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Disponibilizado: Juuh Alves


Tradução e Pré-Revisão: Claudinha e Mari
Revisão Inicial: Rosa Barreto
Revisão Final: Eva Bold
Leitura Final: Karoline
Formatação: Nanna Sá

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SINOPSE
OS IRMÃOSPORTER FORAM CRIADOS PARA VIVEREM E MORREREM
POR TRÊS REGRAS.
UM, UM PORTER PROTEGE SUA TERRA.
DOIS, UM PORTER NÃO DEIXA UM INIMIGO DE PÉ.
TRÊS...
SUTTON CREECH ERA UMA TRAIDORA E UMA MENTIROSA. TATE
PORTER DESCOBRIU ISSO QUANDO ELE TINHA DEZOITO ANOS, E ELE
NÃO TINHA A INTENÇÃO DE DEIXÁ-LA FAZER DELE UM TOLO NOVAMENTE.
ELE NÃO SE IMPORTAVA COM QUANTA DOR VIU EM SEUS OLHOS OU COMO
AS ANTIGAS LEMBRANÇAS MEXIAM COM SEU CORAÇÃO IMPLACÁVEL, ATÉ
QUE, EM UMA NOITE UM SEGREDO É REVELADO E TUDO QUE TATE
TINHA ACREDITADO SOBRE O SEU PASSADO FOI DESPEDAÇADO,
PROVANDO QUE ELE TINHA DEIXADO A MULHER QUE AMAVA FUGIR.
ENTRE TENTAR PROTEGER A SUA FAMÍLIA E GERENCIAR O SEU
NEGÓCIO DE CULTIVAR MACONHA, TATE NÃO TINHA TEMPO PARA
BRINCAR DE "CARA LEGAL". ELE SÓ TINHA QUE LEMBRAR A REGRA
MAIS IMPORTANTE QUE SEU PAI LHES TINHA DADO: UM PORTER
SEMPRE MANTÉM O QUE É SEU.

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Prólogo

Tate bocejou enquanto ia para a cozinha apagar a luz


antes de ir para a cama. Sua mão estava no interruptor
quando um som que não tinha escutado desde que ele tinha
dezoito anos alcançou seus ouvidos. Um arrepio endureceu
sua espinha com a melodia distinta, que apenas alguns
membros de sua árvore genealógica tinham sido dotados de
sua audição.
Mudando de direção, ele foi para a porta da frente, ti-
rando a espingarda do rack, abrindo a porta e andando a
passos largos para a iluminada varanda da frente. Ainda es-
tava abafado e a noite de verão estava estranhamente silen-
ciosa. Os olhos de Tate vasculharam sua terra, à procura de
qualquer coisa fora do lugar. Ele levantou o rifle, esperando
atirar em algum idiota o suficiente para se mover. O invasor
reconheceria o som característico.
"O que há de errado?" A voz baixa de Greer alertou para
a presença dele enquanto ele caminhava para ficar ao seu
lado, o rifle habilmente seguro em suas mãos.
"Não sei" Tate respondeu, sem tirar os olhos das árvo-
res que fazem fronteira com a sua casa.

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Greer não questionava os seus instintos. Em sua pro-
fissão, suas vidas e daqueles na sua casa dependiam dele es-
tar em alerta permanente para um perigo iminente.
A sombra de Dustin foi a próxima a se juntar com os
seus irmãos, seu rifle apontado para as florestas escuras.
"Quer que eu vá verificar o campo?" Dustin perguntou.
"Não" Tate respondeu bruscamente. "Eu vou. Greer, fi-
que de olho lá fora. Dustin, volte para dentro para ficar com
Holly e Logan. " Ele deu um passo se afastando da varanda,
parando de costas para seus irmãos. "Eu ouvi o sino da mor-
te."
"Merda! Quantas vezes?" A pergunta brusca de Dustin
demonstrava a sua preocupação por seu filho dormindo na
casa.
"Uma vez." Cada um dos Porters tinham um dom, ou
maldição, dependendo de quem você se referia. Rachel era a
mais poderosa dos quatro, tendo herdado a maioria dos dons
de sua avó. O próprio poder de Tate não era um dom, mas a
maldição de saber que alguém morreria. Ele nunca soube
quem a morte atacaria. Poderia ser um membro da família
ou alguém que tinha estado perto recentemente. O primeiro
presságio era um aviso que a morte se aproximava, o segun-
do significava que a morte tinha encontrado sua vítima, e o
terceiro era a chegada de Morte. Ele tinha escutado os sinos
de forma alternadamente durante a infância. Ele havia per-

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guntado a sua avó sobre os sons que mais ninguém parecia
ser capaz de ouvir, e ela olhou para ele com tristeza, expli-
cando que os sinos da morte eram um aviso.
"Como saberei quem vai morrer?" Ele perguntou.
"Você não saberá."
"Então para que serve?"
"É um aviso para manter sua família segura. Não deixe
a morte se esgueirar pela porta dos fundos para roubar o que
é seu."
Tate tinha levado as palavras de sua avó para o coração.
Sempre que ouvia os sinos, se tornava vigilante, cuidando de
sua família até que a próxima vítima da morte fosse revelada.
No entanto, apenas uma vez ele soube para quem os sinos
tinham sido destinados, e era para a sua avó. Ela estava do-
ente há algum tempo. Ele esteve com ela até tarde da noite,
quando tinha escutado o segundo sino, lhe dando o aviso
que ela sabia que estava por vir.
"Eu estou pronta." Sua voz cansada estava repleta de
dor quando ela pegou a sua mão e a segurava enquanto ele
se sentava ao lado da cama. "Tate, um dia, você vai ser o ca-
beça desta família. E é o seu trabalho garantir que todos se-
jam mantidos seguro. Não falhe comigo."
"Eu não vou, vovó" Tate havia prometido.
Ele tinha falhado em sua promessa com sua mãe e seu
pai, não ouvindo a sua advertência para ficarem em casa no

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dia que tinham ido pescar. Demorou uma semana drenando
o rio para encontrar seus corpos. Desde então, ele não tinha
escutado os sinos da morte.
Ele deu o último passo saindo da varanda, caminhando
pelo quintal indo para a mata escura. Ele conhecia a monta-
nha como a palma da sua mão, por isso ele facilmente cami-
nhava através da mata fechada por milhas, evitando as ar-
madilhas colocadas para apanhar invasores que queriam
roubar o que ele passou toda a temporada cultivando, e que
valia uma pequena fortuna. Ele ouviu cada ruído, tentando
identificar se alguma coisa estava se movendo, mas não con-
seguia ouvir nada.
Agachado, ele deslizou sob um trecho com espinhos até
sair do outro lado, olhando ao redor do enorme campo de
maconha que ele e seus irmãos tinham plantado. Na próxima
semana, eles iriam cortá-la, e depois, secaria o produto em
seu galpão de secagem caseiro. Esse era o seu abastecimento
de inverno. Eles não começariam a cultivar novamente até a
próxima primavera.
Tate desejou agora não ter escutado Dustin lhe dando
uma semana a mais para crescer. Eles deveriam ter cortado
e processado na semana passada, mas Dustin queria que
Logan estivesse fora de casa, enquanto eles processavam a
planta no celeiro. Em três dias Logan estaria indo ficar com

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sua bisavó para a cidade. Eles teriam a maconha seca e en-
sacada antes que ele estivesse de volta em duas semanas.
Tate não viu nada fora do lugar. Nenhuma armadilha
foi tocada. Ele caminhou ao redor do perímetro do campo,
incapaz de explicar a sensação desconfortável. Se fosse dia,
ele subiria em uma árvore e olharia sobre a área, mas a es-
curidão tornou essa opção inviável.
Silenciosamente, ele retornou através da abertura dos
espinhos, saindo do outro lado, onde ele cuidadosamente
removeu completamente todos os sinais de que ele tinha
atravessado. De pé, ele fez o seu caminho de volta para a ca-
sa.
"Encontrou alguma coisa?" Greer perguntou quando ele
estava de volta na varanda.
"Nada. Você viu ou ouviu alguma coisa?"
"Não. Acha que os sinos só assustaram você?"
"Não, alguém está lá fora."
"Quer que eu vigie?" Greer olhava procurando pelos
bosques que rodeava a casa.
"Não. Vá para dentro. Vou vigiar até de manhã. Duran-
te o dia, eu quero Holly e Logan fora daqui. Leve-os mais ce-
do para a casa da Sra. Langley."
"Eu vou falar com Dustin." Greer se virou para entrar.
"Ele não vai ficar feliz. Ele sente falta dele quando ele não es-
tá em casa."

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"Eu não vou arriscar. Os Hayeses e Colemans ainda es-
tão chateados por que ninguém está comprando a merda que
eles estão cultivando, e estão tendo que vendê-la aos com-
pradores fora da cidade."
"Eu vi Asher e Holt na cidade no outro dia conversando
com Shade."
Tate endureceu. "Você acha que os Last Riders estão
comprando deles?"
Os motoqueiros eram seus melhores compradores, mas
entre eles, vender para as pessoas do município e por toda a
fronteira do estado, eles às vezes ficavam em falta.
"Eu vou falar com ele e descobrir."
"Se os Hayeses estão vendendo para Shade quando es-
tamos com um estoque pequeno, eles podem estar pensando
em passar a perna em nós para conseguir toda a fodida tor-
ta."
"Isso é o que eu estou pensando. Eu não estou preocu-
pado com os Colemans; eles não podem enfiar um dedo em
sua própria bunda, muito menos nos levar." O desprezo de
Greer pelo Colemans estava profundamente enraizado. Tate
muitas vezes teve que separar as brigas que Greer tinha co-
meçado com eles.
"Asher e Holt, por outro lado, podem fazer algum dano.
Asher é um idiota malvado, e Holt é um filho da puta sorra-
teiro." Tate o lembrou.

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"Eu vou entrar em contato com Shade logo pela ma-
nhã."
"Faça isso. Eu vou ligar para Cash e falar para ele ficar
de olho em Rachel."
"Você acha que alguém seria estúpido o suficiente para
fazer um movimento em Rachel para chegar a nós?"
"Eu não vou correr nenhum risco" Tate disse severa-
mente.
Greer assentiu. "Boa noite. Vejo você de manhã."
"Boa noite. ”
Quando Greer entrou, Tate se sentou na varanda. Ele
não conseguia relaxar enquanto aguardava para ver se um
dos seus inimigos atacariam. Era em momentos como este
que desejava ter escutado sua mãe e Rachel. Os outros dis-
tribuidores em sua área tinham inveja de sua colheita e co-
nexões, e fariam qualquer coisa para derrubá-los mesmo que
isso significasse atacar toda a sua família. Ele provavelmente
teria parado de vender, mas Greer não estava pronto para
desistir. Eles tinham acumulado muitos inimigos ao longo
dos anos, e seu irmão acreditava que se eles parassem de
fornecer o produto, seus clientes iriam para outro fornecedor
que os empurrariam para drogas mais pesadas para engor-
dar as carteiras dos fornecedores.
Eles haviam conseguido afastar a heroína azul de Tree-
point, mas estava se tornando uma luta mortal que ele não

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tinha certeza se eles ganhariam. Ele ouviu um rumor que os
Colemens estavam lidando com Spice, uma maconha sintéti-
ca que fodia aqueles que usavam. Os efeitos duravam mais
tempo e eram muito mais fortes do que a maconha, fazendo
os compradores querer comprar mais de seu revendedor.
Muitos desses compradores estavam na escola e muitas ve-
zes acabavam na sala de emergência.
Ele e seu irmão tinham duas regras quando vendiam:
Não vendiam para crianças, e com maldita certeza eles não
eram uma reserva federal. A constante procura de seu pro-
duto os colocaram em perigo em relação aos outros vendedo-
res do município. Como o chefe da família, era o seu trabalho
protegê-los. Até agora, ele tinha conseguido, mas as preocu-
pações constantes estavam deixando-o inquieto.
Seus pressentimentos nunca estavam errados. Como
uma tempestade enorme, ninguém conseguia saber o efeito
devastador até que essa o atingisse. A mão de Tate apertou a
espingarda. Ele foi nascido e criado nestas montanhas, e
ninguém tomaria o que era dele sem lutar.

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Capítulo 1

"Quando você sai?"


Sutton olhou por cima do documento em sua mão, co-
locando-o de volta na mesa, antes de responder a amiga.
"Assim que eu limpar o resto da minha papelada" ela disse
ironicamente, olhando para a grande pilha de papéis que
ainda aguardava a sua assinatura.
"Eu ainda não consigo entender por que você está indo
para Treepoint em suas férias. Você pode ir a qualquer lu-
gar."
"Eu estive em todos os lugares. Além disso, eu sinto fal-
ta de Treepoint, e eu preciso descobrir o que vou fazer com a
casa do meu avô." Ela usaria o tempo em que estivesse hos-
pedada lá para decidir se queria arrumar a propriedade de-
gradada ou vendê-la, quebrando a última conexão com a sua
cidade natal.
"Por que você iria querer mantê-la? Sua vida é aqui na
Califórnia."
Que vida? Sutton pensou consigo mesma.
"Eu posso fazer o meu trabalho de qualquer lugar que
tiver internet." Sutton minimizou a preocupação de sua com-
panheira de quarto. "O que, Treepoint não desperta interesse
em você? Você poderia vir comigo. Você tem muitas horas
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guardadas." Ela tentou não sorrir quando a expressão de
Stella se transformou em horror.
"Sobre o meu cadáver! Qual é a população de lá, três?"
Desta vez, Sutton não conteve o sorriso. "Um pouco
mais do que isso, mas eles não têm um shopping ou as dis-
cotecas que você ama."
"Então isso é um não definitivo." Stella jogou o cabelo
para trás já perfeitamente arrumado com a mão bem cuidada.
"Você vai ver o seu pai quando você estiver lá?"
"Não, e eu lhe disse para não chamá-lo de meu pai." A
voz de Sutton estava gelada.
Stella estremeceu. "Desculpe." Ela acenou com a mão
alegremente. "Está ficando embaraçoso ficar dando descul-
pas."
"Então diga a ele para parar de ligar." Sutton começou
a assinar a papelada que ela já tinha lido e fez anotações so-
bre as encomendas que precisavam ser recontadas. Em se-
guida, ela entregou a pilha para Stella quando terminou.
"Pronto. Tem certeza que não se importa de deixar isso no
escritório para mim em seu caminho para o trabalho ama-
nhã?"
"É apenas a alguns quarteirões de distância, e eu posso
ver aquele seu chefe quente. Isso fará toda a porra do meu
dia."

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"Só não se atrase para o trabalho. Você já está em li-
berdade condicional." Alertou.
Stella estremeceu. "Não me lembre. Você só tinha que
tirar a diversão disso, não é?"
"É para isso que eu estou aqui." Ela se levantou da me-
sa e se esticou. Ela tinha começado a trabalhar cedo para ter
muito tempo para pegar a estrada e conseguir, pelo menos,
seis horas dirigindo antes de escurecer. Mesmo depois de to-
dos esses anos longe do Kentucky, seu corpo ainda se agar-
rava ao fuso horário que era de três horas à frente, enviando-
a para a cama muito antes dos outros à noite e levantando
cedo pela manhã, o que funcionava bem com seu cronogra-
ma de trabalho que lidava com vários fusos horários.
"Eu vou manter contato enquanto dirijo."
"É melhor mesmo. Eu não quero ter que ir até lá pra
verificar você." Ela estremeceu de horror fingido. "Você deve
ter um pouco de diversão, talvez foder alguém. Pode melho-
rar o seu senso de humor."
"Eu vou estar muito ocupada limpando a casa para ter
alguma diversão, pelo menos por algumas semanas."
Sutton se despediu antes de pegar sua bolsa. "Se certi-
fique que a casa esteja trancada ao sair. Vou estar preocu-
pada com você enquanto eu estiver fora. Quem é que vai
lembrá-la para não se atrasar ou configurar o alarme?"
"Esperamos que seja o seu chefe" ela brincou.

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"Só não se esqueça da papelada" ela a lembrou nova-
mente.
"Eu não vou. Tenha cuidado, Sutton."
"Sempre" Sutton saiu de sua grande casa indo para o
carro que tinha alugado. Seu próprio carro estava na gara-
gem, ele seria como uma ferida no polegar em Treepoint, e
não queria chamar a atenção, enquanto estivesse em sua ci-
dade natal. A única pessoa que pretendia ver não tinha ideia
que ela estava vindo, e certamente não iria recebê-la de volta.
Ela estava determinada a ver Rachel Porter e acertar as coi-
sas. Só então ela poderia finalmente deixar o peso do passa-
do para trás para seguir em frente com sua vida.
Sutton colocou a chave na ignição, o estômago já aper-
tando por causa dos seus nervos. Deslizando seus óculos de
sol, ela colocou o carro em movimento.
Sua cidade natal estava chamando ela mais e mais a
cada dia. A constante sensação incômoda cada vez mais forte,
usando toda sua determinação para ficar longe. Era hora de
atender ao chamado.

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Capítulo 2

"Quem é essa?" Tate se virou para o assobio baixo de


Greer.
Ele olhou na direção que Greer assentiu com a cabeça,
vendo uma mulher puxar uma mala de viagem vermelha do
porta malas de seu carro antes de fechar o porta malas. Os
dois homens observavam enquanto a morena magra rolava a
mala para a porta do hotel, deslizando o cartão no leitor de
cartão.
"Eu não sei" Tate respondeu ao irmão. Havia algo va-
gamente familiar sobre a forma como a mulher se movia,
mas Tate não conseguia identificar, e era incapaz de conse-
guir uma visão clara de seu rosto.
"Você acha que ela vai ficar por muito tempo?"
"Como que eu posso saber? Vamos carregar essas com-
pras. Precisamos chegar em casa. Eu não gosto de deixar
Dustin em casa sozinho por muito tempo."
Os irmãos terminaram de carregar as compras no fun-
do da sua caminhonete antes de subir para a cabine. Seus
olhos foram para a porta fechada do hotel que a mulher ti-
nha entrado. Ele não tinha ideia de quem ela era, mas Tate
podia entender o interesse de seu irmão. A mulher estava em
shorts e uma camiseta que mostrava a sua pele bronzeada e
bunda atrevida. Se seu rosto fosse metade tão boa, Greer es-
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taria no céu. O homem tinha tesão por morenas, enquanto
Tate preferia mulheres de cabelos louros. Ele só tinha saído
com uma morena, e ela era uma memória que ele desejava
poder esquecer.
Tate levou a velha caminhonete para as montanhas,
onde sua casa era localizada.
"Você vai sair hoje à noite?"
"Não por que?"
"Pensei em me encontrar com Diane no Rosie" Greer
explicou.
"Por que você quer pisar naquela merda de cão? Nós
temos inimigos suficientes sem você adicioná-la a mistura."
"Ela jura que não está saindo com ninguém, exceto eu"
Greer argumentou.
"O que não quer dizer merda nenhuma e você sabe dis-
so. Aquela vadia mentirosa poderia jurar sobre uma pilha de
bíblias que era virgem, se ela tivesse uma razão. Você quer
irritar os Hayeses? Eu ouvi que ela está fodendo com Asher."
"Não vai ter luta. Ele não iniciou uma briga quando ela
estava em torno dos Last Riders, então por que ele iria me
dar problemas?"
"Talvez porque você não tem um clube de motoqueiros
em sua retaguarda." Tate respondeu.
"Eu não preciso daquelas bocetas para me apoiar. Eu
tenho o meu rifle, você, e Dustin." Greer olhou para ele do

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canto do olho. "Além disso, ela me disse que não o vê por al-
guns meses."
A boca de Tate apertou uma linha sombria, sabendo
que Greer faria o que ele quisesse, independentemente das
consequências. Greer nunca recuaria de um problema e, às
vezes, ele procurava deliberadamente por aí. E este era um
desses momentos.
Ele suspirou. "Tente não jogá-la em seus rostos."
"Por que eu faria isso?" Greer lhe deu um sorriso de
comedor de merda.
"Porque é o que você faz. Desta vez, eu estou falando
para você ter calma. Assim você vai conseguir que todos nós
sejamos mortos, você quer que Holly crie Logan sozinho?"
Greer perdeu o sorriso. "Isso nunca vai acontecer. Eu
verei isso."
"Não, se a sua bunda estiver a sete palmos abaixo da
terra" Tate disse enquanto cuidadosamente manobrou a ca-
minhonete até a calçada esburacada que levava à sua casa.
"Não isso não vai acontecer. Eu não sei por que nós
ainda precisamos dela em volta da gente, de qualquer manei-
ra."
"Porque Logan é ligado a ela. Para ele, ela é a sua mãe."
Tate não guardava nenhum ressentimento em relação a
Holly. Ele tinha guardado todo o seu ódio para Samantha
Langley, a mãe biológica de Logan que não tinha contado a

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Dustin que ele tinha engravidado ela na escola. Seu pai a le-
vou para Jamestown, onde ela teve a criança em segredo. Em
seguida, ele havia contratado Holly para cuidar da criança,
deixando-a sozinha para criar Logan, enquanto Samantha
voltava a Treepoint sem que ninguém na cidade percebesse
que ela teve um filho. Quando Samantha morreu, Holly não
tinha contado a ninguém sobre a existência de Logan com
medo de perder a criança que ela considerava como dela
mesma. Se não fosse por Diamond, a advogada da cidade,
defendendo seu agora marido Knox, Tate duvidava que ja-
mais teriam encontrado ele. Holly planejava deixar a cidade
quando ela descobriu sobre a doença que ele tinha herdado e
estava deixando Logan tão doente. Greer não a perdoou por
sua mentira em manter Logan escondido.
"Ele está velho o suficiente para nós não precisarmos
mais dela."
"Você vai arrastar sua bunda da cama para levá-lo para
a escola pela manhã? Lavar a roupa suja? Fazer o seu jantar?
Eu não percebi você reclamando quando Holly lava sua rou-
pa suja, e certo como a porra você não tem nenhum proble-
ma devorando as refeições que ela cozinha."
Greer deu de ombros. "Ela está ganhando seu susten-
to."
Tate bufou. "Que sustento? Esse pequeno quarto que
ela dorme, ou a casa onde você se recusa a remodelar a cozi-

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nha? As tábuas são tão finas que um de nós vai passar por
elas um dia desses."
"Está bem." Greer cruzou os braços contra o peito tei-
mosamente.
"É uma merda, e você sabe disso, mas você está espe-
rando para se livrar de Holly. Achei que você fosse mais es-
perto do que isso. Holly não vai deixar Logan. Ela morreria
por aquele rapaz, que é mais do que eu posso dizer sobre vo-
cê"
"O que diabos isso significa?"
"Isso significa que, depois de vender a safra, nós esta-
mos dando início a uma nova cozinha" Tate disse com firme-
za.
"Você vai usar a sua parte, então. Tenho uso melhor
para o meu dinheiro."
"O que? Bebida ou prostitutas?"
"Ambos."
As mãos de Tate apertaram o volante, controlando o
impulso de socar seu irmão na cara. Fazendo a caminhonete
parar em frente a sua casa, ele se virou para olhar friamente
para Greer.
"Nós iremos reformar a porra da cozinha."
Greer abriu a boca, em seguida, a fechou, percebendo
inteligentemente que a mente de Tate estava feita.

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"Tudo bem, mas é melhor não haver qualquer merda
extravagante." Confuso, Tate olhou para o irmão. "Como o
quê?"
"Sem máquina de lavar louça ou qualquer um desses
vidros fosco. Se eu quiser que alguém veja o que está em
meus armários, eu vou deixar as portas abertas. "
Tate colocou a cabeça no volante, em vez de discutir
contra o jeito que ele queria.
"Você tem que ser tão caipira?" Greer saiu da caminho-
nete sem responder o óbvio.
Tate saiu depois de respirar profundamente. Greer tes-
taria a paciência de um santo, e ele certo como a porra não
era um desses. Ele abaixou a tampa da mala, puxando a cai-
xa que continha as compras entregando para ele, e então ca-
da irmão carregou várias sacolas em seus braços.
"Você acha que ela vai ficar aqui por um tempo?"
"Holly?"
"Não! A mulher que vimos no hotel." Seu irmão tinha a
capacidade de concentração de um mosquito.
"Não. Ela provavelmente passará a noite antes de ir pa-
ra outro lugar."
"Espero que não. Eu gostaria de conhecer a mulher
com aqueles seios e bunda"

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"Eu não, e o sentimento é mútuo" Tate disse, olhando
para seu irmão, que estava vestido com o jeans desbotado e
suas botas de trabalho preferidas.
Todos na cidade pensavam que eles eram lixo caipira e
não queriam nada com eles a menos que estivessem com-
prando seu pacote semanal de maconha, e a mulher que ele
tinha dado um breve olhar gritava que tinha classe e dinhei-
ro.
"Você não sabe, eu posso ser o tipo dela."
"Não se ela tiver um cérebro em sua cabeça" Tate res-
pondeu com bom humor e riu quando Greer o empurrou
longe dos degraus que levavam até a varanda da frente. Tate
recuou, deixando Greer entrar primeiro em casa.
Dentro, Dustin se levantou da mesa da cozinha, onde
ele estava trabalhando em seu computador para ajudar a
guardar as compras.
"Por que você comprou tantos mantimentos?" Dustin
perguntou, abrindo um saco de batatas fritas.
"Eu não quero ir na cidade por um tempo, até que a
gente descubra quem está se escondendo à noite. Se eles
souberem que vamos para a cidade uma vez por semana pa-
ra alimentos, se não formos por um tempo vai fazê-lo sair."
"Você ainda acha que alguém está vigiando a casa?"
Dustin perguntou, pegando uma das cervejas antes que Gre-
er pudesse deslizar o pacote no freezer.

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"Eu sei que sim. Eu simplesmente não consigo desco-
brir quem é." Tate respondeu, pegando uma das cervejas pa-
ra ele mesmo.
"Deixe essas merdas gelarem antes de beber todas
elas." Greer reclamou.
"Temos que apreciá-las enquanto podemos. Holly e Lo-
gan estará de volta em breve."
"Eu não sei por que não podemos beber uma cerveja,
contanto que não bebemos na frente de Logan."
"Todos nós concordamos que Holly estava certa, nós
não queremos dar a Logan um mau exemplo." Dustin afir-
mou quando abriu sua cerveja.
"Se você não tiver cuidado, ela vai criá-lo para ser um
maricas" Greer reclamou.
"Cale-se. Ela está certa. Ma nunca deixou para beber
na nossa frente, também. "
"E como isso resultou? Lembra-se que no fim de sema-
na eles vieram pra casa da igreja e pegou todos nós comple-
tamente bêbados?" Tate e Dustin ambos estremeceram com
a memória de seu pai chutando suas bundas. Ele disse aos
três que não estavam tendo a bunda chutada por ficarem
bêbados, mas porque eles foram capturados por sua mãe, e
ele teve que ouvir suas queixas sobre a cerveja na geladeira.

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"Da próxima vez, compre a sua própria maldita cerveja"
seu pai rosnou antes de deixar os três lamentando quando
ele voltou para enfrentar uma esposa furiosa.
"Foi pior do que o chute na bunda que ele nos deu
quando nos pegou fumando maconha." Dustin lembrou.
"Porque nós estávamos fumando lucro. Nós nunca fi-
zemos isso depois disso, porque ele não nos deu dinheiro por
um mês." Tate riu. "Nem mesmo o dinheiro do almoço."
"Ele era um osso duro de roer" Greer concordou.
"Ele nunca teve que nos ensinar a mesma lição duas
vezes" Tate disse, levando a cerveja para seus lábios quando
ele olhou pela janela e viu que estava ficando escuro.
Colocando a cerveja no balcão, ele pegou sua espingar-
da descansando perto da porta. Quando Logan estava em ca-
sa, todas as armas eram mantidas em lugar seguro, exceto o
coldre de Tate,
"Eu vou verificar o campo antes que escureça. Estarei
de volta em uma hora. Frite alguns hambúrgueres, Greer."
"Por que não Dustin?"
"Porque eu não quero que ele queime" Tate respondeu,
passando pela porta.
Ele cuidadosamente caminhou em direção ao local onde
a maconha foi plantada, procurando por qualquer sinal de
invasores. Não encontrando caçadores ou problemas no
campo, ele estava em seu caminho de volta para casa, quan-

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do ouviu o som de um motor distante. Franzindo a testa, ele
tentou identificar a direção do som. Rapidamente, ele girou
nos calcanhares para caminhar em direção oposta, mano-
brando sorrateiramente entre as árvores por dois quilômetros
até que ele parou atrás de uma grande árvore.
Já era quase noite quando o carro parou na frente da
pequena casa que esteve vazia durante os últimos cinco anos.
Pap Creech tinha morrido, e tudo tinha permanecido intacto
desde o dia em que a ambulância o levou para longe, após o
ataque cardíaco.
A mulher que estava na cidade estava na varanda com
uma lanterna na mão. Ela tinha trocado para jeans e uma
camiseta e tinha puxado o cabelo para trás em um rabo de
cavalo apertado.
Tate estava prestes a gritar e dizer que ela estava inva-
dindo quando ela enfiou a mão no bolso de sua calça jeans,
puxando uma chave e inseriu na fechadura. Tate respirou
fundo, surpreso quando ela levantou a lanterna maior para
que ela pudesse ver a fechadura, a luz iluminou o perfil dela.
Sutton Creech tinha voltado para casa.

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Capítulo 3

Sutton virou a maçaneta. A porta não queria abrir, en-


tão ela se preparou para jogar o ombro contra a porta e lhe
dar um forte empurrão. A porta ainda não se moveu.
"Precisa de alguma ajuda?"
Sutton ficou rígida ante a pergunta que vinha da flores-
ta arborizada. Mesmo depois de todos esses anos, ela reco-
nheceu a voz tranquila, sem ter que virar para ver seu rosto.
"Eu posso usar a ajuda." Sutton deu um passo para
trás, se virando para a floresta para ver Tate saindo de trás
de uma grande árvore.
Seu rosto estava envolto em trevas quando Sutton o
observou se aproximar do alpendre com indiferença. Ela ti-
nha ficado preocupada sobre como reagiria ao vê-lo, mas ela
não precisava. O coração que um dia ele tinha feito bater em
seu peito, não saltou uma batida quando ele passou por ela
em direção à porta.
Ela sentiu o cheiro dos pinheiros sobre ele, o que era
diferente do cheiro enjoativo de perfumes caros que ela se
acostumou.
Sutton observou quando Tate empurrou a porta, em
seguida, saiu da porta para que ela pudesse entrar sem se
encostar contra ele. Sua boca se curvou por causa do movi-
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mento desnecessário. Ela não estava ansiosa para tocá-lo
mais do que ele estava para tocá-la.
"Obrigada" disse ela.
"Sem problema." Ele encolheu os ombros com indife-
rença. "A eletricidade está ligada?"
"Sim. Eu liguei e fiz a companhia elétrica ligá-la nova-
mente na semana passada." Sutton passou pela porta, sua
mão estava familiarmente no interruptor de parede ao lado
da porta. Apertando o interruptor para liga-lo, ela olhou ao
redor da casa que era a mesma de quando tinha vivido anos
antes. Tudo estava coberto de poeira, e o cheiro de mofo era
por falta de ar fresco, mas ela não percebeu perdida em pen-
samentos.
Tate se aproximou para ficar ao lado dela, quebrando
sua linha de pensamento.
"Quanto tempo você vai ficar?"
"Eu não me decidi ainda" Sutton respondeu.
"Seus pais devem estar felizes que você voltou para ca-
sa para uma visita."
Sutton permaneceu em silêncio enquanto ela se virava
para a porta, colocando a mão na maçaneta da porta. "Mais
uma vez obrigada por me ajudar a entrar."
A testa de Tate subiu com a sua admissão abrupta.
Voltando para a porta, ele colocou a mão sobre a dela antes
que ela pudesse fechá-la atrás dele.

27
"Eu não ficaria aqui até muito tarde. Não é seguro."
Alertou.
Desta vez, foi a sua vez de levantar uma sobrancelha
em sua direção. "Não me diga que você ainda está cultivando
maconha e mantendo caçadores longe." O rosto de Tate ficou
vermelho de raiva. "Quando você se tornou uma cadela?"
Sutton lhe deu um sorriso zombeteiro. "Eu não tenho
dezoito anos mais."
Seus olhos percorreram o corpo dela ofensivamente.
"Não, você não tem. Eu espero que você não esteja pensando
em ver Cash enquanto estiver na cidade. Ele está casado
com Rachel agora, e eu não quero você causando problemas
para a minha irmã."
"Eu sei, e eu não tenho nenhuma intenção de procurar
Cash." Sutton perdeu o sorriso. Não era por causa de Cash
que ela estava aqui.
"Bom. Eles estão felizes, e eles não precisam de você
tentando criar problemas."
"Desde que você está falando sem rodeios, eu vou retri-
buir. Vou repetir o que eu disse: Não tenho nenhuma inten-
ção de ver Cash. Não vou dizer que foi bom vê-lo novamente,
Tate, porque não foi." Sutton bateu a porta e a trancou. Ela
prendeu a respiração, para ouvir sons do outro lado da porta.
Se passaram vários minutos antes dela ouvir ele ir embora.

28
Soltando o ar, ela se afastou da porta e entrou mais pa-
ra dentro da casa. Parecia que seu avô estava lá, esperando
por ela; mas ouviu apenas o silêncio.
Ela foi para a sua cadeira favorita, se sentando e igno-
rando a poeira enquanto ela se inclinava contra o couro ma-
cio.
"Pap..." A voz dela sumiu, incapaz de continuar com as
lágrimas entupindo sua garganta. Suas mãos firmemente
agarraram os braços da cadeira enquanto recolhia seu con-
trole, puxando o vazio sem emoção ao redor dela. "Eu estava
esperando que eu não fosse vê-lo novamente" ela sussurrou
no silêncio reconfortante. "Eu acho que foi uma coisa boa,
porque eu temia vê-lo sem motivo. Eu não senti nada." Ela
quase podia imaginar o riso de Pap.
"Eu não sinto. Eu não sinto mais nada." Sutton olhou
para o anel de casamento no dedo, a mão fechando em um
punho.
Se levantando limpou a sujeira de seus jeans. Em se-
guida, ela foi de sala em sala, antes de voltar a ficar mais
uma vez na sala de estar, onde ela mentalmente fez uma lista
dos suprimentos que ela precisa levar quando voltasse ama-
nhã. Indo para a porta, ela fez uma pausa antes de abri-la.
"Noite, Pap. Volto amanhã se o sol brilhante e o riacho
não subirem." Era o mesmo adeus que tinham falado mil ve-

29
zes durante a sua infância, quando ela vinha para suas visi-
tas semanais.
Abrindo a porta, ela saiu depois fechou e trancou-a
atrás de si antes de ir para seu carro.
Ela não tinha dúvida que Tate estava em algum lugar,
vigiando. Estava tentada a se virar, mas não queria discutir
com ele. Os Porters eram maldosos quando ficavam irritados.
O temperamento de Tate não subia tão rápido quanto dos
seus dois irmãos mais novos, mas isso não o tornava menos
volátil.
Dirigindo de volta para o hotel, ela pensava sobre como
a cidade não tinha crescido nada nos dezoito anos que esteve
afastada. Tinha dois novos restaurantes, essa era a única
mudança que ela podia ver. Sutton estava tentada a ir para o
restaurante em busca de um hambúrguer para ver se eles
ainda eram tão bons como ela se lembrava, mas decidiu não
ir. Ela não estava pronta para ver qualquer uma das pessoas
que ela conhecia. Ela ainda queria tempo antes que seus
pais descobrissem que ela estava de volta na cidade.
Ela não pensou que Tate contaria a eles. Seus pais não
podiam suportar os Porters e o sentimento era mútuo. Ela
duvidava que se falassem a menos que eles estivessem de pé
na sala do tribunal e seu pai estando sentado atrás do banco,
julgando um Porter que por infelicidade tivesse sido preso.

