais.
des, inflamação, infecção,
autoimunidade. Inflamação, disbiose e hiperpermeabilidade
Mucina e albuminas intactas e degradadas intestinal, colón inflamado, colite, aumento de
A avaliação principal se baseia protobactérias.
no hemograma completo com
plaquetas, VSG, PCR, Ferritina, Altas = Inflamação e infecção.
Lisozima e lactoferrina
Fibrinogênio, Homocisteína, Baixas = imunossupressão.
Ácido úrico, IgA sérica, IgG +
complemento. Hiperpermeabilidade intestinal, doença celíaca,
Zonulina alta
hipersensibilidade ao glúten não celíaca

Triptase sérica >20: alergias mediadas por IgE e parasitoses

Índice de razão de TGO /plaquetas (APRI)


cálculo: valor TGO ÷ valor máximo de
referência TGO (normalmente 40) ÷ nível
de plaquetas x 100 (normal é <1,5)

Nível AST (IU/L)


Fibrose hepática

AST (Limite Superiror do Normal) (IU/L)

APRI= x 100=
Contagem de plaquetas (109/L)

https://www.hepatitisc.uw.edu/page/clinical-calculators/apri

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SISTEMA SINAIS A AVALIAR QUANDO ALTERADO É INDICATIVO DE:

Energia: compreende tudo que se


refere à saúde mitocondrial e
Glicose jejum e TTG alterados Disglicemia, resistência à insulina
produção energética.
Avalia função mitocondrial
através de cansaço e disposição.

• Temos que diferenciar resulta-


dos coletados quanto a
Sistema adrenal, sistema Coq10 baixa Falta de Coq10 e uso de estatinas
mitocondrial e sono.

Se Mitocondrial = sintomas
musculares, cerebrais, esgota-
mento, ptose, alteração no
espermograma.
LDH (lactato desidrogenase) e Disfunção mitocondrial, falta de B1, B2, B3, B5, ácido
Se Adrenal = sintomas são Lactato alterados lipóico e Coq10.
relacionados a hora do dia,
necessidade de cafeína, melhora
com sal pois Na+ sérico é baixo.

Baixo: insuficiência adrenal.


Comunicação: avalia Cortisol Alto: estresse.
neurotransmissores e
hormônios.
Baixa: diabetes.
Insulina Alto: Resistência à insulina.
*Avaliação hormonal
saliva/sérica/urina.

Homa IR Resistência a insulina.


*Utilizar questionário de
neurotransmissores:
Baixo: anemia.
1º bloco >10: 2-3g tirosina em jejum. Eritrócitos, Hemoglobina, Hematócrito Alto: hemocromatose, hipóxia,
excesso de ferro, desidratação.
2º bloco >10: sem uso ou 5HTP
Baixo: falta de ferro e hemo.
300-500mg à tarde (antes do jantar – VCM, HCM, CHCM Alto: falta de B12 e B9.
sem carne e sem ovos pois AA
ramificados competem com
triptofano). + Mg, ácido fólico, RDW alto Estresse oxidativo, inflamação.
B6 e B3.

Estresse oxidativo, inflamação, falta


3º bloco – ideal tratar com Reticulócitos
de B9 e B12.
serotonina – hábitos noturnos.

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SISTEMA SINAIS A AVALIAR QUANDO ALTERADO É INDICATIVO DE:

TTG Insulina, Pró-insulina, Hb glicada,


Peptídeo C alterados. Resistência à insulina.

Baixo: hipertireoidismo, inflamação, jejuns longos,


estresse.
TSH
Alto: hipotireoidismo.

T4 livre e T3 livre. Baixos: hipotireoidismo, falta de nutrientes, metais


Relação T3L/T4L tóxicos, inflamação, hipóxia.

Alto: falta de micronutrientes, metais pesados,


Relação T3/T3 reverso hipóxia, inflamação.

Comunicação: avalia neuro- T3 total Baixo: hipotireoidismo.


