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Disponibilização: Juuh Alves

Tradução e Pré-Revisão: Mari Souza

Revisão Inicial: Rosa

Revisão Final: Eva Bold

Leitura Final: Sonia M

Formatação: Sonia M
Luck’s Choice

The Last Riders – 07

Jamie Begley
Sinopse
A vida deu-lhe a mão de um homem morto.

Lucky sempre levou uma vida a serviço. Sempre colocou


sua vida em risco por outra pessoa, conseguindo sobreviver por
pura sorte e habilidade. Depois de dar fim a um cartel de drogas
em vários estados, ele finalmente poderia viver a vida que queria
como um Last Riders...

Um bom homem iria embora e não tocaria a mulher


curvilínea que estava puxando a corda de seu coração. Lucky não
era um bom homem. Portanto, o motoqueiro idiota dentro dele
tinha uma escolha: Voltar a ser o homem que fingia ser e cravar a
sua reivindicação, ou seguir o caminho do diabo.

Algumas meninas têm muita sorte.

Willa não era uma delas. Tudo o que ela queria fazer, era
dar uma casa para as crianças que ela tinha deixado órfãos. Em
vez disso, se viu precisando da ajuda do homem que havia
abandonado o púlpito para abraçar uma vida de pecado.

Dolorosamente tímida e retraída ela queria uma vida


tranquila, um homem simples, e crianças bem comportadas. A
última coisa que ela esperava era Lucky querer seu corpo
tamanho quarenta e oito, mostrando-lhe uma paixão que a levaria
direto para o inferno.
Prólogo

— Mais forte, Lucky, mais forte. — As mãos de Jenna


agarraram sua bunda, puxando-o contra ela com mais força.

Lucky estava na mesa da cozinha fodendo-a, segurando-a e


batendo forte, enquanto entrava na boceta apertada de Jenna.
Enquanto ele observava seu pênis mergulhar dentro dela, seus quadris
se levantavam para levá-lo mais profundo enquanto ele se agarrava a
borda da mesa para não deixa-la cair no chão. Em seguida, suas mãos
caíram para o lado, quase derrubando um prato de sobremesa da mesa.

Por que as mulheres sempre tentavam cozinhar e assar para


ele? Sempre que ele ia a algum lugar, as mulheres estavam sempre
tentando mostrar suas habilidades de culinárias. Todas, exceto uma –
Willa.

Seu nome passou em sua mente e quase sugou a vida fora do


seu pau antes de outra imagem se materializar - seu corpo cheio de
curvas debaixo do seu sobre a mesa, no lugar de Jenna.

Lucky observou quando Jenna passou um dedo pela


cobertura de baunilha, esfregando no seu mamilo duro.

— Sirva-se, — ela brincou.

Lucky se curvou sobre ela, lambendo a cobertura até que ela


se derreteu contra sua pele.

— Deliciosa, — ele disse, lambendo a última gota antes de


se endireitar.
Ele sentiu o pênis idiota dele gozar no preservativo que ele
insistia em usar com Jenna ou qualquer mulher quando as fodia.

— Melhor do que o glacê da Willa? — Lucky se inclinou


sobre ela novamente, lambendo seu mamilo.

— Muito melhor.

— A próxima vez que ela levar um bolo para o jantar na


igreja, eu vou dizer a ela que você disse que o meu glacê é o melhor,
— Jenna se gabava.

Lucky sentiu seu pau ficar mole com suas palavras, enquanto
o seu temperamento subiu. Ele passou a mão em volta do seu pescoço,
apertando-o com força suficiente para mandar sua mensagem sem
infligir realmente alguma dor.

— Você não vai abrir a sua fodida boca com ela se você
quiser me ver novamente. Você me entendeu?

Os olhos de Jenna se arregalaram.

— Sim, Lucky.

Lucky a soltou, afastando-se. Ele irritado, tirou o


preservativo, jogando-o na lixeira antes de empurrar seu pau de volta
em sua calça jeans e puxar o zip e fechá-lo.

Jenna trêmula se sentou sobre a mesa, segurando a garganta.

— Merda, Lucky, eu só estava brincando.

— Não finja que eu te machuquei. Eu te segurei mais forte


do que quando você estava gozando. — Ele retrucou.

Jenna saiu de cima da mesa e pegou seu short e top.


— Eu não esperava que você ficasse tão fodidamente
chateado por causa de uma piada. Por que você se importa com o que
Willa pensa? — Seus olhos se estreitaram sobre ele.

— Eu não dou a mínima para o que os outros pensam sobre


mim, mas eu me importo quando alguém de propósito tenta machucar
outra pessoa. A melhor pergunta é por que você quer machucar Willa?

— Era só uma porra de uma brincadeira! — Lucky olhou


para ela, sabendo que a mulher estava mentindo.

— Seja qual for o problema que você tem com Willa, me


deixe fora disso. Eu não vou ficar feliz se você me arrastar para o
meio disso.

— Eu não posso colocá-lo no meio a não ser que exista algo


entre você e Willa?

— A única coisa que existe entre eu e Willa é que eu


costumava ser o seu pastor. — Lucky lhe deu um olhar duro. —
Vamos deixar uma coisa bem clara, Jenna; Não há nada entre mim e
Willa. Ela te diria que nem sequer me considera um amigo. Também
não há nada acontecendo entre eu e você a não ser quando eu quero
uma foda fácil. — Ele disse grosseiramente.

O rosto de Jenna ficou branco com as suas palavras


grosseiras.

— Eu pensei... Como você está vindo muito ultimamente...

— Eu estou vindo ultimamente, porque eu gosto do que você


está me oferecendo. Quando eu me cansar disso, eu vou parar de vir.
Não faça mais disso do que há... Você irá se decepcionar.
— Eu preciso me limpar para ir ao trabalho. — Jenna falou
passando por ele, mas Lucky a agarrou pelo braço.

— Eu não quero machucá-la, Jenna, mas eu não vou dizer


que há algo acontecendo entre nós quando não há. — Jenna acenou
abruptamente. — Não se preocupe Lucky. Recebi a mensagem, — ela
retrucou, se empurrando para longe, em seguida, se virando para ir em
direção a seu quarto.

Lucky suspirou quando ouviu a porta do quarto se fechar.


Então ele foi para a porta da frente.

Ele não tinha feito nenhuma promessa para Jenna. Ela que
tinha fantasiado na sua cabeça que havia algo mais do que uma foda.

Lucky caminhava pela calçada da casa de Jenna indo para


sua moto, vendo Willa de pé no quintal, com os filhos que ela estava
criando desde a morte dos pais deles.

Lucky se recusou a reconhecer o desconforto que sentia nela


ao vê-lo. Ele a tinha visto antes, quando ela estava entrando em sua
casa no momento que ele estava estacionando sua moto na porta da
casa de Jenna, e ele sentiu seus olhos nele. Dando-lhe um aceno
casual, ele entrou na casa de Jenna.

A mulher tímida sempre ficava vermelho brilhante quando o


via, e ela evitava encará-lo, como se acreditasse que se ela não olhasse
para ele, ela milagrosamente se tornaria invisível.

— Que porra é essa! — Lucky parou quando ele se


aproximou de sua moto. Alguém tinha pinchado a palavra —
Blasfêmia — em vermelho na sua moto e raiva marcou sua alma com
o insulto.

Lucky tinha vivido nos últimos anos disfarçado como um


pastor em Treepoint, Kentucky, e uma das coisas que ele tinha
ansiosamente esperado para ter, enquanto tentava desmantelar o cartel
de tráfico de drogas entre os estados, era a sua moto.

Quando olhou para cima, viu Willa olhando para ele


disfarçadamente.

— Você viu quem fez isso? — Lucky ouviu a acusação em


sua própria voz, mas era tarde demais para recuperar a sua raiva
quando Willa empalideceu. Ele estava tendo um tempo de merda com
as mulheres hoje. Willa caminhou em direção a ele, os cinco filhos
seguindo atrás dela.

— Há algo de errado...? — As palavras dela pararam quando


seus olhos foram para sua moto.

— Acabamos de sair. Chrissy e Caroline viram um gato de


rua, quando eles estavam brincando do lado de fora mais cedo. Elas
queriam alimentá-lo... — Os olhos de Lucky foram para o gato
malhado ao lado da casa de Willa que estava contente em comer uma
lata de atum. Então, ele estudou as crianças.

— Tem certeza que você não ouviu ou viu alguma coisa?

— A casa de Jenna está mais perto de sua moto. Isso seria


mais fácil de ser visto de sua janela da sala. Se você não viu nada, por
que nós veríamos? — Willa disse. O rosto de Lucky ficou vermelho
de vergonha e raiva com a sua lógica.
— Porque eu não sou aquele que fica constantemente
olhando pela janela.

Mais uma vez, Willa era aquela que ficou vermelho


brilhante. — Vou pegar algo para limpar a tinta. — Ela correu para
dentro de sua casa, deixando-o sozinho com cinco crianças olhando
para ele com diferentes expressões – Os olhares abertamente hostis
das duas meninas mais velhas para os três mais jovens que olhavam de
cara feia para ele.

— Nós não vimos quem tocou sua moto, — Leanne afirmou,


olhando-o diretamente nos olhos.

Lucky conhecia aquelas crianças muito bem, desde quando


ele esteve disfarçado como pastor. Leanne e Sissy eram irmãs; sua
mãe Georgia tinha sido um membro de sua congregação que
recentemente foi morta quando foi presa por incendiar o clube dos
Last Rider. Shade e sua esposa Lily poderiam facilmente ter morrido
se não fosse pelos cuidados que Viper, o presidente do clube, tinha
tomado.

— Eu só perguntei se alguém tinha visto alguma coisa,


Leanne. Talvez um de você tenha provocado o outro para fazer isso?
— A tempestade se desencadeou com as suas palavras.

— Nós não colocamos um ao outro para fazer coisas que vão


nos colocar em problemas! — Sissy repreendeu. A menina mais velha,
aos dezessete anos, foi a mais afetada pela morte de sua mãe.

Lucky se sentindo culpado admitiu para si mesmo que ele


estava errado. Isso não era um trote com que um garoto brincaria.
— O que a palavra significa? — Charlie, de oito anos de
idade, perguntou enquanto segurava a mão da irmã Caroline a mais
jovem enquanto sua outra irmã, Chrissy, olhava para ele, chupando o
dedo. Os três filhos mais jovens que Willa estava criando eram do
irmão de Georgia, Lewis que estava criando as sobrinhas depois de
sua morte. Lewis estava determinado a se casar com Willa para que
ela ajudasse a cuidar da sua grande família. O bastardo doente tinha
conseguido o seu desejo; só que ele simplesmente não estava por perto
para se beneficiar disso. Willa atirou e matou-o quando ele foi à sua
casa furioso e atacou não só a ela, mas também Rachel, que tinha
tentado ajudá-la.

— Isso significa que o pastor Dean não está agindo como um


pastor mais. — Sissy sorriu para ele.

Lucky sabia a idade dela e as dificuldades recentes que eram


responsáveis pela sua atitude, mas isso não o impediu de rosnar para
ela. — Você tem um problema comigo, Sissy?

— Eu tenho um problema com você tratando Willa do jeito


que você acabou de fazer.

— Willa precisa aprender a se defender sozinha. Ela não


precisa de outra pessoa defendendo ela. Certamente não uma de
dezessete anos de idade.

O pé de Caroline se levantou o atingindo na perna.

— Pare com isso! — Lucky há muito tempo perdeu o


controle da situação embaraçosa.
Ele notou Shade estacionando sua moto na rua quando Willa
correu saindo de casa. Ótimo, tudo o que ele precisava era de uma
plateia para seu constrangimento.

— Seu im - imbecil! — Sissy gritou.

— Sissy! — Willa ficou entre Lucky e a menina, entregando


à Lucky uma toalha e uma garrafa plástica.

— O que é que eu vou fazer com isso? — Lucky estalou,


olhando para os itens em sua mão.

— Eu achei que você poderia usá-los para limpá-la, — Willa


disse, apontando para sua moto.

Shade desceu da moto, andando em direção a moto de


Lucky, enquanto Willa pegava os itens das mãos de Lucky.

— Vou limpá-la para você. — Willa estava prestes a


pulverizar a solução de limpeza quando Shade a impediu.

— O que aconteceu?

— Lucky pensa que uma das crianças ou eu fizemos isso


enquanto ele estava dentro da casa de Jenna. Eu disse a ele que não,
que eles estavam brincando no quintal, mas ele não acredita em mim.
— Os cílios de Willa piscaram furiosamente, tentando conter as
lágrimas transbordando em seus olhos.

Lucky agora estava corando de culpa, quando Shade olhou


para ele com raiva.

— Eu não disse que foram eles. Eles - Lucky apontou para


Charlie e Sissy - estavam ambos na frente quando cheguei lá fora, e
Willa estava chegando a sua casa quando eu cheguei aqui há duas
horas. Eu só estava tentando perguntar se eles tinham visto quem fez
isso.

— Não foi assim que soou para mim, — Willa disse.

— Então eu sinto muito. — Lucky apontou para sua moto.


— Eu estava com raiva quando eu vi isso. Talvez eu tenha exagerado.

Willa ignorou seu pedido de desculpas, uma vez mais se


movendo para limpar a palavra escrita em toda a estrutura da moto de
Lucky.

— Não toque nisso, Willa. — Shade a deteve. — Eu vou


ligar para Knox e pedir para ele vir e tirar fotos e ver se ele pode
encontrar impressões. — Um olhar assustado apareceu em seus olhos
quando ela olhou para as crianças em suas costas. — Isso não é
necessário. Eu posso pagar pelos danos.

— Por que você iria pagar por algo que você não é
responsável? — Lucky estalou.

Willa sempre se preocupava mais com os outros do que com


ela mesma.

— Eu não quero que você pense que fizemos isso. Não há


necessidade de um boletim de ocorrência.

— Eu vou cuidar disso, — Lucky disse quando a porta da


frente da casa de Jenna se abriu e ela saiu, vestindo o seu uniforme
que era uma saia preta curta, e uma blusa de seda vermelha. Ela
costumava trabalhar em Mick até que o novo restaurante de King
abriu, e então ela foi contratada para trabalhar lá. Ele desejou que ela
não tivesse que sair para o trabalho; ele não precisa dela colocando
seus dois centavos para fazer Willa se sentir ainda pior.

— Eu pensei que você tinha saído, — Jenna falou indo para


o lado de Lucky e colocando um braço em volta de sua cintura.

— Eu tive um contra tempo, — Lucky disse, sem se afastar.


Ele já tinha colocado ela em seu lugar antes de ter saído de sua casa.
No entanto, se Evie estava certa sobre Willa ter uma queda por ele,
então ele seria gentil ao deixá-la saber que ela não era o tipo dele,
mostrando qual era o seu tipo.

Esse plano meio que saiu pela culatra, e Lucky se xingou


quando um olhar magoado passou brevemente pelo rosto de Willa.

— Como...? — Jenna finalmente percebeu a moto parada em


sua garagem, em seguida, olhou acusadoramente para as crianças. —
— Seus malditos pirralhos. Vocês precisam...

— Cale a boca, Jenna! — Lucky interrompeu. — Não foram


eles.

— Então quem? — Seus olhos foram para Willa. — Sua


puta invejosa. — Sua mão voou, batendo no rosto de Willa antes de
Lucky ou Shade pudessem impedi-la. Willa gritou, sua mão indo para
sua bochecha. Lucky afastou Jenna, enquanto Shade deu um passo à
frente, com fúria através de seus olhos por causa da violência
desnecessária de Jenna em Willa.

— Vá para o trabalho, Jenna. Eu vou lidar com você mais


tarde. — Lucky disse duramente.
Jenna empalideceu quando Lucky a soltou bruscamente,
fazendo-a tropeçar. Acenando a cabeça, ela foi para seu carro e entrou,
mas não sem disparar um olhar de vingança para Willa quando ela foi
embora.

— Se ela tocar Willa novamente, nós teremos um problema,


— Shade avisou. — Ela é amiga de Lily.

Lucky não precisava do aviso de Shade; ele pretendia lidar


com Jenna quando ela voltasse do trabalho.

— Eu vou falar com ela esta noite, — Lucky disse,


estendendo a mão para afastar a de Willa de seu rosto, mas Willa se
afastou de seu toque.

— Desde que você não quer a minha ajuda para limpar a


tinta, não há nenhuma necessidade para nós estarmos aqui. Shade vá
em frente e ligue para Knox. Eu vou falar com ele quando ele vier.
Vamos, crianças. — Willa levou as crianças para dentro da casa dela,
a impressão da mão em sua bochecha estava vermelha flamejante
aparecendo nitidamente.

Lucky estremeceu com o som da sua porta da frente sendo


fechada. Qualquer outra mulher teria fechado bruscamente, mas o som
calmo da porta se fechando era uma prova do embaraço que a mulher
tinha acabado de sofrer. Não só ele se sentia como um imbecil, mas
Shade estava lá para testemunhar seu fracasso.

— Não me fale nada, porra, — Lucky disse com os dentes


cerrados.
Shade simplesmente pegou seu telefone, ligando para Knox
e pedindo a ele para vir até a casa de Jenna.

Willa ficou ferida, Shade estava chateado, e sua moto teria


de ser pintada novamente. Sua sessão da tarde de foda com Jenna não
tinha valido a pena os problemas. Assim que ele desligou, disse a
Lucky: — Eu tenho que voltar para o hospital. — Então ele colocou o
telefone de volta no bolso e acenou com a cabeça para a casa de Willa
onde as duas meninas mais velhas estavam olhando através das
cortinas da janela. — Você vai mandar Knox lá?

— Não, eles não viram nada. Se tivessem visto, teriam dito


alguma coisa.

— Não foram eles. Quem destruiu a minha moto e de Razer


fez isso.

— Eu percebi isso tarde demais. Eu perdi o controle quando


eu vi essa palavra. — Lucky confessou.

Quando Shade não disse nada, Lucky acrescentou: — Eu


vou passar aqui daqui a um dia ou dois para me desculpar, já que eu
não acho que ela vá querer ouvir qualquer coisa que eu tenha a dizer
nesse momento.

— Eu não acho que a mulher vá querer ver você de novo,


muito menos ouvir qualquer coisa que você tenha a dizer.

— Eu não vou ganhar um bolinho dela tão cedo; com


certeza, — Lucky concordou com tristeza.
— Eu tive a buceta de Jenna e os bolinhos de Willa. Eu sei o
que eu teria escolhido, mas você irmão nunca foi o mais inteligente do
clube.

Lucky tinha que concordar em silêncio com ele, mesmo que


ele odiasse quando o filho da puta estava certo.

Capítulo 1

— Posso pegar algo para você beber? — Willa pulou ao


ouvir a voz de Rachel atrás dela.

— Não, obrigada. — Willa se virou para a mulher que a


convenceu a vir ao chá de bebê de Lily, apesar de sua intenção de
ficar longe. Willa sentiu um flash indesejado de inveja pelo cabelo
ruivo de Rachel. Sua mão involuntariamente foi para o seu cabelo
castanho sem brilho para se certificar que ainda estava em um nó
arrumado na nuca, desejando tardiamente ter deixado solto.

— O bolo está lindo, Willa. Você se superou.

Willa sorriu, corando. Ela teve tempo extra para fazer um


bolo especial para Lily, que foi liberada do hospital após ter sido
sequestrada por seu pai adotivo. A polícia estadual havia liderado a
busca por vários dias para encontrar o ex-pastor da cidade antes de
soltar uma declaração que tinham encontrado provas que Saul Cornett
tinha conseguido escapar do país.
Não só Lily e seu marido Shade tiveram que lidar com seu
sequestro, mas a sua casa foi destruída por uma tempestade que
passou pela cidade. O chá de bebê de hoje era para substituir os itens
que tinham sido destruídos. Willa nunca esteve no clube dos Last
Riders antes. Ela de alguma forma esperava encontrar móveis
quebrados e latas de cerveja jogadas; E em vez disso, era limpo e
decorado com móveis de couro que, na verdade, pareciam muito
confortáveis. Havia um bar no canto da sala e uma mesa de sinuca
com várias outras mesas com cadeiras posicionadas ao redor da sala.

Winter desceu as escadas do andar de cima, se aproximando


dela e Rachel. A esposa de Viper, o presidente do clube, parecia
bonita em um vestido longo azul que exibia seu corpo magro. Willa
sempre se sentiu enorme e sem graça quando ela estava perto da outra
mulher. Não só ela superava Winter em mais de 30 quilos, mas o um
metro e setenta e sete de altura de Winter a fazia parecer ainda menor.

Ela estava com raiva de si mesma por invejar as outras


mulheres a ponto de constantemente tentar mudar a sua própria
aparência. Seu cabelo passou por várias mudanças de cor
recentemente de loiro para diferentes tons de vermelho até finalmente
admitir a derrota e retornar para a sua cor castanho. Suas tentativas de
mudanças não pararam em seu cabelo, também tentou transformar seu
grande corpo para os tamanhos delicados delas, sendo outra tentativa
em que ela falhou.

— Como você está lidando com as crianças? — Winter


perguntou, seu olhar amigável fazendo Willa se sentir ainda mais
culpada por desejar ser tão atraente quanto elas eram para os homens
que frequentavam o moto clube. Willa não conseguia explicar a si
mesma por que se sentia dessa forma, embora, o Senhor sabia que ela
não seria capaz de lidar com a atenção dos motoqueiros que tinham
uma aparência intimidante e letal.

— Tem sido uma transição para eles, — Willa admitiu


cuidadosamente, não revelando quão difícil era deixar de viver uma
vida solitária para uma cheia de birras e louça quebrada, algumas das
quais não vinham das crianças que ela estava cuidando até que
conseguissem encontrar um parente. As crianças mais velhas estavam
provando ser o maior desafio.

— Eu tenho certeza que tem sido, — Winter disse com


simpatia.

Willa se afastou do olhar astuto de Winter. A escola tinha


notificado ela há dois dias que, a menos que Sissy parasse de faltar
tanto na escola, ela seria transferida para a escola alternativa onde
Winter era a diretora, bem como um membro da comissão que
colocava as crianças problemáticas na escola. Como resultado, Winter
era provavelmente mais bem informada sobre as falhas acadêmicas de
Sissy que Willa, bem como era seu pai adotivo. No entanto, ela não
disse nada sobre a criança na frente de Rachel, ao que Willa era grata.

O problema era que Willa não tinha qualquer ideia de que


Sissy não estava indo para a escola. Embora a deixasse todos os dias
com Leanne na escola, a menina se escondia e pulava. Leanne sabia,
mas não entregou a irmã. Quando Willa foi confrontar Sissy, a garota
subiu para seu quarto, se trancando, e agora Willa estava sem saber
como lidar com a garota.
— Cash está precisando de ajuda. Licença. — Rachel saiu,
indo para o lado de seu marido, enquanto ele de qualquer jeito
guardava os presentes do bebê no bar.

— Quaisquer conselhos sobre como lidar com Sissy seria


apreciado. Tenho vergonha de admitir que não estou lidando com ela
muito bem.— Willa confessou a Winter, logo que Rachel se afastou.

— Seja paciente. Se você quiser, eu posso tentar falar com


ela, — Winter ofereceu.

— Eu vou aceitar qualquer ajuda que puder conseguir. Eu


tenho medo de que se ela entrar em mais problemas, o serviço social
vá reconsiderar a minha capacidade para criar as crianças. O xerife e o
estado estão tentando encontrar o meio irmão de Geórgia e Lewis.
Assim que encontrá-lo, eu não vou ficar tão preocupada por eles
serem separados. — Esse medo a manteve acordada à noite.

— Não se preocupe; Tenho certeza que não será por muito


tempo. — Winter tocou em seu braço, e Willa instintivamente se
afastou.

— Oi, Willa. — Evie e King pararam quando eles passaram


pela sala lotada.

— Olá, — Willa respondeu, de repente percebendo que as


mulheres do grupo estavam tentando fazê-la se sentir confortável. Não
ia acontecer com Dean, ou Lucky, como todo mundo o chamava agora
- Na sala. Obrigou-se a manter os olhos longe de onde ele estava de
pé, vestido com jeans e uma camiseta como o resto dos homens,
exceto King, que usava sua habitual calça e camisa social.
— Seus bolos estão vendendo bem no restaurante, Willa.
Precisamos conversar sobre o aumento de nossa encomenda. — King
era um dos poucos homens que tinham o poder de deixar a sua guarda
baixa e fazê-la se sentir relaxada.

— Eu não posso. Eu quase não estou conseguindo dar conta


das encomendas que tenho agora. — Willa mordeu o lábio, não
querendo desapontar o seu cliente mais lucrativo.

— Você poderia tirar os outros restaurantes de sua lista. Eu


poderia comprar o que você vende para eles, — King ofereceu com
um sorriso suave que fez Willa considerar a opção por um breve
segundo.

Willa balançou a cabeça com pesar. — Isso não seria justo.


Eu vendi meus bolos e tortas para eles durante anos.

— Eu posso pagar mais, — King a tentava.

Willa definitivamente conseguiu entender como ele


conseguiu roubar sua esposa Evie dos homens dos Last Riders.

— Não é sobre o dinheiro, — Willa recusou. — Se eu tiver


qualquer folga durante a semana, eu posso fazer algumas sobremesas
extras. Nós podemos fazer semanalmente.

King sorriu. — Eu vou pegar o que eu puder conseguir. —


Evie se encostou ao lado do marido. — Não é verdade? — Willa
corou ao testemunhar o olhar sexualmente aquecido entre eles.
Felizmente, Shade trouxe Lily naquele momento na sala,
proporcionando uma distração bem-vinda.
Sempre que ela via Shade e Lily juntos, isso trazia um nó em
sua garganta. Ela teve sorte de ter visto vários casamentos
extremamente felizes em sua própria família, mas o que Lily e Shade
compartilhavam era além da explicação. Seu amor era um presente.
Era especial. Isso também reforçou seu próprio senso de solidão.

Ela tinha pensado que estaria casada nesse momento com um


casal de filhos, não sozinha e cuidando de cinco crianças que
pertenciam a duas pessoas que fizeram sua infância e idade adulta
miserável.

Ela tinha originalmente ficado com os filhos como sua


penitência por tirar a vida de Lewis, o pai das três crianças mais
jovens e o guardião da Leanne e Sissy, filhas da sua irmã Geórgia,
mas evoluiu para uma preocupação genuína por todos eles.

Willa ficou no fundo da multidão quando Lily começou a


abrir seus presentes, enquanto Shade segurava seu filho pequeno em
seus braços. O homem duro de olhos azuis estava sorrindo para a
esposa com apreço.

Não era possível continuar olhando sem sentir inveja, Willa


se virou para a grande mesa com bebidas onde Bliss, uma atraente
loira, estava olhando com uma expressão de dor que ela era incapaz de
disfarçar. Willa podia entendê-la. Ela sempre quis o que ela não podia
ter. Toda noite, ela orou para ser uma pessoa melhor, mas até agora,
suas orações tinham ficado sem resposta.

Willa pegou uma garrafa de água, andando para ficar ao lado


Bliss para que ninguém ouvisse. — Eu trouxe um pouco do doce de
manteiga de amendoim que você gosta. Eu mesma escondi no armário
da cozinha da porta dos fundos.

Bliss olhou para ela com surpresa. — Você trouxe isso para
mim?

Willa assentiu. — Eu me lembrei do quanto você gosta dele.


Usou o último lote para subornar Rider.

— Sim. Ele consertou o triturador de lixo e limpou as calhas.


— Bliss riu.

— Eu fiz para você dois lotes. Você pode ficar para si ou


compartilhar.

— Ninguém vai tirar isso de mim. Todo mundo está


chateado comigo porque eu disse algo que eu não deveria, — ela
deixou escapar, surpreendendo Willa com a confiança, desde que o
clube geralmente mantinha todos os seus relacionamentos privados.

Willa observou que a mulher sensual estava olhando infeliz


para Shade e Lily. — Vai pedir desculpas a eles? — Ela não precisava
perguntar se era Lily quem ela tinha ofendido. Todo mundo adorava a
mulher de voz suave e se reuniam perto dela se achassem que ela
estava ferida. A festa que a rodeava era a prova de seu amor por ela.

Bliss deu um riso amargo. — Não é a primeira vez que eu


coloco meu pé em minha boca, e o clube está ficando cansado das
minhas desculpas. Eles não acreditam que eu digo isso sinceramente
quando eu continuo fazendo a mesma coisa estúpida.
— Então prove para eles que estão errados, — Willa disse
gentilmente. — Você realmente acha que Lily e Beth são capazes de
guardar rancor?

Bliss olhou para ela, assustada. — Você sabe o que


aconteceu?

Willa sorriu ironicamente. — Não, eles não confiam em


mim, mas eu ouvi você no hospital dizendo a Jewell que eles nunca
iriam perdoá-la. — Com a expressão preocupada de Bliss, Willa
tentou acalmar seus medos. Desde que os Last Riders fazem questão
de manter sua vida privada, e Bliss já estava com problemas com o
clube, Willa não queria que eles pensassem que ela estava
bisbilhotando.

— Eu só ouvi isso quando estava indo ver Lily. Eu não tenho


um hábito de bisbilhotar. — Bliss relaxou com as suas palavras. — Vá
falar com Lily. Evitá-la não vai deixar as coisas mais fáceis. — Willa
deu a Bliss um pequeno empurrão em direção a Lily. — A propósito,
ela ama o doce de manteiga de amendoim, também. Ela estava
constantemente me pedindo por isso quando estava grávida, mas como
ela estava comendo muitos bolinhos, Shade colocou um limite para os
doces.

— Foi por isso que você fez um lote duplo? Assim eu


poderia subornar Lily para me perdoar?

— Eu fiz o suficiente para o clube todo perdoá-la. — Willa


sorriu, inconscientemente, mostrando suas covinhas.

Bliss deu a ela um olhar estranho antes de ir para a cozinha


onde ela tinha escondido o doce para ela.
Willa notou que Lily se sentou em um dos sofás grandes ao
lado de Beth, que não estava parecendo bem.

Ela caminhou em direção a elas para conversar, em seguida,


escapar da tortura de estar em uma multidão tão grande. Enquanto
caminhava para frente, ela sentiu alguém olhando para ela. Sempre
sensível a ser o centro das atenções, ela olhou para o lado e pegou os
olhos de Lucky nela.

Quando ela ouviu o nome que os outros membros do clube o


chamaram, ela achou que o nome lhe convinha muito mais do que
pastor Dean. Quando ela olhava para o seu corpo alto, musculoso e
rosto que mantinha uma crueldade que esteve cuidadosamente
escondida atrás de uma fachada de charme cortês, ela nunca foi
enganada. Nem uma única vez. Desde o primeiro momento em que ela
o viu entrar na igreja há alguns anos para substituir o pastor Saul atrás
do púlpito.

O sol estava brilhando em seu cabelo castanho, que era um


pouco mais longo do que a maioria dos pastores que ela já tinha visto.
Seus olhos castanhos olharam para a congregação como se ele
soubesse seus segredos mais íntimos. Willa estava sentada, atordoada
no banco, febrilmente desejando que o seu sermão terminasse para
que ela pudesse escapar dos sentimentos que atravessaram o corpo
dela que eram completamente inadequados para experimentar durante
um culto na igreja.

Willa apressadamente arrastou seus olhos para longe, se


concentrando em desviar seus pensamentos. Ela há muito tempo
aprendeu a ignorar Lucky, com muito medo de que a sua expressão
revelasse seus segredos. Não havia nada mais constrangedor do que
quando um homem popular percebia que a garota gorda tinha uma
queda por ele. Ela tentou não desejar algo que não podia ter, e ele era
tão inatingível para ela como vestir o tamanho 38.

Willa esperou pacientemente por Lily e Beth notá-la, não


querendo interromper a conversa das irmãs. Lily a viu primeiro, lhe
dando um sorriso suave que nunca deixou de fazer Willa ou qualquer
outra pessoa se sentir como se ela fosse sua melhor amiga, embora
soubesse que não fosse verdade.

— Willa, obrigada por ter vindo. Meu bolo está incrível. Fiz
Shade tirar uma foto antes de eu deixá-los cortá-lo. — A doce voz de
Lily a envolveu com genuína cordialidade.

— Por nada. Estou feliz que você esteja em casa, — Willa


respondeu sinceramente. Seus olhos foram para Beth, que se encolheu
um pouco quando ela se virou para uma posição mais confortável no
sofá. — Você está bem? — Willa ficou preocupada com a palidez de
Beth.

Beth assentiu com a cabeça. — Estou bem. Devo ter uma


distensão muscular, — ela respondeu evasivamente.

Willa pegou a troca de olhar que Lily enviou a Beth com a


resposta. As irmãs não eram muito boas em mentir. Na verdade, elas
suspiraram. Era por isso que Willa realmente não se considerava
amiga delas ou de ninguém, nesse assunto. Ela sempre caía em um de
dois grupos. Um era quando eles tinham pena dela, e a puxavam para
seu grupo. O outro era o lugar onde eles se aproveitaram dela para
conseguir o que queriam. Lily, Beth, Rachel, e Winter estavam no
primeiro grupo. Elas sentiam pena e tentavam incluí-la, mas não a
consideravam amiga o suficiente para realmente confiar nela. A
mantinham no comprimento do braço, algo que alguém que não
pertencia ao seu clube não conseguia romper.

Ao contrário do resto da cidade, Willa não queria conhecer


os seus segredos. Ela simplesmente queria ser uma amiga que elas
pudessem confiar as suas confidências, e saber que ela não espalharia
a fofoca por toda a cidade. Ela estava muito acostumada a ser o objeto
de línguas maliciosas para nunca fazer isso com outra pessoa.

Willa deu a ambas um sorriso tenso. — Eu queria dar um olá


antes de sair. Eu preciso pegar as crianças da escola. — Willa deu
uma desculpa para conseguir se afastar da situação desconfortável.

— Lamento que você tenha que sair tão cedo. Eu não abri
seu presente ainda...

— Tudo bem. Não é nada demais. Espero que goste. —


Willa começou a recuar, menosprezando as horas que ela passou
tricotando o cobertor azul para o bebê que estava fechado ao lado de
Lily. — Tchau, Beth... Lily. — Ela se virou para sair, aliviada que ela
finalmente conseguiu escapar. A sala estava ficando mais lotada no
momento, enchendo com mais homens ainda.

Quando ela caminhava através da multidão, ela se


aproximou da porta da frente que tinha sido deixada aberta pelos
últimos motoqueiros que entraram.

— Por que você pelo menos não diz um oi para Willa? —


Willa desacelerou, reconhecendo a voz de Evie.
— Porque eu não quero dar a ela mais um motivo para se
sentir estranha. Ela se destaca como um polegar ferido. Toda vez que
eu me aproximo dela, ela corre como o inferno. Vou ficar feliz quando
ela superar sua paixão por mim. É malditamente desconfortável. —
Willa empalideceu. Rider, que estava descendo a escada, parou
quando ouviu as palavras de Lucky e a viu escutando. Humilhação a
inundou. Endireitando os ombros, ela continuou em direção à porta e
saiu. Evie a viu primeiro, ficando de boca aberta. King, que estava de
pé ao lado dela, foi capaz de esconder sua reação surpresa, mas não
por muito tempo. Lucky olhou por cima do ombro para ver quem eles
estavam olhando, e seus olhos se encontraram.

— Willa...

Ela não pensava que alguma coisa pudesse constranger o


homem confiante, que tinha um início de tom de vermelho aparecendo
em seu queixo firme.

— Estou indo embora. Eu não quero que você fique


desconfortável. — Ela lhe deu um olhar fixo, determinada a não se
fazer uma grande idiota.

— Eu não quis dizer... — Lucky passou a mão pelo cabelo,


que tinha crescido ainda mais desde que desceu do púlpito.

— Você quis dizer exatamente o que você disse. Se você


acha que eu estou atraída por você, você está errado, Lucky, — ela
disse. — Eu nunca seria atraída por um homem como você. O homem
que eu me sentiria atraída partilharia da mesma fé e crenças que eu,
seria gentil e atencioso com os outros, e nunca de propósito faria mal
aos sentimentos de alguém. O tipo de homem que você fingiu ser por
anos, mas eu sabia que não era o verdadeiro homem de pé atrás do
púlpito todos os domingos. E foi por isso que eu troquei de igreja.
Meu pastor tem que ser um homem em quem eu acredito. Eu nunca
acreditei em você, e eu estava certa.

Willa passou por King pedindo desculpas com o olhar,


deixando o grupo olhando perplexos para ela. Ela se forçou a andar
com cuidado pela longa escada até o estacionamento quando tudo o
que ela queria fazer era correr. Ela sentiu o olhar chocado de Lucky
sobre ela quando entrava em seu carro, em seguida, dirigiu lentamente
para a estrada.

Ela estava humilhada, mas orgulhosa de si mesma por dar a


ele uma resposta. O homem arrogante usava as mulheres que se
ofereciam para ele, tentando chamar sua atenção. Bem, ela era uma
mulher em Treepoint que não cometeria esse erro. Ela estava com
tanta raiva que sentia a necessidade de assar um bolo, em seguida,
arremessá-lo em seu rosto. Um riso escapou dela enquanto dirigia pela
estrada, deixando o clube para trás. A imagem de Lucky com bolo em
cima dele lhe deu um pouco de confiança, assim como o fato de que
agora ele acreditava estar enganado em supor que ela estava nutrindo
sentimentos apaixonados por ele. O qual não estou, disse a si mesma
com firmeza. Não, ela não estava apaixonada por ele. No entanto, ela
era forçada a admitir para si mesma - Porque tinha medo que Deus
estava consciente de seus pensamentos mais íntimos e fantasias que
teve com o homem arrogante. Ele preenchia seus sonhos tarde da noite
quando suas defesas estavam baixas. Os desejos que ela mantinha
afastados durante o dia, não conseguiam ser reprimidos durante
aquelas longas noites solitárias que pareciam intermináveis, até que os
primeiros fluxos de luz do dia retornavam, e ela poderia enterrá-los
mais uma vez com o trabalho duro, se esgotando até que ela
enfrentaria isso tudo de novo.

Sua mãe tinha incutido em sua mente desde a infância para


ela ser uma mulher virtuosa. Sua mãe não só desaprovaria a sua
atração indesejada por Lucky, a quem ela nunca conheceu, mas se ela
ainda estivesse viva, ela teria palpitações no coração com o
pensamento de sua filha pura estando perto do homem sexualmente
magnético. Será que as pessoas sofrem ataques de ansiedade no céu?
Willa colocou isso em sua crescente lista mental de perguntas que ela
faria a Deus quando eles se conheceram, esperando que fosse num
futuro muito distante. Senhor me permita que eu te encontre, Willa se
corrigiu. Seus sentimentos por Lucky estavam colocando sua alma
eterna em perigo.

— Deus, se você estiver me ouvindo, eu tenho algo a


confessar. Eu menti. Eu meio que tenho uma queda por aquele grande
idiota, — ela disse em voz alta, olhando para o carro vindo em sentido
contrário na outra pista, com medo de ser punida por contar uma
mentira ainda maior. — Ok, — ela disse, começando a sua confissão.
— Eu gosto muito dele.
Lucky estava na varanda da frente, observando até que as
luzes traseiras do carro de Willa não podiam mais ser vistas.
Relutantemente, ele se virou para enfrentar uma irritada Evie e King.

Quando a boca de Evie se abriu, Lucky levantou a mão para


parar suas recriminações irritadas. — Não há nada que você possa
dizer que eu não esteja dizendo para mim mesmo. Estou ciente que eu
agi como um idiota e feri os sentimentos de Willa.

— Você vai se desculpar? — As feições de Evie


alimentaram seu pesar.

— Não. Eu vou deixá-la em paz. Eu não queria machucá-la,


mas é o melhor. — Lucky desviou os olhos do olhar exigente de King.
Ele sufocou sua culpa, algo que ele estava se tornando um
especialista. A paixão de Willa por ele precisava ser interrompida, e
ele preferia que ela se sentisse magoada agora do que prolongar a
atração que ela sentia por ele.

— Quando você se tornou tão idiota? — Evie entrou no


clube, deixando ele e King sozinhos.

King encostou-se no corrimão da varanda, cruzando os


braços sobre o peito.

— Vá em frente e me dê merda. Eu sei que você está


morrendo de vontade. — Lucky estava ciente que King gostava de
Willa.

— Por que eu deveria dizer alguma coisa? Você queria que


Willa odiasse você, e você conseguiu. Você tem suas razões. Elas
provavelmente são besteiras, mas são as suas razões.
— Elas não são besteira. Willa é uma mulher doce, e me
recuso a encorajá-la. Eu não me sinto atraído por ela, e eu nunca me
sentirei. — Lucky negou com veemência.

— Quem você está tentando convencer, a mim ou a você


mesmo? — A boca de King tremeu com um sorriso zombeteiro.

— Ninguém. Eu estou declarando um fato. Quanto mais


cedo ela me superar, mais cedo ela vai encontrar alguém.

King olhou para ele, incrédulo. — Você realmente acredita


que ela está apaixonada por você?

— Sim, Evie me falou... E a forma como ela se comporta


perto de mim. — No começo, ele pensou que ela mantinha distância
porque ela não o aceitava como seu pastor, mas os comentários de
Evie da atração de Willa por ele uma noite abriram seus olhos para o
fato que ela não sabia como lidar com a atração unilateral que ela
sentia em relação a ele.

King sacudiu a cabeça, fazendo Lucky duvidar da validade


da afirmação de Evie. — Essa mulher sente algo por você tanto
quanto eu. Willa é muito perceptiva; Ela vê além das desculpas que
você dá para os outros, e isso assusta o inferno fora dela. Ela sente
algo sobre um Last Riders, mas não é você.

Lucky endureceu como se recebesse um soco imaginário no


intestino. Se ele não soubesse melhor, ele pensaria que era ciúme.
Foda-se, ele não sentia ciúmes. Não havia uma mulher que ele não
compartilharia ou não tivesse compartilhado com os irmãos, então por
que ele dava a mínima se Evie estava errada sobre qual irmão Willa
queria?
— Quem? — Ele perguntou, não percebendo que a sua voz
tinha se aprofundado em um rosnado.

— Rider. — King deu uma risada sarcástica. — É por isso


que ela estava tão envergonhada quando ela ouviu sua boca grande
jorrando essas coisas estúpidas. Rider estava atrás dela quando ela
estava saindo.

Lucky sentiu sua tensão diminuir. — Ela não gosta de Rider.


Ela nunca esteve perto dele, — afirmou confiante.

— Sério? Hmm... Eu me pergunto de quem é a bunda


sentada no meu restaurante todas as tardes de quarta-feira quando está
programado para ela fazer suas entregas. É certo como a merda que
parece com Rider quem a ajuda a carregar todas aquelas caixas de
doces para dentro.

— Você está me gozando. — Lucky começou a descartar as


palavras de King, em seguida, se lembrou de que Rider esteve
desaparecendo da fábrica todas as tardes de quarta-feira.

— Por que eu faria isso quando você disse que não se


importa com ela e quer que ela encontre alguém? — King jogou suas
próprias palavras de volta em seu rosto.

— Eu quero. Então por que Evie pensou que Willa gostava


de mim? — Sua testa se franziu com o pensamento. Ele tinha a
impressão que Shade acreditava na mesma coisa.

Olhando por cima do ombro de King, pela porta aberta, ele


viu Shade comer uma grande fatia do bolo que Willa tinha feito.
Poderia aquele bastardo de coração frio armar algo? Para alimentar
seu dente doce? Poderia ter sido Shade aquele a dar Evie à ideia?

— Eu não sei. Evie não é a melhor juíza. Ela acredita que


sou impotente para resolver as coisas de casa. — King deu um
encolher de ombro rápido.

— Você é. — Lucky se lembrou das tentativas falhas de


King para fazer as tarefas domésticas, mesmo as pequenas. Inferno,
um dia, Lucky passou por sua casa e o viu tentando cortar a grama.
Lucky parou no meio-fio e terminou o trabalho para ele em vez de
deixar Evie encontrar um gramado irregular, quando chegasse em
casa.

— Eu sou? Ou talvez eu seja inteligente o suficiente para


não ter que fazer essa merda. Eu prefiro ter alguém fazendo os
trabalhos como triturador quebrado, cortar a grama, ou montar uma
estante. Eu tenho o dinheiro para pagar por isso, mas Evie insiste que
pelo menos eu tente. Fingindo ser impotente mantém Evie fora das
minhas costas, e eu não tenho que consertar porcaria no meu dia de
folga. Eu também tenho a vantagem de ver os homens que a minha
esposa usou para foder fazendo meus trabalhos de merda.

— Eu vou dizer a ela, — Lucky ameaçou, ficando a cada


segundo mais irritado. Estava quente pra caralho naquele dia que ele
cortou a grama. Ele não sabia o que estava irritando mais: A atitude de
King ou o pensamento de Willa realmente querer Rider.

— Vá em frente. Ela não vai acreditar em você. — A


presunção de King fez Lucky querer socá-lo quando ele se endireitou
no corrimão.
— Eu não sei por que você está ficando tão irritado. Há
poucos minutos, se livrar de Willa era mais importante do que ter
certeza que ela estava se divertindo. Rider não vai machucá-la. Na
verdade, eu acho que eles fariam um grande par. Ele está obviamente,
mais sensível às necessidades de uma mulher.

— Você não sabe o que diabos você está falando! Willa


precisa de alguém que vá levar uma vida tranquila com ela. Ela é
muito firme em suas crenças. Ela é tímida. Rider vai...

— Rider é muito gentil com ela, — King cortou. — Veja por


si mesmo. Venha para o almoço no restaurante na quarta-feira.

— Porque eu faria isso? Não é da minha conta se ela se


envolver com Rider. Eu não sou mais seu pastor.

— Faça como quiser. A única razão pela qual eu falei sobre


isso era para você parar de fazer a si mesmo de idiota perto dela, mas
eu posso ver que seria impossível para você. — King entrou,
deixando-o sozinho na varanda.

Ele poderia estar enganado sobre Rider correndo atrás de


Willa? Lucky não acreditava nisso, mas ele recordou o rosto de Rider,
quando ele estava na porta. Quando Rider já deu a mínima para
alguém além de si mesmo? O irmão esquece as mulheres, logo que ele
encontra um novo lugar para enfiar o pau. Ele amava foder as novas
mulheres…

Lucky interrompeu o pequeno pensamento.

Talvez ele fosse passar pelo restaurante de King na quarta-


feira. Ele iria ter certeza que Willa estivesse a salvo do charme de
Rider. Afinal, o homem não merece uma mulher como Willa. Ela
merecia um homem como ele fingiu ser – Descente, um homem
temente a Deus, um homem como ele costumava ser, antes dele se
juntar ao exército e deixar a sua cidade natal, que era ainda menor que
Treepoint.

Não levou muito tempo para a guerra destruir suas crenças


na integridade da raça humana e, em seguida, transformá-lo em um
homem que tinha descoberto suas próprias fraquezas e falhas. Ela
merecia mais do que um homem com sangue nas mãos e um alvo em
suas costas. Nenhuma mulher merecia ser feita uma viúva e deixada
sozinha com o coração partido ou ter que deixar seus filhos para trás
para lamentar seu falecimento. Ele tinha sido forçado a fazer muitas
visitas de condolências para querer que a sua própria família
experimentasse esse tipo de dor. Foi por isso que ele há muito tempo
decidiu que não ter filhos, ele não estaria por perto para protegê-los.
Mesmo se ele fosse se casar, seria com uma mulher que vivia na
lógica que um homem era tão bom quanto o outro. Afinal de contas,
uma vagabunda não choraria por ele quando o homem que estava
esperando para acabar com sua vida finalmente aparecesse, quando a
sua sorte finalmente acabasse.
Capítulo 2

Lucky ignorou o olhar divertido de King quando ele entrou


no restaurante na quarta-feira, vendo Rider já sentado em uma das
mesas do bar de frente a porta. Ele caminhou até a mesa e se sentou no
banco em frente a ele.

— O que você está fazendo aqui? — Rider perguntou.

— Pensei em experimentar o almoço especial que você tem


aqui toda quarta-feira, — Lucky disse, tendo o menu da garçonete
loira platinada que lhe deu um sorriso de flerte, enquanto esperava por
seu pedido. Lucky olhou para suas pernas longas antes de encontrar os
olhos com um sorriso descaradamente sexual. — Dê-me um
hambúrguer, batatas fritas e uma cerveja, — ele pediu.

— Isso é tudo? — A resposta provocante e a enorme


exibição de pele transbordando de seu top atraíram o seu interesse.

— Por enquanto. — Lucky deu-lhe uma piscadela,


ignorando a aparente irritação de Rider. Quando a garçonete se
afastou, ele olhou pelo restaurante cheio.

— Então, o que você come aqui? Eu pensei que o restaurante


era o seu lugar favorito.

Rider deu de ombros. — Obviamente, você já sabe que Willa


traz suas sobremesas hoje. Se você não pegá-las no dia que ela
entrega, elas terminam até sexta-feira. Por que você dá a mínima onde
eu como? — Ele olhou por cima da mesa para ele interrogativamente.
— Eu não dou, — Lucky afirmou o assunto com
naturalidade, olhando para o decote da garçonete quando ela se curvou
para colocar a sua cerveja na frente dele, em seguida, saiu com um
movimento sedutor de seus quadris.

— Não parece para mim, — Rider o contra disse.

Desta vez, foi Lucky quem deu de ombros, tomando um gole


de cerveja. — Então, as sobremesas são a única razão pela qual você
está correndo atrás de Willa?

— Não porra. Você é cego? Seus peitos e bundas são o


porquê eu estou sentado aqui. As sobremesas são apenas um bônus. —
Rider lhe deu um sorriso arrogante.

A mão de Lucky apertou na garrafa de cerveja, tentado a


esmagá-la sobre a cabeça de Rider. — Willa não é uma vagabunda
que você pode foder e se afastar. Ela não é esse tipo de mulher.

— Como você sabe? Talvez ela seja. Talvez eu não queira


me afastar dela. Razer se estabeleceu. — Ele pontuou.

— Você está pensando em se estabelecer com uma mulher?


— Lucky perguntou com espanto.

— Você é um filho da puta louco? Claro que não, eu não


estou pronto para me estabelecer. — Rider olhou para ele como se
tivesse pisado em merda de cachorro. — Eu sou muito jovem para me
estabelecer com uma mulher. Eu farei, quando estiver com mais de
sessenta por isso vou ter alguém para cuidar de mim quando eu ficar
velho, mas até lá, não.
Lucky apertou os dentes, começando a entender a irritação
de Shade com o irmão.

— Então, você quer usar Willa como seu brinquedo de foda


e fazer sobremesas para você, ao mesmo tempo?

— Sim. — Rider sorriu com satisfação. — É uma situação


ganha-ganha.

Lucky perdeu o controle. Ele estava prestes a chegar do


outro lado da mesa e limpar o sorriso presunçoso de seu rosto quando
a garçonete inadvertidamente salvou Rider, colocando sua comida
sobre a mesa; Rider aproveitou a oportunidade para se afastar da
cabine antes dela e sair. Seu flerte de mais cedo o mordeu na bunda,
enquanto ela esperava, impedindo-o de pegar Rider.

A cabeça de Lucky se virou para ver Rider pegando várias


caixas rosa que Willa carregava pela porta enquanto King segurava a
porta aberta.

— Eu saio em vinte minutos, — a garçonete comentou,


chamando a sua atenção de volta para ela.

Lucky olhou rapidamente para seu crachá. — Eu estarei lá


fora. Não me deixe esperando, Anna.

Seu olhar apreciativo deslizou sobre seu corpo antes de


voltar para encontrar seus olhos. — Eu não vou. — Ela correu se
afastando, sua bunda exuberante provocando o seu olhar apreciativo.

Não era tão perfeita como a de Willa, mas serviria. Lucky


permaneceu sentado, comendo seu hambúrguer e batatas fritas,
enquanto observava Rider jogar charme em Willa. A mulher bonita
estava ficando nervosa com a atenção do irmão, quase deixando as
caixas de sobremesas caírem. Lucky torceu para que ela os deixasse
cair e negasse a Rider os deleites que ele estava querendo.

Então Willa entregou a Rider as caixas, e ele quase se


engasgou com uma batata frita quando o top que ela estava usando foi
mostrado. Ela estava com um top cor de pêssego enorme que cobria
ela, exceto os seios, que estavam perfeitamente desenhados, e o botão
de cima estava aberto, deixando uma generosa porção de seus seios
nus. O olhar voraz de Rider se iluminou com a visão, e o irmão quase
deixou cair às caixas que ele estava carregando. King rapidamente as
pegou antes que eles terminassem em seu piso de madeira polida.

Lucky terminou sua comida enquanto ele continuava a olhar


Rider e Willa conversarem perto da porta, enquanto King desapareceu
na cozinha. Lucky percebeu que ela estava esperando por seu dinheiro
desde que ela parecia querer fugir da atenção de Rider. O fodido Rider
deixava as mulheres desconfortáveis, sobrecarregadas com a sua
atenção até o momento em que ele as levava para a cama, onde se
perguntavam como elas chegaram lá.

Willa deu um passo para o lado quando Rider se aproximou


dela, seus olhos inadvertidamente capturaram os dele. Corando, ela
empurrou seu olhar de volta para Rider. Lucky desejou poder ler seus
pensamentos naquele momento. Ele estava disposto a apostar que ela
se viu na mira entre dois lobos.

Quando ela ajustou sua postura dando as costas para ele, ele
jogou um pouco de dinheiro em cima da mesa e se levantou decidido a
resgatá-la de Rider. Ele estava fazendo um favor a ela, não porque o
incomodava vê-la tão perto do motoqueiro depravado, mas porque ao
olhá-la a ponto de ser a próxima foda de Rider era como assistir a um
gatinho bonito prestes a ser devorado por um Pit Bull.

Enquanto se aproximava, ele quase revirou os olhos ao ouvir


Rider convidá-la para almoçar, embora ele tivesse que admitir que ele
estivesse chocado que Rider soubesse o que era um almoço.
Normalmente, ele grosseiramente falava com as mulheres que ele
queria voltar para seu quarto na sede do clube.

Lucky se recusou a admitir para si mesmo que o seu próprio


comportamento recente não era muito melhor. Ele estava ainda mais
chocado com a resposta de Willa.

— Eu já vou almoçar com alguém, — ela disse. Rider


parecia infeliz, mas ele não teve tempo de dizer mais nada quando a
porta se abriu e Drake Hall entrou.

— Desculpa, estou atrasado. Eu tive uma ligação inesperada


quando eu estava prestes a sair do escritório. Você estava me
esperando há muito tempo?

— Não, — Willa deu a Drake um atraente sorriso, exibindo


essas malditas covinhas dela.

Drake deu em Willa um beijo carinhoso na bochecha que fez


olhos de Lucky se estreitarem para o outro homem. Willa deve saber
melhor do que confiar em um homem de boa aparência. Lucky estava
rapidamente começando a se perguntar se a tímida mulher era tão
virginal como tinha acreditado, com a quantidade de homens na
cidade a perseguindo.
Ele desejou que Willa estivesse carregando sua arma. Ele
não se importaria se ela colocasse um buraco ou dois de bala nos
cidadãos mais depravados da cidade.

A mão de Drake pegou o braço de Willa quando King se


aproximou com seus menus elegantes na mão.

— Eu tenho sua mesa pronta, Drake.

— Obrigado, King.

Ambos, Lucky e Rider viram quando o homem sofisticado


levou Willa para longe.

— Que porra é essa? — Rider resmungou. — Por que ela


está almoçando com ele?

— Eu não sei. King sabe.

— Você acha que ele vai nos dizer? — Rider estava


definitivamente chateado com o rumo dos acontecimentos.

Lucky praticamente podia ver as rodas girando em sua mente


sobre como superar este novo obstáculo que estava bloqueando seu
pau e o estômago do que ele queria.

Anna veio do bar com a bolsa na mão. — Eu saindo. Falei


com o dono para me deixar sair mais cedo.

Frustrado, Lucky viu King lhe dar um sorriso divertido


quando ele entregou a Willa e Drake seus menus. Lucky queria dizer a
Anna que tinha mudado de ideia, mas ele se conteve a tempo.

Ele não tinha nada que estar aqui, certamente não deveria
ficar curioso sobre o relacionamento de Willa com Drake ou a
impedindo de ser atropelada por Rider. Ele precisava lembrar a si
mesmo por que ele tinha ficado fodidamente longe da mulher atraente
que tinha uma abundância de curvas que as mãos e os lábios coçavam
para explorar.

— Vamos sair daqui. — Lucky pegou a mão de Anna,


abrindo a porta com a outra.

— Vejo você novamente no clube, — Lucky disse a Rider,


que estava olhando para Anna com um novo interesse.

— Ela vai estar lá? — Rider apontou para Anna. Quando


Lucky deu a Anna um olhar interrogativo, a excitação nos olhos
ardentes era a única resposta que ele precisava.

— Encontre-me no meu quarto; Ele tem uma cama maior, —


Lucky ofereceu graciosamente para o outro irmão. — Está vendo? Eu
posso compartilhar.

Lucky se felicitou por provar que ele não tinha nenhum


desejo de um relacionamento monogâmico. Claro, Anna não era
Willa, e ela não despertava os mesmos sentimentos de proteção, mas
Lucky não analisaria as diferenças entre as mulheres ainda mais. Não
havia nenhuma maneira de comparar a perfeição com uma cópia
barata.

Willa teve que se esforçar para ouvir quando Drake discutia


as propriedades que estavam disponíveis para alugar em Treepoint.
Seu olhar esteve desviando para o espelho na parede do fundo, que lhe
dava uma visão perfeita de Lucky e Rider saindo com a garçonete
bonita. Ela tinha o cabelo loiro amarrado suavemente sobre a cabeça
de uma forma que Willa nunca foi capaz de fazer com seu cabelo
bagunçado, apesar de vários sprays de cabelo. Ela até tentou ficar loira
durante o tempo que Lucky estava namorando Beth.

Ultimamente, Willa tinha desistido de tentar se transformar


em uma mulher que atraía o sexo oposto - Lucky em particular. Levou
um monte de exame de consciência, mas ela tinha finalmente chegado
à conclusão de que o patinho feio era uma obra de ficção, e não havia
nenhuma maneira que seu corpo que vestia quarenta e oito se
transformaria milagrosamente em um tamanho trinta e seis.

— Eu acho que o seu melhor investimento seria comprar o


pequeno lote de terra ao lado deste edifício. Os clientes de King
poderiam degustar suas sobremesas aqui e, em seguida, parar em sua
loja para levar mais para casa. Vários restaurantes de grande porte
estão colocando suas padarias ao lado. Não só constrói uma base
regular de clientes, mas expande o negócio. Há também um ponto
abrindo em dois meses que fica perto do restaurante. Não seria tão
sofisticado como o que você poderia fazer se você construísse ao lado
de King, mas eu acho que seria lucrativo da mesma forma.

Willa tirou seus olhos da janela. A garçonete subiu na garupa


da moto de Lucky, segurando firme a sua cintura magra quando eles
rugiam ao sair do estacionamento.

— Eu não posso me dar ao luxo de comprar a propriedade e


construir algo novo. Quanto é o aluguel por um ano do que fica perto
do restaurante?
— Novecentos por mês, — Drake respondeu. — Se você
está interessada em comprar a propriedade, eu estaria disposto a
investir, Willa, e lidar com o financiamento.

Willa sacudiu a cabeça. — Eu ficaria com muito medo que


você perdesse o seu dinheiro. Se eu falir, pelo menos vai ser apenas o
meu dinheiro perdido.

Os lábios de Drake estremeceram com suas palavras. —


Você não vai perder dinheiro. Na verdade, eu acho que você vai ter
dificuldade para conseguir atender os pedidos que você vai ter.

— Já há uma padaria na cidade. Além disso, o supermercado


tem uma boa variedade. Vai ser difícil iniciar um novo negócio, mas
eu não consigo me manter com os clientes que tenho agora, com
apenas a minha cozinha. Se eu abrir uma padaria, pelo menos eu posso
voltar para casa e não ficar cercada por bolos e doces o tempo todo.
Eu posso até conseguir perder alguns quilos.

Drake inclinou a cabeça para o lado, seus olhos indo para os


seios que estavam pressionados contra a lateral da mesa. — Deus, eu
espero que não.

Willa borbulhava com o riso. — Se eu não conhecesse as


mulheres que você namorou Drake, eu estaria preocupada, mas
acontece que eu sei de quem você está atrás. — A afabilidade de
Drake desapareceu, mas sua mudança de atitude não a impediu.

— Todo mundo na cidade sabe que você quer Bliss.

— Todo mundo, menos Bliss. — A curta resposta de Drake


não despertou sua simpatia por ele, desde que Drake muitas vezes
tinha encontros com mais de uma mulher ao mesmo tempo, então não
era como se ele estivesse sentado em casa, desejando a mulher
atraente.

Eles tinham crescido vivendo ao lado um do outro até que


ele saiu da casa de seus pais depois de se formar no ensino médio.
Drake tinha se casado com sua namorada de escola, mas eles se
divorciaram quando Jace era um bebê. Willa não sabia os detalhes de
seu casamento fracassado, mas ela tinha visto uma mudança em Drake
logo após seu casamento. O menino risonho que ela tinha crescido foi
desaparecendo gradualmente até que Willa só via vestígios dele nas
poucas vezes que ela o viu com a sua moto, passeando pela cidade.

— Eu acho que ela sabe, mas pelo pouco que Rachel me


contou sobre os Last Riders, as mulheres não têm permissão para sair
com homens que não pertencem ao clube.

— Isso não impede os homens de verem as mulheres que


não pertencem ao clube.

— Desde quando as mulheres já receberam direitos iguais?


— Willa perguntou sarcasticamente.

— Ai! Eu acho que eu vou mudar este assunto enquanto


ainda tenho um pau. — Drake riu.

— Não se preocupe Drake; Seu pau não é aquele que eu


gostaria de neutralizar.
Capítulo 3

Ao ouvir o barulho do lado de fora, Willa abriu a porta da


frente às pressas, para encontrar sua casa em uma bagunça completa.
As duas meninas mais velhas estavam discutindo sobre o notebook
que precisavam para fazer a lição de casa; Charlie estava sentado em
frente à televisão, jogando com o videogame; Os dois pequenos
estavam sentados sobre o tapete, com itens de decoração que estavam
esparramados no chão.

— Leanne e Sissy, eu pedi para manter um olho nas crianças


até que eu pudesse chegar em casa. — Willa retirou os cabelos bem
longe de seu rosto. O olhar rebelde de Sissy lembrava a Willa de sua
mãe Georgia. Willa empurrou o pensamento indelicado, não querendo
que seus sentimentos por Geórgia afetassem os seus sentimentos em
relação a Sissy, que aos dezessete anos de idade não era responsável
por sua mãe ter aterrorizado Willa até o ensino médio.

— Eu olhei. Eles estão apenas brincando, — Sissy atirou.


Willa foi para as crianças mais jovens e começou a pegar as pequenas
peças de decoração. Pegando uma pequena ponta de metal em sua
mão, ela mostrou para Sissy e Leann. — Isto é pequeno o suficiente
para um deles engasgarem. Eu tinha colocado esta bolsa na prateleira
de cima da despensa. Como é que eles pegaram?

Charlie tirou a sua atenção do jogo pelo tempo suficiente


para explicar. — Subi no banco para pegá-lo. Lembrei-me que tinha
marcadores. Eu pensei que as meninas podiam brincar com eles. Eu
lhes dei papel para colori. r—Willa suspirou. Os marcadores
comestíveis estavam espalhados pelo chão, com os papéis que
estavam bem arrumados no balcão da cozinha quando ela tinha saído.

Willa olhava desanimada para os papéis das encomendas


arruinados, que estavam arrumados pela data em que eram esperados
para serem preparados, agora estavam ilegíveis. Levaria horas para
ligar para os seus clientes e organizar as encomendas, que não só
levaria tempo que ela não tinha, mas iria parecer pouco profissional
quando ela estava pensando em expandir seus negócios. Willa se
afastou, não querendo que as crianças a vissem piscar para evitar as
lágrimas que não eram apenas de frustração, mas exaustão.

— Willa? — A voz preocupada de Leanne a fez se virar para


a crianças colando uma expressão composta em seu rosto.

— Charlie, ajude as meninas a se limparem no quarto


enquanto eu arrumo a sala de estar. Leanne, você pode pegar a bolsa
de decoração e colocar os itens no balcão? Eles terão de ser lavado.

Leanne começou a pegar os marcadores. — Sinto muito,


Willa. Eu deveria ter prestado mais atenção ao que eles estavam
fazendo. — Sissy não fez nenhuma tentativa para ajudar a irmã. Sua
teimosia, certamente resultava das mudanças traumáticas que ela
estava passando. Deve ser duro para a menina perder sua mãe, em
seguida, seu tio, e, então, ser forçada a viver com a mulher que o tinha
matado.

— Você está terminando com a sua lição de casa, Sissy?


— Até parece que posso fazer sozinha. Eu não sou boa em
química. — Ela fechou o computador, descuidadamente se jogou no
sofá.

— Depois que eu terminar o jantar, eu poderia ajudá-la...

Sissy bufou. — Como você pode me ajudar? Você é uma


estúpida, vaca gorda! — Willa se encolheu, mas ela não deixou sua
expressão magoada traí-la.

— Uma amiga minha é muito boa em química. Eu poderia


ligar para ela e perguntar se ela estaria disposta a ajudar. — Willa
ofereceu.

— Quem? — Sissy perguntou, desconfiada.

— Rachel Adams.

— A prima de Jace, — Willa viu a primeira centelha de


interesse na menina desde que ela foi levada a sua casa. Precisou um
homem para conseguir o que eu não pude, Willa pensou.

— Sim. Você gostaria que eu ligasse para ela?

Sissy tentou, sem sucesso, parece desinteressada. — Tanto


faz.

— Eu vou ligar assim que eu terminar de pegar isso.

Sissy começou a arrumar os controladores do jogo de


Charlie, então, ajudou Leanne sem Willa pedir a ela. Quando a sala de
estar estava pronta, e ela tinha arrumado os mais pequenos no quintal
para brincar com o gato que tinham adotado, ela ligou para Rachel.

— Alô.
— Oi, Rachel, é Willa. Eu odeio te incomodar, mas eu
preciso de um favor se você não estiver muito ocupada.

— De jeito nenhum. Do que você precisa?

— Eu queria saber se você seria capaz de ajudar a Sissy com


a lição de química esta noite. Eu sei que é um pedido em cima da
hora.

— Eu estou sentada aqui, entediada até a morte enquanto


Cash está trabalhando até tarde na fábrica. Eu posso estar aí em trinta
minutos.

— Obrigada, Rachel.

— Sem problemas. Vejo você em poucos minutos.

Willa desligou e olhou para a Sissy que esperava. — Ela


estará aqui em trinta minutos.

Sissy assentiu, em seguida, voltou para dentro de casa sem


um agradecimento, usando a mesma expressão de desagrado que ela
sempre usava. Willa brincou com as crianças do lado de fora por vinte
minutos, e então, os colocou para dentro para que ela pudesse terminar
o jantar.

Ela estava limpando o rosto de Caroline quando a campainha


tocou. Ela foi atender a porta, mas Sissy já estava abrindo.

— Oi, Rachel. Eu realmente agradeço por você ajudar a


Sissy.

Rachel entrou com um sorriso brilhante no rosto, aliviando o


pensamento de Willa que ela tinha, possivelmente, forçando-a a sair.
— Eu só estava assistindo um pouco de televisão, Willa. Eu
não me incomodo.

Willa deixou Rachel e Sissy sozinhas quando ela foi até a


cozinha, com medo que ela atraísse um comentário maldoso de Sissy.
Ela deixou as crianças brincarem na mesa com a massa de modelar
que ela mantinha à mão para manter as meninas ocupadas, quando ela
estava assando, de modo a não perturbar a aula particular.

Ela colocou os pratos de jantar para as crianças, sentada à


mesa enquanto elas comiam. As meninas mais novas mais brincavam
com a comida do que comiam, mas Willa não as forçou a terminar de
comer.

Charlie terminou seu prato, e até mesmo pediu pelo segundo.


Cada criança era tão diferente que mantinha Willa na ponta dos pés
para mantê-los satisfeitos.

Quando Charlie terminou, ela os levou para cima e os


preparou para a cama. As meninas estavam bocejando, enquanto
Charlie estava brigando para se deitar. Willa deixou todos deitados em
sua cama e colocou o seu programa favorito e deitou-se para assistir
com eles. Chrissy caiu no sono, abraçada ao seu corpo, enquanto
Caroline e Charlie assistiam ao programa.

Depois que terminou, ela colocou as meninas na cama antes


de verificar Charlie. Ela puxou as cobertas da cama, cobrindo o
menino que estava olhando para ela.

— Willa, me desculpe por ter dado as meninas a bolsa. Eu


queria brincar com o meu jogo, e elas estavam me incomodando.
Willa sorriu tranquilizadoramente para o rapaz de olhos
sonolentos. — Era responsabilidade de Sissy e Leann tomar conta de
você e das meninas. Você é um pouco jovem para ser uma babá. Mas
eu quero que você seja mais cuidadoso com o que você dá a elas,
Charlie.

— Eu vou. Eu prometo.

— Vou aceitar essa promessa e lhe devolver outra. Eu não


vou deixar mais as meninas com você sem um adulto responsável. —
Willa fez a promessa a si mesma e para Charlie, sempre aprendendo
com seus erros.

— Você está chateada com Leanne e Sissy? — Willa


sacudiu a cabeça. — Eu não fiquei chateada. Eu só quero cuidar de
você e suas primas. — Os olhos de Charlie se fecharam quando ela se
virou para desligar a luz, fechando a porta suavemente quando ela
saiu.

Willa bateu na porta de Leanne, abrindo-a quando ouviu a


resposta da garota. Com seus quinze anos de idade estava sentada à
mesa que Willa tinha comprado para ela.

— É quase hora de dormir.

— Estou quase terminando. Eu estava prestes a tomar meu


banho.

Quando Willa se virou para sair, viu que Leanne estava


prestes a dizer algo, mas não o fez. A menina sabia que ela tinha
cometido um erro, assim como sua irmã mais velha, ela não estava
pronta para assumir a responsabilidade pela casa estar um caos quando
Willa retornou.

— Boa noite, Leanne. — Willa saiu, desejando que a garota


aprendesse a confiar nela. Levaria tempo, e Willa percebeu que a
mudança claramente era tão difícil para ela quanto para Sissy. Só que
ela era a menos problemática, o que não significava que as suas
emoções não estavam em crise.

Willa desceu os degraus quando Sissy e Rachel estavam


fechando o notebook.

— Obrigada, Rachel. — O tom amigável na menina


geralmente irritada fez Willa levantar a sobrancelha.

— Sissy, deixei um prato para você na cozinha. — Willa


disse a ela, esperando que o seu bom humor a salvaria de outra réplica
mau humorada de Sissy.

— Eu não estou com fome. — Sissy passou por ela quando


ela foi para a escada.

Willa se virou para o lado do sofá, vendo o olhar preocupado


de Rachel. Era a mesma expressão que todos sempre lhe deram. Eles
acreditavam que ela era fraca e indefesa. Ela não era, apesar de tudo.
Ela simplesmente não gostava de confrontos, preferindo sair do
caminho para evitá-los, mas isso não fazia dela uma covarde. Isso a
fazia cautelosa.

— Existe alguma coisa em que eu posso fazer para ajudar?


— Rachel ofereceu.
— Não, eu tenho tudo sob controle. — Willa manteve a voz
firme.

— Tudo bem então. Não hesite em me ligar se você precisar.


Eu imagino que pode ser esmagador cuidar de cinco crianças e gerir
um negócio. Eu não me importo em ajudar se precisar de mim.

— Vou manter isso em mente.

Willa andou com Rachel até a porta, onde Rachel fez uma
pausa com uma expressão confusa dirigida a ela.

— Posso perguntar por que você não ajudou a Sissy?

— Ela não acreditou que eu pudesse. — Willa recusou a


mostrar que seus sentimentos tinham sido feridos por uma
adolescente. Afinal, todo mundo sabia que os adolescentes eram
difíceis de lidar.

Willa tentou ser compreensiva. Se Sissy precisasse derramar


seu veneno em sua direção, então ela poderia tolerar isso até que
conseguissem encontrar seu parente.

— Você não disse a ela que você ganhou o prêmio de ciência


por quatro anos seguidos?

— Sissy queria você. Eu acho que ela quer o seu primo Jace.

Rachel estremeceu. — Ela me fez várias perguntas sobre ele,


o que eu evitei. Aqueles dois juntos não seria bom.

Willa endureceu. — Você acha que Sissy seria uma má


influência para Jace?
Rachel balançou a cabeça, rindo, e, em seguida, colocou a
mão em seu braço. — Relaxe, mãe galinha. Jace seria uma má
influência para Sissy. Drake está constantemente o tirando de
problemas.

— Nesse caso, eu concordo. — Willa sorriu de volta. — A


última coisa que eu preciso é de lidar com um adolescente cujos
hormônios estão enlouquecendo por um bad boy.

— Vá por mim; Alguns bad boys valem a pena, — Rachel


brincou.

— Vou acreditar em sua palavra. — Willa disse cansada, já


pensando no bolo que ela teria que fazer antes que pudesse ir para a
cama. Um olhar estranho cruzou o rosto de Rachel.

— Tenho a sensação que você vai descobrir isso por si


mesma. — Sua mão se soltou quando Willa deu um passo para trás.

— Boa noite.

Willa fechou a porta depois que Rachel saiu, tremendo com


as palavras de Rachel. Ela não precisava de mais problemas em sua
vida. Ela estava quase no seu ponto de ruptura.

— Deus, se você estiver me ouvindo, por favor... Por favor,


deixe-me ver essas crianças se estabelecendo antes que qualquer coisa
possa dar errado. Se não conseguir, então me dê forças para suportar
tudo o que você tem na loja para mim, porque, a partir do olhar no
rosto de Rachel, eu vou precisar de toda a ajuda que puder conseguir.
Lucky olhou pela janela para a escuridão das montanhas,
vendo uma figura solitária andando pelo quintal. Ele observou
enquanto Lily ficou de pé, olhando para as montanhas com a cabeça
baixa, e ele sentiu um nó na garganta. Nenhum outro paroquiano tinha
mais fé do que a mulher que estava obviamente, orando.

Quando um pequeno movimento chamou sua atenção, ele


voltou seu olhar para onde Shade estava na sombra do gazebo,
mantendo sua esposa dentro da sua visão. A boca de Lucky tremeu. O
sortudo mantinha Lily em uma coleira apertada que ela não tinha
conhecimento, ou se ela tinha não se importava. Lucky não tinha
descoberto em qual contexto ela se encontrava.

— Você terminou?

A pergunta de Rider chamou sua atenção de volta para a


cama, que ele tinha acabado de sair.

— Ainda não.

Indiferente, Lucky olhou para a mulher deitada na cama,


chupando o pau de Rider. Seu corpo trazia as marcas do sexo violento
que ele gostava, o rabo vermelho brilhante de sua mão.

Com as suas palavras, seu olhar encontrou o dele com temor.


A mulher nem sequer piscou um dos seus impossivelmente longos
cílios postiços, quando ele perguntou se ela queria que Rider se
juntasse a eles.
Lucky sentiu seu pau cansado se contrair. O jeito que ela
olhou para ele o fez lembrar de Willa - medo e necessidade
misturados.

Mas nos olhos de Anna, a necessidade reinava supremo,


enquanto o medo de Willa sempre levava vantagem quando ele estava
por perto.

Lucky deixou a cortina cair de volta no lugar, esmagando a


luta interna que travava diariamente. Ele foi para a cama, olhando para
Anna chupando o pau de Rider, o seu próprio endurecendo e se
projetando para cima. Se inclinando, ele levou sua mão aos cabelos
dela, puxando-os a forçando-a a soltar o pau que estava ansiosamente
desfrutando.

— Droga, Lucky, eu estava quase gozando! — Rider


reclamou.

— Eu falei para ela te deixar gozar?

A cabeça de Rider caiu para trás contra a cabeceira da cama.


— Irmão, você está me matando.

Eles haviam começado a noite em seu quarto, em seguida,


fizeram o seu caminho para o andar principal para pegar algumas
cervejas antes de subir para o quarto de Rider. Lucky fez questão de
deixar a porta aberta para qualquer pessoa que quisesse participar da
orgia improvisada.

Viper se isolava com Winter em seu quarto sempre que


Lucky queria jogar, pois ele ainda estava desconfortável em fazer na
frente dela, mas não da mesma forma que ele se sentia em relação à
Lily.

Portanto, a noite tinha sido uma liberação muito necessária


para a fachada que ele ainda representava na frente de Lily.

Lucky se recusou a admitir para si mesmo que culpa era o


motivo. Ele não era o homem que Lily acreditava que ele era, e ele
nunca seria.

Lucky estendeu a mão para a mesa de cabeceira ao lado da


cama de Rider. Pegando a vela vermelha, ele segurou sobre a loira
olhando para ele com cautela. Sua mão foi para sua costa para cobrir
uma bochecha rosada.

— Qual é sua palavra segura? — Lucky deu um passo para


trás da cama, dando-lhe tempo para se decidir. — Você só quer foder?
Porque não precisamos jogar, se você já teve o suficiente.

— Fogo, — Ela lambeu o lábio inferior. — Eu quero jogar, e


eu nunca tenho o suficiente.

Eu apostaria meu último salário que essa declaração era


verdadeira, pensou cinicamente.

Lucky inclinou a vela, e a cera quente deslizou sobre o corpo


escorrendo por seu estômago em um fluxo que escorria em direção a
sua boceta, parando a um centímetro dos lábios carnudos, fazendo a
mulher gemer em êxtase.

Lucky colocou a vela de volta na mesa de cabeceira antes de


pegar a faca de aparência letal que havia sido colocada lá antes.
Habilmente, ele se inclinou sobre Anna, deixando a pontada faca
contra a base da sua garganta antes de descer entre seus seios em
direção a seu estômago, sem deixar nem mesmo um arranhão em sua
pele.

Quando ele passava pela linha de cera, a faca escorregou sob


ele, removendo-a com destreza e deixando apenas uma tênue linha
vermelha. A mão que segurava a faca se levantou antes dele fincar
enterrando a faca no colchão entre as coxas abertas, a um milímetro
do seu sexo brilhante.

— Porra, Lucky, você está arruinando o meu colchão. —


Lucky se levantou, elevando uma sobrancelha para a mão de Rider
que estava em seu pênis enquanto ele tentava dar a si mesmo o
orgasmo que Lucky tinha interrompido.

Os olhos de Anna se estreitaram com ciúmes quando Raci e


Jewell caminharam seminuas e pularam na cama. Lucky estalou os
dedos com a reação da mulher.

— Eu lhe disse para não colocar a boca nele. Você deveria


usar sua mão. Rider não pode resistir a gozar na boca de uma mulher.
— Suas mãos foram para as coxas dela, puxando-a até que o clitóris
descansou contra o cabo da faca.

— Eu vou brincar ou assistir? — Raci perguntou, olhando


com inveja para Anna.

— Brincar. Rider está precisando de ajuda. — Lucky


zombou do gemido frustrado de Rider.

O irmão era massa de modelar na mão de uma mulher


quando ela colocava a boca em seu pau, e Lucky queria se certificar
que o pau do irmão estivesse muito dolorido por ter se masturbado
com a mão para andar de moto por uma semana, muito menos correr
atrás de Willa.

Raci imediatamente rastejou para Rider, colocando um


joelho sobre seu quadril antes de deslizar sua boceta em seu pênis que
ele tinha colocado um preservativo antes de pegar seus quadris e
estocar seu pênis dentro dela.

— E eu? — Jewell fez beicinho.

— Eu já te deixei alguma de vez fora? — Lucky foi para o


lado de Anna, arrastando Jewell para o outro lado da cama em direção
a ele, até que ela estava pendurada na cama.

Ele pegou um preservativo na mesa de cabeceira, habilmente


deslizando-o em seu pênis grosso. Se ele e Rider fossem foder mais
esta noite, eles teriam que pegar mais preservativos de um dos outros
irmãos.

Quando ele estava coberto, ele separou os lábios da boceta


de Jewell com os dedos, vendo que ela estava mais do que pronta para
o seu pênis. Sua vagina perfeita estava vermelha e brilhante, à espera
de ser invadida.

Quando Lucky colocou a ponta do seu pênis em sua entrada,


empurrando para dentro dela em uma estocada, ela se arqueou,
projetando seus seios para cima.

Deitada ao lado deles, Anna gemeu como se fosse ela em


que ele estivesse entrado. Lucky a viu esfregar seu clitóris contra o
cabo da faca, enquanto observava os dois casais fodendo.
Jewell se contorcia sob seus golpes firmes, enquanto suas
mãos agarraram seus quadris, levantando sua bunda da cama para que
ele pudesse foder com ela mais forte. Ela arranhou os lençóis
enquanto seu pau deslizou através de sua boceta apertada. A boa
sensação de foder ela, nunca deixou de surpreender Lucky.

Ela apertou os músculos de sua boceta ao redor dele, quase o


fazendo gozar antes que ele estivesse pronto. Ele estendeu a mão até
ela, tomando um mamilo entre os dedos e apertando o botão em um
ponto.

— Pare, — ele ordenou, e os músculos ao redor de seu pênis


relaxaram.

— Você tirou toda a diversão, — Jewell reclamou.

— Você acha? — Lucky murmurou, acelerando seus golpes


para que ela não pudesse recuperar o próprio clímax, construindo sua
frustração até que um brilho de suor reluzia em seu corpo flexível.
Seus seios tremeram com sua respiração rápida e a ferocidade de suas
estocadas.

— Lucky, você tem que me deixar gozar, — Jewell ofegava.

Lucky levantou os quadris mais alto até que apenas os


ombros estavam na cama.

Ela tentou mexer seus quadris, mas Lucky a segurou firme,


forçando-a a levar apenas o que ele estava disposto a dar a ela.

Os gemidos de Raci encheram o quarto quando ela começou


a gozar, e Jewell começou a tremer com seu próprio orgasmo quando
a sua cabeça foi jogada para trás sobre o colchão sem fazer um som.
Lucky gostava que a mulher não fosse excessivamente
barulhenta. Seu próprio clímax estava se construindo, e ele mal
conseguiu manter o controle de ferro para se impedir de gozar.
Quando o clímax de Jewell havia terminando, Lucky tirou o pau dela,
arrancando o preservativo e o jogando na lata de lixo.

Anna estava freneticamente usando os dedos para conseguir


um orgasmo sozinha.

Indo para o lado oposto da cama, ele a levou sob os ombros,


puxando-a até que sua cabeça caiu para o lado da cama. — Você ainda
quer chupar pau?

A boca de Anna se abriu, e Lucky levou seu pau nela


enquanto se inclinava sobre ela, sugando seu clitóris em sua boca,
vorazmente lambendo-o como se ele nunca tivesse sugado antes.

Sua perita língua a fez convulsionar com seu orgasmo antes


que ele pudesse trabalhar seu pau até o fundo da sua garganta. Sem
parar, ele continuou a brincar com seu clitóris até que ele sentiu outro
clímax, e então ele cedeu ao seu desejo frenético fazendo seu pau se
contrair com a sua própria libertação em sua ávida boca.

Quando ele terminou, ele levantou a cabeça e a virou até que


a mulher estava deitada de costas na cama inconsciente.

— Ela morreu? — Jewell perguntou, virando a cabeça para


olhar para Anna.

— Não, ela desmaiou quando ela gozou pela última vez, —


Lucky disse indiferente em relação à mulher que ele nunca tinha visto
antes de hoje e não veria novamente.
Ele pegou sua calça jeans do chão e se vestiu. Ele estava
fechando quando Anna começou a acordar, olhando atordoada ao
redor do quarto.

Lucky se sentou no lado da cama para calçar suas botas. De


pé, ele agarrou a camiseta que ele tinha jogado na cadeira. Depois de
colocá-la, ele se virou para Rider, que estava chupando o mamilo de
Raci.

— Se certifique que ela vá para casa. — Lucky disse,


verificando se a sua carteira e as chaves não tinham caído de sua calça
jeans.

— Eu vou cuidar bem dela. — Rider sorriu contente por ser


o único homem com três mulheres nuas.

Lucky assentiu, afastando-se da cama.

— Só isso? Você não vai me dizer adeus? — Anna se


levantou pelos cotovelos, olhando com raiva para ele.

Ele se virou olhando para a cama. Se inclinando, ele puxou a


faca da cama. Então, pegando sua camisa do chão, sacudindo antes de
sair. — O seu último orgasmo foi o meu adeus.

Saindo do quarto que se tornou sufocante, desceu os degraus


passando pela festa que ainda estava em pleno andamento.

Lucky saiu pela porta da frente, descendo o grande lance de


escadas indo em direção a sua moto. Dirigindo pela cidade, o ar fresco
da noite limpando o cheiro que o sexo tinha produzido com a sua noite
carnal.
Ele queria tomar banho, mas não estava no clima para ser
acompanhado por nenhuma das mulheres.

Lucky reduziu a sua moto e entrou em um beco escuro.


Estacionando, ele foi até uma porta lateral e colocou a chave antes de
caminhar pelo prédio estranhamente calmo, que outrora lhe fez refém
por causa de seu desejo de parar um cartel perigoso de drogas.

Andando pelo longo corredor com pisos de madeira


brilhando, seus olhos foram para as portas de vidro manchadas. Sua
mão tremeu quando ele a levantou para abrir a porta, entrando, ele
respirou profundamente.

Por que sempre existia um cheiro distinto que parecia


pertencer a todas as igrejas? Ele se sentou no último banco, olhando
para o púlpito onde ele ficava de pé e pregou durante muitos anos. O
caso se arrastou por muito tempo, prendendo-o na profissão que ele se
afastou quando esteve nas forças armadas.

Lucky baixou a cabeça, limpando seus pensamentos antes


que ele pudesse começar.

— Senhor Deus, perdoa-me, pois pequei contra ti.


Capítulo 4

Willa afastou os cabelos de seu rosto corado. Sem dúvida,


esta foi a pior ideia que ela já teve.

Levar as cinco crianças para almoçar no restaurante era para


ser uma pausa bem-vinda da cozinha e da limpeza da tarde.

Em vez disso, se tornou um passeio ao inferno. Caroline


estava quase cochilando. Chrissy estava mal-humorada, e nada a fazia
feliz. Em seguida, havia Leanne e Sissy que estavam discutindo, e
Charlie ainda estava com raiva porque ela o tinha feito largar o seu
vídeo game, quando ele estava alcançado um novo nível.

Como se isso não fosse suficiente, os Last Riders entraram,


pegaram uma mesa não muito longe da dela e eram capazes de
observar facilmente o pandemônio acontecendo em sua mesa.

Chrissy derramou seu copo de leite, em seguida, caiu no


choro quando o líquido frio pingou sobre o novo vestido que Willa
tinha colocado nela. Ela agradecida pegou a toalha que estava com a
garçonete pairando perto da mesa dos Last Riders, para limpar a
bagunça e tentou ignorar ser o centro dos olhares críticos de todos.

Abrindo sua bolsa, ela pegou o saco plástico de brinquedos


que ela mantinha para emergências. Ela encontrou um carro de
brinquedo e um pequeno coelho de pelúcia que ela esperava ocupar as
meninas, em seguida, deu a cada uma delas para brincar.
Elas imediatamente começaram a brigar entre si pelos
brinquedos, querendo o que o outro tinha, por isso, Willa pegou os
brinquedos, trocando-os, e então, deu a cada menina o brinquedo que
queriam.

O silêncio reinou por um curto período de tempo até que elas


se entediaram.

Felizmente, a garçonete foi capaz de arrastar sua atenção


longe dos motoqueiros por tempo suficiente para servir a sua comida,
e Willa teve alguns momentos de paz enquanto eles comiam.

Sua comida esfriou enquanto se concentrava nas meninas


mais jovens para não fazerem uma bagunça.

