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U M C U R S O O R I G I NA L G A B R I E L D E C A R VA L H O

APOSTILA MÓDULO 1
MÓDULO 1

APOSTILA 1 EXAMES 2.0

AULA 1 - O SIGNIFICADO DOS VALORES DE REFERÊNCIA NOS EXAMES LABORATORIAIS

A interpretação de um exame bioquímico é feita de acordo com limites de referência populacionais,


limites de decisão clínica, resultados anteriores e conjunto de resultados do mesmo paciente.

Quando visamos valores ótimos, estamos falando dos parâmetros sanguíneos, urinários e salivares
presentes em centenários e não em uma população considerada saudável pela mera ausência de
doenças.

Valores de referência laboratorial exclui os valores de doença, mas isso não significa uma saúde
ótima.

Dessa forma, os laboratórios excluem os valores encontrados em obesos, hipertensos, pessoas que
usam álcool, que fazem uso de tabaco, drogas e medicamentos ou, que já sofrem por alguma doença
ou infecção. Devemos levar em consideração que na gestação, exercício físico e estresse podem
alterar os exames.

Portanto, segundo estudos calculamos em tercis, ou quartis ou quintis (3, 4 ou 5 partes) avaliando
onde se encontram as pessoas mais saudáveis com maior longevidade.

Este material foi elaborado por Gabriel de Carvalho e é licenciado por Creative Commons Atribuição-Não-Comercial-Sem-Derivações.
Licença Internacional 4.0. Conforme a Lei 9.610/98, é proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial sem a autorização
prévia e expressa do autor (artigo 29). © GABRIEL DE CARVALHO – TODOS OS DIREITOS RESERVADOS.
MÓDULO 1

ANÁLISE DE EXAMES - EXEMPLO

EXAME MEDICINA TRADICIONAL NUTRIÇÃO FUNCIONAL

Avaliar inflamação (leucócitos,


relação neutrófilos/linfócitos,
Hemoglobina baixa Suplementar ferro PCR)
Avaliar ferro, zinco, B9, B12,
cobre, vitaminas A, C...

Avaliar qualidade do colesterol


(Apob, Apoa1, LDL, HDL)
Avaliar oxidação (GGT, TGO,
Colesterol alto Usar estatinas
TGP, LDL peroxidado)
Avaliar glicação (hemoglobina
glicada, frutosamina)

Avaliar T3 e T4 livre, a relação


TSH alto Usar levotiroxina T3/T4, zinco, selênio, iodo,
ferritina, T3 reverso, anticorpos

COMO DEFINIMOS OS VALORES ÓTIMOS?


Devemos considerar, com base em estudos, em que nível estão parâmetros para ofertar:
1 - Menor mortalidade e maior sobrevivência.
2 - Menos doenças.
3 - Maior índice de saúde e bem-estar.

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MÓDULO 1

AULA 2 - ESTABELECENDO AS PRIORIDADES NO TRATAMENTO PELA NUTRIÇÃO FUNCIONAL

A nutrição clínica funcional


compreende a interação entre
todos os sistemas do corpo,
enfatizando as relações que
existem entre bioquímica, Metilação; Complexo B; Vit. A,
fisiologia e aspectos emocionais e D, E e K; outras Vitaminas e
cognitivos do organismo. Minerais; ácidos Graxos...

Para organizar o atendimento,


precisamos estabelecer
prioridades no tratamento, Inflamação; Suporte Mitocondrial e
não podemos pular etapas e, Estresse oxidativo.
para isso, o Prof. Gabriel de
Carvalho desenvolveu a pirâmide
das prioridades mostrando a
caminhada que está além da Alergias e sensibilidades alimentares;
matriz da NF para se obter Detoxificação e Saúde Gastrointestinal.
efetividade da conduta:

Nutrição;Sono-descanso; Atividade Física; Contato


com Natureza; Emoções - amor; Pensamentos;
Meditação; Fé, espiritualidade.

A base da pirâmide envolve cuidados prioritários e imprescindíveis para um resultado em qualquer


tratamento, devem ser o enfoque inicial:

3 Alimentação baseada em alimentos e menos produtos alimentares. Orgânica e natural. Adequar


conforme sinais e sintomas, demandas individuais;
3 Hidratação 35-50ml/Kg de peso corporal ao dia;
3 Cuidar da higiene do sono (8h/noite), dia circadiano ideal, controle de consumo cafeína,
alimentação e exposição à luz. Jejum mínimo de 12h diárias.
3 Atividade física;
3 Contato com elementos da Natureza para equilíbrio energético.
3 Estado emocional (amor) – emoções em todas as áreas da vida, ensinar vigília dos pensamentos.
Buscar afirmações positivas, pessoas que lhe fazem bem, leituras e emoções boas. Ter a fé, a
espiritualidade e meditação como forma de trazer estabilidade.