30
Seu pai, apelidado de "o juiz" por todos na cidade, tinha
sido rigoroso quando ela estava crescendo. Ambos os seus
pais a adoravam, ela era a única filha. Ela teve uma infância
sendo o centro das atenções de sua família, e gostava disso,
até seu último ano.
Aquele ano mudou sua vida. Ela tinha sido ingênua e
mimada, acreditando que poderia ter qualquer coisa na vida
que ela queria. Ela estava errada, tão errada, porque ela não
podia ter a única coisa que ela mais queria - Tate Porter. Eles
flertaram a maior parte do seu primeiro ano. Tate tinha sido
um veterano, mas foi o verão que ela passou com Pap quan-
do eles se apaixonaram, ou assim ela tinha imaginado.
Cada dia daquele verão, ela saia escondida da casa de
Pap para se encontrar com Tate na floresta. Ele levaria um
cobertor, e deitava-o sobre a grama com as árvores em cima
deles e conversavam por horas. Pap sabia o que estava acon-
tecendo, mas ele não falava nada sobre isso. Embora, ele
desse seus olhares preocupados cada vez que ela passava pe-
la porta quando estava começando a ficar escuro.
"Você sabe o que está fazendo, menina?"
"Eu o amo, Pap."
Ele balançou a cabeça cinza para ela. "Nada de bom vai
sair se você ver aquele menino. Ele é lixo."
"Não diga isso!"

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"A maçã não cai longe da árvore. O pai vende maconha
para qualquer um que queira comprá-la. Ele já esteve na pri-
são. ”
"Isso não significa que Tate-"
"Sim, essa é a verdade, e você sabe disso. O menino é
exatamente como o pai."
"Não ele não é. Ele quer deixar Treepoint comigo. Nós
iremos a faculdade juntos."
Pap bufou em descrença. "Ele nunca vai deixar Tree-
point. Ele se formou este ano, ele fez planos para o futuro?
Marque minhas palavras, esse menino nasceu e cresceu nas
montanhas. Está em seu sangue."
"Ele está esperando que eu me forme, para que possa-
mos ir para a faculdade juntos."
Sutton sabia naquela época que seria inútil discutir
com Pap. Ela acreditava que o tempo iria provar que ele esta-
va errado.
Seu último ano começou a ficar rochoso quando seus
pais descobriram que ela estava vendo Tate. Ele colocou uma
pressão sobre seu relacionamento, mas Sutton pensavam
que ele aceitaria Tate. Eles nunca aceitaram.
Cada fim de semana que eles saíram, ela discutia com
eles antes e depois de cada encontro. Quando os pais de Tate
morreram, ela esteve ao lado dele em seu funeral, em
uma mão segurando a dele e na outra Rachel. Ela amava Ra-

32
chel, apesar de sua diferença de idade, como uma irmãzinha
que ela nunca teve. Tate se tornou afastado depois de suas
mortes, ele se tornou um pai em tempo integral para seus
irmãos mais novos. Ele tinha assumido um emprego em
tempo parcial embalando compras no supermercado. Eles
não eram capazes de gastar muito tempo juntos. Ela estava
tão apaixonada, grata pelo tempo que eles conseguiam ter.
Até o momento que o baile estava se aproximando, Sut-
ton levou Rachel com ela para comprar seu vestido de baile.
Ela queria que fosse perfeito. Ela e Tate não tinham feito
amor ainda, então eles tinham planejado a sua noite de baile.
Sua amiga falaria aos pais de Sutton que estava passando a
noite com ela, dando a ela e Tate a noite para eles. Eles havi-
am reservado um quarto no hotel em Jamestown para que
ninguém visse eles entrarem no hotel em Treepoint.
Sutton estava cheia de emoção quando voltava para ca-
sa com seu vestido, ansiosa para mostrar a sua mãe. Ela
soube, logo que passou pela porta da frente que algo estava
errado. Seus pais estavam esperando por ela com rostos
sombrios.
"Eu comprei meu vestido ... Você quer ver?"
"Sente-se, Sutton. Nós precisamos conversar." Seu pai
ordenou.
Sutton colocou o vestido atrás do sofá antes de se sen-
tar nervosamente. Ela tinha um pressentimento horrível que

33
ela deveria correr lá para cima e se trancar em seu quarto;
Em vez disso, ela esperou ansiosamente para ouvir o que
seus pais tinham a dizer.
"Algo está errado?"
Seu pai olhou para ela quando disse. "Tate foi preso es-
ta tarde por venda de drogas."
Sutton empalideceu, sabendo como seu pai se sentia
sobre as drogas e as pessoas que se sentavam em sua tribu-
na, que eram acusados de crime.
"Drogas?"
"Maconha" Seu pai respondeu brevemente.
Sutton deu um suspiro de alívio. "Se fosse qualquer ou-
tra droga, então isso não é tão ruim. Ele-"
As expressões de seus pais mostraram o choque com a
resposta dela. Sutton ficou vermelha, consciente da atitude
dos pais em relação a maconha.
"Eu sei que eu te criei para ter respeito com a lei."
"Papai, todos fumam isso-"
"Não todos não" seu pai a cortou com raiva. "Cale a bo-
ca, Sutton. Eu posso ver que cometemos um terrível erro
permitindo que você veja Tate. Seu pai esteve no meu tribu-
nal várias vezes, mas eu queria dar a Tate o benefício da dú-
vida. Eu estava errado. Ele vai seguir os passos do pai, e eu
não tenho nenhuma intenção de ver minha filha levando esse
tipo de vida. Como você acha que você pode se tornar uma

34
advogada se você já está olhando para o lado quando as leis
não são obedecidas?"
Sutton olhou em silêncio para seu pai. Ela tinha rece-
bido uma bolsa de estudos para a Universidade de Kentucky
onde ela tinha planejado estudar direito. Após a morte dos
pais da Tate, no entanto, tinha a intenção de ir para um co-
légio da comunidade nas proximidades até os irmãos de Tate
se formassem, e poderia assumir o cuidado de Rachel. Leva-
ria mais vários anos, mas ela estava apaixonada por ele, e ele
valia a pena esperar que esperasse para que pudessem dei-
xar Treepoint juntos.
"Você não vai mais vê-lo."
Sutton se levantou. "Eu não vou fazer isso. Eu o amo!
Nós vamos ficar juntos, não importa o que você diz!" Sutton
foi para o sofá, pegando seu vestido de baile coral pálido que
estava na sacola de roupa cara, então indo para escada.
"Fique longe dele, ou eu vou ter a certeza que ele per-
derá a custódia de seus irmãos e irmã." A ordem dura de seu
pai a fez parar com o pé no primeiro degrau.
"Você não faria isso!" Sutton gritou.
"Observe-me! Quem você acha que vai ouvir seu caso
quando ele for levado a julgamento? Eu. Eu posso mandá-lo
embora, Sutton. Eu tenho o poder de fazer isso. Se ele for
mandado para longe, seus irmãos e irmã vão ser colocado em
um lar adotivo. Você quer que isso aconteça?"

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"Você não faria isso" Sutton sussurrou, estava chocada
com a veemência na voz de seu pai.
"Eu não quero, mas vou se você não terminar com ele."
Sutton olhou para sua mãe suplicante. "Mãe, eu o amo.
Por favor..." As lágrimas corriam pelo seu rosto enquanto seu
coração quebrava em pedaços minúsculos.
"É o melhor, Sutton. Tate vai impedi-la de ter o futuro
que merece."
"Tate vai querer saber por que eu estou terminando
com ele" Sutton argumentou. "Eu vou esperar até que eu te-
nha dezoito anos. Eu posso fazer o que quero, então."
Seu pai sacudiu a cabeça. "Você realmente acha que
esta será a última vez que Tate será pego? Da próxima vez,
eu não vou oferecer para salvá-lo. Eu só vou mandar sua
bunda embora. Eu sugiro que você faça algo que lhe garanta
que ele não procure você. Eu sei que isso dói agora, mas você
vai superar ele depois de alguns meses."
"Por favor, Papai, não me faça fazer isso" Sutton implo-
rou, tentando argumentar com o pai, logo vendo que era inú-
til.
"Você está errado. Eu nunca vou deixar de amar Tate.
Eu nunca vou te perdoar por isso. Eu vou fazer o que quer,
mas assim que eu me formar, eu vou embora, e eu não vou
voltar." Com isso, Sutton correu para cima, batendo a porta
do quarto e trancando-a quando entrou, ignorando o grito de

36
seu pai quando ela se jogou em sua cama, chorando, impo-
tente.
Enterrando o rosto no travesseiro, ela chorou até que
ela não tinha lágrimas. Então ela se virou e olhou sem ver
para o teto, sabendo que ela teria que fazer. Tate a amava,
então ela teria que fazê-lo acreditar que seus sentimentos
mudaram. Ele iria odiá-la por isso, mas ele ficaria fora da
cadeia e manteria a sua família intacta.
Se sentando ao lado da sua cama, ela pegou o telefone
em sua mesa de cabeceira. Levou alguns telefonemas para
conseguir as informações que ela precisava. Enxugando as
lágrimas que ainda se acumulava em suas bochechas, ela
digitou os números.
"Oi, Cash." Sutton de propósito transformou a sua voz
para paquera. "Aqui é Sutton. Você está ocupado?" Ela ouviu
a surpresa em sua voz enquanto eles conversavam. Ela ten-
tou fingir interesse, dizendo a si mesma que isso acabaria as
coisas com Tate.
Depois que ele terminou de falar sobre o seu último jo-
go de futebol, Sutton falou sobre o motivo da sua chamada.
"Você já pediu a alguém para ir ao baile?"
"Não."
"Quer ir comigo?" Ela perguntou rapidamente antes que
ela pudesse mudar de ideia. Um breve silêncio recebeu a sua
pergunta.

37
"Eu pensei que você estava indo com Tate."
"Nós terminamos. Eu realmente quero ir, e já que você
me pediu para sair algumas vezes desde que a escola come-
çou, eu estava pensando se você poderia me levar."
"OK. Acho que vamos nos divertir. "Sutton ouviu a insi-
nuação em sua voz.
"Eu também."
"Você está bem? Você soa engraçada."
Sutton limpou a garganta. "Estou bem. Apenas um res-
friado. Vejo você na escola amanhã. "
"Vejo você então."
"Boa noite, Cash." Sutton desligou o telefone, qualquer
chance que tinha de um futuro com Tate agora estava elimi-
nada.

38
Capítulo 4

"Você viu alguma coisa enquanto você esteve fora?"


"Não. Por quê?" Tate perguntou, olhando para cima de
seu prato para Greer.
"Você não está comendo o seu jantar." Greer sinalizou
para seu prato ainda cheio, e Dustin estava observando-o
com curiosidade.
"Acho que não estou com fome." Tate empurrou sua
cadeira para trás da mesa e se levantou.
Ele saiu, olhando para as montanhas que cercavam
sua casa. Se inclinando sobre o parapeito, ele pegou um ma-
ço de cigarros e puxou um. Pegando o isqueiro do bolso,
acendeu e respirou fundo.
"O que está acontecendo, Tate?" Dustin se aproximou
do seu lado, se apoiando no corrimão.
Tate olhou para a expressão preocupada no rosto de
seu irmão mais novo. Dustin tinha amadurecido rápido ao
longo dos últimos anos, com a responsabilidade de uma cri-
ança. Tate estava orgulhoso da maneira como ele tinha se es-
forçado para fazer uma vida para o seu filho. Dustin tinha
trabalhado duro para se tornar um contador, apesar de to-
dos não levarem ele a sério. Ele ainda luta uma batalha difí-
cil; Ele tinha apenas cinco clientes. As pessoas da cidade es-
tavam mais preocupadas que ele fosse roubar seu dinheiro
39
do que manter uma conta precisa. Para as pessoas em Tree-
point, Os Porters seriam sempre lixo.
"Quando eu fui para o campo, ouvi um carro na casa de
Pap." Tate manteve a voz baixa. Ele não queria que Dustin
estivesse preocupado desnecessariamente com a segurança
do Logan.
"Sério? Merda. Essa é a primeira vez em anos que al-
guém esteve naquele amontoado de lixo. Você viu quem era?"
"Sutton Creech."
Dustin lhe deu um olhar penetrante. "O que ela está fa-
zendo de volta na cidade?"
"Não pergunte. Eu não imagino que ela vai ficar muito
tempo. Provavelmente aqui para ver essa propriedade."
"Merda. Os Hayeses não ficarão feliz com isso."
"Não, eles não vão. Eles têm usado essa propriedade
nos últimos três anos para plantar a erva. Eles acham que é
engraçado como a merda que a terra do pai do juiz está sen-
do usada para cultivar maconha em seu nariz."
"Porra, você acha que eles vão mexer com ela?"
"Eu não sei. Depende de quanto tempo ela permanecer
e se ela ficar longe dos fundos da propriedade. O Hayeses
provavelmente já colheu o fornecimento deste ano, então ela
deve ficar bem até a primavera. Ela não vai ficar por aqui
tanto tempo, de qualquer maneira."
"E se ela decide vender?"

40
"Quem é que vai ser estúpido o suficiente para comprá-
la, sabendo que vai ter que lidar com as Hayeses?"
"Você vai dizer a ela?" Dustin levantou uma sobrance-
lha.
"Não porra. Eu não estou colocando o meu nariz onde
não é a porra do meu negócio. Asher e Holt são filhos da pu-
ta ruins, mas se Sutton não for bisbilhotar, eles vão deixá-la
sozinha."
"E se eles não deixarem? Você vai fazer algo? "
Tate bufou. "Sutton não precisa de mim para lutar suas
batalhas. Ela pode cuidar de si mesma."
Ele nunca esqueceria o dia em que Sutton lhe mostrou
exatamente o que ele significava para ela. Depois de perse-
gui-la durante todo o ano, ele viu que ela estava passando o
verão com seu pap, e aproveitou a oportunidade a seu favor.
Eles se encontraram por todo o verão, começando a se co-
nhecerem melhor.
A maioria dos meninos na escola tinham perseguido a
menina bonita. Ela sorria para alguns e namorava uns pou-
cos, ignorando o resto. Ele e Cash Adams eram dois que ela
tinha ignorado. A rivalidade entre eles em relação as meninas
da cidade estava ficando aquecida até esse ponto, não se
preocupando em um pisar no pé do outro. Olhando para trás
agora, Tate percebeu que tinha sido estúpido e infantil.

41
Quando Cash saía com uma garota Tate gostava, ele
provocava saindo com uma que Cash gostava. As garotas se
tornaram um jogo para eles, nenhum deles se preocupavam
com os corações partidos que deixavam para trás... até Sut-
ton.
Ele se apegou a ela durante esse verão. Quando ela
começou a fazer planos para irem para a faculdade juntos,
ele não lhe disse que não, embora muitas vezes ele trocasse
de assunto quando podia. Ela ficou ao lado dele durante o
pior momento de sua vida quando seus pais morreram. Ele
se apoiou sobre ela para conseguir ajuda com Rachel, e ela o
apoiou, ajudando-a com a lição de casa e dando força quan-
do Rachel caia em lágrimas que ele não sabia como lidar.
Quando sua formatura se aproximou, ele queria fazer as pa-
zes com ela por toda a ajuda que ela lhe dera, então ele deci-
diu fazer uma noite especial para ela. Eles não tinham feito
amor, no entanto, já que Sutton era tímida demais para dei-
xá-lo ir mais longe do que apenas beijá-la foram poucas as
vezes que ela deixaria ele passar em seu seio. Essa tinha sido
uma época frustrante em sua vida porque ele já usava as
meninas quando ele queria. Sutton foi refrescante e doce,
deixando-o louco. Ele tinha alugado um quarto em James-
town, uma vez que ambos sabiam que seu relacionamento
estava indo para mudar naquela noite. Sutton não sairia da-
quele hotel virgem que era como ela estava entrando. Ele

42
queria dar-lhe um gosto do que as outras meninas na escola
teriam em seus respectivos encontros ao alugar as limusines.
No entanto, mesmo com o trabalho de meio período no
supermercado, ele não tinha o dinheiro extra para pagar por
uma, então ele vacilou ao vender alguns sacos de maconha
para vários meninos da escola que queriam para a noite do
baile. Ele estava dirigindo para casa do trabalho quando o
xerife a parou. Tate odiava o velho bastardo, mas ele tinha
sido inteligente o suficiente para sair de seu carro quando ele
mandou. O brilho maligno nos olhos do xerife mostrou que
ele estava esperando que Tate discutisse. Não demorou cinco
minutos para encontrar a maconha escondida em seu carro;
Como resultado, Tate sabia que alguém tinha dado informa-
ções sobre ele. Ele foi algemado e levado para o escritório do
xerife cinco minutos depois. Ele não sabia para quem ligar
para tirá-lo da cadeia. Com seus pais mortos, ele não tinha
parentes a quem recorrer para obter ajuda. Ele tinha ligado
para Sutton, só para ter o pai atendendo o telefone. Ele tinha
sido humilhado quando ele hesitante explicou que precisava
falar com Sutton. Seu pai nunca tinha sido excessivamente
amigável com ele, mas ele não tinha sido rude, tampouco.
Quando o juiz lhe disse que Sutton estava fazendo compras,
Tate tinha ficado desesperado, não querendo deixar seus
irmãos e irmã em casa sozinhos durante a noite, e tinha dito
ao juiz que ele estava na prisão, em seguida, pediu ajuda.

43
Surpreendentemente, o juiz apareceu na prisão e o li-
bertou. A boca de Tate torcia de amargura com a memória.
Ele estava doentemente grato enquanto caminhavam juntos
para a saída, o xerife olhava neutro depois de entregar a ele
as chaves do carro, quando passavam pela porta.
"Obrigado, senhor. Eu prometo que não vou fazer-"
"Não faça promessas que não vai manter. Você quer me
agradecer? Fique longe de Sutton." O juiz tinha ordenado.
Tate parou de andar para olhar para o juiz. "Eu não posso,
senhor. Eu me preocupo com ela."
"Um Porter nunca se importou com nada mais do que a
quantidade de maconha que vende e não ser pego. Você vai
arrastar Sutton para baixo como seu pai arrastou a sua mãe?
É isso que você quer?"
"Não senhor. Eu não vou mais vender isso. Eu só preci-
sava do dinheiro para- "
"Eu não me importo porque você precisava de dinheiro
neste momento. Toda vez que você precisar, você vai puxar
seu saco e vendê-lo novamente. É como você foi criado. Eu
nunca conheci um Porter para ganhar a vida legalmente. É
por causa disso que a maioria de seus parentes estão presos
ou morto. Você estará, também, e eu serei amaldiçoado se
ficar assistindo a minha filha sendo arrastada através da su-
jeira com você."

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As mãos de Tate apertaram seu corpo. "Senhor, eu
agradeço a sua ajuda, mas eu não vou parar de ver Sutton."
Os lábios do juiz apertaram. "Então eu acho que nós
não temos mais nada a dizer um ao outro, não é?"
"Não, nós não temos." O juiz deu-lhe um aceno de ca-
beça brusco, em seguida, entrou em seu carro caro e foi em-
bora, deixando Tate parado no estacionamento. Tate voltou
para casa, e não querendo causar problemas para Sutton
com seu pai, ele não ligou para ela naquela noite. Em vez
disso, ele procurou por ela no dia seguinte, na escola, quan-
do ele deixava Greer e Dustin. Normalmente, ela esperava
por ele na entrada da escola, e eles compartilhavam um beijo
rápido antes dela entrar. Tate esperou o máximo de tempo
quanto pôde antes de ir trabalhar sem estar atrasado. Aquele
dia foi de mal a pior. Quando ela não a encontrou depois da
escola, ele sabia que ela estava brava com ele. Pensando que
seu pai havia lhe dito para ficar longe dele, ele decidiu dirigir
até a sua casa depois de pegar Greer do treino de futebol. No
entanto, quando ele caminhava para o vestiário, ele ficou em
silêncio, seus amigos, evitando seus olhos. Greer, que estava
trocando seu uniforme, lhe deu um olhar curioso.
"Será que Sutton disse que ela estava almoçando com
Cash?"
"Não" Tate manteve sua voz baixa para que ninguém
pudesse ouvir sua reação.

45
Greer assentiu. "Isso me deixa fodidamente doente. Ela
não conseguia manter suas mãos longe dele. Me sentei atrás
dele em biologia, e ouvir ele dizer a Miller que Sutton pediu
para ele a levar ao baile. "
Tate bateu com o punho contra o armário de Gree,
imediatamente indo em direção a Cash que estava em pé
com seus amigos. Greer tentou detê-lo, mas ele empurrou-o
para longe.
"O que há com você e minha garota?" Tate rosnou para
Cash.
"Sutton não é sua garota. Ela me disse ontem à noite."
O intestino de Tate agitou com raiva. "Ela é minha, portanto,
fique caralho longe dela."
"Eu não posso fazer isso. Vou sair com ela hoje à noite,
e depois, para o baile no sábado. Se você tem um problema
com isso, então você não deveria ter terminado com ela."
"Eu não terminei com ela!"
"Isso é o que ela me disse. É bom saber que ela gosta de
esticar a verdade. Claro, isso não vai me impedir de sair com
ela, mas pelo menos eu vou saber que não devo confiar nela."
Tate se jogou em Cash; no entanto, os outros jogadores
o deteve. Não era por que não queriam ver a luta; Eles sim-
plesmente não queriam que o treinador ficasse chateado e
fazê-los malhar suas bundas novamente. Tate com raiva saiu
para esperar por Greer do lado de fora. Ele levou Greer para

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casa, em vez de aceitar o conselho de Greer para procurar
por outra boceta, voltou para a cidade indo para a casa de
Sutton. A mãe dela abriu a porta, dizendo que Sutton não ti-
nha chegado da escola ainda. Tate sabia que a mulher estava
mentindo, mas ele recuou, incapaz de fazer qualquer outra
coisa, exceto dirigir para casa, onde ele ligou para Sutton vá-
rias vezes, tentando alcançá-la. Sua mãe atendeu todas as
vezes, dizendo que ela não estava lá. Então Tate lembrou de
Cash dizendo que ele e Sutton estavam saindo naquela noite.
Ele acabou andando por sua casa até que, finalmente, foi pa-
ra a cama. No dia seguinte, ele tirou seus irmãos e Rachel da
cama, determinado a chegar na escola muito cedo antes que
Sutton pudesse passar por ele sem falar com ele. Ele es-
tava esperando na frente da escola quando Cash dirigia sua
caminhonete, abrindo a porta do passageiro para Sutton.
Depois de colocar o braço em torno dela, ela e Cash se apro-
ximara dele.
Tate engoliu a seco. Ele não precisava que falassem pa-
ra ele; Ele sabia. Sutton estava diferente. O olhar inocente,
tímido em seus olhos se foi, e ela se virou rigidamente. Cash
tinha fodido ela, e o mundo de Tate se desintegrou em torno
dele. Ele tinha acreditado que o pai de Sutton havia pressio-
nado ela para não vê-lo novamente. Ele estava errado. Ela o
tinha despejado por uma única razão, ela queria Cash. Cash
levou Sutton parando a alguns centímetros dele. "Nós

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vamos ter um problema?" Tate olhou para Sutton friamente,
lembrando de quantas vezes ela se recusou a deixá-lo tocá-la
ao longo dos últimos meses, enquanto Cash tinha consegui-
do tirar a sua virgindade depois de ficar sozinha com ele por
algumas horas.
"Não. Você não tem porra nenhuma que eu quero
mais." Sutton manteve seu olhar longe do dele, mas ela em-
palideceu com as suas palavras iradas.
"Tate, eu sinto muito..." Ela parou de falar, rapidamen-
te olhando para ele, então se afastou novamente.
"Não sinta. Você não era nada além de um desempate,
de qualquer maneira." Seus olhos empurraram de volta ao
seu. "Um desempate?"
Tate olhou para ela ironicamente. "Cash e eu fodemos
oito meninas que o outro queria. Se eu tivesse te fodido, você
seria o número nove. Você quebrou o empate a meu favor.
Parabéns, Cash, você ganhou por agora. Eu ouvir que Lisa
não tem um par para o baile." Greer tinha lhe dito que Cash
estava perseguindo a veterana de cabelos escuros nos últi-
mos dois meses.
"Você é um fodido idiota, Tate." O braço de Cash endu-
receu em torno de Sutton.
Tate deu de ombros. "Eu já paguei pelo quarto do hotel
neste sábado, então eu não vou deixá-lo vazio."

48
O rosto de Sutton empalideceu ainda mais. "Vamos,
Cash. Eu não quero chegar atrasada na aula."
Tate segurou a porta aberta para eles, querendo sepa-
rá-los, mas muito orgulhoso para deixar Sutton ver o quanto
ela o havia ferido. Ele ainda estava de pé na porta quando
viu Lisa sair do carro de sua mãe.
"Ei, Lisa."
"Tate."
Ele segurou a porta aberta para ela, em seguida, cami-
nhou com ela no corredor. Ele acenou despreocupadamente
pelo diretor, um cliente com um hábito secreto. Sutton e
Cash estavam ambos de pé no armário de Sutton. Ele falou
casualmente para Lisa como eles chegaram a uma paragem
de seu armário.
Sentindo os olhos de Sutton sobre eles, ele tirou o cabe-
lo de Lisa de seu rosto. "Você está bonita hoje."
"Obrigado, Tate."
Eles ficaram em seu armário, falando por vários minu-
tos, quando ele conseguiu convencê-la a deixá-lo ir ao baile
com ela. Quando o sino tocou dando inicio a aula, ele se en-
direitou do seu armário, lhe dizendo que a encontraria de-
pois da escola.
"Você está com dezoito não é?" Ele brincou sedutora-
mente passando o polegar sobre o seu lábio inferior.

49
"Sim." Ela lhe enviou um sorriso de flerte antes dela
correr para sua classe.
Ele, então, enviou um olhar triunfante em direção a
Sutton ao passar por ele indo para a sala de aula, endure-
cendo contra as lágrimas que ele viu em seus olhos e dizendo
a si mesmo mais e mais o que seu pai sempre disse a ele.
"Ninguém fere um Porter e fica impune. Ninguém."

50
Capítulo 5

Sutton pegou um pacote de panos, andando pelo corre-


dor de limpeza na loja de ferramentas local, esperando ver
menos pessoas nesta loja do que na mercearia local. Ela es-
perou até a noite, quando tinha certeza que muitos clientes
não estariam na loja. Ela sabia que era inútil evitar os locais
que a conheciam, mas ela queria se esquivar o máximo pos-
sível. Ela não estava ansiosa para responder a quaisquer
perguntas intrometidas que tinha certeza de que seriam fei-
tas a ela.
Colocando um galão de água sanitária e um esfregão
em seu carrinho, ela foi para a caixa registadora onde ela re-
conheceu a mulher pegando as compras. Sutton ignorou o
olhar curioso, entregando a ela o dinheiro das suas compras.
"Sutton Creech?" Cheryl perguntou, desanimada.
"Oi, Cheryl."
"Droga, eu não posso acreditar em meus olhos. Eu
quase não a reconheci"
Sutton estava ciente da diferença em sua aparência.
Ela não tinha mais dezessete. No geral, os anos foram gentis
com ela, embora tivesse sido melhor para Cheryl, que ainda
estava tão atraente quanto tinha sido na escola.
"Quanto tempo você vai estar de visita?"
51
"Eu não sei ainda. Eu não me decidi." Sutton pegou sua
bolsa, querendo sair da porta o mais rápido possível.
"Espere, você não pode simplesmente fugir! Nós éramos
melhores amigas. Olha, me dê um minuto, e nós podemos
beber uma xícara de café. "
"Eu estou com pressa. Talvez da próxima vez..." Sutton
se sentiu culpada depois de ver a decepção no rosto de
Cheryl. Lembrando das muitas festas de pijamas que elas ti-
veram na escola.
Sutton cedeu. Tentar evitar a todos seria um desperdí-
cio de tempo. Treepoint era muito pequena. Seria melhor
começar logo com isso e satisfazer a sua curiosidade. Em se-
guida, as fofoqueiras da cidade poderiam passar para outra
pessoa.
"Esquece. Vou colocar a minha sacola no meu carro e
me encontro com você lá fora."
O rosto de Cheryl abriu um sorriso quando ela fez um
gesto para alguém assumir o caixa. Jared não parecia feliz
quando Cheryl explicou que elas estavam dando uma pausa.
Sutton não tinha gostado de Jared na escola, e ela podia ver
que ele não tinha mudado nada desde que ele e Cheryl esta-
vam juntos.
Sutton saiu, colocando a sacola no porta-malas de seu
carro. Ela estava fechando quando viu Cheryl vir para fora.

52
"Tem certeza que você tem tempo para um café? Jared
não parecia muito feliz."
Cheryl fez uma cara cômica. "Eu parei de me preocupar
com o que Jared pensa quando eu descobri que ele estava
me traindo." Cheryl colocou seu braço no dela enquanto ca-
minhavam pela calçada em direção à lanchonete. Sutton se
sentiu desconfortável com o gesto amigável, então ela acele-
rou, forçando Cheryl a soltá-la.
O restaurante estava cheio com pessoas para o café da
manhã quando elas entraram. Mas poucos clientes lhe de-
ram atenção.
Ela e Cheryl conseguiram agarrar uma pequena mesa
para dois no canto e pediu café antes que a garçonete pudes-
se escapar.
"Estou triste de ouvir sobre Jared" Sutton imediata-
mente dirigiu a conversa para Cheryl. Se ela ainda fosse co-
mo era na escola, isso a manteria ocupadas até a hora de re-
tornar de sua pausa.
Cheryl deu de ombros. "Eu fiquei louca quando desco-
bri. Nosso divórcio foi definitivo, há algumas semanas. Ele
teve a coragem de lutar contra isso depois que eu descobri
que ele estava fodendo cinco mulheres diferentes na cidade.
Ele tinha até mesmo colocado uma em seu próprio aparta-
mento para que ele pudesse visitá-la sempre que ele queria."

53
Sutton se sentia terrível pela amiga. Ela sabia o quanto
Cheryl idolatrava seu namorado atleta na escola.
"Você me avisou que ele estava me traindo antes de sair
da cidade, e eu não ouvi. Eu deveria ter escutado."
Os lábios de Sutton vibraram num sorriso irônico. "Eu
não ouvi nenhum um dos seus conselhos, então estamos
quites."
"Qual foi a razão que você deixou a cidade? Tate ou
Cash?"
"Nenhum” Sutton se recostou na cadeira para que a
garçonete pudesse colocar seus cafés na mesa. "Eu fui para a
faculdade. Qualquer coisa que eu tive com Tate e Cash ter-
minou antes que eu terminasse de arrumar as minhas ma-
las."
Cheryl deu uma risada curta. "Eu não podia acreditar
nos meus olhos quando você apareceu no baile com Cash
naquele vestido verde. Vocês dois pareciam que foram feitos
um para o outro."
"Dificilmente. Cash e eu nunca saímos de novo depois
daquela noite. Ele estava com outra garota na segunda-
feira."
"Bem, ele se estabeleceu agora. Ele é casado com Ra-
chel Porter."
"Eu não posso imaginar Cash se estabelecer com uma
mulher."

54
"Acredite. Além disso, como ele conseguirá trapacear?
Os irmãos dela o mataria e Rachel é muito boa com uma es-
pingarda."
"Estou feliz por eles" Sutton disse a verdade.
"Desejei que meu casamento tivesse sido bom, mas
meu divórcio está funcionando muito melhor. Eu parei de
trabalhar na loja de ferragens quando eu descobri que Jared
estava me traindo. Foi difícil ele sendo o proprietário da loja,
mas após o divórcio, ele me ofereceu o meu emprego de volta.
Não existe um monte de postos de trabalho ao redor, e ele
prometeu manter nossa vida pessoal fora. Até agora, tem
funcionado bem. Estamos nos dando bem melhor do que
quando estávamos casamos. Temos ainda saído algumas ve-
zes."
Sutton estreitou os olhos para a expressão de Cheryl.
"Tenha cuidado para não cair no buraco do coelho duas ve-
zes, Alice."
Ela dispensou sua preocupação. "Eu não sou tão ino-
cente como eu era no colégio. Depois que eu descobri que Ja-
red estava traindo, eu dei o troco."
"Sério?" Sutton não poderia imaginar Cheryl levando
esse caminho.
"Sério. Eu quase me juntei a um clube de motoqueiros,
mas eu estraguei tudo, e eles me jogaram para fora."

55
"Um clube de motoqueiros está em Treepoint?" A pe-
quena cidade tinha mudado desde que ela saiu.
"Sim, e um muito grande, também."
A partir do olhar no rosto de Cheryl, Sutton tinha certe-
za que ela estava mais chateada com a perda do clube de
motoqueiros do que a perda de Jared.
"Eles estão mantendo o juiz ocupado?"
"Não. Os Porters estão, no entanto. Greer foi pego ven-
dendo maconha a um policial disfarçado, e Tate foi para a
corte há muito tempo por entrar numa briga com Lyle Tur-
ner."
Sutton manteve sua expressão neutra. "O que aconte-
ceu?"
"Com Lyle ou tribunal?"
"Ambos."
"Lyle rebocou o caminhão de Greer, quando ele quebrou
no caminho de casa. Quando Tate foi buscá-lo na garagem
de Lyle, ele cobrou o dobro da taxa de reboque. E isso deu
início a uma discussão, mas Lyle estava bêbado e bateu
primeiro, então seu pai anulou o caso." A cabeça de Cheryl
se inclinou para o lado. "Seu pai não lhe disse nada disso?"
"Ele deve ter esquecido de mencionar isso" Sutton disse
evasivamente. Ela já sabia muito do que Cheryl estava falan-
do para ela, desde que ela lia o diário Herald on-line todos os
dias, mas ela ouviu, se Cheryl estivesse fofocando sobre to-

56
dos os outros, ela não estava questionando sobre ela. Claro,
demorou pensando em seu pai quando Cheryl virou a con-
versa em sua direção.
"Chega de falar de mim e da cidade. E você?" Ela ace-
nou para a mão dela. "Com quem você se casou? Quanto
tempo você está casada?"
"Eu sou viúva."
Cheryl empalideceu sua mão esticando para cobrir a de
Sutton na mesa. "Eu sinto muito."
Sutton retirou a mão, não querendo aquele gesto de
simpatia. "Obrigada. Ele morreu há seis anos. Eu já superei
o pior de tudo." Ela disse a verdade parcial. Ela nunca se re-
cuperaria da morte de Scott. Ela pegou sua bolsa. "É melhor
voltar ao trabalho. Você se afastou por vinte minutos "
"Droga. Eu vou te buscar mais tarde. Eu vou passar em
seus pais-"
"Eu não vou ficar lá. Vou ficar na cabana do Pap."
"Por quê? Ninguém esteve por lá há anos."
Sutton não sentia falta de ter que explicar cada detalhe
de sua vida.
"Eu quero descansar um pouco e relaxar enquanto eu
estou de visita." Ela se levantou, dando a Cheryl um breve
abraço. "Volte ao trabalho. Eu vou cuidar da conta. Vou vê-la
antes de sair."

