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1 – Introdução

Sócrates (470 a.C.-399 a.C.) foi um filósofo grego, mesmo não sendo o primeiro
filósofo da história, é reconhecido como o "pai da filosofia" por representar o grande
marco da filosofia ocidental.
fez parte do conselho legislativo de Atenas. Arriscou a sua vida em 404 a.C., por se
recusar a ajudar na realização de manobras políticas engendradas pela dinastia dos
Trinta Tiranos que governavam a cidade.
Uma curiosidade é que Sócrates se destacava não somente por sua grande
inteligência, mas também por ter aparência e hábitos estranhos. De estatura baixa,
ele era corpulento, tinha nariz chato, olhos esbulhados, andava descalço e suas
vestes eram rotas. Tinha o hábito de vagar pelas ruas de Atenas.
O filósofo podia passar longas horas mergulhado em seus pensamentos. Nos
momentos em que não estava meditando sozinho, estava auxiliando seus discípulos
na busca pela verdade.

OquefoioPeríodoSocrático?
O período anterior a Sócrates é chamado de “pré-socrático”, nessa fase os filósofos
buscavam uma explicação natural do universo. A segunda fase da filosofia grega,
conhecida como “socrática” teve início no fim do século V a.C..
Nesse período, a maior preocupação dizia respeito à compreensão do indivíduo e a
organização da humanidade. Os filósofos da época passaram a se questionar a
respeito do que seria a verdade, o que seria o bem e o que seria a justiça.
Sócrates almejava ser mais do que ser um mestre, ele queria ser um benfeitor da
humanidade. Dentre seus anseios estava a busca por justiça social em todo o mundo.
Ele não tinha uma escola, encontrava-se com seu círculo de familiares e discípulos,
no ginásio do Liceu.
Algo curioso é que ele tinha o hábito de resolver as questões dos outros, se
esquecendo das suas. Sua esposa, Xantipa, dizia que, para os jovens atenienses,
Sócrates era um deus.
A forma como ele expressava suas ideias era bem característica. Para repassar o seu
saber se colocava em uma posição de nunca responder perguntas e sim fazer mais
questionamentos.
2 - Desenvolvimento
Sócrates (c. 469-399 a.C.) nasceu em Atenas, que em meados do século V a.C.
tornou-se a metrópole da cultura grega.

Da sua infância pouco se sabe para além de sua origem pobre. Ele era filho de um
escultor, Sofronisco, e uma parteira, Fenarete, da qual Sócrates pegaria a ideia do
parto para sua forma de fazer filosofia.

Homem feito, chamava atenção não só pela sua inteligência mas também pela
estranheza de sua figura e seus hábitos. Corpulento, olhos saltados, vestes rotas e
pés descalços, era considerado o homem mais feio de Atenas.

Costumava ficar horas mergulhado em seus pensamentos. Quando não estava


meditando solitário, conversava com seus discípulos, procurando ajudá-los na busca
da verdade.

Nessa época, teve início a segunda fase da filosofia grega, conhecida como socrática
ou antropológica, onde Sócrates foi o principal filósofo desse período da filosofia
antiga. Nessa fase, os filósofos passaram a se preocupar com os problemas
relacionados ao indivíduo e a organização da humanidade.

Passaram a perguntar: O que é verdade? O que é o bem? O que é a justiça?, uma


vez que na primeira fase da filosofia grega a preocupação era com a origem do
mundo, fase que ficou conhecida como período pré-socrático da filosofia.

Principais Ideias de Sócrates

Ruínas do Oráculo de Delfos,


templo do deus Apolo. Em sua entrada, lia-se "conhece-te a ti mesmo"
Para Sócrates, existiam verdades universais, válidas para toda a humanidade em
qualquer espaço e tempo. Para encontrá-las, era necessário refletir sobre elas. Essa
percepção da verdade como alcançável é um fator de diferenciação entre Sócrates e
os sofistas.

O princípio da filosofia de Sócrates estava na frase "Conhece-te a ti mesmo", um


oráculo universal dado pelo deus Apolo na mitologia grega. Antes de lançar-se em
busca de qualquer verdade, o homem precisa se auto analisar e reconhecer sua
própria ignorância.

O próprio Sócrates ao consultar o Oráculo de Delfos recebeu a mensagem de que ele


era o mais sábio entre os gregos.
Sócrates percebeu que ele era sábio porque, dentre os sábios, era o único que
julgava não saber e buscava o verdadeiro conhecimento. Da afirmação de sua própria
ignorância faz surgir a célebre frase:

Só sei que nada sei.