Ela estava limpando os dedos cheios de ketchup de Chrissy


quando ouviu o som de uma cadeira sendo arrastada. Lucky arrastou a
cadeira para mais perto, se colocando entre as meninas com sua
cadeira, bloqueando ela deles.

— Coma, — ele ordenou.

Willa não sabia se ele estava comandando a ela ou as


meninas, mas todas as três obedeceram.

Chrissy e Caroline encararam Lucky enquanto mastigavam


uma fatia de maçã. Ela dava uma mordida em seu sanduíche de frango
grelhado, tentando não engasgar com a tensão nervosa que a sua
expressão endurecida estava lhe causando.

Mesmo Sissy e Leann pararam de discutir, e pegaram seus


garfos. Ele acenou para a garçonete trazer o café, se inclinando para
trás quando ela lhe servia uma xícara.
Razer, Viper e Shade observavam de sua mesa quando
Lucky colocava calmamente açúcar em seu café preto.

Willa se forçou a engolir a mordida que ela tinha dado antes


dela lhe dizer em voz baixa: — Eu tenho tudo sob controle.

Os olhos castanhos de Lucky encontraram diretamente os


dela. — Willa, você não tem o controle de sua vida desde que eu te
conheço.

Ele esticou a mão, pegando o copo de Caroline antes que ela


pudesse retirar a tampa. — Você precisa dar a eles em copinhos.

Willa levantou a sobrancelha para o seu tom autoritário. —


Eles precisam aprender a beber em copos normais.

— Não parece que está funcionando. — Ele pegou a toalha


ainda sobre a mesa e limpou a nova bagunça que Caroline tinha feito.

Willa se recusou a ficar sentada e deixar Lucky intimidá-la.


Ela abriu a boca para reclamar, em seguida, mudou de ideia. Comendo
mais um pedaço de comida, em seu lugar, em silêncio enquanto as
crianças de repente pareceram se lembrar de como se comportar
adequadamente em público.

Quando a garçonete voltou com a comida, Willa, sentindo-se


constrangida, tentou não olhar ele comendo seu hambúrguer e batatas
fritas, enquanto ela continuava a comer sua própria comida.

Ela não tinha ideia de como falar com homens, muito menos
um que ela lutava constantemente contra sua atração, apesar de falar a
si mesma que era apenas o seu rosto bonito que a atraia. Seu corpo
musculoso em ternos era algo para se fantasiar, mas Lucky em jeans e
camiseta com suas tatuagens aparecendo em seus braços era o
suficiente para deixar qualquer mulher sem palavras.

— Você deve ter tido dificuldade para manter suas tatuagens


cobertas, — Willa corou, não sendo capaz de acreditar que ela
mencionou algo pessoal sobre o seu corpo.

— Era difícil durante o verão, mas eu estava acostumado a


temperaturas mais quentes no exterior, por isso não foi tão ruim.

— Você sente falta de ser um pastor? — Willa perguntou


curiosamente.

— Você fez toda a cidade acreditar que ser pastor era a sua
vocação na vida. — Ele deixou a pergunta sem resposta.

— Todos, ao que parece menos você. — Lucky inclinou a


cabeça para o lado.

— Por quê?

Willa levou seu tempo para responder, tentando chegar a


exatamente o porquê dela não acreditar no homem que todos os
paroquianos levaram em seus corações.

— Eu tenho um tio e vários primos que são pastores. Fui


criada na igreja.

— Beth e Lily também, e elas ficaram muito surpresas


quando saí da igreja. — O pai das mulheres tinha sido o pastor que
Lucky substituiu depois de sua 'morte'.

— Saul Cornett não era um verdadeiro pastor. Graças a Deus


meus pais não eram alguns dos fanáticos que o seguiram.
A voz de Lucky ficou sombria. — Eu não discordo dessa
avaliação.

Willa bebeu um gole da água gelada. Pela sua expressão, ele


estava esperando pela resposta da sua pergunta.

— Você fez tudo perfeito: dava os sermões corretamente, era


gentil com as crianças, mesmo quando seu choro perturbava os seus
sermões. — Seus olhos foram para Caroline e Chrissy, que estavam
brincando alegremente ao lado dele com seus brinquedos, mastigando
as batatas fritas que ele tinha dado. As outras três crianças estavam
sentadas, ouvindo em silêncio a conversa.

Charlie tinha perdido a expressão de raiva e estava


impressionado com o grande motoqueiro sentado à mesa. Sissy não
estava apavorada; ela estava olhando os motoqueiros como se fosse a
sua sobremesa. Felizmente, os motoqueiros não devolveram seus
sorrisos de paquera.

— Você nunca prestou muita atenção às fiéis, mesmo


quando elas se jogavam em você. Eu não conseguia encontrar defeito
em nada que você fazia. Esse era o problema. Ninguém é tão perfeito;
todos nós temos pontos fracos. — A boca de Lucky tremeu com
humor.

— Qual é a sua fraqueza, Willa? — Willa mexeu


ironicamente seus lábios.

— Eu acho que isso é óbvio.


Ele franziu a testa para sua resposta. — Esclareça-me...
Porque, pelo que tenho observado, você se coloca em um patamar
elevado de moral.

Willa empalideceu em sua dura avaliação sobre ela. — É


nisso que você realmente acredita?

Chrissy começou a tentar sair da cadeira que Willa tinha


colocado, mas Lucky habilmente retirou a bandeja em sua frente,
pegando a criança agitada para o seu colo e lhe dando o brinquedo que
ela havia derrubado no chão.

— Se você acredita que o seu peso é uma fraqueza aos olhos


de Deus, então sim. Acredite em mim, ele tem muito mais pecados
condenáveis para perdoar do que se preocupar se você tem um
cheeseburger ou frango grelhado no almoço.

Willa olhou fixamente para Lucky, sem saber como


responder a ele. Desde que ela tinha a idade de Caroline, ela se
lembrava de sua mãe criticar seu tamanho. Quando ela cresceu e
começou a estudar, era óbvio que ela era maior do que as outras
meninas de sua idade. Outra crítica que sua mãe apontava.

Sua mãe era pequena e delicada. Willa tentava muito imitá-


la, mas apesar de seus esforços, ela nunca foi capaz de conseguir a
aprovação da mãe. Então seu pai e sua mãe discutiam sobre ela,
fazendo-a se sentir pior por causar discórdia entre o casal
normalmente amoroso.

Como filha única, ela se sentiu como se fosse uma intrusa


em sua própria casa. O casal amoroso tinha planejado não ter filhos,
então ela tinha sido um acidente e roubou a liberdade de sua mãe, algo
que a sua mãe a lembrava com frequência. Willa tinha tentado ser uma
boa filha, se esforçado para agradar sua mãe e pai. No entanto, cada
um dos pais se ressentia da atenção que ela tomava do outro; como
resultado, Willa aprendeu cedo a não exigir a atenção de seus pais.

Teria ela, sem saber, desenvolvido a mesma atitude crítica


que não gostava da mãe? Willa não achava isso. Ela queria ser amada,
não ser ressentida. Ela olhou para seu prato comido pela metade,
colocando o garfo em cima da mesa, incapaz de dar outra mordida.

— Você não gosta muito de mim, não é? — Willa levantou


os olhos, sem saber que eles estavam cheios de mágoa, para encontrar
o olhar surpreso de Lucky.

Lucky sacudiu a cabeça. — Isso não foi o que eu quis dizer,


Willa.

— Você praticamente me chamou de puta hipócrita. — Seu


lábio inferior tremeu.

Os olhos de Lucky se estreitaram em sua boca, e Willa


estremeceu quando percebeu. Saltando de sua cadeira, ela se inclinou,
pegando Caroline do colo dele e a entregando a uma Leanne assustada
que tinha se levantado quando Willa se levantou. Então ela soltou a
cadeira de Chrissy e pegou a menina que começou a chorar quando ela
deixou cair seu brinquedo. Lucky estendeu a mão, pegando-o e dando-
lhe a ela.

— Obrigado por me ajudar com as crianças. — Willa


sinalizou para o resto das crianças irem para o caixa onde ela pagou
antes de sair do restaurante.
Assim que a porta se fechou atrás dela, ela sentiu uma onda
de alívio, apesar de saber que tinha feito papel de boba na frente da
Lucky novamente.

— O que está errado, Willa? — Leanne perguntou, trocando


Caroline para o outro quadril.

— Nada, — ela mentiu.

— Caroline e Chrissy estão prontos para um cochilo. Vamos


levá-las para casa.

Charlie e Leanne se aproximaram da minivan, mas Sissy


parou. — Você gosta dele, não é? — A observadora de dezessete anos
de idade, olhou para ela com pena.

— Claro que não, — Willa negou.

— Bom, porque eu não acho que ele goste de você também.


— O peito de Willa se encheu de mágoa.

Sissy não estava sendo desagradável; ela estava realmente


tentando ser gentil com ela pela primeira vez. Willa se afastou dela,
desejando com todo seu coração, ter reagido de forma diferente
quando ele olhou para ela.

Ela agiu como uma virgem assustada que ela era. Agora
Lucky estava provavelmente lá dentro, rindo dela.

Ela arrumou as crianças dentro de sua van antes de levá-los


para casa, e todo o tempo, sua mente repassava os últimos minutos na
lanchonete muitas vezes. Seria uma invenção de sua imaginação? Por
um segundo, ela poderia ter jurado que viu uma faísca de desejo nos
olhos de Lucky. Se fosse desejo, então, o que ela faria sobre isso? O
que sempre fazia quando ela ficava assustada - Corria.

Lucky voltou para a mesa, onde Razer, Shade, e Viper


estavam sentados. Ele fez um gesto para a garçonete aquecer seu café.

— O que você disse a ela para fazê-la sair correndo como


um coelho assustado? — Shade perguntou depois que a garçonete
saiu.

— Nada, — Lucky fingiu inocência, que ele sabia muito


bem não enganava nenhum dos homens experientes em torno dele.

Shade não estava disposto a deixar isso passar, apesar de


tudo. — Ela me faz lembrar de Lily, eu sempre a assustei.

— Há uma grande diferença entre Lily e Willa. — Lucky


disse tomando um gole de café quente e quase queimando a língua.
Shade arqueou uma sobrancelha, esperando uma explicação.

— Lily estava com medo da atração sexual que sentia por


você por causa de seu passado. Willa não quer estar atraída por mim,
porque ela não gosta do tipo de homem que eu sou.

Shade deu uma gargalhada. — Lily me odiou uma vez. Ela


definitivamente não gostava do homem que eu era quando ela
tropeçou em uma festa de sexta-feira à noite.

— Willa está atraída, ok, tanto para o bom quanto para o mal
por você. A questão é você vai fazer algo sobre isso?
— Não. — Lucky jogou algum dinheiro em cima da mesa, e
então, se levantou, saindo do restaurante antes que Shade pudesse
fazer mais perguntas que ele não queria responder, para eles ou a si
mesmo.

Em vez de ir para a sua moto, ele atravessou a rua para a


delegacia. A mulher mais velha sentada atrás do balcão lhe deu uma
piscadela. Ela tinha a pele que parecia como couro seco,
excessivamente bronzeada. Ela tinha, pelo menos, sessenta e estava
usando um vestido apertado que mostrava que ela talvez pesasse
quarenta quilos. Quando ele era um pastor, ela frequentava a igreja
regularmente, seu comportamento sempre foi respeitoso. No entanto,
desde que ele tinha voltado para os Last Riders, ela olhava para ele
como se ele fosse um dos bolinhos de Willa.

— O xerife não está ocupado; ele está em seu escritório.

Lucky evitou seu olhar apreciativo, batendo brevemente na


porta de Knox antes de entrar encontrando Knox sentado atrás de sua
mesa, olhando para a tela do computador.

— O que está acontecendo? — Knox se recostou na cadeira.

Lucky não fez rodeios. — Você já encontrou qualquer


informação sobre os parentes mais próximos de Geórgia e Lewis? —
A única maneira que ele poderia ajudar Willa seria tentar tirar as
crianças de suas mãos.

Knox cruzou as mãos sobre a barriga. — Encontramos a ex-


esposa de Lewis, a mãe das três crianças mais novas. Ela está em um
hospital psiquiátrico estadual. Ela não pode cuidar de si mesma, muito
menos das crianças. Pelo pouco que o médico me falou, Lewis
praticamente a espancou até a morte quando ele descobriu que ela o
deixou. Ela fugiu com as crianças, mas Lewis a encontrou, levou as
crianças com ele, e a deixou para morrer.

— Por que não apresentaram acusações contra ele? O filho


da puta deveria estar sentado em uma cela de prisão, em vez de
aterrorizar Willa.

O rosto de Knox estava severo. — Não há testemunhas e ela


se recusou a dar queixa.

— E quanto a Leanne e Sissy?

— Geórgia nunca disse a ninguém quem era os pais das


meninas.

— Porra. Não há outros parentes capazes de criar as


crianças?

— Não há ninguém. O único outro parente que sabemos é o


meio-irmão de Geórgia e Lewis, Clay Meyer, cuja mãe o levou, em
seguida, desapareceu anos atrás. Ela morreu há doze anos no
Tennessee. Estou tentando rastrear Clay, mas é como se ele estivesse
desaparecido da face da terra. Eu tenho alguns homens procurando por
ele, mas até agora, eles não fizeram nenhum progresso.

— O que Willa deve fazer, ficar com eles indefinidamente?


Já é difícil para dois pais se manterem com uma criança, imagine com
muitas.

— Talvez seja por isso que Lewis estava tentando tanto ficar
com Willa. — As palavras de Knox acenderam a raiva de Lucky, e
seu pé chutou a cadeira de Knox que estava recostado, quase
derrubando o grande homem.

— Filho da puta! Eu vou jogar sua bunda em uma das celas!


— Knox ameaçou, enquanto se ajeitava.

— Você pode tentar. — Lucky se preparou quando Knox fez


uma careta, se sentando novamente.

— Eu falei com Willa. Ela entende que isso vai levar algum
tempo. Mesmo se eu encontrar Clay Meyer, ele nunca conheceu essas
crianças, então por que ele concordaria em criá-las? Aconselhei-a a
me deixar procurar lares adotivos para eles.

— Eu não preciso adivinhar o que ela disse.

— Ela se sente muito culpada por matar Lewis. — Knox


confirmou.

— O bastardo teria matado Rachel se ela não tivesse atirado


nele.

— Nós dois sabemos disso, e Willa sabe disso, mas ela se


sente como se estivesse fazendo a coisa certa. Talvez ela esteja. Eles
estão em melhor situação com Willa do que em um orfanato. É a
decisão dela para tomar; isso é fodidamente certo.

— Ofereça aos homens que você mantém procurando, mais


dinheiro para encontrar o tio. Eu vou pagar sua taxa.

— É a sua carteira. Vou ligar para eles. — Knox pegou o


telefone. — Você vai me dizer por que você quer ajudar Willa?

— Ela costumava ser um membro da minha igreja. Eu só


quero ajudar; essa é a única razão.
— Continue dizendo isso a si mesmo, irmão, e talvez você
vá começar a acreditar.

Lucky saiu do escritório de Knox, indo para sua moto,


enquanto Knox estava no telefone com os investigadores. Os outros
irmãos estavam sentados em suas motos, esperando por ele.

— Descobriu o que você queria saber? — Viper perguntou.

— Alguém quer fazer uma aposta que se tratava de Willa?

Lucky não tinha que ver os olhos de Shade por trás de seus
óculos de sol para saber que eles estavam zombando dele.

— Beije a minha bunda! — Lucky rosnou já chateado com


atitude descontraída de Knox por ajudar Willa.

— Não, obrigado.

Lucky sentou-se em sua moto. — Shade, um dia, você vai


me empurrar longe demais. Você tem um problema comigo desde que
eu saí do serviço, e eu estou ficando farto disso. Quer me dizer qual é
o problema ou sai de cima de minhas costas.

O rosto de Shade, como sempre, estava indiferente, exceto


quando ele estava com sua esposa. — Você não está pronto para ouvir
o que tenho a dizer. Quando você estiver, acredite em mim, irmão, eu
vou deixar você saber.

As mãos de Lucky apertaram o seu guidom quando ele


recuou em sua moto. — Você é um babaca. Eu não sei o que Lily vê
em você.

Sua raiva não afetou Shade. — Provavelmente a mesma


coisa que Willa vê em você. Pelo menos eu fui inteligente o suficiente
para pegar a minha mulher. Pensei que Rider fosse à porra do burro do
clube, mas você me provou o contrário.

Lucky rugiu saindo do estacionamento, deixando os três


homens para trás. Um dia, ele prometeu a si mesmo, eu vou chutar a
bunda de Shade. O bastardo teria que estar bêbado, e Lucky teria que
sair da cidade por algumas semanas para dar a Shade tempo para
esfriar, mas isso valeria a pena, espancar Shade igualaria o placar.

Algumas coisas na vida são de valor inestimável, e superar


Shade seria uma delas. Ele olhou para a rua que Willa vivia quando
ele passou. Tirar da sua mente a mulher curvilínea seria outra. Ele
odiava admitir, mas ele estava começando a acreditar que Shade
estava certo. Ele era um fodido burro.

Ele estava sentado à mesa da cozinha mais tarde naquela


noite, quando Viper convocou uma reunião. Os irmãos se reuniram na
sala ao lado da cozinha, enchendo os dois grandes cômodos.

A mão de Viper se levantou, acalmando o ambiente. — Os


irmãos de Ohio estarão chegando neste fim de semana. Temos dois
novos recrutas que estão prontos para serem iniciados. Além disso,
Moon quer ficar aqui. Ele quer sair de Ohio por um tempo.

— Por quê? — Rider perguntou no fundo da sala lotada.


— Ele está se sentindo sufocado. A filha do prefeito queria
entrar no clube por causa de Moon, então agora o prefeito tem
policiais constantemente vigiando o lugar. Ele está esperando que se
ele sair, o filho da puta vai deixar o clube em paz.

Train gemeu. — Não nos diga que temos outra Brooke em


nossas mãos.

— Dificilmente. Moon falou que a mulher não é o problema;


o pai é. Ela seguiu em frente, mas o prefeito guardou rancor. Acho que
ele não quer ser lembrado que sua filha estava sendo fodida por um
motoqueiro. — Viper justificava.

— Vai ser bom ter outro membro pegando um turno na


fábrica, — Rider vibrou. Lucky se perguntou se Rider usaria seu
tempo adicional livre para renovar sua perseguição por Willa.

— Eu tenho direito a um tempo de folga, por isso tenho a


preferência. — Lucky olhou para um Rider cabisbaixo.

— Isso depende de mim, — Jewell falou, acalmando a


discussão que começava entre os dois membros.

Jewell havia assumido a gerência da fábrica no lugar de


Shade e estava fazendo um bom trabalho.

Lucky prometeu a si mesmo que foderia com ela sem sentido


esta noite. Quando ele terminasse com ela, Rider estaria trabalhando
nas próximas duas semanas sem um dia de folga. Claro, Lucky viu a
mesma expressão determinada no rosto de Rider.

Jewell se sentou em sua cadeira com um sorriso nos lábios.


Assim que Viper concluiu a reunião, Lucky se virou para
Jewell, pegando sua mão e a puxando mais perto de seu corpo até que
os seios dela estavam pressionados contra o seu peito. — Vamos para
o meu quarto, — ele murmurou sedutoramente.

Rider veio por trás dela, pressionando seu pau contra sua
bunda. — Se importa se eu me juntar a vocês? — Sua boca estava no
pescoço de Jewell.

— Sim eu me importo. Eu não estou com vontade de


compartilhar esta noite. Escolha outra mulher.

— Não quero outra mulher esta noite. Você escolhe outra


pessoa, — Rider respondeu.

Lucky puxou Jewell mais perto, entalhando sua boceta


contra seu pau.

— Antes de usar seus dois paus para conseguir seus dias de


folga, eu vou organizar as agendas com os horários. — Viper deu a
cada um deles um sorriso maligno.

O rosto de Jewell se fechou.

Vendo isso, Lucky se sentiu como um idiota por causa de


seu plano de manipulá-la. — Nesse caso Rider, você pode escolher o
quarto. — Lucky ofereceu para fazer as pazes.

— Por que não aqui? — Os olhos de Jewell se encheram de


luxúria.

Lucky verificou os ocupantes da sala, vendo que Lily e


Winter não estavam por perto.
Suas mãos tiraram o top de Jewell, expondo seus seios. —
Boa escolha.
Capítulo 5

Willa olhou para o espaço vazio que estava pretendendo


alugar. Ela estava tomando a decisão certa? Ela tinha pedido a Drake a
chave dar outra olhada no espaço. Ela costumava ser uma lojinha de
roupas que tinha saído do negócio e esteve vazio por mais de um ano.
Drake tinha aconselhado fazer uma reformar no edifício, mas seria
necessária uma grande quantia de dinheiro para converter a loja em
uma padaria, e ela estava com muito medo despejar todo o seu
dinheiro em um novo negócio.

Ela estava caminhando em direção ao fundo da loja,


mentalmente se perguntando se estava tomando a decisão certa,
quando um som vindo da porta a fez virar, sua respiração acelerando
de medo. Ver Lucky encostado na sombra da porta não diminuiu seu
medo, também.

— O que diabos você está fazendo aqui tão tarde?

Sua pergunta áspera a fez esticar sua espinha dorsal, se


ressentindo com o tom que ele usava com ela.

— São apenas oito horas, — Willa estalou.

— O restaurante fecha cedo no domingo. Você não deveria


estar em um prédio abandonado tão tarde.

Ela se recusou a se sentir culpada por sua resposta mal


humorada. — O escritório do xerife é do outro lado da rua. Se eu
precisasse de ajuda, tudo o que eu teria que fazer é gritar. Não estou
em perigo.

Suas palavras não diminuíram sua raiva; em vez disso, seu


rosto ficou ainda mais duro quando Lucky se endireitou na porta,
andando em direção a ela. Inconscientemente, ela se afastou, parando
quando sentiu a parede em suas costas. Lucky não parou até que ele
estava praticamente a tocando.

— Você acha que se alguém for te roubar ou estuprar vai te


dar tempo para fazer qualquer barulho?

Willa tentou manter a respiração calma, com medo, que se


ela respirasse profundamente, seus seios se encostariam no peito dele.
Ela apertou suas costas com mais força contra a parede. — Não houve
um assalto em Treepoint em dez anos, e ninguém vai me estuprar.

— Isso é a coisa mais estúpida que eu já ouvi. Por que você


está aqui?

— Eu estou pensando em alugá-lo para transformar em uma


padaria. — Willa estava com raiva de si mesma por explicar tudo para
ele após a sua grossa observação.

— Este lixo? — Lucky bufou. — Não desperdice seu


dinheiro.

— Você não tem que ser tão pessimista. É em uma boa


localização.

— Vai precisar de uma porrada de dinheiro para transformar


isso em uma padaria. Você tem esse dinheiro?
Willa virou a cabeça para o lado, afastando o olhar do
intenso dele. — Por que você tem que ser tão ruim para mim? Eu
nunca sou rude com você a menos que você me provoque.

A mão de Lucky esticou, virando o rosto dela para ele. Sua


voz caiu. — Você realmente quer saber?

Willa estremeceu quando seu corpo reagiu à atração que ela


não podia evitar.

— Porque eu sou um bastardo. Não há nada para ser salvo


em mim. — Ele se aproximou até que seu peito estava pressionado
contra os seios dela, suas pernas tremeram mal se firmando.

— Não diga isso. — Willa se recusou a acreditar que alguém


era irrecuperável.

— Por quê? É a verdade, — afirmou.

Lucky abaixou a cabeça, e Willa sentiu o toque leve de sua


boca contra a pulsação na base de sua garganta. Antes que ela pudesse
lhe mandar parar, ele se afastou.

— Não desperdice seu dinheiro. — Se virando, ele a deixou


pasma depois de agir como se ela fosse uma garota imatura de
dezesseis anos de idade.

Ela olhou ao redor da loja de novo, relutantemente,


concordando com ele. Seria preciso mais dinheiro do que ela queria
gastar no seu investimento inicial. Isso a deixou com duas opções: Ou
ela construía uma nova na propriedade que Drake havia sugerido ao
lado do restaurante de King, ou ela continuava a procurar outro local.
Suspirando, ela foi para o interruptor de luz, deligando as
luzes antes de sair e fechar a porta.

Willa viu Lucky do outro lado da rua, sentado em sua moto


enquanto falava com Knox. O xerife estava de costas para ela, mas o
olhar de Lucky estava preso nela enquanto ela entrava em sua van.

Dirigindo para casa, sua mão foi para a garganta, tocando o


local que os lábios de Lucky tinham passado. Por que ele a tocou? Ele
não fez nenhuma tentativa de tocá-la antes. A covarde dentro dela
queria fugir dele, correr quando ele estava perto. No entanto, o lado
mais ousado dela, o que ela nunca tinha deixado reinar, queria mais do
que o breve toque que ele tinha dado a ela, mesmo que a atração que
sentia fosse unilateral.

Ela parou na sua garagem, e por uma fração de segundo, ela


queria escapar das responsabilidades esperando por ela lá dentro.
Estava tão cansada de fazer tudo sozinha. Só uma vez, ela desejava ter
alguém para se apoiar, para compartilhar seus problemas ao invés de
estar constantemente preocupada com as decisões que ela estava
fazendo. Recolhendo sua bolsa, ela trancou o carro.

Quando ela estava abrindo a porta da frente, ela ouviu o


rugido de uma moto passando. Willa fez uma pausa, vendo Lucky
passar pela rua principal. Invejando a sua liberdade, ela entrou.

— Terminaram? Willa perguntou a Rachel, que estava


sentada à mesa com Sissy.

— Acabamos de terminar. — Rachel fechou o notebook


antes de se levantar.
— Eu agradeço a você por manter um olho nas crianças
enquanto eu saí.

— Estou feliz em ajudar. — Rachel sorriu para ela. — Sissy


está quase entendendo o seu trabalho. Mais algumas sessões e ela
deverá ficar bem para o resto do ano letivo.

— Deixe-me saber quanto devo a você... — Willa começou.

— Não seja ridícula. — Rachel balançou a cabeça. — Eu


gosto de trabalhar com Sissy. Desde que Cash construiu para mim um
laboratório na fábrica, eu gasto muito tempo enterrada no meu
trabalho.

— Cash é um homem diferente, depois que ele se casou com


você.

O rosto de Rachel brilhou de felicidade. — Eu nunca pensei


que ele iria se acalmar e ser um marido tão maravilhoso.

Willa estendeu a mão sem pensar, dando Rachel um abraço.


Rachel lhe deu um olhar estranho quando ela a soltou.

— Eu acho que é a primeira vez que eu vi você tocar


voluntariamente alguém. — Willa corou.

— É melhor eu ir. — Rachel pegou seu notebook. — Sissy,


eu vou te ver amanhã à noite. — Tudo que Rachel recebeu em
resposta foi um breve aceno de cabeça.

Assim que a porta se fechou atrás dela, Willa começou a


arrumar a sala, esperando que Sissy lhe desse o tratamento de silêncio
enquanto ela ia para seu quarto.
— Por que você esperou Rachel chegar aqui antes de sair?
— Seu tom alertou a Willa do fato que Sissy estava com raiva.

— Eu não queria deixar Chrissy, Charlie, e Caroline sem


supervisão. — Explicou ela.

— Eu poderia ter olhado os meus primos, — ela retrucou.

— Eu não vou deixá-los sozinhos com você novamente até


que eu tenha certeza que você vai tomar conta deles melhor do que
você fez da última vez. — Willa explicou.

Sissy ficou de pé, as mãos fechadas. — Sua puta gorda, eles


são minha família, não a sua. Assim que eu completar dezoito anos, eu
vou ficar com a custódia deles e cuidar deles. — Willa desejava ser
imune aos insultos que Sissy estava constantemente lhe dando, mas o
fato era, que cada um machucava tanto quanto o primeiro que ela
tinha dado na noite que ela tinha trazido as crianças para casa.

— Você acredita seriamente que o serviço social vai dar a


você as crianças? Você nem sequer tem um emprego para sustentá-
los. — Willa tentou fazer a menina ver a razão.

— Eu vou encontrar um quando eu me formar.

— Sério? Porque eu não vi você levantar uma mão para


carregar a máquina de lavar louça. Você acha que vai ser capaz de
encontrar um trabalho que lhe dê dinheiro para criar vocês cinco em
uma cidade cheia de trabalhadores desempregados?

— Se você conseguiu, eu também posso. — Sua arrogância


estava condenando Sissy ao fracasso.
— Sissy, estou trabalhando antes de você se levantar de
manhã e muito tempo depois que você vai dormir. Se você tiver
motivação, então você conseguirá cumprir com o seu objetivo, mas
você vai ter que ter uma motivação maior do que tentar me machucar.

— Desculpe, eu não vou matar alguém para que eu não seja


uma solitária, velha bruxa. Você acha que dando a ele uma casa para
viver vai compensar por assassinar seu pai?

Apesar de tentar, Willa não conseguiu esconder o


estremecer. — Eu acho que você deve ir para a cama.

— Eu vou. — Sissy foi para a escada com uma irada atitude


adolescente acreditando que ela estava certa e todo mundo estava
errado.

— Willa, a próxima vez que você sair, eu vou olhar as


crianças. — Suas mãos estavam fechadas ao lado do corpo, quando
ela fez sua exigência.

— Não Sissy, você não vai. Não se trata de provar que você
é capaz de tomar conta deles ou que você pode me fazer ceder a você;
é sobre a segurança deles.

— Você está dizendo que eles não estão seguros comigo? —


Ela cuspiu seu ódio.

— Eu estou dizendo que eu não vou falhar com a segurança


deles, — ela respondeu.

— Eu vou provar que você está errada. Vou me certificar


que fiquemos aqui apenas o tempo suficiente para eu completar
dezoito anos.
— Vá em frente, Sissy. Prove que estou errada. Ninguém vai
estar ao seu lado, torcendo por você tanto quanto eu.

A boca de Sissy apertou com um sorriso de escárnio. — Eu


te odeio!

— Eu te amo, — Willa respondeu, escutando a menina


correr pela escada e fechando a porta do quarto.

— Senhor, me dê força para lidar com sua dor. Pode minha


vida se tornar mais difícil? — Ela murmurou a pergunta em voz alta
para si mesma, ela endireitou as almofadas do sofá. Música alta
flutuava pelos degraus.

— Vou aceitar isso como um sim.


Capítulo 6

Uma batida soou na porta quando Willa estava colocando


um bolo no forno. Usando um pano de prato, ela limpou o açúcar de
confeiteiro de seus dedos quando ela foi atender.

— Eu atendo. — Willa observou quando Sissy desceu os


degraus, vestida em uma saia curta e uma camiseta. Sissy abriu a
porta, revelando um jovem que Willa desejou que ela não conhecesse.

— Ei, Sissy, você está pronta? — Jace perguntou seus olhos


passando por cima do corpo enfeitado de Sissy em apreciação.

Antes que ela pudesse responder, Willa interrompeu. —


Onde você está indo? — Sissy revirou os olhos para Jace antes de
responder.

— Nós remos assistir um filme. Volto mais tarde.

— Vou esperar você por volta das dez, — Willa declarou


com firmeza.

Sissy passou por Jace, sem confirmar ou negar se ela


obedeceria ao toque de recolher.

— Eu vou trazê-la de volta as dez, — Jace prometeu antes de


seguir atrás da garota teimosa.

— Obrigada, — Willa disse, fechando a porta atrás deles.

Voltando para a cozinha, ela continuou com seus afazeres.


Ela tinha várias encomendas para concluir esta noite para que
pudessem ser entregues pela manhã. Ela trabalhava de forma
constante até que ela tinha polvilhado as duas dúzias restantes de
biscoitos para uma festa de aniversário. Fechando a caixa rosa bonita,
ela olhou para o relógio, franzindo a testa quando viu a hora – Dez e
quarenta e cinco.

— Muitas promessas Jace. — Mordendo o lábio, ela foi para


a sua janela da sala, olhando para fora para a rua vazia. Pegando o
celular do bolso, ela ligou para o telefone de Sissy. Quando ela não
atendeu, ela ligou para Drake, o pai de Jace.

— Alô.

— Sinto muito incomodá-lo, Drake, mas Jace e Sissy estão


aí?

— Não, Jace não está aqui. Por que Sissy estaria aqui? —
Ele disse bruscamente.

— Eles saíram mais cedo esta noite. Pedi a Sissy para estar
em casa por volta das dez, e ela não chegou ainda.

— Ele está com Sissy?

— Sim. Você tem algum problema com ele namorando


Sissy? — Willa começou a se ofender em nome de Sissy.

— Eu não, - Sua voz estava cheia de diversão - — Mas a


namorada dele Nicole poder ter.

— Oh. Você tem alguma ideia de onde eles poderiam ter


ido?

— Não, Jace não me fala para onde ele leva suas mulheres.
— Sissy tem apenas dezessete anos. Ela é uma criança, —
Willa estalou.

— Talvez para você e para mim, mas não para Jace. — Willa
sentiu que Drake pensava que ela estava exagerando. — Espere ai,
Willa. Eu tenho outra chamada. — O outro lado do telefone ficou em
silêncio. Ela estava prestes a desligar frustrada quando ele voltou na
linha.

— Eu sei onde eles estão. Eu estarei aí em cinco minutos


para buscá-la.

— Espere, eu tenho as outras crianças... Eu não posso


simplesmente sair.

— Eles estão no escritório do xerife. — A frase que ele falou


fez os protestos de Willa morrerem em seus lábios.

— Vou me arrumar. — Willa desligou o telefone antes de


apressadamente discar outro número. Felizmente, seu vizinho do outro
lado da rua concordou em vir. Willa estava saindo pela sua porta da
frente quando Drake estacionou em sua garagem.

— O que eles fizeram? — Willa perguntou assim que ela


fechou a porta do carro.

— Você sabe tanto quanto eu. Knox me disse que falaria


com nós dois quando chegássemos em seu escritório.

— Você acha que isso é muito ruim? — Willa perguntou,


preocupada, sem nunca ter lidado com um problema como este antes.

Drake tirou os olhos da estrada por um segundo. — Sim,


Willa eu acho que é ruim.
Sua resposta dura fez sua apreensão crescer até que seus
nervos estavam espremendo com força. Quando chegaram ao
escritório do xerife, ela seguiu Drake, que parecia estar muito mais
familiarizado com a situação do que ela. Eles se sentaram até que
Knox os chamou em seu escritório.

Então Drake exigiu respostas, logo que Knox fechou a porta,


confirmando suas suspeitas que Drake esteve nesta posição antes. —
O que Jace fez desta vez?

Knox fez sinal para eles se sentarem. Quando os dois se


sentaram, o xerife ocupou a cadeira atrás de sua mesa.

— Jace, Cal, e Sissy foram pegos arrombando a fábrica dos


Last Riders. — O coração de Willa afundou em desespero.

— Por que diabos eles queriam invadir a fábrica? — Drake


estava com uma inabalável raiva.

— Jace disse que tinha escutado que um dos edifícios


mantinha uma coleção de motos, e ele e Cal queriam vê-las. Sissy foi
junto com eles.

— Quem os pegou? — As mãos de Drake apertaram os


braços da cadeira.

— Shade. Seu sistema de segurança alertou-os para a


invasão.

Willa foi incapaz de aumentar a voz além de um sussurro


rouco. — Em quantos problemas eles estão?
— Viper não deu queixa até o momento, mas se ele os pegar
invadindo novamente, ele vai. Eles arrebentaram a fechadura da porta
da frente, e ele quer que seja substituída.

— Eu cuidarei disso. Vou ligar para Viper e lhe agradecer


por não prestar queixa. — Drake se levantou.

Willa, então seguiu o exemplo de Drake, também se


levantando, atraindo o olhar de Knox. — Infelizmente, a Sra. Tackett
estava no escritório, deixando uma papelada, quando Shade os trouxe.
— Willa empalideceu. Flora Tackett era a funcionária que
supervisionava o caso que envolvia as crianças de Geórgia e Lewis.

— Eu fui capaz de evitar que a cadela levasse Sissy sob


custódia do Estado, mas se ela entrar em apuros novamente será onde
Sissy e o resto das crianças serão colocados. — As palavras de Knox
pararam Willa.

— Eu vou manter um olhar melhor sobre ela, — Willa


prometeu. — Obrigada, Knox.

— Essa menina tem mais problemas do que você pode lidar.


— A voz severa de Knox enviou sinais de alerta através de seu
cérebro. Se ele podia ver isso, então, todos os outros também podiam.
Era apenas uma questão de tempo antes dela perder todas as crianças,
devido à sua incapacidade de controlá-los.

— Eu vou falar com ela e fazê-la entender o que está em


jogo. — Um lampejo de simpatia brilhou em seus olhos.

— Você gostaria que eu falasse com ela? — Willa sacudiu a


cabeça.
— Eu vou lidar com isso. — Os dois homens não
esconderam a sua incredulidade.

No entanto, Rachel já tinha tentado e tinha ficado ressentida,


e Knox não parecia o tipo de tolerar o desrespeito que Sissy tinha pela
autoridade. Knox pegou um molho de chaves de sua mesa. Abrindo a
porta, ele fez sinal para irem para frente enquanto caminhava por um
corredor, deixando-os em uma pequena sala sozinhos enquanto ele foi
buscar Jace, Cal, e Sissy.

— Acho que seria melhor se Sissy não visse Jace


novamente. — Willa abordou o assunto delicado.

— Você acha que você vai ser capaz de manter dois


adolescentes sem pudores de ver uns aos outros? Isso vai piorar a
situação. — Drake avisou.

— Eu acho que é o melhor, — Willa repetiu com firmeza.

Drake deu de ombros. — A decisão é sua. Vou ter uma


conversa com Jace.

A porta de metal se abriu e os três adolescentes foram


levados para a sala com expressões variadas. Os rapazes estavam
apreensivos, enquanto Sissy estava abertamente desafiadora.

— Vamos para casa, Sissy. — Willa começou a tocar em seu


braço, mas ela se afastou.

— Eu não tenho uma casa. — Willa não ficou zangada com


a reação dela desde que foi sua culpa, que o mundo da garota tinha
virado de cabeça para baixo. Sissy era suficientemente inteligente para
perceber quando os outros não eram tão simpáticos com a forma que
ela tratava Willa.

— Vou levar você e Sissy para casa. — Drake ofereceu.


Quando eles saíram do escritório, Willa e os outros se tornaram o
centro das atenções.

Lucky, Rider, e outro motoqueiro que Willa não reconhecia


estavam de pé na sala de espera. Os adolescentes perderam a coragem
que tinham, quando viram os motoqueiros esperando por eles. Rider
foi quem deu um passo à frente, bloqueando Jace e Cal.

— Tudo o que tinham que fazer era me pedir para ver


minhas motos. Você não tem que recorrer a arrombamento e invasão.
— A reação de Rider não era o que Willa estava esperando. O
motoqueiro era quase gentil com os adolescentes. Jace e Cal pareciam
envergonhados, enquanto Sissy estava muito ocupada cobiçando os
motoqueiros.

— Pedimos desculpas, Rider, — Jace falou quando seu pai


lhe deu um empurrão para frente.

— Me retribua. Como você descobriu sobre as motos? — A


voz de Rider era amigável, como se fossem todos bons rapazes.
Apesar disso, compreensão repentina atingiu Willa quando percebeu
seu verdadeiro motivo de agir todo descontraído. Ele queria saber
quem estava falando sobre os negócios do seu clube. Willa teve uma
sensação horrível que ela sabia quem tinha inadvertidamente
fornecido a informação.
— Eu lhes disse, — Willa falou, ficando vermelha brilhante.
Com toda a atenção focada agora em cima dela, ela sentiu a inundação
de vermelho correndo do peito para o rosto dela.

— Como foi que você descobriu sobre as motos? — Rider


perguntou intrigado. Ela ficou nervosa sob a sua análise.
Inconscientemente, ela lambeu o lábio inferior antes de puxá-lo com
os dentes.

— Eu- Eu... Devo ter ouvido de algum lugar. Drake estava


me dizendo que ele ia comprar uma moto para Jace, e eu disse a ele
que talvez Rider pudesse lhe vender uma.

— É mesmo? — Rider se virou para Drake. Os olhos de


Willa descontroladamente voaram para Drake que estava olhando para
ela espantado com seu comportamento perturbado.

— Uh... Verdade. — Os rostos de Jace e Cal se iluminaram


com entusiasmo antes de Drake esmagar as suas crescentes
esperanças. — É claro que, agora, após esta façanha idiota, Eu não
compraria para ele um triciclo de segunda mão.

Sua decepção forneceu a Drake uma oportunidade de puni-


los de forma mais eficaz do que ela seria capaz de fazer com Sissy.
Ela nunca pediu nada à Willa. A única coisa que Sissy deixava Willa
fornecê-la era comida e uma cama. Qualquer coisa extra que ela
precisava era fornecida por um subsídio de dinheiro do seguro de sua
mãe, e Sissy mantinha o controle de cada centavo na conta.

A partir das expressões dos homens, eles sabiam que ela


estava mentindo. Ela deliberadamente tinha feito papel de boba para
proteger alguém, e Willa não se arrependia. Todo mundo achava que
ela era inútil, a menos que ela estivesse assando. Ela só estava
provando que eles estavam certos.

Os olhos de Lucky estreitaram enquanto ela limpou as mãos


úmidas no lado de sua calça jeans. Seu olhar baixou para os jeans
apertados que ela tinha vestido quando Drake tinha lhe falado sobre
Sissy. O top que estava usando era o seu mais antigo e o tom rosa dele
tinha desaparecido com as inúmeras lavagens. Ela sempre o usava
quando estava assando. Os botões estavam apertados nos seios,
ameaçando estourar a qualquer momento. Ficando ainda mais
constrangida com sua aparência, ela olhou para o estranho que estava
com eles e quase perdeu a pouca compostura que lhe restava.

O motoqueiro era alto e tinha um peito musculoso, afinando


em uma cintura magra que Willa tinha certeza tinha um pacote de seis
escondidos atrás de sua camiseta. Seu cabelo castanho ondulado e
características finamente esculpidas o teriam feito muito bonito se não
fosse o queixo quadrado e a sua aura perigosa que se agarrava a ele.

Willa não era a única a ter dificuldade em afastar os olhos


dele. O olhar de Sissy estava colado nele, também.

— Pronto Drake? Eu preciso ir para casa. — Ela precisava


afastar a adolescente cheia de hormônios dos motoqueiros. Eles
estavam até mesmo afetando Willa, e ela era mais velha.

Desejando ter a mesma coragem das mulheres dos Last


Riders, Willa fez o que qualquer mulher cristã sã faria - ela fugiu.

— Eu estou pronto. — Drake se virou para o lado, fazendo


sinal para ela andar na frente dele.
Willa caminhou para a porta, de alguma forma esbarrando
em Lucky, embora ela pudesse jurar que tinha dado uma boa distância
dele. Seus mamilos endureceram debaixo de sua camisa fina.

Quando Rider quase tropeçou sobre uma cadeira correndo


para abrir a porta para ela, ela lhe deu um sorriso, mas não parou até
chegar ao carro de Drake. Os adolescentes a seguiram com relutância,
não querendo sair da presença dos motoqueiros.

Cal e Jace ambos admiravam as motos paradas no


estacionamento, enquanto Sissy estava fantasiando. Willa poderia
imaginar as fantasias adolescentes passando por sua mente,
imaginando-se na garupa de uma das motos com os braços em torno
de um dos homens bonitos. Willa sabia, porque ela mesma teve
algumas dessas fantasias. Para Sissy, porém, essas fantasias tinham
uma possibilidade de se tornar a realidade no futuro. Para Willa, nem
tanto.

O insulto mais doloroso que ela havia recebido tinha sido


dado pela mãe de Sissy, quando ela disse que sua bunda gorda era
grande demais para uma moto. Ela queria explodir em lágrimas pelo
comentário; em vez disso, Willa nunca mais se permitiu fantasiar
sobre isso novamente. Ela manteve os pés e mente plantados na
realidade. Fantasias eram para as mulheres que não usavam um
tamanho 52 em um bom dia e 54 em um mal dia.

A viagem de carro ficou em silêncio até a casa dela, cada um


perdido em seus próprios pensamentos. Willa tentou determinar a
melhor maneira de lidar com Sissy e nada veio a sua mente. Quando
Drake parou o carro na calçada, Sissy saltou saindo.
— Boa sorte, — Drake falou em seus ouvidos enquanto ela
corria atrás de Sissy.

A senhora Stevens abriu a porta, e Sissy invadiu passando


por ela. Willa levou um tempo para agradecê-la, em seguida, esperou
até que ela saísse antes de subir para bater na porta de Sissy.

— Vá embora! — Willa não queria acordar o resto das


crianças. Inclinando a testa contra a porta, ela admitiu a derrota por
agora.

— Vá dormir. Falaremos de manhã. — Ela manteve a voz


baixa.

Ouvindo nenhuma resposta, Willa entrou em seu quarto, se


afundando no lado da cama. Em seguida, ela escondeu o rosto entre as
mãos e deixou as lágrimas de frustração, mágoa e raiva escaparem.
Quando a última de suas lágrimas derramara, ela se deitou em seu
edredom.

— Deus, eu pensei que eu poderia fazer isso sem qualquer


ajuda, mas eu estava errada. Qualquer coisa que você pode fazer para
me ajudar, eu gostaria de receber. — Seus olhos inchados fecharam de
exaustão e em seguida, abriram-se rapidamente. — E se houver
alguma maneira de fazer Sissy gostar de mim, eu nunca faltaria a um
culto novamente.

— Aquele doce pedaço de bunda vive na cidade? — Moon


perguntou, ainda olhando para Rider que estava olhando a porta que
Willa tinha passado. Os dentes de Lucky travaram juntos, deixando
Rider responder a sua pergunta.

— Sim.

— E vocês fodidos idiotas ainda não a trouxeram para o


clube?

— Não, — Lucky conseguiu responder neste momento. —


Ela não é do tipo.

Moon caiu na gargalhada. — Você está brincando comigo?


Você viu quando você tentou apalpar aqueles seios? O mínimo que
vocês filhos da puta poderiam ter feito seria me apresentar a ela. Da
próxima vez que eu a ver, eu vou me apresentar.

— Fique longe dela. — O corpo de Lucky ficou tenso. —


Você já teve problemas suficientes em Ohio por foder a mulher
errada.

— Seios doces tem papai prefeito?

— Não.

— Então, quem vai me dar merda? Você deveria puxar o


meu saco por tentar fazer o que você ainda não teve coragem. Até o
momento que eu voltar para Ohio, ela vai ser a nossa mais nova
membra.

Se qualquer outro irmão estivesse se gabando sobre isso,


Lucky duvidaria que fossem bem sucedidos com Willa. No entanto,
Moon era famoso por suas habilidades com as mulheres. Ele tinha
ganhado o seu apelido porque todos os irmãos brincavam dizendo,
quando Moon surgia, as calcinhas das mulheres caíam. Elas eram
atraídas para ele como moscas por um cadáver.

— Eu vou. — A voz de Lucky pingava gelo.

— Desde quando você se importa com quem eu fodo?

— Desde que você pensa que vai foder Willa.

— Os Last Riders compartilham, e você nunca teve um


problema com isso antes.

— Eu vou compartilhar qualquer mulher que quiser só não


Willa. Ela não é nossa para compartilhar, — raciocinou.

— No entanto, — Rider interrompeu. — Concordo com


Moon. Ele pode ser capaz de convencê-la a entrar. Ele é novo na
cidade, de modo que ela pode baixar a guarda com ele. — Lucky
enfrentou o sorriso de antecipação de Rider.

— Nunca. — Lucky amaldiçoou os dois homens com um


olhar aquecido. — Além disso, ela está vendo alguém. — Lucky
jogou mais uma tentativa de dissuadir os dois homens.

Knox estava presente, observando os homens, indiferente.

— Quem? — Rider resmungou.

— Drake.

— Tem certeza? Eu sei que eles almoçaram juntos, mas eu


não acho que eles estejam juntos.

A percepção de Rider da relação entre Drake e Willa soltou


um nó no estômago que ele desconhecia. Lucky deu de ombros. —
Como eu sei? Não é como nós fossemos melhores amigos.
— Bom. Então está resolvido. — Moon deu uma tapa nas
costas de Rider. — Sente-se e assista o mestre trabalhar.

Lucky fez uma careta. — Não vai ser tão fácil como você
pensa.

— Por que não? — A atitude de Moon em direção a Willa


estava gradualmente atingindo seus nervos desgastados, mas sua
metida arrogância foi a última gota. Lucky virou de costas, ele teve
que piscar várias vezes para limpar a névoa vermelha de fúria que
quase o cegou. Ele estava na porta quando o carro de Drake passou na
estrada.

— Não se preocupe irmão; eu vou ter certeza de obter um


sabor. — A voz de Moon atrás dele lançou a fúria que Lucky estava
controlando. Sem pensar, Lucky virou.

— Willa não olharia para você nem em um bom dia.

— Irmão, deve ser o meu dia então, porque ela estava


olhando, — Moon revidou.

— Só porque eu estava em pé na sua frente. Todo mundo na


cidade sabe que sou eu que ela quer, — Lucky fundamentava,
tentando se convencer que Willa não seria influenciada por Moon.

Rider sacudiu a cabeça. — Eu não sei nada sobre isso.

— Cale a boca. — A carranca de Lucky fez Rider dar um


passo mais perto de Knox.

— Isso é um desafio? Vamos fazer uma aposta, irmão. O


primeiro que conseguir as tetas doces na sua cama, poderá escolher
uma das motos de Rider.
— Porra nenhuma! — Rider gritou. — Por que eu deveria
desistir de uma das minhas motos?

— Você vai a algum lugar com ela? — Moon examinou-o


criticamente. — Não, — Rider admitiu.

— É por isso. Não acha que uma cadela vale a pena desistir
de sua moto se ela se tornar um membro?

O rosto de Rider refletia seu dilema. — Merda, se ela não


fosse uma boa cozinheira, eu diria que não. Eu não daria uma de
minhas motos por cem mulheres, mas ter o doce de manteiga de
amendoim de Willa quando eu quiser, vale a pena uma moto. — Ele
concordou com relutância.

A chance de conseguir uma das queridas motos de Rider não


tentou Lucky, mas ele não tinha intenção de ficar para trás e observar
Moon levar Willa para o clube quando ele tinha ficado longe dela para
seu próprio bem. Não havia nenhuma maneira de que ele pudesse
impedir Moon de tentar ir atrás de Willa, mas ele poderia bloquear seu
caminho.

— Tudo bem, eu vou aceitar a aposta. Para ter certeza que


seja justo, nenhum dos outros irmãos podem entrar na aposta, só você
e eu. — Lucky declarou seus termos. Se os outros irmãos que não
tinham uma velha senhora ouvissem que uma das motos de Rider era
o prêmio, todos os homens solteiros estariam tentando entrar na
aposta.

— Funciona para mim. — Moon concordou com uma


expressão calculista.
O punho de Lucky se conectou com a maçã do seu rosto,
fazendo-o cair para trás e empurrar várias cadeiras da área de espera.
Lucky, em seguida, estendeu a mão e pegou um punhado de sua
camiseta, levantando-o das cadeiras o suficiente para socá-lo
novamente. Knox e Rider ambos puxaram para o lado o homem
atordoado antes de o punho acertá-lo uma terceira vez.

— Pare com isso, Lucky! — Knox gritou. — O que diabos


está errado com você?

Lucky se afastou. — Nivelamento o campo de jogo.

Depois que Moon foi ajudado a se levantar por Rider,


cuspindo sangue no chão, Rider olhou entre Moon e Lucky, seu corpo
tenso, esperando que os dois homens avançassem para o outro. Moon
se sentou na cadeira que Knox tinha colocado perto dele até que o
irmão pudesse recuperar o sentido que lhe restava.

Lucky queria dar um soco em Rider por concordar em


colocar uma moto que só estimularia ainda mais Moon. A aposta de
Moon lhe concederia a mulher que queria sem nenhum trabalho de
realmente conhecer Willa. Esperar por Willa no King foi o maior
esforço que Rider tinha feito por uma mulher. Normalmente, ele se
sentava e deixava que outra pessoa levasse a sua presa a ele. Como
resultado, Lucky não estava preocupado que Rider se aproximaria o
suficiente de Willa para seduzir a mulher, porque lhe faltava à única
coisa que atrairia Willa para sua cama.

Lucky saiu da delegacia de polícia antes que mudasse de


ideia e ensinasse a Rider sua própria lição. Alcançando sua moto,
Lucky conseguiu acalmar sua implacável fúria. Com as mãos no
guidom, se sentou de frente para a igreja que estava completamente
escura.

— Eu não vou ser levado de volta para você. —


Inconscientemente, Lucky baixou a cabeça. — Por anos, eu assisti e
esperei enquanto outros viviam a vida que eu queria. Eu não posso
viver a vida que quero se eu for te servir. Deixar-me ir. — Lucky
levantou a cabeça, e o fio invisível que sempre parecia estar enrolado
em volta dele, parecia que subitamente o estava soltando. O sangue
correu por suas veias, o coração batendo quando Lucky sentiu que o
último laço que o prendia evaporava. Ele respirou pela primeira vez,
como se os seus pulmões não estivessem respirando em anos.

Lucky respirou fundo novamente, e então, soltou,


degustando a liberdade na ponta da língua.

Ligando a sua moto, ele saiu do estacionamento, andando


para longe da igreja sem olhar para trás.
Capítulo 7

Lucky olhou para o seu lado, sorrindo para Viper enquanto


montavam suas motos através do campo. Diminuindo a velocidade
quando se aproximaram de Treepoint, que estava com o tráfego cheio,
ele ouviu Bliss fazer um som em suas costas. A mulher amava
velocidade.

Quando ele parou a sua moto no sinal vermelho, um carro se


aproximou parando atrás dele. Olhando no espelho, viu Willa sentada
atrás do volante, sua feia minivan cheia com as crianças que ela estava
tomando conta. Suas mãos apertaram seu guidom quando viu onde seu
olhar estava focado. Ele sabia exatamente porque era a mesma visão
que ele tinha visto quando saíram do clube.

Bliss estava usando um top de couro preto com jeans azul de


cintura baixa que mostraram o topo de sua bunda quando ela se
inclinou para abraçar o piloto que conduzia a moto. Ela tinha
começado a viagem na garupa da moto de Train, mas quando eles
pararam para o almoço e voltaram para as motos, ela subiu atrás dele.
Ele quase disse para ela descer, mas os outros irmãos já a haviam
descartando.

Ele podia imaginar os pensamentos que atravessavam a


mente de Willa, lembrando-se do comentário cruel da Geórgia sobre
ela ser muito grande para andar de moto. O som do motor de Viper
acelerando quando o sinal ficou verde fez Lucky seguir adiante,
seguindo o exemplo do presidente, mas a expressão de dor no rosto de
Willa o rasgou toda a viagem de volta para o clube.

Quando ele parou, Bliss desceu, se juntando ao resto dos


membros na medida em que eles subiam a escada íngreme.

— Vem? — Shade perguntou com o braço em torno do


ombro de Lily, mantendo-a perto de seu corpo.

— Não, vou sair por um tempo. — Lucky virou sua moto,


voltando novamente para a estrada.

Ele não estava pronto para entrar. Shade desapareceu dentro


de sua casa com Lily, e o resto da tripulação estava pronto para a
festa. No entanto, a reação de Willa por causa de Bliss pesava em sua
mente, ele não estava com vontade de comer ou beber.

Os sentimentos que a tímida mulher despertava nele eram


mais difíceis de escapar do que deixar a igreja. Quanto mais ele lutava
contra eles, mais ele estava sendo puxado de volta.

Depois de duas horas montando, Lucky parou atrás de um


arvoredo se escondendo da vista de uma pequena casa solitária, onde
uma luz brilhou em uma das janelas. Ele se encostou em uma das
árvores, observando o pôr do sol e a escuridão caiu.

Ele ainda estava como uma estátua quando a porta da frente


se abriu e um homem corpulento saiu de dentro da casa e desceu os
degraus da frente para o quintal, andando para a lateral para pegar um
balde. Lucky olhava quando ele foi para o canil que tinha dois cães
dentro, seus lábios afinando quando os cães eram alimentados e lhe
eram dado água. Ele tinha observado a mesma cena várias vezes, o
suficiente para saber o que estava por vir.

Depois de serem alimentados, eles foram liberados para


vagar pelas terras. Bridge usava os cães para proteger sua propriedade
contra os predadores que vagavam pela noite.

Bridge voltou para dentro da casa quando os cães partiram,


correndo em direção a Lucky. Lucky se endireitou quando os cães
contornaram as árvores, procurando por seu cheiro.

Eles pararam na frente dele e Lucky enfiou a mão no bolso,


retirando duas guloseimas que ele tinha tirado de seus alforjes e os
jogou para os dois cães. Bridge não machucava os cães, por isso
Lucky aproveitou, para treinar os cães com o seu cheiro e os
recompensava.

Depois que eles saíram correndo com as guloseimas em suas


mandíbulas grandes, Lucky continuou do mesmo jeito até que suas
pernas começaram a sentir cãibra, então, foi para a sua moto. Ligando
o motor, querendo que Bridge ouvisse de dentro de casa antes que
Lucky voltasse para Treepoint.

Ele tinha feito esse mesmo trajeto mais de uma dúzia de


vezes desde que ele largou a igreja, cada vez esperando provocar o
homem a fazer o seu movimento ou forçar um confronto que Lucky
estava cansado de esperar. E, a cada vez, ele lutava contra a tentação
de sair dos arvoredos e acabar com esse jogo de espera. Só o fato do
ex-Seal justificar sua necessidade de vingança contra Lucky o freava
de provocar um confronto que deixaria um deles morto. Como
resultado, ele sempre saía sem ficar cara a cara com Bridge.
Sua alma não conseguiria viver com outra morte em sua
consciência, que condenaria sua alma ou lhe daria o consolo, embora
Lucky não tivesse certeza se ainda havia uma alma para ser salva. O
que restava foi condenada na noite em que ele aceitou a aposta de
Moon. A aposta do diabo tinha sido a faca que cortou seu último laço
com a igreja.

Assassinato ou o perdão - O primeiro o enviaria para o


inferno, e o segundo Bridge não o daria.

Lucky acelerou pela noite escura com seus demônios


perseguindo sua trilha enquanto montava de volta ao clube.

A sala da frente estava lotada quando Lucky entrou. Os


irmãos estavam bebendo. Train estava fodendo com Raci no sofá, e
Jewell estava nua, dançando no bar. Lucky avançou e, se aproximou,
agarrando Jewell, jogando-a sobre seu ombro. Ele sentiu sua risada
enquanto a levava pela escada subindo para seu quarto, colocando-a
no chão ao lado da cama. Lucky soltou seu jeans quando ele tirou as
botas.

— Você está com pressa. — Jewell lambeu seu lábio inferior


quando ele puxou seu pau.

Chutando sua calça jeans e botas, ele levantou os braços.


Jewell deu um passo adiante, tirando sua camiseta e jogando-a no
chão. Em seguida, ela lambeu seu peito enquanto suas mãos foram
para o pau.

— A única coisa que eu quero no meu pau agora é a sua


boca, — Lucky gemeu.

Jewell levantou a cabeça, lhe dando um sorriso sedutor. Sua


língua passeou por sua barriga lisa até que alcançou seu pênis,
encontrando a gota de pré-sêmen na ponta. Ela caiu de joelhos na
frente dele. — O que te exaltou hoje à noite? Normalmente, você
gosta lento, não que eu esteja reclamando. — Suas mãos foram para
suas bolas, dando-lhes um aperto suave.

— Eu não quero lento esta noite. Quero rápido e duro. Eu


posso ir lento depois que eu gozar em sua garganta, — Lucky enterrou
a mão no cabelo de Jewell, mantendo sua boca, onde ele queria e
começou a foder sua boca experiente.

Isso era o que ele precisava para tirar Willa da sua mente,
para afastá-lo da virgem que iria prendê-lo num piscar de olhos, se ele
cedesse ao desejo que atormentava o seu corpo e alma. Ele precisava
de uma mulher como Jewell para lembrá-lo que ele estava procurando
por - Uma mulher que nunca se apaixonaria por ele, que nunca tocaria
o lado bom dele e o tentaria a voltar para a vida que ele havia
abandonado.

Jewell o levou para o fundo de sua garganta, chupando-o


com avidez, e suas bolas se contraíram quando os dentes o beliscaram.
Ela então inclinou a cabeça para trás, apesar de seu aperto forte, e seu
pau bateu longe de sua boca.

— Você não quer me punir? — Ela brincou.


Lucky deu um sorriso selvagem antes de se aproximar de seu
jeans. Tirando a faca, ele abriu a lâmina antes de pegar Jewell para
jogá-la sobre a cama. Jewell imediatamente ficou de quatro, lhe dando
acesso a sua bunda.

Ele subiu na cama atrás dela. — Você está ficando tão ruim
quanto Bliss, querendo ser espancada o tempo todo.

Lucky habilmente virou a faca na mão. Se ele realmente


fosse usar suas facas nela, ele teria que fazê-la tomar banho primeiro,
mas isso não era necessário para o que pretendia esta noite.

Ele foi à sua cabeceira, e depois, pegou uma compressa


molhada com álcool e um preservativo. Abrindo o preservativo, ele
rolou em seu pênis antes de abrir a compressa encharcada com álcool
para limpar cuidadosamente a sua faca. Ele amava esta em particular,
com o cabo de pérola que ele usava contra seus clitóris e a lâmina
larga que ele poderia usar como uma palmatória.

Ele lançou o lado liso da lâmina na bunda dela, e Jewell


gemeu quando seu perfeito clitóris vermelho começou a ficar úmido.
Lucky colocou o dedo quando a faca golpeou várias vezes a bunda,
deixando um vermelho rosado.

— Você está pronta para terminar de chupar meu pau? —


Quando Jewell sacudiu a cabeça, segurando os lençóis, Lucky trouxe a
faca para a bunda, seu pau quase estourando. Substituindo o dedo que
estava estocando dentro dela por seu pau, ele bateu o seu pau ao
máximo, e um grito encheu a sala.

— Foda-me! — Jewell gritavam mais e mais, enquanto ele


estocava seu pau dentro dela e continuava espancando-a com a faca.
Quando sua bunda estava com um vermelho brilhante, ele jogou a faca
na cabeceira da cama, enterrando a ponta na madeira escura, ele
enterrava seu pau na boceta apertada de Jewell e ela gozou. Sentindo o
seu clímax, ele se deixou levar, estocando seu pau nela mais e mais
até que seu próprio orgasmo explodiu.

Jewell caiu no colchão, estremecendo, e Lucky saiu da cama.


— Aonde você vai? — Jewell murmurou.

— Tomar um banho. — Lucky pegou seu tornozelo,


arrastando-a sobre a cama. Seus olhos foram para seu pau ainda duro.
— Você não terminou? — Lucky abriu a mesa de cabeceira, pegando
a bolsa de couro. Lentamente, ele abriu, mostrando as lâminas
cintilantes.

— Vá para o chuveiro e deixe a água quente para mim


enquanto eu arrumo a cama.

Jewell praticamente correu para o banheiro quando Lucky


foi para o guarda roupa para pegar o que ele precisava, pegando uma
corda e uma venda nos olhos. As facas que estavam na bolsa já tinham
sido limpas e preparadas para quando ele quisesse usá-las.

Quando ele tinha tudo exatamente onde queria, ele abriu a


porta do quarto antes de caminhar em direção ao banheiro, ouvindo a
água a correr e desejando que fosse outra mulher esperando por ele,
impaciente.

Sua mão foi para a maçaneta da porta, pressionando a testa


na porta fechada.
— Willa. — Lucky deixou escapar seu nome de sua boca, o
pau engrossando em reação. Ele queria socar a porta em frustração
com a incapacidade de exorcizá-la de sua mente. Em vez disso, ele se
endireitou, abrindo a porta e entrando.

— Por que você demorou tanto? — Jewell perguntou quando


ele entrou no chuveiro.

Com o canto do olho, ele viu uma figura masculina entrar no


banheiro. Quando os olhos de Jewell foram por cima do seu ombro,
vendo Moon, ela começou a tremer sob a água morna.

Lucky deu um sorriso ameaçador. — Pronta para jogar?


Capítulo 8

Willa segurava as mãos de Chrissy e Caroline com força


enquanto caminhava pelo ginásio, mostrando as barracas que tinham
sido criadas para a October Fest. Winter tinha feito um trabalho
fantástico na reforma do grande espaço, com seus esforços de
angariação de fundos para a escola alternativa.

— Posso ficar com os meus amigos? — Charlie perguntou


atrás delas. Ela soltou a mão de Caroline pelo tempo suficiente para
pegar a sua bolsa e entregar a Charlie algum dinheiro.

— Não saia do ginásio, — ela o advertiu. — Eu não vou, —


Charlie disse antes de correr para se juntar aos dois rapazes que o
esperava na próxima barraca. Willa se abaixou para pegar a mão de
Caroline novamente, e percebeu que a menina havia desaparecido.

— Oh, Deus... — Freneticamente, ela olhou em volta,


procurando pela pequena figura vestindo uma camisa laranja brilhante
que ela tinha ajudado a colocar antes de sair de casa. — Caroline! —
Willa gritou, com a voz sufocada no meio do ruído do ginásio lotado.
Ela foi para frente, entrando em pânico quando não a encontrou
imediatamente. Chrissy começou a choramingar por ter sido arrastada
junto, então Willa parou e a carregou.

— Está bem. Nós vamos encontrá-la. — Chrissy assentiu


com a cabeça, colocando a mão no ombro de Willa.
— Caroline! — Chrissy apontou em uma direção que estava
bloqueada por um grande grupo de pessoas. Confiando que Chrissy
tinha visto a irmã, Willa foi à direção em que ela estava apontando.
Ela foi empurrada várias vezes enquanto tentava se espremer passando
e acidentalmente derrubou um copo de plástico da mão de um homem
quando esta estava sendo servido em uma das barracas. — Me
desculpe.

Curt Dawkins baixou os olhos irritados para suas calças


molhadas, em seguida, os fechou antes de levantá-los. Willa notou o
quão rápido ele foi capaz de esconder sua reação irritada.

— Está tudo bem. Da próxima vez, tente ser mais atenta, ou


você poderia ferir alguém. É uma pena que você nunca jogou futebol.
Você poderia ter derrubado a metade da equipe adversária. — Willa
ouviu seu comentário malicioso quando ele colocava uma expressão
encantadora em seu rosto. Ninguém olhando saberia como cruelmente
ele tinha acabado de insultá-la.

Willa segurava Chrissy mais apertado enquanto seus olhos


percorriam ofensivamente seu corpo.

— Me envie a conta da limpeza, e eu vou pagá-la. — Willa


tentou se afastar, desesperada para escapar de sua presença venenosa,
apenas para esbarrar em alguém passando atrás dela.

Curt segurou seu braço, puxando-a para mais perto dele. —


Tome cuidado. — Os olhos de Willa se arregalaram quando ela viu
que era Lucky e Rider em quem ela quase se esbarrou. Enquanto os
homens pararam, Willa tentou esconder o medo do homem que não
tinha soltado o braço dela e agora estava a prendendo como uma
sanguessuga em sua bunda. Ela queria se empurrar quando sentiu o
pau duro contra seu traseiro.

— Oi, Willa.

— Oi, Rider, — ela o cumprimentou antes dela


relutantemente falar com o homem em pé, parado. — Lucky, —
empurrou seu braço para longe do aperto de Curt que ela tinha certeza
que deixaria uma contusão, ela tentou dar um passo entre Lucky e
Rider. — Eu preciso encontrar Caroline. Eu temo que ela conseguiu
fugir de mim. — Willa não diminuiu a velocidade, tentando colocar o
máximo de distância possível entre ela e Curt. Por que cada pessoa
arrogante em Treepoint tentava dominá-la? Será que ela tinha um
maldito sinal nas costas que lhes diziam que ela era uma covarde?

— Vamos ajudá-la a encontrá-la, — Rider ofereceu.

— Isso não é necessário. Eu tenho tudo sob controle. —


Willa disse sem se virar.

— Isso não é o que parece para mim.

Ela ignorou comentário malicioso de Lucky, enquanto


enxugava as lágrimas de frustração. Por que ela sempre tem que fazer
papel de boba na frente dele?

Willa suspirou de alívio quando viu Winter com Caroline,


enquanto caminhavam dentro de um círculo onde a música era tocada.
Quando a música parou, as duas estavam no último círculo disponível,
vencendo a caminhada para chegar ao bolo.

Winter riu, pegando Caroline e a jogando no ar. — Você é


meu amuleto da sorte.
A menina gritou eufórica quando Winter a pegou. — Graças
a Deus que você a encontrou. Eu estava doente de preocupação.

Winter pegou o bolo que tinha vencido. — Caroline estava


me ajudando a ganhar um dos seus bolos.

— Obrigada, Winter.

— Eu vou compartilhar os meus ganhos com a minha


parceira. — Winter deu a Caroline uma piscadela.

— Eu não acho que ela merece por ter saído do meu lado. —
Vendo que Winter estava prestes a protestar, ela cedeu. — Tenho
vários bolinhos em casa. Vou dar a ela um desses. Você fica com o
bolo para si mesma e para Viper.

— Vou aceitar. Eu vou ter sorte se conseguir guardar uma


fatia para Viper quando os outros membros descobrirem que eu
ganhei. Todos os homens tentaram ganha-los logo que viram que era
puro chocolate.

— Você quer que eu o segure para você? — Rider


perguntou, olhando avidamente para o bolo.

— Sobre o meu cadáver. — Winter levou o bolo para mais


perto dela. — Eu estou indo trancar esta beleza longe em meu
escritório até que eu esteja pronta para ir para casa. Quer me ajudar,
Caroline? — Winter estendeu a mão, e a menina pegou. — Eu vou
mantê-la comigo e deixá-la jogar alguns jogos, se estiver tudo bem,
Willa?

— Você tem certeza? Ela pode ser uma mão cheia. — Willa
avisou.
— Eu lido com os Last Riders todos os dias. Caroline será
uma brisa comparada a eles.

Winter se afastou enquanto Caroline obedientemente


caminhava ao seu lado. Willa desejou lidar com ela tão facilmente.
Winter se inclinou para colocar Chrissy de pé. Se ajeitando, ela viu
ambos Lucky e Rider boquiabertos. Olhando para baixo, ela ficou
vermelha ao ver que o botão superior tinha se soltado quando ela
estava carregando a criança. Quando ela se inclinou, ela deu aos
homens uma visão generosa de seus seios.

Segurando a mão de Chrissy em uma, ela tentou abotoar a


blusa com a outra mão.

— Onde estão os outros três esta noite? — A voz rouca de


Lucky a fez dar um passo involuntário para trás.

— Charlie está com seus amigos em uma das barracas, e


Leanne e Sissy estão ambas em casa. Elas disseram que estavam
muito velhas para carnavais da escola.

— Nem se ofereceram para ajudá-la com os primos delas?

— Você sabe, adolescentes... — Willa começou a defender


as duas meninas mais velhas.

— Sim, eu sei, elas vão se aproveitar, se você deixar. — Os


olhos de Lucky ainda estavam presos aos dedos trêmulos que
tentavam abotoar a blusa.

— Eu queria dar a elas um tempo livre. — Sua observação


desgastante e seus esforços hesitantes a deixaram ainda mais
desajeitada.
— Exatamente quando foi a última vez que você teve
algum? — Ele deu um passo à frente, pegando a sua mão, e então,
abotoando para ela.

Sua mente ficou em branco quando ela olhava em seus olhos


castanhos. — O-o que?

— Tempo livre? — Desta vez, um pequeno sorriso brincava


em seus lábios sensuais.

— Oh. — A razão gradualmente retornava quando Lucky se


abaixou, pegando Chrissy e a colocou nos braços surpresos de Rider.

— A mantenha ocupada. Estaremos de volta em uma hora.


— Lucky disse a Rider antes de pegar o braço de Willa.

— Espere. Eu não posso deixá-la com ele.

— Por que não? Ele vai cuidar bem dela. — Lucky a


empurrou através da multidão para uma das barracas.

Willa olhou para os patos de borracha andando em círculo na


água, espantada pelo plano de Lucky de passar uma hora com ela. Ela
nunca tinha conseguido estar em sua presença durante cinco minutos
sem sentir uma sensação incomoda. Uma hora seria uma tortura.

Lucky entregou para a menina atrás da mesa um dólar. —


Escolha um. — Ele apontou para os patos amarelos inofensivos.

— Por quê? — Willa perguntou confusa.

— Para se divertir. Você realmente sabe como é se divertir?


— Sim, eu sei. — Willa fingiu estar fascinada pelos patos
rodando em um círculo lento, magoada por seu comentário. — Para
sua informação, você sendo grosseiro comigo não é divertido.

Ela estendeu a mão, pegando um dos patos e o entregando


para a menina que chegou com uma caixa e tirou um colar de contas
coloridas. Antes que ela pudesse pegá-los, Lucky, o colocou sobre sua
cabeça, e eles ficaram entre a fenda dos seus seios. Ele estendeu a
mão, pegando as contas na mão, os dedos descansando contra a pele
de seus seios. Sua respiração aumentando por causa de seu toque
íntimo, então ela tentou se afastar, mas ficou presa no lugar pelo colar
até que sentiu ele beliscar a parte de trás do seu pescoço.

Seus mamilos se endureceram enquanto tentava acalmar sua


respiração e fingir não estar afetada. Seus olhos se moveram para o
lado dela antes de voltar para os dela. Willa se virou para ver o que
chamou sua atenção e viu o motoqueiro que estava com Lucky e Rider
na noite que ela foi buscar Sissy no escritório do xerife. O estranho
tinha dois olhos roxos e parecia assustador com uma expressão
determinada no rosto.

Antes que ela pudesse tentar se afastar de Lucky de novo, ele


soltou o colar, e então, a conduziu em direção a uma barraca de foto
escondida na parede. Ele levantou a cortina, empurrando-a para frente
antes de entrar com ela.

— Eu não quero tirar foto, — Willa protestou.

A mão em seu ombro a fez se sentar no banco quando Lucky


colocava um dólar dentro da abertura. Assim que o motor girou
puxando o dólar para dentro, Lucky se sentou ao lado dela no pequeno
banco. Envergonhada, ela tentou inutilmente se afastar, apenas para se
encontrar presa entre a parede e o corpo imponente de Lucky. Ela
notou que a sua camiseta era de mangas curtas, e seus grandes bíceps
estavam destacados pelas tatuagens que cobriam seus braços.

Quando sua mão foi para sua garganta, a virando para


encará-lo, Willa congelou por uma fração de segundo antes que seus
instintos de sobrevivência gritassem para ela que ele estava prestes a
beijá-la. Colocando as mãos sobre o peito dele, ela tentou colocar
algum espaço entre eles. Um beijo de Lucky era algo que ela nunca
tinha esperado experimentar, e ela tinha muita certeza que seria mais
do que ela poderia suportar.

— Você foi beijada antes? — Sua voz baixa a fez tentar se


mexer para longe dele, mas seu corpo simplesmente se inclinou mais
perto até que seus seios estavam pressionados contra seu peito com as
mãos presas entre eles.

— Claro. — Ela tentou virar o rosto, mas Lucky segurou seu


queixo, negando a ela uma chance de evitar a intimidade que estava
construindo entre eles.

A boca dele se aproximou até que ela sentiu seus lábios


escovarem os dela quando ele falou. — Quem?

— Não é da sua conta, — Willa disse desafiadoramente. Não


havia nenhuma maneira que ela lhe diria que foi Lewis que conseguiu
beijá-la na escola. Tinha sido um momento terrível e ela teve
pesadelos sobre isso por vários meses depois. A ponta de sua língua
traçou seu lábio inferior.

— Não, Lucky, — Willa implorou, vendo o flash da câmera.


— Por que não? Você não quer me provar? Eu quero provar
você. — Ele gemeu. — Quero ver se é tão doce quanto a sua
cobertura. — Sua boca pressionou mais forte contra a dela, separando
os lábios que ela tentou manter fechado, e as unhas pressionadas em
sua pele.

— Você tem gosto de baunilha. — Ele murmurou.

— Por favor, Lucky...

— O que você quer Willa? Você quer que eu pare? — Willa


viu o flash disparar outra vez, e sua cabeça caiu para trás contra a
parede da barraca. Ela tinha a intenção de impedi-lo; em vez disso, ela
perdeu todo o controle quando Lucky aprofundou o beijo, espantando
toda a cautela de sua mente.

— Por favor... Não. — Ela respirou em sua boca.

— Eu não te disse que não havia nada que pudesse ser salvo
sobre mim? — Ele pressionou seus lábios de novo, explorando sua
boca com a língua enquanto ela ficava mole contra ele, deixando-o
levar o que ele queria dela, com sua consciência culpada por ela
querer isso também. No entanto, ela não tinha a coragem de ceder ao
desejo que ele estava construindo em seu corpo tenso.

Willa viu outro flash sobre seus olhos fechados antes de


Lucky afastar os lábios dos dela e pressionar o polegar no pulso
batendo na base de sua garganta. Então ele lhe deu um olhar duro
antes de se levantar abruptamente, deixando-a sozinha na barraca de
fotos.
Willa reuniu a compostura, endireitando a blusa antes de
empurrar a cortina e sair. Embora Lucky estivesse felizmente longe de
ser visto Rachel e Cash ambos deram olhares curiosos enquanto se
aproximavam da cabine da foto. Willa queria pressionar as palmas das
mãos contra suas bochechas coradas, mas se obrigou a manter as mãos
soltas.

— Se divertindo? — Perguntou ao casal.

— Sim, Cash ainda está chateado por perder a caminhada do


bolo, mas eu prometi a ele alguns de seus biscoitos na próxima vez
que der aula a Sissy. — Rachel deu-lhe um sorriso travesso.

— Isso funciona para mim. — Willa falou com o casal


durante vários minutos antes de pedir licença indo à procura de Rider.
Ela o encontrou sentado na arquibancada, observando a menina comer
uma maçã do amor com cautela. Ele não conseguia esconder seu
alívio ao vê-la.

— Obrigada, Rider. Eu agradeço por você olhá-la para mim.

— Foi legal. Eu sou babá para Beth e Lily ocasionalmente.


Não muitas vezes, — se apressou para acrescentar — Mas o suficiente
para cuidar deles por cerca de uma hora. Eu sempre enfio comida
neles.

— Isso sempre funciona para mim, — Willa brincou.

Os olhos de Rider ficaram gelados. — Por que você sempre


se coloca para baixo?

Willa deu de ombros. — Rider, é bastante óbvio que eu


gosto de comida.
— Eu gosto também, mas eu não me coloco para baixo
porque causa disso.

Willa analisou seu corpo musculoso. — Há uma grande


diferença entre o seu corpo e o meu. — Willa não conseguia evitar a
diversão em sua voz. Ela gostava de Rider. Ele era doce e
descomplicado.

— Sim, há. — Seus olhos foram para seus seios. Ela


começou a rir, incapaz de ajudar a reação ao seu senso de humor.

— Se eu tivesse um irmão, ele seria como você, — Willa


elogiava, adivinhando pela sua expressão estupefata que foi a primeira
vez que ele foi colocado nessa categoria.

Rider se levantou, arrumando seu jeans antes de se


endireitar. — Eu estou indo consertar meu coração partido com
aquelas duas mulheres prestes a entrar na casa mal assombrada.

— Faça isso. Tenho certeza de que vão apreciar a sua ajuda


para passar pelo labirinto. Winter me disse que passa por oito salas de
aula.

— Você não está com ciúmes?

— Não. — Willa não poderia perder o brilho divertido nos


olhos de Rider.

— É um dia triste quando uma mulher se refere a mim como


irmão.

— Eu tenho certeza que você vai se recuperar, — Willa


zombou.
— Eu posso estar com o coração partido... Você só não sabe.
— A boca de Rider tremeu maliciosamente. Antes que ela pudesse
reagir, ele pousou sua boca sobre a dela em um beijo breve. Erguendo
a cabeça, ele olhou intensamente para ela. — Nada?

— Desculpe, mas não.

— Mulher, você é cruel, — Rider gemeu. — Eu acho que é a


casa mal assombrada, afinal.

— Não se perca, — Willa brincou com ele antes de recuar,


não perdendo a saudação com o dedo que ele virou e mostrou para ela.

— Pronta? — Willa pegou a mão de Chrissy, ajudando-a a


descer as arquibancadas antes de ir em busca das outras duas crianças.
Ela encontrou Charlie saindo da casa mal assombrada e Caroline
ajudando Winter no lago com peixes.

— Saindo? — Winter perguntou.

— Sim, eu preciso ir para casa e começar a fazer as


encomendas de amanhã.

— Gostaria de falar com você para tirar férias, mas acho que
a cidade me lincharia.

Willa sempre sentiu muito orgulho sobre suas habilidades na


cozinha. Era a única coisa que ela fazia bem.

— Vejo que você foi para o lago com patos.

A mão de Willa foi para o colar de contas azul em torno de


sua garganta. — Sim, e a barraca de fotos.

— Estou feliz que você se divertiu. Onde estão as fotos?


— Fotos? — Willa olhou para ela sem expressão.

— Era para isso que a barraca de fotos servia. Eu vou


verificar e me certificar que está funcionando se você não levou as
fotos. — Winter franziu a testa. — Ninguém reclamou...

— Eu me esqueci de olhar. Tenho certeza que está tudo bem.


Vou checar, e se alguma coisa estiver errada com a barraca, eu mando
uma mensagem para você.

— Eu adoraria. Eu não posso deixar a mesa no momento.

— Estou feliz em ajudar. — Willa levou as crianças embora,


desanimada por ter deixado as fotos para qualquer um ver. Ela
morreria de vergonha se alguém visse ela e Lucky se beijando, e ela
não imaginava se ele ficaria mais feliz.

Quando Willa encontrou o local vazio onde as imagens


saíram, ela nem olhou ao redor do chão para se certificar que não tinha
caído.

— Podemos tirar uma foto? — Charlie perguntou.

— Tudo bem. — Willa levantou a cortina, esperando que


não fosse funcionar. Ela sorriu quando a câmera brilhou, todas as
crianças fizeram caretas.

Quando acabou, Charlie deu um pulo. — Vamos pegar as


fotos.

Willa tirou Caroline e Chrissy de seu colo, rezando para que


o local estivesse vazio. As crianças ansiosamente esperaram pela fina
tira de imagens surgir, e ela engoliu a seco quando apareceu. Charlie
os pegou mostrando a sua irmã.
— Eu acho que ele está funcionando bem. Vamos para casa.

Quando saíram, Willa sentiu como se todos os olhos


estivessem sobre eles, mesmo sabendo que era uma invenção de sua
imaginação. Sua última esperança era que alguém tinha visto as fotos
que foram deixados para trás e as jogou fora. Ela estava tentada a
procurar na lata de lixo mais próxima à barraca de foto, mas ela sabia
que ia cair no ridículo.

— Deus, você pode, por favor, por favor, destruir essas


fotos? Talvez se certificar que a tira não tenha saído? Ou pegou fogo?
— Ela murmurou.

— O que você disse Willa?

— Nada, Charlie. Eu estava orando para encontrar algo que


eu perdi. — Essa pequena faixa de fotos na mão de alguém seria
humilhante se viesse à tona.

— Vou orar também. — Charlie subiu no banco de trás


quando Willa abriu a porta do carro.

— Eu também, — ambas as meninas entraram na conversa


enquanto ela as colocava em suas cadeirinhas de carro. Willa fechou a
porta de correr da van antes de ficar atrás do volante.

— Que tal todos nós orarmos? — Willa disse


fervorosamente. Ela estava tão chateada com as fotos que o beijo
realmente não foi registrado até que ela estava prestes a ir para a
cama.

Poderia Lucky estar tão atraído por ela quanto ela estava por
ele? Uma centelha de esperança se acendeu dentro dela.
Willa se sentou no lado de sua cama, atordoada com o
pensamento. Talvez sua vida fosse ter uma mudança para melhor.

— Certamente não pode ficar pior. — Willa queria tomar a


frase de volta assim que ela a soltou. Ela tinha aprendido há muito
tempo não abusar da sorte. Mesmo o diabo riria dela achando que
Lucky estava atraído por ela.

— Milagres acontecem. — Willa caiu contra sua cama,


olhando para o teto quando uma frágil esperança começou a crescer.
Talvez, apenas talvez... Todas as suas orações estivessem prestes a
serem respondidas.
Capítulo 9

Lucky encontrou Viper na cozinha, compartilhando uma


garrafa de uísque com Shade.

— Eu preciso falar com você. — Viper usou seu pé para


empurrar a cadeira da mesa. — Sente-se.

Lucky se sentou à mesa.

— Você precisa que eu saia? — Shade perguntou,


levantando a garrafa quando ele começou a ficar de pé.

— Fique. — Lucky pegou um copo vazio, suspendendo para


Shade encher, e o executor levantou uma sobrancelha enquanto
enchia.

— O que foi? — Viper perguntou, apontando para Shade


encher o copo dele também.

— Eu quero ir para Ohio por um tempo.

— Por quê?

— Com Moon aqui, realmente não há ninguém para manter


os irmãos em Ohio sob controle. Eu posso ficar lá até Moon voltar.
Além disso, estou pronto para sair de Treepoint, estou aqui por muito
tempo.

— Você é necessário aqui. Tem sido bom ter todos os


negócios do clube fora dos meus ombros.
— Moon é tão bom quanto eu. Se algum problema
acontecer, eu virei são algumas horas de distância.

— Você já se decidiu?

— Sim.

— Então eu não vou te impedir. Eu enviaria Train, mas ele


não quer ir.

— Isto resolve ambos os problemas, então.

— Qual o problema que vocês têm que resolver? — Shade


se intrometeu. Shade não iria levá-lo a revelar mais do que pretendia.

— Querendo tirar a poeira de Treepoint.

— Lily vai sentir sua falta. — Shade levantou o copo meio


cheio, bebendo um gole antes de colocá-lo de volta na mesa.

— Eu não sou mais o pastor de Lily. Ela precisa encontrar


alguém para receber orientação espiritual. Eu certamente não sou mais
aquele que vai dar a ela. Eu nunca serei. — Lucky ficou de pé, a
cadeira raspando contra o chão.

Stori e Bliss entraram na cozinha.

— Indo para Ohio na parte da manhã, — disse-lhes. —


Vocês garotas querem ser aquelas a me dar uma despedida?

— Claro que sim. — Stori ansiosamente enroscou seus


braços em volta de seu pescoço.

— Você está indo embora? — A tranquila pergunta de Bliss


fez Lucky colocar um braço em volta dela, puxando-a para seu corpo.
— Por alguns meses.
Bliss encolheu no braço dele. — Train está me esperando no
outro quarto. Vou perguntar a Raci se ela quer participar da sua festa.
— Surpreso, Lucky observou quando Bliss voltou para a outra sala.

— O que aconteceu que a deixou tão chateada? — Lucky


perguntou aos outros na sala. — Desde quando ela já se preocupou
com alguém, que não fosse Shade?

— Não sei, mas eu vou perguntar a ela mais tarde. Nós ainda
iremos festejar? — A mão de Stori estava brincando com a fivela do
seu cinto.

— O que você acha? — Lucky caminhou para a porta do


porão com Stori ainda ligado ao seu lado.

— Peça para Raci descer, — Lucky disse a Viper e Shade.

— Vou pedir. — Viper levantou o copo em direção a ele.

— Divirta-se. — Uma faca atravessou seu coração ao ouvir


as mesmas palavras que ele tinha falado com Willa no início da noite,
e o olhar perspicaz de Shade não perdeu seu estremecimento.

— Eu sempre me divirto. — Sua mão foi para a bunda de


Stori. — Sempre, irmão.

Lucky se levantou coberto por uma fina camada de suor


quando ele olhou para a cama onde Stori estava nua, ainda amarrada à
cabeceira da cama. Segurando a faca, cortou as cordas que amarravam
seus pulsos. Ela baixou os braços, enrolando para o lado dela, exausta
demais para se mover.
Raci já estava dormindo, tendo desmaiado antes dele
terminar com Stori.