57
"É melhor mesmo. Eu tenho saudade de você. Tchau,
Sutton"
"Tchau, Cheryl."
Sutton foi para o caixa para pagar pelas compras, igno-
rando os olhares que sentia em suas costas enquanto se di-
rigia para a porta. Ela estava prestes a empurrar abrindo a
porta quando viu um casal sentado em uma das mesas.
Tate estava sentado no restaurante com uma mulher
que ela não reconheceu. Ela era muito atraente, sorrindo pa-
ra Tate, e uma criança, que parecia ter cerca de cinco ou seis
anos, estava sentado na mesa ao lado deles. Quando Tate
olhou para cima, Sutton desviou do seu olhar, passando ra-
pidamente pela porta.
O garotinho tinha o cabelo vermelho dos Porter. Será
que Tate teve um filho enquanto ela se foi, ou era o filho
de Dustin? Ele teria a idade certa do que ela se lembrava da
matéria que o diário de Herald tinha escrito sobre a morte de
Samantha Langley e sua criança desaparecida. Meses mais
tarde, uma outra matéria tinha uma atualização de como um
homem chamado Knox tinha sido inocentado de sua morte e
que seu filho foi encontrado.
Sutton sempre se perguntou como uma criança de Tate
se pareceria. Ela já tinha sua resposta. O menino dentro do
restaurante era a imagem dele. Ele tinha o mesmo cabelo
castanho avermelhado e olhos verdes. Suas características

58
faciais eram semelhantes, embora enquanto as característi-
cas de Tate eram duras com se dissesse eu não dou fodida-
mente a mínima, a do menino era toda inocência infantil.
Sutton cravou as unhas na palma de suas mãos, lu-
tando para afastar as emoções que ela tinha pensado que es-
tavam trancadas. Obrigando a recuar, fortalecendo o vazio
sem emoção que era a única maneira que conhecia para so-
breviver.
Ela começou atravessar a rua quando ela quase colidiu
com um casal que estava prestes a entrar no restaurante.
Eles olharam para ela com curiosidade, ambos levando ape-
nas um segundo para reconhecê-la.
"Sutton."
"Olá, Cash... Rachel."
Dos dois, Cash Adams era o mais amigável. O sorriso
de Rachel tinha deixado o seu rosto, um brilho irritado en-
trava em seus olhos.
"Quando você voltou a cidade?"
Rachel não esperou para ouvir a resposta à pergunta de
seu marido, tentando ignorá-la enquanto ela entrava no res-
taurante. Cash passou o braço em volta dos ombros, segu-
rando-a no lugar.
Sutton lambeu os lábios. Isso era muito pior do que ela
havia previsto que seria. Rachel não estava nem mesmo ten-
tando esconder o seu ódio.

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"Uns dois dias atrás." Sutton começou a sair, não que-
rendo que Rachel se sentisse desconfortável.
"Onde você está ficando?"
Sutton hesitou. Cash era o único na cidade que sabia
que ela não pisaria em sua antiga casa.
"Eu estive hospedada no hotel, mas vou ficar na casa
de Pap."
O rosto de Cash ficou preocupado. "Esse lugar está va-
zio por um longo tempo. Tenha cuidado. Vários homens em
torno da cidade o usaram quando você se foi."
"A casa ou a terra?"
"A terra."
"Se eles ficarem longe da casa, então vai ficar tudo
bem."
"Você tem uma arma?"
Sutton revirou os olhos. "O que você acha?"
"Bom. Mantenha carregada. Se você tiver qualquer pro-
blema, ligue para Knox. Ele é um amigo meu e o xerife agora.
Vou deixá-lo saber que você está ficando lá e para manter
um olho em você."
"Obrigada, Cash." Sutton não olhou para ele, mantinha
os olhos na expressão de Rachel. Os dois teriam uma luta
enorme quando ela saísse.
"Parabéns pelo casamento. Espero que ambos sejam
muito felizes." Sutton desviou o olhar, com a voz embargada

60
de emoção. Ela sabia que Rachel a odiava, mas estar diante
disso era difícil. Houve um tempo que ela e Rachel tinham
sido extremamente próximas.
"É melhor eu ir e deixar vocês dois tomarem o seu café.
Foi bom ver ambos novamente." Sutton se afastou sem dar a
eles uma chance de responder, descendo a calçada para
atravessar a rua em direção a seu carro. A buzina soou
quando uma mão se estendeu, agarrando-a e puxando-a de
volta para a calçada.
"Essa foi por pouco" Sutton riu trêmula, com a mão de
Rachel ainda a segurando. Ela ficou chocada por Rachel não
a ter empurrado em direção ao carro.
Um estranho olhar cruzou o rosto de Rachel, enquanto
Sutton tentou retirar a mão. Rachel não soltou. Virando ela
olhou para a palma da sua mão, e depois o seu pulso.
Sutton com força retirou a mão dela, fechando-a e dei-
xando cair em seu corpo para esconder as cicatrizes que
eram claramente visíveis.
"Tchau." Sutton tentou sair novamente, desta vez ob-
servando o tráfego com mais cuidado.
"Sutton... Por que você não vem para um jantar neste
sábado?"
Ela abruptamente se virou para encarar Rachel, choca-
da. "Eu gostaria disso."

61
Rachel assentiu. "Cash pode mandar uma mensagem
com as instruções para a nossa casa."
"Estou ansiosa por isso. Obrigada por salvar minha vi-
da agora." Sutton acenou com a mão para a rua.
O olhar de Rachel caiu para sua mão. "Eu estou feliz
que eu estava aqui para ajudar."
Sutton ficou vermelha enquanto ela andava com mais
cautela na estrada. Ela foi até o carro e entrou, uma sensa-
ção desconfortável que Rachel só tinha convidado ela por pe-
na depois de ver sua mão e principalmente o punho. Não im-
portava. A sua expressão era de simpatia e ela não se afasta-
ria. Sutton aceitaria qualquer coisa que ela pudesse para ter
uma chance de falar com ela. Ela virou a mão no volante,
olhando para as cicatrizes feias que a estragava. Suas unhas
tinham deixado fissuras permanentes nas palmas das
mãos, mas não era a pequena cicatriz circular que atraía a
atenção para si e sim aquelas em seus pulsos. Não precisava
ser um gênio para perceber que elas eram o resultado de
uma tentativa fracassada de suicídio.
Sutton ligou seu carro e dirigiu para o tráfego com cau-
tela.
Ela não fez nenhum esforço para esconder as cicatrizes.
Normalmente, ela não dava a ninguém a chance de chegar
perto o suficiente para vê-las, ou se eles vissem, ela se recu-
sava a se sentir constrangida. Toda vez que olhava para elas,

62
ela lembrava de como sobreviveu e foi dada uma segunda
chance, uma chance de corrigir antigos erros. Rachel era
quem mais a assombrava. Ela era a única questão não resol-
vida que Sutton precisava corrigir para que ela pudesse se-
guir em frente e deixar o passado para trás onde ele pertence.
Ela não era a mesma jovem fraca, mimada que tinha deixado
Treepoint para trás. Ela era forte e poderia sobreviver a
qualquer coisa, mesmo enfrentar Tate e trazer todas as
velhas memórias dolorosas novamente. Ela tinha provado a
si mesma que não era mais fraca. Desta vez, quando ela dei-
xar Treepoint com os objetivos alcançados, ela não voltará.

63
Capítulo 6

"Quem é aquela que Rachel e Cash estão conversando?"


Tate arrastou seus olhos da janela para responder à
pergunta de Holly. "Essa é Sutton Creech. Ela costumava vi-
ver na cidade."
"Oh. Rachel não parece muito feliz em vê-la." Holly co-
mentou.
"Não, ela não está." Tate observava a irmã e o marido
falando com Sutton. Ele estava prestes a se levantar da mesa,
vendo quão chateada Rachel estava, quando viu Sutton se
afastar, quase sendo atropelada por um carro.
Holly ofegou. "Eu espero que ela esteja bem."
"Ela parece bem."
A expressão de sua irmã tinha mudado, e Tate relaxou
de volta contra sua cadeira. Ele não queria entrar em contato
com Sutton mais do que o necessário.
Poucos minutos depois, o casal entrou no restaurante
depois que a sua conversa com Sutton terminou. Tate anali-
sou criticamente sua irmã, tentando determinar se ela estava
chateada com o encontro. Quando sua expressão perturbada
não aliviou suas dúvidas, ele jogou em Cash um olhar irrita-
do, que foi devolvido com um olhar direto.

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"Desculpe pelo atraso." Rachel se inclinou para beijar
seu rosto quando eles se sentaram à mesa.
"Tudo bem. Eu vi você falando com Sutton. Você está
bem?"
"Estou bem. Não será a primeira ou a última vez que eu
me deparo com uma das antigas namoradas de Cash."
"Ela não era minha namorada. Saímos algumas vezes, e
essa foi a extensão da minha relação com ela." Cash olhou
para sua esposa sem pedir desculpas.
Rachel tomou um gole de água, evitando o olhar do ma-
rido.
Tate queria socar o rosto de Cash.
"Não, ela era minha namorada. Ela era apenas um caso
de uma noite para você."
Cash endureceu. "Você não sabe a merda que está fa-
lando, Tate." Os olhos de Cash foram para Logan. Tate sabia
que, se seu sobrinho não estivesse sentado à mesa, Cash não
teria sido tão educado.
Holly jogou o guardanapo na mesa. "Acabou, Logan?"
Com o aceno do menino, ela agarrou sua mão e o puxou de
sua cadeira antes de voltar para o grupo. "Eu vou levar Lo-
gan para a biblioteca por uma hora. Vou encontrá-lo de volta
na caminhonete."
Holly saiu com o seu sobrinho a tiracolo, seus ombros
claramente tensos com censura. Tate olhou para eles, come-

65
çando a acreditar que Greer estava certo. Se eles não tives-
sem cuidado, Holly faria de Logan um veado. Estava na hora
deles voltarem para casa. Ele falaria com Dustin esta noite.
Já que estavam quase terminando o processamento da erva,
não havia motivo para eles permanecerem afastados.
"Você não tem que envergonhá-la, Tate" Rachel repre-
endeu.
Ele encolheu os ombros. "Alguém tem que cuidar de vo-
cê."
Cash endureceu novamente. "Você não sabe o que dia-
bos você está falando. Eu não tenho que proteger Rachel de
Sutton. Eu não tenho fodidamente nada para esconder dela,
tampouco. Pode haver um grande número de mulheres que
eu tenho que pedir desculpas a Rachel, mas Sutton não é
uma dessas mulheres."
"Vamos mudar de assunto." Rachel colocou a mão no
braço do irmão. "Eu não estou chateada, Tate."
Ele olhou para ela sem acreditar.
"É verdade. Eu tenho que admitir que eu estava no iní-
cio, mas eu não estou agora. Eu não estou nem zangada com
ela."
"Bem, eu estou" afirmou, sem desculpas.
"Tate..."
"Vamos mudar de assunto. Não vale a pena falar sobre
Sutton." Tate acenou com a mão para chamar a atenção da

66
garçonete para que ela pudesse pegar o pedido de Rachel.
Ele não dava a mínima se Cash comia ou não.
A garçonete saiu depois de pegar seu pedido, parecendo
aliviada por fugir da tensão na mesa.
"Ela não teve uma vida fácil desde que ela se foi." A voz
suave de Rachel não despertou a sua simpatia.
O calor reconfortante que ele recebia das mãos de sua
irmã em seu braço não dissipou a raiva e agitação em seu es-
tômago, e Tate se recusava a falar sobre Sutton por mais
tempo.
Rachel suspirou. "Seu temperamento vai ser a sua que-
da, Tate. Greer pode ser um cabeça quente, mas ele supera
mais rápido. Você guarda rancor para sempre."
"Sim, eu guardo." Ele e Cash tinham um passado con-
troverso brigando por causa de mulheres, mas ele só perma-
neceu irritado sobre Sutton.
"Você é um idiota. Eu nunca toquei em Sutton, mas vo-
cê não vai mudar sua mente, apesar de te falar a verdade.
Me pergunte sobre qualquer mulher na cidade, e eu vou te
dizer a verdade; por que eu mentiria sobre ela? "
"Talvez porque sua esposa está sentada bem aqui" Tate
respondeu sarcasticamente.
"Eu nunca neguei o meu passado para Rachel” Cash
retrucou.

67
"Então isso foi porque você sabia que me importava
com ela."
Cash bufou. "Você não se importava com Sutton. Você
a deixou ir com bastante facilidade. Se você se importasse
com ela como você diz, você teria chutado a minha bunda
por causa dela. Greer tentou me dar uma surra por causa
dessa vagabunda Diane. Você substituiu Sutton por Lisa
dentro de um dia. Você estava apenas cansado de ter bolas
azuis, e lhe deu uma desculpa para fazer o que você queria
fazer o tempo todo."
"Que seria isso?" Tate rosnou.
"Terminar com Sutton e foder Lisa. Eu a vi flertando
com você quando você pegava Greer no treino de futebol. Foi
rápido para a líder de torcida gata cair sobre você?
Tate se levantou, sua cadeira raspando o chão. "Eu te-
nho que ir antes que eu bata a merda fora de você. Eu não
posso me dar ao luxo de ser preso agora. Tchau, Rach."
"Tate!"
Ele ignorou sua irmã tentando chamá-lo de volta. Ele
não se incomodou em pagar sua conta, sabendo que Cash
cuidaria dela. O filho da puta merecia pagar a conta.
Ele caminhou até sua caminhonete e entrou para espe-
rar por Holly e Logan. Ele bateu com a mão no volante, que-
rendo desabafar a raiva que não podia atirar em Cash.

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Ele estava com raiva de si mesmo e Cash. Ele devia ter
batido a merda desse amor em Cash todos esses anos atrás.
Tate passou a mão pelo cabelo. Ele nunca tinha estado
com uma garota, quando estava com Sutton, certamente não
uma que ele não tinha fodido em uma base regular e perma-
neceu fiel. Ela tinha feito planos para o seu futuro juntos,
apesar dele constantemente fugir do assunto. Ele não tinha
nenhuma intenção de deixar Treepoint, e ele tinha egoista-
mente esperado, no fundo, que ela mudaria de ideia sobre
sair. Além disso, ela estava ao lado dele quando seus pais
morreram, e Rachel estava muito próxima a ela. Ela tinha
sonhos de ser uma advogada, enquanto seus sonhos eram
simples – Uma mulher que foderia seus miolos e o ajudaria a
criar os irmãos e irmã. Se ela pudesse fazer isso, ele estaria
contente em nunca sair de sua montanha.
Em sua mente, ele tinha visto Sutton sair do caminhão
de Cash, e seu orgulho tinha sido picado. Na verdade, ainda
estava. Agora ele percebeu o quão egoísta ele estava sendo;
ela tinha apenas dezessete anos, e ele foi o seu primeiro
namorado.
Sutton foi a melhor parte do buraco de merda que a
sua vida tinha se tornado. Ela merecia sair de Treepont e se-
guir seus sonhos sem ele segurando-a no lugar. Ela prova-
velmente descobriu isso por si mesma, por isso que o traiu
com Cash.

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Vendo Holly atravessar a rua com Logan, ele saiu para
abrir a porta para ela, observando com um sorriso enquanto
Logan entrava sozinho. Ele bagunçou o cabelo vermelho do
menino quando ele conseguiu subir.
"Eu fiz tudo sozinho" Logan se gabou.
"Sim, você fez." Tate riu enquanto Logan se sentava em
sua cadeirinha.
"Estou ficando muito grande para isso. Não posso sim-
plesmente sentar no banco como você?" Ele reclamou colo-
cando o cinto com dedos ágeis.
"Você tem que ganhar mais alguns quilos para que isso
aconteça." Vendo a careta de descontentamento, Tate piscou
para Holly. "Que tal ir até a loja e ver se podemos encontrar
um tamanho maior? Se Holly me falar que se comportou na
sua avó, eu posso até mesmo comprar para você aquela bici-
cleta nova que você está querendo."
"Eu tenho sido muito bom, não tenho, Holly?" Logan
olhou ansiosamente para a mulher sentada no banco da
frente.
"Sim, você tem sido" disse ela, jogando a Tate um olhar
furtivo.
Quando ele entrou na caminhonete, Holly baixou a voz.
"Eu pensei que não podia pagar por isso agora."
Tate deu de ombros. "Entrou algum dinheiro extra."

70
"Eu não sei como me sinto sobre você usar o seu di-
nheiro das drogas para lhe comprar uma bicileta."
Tate apertou os lábios. "É uma boa coisa que isso não é
da sua conta, não é?"
Holly cruzou os braços sobre o peito, virando-se para
olhar pela janela. Tate os levou para a loja, deixando Logan
escolher sua bicicleta depois de terem encontrado uma ca-
deirinha para a caminhonete. Tate ignorou a desaprovação
de Holly.
"Holly?" O rosto de Logan caiu quando ela não retornou
a sua excitação.
Sua expressão se suavizou como sempre acontecia
quando Logan estava em causa. "É uma bela bicicleta."
Sua emoção voltou quando ele se virou para o caixa.
Tate ignorou a atitude santa-de-merda de Holly quando ele
pagou pelas compras. Ele não sentia nenhuma culpa sobre
como ele e seus irmãos ganhavam seu dinheiro. Se eles não
comprassem maconha deles, seus clientes comprariam de
outra pessoa. O dinheiro estava melhor em sua carteira do
que nas de Hayes ou do Coleman e seus clientes com maldita
certeza estavam melhor não fumando a maconha que eles
vendiam.
Quando eles estavam passando pela porta, Tate viu
Lyle Turner, o bêbado da cidade, entrando e lhe atirando um
olhar, que Tate se obrigou a evitar. O caso tinha sido arqui-

71
vado no tribunal. Se Lyle quisesse começar uma briga, ele
poderia fazer isso com as câmeras de loja sobre ele. Tate não
estava disposto a passar uma noite longe de casa com a sen-
sação de perigo que ele sentiu recentemente.
Tate carregava a bicicleta de Logan para a mala da ca-
minhonete e trocou as cadeirinhas antes que ele entrasse.
Logan se mexia com entusiasmo pelo caminho para a casa
de sua avó.
"Quanto tempo mais ficaremos com a Sra Langley?"
Holly perguntou.
"Só mais alguns dias." Tate tirou os olhos brevemente
da estrada. "Eu pensei que você preferia a casa da Sra. Lan-
gley sobre a nossa. É um inferno de muito maior."
"Ele não está em casa." Holly olhou para longe, evitan-
do seu olhar.
"Não vai ser por muito mais tempo" Tate prometeu
quando entrava na garagem.
Tate saiu enquanto Holly abria a porta traseira para
deixar Logan sair. O menino ansioso mal podia esperar
quando Tate tirou sua bicicleta da caminhonete.
Ele ficou e observou-o por uma hora até que Dustin
apareceu. Então Tate deixou-os sozinhos para terem algum
tempo juntos.
Logan e Dustin tinham desenvolvido uma relação pró-
xima, mas Tate notava uma expressão de tristeza aparecer

72
nos olhos de seu irmão quando ele não estava ciente que al-
guém estava olhando. Sua atitude jovem e indiferente escon-
dia a dor por Samantha ter o deixado para trás. Dustin tinha
amado ela. Ele nunca falou com ele ou Greer, mas ambos os
irmãos sentiam a dor de Dustin.
Seu pai tinha avisado quando tinham dezesseis anos
que Porter ama apenas uma vez. Ele muitas vezes lhes con-
tou como ele conseguiu pegar a sua mãe. Foi amor à primei-
ra vista. Tate ainda se lembrava que revirava os olhos quan-
do seu pai se deliciava com seu passado. Sua mãe era a noi-
va do pai de Cash Adam no momento.
"Eu sabia que ela estava destinada a mim na primeira
vez que olhei para ela."
"Ela pertencia a outra pessoa" Tate o lembrou.
Seu pai deu de ombros. "Eu sabia que Mattie iria pegar
ele a traindo. Sua mãe não era boba."
"Ela o pegou?" Greer tinha perguntado.
Seu pai tinha assentido, sem tentar esconder o triunfo
em sua voz. "Seria difícil não pegar quando ele engravidou a
prostituta da cidade. Levei um ano para convencê-la a sair
comigo, em seguida, mais seis meses para levá-la para a mi-
nha cama."
"Eca" Dustin gemeu, cobrindo suas orelhas com as
mãos.

73
"Filho, você não vai estar pensando isso daqui a alguns
anos, quando uma menina bonita passar por você, balan-
çando sua bunda bonita em sua frente."
Tate e Greer riram quando seu pai lhe jogava um sorri-
so de sabichão.
"Eu não riria muito se eu fosse vocês dois, também. Eu
vou dar a vocês o mesmo aviso que meu pai me deu: Uma
vez que uma mulher capturar o coração de um homem Por-
ter, ela nunca deixa ele ir. Meu pai e cada homem antes dele
só amou uma mulher."
"Não neste dia e hora" Tate tinha rido.
Ele tinha sacudido a cabeça. "Os homens Porter são di-
ferentes."
"Você realmente acredita nisso?" Tate perguntava em
descrença.
"Eu sei disso" ele disse com convicção. "Eu não iria
querer viver sem sua mãe."
Tate tinha uma sensação ruim e rapidamente mudou
de assunto. "Talvez isso irá ignorar a nossa geração."
"Espero que não. Eu não quero que vocês não tenham o
que eu e sua mãe temos."
"O pai de Cash não tentou levá-la de volta?"
Um olhar familiar que sempre o assustou muito surgiu
sobre o rosto dele, era o mesmo que estava em seu rosto
quando ele pegava alguém bisbilhotando sua propriedade.

74
"Ele tentou, muito."
"O que você fez?" Dustin fez a pergunta que todos eles
queriam a resposta.
"Eu segui as regras que meu pai me deu e a mesma que
eu continuo a dizer a vocês. Quando um Porter está em sua
terra. Não deixa um inimigo de pé, e mantém sempre o que é
seu."
Todos eles olharam para seu pai com admiração.
"Não se esqueça das regras" ele ordenou.
"Nós não esqueceremos." Cada um deles tinha dado
sua promessa a seu pai.
"Quando eu estiver morto viva e respire elas. Marquem
minhas palavras, nenhum homem ou mulher vai ter uma
chance contra você."

75
Capítulo 7

"Droga" Sutton esticou as costas doloridas quando car-


regava outra caixa para colocar com as outras que iriam para
a igreja da cidade que estava captando para a sua loja. Não
restava muito da vida de Pap, mas ela não podia suportar o
lixo que restava. Talvez os itens pudessem encontrar um no-
vo lar e alguém que iria se beneficiar deles.
Ela decidiu terminar o resto de manhã. Indo para a co-
zinha, que ela havia passado a maior parte da manhã lim-
pando, ela se serviu de um copo de chá gelado. Não estava
com fome, ela foi para o lado de fora e estava na varanda,
apreciando a brisa e o ar fresco. Pelo menos a pequena casa
não cheirava a mofo.
Sutton ouviu quando o vento agitava os galhos de árvo-
res. Quando era mais jovem, o som a assustava. Agora isso
só a fez procurar pelas sombras das árvores, sem medo. Vá-
rios anos desde então, tinha ensinado a ela que não eram as
coisas que você não pode ver, mas o mal daquelas que es-
preitavam bem na frente de seus olhos que era o mais mortal.
Para temer o perigo, você tinha que ter medo de morrer, e
Sutton não tinha medo de morrer. Ela havia cortejado isso
por um tempo até que a medicação que tinha sido forcada a
76
tomar deu a sua mente a chance de curar. Ela percebeu en-
tão; se ela seria forçada a viver esta vida, ela a tornaria útil.
Olhando para o relógio, ela entrou para tomar banho,
vestiu um vestido azul confortável que caía um pouco acima
dos joelhos. Ela escovou o cabelo, em seguida, deslizou em
seus sapatos antes de pegar sua bolsa e sair. Ela não teve
que olhar para as direções que Cash lhe enviou. Ela já tinha
olhado para elas várias vezes.
Ela estava nervosa, não querendo causar qualquer con-
flito entre o marido e a esposa. Ela mordeu o lábio inferior
nervosamente enquanto virava para descer a estrada em di-
reção a sua casa. Não havia quaisquer outras casas na es-
trada escura que terminava praticamente em sua porta da
frente.
Não se dando tempo para mudar de ideia, ela saiu do
carro, pegou o presente que tinha trazido, não querendo ter a
chance de esquecê-lo no último minuto.
Na porta, Cash abriu antes que ela pudesse bater.
"Oi, Sutton."
"Cash" Ela devolveu o cumprimento, olhando atrás dele
em busca de Rachel.
"Ela está na cozinha" Cash respondeu, dando-lhe um
sorriso gentil. Sutton entrou na casa aconchegante, entre-
gando a garrafa de vinho para Cash.
"Precisa ficar fria."

77
"Eu cuidarei disso. Sente-se." Sutton se sentou no sofá
marrom de couro escuro, se acomchegando na extremidade
da almofada.
"Posso pegar algo para você beber?"
"Um chá gelado, se você tiver isso."
"Volto já." Cash desapareceu enquanto ela olhava pela
casa, pegando a foto de Rachel e Cash que estavam na mesa
pequena ao lado do sofá. O casal estava obviamente muito
apaixonado, e Sutton estava feliz por ambos.
Ao ouvir um barulho, olhou por cima do ombro para ver
Rachel carregando um copo e Cash vinha atrás de sua espo-
sa.
"Sutton, estou feliz que você veio."
Sutton olhou para Rachel, vendo que ela estava dizendo
a verdade. Sua saudação calorosa dissipou um pouco de seu
nervosismo.
"Obrigada" ela disse, pegando a bebida de Rachel.
Rachel se sentou na cadeira em frente ao sofá, e Cash
se sentou no braço da cadeira, o braço no encosto. A proxi-
midade entre o casal torceu uma faca em seu coração.
Tomando um gole de chá, ela ouviu quando Rachel lhe
agradeceu novamente pela doação que ela estava fazendo pa-
ra a loja da igreja.
"Não é realmente um grande negócio." Sutton deu de
ombros. "Tenho certeza que um monte daquilo estaria me-

78
lhor no lixo, mas eu pensei que seria mais fácil para você fa-
zer isso que eu."
"Eu tenho certeza que vamos conseguir usar a maior
parte" Rachel assegurou.
"Espero que sim. Pap amou Treepoint, então eu gosta-
ria de saber que um pouco dele está espalhado pela cidade."
"Verei o que posso fazer. A maioria dos nossos itens do-
ados são levados. Os únicos itens que estamos encontrando
dificuldade para nos livrar são os de Mag – Avó de Cash, que
foram doados para dar espaço para o novo material que ela
comprou."
Cash roncou. "Não há nada de novo sobre essa sucata
que ela compra nessas vendas de garagem que ela está vicia-
da."
"Eu temo que ele está certo. Ela doou uma coruja em-
palhada, no mês passado, e eu juro que é a coisa mais feia
que eu já vi. Nós tivemos que colocá-lo de volta nos fundos.
As crianças estão todas com medo daquilo."
Sutton relaxou contra o sofá. "Eu não tenho nada ruim
para doar."
"Bom. Essa coisa me dá arrepios cada vez que vou para
o quarto de armazenamento."
"Por que você apenas não joga fora?"
"Estou com muito medo que Mag vai perguntar o que
aconteceu com ele."

79
Sutton entendia. Ela lembrava bem da avó de Cash. A
mulher era terrível, uma mulher rabugenta que fazia com
que todos saíssem correndo dela. Ela poderia cortá-lo rápido
com seus comentários. Ela não era o tipo de doce avó; ela era
uma mulher sincera, que não fazia qualquer tentativa de fil-
trar o que saia de sua boca, se o destinatário queria ouvir ou
não sua opinião.
"Como vai a sua avó?"
"Maldosa como sempre, mas ela está se comportando
bem agora." Os olhos de Cash brilharam. "Eu já ameacei não
deixar o bisneto ao redor dela, se ela não se comportar."
"Você está grávida?" Sutton perguntou, olhando entre
os dois.
Rachel assentiu, pegando a mão de Cash. "Nós só des-
cobrimos umas semanas atrás."
"Parabéns" ela disse com sinceridade. Ao mesmo tempo,
que o anúncio de gravidez de alguém teria ferido ela. Agora
tudo que Sutton sentia era a felicidade que o casal estava
experimentando uma das maiores alegrias da vida.
"Obrigada" Rachel se levantou, largando a mão de Cash.
"Vamos comer antes que o jantar fique frio."
Eles foram para a sala de jantar onde Sutton se sentou
em uma cadeira à mesa que Rachel obviamente se esforçou
para colocar.

80
Quando ela começou a namorar Tate, Rachel ficava
constrangida sobre a diferença entre as duas famílias. A fa-
mília de Sutton era uma das mais ricas em Treepoint, en-
quanto Rachel era uma das mais pobres. Sutton tinha come-
tido o erro de convidar Rachel e seus irmãos para jantar em
sua casa uma vez, e sua mãe e seu pai tinha menosprezado
eles.
"Está bonito" Sutton elogiava, apreciando as flores fres-
cas que estava no meio da mesa.
"Obrigada. Vou apenas por um minuto."
"Você precisa de alguma ajuda?" Sutton começou a se
levantar da cadeira.
"Eu tenho tudo sob controle. Fique e faça companhia a
Cash."
Sutton se sentou em sua cadeira quando Rachel saiu
indo para a cozinha. Ela não tentou quebrar o silêncio tenso
que ficou.
"Você parece bem, Sutton."
"Obrigada." Ela começou a brincar com o garfo. "Você
também. Casamento combina com você."
"Eu nunca estive tão feliz na minha vida."
"Isto é visível."
"Você?"
Sutton olhou diretamente em seus olhos. "Estou em um
bom lugar."

81
"É bom ouvir isso. Quanto tempo você vai ficar na cida-
de?"
"Eu ainda não decidi." Sutton deu de ombros. "Não
muito. Quero terminar a limpeza da casa de Pap e então de-
cidir se eu vou vender ou não."
"Casas em Treeopoint não estão exatamente sendo ven-
didas agora, e algumas pessoas da cidade não vai querer
comprar o que já tem de graça" Cash a alertava. "Alguns po-
deriam até mesmo ficar com raiva."
"Eu não me importo em ser popular, nem mesmo na
escola." Seus olhos escureceram com as lembranças das fo-
focas cruéis que seus supostos amigos haviam feito depois
de seu rompimento com Tate.
"Você poderia sempre acertar as contas."
"Porque eu faria isso? Não importava na época, e nem
agora." Sutton afirmou o assunto com naturalidade.
"Não sente aí e minta para mim dizendo que as fofocas
não machucam você. Tentei dizer a todos que eu não te to-
quei, mas com a minha reputação, ninguém acreditou em
mim. Você nem sequer tentou se defender. "
"Qual teria sido o ponto? Eles não teriam acreditado em
mim também, não depois que Tate nos viu juntos naquela
manhã."
"Você poderia ter dito a ele que você tinha discutido
com seu pai quando eu te busquei e caiu da sua escada. Vo-

82
cê quase quebrou o seu maldito pescoço, e teria, se eu não
tivesse conseguido pegá-la antes de bater no chão. Você es-
tava ferida. Você poderia ter mostrado a Tate. Você poderia
ter feito ele acreditar se você quisesse, Sutton. Por que não
fez isso?"
"Alguma vez você já ouviu o ditado: 'Se você ama algo,
deixe-o livre, se ele voltar para você, é seu; se isso não acon-
tecer, ele nunca foi seu? ”
"Merda. Você estava testando Tate, e ele falhou, não
foi?"
"Não era um teste, Cash. Eu sabia que estava colocan-
do muita pressão sobre Tate. Ele tinha a responsabilidade de
seus irmãos e Rachel, mas eu o amava tanto que eu não po-
dia me ajudar. Você ouviu a discussão entre mim e meu pai.
Ele garantiria que Tate fosse para a cadeia, quando ele fosse
ao tribunal."
"Então você estava mantendo Tate fora de problema e
dando a ele tempo para tomar uma decisão sobre o seu rela-
cionamento?"
"Sim. Eu sabia que quando eu fiz isso que estava tendo
uma chance de perdê-lo." Sutton disse suavemente quando
ela olhava para a mesa, perdida no passado.
"Tate era um idiota fodido, então, e ele não mudou." A
voz de Cash estava atada com fúria.

83
"Desta vez eu não vou discordar de você," Rachel disse
com raiva.
Os olhos de Sutton foram para a porta. Ela estava tão
perdida no passado que não tinha visto Rachel entrar nova-
mente, carregando uma travessa de carnes grelhadas.
Era agora ou nunca. Sutton queria que Rachel soubes-
se a verdade.
"Eu falaria com você mais tarde na noite. Eu sempre
me senti culpada por ter deixado você, Rachel. Eu sentia co-
mo se você fosse minha irmã, e eu não queria que você ainda
me odiasse depois de todo esse tempo. A vida é muito curta,
e eu queria ter certeza que você soubesse disso, quando Tate
e eu terminamos, não foi uma traição a nossa amizade."
Rachel colocou a travessa de bifes na mesa antes de vir
ao lado de sua cadeira. "Eu estava tão brava com você, mas
eu senti a sua falta, Sutton, muito." Lágrimas brilhavam nos
olhos de Rachel. "Toda vez que eu via as minhas amigas que
são irmãs, juntas, eu sentia ainda mais a sua falta. Então eu
ficava com raiva por você não estar aqui."
"Sinto muito, Rachel. Eu realmente sinto."
Rachel assentiu. "Eu acredito em você."
Sutton se levantou da mesa. "Eu senti tanto a sua falta.
Eu voltei para a cidade e vi você se formar. Eu mesmo vi você
se casar." Sutton confessou. "Cash ligou e me disse que ele
preparou um casamento forçado. Me sentei nos fundos da

84
igreja" Ela riu. "Ninguém sequer percebeu que eu estava lá
com o espetáculo que seus irmãos fizeram."
Rachel fez uma careta. "Não me lembre." Ela estendeu a
mão, dando-lhe um abraço. "Estou feliz que você está de vol-
ta, Sutton. Eu espero que você fique o tempo suficiente para
nos tornarmos amigas novamente."
Sutton abraçou de volta. "Eu gostaria disso."
Rachel a soltou. "Bom. Agora vamos comer antes que a
comida fique mais fria."
Enquanto comiam, Rachel falava a ela sobre o trabalho
que fazia para os Last Riders. Sutton estava surpreendida
que um moto clube realmente trabalhava como uma empresa
legítima. O que não surpreendia era que Cash era membro.
"Eu aposto que deu a todas as fofoqueiras algo para fa-
lar por um tempo."
"A maior parte da cidade estava com medo deles logo
que chegaram à cidade, mas agora eles são muito bem aceito
por todos."
"Eu não iria tão longe" Cash respondeu.
"Bem... sem o medo. Vou ter que marcar um almoço
com as minhas amigas para apresentá-la a elas. Lembra-se
de Lily e Beth Cornett? Elas estão casadas com dois dos
membros. Winter Simmons está, também. Ela era uma das
professoras antes de se tornar diretora."

85
Sutton comeu enquanto ouvia Rachel, temendo quando
o tema da conversa voltasse para ela. Ela tava mordendo a
torta de maçã quando o inevitável aconteceu.
"Então, o que você tem feito desde que você deixou a
escola?"
Ela engoliu o pedaço da sobremesa antes de responder
com uma resposta ensaiada. "Eu fui para a faculdade e me
formei. Eu trabalho em vendas de produtos farmacêuticos e,
então, me ofereci por tempo parcial para ajudar as
pessoas que estão doentes e não podem pagar o medicamen-
to que a minha empresa vende."
"Eu pensei que você queria ser uma advogada."
"Eu mudei de ideia" Sutton disse abruptamente.
"Eu não..." Rachel olhou para ela atentamente. "Eu te-
nho certeza que é muito gratificante para você ajudar aque-
les em necessidade."
"É" Sutton concordou, baixando seu copo de chá.
"Qual caridade? Talvez Cash e eu- "
Ela balançou a cabeça. "Eu não vim aqui para receber
doações, Rachel."
Ambos Cash e Rachel olharam para ela, e Sutton mor-
deu o lábio inferior.
"Por que você não me diz o que você quer de mim?" Ra-
chel perguntou.