Alto: hipertireoidismo
transmissores e hormônios.
Tireoglobulina Alto: câncer de tireoide, falta de iodo.
*Avaliação hormonal saliva/sé-
rica/urina. Baixo: diabetes.
Homa-B
Alto: resistência à insulina.
*Utilizar questionário de
neurotransmissores: DHEA/cortisol salivar Estresse

FSH (medir no 3º-5º dia do ciclo),


1º bloco >10: 2-3g tirosina em Envelhecimento ovariano, disfunção mitocondrial.
Anti-Mülleriano (AMH)
jejum
Baixo: Envelhecimento ovariano, disfunção
2º bloco >10: sem uso ou 5HTP Progesterona (medir 21º dia), mitocondrial, estresse oxidativo, estresse.
300-500mg à tarde (antes do Estradiol (medir no 3º-5º) Alto: predominância estrogênica, aromatização,
jantar – sem carne e sem ovos xenoestrógenos.
pois AA ramificados compe-
tem com triptofano). + Mg, Homens Baixo pode ser magreza, hiperprolactine-
ácido fólico, B6 e B3. mia. Alto: resistência a insulina.
LH (medir 3º ao 5º dia) : Mulheres: alto resistência a insulina, hiperandroge-
3º bloco – ideal tratar com nismo, acne, queda de cabelo, aumento de DHT,
serotonina – hábitos noturnos. menopausa.
Baixo : insuficiência ovariana, magreza, infertilida-
de, alteração hipofisária, hiperprolactinemia.

Alto: estresse oxidativo, dano hepático, hepatite C,


cirrose, falta de GH, hipertireoidismo, anticoncepcio-
nais estrógenos, disfunção adrenal, magreza,
SHBG
profiria aguda, anticonvulsivantes de 1ªgeração.
SHBG baixo: resistência à insulina, excesso GH,
hipotireoidismo, glicocorticoides, andrógenos,
progestógenos, estresse, obesidade, dano hepático,
vitamina D baixa, síndrome nefrótica.

Baixo: estresse crônico.


SDHEA (avaliar 21o. dia ciclo)
Alto: suplementação, hiperandrogenismo, sop.

Prolactina (avaliar 21o. dia ciclo) Baixo: falta de leite na gestação, dopamina.
Testosterona, DHT, Lh, fsh Alto: adenomas, prolactinomas, hipotireoidismo,
e estradiol = 3o. Ao 5o. Dia infertilidade, medicamentos, estresse, inflamação.

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MHR: Nº Monócitos / HDL >8 = Risco de aterosclerose, processo inflamatório

HDL Baixo ou alto: risco de doença cardiovascular.

LDL, Relação CT/ HDL, Relação LDL/ HDL,


Risco cardiovascular.
Apob, ApoA1 e Relação Apob/ Apoa alterados
Transporte: associado ao sistema
arterial, venoso e linfático, avalia
problemas circulatórios e edema. Relação TG/ HDL alta Resistência à insulina, risco cardiovascular.

*Se apresenta inchaço matinal = Frutosamina alta Resistência à insulina, glicação.


detoxificação lenta.
Excesso de cobre, estresse oxidativo, anticoncep-
*Se edemacia ao longo do dia = Ceruloplasmina alta
cionais.
distúrbio circulatório.

Baixo: falta de ferro, inflamação.


Saturação de transferrina
Alto: excesso de ferro.

Microalbuminúria alterada Disfunção endotelial

Baixo: desnutrição proteica, dano hepático e renal.


Albumina
Alto: desidratação.

Excesso de ômega 6 e demais gorduras e falta de


Index ômega 3 baixo
ômega 3

CPK alterado Dano muscular


Estrutural: avalia integri-
dade de membranas Se GGT alta> dano hepático e biliar.
Fosfatase Alcalina
celulares, ossos, músculos
Se GGT baixa perda óssea.
e articulações.
É influenciada pelo tipo de
Disbiose, protobactérias, hiperpermeabilidade
gorduras consumidas.
Amônia sérica alta intestinal, dano hepático, catabolismo proteico,
excesso proteico.