Ember rolou, puxando o lençol de baixo da cama para cobrir


seu corpo trêmulo antes de voltar a dormir. Todas as mulheres
estavam muito cansadas para saírem da cama para que ele pudesse
dormir algumas horas antes de deixar a cidade, e ele não se permitia
dormir profundamente se elas estivessem na cama ao seu lado.

Ele colocou seu longo cabelo atrás de seu rosto. Ele não
tinha cortado desde que ele tinha pisado fora do púlpito pela última
vez.

Ele puxou o jeans jogado no chão, depois calmamente saiu


do quarto, passando pelo porão e subindo para a cozinha. Em seguida,
os pés descalços o levaram para o quintal.

Ele fez uma pausa longa o suficiente para encher os pulmões


com ar fresco, expulsando o cheiro de sexo que se agarrava a sua pele
úmida, antes dele caminhar até que chegou à paisagem que Lily
frequentemente olhava.

As majestosas montanhas de Kentucky eram uma das três


coisas que ele sentiria falta sobre Treepoint. O clube era outra. Sua
mente se esquivava da terceira, no entanto, não querendo sujar sua
imagem depois de sua noite de gula sexual.

Lucky levantou a cabeça, olhando para a lua quando ela


começou a afundar atrás das montanhas. Ele pressionou as palmas das
mãos contra os olhos. Ele era incapaz de orar. Ele foi contra a própria
essência de tudo o que ele acreditava, cometendo incontáveis pecados
então repetidamente pedindo perdão. Era um ciclo vicioso que o
manteve prisioneiro até que a única esperança que lhe restava era
cortar o laço com Treepoint como ele tinha feito com a igreja. A porta
agora estava fechada e essa era a sua fonte de consolo, e ele estava do
lado de fora, onde ele queria estar.

Isso era o que ele vinha se dizendo todo o tempo, tentando se


fazer acreditar que ele estava pronto para passar para um modo de
vida diferente. Ele tinha que dar a si mesmo tempo para se adaptar, e
saindo lhe daria isso, outra mentira que ele repetidamente disse a si
mesmo.

Se afundando de joelhos, ele tremia, não por causa do ar frio


da manhã, mas de ter sua alma rasgada. Ele estremeceu quando uma
mão suave tocou seu ombro.

— Dean, você está bem?

Lucky baixou as mãos, mas ele não se virou para encarar


Rachel, incapaz de olhar para a mulher que frequentou sua igreja
desde o ensino médio.

— Eu estou bem. — Lucky limpou a garganta. — O que


você está fazendo aqui? Está congelando.

— Eu não sei. Eu acordei, e algo me disse para sair para o


lado de fora. Então eu vi você… — A voz dela sumiu no silêncio.

— Volte para dentro. Eu estou bem. — Ele não queria falar


com ela. Com quem ele queria falar não estava ouvindo ele mais.

Sua mão descansava contra seu ombro e um calor começou a


penetrar em sua pele úmida com o toque dela, se espalhando por seu
braço e correndo pelo resto do seu corpo.
— Eu não acho que você esteve bem por um tempo, Dean.
Durante anos, você deu a todo mundo a sua força até que você não
tinha mais nada para si mesmo quando você mais precisava.

Lucky sacudiu a cabeça. — Eu dei as costas para o que me


deu força.

— Meu dom me deixou por um tempo antes dele voltar


ainda mais forte. Ele não nos deixa. Meus antepassados vieram pelas
montanhas Apalaches durante A Trilha das Lágrimas. Teria sido fácil
para eles desistir, mas não desistiram. Em vez disso, suas crenças
foram transmitidas por gerações. Eles não tiveram um caminho fácil.
Minha avó me contou histórias sobre como eles olhavam para a lua
nascendo a cada noite para descansar e dar graças por sobreviver por
mais um dia. Em seguida, eles olhavam para o sol nascendo para que
pudessem ver o seu caminho.

A mão de Rachel apertou seu ombro enquanto sua voz caiu


reverentemente. — Olha, Dean, o sol está nascendo. Você pode
encontrar o seu caminho se você apenas abrir os olhos.

Lucky levantou a cabeça, vendo os raios do sol começando a


quebrar o céu escuro. — Eu não mereço ser encontrado.

— Dean, gostaria de citar várias passagens mostrando como


você está errado, mas eu tenho certeza de que você sabe as passagens
melhor do que eu. Deus se alegra quando as suas ovelhas voltam para
casa. Você foi o único perdido, não Deus. Ele está esperando por seu
retorno o tempo todo.

O calor do toque de Rachel começou a queimar, como se sua


alma que tinha sido rasgada estivesse sendo unida novamente. Raios
dourados do sol o cercaram em uma abundância de cores. Rachel
suspirou em suas costas, afastando a sua mão, enquanto Lucky
trêmulo se levantou, sua agitação por enquanto foi acalmada. Ela
cruzou os braços sobre o peito, tremendo.

— Entre. Se você ficar doente, Cash vai chutar a minha


bunda. — Ele assentiu mas não se mexeu. — Cash disse que você está
indo para Ohio?

— Sim.

— Por quê?

— Eu disse para Viper que eu iria. Train não quer ir. —


Lucky levantou a mão, colocando no rosto de Rachel. — Obrigado,
Rachel.

— Adeus, Dean. — Ele estremeceu quando um calafrio de


pressentimento passou através dele.

Eles voltaram juntos cada um perdido em seu próprio


silêncio quando se aproximavam da casa até que várias luzes nas
janelas ligaram.

— Todo mundo está se levantando cedo para um sábado, —


Rachel comentou.

Lucky começou a andar mais rápido. Os irmãos geralmente


iam para a cama, neste horário e não se levantavam. Abrindo a porta
dos fundos, ele conduziu Rachel para dentro, encontrando os membros
reunidos na cozinha.
— O que está acontecendo? — Lucky perguntou a Rider,
que estava sentado à mesa, parecendo de ressaca enquanto colocava
suas botas.

— Willa ligou para Winter, pedindo a ajuda de Viper. Sissy


fugiu na noite passada. Ela sentiu a falta dela quando chegou em casa
depois do festival da escola.

— Merda.

— Willa esteve durante toda a noite, procurando por ela. Ela


pensou a princípio que ela estava com amigos, mas todos eles falaram
que não a viram.

— Cal e Jace?

— Drake diz que ambos os garotos estão em casa e


estiveram a noite toda.

— Porra! Willa provavelmente está apavorada. — Lucky


queria sacudir algum sentido na adolescente, mas para fazer isso, ele
teria que encontrá-la primeiro.

Viper entrou na sala, imediatamente dividindo a cidade em


seções de busca entre os irmãos.

— Lucky, você fica com Jamestown. Se ela está


desaparecida desde a noite passada, vai ser um negócio arriscado
descobrir o quão longe ela foi.

— Vou me vestir e começar por aí. Vou ligar para Stud e


perguntar se os Destructors podem começar a procurar.

Viper assentiu tristemente. — Seja rápido. Knox teve que


alertar o serviço social quando Willa informou que Sissy tinha
sumido. Se a garota queria ficar longe de Willa, ela conseguiu o seu
desejo agora.

Lucky subiu as escadas para o quarto, tomando um banho


rápido, depois ligou para Stud, que disse que começaria a procurar em
Jamestown e se ofereceu para colocar os Blue Horsemen procurando
nos arredores de West Virginia no caso dela ter ido na direção oposta.

Ele estava vestindo a sua camisa quando um pensamento lhe


ocorreu. Pegando seu celular, ele ligou para Knox.

— Lucky?

— Sim. Tenho uma pergunta rápida.

— Continue.

— Willa está aí ou em casa?

— Willa está aqui com o resto das crianças. Flora Tackett


está sentada aqui, pronta para tomar a custódia deles. Willa informou
a que ela Sissy tinha sumido.

— A cadela fodida não podia esperar até que Sissy fosse


encontrada?

— Você conhece Flora. — Infelizmente, Lucky conhecia. A


cadela hipócrita nunca pensaria em adotar crianças, mas ela não tinha
nenhum problema em dificultar as coisas para quem queria.

— Você já falou com Leanne?

— Eu falei. Ela jura que não sabe onde sua irmã está.

— Ela está mentindo. Afaste-a de todos e ela vai falar.


A voz de Knox baixou. — Eu não posso ameaçar uma
criança. — Lucky ouviu a porta fechar no fundo, e então a voz de
Knox voltou ao normal. — Além disso, Flora não vai me deixar
sozinho com ela.

— Mande todos para o restaurante para o café da manhã e


peça para eles trazerem algo para Leanne. Fale para eles que você
precisa que Leanne repasse uma lista de amigos de Sissy.

— Eu já fiz isso.

— Faça novamente. Diga-lhes que ela pode ter se esquecido


de alguém. Eu não dou a mínima para o que você vai dizer a eles,
basta levá-los para longe de Leanne.

— Então o que? Eu não poso colocar a mão nela.

— Ameace-a com a prisão. Tranque-a em uma cela.

Knox começou a rir. — Ela vai ficar irritada. Eu tenho Lyle


lá atrás.

— Se ela souber onde Sissy está, ela vai falar, — Lucky


insistiu.

— Tudo bem. O que pode acontecer de pior? Diamond pode


processar a cidade e buscar o meu emprego de volta se a minha bunda
for demitida.

— Essas meninas estiveram correndo em círculos ao redor


de Willa por meses. Se Leanne falar, me ligue. Eu vou para
Jamestown para verificar se ela conseguiu ir tão longe.

— Espere quinze minutos antes de sair. Não há razão para


sair se Leanne decidir falar.
— Tudo certo. Eu tenho alguns minutos de sobra desde que
Stud tem os Destructors procurando.

— Eu vou ligar de volta. — Knox desligou o telefone.

Lucky olhou para as mulheres que ainda estavam deitadas na


cama, dormindo, e nojo de si mesmo o encheu. Enquanto ele tinha
passado uma noite aqui na libertinagem, Willa estava sofrendo
aterrorizada, preocupada com a menina que ela estava tentando ajudar.
Os olhos de Raci se abriram. — Onde você vai?

— Eu preciso cuidar de algo. Você pode limpar o quarto


para mim?

— Com certeza. É o mínimo que posso fazer depois da noite


que você me deu. — Ela se sentou na cama, se alongando.

— O que você quer que eu faça com suas facas?

O celular de Lucky começou a tocar, mas ele não antedeu


imediatamente. Ele precisava fugir das lembranças da noite anterior,
antes que ele pudesse lidar com qualquer coisa a respeito de Willa.

— Coloque-as na mesa de cabeceira. Vou limpá-las e


guardá-las. — Ele nunca confiou em ninguém além dele mesmo para
limpar suas facas. Elas são deixadas intocadas até que ele tenha tempo
para esterilizá-las. Todos no clube sabiam que nunca deveriam tocar
em suas facas, ou haveria um inferno para pagar.

Lucky saiu do quarto, fechando a porta atrás dele antes de


atender o toque insistente, vendo que era Knox retornando a ligação.

— O que você descobriu?

— Irmão, nós temos um grande problema.


Capítulo 10

As mãos de Willa se apertavam no colo. Ela rezou para que


uma boa notícia sobre Sissy estivesse esperando por eles, quando
voltasse do café da manhã que ela tentou engolir. Temendo por Sissy,
a comida não a tinha atraído, e o silêncio sepulcral de Flora Tackett
não estava ajudado. No entanto, a decepção a encheu quando entrou
no escritório do xerife e descobriu que não havia nenhuma informação
nova.

Willa olhou para cima quando a porta se abriu, engolindo


compulsivamente quando viu um casal que ela reconheceu da igreja se
aproximar de Flora. Ela não tinha que perguntar por que estavam ali.
Seu braço apertou ao redor da cintura de Caroline, seu outro braço
puxava Chrissy mais perto de seu corpo. Charlie estava sentado na
cadeira ao lado dela, com os pés balançando para frente e para trás.
Flora e o casal caminharam em direção a ela.

— Willa, você conhece os Wests? — Ela confirmou com a


cabeça.

Dalton West e sua esposa Lisa eram profundamente


envolvidos na igreja, considerando como seu dever sagrado, dedicar
suas vidas a serviço de Deus.

Willa não poderia explicar o sentimento de desconfiança que


sentia sempre que eles estavam perto, embora ela tivesse ignorado o
comportamento de paquera de Lisa com Lucky quando ele era pastor.
O marido tinha testemunhado o comportamento e até parecia
incentivar a conduta inapropriada.

Eles tinham adotado várias crianças da comunidade. A irmã


mais nova de Cal, amigo de Jace, era uma, cuja mãe morreu de câncer.
Houve também uma menina mais velha que tinha sido criada em casa
e tinha saído por conta própria. Ela ainda frequentava a igreja, mas se
recusava a ter qualquer coisa a ver com o casal. Willa pensava que a
relação deles deveria ser próxima, considerando o tempo que ela tinha
estado em sua casa. Ginny passou seis anos vivendo com o casal;
portanto algum tipo de ligação deveria ter sido formado. Em vez
disso, a menina não falava com o casal quando eles se aproximavam
dela em reuniões da igreja.

Willa não podia dizer exatamente o motivo dela não gostar


deles. Eles sempre foram educados e constantemente se ofereciam
para ajudar na igreja e na escola. Eles eram muito perfeitos. E ainda
para constar, havia algo sobre a maneira como eles olhavam para as
mulheres dos Last Riders quando elas frequentavam a igreja, que
lembrava de sua própria mãe quando ela dava o discurso de como ser
uma boa menina cristã.

— Sim. — Willa não se mexeu, não querendo acordar


Caroline que estava dormindo em seu peito.

— Eles vão tomar conta de Caroline, Chrissy, e Charlie. —


A voz brusca de Flora com naturalidade, rasgava o mundo das
crianças.

— Por favor, não podemos esperar...?


— Você é claramente incapaz de lidar com estas crianças e
mantê-los seguros.

Leanne, que estava sentada em silêncio, pulou para ficar de


pé.

— Eu quero não ir!

Flora ignorou a explosão da menina, continuando a falar com


Willa. — Não faça isso difícil para as crianças. Os Wests são capazes
de cuidar de todas as crianças, exceto Leanne. Eu ainda estou
procurando um lar adotivo para ela. Se eu não encontrar um até o final
do dia, eu vou colocá-la em uma das casas do grupo onde eu tenho
uma cama disponível até que eu possa encontrar alguém disposto a
adotá-la.

Leanne começou a chorar, segurando seu banco.

— Você a está assustando Flora. Ela não pode ficar comigo


até você, pelo menos, encontrar um lar para ela? — Sua brusca recusa
foi interrompida brevemente quando Viper e Shade entraram no
escritório, seguido por uma rebelde Sissy que estava sendo seguida
por Lucky.

Willa se levantou, empurrando Caroline e Chrissy acordando


elas. — Sissy! Graças a Deus está tudo bem. — Willa estava tão
aliviada que ela queria explodir em lágrimas; mas os rostos sérios dos
homens a impediu.

— Onde vocês a encontraram? — Flora perguntou antes que


Willa pudesse formular a pergunta em seus lábios trêmulos.
— Nós a encontramos fora da cidade. — Viper falou quando
Sissy permaneceu quieta.

— Ela conseguiu chegar ao Rose. — O suspiro horrorizado


de Willa foi abafado pelos de Wests e Flora.

— Mick não a viu. Ela estava no estacionamento, tentando


pegar carona. — Viper explicou.

— Sissy! — Willa gritou com o perigo que a menina havia


se colocado.

— Eu estou bem, — Sissy gritou. — Nenhum dos


perdedores quis me dar uma carona.

— Graças a Deus. — Willa acalmava Caroline, que começou


a chorar.

— Ela adormeceu na parte de trás do carro de Mick. Ele a


encontrou quando Lucky ligou para ele e lhe pediu para procurar por
ela.

— Como você sabia que ela estava lá? — Willa perguntou


ao homem de pé silenciosamente na porta.

Os olhos de Lucky se viraram para Leanne. — Digamos que


foi um palpite. — Ele deu de ombros.

Willa escondeu o rosto no cabelo de Caroline. Entendendo


agora por que Knox queria que Leanne ficasse quando eles tinham ido
para o restaurante, Willa percebeu que ela era um fracasso total e
absoluto em cuidar das crianças.

— Vou cancelar as buscas, — Knox disse, indo para o


telefone atrás do balcão.
Flora imediatamente tomou o controle da situação. —
Leanne e Sissy, vocês vêm comigo. Dalton e Lisa, vocês peguem os
outros três. Vou dar uma olhada em vocês amanhã. Willa, se você
arrumar as coisas deles, eu vou passar esta tarde para buscá-las. —
Dalton estendeu a mão para Caroline quando Lisa pegou Chrissy,
ambas as meninas começam a chorar.

— Por favor, Flora... — Willa implorou.

— Nós não estamos voltando para Willa? — Sissy franziu a


testa, perguntando à sua irmã que também tinha começado a chorar.

Leanne sacudiu a cabeça. — Eles estão nos colocando em


um lar.

— Sua puta gorda... — Sissy se lançou para Willa, mas


Lucky a agarrou pela cintura, puxando-a para trás.

— Não toque nela. Nunca. — A voz de Lucky congelou


todos no lugar, e medo atravessou o rosto de Sissy.

— Isso não tem nada a ver com o que Willa quer. — Knox
bateu o telefone. — Se você quer culpar alguém, olhe em um espelho!
Por que você está tão irada? Você não queria ficar com Willa, então a
sua bunda apenas conseguiu o que queria.

— Knox, está tudo bem. Ela está chateada. —


Relutantemente Willa soltou Caroline. Ela não queria perturbar ainda
mais as crianças lutando com o inevitável. Ela acabaria em uma das
celas, e as crianças ainda teriam ido.

Caroline e Chrissy começaram a gritar e lutar contra as


pessoas que estavam segurando-as, e Charlie correu para frente,
agarrando Willa pela cintura. — Por favor, não me faça sair. Eu serei
bom.

Lágrimas caíram dos olhos de Willa quando ela se abaixou


de joelhos, segurando Charlie em seus braços.

— As crianças não vão a lugar algum. Eles vão ficar com


Willa. — A declaração de Lucky chamou a atenção de todos.

— Não, eles não vão. — As mãos de Flora foram para os


quadris. — Eles serão colocados em seu novo lar adotivo. Leanne e
Sissy vão para uma casa do grupo até que eu possa encontrar um lugar
para Leanne. Sissy, infelizmente, não vai poder ser adotada devido à
sua fuga. Ela vai ficar lá até completar dezoito anos.

— As crianças e Leanne permanecerão com minha noiva, até


que nós estejamos casados. Então todos eles vão se mudar para a
minha casa depois que nos casarmos em duas semanas. Sissy pode
ficar com Knox e sua esposa até o nosso casamento. Então, ela pode
se mudar para ficar conosco, também.

— Você e Willa estão noivos? — Flora perguntou, olhando


entre eles.

— Sim, ficamos noivos na noite passada. — Willa não podia


acreditar nas mentiras que vinham de Lucky, mas ela não tentou negar
sua relação fictícia, porque as crianças tinham parado de chorar.

Ela estendeu a mão para as meninas que estavam


freneticamente tentando se atirar dos braços dos adultos. Mal
conseguindo segurar ambas as meninas, ela sentiu Lucky pegar
Chrissy dela, colocando um braço como apoio em torno dos ombros.
Flora tinha indecisão em seu rosto. — Onde você pretende
viver depois que estiverem casados?

— A igreja, é claro. Eu vou assumir o papel de pastor


novamente no próximo fim de semana.

— Por que não ouvi isso antes? — Flora perguntou,


desconfiada.

— Os diáconos da igreja me deram tempo para pensar. Eu


iria informá-los depois do culto de amanhã de manhã. — Dalton
estendeu a mão, apertando a mão de Lucky. — Nós estaremos
contentes de tê-lo de volta.

— Eu sabia que você voltaria. — Lisa e seu marido trocaram


um olhar que Willa não entendeu. — Toda a congregação sentiu a sua
falta.

— Como eu também, — Lucky respondeu, seu braço


apertando os ombros de Willa.

Flora franziu a testa. — Eu não sei…

— Eu vou estar em torno das crianças constantemente


durante o meu noivado com Willa. Eles estarão perfeitamente seguros
em nossas mãos. Eu posso fornecer o número de referências que você
precisar. O governador vai ser uma delas.

— Vou trazer a papelada para Willa esta tarde. O estado


sempre quer o melhor para as crianças. — Atitude arrogante de Flora
passou por uma mudança abrupta. Ela estava quase boa quando ela
perguntou a Knox. — Você e sua esposa estão dispostos a assumir
Sissy?
Knox permaneceu em silêncio por um breve segundo, seus
lábios apertados. — Diamond e eu ficaremos feliz de ficar com ela até
que Willa e Lucky estejam casados.

Willa não achou que ele parecia muito feliz, mas estava grata
por ele ter concordado com a assistente social.

— Está resolvido, então. Vou vê-la esta tarde, Willa.

Willa conseguiu apenas acenar quando Flora e os Wests


saíram do escritório do xerife.

— É melhor eu ligar para Diamond e lhe falar que teremos


companhia por duas semanas. — Knox entrou em seu escritório,
fechando a porta.

O braço de Lucky saiu de seu ombro. — Vá em frente e leve


as crianças para casa. Eu estarei lá daqui a pouco. — Ele entregou
Chrissy para Leanne.

Sissy ficou como se estivesse em estado de choque. Willa


começou andar com ela, mas Lucky a bloqueou abrindo a porta da
frente para ela.

— Lucky... — Willa parou ao lado dele - Eu agradeço a você


evitar que eles levassem as crianças, mas vai ser uma bagunça explicar
quando não...

— Vá para casa, Willa. Falaremos quando eu chegar lá. —


Willa assentiu fracamente, muito cansada para discutir.

— Ok. — Trocando Caroline de lado, ela saiu aliviada que


as crianças estavam dóceis e em silêncio enquanto ela os colocava no
carro. Ela estava saindo do estacionamento quando seus olhos foram
pegos pelos de Leanne.

— Sinto muito, Willa. Sissy me fez prometer não contar a


ninguém onde ela estava indo.

— Promessas são destinadas a ser um juramento de


confiança entre duas pessoas. Quando essas promessas podem ferir
alguém, é você quem deve decidir se honrá-la vale a pena as
consequências.

Leanne baixou a cabeça. — Eu realmente não achei que ela


exageraria. Ela estava tentando encontrar aquele motoqueiro bonito
que ela viu pela cidade. — Willa não tinha que perguntar quem.
Lembrou-se da menina ficando fascinada pelos motoqueiros na noite
de sua fuga com Jace e Cal.

— Graças a Deus que ela não o encontrou.

Viper pegou o grampeador da recepção, jogando-a na


parede.

— Droga! — Viper rosnou para Sissy.

— Eu mantive a minha boca fechada. Eu disse que não


falaria e eu não falei. — Sissy se afastou do presidente furioso.

Knox saiu de seu escritório. — Eles já foram?

— Por enquanto, — Lucky severamente respondeu.


— Você a encontrou escondida dentro do Rose? — Viper
severamente acenou com a cabeça. — Jenna a escondeu na porta dos
fundos.

— Foda-se. — Knox parecia que seguiria o exemplo de seu


líder e jogaria alguma coisa.

— Ela está chateada com o clube desde que Lucky parou de


vê-la e disse aos irmãos para não tocá-la. — Viper continuou. — Não
ajudou quando King a demitiu quando ouviu que ela bateu em Willa.
Nada é pior do que uma puta com um rancor. — Sissy recuou um
passo devido a ira de Viper. A menina certamente não aparentava a
sua idade, vestindo uma saia preta curta e apertada com um top verde.

— Nenhum dos outros irmãos a reconheceu?

— O bar estava muito lotado com todos os irmãos de Ohio


querendo parar e ver Mick.

— Merda. — O palavrão de Knox foi o que o resto deles


estava pensando. — Será que algum dos irmãos a tocou?

— Não, graças a Deus. Nós a encontramos escondida no


quarto dos fundos.

— Jenna?

— Mentiu sobre isso a princípio, então o dono finalmente


lhe deu algumas cervejas.

— Mick poderia perder sua licença se isso se espalhar pela


cidade. — Knox passou os dedos pela sua cabeça raspada.
— Isso não é tudo, — Viper fervia. — Jenna decidiu contar a
ela sobre o clube quando Moon e Rider estavam falando sobre a noite
com Lucky.

Lucky manteve o rosto sereno. Sua raiva por Jenna


fervilhava quando Sissy confirmou que ela tinha escutado falar sobre
Raci, Stori, e Ember. Jenna ainda disse a Sissy sobre as facas. A
vagabunda não se importava que ela estivesse falando com uma
criança de dezessete anos de idade.

Knox se encostou no alto balcão. — Mick a demitiu?

— Disse para ela dar o fora de seu bar e não voltar. Mick
confiava em Jenna; ela trabalhou para ele por um longo tempo. Ele até
a recontratou quando ela veio implorando por seu antigo emprego.

— Estamos fodidos. Não haverá uma pessoa na cidade que


não saberá sobre o clube no momento em que Jenna e Sissy estiverem
soltando suas bocas. — Knox lançou um olhar indignado para Sissy,
um aviso para manter sua boca fechada.

— Não, nós não estamos fodidos. — Lucky finalmente


falou. — Nenhum de nós a tocou, e Mick não intencionalmente serviu
álcool. Eu realmente não dou à mínima se alguém descobrir sobre eu
usando as facas. Eu não sou mais um pastor. O problema é que Jenna
disse os nomes das mulheres que tinha visto no clube. — Casamentos
poderiam ser destruídos se alguns dos nomes fossem expostos. Não só
isso, mas Winter, Lily, Diamond, Beth, e Rachel ficariam
constrangidas publicamente, e os irmãos não queriam suas mulheres
magoadas.
Lucky não mediu palavras na frente da menina. Eles tiveram
Lucky e Knox ligando por informações para encontrá-la como ele fez.
Sissy teria saído escondida e exporia várias pessoas de lá, que com
certeza da porra não queria que a sua presença fosse pública.

— Ela vai manter a boca fechada, — Lucky prometeu.

— Lembre-se, Moon prometeu que eu poderia participar do


seu clube quando eu ficasse mais velha, — Sissy lembrou aos homens.

Viper endureceu. Ninguém viveu após tentar intimidar o


clube, mas era contra as regras do clube prejudicar um inocente.
Apesar da garota mostrar que ela já era uma cadela endurecida, sua
idade atava as suas mãos.

Knox jogou em Viper um olhar surpreso. — Mas Moon...

Lucky de modo imperceptível acenou com a cabeça para o


irmão. Ele sabia que Viper não tinha nenhuma intenção de deixar
Sissy participar. Ela seria rapidamente desiludida com a diversão no
clube. No momento em que os membros femininos terminassem com
ela, ela teria muito medo de olhar para um homem vestindo couro.

— E quanto a Jenna? — Knox perguntou em vez de terminar


o que ele estava prestes a falar.

— Ela decidiu que seria do seu melhor interesse deixar a


cidade. Dei-lhe uma semana. — Lucky ficou furioso com Jenna, e a
mulher o conhecia bem o suficiente para concordar em sair de
Treepoint.

— Você sabe o que você está fazendo? — A pergunta direta


de Viper fez Lucky se perguntar a mesma coisa. Ele reagiu sem pensar
quando viu os Wests levar as meninas mais novas dos braços de
Willa.

— Quando ele já teve alguma ideia? — Shade desprezava.

Lucky ignorou Shade. — Vá para dentro do escritório de


Knox e espere por ele. — Lucky se virou para Sissy. Seu
comportamento rancoroso foi à última gota. — Pare com isso! Mude a
sua atitude, ou o mais próximo que você vai chegar do clube dos Last
Riders é o estacionamento!

— Isso não é justo. — Ela protestou.

— Você quer justiça, ou você quer se juntar aos Last Riders?


Moon prometeu que você poderia tentar participar, mas Jenna lhe
disse como o clube funciona, que você tem que conseguir os votos
para ser um membro. Você acha que você vai conseguir um dos
irmãos colocando a mão em você com essa atitude? Porque você acha
que Jenna nunca se tornou um membro?

Seu silêncio falou por si só.

— Toda vez que você me irritar, eu vou acrescentar mais um


ano para a sua espera. Moon lhe disse que você poderia se juntar
quando você tiver dezenove anos, mas se você fracassar, você vai
estar velha e grisalha antes de levar a sua bunda até a porta. — As
mãos de Sissy apertaram, mas sua boca se fechou. Se virando, ela foi
até o escritório de Knox e bateu a porta.

— Alguém, por favor me lembre de que ela é uma criança.


— O sarcasmo de Shade fez os irmãos olhá-lo com cautela.
— Somos responsáveis pelo seu comportamento. Foi por
nossa causa que sua mãe está morta. — Lucky odiava acreditar que a
menina que tinha acabado de sair da sala, era tão mal humorada como
seus parentes falecidos.

— Você quer dizer eu, não nós. Eu fui a pessoa que puxou o
gatilho que matou sua mãe. — Remorso nunca tinha sido o traço mais
forte da personalidade de Shade.

— Eu fui aquele que deu o ok. Estaríamos todos mortos se o


alarme de incêndio não tivesse acionado. Mais cinco minutos Shade e
Lily teriam sido queimados vivos. Quando eu autorizei o golpe, o
irmão de Georgia já tinha a custódia de seus filhos. Eu não planejei
que Lewis seria morto, também.

— O comportamento de Sissy não é um resultado das


circunstâncias; ela é nascida e criada como Geórgia e Lewis e ambos
eram valentões e filhos da puta doentes. Sissy ataca Willa da mesma
forma que sua mãe atacava. — O raciocínio de Shade irritou Lucky.

— Eu não acredito nisso. Você não é um resultado de sua


educação.

— Eu sou uma aberração.

— Eu tenho que concordar com isso, — Lucky zombou.

— Será que alguém vai me dizer quando Moon conseguiu o


direito de decidir quem se junta ao clube? — Knox olhou para os
irmãos ao redor dele, parando a discussão que surgia.

— O clube não tem que manter quaisquer promessas que um


membro original não fez. Moon não teve nenhum problema em
enganar a menina. Depois do que ela fez com Willa, nenhum de nós
tem.

— Se Willa não conseguia controlar Sissy, o que faz você


pensar que Diamond conseguirá lidar melhor com ela? — Knox
perguntou.

— Porque Diamond não é responsável pela morte de seu tio,


e você vai estar por perto. Agora, que o seu objetivo é se tornar um
membro. Enquanto ela quiser isso, ela vai se comportar um pouco.

Knox sacudiu a cabeça. — Os adolescentes esperam


gratificações imediatas. Ela vai ficar cansada de esperar.

Lucky não poderia culpá-lo por sua preocupação. O irmão


não queria que sua esposa estivesse exposta ao mesmo tratamento de
Sissy que Willa tinha tolerado.

— Diamond também está relacionada à Sex Piston. —


Lucky insinuou. — A irmã não vai deixar que Diamond seja
maltratada.

— Sex Piston vai ordenar Killyama a chutar a bunda dela. —


Knox riu.

— Isso é o que Lucky está esperando. Não podemos tocar na


menina; mas, Killyama não hesitará em bater um pouco de respeito
nela. — O rosto normalmente inexpressivo de Shade quebrou em um
sorriso maligno.

— Essa cadela vai torcer seu pescoço fodido se ela irritá-la.


— Viper se juntou na gozação.
Lucky mal conteve sua própria diversão. Os Last Riders
odiavam lidar com as cadelas motoqueiras. Se Sissy cometesse o erro
de desafiá-las como ela fazia com todos os outros, a menina seria
confrontada por um grupo de mulheres que não deixaria sua idade e
circunstâncias afetá-las. Elas bateriam a merda fora dela, o que ele
odiou admitir, que queria fazer o mesmo quando viu Sissy se lançar
sobre Willa. Ele queria bater na bunda dela. A única coisa que o
deteve foi a presença dos Wests e o serviço social.

— Knox, pode me emprestar seu escritório? Eu preciso fazer


algumas ligações. — A mente de Lucky estava girando pelos
inúmeros telefonemas que ele precisava fazer, para voltar a ser pastor
e recolher as referências que manteria Flora afastada, até que ele
pudesse se casar com Willa.

— Sirva-se. — Knox fez um gesto em direção ao seu


escritório particular.

— Você realmente vai continuar com isso?

Lucky pensou que Shade ficaria satisfeito com a sua decisão;


em vez disso, ele estava parecendo mais sombrio a cada segundo.

— Sim.

— Como você vai convencer aqueles diáconos hipócritas


para lhe darem a igreja de volta?

— Essa é a parte fácil. Eles não vão me recusar, porque eu


descobri os seus segredos quando eu era o seu pastor. Eu só tenho que
lembrá-los que, desde que eu já não sou seu pastor, eu não sinto
nenhuma obrigação de mantê-los em segredo. Se eu tiver o meu cargo
de volta, eu me sentiria obrigado pela minha posição de me certificar
que as suas transgressões permaneçam privado.

— A regra de ouro: coce o meu saco, ou eu vou cortar seu


pau.

— Exatamente. Eu te vejo mais tarde na sede do clube.

Lucky foi para o escritório de Knox, fazendo sinal para Sissy


voltar lá para frente, então, fechou a porta atrás dela. Ele esperava um
desafio maior para recuperar o seu trabalho como pastor, mas nenhum
dos diáconos lhe causou algum problema, aliviado que não teria de
ouvir outro pastor de plantão. Apenas um abordou o assunto dos Last
Riders.

— Sua associação com eles pode tornar a recuperação de sua


posição difícil, — Angus Berry trouxe o medo dos outros diáconos.

— Eu entendo e estarei me mudando de volta para a igreja.


Minha futura esposa e eu estamos ansiosos para servir a comunidade.

— Você vai se casar? — Lucky podia imaginar as grisalhas


sobrancelhas peludas de Angus levantadas em surpresa.

— Willa e eu pretendemos nos casar em duas semanas.

— Você vai se casar com Willa? — Angus não lhe deu


tempo para responder. — Ela é uma garota doce. Ela fez o meu bolo
de setenta e cinco anos e nem sequer cobrou da minha esposa. Você
não podia ter feito uma melhor escolha. Maldição... Desculpe-me,
Pastor. Estou finalmente, ansioso por um culto novamente. Os
pastores que tem nos visitado e Merrick me deram um nó no
estômago. Minha bunda não podia suportar outro sermão cansativo.
Lucky riu. — Eu vou manter isso em mente quando estiver
escrevendo o meu.

— Faça isso e eu vou colocar um extra de cinco no prato da


coleta.

Lucky desligou o telefone com um sorriso no rosto. Não


demorou muito para o seu sorriso desaparecer à medida em que ele
discava o próximo número.

A voz que atendeu ao telefone foi rápida e breve. — O que


você quer?

— Colt, preciso de um favor.

— Por que você e o resto dos Last Riders só me ligam


quando querem alguma coisa?

— Porque nós não suportamos você. — Lucky disse a


verdade. Um silêncio mortal estava na outra extremidade.

— Eu tampouco os suporto seu fodido. O que você quer?

— Irei me casar.

— Bridge sabe?

— Ainda não.

Lucky sabia que ele tinha vencido quando ouviu um suspiro


profundo.

— O que você quer?


Capítulo 11

Willa alimentou as crianças, em seguida, colocou as meninas


mais novas para tirar um cochilo. Ambos Leanne e Charlie pareciam
exaustos e aceitaram seu conselho para descansar por um tempo,
buscando suas próprias camas. Ela estava tão cansada, mas em vez de
se deitar, andou pela casa, arrumando a desordem.

Tirando o cabelo de seu rosto, ela se endireitou e congelou


no lugar quando a campainha tocou. Talvez, se ela não atendesse, eles
iriam embora. Ela não queria ver Lucky ou Flora. Ela queria ir para a
cama e puxar as cobertas sobre a cabeça.

— Abra a porta, Willa. — A voz de Lucky exigiu. Willa


endureceu sua espinha, dizendo a si mesma que ela podia fazer isso.

Ela quase ficou de boca aberta quando abriu a porta.

Lucky estava em pé na soleira da porta em um terno que ela


reconheceu da época que era um pastor. Ela estava familiarizada com
todos os seus ternos caros, desde que ela o encarava aos domingos o
suficiente para que cada detalhe de sua aparência ficasse entranhada
em sua memória.

Ela deu um passo atrás para deixá-lo entrar, se certificando


de haver espaço suficiente entre eles para evitar que ele encostasse-se
a ela.

— Onde estão as crianças?


— Eles estão tirando uma soneca. — Ela fechou a porta atrás
dele quando ele entrou na sala de estar.

— Vamos orar que eles não acordem até Flora ir embora.

Willa franziu a testa. — Isso não é legal.

— Quanto menos Flora vê-los, melhor. — Lucky se sentou


em seu sofá, fazendo com que os móveis floridos parecessem besteira
contra seu corpo musculoso. — Você está pronta para ela?

— Tanto quanto possível.

Quando Lucky olhou para ela com ar de dúvida, Willa alisou


a blusa sobre seus jeans.

— Nós temos alguns minutos, então por que você não toma
um banho e troca de roupa, coloca aquele vestido azul com a faixa
preta?

— Eu não o usei por um tempo. Está um pouco apertado. —


Willa tinha vergonha de admitir. Ela usou o vestido para ir à igreja
apenas uma vez.

— Perfeito. Normalmente, suas roupas são tão largas que


não saberia dizer se tinha seios.

O rosto de Willa inflamou com o seu comentário. Sua boca


se abriu e fechou enquanto a boca dele se contraiu com a reação dela.

Ele estava certo; suas roupas eram tão largas que a fazia
parecer ter mais peso. Ela havia comprado o vestido na época em que
esteve mais magra desde o colegial.
Lucky estava namorando Beth Cornett no momento, e eles
pareciam sérios no relacionamento.

A última vez que ela tinha experimentado ele estava


apertado na parte dos seios. Sua dieta tinha passado por um problema
quando Lucky renunciou ser um pastor. A dieta tinha sido jogada pela
janela e o sorvete tinha saído do congelador quando ela notou suas
visitas à casa de Jenna.

Ela tinha parado de frequentar sua igreja antes dele ter saído,
mas ainda tinha sido chocante vê-lo entrar na casa da mulher de jeans
e uma jaqueta de couro. Ela desprezava a si mesma por manter o
controle do tempo que ele passava na casa de sua vizinha, comendo
um litro de sorvete de chocolate com massa de biscoito enquanto
observava Jenna dar adeus a ele de sua porta da frente. O olhar de
ambos os rostos era autoexplicativo. Aquele momento foi ainda pior
do que quando ela descobriu que ele estava namorando Beth anos
atrás. Eles tinham saído apenas por alguns meses, mas Willa tinha
tentado tudo o que podia para imitar Beth durante esse tempo. Ela
tinha pintado o cabelo de loiro, perdeu peso, e até comprou vestidos
parecidos.

Lucky nunca tinha notado. Nenhum homem notaria quando


Beth era a personificação da feminilidade, com os machos sempre
olhando para ela em apreciação. Com Willa, a menos que eles
precisassem de suas habilidades como uma padeira, ela era evitada.

Ela nunca esqueceria quando estava na mercearia e tinha


passado por um homem que tinha feito vários bolos. Ela sorriu para
ele e estava prestes a cumprimentá-lo quando ele se virou para o
corredor e empurrou seu carrinho para longe o mais rápido possível.

— Eu vou me trocar. Eu já volto. — Willa se desculpou


realmente contente de ficar longe dele o tempo suficiente para reunir
seus pensamentos.

Enquanto ela se trocava, ela organizava seus pensamentos


com cuidado. Ela tinha a tendência a perder o controle quando ele lhe
dava atenção, e ela esperava que sua prática mental fosse fazê-la
parecer mais controlada.

Ela ficou branca quando ela se viu no espelho. Lucky devia


estar horrorizado quando ela abriu a porta. Seu cabelo castanho estava
em um rabo de cavalo bagunçado, a blusa azul tinha salpicos de
molho de espaguete que ela tinha preparado para o almoço, e ela
também notou o ligeiro odor de alho agarrado a ela.

Ninguém no seu perfeito juízo acreditaria que o homem


sofisticado que estava no térreo estava noivo dela. Tomou banho tão
rápido quanto podia, quase escorregando quando ela saiu do chuveiro
e, em seguida, quase se eletrocutando quando secava o cabelo ao
mesmo tempo em que escovava os dentes.

Ela passou um pouco de rímel antes de colocar o vestido


azul que Lucky tinha mencionado, calçando os sapatos combinando
antes de se preparar para enfrentar o espelho novamente.

Ela sentou-se na beira da cama, quase em lágrimas. Só uma


vez, ela queria se olhar no espelho e gostar do que via. Ela tinha que
se trocar; o vestido estava mais apertado do que se lembrava. Era sua
própria maldita culpa.
Ela realmente precisava de spaghetti para o almoço? Ela
tinha a intenção de manter a sua salada, mas os aromas deliciosos
tinham quebrado sua determinação. Ela tinha a determinação de um
coelho com a necessidade de usar o controle de natalidade. Quando ia
tirar o vestido, ela ouviu a campainha, anunciando que ela estava sem
tempo.

Colocando um olhar indiferente, ela saiu do quarto. Lucky


deixou Flora entrar, e eles estavam sentados próximos um do outro no
sofá. Ele estava entregando a ela um envelope grosso.

— Isso deve lhe fornecer referências suficientes. — Lucky


declarava.

Flora, que geralmente tinha uma expressão perpetuamente


irritada quando lidava com ela, estava dando a Lucky um sorriso
gracioso e piscando os cílios cobertos de rímel para ele.

Willa caminhou para o lado do sofá, com a intenção de pegar


a poltrona solitária, mas Lucky estendeu a mão, puxando-a para o lado
dele. Ela saltou quando ele colocou a mão em sua coxa de forma
íntima, os dedos apertando num aviso silencioso.

— Há quanto tempo vocês estão se vendo?

Willa olhou para Lucky com o canto do olho, sem saber


como responder à pergunta de Flora.

— Nós estávamos indo e vindo. — Tecnicamente, ele não


mentiu. Isso ia contra tudo o que ela acreditava, enganar a mulher,
mas a imagem mental das meninas sendo tomada pelos Wests
acalmou sua consciência culpada.
— Entendo. — Flora rasgou o envelope, puxando os papéis.
— Você deve ser muito compreensiva, Willa. Eu vi você - ela apontou
para Lucky - Pela cidade com várias mulheres. — Willa sabia no
fundo que não havia nenhuma maneira que alguém acreditasse que
havia uma relação entre ela e Lucky.

— Eu não nego que não foi amor à primeira vista. Temo ter
um monte de trabalho antes de convencer a Willa que eu serei um
bom marido. Ela é uma mulher especial, e eu vou ter que provar a
ambos Willa e a Deus, que sou digno de ser seu companheiro.

Willa manteve um sorriso colado aos lábios, apesar do


espanto que estava sentindo com Lucky praticamente dizendo que ele
não era bom o suficiente para ela.

Flora leu os papeis, com o rosto pálido antes de ela dobrá-los


novamente coloca-los de volta no envelope. — Eu vou dar isso ao
meu supervisor, mas não prevejo qualquer problema com as
excelentes referências pessoais que você deu. Peço desculpas se eu te
ofendi, Willa. Parabéns pelo seu noivado. Espero ser convidada para o
casamento? — Desta vez, Willa não foi capaz de manter sua boca
fechada pela reviravolta de Flora.

— Eu não pensei nisso... — Willa começou.

— Vai ser uma cerimônia privada, mas ficaria muito feliz se


você assistisse a recepção que vai acontecer na igreja. — Lucky
cortou. Se levantando, ele deu a Flora um de seus sorrisos bonitos que
fez Flora corar quando ela se levantou. — Eu vou ter certeza que você
receba um convite.
— Agora eu tenho duas coisas para ansiar; você voltando
para a igreja e um casamento.

Willa foi até a porta, praticamente querendo pedir a mulher


para ficar. Ela não queria ser deixada sozinha com Lucky. Ela sabia
que eles precisavam discutir como sair dessa bagunça, mas ela poderia
lhe oferecer um encontro no restaurante ou no King num local onde as
outras pessoas estivessem ao redor para amenizar o seu efeito sobre
ela.

Willa se levantou, olhando para a porta fechada, ouvindo


Lucky caminhar de volta para a sala.

— Eu acho que ela se foi. — A voz divertida de Lucky deu a


Willa a coragem para se virar.

— Como é que vamos sair dessa? Nós dois iremos para a


prisão por fraude.

— Nós não iremos para a cadeia. — Lucky a tranquilizou.

— As pessoas vão para a cadeia por cometer fraude.

Lucky sacudiu a cabeça. — Que fraude? Casais noivam o


tempo todo.

— Mas nós não estamos realmente noivos. Quando não nos


casarmos, eles vão saber que estamos mentindo. Preciso contratar um
detetive particular para encontrar o tio das crianças. Talvez eu possa
encontrá-lo a tempo, e ninguém vai descobrir a verdade. Nós podemos
dizer a todos que você mudou de ideia.
— Acalme-se. Eu já tenho várias pessoas procurando o
parente deles. — Ele inclinou a cabeça para o lado. — Por que não
falar a eles que você terminou comigo?

Willa revirou os olhos. — Ninguém vai acreditar nisso.

— Eu estou ficando cansado de você se colocando para


baixo. Não faça isso novamente.

Willa sentiu o frio de seu descontentamento e


inconscientemente estremeceu. Desesperada, ela mudou de assunto.

— Obrigado por me ajudar a manter as crianças e encontrar


um lugar para Sissy. Eu sei que ela lamenta suas ações.

— Não, ela não lamenta. Eu não fiz isso pelas crianças e


com a certeza maldita não foi por causa de Sissy. Eu fiz isso por você.

— Por quê? — Ela estava confusa. Por que Lucky a


ajudaria?

— Você trabalhou duro para manter essa família unida. Eles


estão em dívida com você, e não o contrário. Lewis a atacou.
Ninguém culpa você por matá-lo.

— Eu me culpo. Eu devia ter batido nele com a arma,


tentado derrubá-lo. — Ela tinha comprado a arma para se proteger.
Lewis tinha ficado cada vez mais transtornado, assustada ela fez a
compra precipitada da arma, uma decisão que ela se arrependeria até o
dia de sua morte.

— E se você não o derrubasse? E se ele tomasse a arma e


matasse você?

— Eu desejei nunca ter comprado essa arma.


— Por quê? Ela serviu para o seu objetivo. Isso protegeu
você e Rachel. E se você não a tivesse naquele dia?

Rachel estaria morta, e ela estaria também. Havia um louco


olhar vidrado em Lewis naquele dia. Que Willa via todas as noites em
seus pesadelos.

— Você não pode trazer a bala de volta, Willa. Infelizmente,


não existem segundas chances onde uma vida está em causa.

— Não, não há. — Willa concordou.

— Desde que você está vestida, sugiro que vá acordar as


crianças e vamos sair para jantar. Precisamos deixar as pessoas nos
ver juntos pela cidade. Vá acordar as meninas. Vou pegar Charlie.

— Mas eu tenho encomendas que preciso deixar prontas


para amanhã.

— Eu vou ajudá-la quando voltarmos.

— Você vai ajudar?

— Eu posso manter as crianças ocupadas e colocá-los na


cama. Isso vai ajudar para eles se acostumarem comigo.

— Por que eles precisam se acostumar com você? Nós


vamos ter que fingir que terminamos antes das duas semanas
acabarem. — Willa tentou pensar sobre o quão difícil seria sair das
mentiras que tinha dito.

— Vamos nos preocupar com isso quando chegar a hora.


Neste momento, a nossa prioridade é fazer o serviço social acreditar.
— Willa assentiu. A ameaça dos Wests levando as meninas foi o
único incentivo que precisava para manter a desculpa de estarem
noivos.

Ela acordou as meninas ainda dormindo.

— Nós estamos realmente saindo para jantar com Lucky? —


Leanne perguntou se levantando de sua cama quando Willa disse a ela
para onde estavam indo.

— Sim, — ela respondeu vestindo Chrissy e Caroline com


roupas quentes.

— Por que ele quer nos levar para jantar? — Perguntou


Leanne, pulando da cama.

— Ele quer conhecer melhor todos vocês.

— Sissy nos causou um monte de problemas, não foi?

— Sim, e Lucky quer ajudar. — Willa estudou a menina a


sério. — Leanne, se você quiser ficar com as meninas e Charlie, temos
que mostrar que posso cuidar de você e seus primos. Você pode, por
favor me ajudar com isso?

Leanne baixou a cabeça, incapaz de encontrar o seu olhar. —


Eu realmente sinto muito, Willa. Eu não pensei que eles iriam nos
levar para longe. Eu não deveria ter deixado Sissy me convencer para
não te contar que ela estava fugindo.

— Ela poderia realmente ter ficado em uma situação


perigosa e ser ferida.

— Eu sei disso. Eu fui estúpida.


— Não estúpida, você estava apenas tentando fazer a sua
irmã mais velha feliz. — Willa lhe entregou a escova de cabelo depois
que ela escovou o cabelo das duas meninas pequenas.

— Pronta? — Willa perguntou a garota apreensiva quando


ela terminou com a escova.

Sem sua irmã, uma garota diferente estava emergindo,


embora ela não gostasse de pensar maldosamente que Sissy não era
uma boa influência para Leanne.

No andar de baixo, Lucky estava esperando com Charlie,


que não conseguia esconder sua excitação sobre sair com o grande
homem de pé esperando pacientemente na porta. Willa pegou sua
bolsa, segurando as meninas cada uma em suas mãos. Lucky estendeu
a mão, pegando Chrissy.

— Leanne, leve Caroline. — Leanne pegou a mão de


Caroline quando ela passou pela porta.

— Eu tenho ela, — Willa protestou.

— Leanne é capaz de colocá-la no carro. — Lucky fechou a


porta atrás deles.

Willa estava caminhando em direção a seu carro quando


Lucky a deteve.

— Vamos no meu carro.

Willa parou no caminho que ele usava sua moto. Ela olhou
para o meio-fio, vendo um grande, Yukon preto parado lá.

— Caroline e Sissy precisam de suas cadeirinhas.


— Knox as colocou no banco de trás. — Lucky disse,
abrindo a porta de trás.

Willa ficou de lado, observando afivelar primeiro Chrissy


em seguida, Caroline em suas cadeirinhas, Leanne subiu e em seguida,
Charlie.

— Uau, cada um de nós temos nosso próprio banco.

— Você tem o seu próprio banco na minha van, também. —


Willa o lembrou quando ela entrou no SUV após Lucky abrir a porta
lateral para ela. Eles estavam apertados, mas eles se viravam.

Charlie permaneceu em silêncio, mexendo em seu banco.

— Onde você gostaria de comer? — Perguntou Lucky,


subindo atrás do volante.

— Em qualquer lugar seria bom.

— O restaurante, — ambos Leanne e Charlie falaram do


banco de trás.

Lucky ergueu a sobrancelha para ela, à espera de sua


resposta.

— O restaurante seria legal. — Willa sorriu, querendo fazer


as crianças felizes e terminar logo essa noite. Não demorou muito para
chegar ao restaurante. Quando estacionou, Willa foi a última a sair do
carro. Lucky abriu a porta, segurando Chrissy confortavelmente em
seus braços.

— Você vem? — Seu olhar interrogativo não aliviou seu


nervosismo.
— Eu tenho que ir? — Lucky deu um sorriso devastador.

—Acho que é a primeira vez que você diz uma piada na


minha frente.

Willa saiu do SUV, fechando a porta. — Eu não estava


brincando. — Ela murmurou.

— Você disse algo?

— Eu disse, ele está lotado esta noite.

— Ele geralmente fica assim num sábado à noite. — Eles


pararam na porta, à procura de uma mesa livre, mas levaria alguns
minutos para uma ficar livre. Willa sentiu os olhares curiosos na
direção deles enquanto esperavam, então ela ficou aliviada quando a
garçonete os levou para uma grande mesa nos fundos.

As meninas mais novas foram colocadas à mesa antes de


Willa se sentar. Lucky se sentou ao lado dela com Leanne e Charlie
sentados em frente a eles. Ela tentou relaxar como se fosse uma coisa
normal se sentar à mesa com Lucky.

— Sabem o que vão querer, ou vão precisar que eu volte


depois? — A garçonete fez uma pausa.

— Podemos pedir e te poupar uma viagem. — Willa pegou o


sorriso agradecido de Ginny. Ela não sabia que a ex-filha adotiva dos
Wests tinha começado a trabalhar aqui. Willa pediu as refeições para
Chrissy e Caroline, deixando Charlie e Leanne fazerem os seus
pedidos. Lucky pediu um bife e batatas fritas.

— E você, Willa? — Ginny olhou para ela com expectativa.

— Eu só vou tomar um café.


— Traga o mesmo que eu pedi. — Lucky fechou o menu,
entregando-os a Ginny, que partiu rapidamente antes que Willa
pudesse mudar seu pedido.

— Eu não estou com fome. Eu tive um grande almoço, —


Willa reclamou.

— Este é o jantar. Se você não conseguir comer tudo, posso


terminar para você. Estou morrendo de fome. Tem sido um longo dia.
— Willa se sentiu muito mal. Se não fosse por sua ajuda, ela estaria
sentada sozinha em casa hoje à noite, chorando sobre as crianças que
estavam sentadas felizes na mesa ao lado dela. Para não dizer que ele
parecia exausto.

— Eu sinto muito. Eu não quero parecer como uma bruxa.

— Está tudo bem. Imagino que você teve uma noite terrível.
Atitude de uma mulher nunca me incomoda. Eu posso me defender.
— Willa assentiu. Ela não tinha dúvidas disso nem por um segundo.

Não demorou muito para os seus pratos chegarem. As


meninas mais novas brincavam mais com a comida do que comiam,
mas a atmosfera na mesa não era tão desconfortável quanto Willa
tinha pensado que seria. Os outros clientes do restaurante finalmente
pararam de olhar para eles, e ela foi capaz de relaxar e terminar a
maior parte de sua comida.

Lucky terminou de comer, então se sentou de costas,


apreciando seu café.

— Isso não vai mantê-lo acordado esta noite?


— Seis xícaras de café não poderiam controlar isso esta
noite.

— Você não dormiu bem? — O rosto de Lucky ficou sério


quando ele fez sinal para Ginny trazer a conta.

Willa não perdeu a tensão nas feições da mulher, quando ela


colocou a conta sobre a mesa.

— Eu não sabia que você estava trabalhando aqui, — Willa


sondou delicadamente. Ginny fez uma pausa em seu ritmo frenético
para atender seus clientes. — Eu fui demitida do meu último trabalho.

— Eu queria saber onde você estava na última vez que


passei no escritório de seguros.

Gina não explicou o motivo de ela ser demitida, e Willa não


sondou, somente acenou com simpatia. Era difícil ter sua renda
dependendo de outros.

— Eu tenho que trabalhar em dois empregos para compensar


a perda de um. Estou trabalhando no teatro também.

— Eu imagino que trabalhar em dois empregos não deve ser


fácil.

— Eu prefiro trabalhar em quatro empregos a aturar o velho


Dawkins. — Willa não a culpava. Carter Dawkins era tão
desagradável quanto o seu filho.

— Eu não quero incomodá-la. Se tiver alguma coisa que


posso fazer, me avise. Se eu abrir a padaria estou pensando que talvez
eu possa lhe oferecer um emprego. Mas vai demorar um pouco. —
Willa acrescentou apressadamente.
O rosto da mulher se iluminou. — Avise-me. Eu não me
importo com este, mas o teatro é no terceiro turno.

— Eu ficaria feliz em contratá-la.

— Obrigada, Willa. Ouvi que você está noiva. Parabéns. —


Disse ela.

— Obrigada. — As fofoqueiras de Treepoint já estavam


trabalhando arduamente.

— Vejo você amanhã na igreja. — Ginny se afastou para


atender outra mesa.

— Você sempre tenta ajudar a todos, mas você odeia aceitar


ajuda. — Lucky se inclinou, pegando Chrissy.

— Ela precisa de ajuda. Ela parecia exausta. — Willa


declarou simplesmente.

— Quem é que vai ajudá-la? — A expressão de Lucky era


tensa.

— Eu dou conta disso. Eu tenho uma arma secreta.

— Você tem?

— Sim, ela faz as meninas parar por pelo menos uma hora
por dia. — Sua boca tremeu.

— O que é isso?

— O porquinho Peppa. Eu gravei todos os episódios. —


Willa disse fervorosamente.

Ele começou a rir enquanto parava pelo tempo suficiente


para pagar a conta. Se sentindo o centro das atenções mais uma vez,
Willa fugiu para o lado de fora para esperar, praticamente correndo
para o homem e a mulher prestes a entrar no restaurante.

— Olhe por onde você anda! — Willa parou bruscamente


por causa da ordem dura de Jenna.

— Eu sinto muito. Eu não vi você. — Ela puxou Caroline


para mais perto dela para dar a Jenna e Curt Dawkins espaço
suficiente para passar.

Curt segurou a porta aberta para Jenna quando ela passou por
ela, intencionalmente esbarrou em Willa fazendo-a dar um passo para
trás. Willa arfou quando Caroline caiu. Jenna não parou, dando um
olhar triunfante sobre o ombro, e um flash de fúria atingiu Willa.

— Leanne, leve Caroline e Charlie para o carro. — Antes


que a menina pudesse dizer qualquer coisa, Willa atravessou a porta
após Jenna e Curt.

Lucky estava no caixa, lhe dando um olhar interrogativo


quando Willa foi para frente de Jenna, bloqueando-a.

— Se você não gosta de mim, tudo bem, mas não ouse tocar
em uma dessas crianças novamente.

Jenna deu um olhar cauteloso em direção a Lucky. — Foi


um acidente.

— Normalmente, quando você tem um acidente, você se


desculpa. — Nenhum pedido de desculpas viria dela e Willa poderia
dizer que ela não estava prestes a conseguir um.
— Se você tem algum problema comigo, trate comigo, mas
nunca pense que vou ficar parada e assistir você machucar alguém
com quem eu me importo para se vingar de mim.

— Eu não tenho um problema com você, Willa. Você não é


tão importante para mim. — Jenna disse com sarcasmo.

— O sentimento é mútuo. — Willa passou rudemente por


ela, pela primeira vez feliz que seu peso viesse a calhar. Ela empurrou
Jenna contra uma mesa vazia, e Jenna teria caído se Curt não tivesse
agarrado o seu braço.

Willa esperou pela reação de Jenna, teimosamente se


recusando a sair antes que Jenna pudesse. A mulher recuperou o
equilíbrio, lhe dando um olhar de ódio.

— Vamos comer Curt. — Com isso, a dupla se afastou.

— Você quer ir atrás dela e bater a merda fora dela, não é?


— Willa respirou estremecendo com a pergunta divertida de Lucky.

— Não xingue na frente de Chrissy, — ela repreendeu.

— Sim senhora.

Ela lhe deu um olhar frustrado antes passar pela porta. Era
culpa dele que a mulher odiava suas entranhas. Jenna tinha sido uma
vizinha cordial, se não amigável, antes do dia que a moto dele foi
pichada.

Willa acreditava que Jenna culpava uma das crianças pelo


dano. Por tudo o que sabia, Jenna poderia pensar que ela tinha feito
isso.

— O que ela fez para deixá-la tão irritada?


— Ela derrubou Caroline. — Willa respondeu, sua
preocupação com a menina aliviou quando a viu ao lado de Leanne.

— Por que ela quer machucar Caroline?

— Ela não queria. Ela queria me machucar. — Willa pegou


Caroline, tirando o cabelo de suas bochechas úmidas. — Você está
bem, querida? — Caroline assentiu com a cabeça, colocando o polegar
na boca. — Eu quero o meu cobertorzinho.

— Assim que chegarmos em casa. — Ela prometeu.

Lucky ajeitava as meninas enquanto Willa subia no banco da


frente. Quando Lucky se acomodou em seu banco, ele fez uma pausa
antes de ligar o SUV.

— Eu vou falar com Jenna e me certificar de que ela não vá


incomodá-la mais. Você não terá que lidar com ela por muito tempo.
Ela decidiu se afastar.

— Não se incomode. Isso só vai piorar a situação. Ela já


pensa que eu sou a vizinha infernal. Provavelmente é por isso que ela
decidiu se mudar.

— Eu duvido que esse seja o motivo, mas se ela tentar tocá-


la novamente, ela vai descobrir exatamente o que é o inferno.

A veemência de Lucky a fez ter um breve momento de


preocupação por Jenna até que ela percebeu que estava sendo ridícula.
Lucky podia estar em torno dos Last Riders ultimamente, mas o pastor
constantemente pregava sobre a violência durante seus sermões. Ela
seriamente duvidava que ele poderia prejudicar uma mosca.
Ela tentou ignorar a voz no fundo de sua mente que a
lembrou de que ele também pregava contra a promiscuidade.
Capítulo 12

Lucky caminhou até a frente da igreja lotada. Com cada


banco preenchido, ele sentiu pessoalmente as boas-vindas que os
paroquianos estavam lhe dando.

Ele parou atrás do púlpito e se virou para a multidão que o


aguardava, cada um à espera de ouvir o seu sermão. Suas mãos
agarraram as laterais do púlpito de madeira, alisando a madeira suave
que tinha sido esfregada todos os domingos por ele durante seu tempo
como pastor. Então seus olhos percorreram os bancos na plateia:
Winter, Beth, Evie e Lily que estava segurando seu filho nos braços.

Lucky engoliu a seco por causa de seu sorriso brilhante. Ele


se sentia mais fraco sempre que olhava em seus olhos violeta. Ele
nunca seria o homem que ela achava que ele era, e ele se sentia como
um fracassado toda vez. Não só por causa dela, mas por todos ali que
queriam que ele fornecesse a orientação e ajuda que precisavam.
Como ele poderia ajudá-los a encontrar o seu caminho quando ele
estava mais perdido do que eles?

Seus olhos pousaram sobre Willa que tinha Caroline e


Chrissy em cada lado dela na primeira fila onde ele havia pedido a ela
para se sentar. Charlie e Leanne completavam o quadro da família,
que ele nunca se permitiria ter.

Lucky baixou a cabeça e ouviu os paroquianos imitando sua


ação. Ele repetiu a mesma oração que abria cada um dos seus cultos e
então levantou a cabeça.
— Eu tinha planejado um sermão para hoje, agradecendo a
vocês por me permitir voltar para a igreja. Eu planejei explicar minhas
ações dos últimos meses e pedir o perdão do Senhor e de vocês. —
Seus dedos ficaram brancos por causa do aperto que ele tinha sobre o
púlpito.

— Eu amo ser um pastor. Eu sempre amei. É algo que sinto


motivado a fazer, mas, ao mesmo tempo, estou em guerra comigo
mesmo. Eu quero ser o seu pastor, mas para que eu faça isso, eu não
quero ser julgado pela forma como você acredita que eu deveria viver
como um servo do Senhor. Nossa crença em Deus é o que nos trouxe
aqui hoje. Se você quiser me julgar, então faça do meu trabalho como
pastor, no passado e no futuro, se você não estiver feliz com isso, eu
sou inútil para esta igreja como o líder que precisam. — Lucky abriu
a Bíblia e começou a recitá-la enquanto olhava para Willa. Ela lhe deu
o mesmo sorriso tímido que sempre lhe deu, então, desviou o olhar,
como se tivesse medo que ele fosse enxergar muito.

Ele havia passado a noite anterior na casa dela, brincando


com as crianças, em seguida, os arrumou para a cama, enquanto ela
estava cozinhando. O cheiro enchia a casa enquanto as crianças riam.
Isso trouxe de volta memórias de sua própria infância, e ele não foi
capaz de se arrepender ao dar um passo à frente para mantê-los
seguros.

Os Wests se sentaram no meio da igreja, hipocrisia


praticamente escorrendo deles, enquanto no interior, a feiura de suas
almas o fez querer expulsá-los da igreja. Ele tinha feito uma promessa
de nunca divulgar os seus segredos, e ele não o faria, mas ele tinha
toda a fé que a justiça de Deus estaria esperando por eles, assim como
seria para ele.

Ele tinha fingido não ser atingido por Willa, saindo com um
breve adeus. No entanto, o tempo todo, ele queria levá-la consigo para
o clube e trancá-los em seu quarto até que ele tivesse descoberto tudo
o que ele queria saber sobre ela. Quão macios eram seus seios? Será
que a sua boca realmente tem o gosto tão bom como ele se lembrava?
Será que a sua boceta se abriria para ele em necessidade ou seria
apertada com receio das estocadas que ele queria dar a ela?

Lucky afastou sua mente para longe das imagens cheias de


luxúria que tentava ultrapassar as imagens santas que ele estava
tentando transmitir aos paroquianos. Ele estava disposto a apostar a
moto que ele amava que ele deixaria o público extasiado se ele
descrevesse os desejos impuros por Willa que ele constantemente
tinha que lutar.

Em seguida, ele concluiu o sermão, apontando para o órgão


para começar a tocar. Deixando o pódio, ele foi para Willa,
estendendo a mão para pegar a dela. Ela balançou a cabeça, mas
levantou de seu banco.

— Vem ficar comigo. Leanne, você traz Chrissy, e Charlie,


você segura Caroline. — O pequeno grupo foi para a porta e pararam.

— Eu não posso fazer isso, — Willa murmurou baixinho.

— Sim você pode. Basta sorrir e eu vou fazer o resto. — Ele


a tranquilizou.
A congregação começou fazendo fila para falar com Lucky,
e com o canto do olho, ele viu Willa dar a cada paroquiano um sorriso
hesitante.

Drake Hall com seu filho Jace e seu amigo Cal foram os
primeiros na fila. Drake se inclinou, dando a Willa um beijo em sua
bochecha. — Eu ouvi a boa notícia. Parabéns a ambos. — Drake
estendeu a mão, apertando a mão de Lucky. Em seguida, os dois
homens mais jovens seguiram o seu exemplo. — Willa, por que você
não me disse que os dois estavam se vendo?

— Ela estava se decidindo se continuaria a me ver. Willa é


uma mulher difícil de convencer, mas eu finalmente consegui a
convencer que posso ser um bom marido. — Lucky piscou para
Drake, dando a impressão que Willa o mantinha pendurado como um
peixe no anzol.

— Ela vale a pena; pode ter certeza. — A mão de Drake


apertou a de Willa, puxando-a para mais perto em um abraço. A boca
de Lucky apertou em uma linha sombria, seu braço indo ao redor de
sua cintura e puxando-a para longe de Drake para o seu lado. — Sim
ela é. — Drake pegou a insinuação silenciosa, se afastando com Jace e
Cal.

As mulheres da congregação andaram em seguida, enchendo


Willa em uma corrida de abraços e cumprimentando também.

— Você marcou a data? — A voz de Winter podia ser


ouvida sobre o resto.

— Não... — Willa começou.


— Sim. Dezesseis de novembro. Queremos celebrar o dia de
ação de graças com a família.

As mulheres olharam para ele desanimadas com a data tão


próxima.

— Isso não nos dá muito tempo para planejar nada. — Beth


mordeu o lábio, então, deu a Willa um olhar determinado. — Vamos
fazer tudo. Se conseguimos organizar o casamento de Lily no prazo de
quarenta e oito horas, podemos fazer um casamento que você vai se
lembrar para sempre, com duas semanas para trabalhar com isso.

Lucky fez uma careta. — Nós não queremos nada muito


extravagante. Nós estávamos pensando em ir para o tribunal, em
seguida, ter uma recepção na igreja.

As mulheres olharam para ele como se tivesse crescido duas


cabeças. Esperava que Willa tivesse a mesma expressão; em vez disso,
ela estava balançando a cabeça em concordância.

— Nenhum de nós quer um grande casamento na igreja. —


Willa disse, quebrando o silêncio desconfortável.

— Você tem certeza? Você chorou horrores durante o


casamento de Lily. — A lembrança de Beth fez as mulheres se
reunirem em torno dela, tentando convencê-la a ter um casamento
mais formal.

Finalmente, Willa levantou a mão para que o grupo pudesse


ouvir.

— Chorei porque o casamento de Lily foi absolutamente


lindo, não porque eu queria um igual para mim. Eu realmente prefiro
um casamento na primavera, mas Lucky e eu queremos passar as
férias juntos com as crianças. — Essa foi a única vez que Willa falou
numa única batida e ela inseriu firmeza em sua voz para isso ser mais
crível.

— Eu posso entender seus sentimentos. King e eu não


tivemos um grande casamento. — Evie se empurrou para frente da
fila. — Nós estamos atrasando toda a fila. Desde que nós teremos um
casamento, é preciso, pelo menos, lhe dar uma festa de despedida.

Willa recusou a ideia. — Meu negócio está tão


sobrecarregado agora. Eu não seria muito divertida. — Evie continuou
como se Willa não tivesse falado. — Nós podemos fazer isso no
próximo sábado no restaurante do King. Dessa forma, tudo que você
tem que fazer é aparecer. Eu vou cuidar da comida e a bebida.

— A crianças...

— Eu ficaria feliz em passar a noite em sua casa, assim você


não terá que se preocupar com a hora que você chegar em casa, —
Sra. Stevens, sua vizinha do outro lado da rua, ofereceu. Incapaz de
pensar em outra desculpa, Willa concordou.

— Isso não foi tão ruim, foi? Não se preocupe Willa; eu não
vou deixar você ficar muito selvagem. — Evie prometeu.

Willa tinha participado de algumas festas com as mulheres


que Lily e Beth a tinham convidado, e todas elas foram divertidas,
apesar de se sentir uma intrusa.

— Estarei ansiosa, — Willa disse e quis dizer isso.


Quando as mulheres caminharam, deixando o resto da
congregação na fila passar, ela deu um suspiro de alívio.

— Isso não doeu, não é?

— Não, — Willa não admitiu que a presença dele mantinha


seus nervos tensos.

— Prontas crianças? — Agora que o culto acabou Willa


queria fugir de volta para sua casa.

— Onde você está indo? — Lucky parou quando ela estava


pegando Chrissy e Caroline.

— Eu vou para casa relaxar. É o meu dia de folga.

— Você tem que participar da reunião de comunhão comigo.


Então nós temos que providenciar um anel para você.

— Eu não preciso de um anel, — Willa protestou.

— Ninguém vai acreditar que estamos noivos, se você não


tiver um anel. — Lucky disse com firmeza.

Willa seguiu Lucky para a sala de comunhão. Ela tinha


participado muitas vezes antes, ficando escondida no fundo. Hoje, eles
eram o centro das atenções desde que todos queriam coletar fofocas
para a fábrica de boatos. Willa ficou aliviada quando a sala finalmente
se esvaziou.

Ela e as crianças foram enviadas para dentro do SUV de


Lucky. Felizmente, a recepção de boas vindas de Lucky à igreja e, em
seguida, ficar sentado durante o sermão deixou as crianças mais novas
sonolentas. Como resultado, elas adormeceram no banco de trás
enquanto Lucky dirigia saindo da cidade. Willa se virou em seu
banco. — Onde estamos indo?

— Eu pensei em dirigir até Jamestown para dar uma olhada.


A joalheria está aberta no domingo.

— Oh. — Pelo menos as crianças não estariam de mau


humor por estarem cansadas. Charlie ligou o leitor de DVD no banco
de trás, ele e Leanne começaram a assistir a um filme.

— Eu não sabia que você tinha outro carro.

— Já tem dois dias, — Lucky brincou. Willa baixou a voz


para que as crianças não pudessem ouvi-la no banco de trás. — Você
o comprou depois que disse a Flora que estávamos noivos?

— Sim.

— Você ficou louco?

— Felizmente Willa, o dinheiro não é algo com que eu


precise me preocupar. Quando nosso compromisso terminar, eu vou
vendê-lo ou deixar para o clube. — Willa olhou pela janela para a
paisagem que passava. Como é que ele não precisava se preocupar
com o dinheiro com o salário de pastor? Então, novamente, ela não
achava que era da conta dela, desde que o noivado era um pretexto
para ajudar as crianças, e não uma oportunidade para pôr o nariz em
seus assuntos particulares.

— Você conseguiu terminar os bolos que estava trabalhando


na noite passada?

— Sim. — Willa bocejou. — Eu fui capaz de terminar de


decorá-los esta manhã, antes das meninas acordarem. Eu não produzo
muito quando eles estão na cozinha. Eles gostam de brincar com a
cobertura.

— Eu também, — Lucky murmurou.

— O que você disse?

— Nada. Eu estava dizendo que seus bolos são muito bons.


Você se esforça muito em seu negócio. Você já encontrou o local para
abrir uma loja?

— Não. Você estava certo; o prédio ao lado do restaurante


vai precisar de muito trabalho, mas a outra propriedade que eu estava
olhando é muito cara. Vou continuar procurando. O certo vai aparecer.
— Disse ela. — Eu não preciso de mais espaço, de qualquer maneira.
Se o parente das crianças for encontrado, não vou precisar do espaço
extra.

Lucky deu-lhe um breve olhar antes de voltar para a estrada.


— Willa, temos que ser realistas. Ele pode não ser encontrado a
tempo. — O estômago de Willa se afundou como se seu maior medo
se tornasse real.

— Eu já pensei nisso. Eu realmente não quero que as


meninas vão morar com os Wests. Eu sei que eles frequentam sua
igreja, mas… — Willa encolheu os ombros, incapaz de dizer
exatamente quais eram as suas objeções e não parecer boba.

— Eu concordo. Eu não acho que os Wests seriam a melhor


opção para eles, nem quero Leanne sendo forçada a ir para uma casa
de grupo. — Lucky disse severamente.
— Eu muito menos. Perguntei a alguns casais da cidade que
eu acredito que seriam excelentes lares adotivos, mas a ideia de adotar
as cinco crianças era demais para eles lidarem.

— Não foi para você.

— Acredite em mim, tem sido difícil. Eu quase joguei a


toalha várias vezes.

— Por que não jogou?

— Porque eu sei o quão difícil é viver em uma casa que você


é infeliz, e eu não posso fazer isso com uma criança, quando eu posso
fazer a diferença. Vou fazer tudo que posso, a fim de fazê-los felizes.

— Até se casar comigo? — Chocada, Willa olhou sem


palavras.

— Porque isso pode acontecer se apesar dos esforços de


Knox e os investigadores que procuram seus parentes, não os
encontrem a tempo.

— Talvez a gente fale que decidimos ter um noivado mais


longo...

— O serviço social só concordou em deixá-la ficar com as


crianças, porque o nosso casamento seria rápido. Se tentarmos atrasá-
lo, eles podem tirar as crianças até o casamento.

— O que eu vou fazer? — Ela tentou pensar em outras


maneiras para evitar que as crianças fossem tomadas; no entanto, ela
não encontrou uma solução
— Nós podemos nos casar e depois, anulá-lo, assim que
encontrarmos um lar adequado. — A sugestão de Lucky era a sua
última alternativa.

— Por que você faria isso?

— Você não é a única que quer ajudar. Várias pessoas da


comunidade teriam te ajudado nos últimos meses se você deixasse,
mas você não tem uma escolha agora. Ou você aceita a minha ajuda
ou perde as crianças.

Willa olhou para suas mãos. — Eu estou acostumada a


confiar em mim, mas eu estava errada. Se eu tivesse aceitado ajuda, eu
não estaria nesta situação agora. Isso não é fácil para mim, aceitar
ajuda.

A mão de Lucky saltou o volante. — Que tal você confiar


em mim por um tempo? Se eu consigo lidar com uma igreja cheia de
fiéis, acho que posso lidar com o que aparece em seu caminho. — Sua
confiança irritou Willa, então ela decidiu ver o quão bem o
motoqueiro arrogante lidaria com a pressão que estava sob ela.
Perguntou a Deus, se todos os homens eram idiotas ou apenas aqueles
que ela teve contato, era mais uma pergunta para adicionar à sua lista
sempre crescente.

— Idiota.

— O que você disse?

— Eu disse tudo bem.


— Que tal esse? — Willa apontou para anel com um
pequeno diamante que estava em exposição na caixa de joias.

Lucky olhou para o anel. — Não é muito grande.

— Eu não quero uma pedra grande. Isso o fará mais difícil


de vender.

Ela e Lucky carregaram uma das meninas, enquanto Leanne


e Charlie estavam olhando com fascinação para o mostruário de vidro.

— Eu gosto deste. — Chrissy tirou seu polegar de sua boca o


tempo suficiente para apontar para um grande anel extravagante de
rubi.

— Isso não é um anel de noivado, mas eu gosto do


vermelho, também. — Willa abraçou a menina mais apertado.

Ela sentiu o olhar de Lucky nela enquanto andava de um


lado para o outro nos corredores, olhando para as diversas caixas. A
vendedora de meia-idade concentrou sua atenção em Lucky. Se Willa
estivesse realmente comprometida com Lucky, ela estaria ciumenta
como o diabo com a atenção que ele estava recebendo dela. Em vez
disso, Willa contornou a seção que eles estavam indo até o fim. Estava
obviamente completa com os itens mais caros da loja.

Willa estava prestes a se virar quando seus olhos foram


capturados por um anel que a fez ofegar involuntariamente. Era de
ouro rosa com um diamante rosa no centro, rodeado por diamantes
menores. Ele não era como os outros anéis de noivado. Parecia mais
frívolo e feminino e completamente diferente de tudo o que possuía,
mas ela se apaixonou por ele imediatamente.

— Você gostou de algum? — Lucky perguntou. Willa pulou.


— Eu estava chocada com o preço.

A vendedora pegou a caixa, puxando o anel. — É um dos


anéis mais caros que temos na loja. — Sua atitude condescendente
atingiu Willa como um tapa na cara. Quando chegaram à loja, a
mulher não tentou esconder sua reação quando Lucky a apresentou
como sua noiva. Em seguida, ela falou o preço que fez Willa dar um
passo apressado para trás.

— Eu gostei mais do outro anel. Ele não vai me atrapalhar


quando estou cozinhando. Eu não uso muitas joias. — As peças mais
baratas sempre quebravam ou manchavam, e as peças mais caras que
ela se interessava, ocasionalmente, estavam fora do seu orçamento
quando suas contas chegavam.

— Vamos levar o outro, então. — A vendedora colocou o


anel de volta na caixa, caminhando de volta para a seção de
mostruário para retirar o anel menor, e Lucky pegou a sua carteira.

— Qual você vai ficar? — Leanne perguntou, se


aproximando dela.

Ela olhou para o balcão, vendo o anel que estava esperando


ser embalado.

— É muito bonito.

A reação de Leanne não preocupou Willa. Ela estava


determinada a dar a Lucky de volta o dinheiro pelo anel, e custava
exatamente o valor que estava na conta de suas economias. A fiança
de sua loja simplesmente teria que esperar até que ela pudesse vender
o anel após o falso noivado terminar.

Willa não esperava ser capaz de usá-lo logo na saída da loja,


mas o anel coube surpreendentemente bem e não precisou ser
ajustado. Parecia estranho em seu dedo depois que ela o colocou. As
crianças começaram a ficar inquietas. Willa estava grata que Lucky
estava dirigindo, então ela seria capaz de lidar com a birra de Caroline
pegando seu cobertor de sua grande bolsa. Cobriu a menina, que se
acalmou.

Lucky deu um sorriso alegre. — Você está bem?

— Os gritos não te incomodam? A maioria dos homens


estaria em pânico.

— Não me incomoda. Rider tem birras piores quando ele


tem que trabalhar horas extras. — Lucky brincou.

— Eu não posso imaginar Rider fazendo birra. Ele parece


muito tranquilo.

Lucky bufou. — Espere até vê-lo chateado.

— Eu vou passar, mesmo que eu ainda ache que você está


exagerando. — Lucky ajudou-a a colocar as crianças para dentro
quando eles voltaram para sua casa.

— Eu preciso voltar para a igreja para preparar o sermão de


hoje à noite. Sinto muito, mas como estamos noivos, todos esperam
que você esteja lá.
— Eu não me importo, — Willa lhe assegurou. Lucky deu
um breve aceno enquanto passava por ela para sair. Ela hesitante
esticou a mão para detê-lo. — Obrigada por toda sua ajuda.

A expressão de Lucky endureceu. — Não me agradeça,


Willa. Eu não quero que se machuque...

Ela o soltou. — Não se preocupe Lucky. Eu não vou me


esquecer de que você está fingindo ser meu noivo. Eu não vou
cometer o erro de acreditar por um segundo que você se importa
comigo. — Com isso, Willa abriu a porta da frente.

— Bom, eu estou contente que nós estamos entendidos.

Lucky queria bater o punho contra a porta que estava


fechada em suas costas. Em vez disso, ele caminhou para o novo
SUV, desejando ter mantido a boca fechada. Ele não tinha a intenção
que as suas palavras saíssem do jeito que Willa entendeu. Ele pensou
em explicar o que ele queria dizer, então, percebeu que seria melhor
deixá-la em paz. Afinal de contas, eles não tinham futuro juntos.

Ele certo como a porra não queria ser amigo dela, e ela
fugiria de uma relação sexual com ele. Ele podia imaginar o choque e
desgosto em seu rosto, se ela descobrisse que ele gostava de usar suas
facas nas mulheres. A tímida mulher ficaria horrorizada se ele tirasse
sua jaqueta de couro contendo as lâminas letais de vários tamanhos e
formas que ele usava durante o sexo.
Lucky foi para a igreja, entrando em seu escritório e tirando
o paletó. Ele estava prestes a jogá-lo na cadeira de couro atrás de sua
mesa, quando ele percebeu que o escritório não estava vazio.

Lentamente, ele se virou para a janela, vendo uma grande


sombra de pé na penumbra da sala. Acendendo a luz de sua mesa, ele
não ficou surpreso com o homem olhando para ele.

— Eu estava me perguntando quando você apareceria, —


Lucky disse.

A boca de Bridge torceu de forma ameaçadora — Eu queria


felicitá-lo pelo seu noivado.

Lucky manteve sua expressão neutra. — Fique longe dela.

— Por que diabos eu faria isso?

— Porque eu estou dizendo para você. Chegue perto dela e


eu vou te matar.

— Não me faça rir. Se você fosse me matar, você já teria


feito isso ou mandado Shade fazer isso por você. O pior que você fará
por mim é deixar meus cães gordos. — Bridge casualmente atravessou
a sala e sentou-se na cadeira em frente à sua mesa.

— Eu o fiz prometer ficar de fora da nossa merda.

— Eu aposto que suas bolas estão se contorcendo.

— Ele não ficou feliz. — Lucky concordou. Isso tinha


colocado uma barreira entre eles, mas porque a vingança de Bridge e
ele não envolvia o clube, Shade não quebraria a sua promessa.

— Aquele filho da puta não sabe como é se sentir feliz.


— Sim, ele sabe. — Lucky respondeu.

— Eu ouvi dizer que ele está casado com uma criança.


Então, ele está feliz?

— Sim, ele ama Lily.

— Foda-me. Milagres acontecem. — Bridge bufou em


descrença.

— Sim, eles acontecem. — Lucky afirmou.

A expressão de Bridge era cheia de agonia antes deles


esconderem sua reação. — Não quando isso importa e não para os que
merecem.

Lucky estremeceu com a sua alfinetada. — O que você pode


me falar que seja diferente do que eu me disse mil vezes antes? Sinto
muito sobre Kale. Se eu pudesse voltar para aquele dia e fazer uma
escolha diferente, eu o faria, mas eu não posso.

— Eu gostaria de poder voltar atrás também, e pedir a


alguém para tomar conta direito dele, alguém que teria salvado sua
vida, não o deixado para trás.

O corpo de Lucky endureceu. — Eu tentei.

— Não o suficiente. Os Last Riders não pararam até que


encontraram o corpo de Gavin, mas eu nunca vou ter o corpo do meu
irmão para enterrar.

— Eu me arrependo todos os dias da minha vida; o que mais


você quer?
— Eu quero mais do que isso. Eu quero que você sinta a dor
de perder alguém que você ama, e não ser capaz de dizer adeus, não
ter o seu corpo para chorar. Eu quero que a sua vida se torne um
inferno como a minha.

— Minha vida tem sido um inferno desde o dia em que Kale


foi morto.

— Não parece para mim. De onde estou sentado, sua vida


parece muito doce. Você tem a igreja, os Last Riders, e boceta
suficiente para manter dez homens satisfeitos. Há algo que você não
conseguiu que você queira?

— Sim, não me preocupar em ter você matando algum


inocente, porque você me odeia. — Bridge casualmente se levantou,
olhando para ele ironicamente. — Eu acho que você não pode ter
tudo.

— Estou noivo de Willa porque ela está prestes a perder a


guarda das crianças que ela está cuidando, não porque eu me importo
com ela. Além disso, ela vai ser a esposa de um pastor digno e manter
os paroquianos afastados do seu casamento.

Lucky jogou todas as desculpas que ele poderia pensar para


colocar dúvida na mente de Bridge. — Eu nunca me permitirei me
importar com uma mulher e colocá-la em perigo por você. Se eu me
importasse com Willa, não haveria nenhuma maneira que eu me
casasse com ela.

— Você está tentando fazer alguma besteira de psicologia


reversa em mim?
— Eu estou te dizendo a verdade. — Lucky disse, olhando
nos olhos mortos de Bridge.

— Quando você falou a verdade sobre alguma coisa? Você


mentiu para mim sobre manter Kale seguro. Você engana seus
paroquianos sobre ser um homem justo. Você mentiu para todos para
fazer essas apreensões de drogas. Eu não acredito em uma palavra que
você está me dizendo, mas vou descobrir a verdade antes de matá-la.

— Eu não vou deixar você machucar Willa. O único a


morrer será você. Eu já me cansei de te dar uma oportunidade de fazer
a sua jogada. Eu amei Kale como um irmão, e por respeito a ele, eu
aceitei a sua merda, mas isso acabou. Eu não vou avisá-lo de novo,
Bridge.

— Sua sorte e tempo estão acabando. — Bridge deixou seu


escritório com essas palavras penduradas pesadamente no ar. Seu
maior medo tinha se tornado realidade - Bridge pegou o alvo de suas
costas e colocou em Willa. Deus o ajude se sua maré de sorte falhe
com ele uma segunda vez.
Capítulo 13

— Se divertindo?

Willa tomou um gole de sua limonada rosa, quase


engasgando com o gosto, e foi incapaz de responder à pergunta de
Lily até que ela conseguiu recuperar o folego.

— Você está bem? — Preocupada, Lily bateu em suas


costas.

— Eu estou bem, — Willa garantiu, colocando o copo de


volta na mesa.

Lily sorriu, sem tocar no corpo dela. — Eu estarei de volta


em um minuto. Eu preciso usar o banheiro. — Ela se desculpou.

— Muito forte? — Evie perguntou a Willa com simpatia. —


Eu fiz besteira e deixei Penni fazer as bebidas. — A irmã de Shade
veio com Lily e Beth para a sua despedida de solteira. Penni estava
visitando por alguns dias antes de sair para organizar um show de um
grupo de rock, ela conseguiu vir da cidade que fica há algumas horas
de distância.

— Eu não fiz muito forte. — Ela protestou. Então, viu Willa


enxugar as lágrimas de seus olhos com um guardanapo, ela se
corrigiu. — Bem, talvez eu tenha exagerado um pouquinho. A receita
está em constate aprimoramento.

— Não toque em nada que a cadela faz, — Killyama gritou


no fim da mesa.
Penni endureceu. — Todo mundo implora por minhas
receitas.

— Sim, eles imploram para não fazê-las mais. — Killyama


cheirou o brownie que estava em sua mão.

— Por que Killyama está cheirando os brownies? Não são as


receitas que eu dei para trazer?

— Eu não fiz esses. — Penni olhou para a mulher que


pertencia ao clube vizinho de motoqueiro de Jamestown.

Beth havia se tornado amiga delas, e elas eram sempre


incluídas quando planejava uma festa, assim como Willa. Beth e Lily
não queriam que ninguém se sentisse excluído.

— Sua receita ficou boa depois que eu a melhorei um pouco,


— Penni continuou.

— Como você melhorou? — Willa perguntou curiosamente.


Seus brownies eram um dos itens mais pedidos.