86
O rosto duro de Cash olhou para ela. Ela podia ver que
ele era muito protetor com a sua esposa e a criança que ela
carregava. De repente, ela sabia que era errado da parte dela
pedir a Rachel por ajuda.
Sutton se levantou. "Nada. Eu só queria esclarecer
quaisquer ressentimentos entre nós. É melhor eu ir. Está fi-
cando tarde. Obrigada pelo jantar. Boa noite, Cash, Rachel."
Antes que pudesse dizer qualquer coisa, ela correu para
a porta e para a varanda da frente.
"Sutton! Espere!"
Sutton se virou com a voz de Rachel, mantendo o rosto
impassível enquanto Rachel vinha para a varanda, fechando
a porta atrás dela.
"Deixe-me ajudar, Sutton. Por favor, não fuja novamen-
te. Não resolve nada. Acredite em mim, eu sei."
Sutton sacudiu a cabeça com veemência. "Você não po-
de me ajudar."
"Talvez eu possa. Você se lembra que eu posso curar.
Você me viu fazer isso quando eu era mais jovem. Fiquei
mais forte à medida que cresci."
"Você não pode ajudar." Ela acenou com a mão para o
abdômen de Rachel. "Além disso, eu vi o que isso faz a você
depois que você ajuda alguém, e você está carregando um
bebê. Eu não vou pôr em perigo você mesma ou a criança de

87
Cash. Deixe para lá. Não era importante, de qualquer manei-
ra." Sutton se virou, pisando fora da varanda.
"Eu acho que é. Eu acho que é a coisa mais importante
do mundo para você."
Sutton não se virou para encarar Rachel, com muito
medo que ela veria a verdade em seu rosto.
"Você tentou tirar sua vida. Seja o que for que está er-
rado se afastar não fará isso desaparecer."
"Você não pode me corrigir. Ninguém pode." Ela lenta-
mente se virou para enfrentar a única pessoa neste mundo
que ela sentia qualquer emoção.
"Não, mas eu posso aliviar a dor. É por isso que você
está aqui, não é?"
"Sim ou…"
"Ou?"
"Para dizer adeus."

88
Capítulo 8

"Isso é besteira." Tate se virou para sua advogada, que


estava sentada ao lado dele. "Eu não disse uma palavra para
Lyle, quando passei por ele na loja."
"Eu não entendo isso, também" A voz baixa de Diamond
fez perceber que a dele estava alta e chamou a atenção de
todos no tribunal lotado. "Knox tentou falar com Lyle para
ele não prestar queixa mas ele não quis ouvir. Até Rachel pe-
diu a Jo para perguntar a ele, mas ela não foi bem sucedida.
Ela diz que, ao longo dos últimos meses, ele estava bebendo
muito."
"Isso não é tudo o que ele está fazendo muito." Tate
lançou um olhar a Lyle. O bêbado da cidade estava sentado
um pouco sobriamente no banco da primeira fila.
"Todos de pé." As palavras do oficial de justiça fizeram
Tate se levantar quando o Juiz Creech entrou no tribunal pe-
la porta lateral. Ele ficou chocado com a aparência do juiz.
Tate pensou que o juiz não estava envelhecendo bem da úl-
tima vez que esteve no tribunal, mas desta vez, ele sabia de
um fato. O homem estava pálido e abatido, como se ele não
soubesse o que é uma boa noite de sono há muito tempo.

89
O oficial de justiça leu a denúncia contra ele, seus
olhos voltados para os papéis em suas mãos.
"O Sr. Porter tentou fazer qualquer tentativa de se
aproximar de você, Sr. Turner? Tenha em mente que eu pos-
so pedir que o vídeo seja analisado."
"Sim senhor. Eu entendo." Tate quase bufou em voz al-
ta. O cérebro do homem estava muito frito com a maconha
sintetizada para compreender exatamente o que tinha acon-
tecido. A grande quantidade de maconha sintética e álcool
misturados eram uma combinação mortal. O advogado devia
estar sussurrando no ouvido de Lyle sobre a pena por perjú-
rio.
"Se o Sr. Porter, de fato, o ameaçou, então não deve fa-
zer diferença se isso foi gravado pela câmara de vigilância da
loja."
Tate levantou uma sobrancelha, não pelo tom severo
que o juiz estava usando, mas pela direção que o interrogató-
rio estava indo. Ele esperava ficar preso por alguns dias ape-
sar de não ser culpado por confrontar Lyle.
"Gostaria de retirar a queixa antes que eu peça ao ofici-
al de justiça para reproduzir a fita?"
O rosto de Lyle ficou vermelho brilhante quando olhava
para ele. "Sim."
"Caso encerrado." O juiz Creech levantou o martelo e
bateu com ele no bloco de som.

90
Diamond se levantou se virando para ele sorrindo. "Isso
deu certo. Eu nem posso te cobrar neste momento."
Tate abriu a boca, mas antes que pudesse dizer qual-
quer coisa, ela mudou de ideia.
"Claro, isso não seria um bom negócio."
"Eu estive lhe dando negócio suficiente recentemente.
Você deveria deixar este ser um brinde."
"Eu iria, mas há um novo par de saltos que eu estou
morrendo de vontade de comprar." Ela pegou sua pasta.
"Talvez na próxima vez."
Tate observou quando a sua advogada saía do tribunal.
Ele tinha certeza que ela seria capaz de comprar vários pares
desses sapatos caros que ela gostava de calçar com o valor
que ela o cobrava.
Lyle lhe deu um sorriso presunçoso quando pediu ao
oficial de justiça para escoltá-lo para fora do tribunal. As
mãos de Tate apertaram ao lado de seu corpo. Se ele não ti-
vesse certeza que ele seria forçado a outra taxa para Diamon
comprar a bolsa combinando, ele chutaria a bunda de Lyle.
"Tate."
Ele se virou para ver o juiz Creech apontando para ele
de uma porta ao lado do seu banco. Surpreso, ele seguiu o
juiz perla porta e para um pequeno corredor que ia até o es-
critório.

91
O juiz fechou a porta atrás deles. Então ele tirou a tú-
nica, jogando-a sobre a cadeira ao lado de sua grande mesa,
de madeira antes de se sentar. Abrindo a gaveta, tirou uma
garrafa de uísque e se serviu de uma bebida.
"Você precisa dar a Lyle um amplo espaço, ou você vai
se encontrar numa prisão novamente."
Desde quando o juiz oferecia conselhos a alguém, muito
menos para ele?
"Eu tenho tentado fazer isso, mas em uma cidade do
tamanho de Treepoint, é meio difícil de conseguir."
O juiz levantou o copo de uísque, tomando tudo antes
de se servir de outra. "Tente mais duro."
"Desde quando você dá a mínima para o que eu faço?"
Juiz Creech se recostou na cadeira, olhando para o seu
copo. "Eu não me importo." Ele engoliu a segunda bebida,
em seguida, colocou o copo sobre a mesa antes de olhar para
ele.
"Você já viu Sutton desde que ela voltou a cidade?"
"É disso que se trata? Você está preocupado que Sutton
e eu começaremos algo de novo?" Tate falou. "Eu não fodo
mulheres casadas."
Tate se recusou a se sentir culpado quando o rosto do
homem mais velho ficou branco com a sua escolha de pala-
vras.
"O marido dela morreu há seis anos."

92
Tate escondeu sua surpresa encolhendo os ombros.
"Ainda não importa. Sua filha terminou comigo, lembra?"
"Como eu poderia esquecer?" Tate não entendeu a ex-
pressão que atravessou o rosto do juiz. Era uma mistura de
agonia e pesar.
"Se você vê-la novamente, diga a ela que a mãe dela não
está indo bem e gostaria de vê-la. ”
Ele não sabia o que responder, atordoado que ele pediu
para passar uma mensagem para Sutton quando tudo o que
tinha que fazer era pegar o telefone.
"Por que não liga e fala você mesmo?"
"Sutton não fala com a mãe ou comigo desde que ela se
formou no colegial."
Chocado que o juiz falava com ele dos seus problemas
de família, levou um minuto para Tate perceber que o ho-
mem estava à espera de uma resposta.
"Eu só a vi por alguns minutos quando ela estava na
casa de Pap. Nós exatamente não passamos tempo falando
merda. Foi mais como um 'oi e tchau', que é a forma como
nós dois queremos manter isso. Sutton e eu terminamos
quando ela me traiu com Cash."
"Sutton nunca te traiu. Ela não é capaz de enganar al-
guém que ama."

93
"Sério?" Tate disse ironicamente. "Depois que ela saiu
da caminhonete de Cash no dia em que os vi juntos. Com
certeza parecia que Sutton o fodeu."
Os ombros do homem caíram. O juiz confiante que Tate
tinha conhecido durante anos foi substituído por um homem
que parecia o dobro de sua idade, com o arrependimento bri-
lhando em seus olhos.
"Sutton não traiu você, mas eu acho que isso não im-
porta para você agora mais do que importou naquela época."
Juiz Creech acenou com a mão em direção à sua porta. "Ten-
te ficar longe de problemas, Tate. Estou me aposentando no
próximo mês, e o próximo juiz não vai ser tão tolerante com
você como eu fui."
"Quando diabos você foi algum dia tolerante comigo?"
"Pergunte aquela sua advogada. Eu com certeza poderia
tirar Rachel e aqueles seus irmãos idiotas de você anos atrás.
Quando foi que você já ouviu falar que um traficante de dro-
gas mantivesse a custódia de crianças? Greer poderia ter
ficado alguns anos preso por vender para aquele policial dis-
farçado e plantar provas quando Knox foi acusado pelo as-
sassinato de Samantha Langley. E, a sua bunda deveria es-
tar na prisão por seis meses quando agrediu Lyle"
"Se isso for verdade, Então por que me deixou em paz
quando você me odeia? Você fez isso claro o suficiente quan-
do eu estava namorando Sutton."

94
"Se você é tão fodidamente inteligente, por que você não
descobre isso?" Tate franziu a testa. "Você fez isso por causa
de Sutton?"
"Agora que você está usando o cérebro que a sua mãe
lhe deu. Por que você não vai para casa e fuma um pouco
dessa maconha que você está tão orgulhoso e pensa sobre
isso por um tempo."
O juiz colocou a garrafa de uísque na gaveta com o copo
antes de se levantar e caminhar em direção à porta.
"Por que você está me dizendo isso agora? Sutton e eu
terminamos há muito tempo."
O juiz abriu a porta antes de virar para ele. "Você não
merecia Sutton, e ainda não a merece. Eu queria um homem
que daria sua vida por ela, que protegeria e amaria a minha
menina da maneira como a mãe dela e eu amamos. Fiquei
esperando que você provasse que estava errado. Eu quero
que você me prove que estou errado." Ele balançou a cabeça
para ele. "Você é um grandíssimo idiota para perceber o que
você deixou escapar, então que Deus o ajude quando você
perceber."
O homem o deixou sem palavras. Ele estava tentado a
procurar Sutton e perguntar a ela o que diabos o seu pai es-
tava falando, mas sinceramente, ele não queria saber. Nada
de bom jamais iria surgir desenterrando o passado. Igual a
um cão selvagem era melhor deixar o filho da puta dormindo.

95
Quando você o acordava, os bastardos não calavam a boca.
Eles poderiam mantê-lo acordado durante horas antes que
eles se acalmassem, e ele já tinha perdido o suficiente de so-
no por causa de Sutton.

***

Sutton empurrou a vassoura debaixo da cama de Pap,


varrendo várias bolas enormes de poeira junto com caixa de
sapatos velhos. Ela olhou para a caixa, reconhecendo-a ins-
tantaneamente. Se curvando a colocou na cama, em seguida,
voltou para a limpeza debaixo da cama. Ela pegou a pá de li-
xo, varrendo a enorme pilha e jogando-a na lata de lixo na
cozinha.
Ela foi até a geladeira, pegando uma cerveja gelada e
abriu a tampa. Ela tomou um longo gole antes de voltar para
o quarto e pegar a caixa, colocando-a debaixo do braço. Car-
regou a caixa e a cerveja para a varanda da frente, sentou-se
na cadeira de balanço, apoiando os pés sobre a grade da va-
randa. Ela bebeu metade da cerveja antes dela abrir a caixa
e olhou para várias fotos tiradas no verão dela com Tate.
Tomando outro gole de sua cerveja, ela pegou a primei-
ra foto, olhando para baixo nas características de Tate. Ele
estava usando o chapéu de palha que ela odiava. Sem cami-

96
sa e coberto de suor, ele ficou de pé, apoiado contra a mesma
grade da varanda que seus pés descansava no momento.
Ela ainda se lembrava daquele dia. Tinham caminhado
através dos bosques de sua casa. Ele tinha parado no meio
do caminho da casa dela, puxando-a para perto dando o seu
primeiro beijo. A inesperada paixão que ele criou a assustou
fazendo ela se afastar dele. Então, ela correu o resto do ca-
minho de volta para a casa de Pap. Tate corria atrás dela,
sua risada a seguia.
Ele não tinha mudado muito de acordo com a foto, so-
mente surgiram algumas linhas nos cantos dos olhos, e seu
corpo se tornou mais musculoso. A maior diferença estava
nos olhos. O homem que ela tinha visto no outro dia não
mostrava misericórdia.
Sutton baixou a foto de volta na caixa, pegando outra.
Neste, eles estavam deitados sobre uma colcha debaixo de
um enorme carvalho. Ela estava de costas, olhando para o
rosto dele. Tate estava deitado ao lado dela quando eles olha-
vam um para o outro. A honestidade de seu relacionamento
foi capturada naquele momento por Rachel que os haviam
pego de surpresa, ao tirar a foto.
Seu rosto estava cheio com uma mistura de amor e ne-
cessidade, desnudando sua alma. A expressão de Tate era
tão reveladora. Ela tinha sido inocente demais para reconhe-

97
cer aquilo - Paixão e desejo. O dele estava faltando as emo-
ções mais profundas que eram tão facilmente lidos na dela.
Sutton esmagou a foto em sua mão antes de voltar à
velha caixa de sapatos e colocar a tampa de volta por cima.
Então ela levou a garrafa de cerveja aos lábios e estava
olhando cegamente para a floresta escura, perdida no passa-
do, quando um ruído de tiros encheu a noite.
Os pés de Sutton caíram para o chão de madeira quan-
do ela se levantou, ouvindo quando outro tiro foi disparado.
Ela, então, correu para dentro da casa, pegando o celular e
ligando para o 911.
A telefonista de emergência parecia cansada quando ela
entrou na linha. "911, qual é sua emergência?"
"Aqui é Sutton Creech. Eu vivo na estrada 540 Sul
Benson. Eu estava do lado de fora e ouvi tiros."
"Existe uma vítima?"
"Eu não sei. Tudo o que eu ouvi foi tiros."
"Vamos mandar um carro da patrulha e um policial pa-
ra pegar a sua declaração."
"Obrigada."
Depois que a telefonista desligou o telefone, Sutton foi
para a porta da frente, que ela tinha deixado aberta, fechan-
do-a e colocando o trinco no lugar. Ela não tinha escutado
outro tiro, então acalmou os nervos tensos, disse a si mesma
que era provavelmente Tate ou um de seus irmãos caçando.

98
Ela ficou ali, olhando para o lado de fora da janela da
frente, até que viu um carro da polícia se aproximar de sua
casa com as luzes azuis piscando. Sutton observou um ho-
mem enorme sair do carro do xerife. Seu tamanho sozinho
era reconfortante o suficiente para ela destrancar e abrir a
porta antes que ele fosse capaz de chegar a varanda da frente.
"Senhora. Creech?" Perguntou o xerife.
"Sim."
"Eu sou Knox Bates. O despachante disse que ouviu ti-
ros. Alguma ideia de qual direção vieram?"
Sutton apontou para as madeiras que levaram até a es-
trada para a cidade. O xerife apertou um botão no rádio em
seu ombro, e enviou um policial na direção que ela tinha
apontado. "Obrigada pela ajuda. Entre e tranque as portas."
O xerife Bates se virou para sair. "Só isso?" Sutton pergun-
tou, pensando que ele teria, pelo menos que anotar um de-
poimento.
"Basicamente. Você disse ao despachante que você não
viu nada. Isso está correto?"
"Sim, eu só ouvi dois tiros."
"Então não há mais nenhuma informação que você
possa me dar. Meu tempo será melhor gasto tentando encon-
trar de onde os tiros vieram. Você não concorda?" O grande
homem levantou uma sobrancelha de questionamento para
ela.

99
Sutton soltou um suspiro irritado. "Sim."
"Vá para dentro e tranque a porta. Deixe que eu e meu
policial façamos o nosso trabalho."
Ela foi para dentro de sua casa, fechando a porta atrás
dela e trancando-a novamente. Ela olhou pela janela en-
quanto o xerife fazia seu caminho pelo cascalho, em seguida,
deixou cair a cortina para esconder a negra escuridão que a
fez lamentar a sua decisão de ficar sozinha na casa de Pap.
Ela precisava ter a sua cabeça examinada. Ela sabia
das histórias que Pap havia lhe dito que estas montanhas
eram perigosas. Tate não fez nenhum esforço para esconder
o perigo no verão que eles estavam juntos. Com a proprieda-
de deixada vazia por tantos anos, esse seria apenas mais um
erro em uma longa lista que ela tinha feito. A primeira coisa
que faria pela manhã, seria ir para a cidade e entrar em con-
tato com um corretor de imóveis. Ela venderia a casa o mais
rápido possível e voltaria para a Califórnia. Em seguida, o
único problema que ela teria que enfrentar seria descobrir
onde sua casa seria.

100
Capítulo 9

"Você ouviu que eles acharam Lyle Turner morto? Ele


foi baleado na parte de trás de sua cabeça a uns oitocentos
metros de sua casa."
Sutton quase deixou cair a xícara de café de isopor de
sua mão. Ela tinha parado na lanchonete para comprar um
copo para ajudá-la a acordar e tinha passado por Cheryl no
estacionamento enquanto ela estava saindo.
"Não, eu não tinha escutado." Sutton não disse que ela
tinha chamado a polícia quando ouviu os tiros na noite pas-
sada.
"Todo mundo estava falando sobre isso quando eles en-
traram na loja de ferragens. O xerife está procurando por Ta-
te." Sutton franziu a testa. "Por que Tate?"
"Lyle e Tate estavam se hostilizando ultimamente. Lyle
tinha uma ordem de proteção contra Tate. Então faz sentido
que ele seja aquele que atirou em Lyle."
"Não para mim" Sutton retrucou. "Tate pode ser um idi-
ota, mas ele não atiraria em ninguém na parte de trás de sua
cabeça. Ele não hesitaria em matá-los entre os olhos, mas
Tate não atiraria em ninguém, sem lhes dar a oportunidade
de se defender. "

101
Cheryl deu de ombros. "Estou apenas repetindo o que
todo mundo está falando."
"Então, todo mundo está errado" Sutton abriu a porta
do carro, entrando.
"Espere, você está com raiva de mim?" Cheryl colocou a
mão na porta do carro, impedindo-a de fechá-la. Sutton sus-
pirou. Ela não sabia por que ela estava tomando as dores de
Tate, de qualquer maneira. Ele não precisava dela para
protegê-lo. Ele não precisou no passado e certamente não
precisava agora.
"Não, me desculpe. Eu acho que estou um pouco as-
sustada por descobrir que alguém foi morto perto da minha
casa."
"Oh." O sorriso de alívio de Cheryl encheu seu rosto.
"Isso é bom. Eu não deveria repetir fofoca. Eu odiei isso
quando eu era aquela que todo mundo na cidade estava fa-
lando. Quer sair para uma bebida sexta à noite? Eu não te-
nho muitos amigos aqui na cidade desde que eu perdi a mai-
oria deles quando Jared e eu estávamos nos divorciando."
"Eu gostaria disso. Sete horas naquele novo restauran-
te?"
"King?" Sutton concordou. "Parece bom. Eu te encontro
lá."
"Tchau, Cheryl."
"Tchau."

102
Sutton fechou a porta do carro quando Cheryl se afas-
tou entrando na lanchonete. Sutton tinha certeza que ela
procuraria por alguém mais interessado em espalhar a fofoca
sobre Tate. Nesse meio tempo caminhou alguns metros para
chegar ao escritório do corretor de imóveis.
Imobiliária Hall era a única empresa imobiliária da ci-
dade. Quando ela pesquisou por ele on-line, ela percebeu
que conhecia o dono do negócio, Drake Hall, desde que ele
cursou o ensino médio com ela. Sutton perdeu o anonimato
de uma cidade grande. Em Treepoint, todo mundo conhecia
todo mundo e quem eram seus pais e suas gerações passa-
das.
Sutton bateu na porta do escritório antes de ouvir uma
voz masculina brusca lhe mandando entrar.
Drake Hall se levantou detrás da mesa quando ela en-
trou. Ele estava poderosamente construído com o mesmo
sorriso que se lembrava do ensino médio. Ele tinha sido um
dos rapazes mais bonitos na escola, e ela tinha certeza que
ele ainda era um dos homens mais bonitos da cidade.
Sutton se apresentou, pegando a mão que ele estendeu.
"A filha do juiz Creech?"
"Sim."
"Eu não te vi em Treepoint por anos."
"Eu moro em San Diego agora. Quero vender a casa que
o meu avô me deixou."

103
O sorriso de Drake deslizou por um breve segundo en-
quanto acenava em direção a uma cadeira na frente de sua
mesa antes de retornar para a cadeira dele. "A propriedade
não está exatamente sendo negociada agora. Que tipo de
condição a casa está?"
"Eu estou limpando, e eu vou colocar uma nova cozi-
nha e banheiro antes de colocá-la no mercado. Só deve está
pronta em algumas semanas. Eu já entrei em contato com
um empreiteiro. "
"Entendo."
"Eu pensei que as melhorias ajudariam na venda?" Sut-
ton perguntou, vendo a pesada carranca no rosto de Drake.
"Normalmente, isso ajudaria, mas no seu caso, eu não
acho que isso vai fazer muita diferença. Eu não sei como vo-
cê está financeiramente, e eu odiaria ver você desperdiçar
seu dinheiro em uma casa que vai levar anos para ser vendi-
da."
"Por que isso não vai fazer diferença?"
"Porque qualquer um que queira comprar a casa vai ser
por causa da terra." Sutton silenciosamente concordou com
a sua avaliação.
"Estou ciente que alguém está usando a terra para cul-
tivar maconha." Ela abordou o assunto que ambos estavam
evitando falar.

104
"Então você sabe que a única pessoa que poderia com-
prá-la é aquela que usa para cultivar sua plantação. Eles
não irão dar uma oferta, porque provavelmente não têm o di-
nheiro e não vai querer que todos tenham conhecimento já
que eles estão usando a terra, e mais ninguém vai comprá-lo,
com medo de chatear aquele que está usando a terra de gra-
ça."
Sutton suspirou. "Eu estava com medo disso. Eu ainda
quero colocá-lo a venda. Talvez, se o preço for justo, alguém
vai ser tentado a levar daqueles que estão usando a minha
terra ilegalmente. "
"Os únicos que eu posso pensar que poderiam estar
dispostos a comprar esse pedaço de terra são os Porters. Eles
são fortes e malvados o suficiente para lidar com quem quer
que seja, e eles certamente não se importarão se alguém ficar
irritado"
"Eu concordo. Se não, algum outro comprador pode
surgir. Você estaria interessado em me ajudar a vender a ca-
sa do meu avô? ”
Ele deu um sorriso confiante. "Eu nunca recusei di-
nheiro. Eu vou fazer a papelada e passar por sua casa ainda
esta semana para tirar algumas fotos para colocar on-line."
"Isso funciona para mim. Obrigada." Sutton se levantou
da cadeira.

105
Drake ficou de pé, estendendo a mão. "Foi bom vê-la
novamente, Sutton."
"Você também." Ela soltou sua mão depois de sacudi-la,
aliviada por escapar de seu escritório. O homem tinha se
tornado ainda mais sexualmente atraente do que foi na esco-
la.
Naquela época, ele tinha uma namorada firme. Com a
ausência de um anel de casamento no dedo, Sutton supôs
que ele não estava casado, e ela não estava ansiosa para
passar algum tempo a sós com o homem. Ela não era a me-
nina inocente que não reconhecia um homem que estava,
obviamente, acostumado a jogar em campo. Ela esteve nesse
caminho duas vezes em sua vida, e ela não era estúpida o
suficiente para viajar de novo. As duas vezes eram mais do
que suficiente. Um tinha deixado seu coração partido, e o
segundo quase a matou. Sutton parou para fazer algumas
compras antes de dirigir para casa, aliviada que a loja não
estava cheia e ela não teve que ficar cara-a-cara com quais-
quer velhos conhecidos.
Quando ela voltou para casa, passou por vários carros
da polícia. Eles devem estar procurando pelas estradas se-
cundárias por Tate. Também notou alguém sair da entrada
da casa de Tate.
Ela acionou a seta para virar na entrada que levava à
casa de Pap. Se for fazer muitas viagens para a cidade, ela

106
terá que trocar seu carro alugado para um SUV. No lugar de
reformar a cozinha, ela provavelmente faria melhor pavimen-
tando a estrada de cascalho.
Ela estacionou o carro ao lado da casa para ficar mais
fácil carregar as compras. Pegando várias sacolas, levou-as
até a porta, puxando as chaves do bolso de seu jeans. Quan-
do estava deslizando a chave na fechadura, a porta abriu al-
guns centímetros, Sutton engoliu o medo em sua garganta.
Tinha certeza de que havia trancado a porta antes de ter saí-
do pela manhã. Seus olhos encontraram uma única gota de
sangue na maçaneta da porta. Ela começou a dar um passo
para atrás, só para congelar quando sentiu o peito de alguém
contra suas costas. Aterrorizada deixou um pequeno grito
escapar quando se sentiu empurrada para dentro da casa.
"Cale-se. Eu não sei quantos policiais ainda estão na
floresta, procurando por mim." A voz áspera de Tate enviou
uma inundação de alívio através dela. Com raiva ela o em-
purrou para encará-lo, pronto para lhe dar uma bronca por
assustar o inferno fora dela. No entanto, a raiva que ela esta-
va prestes soltar nele morreu em seus lábios, quando viu o
estado em que ele estava.
"O que aconteceu com você?"
Tate fez uma careta, pegando um pano de prato que ela
tinha deixado no balcão. "Eu fui esfaqueado."
"Por quem?"

107
"Me espancaram. Quando eu ouvi o tiro na noite pas-
sada, eu fui ver o que estava acontecendo, e eu encontrei
Lyle com a parte de trás de sua cabeça estourada. Quando
eu tentei ligar para Knox, alguém me bateu e eu apaguei.
Quando voltei a mim, eu tinha uma faca no meu peito e es-
tava deitado ao lado de Lyle com uma espingarda na minha
mão que eu não reconhecia e a minha tinha sumido, então
eu corri o inferno fora de lá o mais rápido que pude." Tate se
apoiou pesadamente contra o balcão, sua mão deixando uma
impressão da palma ensanguentada.
"Por que você não ficou e falou com o xerife?"
Tate lhe deu um olhar que claramente disse que duvi-
dava da sua inteligência. "Eu não sei. Talvez fosse porque es-
se filho da puta tinha uma ordem de restrição contra mim. E
também havia uma espingarda com as minhas impressões
sobre ela, eu não pretendo ser um daqueles fodidos idiotas
que gastam anos na prisão, tentando provar sua inocência."
Sutton colocou suas compras no balcão, com cuidado
se certificando que estavam longe do sangue. Então ela pe-
gou seu telefone, mas Tate puxou da sua mão.
"Para quem diabos você pensa que vai ligar?"
"Me devolva isso. Você precisa de uma ambulância."
"Você não ouviu uma palavra que eu disse? Eu não vou
para a prisão. Eu não matei aquele pedaço de merda."

108
"Você pode falar com o xerife o que aconteceu-" Tate
bufou. "Você acha que eles vão acreditar em mim? Todos na
cidade sabiam que eu odiava aquele bêbado. Eu não vou a
lugar nenhum até eu descobrir quem armou para mim."
Sutton ficou de boca aberta. "Você não pode ficar aqui.
Você está sangrando por todo o lugar. "
"Então me costure." Tate cambaleou até seu sofá com o
pano de prato pressionado contra o peito.
"Eu não sei como."
"Ferva um pouco de água. Você tem algum desinfetan-
te?" Sutton podia ver que era inútil discutir com ele. O ho-
mem teimoso sangraria até a morte se ela não o ajudasse.
Jogando nele um olhar irritado, ela entrou no banheiro,
procurando através dos armários encontrou água oxigenada
e uma gaze. Levando dois de volta para a sala, ela foi para a
cozinha para colocar uma chaleira de água para ferver.
"Me ajude a tirar isso." Tate estava tentando retirar sua
camisa, que estava encharcado de sangue.
Colocando a água oxigenada e gaze na ponta da mesa
ao lado do sofá, ela, então, ajudou Tate retirar a camisa dele.
Seu rosto estava pálido, e ele estava coberto por uma cama-
da de suor quando eles terminaram.
"Eu vou vomitar."
Rapidamente, Sutton correu até a cozinha, pegando
uma vasilha que ela tinha a intenção de despejar a água

109
quente dentro. Correndo de volta, ela conseguiu colocar nas
mãos de Tate antes que ele vomitou.
Ela voltou para a cozinha, abrindo uma das gavetas
onde encontrou um pano de prato limpo e umedecido com
água fria. Ela voltou para a Tate que ainda estava segurando
a grande vasilha.
Colocando o pano na parte de trás do seu pescoço, ela
se sentou ao lado dele no sofá, ajudando-o a segurar a vasi-
lha.
"Você tem que me deixar ligar para uma ambulância.
Você está entrando em choque."
"Não, só me dê um segundo." Ele conseguiu levantar a
cabeça, a mão arrastando o pano na parte de trás de seu
pescoço para pressioná-lo contra o seu rosto.
"Terminou?"
Tate assentiu fracamente, se recostando no sofá.
"Pelo menos me deixe ligar para Greer ou Dustin?"
"Não" ele recusou. "A polícia está esperando por isso
para segui-los. Ligue para Rachel. Ela pode me ajudar e
Cash pode sair sem ser visto."
Sutton imediatamente pegou o telefone de Tate, discan-
do o número que Cash tinha dado a ela.
"Alô?"
"Cash, aqui é Sutton."
"E aí?"

110
"Eu tenho Tate em minha casa. Ele está machucado.
Ele precisa de Rachel."
"Diga a ele que ele está sem sorte. Eu não vou deixar a
minha mulher se envolver na bagunça que ele está. Knox já
veio aqui, procurando por ele. Ele deve se entregar."
"Ele não fez isso, Cash. Ele disse que alguém está ten-
tando incriminar ele, e você e eu sabemos que ninguém na
cidade vai acreditar que ele é inocente." Sutton não conse-
guia entender por que ela estava defendendo Tate.
"Porra!" Ela o ouviu falar com alguém no fundo, e então
a voz de Cash voltou à linha. "Me dê cinco minutos. Verei o
que posso fazer."
"Obrigada, Cash." A linha foi desligada.
"Ele está muito irritado", ela comentou.
"Qual a novidade?" Tate resmungou, indo para o sofá.
Ela se levantou e foi para o banheiro para eliminar o
vômito depois agarrou um travesseiro, levando-o de volta pa-
ra a sala onde ela colocou no braço do sofá.
"Deite-se" ela ordenou.
Ele caiu mais do que ele se deitou. Então Sutton foi até
o armário de roupa, tirando várias toalhas antes de voltar
para Tate. Ela tirou da mão dele o pano de prato que estava
pressionado contra a ferida da facada, colocando uma toalha
limpa no lugar. Ela achou que ela poderia vomitar.
"Você deve ir para o hospital."

111
"Não" Tate gemeu de dor quando ela pressionou a toa-
lha, tentando parar o sangramento. "Eu deveria ter mantido
minha bunda dentro de casa quando ouvi os tiros."
"Sim, você devia ter feito isso" Sutton concordou quan-
do ouviu o som de motores do lado de fora. "O que é isso?"
"A partir do som, eu acho que o meu cunhado trouxe
alguns de seus amigos para ajudar."
Sutton deixou Tate no sofá, indo até a janela para olhar
para o lado de fora. Ela ficou de boca aberta olhando a en-
trada de sua garagem preenchida com motos.
"Eu não vou abrir a porta para eles."
Tate deu uma risada estrangulada. "Quantos ele trou-
xe?"
"Seis."
"O filho da puta não poderia ser discreto se tentasse."
Sutton pulou quando ouviu uma batida na porta.
"Deixe-os entrar."
"De jeito nenhum. Você estará mais seguro na cadeia."
A partir do olhar dos homens que ela tinha visto descer
das motos, ajuda não era o que eles dariam a Tate. Eles es-
tavam mais propensos a terminar o trabalho de seu agressor
desconhecido.
"Deixe-os entrar. Eles vão saber como parar o sangra-
mento." Relutantemente Sutton foi até a porta. Sua mão
tremia quando abriu a porta devagar para que o grupo de

112
homens pudessem entrar. Ela estava perto da porta, tentan-
do decidir se ela deveria passar por ela quando tinha oportu-
nidade. Ou assim pensava até que ela notou que um dos mo-
toqueiros estava do lado de fora com os braços cruzados no
peito. Ele usava óculos escuros e estava coberto de tatuagens.
Sutton bateu a porta na cara dele, decidindo que era
mais seguro ficar dentro de casa.
Cash estava atrás do sofá, olhando para Tate, enquanto
um de seus amigos estava ao redor do sofá agachado ao lado
dele, verificando sua ferida.
"O que diabos aconteceu?"
"Alguém me apagou, e depois o bastardo me esfaqueou
enquanto eu estava desmaiado e plantou a arma que matou
Lyle em minha mão." Tate respondeu à pergunta de Cash,
sua voz cheia de dor.
"Tem certeza que não fez isso?"
"Eu acredito que eu saberia se eu estourasse o cérebro
de alguém." Tate tentou se afastar do homem que tinha pego
a água oxigenada e gaze para limpar a ferida. "Droga, Train,
você tem que ser tão bruto?"
"Você quer que eu pare o sangramento?" Respondeu o
homem sem remorsos, continuando a trabalhar nele. A boca
de Tate fechou bruscamente.
Sutton foi até a cozinha para desligar a água fervendo.
Usando um pano, ela carregou a água para a sala de estar,

113
colocando-a sobre a mesa de café para que o motoqueiro
chamado Train pudesse alcançá-la. Quando ele tirou dos
ombros uma pequena mochila, pegando vários itens, ela re-
cuou, vendo como ele limpava Tate, em seguida, metodica-
mente costurava o ferimento. Os outros motoqueiros ficaram
em silêncio enquanto Tate xingava.
"Rachel poderia ter me concertado sem desejar que eu
sangrasse até a morte." A boca de Cash apertou. "Talvez,
mas eu não estou colocando o meu filho em risco, porque vo-
cê é um maricas."
"Rachel está grávida?" Cash assentiu.
"Ela não me disse." Sutton remexeu-se agitada com
simpatia pelas suas palavras.
"Ela iria contar neste fim de semana, quando fosse para
o jantar depois que Holly e Logan voltassem para casa. Ela
queria contar para todos juntos."
"Oh, estou feliz que você não disse a ela, então."
"Eu disse a ela. Eu não guardo segredos da minha es-
posa. Ela entendeu o motivo de eu não querer que ela viesse.
Ela não seria capaz de se segurar em te ajudar."
Train se levantou, pegando sua mochila e puxando três
frascos de comprimidos. "Um é para dor, um para a infecção,
e o último comprimido é ferro. Todos três estão marcados"
Sutton pegou dele.