Baixo: falta de magnésio, excesso de vit. D


PTH
Alto: falta de cálcio, de vit.D e hiperparatireoidismo.

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SISTEMA SINAIS A AVALIAR QUANDO ALTERADO É INDICATIVO DE:

Mental /Emocional/Espiritual

*Mental – performance cognitiva;


*Emocional – sentimentos, pode
aplicar questionário se saúde
emocional;
*Espiritual – fé, crenças.

AULA 3 - DESCOMPLICANDO O EXAME NUTRIGENÉTICO

O laudo do exame genético é composto por 4 partes:

PARTE 1 Resumo: voltado ao paciente. Análise objetiva e de fácil entendimento. Informações


detalhadas por cores e cruzes.

Cores:
A cor vermelha mostra MAIOR risco ou necessidade ou benefício e MENOR benefício que a
população em geral.
A cor laranja mostra ALTO risco ou necessidade e MENOR benefício.
A cor amarela mostra INTERMEDIÁRIO risco ou necessidade e INTERMEDIÁRIO benefício.
A cor verde mostra MENOR risco ou necessidade e MAIOR benefício.
A cor azul mostra BAIXO risco ou necessidade e MAIOR benefício que a população em geral.
Quando aparecer cinza é porque existem estudos na população referente ao gene, porém os alelos
de risco evidenciados no exame genético pessoal, não há estudos.

Cruzes:
0: MÍNIMO risco, necessidade ou benefício.
+: BAIXO risco, necessidade ou benefício.
++: INTERMEDIÁRIO risco, necessidade ou benefício.
+++: ALTO risco, necessidade ou benefício.
++++: MAIOR risco, necessidade ou benefício.

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PARTE 2 PRIORIDADES NO TRATAMENTO DA NUTRIÇÃO FUNCIONAL: NORTEIAM A CONDUTA


DO NUTRICIONISTA TENDO COMO BASE A MATRIZ.

Assimilação: referente às doenças gastrointestinais, intolerâncias alimentares, absorção de nutrien-


tes e necessidade de probióticos.

Defesa e Reparo: demonstra as predisposições e susceptibilidades genéticas, viabilizando as condu-


tas nutricionais e de estilo de vida. Referente a autoimunidade, alergias, hipersensibilidades e intole-
rância à histamina enfatizar o benefício de uma dieta excluindo os principais alérgenos e dos quais
suspeita-se reatividade, além da prática dos 6 R’s (Remover, Recolocar, Reparar, Reinocular, Reequili-
brar e Reavaliar).

Energia: Enfatiza a necessidades de coenzimas mitocondriais e antioxidantes, o equilíbrio redox e


suporte à síntese de glutationa.

Biotransformação e Eliminação: refere-se à atividade e eficiência das enzimas antioxidantes envolvi-


das nas fases 1, 2 e 3, metabolização da cafeína, álcool, xenobióticos e poluentes, suporte à metilação e
risco e doença renal.

Transporte: genes relacionados evidenciam a predisposição a anemia, doenças cardiovasculares,


perfil lipídico e benefício da suplementação de compostos bioativos relacionados a esses sistemas.
Verificar exames laboratoriais associados a esses dados genéticos para entender o presente e ter visão
futura de riscos, possibilitando uma conduta assertiva.

Comunicação: tudo que se refere à hormônios e neurotransmissores relacionados à compulsão


alimentar, performance cognitiva, sono, saúde suprarrenal, pancreática e tireoidiana. Permite atuar
sobre nutrientes e hábitos para a modulação dos sinais e sintomas atuais associando aos exames
genéticos.