— Ela os transformou em brownies de maconha. Quase me


matou no dia seguinte, vomitei tudo. — Killyama deu a ela um olhar
furioso.

— Eu não mandei você comer a metade da panela.

— Quem faz bolinhos de maconha em Kentucky? E num chá


de bebê?

Penni não parecia incomodada pela pergunta sarcástica de


Killyama. — Eu não fiz para o chá. Eu lhe disse que eu estava
testando a receita, e Rider acidentalmente os colocou na mesa com as
sobremesas.
Willa entrou na discussão das duas mulheres. — Como é que
isso terminou?

— Eles detonaram, mas eu tive que parar de fazê-los.

— Por quê? — Willa perguntou.

— Porque eles me deixaram doidinha. Levou um tempo, mas


eu percebi que eles tiveram um efeito estranho em mim. — Penni
bebeu o copo de limonada rosa em um gole quando um olhar cruzou
seu rosto que Willa reconhecia de quando tentava aperfeiçoar uma
receita.

— Que tipo de efeito? — Winter perguntou, passando os


brownies para Penni.

— Eles me deixaram muito excitada. — As mulheres na


mesa de caíram na gargalhada.

— A cerveja faz isso comigo. — Winter disse, quando ela


conseguiu recuperar o fôlego.

Diamond sorriu ao lado dela. — Piercing de língua de Knox.

Rachel murmurou. — Cash beijando meu pescoço.

Beth foi a próxima na fila. Ela ficou vermelha, mas admitiu


sua fraqueza. — A tatuagem de Razer.

— Stud competindo com sua moto. Eu fodo ele assim que


chegamos em casa.

O rosto de Willa parecia como se estivesse pegando fogo


com as confissões íntimas das mulheres.
— Rider me deixa com tesão quando ele malha. Eu só quero
lamber seu abdômen.

— Eu também, — Jewell brincou. — E eu lambo.

Lily voltou para a mesa, se sentando ao lado dela. — Do que


todo mundo está rindo?

Willa morreria antes de repetir a conversa que estavam tendo


enquanto ela estava fora.

— Todo mundo está dizendo o que as deixam com tesão. O


que te deixa excitada? — Crazy Bitch gritou com a voz alta suficiente
para ser ouvido do lado de fora.

Lily recuou. — Eu vou pegar uma limonada normal na


cozinha. — Ela fez uma pausa antes de sair. — Com Shade, tudo o
que tenho que fazer é olhar para ele, — admitiu ela antes de fugir.

— Eu também. — Crazy Bitch bateu o copo em cima da


mesa. — Quero contar suas tatuagens. Ela nunca te contou quantas ele
tem? — Ela perguntou a Beth.

Beth pareceu horrorizada com o pensamento. — Não, ela


não confiou esse detalhe a mim.

— Por que não?

— Eu não sei... Talvez porque ela não quer compartilhar, e


eu não quero saber.

— Mentirosa.

Willa seriamente ficou preocupada em como algumas das


mulheres chegariam em casa. Várias já estavam bêbadas, e as outras já
estavam no meio do caminho. Rachel se levantou do banco sentando
no vazio de Lily.

— Eu queria lhe agradecer por me cobrir. Jace me disse o


que você falou no escritório do xerife. Você assumiu a culpa por
contar a Jace sobre as motos no meu lugar. Eu não imaginei quando eu
contei que ele realmente tentaria invadir a fábrica. Eu ia perguntar a
Cash se ele achava que estaria bem para Rider mostrar a ele. —
Rachel se inclinou para o lado para sussurrar em seu ouvido. Willa
sentiu o forte cheiro de álcool em seu hálito.

Willa se inclinou para trás tentando escapar dos vapores. —


Vamos apenas dizer falamos sobre a aula. — Rachel lhe deu um
abraço. — Isso funciona para mim. — Willa ficou aliviada quando ela
voltou para seu próprio banco.

Depois que Lily voltou com um jarro fresco de limonada,


Willa estava pedindo um copo limpo quando viu o olhar de
reprovação de Penni. Respirando fundo, ela bebeu o que ela tinha fei
to. Willa tentou não se sentir culpada enquanto comia um pedaço de
pizza depois que ela bebeu mais alguns goles de sua limonada. Então
ela decidiu que não se preocupava com sua cintura e pegou outra fatia.

— Willa, você nunca chegou a dizer qual creme usa para o


seu café. — Ela estava prestes a engolir a bondade de queijo quando a
pergunta de Killyama o enviou para a sua traqueia. Ela pensou que
sufocaria até a morte antes que ela pudesse limpá-la.

— Eu não sei, —Willa confessou com voz rouca. — Eu


nunca fiz sexo. — As mulheres pararam de falar olhando para ela
perplexas.
— Por que vocês estão me olhando assim? Eu não sou a
única aqui que permaneceu casta até que estivessem casadas, certo,
Rachel? — Willa queria se chutar se lembrando tardiamente da
humilhação que Rachel tinha sofrido na festa de aniversário da Sra.
Langley quando Cash tinha dito a todos que ele tinha dormido com
Rachel.

— Está tudo bem, Willa. Eu não tenho vergonha de admitir


que eu não tivesse força de vontade quando Cash estava em causa.

— Beth era... — Beth cortou, parecendo constrangida. —


Lamento, mas não. — Willa olhou para Diamond. — Não, eu perdi a
minha na faculdade.

Os olhos de Willa foram para Sex Piston.

— Você está louca? Eu perdi a minha na escola. — Algo


dizia a Willa que ela não estava dizendo a verdade.

Decidiu ir para a coisa certa desta vez, Willa se virou para


Lily.

— Eu acho que eu vou buscar... Algo... — Ela parou, se


levantando e fugiu novamente.

Os ombros da Willa caíram. Ela era a única virgem em


Treepoint com mais de dezoito anos de idade, e ela tinha a sensação
que morreria virgem. Ela colocou a pizza que estava em sua mão em
seu prato.

— Eu sou virgem. — Assustada, Willa olhou para Penni.

— Você está mentindo, — Killyama zombou.


— Eu não estou mentindo. Eu posso ter fingido sobre isso,
mas eu nunca estive com um homem. Eu queria, mas eu sempre
mudava de ideia.

— Como os homens reagiam? — Willa perguntou.

— Metade compreendia, alguns eram tipo desagradáveis, e o


resto, eu usei movimentos de autodefesa que Shade me ensinou.

Penni deu de ombros. — Quero encontrar minha alma gêmea


do jeito que Shade encontrou a dele. Eu conheço um cara e penso que
ele pode ser o único. Então eu o conheço melhor, e simplesmente
quero ser amiga. Os homens que namoro falam que eu estou me
fazendo de difícil.

— Como um fodido pau de dinamite. Se você não dá, logo


em seguida eles fazem algo errado. Então, por que você não fodeu
alguém? — Killyama perguntou trazendo a atenção de todos de volta
para Willa.

— Não é como se eu tivesse um monte de escolha.

— Então, você e Lucky não fizeram? — Willa sacudiu a


cabeça, surpresa com a pesada carranca da mulher.

Willa ouviu Lily se sentar à mesa.

— Elas ainda estão falando sobre sexo? — Lily perguntou.

— Sim. — Willa se serviu de mais um pouco de limonada,


não tendo certeza se era a única não alcoolizada.

Tomando um gole, ela queria derramá-la de volta no jarro;


No entanto, ela tomou outro gole quando Penni sorriu para ela com
orgulho. Willa não teve coragem de diminuir a sua convicção de que
estava bom e tomou outra bebida.

— Eu tenho alguns livros que Killyama me emprestou, —


Lily ofereceu.

— Aqueles que não vão ajudá-la. — Willa começou a ficar


nervosa quando a mulher ficou perdida em pensamentos, em seguida,
estalou os dedos. — Eu sei. Você já viu jogos mortais?

Willa e as outras mulheres na mesa olharam para ela sem


expressão.

— Uh... Não.

— Você deveria. — Killyama se serviu de outro copo de


limonada do jarro que tinha álcool.

— Ainda estamos falando sobre sexo? — Willa perguntou a


Lily em confusão.

— Espero que não.

— Eu também. — Willa começou dar outra mordida na


pizza, então percebeu que tinha perdido o apetite. Em vez disso, ela
tomou um gole da limonada que estava ficando muito melhor.

Lucky olhou para o relógio. — Quanto tempo


mais você acha que elas vão demorar?
Shade cruzou os braços sobre o peito. — Nunca se sabe.
Quando elas fazem as suas festas, pode durar uma hora ou quatro. Isso
só termina quando o álcool e a comida acabam.

— Elas estão num restaurante com um bar. — Lucky o


lembrou.

— Então nós estaremos aqui por um tempo. Não espere que


qualquer uma delas esteja sentada na igreja de manhã. Lily será a
única lá, e você vai ter sorte se o resto aparecer para o sermão à noite.

— Willa estará na igreja. Ela não bebe. — Lucky se gabou.

— Certo... Vamos ver. Penni está lá.

— O que Penni tem a ver com isso?

— Isso significa que Willa vai sair de lá bêbada ou alta. —


Shade aconselhou.

— Não Willa. Eu a conheço como a palma da minha mão.

— Irmão, você não conhece nada sobre Willa, mas eu


conheço a minha irmã, e eu estou lhe dizendo, que não há nenhum
jeito de Willa sair de lá sóbria.

— Quer apostar? — Lucky provocou.

— Claro que sim. Você vai ganhar do jeito que você ganhou
a aposta com Moon?

Lucky não se sentiu culpado por escolher a moto que ele


tinha tentado comprar de Rider durante os últimos seis meses.

— Eu não trapaceei.
— Você não trapaceou, mas ao ficar noivo fez Moon
acreditar que você transou com ela, e você não lhe negou. Também o
impediu de tentar levá-la para a cama até que você esteja disposto a
compartilhar... Se compartilhar.

— Willa teria um ataque de pânico se eu a tocasse, muito


menos participar de uma das festas do clube.

— Como eu disse, você não sabe nada sobre Willa, e você é


muito medroso de merda para descobrir.

— Eu não sou um medroso de merda. Willa e eu não somos


um casal. Você sabe que nós só estamos noivos para Flora deixar as
crianças em paz.

— Eu continuo indo e voltando, tentando fazer a minha


mente de quem é a porra mais idiota: você ou Rider.

— Nenhum de nós. Moon é. — Lucky sorriu, sem


arrependimento. O irmão merecia perder a aposta por pensar que
Willa seria uma conquista fácil.

— Então, o que o vencedor ganha?

— Você tem que trazer Train de volta de Ohio. Ele está me


ligando a cada hora para voltar, porque eu disse que iria.

— Quem vai então?

— Mande Moon de volta. Ele foi o único que fez a bagunça


em primeiro lugar.

— Tudo bem, e se eu ganhar, você tem que me livrar da


minha promessa que eu te fiz.
O rosto de Lucky ficou sério. — Escolha outra coisa. Estou
lidando com Bridge.

— Você está fazendo um trabalho de merda. Ele está


observando cada movimento que você faz.

— Como você sabe disso?

— Porque eu estou de olho nele.

— Você pode vigiar, mas mantenha a sua promessa.

— Se eu ganhar, eu quero que você diga a Willa a verdade


sobre o clube. É apenas uma questão de tempo antes de Sissy ou
alguém lhe falar, e vai doer menos vindo de você.

Lucky assentiu. Ele já tinha decidido contar a ela quando ela


não estivesse cercada pelas crianças.

— Então nós temos uma aposta?

— Temos uma aposta. — Repetiu Lucky, sabendo que de


qualquer forma, ele perderia. A porta do restaurante de King se abriu,
e as mulheres saíram tropeçando.

Shade tirou o celular do bolso.

— Para quem você está ligando?

Shade olhou para cima. — Knox. Nós vamos precisar de


mais carros.
Capítulo 14

— Por que estamos na igreja? Eu não estou no clima agora


para pedir perdão.

— Você vai ir de manhã, — Lucky murmurou, destrancando


a entrada lateral que dava para a igreja, que ele havia trocado, depois
que se tornou pastor novamente.

Na época em que a igreja foi construída, a parte do fundo foi


projetada para o pastor e sua família viverem. Se você entrasse pela
entrada lateral, você não diria que era anexado à igreja, mas sim uma
casa grande. Willa tropeçou na escuridão antes que ele pudesse ligar a
luz. Lucky fechou a porta com o pé antes de pegar Willa em seus
braços.

Ela riu, envolvendo os braços em seu pescoço. — É muito


cedo para me carregar pela porta. Tenha cuidado ou você vai
machucar suas costas.

— Pare.

Willa fez beicinho para ele, vendo sua expressão severa. —


Você está com raiva de mim por ter ficado bêbada?

— Por ficar bêbada, não. Eu fico chateado quando você se


coloca para baixo. Eu já lhe disse para não fazer isso na minha frente.

— Eu sinto muito. Não fique com raiva de mim. — Ela


deitou a cabeça no ombro dele, acariciando seu peito. A mulher era
irresistível quando estava bêbada, porque a guarda estava baixa,
mostrando a verdadeira Willa. Ela tinha contado piada e cantou
enquanto ele levava as cadelas de volta para Jamestown. Stud tinha
encontrado ele no meio do caminho e Willa tinha se pendurado na
porta, dando tchau para elas e perguntou a Stud se Sex Piston era
virgem quando se casaram. Sex Piston desceu sua própria janela,
gritando para Willa calar a boca antes que ela descesse do carro e
chutasse sua bunda. Então Willa jogou beijos no ar para a mulher,
lembrando que ela tinha prometido cortar seu cabelo. Lucky pensava
enquanto as mulheres ainda estavam gritando entre elas. Não havia
maneira nenhuma que ele cometeria o mesmo erro de Razer e Shade e
permitisse que Willa se tornasse amiga das cadelas motoqueiras. Ele
iria cortar o mal pela raiz.

— Onde estamos indo? Eu preciso voltar para casa e para as


crianças.

— Você iria acordá-los, e eu não acho que você gostaria que


sua vizinha a visse nessas condições. — Lucky caminhou pelo
corredor, carregando ela facilmente. Ele abriu um dos quartos de
hospede colocando Willa na cama. Quando ela olhou para ele confusa
Lucky sentiu seu pau ficar duro. A mulher era fofa como o inferno
quando estava sóbria; bêbada, ela tinha um olhar sedutor que ele
nunca tinha visto nela antes. Aparentemente, estar bêbada deu a Willa
uma quantidade letal de confiança, que Lucky era inteligente o
suficiente para saber que seria difícil resistir se ele ficasse por mais
tempo.
— Vá dormir. — Lucky rangeu os dentes, indo para a porta.
Ele estava ficando doente e cansado de protegê-la de si mesma.
Inferno, ele nunca fingiu ser um santo.

— Boa noite.

Ele cometeu o erro de se virar para ela por causa de sua


despedida arrastada e viu que ela ainda estava deitada do mesmo jeito
que ele tinha deixado. Suas pernas estavam meio fora da cama, e ela
estava deitada de lado.

— Droga! — Lucky voltou, se curvou ao lado da cama. Ele


tirou os sapatos, em seguida, a levantou novamente e a colocou de
volta até que a cabeça estava sobre um travesseiro.

— Obrigada.

Lucky se endireitou, suas bolas doendo o estavam matando.


— Você tem que ser tão educada o tempo todo?

O olhar embriagado de Willa ficou irritado. — Você é um


idiota ruim; você sabe disso? — Lucky começou a rir, deixando Willa
ainda mais irritada. Ela se sentou e jogou o travesseiro nele.

— É verdade! — Lucky não tentou se esquivar do


travesseiro, deixando-o cair ao chão. — É mesmo?

— Claro que sim! Você é tão mal como Curt Dawkins, e eu


o odeio. Ele está sempre tentando me tocar quando ninguém está por
perto. — Lucky não sabia o que o deixou mais chateado: que Curt
estava tocando Willa ou ser comparado com o homem que Jo tinha
acusado de estuprá-la na escola.
— Rider é muito mais agradável comigo. Ele faz eu me
sentir bonita. Até mesmo o novo motoqueiro do seu clube é legal
comigo. Ele me pagou uma xícara de café no outro dia quando eu
deixava as minhas entregas no restaurante.

— Ele fez?

Willa assentiu. — Ele é muito legal. — O irmão traidor


receberia sua bota na bunda da próxima vez que o visse.

— E sabe de uma coisa? Ele é mais bonito do que você.


Você sabe porquê?

— Por que você não fala, — Lucky respondeu, sua voz saiu
letalmente tranquila. No entanto, Willa estava bêbada demais para
perceber os sinais de alerta que teriam feito os outros irmãos correrem.

Lucky quase nunca perdia o controle de seu temperamento,


mas quando perdia ninguém nunca se esquecia. Ele só realmente
perdeu a cabeça duas vezes em sua vida, e os dois homens estavam
mortos. Willa imprudentemente concordou com veemência. — Seus
olhos cinza fazem você pensar que ele está te despindo. — Willa
suspirou.

— Ele é um mulherengo.

— Sério? — O interesse nos olhos de Willa se


aprofundaram.

— Você precisa se deitar e dormir. Agora.

— Pare de ficar mandando em mim.


Antes que Lucky pudesse se mexer, o pé de Willa saiu da
cama, chutando-o no estômago. Lucky levou o golpe inesperado no
estômago, liberando sua respiração pesadamente.

Willa começou a rir, e Lucky perdeu a paciência que o


segurava. Antes que Willa conseguisse entender o que estava
acontecendo, Lucky a levantou jogando-a sobre os joelhos. Então sua
mão caiu sobre sua bunda coberta de jeans.

— Você não pode me bater! — Willa gritou.

— Observe-me! — Lucky disse sua mão esmagando sua


bunda novamente. Apesar de tentar, ele não conseguiu deixar sua mão
permanecer em sua bunda deliciosa, mas uma dor súbita em sua coxa
quase a deixou cair no chão.

— Pare de me morder, sua bruxinha. — Lucky


apressadamente jogou-a de volta para a cama antes que ela pudesse
mordê-lo novamente.

— Moon nunca bateria em mim!

— Isso é outra coisa que o filho da puta não vai fazer. —


Antes que ela pudesse abrir a boca e deixá-lo ainda mais furioso,
Lucky prendeu sua boca na dele, sua língua aproveitando e deslizando
dentro de sua boca quente antes que ela pudesse reagir. Sendo mais
inteligente desta vez, sua mão segurou o rosto dela, se certificando
que ela não usaria esses dentes malvados sobre ele novamente. Ele
não precisava ficar preocupado. Willa se derreteu debaixo dele,
abrindo mais a boca quando seus braços deslizaram em torno de sua
cintura. Lucky quebrou o beijo.
— Droga, mulher, o que você bebeu?

— Eu só bebi uma limonada.

— Você não tem gosto de limonada.

— Qual gosto eu tenho?

— Fogo. Você tem gosto de fogo. — Lucky gemeu,


baixando a boca para pegar a dela novamente.

Cada promessa que fez a si mesmo dissolveu a sua força de


vontade. O beijo de Willa afastou todos os outros beijos que ele já
tinha experimentado de sua mente, substituindo-os apenas com os
dela. Os lábios macios sob o seu tremeram quando eles devolveram a
pressão timidamente até que ele assumiu o controle, mostrando o que
ele queria.

— Assim, sereia. — A língua de Lucky traçou seu lábio


inferior.

Timidamente, Willa lambeu antes de entrar em sua boca para


procurar a dele. Seus esforços tímidos fizeram sua mão ir ao seu
joelho, levantando sua coxa para que ele pudesse prender seu pau
contra sua boceta. O jeans que os separavam era a única coisa que o
impedia de afundar seu pênis dentro dela. Ele gemeu quando ela
levantou os quadris, moendo sua boceta nele.

— Eu machuquei você? — Willa sussurrou.

— Toda vez que eu olho para você. — Lucky confessou


quando a sua mão trêmula virou o rosto para sua a boca novamente.
Todo o desejo que ele tinha escondido de Willa lhe escapou em um
momento de fraqueza.
Na barraca de foto, ele invadiu suas defesas, não dando a ela
uma chance de responder. Agora, ele tomou seu tempo, ensinando a
ela como beijar. Suas mãos deslizaram debaixo de sua camiseta,
explorando a pele de suas costas com pequenos toques, vibrando
como se fosse a primeira vez que ela tivesse tocado um homem, e suas
defesas contra ela se desintegrara ainda mais.

Ele desabotoou a blusa azul, deixando-a cair para os lados.


Então suas mãos soltaram o sutiã de renda azul, que ficou aberto,
exibindo os seios. Lucky nunca esqueceria a primeira vez que viu seu
corpo. Estava dourado com a luz do abajur, os seios grandes do
tamanho que os homens fantasiavam e mulheres colocavam silicone
para conseguir. Sua mão apertou a pele macia, levando o bico rosado
aos lábios. Ternamente, ele passou sua boca sobre o mamilo.

— Eu morri e fui para o céu. — Willa deitou sua boceta com


mais força contra ele.

Lucky pressionou com mais força, apertando seu pau contra


a costura da calça jeans. Sua boca, em seguida, preguiçosamente
vagou para o outro seio, sugando o mamilo e girando a língua na
ponta fazendo-o endurecer.

Willa agarrou suas costas mais forte, suas unhas cavando


como pequenos punhais. Ele estremeceu, mal sendo capaz de se
impedir de gozar, e Willa enrijeceu debaixo dele. Menos experiente,
ela não foi capaz de deter o clímax que ele mal conseguiu evitar.

— Dean!
Lucky endureceu sobre ela, seu nome o devolveu à razão. Se
afastando dela, ele foi para o lado da cama, tentando recuperar o
fôlego.

— Lucky? O que há de errado? — Os olhos de Willa


estavam cheios de confusão, fazendo Lucky se sentir ainda pior por
começar algo que ele sabia que levaria ambos por um caminho que
não haveria como voltar.

— Eu preciso dar o fora daqui. — O desejo não alcançado


fez sua voz involuntariamente áspera.

— Fiz algo errado? — Lucky parou de costas para ela.

— Eu não posso fazer isso, Willa. — Ele não podia colocá-la


em mais perigo do que ela já estava com seu falso noivado.

— Certo. Eu entendo. — As lágrimas não derramadas em


sua voz o fizeram sair correndo do quarto, batendo a porta atrás dele
quando entrava em seu próprio quarto.

Andando pelo chão, ele passou as mãos pelo cabelo curto,


tentando controlar seu desejo descontrolado. Ele sabia que podia ligar
para uma das inúmeras mulheres que ele tinha fodido nos últimos
meses e ter uma debaixo dele em menos de cinco minutos. Em vez
disso, ele jogou o celular contra a parede, quebrando-o em vários
pedaços como ele fez com o coração de Willa.

Não importa o quanto ela estivesse machucada, ele tinha que


manter distância a partir de agora. Bridge não estava blefando. Antes
de ter deixado os Seals da marinha, Bridge tinha sido considerado um
dos melhores. Mortal e implacável quando ele caçava a sua presa, seu
trabalho era de investigação, caçando o alvo que tinha sido dado a ele.
E quando encontrados, eles enviariam Shade. Bridge era o caçador,
Shade o assassino.

Apenas dois homens vivos tinha a habilidade de matar


Bridge. Shade estava contido por causa da promessa que tinha feito, e
o outro estava contido porque a sua honra se recusava a deixá-lo matar
um homem que merecia a sua vingança.

Lucky foi até a janela, abrindo a cortina para olhar para a


cidade. Se ele não estivesse amarrado à igreja de novo, ele estaria em
sua moto, rugindo pela rua e desfrutando de sua liberdade. Ele tinha
perdido a conta das vezes que ele estava aqui quando tinha sido um
pastor antes.

Ele esperava os mesmos sentimentos de estar preso e


obrigado que sentiu no passado. No entanto, aquelas não eram as
emoções atacando-o esta noite. Ele sentia como se estivesse em casa.
Não foi porque ele estava de volta na igreja. Era por causa de... Willa.
Capítulo 15

Willa rolou na cama, tentando escapar da intensa luz do sol.


Ela queria ir ao banheiro, mas ela estava com muito medo de se mexer
temendo vomitar. Ela estava com medo até de abrir os olhos, já que
doía tanto. Ela choramingou suas mãos segurando o lado da cama
enquanto ela deslizava sua bunda até a borda do colchão. Ela
cautelosamente abriu os olhos, sentindo o seu estômago embrulhar.

— Eu nunca vou comer ou beber nada que Penni faz outra


vez. — Willa choramingou de dor quando ela tentou se levantar. Ela
estava no meio do quarto antes de perceber que não estava em seu
quarto.

— O quê? — Ela olhou ao redor do quarto por um segundo,


tentando se lembrar da noite anterior. A última coisa de que se
lembrava era a expressão chocada de Lucky quando ela saiu do
restaurante de King. Quando as imagens da noite, finalmente,
penetraram a sua mente nebulosa, suas mãos voaram para seu rosto.

— Só me deixe morrer, — Willa murmurou, rezando que


fosse a porta do banheiro. Abrindo-a lentamente, ela encontrou um
pequeno banheiro com uma banheira à moda antiga.

— Isso é o que eu ganho? — Willa disse em voz alta,


pensando nos milhares de coisas que ela tinha orado desde que ela era
uma menina.
Ela gentilmente lavou o rosto com uma toalha macia,
sentindo como se fosse uma esponja de aço. Então ela olhou para seu
reflexo. Seus olhos estavam tão vermelhos que ela parecia uma
vampira, e sua blusa foi abotoada errada. Ela ajustou sua aparência o
melhor que pôde antes de voltar para o quarto, quase tropeçando em
seus tênis e mal conseguindo evitar cair em cima da cama.

Cuidadosamente pegando seus sapatos, se sentou na cama


para colocá-los. Quando terminou, ela foi até a porta do quarto.

— Por favor, por favor, deixe-me sair daqui sem Lucky me


ver. — Ela estava começando a se sentir como se estivesse girando
quando conseguiu sair da casa desconhecida.

Ainda era cedo o suficiente para quase não ter carros ao


redor, exceto alguns madrugadores indo para o restaurante para o café
da manhã. Ela não olhou em sua direção, caminhando em direção a
sua casa. Que era há apenas algumas quadras de distância.

Willa não podia fazer outra coisa a não ser bater na porta de
sua casa. Ela não conseguia se lembrar onde sua bolsa estava. Era
triste o dia em que ela preferia enfrentar um ladrão a Lucky para
consegui-la de volta.

Após Sra Stevens abrir a porta, deixando-a entrar, Willa lhe


agradeceu, então explicou que ela tinha que ficar pronta para a igreja.
Sra Stevens partiu, deixando Willa se sentindo culpada por apressá-la.
Em seguida, o relógio em sua parede a fez correr pelas escadas para
levar as crianças para o culto.
Quando Leanne e Charlie resmungaram, querendo dormir,
ela simpatizou, querendo subir em sua própria cama e puxar as
cobertas sobre a cabeça.

Ela com certeza absoluta não queria ter que encarar Lucky.
No entanto, nenhuma catástrofe aconteceria para fazê-la não participar
do culto, então Willa levou as crianças para a van e subiu no banco da
frente com alguns segundos de sobra. Ela mal tinha se inclinado
quando a porta lateral se abriu e Lucky entrou.

Willa constrangida baixou o olhar para a bíblia em suas


mãos. Ouvindo seu sermão sem levantar a cabeça, ela desejava que
houvesse alguma maneira de não ficar esperando os fiéis com ele no
final do sermão.

O sermão terminou cedo demais. Ouvindo os passos de


Lucky descendo do pódio, ela começou a pegar Caroline em seus
braços. Lucky parou ao lado dela, pegando a menina dela, em seguida,
levantou a mão livre. Willa a pegou, seus dedos tremendo dentro de
seu aperto, enquanto caminhavam pelo corredor até a porta.

A fila de paroquianos parecia interminável, e Willa


simplesmente queria fugir e ir para casa.

— Willa, Lucky. — Curt Dawkins parou na frente deles.

Lucky foi lento para pegar a mão estendida para ele,


sacudindo-o brevemente antes de colocar o braço em Willa.

— Ouvi dizer que estavam noivos. Parabéns.


— Obrigado. — Lucky começou a cumprimentar o
paroquiano atrás de Curt, mas ele não entendeu a dica, não se
movendo para frente.

— Eu vi você fugindo da parte de trás da igreja, esta manhã,


Willa. Acho que você e o pastor decidiram não esperar pela noite de
núpcias, mas, então, nem muitos esperam mais. Não é mesmo, pastor?
Eu estava tomando café da manhã com Jenna antes dela sair da
cidade. Estou pensando em comprar a casa dela. Nós podemos ser
vizinhos em breve, Willa. — Willa não perdeu a ameaça sutil que Curt
lhe deu nem o tom de insulto em sua voz quando ele falava com
Lucky.

— Jenna secou suas oportunidades de emprego em


Treepoint. Seria uma vergonha se o financiamento para o novo campo
de futebol secasse, também. A diretoria da escola não ficaria feliz se
descobrisse que foi por causa do treinador de futebol insultando um
dos doadores.

Curt empalideceu, saindo sem dizer mais nada.

— O que foi isso?

— Os Last Riders fazem doações regulares para a escola e a


comunidade, e desde que eu sou o vice-presidente, Viper me permite
tomar as decisões sobre para quem doar o dinheiro. Esse campo de
futebol vai custar milhares de dólares. Se eles não recebem um novo
campo, eles vão ter que desistir de uma temporada até que possa ser
reparado.

— Oh.
Treepoint era fanática pelo seu futebol. Curt deixando um
dos doadores irritados não só o demitiriam, mas provavelmente seria
linchado pela população. Nem mesmo sua popularidade como uma
estrela de futebol da escola iria salvá-lo.

Lily veio da fila, segurando seu menininho a quem Willa


conseguiu roubar dela por alguns minutos.

— Vejo que você veio para a igreja. — Lily brincou.

Willa se aninhou no cheiro doce do pescoço do bebê,


escondendo o rosto.

— Nenhuma das outras mulheres atendeu a porta quando eu


tentei acordá-las. Liguei para Stud para verificar Sex Piston e o resto
de sua equipe, e eles estavam no hospital. Killyama estava tendo uma
lavagem estomacal.

— Ela está bem? — Willa passou a gostar da mulher


agressiva.

— Ela está bem, mas o hospital teve que ligar para Penni
para descobrir o que ela colocou na limonada.

— O que foi? — Willa teve medo de ouvir a resposta.

— Uma bebida alcóolica contrabandeada que ela comprou


dos irmãos Porter.

— Doce Jesus. — Willa usou seu cotovelo para cutucar


Lucky no estômago. — Não é engraçado.

— Sim, é. — Lucky limpou as lágrimas de alegria.


— Ela bebeu metade de um jarro. Ela teve intoxicação por
álcool.

— Quanto você teve? — Lucky perguntou se afastando de


seu cotovelo.

— Dois copos. Eu acho. — Willa se perdeu após o primeiro


copo.

— Penni foi visitá-la no hospital quando eu estava vindo


para a igreja.

— Ela não ficou doente como o resto de nós?

— Não, Penni tem um estômago forte. Descobri isso na


faculdade. Ela costumava beber com homens três vezes maiores que
ela. — Lily levou John de volta em seus braços. — Eu vou te ver no
culto de hoje à noite. Eu vou para casa para fazer uma sopinha para
Killyama. O hospital vai dar alta a ela esta tarde.

— Diga a ela que eu desejo que ela se sinta melhor em


breve.

— Eu vou.

— Vou ter que me certificar de poupar algum tempo hoje


para me preparar. — Lucky disse.

— Por quê? — Willa sorriu quando Angus se aproximou, as


sobrancelhas parecendo duas lagartas se atacando.

— Eu vou orar pela Penni. Se ela ficar em qualquer lugar


perto Killyama, ela vai morrer.
Willa riu tanto que a cabeça rodou, e ela teve que se encostar
em Lucky para se apoiar. Talvez ela devesse ir amanhã ao consultório
de seu médico para se certificar que ela não ficou com nenhum efeito
nocivo da mistura de limonada de Penni.

Angus a agarrou em um abraço de urso, tirando-a do chão.


Depois de colocá-la de volta para baixo, ele bateu nas costas de
Lucky.

— Me faz bem ver um jovem casal apaixonado, tanto quanto


Myrtle e eu somos. Espero que vocês tenham muitos anos juntos como
nós tivemos. O nosso quinquagésimo terceiro aniversário é na
próxima quinta.

A esposa de Angus revirou os olhos para o marido. — Ele


está com muito tato tentando lembrá-la sobre o nosso bolo.

— Eu não me esqueci, — disse Willa, notando Lucky se


afastando silenciosamente até que o casal mais velho saiu.

— Eu preciso sair. Vou almoçar no restaurante. Os Last


Riders estão esperando por mim.

Willa pegou Caroline dele. — Vou vê-lo hoje à noite.

Ele tinha colocado uma barreira invisível entre eles, dizendo-


lhe sem palavras, que a única relação que compartilhavam era um ato
de enganar os outros. Os Last Riders eram aqueles com quem ele
queria passar seu tempo.

Lucky assentiu, fechando a porta da igreja, em seguida,


deixando ela e as crianças caminharem até o estacionamento sozinhos.
Ela colocou as crianças na van e foi para casa, recusando-se a
reconhecer a dor que estava sentindo enquanto dirigia.

Ele havia saído na noite passada sem fazer amor com ela,
mostrando que ele não estava atraído o suficiente para realmente fazer
sexo com ela. Hoje, ele queria ter certeza que ela não estava
construindo quaisquer equívocos sobre seus sentimentos em relação a
ela.

Willa estava na pia, lavando os pratos depois do almoço.

— Por que você não está usando a máquina de lavar louça?


— Leanne perguntou, colocando um copo com sabão na água.

Willa deu de ombros. — Às vezes eu gosto de lavar à mão.

— Porque você está chorando?

Willa fungou. — Eu não estou chorando.

— Eu posso lavar os pratos. — Leanne pegou o prato da


mão dela, indo para frente da pia. Foi a primeira abertura real que a
adolescente fez em sua direção.

— Eu vou levar as crianças para brincar. — Willa secou as


mãos em um pano de prato.

Tudo o que tinha que fazer era abrir a porta dos fundos e as
meninas saíram correndo. Willa as seguiu, gritando com Charlie para
sair e brincar com as meninas. As irmãs amavam o irmão correndo
atrás delas pelo quintal.
Willa se deteve quando ela saiu e viu o que as meninas
estavam fazendo. Um sólido pastor alemão preto estava sentado sobre
as patas traseiras, enquanto as meninas envolviam seus braços em
volta de seu pescoço. Willa ficou em pânico com a visão.

— Caroline, Chrissy, venha aqui. Agora mesmo. Ande


lentamente em minha direção.— Willa pediu, tentando afastar o
pânico de sua voz.

— Nós não queremos. Ela não é bonita?

Seus olhos percorreram o corpo do cão enorme. — Sim ela


é.

— Podemos ficar com ela? — Caroline balbuciou.

— Não! — Willa baixou a voz estridente. — Ela deve ter se


afastado do dono. Vou ligar para o controle de animais. — Assim que
as palavras saíram de sua boca, ela percebeu que era domingo, e a
cidade não tinha recursos para contratar alguém para pegar animais
soltos no fim de semana. Pensando rapidamente, ela pegou seu celular
e ligou para o escritório do xerife, e o atendente prometeu enviar
alguém imediatamente.

Willa cuidadosamente se aproximou das crianças e do cão


até que ela estava ao alcance deles. Então ela pegou a mão de cada
menina, puxando-as para longe do cão de aparência perigosa. O cão
choramingou quando ela deu um passo para trás, colocando as
meninas atrás das de suas costas.

Ela estava na porta dos fundos quando Charlie e Leanne


saíram. O garotinho parou em seguida, correu para frente antes que ela
pudesse detê-lo. Leanne foi mais lenta, não querendo mostrar
animação.

— De onde ela veio? — Charlie perguntou admirado.

— Eu não sei. Volte aqui.

Charlie estendeu a mão para dar um tapinha no cão,


despenteando seu pelo.

— Eu não faria isso, — Willa avisou.

— Por que não? Ele é amigável.

Willa estava prestes a empurrar as meninas para dentro


quando Knox abriu a porta lateral.

— Graças a Deus você está aqui, — disse Willa aliviada. Ela


não sabia quem proteger primeiro.

— O que foi?

Willa acenou com a mão para o cachorro enorme. — Eu não


sei como ele chegou a meu quintal, e o controle do animal está
fechado hoje.

Knox foi para o cão, estendendo a mão para ser cheirada, e o


cão lambeu a mão depois de alguns minutos.

— Como Sissy está se adaptando? — Willa aproveitou a


oportunidade para perguntar sobre a menina enquanto ele acariciava o
cão.

Ela tinha um encontro com Diamond no final desta semana,


e ela usaria a oportunidade para pedir informações desde que Flora se
recusou a lhe dar alguma notícia sobre a menina, citando as regras de
privacidade. No entanto, isso lhe deu uma chance de manter seu
encontro estritamente profissional.

— Bem. Ela está passando um tempo com Sex Piston e sua


tripulação.

— Isso deve ser divertido para ela.

— Eu não sei nada sobre isso, — disse Knox. — Ela pensou


que zombar dos preparativos de Diamond para o dia do juízo final era
hilariante até que Sex Piston ouviu. Agora ela está tentando sobreviver
trabalhando no salão de beleza de Sex Piston em tempo parcial.

Willa podia imaginar as mulheres motoqueiras castigando


Sissy se ela lhes mostrasse a sua raiva adolescente.

— Ela parece muito amigável. — Knox disse, chamando sua


atenção de volta para o cão. Sua mão foi para o colar que Willa não
tinha notado. — O nome dela é Ria.

— Fala para quem ligar?

— Não, mas se ela pertence a alguém, eles normalmente


ligam para o abrigo do cão. Só amanhã, para podermos encontrar o
seu proprietário se ela pertencer a alguém.

— É claro que ela pertence a alguém, ou ela não teria um


colar, — Willa falou.

— Não, se o proprietário não puder cuidar mais dela. Às


vezes eles os deixam soltos, esperando que eles encontrem um novo
lar. O que você quer que eu faça?

— Eu quero que você se livre dela.


— Eu não tenho nenhum lugar para mantê-la. Acho que eu
poderia acorrentá-la no abrigo de cão. Eles vão encontrá-la quando
abrirem pela manhã.

— Deixe-a ficar esta noite, — Charlie implorou.

Willa nem sequer pensou duas vezes. — Ela pode ser


perigosa. Eu não posso correr o risco com as crianças.

— Eu posso testá-la e ver se você quiser. Eu tive vários cães,


e nós temos um cão militar na polícia.

Willa não queria manter o cão, mas as crianças tornaram


difícil dizer não.

Eles ficaram perto enquanto Knox dava ao cão uma série de


comandos que ele obedecia. Mesmo Willa podia ver que o cão era
bem treinado.

— Eu já volto, — Knox disse antes de desaparecer na frente


de sua casa, em seguida, voltando com um saco de comida de
cachorro.

— Eu mantenho um saco extra no meu carro para Bane


quando seu treinador trabalha em turnos dobrados.

Willa observou quando Knox alimentou o cão com a sua


mão.

— Você tem uma tigela?

Leanne correu para dentro da casa, retornando com uma de


suas belas taças chinesas, que tinha de quando sua mãe era casada.
Willa não reclamou, observando de perto quando Knox encheu a
tigela com comida de cachorro, em seguida, se sentou na frente do
cão. Ele afastou a tigela após o cachorro comer um pouco, e o cão se
sentou, abanando o rabo.

— Eu não sou nenhum especialista, mas acho que ela vai


ficar bem perto das crianças. — A mão de Knox alisou sobre a cabeça
do cão. — Você pode deixá-la no abrigo pela manhã, — Knox
lembrou.

— Por favor, podemos manter Ria hoje à noite? — Charlie


se aproximou do cão como se Willa fosse jogá-la fora.

— Suponho que um dia não vá fazer diferença, — Willa


cedeu.

— Sim! — Todas as crianças gritaram.

— Porém nós não ficaremos com ela. — Willa disse com


firmeza.

— Eu diria que ela é domesticada. Ela não vai dar muito


trabalho. O abrigo está muito cheio agora. Eu tive que ligar para eles
na sexta-feira para um colecionador. Ela vai ser abatida se eles não
encontrem um lar. — Knox não estava ajudando.

Willa o encarou quando as crianças começaram a chorar,


pedindo-lhe para deixar o cão ficar. Charlie e Leanne olharam para ela
como se fosse um monstro.

— Ela pode ficar por alguns dias até que eu possa encontrar
para ela um novo lar. — Willa cedeu aos choros das crianças.

— Eu estou feliz que está resolvido. Alguma outra coisa que


eu posso fazer por você, Willa?
— Não, eu acho que você já fez o suficiente, — Willa disse
em tom de censura.

Knox lhe deu um sorriso, e Willa pensou ter visto um


piercing na sua língua antes dele a pegar encarando. Ele deu-lhe uma
piscadela antes de sair. Willa corou quando se lembrou das palavras
de Diamond da noite passada.

— Espere, o que acontece com o meu gato? Será que ela vai
comê-lo?

Os lábios de Knox tremeram. — O gato que dá os arranhões


em seus braços?

— Sim, ela não gosta de mim, mas ela gosta das crianças.
Será que o cão vai comê-la?

— Se você tiver sorte.

Willa olhou para ele horrorizada, não achando a morte


iminente de seu gato engraçado.

— O cão não vai incomodar o gato.

— Você tem certeza?

O gato em discussão andou lentamente em todo o quintal


enquanto conversavam. Quando o cão pulou em direção ao felino,
Willa esperou que o gato corresse ou que Ria usasse o gato como um
palito. Então, o cão abaixou a cabeça para cheirar o gato, e o felino
retaliou violentamente golpeando o cão no nariz. O cão deu um passo
para trás, choramingando.

— Sim, eu tenho certeza. Dê-me uma chamada, se você


quiser que eu leve o gato para o abrigo.
Willa esperou até que ele estava a poucos passos de distância
antes de murmurar. — Cara idiota.

Knox parou, se virando para encará-la. — Você disse


alguma coisa?

— Eu disse tenha um bom dia.

Lucky estava esperando por Knox, quando ele voltou para o


seu escritório.

— Ela ficou com Ria?

— Que porra você acha? Depois que eu disse a ela o que


você mandou falar sobre colocar o cão para dormir, as crianças
berraram. Me fez sentir como uma merda.

Lucky sorriu. O enorme irmão escondia que tinha uma


fraqueza por crianças e esquilos, mas Lucky estava mais do que ciente
disso.

— Como você convenceu Colt a se desfazer de Ria?

— Eu lhe dei vinte mil por ela. Segundo ele, o cão tem os
instintos mais protetores que qualquer cão que ele treinou.

— Você comprou um anel de noivado barato para Willa que


todas as mulheres estão reclamando, e depois lhe compra um cão de
vinte mil dólares treinado para ser um policial, e ela nem sequer sabe
que você comprou para sua proteção?

— Sim.
— Shade está certo, você é um idiota.
Capítulo 16

Willa olhou para o anel de noivado no dedo dela, girando-o


várias vezes. Sentia como se o sorriso colado no rosto fosse sumir, e
suas amigas saberiam que ela era uma grande gorda mentirosa.

— Que tal este? — A vendedora elegante suspendeu um


vestido branco lindo com miçangas requintadas.

— Eu queria algo mais simples, e é muito volumoso. —


Willa lamentou por deixar Beth e Lily convencê-la deste fiasco. —
Nós vamos nos casar no cartório. Você tem um vestido que não seja
tão formal?

A mulher assentiu, baixando o vestido. — Eu volto já.

— Willa, mesmo que você se case no cartório, você ainda


tem que se sentir como uma noiva. — Lily colocou uma mão em seu
braço. — Você vê aquele que está no manequim? É lindo.

— É muito pequeno. — Ela tinha visto o vestido no


momento em que entrou na loja. Se ela estivesse se casando de
verdade, ela teria tentado empurrar seu corpo naquele pequeno
vestido, mas seu noivado não era real.

— Eles podem tê-lo do seu tamanho. Poderíamos, pelo


menos, perguntar. — Beth estimulou.

A vendedora voltou, carregando um vestido branco liso que


era exatamente o que ela tinha pedido.
Willa se levantou. Não havia nenhuma maneira de lutar
contra o inevitável; ela teria que experimentá-lo.

— Vou colocá-lo no provador para você.

— Obrigada. — Willa começou a segui-la.

— Espere, ela quer tentar este vestido, também. — Lily foi


para o manequim e estava tocando o material transparente.

— Nós temos outro no fundo. Eu só vou pegá-lo e colocá-lo


no provador também.

— Não se preocupe; ele não vai caber. — Willa tentou


impedir as mulheres, mas foi inútil.

— Não se preocupe; nós temos ele em um tamanho maior.

Willa não conseguia pensar em outra desculpa, se achando


no provador com a porta fechada e os dois vestidos pendurados no
gancho.

Ela tentou o curto primeiro. Era exatamente o que ela estava


procurando. Não era caro, e ela planejava dar na loja da igreja após
seu noivado com Lucky terminar.

Quando ela saiu, andando na frente da cadeira de Lily e


Beth, as duas mulheres lhe deram sorrisos de incentivo.

— É muito bonito.

Beth assentiu com o comentário de sua irmã. — É perfeito


para um casamento no cartório.

— Sim, é, — Lily concordou infeliz. — Você vai pelo


menos tentar o outro vestido?
— Eu não deveria. — Willa hesitou, vendo a decepção em
suas expressões. Suspirando, Willa cedeu a eles. — Eu vou
experimentá-lo.

Seus rostos ficaram com expectativa quando Willa voltou


para o vestiário.

— Essa é realmente, realmente uma má ideia.

— Você disse algo? — A vendedora perguntou do lado de


fora da porta.

— Eu disse que sairei em um minuto.

— Não tenha pressa. Se você precisar de alguma ajuda, me


avise.

— Você pode me tirar daqui? — Willa orou em silêncio,


pegando o vestido do cabide e cuidadosamente deslizando-a sobre a
cabeça.

Ele deslizou muito mais fácil do que ela esperava. Willa se


virou para o espelho, com a respiração presa na garganta.

— Isso não é justo.

A porta do provador se abriu e fechou quando a vendedora


entrou.

— Vamos mostrar a suas amigas. — Ela deu a mão de Willa


um aperto firme, levando-a para o outro espaço.

Lily e Beth ambas piscaram para conter as lágrimas


emocionadas.

— É isso! — Beth pulou, abraçando-a.


Willa se olhou no espelho quando um véu foi colocado sobre
a cabeça.

— Quanto custa? — Willa perguntou baixo.

— Mil e quinhentos.

— É muito caro. Me desculpe, eu ter feito você perder o seu


tempo.

Lily ficou de pé, impedindo-a de sair. — É o meu presente e


de Beth para você. Willa, o vestido foi feito para você. — Lily a
beijou na bochecha, abraçando-a apertado.

— Eu não posso aceitar.

— Oh, sim, você pode. — Lily a parou. — Você deu a nós e


ao clube bolos e doces suficientes para pagar pelo vestido. Por favor,
Willa, nós duas queremos que você tenha algo especial. Você merece
um dia lindo.

— É demais. — Willa sacudiu a cabeça.

— Eu tenho uma ideia. Se você não se sentir confortável


vestindo esse no tribunal, você compra outro vestido branco para
vestir. E depois, usa este na recepção na igreja. — Lily falou.

— Nós não teremos um não como resposta. Estamos


comprando o vestido, e você pode usar qualquer um deles que você
desejar no sábado. — Beth fez um gesto para a vendedora que estava
exuberante por vender dois vestidos.

Willa permaneceu parada enquanto ela ajustava o vestido,


em seguida, voltou para o provador para colocar suas roupas
novamente. Ela deveria sair e dizer não as mulheres, então ir para
casa.

Willa voltou para frente da loja com toda a intenção de


seguir com sua decisão, mas encontrou Lily e Beth ambas esperando
na porta da frente.

— Temos que nos apressar, ou você vai perder o seu horário


com Sex Piston.

Beth e Lily ambas saíram.

Willa as pegou em sua van. — Um horário?

— Você não se lembra? Sex Piston marcou um horário para


fazer o seu cabelo no salão dela durante a sua festa de despedida.

— Eu não me lembro disso. Eu vou ligar e cancelar. Eu disse


a Evie que sairia por uma hora. Eu não posso deixá-la como babá
enquanto eu faço o meu cabelo.

— Ela já sabe. — Lily abriu a porta da van, subindo, e Beth


se sentou no banco do passageiro.

— Isso vai ser ruim, — Willa murmurou, subindo atrás do


volante.

— O que você disse? — Os olhos curiosos de Beth a


olharam quando ela ligou a van.

— Isto vai ser divertido.

Lucky desligou o celular. Se Train ligasse para ele mais uma


vez, ele iria de carro até Ohio e chutaria a bunda dele. Shade havia
vencido a aposta, e nenhum dos outros irmãos queria sair da cidade.
Ele também não tinha falado com Willa sobre o clube, para cumprir o
seu próprio lado da aposta. Ele precisava dizer a ela antes que Sissy
falasse; deixá-la sem a informação, faria Willa vulnerável.

Ele digitou o número de Willa, e levou vários toques antes


de atender.

— Olá?

— Precisamos conversar. Você está fazendo algo hoje à


noite?

— Estou ocupada hoje à noite. Que tal amanhã? Podemos


nos encontrar na minha casa. Leanne e Charlie vão estar na escola, e
as meninas estarão tirando uma soneca.

— Vejo você então.

— Tudo bem.

Lucky desligou, já temendo a reunião. Willa era inocente


demais para entender o lado sexual do clube. Pior ainda, ela ficaria
enojada e com raiva que Sissy tinha descoberto. Era uma coisa boa
que o noivado não era de verdade, porque ele tinha a sensação que ela
jogaria esse barato anel idiota nele.

Quando seu celular tocou novamente, ele prometeu a si


mesmo, que se fosse Train novamente, ele trocaria a porra do seu
número. Olhando para o identificador de chamadas, viu que era Knox.

— Que foi, irmão?

— Eu tenho algumas boas notícias. Um dos investigadores


encontrou o parente das crianças, e ele está vindo do Texas. Eu vou
esperar o seu avião em Lexington de manhã. Estaremos em Treepoint
ao meio-dia.

— Ele está disposto a levar as crianças?

— Sim, ele é dono de uma fazenda e tem uma governanta.


Eu o investiguei, e o estado também vai, antes de lhe dar a custódia
das crianças, mas não vejo nenhum problema. Ele é um caçador de
recompensas que trabalha em seu rancho até que seja chamado para
fazer um trabalho. Ele disse que terá alguns meses livres antes de
voltar a trabalhar. Ele está acostumado a capturar criminosos em fuga
e tem o pessoal que trabalha em seu rancho, então ele não acha que as
crianças lhe darão qualquer problema. Sua bunda está fora da reta.

— Willa vai sentir muito. Ela se apegou a eles.

— Eu concordo. Você quer dizer a ela antes de eu trazê-lo


para conhecê-los?

— Vou me encontrar com ela amanhã à uma hora. Me dê


uma hora para contar para ela.

— Faça isso. E você? Ainda vai manter a sua aposta com


Shade?

— Sim, eu fiz a aposta, e eu vou cumpri-la. Além disso, eu


não confio em Sissy. Ela vai encontrar uma maneira de magoar Willa.

— Vejo você em torno das duas.

Lucky baixou o celular antes de ser tentado a quebrá-lo


como ele fez com o último. Ele se sentou na cadeira, esperando sentir
alívio porque o noivado seria rompido, e a consciência de Willa
estaria livre de cuidar das crianças.
Em vez disso, ele estava sofrendo muito e isso era tudo o que
ele podia fazer para não descobrir onde Willa estava e ir atrás dela,
para achar o motel mais próximo, e lhe mostrar exatamente como se
sentia sobre ela. Ele enterrou a cabeça entre as mãos, quebrando num
suor frio. Ele não podia ouvir seu coração e permitir que Willa fosse
ferida.

Ele iria falar com Willa amanhã. Ele também gostaria de


verificar o parente. Isso devia levar alguns dias, e então ele poderia
finalmente dizer a Train que ele poderia voltar para casa logo que
encontrasse um novo pastor para assumir.

Todo mundo ficaria mais feliz a longo prazo - todos, menos


ele.
Capítulo 17

— Você chegou cedo, — Willa afirmou, abrindo a porta com


a batida de Lucky. Sua mão foi para a cabeça de Ria quando o cão se
sentou ao lado dela.

— Eu queria acabar com isso. — Lucky disse friamente.

Seu sorriso caiu quando viu o olhar sombrio no rosto, e ela


abriu mais a porta para ele entrar. Ele entrou na sala de estar, em
seguida, esperou para ela se juntar a ele, mas seus passos foram lentos.
Ela podia imaginar que o que ele falaria a ela era ruim.

Ontem tinha sido um dos melhores dias de sua vida, se


perdendo com Beth e Lily, fingindo por um curto período de tempo
que Lucky se casaria com ela, e a ajudaria a ficar com as crianças e,
estivesse apaixonado por ela. Milagres acontecem todos os dias, então
isso poderia acontecer, ela disse a si mesma enquanto Sex Piston
trabalhava em seu cabelo.

— Cadela, quem fazia o seu cabelo?

— Eu frequento dois diferentes salões de beleza, e eu mesma


experimentei algumas cores algumas vezes, — Willa se desculpou,
afastando o cabelo de seu rosto.

Sex Piston passou as mãos em seu cabelo longo,


examinando-o criticamente.

— Você pode concertar isso?


— Eu posso tentar. Eu sou boa, mas esse vai ter que ser
cortado. Está com o comprimento todo diferente você não corta ele há
muito tempo.

— Cortar é bom, — Willa disse miseravelmente, sabendo


que ela sempre o matinha em um coque na maioria das vezes, de
qualquer maneira.

— Vamos ver o que posso fazer. Que cor você estava


tentando?

— Eu queria loiro, mas me sugava e era difícil mantê-lo.


Meu marrom é chato.

— Eu vou lhe dar a mistura dos dois. Isso ficará quente


quando eu terminar.

Willa estava descrente, mas Sex Piston chegou tão perto do


quente quanto ela pode. Sua nova confiança estava se afundando
rápido sob o olhar de Lucky.

— Você cortou o seu cabelo?

— Uma parte. Sex Piston o cortou em camadas para mim. —


Ela não precisava ficar constantemente tirando ele de seu rosto.

Lucky não comentou se ele gostou, como um noivo normal


comentaria. Claro, não havia nada entre eles, então por que ele deveria
ter consideração com os seus sentimentos?

— O que você quer conversar? — Willa perguntou,


começando a pensar que ele não gostou do seu cabelo.

Lucky limpou a garganta antes de se sentar em seu sofá.


Willa se sentiu indelicada por não oferecer para ele se sentar
imediatamente. Sua mãe criticaria a sua falta de modos, como ela
criticava a maioria das coisas que ela fazia.

— Você gostaria de algo para beber? Uma xícara de café?

— Café seria bom.

Willa entrou na cozinha com Ria seguindo atrás dela. Ela


serviu o café de Lucky, e então, voltou para a sala, colocando-o sobre
a mesa de café na frente dele. Então se sentou no sofá com Ria
sentada ao lado de seus joelhos, e Willa distraidamente esfregava as
costas tensas do cão.

— Knox me disse que encontrou um cão.

— As crianças se apaixonaram por ela. Leanne não está se


sentindo bem. Eu acho que ela pode ser alérgica. Vai ser difícil se
tivermos que desistir dela.

— Nós?

— Eu me apeguei a ela. É difícil não ficar apegada desde


que ela me segue por toda parte. Eu comecei a deixá-la vir na van
quando eu faço as entregas. Ela se senta no banco da frente. Eu nunca
pensei em ter um cão...

— Knox encontrou o tio das crianças. Seu nome é Travis


Russell, o segundo marido de sua mãe o adotou e deu a Clay o nome
dele.

A mão de Willa continuava acariciando o cão apesar do


choque da bomba que Lucky tinha acabado de jogar nela.

As crianças seriam tiradas dela. Ela sabia, no fundo, que o


parente deles seria encontrado mais cedo ou mais tarde, mas ela
esperava que fosse depois que as crianças estivessem criadas e na
faculdade. Ela tinha dito a si mesma para não se apegar, mas cada dia
que passava a fazia amá-los mais.

— Quando ele estará aqui?

Lucky olhou para o relógio. — Em quarenta e cinco minutos.

— Ele não vai simplesmente levá-los, vai? Chrissy e


Caroline terão medo. Charlie e Leanne terão, também. Eles vão fingir
que não estão como medo, mas eles estarão.

— A transição será gradual. Travis tirou dois meses para as


crianças ficarem confortáveis com ele. Knox o investigou, e o estado
também vai, antes de dar a ele a custódia.

— E Sissy? — Willa não tinha visto a menina desde que ela


foi viver com Knox e Diamond.

— Sissy fará dezoito anos em poucos meses, mas acredito


que ela vai querer ficar com Tyler no Texas com sua irmã e primos.
Se ela não quiser viver com eles, ela pode decidir viver nas
proximidades.

— Tyler, é do Texas? — Lucky acenou com a cabeça.

— Texas vai ser bom para Sissy. — Willa mordeu o lábio,


decidindo que ela esperaria até hoje à noite para chorar. — Não há
razão para o nosso noivado continuar. Você deve estar aliviado.

— Deixe-me saber quanto custou o vestido que você


comprou ontem, e eu vou lhe dar o seu dinheiro de volta.

— Não foi caro. Eu não preciso que você pague o vestido.


— Se é isso que você quer. — Willa podia ver que ele
queria continuar discutindo sobre o vestido, mas decidiu não
pressioná-la a aceitar o dinheiro dele.

Depois que Willa tirou o anel de diamante, entregando a


Lucky, ele o colocou no bolso do terno. Parecia quase um negócio a
forma como ele estava falando com ela, enquanto seu coração estava
sendo rasgado naquele segundo. Willa desejava que ele fosse embora.
Seria mais fácil colocar uma fachada na frente de Knox e Travis
Russell.

— Willa, apesar do fim do nosso noivado, eu sinto que há


algo que eu preciso te dizer.

O que mais havia para ser explicado além do fato que ela
estava perdendo as crianças e Lucky? Que ele jogaria em sua cara
mais uma vez que ele sabia que ela estava secretamente apaixonada
por ele e ele não sentia o mesmo? Willa não achava que ela era forte o
suficiente para manter a compostura, se ele lhe mostrasse qualquer
piedade. Em seguida, outro medo a atingiu.

— Será que Knox encontrou o dono de Ria? — Ela perderia


a única coisa que tinha sido deixado para ela amar?

— Não, eu não estava falando sobre o cão. — Seus lábios


apertaram. — Eu quero te dizer a verdade sobre a noite em que Sissy
fugiu.

Ela olhou para ele surpresa. — A verdade?

— Ela estava no Rose, mas Mick não a encontrou em seu


carro. Encontrou-a escondida em um dos quartos dos fundos. Jenna a
deixou entrar pela porta do fundo e serviu sua cerveja. Mick é um
amigo, e nós não queríamos que ele perdesse a sua licença.

O dono do bar frequentava a igreja, e Willa tinha sentado


com ele várias vezes. Mick era um bom homem. Ela não podia
imaginar que ele teria intencionalmente servido um menor.

— Eu não vou dizer nada. Eu gosto de Mick.

— Não é com você que eu estou preocupado que fale; e sim


a Sissy.

Willa franziu a testa. — Se ela não disse nada até agora, por
que ela ainda diria alguma coisa?

— Para magoar você. Ela não vai abrir a boca para as


autoridades sobre o álcool, mas ela te odeia.

Willa estremeceu. — Ela me disse isso várias vezes, então


como ela pode me machucar agora? Eu não tenho mais a sua custódia.

— Ao te falar sobre o que Jenna disse a ela e o que ela ouviu


da conversa dos irmãos aquela noite. — Lucky começou a tocar a sua
mão, mas recuou, enfiando as mãos nos bolsos. — Willa, os Last
Riders permitem que as mulheres se tornem membros.

— Lily, Beth, Winter, Evie, Jewell, Bliss, e as outras


mulheres são todas membros, eu sei.

— Você sabe como elas se tornam membros?

— Não. Existe um processo?

— Sim existe. Nosso clube é diferente. Há oito membros


originais que formam o clube Last Riders e decidiram deixar as
mulheres participarem. Usamos votos para tomar a nossa decisão, se
elas se encaixam em nosso clube, e há três maneiras diferentes para
ganhar os votos. — Lucky fez uma pausa, sua expressão cautelosa,
enquanto esperava a reação dela. — As mulheres fazem sexo com seis
dos oito para se tornar membros. Cada um dos seis, conta como um
voto. Elas não têm que fazer sexo. Se os homens gozarem assistindo
ela transando, conta como um voto. A terceira maneira é ganhar
marcadores dos membros originais. Cada marcador conta como um
voto.

Willa tentou compreender o que ele estava contando para


ela. Quando ela repetiu suas palavras em sua mente, ela começou a rir.
Se inclinando, Willa escondeu o rosto na pele escura de Ria.

— Willa? — A mão de Lucky tocou seu ombro. Ela levantou


a cabeça, empurrando-se longe de seu toque.

— Quem são os oito membros originais? — Ela sufocou o


riso, esperando a sua resposta.

— Nós não divulgamos essa informação para os não


membros, mas Sissy descobriu então eu vou te dizer. Razer, Viper,
Knox, Shade, Rider, Train, Cash, e eu. O irmão de Viper foi um, mas
ele morreu. Nós recentemente votamos em Crash ter direito a voto.

— Jenna disse isso para Sissy? — Willa queria gritar com


Lucky. Felizmente, suas emoções estavam ficando dormentes.

— Sim. Jenna sabia por que ela tinha tentado se tornar um


membro, mas ela não conseguiu votos suficientes.

— Ela teve seu voto, não foi?


Lucky não afastou o olhar dela. — Sim.

Willa conteve o riso histérico que ameaçou disparar


novamente.

— Tem mais.

Willa levantou a mão. — Por favor, não. — Lucky a


ignorou, continuando. Willa queria cobrir seus ouvidos; em vez disso,
ela escutou Lucky que terminou de rasgar o véu de seus olhos,
expondo o seu e os segredos do clube.

— O clube tem festas nas noites de sexta-feira. A melhor


maneira de descrevê-los é que elas são festas de sexo, onde todos têm
sexo e são assistidos pelos outros. Moon e Rider foram para Rose e
Sissy os ouviu conversando sobre me assistirem fazendo sexo com
Raci, Story, e Ember. Eles também estavam discutindo como eu uso
facas nas mulheres.

Willa empalideceu. — Você as corta?

— Eu sou um mestre no jogo de faca. Eu não corto. Eu uso


as facas para estimular as mulheres, e para não prejudicá-las.

Willa não conseguiu conter o riso por mais tempo, caindo


para trás contra o sofá. — Meu Deus. Eu estava com tanto ciúme de
Beth e Jenna quando eu não estava competindo apenas contra uma
mulher, mas dezenas.

— Você estava com ciúmes de Beth e Jenna? Não havia


nenhum motivo para você ter...

— Você está absolutamente certo. Você deixou claro que


você não está atraído por mim. O nosso falso noivado não me deu
nenhum direito. Você tem sido abertamente honesto sobre seus
sentimentos por mim. Eu fui a única a me apaixonar por você, e não o
contrário.

— Não. — Lucky tentou tocá-la novamente, mas ela se


levantou, se afastando de seu toque.

Ria se moveu para ficar ao lado dela, e um grunhido de


advertência fez Willa olhar para o cão. No entanto, o comando forte
que veio da Lucky fez o cão se sentar novamente, relaxando contra
ela.

— O que você fez?

— Eu disse a ela para se sentar. Ria é um cão de proteção.


Eu comprei para que você estivesse protegida quando ficamos noivos.
Willa tenho inimigos. Eu sou um...

— Quanto ela custou? Eu te pago por ela. — Willa o


contornou, indo para a mesa da entrada para pegar o talão de cheques.

— Eu não quero a porra do seu dinheiro. Eu a comprei para


que você estivesse protegida.

— Eu não preciso de sua proteção; eu posso cuidar de mim


mesma. Quanto? — Willa praticamente gritava com ele.

— Vinte mil.

Um gemido a fez apertar o seu talão de cheques. — Você


pagou vinte mil dólares por um cão?

— Ria é altamente treinada. Colt me deu um desconto


porque servirmos juntos.
— Estou surpresa que ele não seja um membro dos Last
Riders. Talvez você devesse tê-lo deixado entrar então ele lhe daria
um desconto melhor.— Willa olhou fixamente para o talão de
cheques.

— Eu não quero o dinheiro, e o cão é seu. Quero explicar


por que...

Willa colocou o talão de cheques em cima da mesa. —


Lucky, eu tive mais explicações do que eu posso suportar em um dia.
Eu não posso lhe devolver o cachorro imediatamente; as crianças vão
querer se despedir...

— Eu não vou tirar a porra do cão. — Ele andou na direção


dela, mas ouviu uma batida na porta, assustando os dois.

— Isso deve ser Knox e o Sr Russell. Eu gostaria que você


saísse. Eu não preciso de sua ajuda.

— Eu irei. Eu sei que você está chateada, e eu não quero


deixá-la pior se eu ficar.

Willa se virou para atender a porta. Sua mão estava na


maçaneta quando Lucky a deteve.

— Eu não vou aceitar Ria de volta.

— Não é sua decisão. Desta vez, é a minha escolha que


importa. — Willa tinha se apegado ao cão, mas será que ela realmente
desejava o lembrete constante que Lucky tinha lhe dado Ria a cada
vez que olhasse para ela? Qualquer escolha que ela fizesse, ela estaria
preocupada, pois seria doloroso, afinal, seria muito difícil ver Lucky
pela cidade. Quem pagaria vinte mil dólares num cão? Obviamente,
um homem que não sabia o que era um bom negócio quando esse o
mordia na bunda.

Willa olhou para o cão, esperançosa. — Será que você o


morderia na bunda se eu pedisse?
Capítulo 18

Travis Russell era um homem duro e nada como os seus


meios irmãos. Ele sempre foi educado e respeitoso e tratava as
crianças com firmeza, mas de forma justa. Ao longo do último mês e
meio, as meninas mais jovens já tinham se apaixonado por ele, e até
mesmo Leanne e Charlie, embora mais lentos em aceitá-lo, estavam
ficando mais confortáveis na sua presença.

Charlie estava especialmente animado quando descobriu que


seu tio era um perito jogador de videogame. Passavam trinta minutos
por dia jogando, antes de Travis pegar a bola de futebol que havia
comprado para Charlie e o levava com o resto das crianças para o
parque. Ela ficava para trás, lhe dando um tempo sozinhos. Cada dia,
ela os sentiu se afastarem, quando eles começaram a procurar pelo tio
quando acordavam.

Willa tinha após o segundo dia da visita dele, o convidado


para ficar em sua casa. Ele aprendeu sua agenda, e as duas últimas
manhãs, ela tinha acordado para encontrar o café da manhã pronto e
Caroline e Chrissy comendo sua aveia e torradas.

Desde que ele estava na casa dela, Flora deu a permissão


para Sissy retornar até a sua partida em duas semanas. A garota não
estava feliz com isso, mas sua atitude era analisada por Travis, que lhe
dizia para ir para o quarto e, em seguida, a proibia de usar os seus
aparelhos eletrônicos. Da primeira vez, que ela o ofendeu, ele lhe deu
um aviso, dizendo que as damas de sua idade deveriam saber como se
comportar. A segunda vez, Sissy tinha ofendido Willa, e ele tinha
pegado o seu telefone, que estava ao lado dela na mesa da cozinha, e
jogou-o no triturador de lixo. A boca de Sissy se abriu, mas ela passou
a agir de forma cortês, pelo menos na frente de Travis.

Willa empurrou o carrinho pelo corredor do supermercado,


olhando de lado para o caubói magro andando ao lado dela,
empurrando o carrinho de supermercado que se assemelhava a um
caminhão de bombeiros.

As meninas estavam com cinto, se revezando para puxar a


corda para tocar o sino de plástico. Leanne e Charlie tinham
permanecido em casa depois de voltar do almoço com o seu tio. Com
a ajuda de Travis com as crianças, não demorou muito antes de
pagarem e levarem os carrinhos cheios de mantimentos para sua van.
Willa virou a cabeça quando ela reconheceu a caminhonete que havia
entrado e estacionado a alguma distância dela.

Shade, Lucky, e Lily saíram. Não havia nenhum jeito de


evitá-los. Não se incomodaria de não falar com Lucky, mas ela não
conseguia ser rude com Lily e Shade.

— Oi, Lily, Shade.

— Oi, Willa, — Lily respondeu, enquanto Shade lhe deu um


aceno de cabeça.

— Willa.
— Lucky, — ela respondeu o cumprimento sem olhar para
ele.

Os três não se moveram, e Willa foi forçada a apresentar


Travis.

Os olhos de Lily não deixaram o texano alto, que usava jeans


desbotados, botas gastas, uma camiseta e um chapéu de vaqueiro.

— De onde você é?

— Tyler, Texas, senhora. — Os olhos de Lily se


arregalaram.

— Ele é dono de um rancho onde as crianças estão se


mudando em algumas semanas. Ele está ficando comigo e as crianças
até partirem. — Willa explicou.

— Em sua casa?

A pergunta brusca de Lucky fez Travis levantar uma


sobrancelha em sua direção.

— Sim. Dessa forma, ele pode conhecer as crianças melhor,


e não será tão traumático quando eles se forem. — Willa estava com
raiva de si mesma por cuidar para que ele não tivesse a impressão
errada de Travis ficando com ela.

— Você tem cavalos? — Lily perguntou, quebrando o


silêncio tenso.

— Não seria chamado de um rancho se eu não tivesse.

— Nós precisamos nos apressar, Lily. Não queremos deixar


John sozinho por muito tempo com Raci de babá.
— Isso é legal... — Lily foi puxada para longe antes que ela
pudesse terminar a frase. Willa começou a empurrar o carrinho para
frente, mas foi bloqueada por Lucky.

— Se você precisar de alguma ajuda para empacotar as suas


coisas, eu poderia aparecer.

— Não, obrigada. Travis e eu temos tudo sob controle. —


Willa empurrou o carrinho para frente, deixando Lucky decidir se
queria ser atropelado ou sair. Sabiamente, ele saiu do caminho,
entrando na loja.

Travis a ajudou afivelar as meninas em suas cadeirinhas, e


depois, carregando as compras para a van antes de abrir a porta do
passageiro para ela, em seguida, subiu no lado do motorista. Quando
ele saía do estacionamento, Willa viu Lucky olhando pela janela da
mercearia.

— Ele é um antigo namorado?

— Não, — Willa engasgou.

— Quer que eu volte e o acerte para você?

Willa teve que pensar nisso por um minuto, em seguida,


decidiu que a boa garota cristã não podia ver Lucky se machucar.

— Você acha que seria tão fácil? — Ela brincou.

— Madame, eu persigo criminosos para ganhar a vida, então


ele seria um pedaço de bolo. Sem trocadilhos.

Willa riu, grata que ele estava ficando por perto por um
tempo. Ele era uma boa companhia, e enquanto ela ainda sentia falta
de Lucky, pelo menos, Travis a impedia de ficar deprimida durante
todo o dia. No momento em que Travis saísse, ela provavelmente não
sentiria mais falta de Lucky. Inconscientemente, ela cruzou os dedos
no colo.

Willa colocava o bolo cuidadosamente na caixa, assim que a


campainha tocou. Fechando a caixa, ela correu para a porta.

— Oi, Douglas. Vamos entre.

— O bolo está pronto? Eu posso voltar mais tarde se não


estiver.

— Acabei de terminar. — Willa fechou a porta, apontando


para a cozinha. — Como estão Angus e Myrtle esta tarde?

— Eles estão tão animados. Eu disse a Myrtle para tomar


uma pílula extra para a pressão e dei a Angus uma cerveja. Sua filha
está visitando e trazendo seus filhos, e os deixou animados. Myrtle
disse obrigada por encaixá-la num curto prazo.

— Eles irão mantê-lo ocupado?

— Myrtle sempre encontra algo para me manter ocupado. —


Douglas era o faz tudo do casal mais velho, e ele mantinha um olho
sobre eles desde que todos os seus filhos viviam fora da cidade.

Willa apontou para a caixa rosa sobre o balcão. — Você


gostaria de uma xícara de café antes de ir? — Ela não lhe deu tempo
para responder, indo para o balcão para colocar uma xícara.

— Eu realmente não tenho tempo.


Willa se virou para olhar por cima do ombro enquanto
Douglas foi para o seu bolso traseiro.

— Sem nenhum custo. É meu presente para eles.

— Eles me deram o dinheiro... — Mais uma vez, ele


estendeu a mão para seu bolso traseiro.

— Então você pode devolvê-lo. — Ela lhe deu um sorriso


inconscientemente triste. — Tem certeza que você não pode ficar para
o café? Eu poderia ter a sua companhia.

Douglas abriu a boca para dizer algo, mas foi interrompido


por um arranhão na porta traseira.

— Desculpe-me. — Willa abriu a porta dos fundos,


deixando Ria entrar.

O cão farejou o ar e começou a rosnar.

— Parada, — Ria se sentou em suas patas, sem tirar os olhos


dela.

— Você acabou de falar com ela? — Os olhos de Douglas


estreitaram sobre o cão.

— Sim. Ela não é inteligente? — Ele olhou para o cão com


cautela, se sentando em seu balcão. — Eu vou tomar o café.

— Eu estou contente. — Willa colocou o café na frente dele.

— Quando você arranjou um cão? Você não tinha um da


última vez que eu estiver aqui e peguei o bolo de aniversário de Angus
e Myrtle.
— Eu só a tenho por algumas semanas. — Willa se serviu de
uma xícara de café, então foi para o lado oposto do balcão, de frente
para Douglas.

— Bonito cachorro, — afirmou, tomando um gole de café.


As lágrimas nublaram sua visão, mas Willa piscou para se livrar delas.

— Você está bem? — O homem se sentou abismado quando


ela explodiu em lágrimas.

— Eu sinto muito. Eu não tive a intenção de começar a


chorar. Eu tenho que devolver Ria para Lucky, e as minhas crianças
vão jantar hoje à noite com o seu tio. — Willa começou a chorar ainda
mais. — Eles realmente gostam dele.

— Isso não é uma coisa boa? — Ele colocou o copo no


balcão.

— É. — Willa assentiu com a cabeça, chorando mais. — Eu


quero que eles gostem dele, mas eu não quero perdê-los, também. Ele
vai levá-los de volta para Tyler, Texas com ele na próxima semana.
Pensei que demoraria mais tempo, talvez seis meses. — Willa limpou
as lágrimas de suas bochechas.

— Onde eles estão agora? — Douglas olhou ao redor da


cozinha, como se esperasse que alguém fosse resgatá-lo.

— Travis, o tio deles, levou Caroline e Chrissy para o


parque. — As lágrimas começaram novamente. — Eu tentei fazê-lo
ficar aqui com eles e brincar, mas ele pensou que seria uma boa ideia
passar algum tempo sozinho com eles.
— Aposto que ele pensou, — Douglas murmurou. — O seu
casamento próximo vai lhe dar alguma coisa... — Seu copo de café
parou a meio caminho de sua boca quando um soluço escapou da boca
de Willa. Ela balançou o seu dedo anelar vazio na frente de seu rosto.

— Eu não estou mais noiva.

— Sinto muito por ouvir isso.

— Não sinta. Ele é um idiota… — Willa começou a soluçar,


enquanto tirava uma toalha de papel do rolo. Então, ela limpou o
rosto, finalmente, recuperando o fôlego.

Vendo a expressão em seu rosto, ela começou a rir.

— Eu sinto muito, Douglas. Não era minha intenção


desmoronar em sua frente. Aqui. — Willa se virou para o lado de seu
balcão, facilmente arrumando uma caixa de bolo e colocando um bolo
dentro. — Espero que isso compense por todo o choro. — Ela lhe deu
um sorriso doce que o fez parar enquanto se levantava.

— Depende do sabor dele...

— Marshmallow. — Willa colocou a caixa menor sobre o


maior.

— Isso vai servir. — Ele levantou as caixas, indo para a


porta da frente. — Vejo você por aí, Willa, e você pode dizer ao seu
ex-noivo que para mim ele é um idiota.

Ela sorriu para ele. Então, antes que ela pudesse mudar de
ideia, deu um breve beijo em sua bochecha. — Obrigada. Eu precisava
disso.
Deu-lhe um olhar atordoado antes de sorrir de volta. — Eu
também.
Capítulo 19

A hora de Travis e as crianças partirem chegou muito mais


cedo do que Willa previu. Eles estavam carregando as malas das
crianças na van, quando Curt Dawkins chegava à casa de Jenna, que
agora era dele depois que a venda foi concluída há uma semana. Ele
não olhou em sua direção enquanto entrava em sua nova casa.

— Tenha cuidado com ele, — Travis alertou. — Eu não


gosto da maneira como ele olha para você quando você está em seu
quintal.

— Eu sei exatamente o tipo de homem que Curt é, e estou


tão distante dele quanto posso.

Willa subiu na van, tentando não chorar na viagem até o


aeroporto. Seria muito doloroso deixar as crianças irem, mas no
fundo, Willa reconheceu que as crianças seriam mais felizes. Eles
podiam deixar Treepoint para trás e todas as fofocas que teriam que
enfrentar sobre seus pais. Com eles indo, talvez Geórgia e Lewis se
tornassem uma parte do passado.

— Você acha que nunca vai voltar para Treepoint? — Willa


simplesmente perguntou.

— Duvido. Eu estaria disposto a enviar para você uma


passagem de avião a qualquer momento que você queira nos visitar.

Sua franqueza era dura, mas ela preferia tê-la no lugar de


promessas que não seriam mantidos.
— Eu posso aceitar isso.

— Espero que sim. Se você vier, tente convencer Lily a vir


com você. Diga a ela que eu vou ensiná-la a montar um cavalo.

— Eu não posso. — Willa apoiou a cabeça no encosto de


cabeça. — Eu não quero deixar as crianças órfãs de novo.

Lucky entrou no restaurante lotado. Olhando as mesas, viu


Viper e Shade sentados em uma no fundo. Ele caminhou até eles, se
sentando à mesa em frente à Shade.

— Você está atrasado.

A boca de Lucky apertou na impaciência de Shade. — Qual


é a pressa? Lily ainda está loja da igreja.

— Tivemos de deixar John com Raci.

— O que há de errado com isso?

— A última vez que eu a deixei de babá, ela perdeu a


chupeta e o cobertor dele. Estou preocupado que ela vai perder o meu
filho.

Ele acenou para a garçonete que estava longe. — O que você


precisa? — Ele olhou para Viper.

— Estou mandando Moon de volta para Ohio. E trazendo


Train de volta ou vou matar o filho da puta.
— Estou à procura de alguém para tomar o meu lugar na
igreja, mas ninguém está interessado. Está levando mais tempo do que
eu esperava.

— Se você não fosse tão exigente, isso teria sido feito e você
já teria ficado livre. Por que porra está demorando tanto?

— Eu não sei. Poderia ser o fato que há apenas um pouco


mais de cem frequentadores na igreja ou o fato que o salário de pastor
que podemos oferecer é uma merda. Ou poderia ser porque o único
shopping está a três horas de distância, — Lucky disse
sarcasticamente.

— Por que um pastor faria questão de um shopping? —


Viper perguntou.

— Não faz, mas geralmente a sua esposa faz. Eu vou fazer


mais algumas chamadas quando eu voltar para a igreja, agendar mais
outros.

— As mulheres estão sentindo falta de ter você por perto,


ainda mais sem o Train.

— Eu sinto falta do clube, também.

— Como seu voto de castidade está indo? — Shade zombou.

— Cale-se, Shade.

— Você poderia fugir para o clube de vez em quando.


Ninguém saberia.

— Eu saberia. — Lucky disse. Enquanto ele fosse o pastor


da igreja, ele não quebraria a promessa que havia feito quando voltou
à igreja para ajudar Willa.
— Eu sempre fui curioso sobre uma coisa. — Shade se
inclinou sobre a mesa. — Será que o seu voto significa nenhum
trabalho a mão? — O riso do bastardo foi a última gota.

Lucky saiu de sua cadeira e Viper se levantou, empurrando-o


de volta para baixo.

— Pare com isso, Shade.

Shade deu de ombros. — Ele está muito sensível. Devem ser


as bolas azuis dele.

Lucky deu a Shade um sorriso doce. — Lily fez o meu


almoço hoje.

Os olhos azuis de Shade se escureceram e o seu ar


descontraído desapareceu.

— Lucky... — Viper avisou.

— Ela até mesmo colocou açúcar extra no meu café, do jeito


que eu gosto.

A cadeira de Lucky caiu para trás quando ele fugiu antes que
Shade pudesse socá-lo, quase derrubando Knox que chegava no
restaurante.

— Que porra é essa?

— Desculpe Knox. Fico feliz em ver você, irmão. — Ele


bateu nas costas de Knox, em seguida, colocou o braço sobre o ombro
do irmão, o que não era fácil. Lucky deu a Shade um sorriso de
comedor de merda, enquanto ele se levantava com Viper tentando
segurá-lo de volta.
— Um dia desses, você vai me empurrar longe demais, e eu
vou pegar a sua bunda antes que você fuja.

— Não vai acontecer, — Lucky se gabava, sua expressão


ficando séria quando ele viu Willa parando no estacionamento da
igreja e atravessando a rua em direção a ele com Ria seguindo ao seu
lado.

A expressão no rosto de Willa era neutra, mas a dor em seus


olhos o fez endurecer, o braço saindo do ombro de Knox.

— Eu estava prestes a entrar na igreja quando eu te vi. —


Lucky permaneceu em silêncio.

— Olá Willa, — os outros três homens a cumprimentaram.


Ela assentiu em sua direção.

— Será que o avião de Travis e das crianças decolou bem?


— Knox perguntou.

O rosto de Willa quebrou em uma máscara cheia de dor. —


Sim, obrigada. Eu acabei de voltar. — Sua mão levando a coleira de
Ria para Lucky. — Aqui.

Lucky se recusou a pegar a coleira da mão dela. — Ela é o


seu cão. — Willa deixou cair a corrente. — Eu te disse que não era
sua escolha. Fique Ria. — Uma lágrima solitária deslizou pelo seu
rosto quando ela começou a atravessar a rua.

Lucky começou a ir atrás dela, mas Shade o puxou. — Ela


vai voltar. Espere.

Lucky prendeu a respiração quando Willa subiu na calçada


do outro lado da estrada. Quando ela chegou a sua van, sua mão
estava na maçaneta da porta antes dela se virar, voltando em direção a
eles.

— Eu disse que eu conhecia Willa, — Shade disse


suavemente, largando o seu braço.

Ela tinha acabado de sair da calçada, afastando as lágrimas,


quando o som de um motor alto ressoou pelo ar. Todo mundo
congelou exceto Ria quando o caminhão de reboque de Lyle passava
voando pela rua.

Lucky e Shade começaram a correr, mas ele sabia que não


seriam capazes de chegar a Willa a tempo. Willa gritou de medo
quando o caminhão de reboque foi direto para ela.

— Willa! — Lucky gritava em agonia, tentando


desesperadamente chegar a tempo.

Ria corria pela rua em suas quatro patas, facilmente se


afastando dos homens, correndo para salvar Willa.

Willa gritou o comando para o cão parar, mas Ria continuou


correndo, pulando, ela jogou Willa para trás na calçada. O caminhão
de reboque atingiu o corajoso cão antes de bater no poste fazendo-o
parar deixando de funcionar.

— Deus, por favor, deixe-a ficar bem... Por favor... — Lucky


não tinha conhecimento da agonia das orações que saíam de seus
lábios enquanto ele e Shade correram para o outro lado do caminhão
de reboque. Ver Willa no chão levou vinte anos de sua vida quando
ele caiu de joelhos ao lado dela.
Lyle começou a se mover dentro do caminhão, tentando abrir
a porta do caminhão.

— Não se mova, Lyle! — Viper gritou em vão. A porta se


abriu e o bêbado da cidade caiu no chão.

— Vá cuidar dele, antes que eu decida matá-lo eu mesmo. —


Lucky ordenou a Shade.

Os olhos assustados de Willa se abriram, olhando para os


dele.

— Lyle está bem? — Ela perguntou com voz trêmula.

— Por enquanto. — Lucky disse entre dentes ajudando Willa


a se levantar.

— Ria! — Willa gritou, tentando se aproximar do cão que


estava preso debaixo do caminhão de reboque.

Ele a pegou, se afastando o mais rápido que podia. — Não


olhe, eu tenho você.

Willa passou os braços firmemente em torno de seu pescoço,


gritando o nome de Ria. Seus gritos histéricos trouxeram lágrimas aos
seus próprios olhos, vendo que o cão não podia ser ajudado.

Sirenes encheram o ar quando a ambulância chegou. Lucky


ignorou o pandemônio, levando Willa para dentro da igreja enquanto
ela soluçava, cada um deles tendo suas almas chicoteadas.

Ele falou suavemente com ela enquanto caminhavam pela


igreja, levando-a para a parte que era a sua casa. Lucky a deitou na
cama e depois se deitou ao lado dela, puxando-a em seus braços. Ele a
balançava enquanto ela chorava, as mãos passando pelo corpo dela
para acalmá-la enquanto a verificava para se certificar que estava bem.

— Shh... Você vai ficar doente, — Lucky sussurrou.

— Ria... Está morta?

Ele sabia que Willa já sabia a resposta, mas quando você


amava alguma coisa, qualquer chance valia a pena à dor da resposta.

— Sim, Willa, ela se foi. Eu sinto muito, bebê.

Ela se deitou ao seu lado, chorando, até que gradualmente se


acalmou, adormecendo. Lucky continuou a segurá-la enquanto olhava
para o teto.

Algumas escolhas na vida você fazia para si mesmo, e


algumas escolhas eram feitas para você. Vendo Willa quase morta
numa fração de segundos antes que Ria a tivesse salvado o ajudou a
finalmente fazer a escolha que esteve lutando desde o dia em que ele
tinha olhado para baixo do púlpito e visto Willa.

Naquele dia, a luz do sol tinha feito um halo sobre ela, e ele
tinha imaginado por um momento que um dos anjos das pinturas nas
paredes havia se tornado real e estava sentado a poucos passos de
distância. Embora tenha desviado o olhar quando seu tímido olhar
capturou o seu Lucky sentiu como se sua alma estivesse chamando a
dele, tentando capturar sua alma, sem palavras.

— Obrigado. — Lucky fechou os olhos, agradecendo pela


vida salva e pela alma que tinha retornado dos mortos.
Capítulo 20

Willa piscou os olhos inchados quando acordou, encontrando


a mão de Lucky em sua bochecha, seu polegar acariciando a pele
suave.

— Você está bem?

Ela assentiu com a cabeça contra a mão antes de se sentar no


colchão, olhando ao redor da sala.

— Onde estou? — Sua garganta estava crua.

— Meu quarto. — Ele se sentou ao lado da cama.

Ela virou seus olhos para o lado enquanto ele se levantava e


se espreguiçava. Ele olhou por cima do ombro. Ele tinha tirado o
paletó e vestia apenas a calça e camisa branca. Ele desabotoou os
botões de cima, expondo um vislumbre de sua pele. Na base da sua
garganta tinha uma tatuagem que ela não conseguia decifrar.

Ela deslizou sobre a cama. — Eu preciso ir para casa.

Ele deslizou seus pés em seus sapatos antes de estender a


mão para ela. — Eu vou levá-la.

Willa deslizou a mão na dele, e ele a ajudou a se levantar.


Firmando enquanto ela calçava seus sapatos. Em seguida, ela o seguiu
pelo quarto, corredor, e pela porta que dava para rua.

Ela se afastou quando ele abriu a porta. Ele colocou o braço


em seu ombro, puxando-a para perto de seu corpo.
— A destruição foi limpa. — Ele disse, deixando as palavras
de forma silenciosamente lhe dizer que o corpo de Ria foi removido.