O segundo nível da pirâmide envolve sensibilidades alimentares, saúde gastrointestinal e


detoxificação, e a primeira intervenção será nas sensibilidades alimentares pois não há como
detoxificar ou modular intestino de alguém que usa alimentos aos quais possui reação.

A dieta de eliminação e reintrodução é a primeira que deve ser feita em qualquer paciente.
Após o 2º nível ter sido abordado, a ação no 3º nível é otimizada. E, somente após entrar no
detalhamento do 4º nível.
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MÓDULO 1

AULA 3- EXAMES PARA AVALIAÇÃO INICIAL DO PACIENTE: QUAIS SOLICITAR,


COMO PRIORIZAR E ORIENTAÇÕES.

Os exames mais essenciais para investigação do quadro clínico e adequação nutricional com o
objetivo de otimizar a conduta clínica do nutricionista são:

• HEMOGRAMA
Perfil nutricional: vitamina A, ácido fólico, vitaminas, B12, C, 25 hidroxi-vitamina D3, 1,25 dihidroxi-
vitamina D3, cálcio e creatinina (1ª urina da manhã), selênio, zinco, cobre, manganês (sangue total),
ferritina, saturação da transferrina e vitamina C.

Avaliação tóxica: alumínio, arsênico, chumbo, cádmio, níquel e mercúrio (sangue e urina) e fluoreto
urinário.

Se o paciente apresentar sinais e sintomas ou uma doença relacionada à inflamação como doenças
autoimunes, artrite, depressão e doenças intestinais devemos pedir:
• PCR, hemograma completo, ferritina, fibrinogênio, cobre.

Se houver sinais e sintomas de detoxificação prejudicada, estresse oxidativo e doenças relacionadas


ao estresse oxidativo como Parkinson, Alzheimer, hepatite, esteatose hepática, nefropatias,
aterosclerose e fibromialgia devemos avaliar:
• Gama GT, TGO, TGP, selênio, cobre, ferritina, zinco e manganês.

Para avaliar riscos cardiovasculares, principalmente em pessoas que possuem familiares com
alterações desses parâmetros, analisamos:
• Colesterol total, HDL, LDL, Apob, Apoa1, fibrinogênio, microalbuminúria e PCR.

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MÓDULO 1

Para investigação da saúde tireoidiana, principalmente quando há sinais e sintomas relacionados a


alterações como mãos e pés frios, dificuldade do emagrecimento, constipação, unha fraca, pele seca
e queda de cabelo são solicitados:
• TSH, T4 livre, T3 livre, anticorpos anti-TPO, anticorpos anti-tireoglobulina, tireoglobulina, T3
reverso, zinco, selênio, vitamina A e ferritina.

Na resistência à insulina e diabetes, é preciso dosar:


• Glicemia, insulina, hemoglobina glicada, triglicerídeos e HDL.

Podemos calcular o HOMA-IR que é obtido com fórmula:

HOMA-IR = glicose x insulina


405

e, também a relação triglicerídeos/HDL. Se necessário, podemos confirmar com a curva de glicose e


insulina após sobrecarga de 75 gramas de glicose 1h e 2h após consumo.

Para análise hormonal avaliamos o cortisol, SDHEA e ACTH no sangue e os demais podem ser
pedidos tanto no sangue quanto salivar, como progesterona, testosterona, DHT e estradiol.

Para avaliação de doença celíaca analisa-se: anticorpos anti-transglutaminase IgA e IgG e para
hipersensibilidade não celíaca ao glúten: anticorpos anti gliadina deaminada IgA e IgG. Anti-
endomísio também pode ser solicitado.

Para intolerância à histamina, comum em pessoas alérgicas, podemos solicitar a enzima diamino
oxidase (DAO).

Quando se trata de perfil ósseo avaliamos:


• Fosfatase alcalina, telopeptídeo C-terminal (Ctx), propeptídeo procolágeno tipo 1 (P1NP),
Deoxipiridinolina livre (urina 24 horas), cálcio e creatinina (1ª urina da manhã), PTH, magnésio, 25
hidroxi-vitamina D3 e 1,25 di-hidroxivitamina D3.

• CUIDADOS:
• O jejum pré-exame deve ser feito por um período de 12 horas.
• Qualquer indivíduo pode solicitar exames a si mesmo, pedindo-os através de um formulário de
solicitação própria no laboratório. Entretanto, para essa forma de pedido, o pagamento é particular.
• Sempre que os planos não aceitarem o pedido, deve ser escrita uma carta pelo profissional que
irá solicitar os exames explicando a necessidade dos mesmos e anexando artigos científicos
relacionados ao exame.

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