114
"Me dê uma dessas pílulas para dor e um pouco de uís-
que se você tiver."
"Eu não tenho, mas eu tenho cerveja."
"Isso vai ter que servir." Sutton foi pegar a cerveja, ofe-
recendo a ele depois que Cash o ajudou levantá-lo para que
ele pudesse engolir os comprimidos, em seguida, o deitou de
volta. Os olhos de Tate fecharam antes que sua cabeça
estivesse de volta no travesseiro.
"O que eu devo fazer?" Sutton perguntou a Cash quan-
do o grupo de homens foram até a porta.
"Mantenha a ferida limpa e seca por alguns dias. Não
deve demorar muitos dias para que aquele idiota esteja de
volta em seus pés."
"Eu não posso cuidar dele por tanto tempo. A polícia
está procurando por ele, e eu não estou indo para a cadeia
por ser cúmplice." Os lábios de Cash contraíram. "Eu vou
manter Knox fora de sua propriedade até que Tate esteja de
pé e possa descobrir quem o atacou. Eu estou indo e vou
deixar Greer saber que ele está bem. Talvez, ele e Dustin, po-
dem descobrir quem queria colocar o assassinato de Lyle so-
bre ele."
"Você também não acha que ele fez isso?"
"Sem chance. Se Tate matasse Lyle, ele estaria se ga-
bando sobre isso, não se escondendo. Se mantenha dentro
da casa e não deixe ninguém entrar além de mim e Knox."

115
"Por que o xerife ajudaria?" Sutton perguntou, confusa.
"Porque ele é um amigo meu. Ele vai dar a Tate alguns
dias para limpar seu nome. Depois disso" – Cash deu de om-
bros- “Ele terá que encontrar algum outro lugar para se es-
conder. Enquanto não seja a minha casa, eu realmente não
dou a mínima. Se ele não tivesse chateado a maior parte da
cidade, as pessoas seriam mais propensas a acreditar em
sua inocência."
Sutton silenciosamente concordou. Tate e seus irmãos
nunca ganhariam um concurso de popularidade. A maioria
das pessoas da cidade, provavelmente torciam que ele ficasse
preso.
Sutton estava na porta, observando os homens se afas-
tarem com uma mistura de sentimentos. Os motoqueiros
eram intimidadores em cima e fora de suas motos. Ela verifi-
cou Tate, vendo que ele estava dormindo. Suas bochechas
estavam vermelhas e seu cabelo úmido. A mão de Sutton foi
para sua testa, verificando a sua temperatura. Ele estava
quente, mas não tão quente. Ela esperava que os
antibióticos que lhe deu o impedisse de contrair uma infec-
ção. Usando a água quente, ela lavou as mãos e o peito, lim-
pando o sangue seco. Tate não acordou. Quando ela termi-
nou, ela puxou o cobertor que ela mantinha ao pé do sofá
sobre ele, em seguida, levou a água suja para o banheiro pa-
ra despejá-la pelo ralo. Voltando à sala de estar, ela arrumou

116
a confusão, sentindo seus próprios olhos se fecharem com a
fadiga. Ela não tinha dormido na noite passada, e isso estava
atingindo-a. Ela se sentou na ponta do sofá, colocando seus
pés em seu colo. Se ele se movesse, ela sentiria se ele acor-
dar. Deixando a cabeça cair no encosto do sofá, parou de lu-
tar para ficar acordada, cochilando enquanto se perguntando
se ela tinha perdido sua mente de novo, tentando ajudar um
homem que não gostaria disso, muito menos agradeceria a
ela por arriscar a sua própria liberdade. Sonolenta, ela abriu
os olhos para vê-lo. "Você não mudou. Você nunca consegui-
ria ficar fora de problemas."

117
Capítulo 10

Tate acordou, se perguntando por que diabos ele estava


tão dolorido. Abrindo os olhos no ambiente escuro, ele olhou
em volta, desorientado. Pensando que ele tinha bebido de-
mais na noite anterior, foi só quando seu olhar caiu sobre
Sutton que sua memória voltou.
Estremecendo, ele tentou manobrar seu corpo para ti-
rar a pressão de suas costelas doloridas. Sua mão esfregou o
local onde ele tinha certeza que alguém o chutou depois de
nocauteá-lo.
"Posso te ajudar com alguma coisa?" A voz rouca de
Sutton chamou sua atenção de volta para ela.
Seus pés estavam colocados casualmente em seu colo,
e seu olhar sonolento endureceu o seu pau apesar de seu
corpo ser incapaz de fazer alguma coisa sobre isso.
"Água e outro comprimido para dor" Sua voz resmun-
gou o pedido.
Sutton levantou o braço para olhar para seu relógio de
pulso. "Está quase na hora disso, de qualquer forma."
Ela saiu debaixo de seus pés, rigidamente se levantan-
do para ir à cozinha. Foi e voltou rapidamente, entregando-

118
lhe o comprimido para dor e uma garrafa de água. Tate pe-
gou o comprimido, com a água bebendo avidamente.
"Eu vou esquentar para você um pouco de sopa. Se vo-
cê não comer alguma coisa, a medicação vai deixá-lo doente."
Ela não esperou para ouvir se ele queria ou não, voltando
para a cozinha.
Tate cansado descansou a cabeça no travesseiro, ou-
vindo seus movimentos na cozinha. Quando ele sentiu o
cheiro da sopa, seu estômago roncou.
"Que horas são?"
"Três da manhã" Sutton disse, voltando, carregando a
tigela de sopa e colocando na mesa. Em seguida, ela o aju-
dou a se levantar numa posição sentada, e ele pensou que
poderia desmaiar.
"O sangue que você perdeu vai deixá-lo tonto por um
tempo. A batida em sua cabeça vai piorar a situação." Ela se
sentou ao lado dele, entregando-lhe a sopa. Sua mão tremeu
quando ele o pegou.
"Cuidado. Está quente." Ela advertiu.
Tate tomou um pequeno gole, sentindo como se ele fos-
se vomitar imediatamente. A mão de Sutton foi para a tigela
o encorajando a tomar outra colherada.
"Quanto mais você bebe, menos você vai se sentir doen-
te."

119
"Por que diabos você se importa?" Tate lamentou as pa-
lavras duras assim que saíram de sua boca. Seu pau latejan-
te estava irritando o inferno fora dele. Como ele ainda pode-
ria estar atraído pela traidora mentirosa?
"Eu não me importo." Sua mão caiu em seu colo.
"Desculpe" ele murmurou. "Você está sendo gentil por
me deixar ficar aqui, e eu estou sendo um idiota."
Sutton lhe deu um sorriso frio. "Isso vem naturalmente
para você e seus irmãos. É por isso que você está escondido
aqui."
“Nós não somos puxa sacos; isso é certo"
"Você está em seus trinta anos agora, Tate. Você não
acha que é hora de crescer?"
Sua boca torceu. "Essa é a segunda vez nesta semana
que eu escutei isso."
Sua cabeça inclinou para o lado. "Quem mais disse isso
a você?"
"Seu pai." Sua expressão se tornou ainda mais distante.
"Então essa é a primeira coisa que nós concordamos em
anos."
"Sério? De acordo com ele, você não fala com ele há
anos. Ele disse para te falar para você ligar para a sua mãe,
ela não está bem."
Sutton se levantou, indo até a janela para olhar para o
lado de fora, ficando em silêncio.

120
"Deve ter sido uma discussão muito ruim para causar
uma separação entre você e seus pais. Pelo que me lembro,
você três eram muito próximos."
"As coisas mudam." Ela não se virou ou deu detalhes
sobre o motivo dela ter se afastado dos pais.
Houve um tempo em que ela falaria a ele sem que per-
guntasse. Ela tinha sido um livro aberto. Agora, ela estava
emocionalmente e fisicamente fechada, e não
apenas com ele, mas com os outros que tinham sido impor-
tantes em sua vida. A morte do marido poderia tê-la afetado
tão mal?
"Seu pai disse que você é uma viúva."
"Isso foi tudo o que ele te disse?"
"Sim. Por quê?"
"Sem motivo apenas curiosidade. Eu nem sabia que ele
tinha conhecimento que Scott estava morto."
"Isso deve ter sido alguma briga que teve com eles."
Sutton voltou da janela. "Posso lhe trazer mais sopa?"
Ele balançou sua cabeça. "Eu vou ter sorte se conseguir
manter isto no meu estomago."
Sem uma palavra, ela saiu da sala. Ela havia saído por
vários minutos, e ele estava começando a se perguntar se ela
tinha ido para a cama quando ela voltou.

121
"Eu fiz a cama de Pap para você. Você vai ficar mais
confortável lá." Ela estendeu a mão para ajudá-lo a sair do
sofá.
Tate olhou para a mão dela por um segundo antes de
pegá-la, tentando não dar-lhe muito do seu peso. Ele fez uma
careta quando a dor em seu peito e costelas quase o fez cair
para trás, mas Sutton agarrou seu cinto, firmando-o no lu-
gar.
"Coloque seu braço sobre meu ombro." Ela ordenou.
Tate hesitou, mas sabia que não poderia ir para o quar-
to sozinho, e passou mais um minuto no velho sofá, ele seria
um aleijado de manhã.
Ele colocou o braço por cima do ombro enquanto cami-
nhavam na direção que ela o levou.
"Você quer usar o banheiro antes de se deitar?"
"Sim."
Ela abriu a porta do quarto, levando-o para dentro de-
pois que ela ligou o interruptor da luz.
"Abra a porta quando terminar" Sutton disse, saindo do
banheiro e fechando a porta atrás dela.
Tate usou o banheiro, em seguida, foi para a pia do ba-
nheiro. O homem refletido no espelho se perguntava como
Sutton não acreditou que ele fosse capaz de matar Lyle. Seu
cabelo estava grudado em sua cabeça, e ele tinha uma apa-

122
rência drogada em seus olhos. Ele parecia um assassino em
série.
Ele ligou a água, deixando ficar fria o quanto podia.
Usando sua mão, ele jogou água em seu rosto e cabelo.
Quando terminou, ele abriu a porta para encontrar Sutton
esperando pacientemente.
Ele a deixou levá-lo para o quarto onde ele caiu sobre o
colchão, se sentindo fraco demais para se curvar e tirar as
botas. Quando Sutton se agachou na frente dele, fazendo is-
so por ele, Tate sentiu seu pau mexer novamente.
Ela olhou para cima, pegando-o olhando para ela.
"Você precisa de alguma ajuda para tirar seu jeans?"
Ele estava tentado a pedir a ajuda dela, mas decidiu que o
seu pau não seria capaz de lidar com as mãos dela em qual-
quer lugar próximo a fivela do seu cinto.
"Eu posso fazer isso."
Sutton concordou. Indo para as caixas empilhadas con-
tra a parede, ela vasculhou uma que estava em cima, tirando
um par de calças de pijama que estava dentro. Ela entregou
a ele.
"Elas podem ser um pouco curtas, mas devem se en-
caixar bem o suficiente."
"Eu costumo dormir nu" ele brincou para ver que tipo
de reação ele receberia.

123
"Vá em frente, mas se a polícia do estado vier para
prender a sua bunda, não me culpe se eles levá-lo daqui com
o seu pau balançando.”
Incapaz de ajudar a si mesmo, ele riu em seguida, se-
gurou suas costelas por causa da dor que isso causou.
"Você se tornou ousada. Houve uma época que você te-
ria ficado vermelho brilhante e sairia correndo."
"Eu não tenho dezessete anos mais."
"Não, você não tem." Ele concordou, seus olhos indo
para seus seios maiores e quadris curvilíneos.
Ela ignorou seu olhar apreciativo. "Você precisa de mais
alguma coisa? Se não, eu vou para a cama."
"Você nunca se arrependeu de me trocar por Cash?"
Tate não sabia por que a pergunta saiu de sua boca sabendo
que ele não queria a resposta.
"Sério?" Ela olhou para ele com raiva. "Você está me
perguntando isso às três da manhã?"
"Deixa pra lá. Eu não dou a mínima para a resposta, de
qualquer maneira." Ele não estava disposto a deixá-la pensar
que ele esteve preso ao longo dos anos.
"Se você não quer saber, então por que perguntou? Não,
eu nunca me arrependi por Cash. Qual é o problema, Tate?
Será que isso queimou o orgulho Porter por não ter sido
aquele que terminou comigo?"
"Você foi substituída" - Ele estalou os dedos - "Assim."

124
Sua boca deu uma onda de desprezo. "Você honesta-
mente acha que eu não sei disso? Na segunda-feira depois do
baile, meia dúzia das minhas amigas me disse antes do final
do primeiro período que você passou a noite com Lisa no
quarto de motel que tinha reservado para nós."
Ele endureceu quando ele se sentou ao lado da cama.
Por uma fração de segundo, a máscara controlada que ela
mantinha em seu rosto caiu, e sua agonia e humilhação fo-
ram revelados antes de ser escondido, mais uma vez por sua
indiferença.
"Sutton ..."
"Esqueça. Não importava naquela época, e isso não im-
porta agora." Ela saiu pela porta, deixando-o sozinho, indo
para o quarto do outro lado do corredor.
Ele queria ir atrás dela; em vez disso, ele colocou o pi-
jama que ela tinha dado a ele, em seguida, se deitou na cama
depois de desligar a lâmpada de cabeceira.
Ele olhou para o teto, enquanto a dor que ela tinha
mostrado passava várias vezes em sua mente. Será que ela
se arrependeu de terminar com ele? Será que foi
apenas uma manobra para deixá-lo com ciúmes?
Tate nem sequer sabia por que isso importava depois
de todo esse tempo. Então, novamente, a química sexual
ainda estava lá entre eles, talvez ele só queria uma amostra

125
do que havia sido negado a ele naquela época. Talvez ele qui-
sesse igualar o placar e ser o único a deixá-la neste momento.
Tate fechou os olhos, o comprimido para dor, finalmen-
te, deixando-o sonolento suficiente para ignorar a dor. Ele
não seria capaz de sair pelos próximos dias. Se tivesse sorte,
ele finalmente seria capaz de colocar o seu passado com Sut-
ton para descansar. Ele não era mais uma criança, e nem ela.
Sutton era viúva. Ela provavelmente teve alguns amantes an-
tes de se casar, e após a morte de seu marido. Ambos eram
adultos, e se ele decidisse que queria tirá-la do seu sistema,
não havia nada que o impediria nem mesmo Sutton.

126
Capítulo 11

Sutton se espreguiçava, bocejando, sentindo como se


não tivesse dormido. Ela olhou para o relógio da sua mesa de
cabeceira.
Um grito escapou dela quando viu um homem de pé na
janela do lado de fora de seu quarto.
"Cale a boca!" A voz alta de Greer podia ser ouvida atra-
vés do vidro.
Sutton correu em direção à janela, abrindo-a, em se-
guida, levantando pela metade. "Que diabos você está fazen-
do do lado de fora da minha janela?"
"Eu não sou um maldito pervertido. Me deixe entrar, eu
quero falar com Tate."
"Por que você apenas não foi para a porta?" Ela se re-
cusou a ceder.
"Eu não queria que os policiais me vissem."
"Que policiais?" Sutton ficou com medo que a casa de
Pap fosse invadida. Visões de batidas policiais passaram por
sua mente.
"Aqueles que estão me vigiando. Agora ande."
"Deixe-o entrar" Tate ordenou atrás dela.

127
Seus dedos tremiam quando ela percebeu que ele esta-
va tão perto dela. Ela levantou o resto da janela antes de ir
para o lado, para não tocar no peito nu de Tate. Ela estava
feliz que ele pelo menos tinha usado as calças, apesar de es-
tarem soltas e pairava abaixo de seus quadris. Seu corpo
musculoso estava iluminado pelo sol do início da manhã que
brilhava através da janela. Inconscientemente, ela lambeu o
lábio inferior, baixando os olhos quando viu que Tate estava
olhando para ela. Percebendo que ele não era o único meio
vestido, ela pegou o roupão que ela tinha colocado em sua
cama na noite anterior, cobrindo a fina camiseta que atingia
o início de suas coxas. Greer subiu pela janela com uma des-
treza que mostrava que essa não era a primeira vez que ele
tinha usado esse método para entrar em uma casa.
Uma vez que ele estava lá dentro, ele estudou seu irmão
mais velho com um olhar crítico. "Você está bem?"
"Estive melhor" Tate respondeu, sua mão segurando
suas costelas.
"O que aconteceu?"
Quando Tate começou a descrever para Greer o que ti-
nha acontecido, Sutton interrompeu pelo tempo suficiente
para dizer a eles que ela estava fazendo o café.
"Feche as cortinas na sala de estar."

128
Sutton parou, olhando para a ordem de Greer. "Eu vou.
Já tomei um susto nesta manhã. Se eu olhar para fora e ver
o rosto de Dustin, eu vou ter um ataque cardíaco."
Greer ignorou seu comentário espertinho, se virando
para perguntar a Tate.
Sutton fez uma xícara de café e torradas para si mesma.
Ela não organizou a comida para Tate. Ele poderia fazer o
seu próprio café da manhã.
Ela estava prestes a dar uma mordida na torrada com
geleia de uva quando Tate e Greer entraram na cozinha, pe-
gando as cadeiras da mesa.
"Posso ter uma xícara de café?"
"Eu não sou uma garçonete. Peça para Greer te pegar
uma xícara." Ambos os irmãos olharam para ela em silêncio
antes da cadeira de Greer raspar o chão e ele ir para a garra-
fa de café, colocando no copo para os dois.
"Por que você está segurando suas costelas?"
"O filho da puta deve ter me chutado enquanto eu esta-
va inconsciente" Tate respondeu com uma careta enquanto
tentava ficar confortável na cadeira.
"Quer que eu amarre?"
"Não. Eu acho que estão apenas machucadas. Eu não
estou tendo dificuldade para respirar, então nada foi quebra-
do. "

129
"Você teve sorte que a pessoa que fez isso não te ma-
tou."
"Eles não me queriam morto. Se quisessem, eles tive-
ram a oportunidade quando eu estava inconsciente."
"Qualquer ideia de quem poderia ser?"
"Não" Tate passou a mão pelo cabelo. "Vá ver a Jo hoje
e veja se ela sabe por que seu pai estava na floresta tão tar-
de."
Greer colocou seus copos sobre a mesa antes de se sen-
tar.
Tate bebeu, então, pediu por seus analgésicos. Sutton
entrou em seu quarto para pegar os comprimidos, e quando
ela voltou, eles estavam discutindo sobre as pessoas da cida-
de que tinham ressentimentos contra Lyle.
"Lucky ainda está com raiva que ele quase atropelou
Willa quando estava bêbado."
"Lucky não teria o matado. Ele é um pastor. Ele teria
enviado Shade atrás dele, e aquele bastardo não atira pelas
costas; ele gosta de mirar entre os olhos."
"Como você sabe disso?"
"Eu vi ele atirar em alguém quando ele não sabia que
eu estava olhando." Sutton deslizou seu prato de torradas
para Tate, não querendo que ele ficasse doente com o estô-
mago vazio. Greer estendeu a mão, pegando um pedaço da
torrada. Foi quando ela decidiu que se ela fosse conseguir al-

130
go para comer, ela teria que alimentá-los primeiro. Ela fez
uma pilha de torradas e alguns pacotes de aveia. Servindo a
comida ela pegou uma das fatias de torradas antes que os
homens comessem tudo.
Ela mordeu a torrada enquanto Greer informava a Tate
sobre as diferentes agências procurando por ele.
"A polícia estadual veio no meio da noite. Eles revira-
ram a casa, em seguida, foi para a casa de Cash e Rachel"
"Eles reviraram a deles, também?"
"O que você acha? Cash estava ali, observando cada
movimento que eles faziam."
"Eles estavam com muito medo de Cash para revirar
sua casa, mas você os deixou revirar a nossa casa? Estou
decepcionado com você."
"Foda-se." Greer resmungou. "Eu não estava lá. Eu es-
tava na floresta com Dustin, tentando encontrar quaisquer
sinais de quem matou Lyle."
"Encontraram alguma coisa?"
"Não."
"Se Jo não souber de nada, pergunte se ela vai deixar
você procurar pelo quarto de Lyle."
"Vou tentar. Provavelmente não vai ter nada lá, quando
a polícia terminar."
Tate deu de ombros. "Eles podem perder alguma coisa."

131
Greer se levantou. "Vou começar a trabalhar, por isso
tome cuidado e fique dentro de casa. A polícia não são os
únicos que podem estar procurando por você."
"Deixe para mim a sua arma. Quem me nocauteou le-
vou a minha espingarda. Escondi a que eles usaram para
atirar no Lyle no nosso poço. Quando escurecer, pegue-o e
dê a Cash. Talvez ele possa descobrir no nome de quem está
registrado."
"Vou fazer. A única parte boa dessa confusão é que nós
limpamos a terra e escondemos o produto."
"Você acha que quem fez isto poderia estar à procura
da sua maconha?" Sutton perguntou aos dois homens.
"Pode ser, mas nunca vão encontrá-la" Greer riu. "Este
provavelmente é o melhor lote que cultivamos. Eles teriam
fumado antes de enviá-la como evidência."
"Eu duvido disso."
"Não duvide. É um dos melhores. A maioria que está
sendo plantada ultimamente é uma merda. Os produtores
estão tentando desenvolver um produto forte para melhorar o
zumbido. Em vez disso, eles estão fazendo mais fraco. Outros
estão vendendo essa merda sintética que vai deixar você lou-
co pra caralho. O nosso é o melhor no mercado. Eu não ligo
para o estado que você vive. Tate é o melhor produtor que
tem por aqui" Greer se gabou.

132
Sutton estava curiosa apesar de se controlar. "Se Tate é
o agricultor, o que você faz?"
"Eu protejo os campos, então eu vendo quando ele está
pronto. Qualquer um que chega perto de nossos campos vai
ser deixado um aleijado ou morto.” Ele deu um sorriso sinis-
tro, que lhe deu calafrios em suas costas. Ela não tinha dú-
vidas de suas palavras. "Qual é o trabalho de Dustin?"
Os olhos de Greer estreitaram sobre ela. "Você é uma
federal? ” Ele perguntou, desconfiado. "Se eu fosse, eu deixa-
ria Tate se esconder em minha casa?"
"Me fale você."
Sutton revirou os olhos para Greer. Ele ainda era tão
detestável como tinha sido quando era mais jovem.
"Dustin a seca. Greer e eu ajudamos, mas Dustin tem o
toque. Ele pode dizer o segundo que está pronto. Os outros
produtores secam muito por isso não tem gosto e queimam
mais rápidos. Eles vendem mais dessa forma. Nós não. A
nossa é de alta qualidade e vai lhe dar um zumbido que lhe
trará de volta para mais. É por isso que todo mundo quer
nos derrubar."
Sutton esticou a mão para o último pedaço de torrada,
espalhando geleia na parte de cima. "Eu não posso acreditar
que você está realmente orgulhoso de suas habilidades."

133
"Por que não? Maconha é legal em vários estados agora.
Inferno, eles estão fazendo até com sabores extravagantes."
Tate, como sempre, defendeu o negócio de sua família.
"Para fins medicinais" Sutton respondeu.
Greer bufou. "Se eles fumassem a nossa, eles com a
maldita certeza iriam se sentir melhor. Eu sei que eu me sin-
to."
"Com todos os três fumando, estou surpresa que você
tem algo para vender."
"Nós não fumamos." Sutton olhou para Tate, duvidando.
"Nós não fumamos. Isso não seria um bom negócio.
Greer fuma um ocasionalmente para testar o produto, mas
diferente disso não toca nela."
"Por que não?"
"Não seria inteligente fumar o nosso lucro. Além disso,
imagine viver em uma loja de doces onde você poderia tê-lo
sempre que quiser. Depois de um tempo, você fica muito do-
ente por causa dele."
"Eu não fico doente por causa disso, assim economizo
para algo grande." Greer entregou Tate a espingarda que ele
tinha trazido com ele.
"O quê seria isso?" Sutton perguntou.
"Eu quero uma caminhonete nova, e é difícil conseguir
crédito em nossa linha de trabalho."

134
"Você vai ter o suficiente após esta temporada" Tate
prometeu.
"Isso foi o que você disse no ano passado, até Logan
quebrar o braço quando ele caiu do balanço. As contas médi-
cas levaram um pedaço do nosso caixa."
"Família vem primeiro."
"Sim. Eu não estou reclamando, apenas explicando."
Greer bateu nas costas do irmão.
"Se cuide."
"Eu vou" Tate disse, apertando as costelas. "Vá e veja
Diamond, conte a ela o que aconteceu. Eu vou precisar de
sua ajuda se eu quiser sair desta bagunça."
"Eu vou falar com ela agora. Ela provavelmente já está
esperando por mim."
Sutton permaneceu na mesa enquanto os dois irmãos
voltaram para o quarto para deixar Greer sair pela janela.
Como no inferno ela acabou deixando um homem suspeito
de assassinato se esconder em sua casa? Seu melhor cami-
nho a seguir seria chamar a polícia estadual e entregá-lo.
Sua mão avançou em direção ao celular em cima da
mesa. Antes que ela pudesse pegá-lo, porém, a mão de Tate
chegou por trás dela, pegando o celular.
"Você não está pensando em me entregar, está?"

135
"Você não vai resolver nada se escondendo. Se entregue.
Se o xerife é amigo de Cash, ele vai ajudá-lo a descobrir
quem matou Lyle ".
"Knox é um amigo de Cash, não meu. Eu não vou ficar
sentado em uma cela de prisão, esperando que alguém vai
acreditar em mim, enquanto o verdadeiro assassino foge."
"Faça como quiser. Você sempre foi teimoso demais pa-
ra ouvir qualquer conselho que lhe dessem. Eu não sei por
que eu achei que fosse ser diferente agora." Ela ficou de pé,
com a intenção de se vestir.
"Você não tem que ficar tão irritada por causa disso."
"Eu sou uma cúmplice, se eu não te entregar para a po-
lícia."
"Tem certeza que não é uma federal?"
"Eu não sei qual irmão Porter me faz querer arrancar
meus cabelos mais, você ou Greer."
"Você não tem que ser tão sensível. É uma pergunta le-
gítima."
"Não para uma pessoa normal" Sutton retrucou.
Contornando ele, ela foi para seu quarto para se trocar.
Ela tinha esquecido como irritantes os irmãos poderiam ser
quando estavam juntos. Sozinhos, eles eram um pé no saco.
Mais do que um fazia você querer matá-los.
Tomou banho, em seguida, colocou um short jeans e
uma camisa xadrez que pertencia ao Pap. Ela cortou as

136
mangas e amarrou as pontas com um nó sob os seios. Ela
tinha improvisado quando percebeu que não tinha colocado
na mala roupa de verão suficientes.
Ela deixou seu cabelo úmido. Ele secaria naturalmente
com calor. Ela precisava conseguir um ar condicionado se ela
esperasse vender a casa velha. Embora, normalmente fosse
mais fresco durante a manhã ou à noite, pois as árvores de
grande porte davam na maior parte da casa uma sombra re-
frescante.
Ela foi para a sala de estar, abrindo as janelas para
deixar entrar uma ligeira brisa que soprava do lado de fora.
Tate estava no sofá e passeava pelos canais de televisão. "Es-
ta casa é mais quente do que o inferno."
Sutton foi até a geladeira, pegando duas cervejas. En-
tregando a ele uma, abriu a dela.
"Um pouco cedo para beber, não?" Suas palavras sar-
cásticas não impediram-no de abrir sua própria garrafa e
tomar um gole.
"Não quando não tem um ar condicionado." Sutton ro-
lou a garrafa gelada contra sua testa, em seguida, sua gar-
ganta, apreciando a sensação contra sua pele.
Sutton notou que Tate tinha parado de trocar os canais.
"Não é possível encontrar qualquer coisa que você queira as-
sistir?"

137
"Eu não diria isso." O olhar sensual que ele usava a as-
sustou por causa do efeito que teve sobre ela. Seus seios
contraíram, seus mamilos endureceram dentro do fino sutiã
que ela tinha colocado. Ela estava feliz que a camisa era solta
o suficiente então Tate não notaria. Ela se sentiu umedecer
contra a costura de seus shorts, o que a agitou mais. Ela
achou que o seu impulso sexual estava morto. Apesar de
apreciar a forma como os homens a olhavam, ela não sentia
vontade de fazer sexo há tanto tempo que ela realmente não
se lembra de sua última vez. Ela sabia como era com o mari-
do, mas fora isso ela estava em branco.
Sutton tinha começado a acreditar que seu marido es-
tava certo quando foi incapaz de agitar a sua paixão e disse
que algo estava errado com ela. No entanto, a
agitação entre suas coxas agora estava provando que ele es-
tava errado. Evidentemente, bastou um olhar de Tate, e seu
corpo estava pronto.
Somente duas coisas a segurou de explorar a novidade
da reação de seu corpo: o ódio de Tate e seu cérebro lhe di-
zendo que isso seria uma catástrofe. Se ela tivesse sexo com
ele e fosse medíocre como tinha sido com Scott, então sua
recente confiança adquirida a deixaria em pedaços.
Scott a culpava pelos problemas em seu relacionamento.
Se ela dormisse com outra pessoa e não despertasse a sua

138
paixão como foi com o marido, então ela saberia que todos os
insultos e críticas que ele tinha jogado nela eram culpa dela.
"Você quer assistir a alguma coisa?" O tom sugestivo
que ele estava usando a fez recuar.
"Não, obrigada. Eu preciso fazer algumas ligações e
cancelar alguns compromissos, a menos que queira que vá-
rios operários apareçam para começar a trabalhar na cozi-
nha."
"Tem certeza disso?"
Ela apertou os lábios. "Qual é o problema, Tate? Você
está disposto a colocar de lado os ressentimentos que você
tem contra mim para conseguir que o seu pau seja chupa-
do?"
Suas pálpebras baixaram pela metade. "Por quê? Chu-
par o meu pau está na sua mente? Você chupando meu pau
não era um pensamento na minha cabeça."
"Oh..." Sutton ficou vermelha de raiva que suas pala-
vras traíram a direção de seus pensamentos.
"Posso pegar o celular, por favor?"
Ele colocou o celular em sua mão com um brilho de ad-
vertência antes voltar a passear pelos canais.
Ela estava indo se sentar à mesa quando as seguintes
palavras a congelou no lugar.
"Eu não estava pensando em você chupando meu pau.
Eu estava muito ocupado pensando em te foder no sofá."

139
Sutton mudou de direção, escapando para fora.
Sua respiração ficou irregular com a sua admissão. O
filho da puta tinha feito ela correr como uma virgem assus-
tada. Ela estava tentada a ligar para a polícia e desfrutar de
assistir quando eles o algemasse e levasse sua bunda para a
cadeia. Em vez disso, ela fez as ligações necessárias para
afastar os trabalhadores por tempo indeterminado, dando a
desculpa que ela queria que um corretor de
imóveis olhasse a casa antes que ela fizesse quaisquer me-
lhorias. Então ela ligou para Drake, lhe falando que ela ainda
estava se debatendo sobre a venda do imóvel, mas ela ligaria
para ele de volta quando tomasse uma decisão.
A mão com o celular caiu para o lado dela quando ela
terminou. Ela tinha um sentimento horrível que ela se arre-
penderia por não ter entregado Tate para a polícia. Ela não
se importava com o que as pessoas da cidade ou sua família
diriam se fosse espalhado que ela tinha abrigado um fugitivo.
Ela estava mais preocupada com os sentimentos antigos que
ele desenterraria, mesmo que ela não fosse tão inocente e fa-
cilmente influenciável como tinha sido.
Ela se repreendeu quando a voz no fundo de sua mente
dizia para ela correr. Tate estava ainda mais atraente como
um homem, e essa consciência sexual puxou o corpo dela
como uma mariposa diante de uma chama. Se ela não en-
contrar uma maneira de tirá-lo de sua casa, ela seria quei-

140
mada ou consumida pela mesma chama que havia atraído
ela.
Sutton colocou a mão sobre a grade da varanda, o sol
brilhando sobre a sua aliança de casamento. A lembrança de
seu casamento endureceu sua determinação.
Nenhum homem, especialmente Tate, chegaria perto
dela novamente, nem mesmo para coçar uma coceira que ela
nem sabia que poderia existir. Ela lhe daria alguns dias, e se
os problemas não fossem resolvidos até lá, ela ligaria para a
polícia e o expulsaria de sua vida de uma vez por todas.

141
Capítulo 12

"Onde você está indo?" Tate perguntou irritado, colo-


cando sua cerveja na mesa.
Sutton fez uma pausa antes de pegar a bolsa e a chaves
do carro. "Eu vou tomar umas bebidas com Cheryl. Eu te
disse isso esta tarde no almoço."
"E quanto a mim?"
"Você vai ficar bem. Eu só vou ficar fora por algumas
horas."
"Leve seu celular no caso de eu precisar entrar em con-
tato com você."
Ela levantou o celular, balançando-o no ar, antes de co-
locá-lo em sua bolsa. "Faça isso, e vou me certificar de vir
correndo" ela disse rolando olhos.
Tate estreitou os olhos para ela. "Se certifique de fazer
isso."
Sutton soltou um suspiro exasperado. "Eu preciso sair
antes que eu bata essa garrafa de cerveja em sua cabeça ar-
rogante."
"Por que você não experimenta e vê o que acontece?"

142
Ela ficou tensa, observando a tensão sexual aumentan-
do. Os dois estarem presos num espaço pequeno estava afe-
tando pesadamente os nervos dos dois.
"Vou passar. Eu não acredito em atacar alguém mais
fraco do que eu" Sutton fugiu, sentindo que cutucou um ur-
so com dor de dente com vara curta.
Ela estava estacionando seu carro no estacionamento
do King, quando sua respiração finalmente desacelerou. Irri-
tar um Porter não acabava bem. Ela precisava lembrar a si
mesma que precisava manter distância deles. Ela não
estava prestes a dar a Tate a oportunidade de ficar fisica-
mente ou emocionalmente perto dela novamente.
Cheryl estava esperando por ela numa pequena mesa.
Sutton ficou surpreendida com o nível de sofisticação do res-
taurante e o bar: Elegante, com mobiliário moderno preto e
mesas que fazia você querer relaxar e passar um tempo lá, o
que Sutton tinha certeza era o efeito que o proprietário que-
ria.
"O que você quer beber?"
"Vou tomar um Malibu."
"Isso soa bem. Vou tomar um, também" Cheryl disse a
garçonete de bebidas que passava.
"Você chegou cedo" Sutton disse se sentando em frente
a ela.

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"A loja não estava cheia, então Jared me deixou sair
mais cedo."
Sutton se recostou quando a garçonete colocava suas
bebidas na frente deles. "Não é difícil trabalhar com seu ex-
marido?"
"No começo foi, mas era mais difícil ficar quebrada o
tempo todo."
Sutton tomou um gole de sua bebida, apreciando a at-
mosfera do bar. "Eu gosto deste lugar."
"Eu também. Jared me trouxe aqui na outra noite para
jantar."
Sutton não podia resistir a dar a sua amiga um aviso.
"Seja cuidadosa. Eu sei que você provavelmente ainda se im-
porta com ele. É fácil ter uma recaída num relacionamento
com um ex."
Cheryl deu um riso amargo. "Talvez eu fosse uma idiota
ingênua naquela época, mas não mais. Eu sei o que esperar
agora. Eu não serei enganada por Jared duas vezes."
"Eu sinto muito. Eu sei o quanto o amava."
Cheryl baixou a voz, se inclinando para que a resenha
não pudesse ser ouvida. "A coisa é que eu descobri um lado
meu diferente. Na cama, Jared era tudo sobre ele. Ele não se
importava se eu gostava ou não. Eu realmente acho que ele
gostava mais se eu não gostasse."

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"Eu posso imaginar." Sutton concordou. "Ele te contro-
lava muito, mesmo na escola."
"Esses dias acabaram. Eu descobri que sexo é melhor
do que batatas fritas. Quanto mais você tem, mais você
quer."
Sutton tentou não corar com a sua conversa franca. Ela
nunca tinha sido do tipo de gostar de falar detalhes íntimos
com seus amigos.
"Se eles forem solteiros, eu transo com eles."
Sutton não poderia impedir a pergunta em seus lábios.
"Algum dos irmãos Porter?"
Cheryl perdeu a vontade de compartilhar. Se inclinando
para trás, ela pegou sua bebida, e Sutton teve a resposta que
ela não queria.
"Apenas um, ou mais de um deles?"
"Sutton ..."
Ela encolheu os ombros. "Não é grande coisa. Tate e eu
terminamos antes de me formar."
"Os irmãos não fodem a mesma mulher. Eu ia para
Mick após os Last Riders terminarem comigo, e os Portes me
divertiam, compravam as minhas bebidas, e dançavaM comi-
go. Nós nos divertimos muito."
Sutton tinha ouvido o suficiente. Ela começou a mudar
de assunto, mas Cheryl tinha perdido sua reticência e deu
mais informações do que ela queria.