— Onde ela está...? — A voz de Willa se quebrou, mas ela


conseguiu evitar derramar mais lágrimas. Seu coração dolorido se
sentia como se não tivesse mais nada para dar.

— Knox enterrou no cemitério da família de Cash.

Willa gostava do pensamento que o seu cão não estava só.


Ela olhou o sol no céu. — Que horas são? — A voz dela quebrou
apesar de seus melhores esforços.

— É de manhã. Você dormiu a noite toda. Você quer ir para


o restaurante e tomar café da manhã?

— Não. — O pensamento de comida fez seu estômago


revirar. Lucky a levou para seu SUV.

— Eu posso levar a minha van. — Willa protestou quando


Lucky abriu a porta do passageiro.

— Entre. Vou providenciar para a sua van estar em sua casa


na hora do almoço.

Ela se sentou, deixando-o fechar a porta. Quando Lucky


subiu atrás do volante e dirigia para a rua principal, Willa fechou os
olhos com força.

Sua mão pegou a dela dando um aperto. — Estamos


passando pelo local.— Sua voz baixa lhe deu a coragem de abrir os
olhos.

— Eu vi Lily e Rachel na loja da igreja ontem antes do... —


A boca de Lucky se apertou. — Elas ouviram o estrondo.
Graças a Deus, Rachel estava lá. Ela não deixou Lily passar da porta.
Rachel teve que empurrá-la de volta. Ela disse que não viu nada.

— Estou feliz. Eu não gostaria que Lily e Rachel tivessem


que reviver isso em suas mentes.

Lucky entrou em sua garagem, levando a Suv até parar. —


Como você está?

— Eu continuo vendo Ria, ela salvou minha vida. — Ela


estava errada; ela tinha mais lágrimas para sair. Quando outra
encontrou o seu caminho descendo por sua bochecha, Lucky a limpou
com um sorriso terno.

— Sim ela salvou.

— Você acha que ela sabia que eu estava voltando para ela?
— A voz de Willa quebrou.

— Sim eu acho.

— O que eu digo as crianças quando ligarem e perguntar por


ela?

— Diga a eles que ela encontrou uma casa melhor.

Willa concordou que seria mais gentil se não contasse a eles.


Além disso, o cão acabaria sendo esquecido de suas memórias quando
eles fizessem novas.

— Ela foi o único cão que eu tive.

— Eu posso conseguir outro... — Willa veementemente


negou com a cabeça. — Eu não vou querer outro nunca mais. Ela não
pode ser substituída. — Lucky olhou para ela com um olhar que ela
não entendia. — Não, ela não pode.

Willa não achou que ele estava falando mais de Ria.


Respirando fundo, ela estendeu a mão para a maçaneta da porta.

— Willa? — Ela se virou para ele. — Você quer sair comigo


esta noite? Nós podemos jantar no King.

O coração de Willa deu uma cambalhota antes dela se


obrigar a se acalmar. — Eu vou ficar bem, Lucky. Eu não preciso que
você me leve para jantar para me fazer sentir melhor.

— Ria não é o motivo pelo qual eu estou lhe pedindo para


sair. Eu quero sair como um casal normal.

— Eu não sei…

— Willa, você quase morreu ontem, e não havia


malditamente nada que eu pudesse fazer para impedir isso. Por favor,
me dê uma chance. Isso é tudo que estou pedindo agora. Você pode
fazer isso?

— Eu posso fazer isso, — ela disse suavemente, incapaz de


resistir à sua súplica rouca.

— Bom. Eu vou buscá-la às seis.

— Ok. — Willa saiu da SUV, então, viu quando ele se


afastava até que virou a esquina de volta para a igreja.

Ela pode estar cometendo um erro ao sair com Lucky, mas


ela parou de fugir. Desta vez, ela ficaria parada e veria o que ia
acontecer.
Lucky atravessou a frente do clube. Ele tinha ligado para
Viper depois que ele deixou Willa para pedir uma reunião no clube, e
agora os membros estavam esperando por ele na cozinha lotada.

Viper estava de pé na área da TV com os outros seis


membros originais quando Lucky andou até eles, parando, ele enfiou a
mão no bolso da calça, tirando dois conjuntos de chaves de moto,
entregando um conjunto para o seu presidente.

— Lucky ... — Os olhos de Viper foram para a sua mão.

— Minhas cores estão no alforje.

— Irmão, não.

— Eu não posso ser um irmão e ter Willa também. Eu a


amo, Viper. Eu sempre amei. — Os membros do clube estavam em
silêncio, ouvindo cada palavra.

— Isso não tem que ser assim. Você pode ter ambos, —
Shade falou.

— Sim. Para que possa ter Willa, tem que ser.

Lucky ouviu as mulheres no fundo chorando.

— Eu não dou à mínima se você veste nossas cores ou não;


você será sempre um irmão. Eu te amo, cara. — Viper pegou as
chaves dele, então o puxou para um abraço apertado antes de liberá-lo.
Os outros irmãos se aglomeraram ao redor dele, cada um dando as
suas despedidas. No entanto, Shade ficou parado com os braços
cruzados em seu peito.

Lucky deu a Rider o segundo conjunto de chaves quando


chegou a vez dele, mas o homem se recusou de primeira a aceitá-la de
volta.

— Nós dois sabemos que eu menti desde o começo. Eu


nunca deixaria Moon tê-la.

— Irmão, o único que não sabia era você.

Lucky bateu no ombro de Train. — Que bom que você está


de volta. As mulheres estavam tendo um tempo difícil sem você.

Os olhos escuros de Train guardavam emoções que o ex-Seal


nunca revelaria. Eles estavam juntos desde o serviço militar, e seu
vínculo duraria até a morte. — Não será o mesmo sem você.

Lucky assentiu, em seguida, bateu no ombro Knox de,


sorrindo para o irmão vestindo o uniforme da polícia. — Eu nunca
vou me acostumar a vê-lo nesses trajes.

— Eu estou me acostumando com isso. Você tem que pedir


emprestado um dos uniformes dos policiais por um tempo. Deixa
Diamond mais excitada do que o inferno.

Lucky riu. — Vou manter isso em mente.

Cash e Razer ambos lhe deram sorrisos forçados antes de


quase quebrar as suas costelas com seus abraços. Quando ele
conseguiu se afastar dos seus apertos, ele se virou para as mulheres,
dando a cada uma, breves abraços. Lucky foi até a porta, onde ele
parou e olhou para Shade, que não fez nenhum movimento para lhe
dizer adeus.

— Lucky, eu lhe disse que você não conhece nada sobre


Willa.

Ele parou, se virando para Shade. — Isso é o que eu


realmente tenho que descobrir. É o que eu quero também.

— Sim?

— Sim, — Lucky disse a verdade.

— Você tem certeza?

— Tenho certeza.

— E quanto a Bridge?

— Eu vou lidar com ele. Você fez a sua promessa, e eu


espero que você a cumpra. — Lucky lembrou ao executor.

— Eu fiz essa promessa a um irmão.


Capítulo 21

— Eu não vou nadar. — Willa olhou para a frente com


rebeldia.

— Sim você vai. Está quente como o inferno hoje, e o local


onde eu vou levar você é particular.

— Só porque eu estou te vendo por três meses, isso não


significa que eu tenho que ouvi-lo.

Até Lucky me ver nua, eu não estou dando-lhe quaisquer


direitos sobre mim, Willa pensou consigo mesma.

Ela lançou um rápido olhar para o seu perfil duro enquanto


dirigia. A coisa mais íntima que tinham feito durante o tempo que
passaram juntos, era o beijo que ele dava em seus lábios quando
estava saindo. Era respeitoso e casto, mas também era muito
frustrante. Sua mãe e seu pai teriam ficado felizes com o seu
comportamento cortês. Ela, nem tanto, desde que não conseguia
descobrir se era porque ele gostava dela ou se era porque ele não
estava atraído por ela.

Ela não tinha quaisquer outras experiências com namoro


para compará-lo, de modo que ela muitas vezes dissecava seus
encontros durante horas depois dele ter saído enquanto ela estava
deitada em sua cama solitária. Eles se viam quase todos os dias,
gastando horas na companhia um do outro. Eles iam para caminhadas
e assistiam televisão, mas durante todo o tempo que passaram juntos,
ele nunca tentou levar o seu relacionamento para um nível mais
íntimo.

Algumas vezes, ela até tentou provocá-lo, embora tivesse


vergonha de admitir isso. Ela separava os lábios quando ele a beijava,
mas ele recuava. Certa vez, ela foi descarada ao ponto de se sentar ao
lado dele no sofá perto o suficiente para que o lado de seu peito
passasse em seu braço. Ela esperava que ele virasse e lhe desse um
beijo apaixonado. No entanto, ele apenas se afastou de modo que ele
não fosse tocado por ela.

Ela começou a pensar que ele estava indo para clube dos
Last Riders para ver as mulheres lá, mas ele não estava. Ela sabia
disso porque Lily e Beth, a quem ela via na loja da igreja quando ela
passava por lá, lhe contaram que ele havia deixado o clube. Quando
ela mencionou isso para ele, ele disse que ainda via os homens na
cidade e frequentemente estava com eles no restaurante.

Ela lhe perguntou — Por que você parou de ser um Last


Riders?

E ele respondeu: — Se eu fosse para a sede do clube, você


acreditaria que eu não estaria com nenhuma das mulheres?— Willa
não podia responder sem mentir, então ela tinha ficado quieta.

— É por isso, eu não quero isso na sua cabeça. — Ele pegou


a sua mão. — O clube não é sobre o sexo, Willa. É sobre os irmãos
cobrindo suas costas quando você precisar deles. É por isso que as
pessoas nas forças armadas têm tanta dificuldade em se ajustar quando
saem. Eles são companheiros usados para cobrir a bunda do outro o
tempo todo. Nós estamos solitários, e nós respeitamos a privacidade
do outro quando precisamos dela, mas é bom ser capaz de andar em
uma sala e estar rodeado por amigos apenas sentados ao redor,
atirando merda, bebendo uma cerveja.

— Eu não quero que você desista disso por minha causa. —


Willa protestava.

— Eu não desisto disso só por você. Eu os deixei pela igreja


também. Você vê os paroquianos me deixando ser pastor, enquanto
pertenço aos Last Riders?

— Mas todos sabem que você viveu lá quando você desistiu


da igreja.

— Isso foi diferente. Eles gostam de perdoar um pecador


reformado, desde que o pecador não volte para o erro.

Willa se perguntava se Lucky sabia que a sua declaração


comparava os Last Riders a um vício.

Como um viciado, Lucky estava tentando ficar longe da pior


parte do seu vício - O clube. Era o que os unia e os completava.
Criaram laços entre eles que seriam difíceis de quebrar. Mas, no
entanto, Lucky parecia estar feliz com a sua escolha, e Willa não
queria continuar insistindo sobre a sua decisão se foi realmente o que
ele queria.

Ele ainda passava um tempo com eles, e quando ela via-os


pela cidade, todos eles eram amigáveis, perguntando como ela estava
indo, depois que as crianças se foram. Durante as férias, eles tinham
feito uma grande festa no restaurante de King para celebrar, dizendo
que era muito mais fácil de cozinhar e cabia todo mundo lá dentro. No
entanto, Willa achava que era porque não queriam deixar Lucky de
fora.

Willa piscou para conter as lágrimas, virando a cabeça para


olhar para o lado de fora da janela, para a paisagem que passava,
tentando sacudir os pensamentos de sua cabeça.

— O que você está pensando?

Willa reuniu a compostura antes de virar para ele. — Eu só


estava pensando que é um lindo dia.

Lucky estacionou sua SUV na terra particular perto do lago.


Saindo, ele tirou a cesta de piquenique que ela tinha colocado no
banco de trás antes de abrir a porta.

— Você vai se sentar aí durante todo o dia? — Seu bom


humor estava começando a irritar seus nervos.

— Eu estou pensando sobre isso. — Ela tinha vergonha de


falar que ela não queria que ele a visse em seu maiô.

— Enquanto você pensa sobre isso, eu vou nadar.

Lucky colocou a cesta sobre a mesa de piquenique antes de


tirar sua camiseta, já vestido com a sua sunga. Ele entrou na água fria
até que estava profundo o suficiente para mergulhar. Quando ele
emergiu, balançou a cabelo do seu rosto.

— Que tipo de pastor maluco tem tatuagens? — Ela disse


para si mesma quando descia da SUV, tentada a ligar chaves que ele
havia deixado na ignição e deixar a sua bunda no lago. Ela quase riu
para si mesma, imaginando a expressão dele se o fizesse.
Ela se sentou na mesa de piquenique, pegando uma garrafa
de água do cesto. Ela começou a ficar com calor, desejando que a
mesa estivesse na sombra. Era só abril, mas um feitiço quente tinha
caído sobre Kentucky, e a temperatura estava alcançando os trinta e
dois graus.

Olhando para a água, ela viu Lucky flutuando


preguiçosamente com o rosto virado para o céu.

— Eu espero que o nariz dele fique queimado. — Ela passou


uma garrafa inteira de protetor solar em si mesma antes dele pegar.
Ela viu as tatuagens em seu ombro e costas quando ele começou a
nadar. Maldito seja ele, será que ela nunca vai ser capaz de vê-las de
perto? Era sempre um vislumbre aqui ou ali. Ele a pegava olhando
para elas e levantava uma sobrancelha, e ela desviava o olhar
rapidamente, mas o idiota sabia que ela estava olhando.

— Eu estou derretendo. — Willa tirava a umidade de sua


testa. Olhando para a água, ela estava determinada a dizer a Lucky que
ela teve o suficiente, só para perceber que o seu corpo desapareceu.
Willa se levantou, seus olhos procurando no lago. Quando ela não o
viu, ela gritou.

— Lucky?

Willa não ouviu um som. Ficando mais assustada, ela


começou a se aproximar da água.

— LUCKY?

O silêncio a deixou ainda mais assustada. Ela começou a


correr para a água, procurando freneticamente por ele, indo cada vez
mais fundo. Quanto tempo demora para alguém se afogar? Ele teria
chamado se ele tivesse uma cãibra? Ele poderia ter batido com a
cabeça quando mergulhou?

Uma mão pegou o seu tornozelo, puxando-a sob a água antes


de soltá-la. Willa engasgou quando ela emergiu, vendo o olhar
malicioso no rosto de Lucky.

— Seu idiota! — Ela socava seu peito com os punhos. —


Você me assustou até a morte! Eu pensei que tinha se afogado! —
Furiosa, ela colocou as mãos sobre a cabeça dele, empurrando-o de
volta para baixo. Se o idiota queria fingir se afogar, ela malditamente
o ajudaria.

Braços rodearam sua cintura, levantando-a para o ar antes de


jogá-la para trás. Seu grito foi interrompido quando a boca se encheu
de água. Ela emergiu, cuspindo água, seus olhos se estreitaram com
determinação.

Suas mãos agarraram seus ombros, e ela usou todo o seu


peso para afundá-lo no fundo do lago. O corpo de Lucky enroscou
com o dela, sua boca encontrando a dela em um beijo apaixonado, não
se importando se ela se afogasse. Finalmente, ele a puxou para a
superfície, liberando sua boca.

— Você está tentando me matar? — Ela gaguejou.

— Eu estou tentando fazer você se divertir.

Willa atirou seu cabelo molhado do rosto. — Você


seriamente achou que isso é divertido? O nosso próximo encontro será
no consultório do dentista?
Willa não conseguiu evitar se juntar ao riso dele, quando a
puxou para mais perto dele. Suas mãos foram até a cintura, puxando a
grande camiseta que ela tinha colocado sobre seu maiô.

— O que você está fazendo? — Ela tentou se afastar, mas foi


incapaz antes de observar sua camiseta boiando para longe.

— Tirando essa jangada.

— Você está insultando a minha roupa?

— Apenas essa camiseta. Isso é feio como a merda. — Willa


não tinha imaginado que a camiseta amarela brilhante fosse tão ruim.
Ela tinha encontrado na prateleira de uma loja sofisticada. Ela nem
acreditou em sua sorte quando ela encontrou uma de seu tamanho.
Bem, pode ter sido um pouco grande demais, pensou ela, vendo-a
flutuar.

— Você não vai buscá-la para mim?

— De jeito nenhum. Basta pensar em quantas vidas isso vai


salvar. — Lucky respondeu com um sorriso.

— É uma coisa boa que eu sou uma boa cristã, ou eu faria


você buscá-la, — ela disse, não gostando do brilho fixo em seus olhos
quando ele se aproximou. — Não se atreva.

Quando suas mãos foram até a cintura, puxando seus shorts,


ela gritou em frustração.

— Eu vou chutar sua bunda, e eu sou grande o suficiente


para fazer isso. — Ela ameaçou em vão, viu seus shorts pretos
flutuando segundos depois.
Sua risada foi interrompida quando ela jogou água em seu
rosto. Antes que ele pudesse reagir, ela começou a nadar para a
margem.

— Eu verei a sua bunda quando você sair da água, — Lucky


gritou de volta. Ela desistiu de nadar.

— Maldito. — Seu punho bateu na água com raiva,


pulverizando-a em seu rosto.

Os braços de Lucky rodearam a sua cintura por trás,


pressionando seu peito contra suas costas. Sua mão pressionou contra
a sua barriga. Em seguida, ela o sentiu curvar em torno da saliência
que várias horas na esteira não a livraria, deixando-a constrangida.

Ela sentiu os seus lábios explorando o lado de seu pescoço


quando ele pressionou ainda mais perto de seu traseiro, e suas mãos
apertaram os pulsos deles, tentando afastá-los.

— Sereia... Você é tão bonita.

Fracamente, sua cabeça caiu para trás contra seu ombro,


imaginando quem a queimava mais – O sol ou Lucky. Ambos a
queimariam viva e deixariam a sua marca se ela não se afastasse de
seu toque.

— Lucky…

As pontas de seus dedos deslizaram sob a banda de seu maiô,


não se se afastando. A pequena intimidade a fez tremer na água rasa
quando ele a arrastou de volta para a parte mais profunda do lago
antes de se virar para encará-lo. Sua mão deslizou por suas costas, as
pontas dos dedos roçando na parte de baixo do seu bumbum.
Suas unhas cavaram a pele de seu ombro. — Eu não posso...

— Shh... Sereia confie em mim. — Seus lábios tomaram os


dela delicadamente, deixando-a definir o ritmo do primeiro beijo que
tinham compartilhado desde a noite de sua festa de despedida.

A paz do lago a fazia sentir como se fossem as únicas duas


pessoas que existiam quando ela abriu os lábios, deixando-o explorar
sua boca deslizando a língua. Traçou seu lábio inferior, mordendo-o
suavemente, e um gemido soou de dentro de seu peito.

— Eu machuquei você?

— Sereia, a única coisa que dói é o quanto eu quero você.

— Por que você me chama de sereia?

— Porque a sua alma chama a minha.

— O que isso quer dizer? — Willa brincou.

— Ela diz, eu te amo. — Revelando que ele estava mais do


que ciente que ela estava apaixonada por ele.

Quando seu rosto ficou sério, ela começou a se afastar de seu


olhar atento.

— A minha alma chama a sua, também, — ele continuou.

— Ela chama? — Lucky acenou.

— O que ela diz? — Willa sussurrou, sua respiração presa


em sua garganta.

— Ela diz, eu também te amo.

— Lucky... — Ela não sabia como responder a sua admissão,


com muito medo de acreditar que ele realmente a amava. Dúvida
começou a elevar sua cabeça, fazendo-a acreditar que ele não poderia
amá-la... Uma mulher tão diferente das outras mulheres que tinha
estado.

— Não, sereia. Eu sei exatamente o que minha alma está me


dizendo. Meu estômago, também.

— O que o seu estômago está dizendo?

— Alimente-me.

— Nisso, eu acredito. — Willa riu quando Lucky nadou para


fora da água.

Ela parou o seu caminho, vendo as tatuagens que cobriam


todas as suas costas até os pés. Ela engoliu a seco quando ele se
abaixou para pegar sua camiseta, deslizando-a sobre sua cabeça.

— Droga. — Ela tinha perdido outra oportunidade para


conseguir um bom olhar para as tatuagens do peito.

Lucky puxou o colar de cruz debaixo de sua camiseta. — O


que você disse?

— Eu estou com fome também. — Willa se consolou com o


fato que não era tecnicamente uma mentira quando saía da água, então
se lembrou que as suas roupas tinham desaparecido.

Ela pegou uma das toalhas que tinha trazido, para se secar.
Quando ela estava se cobrindo, Lucky a parou.

— Deixe o ar secar você. Venha e me ajude a levar a mesa


para a sombra.
Willa colocou a toalha sobre o banco antes de pegar uma das
extremidades da mesa enquanto Lucky pegava o outro lado. Quando
eles colocaram para baixo, ela notou que se encaixava em quatro
marcas perfeitas de terra seca.

— Será que ela normalmente ficava aqui?

Ele se sentou no banco, puxando um sanduíche da cesta. —


Sim.

— Então como foi parar na água?

— Eu não tenho ideia, — ele disse. Dando uma grande


mordida no sanduíche.

— Seus dedos estão cruzados? — Willa perguntou,


desconfiada, olhando para os dedos.

— Não, — ele disse, descruzando-os. Willa se sentou no


banco em frente a ele, pegando um sanduíche para si. Ela deu uma
mordida, mastigando pensativamente enquanto Lucky demoliu o seu e
então pegou outro.

— O que você está pensando tanto?

— Eu estava pensando se Deus considera como uma mentira


se você cruzar os dedos. Vou adicionar isso à minha lista.

Lucky parou de mastigar. — Que lista?

— Eu tenho uma lista de perguntas que eu vou fazer a Ele


um dia. Como, se mais mulheres ou homens vão para o céu? Será que
ele realmente ama todas as criaturas que Ele criou? Eu não acho que
eu poderia amar um morcego. Você poderia?
— Não, eu não acho que eu poderia. — Lucky admitiu, seus
lábios se contraindo. — Quais outras você vai fazer?

— Quem é o pior pecador na história? Quem é o pior


pecador em nossa igreja?

— Eu posso responder a esses dois.

— Ok, quem?

— Shade é o pior pecador na história. Eu sou o pior em


nossa igreja. — Lucky tentou fazer uma piada de sua resposta, mas
seus olhos castanhos guardavam uma dor que Willa desejava saber,
quando ela olhava para o colar de cruz em torno de sua pele
bronzeada.

— Eu não acredito nisso.

— Acredite. — Lucky pôs as mãos sobre a mesa de


piquenique. — Desde que eu era uma criança, eu sempre quis ser um
pastor. Gostava de ver o meu pai atrás do púlpito e sabia que era onde
eu pertencia. Eu me tornei um pastor na juventude, então, me tornei
um pastor da igreja de meu pai quando eu tinha dezenove anos. Eu
acreditava que passaria o resto da minha vida ali naquela pequena
cidade. Eu até tive uma namorada da escola que eu pretendia propor
casamento quando fosse o momento certo.

Willa não interrompeu, imaginando-o como um jovem, com


todos os seus sonhos se tornando realidade.

— Uma noite, após o sermão, eu estava arrumando as bíblias


que tinham sido deixadas sobre os bancos. No início, eu pensei que a
voz que ouvi era de um paroquiano que tinha voltado. Não era. Ouvi a
voz tão claramente como se Ele estivesse de pé ao meu lado.

— O que ele disse?

— Ele disse: 'Há mais.' — Lucky olhou para suas mãos. —


Eu estava sendo chamado. Um mês depois, entrei para o serviço.
Então eu terminei a minha licenciatura antes de ser enviado para fora.
Levou uma semana antes de perceber que eu não sabia nada sobre a
vida. Eu dava voltas, tentando salvar tantas almas quanto eu podia
antes que os inimigos as levassem, mas perdi mais do que salvei,
inclusive a minha. Eu disse a eles que poderíamos sair de lá, ir para
casa. Eles colocaram sua fé em mim, e eu os decepcionei.

— Não.

— Eu decepcionei Willa. Eu voltei no avião com seus corpos


e informei as famílias, vendo seus corações quebrarem, e sabia que
eles nunca mais seriam os mesmos.

— Eu casei Knox e Sunshine. Eu ainda os vejo juntos


naquele dia. Knox estava tão feliz e Sunshine parecia muito bonita.
Uma semana depois, eu estava dizendo a Knox que ela se foi. — Uma
lágrima escorreu pelo seu rosto. — Eu nunca vou esquecer o rosto
dele. Knox é tão grande como uma montanha, e ele caiu de joelhos,
chorando. Depois disso, eu não podia mais fazer isso.

— Assumi a formação de Seal, deixei o pastor para trás.


Embora não perdesse minha fé Nele; eu perdi a fé em mim mesmo. Eu
tive que aprender uma forma diferente - Tirar vidas em vez de salvá-
las. Comecei a desfrutar da adrenalina quando estávamos em combate.
Desta forma, eu estava fazendo a diferença. Eu estava salvando os
irmãos que eu servia junto, dando-lhes a chance de ter outro dia.
Tornei-me próximo a Bridge. Tínhamos participado do treinamento
juntos, passamos férias juntos. Eu conheci sua família. Todos da
minha foram embora, mas ele me acolheu e me tornou um dos seus.
Quando seu irmão mais novo se alistou, Bridge ligou e me pediu para
tomar conta dele, e eu jurei que faria. Eu fiz uma promessa que eu não
pude cumprir. Eu prometi que o levaria para casa, mas ele morreu na
sua segunda semana lá.

— Você não pode se culpar.

— Sim eu posso. Deixei-o para trás.

— Você tinha que ter uma razão.

— A razão não importa. Ele está morto, e Bridge quer dar o


troco.

— O troco?

— Ele quer me ver perdendo algo que eu amo, para sentir o


mesmo que ele está sentindo.

— É por isso que você comprou Ria quando nós fingimos


estar noivos?

— Sim. Eu queria que você estivesse protegida quando eu


não pudesse estar com você. É por isso que eu só saí com mulheres
que seriam capazes de seguir em frente, quando Bridge se cansasse de
esperar que eu me apaixonasse. Ele não sabe que eu achei o que eu
estava procurando. Descobri isso quando você quase morreu, quando
Ria deu a vida pela sua.

— O que você encontrou?


— Eu encontrei minha casa. Você era o que eu estava
procurando o tempo todo. Eu não queria que você se machucasse por
minha causa, mas você quase morreu. Nenhum de nós sabe quanto
tempo temos nesta terra. — Lucky se levantou, se sentando ao lado
dela, de costas para a mesa. Pegando a cesta de piquenique, ele tirou
uma caixa de anel.

— Eu te amo, Willa. Você quer se casar comigo?

— Estou sonhando? Eu tenho medo, que se eu disser sim, eu


vá acordar.

Lucky abriu a caixa do anel, lhe mostrando o grande


diamante rosa com ouro, que ela tinha se apaixonado meses atrás. Os
pequenos diamantes brilhavam para ela em uma explosão de cores
quando ele deslizava o anel em seu dedo, fechando a mão em torno
dela.

— Não. Isto é tão real quanto possível. — Ele a beijou com


uma paixão que era capaz de convencê-la que seu corpo não estava
dormindo.

— Eu acho que este é o meu dia de sorte, — ela brincou.

Ele fez uma careta para o trocadilho, olhando para o céu azul
brilhante. — Eu tenho outra pergunta para fazer a Deus quando você
for vê-lo.

— Qual?

— Quantas vezes eu já ouvi isso antes.


Capítulo 22

— Vadia, você não acabou de trazer os bolinhos aqui? —


Sex Piston fez uma pausa enquanto secava uma linda loira de quem
Willa uma vez teria sentido inveja, enquanto colocava uma caixa rosa
brilhante na recepção de Sex Piston.

— É impressão minha ou essa caixa fica um tom mais


brilhante de rosa toda vez que vejo uma? — Killyama perguntou,
abrindo a caixa para pegar um dos bolinhos.

— Eu continuo testando a cor. Eu pensei que as meninas


poderiam ter um mimo enquanto Sex Piston faz o meu cabelo. —
Willa sorriu.

Killyama olhou para a caixa enquanto ela comia o seu


bolinho. — Você escolheu esse tom de rosa intencionalmente? Rosa é
rosa, cadela.

O comentário não feriu os seus sentimentos. Ela sabia que


tinha um pouco de TOC com suas caixas. Ela buscava um tom
perfeito de rosa; então, ela pedia uma cor diferente toda vez que ela
encomendava as caixas.

— Sabe quantos tons de rosa existem? É difícil escolher


apenas um.

— Minha bunda não precisa de outro bolinho! — Crazy


Bitch lamentava quando mexia no cabelo de uma mulher.

Willa riu. — Eu digo isso o tempo todo.


— Dê-me cinco minutos, e eu estarei com você. — Sex
Piston disse a ela.

— Leve o seu tempo. — Willa começou a se sentar, quase


tropeçando quando viu Sissy varrendo o chão. A menina parou para
olhar para ela.

— O que você está fazendo aqui? Achei que você tivesse ido
com Travis. — Willa começou a dar à menina um abraço, mas parou
quando viu a reação no seu rosto.

Killyama pegou uma cadeira que estava perto de onde Sissy


estava varrendo.

— Eu fiz dezoito anos. Eu posso fazer o que diabos eu quero


agora.

— Ela apareceu aqui na semana passada, pedindo para


trabalhar aqui, então eu a contratei para fazer algumas tarefas. — Sex
Piston franziu a testa para a menina.

Willa tinha visto muitos exemplos de bondade de Sex Piston


para não ficar surpresa. Ela cuidava de suas cadelas motoqueiras como
uma irmã, e, como resultado, ela deve ter percebido, como Willa, que
Sissy estava chorando silenciosamente por ajuda. Sissy não aceitaria
dela, mas ela aceitaria de Sex Piston.

— E quanto a Leanne e seus primos; você não sente falta


deles?

— Senhorita toda esquentadinha e narizes esnobes? Não, eu


não. — Sissy começou a varrer novamente.
Willa mordeu o lábio. Ela deveria ignorar a menina e se
sentar, mas Willa não conseguia parar a necessidade dentro dela para
se aproxima de alguma forma da garota.

— Eu sinto falta deles o tempo todo. Caroline e Chrissy


estão ficando maiores a cada dia. Leanne tem uma queda por um
trabalhador braçal... — Sissy riu dela, se inclinando sobre a vassoura.

— Você realmente acha que vai me enganar? Você pode


enganar todas elas, — ela acenou com a mão para as mulheres do
salão, — mas eu sei o tipo de mulher que você é realmente. Você é
uma assassina e uma vagabunda! — A jovem cuspiu nela. Quando
Willa engasgou com o ódio no rosto de Sissy, Killyama saltou para
ficar na frente de Willa, mas ela a contornou.

— Eu rogo todos os dias por ter sido responsável por tirar a


vida de seu tio, mas eu não sou uma vagabunda, — Willa disse com
firmeza.

— Eu vi as mensagens de texto que você mandava. Meu tio


me deixava como babá quando ele saía para encontrá-la em um hotel.
— Willa sacudiu a cabeça. — Eu nunca me encontrei com seu tio em
um hotel nenhuma vez.

— Você está mentindo!

— Porque eu mentiria? Se eu estivesse dormindo com


alguém, eu não me importaria que soubessem. Isso não deixaria uma
mulher em encrenca.

— Você quer manter sua imagem na cidade.


— Que imagem? — Willa deu uma gargalhada sarcástica. —
Eu era ridicularizada na escola. Eu nunca tive um encontro até Lucky
me pedir para sair há alguns meses. Eu nunca tive amigas até Lily,
Beth, e Rachel sentirem pena o suficiente para me incluir. As pessoas
nunca sequer falavam comigo na igreja a menos que quisesse que eu
cozinhasse alguma coisa.

— Lewis estava apaixonado por você!

— Lewis queria que eu fosse sua babá, e ele queria o


dinheiro que meu negócio rendia. — Willa suspirou. — Você quer a
verdade, Sissy, mas a coisa sobre a verdade é que ela pode ser girada
para a vantagem de alguém. Eu não sei dessas mensagens de texto que
você leu, mas elas não eram minhas. Eu nunca mandei uma mensagem
para Lewis. — Willa fez uma pausa, em seguida, admitiu. — Eu o
odiava. Eu estava com tanto medo dele que eu comprei a arma para
me proteger. Ele conseguiu quase me estuprar, e se um cliente não
tivesse aparecido para pegar um bolo, ele teria conseguido.

— Não!

Willa olhou com simpatia. — Se você não acredita em mim,


pergunte a Angus Berry. Não sei como ele conseguiu isso, mas ele
fez. Eu estava tão envergonhada e com medo de Lewis que eu pedi-
lhe para não contar a ninguém. Eu comprei uma arma no dia seguinte.

— Por que Lewis mentiria para mim? — A dúvida estava


começando a se mostrar nos olhos de Sissy.

— Eu não sei. Talvez ele quisesse esconder que ele estava


realmente tendo um caso secreto. Apenas Lewis sabe a resposta para
essa pergunta.
— E ele está morto.

— Isso, eu assumo a responsabilidade. Eu não sei se eu seria


capaz de puxar o gatilho para me salvar, mas eu não podia deixá-lo
matar Rachel.

— Minha mãe odiava você.

— Sim, ela odiava, desde o momento em que estávamos na


escola.

— Por quê?

Willa desviou o olhar de Sissy. Ela nunca tinha admitido a


uma alma viva o motivo de Georgia odiá-la tanto, mas ela se lembrava
como se tivesse acontecido ontem.

— Nós estávamos juntas na sala de aula no segundo horário,


e era Dia dos namorados. Eu tinha ficado na noite anterior para fazer
uma caixa para o dia dos namorados. Estava muito bonita. — Willa
disse modestamente. — A professora me colocou ao lado da Geórgia,
e as crianças na turma não eram muito boas. Eles zombaram dela. —
Willa piscou para conter as lágrimas com a crueldade das outras
crianças. — Quando voltamos do almoço, minha caixa estava jogada
em pedaços. A professora tentou culpar Geórgia, mas eu disse que eu
tinha feito, que eu queria contar aos meus namorados.

— Será que minha mãe faz isso?

— Eu não sei, — Willa mentiu, cruzando os dedos atrás das


costas. — Mas eu tenho certeza que foi constrangedor para ela, de
qualquer maneira. — Georgia não tinha ficado constrangida; ela tinha
ficado furiosa. Depois da escola, Georgia a havia seguido até a sua
casa e tinha arrancado metade de seu cabelo antes que Drake tivesse
afastado ela.

— Isso não seria uma razão, — Sissy zombou.

— Para Georgia, era. — Willa tinha pensado sobre isso ao


longo dos anos. — Ela sabia que eu tinha medo dela, e isso fez com
que ela se sentisse poderosa. Ela gostava da sensação que eu lhe dava.
É por isso que as pessoas intimidam as outras. — Willa olhou para
Sissy. A jovem ficou vermelha, olhando para o chão.

— Eu estou pronta para você. — Sex Piston disse assim que


a bela loira saiu do salão.

Então Willa caminhou e se sentou na cadeira, Sissy começou


a varrer novamente. Em seguida, Willa sentiu um puxão em seu
cabelo. Sentindo que Sex Piston estava sendo excepcionalmente
áspera, ela olhou para cima, e seus olhos se encontraram em silêncio.
Com o movimento do pulso, Sex Piston suspendeu o top mostrando
uma cicatriz em seu abdômen. Então ela sentiu o dedo de Sex Piston
tocar a careca em seu couro cabeludo, que ela sempre manteve
escondido.

Sex Piston era uma das mulheres mais fortes que Willa
conhecia, e ela estava lhe dizendo que também tinha sido vítima de
bullying. Desde o dia em que Georgia a atacou, ela se sentiu como
uma criança assustada que estava com muito medo de revidar. No
entanto, mesmo nesse instante, um desabrochar de confiança começou
a crescer dentro dela.
— Droga cadela, olhe para aquela rocha em seu dedo! —
Sex Piston agarrou a mão dela, levantando-a para que as outras
mulheres no salão pudessem ver.

— Lucky e eu estamos noivos. — Willa sorriu. Ela não


podia conter toda a alegria que estava sentindo.

— Eu não falo com Lily e Beth, um dia, e eu perco todas as


fofocas, — Sex Piston exagerava.

— Eu pedi para não falar. Eu queria contar a todas vocês


hoje.

— Isso significa que teremos outra festa de despedida? —


Perguntou Crazy Bitch.

— Não porra. A última quase me matou, — Killyama


reclamou.

— Eu estou com Killyama; uma foi mais que suficiente. —


Willa ainda tinha problemas recordando certas partes da noite.

— Eu ouvi que uma nunca era o suficiente para Lucky. — O


sorriso de Willa escorregou com o comentário malicioso de Sissy. —
Para nenhum dos Last Riders, também. Eu não sei por que alguém
escolheria um quando podia ter todos. Viper prometeu, que assim que
eu fizer dezenove anos, eu posso entrar no clube. Não se preocupe,
Willa; eu só preciso de seis dos oito votos.

Willa engasgou, não com o que Sissy disse, mas pela reação
de Killyama.

A mulher se movia como uma tigresa para atacar, tirando a


vassoura de Sissy, e começando a bater na menina com ela.
— Merda! — Crazy Bitch correu em direção à Killyama,
mas ela não podia se aproximar muito porque a vassoura estava se
movendo muito rápido.

Willa tentou se levantar para parar a mulher enlouquecida,


mas Sex Piston empurrou-a de volta na cadeira.

— Sente a sua bunda. Killyama não vai machucá-la muito


seriamente. É apenas uma vassoura plástica.

Willa só poderia sentar e ficar de boca aberta quando


Killyama atingiu a menina várias vezes em seu bumbum e coxas.
Sissy se enrolou em uma bola no chão, com as mãos sobre a cabeça.

— Se eu ver o seu rabo perto dos Last Riders, eu vou


arrancar seus peitos! Você quer um homem, então procure no Texas,
porque é onde eu estou te levando quando eu terminar. Se eu te ver em
Treepoint ou Jamestown de novo, eu vou fodidamente garantir que o
único homem que vai querer foder você seja um cego! — Killyama
jogou a vassoura no chão, em seguida, esticou a mão e levantou Sissy
pelos cabelos.

Sissy gritou de dor, as lágrimas escorrendo pelo rosto


enquanto Killyama a jogou na direção de Willa, ao mesmo tempo em
que a porta do salão se abria quando T.A. entrava.

— Diga a Willa que está arrependida, — Killyama ordenou.

— Eu... Eu sinto muito. — Sissy chorava tanto que mal


conseguia falar.

— Está tudo bem...


— Cale a boca, — Killyama rosnou. — Essa cadela devia
beijar sua bunda. Falando sobre narizes esnobes dos bebês quando ela
é uma meleca ingrata. Pare de chorar! Eu levei uma surra pior quando
eu estava na quinta série. — Killyama jogou uma das toalhas da loja
em Sissy. — Leve a sua bunda para o meu carro. Eu estarei lá em um
minuto.

Sissy correu passando por T.A. e saiu pela porta.

— O que eu perdi?

— Killyama bateu a merda fora de Sissy. — Crazy Bitch


disse a ela, estendendo a mão para um bolinho quando sua cliente
praticamente correu porta fora, depois de jogar algum dinheiro na
recepção.

— Oh. — T.A. foi até o balcão, pegando um bolinho


enquanto Killyama foi até a porta.

— É impressão minha ou é esta caixa... — T.A. começou.

— Se decida sobre qual porra de cor de rosa vai usar, —


Killyama disse quando disparava um olhar para Willa.

Willa abriu e fechou a boca. Killyama com raiva era mais


assustadora do que a Geórgia nunca tinha sido.

— Eu acho que esse. Todo mundo percebeu.

— Que tom é? — T.A. perguntou em dúvida.

— Esse é rosa forte.

— Eu escolheria outro, — Sex Piston ofereceu seu próprio


conselho empresarial. — E ela não é a única que precisa se decidir.
Killyama jogou para sua amiga um olhar de raiva antes de
passar pela porta batendo-a atrás dela.

Willa se virou para olhar Sex Piston.

— Não se preocupe com Sissy. Killyama se acalmou. Ela só


está com SST.

— SST?

— Súbita Síndrome de Train. Ela fodidamente enlouquece


quando pensa sobre Train e um clube de mulheres.

— Ela gosta de Train? — Willa perguntou, grata pela


mudança de assunto.

Afinal, Lucky lhe disse que havia desistido de seu patche, o


que Willa entendeu que significava que ele não era mais um Last
Riders. Ele tinha dito a ela que os maridos de todas as suas amigas são
fiéis às suas esposas, e ela estava feliz por elas, mas ela ficaria muito
mais confortável com a vida tranquila que ela imaginou para si mesma
e Lucky.

— Ela odeia o Train, mas isso não a impede de querer ele.

Killyama era o completo oposto de si mesma. Ela era cheia


de confiança. As roupas que ela usava se moldavam em seu corpo,
mas não eram tão provocantes como a de suas amigas. Elas se
encaixavam em cada traço de seu corpo, de modo que, quando ela
andava, era como um gato prestes a saltar em você se você fizesse um
movimento errado.

Willa havia conversado brevemente com Train no casamento


de Winter e no chá de Lily. Sua voz baixa a enviou correndo para seus
amigos. Ele tinha sido educado, mas em seus olhos escuros ela tinha
visto o turbilhão de emoções.

— Ela deve ir para Rider. Ele é muito mais amigável.

— Rider mijaria em si mesmo. Ele tem medo de Killyama.


— Crazy Bitch se jogou na cadeira do salão ao lado dela, comendo um
bolinho.

Sex Piston começou a separar o cabelo Willa pela cor,


levantando as partes enquanto trabalhava.

— Notei da última vez que você não tem suas orelhas


perfuradas. Por quê?

— Eu só nunca quis fazer isso. — Willa levou a mão até a


orelha, mas foi afastada por um golpe de Sex Piston.

— Por que não? — T.A. pressionou.

Willa suspirou. — Eu tenho medo de agulhas.

Todas as três mulheres caíram na gargalhada, e Crazy Bitch


teve que limpar as lágrimas.

— Como você se sente sobre facas?

Willa bateu na porta do escritório de Lucky.

— Entre.

Ela abriu a porta, vendo seu noivo sentado atrás de sua mesa,
trabalhando, ele estava usando um de seus ternos favoritos. A cor
cinza carvão fazia coisas à sua pele que deixava Willa com uma
sensação de calor no estômago.

Seu rosto se abriu num sorriso de boas-vindas quando a viu.

— Eu vejo que o seu compromisso correu bem. Você está


fantástica. — Willa corou com o elogio, parando do outro lado da
mesa. — Obrigada. Você está ocupado?

— Para você? Não.

— Eu queria fazer uma pergunta rápida.

— Em um minuto. — Lucky se recostou na cadeira. —


Venha aqui.

Willa inclinou a cabeça para o lado. — Por quê?

— Porque a minha futura esposa precisa me dar um beijo de


olá.

— Oh. — Willa ficou vermelha enquanto se movia ao redor


da mesa se curvando e beijando Lucky brevemente nos lábios.
Quando ela estava se levantado a mão dele foi para a nuca dela,
segurando-a no lugar.

— Como isso. — Sua voz sedutora fez seu estômago se


apertar com mais força. Então, sua língua se empurrou exigente em
sua boca até que suas mãos seguraram a frente de sua camisa, e ela o
beijou de volta. — Essa é a maneira que eu quero que você me diga
olá.

— Eu posso fazer isso, — Willa sussurrou.


— Bom. Agora, qual é a pergunta que você gostaria de
fazer? — Willa olhou impotente em seus olhos, incapaz de voltar à
razão tão rapidamente quanto ele.

— Você disse que tinha uma pergunta para fazer.

— Oh. — Willa se endireitou, relutantemente, tirando as


mãos dela. — Viper prometeu a Sissy que ela poderia se juntar aos
Last Riders?

— Moon prometeu, não Viper. — Lucky admitiu.

— Você está brincando, certo? Moon prometeu a uma garota


menor de idade que ela poderia se juntar a um clube de sexo?

— Relaxe, Willa. Moon disse que ela tinha que ter dezenove.
— Lucky levantou a mão. — Promessa que Viper não tem nenhuma
intenção de honrar. Você não tem nada para se preocupar. — Lucky
assegurou.

— Eu não? — Willa estava tendo dificuldade de manter a


calma. — Você sabia que Sissy fugiu do Texas? Sex Piston lhe deu
um emprego… Bem, ela tinha dado. Eu acho que ela foi demitida.
Killyama está levando-a de volta.

— Ela está? — Willa assentiu.

Lucky riu. — Nós não teremos que lidar com ela de novo. —
Ela decidiu mudar de assunto antes que ela ficasse irritada com sua
atitude em relação à Sissy. Willa apontou um papel sobre a mesa. —
Você tem vários compromissos hoje.
— Eu agendei aconselhamento com os casais às quartas-
feiras. Pela manhã, eu passo o meu tempo com casais prestes a se
casar. Pela tarde, com os casados.

— Por que não fizemos isso? — Willa perguntou com


interesse.

— Porque seria difícil me aconselhar. — Lucky respondeu


com um sorriso.

Uma vez que a ideia pegou, Willa não queria desistir. —


Que tipo de coisas você aconselha aqueles que estão se casando?

Lucky se recostou na cadeira de couro, balançando-a para


frente e para trás casualmente, com as mãos entrelaçadas sobre o
estômago plano. Willa engoliu a seco. Lucky a fez querer tocá-lo, mas
ela não conseguia trabalhar a sua coragem.

— Eu discuto as expectativas de cada um, as suas finanças,


se eles querem um casamento cristão.

— Nós poderíamos obter aconselhamento do pastor em


Jamestown. Ele é muito legal.

— Sim ele é. Eu me encontrei com ele várias vezes. Eu estou


mais do que disposto, se isso é realmente o que você quer. Vou ligar e
marcar um horário.

Willa sorriu feliz até que as próximas palavras de Lucky a


fizeram repensar em trazer uma terceira pessoa para discutir seu
relacionamento.

— Estou surpreso. Eu pensei que você se recusaria a falar


com alguém. Você normalmente tenta evitar temas pessoais… —
Lucky estava com o telefone na mão, mas Willa colocou a mão sobre
a dele.

— Temas pessoais? — Ela perguntou.

— Sim. Ele vai falar brevemente sobre sexo e...

— Talvez devêssemos esperar.

— Vamos nos casar em duas semanas, — Lucky a lembrou.

— Eu sei disso, — ela retrucou. — Agora que penso nisso,


eu realmente não tenho tempo. Eu tenho várias encomendas
programadas e Beth e Lily ainda não escolheram seus vestidos de
damas de honra. Foi apenas um pensamento, de qualquer maneira.

— Sente-se, Willa. — Quando Lucky apontou para cadeira


perto da janela, ela atravessou a sala e se sentou cautelosamente. —
Talvez fosse melhor se nós apenas tivéssemos uma discussão aberta
entre nós. Será que faria você se sentir mais confortável? — Willa deu
um suspiro aliviado. — Sim.

— Tudo bem. — Lucky se sentou na cadeira em frente a ela,


e Willa olhou para ele com expectativa. — O que você imagina para o
nosso casamento? — Willa tomou um segundo para pensar, sonhos
encheram a sua cabeça dos anos que viriam. — Nos vejo vivendo uma
vida feliz e plena com você sendo pastor e eu ajudando você do jeito
que puder. Talvez tendo... Eu não sei, dois filhos? — Ela olhou para
ele por debaixo dos cílios. Ela realmente queria quatro, mas ela não
queria assustá-lo antes que ela pudesse conseguir um anel em seu
dedo.

Lucky fez uma careta. — Dois?


— Um? — Willa mordeu o lábio. Como ela poderia
convencê-lo a ter quatro, se ele só queria um? Medo dele não querer
nenhum a fez querer mudar de assunto. — Podemos falar sobre isso
mais tarde. Qual é o próximo?

— Devemos discutir isso agora. As crianças são uma parte


importante de um casamento.

— Podemos falar sobre eles mais tarde? — Willa torceu as


mãos nervosamente.

Seu olhar caiu para seu colo. — Certo. Então, devemos falar
sobre finanças. Qual é a sua avaliação de crédito?

— Não tenho certeza.

Seu cenho franzido se aprofundou. — Você não tem certeza?


Você esteve pesquisando propriedades para expandir o seu negócio,
então você deveria estar familiarizada com o saldo de sua conta.

— Eu pensei em verificar isso quando encontrasse um lugar.

Lucky passou a mão pelo cabelo. — Eu posso olhar a suas


finanças...

— Isso não é necessário. Eu tenho um contador.

— Quem? — Lucky perguntou de uma forma que fez Willa


pensar que ele acreditava que ela não era o melhor juiz de caráter.

— Dustin Porter.

Lucky parecia horrorizado. — Você deixou Dustin gerenciar


seus livros? Ele é uma criança.
— Ele tem a minha idade. — Essa escolha de palavras não
pareceu deixá-lo mais feliz.

— Ele não tem sequer um diploma do ensino médio. — A


voz de Lucky tinha aumentado de forma que Willa estava ficando
irritada.

— Sim ele tem. Ele fez pela internet assim como ele tirou o
seu diploma de contabilidade.

— Qual foi a faculdade? Do além? — Lucky estalou.

— Não... Por que você está ficando tão zangado?

Lucky respirou fundo. — Eu não estou zangado. Voltaremos


a esta questão mais tarde.

— Eu acho que seria uma boa ideia. — Seus olhos se


estreitaram em sua expressão hipócrita.

— Quais são as suas expectativas em relação a mim como


seu marido?

Willa lhe deu um sorriso tranquilizador. Esta era fácil. — Eu


espero que você seja fiel, me faça feliz, seja um bom provedor, e fiel.
— Willa salientou o último.

— Você mencionou o último duas vezes.

— Eu fiz?

— Sim.

— É importante para mim.

— Eu posso ver isso. Posso te fazer uma pergunta?

— Vá em frente, — Willa disse apreensiva.


— Você acredita que eu te amo?

Willa não respondeu de imediato.

— Willa?

— Eu acredito que você me ama.

— Se você realmente acredita nisso, então você vai confiar


que serei fiel.

As mãos de Willa começaram a torcer mais apertado. — Não


é que eu não acredite que você me ama. Eu faço, mas...

— O que?

— E se eu não te fizer feliz? Há uma diferença entre nós...

— Graças a Deus por isso.

Willa não levou isso como um elogio. — Eu quis dizer que


você é mais experiente do que eu sou. Você esteve com várias... —
Ela olhou para ele com desconfiança, mas o homem era inteligente o
suficiente para permanecer quieto.

— Enquanto eu não estive com ninguém. Só vou ter você,


enquanto você vai ser capaz de me comparar com… — Willa limpou
a garganta. — Você tem um número?

— Não, eu não tenho um número. Eu não mantive o


controle. — Ela franziu a testa, sem saber se era uma coisa boa ou má.
— Seus dedos estão cruzados?

Lucky levantou as mãos, mexendo os dedos. — Quando


você estiver na minha cama, eu posso prometer que você não vai ser
comparada a ninguém, — disse ele suavemente.
— Mas como você pode evitar? Eu comparo os bolinhos. Eu
comparei vans antes de comprar uma… — A voz dela sumiu. — E se
eu não for boa? E se você não gostar do sexo comigo?

Lucky estava olhando para ela com gentileza enquanto ela


expressava seus temores. Willa tinha visto as mulheres que ele tinha
dormido. Elas eram loucamente lindas.

— E se eu não gostar de sexo com você?

O sorriso de Lucky escorregou.

— Talvez todas aquelas mulheres não quisessem ferir seus


sentimentos. — Willa sorriu presunçosamente, vendo que ele não
tinha gostado do ela tinha falado.

— Há um jeito de descobrir.

— Isso é seri...

— Eu posso transar com você, e você pode me dar a sua


opinião.

Lucky escondeu o sorriso ao ver a expressão chocada de


Willa. Ele estava namorando Willa, tentando ser respeitoso com a sua
educação na igreja e suas crenças. Ele queria que ela tivesse um
namoro que quando olhasse para trás não tivesse arrependimentos ou
culpa. No entanto, ele não tinha levado em consideração sua falta de
autoconfiança. Como resultado, ele poderia ter ido longe demais e lhe
dado à crença equivocada que ele não estava atraído por ela ou não
sentia o mesmo desejo por ela que ele teve pelas outras mulheres. Na
verdade, não era o mesmo; o que ele sentia por ela era muito maior.
Ele nunca esteve tão consciente das necessidades de seu corpo e do
seu desejo do que quando ele estava com Willa. Ele até foi reduzido a
citar mentalmente a bíblia quando estava tentado a incliná-la no sofá e
fazer amor com ela, em vez de ver televisão.

Outras vezes, ele queria prendê-la contra a porta quando ele


estava prestes a sair e foder com ela até que ela se lembrasse da
sensação de tê-lo nela até que ele voltasse.

Não havia um dia em que ele não quisesse voltar para os


Last Riders, mas tudo o que ele tinha que fazer era estar na presença
dela, e isso passaria até o dia seguinte.

Mesmo temendo que Bridge a machucasse não mudaria sua


mente. O acidente tinha lhe mostrado que a vida pode acabar em um
instante, que Willa poderia estar morta a qualquer momento, sem
qualquer esforço de Bridge. E, depois que ela fosse embora, iria doer
menos? Não. Tudo o que ele teria era o pesar de não estar com ela
quando teve a chance.

Portanto, era a única decisão que podia fazer, porque ele não
podia viver sem Willa. Não teria nenhuma utilidade tentar falar com
Bridge novamente. Isso só reforçaria na mente de Bridge quanto Willa
significava a Lucky e a tornaria um alvo ainda maior. Ele estava
simplesmente colocando a sua fé em Deus como ele fez quando viu
Ria chegar a Willa antes que ele pudesse, acreditando que ela seria
mantida protegida pelo o amor de Deus e pelas precauções que havia
tomado. Ele estaria jogando os dados e orando que a sua sorte
permanecesse.

Se afastar de Willa já não era uma opção. Ele não podia ficar
longe dela. Mesmo que ele fosse condenado por toda a eternidade,
queimando no fogo do inferno, ele tomaria a sua chance do Céu na
Terra e faria Willa sua esposa.

Era hora de ele mostrar a sua noiva o quanto ele a queria,


dando a parte de si mesmo que tinha guardado. Ele não tinha tocado
nela, querendo mostrar o seu respeito e amor antes de apresentá-la o
lado físico. Em vez disso, ele sentiu que ela tinha interpretado isso
como uma falta de paixão de sua parte.

Willa precisava sentir um pouco do fogo que ele teve que


lidar ao longo dos últimos meses. Ele só esperava que pudesse impedir
de consumir a ambos. No momento que ele terminasse, ela seria mais
do que capaz de julgar por si mesma exatamente como ele era bom.

— Está tudo bem. Eu acho que isso é algo que podemos falar
durante outra sessão. — Willa se levantou, olhando para o relógio na
mesa ao lado de Lucky. — Seu próximo compromisso está vindo.

Lucky pegou a sua mão, puxando-a para o seu colo. — Eu


tenho alguns minutos. Isso não vai demorar muito. Beije-me, sereia.

Willa esperava que ele fosse iniciar o beijo como ele sempre
fazia. Ela baixou a boca, tocando seus lábios nos dele. Separando os
lábios, ela esperou que sua língua entrasse em sua boca; Em vez disso,
ele só abriu os lábios. Sua língua entrou, saboreando o café doce que
ele sempre bebia. Então, os braços enrolaram em torno de seu pescoço
quando suas mãos foram para as costas, pressionando os seios contra o
peito dele. Os olhos fechados enquanto ela se perdia nas sensações de
estar perto dele, saboreando o beijo de forma gradual quando ele
tomou o controle dela.
Quando as mãos de Lucky foram para seus quadris,
colocando-a mais firmemente em seu colo, ela sentiu a protuberância
de seu pênis contra sua bunda. Isso não a assustou como ela esperava;
em vez disso, ela inconscientemente se mexeu em seu colo quando
uma sensação de umidade preenchia a sua calcinha.

Sua mão foi para sua coxa sob o fino vestido rosado. Ela
pressionou os seios com mais força contra seu peito, apreciando a
pressão contra a sua sensibilidade. A mão dela foi para sua camisa,
desabotoando os primeiros três botões antes colocar a mão por baixo,
e a mão de Lucky foi mais além, tocando o lado da sua perna aberta
até a calcinha.

A mão de Willa flutuava sobre o peito com movimentos


trêmulos, sem saber onde parar. Ela queria tocar ele todo. Sua cabeça
caiu para seu ombro enquanto o beijo se tornou mais quente enquanto
Lucky empurrava seus limites com os dedos. Ela saltou quando sentiu
os dedos em seu clitóris, pela primeira vez, mas ela não conseguia
impedir o gemido quando seu dedo esfregava a pequena saliência,
fazendo-a mais molhada, o dedo deslizando facilmente contra ela.
Suas unhas cravaram em seu peito enquanto ela virou a boca, tentando
recuperar o fôlego.

— Lucky…

— Hmm ... — Sua boca foi para o pescoço dela, abrindo-a às


sensações que ela nunca tinha se imaginado ser possível.

— Isso é tão... Bom... — Willa gemeu, esfregando seu


traseiro contra a protuberância debaixo dela.
Lucky movia seu dedo mais rápido, ela levantou a cabeça,
tentando recuperar sua boca. Ele a negou, provocando-a até que Willa
pegou um punhado de seus cabelos, trazendo sua boca de volta para a
dela. Ela mordeu os lábios, traçou sua mandíbula firme, e depois
explorou sua garganta, mordendo pedacinho de sua pele.

Os gemidos de Lucky a encheram de triunfo devido a


sensação que ela podia excitá-lo tanto quanto ele a excitava.

— Abra mais as suas pernas.

Willa sem pensar, obedeceu a seu comando, deixando as


coxas fechadas relaxar quando elas se abriam. Lucky traçava a
abertura de sua boceta, e então ela começou a tremer quando ele
entrou um pouquinho.

— Você quer mais, sereia?

— Sim. — Willa gemia de necessidade, o fogo a deixando


louca. Seus quadris queriam empurrar o dedo que estava entrando nela
com uma deliciosa lentidão. Sua outra mão a manteve imóvel
enquanto ele trabalhava o dedo dentro dela depois parava, puxando-o
de volta para o início de sua abertura. Ela arqueou, estremecendo
quando ele empurrou-o de volta mais longe do que tinha ido antes.
Suas coxas se espalharam ainda mais, enquanto acariciava seu dedo
dentro dela até que ela começou a doer.

Willa tentou ajustar seus quadris para que não doesse tanto,
mas uma pressão dentro dela estava se construindo ao mesmo tempo.
Ela queria fugir da dor, mas, ao mesmo tempo, ansiava por ela.
Lucky aliviou o dedo na sua vagina até que a dor diminuiu,
mas o fogo não diminuiu. Então ele curvou o dedo para cima, ao
mesmo tempo em que uma série de explosões atingia sua vagina,
liberando um grito que ele sufocou com a boca.

Depois disso, ela jazia tremendo contra seu peito enquanto


enxugava as lágrimas do rosto em sua camisa.

— Willa? Você quer permanecer virgem até a nossa noite de


núpcias? — Ela pensou sobre isso com cuidado antes de concordar
contra seu peito.

— Então eu sugiro que você levante sua bonita bunda antes


que eu te foda nesta cadeira, com as suas pernas na minha cintura. —
Willa se levantou tão rápido que ela quase tropeçou, endireitando seu
vestido em suas pernas.

Lucky estremeceu quando ela se levantou, ajustando suas


calças para uma posição mais confortável, e ela ficou vermelha
quando ele olhou para cima e a pegou encarando.

— Será que isso responde sua pergunta?

— A minha pergunta? — Confusa, Willa olhou para ele.

— Sobre se eu posso ou não satisfazê-la.

Seu rosto inflamou de raiva quando ela foi para sua mesa
para pegar sua bolsa. Lucky seguiu calmamente atrás dela, retomando
a cadeira atrás de sua mesa e puxando sua agenda em direção a ele.

— Isso foi um excelente começo. Desde que nós vamos nos


casar em duas semanas, eu acho que deveríamos ter três sessões por
semana até que estejamos casados.
A boca de Willa caiu aberta.

— Você quer continuar com as nossas sessões pré-conjugais,


não é?

Willa sacudiu a cabeça. — Eu acho que estamos bem. — Ela


começou a recuar em direção a porta do escritório.

— Você tem certeza? Eu tenho uma hora livre na sexta-feira.


— Lucky provocava presunçosamente.

— Tenho certeza. — Willa cerrou os dentes. Só uma vez, ela


queria calar o pastor arrogante.

— Willa, você não está se esquecendo de nada?

— O quê? — Ela olhou para a bolsa na mão.

— Meu beijo de despedida.

— Você é de verdade? — Ela voltou de forma tempestuosa


pela sala, se curvando para colocar um beijo duro contra seus lábios,
em seguida, retornando para a porta, abrindo-a e quase se esbarrando
nos Wests.

— Desculpe-me. — Willa forçou um sorriso nos lábios. Ela


não gostava do casal esnobe antes dela quase ter perdido a custódia
das crianças, e ela não gostava ainda mais agora.

— Boa tarde, Willa. — Lisa a cumprimentou andando para o


lado para deixar o marido entrar.

— Lisa, Dalton, eu estava de saída.

— Sem pressa. Parabéns por ficar noiva outra vez. — Os


olhos dela desceram sobre seu vestido de flor simples, em seguida,
viajou até seu cabelo. — Eu vejo você mudou a cor do cabelo de
novo. — Ela deu um riso falso que parecia como pregos ralando um
quadro. — Você tem dificuldades para escolher as cores, não é? Da
próxima vez que você for para o salão, eu poderia ir com você. —
Lisa alisou os brilhantes cabelos negros. — Eu tenho algumas paletas
de cores de quando eu decorava. Eu poderia trazê-las e colocá-las em
cima de suas caixas. Eu acho bonito exibir uma sombra de água. —
Willa passou por eles.

— Ou um tom de rosa claro. Você sabe a sombra geralmente


pinta o cofrinho de porco.

— Cadela, — Willa murmurou.

— O que você disse? — Os olhos de Lisa se arregalaram,


enquanto o marido começou a parecer com raiva. Willa se recusou a
olhar para Lucky e ver a sua reação.

— Eu disse cuidado. O tapete de Lucky está amontoado. Eu


não quero que você tropece. — Willa disse, praticamente correndo,
seus passos fortes no brilhante piso de madeira.

Ela acelerou sua van quando voltava para casa, esmurrando


seu volante furiosa. Golpeando o carro no estacionamento, ela foi para
a porta, quase quebrando a chave na fechadura.

Ela ainda não tinha se acalmado trinta minutos mais tarde,


quando a campainha tocou.

— Olá, Willa. Como você está esta tarde?

— Oi, Douglas. Estou bem. Você?


— Bem. — O sorriso dele escorregou um pouco quando viu
seus olhos inchados e os tecidos na mão dela. Willa abriu a porta,
dando um passo para trás para ele entrar.

— Você gostaria de uma xícara de café? — Ela perguntou


seu lábio inferior tremendo.

— Não! — Douglas limpou a garganta, baixando a voz. —


Eu só parei para ver se você ainda queria que eu construísse aquela
cobertura. O clima está finalmente ficando seco o suficiente para
trabalhar do lado de fora.

— Sim. Mesmo que eu não continue a viver aqui, isso vai


aumentar o valor da casa.

— Você vai se mudar? Você não deve deixar um


rompimento te tirar de Treepoint.

— O quê? — Willa deu um soluço sufocado. — Eu não vou


sair de Treepoint. Lucky e eu estamos noivos novamente. Eu estava
falando sobre o fato que nós ainda não decidimos se vamos viver em
minha casa ou na igreja.

— Isso é uma boa notícia, não é? — Ele perguntou quando


seus olhos se encheram de lágrimas.

— Sim.

— Eu me adiantei e fiz um orçamento. — Douglas pegando


algo em suas costas quando seu celular tocou.

— Com licença.

— Isso só vai levar um minuto...


Willa virou as costas para Douglas, pegando o celular na
mesa de entrada.

— Olá? Knox?

— Willa, você viu Sissy?

— Não, eu não a vi desde uma manhã em Jamestown. Pensei


que Killyama a levaria de volta para o Texas.

— Ela fugiu do avião antes que ele pudesse decolar.

— Oh. — Willa odiava admitir, mas ela estava feliz que a


menina estava voltando para o Texas.

— Ela não está em nenhum problema. O tio dela ligou e quis


que eu me certificasse que ela estivesse bem e a ajudasse a encontrar
um lugar para ficar, já que ela está tão determinada a estar perto
Treepoint.

— Eu posso fazer uma lista de seus amigos se você quiser.

— Isso seria de muita ajuda. Desta vez, eu vou manter isso


em meus arquivos. Isso vai lhe poupar tempo. Eu estarei aí em um
minuto.

— Eu estarei te esperando. — Willa desligou o telefone,


vendo a expressão frustrada de Douglas. — Eu preciso cuidar de algo
para Knox. Isso pode esperar até depois dele sair?

— Tudo bem. Eu posso passar aqui depois. Eu vou sair e


comprar os materiais, e você pode me reembolsar.

— Eu agradeço.
Douglas saiu antes que ela pudesse lhe oferecer um café
novamente. Dando de ombros, Willa se sentou à mesa, fazendo a lista
de nomes que Knox queria. Não demorou muito, pois Sissy tinha
poucos amigos.

Depois que Knox saiu, Willa tomou um banho, se


certificando de não molhar o cabelo. Ela levou um tempo para se
mimar. Ela ainda acendeu suas velas perfumadas favoritas e colocou o
alto falante à prova d'água no chuveiro para que ela pudesse ouvir
música. Ela estava ouvindo — Jar of Hearts, — o rosto virado para o
spray de água depois de desistir de manter seu cabelo seco, quando
viu o movimento na porta.

Um grito assustado ficou preso em sua garganta quando


reconheceu que era Lucky de pé na porta. Seus olhos se arregalaram, e
ela cobriu os seios com os braços.

— Você se esqueceu que vamos jantar hoje à noite?

— Eu já vou sair, — Willa conseguiu balbuciar.

Ela deu um passo para trás contra o chuveiro quando Lucky


avançou, abrindo a porta de vidro.

— Por que você estava chorando?

— Lucky! Estou nua!

Seus olhos escureceram. — Eu posso ver isso. Por que você


estava chorando?

Willa virou o rosto para longe dele.

— Por causa de Lisa?


Willa balançou a cabeça, mas Lucky não iria deixá-la
escapar de seus olhos.

— Não ouse deixar que a cadela te incomode. Seu corpo é


um dom de Deus. — Seus olhos focaram em seus seios e seus
mamilos endureceram como se ele estivesse realmente tocando-os.

Lucky desabotoou a camisa, e então ela lambeu a água de


seus lábios enquanto ele tirava as calças e os sapatos, entrando no
chuveiro com ela. Os olhos de Willa se banquetearam com a visão de
seu corpo. Era uma beleza muscular, brilhando num tom dourado
enquanto os riachos de água se formavam ao cair.

Seus olhos e dedos investigavam cada tatuagem acima de


seu peito, lendo ´Só Deus pode me julgar' na tatuagem de anjo da
guarda e da cruz que ia até seu pau onde duas rosas traçavam a cruz.
Suas tatuagens eram fascinantes e reveladoras, usadas para expressar
sua fé.

Ela teve que piscar a água dos olhos para ver aquelas que
estavam em seu pau. Até seus pés tinham tatuagens, e Willa não
poderia imaginar as horas que ele esteve sob uma agulha para cobrir
seu corpo.

A mão de Lucky pegou a dela, colocando-a em seu pau e lhe


mostrando como deslizá-la pelo seu comprimento.

— Você sabe o que eu faço toda vez que eu vejo você?

— Não, — Willa o agarrou mais forte.

Ele moveu a mão em seus seios. — Agradeço a Deus que eu


sou um homem. — Ele começou a provocar os seus mamilos com
golpes de sua língua, enquanto seu polegar deslizou sobre a coroa do
seu pau. — Eu penso em como a nossa noite de núpcias vai ser:
quando eu afundar o meu pau em sua boceta apertada; em como você
vai andar no dia seguinte, lembrando-se de mim dentro de você,
porque eu vou te foder tão forte que você vai sentir dor. — Lucky
mordeu a ponta de um mamilo, soltando-o depois de um breve
segundo, antes de levar o outro seio à boca.

Quando ele chupava o mamilo em sua boca de novo, ela


lançou gritos de necessidade, querendo agradá-lo e limpar a memória
de todas as mulheres de sua mente.

— Eu penso sobre quão suave sua pele é, como você é mais


doce do que aqueles bolinhos que você faz, e como você não consegue
ferir os sentimentos de ninguém, mesmo às custas dos seus próprios.
Você tem uma linda alma que brilha em seus olhos e me faz duro
como uma rocha.

Sua mão cobrindo a dela o apertava até Willa sentiu medo de


estar machucando ele. Então ela viu que ele estava tremendo enquanto
a outra mão o apoiava contra a parede do chuveiro, e então ele gozou
em sua mão.

Depois, Willa conscientemente se secou na frente de Lucky


que se recusou a sair e dar-lhe privacidade.

— Você pode muito bem se acostumar a me ver olhar você


nua.

— Eu nunca vou me acostumar com isso. — Willa se virou


para sair, em seguida, se virou em estado de choque, quando sentiu o
estalo de uma toalha em sua bunda. Ela olhou por cima do ombro para
vê-lo sorrindo para ela inocentemente.

Ela riu. Ela não tinha visto esse lado brincalhão de Lucky, e
isso a fez se apaixonar ainda mais por ele.

— Tenha cuidado. Esses sapatos caros estão ficando


molhados.

Quando ele se virou para colocar os sapatos sobre o tapete


do banheiro, Willa devolveu a pequena picada de dor na bunda dele. O
olhar chocado de Lucky se virou para ela.

— Pare! — Willa riu. Quando ela viu que ele iria devolver,
ela imediatamente ficou séria. — Me desculpe.

— Você não parece muito arrependida. — Lucky sacudiu a


cabeça, ainda avançando para ela.

— Eu estou. — Em vez de tentar fugir, Willa correu para os


seus braços, beijando sua bochecha e lábios. — Me desculpe.

A mão de Lucky foi para seu cabelo, puxando até que ela
olhou para ele. — Eu te amo, sereia.

— Eu amo você, Lucky.


Capítulo 23

— Você está linda, — Beth disse a Willa enquanto


endireitava o véu em suas costas.

Willa se sentia bonita quando se olhava no espelho de corpo


inteiro no quarto de hóspedes de Lucky.

— Obrigada a vocês duas por serem minhas damas de honra.

Willa deu a cada uma delas uma pequena caixa de joias, Lily
e Beth abriram para encontrar pulseiras requintadas de pérolas que
Willa tinha escolhido porque o significado delas tocara sua alma.

Disseram a ela que simbolizava anjos que passeavam através


das nuvens no céu. Elas significavam amor, e Willa queria que Beth e
Lily soubessem quanto elas significavam para ela.

— Eu queria agradecer pelo meu vestido. — Willa


endireitou os ombros, olhando para as mulheres que tentaram ser suas
amigas ao longo dos anos. — Os meus pais estão mortos. Eu era
apenas uma criança, eu costumava implorar a minha mãe por uma
irmã ou irmão. Eu aceitei o vestido, porque, se eu tivesse uma irmã,
gostaria de comprar para ela um. Eu não estou explicando isso direito.
— Willa tentou outra tentativa, mas Lily pegou a mão dela.

— É por isso que compramos, porque nos sentimos como


suas irmãs, também.

Beth assentiu ao ouvir as palavras da irmã, e então elas se


abraçaram. Lily foi a primeira a se afastar.
— Está quase na hora. — Lily entregou a Willa o buquê de
rosas vermelhas, empurrando-a para a porta.

— Nós temos mais quinze minutos antes descer. — Willa


tentou recuar.

— Eu disse a Lucky que eu a levaria até a porta lateral.

— É má sorte ver o noivo antes da cerimônia, — Willa


protestou.

— Ele vai ter cuidado. Vamos. Estamos perdendo tempo, —


Lily incentivava.

Beth pegou o fundo de seu vestido e o véu enquanto ela


seguiu a figura rosa pálida de Lily que descia os degraus. Ela abriu a
porta lateral que era uma saída extra da igreja.

— Fique aqui. — Lily se posicionou próximo a ela, olhando


para o lado.

Depois Lily abriu a outra porta e estendeu a mão de Willa, a


mão de Lucky agarrou a dela do outro lado. Foi o toque mais
romântico que Willa nunca tinha sonhado. Ela não podia ver nenhuma
parte do seu corpo, apenas sentia o amoroso aperto de mão do outro
lado da porta.

— Você pode orar comigo, Willa?

— Sim. — Lágrimas entupiam a sua garganta quando ela


baixou a cabeça.

— Querido Pai, obrigado por este belo dia, satisfazendo a


vontade de Willa e a minha de unir as nossas almas, bem como a sua
santa bênção. De mãos dadas, nós estamos diante de Ti, dando os
nossos corações a Ti, e em troca, nós confiamos nossa fé para nos
guiar através da jornada que Você estabelecer para nós.

— Faça o nosso casamento tão flexível quanto este cordão


que envolvi em nossos pulsos para que o nosso amor possa continuar a
crescer ao longo dos anos. Faça o nosso casamento tão forte quanto o
diamante que coloquei em seu dedo. Eu prometo dar a Willa um
sorriso para cada sorriso, um beijo para cada beijo, sofrer cada vez que
ela sofrer, até que a nossa ligação seja tão indestrutível como a nossa
devoção a Você. Amém.

Willa quase deu a volta pela porta para chegar a Lucky.


Colocando a mão livre na porta, ela sentiu como se pudesse realmente
tocar o amor que vinha dele.

— Amém, — ela sussurrou de volta.

— Eu te amo, Willa. Eu nunca me senti mais sortudo do que


neste momento.

Sua mão apertou a dele. — Isto não é sorte; isso é uma


bênção de Deus. Quando Ele te criou, Ele criou um homem que serve
a Ele, um homem que traz alegria ao meu coração e um amor que eu
sempre vou estimar. Hoje, eu te dou tudo o que tenho: corpo, coração
e alma. — No fundo, eles ouviram o violoncelista começar a tocar.

— Você tem que ir. A cerimônia está começando.

— Eu estarei esperando. — Lucky soltou sua mão.

Ela o ouviu se afastando para o lado da igreja que iria levá-lo


para a frente do pódio.
Willa se voltou para Lily e Beth que estavam em pé ao lado
da porta que dava para a capela. Ambos estavam usando suas pulseiras
de pérolas igual a que ela tinha em seu próprio pulso.

A vendedora que tinha — ajudado — ela e Lucky


anteriormente na loja de joias, a encarou com raiva quando ela
perguntou por alguém para atendê-la. Willa não se sentiu culpada
dando à comissão a outra pessoa pelas pulseiras caras, enquanto a
vendedora ficava observando com inveja.

— Você está pronta? — Beth perguntou com lágrimas de


felicidade que espelhavam as lágrimas de Willa.

— Eu estou pronta. — Willa alisou seu vestido pela última


vez.

— Pastor Sparks já está na frente, — Lily disse a ela.

O pastor de Jamestown tinha concordado em realizar a


cerimônia para eles. Os organizadores abriram a porta.

— Aqui vamos nós. — Lily disse suavemente, dando um


passo para a frente. Beth seguiu atrás da irmã.

— Ele está lá, — Willa sussurrou, vendo Lucky esperando


por ela ao lado do pódio.

— Havia alguma dúvida? — Perguntou Angus.

Enrolando o braço no dele, ela não tirou os olhos de Lucky.


— Nenhuma. — Ela cruzou seus dois dedos que estavam segurando o
buquê. — Nenhuma.
Willa caminhava para frente e para trás no pequeno
banheiro, sabendo que Lucky devia estar se perguntando por que ela
estava demorando tanto. Ela se sentou na borda da banheira, se
sentindo como se fosse hiperventilar.

— Ele não usaria suas facas na nossa noite de núpcias, —


Willa sussurrou em voz alta para se dar coragem.

— Você disse alguma coisa, Willa? — A voz de Lucky do


outro lado da porta a fez pular ficando em pé, verificando a porta duas
vezes para confirmar que estava trancada.

— Eu disse que estou saindo! — Eles tinham decidido ficar


em sua casa hoje à noite, em seguida, sair para sua lua de mel para
Jamaica amanhã à tarde.

Ela se olhou no espelho novamente. O baby doll preto ia até


os joelhos, e o corpete mergulhava entre seus seios, dando uma visão
generosa. O traje era ousado para ela, mas não gritava 'venha e me
pegue', também. Willa desejava ter sido mais ousada quando ela
escolheu a lingerie para sua lua de mel. O preço desse pedaço de
material frágil tinha sido difícil de argumentar, no entanto. Ela pensou
que ele a deixaria sedutora e a melhor parte era que tinha encontrado
com trinta por cento de desconto na loja que era cara.

O mais caro que tinha foi o presente de Sex Piston, que ela
tinha colocado na mala, mas estava seriamente se debatendo se o
trocaria na loja. Não havia nenhuma maneira que ela poderia algum
dia se imaginar usando o minúsculo conjunto de sutiã e calcinha.
Sua mão foi para a maçaneta. Ela poderia fazer isso. Lucky
tinha mostrado o prazer que ganharia ao estar com ele. Ele não iria
machucá-la. Ela o queria tanto que a sua mãe teria vergonha dela,
porque uma boa menina cristã nunca deixava as necessidades do seu
corpo controlá-la.

Ela virou a fechadura, girando a maçaneta da porta, em


seguida, abriu gradualmente a porta. Ela não sabia o que ela esperava,
mas ver Lucky sentado em sua cama, jogando PS4 não era um deles.

Travis tinha deixado o de Charlie, explicando que ele tinha


vários no seu rancho para os funcionários dele usar e que Charlie teria
um aqui quando ele a visitasse.

— Quer jogar? — Lucky lhe lançou um olhar rápido. —


Estou ganhando.

— Isso é um verdadeiro choque. — Willa se sentou


timidamente na cama ao lado dele.

Ele estava vestindo apenas short, e seus olhos rastrearam as


tatuagens até os seus pés. A maioria delas era religiosa. Aquela em sua
coxa a fez querer traçar o desenho de Maria para lhe dar a coragem
que ela sempre quis.

O olhar triste no rosto e as lágrimas rolando pelo rosto


tocaram Willa. Ela se perguntou o que fez Lucky escolher essa para
tatuar em seu corpo.

Ela colocou o travesseiro contra a cabeceira, se dando uma


vista panorâmica das costas sem que ele soubesse que ela estava
olhando. Elas eram diferentes, não eram religiosas. Essas eram
símbolos de violência e destruição.

No meio estava o símbolo Seal da marinha com uma cobra


enrolada em volta dele de baixo para cima, deixando o rosto da cobra
olhando para trás. Objetos rodeavam o símbolo eram: dois revólveres
com uma corrente de metal enrolada em torno dos barris da arma,
ligando-os; soqueiras; uma mão de cartas; e uma navalha de barbear.
Toda a tatuagem tinha uma camada de sombras, que lhe dava um
efeito assustador.

Ela não queria saber por que ele tinha escolhido essas.
Estremeceu quando esticou a mão para traçar a mão de cartas. Então
seus olhos foram para a ferradura em seu ombro, vendo a pele
marcada por baixo, os sulcos que dão a ferradura uma aparência mais
realista. O trevo de quatro folhas escondia o que parecia ser outra
cicatriz. A maior cicatriz estava coberta por um elefante com seu
tronco para cima. Seus dedos traçaram cada símbolo.

— Por que você fez o arco-íris?

— Por causa da promessa de Deus no Antigo Testamento,


depois do dilúvio.

— Oh.

Lucky afastou o controle do vídeo game e, pegou o controle


remoto, para desligar a televisão. Ele se virou indo ligeiramente para
baixo na cama, e depois virou de bruços, com a cabeça em sua cintura.

— O golfinho?

— Proteção.
— Isso é um grilo?

— Sim, grilos alertam para o perigo. Eles param de fazer


barulho quando alguém se aproxima.

— Símbolos de boa sorte não vão contra suas crenças


religiosas?

— Deus criou todos eles, — ele disse simplesmente. —


Além disso, eu não coloquei minha fé neles; eu coloquei minha fé
Nele.

— Um pouco de sorte extra nunca é demais. — Willa sorriu,


passando a mão sobre seu ombro.

— Exatamente. — Suas mãos foram para seus quadris,


manobrando ela na cama para se deitar ao lado dele.

Willa olhou em seus olhos cor de avelã. — Como você


conseguiu essas cicatrizes?

— Levei um tiro algumas vezes.

— Mais do que alguns. Eu contei seis.

Lucky enxugou uma lágrima de seu rosto. — Sereia, eu não


quero ver nenhuma lágrima sua em nossa noite de núpcias.

Willa virou o rosto para o lado, incapaz de suportar a olhar


em seu rosto bonito. — Eu poderia nunca ter conhecido você.

A mão dele a virou para encará-lo. — Eu estou aqui,


exatamente onde eu estava destinado a estar. — Lucky tocou o canto
de sua boca com a dele.
— Eu não posso acreditar que eu comecei a rir quando o
Pastor Sparks leu o seu primeiro nome.

Lucky sorriu contra seus lábios. — O que é tão engraçado


sobre Lucky David Dean?

— Eu pensei que Lucky era seu apelido.

— Minha mãe me deu esse nome quando eu nasci prematuro


de seis meses, e os médicos disseram aos meus pais que eu não
conseguiria. Ela sempre dizia que comecei a vida com uma estrela da
sorte no céu, mas meu pai deu todo o crédito a Deus. Chamando-me
de David, porque ele disse que eu tinha que lutar contra obstáculos
gigantes para viver. A cada semana, eles diziam que algo daria errado:
Meus pulmões, rins e, em seguida meu fígado. Os médicos disseram
que eu era um milagre.— Concluiu ironicamente.

Seus braços enrolaram em seu pescoço. — Eu acredito nisso,


também. — Sua mão foi para o seu rosto. — Você é tão bonito.

— Homens não são bonitos. — Sua boca foi para o seu


decote. — Você quer saber um segredo? Seus seios são sexys pra
caralho.

— Você gosta de meus seios? — Eles eram a única parte de


sua anatomia que ela não tinha envergonha.

— Sereia ‘gostar’ não seria a palavra que eu usaria. — Ele se


levantou ligeiramente, puxando as alças finas para baixo até que seus
seios estavam descobertos, e os mamilos rosados estavam duros.
Então Lucky teve um em sua boca.
Willa enterrou as mãos em seu cabelo. — Lucky, há algo
que você precisa saber. Eu não lido com a dor muito bem.

Sua língua começou a tocar com a ponta de seu mamilo. —


Sereia, há dor... — Seus dentes prenderam seu mamilo. A pequena
picada não doeu, mas o medo fez seu centro fundir. — Depois, há dor.
— Sua mão deslizou sob a barra do vestido, encontrando a minúscula,
calcinha preta, e ele enfiou a mão por baixo.

Seus dedos encontraram o clitóris, esfregando o nó até que


ela tentou se contorcer para escapar do seu tormento. No entanto,
Lucky não permitiu que ela fugisse de sua tortura, mergulhando um
dedo dentro para estocar sua buceta esfregando de volta contra a
palma da sua mão.

Willa gemeu. — Eu estou sem fôlego.

— Respire fundo e segure. Isso fica melhor, —Lucky


brincava ajustando seu corpo.

Ele deslizou pelo seu corpo, puxando seu vestido e expondo


a calcinha de renda com os pequenos laços vermelhos que estavam
amarrados ao lado.

— Isso é muito conveniente. — Ele desatou a calcinha,


facilmente removendo-a. — Você precisa comprar dessas de todas as
cores.

— Eu vou prestar atenção nisso quando estiver em


promoção.

— Compre-as, de qualquer maneira. Vou te dar meu cartão


de crédito. — Lucky beijou a pele macia que ele expôs.
— Eu ainda vou esperar pela promoção. Eu não acredito em
jogar dinheiro fora.

Lucky riu contra ela. — Esta é uma surpresa.

— Que eu sou econômica?

— Que você está raspada.

— Eu leio revistas, — Willa respondeu formalmente.

— Eu tenho que admitir, estou um pouco desapontado.

— Sério?

— Eu estava ansioso para raspá-la.

O pensamento de Lucky a raspando a deixou grata por ter


tomado o cuidado de fazer isso ela mesma. Lucky com qualquer coisa
afiada na mão a deixava nervosa. Ela ainda não cozinhou qualquer
coisa que exigia que ele cortasse desde que Killyama e as cadelas
motoqueiras a tinham assustado. Ela tinha até se debatido em dar o
seu conjunto de facas para a loja da igreja.

Seus pensamentos foram desviados quando sua língua tocou


seu clitóris. Ela saltou, quase derrubando Lucky de cima dela. Ele a
prendeu na cama com seu corpo musculoso, enquanto ele explorava a
sua carne úmida, lhe mostrando uma dor de necessidade que a fez
lutar contra o clímax que estava consumindo sua boceta. Suas mãos
duras abriram mais amplamente suas coxas, antes de sua língua
deslizar dentro dela, pressionando mais para cima enquanto ele
esfregava contra suas paredes.

Os calcanhares dos pés, tentaram encontrar tração sobre o


colchão, mas Lucky se antecipou, passando seus braços sob seus
joelhos e levantando-os até seu peito. Então sua boca foi para seu
pescoço quando ele subiu em cima dela, e ela sentiu o toque de seu
pau contra sua abertura.

— Você quer que eu pare?

— Não! — Willa choramingou.

Seu pau deslizou dentro dela, empurrando contra a barreira


dentro de sua vagina quando ele foi mais profundo.

— Dói?

— Sim! — Willa bateu em seus ombros. — Você está


demorando muito.

Ela sentiu seu corpo tremer em riso. — Então segure-se e eu


vou ver o que posso fazer sobre ir mais rápido. — Lucky levantou
mais suas coxas.

Willa estava tão concentrada na força dos músculos das suas


pernas que quase não sentiu quando Lucky entrou dentro dela,
empurrando seu pau para a sua boceta. Um suspiro escapou de seus
lábios com a sensação dele abrindo-a, encostando sua pélvis contra a
dela.

— Dói? — Ele respirou em sua boca, lambendo seu lábio


inferior.

— É uma sensação maravilhosa. — O corpo de Willa


balançou quando Lucky saiu, e em seguida, empurrou de volta para
dentro com um golpe poderoso.

— Eu não quero machucá-la, — ele gemeu.


— Eu nunca esperei me sentir tão bem. — Willa queria
desesperadamente se mover, mas Lucky a segurou a controlando e o
clímax estava apenas fora de seu alcance. — Podemos fazer isso o
tempo todo?

Lucky gemeu novamente. — Podemos terminar este


primeiro?

— Eu não quero que isso acabe, — Willa disse


fervorosamente.

— Você não vai dizer isso em cinco minutos, — Lucky


prometeu.

Ela estava muito feliz por ter ido ao seu médico para fazer o
controle de natalidade para que pudessem ter sua noite de núpcias com
nada entre eles.

Quando ele começou a fazer amor com ela, tinha sido como
uma brisa suave flutuando por seu corpo, aumentando até o início de
uma tempestade que começou levá-la para longe e ela só sentia o que
ele estava fazendo ao seu corpo. Ela sentia como se estivesse sendo
sacudida num turbilhão de desejo a tal ponto que estava com medo
que não seria a mesma que tinha sido antes, perdendo uma parte de si
mesma no olho da tempestade que ela só encontraria novamente
quando a tempestade voltasse.