Integridade Estrutural: investiga polimorfismos relacionados à síntese e degradação de colágeno e a


saúde óssea. Portanto, é possível analisar quais nutrientes são necessários e remover fatores agresso-
res à estrutura de colágeno e que promovam a reabsorção óssea.

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Mental e Emocional: refere-se à saúde cognitiva, a síntese e degradação de neurotransmissores e


benefícios suplementares. Associado aos sinais e sintomas da prática clínica, auxilia no entendimento
do déficit ou excesso de neurotransmissores investigados, podendo otimizar a síntese através de
cofatores, como triptofano e tirosina ou inibindo sua degradação (MAO, COMT).

Sono e Relaxamento: refere-se ao cronotipo, à latência, qualidade e necessidade do sono, bem como
benefícios com o uso de melatonina, passiflora e malefícios com a cafeína. Dessa forma, podemos
otimizar a síntese endógena de melatonina, ensinar sobre a higiene do sono para sono reparador.

Exercício: o exame genético norteia qual a modalidade onde podemos ter maior performance e que
seja ideal ao tipo de fibras musculares, além dos benefícios da atividade física em nossa saúde.

Nutrição e Hidratação: o exame demonstra a capacidade de absorver, metabolizar e degradar macro-


nutrientes e micronutrientes. Refere-se ao equilíbrio e demanda dos ácidos graxos essenciais, ao risco
com gorduras saturadas, à necessidade proteica, qualidade e tipo de carboidrato diante da carga e
índice glicêmico, risco com consumo de produtos finais de glicação avançada (AGES), necessidade de
maior consumo de polifenóis e prebióticos. Ademais, demonstra susceptibilidade à compulsão alimen-
tar, desequilíbrios dos mecanismos de fome e saciedade, além da predisposição à sobrepeso e síndro-
me metabólica. Por fim, auxilia na elaboração do plano alimentar conforme sua capacidade genética.

Parte 3 Resultados de necessidade, benefício ou risco de diversas condições abordadas na


Matriz da Nutrição Funcional: detalhamento das predisposições, necessidades e aspectos
nutricionais e de estilo de vida a serem levados em consideração.

Parte 4 Detalhamento dos polimorfismos analisados: voltados à especialistas em nutrige-


nética. Demonstra quais as variantes genéticas e alelos de risco de cada gene.

Este material foi elaborado por Gabriel de Carvalho e é licenciado por Creative Commons Atribuição-Não-Comercial-Sem-Derivações.
Licença Internacional 4.0. Conforme a Lei 9.610/98, é proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial sem a autorização
prévia e expressa do autor (artigo 29). © GABRIEL DE CARVALHO – TODOS OS DIREITOS RESERVADOS.
MÓDULO 1

INSIGHTS

Quanto maior o benefício com o suplemento, provavelmente maior será a necessidade de fazer uso
desse suplemento.

Quanto maior o risco ou necessidade de algum nutriente, maior a necessidade da suplementação.


Mesmo com uma alimentação saudável, devido à sua genética pode não manter níveis ótimos.

Quanto mais polimorfismos relacionados as alergias e hipersensibilidades, maior o prejuízo de uma


dieta monótona.

Naqueles pacientes com polimorfismos “ruins” relacionados à absorção, metabolismo, utilização e


excreção de vitaminas e minerais, manter níveis próximo do máximo nos exames sanguíneos é
benéfico. Por exemplo: maior necessidade de zinco. Os valores ótimos de zinco são entre 95 e 120.
Nesse caso, manter níveis próximos de 120 é o ideal.

Compreender o tempo de resposta e tratamento de cada paciente. Por exemplo: algumas pessoas
suplementam metilcobalamina e conseguem otimizar seus parâmetros bioquímicos de forma mais
rápida e outras mais lentamente.

Testes genéticos podem ser refeitos: embora nossos genes sejam únicos e polimorfismos genéticos
não se alteram, os exames genéticos se renovam diante da atualização de estudos científicos volta-
dos à área de nutrigenômica e nutrigenética.

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