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"Greer é muito intenso para mim, e Dustin era muito
jovem..." A voz dela sumiu. "Eu não teria tocado em Tate se
eu soubesse que você ainda se importava com ele. Foi ape-
nas algumas vezes. Ele deixou claro que era apenas sexo, ele
não me levaria a sério."
"Isso foi mais do que ele fez comigo." Sutton ergueu o
copo, esvaziando-o, em seguida, fez um gesto para a garçone-
te lhe trazer outro.
"Você e Tate?"
"Não, nós nunca fizemos sexo, Apenas brincamos um
pouco quando estávamos namorando."
Cheryl soltou um suspiro aliviado. "Isso é bom. Eu odi-
aria pensar que causei problema entre você e ele."
"Por que isso causaria um problema? Eu não me impor-
to com quem ele dormiu na cidade"
"Ele não dormia" ela brincou e Sutton queria jogar sua
bebida na cara da mulher. "Eu me pergunto qual a mulher
está escondendo ele enquanto ele se esconde da polícia. Eu
não me importaria se ele se escondesse em minha casa. Eu
me pergunto se ele ainda atende o telefone."
Sutton pagou a garçonete pela segunda rodada de be-
bidas. Antes dela sair, ela pediu um coquetel feito com vodca
e suco de laranja.
"Eu não terminei a minha primeira bebida."

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Sutton ergueu o copo em direção a ela, dando um brin-
de imaginário. "Então você precisa se recuperar."
Cheryl tomou um longo gole. "Eu nunca recuso uma
bebida grátis."
"Aposto que você não recusa muitas coisas" Sutton
mordeu o lábio, com raiva de si mesma. Por que ela estava
zangada com Cheryl por ter transado com Tate?
"Recusei o Jared," Cheryl riu. "Me faz uma má pessoa
que eu me divirto com ele sabendo que estou transando com
qualquer coisa com um pau, e ele não pode fazer nada sobre
isso?"
"Cheryl, você não deveria estar fazendo isso se o único
motivo for deixar Jared com raiva."
"Eu te disse que Jared fez uma vasectomia, e ele não
me falou? Ele não queria que eu ou suas amantes engravi-
dasse. Tentei engravidar por cinco anos e estava prestes a fa-
zer tratamentos de fertilidade, e ele nenhuma vez abriu a
porra da boca."
Sutton podia ver a raiva e mágoa que Cheryl estava ten-
tando tirar de seu sistema. Se dormir com os homens que
Jared entrava em contato ajudava, então Sutton não iria jul-
gá-la.
"Então, não, isso não faz de você uma má pessoa" Não
havia dor pior do que ser traída pela pessoa que você ama.

147
"Estou pensando em sair de Treepoint quando eu con-
seguir dinheiro suficiente."
Em Treepoint, não importava com quantas mulheres
um homem dormia, mas uma mulher com muitos parceiros
sexuais era marcada com apenas um título: Puta.
"Pode ajudar a tirar um pouco do ressentimento que
você está sentindo pelo Jared"
"Você por acaso não está precisando de uma compa-
nheira de quarto, não é?"
"Eu já tenho uma companheira de quarto, e eu não
acho que você e Stella se dariam bem. Eu tenho um casal de
amigos que estão à procura de outro companheiro de quarto.
Se você estiver interessada, eu posso lhe dar os seus
números."
"Eu adoraria isso. Se eu encontrar um companheiro de
quarto, então eu posso me mudar mais cedo."
Sutton pegou seu celular, lhe enviando os dois núme-
ros de telefone. "Eu acho que você teria muito em comum
com Kazzie e Soria."
"Vou ligar para elas amanhã. Obrigada, Sutton."
"Não me agradeça até que você fale com elas. Você tem
certeza que quer fazer isso? Toda a sua família está aqui."
"Eles não quiseram ter nada a ver comigo depois dos
Last Riders, então eu realmente não estou muito preocupada
com o que eles têm a dizer."

148
Sutton sacudiu a cabeça. "Não vai ser tão fácil sair co-
mo você pensa. As montanhas são difíceis de abandonar.
Elas ficam em seu sangue."
"Se você sentiu tanta falta, por que você ficou longe por
tanto tempo?"
"Eu não tinha nada para voltar."

***

Sutton entrou na casa escura, fechando a porta atrás


dela. Ela caminhou pela sala se batendo no sofá. Incapaz de
segurar, começou a rir.
"Vejo que você se divertiu." A voz de Tate vinha da ca-
deira ao lado do sofá.
"Sim." Ela agarrou o fundo do sofá para se firmar.
"Você dirigiu para casa nessa condição?"
"Não, um dos amigos de Cheryl nos deu uma carona."
"Cheryl não tem nenhum amigo. Quem era?"
"Ela tem sim. Eu sou um, e o outro é um cara chamado
Rider. "
"Como Rider levou você e Cheryl para casa? Ele anda
de moto, e você e Cheryl não caberia nela ao mesmo tempo."
"Train lhe deu uma carona."

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"Eu aposto que este não será o único passeio que ele
dará a ela esta noite." O tom sarcástico de Tate aumentou a
sua raiva latente.
"Não está com ciúmes né?" Ela disse maliciosamente.
"Ligue para ela. Ela está mais do que disposta a lhe dar um
lugar para se esconder."
"Você disse a ela que eu estava aqui?" Ela viu sua som-
bra se levantar da cadeira com raiva.
"Não. Ela estava apenas falando de você e disse que ela
não se importaria se você ficasse na casa dela."
"Por que ela estava falando de mim?"
"Ela estava te comparando com os seus outros aman-
tes" Sutton mentiu. "Ela disse que você é uma droga. É bom
saber que eu não perdi nada."
"Sua cadela. Você está mentindo."
"Estou?" Ela provocou, muito bêbada para se importar
com quanta raiva ela o deixou. "Talvez eu esteja; talvez não.
Por que não pergunta a ela quando você for ficar com ela?
Vou até te levar eu mesma quando ficar sóbria."
A sombra de Tate se aproximou dela. "Qual é o proble-
ma? Você é a única que parece estar com ciúmes. Será que
isso te deixar com raiva que eu fodi a sua melhor amiga?"
Sutton encostou no sofá enquanto tirava os saltos um
de cada vez, deixando-os cair no chão. "Você é tão fodida-
mente engraçado. Cheryl não foi a primeira amiga minha que

150
você fodeu. Você pegou a maioria das minhas amigas antes
mesmo do verão que estávamos juntos. É por isso que eu
não dormi com você. Eu não queria ser apenas mais um pon-
to em sua espingarda."
"Como você soube…"
"Que aquelas linhas de riscos no cano de seu rifle era a
quantidade de mulheres que você já teve? Greer me contou.
Ele pensou que era engraçado. Cada vez que íamos a qual-
quer lugar e voltamos, eu o vi olhando para o seu rifle, então
um dia, perguntei a ele."
"Por que ele te disse?"
"Porque eu ofereci a ele uma nota de vinte, se ele me fa-
lasse. Greer pode ser o seu irmão, mas dinheiro vivo é rei
com Greer."
"Eu vou chutar a bunda dele."
"Por quê? Foi há muito tempo, e não é como se isso fi-
zesse uma diferença comigo. Eu era estúpida o suficiente pa-
ra acreditar em qualquer coisa que você me falou, anzol, li-
nha e isca." Ela deu uma risada se depreciando. "O que você
está esperando, Tate? Você não quer esfregar em meu rosto
como você fodeu muitas das minhas amigas, como forma de
pagamento por trair você?"
"Eu só fodi uma mulher porque eu queria te dar o troco.
As outras eram porque eu estava com tesão."
"Você me dá nojo" ela gritou para ele, tremendo de raiva.

151
"Sim? Eu não acredito nisso nem por um segundo. Eu
acho que você está com raiva porque você tinha muito medo
de me foder, e você ainda tem muito medo agora. Você quer
saber a diferença entre Lisa, Cheryl, e você? Elas não tinham
medo de tomar o que elas queriam."
"Eu não quero você, seu idiota arrogante!"
"Prove, então." Tate estendeu a mão, puxando-a para si,
seus seios colados contra seu peito.
Suas mãos foram para os ombros para afastá-lo, não
querendo machucá-lo se fosse empurrar contra seu peito.
Quando sua boca se abriu para esbravejar, ele a pegou com
a dele, empurrando sua língua para dentro. Furiosa, ela o
mordeu, sentindo o gosto metálico de sangue em sua boca.
Ela o subestimou, ele não se afastou. Em vez disso, sua mão
foi para o seu queixo, pressionando duramente para que ela
não pudesse mordê-lo novamente.
Não era como qualquer um dos beijos que ele lhe deu
quando eram mais jovens. Naquela época, ele tinha sido gen-
til com ela, segurando até que ela começava a responder.
Agora, Tate a tomou, exigindo sua resposta sedutoramente
explorando sua boca com experiência, buscando as partes
quentes enquanto sua mão cobria sua bunda, puxando-a pa-
ra mais perto de seus quadris. Ela sentiu a dureza de seu
pau por trás das calças de pijama que ele usava.
"Tate..." Sutton gemeu.

152
"Você não quer saber como teria sido entre nós?"
A pergunta a trouxe para seus sentidos, e independen-
temente de machucá-lo ou não ela o empurrou contra seu
peito. Suas mãos saíram dela imediatamente quando ele deu
um passo para trás.
Ela levantou as mãos limpando o gosto dele. "Não." Ela
começou a caminhar para o seu quarto, decidindo que ela
estava bêbada demais para lidar com ele.
Tate não era um homem que podia ser provocado, es-
pecialmente porque ele já estava subindo pelas paredes por
está confinado na casa.
"Você quer ouvir uma coisa engraçada?" Tate pergun-
tou suavemente antes que ela pudesse escapar. "Quando vo-
cê saiu da cidade, eu senti sua falta, mesmo
sabendo que esteve com Cash. Você sentiu saudades de mim?
Você pensou em mim por um segundo?"
Sutton colocou a mão na parede, tentando desespera-
damente não afundar no chão quando suas palavras a corta-
ram como se fosse uma faca em sua barriga.
"Você não sentiu a minha falta." Ela se inclinou contra
a parede, se virando para encará-lo, contente que a escuri-
dão no quarto escondia as lágrimas escorrendo pelo rosto.
"Eu voltei para a cidade três semanas depois que eu saí, logo
após o seu caso ter sido encerrado. Eu estava esperando lá
fora no meu carro quando Lisa saiu com você, segurando a

153
sua mão exatamente como eu fiz no funeral de seus pais.
Engraçado, isso não é, como você sempre consegue ter uma
mulher para te dar apoio, mas certo como a porra você não
consegue devolver o favor não é Tate? Para sentir falta de al-
guma coisa, isso tem que pertencer a você, se tornando uma
parte sua. Eu nunca senti sua falta, porque você não pode
sentir falta do que nunca teve."

154
Capítulo 13

Tate ouviu a dor em sua voz que a escuridão escondia


dele. Ele esticou a mão, ligando a lâmpada sobre a mesa no
canto do sofá. Sutton piscou várias vezes quando a luz fraca
inundou a sala.
"Estou indo para a cama."
"Por que você voltou?"
Sua cabeça caiu contra a parede. "Eu nem mesmo sei.
Talvez para contar a verdade, para que se sentisse tão mise-
rável como eu estava. Eu honestamente não sei." Ela afastou
as lágrimas do rosto com a mão tremendo. "Eu disse a mim
mesma que eu só queria vê-lo e explicar. Eu não podia su-
portar você me odiando, a Rachel me odiando."
Tate olhou para ela duramente sentindo como se tives-
se ignorado algo importante. "O que você queria explicar?"
"Nada disso importa mais." Desta vez, ela conseguiu
deslizar pela parede até que ela chegou ao seu quarto.
Quando ela entrou e estava fechando a porta do quarto atrás
dela, ele estendeu a mão, empurrando para abrir a porta, e
ela tropeçou, quase caindo. Tate agarrou seu braço, em se-
guida, ajudou-a a se sentar ao lado da cama.

155
Ele se agachou na frente dela. "Diga-me agora. Finja
que Lisa não estava lá naquele dia. O que você ia me dizer?"
Seus lábios continuaram teimosamente fechados. Seu
orgulho ferido por ver outra mulher com ele nunca permitiria
que contasse a ele.
Ele não pediu para Lisa estar lá naquele dia. Ele nem
sabia que ela estava na sala do tribunal até que a audiência
havia terminado e ela se aproximou dele.
Suas mãos foram para cada lado dos quadris de Sutton,
deitando-a sobre a cama e prendendo-a no lugar.
"Vá embora, Tate. Apenas vá embora! Deus sabe que
não vai mudar absolutamente nada."
"Uma coisa que você nunca aprendeu sobre mim é que
eu sou teimoso como merda. Eu não vou sair até que você
me diga."
Os ombros de Sutton caíram. "Eu nunca te traí com
Cash."
"Você saiu com ele, disse a ele que terminei com você."
"Eu fiz isso" ela reconheceu que o enganou. "Você não
vai sair, não é?"
"Não."
Ela suspirou desanimada. "Eu não penso assim." Sut-
ton caiu de costas no colchão, com o braço cobrindo os olhos.
Ela permaneceu em silêncio por tanto tempo que ele pensou
que ela poderia ter caído no sono.

156
A voz dela quando ela começou a falar era tão séria, era
como se ela estivesse falando sobre outra pessoa, não eles.
Era como se ela estava se afastando para passar a explicação
para ele a deixar em paz.
"Meu pai me disse depois que você foi preso que ele iria
se certificar que você fosse para a cadeia e perdesse a custó-
dia de seus irmãos e irmã se eu não
terminasse com você."
Tate se lembrou do dia que ele tinha ligado para ela e
seu pai atendeu o telefone. Se moveu para sentar na cama ao
lado de Sutton, enquanto ela continuava a dizer o que tinha
acontecido.
"Eu não sabia o que fazer. Eu não queria que você per-
desse a paciência com o meu pai se você soubesse que ele
estava tentando nos separar, então eu liguei para Cash e pe-
di para sair. Eu sabia que, quando você descobrisse, isso
terminaria as coisas entre nós."
"Você fodeu ele para me impedir de ir para a cadeia?" A
dureza em sua voz a fez estremecer. Sentia-se como o idiota
que ela o chamava o tempo todo.
Ele viu lágrimas deslizando por seu braço, ela tinha fe-
chado os olhos.
"Eu não dormi com ele. Eu sei que parecia que eu tinha
dormido, mas eu não dormi. Eu parecia o inferno, porque o
meu pai e eu entramos em uma briga quando Cash apareceu

157
para me pegar na noite anterior, e eu caí da escada. Cash me
pegou e me levou para a emergência. Passei a noite lá.
Quando eu saí, Cash me levou para a escola, porque eu não
queria ir para casa"
Tate se lembrou de como rigidamente ela havia cami-
nhado, pensando que tinha sido porque ela tinha passado a
noite perdendo a virgindade com Cash. Em vez disso, ela es-
tava machucada ao tentar protegê-lo e à sua família.
Ele se inclinou, enterrando o rosto nas mãos. "Jesus,
tudo o que tinha que fazer era me falar, Sutton. Eu teria da-
do um jeito"
Ela deu um riso amargo. "Como exatamente você daria
um jeito? Você simplesmente terminaria em mais problemas,
então eu te deixei acreditar e fui ao baile com Cash. Eu
mesmo assisti você se afastar do baile depois de estar lá
apenas por uma hora com Lisa. Eu saí da cidade logo que eu
tive esse diploma em minhas mãos."
"Você voltou, no entanto."
"Eu sabia que meu pai manteria o acordo e retiraria as
acusações. Eu estava esperando que pudéssemos ficar jun-
tos novamente, que você veria que perderia sua família, se
você não parasse de plantar maconha. Então, Lisa saiu com
você e te beijou. Você quer dar uma boa risada? Você ainda
quer me dar o troco? Eu vou dar isso a você. Eu ainda ia fa-
lar com você e te contar a verdade. Eu estava saindo do carro

158
quando você foi para a lanchonete. Eu ia falar com você, mas
Lisa estava esperando por mim na porta, e ela me parou."
"Ela deve ter visto você. Ela me disse para entrar, que
ela precisava fazer uma ligação. O que ela disse para te pa-
rar?"
"Que eu deveria sair, que vocês dois estavam juntos,
que você ia se casar."
"E você acreditou nela? Você só tinha saído por alguns
meses. Você deveria saber que eu não teria casado com ela
tão rapidamente depois que terminasse com você."
"Eu pensei assim, também, até que ela me disse que es-
tava grávida. Eu sabia que você se casaria com ela se ela es-
tivesse grávida. Ela me implorou para não
interferir, dizendo que o bebê precisava de um pai."
"Eu vou matar aquela puta. Se ela estava grávida, não
era meu filho. Eu usei camisinha toda vez que eu a fodi." Ta-
te disse com voz rouca. Ele só tinha fodido Lisa na noite do
baile, e depois que ela apareceu no tribunal.
"Eu fiquei no mesmo hotel que você ficou com ela na-
quela noite. Treepoint só tinha um hotel, e eu nunca fui boa
em dirigir à noite. Assim que o sol nasceu, eu saí, e você ain-
da estava lá dentro com ela."
"Essa foi a última noite que passei com ela. Eu disse a
ela na manhã seguinte que eu não queria vê-la novamente.
Ela estava falando sobre viver comigo e os outros."

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"Tem certeza que ela não estava grávida?" Sutton per-
guntou, deixando cair seu olhar para a sua própria barriga.
"Se ela estava grávida, não era meu," Ele afirmou no-
vamente com certeza. Ele certo como diabos teria uma con-
versa com a prostituta assim que ele pudesse sair à luz do
dia novamente.
"Você vai sair agora? Estou cansada."
"Eu vou sair, mas não terminamos de falar. Temos al-
gumas coisas que precisam ser resolvidas."
"Nós não temos mais nada para falar. Nada vai mudar e
só vai trazer à tona memórias que são melhores serem deixa-
das enterradas."
"Segredo tem um jeito de ser desenterrado quando me-
nos esperamos. Eu fodidamente não gostei da forma como
você não teve nenhuma fé em mim. Você nem sequer me deu
uma chance."
"Eu lhe dei uma chance; você simplesmente não quis.
Você me deixou te afastar. Você nem sequer lutou por mim.
Você quase bateu em Mike Rodes até a morte por roubar o
seu cão. Eu valia menos para você do que um maldito cão."
"O cão era meu. Eu nunca desisti de nada que fosse
meu. Eu não tinha feito você minha ainda. Esse foi o meu
maior erro. Eu sabia que você era inocente, e eu não queria
te pressionar. Eu não deveria ter me importado que você era

160
virgem e apenas fosse o idiota que todos pensam que eu sou.
Não vou cometer esse erro novamente."
Os olhos de Sutton se arregalaram quando ela se levan-
tou para se sentar. "O que isso significa?"
"Eu não sou um cara legal. Todos na cidade vão te dizer
que eu sou um filho da puta malvado. Eu deveria ter te re-
clamado quando você tinha dezessete. Eu ferrei tudo. E não
vou fazer isso novamente. Eu estou te dando uma advertên-
cia justa, Sutton: Você é minha."
"Você não pode simplesmente me reclamar." Ela cuspiu
com raiva.
"Me observe." Ele olhou para ela com confiança, seus
olhos fixos sobre os seios, vendo o pulso irregular batendo
em sua garganta.
"Se você chegar perto de mim, eu vou atirar em você."
Tate foi até a porta. "Pode tentar."
"Eu vou" Ela o ameaçou.
"Você é minha. Você pode acreditar nisso" ele ressaltou,
antes de virar as costas para encará-la novamente. "Você
quer que eu prove isso para você agora? A única razão que
eu estou saindo é porque eu não quero que a nossa primeira
vez juntos seja quando você está bêbada, mas se você estiver
sóbria..."
Ela rapidamente sacudiu a cabeça. "Eu estou bêbada."

161
Ele olhou para ela com ar de dúvida. "Você não parece
mais bêbada."
"Eu estou!"
Seus lábios se curvaram em um sorriso. Ela era a única
pessoa além de sua família que realmente podia fazê-lo rir.
"Vejo você pela a manhã, então. Boa noite, Sutton. "
"Vá para o inferno!"
"Se eu for, você vai comigo. Eu não vou deixar você ir.
Meu pai rolaria em seu túmulo se eu deixar você ficar longe
de mim duas vezes."
"Seu pai era louco."
"Sim, ele era, e ele me ensinou tudo o que sabia sobre
cultivar maconha e mulheres."
"Eu gostaria que sua mãe pudesse ouvi-lo. Ela bateria
em sua cabeça com sua frigideira de ferro fundido."
Tate lhe deu um olhar predatório. "Eu gostaria que ela
estivesse viva, também. Ela iria lhe dizer alguma coisa, tam-
bém."
"O quê?" Ela retrucou.
"Que você não tem a mínima chance."

162
Capítulo 14

Uma batida alta na porta da frente a acordou do sono


induzido pelo álcool que ela tinha caído após Tate finalmente
sair do seu quarto na noite passada. Apressadamente pu-
xando o robe, ela abriu a porta do quarto e se assustou
quando viu Tate de pé na porta do quarto. Ele colocou um
dedo contra seus lábios, silenciosamente dizendo-lhe para
ficar quieta.
"Eu tenho que ver quem é" Sutton sussurrou.
Uma vez que ele balançou a cabeça, ela caminhou des-
calça até a janela ao lado da porta, espreitando para o lado
de fora. Ela viu uma figura grande que ela não precisou ver
seu uniforme para reconhecer. Ela se virou para Tate, que
estava olhando para ela do corredor.
"Knox" ela silenciosamente murmurou.
Em seu aceno, ela abriu a porta, gesticulando com o
xerife antes de fechá-la atrás dele.
"Bom dia" ela o cumprimentou, embora sua atenção es-
tava em Tate quando ele entrou da sala.
"Você saiu de casa na noite passada?" Ele perguntou a
Tate sem retornar a sua saudação.
"Não"

163
O xerife voltou sua atenção para ela. "Você estava aqui
com ele a noite toda?"
"Não. Eu saí para beber com Cheryl. Por quê?"
"Helen Stevens foi morta a tiros na noite passada. Ela
foi encontrada em seu carro que estava estacionado na gara-
gem. Um dos seus vizinhos ouviu um tiro, em seguida, a en-
controu. Foi por volta das oito e meia. Você estava aqui nesse
tempo?"
"Não, eu ainda estava no King. Eu não cheguei em casa
até depois de doze. Você acha que Tate poderia ter feito is-
so?"
"A polícia estadual pensa que Tate estava tentando
roubá-la ou tomar o seu carro. Eles pensam que ele aciden-
talmente atirou nela quando ela lutou."
"Isso é besteira, e você sabe disso" Tate rosnou. "Eu não
sou um amador. Se eu atirasse em alguém, isso com a mal-
dita certeza não seria um acidente."
"Você está dizendo que intencionalmente atirou nela?"
"Não seja estúpido. Eu não saí de casa ontem à noite, e
eu não atacaria uma mulher e muito menos a mataria por
seu carro. Se eu quisesse sair da cidade, Greer ou Dustin me
ajudaria. Inferno, até mesmo Cash iria me ajudar"
O xerife passou a mão sobre a cabeça careca. "Vou le-
vá-lo. Alguém está correndo pela cidade, matando as pessoas
para fazer parecer que você é o responsável."

164
"Se você me levar e os tiros pararem, isso vai me fazer
parecer ainda mais culpado. Os tiros vão parar, e eles vão fi-
car longe, enquanto eu estiver preso. Essa merda não vai
acontecer."
"Tate, se estivesse na cadeia, essa mulher ainda poderia
estar viva." Sutton mordeu o lábio. Ela foi indiretamente res-
ponsável pela morte de alguém, porque ela deu a ele um lu-
gar para se esconder?
"Talvez sim. Talvez não. Nós não sabemos com certeza.
Os dois disparos podem estar conectados, ou eu simples-
mente estive no lugar errado na hora errada, e ele não queria
perder tempo para acabar comigo. Aumente os turnos dos
seus policiais e avise a todos na cidade para terem cuidado"
Tate ponderou.
Knox assentiu. "Acho que quem está fazendo isso tem a
sua própria agenda, também. Mas se mais uma pessoa se
machucar, eu estou levando a sua bunda, e quando eu vier
para você, eu não vou bater em sua fodida porta." Ele apon-
tou um dedo para ela. "Você não o deixe sozinho em casa no-
vamente."
"Eu não vou deixar" Ela prometeu.
"Vou tentar descobrir se Lyle e Helen tinha algo em co-
mum. Espero que eu possa encontrar alguma coisa."
"Obrigado" Tate disse. Sutton poderia dizer que agrade-
ceu com relutância.

165
Knox deu-lhe um aceno de cabeça.
Depois que ele saiu, ela passou por Tate, indo para seu
quarto.
"Que bicho se arrastou na sua bunda? Eu sou o único
com problemas." Tate se encostou à porta do quarto, cruzan-
do os braços sobre o peito.
"Se eu não lhe desse um lugar para se esconder, aquela
mulher poderia ainda estar viva."
"Eu duvido. Quem atirou nela deveria saber a hora que
ela voltaria para casa. Eles estavam esperando por ela"
"Você acha que ela conhecia o seu assassino?"
"Sim."
O medo de que alguém estava matando aleatoriamente
as pessoas da cidade fez Sutton pensar em fazer as malas e
voltar para a Califórnia.
"Então, você acha que foi apenas uma coincidência que
eu estava na cidade quando o tiroteio aconteceu? Ou você
acha que eles poderiam ter me visto e decidiu aproveitar a
oportunidade?"
"Eles teriam que saber que estou me escondendo aqui.
Você se lembra quem você viu no lá no King? Alguém saiu
depois que você chegou lá? "
Sutton voltou a pensar na noite passada com cuidado.
"Não, eu realmente não prestei atenção em quem estava lá.
Você quer que eu ligue para Cheryl e pergunte a ela?"

166
"Não, ela pode ficar desconfiada. Espere até que ela te
ligue. Ela gosta de fofocar. Ela vai pensar que você não sabe
e vai te ligar. Então, você pode sondar se ela notou algo es-
tranho."
"OK."
"Por que você ainda usa seu anel de casamento?"
Ela olhou para ele pasma com a mudança repentina na
conversa. "Não é da sua conta."
"Você ainda está apaixonada por ele?"
"Deus, não" Sutton estremeceu em desgosto com o pen-
samento.
"Então por que usar o seu anel?"
"Para me lembrar dele."
"Isso não faz qualquer sentido para mim."
"Não precisa. Isso faz para mim, e isso é tudo que im-
porta."
"Você acordou perversa da cama?"
"Sim. Isso acontece quando a policia me acorda, que-
rendo saber se o fugitivo que estou abrigando matou outra
pessoa."
"Você sabe que eu não matei Lyle ou Helen Stevens."
"Então vá e prove como qualquer pessoa normal faria!"
Sutton virou, espalhando as roupas cuidadosamente dobra-
das fora de sua mala de viagem, em busca de algo legal para
vestir.

167
"Você está dizendo que eu não sou normal?"
"Eu não acho que 'normal' se refira a qualquer um dos
irmãos Porter" ela retrucou.
A mala que estava em cima de duas cadeiras juntas
caiu no chão, mas ela não tentou pegá-la novamente. Ela pe-
gou uma calça jeans e uma camiseta. Escolhendo sua roupa
íntima, ela então se virou e quase esbarrou em Tate.
"Por que você não desembala suas roupas?"
"Porque eu não sei quanto tempo eu vou ficar. Então
me dê licença, eu vou tomar um banho."
"Você usa seu anel de casamento para se lembrar de
um casamento ruim e não desfez as malas mesmo ficando
aqui há algumas semanas, e você acha que eu sou aquele
que não é normal?"
Sutton se recusou a participar de qualquer conversa
com Tate. Sua língua afiada sempre conseguiu um retorno
malicioso, e quanto mais ela tentasse revidar, mais ela in-
conscientemente se entregava. Se ele estava determinado a
ter a última palavra, ele poderia tê-la.
Ela fechou a porta do banheiro, e então, tomou um ba-
nho sem pressa, deixando a água aliviar o estresse da visita
do xerife sendo finalizada com Tate. Se ela não se livrar dele,
haveria mais de um assassino solto na cidade.
Saindo do banho, ela se secou em seguida, enrolou a
toalha em seu corpo enquanto ela foi até a pia para escovar

168
os dentes. Ela estava tirando o creme dental de sua boca
quando ela deu um grito assustado, vendo o reflexo de um
homem no espelho. A porta do banheiro se abriu, e Tate veio
correndo, carregando um rifle.
"O que?"
Sutton só conseguiu apontar para a janela onde ela
agora reconhecia Dustin. Ela cuspiu os restos do creme den-
tal antes de furiosamente caminhar até a janela para levan-
tá-la para o irmão mais novo subir. Quando ele estava no
meio do caminho, Sutton perdeu a cabeça e começou a bater
nas costas dele.
"Pare." Tate colocou a mão ao redor da sua cintura,
movendo-a para longe da janela para Dustin poder subir sem
mais ataque. "Pelo menos lhe dê uma chance de se defen-
der."
Sutton se afastou do toque de Tate. "Eu estou ficando
cansada de ser assustada até a morte por alguém vindo para
vê-lo. A próxima pessoa que me assustar, eu vou atirar pri-
meiro e perguntar depois." Ela puxou a arma dele antes que
ele pudesse reagir, em seguida, estendeu a mão para suas
roupas.
Fazendo malabarismo com os itens, ela saiu banheiro,
indo para o quarto e batendo a porta com o pé. Mal se se-
cando, ela puxou as calças e sua camiseta, em seguida, pas-
sou uma escova no cabelo molhado e o prendeu em um rabo

169
de cavalo. Em seguida, ela se sentou no lado da cama e
olhou para a arma que tinha arrancado das mãos de Tate, e
seu sangue gelou.
Era seu rifle, o que ele tinha dito que o assassino tinha
tirado dele. Os riscos distintos sobre o cano que mostravam
quantas mulheres ele havia se deitado eram visíveis. Todos
os riscos pareciam antigos. Ou Tate tinha amadurecido se
afastando do seu hábito arrogante, ou ele não tinha feito se-
xo em um longo tempo. Sutton não precisava saber o motivo;
Cheryl confessou que eles tinham dormido recentemente, há
duas semanas atrás. Ela adivinhou que as mulheres que ele
fodia mais de uma vez não merecia um novo risco.
O som dos irmãos indo para a cozinha a deixou curiosa
o suficiente para abrir a porta e seguir atrás deles.
"Jo disse à Greer que não tinha ideia do por que ele es-
tava na floresta. Depois que ele destruiu o caminhão, ele pe-
gava carona com qualquer um que podia quando ele queria
sair. Ela não sabia com quem ele pegou carona na noite do
seu assassinato. Ele ligou para ela três horas antes de ser
morto para lhe dizer que estava indo para Rosie."
O bar era apenas há um quilometro da estrada até a
sua casa.
"Talvez ninguém lhe deu uma carona para casa, e ele
começou a caminhar para ir a cidade" Sutton supôs.

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"Jo disse que ela recebeu uma ligação dele uma hora
antes de ser morto, mas ela estava rebocando uma caminho-
nete, então ela perdeu a ligação dele."
"Ele estava voltando para casa, e ele foi para cima do
assassino, ou o assassino usou a oportunidade para matá-lo"
Sutton pensou em voz alta antes de caminhar para ficar ao
lado da porta da frente, o rifle de Tate mantido casualmente
em sua mão. Mantendo os dois irmãos em sua linha de visão,
ela suspendeu a coronha do rifle no ombro, apontando-o pa-
ra Tate.
"Que porra é essa!" Dustin deu um passo para frente.
"Dustin pare." Tate o puxou para o lado.
"Escute o seu irmão" Sutton avisou.
"Eu vou tirar essa espingarda de você e bater em sua
bunda." Tate deu agora um passo a frente.
"Experimente. Você me disse que o assassino levou a
sua arma, então como Dustin está com ela?" Sutton esfrega-
va a alça, o ruído fez Tate parar subitamente.
"Eu tenho mais de uma arma. Eu não uso essa mais."
Ele explicou seus olhos castanhos encarando-a com fúria.
Sua resposta explicou por que as marcas de risco pare-
ciam ser antigas e desbotadas. Ela abaixou a arma.
"Você marca o cano da arma, quando você transa com
uma mulher diferente?"
Seu silêncio a fez desejar matá-lo.

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"Eu deveria saber." Seus olhos foram para Dustin. "Vo-
cê tem o mesmo hábito nojento?"
O silêncio de Dustin denunciou a sua culpa, também.
"Uau. Vejo que você criou o seu irmão para ser um idio-
ta, também."
"No início era só uma brincadeira-"
"Manter o controle das mulheres com quem você dor-
miu não é engraçado; é nojento."
Sutton empurrou a arma para ele antes que ela mu-
dasse de ideia e atirasse nele.
"Mulher, você perdeu sua mente? Você não manuseia
uma espingarda dessa forma. Você poderia ter acidentalmen-
te disparado em um de nós."
"Meu Pap me ensinou como lidar com uma arma."
Quando os olhos dos dois homens se estreitaram para
ela, ela lhes deu um sorriso sinistro.
Dustin devolveu um sorriso amigável. "Eu esqueci o
quanto eu gosto de você. Você ferrou tudo quando foi embo-
ra." Os olhos dele viajaram pelo corpo dela. "Como você se
sente em estar com um homem mais jovem?"
Sutton fez ruídos engasgos.
O sorriso de Dustin escorregou. "Isso não era bom."
"A única coisa pior, na minha opinião, do que estar com
um homem mais jovem seria estar com um Porter"

172
"O que há de errado em estar com um Porter? Você foi a
única que mentiu e traiu Tate. Se você não parecesse tão boa
nua quando estava enrolada naquela toalha antes, eu mes-
mo nem estaria interessado."
Sutton estendeu a mão para Tate. "Me dê a arma."
Tate deu um passo para trás, a arma continuou firme-
mente em sua mão. "Acalme-se. Ele está brincando."
"Não, eu…"
"Cale a boca, Dustin, antes que eu salve Sutton do pro-
blema."
"Eu vou." Ele levantou as mãos em sinal de rendição.
"Deixei o saco de roupa que eu trouxe para você lá fora. Va-
mos para o banheiro, e eu vou entregar a você."
Tate assentiu antes de seguir seu irmão de volta para o
banheiro.
Sutton foi até a cozinha para se fazer uma tigela de ce-
reais. Ela estava sentada à mesa, comendo, quando Tate vol-
tou.
"Você não fez uma tigela para mim?"
"Por que você não liga para uma de suas mulheres para
vir e te agradar da cabeça aos pés?"
"Simplesmente 'não' seria bom o suficiente."
Sutton viu como ele fez para si mesmo uma tigela de
cereais. Ele estava pálido e se movimentava rigidamente. Sua
presença avassaladora o fazia parecer melhor do que real-

173
mente estava. Quando viu o galão de leite quase cair, ela se
levantou.
"Sente-se. Eu vou fazer isso para você." Seus dedos aci-
dentalmente o tocaram quando ela pegou o leite dele.
"Obrigado." Ele se sentou à mesa enquanto ela termi-
nava de fazer o cereal para ele, em seguida, colocou a tigela
na frente dele.
"Você precisa de mais um comprimido de dor?"
"Eu já tomei quando eu estave no banheiro." Sutton as-
sentiu enquanto ela se sentou.
"Como você conheceu seu marido?"
Ela parou com a colher cheia de cereal a meio caminho
da sua boca, avaliando-o. Seu rosto era neutro, como se ele
estivesse apenas tentando conversar. Sutton comeu o cereal
enquanto decidia se queria responder a sua pergunta.
"Vamos. Estou entediado por estar confinado."
"Então, você quer que eu discuta o meu casamento pa-
ra entretê-lo?"
"Eu quero que você me conte sobre sua vida, porque es-
tou interessado." A sinceridade em sua voz quebrou sua re-
solução de não falar sobre o seu desastroso casamento.
"Eu conheci Scott quando eu estava vendendo produtos
farmacêuticos. Ele era um médico na minha rota. "
"Foi amor à primeira vista?"