Os movimentos de Lucky aceleraram, seu corpo se movendo


sobre o dela com força suficiente para sacudir a cama. O corpo dela
estava à mercê da tempestade que ele havia construído até que ela não
podia ser contida por mais tempo.
Willa podia jurar que viu um relâmpago branco quando seu
corpo não aguentou mais, e então ele explodiu em uma miríade de
cores que passaram diante de seus olhos. Ela piscou rapidamente,
querendo ver os olhos de Lucky apertados em um desejo tão doloroso
que só ela poderia lhe dar o alívio que precisava. Ela não podia se
mover, mas podia usar a sua boca. Instintivamente, ela virou a cabeça,
delicadamente mordendo o seu bíceps. Ele endureceu em cima dela,
um gemido profundo veio de seu peito enquanto ele estocava seu
clímax dentro dela. Em seguida, ele soltou suas pernas, movendo-se
com cuidado para o lado dele.

— É normal eu não conseguir mover minhas pernas? —


Willa deu seu próprio gemido quando tentou deitar de volta no
colchão.

Lucky riu, se levantando para massagear suas pernas, em


seguida, ajudando-a a colocá-las na cama. Ainda, acariciando ela, lhe
dizendo como era bonita, como era maravilhoso tê-la feito sua esposa.

Willa colocou a mão sobre sua boca. — Eu não preciso ouvir


você dizer tudo isso. — Lucky olhou para ela com o coração nos
olhos. — Você me contou tudo isso, quando você se casou comigo. —
Willa acenou com a mão para a cama desarrumada. — Isso é apenas a
cereja no bolo.

Lucky caiu de costas na cama. — Nesse caso, vamos tomar


um banho quente para você não ficar muito dolorida. — Willa
estremeceu quando ela se sentou no lado da cama. — Eu posso lidar
com isso sozinha.
Lucky começou a protestar, mas, em seguida, um olhar
astuto atravessou seu rosto antes dele se sentar na cama, pegando o
controle remoto. — Isso é legal. Vou jogar outro jogo. O último só
levou uma hora e meia.

— Não demorou muito tempo. — Ela deve ter ficado no


banheiro mais do que ela tinha pensado.

Ela foi até a porta do banheiro, ouvindo-o ligar o PS4.


Segurando a porta aberta, ela se virou para ele.

— Tudo bem, você pode tomar banho comigo, mas não


monopolize a água.

Lucky saltou para fora da cama. — Não se preocupe. Eu


sempre compartilho.
Capítulo 24

Willa rolou na cama, sua mão procurando por Lucky nos


lençóis amarrotados. Seus olhos se abriram no quarto escuro. Ele tinha
ido embora novamente. Ela não tinha que procurar por ele, sabia que
ele estava no quintal da igreja. Era aonde ele ia todas as noites quando
ela caía no sono depois de terem feito amor. Em sua lua de mel, ela
pensou que ele tinha subido para ver o nascer do sol da praia. No
entanto, quando voltaram para casa, não demorou muito tempo para
perceber que algo estava errado. Ela tentou falar com ele várias vezes,
mas ele alegou que era o tempo que ele usava para suas orações. Ela
acreditava nisso, mas as orações não eram de meditação. Willa temia
que fosse muito mais do que isso, e ele não confidenciou a ela.

Ela saiu da cama, pegando o robe da cadeira ao lado da


cama. Os pisos de madeira estavam frios debaixo de seus pés. Eles só
estavam casados há pouco mais de dois meses; portanto, ela estava
ciente que levaria tempo para ele desabafar o que estava o
incomodando. Willa estava com muito medo que ela fosse o motivo
da oração dele. Será que ele descobriu que não a amava tanto quanto
ele tinha imaginado? Ela estava fazendo algo de errado, e ele estava
orando sobre a melhor maneira de dizer a ela?

Ela caminhou pelo corredor no escuro, confortável no


silêncio e na quietude. Eles se mudaram para o alojamento dos
pastores quando retornaram de sua lua de mel. Eles estavam
ampliando o quarto em sua casa para uma suíte com banheira. Ela
também estava ampliando sua cozinha e colocando carpetes novos em
toda a casa. Douglas tinha dado tão bons conselhos que foi difícil
resistir às reformas. Lucky queria procurar um empreiteiro diferente,
se queixando que, sempre que ele ia verificar o trabalho, Douglas não
estava em nenhum lugar ao redor.

— Ele está ocupado. Ele trabalha para várias pessoas na


cidade. Eu não posso demiti-lo quando ele está fazendo um excelente
trabalho.

Lucky perdeu essa discussão, mas venceu outra sobre


instalar uma nova fiação interna na casa para que tudo fosse
controlado por um sistema.

— Você tem alguma ideia de quanto isso custaria? — Ela


lutou contra ele até que Lucky se ofereceu para pagar por isso. Vendo
que ele realmente queria isso, ela cedeu, mas ainda fez uma pesquisa
na internet pelo sistema mais barato.

Ela abriu a porta para o quintal da igreja, vendo Lucky de pé,


vestido apenas de short, sua pele brilhando de suor.

— Lucky? — Ela falou baixinho, não querendo interromper,


mas ela estava preocupada com o marido.

— Vá para dentro, Willa. Eu estarei lá em pouco tempo.

Embora ela pensasse em recusar e ser mandada embora de


novo, a maneira tensa que ele estava se segurando a deixou
desconfiada.
— OK. Leve o seu tempo. — Willa mordeu o lábio, tentada
a falar com ele novamente. Ela queria dizer algo que pudesse alcançá-
lo para que ele pudesse falar com ela, dizer-lhe qualquer coisa.

— Eu te amo.

— Eu te amo, Willa. — O tom de sua voz trouxe lágrimas


aos seus olhos.

Desde que se mudou para a igreja, ela assumiu a enorme


cozinha. Tendo em vista que as mulheres forneciam refeições para os
idosos, e já tinham aprovação para a preparação de alimentos, e Lucky
ganhou a permissão dos diáconos da igreja para ela fazer seus assados
lá. Ela finalmente teve o espaço que precisava, quase triplicou as
sobremesas que fazia a cada semana. Willa estava em êxtase por ser
capaz de produzir mais, sem o custo adicional da ampliação. Ele tinha
comprado duas caixas de exposição e colocou na loja da igreja. Ela
poderia vender suas sobremesas e dar a igreja uma porcentagem dos
lucros.

Sua vida estava se encaixando perfeitamente no lugar. Ela


assumiu estudos bíblicos, cozinha em seu tempo livre, e era capaz de
dar um suporte a Lucky como pastor quando ele precisava dela ao seu
lado.

Ela olhou por cima do ombro antes de entrar, rasgada para


ficar com ele.

Dor e solidão estavam envoltas nele na névoa da manhã.

— Deus, por favor ajude-o a encontrar o que está


procurando.
Lucky ouviu a porta se fechar quando Willa voltou para
dentro. Ele tinha escutado quando ela estava saindo para o lado de
fora, mas ele não se virou para ela. Ele não podia. O pesadelo que o
despertou ainda o incomodava. Ele tinha orado quando se casou para
que pudesse ser capaz de dormir ao lado de Willa, que o seu amor por
ela mantivesse o pesadelo afastado. Ele percebeu seu erro quando
acordou no meio da noite, encharcado de suor e tremendo. O hotel
onde estavam também não ajudou. Ele tinha saído desajeitadamente
da cama, mas, felizmente, Willa estava exausta demais para senti-lo
sair.

Cada noite nas primeiras duas semanas, ele havia tentado


adormecer ao seu lado, mas foi acordado com o mesmo medo
contorcendo em seu intestino. Desde então, ele havia cochilado
durante a noite, se certificando de agendar duas horas pela manhã para
dormir em seu escritório. À noite, ele dizia a Willa que tinha sermões
para escrever e então dormiria mais duas horas.

O cheiro de bacon o atraiu do sol da manhã que surgia. Indo


para dentro, ele contornou a cozinha subindo para tomar banho e se
trocar. Ele saiu do chuveiro para encontrar um terno bem passado na
cama. Ela até engraxou seus sapatos e colocou um par correspondente
de meias e gravata perfeitamente sobre a cama. Ela fazia a mesma
coisa todos os dias, fazendo seu café da manhã e arrumando suas
roupas. Ela trabalhava para antecipar cada necessidade sua. Ela fazia o
seu almoço, mantinha uma garrafa quente de café, e até mesmo seus
biscoitos favoritos de passas e aveia que estava em um recipiente no
balcão da cozinha.

Ela estava deixando-o louco.

Ele não estava acostumado a ser servido. Apesar de suas


objeções, ela encontraria outra coisa que ele gostava e se certificaria
que estivesse prontamente disponível.

Quando ele começou a passar pela porta do quarto, ele pegou


o lenço engomado que tinha começado a usar no bolso da frente. Este
era um dos dois hábitos que ele não tinha tentado acabar.
Inevitavelmente, até o final do dia, ele estaria limpando as lágrimas de
Willa com ele. Sua esposa era muito bondosa, e todos em Treepoint se
aproveitavam dela. Se ele não colocasse um fim a isso em breve, a
mulher cavaria sua própria sepultura precoce.

Ele sorriu quando entrou na cozinha, envolvendo os braços


em torno de Willa por trás.

— Bom dia, marido.

— Bom dia, sereia. — Ele deslizou uma mão para dentro de


seu robe, pegando seu peito em sua mão.

Ela golpeou a sua mão. — Vá se sentar; o café da manhã está


pronto. Eu preciso me trocar. Convidei Dustin para trazer minhas
contas então assim você vai parar de se preocupar.

— Eu estou preocupado porque você deixa seus clientes te


deverem muito ou não te pagam. Pelo que eu vejo da papelada que
você vem me mostrando, apenas King e cerca de cinco outros clientes
estão te pagando. — Lucky roubou um dos biscoitos de aveia e passas
quando ela colocou o prato sobre a mesa.

— Eu disse a você que eu amo cozinhar, e os meus clientes


me pagam quando recebem os seus salários.

— Porque o restaurante do pai de Charles te deve uma


grande encomenda?

Lucky estava ciente que o antigo namorado de Lily também


tinha ido para escola com Willa.

— Oh, eles estão atrasados com os impostos, mas ele vai


acertar comigo depois que eles forem pagos.

— Dever os impostos não o impediu de comprar para


Charles aquele caminhão novo.

Willa lhe serviu uma xícara de café. Se inclinando, ela deu


um beijo em sua bochecha. — Você se preocupa demais.

— Eu vou falar com eles, — Lucky disse com firmeza.

— Não se atreva.— Ela colocou o café de volta no fogo. —


Você vai ferir seus sentimentos.

Felizmente, Lucky tinha engolido o bacon que ele estava


comendo, ou ele teria se engasgado com a escolha de palavras dela.

— Eu tenho que ir me trocar. Prometa que você não será


mau para Dustin se ele chegar antes que eu volte.

Quando Lucky deu outra mordida em seu bacon,


permanecendo em silêncio, Willa foi para o pote de biscoitos, tirando
um biscoito que Lucky estava olhando quando ela parou ao lado da
mesa.

— Eu vou tentar. — Ele pegou o biscoito que ela lhe


entregou, mastigando-o cuidadosamente.

Ele precisava começar a se exercitar mais, ou Willa o


deixaria gordo. Ele sentia falta dos aparelhos de exercício na sede do
clube. Ele e os irmãos competiam para ver quem conseguia levantar o
maior número de pesos. A saudade desses momentos e de quando
saíam juntos piorava a cada dia.

Ele olhou para cima quando viu Dustin em pé na porta.

— Willa mandou uma mensagem e me disse para entrar. —

Se Lucky não conhecesse Dustin por anos, ele nunca teria


reconhecido o rapaz parado na porta. Ele estava vestido num terno
cinza que não era só limpo, mas apertado, e seus sapatos eram mais
caros do que os que estavam nos pés de Lucky.

— Faça um prato para você. Willa deixou muito sobre o


balcão.

— Eu só vou aceitar um pouco de café. — Dustin colocou a


pasta sobre a mesa antes de ir para o balcão.

Lucky terminou o seu café enquanto Dustin tomava seu café


enquanto abria sua pasta.

— Há quanto tempo você tem sido o contador de Willa?

— Desde que ganhei a custódia do meu filho. Eu fui à casa


de Willa para pegar um bolo para o aniversário dele. Eu estava com
pouco dinheiro, mas ela não aceitou o dinheiro. Eu tinha acabado de
receber o meu diploma do ensino médio, e ela perguntou o que me
interessava. Eu disse a ela dinheiro, só brincando, mas ela me ofereceu
uma bolsa de estudos e não aceitaria um não como resposta. Eu pensei
que ela estava mais louca do que a merda, mas eu trabalhei duro na
faculdade e descobri que tenho uma cabeça para números. Então ela
me ofereceu o trabalho porque seu contador queria se aposentar. Eu
quase me caguei quando ele me mostrou tudo isso, no entanto. —
Dustin olhou para os papéis na mão antes de entregá-los a ele.

Lucky moveu os pratos sujos de lado quando ele começou a


olhar a papelada.

— O bisavô de Willa fundou uma empresa que fez milhões.


Quando seu pai e sua esposa partiram, Willa herdou por se filha única.

— Eu não recebi salário de Willa até que ela começou a


fazer dinheiro com os meus investimentos. — Dustin apontou para
uma das colunas. — Esta é a comissão normal que um corretor faria.

Dustin passava pela papelada, ao mesmo tempo em que


parava para responder a um texto.

— Você possui outros clientes?

— Rachel e Cash, apesar de eu não querer. Cash ameaçou


chutar a minha bunda se eu não aceitasse. Shade, Angus Berry, Drake,
e alguns investimentos de King. — Dustin fez uma pausa,
respondendo a outra mensagem.

Lucky olhava a papelada por mais de uma hora antes dele se


recostar na cadeira, espantado com o que ele descobriu sobre sua
esposa. Os números eram tão grandes que estavam começando a se
atropelarem.

— Exatamente quão rica a minha é esposa?

— Eu diria que é mais rica do que Deus, mas eu não acho


que você gostaria dessa analogia, — Dustin brincou, se levantando
para reabastecer seu café. Ele se sentou, em seguida, entregou a Lucky
um papel solitário que ele tinha guardado ao lado. — Eu preciso que
você assine isso.

— O que é...? — Lucky pegou o papel, ficando pálido,


enquanto lia.

— Isso faz você beneficiário dos bens dela.

Lucky jogou o papel para ele. — Eu não vou assinar isso.

— Não importa se você assina ou não. Eu só queria garantir


para Diamond que você recebeu uma cópia.

— Diamond?

— A esposa de Knox é a advogada de Willa. Meu escritório


fica ao lado do dela, e Diamond tinha que estar no tribunal esta manhã
com Tate, então ela perguntou se eu cuidaria disso para ela. Willa
pediu a Diamond para explicar a forma como sua propriedade será
dividida, mas desde que ela não pode estar aqui, ela me deu
permissão.

— Quem era o beneficiário antes dela mudar? — Lucky


perguntou com voz rouca.

— Eu estou por dentro dos detalhes porque eu estava nas


reuniões com Diamond quando ela estava escrevendo o seu
testamento. Ela queria o meu conselho sobre como dividir sua
propriedade.

— Willa tem vários beneficiários. Setenta por cento de sua


fortuna vai para você, mas isso é sujeito a alterações, dependendo do
número de filhos que tiverem. Isso diminui com cada criança. Ela quer
seus filhos bem cuidados, mas não quer deixá-los com o suficiente
para mimá-los. — A boca de Dustin se contraiu. — Ela continua indo
e voltando entre cinco e dez por cento.

— Os outros trinta por cento?

— As crianças que ela cuidou dividem dez por cento, e Lily,


Beth, Rachel, Angus Berry, e na semana passada, ela acrescentou
Killyama. – Apesar de eu não conseguir entender o motivo, algo sobre
uma vassoura - Dividem os vinte por cento restante. — O telefone de
Dustin apitou com outra mensagem. — Isto não inclui a casa dela e
dois outros investimentos. A casa está paga e, após a morte de Willa,
permanecerá com seus familiares diretos, incapaz de ser vendida.

— Por quê?

— Willa quer um lar para seus filhos, no caso de precisarem


disso. Os lucros dos dois investimentos vão para várias instituições de
caridade que ela decidir a cada ano.

— Você pode dizer a Willa para descer agora. — Lucky


apontou para o celular na mão de Dustin quando ele apitou.

— Como foi...

— Normalmente a minha esposa não demora duas horas para


se trocar, — disse ele ironicamente.
— Willa é muito sensível, — Dustin confidenciou.

A menos que Lucky estivesse enganado, o caçula dos Porter


tinha uma queda por Willa.

Lucky começou a rir. — Minha esposa é uma pão-duro.


Você sabia que ela não compra qualquer coisa a menos que esteja em
promoção? Eu me conformei com um azulejo verde feio no chuveiro
do seu banheiro, porque era vinte por cento mais barato. Eu pensei que
ela estava sem dinheiro. Eu nem sequer pensei em verificar suas
finanças antes do casamento.

— Isso poderia castrar um homem, ter uma mulher tão rica


quanto Willa é.

— Acho que minha masculinidade vai sobreviver.

Lucky captou o olhar apreensivo de sua esposa enquanto ela


entrava na sala. Quando ela se aproximou, ele colocou o braço em
volta da cintura.

— Estamos mudando a cor da telha.

Quando ela começou a discutir, Lucky se adiantou. — Acho


que podemos pagar pelas duas crianças que você quer, mas eu estava
esperando para conversar com você sobre quatro. — Felicidade
encheu seu rosto. — Sério?

— Sim. Com uma condição. Você tem que falar para Dustin
se tornar meu contador.
Capítulo 25

— Eu não posso acreditar! — Willa fechou seu notebook,


muito animada e queria dar a Lucky a boa notícia. Ela havia entrado
em um concurso para ganhar um sistema de computador integrado
para casa1 e ganhou.

Sabendo que Lucky estava em seu escritório trabalhando, ela


decidiu espreitar e contar a ele. Ela praticamente invadiu seu
escritório, querendo se gabar que ela não teria que pagar nenhum
centavo pelo sistema que ele queria. Ela estava tão animada que se
esqueceu de bater. Abrindo a porta, viu ele sentado na cadeira que
dava para janela e Willa parou, olhando as linhas de exaustão no seu
rosto adormecido.

Ela queria acordá-lo e dizer-lhe para vir para a cama. Se o


fizesse, porém, ele faria o que faz todas as noites, faria amor com ela,
em seguida, desapareceria até de manhã. Então, Willa calmamente
saiu do seu escritório sem acordá-lo.

Indo para seu quarto, ela sentou-se ao lado de sua cama. Ela
olhou para o relógio na mesa de cabeceira, vendo que era apenas sete
da noite.

Pegando o celular, ela fez uma ligação que ela deveria ter
feito há duas semanas.

1
— Olá? Willa?

— Oi, Lily. Espero não estar te incomodando.

— Não, eu só estou alimentando John. O que posso fazer


para você?

— Eu estava pensando, se não for muito trabalho, pedir o


livro de receitas de sua mãe? Estou entediada, e a noite é meu
momento favorito para cozinhar.

Lily fez uma pausa. — Eu posso levar para você.

— Não! Como eu disse, eu estou entediada, e eu poderia


tomar um ar fresco.

Mais uma vez ela foi recebida com silêncio, embora


pensasse ter escutado vozes ao fundo.

— Isso é bom, Willa. Vejo você quando você chegar aqui.

— Obrigada, Lily. Eu estarei aí em dez minutos.

Willa colocou seus tênis, então, passou uma escova no


cabelo e puxou-o em um rabo de cavalo. Agarrando sua bolsa e as
chaves, ela deixou para Lucky uma nota rápida, colocando-a no
espelho da penteadeira para que ele pudesse vê-la quando entrasse no
quarto. Ele normalmente não subia até as nove, e ela esperava estar de
volta muito antes disso, mas ela não queria que ele se preocupasse se
ele terminasse seu trabalho mais cedo.

Estava ficando escuro quando ela entrou no estacionamento


dos Last Riders. Estava cheio de motos e vários membros do clube
estavam ao redor, lhe jogando olhares curiosos quando saiu de sua
van.
Ela foi até a passagem lateral que levava até a casa de Lily.
Quando ela passou pelo clube, Willa ouviu música alta e viu a cozinha
cheia de pessoas. Antes que ela pudesse chegar à casa de Lily, Lily
saiu pela porta da frente com o livro na mão. Willa estava
decepcionada. Ela tinha a esperança de encontrar Shade sozinho com
Lily em sua casa.

— Aqui está, Willa. — Lily lhe entregou o livro de receitas.

Willa pegou. — Eu não tive a intenção de fazê-la sair. —


Willa se desculpou.

Ela estava prestes a perguntar se ela poderia falar com Shade


quando Lily balançou a cabeça.

— Eu precisava escapar por um momento. Beth e Diamond


estão jogando cartas. Shade saiu para pegar algumas cervejas para o
clube, ou ele poderia ter trazido aqui fora para você.

— Tudo bem. É uma noite tão bonita e eu queria sair. —


Willa se virou para voltar a descer o caminho. — Obrigada, Lily.

Ela deixou Lily, e caminhou de volta para o estacionamento.


Willa queria confiar em Lily e lhe pedir conselhos. No entanto, Lucky
não ficaria feliz se ele descobrisse que ela estava conversando com a
amiga. Foi uma boa coisa Shade não estar em casa. Havia apenas uma
pessoa que ela precisava falar, e esse era seu marido.

O estacionamento estava mais lotado no momento que ela


fazia seu caminho para sua van com a cabeça baixa, levantando
apenas quando chegou ao seu veículo

— Boa noite, Willa.


Shade estava sentado em sua moto. Ela podia jurar que havia
uma preta estacionada lá quando ela entrou, e não a vermelha cereja
em que ele estava sentado. Rider estava de pé ao lado dele com duas
dúzias de cerveja debaixo de seus braços.

— Shade, Rider. — Ela deu-lhes um aceno de cabeça.

Rider lhe deu uma piscadela.

— Eles estão esperando a cerveja, — Shade o lembrou com


uma carranca.

— Oh sim. Até mais, Willa.

— Boa noite, Rider.

Shade permaneceu sentado na moto com seus olhos azuis


sobre ela. Ela estava prestes a entrar em sua van quando olhou para a
moto em que ele estava sentado novamente.

— Essa se parece com a moto de Lucky.

— Costumava ser. É uma moto do clube agora, até que


alguém a reclame. — Willa congelou. — Moto do clube?

— É uma regra quando você sai do Last Rider, você dá a


moto que você tinha quando se juntou ao clube.

— Isso não é justo.

— Eu odeio dizer isso, Willa, mas os clubes de motoqueiros


não são conhecidos por serem justos.

Willa engoliu a seco. Ela deveria voltar para sua van e voltar
para a cidade, mas não fez isso.
Sua mão que segurava as chaves caiu para seu corpo. —
Você sabe o que está incomodando Lucky?

Shade olhou para ela, sua expressão impassível. Era a única


que o viu usar a menos que Lily estivesse por perto. Várias vezes, ela
foi corajosa o suficiente para olhar em seus olhos e viu... Nada,
nenhuma emoção, nenhuma alma, e ela estava com medo de que, a
menos que ela encontrasse uma maneira de chegar a Lucky um dia,
ela acordaria e veria a mesma coisa nos olhos dele.

— Sim.

Willa lambeu os lábios secos. — Ele está morrendo por


dentro, não é?

— Ele morreu há muito tempo e não quer admitir isso. Esse


é o problema.

— O que há de errado com ele? — Ela sussurrou.

— Quanto você quer saber?

Willa piscou para conter as lágrimas. — Por favor, Shade...


Me ajude.

— Ele vai me odiar se eu te contar... Não que eu me importe


com a bunda de um rato, mas o que eu te falar pode tão facilmente
destruir o seu casamento como salvá-lo. Você está disposta a assumir
o risco?

— Eu amo o Lucky, Shade. Nada que você me diga vai


mudar isso.

— Vamos ver. — Shade se levantou da moto, fazendo sinal


para ela subir os degraus até o clube.
Willa subiu os degraus íngremes na frente de Shade, e dois
motoqueiros que não reconhecia estavam de pé em frente à porta da
frente quando ela chegou ao topo. Ambos pareciam intimidantes,
bloqueando a porta.

— Está tudo bem, RIP, Fang. — Os dois homens saíram do


caminho.

— Eles são recrutas de Ohio, — explicou Shade. Willa não


queria visitar Ohio se era onde eles viviam. Ela esperava que eles
fossem para casa em breve.

Shade se moveu para ficar na frente da porta. A música


estava ainda mais alta do que quando ela tinha chegado.

— Lucky te falou sobre as festas de sexta-feira? — Willa


assentiu com a cabeça.

Shade abriu a porta, fazendo sinal para ela entrar. Pelo que
ela podia ver, ela não queria ir mais longe, mesmo que ninguém no
corredor lhe desse alguma atenção. Eles estavam muito ocupados
fazendo sexo.

Ela reconheceu Jewell com as pernas enrolada em torno dos


quadris de Train enquanto ele se inclinada contra ela. Jewell estava
agarrada sobre o corrimão da escada com sua camiseta puxada para
cima sobre os seios, e ela não estava usando nada da cintura para
baixo. Train não estava vestindo uma camisa e a calça jeans estava
aberta enquanto o seu pau estocava em Jewell.

— Você vem? — Perguntou Shade.


Willa olhou para ele freneticamente, com o rosto pálido para
o que estava acontecendo dentro da sala.

— Ninguém vai tocar em você, — Shade prometeu e Willa


não duvidava de sua palavra.

Ela deu um passo hesitante para dentro, e Shade fechou a


porta atrás dela.

— Por aqui. — Shade caminhava com ela pela sala lotada


imaginando que era assim que Sodoma e Gomorra devem ter
parecido. Ela temia que um raio a atingisse a qualquer segundo,
enquanto andavam pela sala.

Ela estava quase na cozinha quando seus olhos foram


capturados por um casal no sofá. Winter estava sentada no colo de
Viper com a mão debaixo da saia dela. Você não conseguia ver nada,
mas a partir de ambas as expressões, você poderia saber o que estava
acontecendo entre o casal.

Willa quase caiu enquanto corria para a cozinha atrás de


Shade onde a situação estava de mal a pior. Raci estava no colo de
Cash, saltando para cima e para baixo em seu pau. Ela estava de
costas para a porta, mas Willa facilmente reconheceu seu rosto porque
ele estava virado para o lado, dando a Rider um boquete. Vários
membros estavam ao redor do outro quarto em vários estágios de
nudez.

Shade abriu uma porta na parede da cozinha. Quando ela ia


passar apressada por ele, Shade pegou o braço dela.

— Tenha cuidado.
Obrigou-se a se acalmar na medida em que descia os degraus
de madeira. No andar de baixo, ela viu vários equipamentos de
musculação diferentes e pesos contra uma parede, e havia também um
sofá e cadeira. O quarto era grande com um poste de metal no centro.
Felizmente, esta parte da casa estava vazia, e ela foi capaz de
recuperar o fôlego.

— Por aqui. — Shade atravessou o quarto, passando por uma


porta em um corredor. Ele foi até a porta no final, abrindo-a depois de
uma breve batida.

Willa ficou de boca aberta quando ela entrou depois Shade.

Rachel estava de joelhos sobre a cama, dando a Cash um


boquete.

— Droga, Shade. — Cash estalou.

A boca de Rachel saiu do pau de Cash com um pop. Em


seguida, sua amiga freneticamente começou a puxar uma coberta
sobre ela, se enterrando abaixo dela.

— Eu preciso do quarto. — Willa poderia ter jurado que


ouviu diversão na voz de Shade. Ela olhou para longe, enquanto Cash
se vestia e calçava as botas, pegando a camisa de baixo da cama.

— Eu não acho que Lucky ficaria feliz em ouvi-lo dizer isso,


— Cash comentou.

Shade não respondeu, forçando Willa esclarecer o equívoco.


— Nós só vamos conversar.

Ambos os homens riram de sua expressão.


— Willa, eu sabia disso. — Cash foi para a cama. — Vamos,
Rachel.

— Não, eu não vou sair. Nunca. Diga-lhes para irem


conversar na casa de Lily.

— Preciso deste quarto, — Shade se estressava.

— Eu não me importo. Eu não... — Um grito alto encheu o


quarto quando Cash foi para a coberta para puxar sua esposa. Rachel
não soltou as cobertas quando Cash a jogou por cima do ombro, indo
até a porta.

— É todo seu.

— Obrigado, irmão, Rachel.

— Seu maluco bast...! — Shade bateu a porta no insulto de


Rachel.

— Ela está muito brava com você, — observou Willa.

— Ela vai superar.

Quando Shade foi para um grande armário, de madeira


contra a parede, Willa olhou ao redor do quarto. A cama era enorme,
com um cobertor preto. Era de aparência masculina e... Sexy. Willa
teve vergonha dos sentimentos pecaminosos crescendo em seu corpo,
sabendo que sua mãe ficaria mortificada por ela ter pensado na
palavra.

Shade abriu uma porta do armário, em seguida, pegou um


conjunto de chaves do bolso e desbloqueou o outro lado. Curiosa,
Willa caminhou para olhar para dentro.
Havia várias gavetas dentro do guarda roupa. Algumas eram
meia-gavetas; Outras eram gavetas inteiras; todas tinham fechaduras.
Uma na parte de baixo era duas vezes maior do que o resto, e Shade
deslizou uma chave menor dentro, em seguida, abriu a gaveta,
revelando livros de couro. Havia também uma moldura de vidro em
exposição.

— Sente-se no sofá, — Shade ordenou.

Willa se sentou enquanto Shade retirava os objetos da


gaveta, colocando ao lado dela. Depois se sentou em cima da mesa de
café de frente a ela.

Pegando a moldura de exposição, ela foi capaz de ver várias


medalhas e uma bandeira.

— Lucky te falou algo sobre a época em que ele esteve no


serviço?

— Ele me disse que o irmão de um amigo foi morto, e ele se


sentia responsável.

— Ele não era responsável. Eu disse a ele isso, seus


superiores lhe disseram isso, e isso lhe diz que ele não era
responsável. — Ele apontou para a moldura - Mas ele não consegue
se livrar disso porque ele fez essa promessa a Bridge.

O rosto de Shade se espremeu. — Os Last Riders se


conheceram quando estávamos a serviço no exterior, e nós
continuamos amigos mesmo depois que saímos. Eu tenho pensado ao
longo dos anos sobre o que manteve a nossa amizade forte, o que nos
diferencia, o que nos impede de nos separarmos e nos falarmos apenas
ocasionalmente. — Shade deu de ombros. — Nós funcionamos bem
juntos como uma unidade. Nós cobrimos um ao outro, e nós
confiamos uns nos outros. Cheguei à conclusão que cada um de nós
tem um código que vivemos que nos torna os homens que somos.

— Qual seria o de Lucky? — Willa olhou para a moldura em


suas mãos.

— Você me diz.

— Honra.

— Sim. Eu conheci Lucky quando ele ainda era um pastor


no serviço militar. Eu entrava e saía dos campos durante diferentes
momentos, e eu nunca tive muito contato com ele, mas, mesmo o
pouco que vi dele, vi que a guerra estava deixando seus efeitos sobre
ele. Após a esposa de Knox Sunshine morrer, ele não conseguia fazer
mais isso. Ele não podia contar mais para um irmão que alguém que
amavam não estava voltando para casa. Eu pensei que ele deixaria o
serviço militar, mas ele se reergueu, entrando para se formar como um
Seal, e saiu sendo o primeiro da sua classe. Se Lucky não conseguia
salvá-los com a bíblia, ele tinha feito a sua mente para salvá-los com
um rifle. Seu senso de honra o fez querer se certificar que ele pudesse
trazer tantos irmãos para casa quanto conseguisse, mesmo que tivesse
que sacrificar todas as suas crenças, mesmo que fosse a sua própria
vida que ele perdesse.

— João 15:13 — Ninguém tem maior amor do que aquele


que dá a sua vida pelos seus amigos. — Willa citava suavemente.

— Ele esteve em todas as missões perigosas nas piores áreas.


Então Bridge pediu para Lucky vigiar o seu irmão mais novo, quando
eles foram orientados a esvaziar uma aldeia antes que o inimigo
atacasse, e Lucky prometeu que faria.

— Willa, o que eu estou prestes a lhe dizer é confidencial.

— Juro por Deus que não vou repetir o que você me falar. —
Willa disse seriamente.

— Eu sei que você não vai, ou eu não teria lhe contado, tanto
quanto eu já falei.

Shade se inclinou para frente, colocando os antebraços nas


coxas enquanto contava o passado de Lucky.

— Foi dado a nós, seis horas para evacuar uma aldeia com
mil e seiscentas pessoas. Eu estava num lugar alto para alertá-los se
algum inimigo se aproximasse, mas tive ordens para não fazer a minha
presença conhecida. Houve informação que um alvo que o governo
queria que fosse retirado estaria presente quando as forças inimigas
atacassem, e o governo queria muito esse alvo.

— Dois esquadrões entraram. Lucky, Kale, Razer, e outros


quatro estavam esperando. Eles receberiam os refugiados. O outro
esquadrão os levaria para a segurança. A evacuação estava indo bem
até que um dos refugiados não gostou de ser apressado e virou para os
soldados. Ele agarrou a arma de Kale e atirou nele. Ele foi baleado na
perna e no braço.

— O resto dos soldados continuou com a evacuação,


enquanto Razer e Lucky ajudavam Kale. Levou um tempo, e o
inimigo estava chegando lá mais cedo do que a informação havia
previsto. Lucky ligou para pedir evacuação na aérea para Kale, então
Train e sua equipe estavam a caminho para tirá-los. Nesse ponto,
todos estavam sendo evacuados exceto o esquadrão de Lucky, e esses
dez homens foram deixados para enfrentar o inferno que estava
prestes a abrir.

— Tenha em mente, que eu não estava autorizado a sair da


cobertura e lhes dar apoio. O alvo que eu estava atrás era muito
importante. Eu tive que assistir os homens lutando uma das lutas mais
sujas que eu já presenciei. Lucky derrubava soldado após soldado,
mas eles precisavam de uma pausa para que Train pudesse pousar o
helicóptero e tirar todos os homens.

— O que Lucky fez?

A boca de Shade tremeu. — O bastardo louco foi e


encontrou uma brecha na linha inimiga, em seguida, saiu furtivamente
da cidade que não estava protegida. Ele sorrateiramente entrou por
trás das linhas inimigas. Era uma missão suicida. Ele detonou
explosivos que deu tempo para Train aterrissar e colocar o esquadrão
a bordo.

— Como Kale morreu? — Willa sussurrou mal conseguindo


falar sem começar a chorar.

— Ele sangrou. Ele morreu quando Lucky estava ajustando


os explosivos. Os homens tentaram conseguir transportar o seu corpo.
Dois homens foram baleados tentando trazê-lo. Razer ainda tentou,
arriscando sua própria vida até que recebeu o comando para deixá-lo.

Willa mordeu a mão dela, percebendo que deveria ter sido


uma tortura para os homens deixar um deles para trás.
— O helicóptero decolou sem Kale e Lucky. Ambos eram
irrecuperáveis.

— Lucky foi deixado para trás? — Willa gritou.

— O esquadrão não teve escolha; ele estava atrás das linhas


inimigas. Train estava sob ordens, e ele teve que pensar nas vidas que
estavam no helicóptero. Ele tinha seu próprio esquadrão para proteger,
além dos membros do esquadrão restantes.

— O que aconteceu com Lucky?

— O bastardo sortudo os fez persegui-lo por uma hora. Eles


chegaram perto o suficiente para matá-lo três vezes, mas ele continuou
tentando encontrar esconderijos para ficar por curtos períodos de
tempo. O último quase o pegou, mas ele conseguiu encontrar abrigo
entre duas rochas.

— Como ele saiu?

— Train desafiou as ordens e voltou para ele sozinho. Ele


não foi autorizado a voar por seis meses e foi rebaixado por esse
golpe. — A mão de Shade bateu o vidro que cobria as medalhas. —
Ele recebeu estas por salvar aquelas vidas naquele dia, mas ele nem
sequer olha para elas. Eu emoldurei para ele, porque ele merecia cada
uma dessas medalhas malditas.

Shade pegou as outras medalhas, e as colocou no colo. —


Ele recebeu essa por salvar uma aldeia, quando ele era um pastor. Ele
ficou para trás porque havia crianças e ele se recusou a sair. As
crianças estavam doentes e não podiam ser movidas. O pelotão o
deixou para trás. O único que ficou foi Razer. Ele recebeu uma
medalha também.

Shade colocou outro livro grande de couro em seu colo e


abriu. — Ele ganhou este por salvar um enviado dos EUA que
escoltava comida pra uma cidade que estava lentamente morrendo de
fome. Apenas cinco homens ganharam esta medalha, depois que
terminou.

O último livro de couro estava no colo e continha nove


medalhas diferentes de vários tamanhos com uma maior na parte de
cima. — Lucky foi premiado pelo presidente. O resto delas são dos
diferentes estados que passavam o gasoduto de drogas e armas de fogo
que Lucky prendeu enquanto estava disfarçado como pastor Dean.

— Disfarçado?

— Lucky era um agente especial da ATF.

— Ele nunca me disse.

— Mais uma vez, isso é tudo confidencial. Várias fontes que


ele usou poderiam ser mortas se as pessoas erradas descobrissem de
onde vieram as informações para fazer as prisões. Isso também foi
fundamental para encontrar várias mulheres que foram sequestradas
por um cartel de sexo, e Lucky salvou a vida de Lily.

— O que você está olhando, Willa, é a vida de Lucky. Ele


salvou centenas de vidas e tem feito à diferença em centenas de
outras. Ele é um herói de merda, mas ele não aceita viver com um
fato.

— Qual? — Willa engasgou.


— Que ele não pode salvar a todos.

— Ele não pode honestamente acreditar nisso... Ninguém


tem esse poder. Só Deus. — Os dedos de Willa tremiam enquanto ela
segurava a prova que Lucky tinha tentado, quase a custo de sua
própria vida, fazer exatamente isso.

— Logicamente, Lucky sabe disso, mas isso é o que o


transtorno pós-traumático faz com você – te fode.

— É por isso que ele não consegue dormir.

Shade olhou diretamente para ela. — Sim. Estava melhor


aqui na sede do clube, mas está ficando pior.

— Por causa de mim, — ela disse, olhando para ele. — Por


quê?

— Eu não sei. Você tem que fazer essa pergunta a Lucky.

— Por que você acredita que o transtorno está cada vez pior?

— Os irmãos e eu mantivemos Lucky fisicamente ativo. Nós


o irritamos para que ele fosse até o ginásio para trabalhar sua
agressividade. Nós o mantivemos ocupado com a papelada e missões.
Nós também iniciamos os recrutas, e com certeza ele sempre era um
dos escolhidos para lutar.

— As mulheres, também. — Willa mordeu o lábio. — Ele


usava facas nelas.

— Não é como você está pensando, Willa. Não se trata de


corte; trata-se de confiança. Lucky é um mestre com essas coisas. Ele
nunca cometeu um erro com elas.
— Você teria que confiar muito em alguém para deixá-lo
colocar uma faca em sua garganta, — Willa disse com tristeza.

Shade apontou para as medalhas ainda em seu colo. — Você


realmente acredita que o homem que ganhou essas medalhas poderia
machucar uma mulher, especialmente uma que ama o suficiente para
arriscar sua sanidade?

— Você acha que ele sabia que seria difícil sair dos Last
Riders?

— Sim, foi difícil para ele quando ele estava à paisana, mas
a construção dos casos o manteve ocupado, e os paroquianos.

— Ele não tem isso agora, e ele se afastou do clube.

— Exatamente.

— Eu não pedi para ele sair.

Shade se levantou, levando as medalhas para longe dela e


guardando-as de volta no armário antes de trancar a gaveta, em
seguida, trancou o guarda roupa.

— Eu queria elas, por favor.

— Elas não são minhas para dar. — Shade colocou as mãos


nos bolsos, indo para o lado da porta. — Você pode não ter pedido a
ele para sair, mas você sabia que ele estava saindo por sua causa. Ele
já se sente culpado porque Bridge quer prejudicá-la. Você sabe que ele
sempre disse que se casaria com uma puta?

— O quê? — Willa engasgou. Ela não sabia se ficava feliz


ou triste que ela não se encaixava na imagem da esposa perfeita de
Lucky.
Ela pensou que a boca de Shade tremeu, mas ela não tinha
certeza.

— Ele vai te dizer que era por causa de Bridge, que ele não
queria deixar uma mulher que não podia seguir em frente, mas
acredito que ele sabia que seria difícil deixar os Last Riders. A puta se
encaixaria no clube.

— Isso é verdade, — Willa confirmou então franziu a testa.


— Há algo que eu não entendo. Porque que Bridge ameaçou matar a
mulher que Lucky amasse e não Lucky.

— Ele ameaçou, mas se Lucky descobrir que Bridge está em


qualquer lugar perto de você, ele vai matar Bridge. Lucky é um
cristão, mas ele não vai se importar de ir para a prisão se ele pensar
que alguém com quem ele se preocupa está em perigo.

Willa levantou, caminhando pela grande cama antes de virar


o rosto para Shade. — Lucky precisa dos Last Riders para se curar.

— Sim e não. Ele precisa de você também.

Willa baixou a cabeça. — Eu não posso compartilhá-lo, e eu


realmente não quero deixar ninguém me tocar. — Ela olhou para cima
para ver sua reação.

Os braços de Shade estavam cruzados sobre o peito. — Lily


e Beth parecem felizes para você?

— Você quer dizer... Eu pensei que viviam...

— Rachel e Cash têm a sua própria casa. Lucky iniciou a


fundação de uma casa a alguns metros da casa de Razer.
— Ele não me falou... — Willa não sabia o que fazer. Para
ajudar a Lucky, ela teria que abrir mão do que pensava ser o tipo ideal
de casamento que ela e Lucky deveriam ter. Ela seria aquela que faria
a maioria das mudanças e aceitaria um grupo de pessoas como família.

— Posso te perguntar mais uma coisa? — Ela perguntou


hesitante.

— Vá em frente. — Desta vez, não havia dúvida sobre a sua


diversão.

Ela apontou para o andar de cima. — É sempre assim, ou é


apenas uma noite selvagem?

— Fica pior. — Willa empalideceu.

— Eu conheço você, Willa. Você é forte o suficiente para


fazer um lugar para si mesma no clube. Lucky vai ajudá-la a encontrar
as partes que você gosta e evitar o resto. Isso pode funcionar se você
quiser.

Willa assentiu, caminhando em direção a ele, e Shade abriu a


porta para ela.

— Algo que você disse sobre quando Lucky estava por trás
das linhas inimigas... Você disse que tinha ficado entre duas rochas.
Como ele conseguiu sair de lá para chegar ao helicóptero?

— Isso é outra pergunta. — Ele se afastou para que ela


pudesse passar. Em vez disso, ela parou em frente a ele, com lágrimas
correndo por suas bochechas, mal sendo capaz de vê-lo enquanto
tentava pisca-los de volta.
— Você quebrou o disfarce, não foi? Você salvou sua vida, e
não foi a última vez, foi? — Ela foi para os dedos dos pés, levantando
até a beijar Shade em sua bochecha. — Obrigada.

— Por nada.
Capítulo 26

Willa chegou à igreja, aliviada quando ouviu Lucky no


chuveiro. Sorrindo maliciosamente para si mesma, ela pegou a roupa e
vestiu o conjunto de sutiã e calcinha que Sex Piston lhe deu. Ela mal
teve tempo de jogar a roupa no cesto e se arrumar na cama. Sem
tempo de sobra, ela encontrou o controle remoto na mesa de
cabeceira.

Lucky estava secando o cabelo com uma toalha e com outra


casualmente enrolada na cintura, quando ele parou na frente da cama,
ficando de boca aberta.

— Como está o andamento da sua casa?

— Bem. — Willa não cruzou os dedos. Tinha certeza que a


casa estava progredindo bem. Ela levantou o controle remoto na mão.
— Quer jogar?

— Sim, eu quero jogar. — Ele jogou a toalha da mão na


cadeira, em seguida, tirou a que estava em seus quadris, jogando-a em
cima da outra.

Willa riu quando Lucky saltou sobre a cama. Antes que ele
pudesse tocá-la, no entanto, ela se afastou.

— Eu te amo tanto, Lucky.

— Eu também te amo, sereia. Venha aqui.

Willa sacudiu a cabeça, provocando. — Pergunte-me quanto.


— Quanto?

— Pergunte-me o quanto eu te amo. — A expressão de


Lucky ficou séria. — O quanto você me ama?

Willa estendeu os braços separados, tanto quanto ela podia.


— Tanto assim. — Ela se arrastou para frente, envolvendo os braços
em volta dele. Lucky girou o corpo até que ela estava deitada debaixo
dele. — Sereia, não há palavras para descrever o que eu sinto por
você.

— Não há?

— Não, mas eu posso te mostrar.

Lucky mostrou a ela com cada toque de sua boca contra seu
corpo. Quando a mão dele pegou a dela, colocando-a em seu pau, ele
mostrou o desejo que ele tinha por ela. Willa pegou sua mão, lhe
mostrando a resposta de seu corpo. Ela passou a boca contra seu
mamilo. — Eu tenho algo para confessar. Eu gosto de suas tatuagens.

— Obrigado.

— Um monte. — Ela o empurrou de volta na cama,


erguendo-se sobre ele, seus seios roçando seu peito. O sutiã que ela
usava mal os continha. Willa colocou um joelho no outro lado de seu
quadril, montada nele. — Estou muito pesada?

A mão de Lucky bateu em seu bumbum, e Willa passou a


mão para aliviar a leve picada enquanto fazia beicinho para ele.

— Você poderia ter apenas dito não.

— Eu pensei que essa resposta seria mais eficaz.


— Tipo perdi o clima, — disse ela.

— Deixe-me ver se eu posso ajudá-la a encontrá-lo


novamente. — Lucky sorriu impertinentemente para ela, cada mão
deslizando subindo pela coxa até que elas se encontraram em sua
boceta com os polegares descansando em seu clitóris.

Willa se esfregou contra ele.

— Não. — Lucky tirou as mãos.

— Você quer fazer amor, não é?

— Sim. — Lucky arqueou seus quadris debaixo dela,


pressionando seu pau contra seu monte. Em seguida, suas mãos foram
para seus seios, puxando-os das taças do sutiã, até que estavam
empurrados para cima e emoldurados pelo material leopardo.

— Senhor tenha misericórdia. — Lucky respirava. Willa


colocou as mãos sobre o peito dele, explorando os cumes de seus
músculos. — Eu digo isso cada vez que você me toca, — ela
confessou.

Ela beijou o queixo firme que a fazia derreter. Em seguida,


ela lambeu a ondulação de sua garganta, sentindo-o engolir a seco.

As mulheres em sua despedida de solteira tinham


compartilhado o gatilho particular que as deixavam com tesão. Só de
olhar para Lucky a deixava dessa maneira: Cada vez que ele estava ao
lado dela quando o sermão terminava, quando ele piscava para ela,
quando ele pegava outro biscoito de aveia, ou mesmo quando ele
ficava com raiva porque ela insistia em servi-lo na mesa. Não havia
nada sobre o marido que ela não gostava... Exceto uma coisa.
— Pare de me provocar, — ela gemeu quando ele colocou as
mãos atrás da cabeça.

— O que você vai fazer sobre isso? — Ele sorriu para ela.

Os olhos de Willa se estreitaram para o marido arrogante,


acreditando que ele precisava de uma lição ou duas. Por ter sido atenta
pelo tempo suficiente para saber qual era o gatilho de Lucky, Willa
deu a seu marido um sorriso exageradamente doce que lhe trouxe uma
carranca preocupada em sua testa. Ela se afastou de seu corpo,
levando seus seios ao nível dos olhos dele, em seguida, soltou o fecho
da frente, deixando seus seios balançando livres. Os olhos de Lucky se
arregalaram. Ele se inclinou para frente, mas antes que ele pudesse
prender um mamilo em sua boca, ela se afastou ainda mais, colocando
beijos de borboleta em seu estômago plano. Quando ouviu seu
gemido, ela deslizou suas pernas entre as dele. Pegando seu pau em
sua mão, ela ajeitou o corpo, em seguida, sedutoramente - Ela
esperava - Esfregou seu pau contra seu seio, usando a coroa de seu
pau para provocar seu mamilo. Quando as mãos dele apertaram os
lençóis, ela soube que tinha ele.

Ela baixou a cabeça, sacudindo a ponta com a língua para


deixá-lo molhado, e depois apertou-a contra seu mamilo. Seus olhos
vidraram quando viu a umidade agarrada a seu mamilo.

Sua cabeça baixou novamente, e desta vez, ela girou sua


língua por toda a cabeça antes de se levantar e colocar a ponta contra o
outro mamilo.

— Sereia... — Ele não precisava dizer a ela; ela podia ver


pela sua expressão que ele estava prestes a perder o controle.
Rapidamente, ela apertou seu pau na fenda entre os seios.
Usando sua mão, ela acariciou lhe o mais rápido que podia, e ele
praticamente arrancou os lençóis da cama, ele gozou muito. Willa
esperou até que ele terminasse de tremer antes de liberá-lo e rastejar
de volta para se deitar ao lado dele.

Lucky se virou para seu lado. — Lembre-se de nunca ficar


com raiva de mim.

— Eu vou.

— Isso vai me levar alguns minutos para me recuperar.

— Nós temos a noite toda.

— Eu sei o que vai me fazer duro novamente em um


segundo. — Ele tentou ser útil sem enganá-la.

— O quê? — Ela disse, sentindo sua mão deslizar sob sua


calcinha.

— Faça isso de novo.

Lucky estremeceu acordando, respirando pesadamente. Ele


se sentou ao lado da cama, com raiva de si mesmo por adormecer. Ele
tinha sido muito cuidadoso para não cair no sono ao lado de Willa,
mas esta noite, havia uma nova confiança nela que a fez iniciar a sua
intimidade, e tinham passado a maior parte da noite fazendo amor.
Independentemente disso, ele tinha a intenção de apenas deitar ao seu
lado o tempo suficiente para ela adormecer.
De pé, ele foi para o seu armário e pegou um jeans. Incapaz
de suportar o pensamento de qualquer outra coisa em seu corpo, ele
silenciosamente saiu do quarto. O piso de madeira debaixo de seus pés
o lembrou de que ele estava em casa e não no exterior, tentando
descobrir como salvar a vida de Kale.

Ele respirou fundo o ar assim que ele saiu. Correndo a mão


pelo cabelo úmido, ele chegou à conclusão que teria que tomar a
medicação que esteve evitando desde que tinha saído do serviço.
Willa já estava preocupada, e ele não a preocuparia por ser incapaz de
dormir com ela fazendo-a pensar que era culpa dela.

— Lucky…

Assustado, ele quase se virou para a sua voz.

— Vá para dentro. — Ele cerrou os punhos com a aspereza


involuntária em sua voz. — Por favor, vá para dentro. — Desta vez,
ele foi bem sucedido em fazer sua voz parecer normal.

— Deixe-me ajudá-lo.

Compondo sua expressão, ele virou as costas para o sol


assim que estava começando a subir no céu.

Willa estava parada a cinco passos de distância, levantando


sua mão para ele.

— Eu não quero machucá-la, Willa. Você não está segura


comigo. Vá...

Ela deu um passo mais perto, sem baixar a sua mão. — João
1: 5 'E a luz resplandece nas trevas, e as trevas não a compreenderam.
— Você não sabia que estava levando uma bagunça fodida
quando se casou. — Ele deu um passo para trás.

— Você está lutando uma guerra cruel que você não pode
ganhar Lucky. Você não é responsável por Kale ou nenhuma morte
daqueles homens. Você é um herói.

Ele fez uma careta. — Eu não sou um herói.

— Sim, você é. — Ela insistiu. — Você deixou os Last


Riders porque você me ama, e eu estou pedindo para você voltar para
eles pela mesma razão.

— Você iria odiar. Eu poderia estar mais feliz, mas você


seria infeliz.

— Romanos 12:18. — Se for possível, quanto estiver em


vós, tende paz com todos os homens. — Enquanto estivermos juntos,
eu não me importo onde vivemos. — Sua sinceridade começou a
afundar a escuridão que nublava seus pesadelos.

— Você é muito bondosa. Os homens não serão educados o


tempo todo. Na verdade, eles são geralmente idiotas, e as mulheres
podem ser mal-intencionadas.

— Provérbios 27:17. — As pessoas aprendem umas com as


outras, assim como o ferro afia o próprio ferro. — Vou aprender a dar
tão bem quanto receber.

— Eu seria o vice-presidente. Haverá coisas que eu farei que


vão contra as crenças da igreja.
Mateus 22:21. — Dai, pois, a César o que é de César; e a
Deus o que é de Deus. — Eu sei que, mesmo se você deixar a igreja,
Deus habitará em nossa casa. — Ela disse com certeza.

Willa deu mais um passo para frente, em pé diretamente na


frente dele, ainda segurando a mão para ele. Seu amor e fé brilharam
claramente nos seus olhos enquanto o sol brilhava diretamente nela
dando início a um novo dia, uma nova vida que eles estavam prestes a
começar.

— Você estava destinada a ser a esposa de um pastor, —


disse ele dolorosamente.

— Eu estava destinada a ser sua esposa. — Seu voto


sussurrado o libertou da sua última dúvida.

Lucky estendeu a mão, pegando a dela. Avançando para


frente, ele agarrou o futuro que Deus e Willa ambos idealizaram para
ele.
Capítulo 27

— Oi, Douglas, entre. Eu não estava esperando você. —


Willa abriu a porta quando o caseiro entrava.

— Eu queria repassar os custos da cozinha com você mais


uma vez, antes que eu tire os armários.

— Isso é bom. Lucky foi para o hospital visitar Angus. Ele


está ficando muito melhor. Eu passei lá hoje no almoço.

— Eu sei. Ele me disse que você apareceu, e que Lucky


estava indo esta noite.

— Esperamos que eles consigam baixar a sua pressão


arterial e lhe dê alta amanhã. Vamos para a cozinha, e você pode me
mostrar... Você não trouxe a planilha? — Ela olhou por cima do
ombro, curiosamente, olhando para as mãos vazias.

— Não…

Quando entraram na grande cozinha da igreja, Douglas


parou quando Dustin virou ao redor, e frustração momentânea
atravessou o rosto de Douglas.

— Não se preocupe; Dustin não vai se importar em fazer


uma pequena pausa em nossa reunião. Ele está enchendo a cara com
um novo bolinho que eu estou trabalhando.

— Eu deveria ter ligado antes. Eu não queria interromper...


Willa dispensou sua preocupação. — Não seja bobo. Sente-
se. Eu tenho um pote de café fresco, e você pode me dar a sua opinião
sobre o bolinho.

Os ombros de Douglas caíram quando ele cedeu, se


sentando.

Willa apresentou os dois homens, enquanto ela servia o café


de Douglas e pegou para ele o maior bolinho da bandeja, colocando-o
em um pires bonito com um guardanapo de papel. Cantarolando, ela
pôs na frente dele, em seguida, se sentou à mesa ao lado dele,
enquanto Douglas olhava para o bolinho e café sem fazer nenhum
movimento para tocar em nada.

Colocando a sua cadeira mais perto da mesa, colocou o


cotovelo na mesa, apoiando a bochecha em sua mão, querendo ver a
reação dele quando mordia o bolinho. Ele hesitou até que ele olhou
para cima e viu que ela estava esperando ansiosamente.

— Eu estou trabalhado em aprimorar uma receita que eu


encontrei em um livro de receitas antigo por dois dias.

— Parece delicioso. — Ele não soou como se achasse que


era bom.

Willa franziu a testa, em seguida, sorriu quando ele deu uma


grande mordida.

— Está ótimo. É ainda melhor do que o de chocolate. — Ele


lambeu um montão de cobertura do seu lábio. — Eu sinto o gosto de
uísque?
Willa assentiu. — Será que eu usei muito? Eu não bebo,
então eu não pude provar.

— Você pode diminuir um pouco. — Ele aconselhou,


tomando um gole de café.

— Eu disse que ela deve colocar um pouco mais, — Dustin


disse, se levantando para pegar outra fatia.

— Esse é o seu último, — Willa ameaçou. — Eu não acho


que você vai ser capaz de dirigir, se você comer mais.

Dustin se sentou mordendo outro bolinho. — Eu posso


imaginar a cara de Knox se ele me parar e eu disser que eu estive
comendo bolinho alcoolizado.

— Eles não estão alcoolizados; eles são de álcool. — Willa


corrigiu.

— Eles estão totalmente alcoolizados, — Douglas


murmurou, dando outra mordida.

— Eu vou ajustar a receita. — Ela colocou toda sua atenção


em Douglas. — Então, você quer falar sobre os custos?

— O que? Oh sim. Eu lhe enviei o custo dos novos armários.

Willa pegou seu celular, abrindo o seu e-mail, e então ela


começou a ter palpitações no coração com a figura que ela estava
olhando.

— Eu só queria armários brancos comuns.


— Você já tem esses. Pelo mesmo preço, você pode ficar
com esses. Eles estão à venda, e com meu desconto, é um bom
negócio.

— Os brancos estão com desconto? Se eles estiverem, eles


seriam mais barato. Eu poderia economia...

— Eles não estão à venda. — Douglas a cortou.

Willa olhou para a foto, sua mente passando o custo total do


projeto.

— Fique com os armários. A reforma da cozinha sempre


aumenta o valor da casa.

— Eu sei mas…

Eles negociaram e ela finalmente ficou satisfeita quando


Douglas prometeu verificar o preço de um concorrente. Ela também
lhe mostrou um anúncio da venda de um tapete que ela tinha escolhido
para o lado de fora, lhe dizendo que lhe daria um cheque para ir em
frente e fazer a compra.

— Eu disse que seria melhor esperar. Eles sempre dão


descontos no primeiro dia do mês. Economizei oitenta e nove dólares.
— Willa disse com orgulho.

— Eu vou cuidar disso amanhã, — Douglas disse,


levantando e carregando seu copo sujo para a pia. — Eu preciso ir.

— Eu te vejo depois desta semana. Lucky queria passar lá


ontem, mas nós não tivemos tempo. Estamos empacotando...

— Você está se mudando? — Douglas perguntou


abruptamente.
— Não se preocupe; eu não estou voltando para minha casa.
Estamos mudando apenas da cidade. Lucky quer construir sua própria
casa.

— E sobre essa que você está reformando?

— Eu provavelmente vou alugá-la. Eu quero guardá-la para


meus filhos.

— Entendo.

Pela sua cara mau humorada, ela não achava que ele
entendia, mas ela não se intrometeu. Douglas era um bom homem que
gostava de sua privacidade e não se intrometia nos negócios dos
outros, de modo que ela não viu nada de errado em estender a mesma
cortesia.

Ele estava quase fora da porta da frente, quando ela se


encontrou com ele. — Eu coloquei numa caixa dois bolinhos.

— Oh, obrigado. — Ele acenou para Dustin que tinha


seguido Willa pelo corredor. — Foi bom conhecê-lo.

— Você também, — Dustin disse, estendendo a mão. — Eu


não comeria mais desses se você for dirigir, — brincou.

Willa pensou ter ouvido Douglas dizer: — Não porra.

Depois que a porta foi fechada, ela se virou para Dustin. —


Ele falou...?

— Ele disse que eles estavam um pouco doces demais.


— Sério? Então talvez eu deva cortar um pouco do açúcar.
— Willa pensou em voz alta, enquanto caminhavam de volta para a
cozinha.

— Você faz isso, adicione um toque a mais de uísque, e você


terá um vencedor.

— Você acha?

— Sim. Quando você os fizer novamente me mande uma


mensagem. Vou prová-los para você de novo. — Willa sorriu,
enchendo novamente sua xícara de café. — Você não usou o seu terno
que eu comprei para você hoje.

Dustin perdeu a expressão feliz. — Não, você disse que


Lucky não estaria aqui hoje. Eu ainda não vejo nada de errado com
jeans e uma camiseta. — Ele alisou sua camiseta com — Eu Curto —
e uma imagem de uma planta. Willa pensou que poderia ser uma
imagem de maconha, mas não tinha certeza.

— Não é exatamente profissional, — ela disse


delicadamente, não querendo ferir seus sentimentos. — Lucky é o
meu marido. Eu quero que ele tenha confiança em você.

— Funcionou?

— Oh, sim. — Willa assentiu alegremente. — Você foi


incrível. Eu sabia que você seria.

Dustin corou, olhando para ela, e ela foi pegar a jarra de café
em seguida, se virou quando ouviu Dustin cumprimentar Lucky.
Quando Lucky veio para o balcão, puxando ela em seus
braços a beijou deixando-a sem fôlego, ela teve que segurar no balcão
quando ele a soltou.

— Como está você hoje à noite, Dustin? — Lucky perguntou


se servindo de uma xícara de café.

— Já estive melhor, — ele disse, pegando sua pasta.

— Você comeu bolinhos demais? — Willa perguntou com


preocupação.

— Não, eu pulei o jantar. Muitos doces em um estômago


vazio, eu acho. — Sua expressão estava abatida.

— Eu deveria ter perguntado. Eu sinto muito. Eu poderia


fazer um sanduíche, se quiser. — Ela colocou a mão em seu braço em
simpatia.

Ele parecia prestes a aceitar e depois mudou de ideia,


olhando para Lucky por cima do ombro. — Tudo bem. É a vez de
Greer cozinhar. Eu tenho certeza que há uma abundância de sobras.

— Não me levaria muito tempo.

— Não, não se incomode. Vou vê-la em alguns dias, Willa.

Ela começou a segui-lo até a saída, mas Lucky passou por


ela, seguindo-o, Willa começou a lavar os pratos. Ela não tinha
muitos, porque ela gostava de lavá-los quando usava.

— Por que você não usa a máquina de lavar louça? — Lucky


perguntou, voltando para a cozinha.
— Eu não tenho pratos suficientes para lavar uma carga
completa.

Ele a puxou em seus braços. — Você poderia simplesmente


empilhá-los na máquina de lavar até que você tivesse uma carga
completa.

— Eu não gosto de pratos sujos. Minha mãe sempre me disse


que uma esposa tem que manter uma casa limpa.

— Willa, eu já lhe disse que é um conceito fora de moda. Eu


posso ajudar com as tarefas. Quando nos mudarmos para o clube em
dois dias, você vai ter que se acostumar com as tarefas serem
repartidas entre os membros.

Seus olhos escureceram de preocupação. — Isso significa


que eu não poderei cozinhar o seu café da manhã todas as manhãs?

Lucky suspirou. — Sereia, por que fazer o meu café todas as


manhãs? Eu sei como preparar uma tigela de cereais.

— Eu quero que você esteja saudável, e o café da manhã é a


refeição mais importante do dia.

Lucky deslizou suas mãos para seu traseiro. — Eu sei qual é


a mais importante. — Ele a levantou até que suas pernas estavam em
volta de sua cintura. Então ele se virou, colocando-a sobre o balcão
metal.

— O que?

— Hora do lanche.

Willa riu. — A hora do lanche não é uma refeição.


— Oh, sim, é. — Sua boca beijou a base de sua garganta
enquanto ele desabotoou a blusa rosa claro, puxando-a para fora.

Ela estava usando um novo sutiã de renda que tinha


encontrado com desconto, e as taças mal cobriam seus mamilos.

— Eu poderia gozar apenas olhando para seus seios. — Ele


puxou os seios para fora do sutiã antes de colocar suas costas para o
balcão ao lado dos bolinhos. Ele tirou seus jeans e tênis.

— Alguém poderia entrar, — Willa sussurrou.

— Eu tranquei a porta quando Dustin saiu.

Ela o ouviu abrir uma gaveta ao lado dela, onde os utensílios


eram mantidos, e seu coração parou de bater quando ela viu uma faca
de manteiga em suas mãos.

— Lucky…?

— Eu não tive a oportunidade de experimentar o novo sabor.


Dustin gostou deles?

Willa não gostou do olhar em seus olhos. Estava deixando-a


nervosa. Ela teria pulado para fora do balcão se Lucky não tivesse
pressionado a mão em seu estômago, mantendo-a imóvel. Ele usou a
faca de manteiga para pegar uma pequena quantidade de cobertura, em
seguida, passou em seu mamilo. Ela mexeu sem sucesso, enquanto ele
repetiu o mesmo no outro, em seguida, jogou a faca na pia.

O metal frio em suas costas a fez estremecer enquanto suas


mãos agarravam a borda do balcão. Lucky abriu sua calça jeans,
puxando seu pau duro. Então ele deu um sorriso satisfeito enquanto
ele passava o polegar sobre seu clitóris, e ela sabia que seu marido
arrogante estava se gabando para si mesmo que ela já estava úmida.

Ela esperava que ele continuasse a excitando ainda mais.


Então se assustou com a sua entrada repentina que a fez arquear,
enquanto se ajustava para ele penetrá-la. Seu corpo forte pressionou
suas costas quando ele levou um mamilo na boca, lambendo a
cobertura.

Seu pau estava tão duro que ela tremeu, e as sensações eram
quase mais do que ela podia suportar.

Seu pequeno grito foi cortado quando ele pegou sua boca
com a dele. Ela provou a cobertura de chocolate em sua língua.

— Uau, eu usei muito uísque. Tem gosto de... — Willa


perdeu a linha de raciocínio, quando ele disparou dentro dela
novamente.

— Fogo, — Lucky disse, lambendo a cobertura de seu outro


mamilo.

— Fogo. — Ela murmurou em concordância.

— Sereia?—

— Hmm? — Ela levantou os olhos vidrados nos dele.

— Você sabe que Dustin está apaixonado por você? —


Atônita, ela balançou a cabeça.

Lucky acenou para ela. — Eu não quero você sozinha com


ele.
Seu tom firme a fez arrepiar. — Ele não está apaixonado por
mim. Nós somos amigos. Você está sendo ridículo. Ele nunca...

— Vai ser mais fácil para ele esquecê-la se ele não ficar
sozinho com você. É difícil estar perto de você e não fantasiar sobre
esses peitos.

— Você é rude e errado, — Willa estalou. Se ela não


estivesse tão malditamente perto de gozar, ela desceria e mostraria a
seu marido que ele não podia falar com... Outro pequeno grito prendeu
os lábios quando ele mordeu o seu mamilo.

— Você quer me fazer ciúmes?

Ela o encarou com espanto. O pensamento de Lucky ter


ciúmes de Dustin tinha que ser uma piada.

— Willa? — O pau de Lucky deslizou até parar dentro dela.

— Estou pensando. — Ela retrucou. — Na verdade, o


pensamento de você ter ciúmes de outro homem dando em cima de
mim... — Willa começou a rir. — É bem legal.

— Willa, você gostou da última vez que eu espanquei essa


bunda?

— Não... Você sabe que eu não lido bem com a dor.

— Então eu sugiro que eu não te encontre sozinha com


Dustin novamente.

— Tudo bem... Não há nenhuma razão para ficar zangado.

— Willa, cale a boca e me foda.

— Você está zangado comigo?


— Eu não estou zangado, — ele rangeu, cerrando os dentes.

— Você está zangado. — Ela disse em dúvida.

— Eu não estou. É apenas um pouco difícil manter uma


conversa quando eu estou tentando não gozar.

— Oh. — Suas mãos deslizaram em seu ombro enquanto ela


empurrava seus quadris para ele. — Está melhor? — Ela
divertidamente balbuciou antes de ficar pálida quando o ouviu abrir a
gaveta de utensílio novamente. Sua boceta se apertou no pau de Lucky
enquanto tentava lembrar se as facas estavam ao seu alcance.

— O que você está faz-fazendo?

— Meu maldito cinto está preso na gaveta, — Lucky disse a


ela, finalmente, liberando seu cinto.

Willa deu um suspiro de alívio. Merda, Killyama a deixou


paranoica com seu comentário sarcástico sobre jogos mortais.

Willa congelou sobre o balcão. — Como Killyama ficou


sabendo que você usa facas quando você tinha sexo com as mulheres?
— Lucky endureceu em cima dela.

— Saia. — Willa bateu os punhos no peito.

Lucky agarrou as mãos dela, puxando-os sobre sua cabeça.


— Escute-me!

— Você fez sexo com Killyama! —

— Deus, não!

Ela parou de lutar devido a sua reação horrorizada.

— Então como é que ela sabe?


— Nós temos que falar sobre isso agora?

— Sim.

— Um tempo atrás, Fat Louise entrou em algum problema


no México. Killyama pediu ajuda aos Last Riders para tirá-la, e nós
concordamos.

— Eu amo Fat Louise. Estou tão feliz que você se ofereceu


para ajudar.

— A ideia foi minha.

— Isso foi tão doce. — Willa colocou os braços em torno


dele.

— Eu também achei, — ele concordou com arrogância.

— De qualquer forma foi decidido que sairíamos no início


da manhã e para economizar tempo, Killyama passou a noite na sede
do clube, enquanto nós fazíamos os planos. A minha parte era,
principalmente, conseguir a aprovação de ambos os governos e fazer o
reconhecimento.

— Depois da nossa reunião, Rider deveria manter um olho


sobre ela. — Sua expressão ficou aflita quando ele confessou o que
aconteceu em seguida. — Ela deveria dormir no salão de festas
principal no sofá, mas, aparentemente, os ruídos eram altos o
suficiente, e eles podiam ser ouvidos no térreo no salão de festas.
Killyama ouviu algo. - Lucky limpou a garganta. - E foi para o andar
superior para investigar com a porra de uma pistola na mão. Continuo
a dizer que ela fez isso de propósito só para ver o que estava
acontecendo e se certificar que não era Train.
— Eu não tenho que adivinhar quem ela viu, não é?

— Não — Lucky admitiu. — Ela veio feito louca para cima


de mim. Essa cadela não precisava da nossa ajuda para tirar Fat
Louise; ela poderia ter feito isso sozinha. Ela malditamente quase
quebrou minha mão antes que Jewell pudesse gritar com ela que
estávamos fazendo uma cena.

Willa maliciosamente gostaria de ter visto a cara de Lucky se


transformar num vermelho brilhante enquanto ele lutava para
encontrar as palavras certas para lhe dar uma explicação.

— Uma cena ou o jogo é o lugar onde você pode desfrutar


de fantasias em um ambiente seguro com limites.

— Limites?

— Sim. Tipo, eu usando facas, mas não cortando. Trata-se


de um jogo erótico.

— Oh. — Willa ainda não podia imaginar ficar excitada com


alguém segurando uma faca para ela, mas ela podia entender como
cada pessoa tinha suas próprias fantasias. Lucky se destacava na
maioria delas. Com esse pensamento, seu próprio rosto corou de
vermelho a traindo.

Lucky olhou para ela, seu interesse capturado. — Quer me


contar qual é a sua fantasia?

Willa riu, sacudindo a cabeça. — Talvez depois de estarmos


casados há alguns anos. Conclua o que estava me falando sobre o que
aconteceu com Killyama.
— Não há mais nada a dizer. Eu estava louco como o inferno
por ter sido interrompido na mira de uma arma, e minha mão ficou
doendo como a porra. Eu disse a ela para sair ou se sentar no sofá e
assistir. Não foi um dos meus melhores momentos. — Ele fez uma
careta quando ela lhe bateu no ombro. — Não se preocupe; Killyama
me pagou de volta. Ela me disse para enfiar a faca na minha bunda, e
se ela ouvisse outro grito vindo do meu quarto, ela iria atirar e
perguntar depois.

Willa tentou não sorrir. — Ela é um pouco dura, — ela


mentiu, cruzando os dedos ao mesmo tempo em que enrolava as
pernas na cintura dele, em seguida, passou as mãos em suas costas
suavemente. A mulher provavelmente tinha ferido os sentimentos de
Lucky quando ela o tinha ameaçado.

— Eu não a culpo. Eu não deveria ter sido um espertinho. E


era uma faca grande.

Ela o beijou no queixo. — Ela ainda assim não precisava ser


tão... Gráfica. — Ela começou a mexer os quadris novamente para
fazê-lo se mover.

— Eu acho que não estou mais no clima, — Lucky disse


irritado.

— Deixe-me ver se eu posso ajudá-lo a encontrá-lo


novamente.
Capítulo 28

Lucky estacionou seu SUV no estacionamento dos Last


Riders. — Estamos aqui.

Willa manteve seu frasco de biscoito apertado contra o peito,


colando um sorriso no rosto.

Lucky se virou para ela, pegando a mão dela. — Nós não


temos que fazer isso, sereia. Podemos viver em sua casa. — Era a
milésima vez que ele se certificava que ela estava disposta a se mudar.
Mesmo depois de ele ter dito aos diáconos que ele estava saindo e
tinha encontrado um novo pastor para a igreja, ele queria ter certeza
que ela não tinha dúvidas.

— Eu quero fazer uma tentativa. Além disso, isso é apenas


até que a sua casa esteja construída. Assim que Douglas terminar com
a minha casa, ele pode começar com a nossa nova casa.

— Douglas não vai fazer a nossa casa.

— Por que não? Ele é um excelente empreiteiro.

— Eu não estou discordando de você. Quando eu mandei


uma mensagem para marcar uma reunião para discutir com ele sobre
assumir o cargo, ele me disse que já tem outro emprego acertado.
Achei que você iria preferir encontrar alguém que pudesse começar
imediatamente.

— Eu prefiro, — Willa admitiu. O som de alguém batendo


em sua janela a fez pular. Ela virou o copo.
— Vocês dois vão ficar aqui o dia todo, ou você vai sair? —
Rider deu um sorriso de boas-vindas quando ele abriu a porta para ela.

Willa saiu, vendo que a maior parte do clube tinha saído para
recebê-los.

Depois Lucky foi para a parte de trás do SUV, levantando a


escotilha, todo mundo se aproximou para ajudar a levar até o último
de seus pertences até o clube. Os homens haviam mudado todo o resto
no dia anterior.

Razer e Viper pegaram as caixas maiores, e Knox levou as


duas grandes malas de Lucky. Willa foi pegar sua bolsa de
maquiagem, mas Jewell pegou de sua mão.

— Deixe-me ajudar. — Ela balançou a mala de viagem com


cuidado. — Aquele perfume que você sempre usa está aqui?

— Sim, — respondeu Willa, não gostando do brilho nos


olhos da outra mulher.

— Legal. — Ela saiu antes que Willa pudesse perguntar por


que ela queria saber.

— Existe algum biscoito nessa jarra? — Rider perguntou.

— Sim. Eu os fiz esta manhã.

— Vou carregá-lo até as escadas para você.

— Seja cuidadoso. Esse frasco era da minha avó.

— Eu vou ter cuidado, — ele prometeu, passando por Lucky


e Train que estavam lutando para tirar uma estante.

— Você não vai ajudar? — Lucky perguntou.


— Eu vou, — Rider respondeu, abrindo a tampa do pote de
biscoitos para tirar um cookie em seguida, dando uma grande
mordida. — Aveia com passas, o meu favorito. — Ele subiu as
escadas, empurrando o resto do biscoito em sua boca.

— Eu vou chutar a sua bunda, — Lucky ameaçou.

— Não se preocupe. Nós damos conta, — Train resmungou.

— Ele vai comer todos os biscoitos antes que eu possa


chegar lá em cima. — Lucky reclamou.

Willa observou enquanto os homens descarregavam o resto


de seus pertences, sem saber o que fazer. Lucky e Train estavam
andando até o caminho ao lado do clube onde desceram pela porta
lateral para o porão. Lucky lhe falou que ficariam com o quarto
grande no porão até que a sua casa estivesse construída.

Ela decidiu não acompanhar os homens. Subindo os degraus,


ela se preparou antes de abrir a porta. Eles não tinham sexo a céu
aberto durante o dia, tinham? Willa desejou ter feito essa pergunta a
Lucky antes que ela entrasse sozinha, mas, felizmente, a sala da frente
estava vazia.

— Obrigada, Senhor. Se você puder me dar alguns dias


antes... — Willa parou, sem saber se era apropriado pedir a Deus para
não deixá-la ver qualquer um dos membros tendo sexo até que ela se
acostumasse a viver na casa. Em seguida, ela temeu que Deus pudesse
ouvir seus pensamentos. Ela decidiu acrescentar essa pergunta à sua
lista. - Se Ele podia ouvir seus pensamentos.
Ouvindo vozes na cozinha, ela foi nessa direção, em seguida,
se lembrou de quando tinha vindo ao clube com Shade. Lentamente
abriu a porta, espiando pelo canto, vendo a sala cheia com os
membros.

Lily e Beth estavam colocando a comida no balcão, Raci e


Stori estavam cozinhando, e Rider estava arrumando as bebidas. Willa
atravessou a porta, apreciando o cheiro vindo da cozinha. A travessa
de frango frito dava água na boca e condenava a dieta que ela tinha
prometido começar hoje. Frango frito era a sua fraqueza. Ela se
certificou de nunca ir ao restaurante no dia em que era o prato
especial.

— Oi, Willa.

Ambas Lily e Beth vieram de trás do balcão para recebê-la.


Então Winter se levantou da mesa, lhe entregando um vaso de flores
sem encontrar seus olhos.

— Obrigada. — Willa corou, se lembrando da última vez


que a tinha visto.

— Todos nós queríamos que você soubesse o quanto você é


bem-vinda e que estamos ansiosas para tê-la vivendo aqui. — Lily
falou entusiasmada.

— Vai ser muito bom quando nós adicionarmos seu nome à


lista de tarefas. — Rider disse então estremeceu quando Ember lhe
deu uma cotovelada nas costelas.
— O que? É a verdade. Em menos de uma semana eu tenho
que cuidar dos pratos. Não é como se nós não estivéssemos pensando
a mesma coisa.

— Eu não pensei nisso, — Lily protestou.

Beth olhou para Rider. — Eu também.

— Eu pensei. Eu odeio os fodidos pratos. — Jewell pegou


uma coxa de frango, mordendo-a.

— Eu odeio as roupas, — Raci admitiu. — Mas eu ainda


estou feliz por você estar aqui.

Willa riu. — Eu não me importo com as tarefas.

Lucky veio por trás dela, colocando o braço em seu ombro.


— Apenas se certifique em não fazer todo do serviço.

— Eu vou tentar. — Willa não queria fazer promessas que


não podia cumprir.

— Vamos comer antes que esfrie. — Viper andou em torno


deles, colocando um prato muito cheio.

Willa ficou na fila com Lucky, enchendo o prato com


moderação com apenas uma coxa de galinha e uma colher de batatas.
Antes que ela pudesse sair da fila, Lucky colocou um peito de frango
em seu prato. — Eu sei que é o seu favorito. — Ela estava condenada
a ter uma bunda grande até que ela morresse. Ela tentou se lembrar de
quantos carboidratos o feijão verde tinha, então não achou que
importava, levando em consideração o frango frito. Enquanto Lucky
ficou para trás para pegar a torta de maça, Willa evitou, atravessando a
sala de jantar depois de ver que a mesa da cozinha estava cheia.
Procurando um lugar para se sentar, ela viu Viper e Winter
sentados em uma grande mesa redonda onde Bliss e Raci também
estavam sentadas. Havia duas cadeiras vazias, então Willa colocou seu
prato na mesa. Ela estava puxando a cadeira quando Bliss se levantou,
levando seu prato sem uma palavra e se sentando em outra mesa.

— Fiz algo de errado?

Winter jogou em Bliss uma careta irritada. — Não, sente-se.

Lucky surgiu ao lado dela, pegando a outra cadeira vazia.

— Algo errado? — Lucky perguntou quando ela não se


sentou.

— Não, — Willa perguntaria a Bliss mais tarde, se havia um


problema. Ela sempre foi cordial com a mulher e não conseguia
entender por que ela tinha saído da mesa.

Willa a observou rindo e brincando com Train e Rider que


compartilharam sua mesa.

— O que você acha? — Quando ele colocou a mão em seu


braço, ela percebeu que seu marido estava falando com ela.

— Sobre o quê?

— Viper e os irmãos estão indo para um passeio depois do


jantar; quer ir com eles?

Willa sabia que ele estava ansioso para estar de volta em sua
moto.

— Eu quero desfazer as malas. Vá em frente. — A memória


da bunda de Bliss na garupa de sua moto estaria para sempre
enraizada em sua memória, então não havia nenhuma maneira que ela
estaria montando em uma moto com ele. Afinal de contas, ela não
queria que a pessoa que estivesse atrás da moto de Lucky tivesse
pesadelos.

Quando ela terminou, ela levou seus pratos para a cozinha e


os lavou, não querendo interromper os outros conversando na mesa.

Raci colocou seus pratos na pia sobre os dela. — É a vez de


Ember cuidar dos pratos.

— Oh... ok. — Willa secou as mãos na toalha constrangida


antes de ir para a porta que dava para o porão.

Uma vez no quarto que seria a sua nova casa no momento,


ela procurou ficar confortável antes de começar a desembalar.
Colocou a mala na cama, abrindo-a e tirando um jeans e uma blusa
solta. Levando-os para o banheiro, trocou o vestido. Ela fechou o zíper
do jeans, surpresa ao descobrir que estavam folgados. Então voltou
para o quarto e procurou pelas suas roupas, encontrando seu jeans
favorito tamanho 46. Sabendo que o peso dela era como uma escada
rolante, ela mantinha dois tamanhos diferentes de roupa. Na próxima
semana, ela estaria de volta no tamanho 48.

Voltando para o banheiro, ela vestiu o jeans, em seguida, o


top de algodão e sentiu-se mais confortável enquanto ela se movia ao
redor do quarto.

Ela tinha acabado de desembalar uma mala e estava prestes a


desfazer as outras malas quando Lucky passou pelo quarto.

— Está pronta?
Willa ficou boquiaberta. — Eu ainda estou desfazendo as
malas.

— Eu vou ajudar quando voltarmos. Vamos. — Ele pegou a


mão dela, arrastando-a para fora do quarto.

Ela tentou puxar de volta. — Eu não quero ir, — ela


protestou com voz aguda.

Lucky parou. — Por quê? E não me diga que você quer


desafazer às malas quando podemos facilmente fazer isso depois que
voltarmos.

— Eu não quero ir, — ela murmurou, olhando para os


sapatos.

— Olhe para mim e diga-me a verdade.

Willa levantou os cílios. — Eu sou muito pesada. Eu vou


fazer você afundar.

— Eu não sei o que me irrita mais – Você se insultando ou a


mim. — Willa engasgou. — Eu não estou te insultando.

— Então, você admite que insultou a si mesma depois de eu


ter lhe dito repetidamente para não fazer isso? Você acha que eu não
posso lidar com minha moto com a minha mulher sobre ela?

— Não. — Ela ficou horrorizada que ele pensou que ela


estava colocando em dúvida a sua habilidade.

— Bom, então vamos.

Willa não sabia o que fazer, mas ela com certeza não queria
se constranger com a metade de sua bunda transbordando pela moto.
Ele a puxou parra subir as escadas do lado quando ela
quebrou e começou a chorar, impotente. — Eu não quero ir.

Seu marido parou no degrau mais alto, olhando para ela com
uma careta. — Eu sei o que está acontecendo aqui, Willa, e está
realmente me irritando.

— Não, você não...

— Você está se comparando com as outras mulheres que


você viu em minha moto.

Bem, inferno, talvez ele soubesse.

— Willa, você acha que você é a única mulher que eu


poderia ter casado ou fodido? — Sua expressão severa exigia sua
resposta.

— Claro que não. A maioria das mulheres da cidade


deixariam seus maridos por você, e não há uma única mulher na igreja
que não daria sua alma para estar com você. — Willa disse
desanimada.

— Então, o fato de eu ter me casado com você, não quer te


dizer alguma coisa? — Ele perguntou irritado.

Os olhos de Willa se arregalaram quando ela olhou para ele.


— Eu pensei que você se apaixonou pela minha personalidade.

A mão de Lucky apertou o corrimão. — Essa foi uma parte


disso. Eu me apaixonei por cada parte sua: Seus seios, a sua bunda,
coxas, especialmente quando você as aperta em torno de mim quando
estou fodendo com você.

— Shh... Eu recebi a mensagem.


— Podemos ir para o passeio agora?

— Sim, mas eu nunca montei antes, — Willa disse


apreensivamente.

Lucky deu um sorriso que nenhum pastor nunca deveria dar.


— Não se preocupe sereia. Não é a primeira vez que eu te ensino a
montar.

O passeio de moto esta noite acabou sendo além de seus


sonhos. Atravessaram as montanhas, em seguida, se dirigindo para
Jamestown. A princípio, Lucky dirigiu de forma conservadora,
andando no meio dos outros motoqueiros. Quando ela começou a se
sentir mais confortável na garupa de sua moto, ele aumentou a
velocidade, e os outros motoqueiros o acompanharam.

Ela notou que os homens com as mulheres em suas costas


andavam no meio do grande grupo, os motoqueiros solitários estavam
a frente e atrás, com exceção de Viper que liderava o grupo com
Winter em suas costas.

Quando chegaram a Jamestown, Viper fez sinal para eles


pararem num posto de gasolina. Lucky foi para uma bomba de
combustível no final e, enquanto ela aguardava, não podia deixar de
observar a forma harmoniosa como seu corpo se movia.

Ele colocou a tampa de volta no tanque de gasolina. —


Gosta do que está vendo?
— Alguém já lhe disse que você é um pouco vaidoso? — Ela
perguntou com um sorriso.

— Minha esposa diz isso de vez em quando. — Ele sorriu, se


inclinando para lhe dar um beijo rápido antes de voltar para a moto.

— Por que é que as mulheres andam no meio? — Willa


perguntou curiosamente.

— Proteção. As motos na parte de trás ficam a certa


distância das motos no meio, mantendo os carros afastados da nossa
bunda. As motos na frente nos alertam do perigo à frente.

— Viper e Winter estão na frente.

— Porque Viper é o presidente, e Winter é a sua velha


senhora.

— Winter não se importa de ser chamada de uma velha


senhora?

— Isso não deveria ser considerado um insulto; é um sinal


de respeito. Você é uma velha senhora agora.

— Como você chama uma senhora de idade que é velha?

Lucky sorriu para ela por cima do ombro. — A verdadeira


fodida velha senhora.

Willa riu, envolvendo os braços em sua cintura. A expressão


de Lucky ficou séria. — Você está se divertindo?

— Sim. Eu posso ver como isso pode ser viciante. Não há


nada como isso, não é?

— Não, não há.


Quando Viper e os outros começaram a se alinhar para voltar
para a estrada, Lucky bateu no capacete que ela tinha tirado enquanto
ele abastecia a sua moto. — Coloque de volta.

Willa fez uma careta. — Não posso simplesmente segurar no


caminho de volta? Você não está usando um.

— Sua bunda não monta na minha moto a menos que você


tenha um.

— Talvez Rider vá me deixar montar com ele para ter a


sensação de montar sem um. — Ela brincou, em seguida, desejou que
não tivesse brincado quando a expressão de Lucky ficou fria.

— Você nunca montará a moto de ninguém, somente a


minha.

— Por quê? As mulheres trocaram de moto quando paramos.


Eu não...

— Você viu alguma das velhas senhoras trocarem?

Agora que ela pensava sobre isso, ela não tinha visto. — Eu
só estava brincando.

— Montar a moto de outro irmão é considerado traição a


menos que você tenha a minha permissão.

Willa começou a ficar chateada com a sua atitude machista.


— As outras mulheres membros montam com homens que têm velhas
senhoras?

— Depende se ele quiser que ela monte.

— Isso não parece muito justo para mim.


— Clubes de motoqueiros não são...

— Justos. Eu sei. Eu ouvi isso antes de outra pessoa. — Ela


retrucou, colocando seu capacete. — Idiota.

— Você disse algo?

— Eles estão esperando, — ela gritou por cima do som do


seu motor.

O passeio foi ainda mais divertido. O céu tinha ficado mais


escuro, e ela não se sentia como se fosse cair. O zumbido do potente
motor e do vento chicoteando suas roupas fazia se sentir como se
estivesse voando. Ficou desapontada quando eles estavam de volta ao
clube.

Lucky ficou no andar de cima com os homens, enquanto ela


desceu as escadas para tomar banho e se preparar para dormir. Quando
ela ouviu a música acima de sua cabeça, ela tentou não pensar sobre
Lucky estando lá em cima com todas as mulheres. Então ela abriu a
porta do banheiro e quase deixou cair a escova quando viu Lucky se
despindo.

— Droga. Eu estava esperando acompanhá-la antes que você


saísse.