A partir desta ideia, é desenvolvido o Método Socrático. O filósofo inicia uma


discussão e conduz seu interlocutor ao reconhecimento de sua própria ignorância
através do diálogo: é a primeira fase de seu método, chamada de ironia ou refutação.

Na segunda fase, a "maiêutica" (técnica de trazer à luz), Sócrates solicita vários


exemplos particulares do que está sendo discutido.

Por exemplo, ao ser questionado sobre a coragem, desenvolve um diálogo com um


general muito respeitado por sua atuação em guerras. O general (Laques) lhe dá
exemplos de atos corajosos. Não satisfeito, Sócrates analisa esses casos com a
finalidade de descobrir o que é comum a todos eles.

Esse algo comum poderia representar o conceito de coragem, a essência dos atos
heroicos, que existirá em qualquer ato corajoso, independente das circunstâncias que
o cercarem.

A "técnica de trazer à luz" pressupõe uma crença de Sócrates, segundo a qual a


verdade está no próprio homem, mas ele não pode atingi-la porque não só está
envolto em falsas ideias, em preconceitos, como está desprovido de métodos
adequados.

Derrubado esses obstáculos, chega-se ao conhecimento verdadeiro, que Sócrates


identifica como virtude, contraposta ao vício, o qual se deve unicamente à ignorância.

Ninguém faz o mal voluntariamente.

A Morte de Sócrates

Cercado de amigos e seguidores em profunda tristeza, Sócrates recebe o cálice com


cicuta após condenação à morte
Sócrates era uma figura célebre de Atenas. Por onde ia, carregava consigo uma
quantidade imensa de seguidores e discípulos, sobretudo jovens.
Em seus encontros com figuras respeitadas da polis grega, por conta de seu método,
acabava expondo e irritando seus interlocutores.

Esse comportamento deu a Sócrates inimigos entre as figuras mais poderosas de


Atenas. Em pouco tempo, o filósofo foi acusado de corromper a juventude e atentar
contra os deuses gregos.

Seu julgamento foi realizado em duas partes. Na primeira, a votação sobre sua culpa
ou inocência teve uma margem apertada a favor de sua condenação (280 a 220).

Posteriormente, Sócrates propõe como pena alternativa o pagamento de uma multa.


Essa pena é amplamente recusada e a condenação é a favor da pena capital (360 a
141).

Sócrates aceita o julgamento e despede-se com a frase:

É a hora de irmos: eu para a morte, vós para as vossas vidas; quem terá a melhor
sorte? Só os deuses sabem.

O legado de Sócrates
Sócrates não deixou obra escrita, achava mais eficiente o intercâmbio de ideias,
mediante perguntas e respostas entre duas pessoas e acreditava que a escrita
enrijecia o pensamento.

São quatro as fontes básicas para o conhecimento de Sócrates: o filósofo Platão, seu
discípulo, em cujos Diálogos o mestre figura sempre como personagem central.

A segunda fonte é o historiador Xenofonte, amigo e frequentador assíduo das


reuniões que Sócrates participava.

O dramaturgo Aristófanes cita Sócrates como personagem em algumas de suas


comédias, mas sempre o ridiculariza.

A última fonte é Aristóteles, discípulo de Platão, e que nasceu 15 anos após a morte
de Sócrates. Essas fontes nem sempre são coerentes entre si.
3 – Conclusão

Ele nos ensinou a reconhecer a ignorância, eis o sentido de duas de suas


frases: “reconhece-te a ti mesmo”, ou seja, saiba quem é você, quais são seus limites
e afirme “só sei que nada sei”.

Seus estudos estabeleceram a base filosófica da cultura ocidental. A essência


dos seus ensinamentos é “Conhece-te a ti mesmo”.

Na imortalidade da alma. Na impossibilidade de se aprender as virtudes com os


sofistas. Na busca pela virtude como mais importante que a busca por dinheiro.

 Jovem ateniense de família simples;


 Foi um exímio esportista e um corajoso soldado;
 Foi considerado o mais sábio dos homens da Grécia;
 Foi mestre de Platão e aparece como personagem na maioria dos diálogos
socráticos;
 Inaugura o período antropológico da filosofia grega, o que confere importância
ao pensamento socrático;
 Dialogava com as pessoas por meio de seus métodos: a ironia e a maiêutica;
 Considerava-se um parteiro de ideias;
 Contra o relativismo das opiniões;
 Questionador e subversivo;
 Acusado por corrupção dos jovens e traição aos deuses;
 Foi julgado e condenado à morte.

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