174
"Não, ele realmente me pediu para sair várias vezes an-
tes que eu concordasse em sair com ele. No início, eu não es-
tava interessada. Ele parecia ser esnobe, deixando o prestígio
de sua posição subir à cabeça. Uma noite, eu cedi e saí com
ele." Ela tomou outra colherada de seu cereal enquanto ela
se lembrava do momento em que ela começou a namorar ele.
"Ele pareceu relaxar enquanto estávamos namorando.
Ele tinha um senso de humor que era perversamente engra-
çado, e eu não me sentia tão sozinha quando estava com ele.
Ele me pediu para casar com ele no dia dos namorados. Eu
achei romântico e achei que ele me amava, então eu disse
sim."
"Você achou?"
"Olhando para trás, acho que foi mais um desafio do
que qualquer outra coisa."
"Isso tinha que machucar."
Sutton empurrou sua tigela de cereal para longe, per-
dendo a fome. "Não foi a primeira vez. Parece que homens só
me querem, por causa da captura."
A colher de Tate caiu em sua tigela de cereal. "Isso não
é verdade."
"Sim. Eu era o desempate entre você e Cash. Com Scott,
eu era um troféu."
"Um troféu?"

175
"Eu descobri mais tarde que outros dois médicos em
seu consultório, me convidaram para sair e eu recusei, tinha
uma aposta sobre quem poderia me fazer mudar de ideia."
"O filho da puta te disse isso?"
Sutton concordou. "Quando eu pedi o divórcio."
"É uma coisa boa que ele está morto" disse ele severa-
mente.
Ela se levantou, indo até a pia para colocar sua tigela
suja, e depois foi para a porta da frente.
"Onde você vai?"
"Eu vou caminhar. Estarei de volta em uma hora."
"Sutton ..."
"A conversa acabou. Eu não quero falar sobre o meu
casamento mais. Eu não quero falar sobre o meu passado
com você, também. Me faz mal que eu fui uma idiota duas
vezes na minha vida."
"Eu não enganei você" Tate se levantou para encará-la
com raiva.
"Sim, você me enganou!" Ela gritou com ele, perdendo o
controle. "Você mentiu para mim. Você disse que estaria
sempre lá para mim, Tate! Lembra? Eu te amei com cada
respiração no meu corpo, e tudo o que você se preocupou era
se eu estava ficando com Cash. Eu sempre estive lá quando
você precisou de mim. Eu estava lá quando seus pais se afo-
garam. Eu te ajudei com os seus irmãos e Rachel. Eu ajudei

176
você a passar no vestibular, apesar de você não ter a inten-
ção de ir. Eu o protegi do meu pai. Mesmo depois que termi-
namos, eu olhava por você."
O rosto de Tate ficou pálido. "Do que você está falan-
do?"
"Quando Greer foi preso por vender drogas para um po-
licial disfarçado, eu li sobre isso no jornal. Entrei em contato
com Diamond e lhe disse que pagaria quaisquer taxas adici-
onais que ela quisesse, mas eu queria Greer fora da cadeia."
"Por que ela não nos contou?"
"Porque eu disse para ela não falar. Mesmo agora, eu
estou protegendo você, permitindo que você se esconda aqui,
apesar de que alguém possa ser morto." Ela deu uma risada
histérica. "Eu nunca deixei de estar lá para você, mas você
nunca esteve lá quando eu precisei de você. Nunca. Não
quando os meus pais e eu brigamos por sua causa e não
quando eu estava sentindo falta da minha família e Treepoint
tão mal que me casei com um homem que abusou de mim, e
você com certeza não estava lá quando eu mais precisei de
você… O dia que a minha filha morreu."

177
Capítulo 15

Sutton abriu a porta, pulando para a varanda e correu


para a floresta, sem perceber seus pés sendo rasgado pelo
caminho de cascalho ou os galhos e cascas de madeiras. Fu-
gindo de seu passado, Tate, e do dia que ela tinha perdido a
sua preciosa filha de onze meses de idade.
Ela parou no meio do caminho até a montanha, segu-
rando sua barriga, ofegante, tentando recuperar o fôlego. So-
luços escaparam enquanto ela se jogou ao lado de uma árvo-
re. Segurando os joelhos, ela deitou a cabeça para trás na
árvore enquanto tentava recuperar o controle.
Ela estava determinada a não falar a ninguém sobre
Valentine. Quando a raiva por Tate a fez abrir as comportas,
ela não foi capaz de segurar suas palavras. Mesmo quando
ela estava gritando com Tate, sua mente estava dizendo para
ela calar a boca.
“Sassy sapatos..."
"Não me chame assim."
Ela se sentou impotente, enquanto Tate caminhava em
sua direção se agachado em frente a ela. Sua mão esticou
para tocar seu rosto, sua grande palma áspera e calejada,
mas a gentileza em seu toque lhe deu força para sufocar os
gritos vindos de sua garganta.
178
"Eu pensei que estava fazendo a coisa certa ao deixar
você ir..."
Os olhos de Sutton ergueram para os dele; a dor que ele
não estava mais tentando esconder a atingiu com a força de
um soco no estômago.
"Eu teria matado Cash por fazer uma jogada com qual-
quer mulher que eu amasse, do jeito que eu te amei, mas eu
sabia que você ia desistir de seus sonhos por mim. Eu teria
te engravidado e a manteria nas montanhas. Mas eu queria
que seus sonhos se tornassem realidade, sem ser sacrificado
por mim. ”
“Quando você saiu da cidade após a formatura, eu qua-
se fui atrás de você. A única coisa que me impediu foi que eu
queria que você tivesse a vida que você merecia. Disse a mim
mesmo que eu lhe daria a sua liberdade até que minha famí-
lia estivesse criada. Então eu iria arrastá-la de volta para
Treepoint."
"Você nunca foi atrás de mim" ela soluçou, incapaz de
parar de chorar.
"Eu fui" ele disse, lágrimas transbordando em seus
olhos. "Eu lhe dei o tempo suficiente para se formar e traba-
lhar por alguns anos, tempo suficiente para você se decidir
qual vida você iria preferir. Eu fui atrás de você em San Die-
go e esperei do lado de fora, no local de onde você trabalhava.
Eu sentei lá durante todo o dia, esperando você sair. Eu ti-

179
nha comprado roupas novas para que eu não a envergo-
nhasse quando você me visse. Quando você saiu, você pare-
cia tão bonita que eu não pude me mover. Então, um carro
esportivo vermelho parou, e um homem saiu, segurando a
porta para você. Eu podia ver que ele tinha dinheiro. Ele es-
tava vestido com um terno caro com o cabelo todo penteado
para trás. Você o beijou antes de entrar no carro. Vi o anel
em seu dedo e sabia que você ia se casar com ele. Como eu
poderia competir com ele? As calças que eu usava não custa-
va tanto quanto aqueles sapatos extravagantes que ele esta-
va usando. Eu não poderia te dar uma casa, o dinheiro ou a
vida que ele podia, então eu saí. Eu estava com ciúmes e rai-
va, mas saí porque você estava vivendo a vida que eu pensei
que você queria e merecia. Se eu tivesse alguma ideia que
precisava de mim, eu teria ficado lá. Eu juro, Sutton, eu teria
ficado lá por você." Ele se sentou ao lado dela, colocando o
braço em torno do ombro, em seguida, puxando-a para si até
que sua cabeça estava em seu ombro.
Eles se sentaram em silêncio por horas, cada um la-
mentando as oportunidades perdidas. Ela acreditou nas
mentiras de Lisa, e Tate tinha acreditado que ele não podia
estar a altura dela. Nenhum dos dois teve fé no amor, que
eles descobriram naquele verão especial.
"Como a sua filha morreu?" Tate, eventualmente, per-
guntou.

180
“Depois que Scott e eu nos casamos, não demorou mui-
to para eu perceber o meu erro. Nós apenas tínhamos aca-
bado de voltar de nossa lua de mel de duas semanas, quan-
do ele começou a abusar de mim. Eu estava tomando banho
quando ele entrou e perguntou por que eu não tinha deixado
o meu trabalho depois que ele me pediu. Eu disse a ele que
eu nunca tinha dito que eu pararia de trabalhar, e ele me ar-
rastou da banheira pelos meus cabelos e me bateu. Fiquei ali
no chão molhado, acreditando que eu ia morrer. Quando ele
terminou, ele me deixou e foi para a cama, como se nada ti-
vesse acontecido. Levei um tempo, mas eu consegui me le-
vantar e me limpar. Eu tentei sair, e ele me disse que se eu
fizesse, ele mataria meus pais. Eu acreditei nele. Ele era lou-
co e não estava tentando esconder isso por mais tempo. No
dia seguinte, ele ligou para o meu trabalho e disse ao meu
chefe que eu não voltaria. Tinha medo até de visitar Pap an-
tes dele morrer. Ninguém me ligou para me verificar, e eu
não sabia para quem pedir ajuda. Eu não queria que meus
pais soubessem que eu tinha casado com um homem que me
machucava, e que potencialmente poderia prejudicá-los. Eu
estava envergonhada e com raiva de mim mesma por cair por
um lixo. Ele fez com que eu estivesse isolada e com medo. Eu
me tornei aquela mulher que eu jurei que nunca seria quan-
do ouvia sobre mulheres abusadas. Ele me batia e depois me
abraçava dizendo que era para o meu próprio bem. Comecei

181
a acreditar nele. Ele roubou a minha autoestima; eu não
conseguia fazê-lo feliz. Se eu cozinhasse alguma coisa, ele
chamava de porcaria ou lavagem caipira. Eu costumava ser
uma boa cozinheira, lembra?"
"A melhor que eu já tive." A voz suave de Tate enviou
uma onda de tranquilidade, apesar dos insultos de Scott
ainda a fazer duvidar se havia alguma verdade sobre as suas
declarações.
"Ele quebrou meu braço quando ele descobriu que eu
estava no controle de natalidade. Então, quando eu não en-
gravidava, ele me chamava de cadela infértil. Se ele não gos-
tava da maneira como eu estava vestida, ele me chamava de
vagabunda. Eu não usava nada decotado ou sem mangas,
embora eu ficasse em casa o dia todo. Eu não podia ir ao su-
permercado a menos que ele fosse comigo, e ele colocou
alarmes nas janelas e portas que lhe avisava se eu tentasse
sair. Eu estava presa e nem sabia como fugir. Quando fiquei
grávida, os espancamentos pararam, mas ele nem sequer me
deixou ir ao obstetra sozinha. Ele ficou comigo cada segundo,
mesmo durante os exames. Ele ainda confundia a minha
mente com isso, por causa de sua posição, ele não deixou
margem para nenhuma manobra. Até mesmo profissionais
educados abusam de seus cônjuges. Isso não é apenas com
os pobres."
"Eu sei disso" ele garantiu.

182
"Eu acho que a minha obstetra sabia. Uma das pergun-
tas quando eu fui admitida no hospital para ter Valentine era
se eu tinha medo de alguém. Ela me perguntou na frente do
Scott. Como eu deveria responder? Eu estava com muito me-
do de dizer a verdade. Deus me ajude, eu deveria ter dito. A
minha filha ainda estaria viva."
"Sutton, eu aprendi há muito tempo que ' O que' e 'se'
são as duas palavras mais dolorosas do mundo. Eu ainda me
culpo por não ter ido pescar com meus pais no dia em que
morreram."
"Eu quero ela de volta tão mal. Às vezes, eu não posso
respirar porque eu quero tanto…" Ela parou de falar, en-
quanto as lágrimas que ela não sabia como ainda era capaz
de produzir deslizava, pelo seu rosto.
Os braços de Tate apertaram ela, lhe dando a força pa-
ra terminar de explicar o modo horrível que a vida de sua
linda filha tinha terminado.
"Quando eu voltei para casa do hospital com o meu be-
bê, ele se tornou ainda mais controlador, dizendo que eu não
queria ter mais sexo. Era verdade. Eu não podia fingir. Isso
fazia a minha pele arrepiar quando ele me tocava. Scott criti-
cava tudo. Que eu não a carregava direito ou não fazia ela ti-
rar os cochilos. Ele me fez escrever todas as vezes que eu
amamentava ela e por quanto tempo. Um dia, ele me empur-
rou quando eu estava carregando Valentine, e eu quase caí

183
com ela. Ele me culpou, claro. Quando ela estava com três
meses de vida, ela tinha cólica, e ele disse que os alimentos
que eu estava comendo eram os culpados, dando-lhe gases,
então ele me fez dar a ela fórmula." Sutton começou a tremer,
as memórias se tornando muito dolorosa.
"Uma noite, ele chegou em casa do trabalho na emer-
gência, e ele foi para a cama. Eu não conseguia fazer Valen-
tine parar de chorar. Eu tentei de tudo, mas ela não parava.
Scott entrou no berçário, e eu podia ver pelo jeito que ele es-
tava olhando para ela que, se tivesse a chance, ele iria ma-
chucá-la. Eu a coloquei de volta no berço e disse para ficar
longe dela. Quando eu acordei, eu estava deitada no chão, e
ele estava sentado na cadeira de balanço, segurando o meu
bebê. Ele disse que me mataria se eu tentasse ficar entre ele
e a filha dele, e isso foi o fim de tudo para mim. Eu não daria
a oportunidade para ele prejudicar Valentine novamente.
Quando ele foi para a cama, eu entrei no quarto e roubei o
celular dele. Liguei para assistência contra abuso doméstico,
e no dia seguinte, quando Scott foi trabalhar, duas das mu-
lheres mais bonitas do mundo apareceram na porta. Peguei
Valentine e as nossas roupas e corri. Elas nos deram um lu-
gar para ficar onde Scott não podia nos encontrar roupas e
alimentos. Sem a ajuda delas, eu não sabia o que eu teria
feito. Elas me ajudaram e me aconselharam sobre o meu di-
vórcio, me forneceram os médicos que poderiam atestar os

184
danos que ele tinha feito ao meu corpo. Ele tinha quebrado
meu braço, várias costelas, meu nariz tinha sido quebrado
tantas vezes que estava deformado, e meu olho
esquerdo caído. Foi me dado o divórcio e uma ordem de res-
trição para mim e para Valentine. Eu nem sequer pedi apoio
ao cônjuge ou à criança, porque eu sabia que iria enfurecê-lo
ainda mais, então elas me ajudaram a encontrar um empre-
go e começar de novo. Durante dois felizes meses, eu tinha
uma vida que eu estava começando a gostar. Scott estava
longe. Eu deveria saber que ele não iria nos deixar em paz.
Eu até alertei aos meus pais por meio do abrigo de
violência doméstica para terem cuidado. Eu pensei que Scott
estaria com muito medo de perder o respeito de seus amigos
e colegas de trabalho por violar a ordem de restrição. Eu fui
pegar Valentine na creche dois meses depois do nosso
divórcio. Quando eu estava afivelando ela em sua cadeirinha
no banco de trás, ele me bateu e me empurrou para dentro
do carro. Eu acordei com ele dirigindo pela cidade, falando
descontroladamente comigo. Eu tentei tudo que podia para
acalmá-lo, mas não funcionou. Ele saiu da estrada e me ar-
rastou para o porta malas do carro e me empurrou para den-
tro, fechando a porta antes que eu pudesse escapar. Eu es-
tava tão orgulhosa de mim mesma por comprar aquele peda-
ço de lixo, eu tinha a minha independência e podia pegar a
Valentine na creche. Era tão velho que não tinha uma ala-

185
vanca de emergência." Ela deu um riso amargo. "Eu ficava
gritando para ele parar e me deixar sair, que era melhor que
ele não machucasse Valentine. Eu não sei por quanto tempo
ele dirigiu por aí, porque eu entrava e saía da consciência.
Acordei quando ele parou o carro e jogou Valentine para mim.
Eu a segurei enquanto ele dirigia, não tendo qualquer ideia
do que ele faria a seguir. Eu não sabia o que ele tinha feito.
Eu estava tão assustada, e tudo que eu podia fazer era ficar
ali no escuro, segurando Valentine."
"Jesus."
"Acredite em mim, eu orei. Orei para que Deus me aju-
dasse. Orei para que meus pais nos salvassem, embora eu
não tivesse falado com eles há anos. Eu mesma orei para que
você fosse me salvar. Eu sei que era irreal, mas eu continuei
orando para que alguém fosse nos salvar a tempo. Finalmen-
te, o carro parou, e tudo ficou quieto. Eu esperei que a mala
fosse aberta, mas eu estava com medo ao mesmo tempo. Eu
estava aterrorizada com o que ele faria para nós quando ele
abrisse. Eu ouvi o som de um tiro, mas depois disso, nada.
Comecei a gritar por socorro e outra vez, pedi a Scott para
abrir o porta-malas, mas ele nunca abriu. Fiquei ali naquele
porta-malas, pensando que mais cedo ou mais tarde,
conseguiria ajuda, mas nenhuma apareceu. Mesmo quando
eu soube que o meu bebê estava morrendo, eu ainda tinha
esperança que alguém nos encontraria a tempo. Ninguém

186
encontrou, e quando ela deu o seu último suspiro, eu não
queria mais ser salva. Eu queria morrer com ela. Quando eu
ouvi alguém no porta malas, eu não fiz nenhum som. Eu
queria que eles fossem embora. É engraçado, mas quando eu
parei de querer ser encontrada foi quando eu fui encontrada.
"Eu lutei com o policial que tentou me ajudar. Precisou
de dois paramédicos para me tirar desse porta malas e levar
meu bebê para longe. No hospital, eles me disseram que
Scott havia parado num estacionamento isolado, foi para o
banco de trás, e se matou. Uma das funcionárias do grupo
contra abuso que eu tinha mantido contato tinha informado
o meu desaparecimento, e todos os membros haviam se uni-
do para nos procurar. Um deles encontraram o carro no es-
tacionamento."
Tate tinha permanecido em silêncio por tanto tempo
que ela levantou a cabeça, encontrando seus próprios olhos
cheios de lágrimas e suas bochechas molhadas.
"Se eu não tivesse saído naquele dia."
"Se eu não tivesse escutado Lisa…" A expressão tortu-
rada de Tate fez seus instintos protetores aparecer. Ela não
podia suportar ver o homem enorme, escandalosamente con-
fiante acreditar que ele foi responsável por qualquer parte do
desastre que a sua vida se tornou com Scott.
"Não foi culpa de ninguém além de minha. Eu deveria
ter voltado para Treepoint com Valentine, mas meu orgulho

187
me segurou. Eu não queria enfrentar meus pais com o meu
erro. Eu não queria vê-lo em torno da cidade, me odiando, e
se gabando que eu era divorciada."
Um gemido saiu de seus lábios.
"Eu estou piorando as coisas, não estou?"
"Com o fato de você pensar que eu era o maior idiota
que podia imaginar? Você estava errada. Eu não teria me ga-
bado. Eu teria perseguido você."
"Sim, certo. Você não exatamente me recebeu de volta à
cidade."
"Talvez não, mas eu não fui capaz de ficar longe, tam-
pouco. Por que razão você acha que eu estava na floresta na
noite que Lyle foi morto?" Ele pegou uma de suas mãos, vi-
rando-a e esfregando a pele com cicatrizes de seu pulso com
o polegar. "Você…"
"No hospital, sem Valentine, eu não queria viver. Acho
que Scott não atirou em nos, porque ele queria que tivésse-
mos uma morte lenta e dolorosa, mas o bastardo não teve a
coragem de fazer isso sozinho. Eu me tranquei no banheiro e
cortei meus pulsos com uma navalha que eu roubei do quar-
to de um paciente do sexo masculino ao lado do meu. Uma
enfermeira me encontrou a tempo, e eles conseguiram me
salvar."
"Você ainda é uma suicida?" Ninguém nunca acusaria
um Porter de ser delicado.

188
"Não, eu recebi aconselhamento e o apoio do grupo de
violência doméstica que ajudou a me resgatar." Ela lhe deu
um sorriso irônico. "Não demorou muito para o meu sangue
da montanha me fazer recuar. Eu decidi viver só para irritar
Scott. Isso não era muito de uma razão para continuar vi-
vendo, mas depois comecei a ajudar outras mulheres abusa-
das. Eu as coloquei em contato com aqueles que poderiam
ajudar, cirurgiões plásticos para reparar os danos
físicos que era um lembrete constante do abuso que sofri-
am." Ela passou o dedo em seu nariz que estava perfeito. "A
pior coisa é lembrar das coisas toda vez que você se olha
num espelho."
"Eu sou grato que eles estavam lá por você." Tate levou
a sua mão até a boca dele, seus lábios delicadamente passa-
vam pelas cicatrizes em seu pulso.
"Eu não dei a Scott qualquer poder sobre mim por mais
tempo, mas a minha aliança de casamento me lembra para
não confiar no meu coração nunca mais. Ele me decepcionou
duas vezes."
"Seu coração não te decepcionou; os homens que você
amou sim." Tate disse. "Eu não posso mudar o passado. Eu
daria a minha própria vida para trazer de volta a sua filha
para você, mas eu não posso. Eu só posso provar que eu vou
estar lá para você de agora em diante."

189
Sutton se afastou dele, tirando a sua mão de seu firme
aperto. "Eu não vou dar a você ou a qualquer outro homem
outra chance. Finalmente estou contente com a minha vida."
"Você pode ter um milhão de razões para não confiar
em mim quando digo que quero começar de novo com você."
Sutton sacudiu a cabeça. Não havia nenhuma maneira
que ela teria um relacionamento com Tate. Ele poderia que-
brar a parede que ela havia criado em torno de seu coração
para protegê-lo.
"Não diga 'não' ainda. Nós vamos levar isso lentamente.
Eu mesmo vou deixar você definir as regras."
Ela olhou para ele com ar de dúvida. Tate deixando
uma mulher estar no controle estava além de sua capacidade.
Ele sorriu para sua expressão, em seguida, se levantou
e esticou a mão para puxá-la.
"Você pode ter um milhão de razões para não confiar
em mim, mas eu só preciso de uma chance para provar que
você está errada." Ele a levantou em seus braços.
"Tate, me coloca no chão! Você não pode me carregar
por esta montanha. Você está muito fraco. Você vai cair!"
Ele enterrou o rosto em seu pescoço e ela passou os
braços em volta do pescoço dele com cuidado para não pres-
sionar a ferida em seu peito.
"Seu coração está dizendo para você me dar uma chan-
ce... Olha onde estamos, Sutton."

190
Ela olhou ao redor, e levou apenas um momento para
perceber onde estavam. Este era o local exato que eles usa-
vam para se encontrar quando eram adolescentes, onde eles
se deitavam no velho cobertor e falavam sobre o seu
futuro.
Como um animal ferido, que inconscientemente procu-
ravam pelo lugar que havia encontrado sua maior felicidade,
se sentindo segura nos braços de Tate.
Seu coração estava dizendo o que sua mente não acei-
tava: Ela daria a ele outra chance.

191
Capítulo 16

"Você está trapaceando" Sutton acusou ele.


"Não, eu não estou."
"Sim você está. Você disse que iríamos avançar na mi-
nha velocidade. Você andando pela casa seminu é trapaça".
Tate deu um sorriso meloso. "Está quente."
Sutton não poderia discordar dele. Ele era quente, e
seu corpo despertava os desejos que ela não tinha sentido há
anos, lembrando que ela ainda era uma mulher de carne e
osso. Inconscientemente, lambeu o lábio inferior quando no-
tou a crescente protuberância em sua calça jeans.
Tate estava recostado ao balcão da cozinha, bebendo
uma cerveja, vestindo jeans que caíam até os ossos do qua-
dril. Ele não usava uma camisa, exibindo os seus ombros
largos. O homem era duro como pedra. Ele não tinha um pa-
cote de seis; ele era muito musculoso para isso.
A tensão sexual crescia, cada vez que ela entrava em
contato com ele, o cabelo em seus braços se arrepiava devido
a carga elétrica que se passava entre eles.
"Quer um gole?"
"Não, obrigada."

192
"Eu pensei, pelo jeito que você estava olhando, que você
queria um pouco."
Sutton cerrou os dentes. O homem era muito experien-
te para não saber que ela estava atraída, como uma erva de
gato que deixava os gatos sedentos por ela.
"Se eu quiser um, eu vou pegar sozinha" ela provocou.
"Sério? Posso ver?"
"Claro." Sutton caminhou até a geladeira, pegando uma
cerveja e abrindo a tampa. Tomando um gole, seus olhos en-
contraram os de Tate. A tensão entre eles aumentou ainda
mais com o desafio deliberado em seu olhar.
Tate bateu a cerveja no balcão, em seguida, fez um mo-
vimento súbito em sua direção.
Seu desejo morreu quando ela deu um passo para trás.
Tate parou alguns pés longe dela, com o peito arfando
enquanto suas mãos se apertaram em seus lados.
"Respire Sassy, eu consigo aguentar uma provocação,
mas eu não posso tirar o medo. Eu nunca te machucaria. Eu
lhe daria o meu rifle para atirar em mim se eu fizesse."
Seu corpo relaxou contra o balcão. "Eu acredito em vo-
cê."
"É melhor." Ele caminhou lentamente para se aproxi-
mar dela, colocando uma mão em cada lado seu no balcão,
prendendo-a no lugar. "Eu não vou apressá-la. Você merece
ser cortejada e se sentir especial."

193
"Você não é exatamente um homem que eu diria ser
paciente."
Tate lhe deu um olhar sedutor. "Eu sou muito pacien-
te."
Um riso nervoso escapou dela quando ela colocou as
mãos em seus ombros, empurrando-o para trás. "Eu preciso
fazer o jantar. Vá para a sala e termine a sua cerveja." Tate
estava virando a cabeça quando ouviu uma batida na janela
da cozinha em suas costas.
"Seus irmãos nunca vão entrar pela porta da frente?"
Ela olhou para Greer, que estava de boca aberta para ela do
outro lado do vidro.
"Eu acho que ele e Dustin estão se divertindo com es-
sas coisas de se esconder. Não estrague a diversão dele."
"Eu prefiro chutá-los na bunda." Sutton empurrou a
janela para que Greer pudesse entrar "Não toque em nada"
ela zombou dele.
Ela andou rapidamente para a panela de feijão que ti-
nha passado o dia cozinhando, se o grande pateta batesse
em algo, ela atingiria a cabeça dele com a panela de batatas
fritas que estava no fogão.
"Eu sinto o cheiro de feijão?" Greer cheirou o ar, seus
pés ainda pendurados na janela. "E pão de milho?"
"Não" Sutton mentiu. Intencionalmente, ela esticou a
mão, puxando os pés dele.

194
"Espera..." Greer caiu no chão e olhou para ela.
"Sinto muito."
"Aposto que sente." Greer se levantou, pegando o boné
de beisebol do chão e o colocando de volta em sua cabeça.
"Mulher, você tem uma veia cruel, mas eu posso lidar com
isso se você me der uma tigela desses feijões."
Sutton levantou uma sobrancelha, continuando parada.
Greer suspirou. "Eu vim para lhe dizer que houve outro
tiro na cidade."
"Alguém machucado?" Tate perguntou abruptamente.
"Não, mas Rider tem um grande buraco em seu capace-
te."
"Rider? Ele me deu uma carona para casa na noite que
eu saí com Cheryl" Sutton se intrometeu na conserva. "Ele
está bem?"
"Você vai me dar uma tigela desse feijão?"
Antes que ela pudesse dizer a Greer onde ela enfiaria os
feijões, Tate respondeu a ela.
"Ele está bem. O filho de uma cadela é um Last Rider, e
cada um deles tem nove vidas. "
"Graças a Deus ele não estava ferido." Em seguida, ou-
tro pensamento lhe ocorreu. "Quando isso aconteceu?"
"Algumas horas atrás. Knox, seus policiais e a polícia
estadual estão vasculhando toda a cidade, tentando encon-
trar Tate"

195
"Ele não poderia ter feito isso. Ele estava aqui comigo o
tempo todo."
"Quem está fazendo os disparos não sabe que eu estou
aqui com você, ou eles teriam esperado você ir à cidade" Tate
disse.
"Isso é bom ou ruim?" Sutton perguntou, indo para o
forno para tirar o pão de milho. Carregando a pesada frigidei-
ra de ferro, ela colocou sobre o fogão.
"Ruim. Isso significa que o filho da puta está se prepa-
rando para deixar a cidade, ou."
"Ou?"
"Ele está prestes a aumentar os ataques."
Sutton deu Tate um olhar preocupado. "Knox disse que
voltaria e o prenderia se mais uma pessoa se ferisse."
"Knox sabe que Tate não fez isso. Uma testemunha deu
uma descrição de alguém menor do que Tate fugindo por um
beco"
"Então Tate está limpo?"
"Ainda não. Knox enviou uma mensagem para ficar
quieto. A polícia estadual não está exatamente disposta a ti-
rar Tate da sua lista de suspeitos, e eles falaram que os dois
assassinatos não podem estar conectados a Rider. Eles
enviaram a bala para o laboratório estadual. Vai levar alguns
dias antes que possam dizer se é da mesma arma que matou
Helen Stevens."

196
Greer estendeu a mão para beliscar um grande pedaço
de pão de milho e o colocou na boca. "Droga, eu não tive um
bom pão de milho desde que Ma morreu."
"Sente-se à mesa, e eu vou preparar para você um pra-
to." Sutton ignorou o olhar divertido de Tate enquanto ela se
virou para o armário para tirar pratos e tigelas.
Ela fez para os dois homens um prato cheio de comida
antes de colocá-los em cima da mesa na frente deles.
"O que você quer beber?"
"O que você acha?"
Sutton foi até a geladeira, pegando o jarro de leite e co-
locando-o sobre a mesa com copos. Ela tinha comido em sua
casa algumas vezes antes dos pais deles falecerem e se lem-
brou de como eles gostavam de comer o pão de milho.
Ela se sentou depois de fazer para si mesma um prato
muito menor, desfrutando em assistir os homens comerem a
comida que ela tinha feito.
"Eu poderia fodidamente chorar" Greer elogiou. "Eles
parecem com a da Ma."
Sutton corou de prazer com o elogio de Greer. "Eles de-
viam parecer. Foi ela quem me ensinou como fazê-los."
Quando os homens terminaram de comer, ela observou
como cada um deles partiu o pão de milho comendo com o
leite.

197
"Nunca pensei que diria que gostei de alguém cozi-
nhando tanto quanto a Ma." O elogio de Greer a fez sorrir.
Ela não tinha notado como ele tinha ficado com uma
boa aparência até agora. Suas feições eram mais bonitas que
a de Tate e mais esculpido que o Dustin. Seu nariz se benefi-
ciaria de um cirurgião plástico. Sutton pensou que parecia
que tinha sido quebrado mais vezes do que o dela. Seu corpo
era mais magro do que Tate, mas ele era mais alto. Sutton
conseguia entender por que as mulheres da cidade tinham
problemas para escolher entre os irmãos Porter.
A carranca de Tate mostrou que ele não estava feliz
com o jeito que ela estava olhando para Greer.
Uma mosca de repente voou, e Sutton esqueceu car-
ranca de Tate e ficou com raiva de si mesma por não abaixar
a tela depois de Greer subir da janela completamente. A coi-
sa irritante a deixaria louca, até que ela conseguisse
matá-lo. Ela estava prestes a conseguir um mata-moscas
quando a mão de Greer voou numa velocidade de um raio
sobre a mesa, matando-o. Ele usou os dedos para jogar para
fora da mesa, em seguida, casualmente voltou a comer seu
leite e pão de milho.
Seus olhos voltaram a Tate com sua risada. "Como eu
pareço agora?"
"Melhor" Sutton riu com ele.
Greer olhou para eles com desconfiança. "O que?"

198
"Há sabão e água em cima da pia."
"Por que, só por que eu matei aquela mosquinha? Eu
tenho imunidade aos germes." Ele se gabou.
Sutton pensou por um segundo que ele estava brincan-
do, em seguida, percebeu que ele estava falando sério.
"É a verdade. Eu nunca fico doente."
"Aposto que os outros ao seu redor não podem dizer o
mesmo."
"Nah, eles estão doentes o tempo todo."
"Eu me pergunto por quê" Sutton disse sarcasticamente.
Ela tinha a sensação que Greer era uma reencarnação de
Mary Tifóide.
"Porque eu tenho o meu próprio elixir que eu bebo to-
dos os dias. Isso me mantém forte e saudável como um cava-
lo."
"O que tem nele?"
"Um copo de aguardente, uma batida de flocos de pi-
menta vermelha, metade de um limão e um dente de alho.
Eu não estive doente em dez anos."
"Você come um dente de alho todos os dias?" Sutton fez
uma nota mental para não ficar muito perto dele.
"Sim. A aguardente mata o cheiro do alho"
"Isso não é tudo que ele mata. Quanto tempo se passou
desde que você teve um encontro?"

199
Greer se recostou, satisfeito em sua cadeira, acarician-
do seu estômago. "Estive muito ocupado tentando encontrar
o assassino de Lyle para sair recentemente."
"Quando você encontrá-lo, dê a ele essa sua mistura e
ele vai implorar para ir para a prisão."
"Ha, ha. Muito engraçada. Essa é a última vez que eu
compartilho algumas de minhas receitas com você."
"Você tem outras?" Sutton tentou segurar o riso.
"Nem pergunte" Tate gemeu. "Acredite em mim, você
não quer saber."
Ela não conseguiu se conter. "Vamos. Compartilhe."
"Eu posso me livrar de uma marca de pele em um se-
gundo."
"Como?"
Greer enfiou a mão no bolso e tirou um isqueiro, sacu-
dindo-a até que a chama surgiu. "Eu queimo a filho da puta."
Sutton se encolheu. "Eu não tenho nenhuma."
"Quando tiver, eu vou tirar ela para você" ele se ofere-
ceu.
"Vou manter isso em mente." Ela olhou para Tate para
ver se Greer estava tentando esticar sua perna.
Ele encolheu os ombros. "Eu te avisei."
"Sim, você avisou."

200
Ela decidiu que ela iria aceitar o seu conselho. Afinal, a
abordagem de Greer para a medicina holística era assusta-
dora.
"É melhor eu ir. Eu não quero deixar Logan e Holly so-
zinhos por muito tempo."
"Onde está Dustin?" Tate perguntou abruptamente.
"Ele está mantendo uma orelha para as fofocas do Ro-
sie"
"Boa ideia."
Sutton observou enquanto Greer pegava outro pedaço
de pão de milho antes de subir para sair pela janela nova-
mente.
"Seu irmão precisa de ajuda."
"Ele estava apenas se exibindo para você."
"Por quê?"
"Porque você estava olhando para ele como um pedaço
de carne."
"Eu não estava" ela negou.
"Você estava."
Sutton se lembrou do que Cheryl tinha dito a ela sobre
os irmãos. "Ele estava agindo como um caipira, porque ele
pensou que eu estava atraída por ele?" Ela perguntou incré-
dula.
"Sim."