Willa desenrolou a toalha que ela tinha amarrado em seus


seios, deixando-o cair no chão. — Eu me esqueci das minhas costas.
Willa rolou na cama, esticando a mão e batendo no ombro de
Lucky. Erguendo-se, ela olhou para ele na escuridão, vendo-o dormir
profundamente. Ela deitou-se, enrolando contra o seu lado e
colocando a mão em seu abdômen liso.

Uma lágrima deslizou do canto do seu olho, pousando em


seu ombro. Ver seu marido dormindo profundamente valia qualquer
preço que tivesse que pagar. Afinal, ele estava disposto a viver uma
vida que estava deixando-o louco por ela, então o mínimo que ela
podia fazer era estar disposta a tentar se ajustar a um modo de vida
diferente por ele.
Capítulo 29
Willa se serviu de outra xícara de café, tentando acordar. Ela
tinha mais quarenta e cinco minutos antes dela ter que ir para a igreja.
Os diáconos tinham concordado em deixá-la alugar a cozinha da igreja
após Lucky ter deixado de ser pastor. Ela estava feliz com o jeito que
as coisas estavam funcionando. Ela ainda tinha todo o espaço que
precisava para fazer suas sobremesas para abastecer sua crescente base
de clientes. Além disso, ela era capaz de vender na loja da igreja. Ela
foi capaz de ligar para Ginny e lhe oferecer um emprego. A garota
tinha ficado feliz em deixar o seu trabalho no teatro e começou há dois
dias.

— Você gostaria de alguma ajuda? — Willa ofereceu a


Ember que estava fazendo o bacon.

— Não, obrigada. Eu tenho tudo sob controle. — A mulher


hesitou quando olhou para a gordura e o bacon. Era a segunda panela
que tinha visto a mulher fritar.

Mantenha a boca calada, fique calada, Willa ficava dizendo a


si mesma.

Ember estremeceu novamente quando uma bolha de gordura


quente pousou em sua mão.

— Droga. — Ember apertou a mão com dor. Willa não


aguentou mais. — É mais fácil se você assar no forno. Você pode
cozinhar o dobro da quantidade e sem gordura pingado.
— Você pode assar no forno? — Ember olhou para ela
interrogativamente.

— Sim. Você precisa fazer mais, ou este é o último?

— Do jeito que os homens comem, tenho mais dois pacotes


para fritar.

— Onde estão as assadeiras? — Willa diminuiu o fogo


colocando sua xícara de café para baixo quando Ember apontou para
armário de baixo.

Ember e Raci ambas viram quando ela pegou duas


assadeiras, em seguida, foi até a geladeira e pegou o bacon. Willa sem
perder tempo espalhou o bacon nas assadeiras em seguida, deslizando-
as no forno.

— Será que vai ter o mesmo sabor? Os homens podem ser


exigentes.

Willa olhou para a bagunça gordurosa que Ember tinha feito.


— Os homens não vão notar a diferença. — Ela mentiu. Seu nome
não estava na lista de tarefa durante quatro semanas, e isso seria um
inferno para ela. Ela só estava lá há três dias, e todas as manhãs, ela
tinha assistido em vez de ajudar do jeito que ela queria.

Winter se levantou da mesa para se servir de outra xícara de


café.

— Eu estarei na cozinha na próxima semana.

Willa assentiu com a cabeça distraidamente, observando


como Raci enchia um jarro com água fervente.

Willa não se conteve. — Você vai cozinhar ovos com isso?


— Sim. Por quê?

— Se você tem uma lata de muffin, você pode assar no


forno, também.

Quando Raci despejava a água de volta na pia, indo para o


armário, Winter limpou a garganta, chamando a atenção de Willa de
volta para ela.

— Porque eu tenho que estar na escola muito cedo, eu tenho


que me levantar às quatro e meia para cozinhar o café da manhã antes
de eu sair. Vi que você vai ficar com a lavanderia em três semanas.
Nós podemos mudar se quiser. Eu posso fazer isso quando eu voltar
para casa do trabalho. — Ela disse.

— Nós temos permissão para trocar?

Winter franziu a testa. — Permissão?

— Nós não ficaremos em apuros?

Ember e Raci pararam o que estavam fazendo para olhar


para ela.

— Nós não ficaremos em apuros, — Winter explicou. —


Nós não somos crianças, e não estamos no acampamento. Se você não
fizer uma tarefa, alguém geralmente se aproxima e cuida dela. A única
vez que alguém se mete em encrenca aqui é se você machucar alguém
dentro do clube ou mostrar desrespeito.

— Desrespeito?

— Como, por exemplo, você não pode mandar Viper se


foder. Só eu posso fazer isso. — Winter sorriu.
— Sério, Willa, somos muito descontraídos. Então, você
quer trocar?

— Eu adoraria.

— Você fez o meu dia. Eu conseguirei manter minha


programação normal na próxima semana.

Willa não percebeu Raci e Ember revirando os olhos atrás


dela.

— Existe algum modo de assar aveia no forno? — Ember


perguntou.

— Desculpe, não, mas você pode fazer isso em uma panela


elétrica. É tarde demais para fazer isso hoje, mas você pode começar
hoje à noite antes de você ir para a cama, e ela estará pronta pela
manhã.

A expressão decepcionada de Ember iluminou. — Eu farei


isso.

A porta lateral se abriu, e Lucky entrou na cozinha, ao


mesmo tempo em que vários outros membros vieram para comer. A
cozinha ficou lotada, então Willa saiu do caminho, vendo quando seu
marido fazia o prato. Quando se sentou, ela serviu-lhe uma xícara de
café e colocou-o na frente dele.

— Obrigado. — Lucky a puxou para dar o seu beijo da


manhã.

Willa se endireitou quando ele terminou, corando com a


demonstração de carinho na frente dos outros homens e mulheres.
— Você está com a agenda ocupada hoje? — Ele perguntou,
começando a comer.

— Sim, — Willa respondeu, andando para se inclinar contra


a geladeira, Winter, Viper, e Rider se sentaram para comer. Shade e
Lily entraram pela porta dos fundos, e Willa se derreteu quando viu
Shade carregando seu filho. Ela e Lily começaram a ir juntas para a
igreja pela manhã.

Quando Raci tirou o bacon do forno, Willa pegou duas peças


para Lucky, colocando-os em seu prato. Winter, que estava
mastigando seu próprio pedaço, levantou a sobrancelha quando Jewell
sentou-se à mesa ao lado de Winter.

— Você não está comendo? — Perguntou o marido, olhando


por cima do ombro para ela.

— Eu já comi. — Ela tinha comido uma maçã enquanto ela


assistia as mulheres cozinharem.

Willa pegou para Lucky um copo de suco de laranja,


colocando ao lado de seu prato.

— Você sempre espera Lucky? — Winter perguntou com a


torrada pronta em sua boca.

Willa sorriu para o marido. — A esposa serve as


necessidades de seu marido.

A sala ficou em silêncio.

Jewell colocou o garfo em cima da mesa. — Está brincando


né? Você sabe que século é esse?
— Eu sei que é antiquado, mas eu gosto de ter certeza que
Lucky tenha um bom café da manhã. É a refeição mais importante do
dia. Minha mãe se levantava todas as manhãs e fazia o café da manhã
do meu pai, e eles foram casados por trinta e sete anos. — Willa se
gabou.

— Eles nunca passaram uma noite separados e eles eram


muito apaixonados. Tanto que nunca planejaram ter filhos, se
contentando apenas um com o outro.

— Isso deve ter sido muito solitário para você. — Lucky


estendeu a mão, pegando a dela, em seguida, a puxou para mais perto
dele, envolvendo um braço em sua cintura. Willa se inclinou contra
ele, colocando o braço sobre seus ombros largos.

— Às vezes, mas eu gostava de usar o tempo para ler a


minha Bíblia ou assar depois que eu tinha idade suficiente. Eu passava
os verões com a minha avó que era professora e tinha sempre os
verões livres. Foi ela quem me ensinou a cozinhar e assar. — Willa
sorriu, relembrando.

— Sua mãe não deixava você cozinhar? — Winter


perguntou bruscamente.

— Ah não. Minha mãe era a única que podia servir o meu


pai. Dava a minha comida antes de ir trabalhar e antes dele chegar em
casa. Então, ela esperaria na porta vinte minutos antes dele vir para
casa.

— Isso deve ter sido difícil para você, — Lily disse.


— Não, isso era muito bem estruturado. Eu passava duas
horas com meu pai todas as noites fazendo minha lição de casa. Meu
pai era muito inteligente.

— Sim, ele era. — A voz sarcástica de Jewell não pareceu


ser um elogio, e Willa franziu a testa.

— Não me entendam mal. Meu pai e minha mãe eram muito


apaixonados. Eles eram o suficiente para o outro. Eu fui um acidente.
Eu era aquela que estava no caminho deles.

— Eles realmente te diziam isso? — Lucky rosnou,


puxando-a para mais perto dele.

— Minha mãe falava quando eu me comportava mal ou


deixava de fazer minhas lições da Bíblia.

Suas lições da bíblia?

— Sim, toda boa menina cristã deve conhecer a bíblia. Ela


costumava falar uma citação, e queria que eu lhe dissesse em qual
escritura estava. Ou ela reverteria isso e me perguntava sobre a
escritura, e eu tinha que lhe falar a citação. Eu devia estudar a bíblia a
cada noite após o jantar, enquanto minha mãe e pai assistiam
televisão. Ela se sentava no chão e deitava a cabeça em seu joelho,
enquanto ele se sentava no sofá. Era bonito vê-los juntos.

A atenção de Willa foi desviada quando Winter fez ruídos de


engasgos, que ela parou quando Viper lhe enviou um olhar severo.

— Meu pai olhava para a minha mãe assim o tempo todo. Eu


sinto falta deles quando penso na minha infância. — Willa olhou para
o relógio. — Pronta Lily?
— Sim. — Lily deu a seu marido um beijo antes de pegar
seu filho, que estava sentado no colo de Shade, enquanto Lily tomava
seu café da manhã.

— Tenha um bom dia, anjo.

Willa sorriu, pensando em sua amiga corando do mesmo


jeito que ela corava.

Willa começou a sair, mas Lucky a mantinha presa ao seu


lado. — Eu não ganho um beijo?

Willa se curvou lhe dando o seu beijo.

— Você vai estar na igreja durante todo o dia?

— Sim. Eu estou preparando as encomendas de hoje, e Carl


fará as entregas.

— Me ligue quando você estiver no seu caminho para casa.

— Tudo bem, — Willa concordou, correndo atrás de Lily


pela porta dos fundos.

Lily não descia os degraus da frente com o bebê; ela sempre


usava o caminho ao lado para o estacionamento.

Dirigir para o trabalho com Lily e John era um dos aspectos


do clube de que estava gostando. Lily a deixava arrumar o bebê na
loja da igreja e segurá-lo enquanto ela organizava o registro. Ela sentia
falta de estar perto de Lucky durante o dia e se preocupava
constantemente sobre ele estar sozinho com os membros femininos até
que Lily disse a ela que trabalhavam na fábrica até as cinco. Como
resultado, Willa sempre fez com que ela estivesse em casa ás quatro e
meia. Ela não queria que ninguém cumprisse qualquer uma das
necessidades do seu marido, exceto ela.

— Essa mulher precisa crescer uma espinha dorsal, —


Winter disse, olhando acusadoramente para Lucky.

— Eu já lhe disse para não esperar por mim. Ela está


melhorando. Quando nos casamos, ela não me deixava lavar o meu
próprio prato. — Sempre que ele tinha dito a ela que poderia fazer
algo para si mesmo, ela lhe dava um olhar ferido que o fazia recuar.
Portanto, Lucky estava indo devagar, não querendo ferir os
sentimentos de Willa.

Shade se levantou, indo para o balcão da cozinha para fazer


um prato de comida para ele. — É impressão minha ou parece que a
mãe e o pai dela tinham um relacionamento Dom/sub?

— Parece fodido para mim, — Jewell disse, empurrando o


prato de volta com raiva. — Eu queira que a cadela ainda estivesse
viva para que eu pudesse enfiar esse livro em sua bunda.

— Eu também, — Lucky disse. — Seu pai era rico como


merda, mas ele só dava para a mãe de Willa uma pequena mesada.
Willa não compra detergente, a menos que ele esteja com desconto.
Ela trabalha sua bunda na cozinha, doando a maior parte, e ainda
consegue viver com a renda que sobra. Enquanto isso, ela tem
dinheiro suficiente para não trabalhar durante seis vidas. Ela já fez seu
testamento, deixando dinheiro para quase todos na cidade, mas ela não
vai comprar para si mesma um conjunto de calcinhas de merda, a
menos que estejam na promoção.

Rider animou-se. — Ela me deixou algo?

— Eu a fiz mudar de ideia. Eu disse que você tinha uma


coleção de motos que valia um quarto de tudo que ela tinha.

O rosto de Rider se fechou. — Um homem nunca tem boceta


ou moto suficientes.

— Um quarto? Quão rica é ela? — Um brilho de interesse


refletia nos olhos de Winter.

— Nem pense em pedir doações para a sua escola. Quem


você acha que pagou pelo novo telhado quando o tornado atingiu?

— Uma fundação educacional que eu me cadastrei por que


Willa me falou...

Lucky acenou. — Do pouco que Dustin me falou, seu bisavô


inventou um novo método de tratamento de borracha. Ele começou
uma empresa em 1800, que durou até que Willa vendeu o controle
acionário depois que seus pais morreram.

— Qual é o nome da empresa? Talvez eu devesse investir se


ele tem esse tipo de longevidade. — Viper perguntou.

— Eu vi a papelada. DB Borracharia é a empresa. Eu vou no


google e ver o que eles fazem.

Rider começou a rir. — Não se preocupe. — Ele se levantou


e pegou a carteira, tirando uma camisinha e jogou sobre a mesa. —
Olhe na parte de trás.
Lucky pegou o preservativo igual ao que ele tinha em seu
próprio bolso de trás, olhando para o lado de trás da pequena
embalagem. Ele não pode evitar sua própria risada quando viu o nome
da empresa no fundo.

— Ela me disse que eles faziam pneus e brinquedos.

— Tenho certeza que eles fazem. — Jewell que geralmente é


a mais séria das mulheres, estava rindo tanto que as lágrimas saíam de
seus olhos.

— Nós não podemos dizer a ela que sabemos; isso iria


constrangê-la até a morte. — Winter avisava, enxugando as próprias
lágrimas.

— Talvez ela não saiba. — Viper disse, tentando conter sua


própria risada.

— Ela sabe. Essa é a razão que eu não consegui pesquisar no


google ainda. Toda vez que eu começo ela me distrai.

— Com o quê, com uma borracha? — Jewell gargalhava,


batendo na mesa com a mão quando ela não conseguia parar de rir.

— Viper, não se preocupe sobre o investimento. — Lucky


tentou sufocar o riso. — Parece que todos nós já possuímos estoque.
Capítulo 30

— Eles estão tendo uma festa hoje à noite? — Willa


observou a reação de Lily enquanto enchia o expositor com bolinhos.

Lily olhou de cima do notebook que estava escrevendo


sentada em um banquinho atrás do balcão. — Sim, os Last Riders têm
uma a cada sexta-feira à noite.

— Você vai estar lá? — Willa tentou fingir que só tinha um


interesse casual.

— Não, eu não tenho uma babá para John. Shade e eu só


participamos uma vez a cada mês ou dois. — Lily voltou o olhar o
notebook que estava escrevendo, um rubor ardendo em suas
bochechas.

— Oh. — Willa levou seu tempo colocando os bolinhos no


expositor, tentando descobrir uma maneira delicada para expressar a
sua pergunta, mas Lily a salvou do problema.

— Quando Shade e eu participamos das festas, nós ficamos


no porão, e apenas algumas pessoas descem. Eles não... Nós
principalmente passamos um tempo e dançamos.

— Isso parece divertido. — Willa pensou que ela poderia


lidar com a noite que Lily estava descrevendo. — Você acha que
Lucky sentirá falta de estar lá em cima durante a festa? — Willa
fechou o expositor, enjoada enquanto esperava pela resposta de Lily.
— Não, ele nunca frequentou as festas. Talvez ele vá para
um passeio de moto.

— Eu gostaria disso, também. — Willa deu uma risada


aliviada. — Eu estava temendo esta noite. Estou feliz por estar
preocupada por nada.

Lily virou seu banquinho de lado em para encará-la. —


Willa, Shade sempre foi sensível aos meus sentimentos, e eu não
posso imaginar Lucky fazendo menos pelo jeito que ele te ama.

— Eu sei que ele me ama, — Willa disse, limpando o vidro


meticulosamente.

— Eu posso ouvir você pensando daqui.

Willa olhou para cima. — Lily, eu não me sinto confortável


falando sobre sexo. Minha mãe sempre me disse que boas meninas
cristãs não falam.

— Beth e eu fomos criadas da mesma forma. — Lily


admitiu, olhando para baixo novamente. — Ambas estamos casadas
com filhos, e nós não falamos de sexo, a menos que Sex Piston e sua
tripulação estejam ao redor. Mesmo assim, normalmente é apenas
fazendo piadas.

— Eu gostaria de ser mais como Killyama.

Lily assentiu. — Eu gostaria de ser mais como Sex Piston.

— Talvez pudéssemos lhes pagar para nos ensinar, — Willa


brincou.

— Elas fariam isso gratuitamente. — Lily respondeu com


um sorriso.
— Eu quero dar a Lucky o que ele precisa, mas estou...
Preocupada que eu não possa. — Willa disse com toda a seriedade.

— Você deve falar com Lucky. Ele é muito fácil de


conversar. Quando estou... Preocupada, ele sempre faz eu me sentir
melhor.

— Eu também. — Lily inclinou a cabeça curiosamente. —


Então por que você não falou com ele?

— Porque eu estou com medo da resposta, — Willa admitiu.

— Bem — Lily se levantou e pegou uma nota de cinco de


sua carteira, colocou-a no registro, e em seguida foi para o expositor,
pegando dois bolinhos de baunilha e entregando um para Willa —
Você pode conseguir a resposta que não quer, ou pode descobrir que
não tinha nada a temer.

— Eu tenho medo que seja o primeiro, — Willa disse, dando


uma mordida do bolinho.

— Eu também tinha. Uma vez, eu fiz uma pergunta a Shade


que temia a resposta. Levei muito tempo para trabalhar a minha
coragem, e eu tive a resposta que não queria.

— O que aconteceu?

Lily olhou-a diretamente nos olhos. — Eu percebi que não


estava com tanto medo da resposta como eu pensei que estaria. A
parte mais importante do casamento é a confiança, e se eu der a Shade
isso, então qualquer resposta que ele me dá não importa.

Willa lambeu a cobertura do seu lábio inferior. — E isso


funcionou?
Lily deu um sorriso misterioso. — Foi a melhor decisão que
já tomei.

Willa entrou no clube ás quatro e vinte. Sua hesitação


evaporou quando encontrou a sala vazia. Ela estava prestes a procurar
por Lucky na cozinha quando ouviu alguém descendo os degraus.

— Lucky está no andar de cima no meu quarto estamos


trabalhando no cálculo de impostos da folha de pagamento. — Viper
disse a ela.

— Ok. — Willa foi em direção da cozinha.

— Você pode subir se quiser. Eu estou saindo para me


encontrar com Winter. Ela está tendo uma reunião com os novos
alunos que estão entrando na escola no outono.

— Eu não quero perturbá-lo se ele está trabalhando.

— Ele vai ficar feliz com um intervalo. Estamos nisso desde


a manhã.

Willa franziu a testa. — Ele almoçou?

— Sim senhora. Stori nos fez o almoço. — Esta afirmação


não a deixou muito feliz.

— Vou subir e verificar se ele precisa de alguma coisa. —


Willa andou hesitante em torno de Viper. Mas estar ao lado de Shade
deixava ela mais nervosa. Ele tinha um humor melhor que Shade, mas
o seu sexto sentido alertava que ele poderia mudar de repente, como o
clima.

— Faça isso. É a última porta no final do corredor. — Viper


saiu, enquanto ela estava mentalmente se debatendo se deveria
começar a voltar para casa para o almoço.

Quando ela estava subindo as escadas, Bliss estava descendo


em uma pequena saia preta que estava saltando. Ela também usava
apenas um pequeno sutiã, preto, que tinha uma oscilação charmosa
contra seu estômago. Portanto, Willa foi capaz de ver mais da loira do
que ela queria ver.

— Olá, Bliss. — Willa andou para o lado da escada para que


ela pudesse passar.

Bliss lançou um olhar de ódio, passando por ela sem uma


palavra. Willa não entendeu o olhar ruim que Bliss tinha lhe dado. A
mulher foi sempre amigável com ela no passado. No entanto, desde
que ela se mudou, ela a evitava ou saía sem dizer o que Willa tinha
feito para ofendê-la.

Willa desceu pelo corredor até a porta do quarto aberta,


vendo Lucky sentado em uma mesa contra a parede.

— Oi, sereia.

— Será que Bliss não gosta do meu café?

— Eu não sei, por quê?

— Porque, da maneira como ela me trata, estou começando a


acreditar que ela pensa que eu cuspi nele. — Willa comentou,
tentando não demonstrar que seus sentimentos tinham sido feridos.
Lucky franziu a testa, se inclinando contra a cadeira. — Eu
vou falar com ela.

— Não, eu não preciso de você para fazer isso. Vou


perguntar a ela quando eu tiver a chance.

— Tudo bem, mas se eu vê-la tratando você rudemente,


então eu vou lidar com ela.

— Não se atreva. Isso só vai piorar a situação.

A carranca de Lucky se aprofundou. — Será que ela disse


alguma coisa para você?

— Não! Ela só me dá olhares de reprovação, então o que


você vai dizer para ela? 'Willa não gosta do jeito que você está
olhando para ela'?

— Não, eu diria para ela parar com isso ou a bunda dela será
chutada. — O tom firme de Lucky disse a ela que ele faria exatamente
isso.

— Você não pode fazer isso. O clube é a casa dela mais do


que é minha. — Willa não sabia o que tinha revelado com sua resposta
apressada. Lucky virou a cadeira para o lado, puxando-a para o seu
colo. — Esta é a sua casa tanto quanto de Bliss.

— Eu sei disso. — Sorrindo, ela bateu em seu peito quando


ela viu que ele estava ficando com raiva dela. Ela mexeu no colo para
que pudesse ver no que ele estava trabalhando, vendo os formulários
de impostos e um cartão de crédito empresarial ao lado do
computador.

— Isso doeu? — Ela perguntou maliciosamente.


— Não muito, — Lucky respondeu. — Você tem o hábito de
mudar de assunto para não ter uma discussão.

— Eu não gosto de entrar em discussão; alguém sempre fica


com seus sentimentos feridos.

A mão de Lucky foi para a nuca dela. — Quer dizer que


geralmente seus sentimentos se machucam?

— Sim.

— Sereia, às vezes discussão pode ser boa. Eu preciso te


apresentar ao sexo de reconciliação.

— Isso só funciona se eu entrar em uma briga com você, —


Willa brincou. — E se eu entrar em uma briga com outra pessoa?

— Depende de com quem seja.

Willa golpeou Lucky em seu peito e começou a pular de seu


colo.

— Acalme-se eu só estava brincando com você. — Lucky


prendeu as pernas dela, aprisionando-as entre as suas. Ele esticou
sobre a mesa para o cartão de crédito, girando-o em seus dedos. —
Vejo que você teve um dia agitado.

Willa olhou para seu top, onde seus olhos haviam caído. Ela
tinha feito morangos cobertos com chocolate para a amiga de um
cliente, e o chocolate conseguiu se espalhar por seu top e na sua pele
acima.

— Eu fiz duas dúzias de morangos com chocolate.

— Será que conseguiu pegar algum morango?


— Eu só provei alguns.

— Umm-hmm.

Lucky virou o cartão de crédito de lado, e Willa tremeu


quando ele pressionou a borda do cartão em sua pele. Quando ele
deslizou sob o pingo de chocolate, removendo-o de sua pele, a borda
achatada agitou uma paixão súbita que ela ainda não tinha
experiência. Então Lucky deslizou o cartão até a base do pescoço,
segurando-o contra a sua pulsação irregular.

Lucky colocou a boca contra seu ouvido. — Você está


molhada, sereia?

Sua vagina se apertou em necessidade. — A porta está


aberta.

— Sabe o que isso significa por aqui?

Willa não sacudiu a cabeça por causa do cartão pressionando


contra ela. — Não. — Ela lambeu o lábio inferior.

— Isso significa que qualquer um pode vir e assistir.

Quando seus olhos se arregalaram com a sua resposta, o


cartão deslizou pela sua pele, descendo para a fenda dos seios. Lucky
usou o cartão para virar o top, mostrando a curva dos seios antes que
ele fosse para a sensível aréola rosa que o minúsculo sutiã não cobria.
Willa estremeceu quando a ponta achatada era pressionada, e então ela
mexeu a bunda em sua protuberância que estava ficando dura debaixo
dela.

— Levante seu vestido e me mostre a sua boceta. — Lucky


ordenou.
O tom de sua voz a fez querer lhe negar apenas para ver o
que ele faria, e o pensamento chocou Willa até o núcleo. Suas
fantasias que ela raramente deixava escapar durante o meio da noite,
estavam tentando fazer exatamente isso durante a luz do dia.

— Você quer servir as minhas necessidades? Eu preciso ver


a sua boceta. — O desejo dolorido em sua voz fez suas mãos irem
para seu vestido, avançando polegadas por polegada.

— Essa é a minha sereia. Eu posso ver que você está


molhada. Você quer que eu te toque?

— Sim, — Willa gemeu.

Lucky jogou o cartão de crédito sobre a mesa quando sua


mão deslizou sob a parte de cima de sua calcinha. Ele encontrou a sua
boceta molhada, afundando um dedo dentro dela enquanto seu outro
dedo esfregava ao longo de sua fenda.

— Esta é outra razão pela qual eu te chamo de sereia, porque


você está sempre molhada para mim. Sua boceta me chama. Você
quer saber o que ela diz?

Willa arqueou enquanto dedo dele a fodia num frenesi,


aumentando o fogo dentro dela, sem extinguir a necessidade que
estava levando ela.

— Ela diz, foda-me.

Vozes no corredor tiraram Willa de seu entorpecimento


induzido pela luxúria e ela se mexeu do colo de Lucky, quase
chorando com o vazio. Antes que ele pudesse impedi-la, ela correu do
quarto, parando no topo da escada, ofegante, como se tivesse corrido
uma milha em vez de alguns passos.

A festa tinha começado enquanto ela estava no andar de


cima com Lucky, mas ela estava tanto em seu feitiço, que nem sequer
ouviu alguém ligar a música. Vários membros dançavam, outros
estavam em pé ao redor bebendo, e alguns estavam fazendo sexo.

Willa agarrou o corrimão, suas unhas cavando na madeira.


Ela sentiu a umidade entre as coxas aumentar, enquanto observava o
jeito desinibido de Stori tirar a camiseta de Moon, mostrando sua pele
bronzeada que tinha várias tatuagens. Ele estendeu a mão para brincar
com o mamilo de Stori enquanto outra mão em seu estômago a
empurrava para trás, para Rider, e então, todos os três se moviam
sedutoramente com a música.

Louca era como se sentia agora, como se ela tivesse caído


em um poço de desejo que não sabia como escapar. As garotas boas
não param e olham quando dois homens começaram a ter sexo com
uma mulher cujo rosto mostrava que ela estava em êxtase por estar
pressionada entre eles.

Ela sentiu o braço forte de Lucky circular a sua cintura, seu


corpo a pressionando de costas quando ele começou a balançá-los
sedutoramente com a batida da música. A bunda dela pressionada
contra seu pau, tentando encontrar a satisfação que ela não foi capaz
de alcançar, através de suas camadas de roupas. Sua cabeça caiu para
trás em seu ombro largo antes de virar para que ela pudesse continuar
assistindo o trio abaixo.
A mão de Moon pegou o quadril balançando de Stori,
pressionando-o contra ele enquanto as mãos de Rider a circulava,
agarrando seus seios, suspendendo-os para a boca de Moon, mas ele
não os pegou. Seus olhos foram para parte de cima das escadas,
pegando o olhar de Willa quando — Sail do AwolNation começou a
tocar e suas mãos foram para seu jeans. Ele suspendeu a saia de Stori,
puxando seu pau e deslizando uma perna entre as dela. Em seguida,
ele rasgou a embalagem da camisinha, rolando-a antes de estocá-lo
dentro da mulher pequena, fodendo com ela sob a batida da música.

A boca de Rider foi para seu pescoço enquanto sua mão foi
para sua calça jeans, abrindo-a, e Willa se pensou que a mulher não
poderia tomar dois homens ao mesmo tempo. No entanto, em seguida,
Moon deslocou seus corpos para que ela pudesse ver seu pau
deslizando para dentro e para fora da mulher que estava se erguendo
sobre as ponta dos pés para que Rider pudesse pressionar seu pau em
sua bunda.

Willa fechou os olhos, incapaz de continuar prestando


atenção sem chegar ao clímax. Ela se sentiu sendo levantada e virada
e então presa contra a parede. Uma grande planta foi colocada na
frente de um canto, que ela não tinha notado quando subiu. Ela podia
ver o andar de baixo, mas quem olhasse para o andar de cima só veria
sombras quando com a escuridão.

— O casamento é dar e receber. Eu vou pegar o que é meu;


você vai dar para mim?

— Sim. — Willa abriu as coxas com a sua insistência,


levantando-a depois que ele arrancou a sua calcinha.
Suas mãos frenéticas a levantaram, deslizando facilmente até
o máximo. Ela enterrou o rosto em seu ombro, mordendo em êxtase
enquanto ele a fodia mais forte do que nunca tinha feito antes. Ele
sempre fazia amor com ela com uma deliciosa gentileza, mas não
havia nada gentil sobre a maneira que ele fodia ela agora. Era duro,
frenético, e ela podia jurar que sentiu a batida de seu coração contra
seus seios.

Querendo que ele tocasse na pele nua de seus seios, ela os


esfregou contra o peito dele, tentando dar a ele a sugestão do que ela
era muito tímida para pedir.

— Mais tarde. Eu não posso tocá-los sem Moon ver.


Ninguém vai ver ou tocar você, somente eu.

O casamento é uma questão de confiança, Lily tinha dito a


ela, e agora ela entendeu de uma maneira que não tinha feito antes.
Ela podia confiar em Lucky com seu corpo e alma. Ele não a levaria
além de seus limites. Embora ele pudesse empurrá-los, ele não a
deixaria atravessar a linha invisível que enfraquecia a sua força de
vontade.

— Você é realmente o meu marido.

Lucky parou de se mover, olhando em seus olhos. — Sim.

— Você não vai me trair, — Willa afirmou com certeza.

— Deus, não.

— Você não me machucaria com suas facas.


— Quando você se machuca, eu me machuco. — Lucky
prometeu, em seguida, pegou o ritmo novamente, martelando dentro
dela enquanto a olhava nos olhos.

Willa usou a sua camiseta para abafar o grito enquanto ele


apoiava o braço na parede acima de sua cabeça enquanto ele gozava
em seu clímax. Suas respirações ofegantes se misturaram, quando eles
olhavam nos olhos um do outro, cada um encontrando uma parte de
sua alma no outro quando faziam amor.

— Um dia desses, eu não vou devolver isso, — Willa


murmurou, perdida no que ela estava experimentando naquele
momento.

— O quê? — Seus lábios tremeram.

— Nada. — Ela não ia lhe dizer o que ela estava pensando.

— Sereia, isso me deixa louco quando você faz isso. Talvez


eu esteja pensando a mesma coisa.

Ela sorriu quando endireitava seu vestido. — Eu duvido


disso.

Ele segurou seu rosto, fazendo-a olhar para ele. — Isso, por
um momento, as nossas almas se tocaram.

O sorriso de Willa escorregou. — Eu pensei que era apenas


comigo, — ela sussurrou em reverência.

Lucky balançou a cabeça. — Não, Willa, não foi só você. —


A outra mão pegou a dela, colocando-o na cruz em sua garganta. — É
um presente.
Capítulo 31

Willa fechou a porta da geladeira antes de ir ao forno, onde


tirou uma bandeja de bacon então deslizou outra dentro. Em seguida,
ela foi até a mesa e se sentou para desfrutar seu próprio café da
manhã. Era seu primeiro dia de trabalho na cozinha, e ela estava
ansiosa pelo fim de semana. Isso foi, até que ela olhou para a lista e
viu quem dividia a tarefa com ela - Bliss. Ela também estava trinta
minutos atrasada, deixando os nervos de Willa a um fio, temendo sua
chegada. Ela preferia fazer isso sozinha a estar presa com uma mulher
que estava deixando cada vez mais evidente a sua antipatia.

Ela dava uma mordida em seu iogurte de frutas quando a


porta que dava para o porão se abriu. Lucky entrou, parecendo que
tinha acabado de ir para a cama.

— Não conseguiu dormir? — Ela disse, lentamente levando


a colher da boca.

— Não, — ele resmungou. — Eu não consegui voltar a


dormir depois que você saiu.

— Eu não deveria ter acordado você. Sente-se e eu vou


colocar seu café, — ela disse se levantando.

— Eu vou deixar você fazer isso já que você me desgastou


me acordando depois de se aproveitar de mim por toda a noite. Eu
preciso reabastecer. Só para você saber, meu pau está fora dos limites
pelas próximas vinte e quatro horas. Ele está em greve.

Willa riu enquanto colocava uma grande omelete em seu


prato e pegava uma grande porção de caçarola de batatas picadas e
frita. Ela colocou o prato na frente dele antes de pegar o seu café. Ela
entregou a ele antes de beijar a boca virada para cima.

— Até meus lábios estão feridos, — Lucky reclamou,


fazendo uma careta quando ele tomou um gole de café quente.

— Eu lhe disse quando você... — Willa fez uma pausa,


incapaz de se fazer a falar a palavra em voz alta. — Isso me deixa...

— Com tesão? Sereia, isso deixa qualquer mulher com tesão.


— Ele se gabava, se encolhendo de novo quando ela bateu em seu
ombro antes de se sentar novamente.

A porta da cozinha abriu e Bliss entrou, bocejando. Ela


estava usando um short de pijama lavanda que mal cobria sua bunda e
um top combinando que mergulhava entre os seios e só era sustentado
por cintas de espaguete2. De forma que seus mamilos empurravam
através do top fino, Willa viu que ela não estava usando sutiã. Willa
estava preocupada que era por isso que Lucky estava olhando para a
mulher loira cujo corpo era perfeitamente proporcional.

— Você está atrasada, — Lucky se virou para ela, aliviando


Willa de seu equívoco.

2
Bliss deu de ombros, enquanto ia até a geladeira. — Eu sabia
que Willa teria tudo sob controle. — Ela acenou com a mão para a
comida colocada no balcão. — E eu estava certa.

— Amanhã, chegue no horário ou seu nome estará no saco


de punição.

— O que é o saco de punição? — Willa perguntou.

— É um saco, onde eles fazem você pegar uma punição


quando você foi má. Não é verdade, Lucky? — Bliss se serviu de um
copo de suco de laranja, deixando a garrafa sobre o balcão.

Willa se coçava para se levantar e colocá-lo de volta na


geladeira, mas se obrigou a se sentar, não gostando da forma
provocativa que Bliss estava falando com Lucky.

— Sim, — Lucky disse entre dentes, seus olhos estreitando


em Bliss.

Willa se levantou, indo para o forno onde tirou a última


bandeja de bacon, em seguida, voltou para colocá-la em um
queimador vazio no fogão.

— Cuidado, você quase me queimou.

Willa não tinha estado perto o suficiente para queimá-la, mas


o comentário ríspido de Bliss a atingiu. Independentemente disso, ela
não podia pensar sobre isso por muito tempo, porque logo em seguida,
vários membros do clube começaram a entrar um após o outro.

Ela viu Shade entrar com Razer. Lily tinha ligado para ela na
noite passada para dizer a ela que estava de folga hoje e que Rachel
estava trabalhando na loja da igreja. Winter, Viper, e Moon entraram
quando ela colocava as torradas na torradeira. Bliss apenas se afastou
para se encostar do outro balcão sem ajudar.

Voltando ao forno duplo, ela se inclinou para retirar a


bandeja de biscoitos.

— Essa não é uma visão que eu queria ver logo de manhã,


— Bliss disse maldosamente atrás dela.

O rosto de Willa inflamou com o insulto, consciente de que


todos na cozinha tinham escutado o comentário.

Willa ouviu a cadeira de Lucky raspar o chão. — Bliss, eu


quero falar com você lá em cima no quarto do Viper.

Willa virou com cuidado para colocar a assadeira sobre o


fogão. — Lucky, está tudo bem.

— Não, não está...

Antes que Lucky pudesse completar a frase, Willa assistiu


com horror quando a mão de Bliss empurrou o seu suco de laranja,
intencionalmente para frente derrubando o pote de biscoitos que Willa
tinha enchido uma hora antes com os biscoitos de Lucky. Ele quebrou
no chão em mil pedaços, que era exatamente quantos pedaços seu
coração se partiu.

Os nervos já desgastados de Willa estalaram.

— Porque você fez isso? Por que você está tão chateada
comigo? Eu pensei que éramos amigas.

— Amigas! — Bliss gritou com ela. — Os amigos não


apunhalam o outro pelas costas.
— Como é que eu apunhalei você pelas costas? — Willa
perguntou, completamente confusa.

— Você fodeu Shade! Eu vi você descer com ele! Você


ficou lá muito tempo no quarto. Lucky sabe que fodeu Shade na
mesma cama que você fode ele todas as noites?

Quando Lucky e Viper se aproximaram de Bliss com raiva,


Willa levantou a mão para detê-los, querendo ouvir o resto da sujeira
vomitando de sua boca.

— Será que Lily sabe? — Bliss deu um riso amargo. — Ele


não trairia Lily comigo, mas ele traiu com você. Você quer saber a
parte mais engraçada? À noite antes que Lucky deveria ir para Ohio,
ele queria que eu fodesse com ele, e eu não fiz! Eu me recusei porque
você me fez essa porra de doces. Ele fodeu Raci, Ember, e Stori por
toda a noite, em vez disso. Não vou cometer esse erro novamente. Se
você quer que eu vá lá em cima com você, Lucky vamos embora, —
Sua voz se tornou sensual, sua insinuação devassa foi como um tapa
no rosto de Willa.

Willa se virou, dando as costas para a cozinha lutando contra


seu temperamento subindo. — Deus dê-me forças.

— O que você disse? Se você tem algo a dizer...

Willa se virou bruscamente. — Eu disse cale a boca! —


Willa gritou, indo em direção Bliss com raiva. — Eu não fiz sexo com
Shade. Nós conversamos! Isso é tudo! Ele me mostrou as medalhas de
Lucky e me falou sobre seu tempo no serviço militar. Isso foi tudo o
que fizemos!
Lucky, Viper, e Bliss todos deram um passo para trás, com a
fúria no rosto de Willa. Toda a raiva que estava segurando por dias,
semanas e anos derramou na mulher que tinha quebrado um pote de
biscoitos que ela tinha guardado.

— Por que é que você se sentiu como se tivesse o direito de


falar assim comigo? Você não teria falado desse modo com qualquer
outra pessoa, apenas eu!

Bliss começou a tremer. — Eu não sei.

— Isso para agora! Você pode me ouvir? — Desta vez,


Willa gritou com toda a sala com espectadores.

Todos assentiram em conjunto.

— Essa lista tarefa é uma merda! Se eu quiser cozinhar e


gerenciar esta cozinha, então eu estou com maldita certeza que vou
fazer isso! Ok? — Ela olhou para Viper.

— Divirta-se. — A concessão de Viper não a desacelerou.

— Se eu quiser fazer isso, eu vou, — ela rosnou para o


marido, que estava prestes a protestar.

— Se isso começa a ser demais, eu vou te dizer.

— Uma pessoa não pode fazer tudo. Você não pode lidar
com essa cozinha e seus negócios...

Willa cortou. — Eu não planejo fazer isso sozinha. Eu


pretendo contratar alguém. Ginny pode sair do restaurante. Ela odeia.
Todo mundo pode manter suas malditas roupas enquanto ela estiver na
casa por algumas horas por dia. Todo mundo deve escolher as tarefas
que eles querem ser responsáveis. Se elas não forem feitas, desconte
do seu salário e dê a Ginny como pagamento para ela fazer.

— Nós geralmente vota... — Viper começou, em seguida,


parou por causa do seu olhar. — Nós vamos testar em caráter
experimental.

Willa foi até a despensa, tirando a vassoura e a pá, com raiva


varrendo o vidro quebrado e biscoitos bruscamente.

Ela apontou o cabo da vassoura para Raci. — Se eu quiser


lavar pratos na mão, eu vou. Isso me relaxa.

Raci recuou quando o cabo de vassoura quase bateu em seu


nariz. — Certo.

Willa despejou o vidro na lata de lixo antes de voltar seu


olhar aquecido para Winter. — E se eu quiser fazer o café da manhã
para o meu marido e servi-lo porque isso me faz bem, então eu vou!

— Mas, é arcaic... — Seus dentes travaram com o olhar de


Willa. — Tudo bem.

Stori saiu do caminho de Willa enquanto ela colocava a


vassoura e pá de volta na despensa. Willa fechou a porta da despensa,
em seguida, parou na frente de Stori, apontou o dedo em seu peito. —
Se alguém for fazer o almoço pro meu marido, essa será eu. Se eu não
estiver aqui, então ele pode fazer isso malditamente por conta própria.

— OK.

Willa olhou para o relógio, percebendo que chegaria atrasada


para o trabalho, e ela odiava estar fora da programação. Ela estava
quase passando pela porta da cozinha, quando ela se virou.
— E, Rider, baixe a maldita tampa do vaso sanitário quando
terminar, caramba.

— Vou me lembrar disso.

Seu discurso não tinha terminado quando o seu olhar focou


em Jewell. — Você vê um nariz no meu rosto?

Jewell lhe deu um olhar estranho, balançando a cabeça.


Quando Willa bateu a mão contra a porta da cozinha, a fez pular fora
do resto do caminho, Jewell rapidamente se afastando para que ela não
se batesse nela quando se virasse.

— Eu quero o meu perfume de volta. Ele está desaparecido


desde o dia em que me mudei, e eu sinto o cheiro em você.

Ela saiu pela porta da cozinha, ainda gritando seu discurso


com raiva por cima do ombro enquanto se dirigia para a porta da
frente. Ela colocaria os Last Riders sob controle, e se não fosse para
sempre, então isso seria pelo menos até que a casa dela e de Lucky
estivesse construída.

A cozinha ficou em silêncio enquanto todos ouviam os gritos


de Willa da outra sala quando ela saia.

Lucky viu Moon abrir a boca para responder quando ouviu


Willa gritar com ele para pegar suas botas do meio do caminho.

— Não diga nada. Ela pode voltar, — Winter sussurrou.


Moon fechou a boca, encolhendo-se ao som da bota batendo
contra a parede, o que fez todos eles olharem um para o outro temendo
que ela voltasse atacada para a cozinha. A batida na porta da frente fez
mais de um membro dar um suspiro de alívio.

Raci foi para a porta dos fundos. — Você acha que ela
realmente se foi, ou ela está fingindo que saiu?

Após alguns segundos, Viper abriu a porta da cozinha,


olhando para a outra sala. — Ela se foi.

— Ainda bem porra. — Jewell sentou-se trêmula na mesa da


cozinha. — Eu pensei que ela chutaria a minha bunda.

— A minha também. — A mão de Winter estava tremendo


quando ela levou sua xícara de café aos lábios.

A tensão na sala não se dissipou com a saída de Willa.

— Bliss, esta é a última vez que você magoa um membro. —


A voz fria do Viper estava dirigida para a causadora do confronto
inesperado que Willa tinha vencido.

— Willa não é um membro. — O desafio de Bliss tinha


desaparecido quando o discurso de Willa tinha começado. Agora ela
estava no meio dos membros que se reuniram em um círculo em torno
dela.

— Eu não estava falando sobre Willa. Eu estava falando


sobre Lucky. Ela é esposa dele, então qualquer coisa que você faz para
machucá-la, o machuca também.
Lucky viu os olhos de Bliss irem em sua direção. Friamente,
ele olhou para trás quando Viper começou a tirar de Bliss seus direitos
como um Last Riders.

— Um membro tem que ter oito dos oito votos dos membros
originais para ser votado para sair. Quando você respondeu a Lily,
teve seis dos oito. Dois membros votaram em lhe dar outra chance -
Lucky e Rider. Eu estou fazendo outra votação. — Viper olhou para
Shade. — Ligue para Knox e peça o seu voto.

Viper continuou falando enquanto Shade se virou para o


lado, fazendo a ligação.

— Eu voto fora. — Viper olhou para Razer. — Dentro ou


fora?

Razer não hesitou. — Fora.

— Train?

— Fora.

— Lucky?

As lágrimas de Bliss não afetaram o seu voto.

— Fora.

— Shade?

— Fora e Knox vota fora. — Shade colocou o celular de


volta no bolso.

— Cash?

— Fora.
Todos os olhos na sala estavam em Rider quando Viper
chamou o seu nome.

— Rider?

Rider, que tinha salvado Bliss da expulsão três vezes antes,


era a esperança final de Bliss.

— Por favor, não, Rider. Eu prometo...

— Fora. — O voto cortante de Rider selou o destino de


Bliss.

Os ombros de Bliss começaram a tremer enquanto ela ficou


como uma exilada entre eles, mas Viper não lhe mostrou nenhuma
misericórdia.

— Desde que eu sei que você não tem um lugar para ir, você
tem até o final do mês para pegar suas coisas arrumar e encontrar
outro lugar para viver, de preferência não em Treepoint. Você poderia
voltar para Ohio.

— Se eu não pertenço aos Last Riders, eu não tenho o


porquê voltar para lá.

— Você não pertence aos Last Riders mais, então não há


nada esperando por você lá. — Viper concordou asperamente.

Bliss enxugou as lágrimas com as costas das mãos, andando


pela sala de membros irritados indo embora.

Nenhum dos membros estava feliz que Bliss estava sendo


forcada a sair. Todos sabiam que seus sentimentos por Shade eram
difíceis para ela superar. Todos esperavam que a mulher fosse capaz
de ultrapassar seu amor por ele.
Lucky olhou para Shade. — Você trouxe Willa para dentro
do clube sem mim?

— Ela queria saber o que estava errado com você. Eu lhe


disse para contar a ela sobre o seu transtorno antes de se casarem.

— Eu ia dizer a ela.

Shade cruzou os braços sobre o peito. — Salvei-lhe do


problema.

As mãos de Lucky se fecharam. — Quando você a levou lá


embaixo?

— Na noite em que ela veio pedir emprestado o livro de


receitas de Lily.

— Essa era uma sexta-feira à noite.

— Sim, era. — A atitude cavalheiresca de Shade o irritou


ainda mais.

— O que você disse a ela?

— Tudo. — Shade deu um encolher de ombros lacônica. —


Mostrei a ela todas aquelas medalhas extravagantes, lhe disse como
Kale morreu, e como você quase matou a sua bunda. - Tudo isso.

— Eu ia...

— Eu sei, você ia contar a ela. Te salvei do problema. Além


disso, ela me deu um beijo por salvar sua bunda. — Shade apontou
para seu rosto. — Bem aqui.
— Deixe-me te mostrar a minha gratidão. — Lucky deu um
soco rosto presunçoso de Shade, fazendo-o tropeçar para trás contra o
balcão, derrubando o prato de omeletes no chão.

— Cuidado com a comida! — Rider gritou.

Shade lhe deu um olhar triunfante antes de levar o punho


para trás e cravá-lo em seu estômago. Lucky se jogou em Shade e os
dois esbarraram na mesa da cozinha, derrubando-a no chão e fazendo
Winter e Jewell correr para sair do caminho.

Moon puxou Lucky para se levantar, enquanto Viper e Train


pegaram Shade de volta.

Lucky lutou contra o aperto de Moon.

— Calma, irmão.

Lucky bateu nele por trás dando uma cotovelada em seu


rosto.

— Que diabos foi isso?

— Eu vi você olhando para os peitos da Willa quando ela


estava varrendo o pote de biscoitos.

Moon lhe deu um sorriso de comedor de merda. — Você


pode me culpar irmão?

— Quando eu terminar com você, você estará andando de


volta para Ohio em um carro fúnebre. — Lucky pegou uma das
cadeiras da cozinha, jogando-a em Moon, que se abaixou para sair do
caminho. Ele atingiu uma panela de barro que estava no balcão,
caindo da ponta e enviando aveia escorrendo para o chão.
— Eu disse para terem cuidado com a comida. — Rider
empurrou Lucky de volta antes que ele pudesse atacar Moon
novamente.

Moon estava chateado o suficiente para empurrar Train


quando ele tentou evitar que Moon atacasse Lucky. O temperamento
volúvel de Train se levantou e golpeou Moon no olho, levando os dois
homens a uma briga enquanto Lucky ia para Rider.

— Por que diabos você está me batendo?

— Deixe meus malditos biscoitos em paz.

Rider começou a bater nele de volta se defendendo, os dois


atingiram Viper que ainda estava tentando controlar Shade.

— O que diabos está acontecendo aqui? — Knox latiu,


entrando na cozinha e, em seguida, separando os irmãos.

Lucky conseguiu se segurar no balcão da cozinha, segurando


o queixo que Rider tinha conseguido dar um golpe. Se endireitando,
ele com raiva foi para Knox depois parou. Ele não tinha perdido o
sentido que ainda restava para atacar Knox.

Respirando fundo, ele conseguiu obter o controle de seu


temperamento, e os outros homens pararam de lutar, olhando a
cozinha destruída.

— Eu estou com fome. Existe alguma comida salva? —


Knox foi para trás do balcão, em busca de um prato inteiro.

— Há alguns pratos descartáveis na despensa, — Raci disse


prestativamente, agarrando um dos últimos biscoitos.
— Depois que Knox comer, não sobrará nada. — Rider se
queixou, olhando para Lucky. — Você já comeu o grande prato que
Willa fez para você. — Ele foi até a geladeira, abrindo-a, estavam na
frente dele uma fileira de massa folheada do café da manhã.

Lucky não pôde deixar de rir da cara de Rider quando ele se


virou, batendo para fechar a geladeira, apontando o dedo para ele.

— Será que alguém fodidamente pode me dizer como que o


fodido sortudo conseguiu pegar a melhor cozinheira do Kentucky que
realmente quer servi-lo, é rica como a merda, tem os melhores peitos
que eu já vi, e pelos sons que vem do andar de baixo, está fodendo os
seus miolos?

Lucky louvou o responsável. — Eu agradeço a cada dia por


ela.

Shade deu um sorriso irritante. — Por nada.


Capítulo 32

— Eu fiz alguma coisa errada? — Ginny perguntou


timidamente.

Willa baixou o saco de decoração. — Não, me desculpe. Eu


não estou no melhor dos humores hoje. — Ela pediu desculpas pelo
silêncio em que esteve ao longo do dia.

— Tudo bem. Eu só queria ter certeza que eu não ferrei


alguma coisa. — Ginny arrumava outra caixa rosa de bolinhos que ela
tinha terminado de encher. — Estou animada com a possibilidade de
cozinhar em tempo integral. Quando você quer que eu comece na sede
do clube?

Willa ofereceu-lhe o trabalho logo que chegou naquela


manhã antes que seu temperamento esfriasse, e agora ela estava
lamentando isso. Firmando sua determinação, ela fincou a suas armas,
apesar de tudo. — Dê o aviso no restaurante e deixe-me saber quando
seria bom para você.

— Eu vou dizer a eles esta tarde quando eu chegar. — Ginny


começou a encher outra caixa com bolinhos. — Eu estou alugando um
quartinho pequeno, porque eu não posso pagar algo maior agora. Eu
não ganho muito como garçonete, então quando eu começar a
trabalhar em tempo integral para você, eu espero alugar um quarto.

Sua conversa dissolveu o resto do mau humor de Willa.

— Posso te fazer uma pergunta pessoal?


— Manda. — Ginny cuidadosamente dobrava as
extremidades da caixa fechada.

— Por que você não gosta dos Wests? Quero dizer, você
viveu lá por vários anos, mas os evita quando os vê na igreja.

Um olhar cauteloso atravessou o rosto de Ginny quando ela


estendeu a mão para outra caixa.

— Eu estive pensando uma vez em conseguir a custódia de


Darcy. Seu irmão mais velho Cal está vivendo com um amigo meu,
Drake Hall.

— Eles nunca colocaram a mão em mim ou fizeram alguma


coisa imprópria, se é isso que você está pensando.

— Ela está segura?

Ginny fez uma pausa, em seguida, começou a colocar


bolinhos em uma caixa. — O seu marido vai sair de Treepoint, ou ele
ficará aqui para sempre?

Willa sentiu um arrepio descer em suas costas com as


palavras de Ginny.

— Nós não estamos indo a lugar algum.

— Então ela está segura, — ela disse com um aceno de


cabeça.

— Será que Lucky...?

— Lucky salvou minha vida. Eu nunca vou ser capaz de


pagar pelo que ele fez. Eles não são pessoas ruins; eles só têm padrões
muito elevados que eu não consegui atingir.
— Eu sei como se sente. Eu nunca alcancei os padrões de
minha mãe.

— Você? Eu não posso acreditar nisso. Você é perfeita.


Você é doce, gentil e tenta ajudar a todos. Eu desejo poder ser mais
como você.

Willa se sentiu mortificada pelos elogios. — Vai buscar o


almoço para nós no restaurante, enquanto eu termino essa encomenda.
Vou querer um sanduíche de frango e salada. — Willa lhe entregou
uma nota de vinte. — Compre o almoço para você, também. Eu
percebi que você não comeu nada ontem. — Willa lhe deu uma
piscadela. — Você pode dar o seu aviso quando você estiver lá.

Ginny sorriu de volta. — Eu vou esperar até que me


entreguem a comida, então, eu falo.

Willa virou as costas para a porta quando ela saiu para contar
as caixas que tinham terminado, decidindo que ela ligaria para Carl
depois do almoço.

Quando seu celular tocou, fazendo-a perder a conta, ela


franziu a testa para o número que ela não reconheceu.

— Alô?

— Willa! Preciso de sua ajuda! — A voz frenética de Sissy,


do outro lado da linha a fez apertar o celular.

— O que está acontecendo? — Willa mal conseguia


entendê-la através do choro dela.

— Mais devagar para que eu possa compreendê-la.


— Você pode vir e me pegar no mirante? Eu fui deixada
aqui, e eu não tenho como voltar para o lugar que eu estive hospedada.
Posso ficar com você? — A menina começou a chorar mais.

— Sim, me dê dez minutos para chegar aí. Eu estou indo. —


Willa pegou sua bolsa enquanto caminhava até a porta.

— Depressa, por favor! — O telefone ficou mudo.

Willa começou a correr saindo da igreja para sua van. Seus


dedos tremiam tanto que ela mal conseguiu colocar a chave na
ignição. Finalmente ligando a van, ela acelerou saindo do
estacionamento da igreja, dirigindo em direção ao Mirante da
montanha. Graças a Deus não era muito longe.

Na verdade, era a montanha que ficava acima do bar Rose, e


era onde os adolescentes locais ficavam. Willa nunca esteve lá para as
festas, mas ela esteve lá como voluntária para limpar a área quando a
igreja se preocupou com a quantidade enorme de lixo e mato. Era um
dos poucos lugares de turismo que a cidade possuía, que dava uma
vista espetacular das outras montanhas e o vale abaixo.

Willa fez a curva na estrada ao lado que levava até a


montanha íngreme, desacelerando enquanto procurava por Sissy. Ela
estava quase no topo e parou tão perto da beira da estrada quanto
podia, para que ela pudesse ligar e descobrir onde ela estava
esperando.

Quando ela não conseguiu fazer a ligação, ela olhou para o


telefone e percebeu que não tinha rede. Seu celular não conseguia ter
um sinal através das árvores pesadas e montanhas.
— Droga. — Ela teria que voltar. Sissy não podia ter ligado
do alto; ela não teria um sinal. O único lugar para retornar estava no
topo. Quando ela chegou ao topo e virava a van de volta, viu Sissy
sentada em uma mesa de piquenique à beira do penhasco acorrentada.

Willa pisou nos freios, trocando de marcha quando entrava


no estacionamento. Saindo do carro, correu para Sissy, em seguida,
desacelerou quando viu o olhar triunfante em seu rosto.

— Sissy, está tudo bem?

Sissy ignorou a pergunta. — Viu? Eu disse que ela era


estúpida o suficiente para vir, não foi?

— Sim, você disse.

Willa viu um homem que ela não reconheceu sair de trás de


uma árvore, apontando uma arma para ela, e ela empalideceu. Ela não
precisava adivinhar quem era ele.

— Olá, sou Bridge. Estive esperando por você.

— Que diabos aconteceu aqui? — Dustin estava em pé na


porta com sua pasta.

Lucky baixou a nova mesa que Train o havia ajudado a levar


para o clube no canto. — Quem te deixou entrar?
— Eu deixei. — Shade apareceu na porta atrás dele,
carregando uma cadeira em cada mão.

— Ande, — Viper ordenou a Dustin, carregando mais duas.

Lucky estava se esquivando de Dustin. Ele gostava mais da


vida, antes de descobrir sobre o dinheiro de Willa. Dustin estava se
tornando uma dor na bunda desde que se tornou seu contador, e Willa
tinha decidido que ele precisava economizar mais dinheiro.

Ela nunca falava disso com dele diretamente, enviando


Dustin para fazer seu trabalho sujo. Quando ele tinha dito a Dustin
para pagar por uma carga de madeira cuja data de entrega podia ser
ajustada, Willa fez Dustin tentar convencê-lo a esperar até que ela
pudesse fazer uma comparação de preços. Foi apenas quando ele
ameaçou comprar a madeira mais cara que ela recuou.

Rider entrou, carregando uma caixa contendo a nova panela


de barro.

— Eu pensei que você estava ajudando Razer.

— Não, ele está dando conta. — Rider baixou a caixa como


se ela pesasse uns cinquenta quilos, enquanto Razer entrava, lutando
com o peso da parte central da mesa nova.

Lucky pulou para frente, ajudando-o antes que ele deixasse


cair.

Razer se inclinou, colocando as mãos sobre as coxas e


ofegante. — Eu vou chutar a bunda desse filho da puta, logo que eu
recuperar o fôlego.
— Eu tenho uma pergunta: Por que vocês não apenas
arrumaram tudo pelo caminho em vez de subir todas as escadas, —
Dustin riu de suas expressões. — Vocês são um bando de idiotas
fodidos.

Lucky colocou uma mão no peito de Shade, empurrando-o


para trás.

— O que você quer, Dustin?

— Eu quero pegar os recibos de doação que você fez para o


campo de futebol. Diamond também me pediu para deixar a cópia
mais recente do novo testamento de Will. — Ele colocou a pasta sobre
a mesa, abrindo para tirar uma quantidade grossa de papéis.

— Diamond disse que ela deseja que você pare de chatear


Willa. Esta é a quarta vez que ela teve que mudá-lo desde que vocês
se casaram. Pessoalmente, eu teria falado para ela parar após a terceira
vez.

— Eu vou dizer a Willa que você disse isso, — Lucky


respondeu, olhando através dos papeis, distraído, sem realmente dar a
mínima para quem ela dava o seu dinheiro.

Dustin perdeu a expressão arrogante no rosto. — Eu queria


dizer que ela deve pensar direito para chegar a uma decisão que vai
deixá-la mais feliz. Dessa forma, ela não teria necessidade de fazer
tantas mudanças. — Dustin balançou a cabeça, tentando cobrir sua
bunda. — Isso economizará o dinheiro que ela tem que pagar a
Diamond para mudá-lo toda hora. — Vendo que Lucky não estava
comprando sua merda, Dustin apontou para a papelada. — Diamond
disse para explicar que Willa baixou a quantidade que ela estava te
deixando para cinquenta por cento. — Dustin não conseguiu esconder
a sua satisfação pela mudança.

— Ela não baixou a minha herança, porque ela estava


chateada; foi porque ela admitiu que quer quatro filhos. — Lucky lhe
deu um sorriso triunfante. — Eu disse para ela que ficaria feliz em lhe
dar o número de crianças que ela quiser.

A expressão abatida de Dustin fez Lucky rir enquanto jogava


os papéis sobre a mesa. — Você pode transmitir uma má notícia para
Diamond. Ela provavelmente vai ligar para ela esta noite e mudá-lo
novamente. Willa está chateada com um monte de gente agora.

— Droga, eu sabia no momento em que ela me disse que


vocês dois iam se casar, e ela tinha elaborado um testamento, que ela
deveria fazer um acordo pré-nupcial, também, mas ela se recusou.

— Nós não estamos nos divorciando. — Lucky franziu a


testa. — Espere um minuto, quando foi que Willa elaborou seu
testamento pela primeira vez? Eu pensei que ela vinha fazendo isso há
anos. Ela tem o controle do seu dinheiro desde a morte de seus pais.

Dustin olhou para trás através da papelada. — Ela me ligou


um dia depois que vocês noivaram me falando que ela estava
querendo que o seu testamento fosse elaborado. — Dustin apontou
para a data original do testamento de Willa.

Lucky agarrou a mesa, olhando para o documento legal.


Willa não queria deixar este mundo sem deixar a todos algo para se
lembrar dela.

— Lucky? — Viper colocou a mão em seu braço.


— Eu disse a ela sobre Bridge uma noite antes.

— Quem é Bridge? — Dustin endureceu, seu rosto ficando


preocupado com a expressão atormentada de Lucky.

— Um homem que prometeu matar a mulher que eu me


apaixonasse.

— Que porra!

— Ela não sabe. Ela acha que vai morrer. Todas estas
semanas, ela estava vivendo com esse medo, e ela nunca disse uma
palavra, nunca me perguntou. Ela não sabe.

— Sabe o quê? — Dustin perguntou, olhando para o grupo


de homens calados.

— Que eu estive protegendo ela. Que eu nunca a deixei


desprotegida.

— Quem está protegendo ela?

Lucky estava prestes a responder à pergunta de Dustin


quando seu celular tocou. Depois que ele respondeu com um curto alô
a cara de Lucky empalideceu com a voz que dava instruções.

— Nós estamos a caminho. — Lucky desligou o telefone. —


Diga aos irmãos para pegarem as suas armas. Alec ligou; Willa
decolou em sua van.

— Quem diabos é Alec?

— O guarda-costas de Willa, — Lucky respondeu, correndo


para o quarto onde ele destrancou o fundo da sua mesa de cabeceira e
tirou seu revólver do serviço militar, em seguida, saiu correndo.
Lucky não perguntou como Shade tinha superado ele no
estacionamento quando o viu saltar na parte de trás da caminhonete de
Rider. Lucky subiu em sua moto quando os outros irmãos chegaram.

— Para onde vamos?

— Mirante da montanha. Dustin, ligue para Knox e fale para


ele ir para lá.

As motos estavam rugindo saindo do estacionamento antes


que Dustin pudesse pegar o celular.

Lucky tinha tomado todas as precauções com a segurança de


Willa, ele estava preparado para Bridge tentar sequestrar Willa, não
que Willa fosse tornar fácil para o bastardo e se entregar a ele. Não
importava, no entanto. Lucky não arriscaria com a segurança de Willa
outra vez. Tinha chegado o momento de acabar com a vingança de
Bridge. De uma forma ou de outra, seja Bridge ou Lucky um não
viveria para ver outro dia.
Capítulo 33

— Você sabe quem eu sou?

Willa observou cautelosamente quando Bridge se


aproximava dela.

— Sim, Lucky me disse que você o odiava, que você queria


machucá-lo, tirando alguém que ele ama.

— Como ele tirou o meu irmão.

— Lucky tentou salvar o seu irmão.

— Cale-se. Você não sabe nada sobre o que aconteceu com


meu irmão.

— Eu sei Shade me disse.

— Shade? Aquele bastardo frio não sabe o que é perder


alguém que ama.

Willa não conhecia muito sobre Shade para dar uma opinião,
então ela permaneceu em silêncio, voltando sua atenção para Sissy.

— Você está bem? Ele machucou você?

Sissy se levantou graciosamente. — Por que Bridge me


machucaria? Eu estou morando com ele.

Willa lançou um olhar enojado em direção ao homem que


parecia ter a idade de Shade.

— Não se descabele. Eu não fodo crianças. Além disso, ela


não tem peitos suficientes para o meu gosto. Você, por outro lado... Se
eu tivesse tempo, eu poderia mostrar a você o que Lucky só gostaria
de ter feito.

— Não seja vulgar na frente de Sissy, — Willa estalou.

— Só pode estar de brincadeira comigo. Quando você vai


tirar de sua cabeça que eu não sou uma criança? Eu não era antes de
completar dezoito anos. — Sissy se gabou.

— Sissy, eu sei que você pensa que é adulta, mas você não é.
Você cresceu muito rápido, e Lewis colocou muita responsabilidade
em você. Você não fez nada nos últimos meses, exceto mostrar que
você ainda é uma criança.

Sissy bufou em descrença. — Como?

— Você está gritando por atenção como uma criança faz. Eu


acho que você está gritando por socorro por um longo tempo, e
ninguém estava escutando. — Willa disse suavemente. — Você estava
muito magoada e com raiva quando sua mãe foi para a prisão. Quando
ela morreu, você teve que viver com Lewis, e depois ele morreu. Você
não sabe em quem você pode confiar, quem não vai deixar você. É por
isso que você não confia em ninguém. É por isso que você queria
muito entrar para os Last Riders. Eles tomam conta uns dos outros, e
eles protegem suas mulheres.

— Eles fizeram um trabalho de merda cuidando de você. —


Bridge interrompeu. — Desculpe, mas eu tenho que apressar isso. Não
vai demorar muito para Lucky chegar aqui com aquele guarda-costas
que ele colocou vigiando cada movimento que você faz. Traga sua
bunda aqui.
— O que você está fazendo, Bridge? Você disse que só ia
assustá-la. — Sissy foi para o lado dele, puxando o braço com a arma.
Ele a levantou do chão, segurando-a pela cintura.

Willa correu para ajudá-la, em seguida, parou quando ele


apontou a arma para a cabeça da menina.

— Você tem duas opções: Ou pula ou eu mato ela. Você tem


dez segundos antes que eu tome a decisão por você.

Da forma insensível que ele falou, o homem queria sua


vingança. Portanto, Willa ficou com nenhuma escolha, e ela deu um
passo em direção à beira do precipício.

— Largue a arma, Bridge!

Willa virou com o grito atrás dela. Douglas e outros quatro


homens que Willa reconheceu que fizeram vários trabalhos em sua
casa durante a reforma, corriam das sombras das árvores e se
espalhavam, cercando Bridge em posições diferentes.

— Willa, venha aqui, — Douglas ordenou. Willa deu um


passo em direção a ele.

— Dê mais um passo e eu vou explodir seus miolos.

Quando Sissy começou a chorar, Willa não podia deixar a


garota. Ela parou de andar, ouvindo os rugidos de motos que podiam
ser ouvidos à distância.

— Seu marido vai chegar para ver se você pode voar.

Willa não mostrou qualquer vestígio de medo, não querendo


que a última imagem que Lucky tivesse dela fosse chorando e
implorando. Ela queria que ele se lembrasse da sua última noite juntos
e o quanto ela o amava.

As motos pararam e Lucky desceu da moto, sua fúria era


palpável. Os outros homens saíram de suas motos, vindo atrás dele.

— Bridge, deixe Sissy ir. Isso é entre nós. Nem Willa nem a
menina tem nada a ver com a gente. Você me quer. Eu estou aqui. —
Lucky abriu os braços. — Dê a porra do seu tiro.

— Eu não quero você. Eu quero ver seu rosto quando ela sair
voando. — Bridge rosnou, em seguida, se virou com a arma na cabeça
de Sissy. — Vá, cadela!

Willa observou quando Sissy virou a cabeça para o lado,


mordendo o ombro de Bridge. O homem a atirou no ar ao mesmo
tempo que um tiro ecoou.

— Sissy! — Willa mal conseguiu agarrar a mão de Sissy,


perdendo seu próprio equilíbrio na borda do penhasco.

— Não! — Lucky gritou quando um outro tiro foi disparado.

Willa se sentiu caindo sobre a extremidade, seu corpo


torcendo para o lado com a força de segurar o peso de Sissy com a
mão.

Willa gritava em agonia com a dor que irradiava de seu


braço. A mão livre agarrou a beira do precipício antes de pegar a
cadeira de segurança que Bridge tinha tirado, segurando com toda
força que podia.

Os gritos de Sissy soaram do lado dela enquanto a garota a


segurava.
— Aguente Willa. Você porra não solte! — A mão de Lucky
agarrou seu antebraço quando Viper caiu no chão ao lado dele,
estendendo a mão para Sissy.

Willa não tinha conhecimento dos gemidos de dor escapando


dela quando Viper e Train levantaram Sissy, livrando Willa do peso.
Assim que eles se afastaram, Cash se curvou para ajudar Lucky a
puxá-la para cima.

— Não a puxe pelo braço; está deslocado! — Lucky


ordenou.

Cash estendeu a mão pegando o cós da calça jeans e


levantando-a para os braços de Lucky. Em seguida, suas mãos foram
para o braço, segurando-a firme enquanto Lucky a afastava da
extremidade do penhasco, se afundando no chão com ela em seu colo.

— Uma ambulância está a caminho, — disse Viper ao lado


deles.

Lucky segurava o seu braço lhe dizendo para não se mover,


enquanto Willa olhava com os olhos embaçados o homem sangrando
no chão a alguns pés de onde ela estava deitada. Douglas estava de pé
sobre Bridge com uma arma apontada para sua cabeça.

Quando uma caminhonete parou bruscamente, Willa


observou quando Shade saltou agilmente com um rifle amarrado em
suas costas. Seus olhos azuis passaram detalhadamente sobre Willa e
Lucky, enquanto passava por Sissy que estava sentada no chão,
chorando impotente, até que ele parou ao lado de Bridge. Se
agachando junto à Bridge, e seu olhar mortalmente frio fez Willa
tremer no calor do verão atrasado.
— Você errou.

— Eu não errei. Eu atingi onde eu mirei.

Bridge riu, fazendo uma careta de dor. — Você deveria ter


me matado. Eu não vou parar de ir atrás dele.

— Bridge, para mim já chega de embromação. O único


homem responsável por Kale estar morto é você.

Bridge tentou se levantar para se lançar contra Shade, mas


Shade reagiu com velocidade de um relâmpago, agarrando a camisa
do homem onde o sangue jorrava e o empurrando de volta para o
chão.

— Você foi aquele que o teu irmão seguiu para o serviço,


não Lucky. Você era o único que deveria ter ensinado o idiota a ficar
em segurança. Você era o único que deveria ter batido algum sentido
nele a primeira vez que ele foi repreendido por não manter sua arma
perto de seu corpo. Ele era fodidamente descuidado não só com a sua
vida, mas com dos outros homens na missão. Kale era um imprestável,
e todos na porra do esquadrão sabiam disso. Foi por isso que você
pediu a Lucky que vigiasse ele.

— Lucky fez tudo o que podia fazer para salvá-lo, e para


mim já chega de ter que assistir você o culpando por algo que ele não
podia evitar. Se você chegar perto dele e Willa novamente, eu vou
levar cada membro da sua família respirando que lhe resta e aqueles
seus cães. Quando eu terminar, não haverá uma pessoa viva para
chorar sobre o túmulo que eu enterrá-lo. Você me entendeu?
Bridge virou o rosto, incapaz de encontrar o olhar de Shade.
— Entendi.

— Bom. — Shade o soltou, se levantando.

A ambulância parou e os paramédicos saíram, agarrando


seus equipamentos. Quando eles estavam indo para Bridge, Shade
rosnou para eles.

— Seus fodidos cuidem dela primeiro. Eu não atirei em


nenhum ponto vital. Ele vai esperar.

Um paramédico parou, caindo ao lado de Willa.

— O seu ombro está deslocado.

A voz rouca de Lucky ajudou Willa suportar o breve exame.


Então ela reprimiu seus gritos de dor quando eles imobilizaram o seu
braço.

— Willa, pare. — Lucky enterrou o rosto em seu cabelo. —


Pare de me dizer que está tudo bem. Eu sei que dói como o inferno.
Desloquei o meu quando eu jogava futebol no ensino médio.

— Oh. — Willa enterrou o rosto em sua camiseta. — Você


vai ter certeza que Sissy fique bem?

— Eu vou cuidar dela, — Lucky prometeu.

Willa não gostou do tom de sua voz, mas ela estava com
muita dor para discutir.

Knox e outra ambulância chegaram, carregando-a


rapidamente para a maca. Lucky segurou a mão dela na maca e levou-
a para a ambulância. Quando ela passou Shade, ela olhou para ele.
— Não se atreva a agradecer a ele. Ele já se acha de mais, de
qualquer jeito.

Willa conseguiu rir com o comentário irônico de seu marido.

— Você vai me colocar em seu testamento? — Shade


brincou.

Willa olhou para ele. — Eu já coloquei. Lucky não te


contou?

Shade deu a Lucky um sorriso zombeteiro. — Não, ele deve


ter se esquecido.

— Eu acho que eu finalmente te compreendi, — Willa disse-


lhe suavemente.

Seu sorriso desapareceu, e um olhar indecifrável cruzou os


recursos.

— Você me disse que cada um dos Last Riders tem um


código. Lucky é honra. — Uma lágrima solitária escorregou pelo
canto do seu olho. — O seu é lealdade.

Shade estendeu uma mão suave, limpando a lágrima. — Vá


consertar o seu braço. Eu vou manter um olho sobre Lucky para você.

— Eu sei que você vai, — Willa suavemente respondeu. —


Eu sei que todos vocês vão.
Capítulo 34

— Sente-se e eu vou te dar um pouco de suco para tomar a


sua medicação antes de irmos lá embaixo.

Willa se sentou à mesa da cozinha, sentindo-se constrangida


com os outros membros estando ao redor.

Lily e Beth se sentaram à mesa em lados opostos dela.

— Sente alguma dor? — Lily perguntou com preocupação


em seus olhos violeta.

— Surpreendentemente, não. Eles me colocaram para dormir


para colocar o meu ombro no lugar e reparar os ligamentos rompidos.
Eu vou estar como nova em oito semanas. — Willa pegou o suco de
seu marido e a pílula para dor que ele entregava.

— Ela vai precisar de fisioterapia. Eu já liguei para Donna.

— Os Last Riders a mantêm no negócio. — Beth brincou.

— Eu tenho que admitir, eu fiz com o Connor. — Winter se


sentou no final da mesa com um sorriso carinhoso com a recordação.

— Ele não é uma opção, — Lucky disse.

— Por quê? Talvez eu devesse conhecê-lo.

— Não, ele teve que deixar a cidade. — Lucky olhou para


Winter.
— Eu não sei, Lucky. Havia um monte de benefícios em ter
ele por perto. — Shade comentou, se sentando ao lado da esposa e
colocando o braço sobre os ombros dela.

— Você não tem outro lugar para estar, como por exemplo
cuidando do seu filho? — Lucky perguntou irritado.

Beth riu. — Evie e King vão passar o dia com ele.

Willa se levantou, indo para a geladeira para reabastecer seu


copo. Quando ela voltou para a mesa, Lucky tinha tomado sua cadeira,
e o resto da mesa estava cheio. O braço de Lucky foi em torno de sua
cintura, puxando-a para o seu colo, sua mão descansando casualmente
em sua coxa coberta de jeans. Lucky sorriu impertinentemente
fazendo ela quase desmaiar com rubor.

— Esta é a mesma mesa e cadeira? — Willa perguntou,


estudando a mesa.

— Sim, — Lucky respondeu, esfregando sua coxa.

Ela poderia ter jurado que a mesa era um tom mais escuro de
carvalho.

— Será que Sissy entrou no avião? — Winter perguntou


quando ela se levantou para deixar Viper se sentar e, em seguida, se
sentou em seu colo, envolvendo o braço no ombro dele.

— Sim, Knox a levou a Lexington. Ela não discutiu, Knox


disse que ela estava pronta para viver com sua família. — Lucky
disse. — Ela finalmente percebeu que ser jovem não a deixa
invencível.
— Ela quase conseguiu matar a si mesma e a Willa. Ela tem
sorte que a sua bunda não está sentada em uma cela. Aposto que ela
não estaria jogando por aí que ela está fodidamente com dezoito se
estivesse na frente de um juiz.

Willa enviou a Shade um olhar de reprovação.

— Ela foi para o hospital depois que saí da cirurgia, e


tivemos uma longa conversa, enquanto Lucky estava com Knox. Ela
finalmente acreditou que eu não estava tendo um caso com Lewis. Eu
ainda não consigo acreditar que era Brooke. Ela não parecia ser desse
tipo.

— Vagabundas nunca parecem.

Shade empurrou a perna para trás, dando a Lucky um olhar


de raiva.

— Você acabou de chutar Shade debaixo da mesa? — Willa


franziu a testa para seu marido.

— Não.

Rider entrou pela porta da cozinha. — Alec está aqui para


vê-la, Willa.

Douglas passou pela porta, vestindo um terno caro. Willa


ainda não conseguia compreender o fato de que o caseiro de Angus
era um guarda-costas, não importa o quanto Lucky tivesse explicado a
ela. Aparentemente, Alec estava geralmente na estrada com
Mouth2Mouth. Ele havia alugado a casa de Evie porque ele pensou
que seria um lugar calmo para relaxar. Como Angus vivia ao lado, ele
o ajudava ocasionalmente, e Willa tinha simplesmente pensado que
ele era o caseiro de Angus, o que forneceu a Alec o disfarce perfeito.

— Olá, Doug-Alec.

— Oi, Willa. Passei pelo hospital para vê-la, e eles disseram


que você foi liberada mais cedo.

— Ela queria sair antes de ser cobrada por mais um dia, —


Lucky reclamou. — Se você tivesse escolhido um plano de saúde
melhor, você não precisava se preocupar.

— Eu sou jovem e saudável. Vou comprar um plano melhor


quando estivermos prontos para começar uma família. — Willa
começou a se levantar. — Deixe me pegar...

— Não! — Alec limpou a garganta, então, baixou a voz. —


Eu tenho algo a confessar agora que eu não estou trabalhando para
Lucky. Eu odeio café, e eu não como doces. Eu sou tipo um viciado
sobre saúde.

O rosto de Willa caiu. — Você deveria ter me contado. Eu


poderia ter feito chá.

— Eu não queria magoar seus sentimentos, — ele disse


suavemente. — Com Bridge na cadeia, eu posso perder os quase três
quilos que eu ganhei. E os meus homens vão perder todos os doces.

— Eu ainda acho que você deveria ter me dito que você


tinha contratado um guarda-costas, — Willa punia o marido.

— Eu deveria ter dito, — Lucky concordou. — Mas como


eu disse a você, Alec só fica em Treepoint quando ele não está em seu
trabalho de segurança. Além disso, isso funcionou. Se Alec não
tivesse seguido você naquele dia… — Lucky a puxou para mais perto
dele.

— Não deveria ter acontecendo do jeito que aconteceu. Eu


estava vigiando caso Bridge viesse a levá-la, não com Willa indo para
ele. Quando eu a segui, no início pensei que ela estava correndo para
fazer uma entrega, mas ela virou no Mirante, e eu sabia que algo
estava errado. Então ela parou na beira da estrada, e eu pensei que ela
estaria virando, então recuei para dar espaço, mas quando ela não
voltou para baixo, eu sabia que fiz besteira. Graças à porra por ter
ligado para você e os meus homens, quando ela não voltou.

— Pelo menos não teremos que nos preocupar sobre Bridge


mais, — Willa disse, esfregando os ombros tensos de Lucky.

— Pelo menos não até quando ele estiver na prisão, —


Lucky concordou severamente.

— Ele não te dará mais problemas, — Shade disse.

Willa viu a luta silenciosa entre os homens, em seguida, teve


a sua atenção desviada novamente.

— Esse é o meu frasco de biscoitos? — Willa levantou do


colo de Lucky, indo para o balcão para tocar suavemente o frasco de
vidro de biscoito.

— Bliss o encontrou no eBay e comprou para você.

— Eu vou ter que agradecer a ela. — Willa piscou para


conter as lágrimas de felicidade. Não era o mesmo, mas traria de volta
as mesmas memórias, e era das memórias que ela gostava, e não do
frasco.
Willa notou os olhares tristes nos rostos das mulheres e mais
sombrios sobre os homens.

— O que está errado? — Willa olhou ao redor da sala lotada.


— Onde a Bliss está?

— Ela está à procura de um apartamento. — Lucky


finalmente respondeu quando ninguém mais falou.

— Por quê?

— Ela foi votada para sair do clube. Seu comportamento em


relação a você foi a última gota.

Willa ajeitava a faixa em seu braço com cuidado. — Então


vote para ela voltar. Eu não quero ser a razão pela qual ela teve que
sair.

Viper sacudiu a cabeça. — Não foi por causa de você. Foi


porque ela mostrou desrespeito a Lucky ao magoar você. Ela também
estava magoando várias mulheres que são membros.

— Foram os membros mulheres que votaram para ela sair?

— Não, foram os mesmos homens que votaram para ela


entrar.

Willa corou com seu lembrete de como as mulheres eram


admitidas no clube.

Ela podia ver porque Viper foi eleito o presidente. Ele não
demonstrava nenhum remorso pela decisão que o clube tinha tomado.
Sua expressão severa também mostrava que a decisão estava escrita
em pedra e não seria alterada.
— Eu pensei que ela decidiria sair de Treepoint e fazer um
novo começo, mas ela quer ficar aqui.

— Porque todos os seus amigos estão aqui, — Willa se


atreveu falar por Bliss. A mulher podia ter ferido seus sentimentos,
mas ela terminou sendo a perdedora. Willa se sentiu terrível por Bliss.

— Quando Lucky deixou o clube, vocês continuaram


amigos; ele não parou de ser seu irmão. Bliss merece o mesmo sendo
ex-membro. Ela ainda pode ser amiga de vocês. — Ela olhou para
Jewell, Ember, Stori, e Raci.

— Talvez você esteja certa, Willa. Nós podemos manter um


olho sobre ela e ainda colocar uma distância suficiente entre ela e
Shade para que ela possa superá-lo. — Viper trouxe o elefante para a
sala - A verdadeira razão pela qual Bliss não podia permanecer.

Willa olhou para Lily, que estava torcendo as mãos juntas


até que Shade a pegou. Lily olhou para o marido, mas pela sua
expressão, ele não cederia a seus apelos silenciosos.

Willa suspirou. Beth não parecia mais feliz com a decisão.


Nenhuma das mulheres parecia. No entanto, Willa podia ver que de
alguma maneira Viper estava certo. Quando Lucky estava saindo com
as outras mulheres na cidade, ela tinha ficado miserável, e ela ainda
não tinha estado com Lucky. Ele não a tinha notado. Como resultado,
Bliss devia estar em agonia tendo que ver Shade e Lily juntos. Talvez
ela tivesse a possibilidade de encontrar o que os outros casais tinham
encontrado quando ela se mudasse para a cidade.

— Ela vai se sentir solitária vivendo sozinha, depois de viver


com tantas pessoas... — Willa disse, tocando o pote de biscoitos.
Bliss se arrependia de suas ações, ou ela não teria se
preocupado em substituir o frasco. Willa levantou a tampa, decidindo
que ela passaria por isso - seus olhos lacrimejaram quando viu que
estava cheio de biscoitos de aveia e passas.

O padeiro dentro dela a fez pegar um e dar uma mordida.


Então Willa começou a rir.

— O que é tão engraçado? — Lucky veio por trás dela,


envolvendo os braços em sua cintura.

— Esses são meus. Ela deve ter comprado eles da loja da


igreja.

— Bliss vai ficar bem, — Lucky assegurou.

— Eu sei que ela vai. — Willa se recostou cansada em seu


marido, e seus olhos encontraram outra coisa no balcão. — É uma
panela de barro nova?

— Não.

Willa puxou as calças jeans para cima, fechando-a. Ela olhou


através do quarto para Lucky, que estava no banheiro, secando o
cabelo com uma toalha.

— O que há de errado? — Ele parou sua mão. — Será que


machucamos seu braço no chuveiro? Talvez você devesse ligar a
Donna e lhe dizer que é muito cedo para liberá-la.
— Eu estou vestindo o tamanho quarenta e quatro, — ela
disse com admiração. — Eu não tenho usado quarenta e quatro desde
que eu estava na escola e tinha uma queda por Drake. Eu passei fome
todo o verão...

— Você costumava ter uma queda por Drake? Ele é muito


mais velho que você, — Lucky estalou.

— Acalme-se. Ele nem sequer sabe. — Willa riu quando ela


foi para o espelho da penteadeira, girando ao redor.

Ela tinha estes jeans no fundo da sua gaveta. Eles eram do


tamanho que ela tinha ansiado entrar toda vez que ela começava uma
nova dieta. Seus quarenta e seis estavam largos, então ela aproveitou a
oportunidade para experimentá-lo.

— Eu não posso acreditar. Eu sequer mudei meus hábitos


alimentares. Eu estou malhando com você, mas nós dois sabemos que
só dura vinte minutos. Pergunto-me como… — Willa virou para olhar
para o marido, que não se preocupou em colocar uma toalha em seus
quadris, e seu corpo perfeito ainda tinha gotas de água em sua pele
bronzeada.

— O quê? — Lucky perguntou com cautela.

— Eu acho que finalmente encontrei uma forma de perder


peso do jeito que eu gosto. — Willa sorriu para o marido
sedutoramente.

— Eu pensei que você tinha que começar a trabalhar. Lily


não está te esperando para ir com você? — Lucky estreitou os olhos
em sua esposa enquanto ela lentamente começou a desabotoar a blusa
cor de rosa.

— Ela pode ir com Ginny.

Ginny estava trabalhado para os Last Riders por três


semanas, e isso tinha funcionado surpreendentemente bem. As
mulheres não reclamavam tanto sobre as outras tarefas, cada uma
escolhendo o que poderia fazer.

Willa deixou a blusa cair no chão.

— Eu vou precisar de um cochilo. Você me manteve


acordado a maior parte da noite, — Lucky jogou a toalha no cesto.

Willa tremia enquanto ele caminhava para ela como um


predador perseguindo sua presa. Ela deu um passo para trás,
provocando-o em direção à porta, enquanto ela tirava as alças do sutiã.
Seus dedos encontraram a maçaneta da porta e ela virou, abrindo a
porta.

— Onde você está indo? — A voz de Lucky baixou.

Willa se sentiu ficar úmida. Sempre que ele usava aquela voz
letal com ela, ficava assim - Willa se recusou a pensar na palavra.

Ela colocou o dedo em sua boca, em seguida, deslizou na


curva do seio provocantemente.

— Isso faz isso! — Ele rosnou.

Willa girou, escancarando a porta, rindo enquanto corria pelo


corredor, parando abruptamente.
Moon estava sentado em um dos equipamentos de exercício,
levantando pesos. Willa não o via, muitas vezes, mas Lucky tinha lhe
dito que ele gostava de ficar indo e voltando entre os dois clubes.

O rosto de Willa inflamou quando o olhar do motoqueiro


caiu para os seios que mal estavam contidos por seu sutiã. Nenhum
dos homens nunca descia as escadas antes do meio dia. Era por isso
que ela correu brincando com Lucky. Isso mexia com alguma coisa
dentro dela, quando ele corria atrás dela.

Willa girou nos calcanhares, com a intenção de correr de


volta para o quarto dela, mas ela bateu no peito de Lucky, em vez
disso.

— Peguei você. — Ele sorriu, com seu embaraço e Moon


sentado lá, de boca aberta.

— Qualquer coisa que eu posso fazer para ajudar? — A voz


áspera de Moon fez Willa pressionar os seios com mais força contra
Lucky.

Ela encostou-se à parede ao lado da máquina de lavar e


secadora para que ela estivesse de costas para Moon.

— Sim, você pode dizer a Lily para ir para a cidade com


Ginny. Willa vai se atrasar.

— Algo mais?

Os olhos de Willa se arregalaram quando a mão de Lucky foi


para a máquina de lavar roupa, onde as roupas estavam arrumadas
ordenadamente. Willa tinha visto Winter dobrá-las na noite passada.
Ela tinha comprado um conjunto novo e foi lavá-lo, e a tesoura que ela
usou para cortar as etiquetas ainda estava lá. Ele segurou a tesoura e
Willa engoliu a seco, imaginando o que ele faria...

A liberação repentina de seu sutiã respondeu sua pergunta.


Ele tinha cortado o sutiã.

Willa abriu a boca para gritar com ele, em seguida,


encontrou a boca dele na dela, e o beijo apaixonado fez suas as mãos
irem para seu cabelo.

Lucky inclinou a cabeça para trás, afastando a boca. — Não,


isso é tudo que eu preciso de você, irmão.

Então Lucky se virou, mantendo os braços nela para que ela


estivesse fora da vista de Moon no corredor, Willa olhou para seu
marido, tentando recuperar o fôlego. A sensação do metal frio em suas
costas e a boca de Lucky na dela despertou uma reação primitiva ao
perigo. Seu corpo nu coberto de tatuagens, combinados com a
crueldade no seu rosto fez Willa correr, sem se importar quem
assistiu.

A risada de Lucky não parecia de boa índole; soou sinistra,


atiçando seu desejo já cravado. Ela correu para o quarto, jogando o
sutiã em ruínas no chão. Então ela se virou, ofegante quando Lucky
bateu a porta do quarto.

— Você vai me comprar um sutiã novo!

— Ok. — Ele deu um passo mais perto.

O banheiro era apenas a poucos passos de distância, e seus


pés estavam nessa direção.
— Ele não vai estar na promoção, tampouco. Eu vou
comprar o mais caro na loja, — Willa provocou.

— Eu não dou à mínima se é caro. Apenas se certifique que


seja vermelho. É a minha cor favorita.

Quando o corpo de Lucky enrijeceu, como se ele estivesse


prestes a pular para ela, Willa se sentiu como um coelho na frente de
uma pantera.

— As boas meninas não usam vermelho. — Willa sacudiu a


cabeça. — Isso levanta a luxúria nos homens.

— É certo como diabos que faz isso comigo.

Ela fingiu correr para o banheiro, mas ela imediatamente


sentiu a respiração de Lucky na parte de trás do seu pescoço desde que
estava tão perto. Fingindo sair, ela correu para a cama e saltou sobre
ela, em seguida, se sentou sobre os joelhos, enquanto ela riu para
Lucky.

— Ganhei!

Lucky estendeu a mão, empurrando-a até que ela caiu.

— Não, eu tenho você. — Lucky desabotoou a calça jeans,


tirando-a. — Quando eu terminar de foder você, você vai usar o
tamanho quarenta e dois. — Se gabou.

— Seu pau não tem esse tipo de poder! — O riso de Willa se


transformou em um suspiro quando Lucky se jogou sobre ela.

— Minha esposa disse sua primeira piada suja.

— Eu não fiz isso! — Willa gritou.


— Você disse pau! Essa é uma palavra má! Eu estou
dizendo, — Lucky saiu de cima dela para deitar de costas, olhando
para o teto.

— Oh, Senhor, a perdoe. Ela falou as três letras...

Willa se jogou sobre ele, colocando a mão em sua boca. —


Você vai ser bom? Eu não vou sair de cima de você até prometer. —
A brincadeira de Willa parou quando olhou nos olhos estreitos
focados nela. No instante seguinte, ela estava virada de bruços com as
mãos dele em seus pulsos, prendendo-a nos travesseiros ao lado de sua
cabeça.

Com a boca em sua orelha, ele disse: — Você vai ser boa
para mim?

O humor de Willa desapareceu quando Lucky usou seu


joelho para abrir as pernas. Então seu estômago nu pressionava em sua
bunda, e suas mãos apertaram os travesseiros.

— Sim.

— Levante sua bunda.

Lucky se levantou de cima dela, soltando seus pulsos.


Quando ela começou a se levantar sobre os cotovelos, a mão em suas
costas a deteve.

— Só a bunda.

Willa enterrou o rosto no travesseiro, querendo gritar para


ele se apressar. Lucky era impiedoso em fazê-la esperar por seu pau.
Ele colocou beijos carinhosos em suas costas. — Um dia,
quando você for muito má, eu vou bater em você com a minha faca.
— Sua mão passou sobre a pele de uma das suas nádegas.

O pensamento enviou um arrepio de antecipação através


dela. Cada vez que eles faziam sexo, ele batia na bunda dela. No
começo, se assustava, mas depois, ela passou gradualmente a gostar
da picada de dor.

Willa era uma crente fervorosa em satisfazer as necessidades


do seu marido, especialmente se ela se beneficiava com o prazer do
entorpecimento mental ele lhe dava em troca.

Lucky esticou a mão para o criado-mudo. Willa virou a


cabeça para o lado para ver o que ele estava querendo pegar, e seu
coração pulou uma batida quando o viu puxar um estojo de couro da
gaveta. Depois que ele desamarrou o cordão de couro, abrindo a bolsa,
ela viu quando seu dedo passava sobre as diferentes variedades de
facas, indo para a menos perigosa na bolsa. Ela nem parecia uma faca;
parecia um abridor de cartas com cabo de madrepérola.

— Confiança, confiança, confiança, — Willa murmurou no


travesseiro.

— O que você disse?

— Nada, — Willa murmurou.

Ela sentiu o cabo suave de pérola deslizando em suas costas,


deslizando sobre uma banda de sua bunda, e então ela sentiu-o
esfregar contra seu clitóris. Gentilmente, ele rodou contra seu clitóris
até que ela estava implorando para ele fazer amor com ela.
— O que você disse? Eu não posso ouvi-la, — ele zombou.

— Lucky, por favor, eu preciso de você dentro de mim.

Lucky colocou o abridor de carta de volta na mesa de


cabeceira antes de colocar seu pau em sua abertura. Então, ele
empurrou seu pau dentro dela, a palma da sua mão caiu sobre sua
bunda. Willa mordeu o punho para não gritar, não querendo que Moon
escutasse se ele ainda estivesse no outro quarto.

Ela queria que Lucky fosse mais rápido, seus movimentos


eram tão lentos que ela sentia cada polegada de seu pau. Não é
possível levá-lo por mais tempo, ela empurrou sua bunda de volta para
ele, só para ter um tapa na outra nádega.

— Eu preciso que você vá mais rápido, — Willa murmurou.

— Então me peça gentilmente.

— Por favor, por favor…

Seu pau afundou até o fim em uma estocada, em seguida,


deslizou fora de sua boceta. Então ele começou a se mover tão rápido
que seus movimentos começaram a inflamá-la em um frenesi.

Ela balançava para frente e para trás enquanto ele se movia,


estocando mais fundo dentro dela. Se ela abrandasse, a mão daria
outro tapa. Sua pele começou a ficar sensível, por isso cada vez que
seu estômago passava pela bunda dela, isso a fazia apertar sua boceta
em seu pau.

Não demorou muito para sua boceta começar a ter espasmos


quando seu orgasmo bateu freneticamente. Ela nem estava ciente que
estava gritando seu nome, até que ele colocou seus lábios em seu
ouvido.

— Sereia, você está me chamando. — Ele enterrou o rosto


em seu pescoço como o seu próprio clímax.

Willa caiu na cama com seu peso em cima dela. — Lucky?

— Sim?

— Eu não consigo respirar. Isso é normal?

Lucky riu, saindo dela. Sua mão massageando suavemente


suas costas, afastando o cabelo molhado do rosto dela enquanto olhou
para ela, seu sorriso enorme.

— O que é tão engraçado? — Seu humor estava começando


a mexer com a sua confiança.

Ele se levantou se inclinando sobre ela, e deu um beijo suave


na curva de seu traseiro. — As boas meninas podem vestir vermelho.
Capítulo 35

— Isso é um vestido novo que você está usando?

Willa girou. O vestido preto ia até os joelhos era feito de um


material solto fazendo ela se sentir sexy.

— Sim, você gostou? Eu estive esperando por ele ficar na


promoção desde sempre. Eu o consegui pela metade do preço. —
Willa ficou parada para que seu marido pudesse dar uma boa olhada.

— Eu gosto dele. — Ele foi por trás dela, olhando para ela
no espelho.

O vestido preto era simples. A coisa mais interessante sobre


ele era o top do vestido que cruzava na frente, deixando um profundo
V. Com seu colar de cruz dourada, dava a aparência contraditória de
ambos, santo e pecador. Ela estava prestes a tirar o pecador da
equação.

Indo a uma gaveta, tirou um lenço de renda preta, colocando-


o entre os seios.

— Sereia, você acabou de arruiná-lo, mas tudo bem desde


que eu não vou com você e as outras mulheres. — Ele deu um passo
mais perto de suas costas, a mão tocando seu pescoço, em seguida,
correu para frente no V. profundo

— Tem certeza que não quer ir? — Willa perguntou.

— Ir para a festa de formatura de Crazy Bitch? De jeito


nenhum.
— Eu não vou ter ninguém para dançar, — Willa reclamou.

— Eu vou dançar com você quando chegar em casa. Se eu


dançar na frente dessas mulheres, eu poderia não sair vivo. Eu ainda
tenho pesadelos com a recepção do casamento de Beth.

Willa riu de sua expressão.

— É sexta-feira à noite. Tem certeza que quer me deixar


sozinho com as mulheres?

— Eu confio em você. — Willa colocou o lenço de forma


mais segura.

— Você é uma mulher cruel, muito cruel. Você está usando


o meu novo sutiã vermelho? — Lucky tentou arrancar o lenço, mas
Willa bateu a mão, andando rapidamente fora de seu alcance.

— Tecnicamente, ele é meu novo sutiã vermelho, e sim, eu


estou usando ele... E a calcinha combinando. — Ela brincou.

— Se eu não soubesse que Shade estará vigiando você...

Willa estreitou os olhos em uma falsa ameaça.

— Eu iria, — ele terminou sem jeito.

— Shade é doce em nos levar.

— Ele só está fazendo isso porque Lily quer ir, e eu te


peguei da última vez que todas saíram para beber, — ele lembrou. —
Eu não ouvi você me chamando de doce, — ele disse irritado.

— A próxima vez que for a sua vez para nos pegar, eu vou
fazer uma nota para me lembrar. Além disso, eu não bebo, e nem Lily.
Eu só fiquei bêbada durante a minha festa de despedida, porque Penni
batizou a limonada, e ela não vai estar lá hoje à noite.

— Louvado seja Deus, — Lucky murmurou.

— Eu ouvi isso, e isso não foi legal, mas eu concordo. Eu


não quero nunca mais me sentir do jeito que eu estive na manhã
seguinte. Foi horrível.

Quando seu celular apitou com uma mensagem de texto,


Willa o pegou para ler.

— Shade disse para apressar a minha bunda; que todos estão


esperando.

— Desde quando Shade começou a mandar mensagens de


texto para você? — Lucky tentou pegar o celular, mas Willa o colocou
dentro de sua bolsa.

— Tenho que ir. Eu te amo marido. — Lucky puxou o


celular do bolso.

— O que você está fazendo?

— Falando com Shade que você está a caminho.

Willa balançou a cabeça para insatisfação de seu marido. —


Seus dedos estão cruzados?

Ela ainda estava rindo quando ela subiu para ver Winter,
Beth, Lily e Rachel esperando por ela na cozinha. Elas iriam pegar
Diamond na casa dela na cidade, no caminho.

A expressão de Shade estava neutra quando ele colocou o


telefone de volta no bolso.
— Desculpe por isso, — Willa se desculpou, sabendo que
Lucky tinha enviado uma mensagem desagradável.

— Sem problemas.

Ela seguiu o grupo saindo da cozinha, querendo se desculpar


novamente, mas ela decidiu deixar para lá. Shade e Lucky
compartilhavam uma relação complicada. Eles se antagonizavam na
metade do tempo e toleravam um ao outro na outra metade.

Ela desejou que Lucky descobrisse que a maioria da


implicância de Shade em direção a ele, era para ajudar Lucky a liberar
o seu estresse pós-traumático. Se ele direcionasse a Shade, não
direcionava para si mesmo, o que de alguma forma louca, funcionava
para Lucky - E Shade sabia o efeito calmante que tinha sobre ele. Em
um nível psicológico, Lucky precisava dos Last Riders; sua sanidade
dependia deles.

Desde que ele tinha se mudado de volta com os Last Riders,


ele dormia melhor, e as noites que não dormia bem, ele a mantinha
ocupada, fazendo amor até que ele estava exausto o suficiente para
dormir. Não era perfeito, apesar de tudo.

Às vezes, quando eles estavam assistindo televisão ou


fazendo uma leitura, ela pegava um olhar triste em seu rosto e sabia
que ele estava sentindo falta da igreja, apesar do fato de que ambos a
frequentavam regularmente. O novo pastor era bom, talvez um pouco
distante, mas ela tinha a sensação que Lucky preferiria estar atrás do
púlpito.

Diamond estava esperando por eles quando Shade parou a


van de Lucky. As mulheres conversaram por todo o caminho para
Jamestown. Lily se sentou na frente com Shade, suas mãos cruzadas
sobre o console.

Seu casamento com Lucky era bom. Ela não podia pedir por
um marido melhor ou ser mais feliz, mas a relação de Shade e de Lily,
ela tinha que admitir, a fazia sentir inveja. Vendo a aparência das
outras mulheres no veículo, ela não era a única.

No momento em que chegaram a festa no clube dos


Destructor estava em pleno andamento. Willa nunca foi boa em festas,
mas com tão poucos homens lá, ela relaxou, especialmente estando
cercada por muitas amigas.

Stud e outro homem que tinha uma semelhança com ele


estavam no bar, bebendo cerveja. Shade se juntou a eles, enquanto
Willa, Lily, e Beth encontraram espaço na mesa onde Sex Piston,
Crazy Bitch e Killyama estavam sentadas.

— Demoraram muito para trazerem suas bundas aqui. —


Crazy Bitch falou com a cerveja na mão.

— Desculpe, eu me atrasei para terminar um bolo, e eu


demorei para me vestir, — Willa admitiu.

Crazy Bitch ignorou as suas desculpas. — Tudo bem. Você


está agitando nesse vestido. Quer uma cerveja?

— Não, obrigada. Vou tomar uma soda diet.

A cadeira de Killyama raspou no chão quando ela pegou os


pedidos de bebida.

Willa enfiou a mão no bolso para pegar algum dinheiro.


— Esqueça. É um bar do clube; nós não pagamos a menos
que seja a merda cara. Então é B. Y. O. B3. Como estamos celebrando
hoje à noite, Stud se ofereceu para ostentar e até mesmo comprou isso.
— Sex Piston acenou para a garrafa de cerveja vazia de Killyama.

— Será que Stud sabe disso? — Crazy Bitch brincou.

— Ainda não. — Sex Piston se levantou, pegando a mão de


Lily, e as duas foram para a pista de dança.

Willa observou, surpresa com a maneira natural que Lily se


movia na pista de dança, embora Sex Piston dançasse exatamente
como ela imaginava que ela seria. Sua sensualidade a deixou feliz que
Lucky tinha ficado em casa. As outras mulheres gradualmente
começaram a ir para a pista de dança até que Willa estava sentada à
mesa sozinha.

— Por que você não está dançando? — Killyama perguntou,


colocando as bebidas na mesa.

A mulher atrás dela colocou o restante sobre a mesa. Willa


pensou que ela parecia familiar sob a luz fraca. Quando ela se
endireitou, Willa queria sair.

— Olá, Jenna. — Jenna saiu sem falar com ela.

— Que abelha picou na bunda dela? — A cara irritada de


Killyama deixou Willa ainda mais desconfortável.

— Ela não gosta de mim. Ela é ex-namorada de Lucky.

— Não deixe que aquele puto clube arruíne a sua noite.


Levante a sua bunda. — Ordenou.

3
Abreviatura de: Traga sua própria garrafa.
Willa não teve escolha. Ela levantou com a exigência da
mulher e se encontrou arrastada para o meio da pista de dança.

Willa teve um dos melhores momentos de sua vida. As


mulheres motoqueiras eram dançarinas tão animadas, que era fácil não
se sentir envergonhada. Eventualmente, ela relaxou, se esquecendo de
que Jenna estava na sede do clube.

Depois de uma hora, ela conseguiu escapar de Killyama e


Crazy Bitch, que estavam dançando com ela, para voltar à mesa para
descansar e tomar um gole de refrigerante.

— Você quer outra? — Crazy Bitch perguntou, se sentando


à mesa e se abanando.

— Não, obrigada.

— Você devia pegar o que eu estou tomando. — Crazy Bitch


empurrou sua bebida para ela.

— O que é isso? Eu não bebo álcool.

— É um Long Island Iced Tea — Crazy Bitch disse,


começando a levá-lo de volta.

— Eu gosto de chá.

Willa estava quente e com sede, e seu refrigerante diet estava


quente e com sabor terrível. Antes que Crazy Bitch pudesse levá-la de
volta, ela tomou um gole da bebida gelada.

— Isso é delicioso, — Willa disse.

Crazy Bitch começou a dizer algo, mas o homem, que vinha


para a mesa delas distraiu as duas mulheres.
— Você vai dançar comigo esta noite, Crazy Bitch?

A mulher se inclinou para trás em sua cadeira, examinando


criticamente o homem de boa aparência que estava confiante
esperando por sua resposta.

— Calder, eu nunca estarei bêbada o suficiente para dançar


com você. Por que você não convida aquela prostituta atrás do bar
para dançar com você?

— Por que você sempre tem que ser uma puta de merda
comigo? — O rosto do homem ficou zangado com sua rejeição.

— Três razões, Calder. — Crazy Bitch levantou um dedo. —


Porque você é um idiota. — Outro dedo subiu. — Porque você fode
tudo que se move com esse pau. — Um terceiro dedo subiu. —
Porque eu já me livrei de um idiota e não preciso de outro para
substituí-lo.

O homem girou sobre os calcanhares.

Crazy Bitch agitou os dedos em sua partida de volta. —


Tchau, idiota.

Willa tomou outro longo gole do chá, não querendo rir do


orgulho ferido do homem.

— Eu gostaria de poder voltar e agir bem assim. Eu fico com


a língua presa e choro.

— Foda-se chorar. Isso nunca resolve porra nenhuma. Minha


bota na bunda de alguém, por outro lado, tem resolvido vários
problemas meus. — Crazy Bitch se levantou. — Quer outra?
— Sim por favor. Eu preciso conseguir a receita e fazer um
jarro para o clube. Tenho certeza que vão gostar.

— Eu também acho, uma vez que tem...

— Cadela, por que está demorando tanto tempo? —


Killyama perguntou, fazendo sinal para ela voltar para a pista de
dança.

Willa se levantou voltando para dançar com ela.

Três músicas depois, todas elas gemeram quando alguém


colocou uma música lenta no som. A pista se esvaziou. Willa afundou
em sua cadeira, pegando seu chá quando Lily e Beth se sentaram. Não
demorou muito para Shade se sentar ao lado de sua esposa, trazendo
com ele um copo de chá que ela estava bebendo.

— O gosto é bom, não é? — Ela perguntou a Lily depois que


ela tomou uma bebida.

— Eu amo o chá. Vou fazer Sex Piston ter certeza de estocá-


lo atrás do bar, quando eu avisar que eu estou vindo.

— Espero que esteja tudo bem que Crazy Bitch me deu um


pouco também.

Lily olhou para ela estranhamente. — Isso não tem...

Jenna colocou as cervejas na frente de Sex Piston, Killyama,


e Diamond, que se deixou cair ao lado de Willa. Quando ela terminou,
ela começou a sair, em seguida, fez uma pausa, olhando para Willa
com um sorriso de falsa simpatia que não a enganava.

— Pensei em evitar o incômodo de Crazy Bitch ir até o bar


para trazer mais. Como o seu negócio vai, Willa?
— Tudo bem, — Willa respondeu com cautela, tomando
outro gole de chá, nervosa. Ela havia sido vítima de assédio moral
muitas vezes para não perceber quando um se aproxima. Jenna não era
do tipo de fazer um favor a ninguém. Sua única intenção de vir à mesa
tinha sido para estar de frente com ela.

— Se você quiser, eu posso escrever a minha receita para


cobertura.

— Por que ela quer sua receita porra? Quão difícil é abrir
uma lata? — Crazy Bitch riu, o que só deixou Jenna mais irritada.

— Deve ser muito, muito boa porque Lucky me disse que


tinha um gosto melhor do que a de Willa, quando ele lambeu nos
meus seios. — Todos os sorrisos na mesa desapareceram.

Willa tentou manter o rosto neutro para Jenna não saber a


dor que ela tinha causado, mas a mulher não tinha terminado.

— Lucky está gostando de montar a moto que ganhou de


Rider?

Embora Willa tivesse notado que Lucky estava andando com


uma moto diferente da sua vermelha, ela tinha pensado que era uma
moto do clube.

— Eu acho hilariante como a merda, que ele esteja


montando uma moto que ganhou apostando com Moon quem foderia
você primeiro.

— Ele apostou com Moon quem faria sexo comigo


primeiro?
— Sim. Claro, ambos concordaram em deixar o outro fodê-
la quando você estivesse no clube.

Willa olhou por cima da mesa para Shade e soube que Jenna
estava dizendo a verdade. Seu mundo perfeito inclinou fora do eixo.

Ao longo de sua vida, Willa tinha sido alvo de muitos


comentários maldosos, muitos para contar. No entanto, nenhum
jamais a tinha ferido tanto quanto o que Jenna tinha acabado de fazer.

Shade começou a dizer algo, mas Willa sacudiu a cabeça.


Ela não precisava dele para defendê-la, nem das mulheres que tinham
escutado o insulto. Ela não precisa de ninguém para defendê-la, não
mais.

— Lucky pode ter ganhado a moto, mas eu ganhei o anel, —


Willa levantou a mão, mostrando o grande diamante rosa, que estava
em seu dedo do seu casamento. O rosto de Jenna ficou vermelho de
raiva.

— A única coisa que você conseguiu foi outro clube para


servir. Desta vez, sem ser paga, e os homens certamente não tem que
fazer uma aposta para tê-la. Eles não têm sequer que perguntar, não é?

A mão de Jenna foi para o seu cabelo, quase a empurrando


da sua cadeira, mas Willa estava preparada para a reação dela. Não era
a primeira vez que seu cabelo tinha sido usado como uma arma contra
ela. Willa se preparou, tirando a dor de suas mãos e levando para
Jenna, ao pegar o seu polegar dobrando-o para trás sem dó.

A mulher gritou de dor, caindo de joelhos.


— Pelo menos você não me chamou de gorda neste
momento. Eu agradeço por isso. — Willa virou o ainda mais.

— Você vai quebrar meu dedo, — Jenna soluçou.

— Tudo o que é preciso para me fazer parar é uma palavra,


— Willa disse impiedosamente.

— Desculpa! Eu sinto muito.

Seus gritos fizeram Willa querer vomitar. Ela não queria


machucá-la, mas ela estava cheia de ser tratada como um cão
sarnento, que não esperava nada, exceto tortura. A confiança em si
mesma que seus pais nunca tinham trabalhado nela havia se
desenvolvido desde seu casamento com Lucky. Ele pode não amá-la,
mas ele tinha lhe dado um presente - A capacidade de enfrentar o
medo e se defender. Seria algo que ele se arrependeria, logo que ela
chegasse em casa.

Willa soltou Jenna, vendo como ela cambaleou para se


levantar.

— Eu vou vomitar. — Ela murmurou, colocando a mão


sobre a boca, em seguida, correndo em direção aos banheiros.

— Eu acho que ela não pôde lidar com a dor. Isso dói como
uma mãe. — Sex Piston riu.

— Obrigada por me mostrar esse movimento, — Willa


brincou com Killyama.

— Eu disse que isso iria funcionar quando Sex Piston


deixasse a sua cabeça careca. — Ela brincou de volta.
— Você quer dançar mais um pouco?— Willa esvaziou sua
taça, apontando para uma Jenna pálida saindo do banheiro pedindo
para ela trazer outra.

— Claro que sim, mas você acha que vai ser seguro beber
qualquer coisa que ela trouxer para você?

— Eu não pretendo beber. Eu só quero irritá-la um pouco


mais.

Willa estava seguindo Killyama na pista de dança, parando


apenas tempo suficiente para dar a Shade um olhar firme quando ela
viu que ele tinha pego o seu celular.

— Nem sequer pense em dar ao meu marido um aviso. Ele


me disse que você é realmente um grande molenga sob esse seu
exterior. Ele me disse que você chorou quando pediu a ele a mão de
Lily em casamento. — Willa cruzou os dedos atrás das costas.

Lily olhou para o marido com lágrimas nos olhos. — Você


fez isso? — Ela se emocionou. — Ele nunca me disse isso. Isso é tão
fofo.

Willa tinha notado que quanto mais furioso Shade ficava


mais impassível ele se tornava, e ela sorriu de satisfação quando ele
deslizou o telefone de volta no bolso. Um pouco da sorte de Lucky
estava começando a passar para ela.

Capítulo 36
Lucky olhou por cima da sua mão de cartas pela quarta vez.
— Winter retornou a mensagem para você?

— Ainda não, Viper respondeu com impaciência. — Eu


acabei de mandar uma mensagem para ela. Dê um tempo.

— Elas deveriam estar em casa há uma hora. Willa não


respondeu as minhas mensagens nas últimas duas horas. Shade não
respondeu... Eu estou ficando preocupado.

— Tenho certeza que eles estão bem, — disse Viper,


jogando uma nota vinte no pote.

Lucky distraidamente jogou uma nota de vinte e depois outra


para aumentar as apostas.

— Se eu tivesse uma mulher, ela responderia as minhas


mensagens. — Rider jogou seu dinheiro. — Ela saberia que teria um
inferno para pagar se ela não fizesse.

Lucky jogou ao irmão um olhar enojado. — Como diabos


você sempre fica com alguém?

— As mulheres me amam. — O rosto presunçoso de Rider


era nada mais que um desafio para Lucky.

— Diga-me uma mulher que te ama, — Lucky disse


sarcasticamente.

— Willa, ela me ama. Ela me disse isso, e ela me colocou


em seu testamento. — Rider atirou para ele.

— Não fique arrogante. Ela vai tirá-lo no próximo mês. —


Pelo menos ela tinha parado de mudar seu testamento semanalmente
desde que Diamond aumentou o valor de suas taxas. Agora ela só
fazia isso a cada mês.

— Talvez sim, talvez não. Ela disse que ela acha que eu sou
especial.

— Você é. Só tem uma célula do cérebro por causa da


maconha que você fuma, e esta luta para sobreviver. Ela pensa em
você como um irmão mais novo. — Lucky zombou.

— Não, ela não pensa. Além disso, eu sou mais velho do que
ela.

— Cronologicamente, não mentalmente.

Rider olhou para ele com desconfiança. — O que diabos isso


significa?

Lucky revirou os olhos. — Encerro meu caso. — Ele


colocou sua mão de cartas sobre a mesa, inclinando-se para trás para
se vangloriar um pouco de si mesmo quando arrecadou seus ganhos,
em seguida, olhou para o seu celular novamente.

— Quer que eu mande uma mensagem para ela? — Rider


ofereceu, pegando seu celular.

— Se ela não me mandou uma mensagem, por que ela


mandaria para você?

Rider o ignorou, mandando a mensagens de texto para Willa.


Um súbito pensamento veio à mente de Lucky.

— Por que você tem o número de Willa?


Rider não tirou os olhos da mensagem. — Eu mando
mensagens para ela várias vezes por dia.

— Por que diabos você manda mensagens para Willa


durante o dia?

— Eu nem sempre mando mensagens para ela. Às vezes, ela


me manda.

Lucky decidiu que teria uma longa conversa com sua esposa,
quando ela chegasse em casa.

— Ela troca mensagens com mais alguém aqui? — Lucky


olhou ao redor da mesa para os irmãos que se recusaram a olhar para
ele. Ele mal olhou para as cartas que Viper distribuía. Girando em seu
banco, ele olhou para Train sentado no bar, brincando com o mamilo
de Jewell.

— Será que Willa manda mensagens para você?

— Ela manda várias vezes.

Lucky se virou, olhando para suas cartas e franzindo a testa.


Sem prestar atenção, ele apostou muito nessa mão. Mostrando suas
cartas, ele bebeu o resto de sua cerveja quando Rider sorriu, reunindo
seus ganhos.

— Relaxe irmão, nós estamos apenas sacaneando você.


Acho que não sou tão estúpido como você pensou. — Ele acenou para
o dinheiro que ele tinha acabado de ganhar debaixo do seu nariz.

O som da porta da frente sendo aberta foi a única coisa que


salvou Rider de ter sua bunda chutada quando ele estava prestes a
começar.
Shade entrou com Lily e Winter veio atrás um pouco
cambaleando, Beth não estava muito diferente e Diamond e Rachel
pareciam sóbrias, mas ainda assim tinham um olhar vidrado em seus
olhos. Willa foi a última a entrar. Ela tinha um olhar fino e elegante,
mas por trás, ela parecia uma puta bagunça. Seu cabelo estava
bagunçado, um lado mais alto do que o outro. O lenço que ela havia
colocado entre os seios estava ausente, deixando seus seios à mostra, e
suas belezas quase não estavam mantidas no lugar pelo sutiã vermelho
que estava à mostra.

As outras esposas foram para seus maridos, enquanto Willa o


ignorou totalmente.

Winter puxou o braço de Viper. — Estou cansada. Vamos


para a cama.

— Você bebeu um pouco de cerveja? — Viper brincou.

— Sim, é isso. Vamos, — ela sussurrou, balançando a


cabeça em direção às escadas.

— C...erto. — Viper foi em direção as escadas com sua


esposa, que não conseguia sair da sala rápido o suficiente.

— Vamos, Shade. Stori está esperando por nós, e eu preciso


alimentar John. — Lily tentou puxar seu marido junto.

— Você pode ir. Eu quero beber uma cerveja. Você não


precisa de mim para alimentar John.

Lily lançou em seu marido um olhar selvagem antes de fugir


da sala.
Lucky estava começando a ter uma suspeita de que algo não
estava certo quando Willa, em vez de cumprimentá-lo, foi para Moon,
que estava sentado em uma cadeira com Ember sentada no braço,
esfregando a mão sob a camiseta dele.

Willa se inclinou sobre a cadeira, colocando uma mão em


cada braço. Os olhos de Moon baixaram, sua boca se abriu.

— Knox, estou pronta para sair, — Diamond tentou


convencer o marido a deixar a mesa de jogo.

Ele a puxou para o seu colo. — Eu não estou.

— Cash... — Rachel começou.

Cash jogou o braço por cima do ombro. — Raposa, eu perdi


duzentos dólares hoje à noite, e eu não vou embora até que eu consiga
o valor do meu dinheiro de volta.

Lucky se levantou, querendo ouvir o que sua esposa estava


dizendo a Moon.

— Será que você fez ou não fez uma aposta com o meu
marido?

— Ele não era o seu marido quando fizemos a aposta, —


Moon respondeu incapaz de levantar os olhos para encontrar os dela.

— Entendo. — Willa se virou para enfrentar Lucky com as


mãos nos quadris.

— Sereia... Se tem algo que você queira saber, me pergunte.


— Não me chame de sereia. — Ele ouviu um leve traço de
tremor em sua voz. — Você ia me compartilhar com Moon, e ele não
era o único com quem você ia me compartilhar.

Nem uma lágrima brilhava nos olhos de sua esposa. A única


coisa que ele podia ver era que ela estava magoada.

— Willa, me deixe explicar.

— Essa nova moto que você está montando é a que você


ganhou na aposta?

— Sim mas...

— Você disse a Jenna que você achava a cobertura dela


melhor do que a minha?

O rosto de Lucky empalideceu quando viu a mão dela


inconscientemente ir para o peito. Ele sabia que ela descobriu que ele
tinha feito a mesma coisa com Jenna que tinha feito com ela.

— Sim... Por favor, me escute...

— Sorrindo ou magoada, o que estou fazendo agora, Lucky?


— Ela sussurrou.

Ele deu um passo para frente. — Eu só apostei com Moon


para fazer ele ficar longe de você. Inferno Willa, metade da cidade
está apaixonada por você. Dustin não pode ficar longe de você, Alec
comia besteira por você, Rider quer saber o que você está fazendo
todo o tempo, e Moon tem montado entre Ohio e Kentucky apenas
para conseguir olhar para você. Então, sim, eu apostei com ele antes
de ficarmos noivos. Eu continuei dizendo que eu estava fazendo isso
para protegê-la contra ele, mas eu menti para mim mesmo. Deus sabe
que eu menti para mim mesmo, desde o momento em que eu olhei
para você quando fazia a leitura do meu sermão e te vi sentada na
igreja com o sol brilhando sobre você. Eu ia me casar com Beth só
assim eu poderia mantê-la a salvo de Bridge.

— O quê? — Beth engasgou.

— Eu não o teria deixado machucá-la por mais que eu


quisesse você. — Lucky explicou. — Mas eu estava tão perto de
quebrar que eu estava com medo de que se eu não me casasse com
Beth eu iria seduzi-la. Eu continuei me dizendo que o que eu sentia
por você era uma invenção da minha imaginação, por causa do meu
longo tempo disfarçado. Mas eu não podia fazer isso. Eu não queria o
meu anel no dedo de ninguém, mas no seu, apesar das mentiras que eu
disse a mim mesmo. Eu peguei a moto e estive montando ela, sim,
porque eu paguei a Rider por ela. Ele finalmente concordou em vendê-
la para mim. — Ele passou a mão pelo cabelo. Essa seria a parte mais
difícil de explicar.

— Sim, eu disse a Jenna que a cobertura dela era melhor do


que a sua. Eu menti, e você sabe que eu menti, mas não foi por isso
que você ficou tão chateada. O que deixou você chateada é que eu fiz
com você da mesma maneira que tinha feito com ela.

Sua voz ficou dolorosamente macia. — Eu vou te dizer uma


coisa que não é fácil para um homem admitir. A única forma que eu
conseguia tocar aquela mulher ou qualquer mulher com quem eu
estive era fingir que você estava debaixo de mim. Isso não é certo, e é
muita merda, eu sei, mas é a verdade. Eu fui um fodido pela forma
como eu te tratei desde o início. Eu deveria ter percebido o que eu
sentia por você antes. Eu deveria ter lidado com Bridge há muito
tempo. Mas eu não queria a morte de outro homem na minha
consciência. No entanto, a parte mais difícil foi que Deus estava
tentando me dizer isso o tempo todo.

— O quê? — Willa sussurrou.

Lucky deu um passo adiante. — Quando ouvi sua voz


naquele dia na igreja, eu não entendi. Eu pensei que ele estava me
dizendo para fazer mais, para dar mais de mim.

— Ele não estava dizendo isso?

— Não, Ele estava tentando me dizer que eu teria mais. Ele


queria que eu percebesse que eu teria mais irmãos do que eu
conseguia contar, que eu teria uma cidade onde eu estaria mais do que
feliz, e que amaria. Mas acima de tudo, Ele me mostrou que eu teria
mais que uma esposa ao meu lado. Eu encontraria uma mulher que
tomaria a minha alma e daria a dela para mim. Eu tenho mais, muito
mais, do que eu esperava e muito mais do que eu com maldita certeza
mereço.

— Pergunte-me o quanto eu te amo, — ele engasgou,


rezando para que ela perguntasse.

— Quanto você me ama? — Repetiu.

Lucky abriu os braços tão amplos quanto podia. — Muito


assim.

Willa lhe deu um sorriso cheio de lágrimas, indo para seus


braços que ele fechou firmemente em torno dela.
— Você realmente acha que a cobertura dela tem um gosto
melhor do que a minha?

Lucky chegou à conclusão que ele nunca entenderia porque a


sua esposa era tão tímida para fazer a pergunta real.

— Não, sereia, ninguém faz cobertura melhor do que você,


— Lucky disse a verdade.

— Deixe-me ver suas mãos.


Capítulo 37

— Você tem certeza disso?

Willa pulou quando ouviu a pergunta de Lucky do outro lado


da porta do banheiro.

— Tenho certeza. — Willa deixou sua voz soar firme, mas


por dentro, seus nervos estavam tremendo. Ela não tinha medo de
Lucky; ela simplesmente não queria desapontá-lo. Ela não queria ser
comparada com as outras mulheres que ele tinha jogado antes.

— Se você não está com medo, porque você não está saindo?

— Eu só estou terminando o que você me disse para fazer,


— Willa mentiu. Ela tinha acabado de tomar banho e se limpar com
álcool há dez minutos.

Sua mão foi para a maçaneta. Então, que Deus a ajudasse, se


ela abrisse a porta e ele tivesse qualquer semelhança com Jack
Nicholson em O Iluminado, ela se trancaria no banheiro, gritando a
palavra segura que ele a tinha feito escolher.

Ela lentamente abriu a porta para ver Lucky encostado


contra a parede do quarto com os braços cruzados na frente do peito.
Ele estava vestindo apenas jeans, com o rosto escondido nas sombras
do quarto, lhe dando uma aparência perigosa, ela não tinha certeza se
era apenas uma ilusão.
Seu coração parou quando viu a seleção de facas colocadas
na mesa de cabeceira com um jarro de água gelada e um copo. Para
que era aquilo? Para jogar sobre ela se desmaiasse?

As luzes do quarto estavam desligadas e apenas velas


forneciam um pouco de luz. A cama estava virada, e ele tinha até
trocado para os lençóis para uns de seda vermelha.

As mãos de Willa apertaram o cinto de seu robe. — O que


você quer que eu faça? — Ela mordeu o lábio, incapaz de tirar os
olhos da cama.

O suspiro alto de Lucky tirou a sua atenção da visão devassa


que estava começando a ter um efeito sobre o corpo dela.

— Willa, vamos esquecer isso. Nós podemos tentar outra


noite. O propósito de uma cena é aumentar a sua excitação, não
assustá-la até a morte.

— Não, eu quero fazer isso, Lucky. Você prometeu.

Lucky saiu da parede, andando em direção a ela. Sua beleza


masculina nunca deixou de fazer a sua boceta tremer em necessidade,
substituindo seu medo.

Lucky levou a mão em torno do seu pescoço puxando-a em


direção ao seu corpo.

— Se vamos fazer isso, você tem que me dar alguma coisa


para ajudá-la.

Willa ansiosamente acenou com a cabeça.


— Qual é a sua fantasia, Willa? Aquela no fundo da sua
mente que você pensa quando você está sonhando ou quando estou te
fodendo?

Willa sacudiu a cabeça. — Eu não… — Lucky estendeu a


mão, levantando a mão e mostrando os dedos cruzados.

— Diga-me, sereia. — A voz de Lucky aprofundou,


passando de um pedido para um comando.

Willa virou a cabeça para que ela não pudesse ver sua
reação. — Piratas.

— Piratas?

Ela assentiu. — Você sabe, eles usam calças de couro e


coletes, tem tatuagens...

— Eu sei o que eles usam. — A voz suave de Lucky a fez


arriscar para olhar para ele.

— Você nunca teve uma chance, não é?

Ela balançou a cabeça, entendendo o que ele queria dizer.


Lucky parecia um pirata moderno com suas características nítidas e
corpo coberto de tatuagens.

— Eu já volto. — De repente, ele passou pela porta do


quarto, fechando-a atrás dele.

Willa olhou para o chão, confusa. Ele poderia ter apenas


falado a ela que queria rir na sua cara; ele não precisava sair do quarto
para fazer isso.
Ela estava prestes a se virar para voltar para o banheiro
quando a porta do quarto se abriu e Lucky entrou carregando um
colete de couro simples.

— Os meus tem patches. Peguei um que Viper tinha


comprado para o novo recruta. Vou comprar para ele outro. Não se
atreva a me dizer que você vai encontrar na promoção, ou eu vou bater
em sua bunda.

— Não se esqueça de fechar a porta. — Willa normalmente


verificava para garantir que a porta estava trancada quando Lucky não
estava olhando. Ela era paranoica se uma rajada de vento soprasse
abrindo a porta e quando ela olhasse para cima encontrasse alguns dos
Last Riders assistindo Lucky e ela fazendo amor.

— Em um minuto, eu estou esperando por...

Willa quase correu para o banheiro, mas Lucky a pegou. —


Confiança, sereia. Lembre-se disso, certo?

— Cerrrrrrto.

Lucky virou ela de costas para a porta, onde Rider estava de


pé, vestindo calças de couro pretas e sem camisa. Ele também estava
segurando uma espada reluzente, que ele segurava com confiança em
sua mão.

— Por que eu tive que colocar isto? Eu quase não consegui


vesti-lo. Eu tenho que parar de comer tantos biscoitos ou começar a
malhar mais. — Ele deu a Willa uma piscadela, sorrindo.

— Você tem uma espada?


— Gosto de colecionar objetos diferentes. Eu tinha essa
pendurada na parede do meu quarto.

— Parece assustadora. — Willa olhou para a fina espada


longa.

— Sim, ela é, não é? — Rider parecia feliz com o que ele


pensava ser um elogio. Não era.

— Eu já volto.

Willa observou quando seu marido foi para a cômoda onde


guardava suas roupas, abrindo a gaveta e tirando uma calça de couro
preta. Sem dizer uma palavra, ele entrou no banheiro para se trocar.

Willa virou de volta para encarar Rider.

— O jantar estava bom hoje à noite, — ele disse


casualmente.

— Ob-Obrigada.

— Da próxima vez, você poderia fritar mais peitos de


frango? Razer comeu três deles, Shade dois, e eu só tive um.
Bastardos mesquinhos.

— Eu vi você pegar três coxas de frango, — Willa o


lembrou.

— Eu gosto mais de carne. Não há o suficiente em uma


coxa.

Willa deu um passo para trás. — Vou me lembrar disso.—

— Tudo bem, vamos começar, — Lucky anunciou, saindo


do banheiro nas calças de couro. — Feche a porta, Rider.
Willa esperava que Rider fosse sair e fechar a porta atrás de
si; em vez disso, ele fechou a porta e se virou para olhá-los com
expectativa.

— Willa, vá ficar ao lado da cama por um minuto enquanto


eu falo com Rider.

Ela estava prestes a discutir, mas depois se lembrou de que


ela tinha sua palavra segura se ela começasse a se sentir
desconfortável. Claro, ela não tinha nenhum problema em gritar com
toda força dos seus pulmões, também.

Cautelosamente, ela observava os homens enquanto eles


conversavam. Ela olhou para baixo, esfregando os dedos dos pés
através do tapete grosso, tentando ouvir o que eles estavam dizendo.

— Pronta?

Willa estava orgulhosa de si mesma; ela só hesitou por um


segundo ou dois antes dela responder: — Sim, eu estou pronta.

A expressão de Lucky mudou em um instante, se tornando o


homem que ela sempre sentiu que estava escondido por trás de sua
aparência sofisticada. Só que mais surpreendente e assustadora foi a
mudança de Rider.

Sua expressão se tornou fria e distante, como se ela estivesse


lá apenas para agradá-lo. O olhar realmente se adequava ao
motoqueiro assustador. Willa não sabia para qual homem olhar no
início, já que ambos eram convincentes.
A natureza descontraída do Rider tinha desaparecido
enquanto ele andava um círculo em volta dela, parando mais uma vez
ao lado de Lucky.

— Seu navio está agora na minha propriedade, assim como


você está.

— Não, eu não estou, — Willa murmurou.

— O que você disse? — A voz de Lucky caiu para um nível


letal que literalmente fez seus braços se arrepiarem, e se ela não
estivesse enganada, ele tinha um sotaque decididamente francês.

— Meu nome é capitão Francois Le Danc. Este é o meu


mestre, John Donnelly.

Willa não pôde resistir em dar outro olhar rápido em Rider.


Ela realmente nunca tinha prestado muita atenção ao corpo do homem
antes. Ele era apenas ligeiramente mais baixo do que o marido, mas
ele era mais pesado. Não havia nenhum sinal do amigo descontraído
com quem ela contava.

— Me ouviu?

— Hum, sim. Eu disse, não, eu não sou sua propriedade.

— Não. Se. Mova.

Lucky pegou a espada de Rider, facilmente cortando o cinto


do robe de Willa. Quando o robe se abriu, expondo seu baby doll,
Lucky baixou a espada, indo para suas costas. Ele retirou o robe,
primeiro um ombro depois o outro, e o robe solto caiu no chão.

Willa sentiu os olhos de Rider caírem em seu short e bojo do


pijama de cetim vermelho. Não mostrava mais pele do que se
estivesse vestindo um top e shorts. Independentemente disso, Willa
estava consciente de suas curvas rechonchudas na frente de Rider. Se
forçou a olhar para ele, vendo-lhe dar uma piscadela, e Willa relaxou.

Rider era seu amigo, e sua atitude descontraída fazia ela se


sentir confortável de uma maneira estranha.

— Qual é seu nome, moça? — A voz de Rider era brusca


quando seus olhos acinzentados deslizaram sobre seu corpo.

— Willa.

Lucky levantou uma sobrancelha.

Willa deu de ombros. Que divertida seria uma fantasia se ela


não pudesse ser ela mesma, embora mais sensual e vadia? Ela
firmemente chutou a voz da sua mãe fora de sua cabeça.

— Você está negando que você é minha propriedade?

— Sim.

— Você me deixa sem escolha, senão apenas mostrar que eu


sou seu mestre.

Antes que Willa pudesse piscar, ela foi jogada sobre o ombro
de Lucky e levada por todo o quarto, colocando-a contra a parede. Ele
agarrou uma de suas mãos, colocando-a acima de sua cabeça, onde
duas pinturas estavam penduradas. Onde, havia dois ganchos que
pareciam ter sido perfurados na parede.

Lucky foi para o armário e abriu uma gaveta, retirando duas


correntes com algemas na extremidade. Ele entregou uma a Rider, e
em seguida os dois homens algemaram o seu pulso e a levantou acima
da cabeça, prendendo-a contra a parede.
Lucky e Rider deram um passo atrás, examinando sua obra.

— Quem é o seu mestre? — Lucky perguntou novamente.

Desta vez, Willa permaneceu teimosamente em silêncio.


Nada de bom viria se ela lhe respondesse da maneira que ele estava
tentando-a. Lucky leu a obstinada determinação em seus olhos.

— Ela é uma moça ardente, não é?

— Quebre-a, Capitão, — Rider disse, dando as costas e indo


para a mesa de cabeceira para pegar dois lenços e uma faca com uma
má aparência que parecia mais afiada do que qualquer coisa que ela
teria em sua cozinha.

Rider caminhou de volta, entregando a Lucky um dos lenços


e pegando a espada dele, antes de entregar-lhe a faca. Willa observou
quando Lucky fez um movimento com o pulso, usando a faca para
cortar o lenço em dois pedaços que flutuaram suavemente pelo chão.

Rider, em seguida, entregou a Lucky outro lenço que parecia


mais grosso e era negro. Ele o amarrou ao redor dos seus olhos,
impedindo-a de ver.

— Eu a tenho sob controle agora. Vá limpar a plataforma. —


Ela o ouviu falar com Rider.

A sala ficou em silêncio. Ela pensou ter escutado um barulho


em seguida, um grunhido alto antes da porta ficar totalmente fechada.
Em seguida, ela ouviu o som distinto de um clique trancando o local.

Willa relaxou contra a parede, sentindo que Rider foi


embora.
A voz com sotaque francês de Lucky sussurrou em seu
ouvido, — Não fique tão satisfeita consigo mesma. Como você sabe
se ele realmente se foi? Talvez ele esteja de pé ao lado da porta para
protegê-la dos meus tripulantes que querem roubar a bela mulher que
eu capturei. — Suas palavras a deixaram em dúvidas sobre se Rider
tinha ido. Só conhecendo o marido tão bem quanto ela conhecia
acalmou seus medos. Além disso, ele ganhou pontos por chamá-la de
bonita.

— Não se mova. Fique completamente imóvel. — Ele


ordenou novamente.

Willa prendeu a respiração. Ela estava aprendendo


rapidamente que, quando ele ordenava para ela não se mover, algo
estava começando a ser cotado. Ela sentiu o lado que não cortava da
faca em sua pele enquanto ele cortava uma alça no ombro dela. Um
segundo depois, sentiu cortando a outra, e o top deslizou até a cintura.
O lado sem corte da faca passeou pelo comprimento de sua perna
antes dele cortar os shorts do seu corpo. Seu estômago tremeu quando
sentiu a lâmina contra ela enquanto o resto do seu top caía. Willa
soltou sua respiração presa.

— Capitão Francois, você me deve um novo pijama e um


robe.
Lucky sorriu, feliz que ela não podia ver sua diversão.
Silenciosamente, ele se virou, indo para a mesa de cabeceira
substituindo a faca por outra que ele tinha passado horas afiando
quando ele comprou um novo conjunto de facas. Ele tinha jogado fora
o conjunto que ele tinha usado em outras mulheres. Nenhum
equipamento que ele tinha usado em outra mulher jamais tocaria a
pele de sua esposa.

Ele retirou outra faca que era uma correspondência exata


daquela que ele tinha acabado de substituir, exceto por uma diferença.
Ele tinha usado uma lixa para diminuir a lâmina. Ele tinha verificado
uma dúzia de vezes antes, mas ele ainda deslizou através da palma da
sua mão para se certificar de que era completamente cega e o metal
não cortaria quando passasse em sua pele.

Ele pegou um isqueiro, que estava em sua calça de couro


apertada. Rider não era o único que precisava parar de comer os
biscoitos de Willa.

Ele silenciosamente caminhou de volta para Willa, liberando


a venda. Willa engasgou quando ele pegou o isqueiro, segurando-o
debaixo da lâmina por alguns minutos, em seguida, virou-o, fazendo o
mesmo no outro lado, repetidamente, virando a faca. Então Lucky
colocou o isqueiro no bolso antes de usar a mão livre para puxar a
venda de volta.

Silenciosamente, ele se afastou novamente. Pegando o copo


de água gelada, ele tirou alguns cubos gelo que estavam derretendo,
colocando-os em sua boca. Antes de colocar a faca na água gelada, ele
tirou outra faca cega que ele tinha colocado lá antes que Willa tivesse
saído do banheiro. Passando a faca pela da palma da sua mão, sentiu o
metal frio, em seguida, foi em direção a Willa e começou a mostrar a
sua esposa o quão sensual seu jogo de faca poderia ser.

— Não se mova.

Willa ficou tensa. Ele ouviu sua respiração novamente


quando ele pressionou a borda cega da faca contra a lateral de seu
seio, observando a forma que a água que estava agarrada à lâmina
acariciou sua pele enquanto ele deslizava para baixo, fazendo um
caminho em direção a seu estômago para se agarrar ao monte de sua
boceta.

— Você está molhada para mim, não é, sereia?

— Sim.

Lucky deslizou seu dedo pelos lábios úmidos de seu sexo,


esfregando seu clitóris úmido antes de retirar sua mão. Ele então
inclinou a cabeça, tomando seu mamilo pontudo em sua boca e
esfregando-o com a língua fria. Sua respiração chiou quando ele o
chupou novamente, e Lucky correu a extremidade de seus dentes
contra seu mamilo frio.

Seu dedo voltou para a sua boceta, esfregando através de sua


fenda novamente, pressionando a palma em seu clitóris. Ele trocou de
seios, chupando o outro mamilo, provocando a ponta até que ele se
transformou em um cerne duro. Usando a sua língua, ele apertou-o
contra o céu da boca até que ele sentiu os joelhos entortar. Então ele
deu um passo atrás.
Usando a ponta sem corte da faca, ele traçou a linha de sua
coxa e, em seguida, através de sua barriga, observando os arrepios
aparecerem em sua pele.

— Isso é de desejo ou medo?

Willa lambeu seu lábio inferior. — Desejo.

— Quem é seu mestre?

— Você é, — Willa gemeu, arqueando os quadris,


mostrando o que ela queria.

Ele iria lhe dar mais do que ela previa.

Desabotoando as calças, ele liberou seu pau dolorido, então


cutucou seus pés separados com a sua bota e colocou seu pau em sua
abertura molhada, empurrando duro dentro dela. Ele enterrou o rosto
contra seus seios enquanto seu pau deslizava dentro dela, como se
estivesse implorando por mais. Deu-lhe cada polegada que tinha,
ficando nas pontas dos dedos em suas botas, para dar-lhe mais do que
ele tinha dado antes.

Suas pernas levantaram, envolvendo em torno de sua cintura,


enquanto ele a fodia como o pirata que ela queria que ele fosse. Ele
não estava sendo rude com ela, mas também não estava sendo suave,
se certificando que o couro de suas calças esfregasse contra o interior
de suas coxas, e o colete de couro roçasse os seus mamilos duros.

— Venha comigo, sereia. Mostre-me que você pode manter


minha cama quente nas noites frias no mar e atender a todas as
necessidades de desejo por você.
— François! — Willa gritou quando seu orgasmo atingiu,
seu corpo se esticou nas correntes de metal.

Quando a intensidade erótica em seu rosto capturou a sua


luxúria, Lucky gozou, moendo seu orgasmo em sua esposa quando
seus gritos encheram o quarto.

Assim que ambos pararam de tremer e Lucky sentia como se


seus próprios joelhos fossem dobrar devido ao êxtase que ele tinha
acabado de experimentar, ele liberou Willa das correntes, retirando
sua venda.

Ele apontou a faca para ela. — Eu só estou te libertando por


causa do prazer que você me deu. Irrite-me e eu vou acorrentá-la de
volta até que você me implore para eu libertá-la.

— Isso é uma ameaça ou uma promessa? — Willa brincou,


deixando-o puxá-la para ele, em seguida, colocando a cabeça em seu
ombro.

— É uma promessa.

— Eu te amo marido.

— Eu amo você, esposa. Vamos tomar um banho. Então, eu


vou ser capaz de te mostrar a sensação dos lençóis em sua bunda
macia.

Willa foi até o banheiro, em seguida, se virou para trás


enquanto ele estava devolvendo a faca na bolsa de couro.

— A próxima vez que eu fizer cobertura, posso deixá-lo ter


um pouco.
— Willa está bem? — Lily perguntou enquanto ela e Shade
entraram pela porta dos fundos com um John se mexendo de forma
segura nos braços do pai. — Ela quase nos atropelou com aquelas
caixas que ela estava carregando.

Os lábios de Lucky se contraíram. — Ela está bem. Ela


estava atrasada para ajudar Genny na arrumação do casamento de
Forrester, e ela odeia estar atrasada.

— Isso não foi o que pareceu para mim. — Shade se


inclinou, colocando John em uma cadeira alta. Devia parecer fora de
lugar no clube de moto, mas, estranhamente, não era. Lucky orou que
um de seus filhos fosse o próximo a usá-lo.

— Ela estava murmurando alguma coisa sobre piratas


loucos.

Lucky sentiu o olhar de estranheza de Shade, enquanto


Shade se servia e a Lily um café. Lucky foi capaz de manter sua
expressão em branco, mas Rider se sentou carrancudo em sua cadeira
na mesa.

— Todos devem estar tendo um dia ruim. — Shade se sentou


à mesa, observando Rider. — O que você tem? Alguém roubou uma
de suas motos?

— Rider está com raiva porque não pode pegar um desses


bolinhos que Willa estava carregando? — Lily perguntou.

— É exatamente isso. — Lucky riu do irmão carrancudo.


— Eu vou encontrar Jewell. Diga a Willa que é melhor
deixar algum doce de manteiga de amendoim, quando eu descer para
jantar. — Rider se levantou num acesso de raiva e estava prestes a sair
do quarto quando a voz de Shade o deteve.

— Jewell está no trabalho e assim está o resto das mulheres.


Nem todo mundo teve um longo almoço hoje como você e Lucky.
Tudo o que você estiver empacotando vai ter que esperar até que
saiam esta tarde.

Lucky se preparou com a expressão no rosto de Rider. Não


eram muitas as vezes que o temperamento do irmão explodia, mas
quando acontecia, ele fazia o de Willa parecer como um tornado em
uma garrafa, enquanto o de Rider era um furacão, deixando um rastro
de destruição que levava dias para limpar.

— Fale para Willa que é melhor colocar manteiga de


amendoim extra em meu doce. — Rider rosnou, deixando a cozinha
com a porta balançando furiosamente atrás dele.

Lucky não teve tempo para relaxar, e Lily ainda estava


sentada com a boca aberta quando Rider invadiu de volta a cozinha,
indo para o balcão e pegando a espada que ele tinha deixado para trás,
disparando em Lucky um olhar vingativo antes de sair pela porta da
cozinha com a espada.

— Aquilo era uma espada? — A voz de Lily tremia de


medo.

— Não, — ambos Shade e Lucky responderam ao mesmo


tempo.
A cozinha ficou em silêncio, exceto por John brincando com
a pequena moto que Shade lhe deu.

Lucky limpou a garganta, abordando o assunto que estava


rasgando a sua consciência. — Eu conversei com Beth alguns dias
atrás, mas eu não tive a chance de falar com você ainda. Eu nunca
teria casado com Beth a menos que...

Lily levantou a mão, parando suas próximas palavras. — Eu


quase deixei o Shade quando Brooke o ameaçou. Eu não consigo
imaginar você vivendo com as ameaças de Bridge por anos. Foi você
quem guiou Razer para Beth. Eu sei que foi você, e você nunca teria
feito nada que faria a Beth infeliz, assim como eu sempre soube que
você seria meu pastor de novo. — Lily disse alegremente.

— Sério? E como você sabe disso? Nem eu mesmo sabia. —


Ele disse ironicamente.

— Eu nunca perdi a fé, — ela disse simplesmente. — Você


estava sempre lá para mim, mesmo quando você saiu da igreja. Você
deu a si mesmo para todos na cidade. Você deu início a uma unidade
de doação para reformar o campo de futebol, foi para o hospital duas
vezes por semana para visitar os pacientes doentes, e se alguém perdia
um parente, você era o primeiro a estar ao seu lado. Você também foi
aquele que organizou a limpeza na cidade para ajudar quando casas
foram destruídas durante a tempestade. Ser pastor é ser mais do que
estar em pé atrás de um púlpito; é estar de pé ao lado os paroquianos
no momento em que mais necessitam. Você estava sempre lá, sempre
que eu precisei de você, não apenas como um pastor, mas como um
amigo.
Lucky abaixou a cabeça, olhando para o chão. — Lily,
quando eu me afastei da igreja, eu fiz coisas que nenhum pastor
deveria fazer...

— Romanos 12: 2 Não se molde ao padrão deste mundo,


mas transformem-se pela renovação da sua mente. Você precisava de
tempo para descobrir qual era a vontade de Deus para você.

A mão de Lucky foi para a ponta de seu nariz, pressionando


forte para recuperar a compostura. Lily, com uma citação, tinha
curado a última ferida aberta, em sua alma.

Quando teve certeza que não quebraria na frente de Shade,


ele andou até a cadeira de Lily, se agachando e pegando a mão dela.

— Você tem a alma de um anjo; você sabe disso?

Lily olhou para ele, com os olhos cheios de lágrimas. —


Shade me diz isso o tempo todo. — Seu sorriso travesso era lindo.

Lucky fez uma oração silenciosa pela sorte de ter esta linda
mulher como uma parte de sua vida.

— A sua fé te deu força quando mais precisava dela, Lily.


Eu não conheço ninguém que tenha uma alma mais bonita e amorosa.

Lily estendeu a mão para uma de suas bochechas


suavemente. — Eu conheço.

Lucky viu Shade tenso, mas antes que pudesse dizer


qualquer coisa, ele ouviu um som na porta, e ele se virou, vendo
Willa.

— Eu esqueci minhas chaves—


Lucky se levantou quando Willa foi até o balcão, evitando os
olhos dele.

— Eu vou levá-la até a sua van, — ele disse com voz rouca,
seguindo-a porta fora.

Eles estavam na metade do caminho antes que ele a pegasse


pelo braço, fazendo-a parar.

— Willa, o que eu disse para Lily...

— Pare, não se atreva a tirar o que eu fui abençoada por


testemunhar, por acreditar que meus sentimentos foram feridos. Foi
lindo. — Willa limpou uma lágrima agarrada em seus cílios.

— Eu não quero saber o que Lily teve de suportar em sua


vida. Eu fui à escola com ela, e não havia um dia em que eu não visse
a dor em seus olhos. — Ela inclinou a cabeça em seu peito. — Eu
honestamente não sei se eu poderia ter mantido a minha fé como ela.
Peço a Deus que eu nunca descubra. Ela é mais forte do que eu posso
ser.

— Isso não é verdade. — Lucky respondeu.

— É verdade. Eu sou fraca Lucky.

— Eu não quero ouvir isso saindo de sua boca novamente.


Você é forte, Willa. — Lucky não pôde evitar seu riso. — Sereia,
você conseguiu assustar os Last Riders para fazerem exatamente o que
você quer. Nós não fizemos o saco de punição por semanas, porque
ninguém quer te chatear.

— Isso é só porque eles não querem estar fora do meu


testamento.
— Não, é porque eles não querem que você chute a bunda
deles.

Willa sorriu, sacudindo a cabeça para ele. — Eu não posso


acreditar que eu costumava ter tanto medo deles.

— Você não tem mais?

— Não, eu não posso imaginar minha vida sem eles agora.

— Bom, porque Viper queria que eu lhe pedisse um favor.


— Ela olhou para ele, feliz.

— O que?

— Ele queria saber se a sua empresa poderia lhe dar um


desconto em um jogo de pneus.

A expressão de Willa ficou triste. — Há algo que eu preciso


confessar. Nós não fazemos pneus.

Lucky a levantou em seus braços, girando-a em um círculo,


com o coração cheio de alegria. Ele já não estava assistindo todos os
outros viverem suas vidas, enquanto ele estava preso, apenas
assistindo. Em vez disso, ele tinha o seu próprio pedaço do céu. Ele
estava exatamente onde ele estava destinado a estar na sua vida, com
esta mulher em seus braços. A solidão e a tristeza eram uma memória
se desfazendo. Desde o momento em que ele olhou por cima de sua
bíblia e viu Willa, ele não tinha uma escolha, se não amá-la. Sem
escolha.
Capítulo 38

— Explique-me por que você queria fazer bolinhos esta


noite.

Willa lhe lançou um olhar cansado. — Porque eu estava no


clima para assar.

— Você não parece estar no clima para assar. Você parece


mais com vontade de socar alguém. — Lucky encostou-se ao balcão
da cozinha, bebendo seu café e olhando como a sua esposa colocava
cuidadosamente suas criações em uma torre de bolinhos.

— Depois que eu conseguir isso pronto, eu posso relaxar. —


Ela colocou o último bolinho na parte de cima, dando um passo para
trás para examinar seu trabalho de forma crítica.

— Quer que eu prove a cobertura para você? — Lucky


brincou.

— Não, você não tem permissão para provar a minha


cobertura, até que eu não esteja mais brava com você.

— Eu podia jurar que você não parecia brava na noite


passada, quando você gozava no meu pau.

Ela lhe deu um sorriso vingativo. — Eu disse a Shade que


você disse que ele chorou quando ele pediu permissão para se casar
com Lily.

Lucky se endireitou. — Você não fez isso.


— Eu fiz. — Willa limpou as mãos no pano de prato, em
seguida, dobrou-o cuidadosamente.

— Ele vai se vingar. Você sabe disso, não sabe?

— Você está lidando com o fim iminente do seu marido


muito bem.

— Ele não vai te matar. — Ela foi para o forno, retirando


uma bandeja enorme de bolo que ela tinha feito e colocou no fogão.
— Pelo menos, eu não penso assim.

Lucky a viu indo para as duas panelas de barro, mexendo o


conteúdo de cada uma.

— Sereia, sei que o clube come muito, mas você fez o


suficiente para alimentar um exército. — Lucky olhou para a enorme
quantidade de alimentos no balcão. Beth também ajudou, fazendo uma
salada de frutas, que ela estava colocando sobre o balcão.

— É isso aí. Terminamos. — Willa olhou para o relógio. —


Com três minutos de sobra.

— O que... — O som do toque da campainha da frente, fez


Lucky levantar uma sobrancelha para os rostos cheios de expectativas
das duas mulheres.

Viper abriu a porta da cozinha. — Você tem companhia.

Lucky atirou em sua esposa um olhar curioso, sabendo que


era óbvio que ela sabia quem estava lá para vê-lo. — É melhor não ser
Diamond. Você me prometeu não alterar o seu testamento por pelo
menos seis meses.
— Não é Diamond. — Disse ela, empurrando-o através da
porta.

Lucky caminhou entrando da sala de clube, vendo uma


multidão de pessoas que nunca imaginou. A sala estava lotada com os
membros da igreja. Estava tão lotada que as pessoas estavam
alinhadas sobre as escadas que dava para o andar de cima, e todos os
membros dos Last Riders estavam alinhados contra as quatro paredes,
usando seus coletes.

— O que está acontecendo? — Lucky perguntou.

Angus Berry andou para ficar na frente dele, e o resto dos


diáconos alinhados atrás dele.

— Estamos aqui para te pedir para voltar a ser o nosso


pastor.

Lucky sentiu a falta da igreja para o seu ser, mas ele não
podia voltar para a vida que tomaria a sua sanidade.

Lucky limpou a garganta. — Eu não posso... — antes que ele


pudesse continuar, Angus levantou a mão.

— Nos escute antes de tomar sua decisão. Quando voltou à


igreja, você nos disse que adorava ser um pastor, isso é verdade?

— Sim. Eu nunca menti sobre o meu amor pela igreja ou por


Deus, só pela minha incapacidade de andar no caminho estreito que
um pastor deve caminhar.
— A igreja sem denominação4 não tem um caminho estreito.
Eles fazem o seu próprio, não é? — As sobrancelhas brancas de
Angus Berry se levantaram.

— Sim... — Lucky concordou, olhando para os rostos que o


rodeava.

— Votamos por desistir da igreja batista e nos tornarmos


uma igreja sem denominação. É hora de você parar de lutar essa
guerra com você mesmo e voltar para casa.

Lucky conseguiu recuperar a sensação de aperto no peito. —


O que você está dizendo?

— Nós estamos dizendo que não podemos ficar sentados


ouvindo outro sermão sem sentido de um pastor que se acha o dono da
verdade, que não entenderia as escrituras de Deus se o Todo Poderoso
descesse e explicasse a ele. Nós não esperamos nada de você, exceto
que você faça o que tem feito nos últimos anos, e esteja lá quando um
de nós estiver em necessidade e nos dê uma melhor compreensão
sobre Deus por duas noites e um dia por semana. Em troca, prometo
não me importar se você quer beber uma cerveja ou montar essa moto
para cima e para baixo nas ruas.

— Não é nada que já não fizemos, — Myrtle murmurou. —


Bem, exceto pela moto. Estamos velhos demais para isso.

Lucky riu. — Você tem certeza?

— Sim. Já dissemos ao falastrão que ele está fora, não foi


muito cristão o jeito que ele levou isso, mas como dissemos, nós não

4
Aberta ou aceitável para pessoas de qualquer denominação cristã.
iremos julgar o outro homem, mesmo que eu tenha que admitir, é
difícil não julgar quando eu o vejo pegar uma nota de vinte do local da
coleta todos os domingos.

— Nós adoraríamos receber ambos, você e Willa de volta,


Pastor Dean. — Myrtle falou, lhe entregando a sua bíblia que Willa
deve ter trazido do andar de cima.

Sua esposa sabia o que a igreja ia propor a ele e tinha feito


uma festa para celebrar. Sua esposa também sabia a resposta que ele
daria de volta.

Virando de costas para pegar a mão de Willa, ele a puxou


para o seu lado enquanto ele e todos na sala inclinaram suas cabeças.

— Pai Celestial, obrigado por me permitir servi-lo, por me


dar não só Willa, que eu vou passar minha vida estimando como
minha esposa, mas um lar sagrado onde podemos compartilhar o
nosso amor por você com os outros.

— João 4:18: — Não há nenhum medo no amor.' Você me


mostrou que eu não preciso ter medo de perder meu caminho. Seu
amor sempre iluminou o meu caminho, me carregando quando eu
tropeço, e você me deu Willa para caminhar até encontrarmos o nosso
caminho de casa para você. Amém.

Lucky olhou para a sala cheia com todos que ele amava, sua
mão apertando a bíblia gasta que seu pai tinha passado para ele, e ele
passaria para seu filho.
Willa enxugou uma lágrima quando ela se inclinou contra
ele, compartilhando seu amor e felicidade por ele, sem palavras. Ele
nunca tinha sido mais grato do que estava neste momento em sua vida.

Lucky endureceu, se virando para se certificar que Shade não


estava atrás dele. Ele podia jurar que ouviu: — Por nada.
Epílogo Um

— Por que não estou surpreso em vê-lo?

Lucky se virou para o comentário malicioso de Bridge


quando ele foi escoltado até o escritório de Knox. Knox empurrou o
prisioneiro para frente no escritório, batendo a porta atrás dele e
deixando Lucky sozinho com o homem que levou todo o seu controle
para não o matar.

— Se você está esperando que eu...

— Cale a boca, Bridge. Estou cansado de ouvir as merdas


que sai de sua boca. Vim por uma única razão, e é para lhe dizer que
Willa se recusou a apresentar queixa. Sissy também não, ela acha que
está apaixonada por você.

Diante da expressão de desgosto de Lucky, Bridge falou na


defensiva. — Eu não toquei naquela garota. Eu só lhe dei um quarto
para dormir enquanto ela se escondia de todos. Eu só queria usá-la
para chegar a Willa. Eu não tinha a intenção de jogá-la, mas ela estava
me mordendo forte pra caramba. Sua família já fodeu com ela o
suficiente.

— Ela precisa de aconselhamento, o que Willa tentou dar,


mas ela se recusou. Ela está preparada agora, espero que isso possa
ajudá-la. Se não, ela vai andar na mesma estrada que a mãe e seu tio, e
ela não vai ter ninguém para culpar além de si mesma.
— Por que Willa não deu queixa? Achei que ela ficaria
chateada que Sissy quase a levou a um mergulho de nariz naquele
precipício. — Lucky viu nos olhos de Bridge o arrependimento que
ele nunca falaria com a sua voz. O homem que ele havia amado como
um irmão tinha salvado inúmeras vidas; portanto, quase levar uma
vida acidentalmente deve ter sido uma pílula amarga para engolir.

— Porque ela tem fé que você vá perceber que as suas ações


quase lhe custaram a vida. Ela está orando que aqueles
acontecimentos abram os seus olhos para o preço que a sua vingança
pode levar.

— Vejo que você não está pensando da mesma maneira.

— Não, eu não, e é por isso que estou aqui. — Lucky virou


de costas para Bridge, não sendo capaz de olhar para ele. Falar sobre
quase perder Willa, sem bater em Bridge até torná-lo uma polpa
sangrenta, estava testando a sua determinação.

— Durante nossa última turnê, Evie ficou ferida, e os


homens responsáveis não só quase a mataram, mas entraram em uma
briga com Levi, o noivo de Evie. Quando eles foram para o tribunal
marcial, parecia que eles estavam indo a pé. Shade e o resto do
esquadrão estavam prontos para matar os filhos da puta, antes que o
julgamento estivesse no meio do caminho. Um dos principais
atacantes era um general que estava usando sua posição. Era a palavra
de Evie contra quatro homens. A morte de Levi já havia sido
considerada um acidente, por isso, os irmãos estavam em busca de
sangue. Eu sabia que era só uma questão de tempo antes que Shade os
matasse, perdendo a sua carreira, e depois passasse o resto de sua vida
em uma prisão militar.

— Eu fingi estar bêbado e comecei uma briga no quartel, e


me meteram numa cela durante uma semana, ao lado dos homens que
atacaram Evie. Levou três dias antes dos idiotas arrogantes
começarem a se gabar. Eles deram cada porra de detalhe, e eu me
lembro de tudo.

— Eu testemunhei contra eles, e com o meu registro e


passado como pastor, já não era apenas a palavra de Evie contra a
deles. Eles estariam sentados naquela prisão até que eles precisassem
de viagra para conseguir uma ereção e, mesmo assim, eles
provavelmente não seriam salvos de Shade. Todos os homens me
deram seus marcadores. Cada um prometeu me recompensar por
afastar aqueles filhos da puta. Eu não fiz isso por causa dos seus
marcadores; eu fiz isso por Evie e Shade. — Lucky se virou para
enfrentar Bridge.

— Eu não sabia de nada do que aconteceu com Evie. — O


rosto de Bridge ficou pálido, o corpo tenso de raiva.

— Ninguém ficou sabendo. Isso foi mantido quieto. Eles


disseram que era por respeito à Evie, mas todo mundo sabia que era
para proteger General Lander e a reputação do seu filho. Isso
aconteceu duas semanas depois que Kale morreu. Você estava nos
EUA com sua família.

— Eu servia com Evie.

Lucky continuou como se Bridge não tivesse falado. — Eu


nunca cobrei a nenhum deles a respeito dos seus marcadores, até que
Viper e eu retornarmos do memorial em homenagem a Kale, e Viper
me disse que Shade estava vindo atrás de você.

Lucky ainda se lembrava de como duramente Bridge tinha


lhe dito para sair quando ele e Viper tinham chegado. Viper tinha
ouvido todas as ameaças.

— Eu usei o seu marcador para não matá-lo, e ele tem


mantido isso por todos estes anos. Você foi como um irmão, e não é
fácil matar um irmão, mesmo quando a vida de Willa estava na
balança. Quando Willa estava em cirurgia, corrigindo o ombro, eu o
libertei da promessa. Willa e eu estamos tentando começar uma
família. Ela pode já estar grávida, e você poderia ter conseguido matar
Willa e meu filho. Eu pensei que conseguiria protegê-la de você, mas
eu não vou arriscar novamente. Quando se tratar de uma escolha entre
você e Willa, ela vai ganhar cada vez, estou farto de brincar com você.
Eu tenho uma utilidade melhor para Shade e o resto dos marcadores
dos irmãos agora, e não envolve você. Eu estou te dando uma última
chance de seguir em frente, Bridge. — Lucky lançou um conjunto de
chaves para Bridge que as agarrou com a mão.

— Siga em frente, deixe Treepoint, e não volte. Kale está


morto e enterrado, e não há nada que qualquer um de nós possa fazer
para trazê-lo de volta. Se você tentar chegar perto de Treepoint
novamente, Shade vai ter certeza que será a última vez que você vai
respirar. — Lucky foi em direção à porta do escritório, passando por
Bridge para abri-la.

Ele fez uma pausa, sem olhar para trás. — Corra tanto
quanto você possa Bridge, e encontre um lugar que você possa chamar
de lar. — A voz de Lucky ficou embargada, lembrando-se de todos os
momentos que haviam passado juntos quando estavam a serviço.

— Eu estava fodido quando eu saí do serviço, também. A


diferença é que eu me tornei um membro dos Last Riders, e eles me
ajudaram a manter minha sanidade. Você os afastou e você esteve
perdido desde então.

— Adeus, irmão. Peço que você encontre a paz. Eu já


encontrei a minha.

Lucky saiu do escritório, parando ao ver todos os irmãos


esperando do lado de fora da porta. Eles estavam lá para apoiá-lo, da
mesma forma que sempre estiveram e sempre estariam.

Willa tinha o almoço esperando por eles quando chegaram


em casa. Os homens comiam sentados ao redor e conversavam quando
Shade foi até o balcão, pegando um bolinho.

Lucky estava comendo sua própria refeição quando olhou


para cima para ver Shade dar uma mordida. Uma expressão de
completo êxtase surgiu em seu rosto quando ele dava outra mordida.

Ele se virou para Willa, que estava sentada ao lado Lucky


com Lily e John sentados do outro lado dela. — De que sabor são
estes?

Willa interrompeu sua conversa com Lily para responder a


sua pergunta. — Oh, esses são de chocolate com uísque. A receita
estava me dando problemas. Eu pensei que eles venderiam bem
durante o festival de Derby. Acho que finalmente acertei.

— Certo como a porra que você acertou. Willa, eu amo


minha esposa, mas mulher, se eu nunca tivesse visto Lily, esse seu
marido idiota não teria pego você. Eu teria colocado um anel em seu
dedo logo após a primeira mordida.

Willa corou, sorrindo com orgulho do seu feito.

— Willa, eu vou precisar dessa receita. — Lily riu, nem um


pouco chateada com o comentário de Shade. Lucky não podia dizer o
mesmo. Ele viu vermelho.

Por que todos os irmãos acreditam que Willa teria


sucumbido a eles sobre ele?

— Willa não teria lhe dado uma fodida hora do seu dia.

Shade terminou de comer seu bolinho. — Nem sequer teria


sido uma competição. — A última palavra nem estava fora de sua
boca antes que Lucky estivesse fora de sua cadeira se jogando em
direção a Shade que se esquivou do seu primeiro golpe. Lucky,
incapaz de parar seu impulso, caiu contra o balcão, derrubando uma
panela cheia de macarrão e queijo no chão. Desta vez, quando Lucky
se virou, indo atrás de Shade novamente, ele conseguiu mandar Shade
contra o balcão, quase derrubando a bandeja de bolinho.

— Cuidado com a porra da comida! — Disse Rider, pulando


de sua cadeira para separar os homens com a ajuda de Train.

— Lucky, há crianças na sala! — Willa gritou com ele,


irritada.
Lucky olhou para os meninos de Beth e o filho de Shade,
que estavam ocupados demais comendo os bolinhos de baunilha que
Willa tinha feito, para notar o que os adultos estavam fazendo.

Lucky empurrou Rider dele, retornando ao seu banco.


Culpado, ele deixou Shade limpar a bagunça. O bastardo maldito
merecia por deixá-lo irritado.

— Você deveria ter vergonha de si mesmo. — Willa estalou.

— Sinto muito, — ele pediu desculpas às mulheres.

— Eu não sei o que deixou você tão ciumento. — Willa


colocou a mão sobre a dele.

— Eu também não, — Lucky disse pegando o garfo.

— Willa, depois do jantar, eu trouxe aqueles papéis para


você assinar. — Diamond disse entregando a Knox um bolinho antes
de pegar um para ela. O irmão pegou, em seguida, estendeu a mão
para ter outro antes de voltar a sua cadeira.

— Você me prometeu sem mais alterações em seu


testamento por pelo menos, um ano. — Lucky franziu a testa. Ele
esperava que dizer que ela iria economizar dinheiro seria um incentivo
a mais.

— Oh, não é o testamento. — A sala ficou em silêncio


enquanto os membros escutavam a conversa.

— Eu dei a minha casa para Ginny.

— Você deu a sua casa para Ginny? — Lucky ficou surpreso


que Willa não tivesse mencionado que ela estava pensando em fazer
isso. Ela lhe disse que estaria mantendo para seus futuros filhos. —
Por quê?

— Porque ela não pode pagar um apartamento e pagar a


faculdade também. Bliss vai ser sua companheira de quarto. Isso vai
ajudá-la a pagar as contas.

— Ela vai compartilhar a casa com Ginny?

— Sim, dessa forma Ginny pode pagar até que ela receba seu
diploma, e Bliss não ficará solitária. — Willa explicou, esperando a
reação dele.

— Eu pensei que você queria manter a sua casa para os


nossos filhos?

— Eles vão ter uma casa. A casa que você está construindo é
o lugar onde eles vão crescer. Você só pode ter uma casa. — Lucky
não pôde resistir em dar um beijo na boca de sua esposa.

— Só pode haver uma casa - Aquela que vamos fazer - —


Lucky concordou.

— Ginny merece. Ela finalmente se abriu para mim sobre os


seus problemas com os West. Eu estava preocupada com a irmã de
Cal a Darcy que vivem com eles, então ela me disse para que eu não
ficasse preocupada com ela. Deu-me outra razão para amar você. —
Ela olhou para os homens na sala. — Todos vocês.

— Estamos felizes por você pensar assim, desde que você é


o nosso novo membro. — Viper sorriu. — Você vai iniciar esta noite.
Quando Willa ficou branca, Lucky quase riu, sabendo que
ela estava pensando sobre o que ele lhe contou sobre como os votos
eram dados.

— Sereia, eu lhe disse que os votos também podem ser


dados por marcadores, e eu cobrei todos que me deviam para torná-la
um membro.

Willa ainda não parecia estar pulando de alegria. — Como


exatamente será esse início?

Lucky esperou que Viper respondesse, já tendo notado que


Shade foi para a caixa pegar o último dos bolinhos antes que alguém
comesse.

— Você tem que fazer outro lote desses bolinhos, — Viper


afirmou, estremecendo quando Winter golpeou seu braço.

— E um lote de doce de manteiga de amendoim, — Rider


acrescentou rapidamente.

— E um lote de biscoitos de aveia passas, — Lucky brincou.

— Achei que você queria que eu parasse de fazer eles até


que você perdesse algum peso? — Willa brincou.

Lucky se inclinou para sussurrar em seu ouvido: — Como


você se sente sobre bandidos?
Epílogo Dois

— Pai, Becky disse que eu vou para o inferno.

Willa suspirou, olhando por cima da brincadeira que estava


fazendo com seu bebê de um mês de idade, que estava em seus braços
enquanto seu filho repetia a declaração raivosa da sua filha. Então ela
e Lucky ambos olharam para cima para onde eles estavam sentados
em um cobertor no quintal da frente, vigiando seus filhos enquanto
eles brincavam.

— Por que você disse ao seu irmão que ele está indo para o
inferno?

Willa lançou um olhar chateado a Lucky com a diversão que


ela ouviu em sua voz.

— Ele disse merda. — A voz de Becky aumentou quando ela


disse o que Kale falou.

Kale ficou vermelho. — Tio Rider diz isso o tempo todo.

— Só porque Rider diz, isso não significa que você possa. —


Ela teria uma conversa com Rider na próxima vez que ele aparecesse
para investigar o que ela estava cozinhando, o que era diariamente. —
Eu já lhe disse isso antes.

Becky e Kale eram tão diferentes quanto a noite e o dia.


Becky era mais velha que Kale com uma personalidade angelical. Seu
filho, por outro lado, tinha um pouco de um diabinho dentro dele. Ele
era definitivamente o filho de seu pai. Ele estava constantemente em
problemas, e apesar dos seus cinco anos, ele já estava implorando por
uma moto em miniatura. Toda vez que Rider lhe mostrava a sua
coleção de motos, o menino passava os próximos três dias pedindo
uma. O menino era definitivamente teimoso e estourava o
temperamento quando seu irmão e irmã mais velhos o empurravam.
Ela não sabia de onde vinha isso, porque Lucky raramente perdia a
paciência.

— Por que você disse isso?

Kale permaneceu em silêncio, mas Becky falou,


respondendo à pergunta de seu pai.

— Ele disse isso depois que ele pediu a mama por um cão e
ela lhe disse não.

— Kale. — Willa tinha notado que seu filho tinha ficado


silenciosamente furioso e foi embora depois que ela falou que ele não
podia ter um filhote de cachorro como o Razer tinha dado a seus
filhos.

— Vá brincar, — Lucky ordenou. — Kale, vamos conversar


como controlar seu temperamento e sua fala esta noite.

— Sim, senhor. — Ambas as crianças voltaram a brincar


com o seu irmão mais velho.

Lucky esperou até que eles estivessem fora do alcance da


voz para rir.
— Não é engraçado, — Willa estalou. — Ele precisa
controlar seu temperamento.

— Sereia, ele não pode se ajudar. Ele herdou isso de sua


mãe. — Lucky se inclinou para ela, dando-lhe um beijo que derreteu
sua raiva. Quando se endireitou, ela podia ver que ele queria tirar algo
de sua mente. Infelizmente, ela sabia o que era. Eles tiveram essa
mesma conversa muitas vezes antes.

— Ele quer um cão. Todas as crianças querem.

— Eu sei, mas eu não posso. — Ela disse, sua expressão


cheia de dor. O passar dos anos não tinha tirado a dor ou a culpa de
perder Ria.

— Ela foi treinada para ser um protetor desde que ela era um
filhote. Ela queria salvar sua vida. Ela teria ficado orgulhosa. Se você
não tivesse sobrevivido, nossos filhos nunca teriam nascido.

Willa limpou a lágrima correndo pelo seu rosto e abraçou


seu filho mais perto de seu peito.

— Eu a dei. — Willa soluçou, revelando sua angústia


secreta. — Eu estava tão magoada, eu não conseguia olhar para ela e
não pensar em você. Eu não me importava que ela tinha custado vinte
mil dólares. Achei que, se ela não estivesse lá, eu não pensaria tanto
em você.

— Eu sei que não foi sobre o dinheiro, — Lucky falou


suavemente. — Você é a mulher mais generosa que eu conheço. A
cidade inteira depende de suas fundações e escolas para abrigar
mulheres que sofreram abuso. Você retornou; você estava voltando
para ela. Você não foi capaz de deixá-la. Você não é capaz de dar algo
que você ama. — Lucky esfregou o seu pescoço quando ele estendeu
a mão para acariciar a bochecha macia do seu bebê.

Willa recuperou a compostura, não querendo que as crianças


a visse chorar.

Ela deu uma risada com soluços. — Eu não sei disso. Eu não
gostava muito de você quando Jenna era sua namorada.

Lucky se endireitou, olhando em seus olhos. — Jenna nunca


foi minha namorada. Eu tive apenas três namoradas em toda a minha
vida. Uma era Ava, a quem eu namorei na escola e pensei que me
casaria. Beth foi a segunda, e você foi a terceira e foi a única que eu
amei.

— Seus dedos estão cruzados. — Willa olhou para suas


mãos. — Eu não sou a única que você amou.

Lucky olhou para ela seriamente, seus olhos magoados. —


Eu posso provar.

Ele mudou de posição, enfiando a mão no bolso de trás


puxando a carteira. Willa observou curiosamente quando ele a abriu e
tirou uma fina tira de papel antes de mostrar a ela.

Willa ficou de boca aberta com a surpresa. Ela se perguntou


sobre isso por anos, sobre o que havia acontecido com as fotos da
barraca de foto.

— Você as pegou?

— Sim, eu as levei porque eu não queria que você as visse.


— A voz de Lucky estava cheia de emoção.
Ela olhou para as fotos, mal olhando para si mesma. Em vez
disso, ela estava concentrada na emoção crua do rosto de Lucky, que
ela tinha sido muito tímida para reconhecer quando estavam na
barraca de fotos.

Seu rosto estava cheio de fome, que era o que ela se


lembrava daquela noite, mas mostrava o amor que ele não conseguiu
esconder por uma fração de segundo.

— Lucky…

— Você tem sido e sempre será meu único amor. — Lucky


sufocou, deslizando as fotos de volta dentro de sua carteira.

— Eu as quero.

— Não, elas são minhas, assim como você é. — Ele sorriu,


se inclinando para colocar o cabelo para trás, em seguida, colocando
um beijo possessivo por trás da sua orelha sobre a micro tatuagem de
um cisne.

Willa olhou para seu rosto perfeito que ficava mais bonito a
cada ano em que estiveram casados. Seu marido seria sempre bonito,
por dentro e por fora.

— Hoje à noite no jantar, nós diremos às crianças que podem


ter um filhote de cachorro. — Willa cedeu em seguida, rapidamente
acrescentou, — um cão normal do canil.

— Tudo bem, mas eu vou levá-lo para ser treinado pelo Colt.

Willa gostava do pensamento das crianças tendo um


cachorro protetor vigiando-os. Seria doloroso no início, mas era hora
de deixar as crianças terem um vínculo e crescerem junto com eles.
— Aqui, deixe-me segurá-lo um pouco.

Willa entregou a Lucky seu filho.

— Ele já é tão pesado quanto alguns tijolos. — Lucky se


gabava orgulhosamente, olhando para seu filho como olhava para
todos os seus filhos, cheio de amor.

Esta criança, ela podia dizer, já ocupava um lugar especial


em seu coração. Eles o nomearam como Hunter. Lucky jurou que seu
nome faria dele um poderoso caçador para o Senhor, mas Willa sabia
exatamente de quem seu filho herdou seu nome.

— Meu número da sorte é sete.

Fim

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