201
Sutton riu tanto que ela teve que segurar seu estômago.
"Eu não seria... Nunca... mesmo que fosse o fim do mundo e
ele fosse o último homem... Atraída por Greer."
"Por quê?"
"Ele é um idiota ruim. Ele é irritantemente rude, e- "
"Ele é um caipira?"
Sutton não perdeu a mistura de raiva em seus olhos, e
sua risada morreu. "Eu ia dizer que ele provavelmente dorme
com sua arma na cama. E eu sou uma caipira também, en-
tão por que você acha que eu diria isso?"
Tate bufou. "Tecnicamente, você não é uma caipira. Vo-
cê viveu na casa mais chique da cidade."
"Eu fiquei cada verão com Pap. Eu sou tão caipira
quanto você e qualquer outra família que vive nestas monta-
nhas."
"É mesmo?"
"Sim!" Sutton estalou. Se levantando com raiva ela jun-
tava os pratos, levando-os para a pia.
"Por que você está ficando tão chateada?" Tate veio por
trás dela, colocando os braços em volta da sua cintura, suas
mãos abertas contra seu estômago.
Ela ficou rígida contra ele. "Porque estas montanhas
são a minha herança, tanto quanto elas são suas. Pap e
Granny viveram nesta montanha toda a sua vida, e seus pais
antes deles, por gerações. Meu tatara, tatara, tataravô rou-

202
bou uma galinha na Irlanda, então ele foi mandando embora
com os outros presos para a América. Ele se estabeleceu so-
bre estas terras, e todas as gerações desde então viveram e
morreram nela. Meu pai se mudou para a cidade para viver
com a minha mãe, porque Pap ainda estava vivo, e ele queria
a sua própria casa, mas ele teria se mudado de volta para
aqui depois que Pap morreu se ele tivesse deixado a casa pa-
ra ele."
"Seu pap sabia que você pertence a isso aqui, e seu pai
não pertence mais. Se esta terra significa muito para sua fa-
mília, então por que vendê-la?"
Sutton não respondeu sua pergunta.
Ignorando o aperto em torno de sua cintura, ela come-
çou a lavar os pratos.
"Porque eu vivo perto?" Ela ainda não respondeu.
"Sassy respire, eu vou ter a minha resposta."
"Eu não fiz a minha mente ainda" ela finalmente admi-
tiu. "Eu iria reformá-la, então, decidiria."
"Então por que você foi ver Drake Hall?"
"Eu queria saber se ele conhecia alguém que estaria in-
teressado na propriedade."
"Você foi vê-lo porque sabia que a primeira ligação que
ele faria depois que você saísse de seu escritório seria para
mim. Você estava me mandando uma mensagem, você tendo
intenção ou não."

203
Sutton virou-se para encará-lo. "Eu não estava."
"Você estava." Ele olhou para ela com uma expressão
divertida.
Sutton cerrou os dentes. "Eu não estava."
"Ok." Ele abaixou a cabeça, colocando um beijo em
seus lábios antes que ela pudesse empurrar para longe. "Di-
ga para si mesma tudo que quiser. Você quer saber o que eu
disse a Drake?" Sutton teve que admitir para si mesma que
ela queria saber, então ela acenou para ele.
"Eu disse a ele que não, que eu não compraria, e eu
gostaria que ele garantisse que ninguém mais compraria,
também. Eu asseguraria que alguém que pensasse em com-
prar teria como seu vizinho um louco. "
"Por que você afastaria um comprador?" Sutton pergun-
tou, magoada que ele sabotaria a venda de sua terra.
Sua mão foi para o seu pescoço, sem deixá-la escapar
de seus olhos verdes penetrantes. "Eu sabia que ele falaria
para você o que eu falei com ele. Então, eu enviaria uma
mensagem minha para você: Você não vai partir."

204
Capítulo 17

"Tate ..."
A indecisão em seu rosto quase o fez recuar para lhe
dar mais tempo. Em vez disso, ele pegou sua boca com a dele,
beijando-a do jeito que ele queria quando eles estavam na
escola, mas tinha medo de assustá-la.
Ele lentamente explorou a boca dela com a ponta da
língua antes de deslizar para dentro. Deus o ajudasse, ela
ainda tinha o mesmo gosto, como o mel que ela tinha derra-
mado sobre o seu pão de milho. Ele fez questão de não pren-
der ela contra a pia quando se aproximou e desligou a água,
lhe dando o seu peso lentamente quando ele a pressionou
para que ela pudesse sentir como estava afetando seu corpo.
A única maneira dela perceber que seriam bons juntos era
mostrar que ele poderia dar o que ela precisava.
Na verdade, Tate tinha que admitir para si mesmo que
ele não conseguiria recuar e esperava que isso caísse em seu
colo. De jeito nenhum. Se qualquer coisa, o que ele queria
nunca vinha facilmente. Ele lutou e trabalhou duro para
manter sua família unida. Sutton se tornaria uma parte de
sua família. Por bem ou por mal, ele estaria conseguindo esta

205
garota. Se ele tivesse que usar seu corpo para conseguir isso,
então ele estava bem com isso.
Ele plantou as mãos nos quadris, nivelando-a contra
seu corpo, pressionando seu pau contra as suas coxas. Es-
perando que ela endurecesse, ele ficou surpreso quando ela
se derreteu contra ele, seus braços circulando seus
ombros.
Aprofundando o beijo, ele chupou a língua dela, dei-
xando-a assumir a liderança, encorajando-a com um gemido.
Corajosamente, ela ficou na ponta dos pés para alcançar os
seus lábios, ele a ajudou, levantando-a até a borda da pia.
Suas coxas circularam a sua cintura e suas mãos deslizaram
para afundar os dedos na massa espessa de seu cabelo, se-
gurando-o. Sua língua brincou com a dele, deslizando contra
ele intimamente, aumentando o fogo em seu pau para uma
dor ardente que seria um inferno para baixar. Gemendo, ele
levantou a cabeça, apesar dela tentar usar seu cabelo para
dar um puxão de volta para sua boca.
"A menos que você esteja pronta para que eu possa le-
vá-lo para sua cama e te foder, precisamos desacelerar."
Seus olhos cheios de paixão piscaram para ele. "Eu
pensei que você disse que poderia ir na minha velocidade?"
"Nós podemos. É por isso que eu estou lhe dando a op-
ção de parar agora." Ele brincou com o lado de seu pescoço.
Descendo, ele ajustava o top que estava expondo seus seios.

206
"Eu não estou pronta."
"Eu estou bem com isso." Ele a levantou, colocando-a
de volta em seus pés antes de recuar. "Quer um pouco de
ajuda com os pratos?"
"Sim."
Tate voltou para a mesa para terminar com o resto dos
pratos. Então, pegando um pano de prato, ele secou depois
de enxaguar, colocando-os de volta no balcão.
"Você sente falta de San Diego?"
"Eu sinto falta dos amigos que fiz lá. Voltei a trabalhar
na empresa farmacêutica, e eu estou gostando de estar de
volta ao trabalho."
"Isso é bom." Tate ficou em silêncio.
Se ela ficasse em Treepoint, ela não seria capaz de
manter o seu emprego. Ele não queria tirar alguma coisa que
era importante para ela. Isso tinha sido feito com muita fre-
quência.
"Rachel trabalha para os Last Riders"
"Ela me disse isso quando eu jantei com ela e Cash".
"Ela está cultivando plantas que pode filtrar a água."
Sutton parou de lavar pratos para olhar para ele. "Isso é in-
teressante." Tate assentiu. "Talvez eles poderiam contratá-la
para vendê-las. Ou mesmo Dustin que é um contador. Ele
está apenas começando, mas ele estava falando sobre con-

207
tratar alguém para ficar no escritório e manter o controle do
faturamento."
"Por que você está me falando isso?"
"Para você saber que tem opções." Tate continuou se-
cando os pratos sem olhar para ela. "Treepoint está ficando
maior, também. Eles vão construir uma loja de artigos espor-
tivos, e Dustin me disse na semana passada que Drake lhe
contou que um salão de beleza está pesquisando o prédio ao
lado do restaurante."
"É bom saber disso, se eu decidir ficar, eu posso sair e
comprar uma nova vara de pescar. Eu faço minhas próprias
unhas." Ela levantou uma mão ensaboada, lhe mostrando as
unhas pintadas.
"Apenas pensei em falar para você" ele resmungou.
"Eu acho doce o jeito que você está tentando me fazer
ficar, mas uma loja de artigos esportivos ou um salão de be-
leza não será o motivo. Um trabalho não é, também. Minha
empresa tem uma rota em Kentucky. Eu teria que viajar pelo
Estado, mas isso não me incomodaria."
"Não incomodaria?"
"Não. Se eu quiser ficar, eu poderia fazer isso funcio-
nar."
"Bom, e não me chame de doce. Isso pode vazar por aí,
e eu teria que chutar a bunda de alguém. "
"Eu vou manter isso só entre nós" ela prometeu.

208
Quando terminaram os pratos, ele se virou para voltar
para a sala, mas a mão em seu braço o deteve.
"Tate, eu não preciso de você para me consertar. Eu
não estou quebrada" Ele deu um tapa na bunda dela. "Eu
posso ver isso."
"Você acabou de bater na minha bunda?"
Ele estendeu a mão para bunda dela. "Você precisa de
mim para fazer isso novamente para que você possa ter cer-
teza?"
"Eu não posso acreditar que você fez isso. Para uma
mulher que foi abusada fisicamente, pode ser traumatizan-
te."
"Você é a única que me disse que não estava quebrada.
Você sabe que eu estava brincando. Se você quiser que eu
pise em ovos ao seu redor, me fale."
"Você iria?"
"Não, mas eu gostaria de tentar."
Sutton riu. "Pelo menos você é honesto."
"Lá vem você." Ele passou um braço em torno do ombro.
"Vamos assistir um pouco de televisão."
Tate se sentou no sofá, puxando-a para o lado dele. Ele
estava prestes a pegar o controle remoto quando ela o pegou
antes que ele pudesse.
"Eu não estou vendo mais um episódio de Justiça ou a
Justiça das Montanhas."

209
"E quanto a…?"
"Eu não estou vendo essa série Moonshiners, também"
ela o interrompeu, trocando o canal até que ela achou o pro-
grama que ela estava procurando.
"Claro que não, isso não vai acontecer." Tate fez ruídos
de engasgos com a série Largados e Pelados
"É educacional. Se o mundo chega ao fim, eu vou saber
como sobreviver no deserto."
"Se o mundo chegar ao fim, não estaremos vivos, e se
estivermos, vou caçar para nós, mas eu garanto que não será
como um idiota nu quando eu estiver fazendo isso." Ele ten-
tou tomar o controle dela. "Tudo bem, tudo bem, eu vou mu-
dar de canal." Ela trocou os canais, parando.
Tate se sentou relaxando reconhecendo Reis dos Patos.
"Isso está bom?"
"Eu posso viver com isso."
"Figuras".
"O que isso significa?"
"Camponês e caipiras se beijando são primos."
"Isso não é verdade." Ele apoiou os pés na mesa de café.
"Sim isso é."
"Não, caipiras são mais espertos."
"Eu não acho que eles concordariam com você."
"Sim, eles concordariam. É por isso que eles são caipi-
ras."

210
Sutton revirou os olhos. Ela conseguiu assistir um epi-
sódio, mas quando um outro programa começou, ela se le-
vantou.
"Eu tenho que fazer uma caminhada. Meu cérebro vai
virar mingau se eu assistir mais."
"Espere, e eu vou com você." Não demorou muito para
calçar as botas e pegar o seu chapéu de palha. Procurando
pelo armário, tirou o que ele estava ansioso para fazer na
semana passada.
"Eu estou pronto." Tate saiu do quarto, carregando as
varas de pesca.
"Nós não podemos pescar. Alguém vai vê-lo. "
"Pegue as suas chaves. Eu conheço um lugar onde nin-
guém vai nos incomodar."
"Tudo bem." Eles saíram depois que ela pegou as cha-
ves do carro. No carro, ela se virou para ele.
"Onde estamos indo?"
"Para a casa de Cash." Sutton dirigia pela entrada de
cascalho, virando na direção de Cash. Estava ficando escuro,
mas o percurso não demorou muito. Quando ela estacionou
na frente da casa de Cash e Rachel, Rachel correu para rece-
ber Tate.
"Você está bem?" Sua irmã olhou para ele com preocu-
pação.

211
"Está tudo bem. Sutton e eu estávamos ficando entedi-
ados e pensamos em pescar."
"Vocês dois vão se divertir. Cash trabalhou dois turnos
na fábrica, ou nós acompanharíamos vocês."
"Rider está bem?"
"Sim, ele teve sorte por usar o capacete. Geralmente, ele
não usa um, mas eles estavam voltando de uma corrida com
Stud."
"Quem é Stud?" Sutton perguntou.
"Ele é o presidente do moto clube Destructors e do Blue
horsemen."
"O nome desse motoqueiro é Stud? Eu preciso ver esse
cara."
Tate balançou a cabeça para sua brincadeira. "Você vai
querer ficar longe dele."
"Por quê? Ele é perigoso?"
"Não, mas a esposa dele e as amigas dela são" Tate dis-
se a ela, sua mão indo para Rachel para puxá-la para ele.
"Como o bebê está?"
"Bem." Sua irmã começou a levantar a mão para colo-
car em seu peito, mas Tate agarrou a mão dela.
"Estou bem. Cuide do meu sobrinho ou sobrinha."
"É uma menina" Rachel disse a ele com um sorriso.
"Cash está feliz que ele está tendo uma menina?"

212
"Eu não contei a ele." Rachel deitou a cabeça sobre o
seu peito, lhe dando um abraço apertado antes de dar um
passo para trás. "Se você pegar qualquer peixe extra, traga-
me um."
"Claro que sim." Tate deu adeus a sua irmã quando ele
fazia um sinal para Sutton avançar para a floresta. Os vaga-
lumes estavam apenas começando a sair enquanto se dirigi-
am para o rio.
"Eu senti falta deles." A voz de Sutton estava cheia de
admiração enquanto ela pegava um pequeno inseto, segu-
rando-o delicadamente na mão fechada antes de soltá-lo pa-
ra voar novamente.
"Eu me lembro de quando eu peguei alguns em um
frasco para Rachel, e apesar de eu fazer furos na tampa, você
me convenceu a deixá-los ir."
"Eu não podia suportar vê-los presos." Tate pensou da
ironia dela ser tão generosa que não prejudicava nem um in-
seto, e encontrar um monstro que a capturou e torturou.
"O que vamos usar como isca?"
Tate foi para uma árvore. Pegando um pedaço de pau,
ele cavou ao redor por alguns segundos até que encontrou
alguns vermes e os suspendeu para mostrar a Sutton.
Ela pegou um gordo que estava se mexendo na palma
da sua mão. "Você pode ficar com o magro." Ela perfurou a
criatura se contorcendo no gancho.

213
"Eu cavei isso. Eu deveria ficar com o grande." Tate
resmungou.
"Vou cavar na próxima vez. Vou encontrar dois gran-
des."
"Você sempre tenta me superar" Ela habilmente lançou
sua linha na água. "Isso é porque você para de cavar assim
que os encontra. Eu continuo procurando até encontrar o
que eu quero."
Tate lançou sua própria linha. "Eu espero que você faça
isso com os homens, também."

214
Capítulo 18

Sutton olhou para o dia chuvoso, sentindo como se es-


tivesse prestes a subir pelas paredes. Knox passou na noite
passada para lhes falar que o resultado da análise forense
das balas deve sair hoje. Se elas forem da mesma arma, en-
tão isso oficialmente limpava o nome do Tate. Isso significava
que ele voltaria para casa dele esta noite ou pela manhã.
Ela colocou as mãos no bolso de trás, balançando para
frente e para trás nas pontas dos pés, contando para si
mesma. Seu terapeuta tinha dito que isso aliviaria a ansie-
dade de uma situação estressante. Isso não estava funcio-
nando. Sua mente estava se debatendo se ela devia ou não
dormir com Tate.
Começar um novo relacionamento assustava o inferno
fora dela, especialmente um que não tinha terminado bem da
primeira vez. Ele estava sendo tão gentil e atencioso com ela.
Ela queria se esfregar contra ele e pedir para ele fodê-la. Por
outro lado, ela tinha odiado ter sexo com Scott. Ela ingenu-
amente guardou a sua virgindade para o homem que ela ti-
nha planejado se casar. Então, quando ela tinha tido sexo
com ele, ele tinha sido a maior decepção que ela tinha expe-
rimentado. Para ser justa, ela estava tão ansiosa para estar

215
com Tate que não sabia se alguém poderia ultrapassar as
expectativas que ela tinha estabelecido.
Sua noite de núpcias foi gasta com Scott ficando bêba-
do em seu casamento. No quarto de hotel, ela se encontrou
na cama com seu vestido de casamento puxado até os qua-
dris. Ele terminou antes que ela percebesse que tinha come-
çado. Se ela não tivesse sentido a dor de sua entrada, ela
nunca teria notado que teve sexo.
Isso tinha ficado cada vez pior. Ela tinha tentado pen-
sar em alguma coisa para tornar a experiência mais agradá-
vel. O que causou a primeira surra que Scott tinha lhe dado
e que a levou a admitir que tinha cometido um erro. Ela se
culpava pelas agressões, acreditando que sua falta de desejo
o levara a agir dessa forma para expulsar a sua frustração.
O terapeuta tinha tentado convencê-la de que Scott era
o culpado, por não ter feito nenhum esforço para excitá-la.
Sutton tentou se convencer mais e mais, mas ela sabia a
verdade que estava enterrada no fundo do seu coração. Ela
nunca deixou de amar Tate, de modo que cada vez que ela
tinha feito sexo com Scott, ela sentia que estava traindo esse
amor. Seu dedo traçou um nevoeiro da janela. "Quer ver um
pouco de televisão?"
Ela não se virou quando ouviu Tate entrar na sala.
"Não" Ela respondeu.
"Cartas?"

216
"Não."
"O que você quer fazer, então?"
"Eu quero que você me deixe em paz. Posso ter um
pouco de paz e sossego?"
"Tudo o que tinha que fazer era falar." Sua voz calma a
deixou irritada.
"Eu estou falando. Ok?" Ela começou a passar por ele,
mas ele deu um passo à frente, bloqueando sua fuga.
"O que está errado?"
"Nada, Tate. Eu só quero ficar sozinha." Sutton passou
a mão pelo cabelo, retirando o elástico que o prendia para
trás. Seu cabelo caiu em seus ombros.
"Bem. Se você não quer me falar, então tudo bem." Ele
se moveu para o lado para deixá-la passar.
"Pare de me acalmar como se eu fosse uma maldita cri-
ança."
"Então para de agir como uma." Ele retrucou.
Ela queria bater nele tão mal que ela estremeceu fisi-
camente. Ela tinha que sair de casa, ou ela faria algo que iria
se arrepender. Ela se virou, correndo pela porta da frente,
como se a cabana estivesse em chamas.
"Sutton, está chovendo!"
"Deixe-me em paz!" Ela gritou de volta, afastando as lá-
grimas caindo dos seus olhos que ela não conseguia segurar.

217
Ela não sabia por quanto tempo tinha corrido até que
alcançou a árvore onde Tate a tinha encontrado na última
vez que tinha corrido. Seu braço abraçou a árvore quando
ela se inclinou contra ela, chorando. Se ela tivesse ficado, ela
pediria para ele fazer amor com ela, e ela conhecia Tate bem
o suficiente para saber que ele não a deixaria ir. Ela não so-
breviveria se eles não fizessem desta vez.
Ela ficou lá até que foi capaz de pensar direito, tentan-
do descobrir qual seria a sua melhor decisão. Nem Tate ou
qualquer outra pessoa, só ela.
Será que ela queria Tate? Será que ela queria ele tem-
porariamente ou apenas por uma noite? Uma pergunta levou
a outra, assim como a difícil resposta. Todo pensamento que
ela estava tendo não tinha resolvido nada, e ela estava com
frio e molhada. A chuva tinha colado seu cabelo em sua ca-
beça e encharcado as suas roupas até que a camiseta e calça
agarravam ao seu corpo.
Quando ela se endireitou da árvore, seus olhos viram a
borda do local onde a casca tinha sido removida. Dando a
volta na árvore, lembrou que ela tinha riscado seus nomes
na árvore. Ele brincou com ela enquanto fazia isso.
Sua mão traçou as iniciais, sorrindo quando viu que
Tate tinha riscado na árvore logo abaixo das suas iniciais.
"Para sempre." As marcas eram novas.

218
Sutton foi para casa, escorregando e caindo várias ve-
zes com sua decisão de voltar para o homem que deixou a
sua marca, não só sobre a árvore, mas no seu coração. Igual
a árvore, a marca não ia desaparecer. Ficaria lá até enquanto
a árvore estivesse em pé, assim como ela.
Ela estava no meio da entrada, quando Tate saiu. Ele
estava usando as botas e tinha colocado uma camisa xadrez,
deixando-a desabotoada, e seu chapéu estava em sua cabeça.
Embora ele tivesse tentado lhe um dar tempo sozinha,
parecia que ele estava prestes a procurá-la, exatamente como
ele sempre fazia.
Eles eram velhos amigos e namorados. Eles não conse-
guiriam ter de volta o que eles tinham compartilhado quando
eram mais jovens. No entanto, era hora deles verem se os
adultos que se tornaram poderiam fazer algo mais.
"Hoje faz sete anos da morte de Valentine" Sutton admi-
tiu quando a chuva caía sobre ela enquanto olhava para ele.
"Eu nunca mais vou deixar outro homem me machucar no-
vamente."
Tate caminhou para o final da varanda. Alcançando ela,
Ele segurou a borda do telhado inclinado, a camisa dele so-
prando na brisa suave de verão. Seus olhos caíram para o
seu corpo, não estava mais sentindo a chuva fria quando a
temperatura no interior do seu corpo aumentou.
"Isso é justo."

219
"Você pode ficar aqui comigo ou ir para casa. Vou dei-
xar isso para você."
"Eu vou ficar."
"Eu também vou. Eu parei de fugir de você."
"Venha aqui."
A exigência em sua voz a fez caminhar até que se viu
correndo em direção a ele. Ela pulou no último passo, e ele
estava esperando para pegá-la.
Ela se colou contra ele. "Eu não quero que você vá."
"Eu não vou a lugar nenhum, e nem você. Eu pretendo
prender você."
"Você prentende?"
"Eu fui estúpido o suficiente para deixá-la ir uma vez,
mas eu não vou cometer o mesmo erro duas vezes." Suas
mãos foram para a sua bunda, carregando-a em seus braços.
Sutton enrolou as pernas em volta da sua cintura, cir-
culando seus ombros largos. Ela amava seus ombros. Ele era
forte, mas sua força não a assustava, ela se sentia protegida
e segura. Ao longo dos últimos dez anos, ela provou que
poderia sobreviver ao pior que a vida colocasse para ela. Se-
ria bom ter alguém forte o suficiente para protegê-la se ela
precisasse de ajuda.
Tate abriu a porta de tela, levando-a para dentro da ca-
sa. Quando ele começou a entrar em seu quarto, ela levantou
a cabeça.

220
"Meu quarto. Eu não quero fazer sexo na cama do meu
avô."
"Mulher, não é como se ele estivesse aqui." Teimosa-
mente, ela balançou a cabeça.
"Meu quarto."
"Tudo bem, mas a sua cama é pequena. Eu vou fazer
Greer ir para a cidade e comprar para nós uma cama nova. "
"Não se atreva! Eu nunca vou ouvir o final disso. Depois
que Knox ligar, podemos ir para a cidade nós mesmos, e você
pode me pagar o jantar."
"Vamos ver a quão boa você é primeiro."
Suas preocupações a atingiram novamente com a ten-
tativa brincalhona dele de provocá-la. Tate a colocou no chão
ao lado da cama.
"Você está toda molhada." Suas mãos foram até a cin-
tura, puxando sua camiseta sobre a cabeça.
Sutton começou a tremer, não porque o quarto estava
frio, mas porque ela estava preocupada que Tate não iria
gostar de ter sexo com ela. Quando ele desabotoou o sutiã,
ela se pressionou contra seu peito para que ele não pudesse
dar uma boa olhada em seus seios. Scott havia reclamado
que eram muito pequenos e queria que ela colocasse silicone.
Tate não desacelerou. Desabotoando seu short, ele pu-
xou para baixo junto com a sua calcinha até que todas as

221
suas roupas estavam amontoadas em seus pés. Ele então se
afastou dela para levar a roupa para o banheiro.
Ela vestiu o robe que estava ao pé de sua cama.
Tate parou quando ele voltou para o quarto. "A ideia era
tirar tudo, não colocar mais." Seus olhos procuraram os dela,
em seguida, foi para os dedos trêmulos que amarravam o
cinto em um nó seguro em sua cintura.
"Eu estava com frio."
"Vamos deixá-la quente, então." Ele deu um sorriso ma-
licioso.
Sutton riu, mas foi interrompida quando sua boca co-
briu a dela empurrando sua língua em sua boca, não dando
a ela uma chance de pensar sobre estar nervosa.
Ele a pegou, colocando-a no meio da cama.
"Eu gosto do jeito que você beija" ela admitiu. Scott
nunca a beijou depois que se casaram.
Tate jogou seu chapéu em sua cabeceira, em seguida,
puxou a camisa dele. Quando ele começou a abrir seu jeans,
seus nervos não aguentaram mais.
"Espere!"
Tate fez uma pausa, olhando para ela interrogativamen-
te, e Sutton se sentou com as mãos inconscientemente ten-
tando amarrar o cinto na cintura mais apertado.
"Não estou tomando a pílula. Nós precisamos ir até a
cidade para comprar preservativos."

222
Tate se virou, saindo do quarto novamente. Ele não
demorou muito antes de voltar com vários pacotes de cami-
sinha na mão, colocando na mesa de cabeceira. Tate deu um
sorriso do seu olhar interrogativo. "Greer colocou alguns na
bolsa que ele trouxe as minhas roupas."
"Isso é conveniente."
"Eu pensei assim." Suas mãos foram para seu zíper no-
vamente.
"Estou com sede".
Ele saiu de novo, voltando com uma garrafa de água,
em seguida, observou enquanto ela bebia a metade antes de
tomar dela e colocar na mesa de cabeceira.
Mais uma vez, ele foi para remover as calças.
"Espere!"
Tate fez uma pausa.
"Poderíamos ter um pouco de música?" Ela apontou pa-
ra o rádio antigo em sua penteadeira.
Ele foi para o rádio, mexendo nele por vários minutos
antes de encontrar uma estação que ela gostava.
"Algo mais?"
"Não... Eu acho que é isso." Sutton passou dos dedos
tremendo pelo seu cabelo molhado, olhando para seu colo
enquanto ela ouvia o som de Tate removendo suas calças.
Ela iria decepcioná-lo; ela simplesmente sabia.

223
Todos os sentimentos de antecipação haviam desapare-
cido, deixando para trás um sentimento doentio de medo.
"Sutton...?"
Ela levantou os olhos cheios de lágrimas para os dele
compreensivos.
"Eu acho que eu não consigo" ela admitiu, mantendo
seu olhar firme, apesar do lindo corpo que causava estragos
em sua respiração.
Tate se sentou na cama ao lado dela, estendendo a mão
para afastar o cabelo de seu rosto. "Você tem medo que eu
vou te machucar?"
"Não. Eu tenho medo de desapontá-lo, e você não me
querer mais." Sutton respondeu.
"O que vai acontecer quando fizermos amor será apenas
uma parte do que tornará a nossa relação um todo. Se o res-
to é bom, isso será, também."
Ela assentiu com a cabeça.
"Você não acredita em mim?"
"Eu acho que sim."
"Deixe-me te mostrar o quão bom isso pode ser. Confie
em mim; eu não deixo qualquer um que eu amo desaponta-
do."
Ele se inclinou sobre ela, pressionando-a suavemente
sobre o colchão macio quando ele colocou um beijo em sua
belíssima boca. O quarto não estava escuro, mas a única luz

224
vinha do céu nublado que passava pela janela do quarto. A
tempestade de verão se transformou em uma chuva cheia de
relâmpagos e trovões sacudindo a casa.
"Você tem medo de tempestades?" Tate interrompeu o
beijo para sussurrar em seu ouvido. "Não."
Tate se levantou da cama para ir para a janela, abrindo
mais as cortinas e levantando a janela até que ela estava
meia aberta antes dele voltar para a cama e se deitar ao lado
dela. Ele não fez nenhum esforço para tocá-la, apenas ficou
deitado ao lado dela.
"O que você está fazendo?"
"Esperando."
"O quê?"
"Que você possa fazer amor comigo."
Sutton se levantou, olhando para ele com admiração.
Scott sempre a teve de costas ou disse a ela o que fazer. Ela
não sabia como tomar a iniciativa.
"Eu gosto de beijar."
"Eu também." Sua atitude descontraída lhe deu a segu-
rança que nenhuma palavra poderia ter.
Sua boca pressionou contra a dele e quando ele abriu
para ela, ela deixou sua língua deslizar para dentro, beijan-
do-o da maneira que ela tinha fantasiado durante os sombri-
os anos que ela estava sozinha. Ela levou as mãos ao seu ca-

225
belo, se segurando a ele quando seus braços rodearam sua
cintura.
No início ele a deixou assumir a liderança, até que ele a
puxou para deitar em cima dele, e então ele começou a tocá-
la e atormentá-la com os movimentos de sua língua. Foi co-
mo "Me pegue se puder' ela se levantou ainda mais sobre ele
para que pudesse ter um melhor acesso a ele. Então ela des-
lizou suas mãos pelo seu peito, apreciando a sensação dos
pelos crespos que estavam lá. Scott tinha retirado os pelos
dele. Tate a fazia sentir como se tivesse com um homem de-
baixo das suas mãos.
Suas mãos passaram entre eles para abrir o cinto da
sua cintura. Em seguida, ele empurrou o robe de seus om-
bros. Sua boca foi para o pescoço, então, passou pelos om-
bros. Ela estremeceu quando um relâmpago encheu o quarto.
Sua boca foi para o pescoço dele. Um instinto que ela
nem sabia que possuía assumiu, e ela o mordeu. O gemido a
fez sentir-se forte e possessiva enquanto ela brincava com ele.
"Estou deixando minha marca em você."
Ele pegou uma de suas mãos, colocando-o sobre seu
coração. "Você fez isso há muito tempo."
Sua admissão tirou as dúvidas finais e ela se perdeu
nas sensações enquanto suas mãos deslizavam sobre seu
corpo. Seus lábios traçavam seu pescoço indo para o seu pei-
to enquanto suas coxas se separaram, pressionando até que

226
descansou contra sua boceta. Então ele começou a mover-se
para trás e para a frente até que ele se esfregava contra seu
clitóris. Um sentimento de vazio a fez pressionar sua coxa.
Tate a levantou ligeiramente enquanto deslizava mais
para cima da cama até que suas costas estavam contra a ca-
beceira. Sutton sentiu seu peso enquanto segurava seus
quadris com força, para equilibrar-se sob seu pau. Com uma
lentidão exagerada, ele baixou ela até que seu pau cutucava
a entrada de sua boceta de uma forma que a fez prender a
respiração. Esperando estar apertada e seca como sempre
esteve antes, ela ficou surpresa quando o pau de Tate desli-
zou facilmente dentro dela, como se eles foram feitos um pa-
ra o outro. Quando ele estava completamente dentro dela, ela
se arqueou, tentando tomar cada polegada dele.
"Acalme-se" Tate acalmou.
Ela não tinha conhecimento dos pequenos gemidos de
prazer que estavam escapando dela.
"Não pare!" Ela implorou, pressionando em seu pau.
Ele pegou as bordas do seu robe, puxando seu rosto
para ele. "Eu não vou parar" ele rosnou. "Monte a tempesta-
de, Sutton. Monte-me."
Ela se movia sobre ele, seu pau deslizando para dentro
e para fora dela. A sala foi iluminada com um relâmpago, e
ela não tinha certeza se era um trovão ou o seu batimento
cardíaco, que estava aumentando de intensidade,

227
conduzindo-a para tentar freneticamente pegar o olho da
tempestade antes que desaparecesse.
Ele abriu seu robe, levando seu mamilo em sua boca
enquanto ela se movia mais rápido, seu corpo estava num
espiral de uma série de explosões que a fez sentir como se
milhares de foguetes estivessem saindo dentro de seu corpo.
Tate empurrou seu pau mais fundo quando ele a sentiu
apertá-lo, fazendo-a subir novamente quando ela estava
prestes a descer para a realidade.
Quando ela foi capaz de se concentrar novamente, ela
piscou, vendo Tate olhando para ela com um sorriso satisfei-
to enquanto a segurava firme sobre ele.
"Pela primeira vez na minha vida, eu me sinto como
uma mulher."
"Dê-me dez minutos, e eu vou fazer você se sentir como
uma deusa."
Sutton riu, deixando cair a cabeça sobre o seu peito.
"Eu ri mais nas últimas duas semanas do que eu tenho feito
nos últimos anos."
"Um homem não quer ouvir isso quando seu pau ainda
está em você."
Sutton riu ainda mais. "Eu acho que você pode lidar
com isso."

228
"Eu posso lidar com qualquer coisa, menos perder vo-
cê." A expressão de Tate ficou séria. "Eu nunca vou deixar
você ir."
"Prometa-me." Ela se aconchegou mais firmemente con-
tra ele, e seus braços a rodeavam. "Prometa-me que você
nunca vai me deixar ir."
"Eu prometo" ele prometeu.
Por um segundo de felicidade, ela se permitiu acreditar
nele. Tinha certeza que, quando ele retornasse à sua vida co-
tidiana, ele se cansaria dela como as outras mulheres que
estiveram em sua vida ao longo dos anos. Mas esta noite, por
agora, Tate era dela.
A lição mais dolorosa que ela tinha aprendido com
Scott e ao perder Valentine era que o presente era tudo o que
já existiu. Se ele mudasse de ideia amanhã, ela teria a lem-
brança desta noite perfeita. Portanto, ela atiraria as suas
preocupações para fora da janela e deixaria o amanhã cuidar
de si mesmo.
Sutton olhou pela janela e viu que a chuva tinha para-
do, e as nuvens estavam se afastando.
"Tate, eu vejo um arco-íris." Ela apontou animadamente.
Estava praticamente fora da sua janela.
"Eu também."
Ela olhou para ele. "Você não está nem olhando."
"Como eu poderia? Eu estou segurando o pote de ouro"

229
"Isso é tão doce."
"Eu te disse, eu não sou doce. Os homens não querem
que as mulheres pensem neles como doce. "
"Tudo bem ... Agora você está sendo um idiota."
"Com isso eu posso lidar."

***

"Quanto tempo mais temos que esperar aqui? Eu tenho


algo para fazer." Greer resmungou.
"Como o quê?" Tate não tirava os olhos da porta do su-
permercado, ele e seus irmãos estavam esperando por mais
de uma hora. Eles não iriam sair enquanto ele não enviasse
uma forte mensagem, nunca mais foda ele ou sua
mulher.
"Eu não sei, qualquer coisa é melhor do que ficar por aí
mexendo meus malditos dedos esperando ela sair. Por que
não podemos apenas entrar e falar com ela?"
"Porque eu quero que a cadela receba a minha mensa-
gem sem que ninguém tenha por acaso escutado, eu não
mantive a minha bunda fora da prisão, apenas para fazê-la
me colocar lá."
"Pessoalmente, eu gosto mais de você na cadeia, pelo
menos você não me incomodaria me fazendo de um idiota de

230
merda por ficar por aqui. Eu vou entrar, e darei a mensagem
para você."
Tate empurrou Greer de volta acenando em direção à
entrada do supermercado. "Lá está ela." Ele afirmou de forma
sombria.
"Ainda bem porra. Eu pensei que teria que quebrar vo-
cês dois, e eu não quero sujar meu terno. Eu tenho um en-
contro hoje à noite." Tate e Greer se viraram para olhar Dus-
tin.
"Você não vai ter qualquer boceta esta noite com essa
roupa. Com quem você vai sair?"
Tate deu parcial atenção ao Greer quando ele pegou em
Dustin.
"Kaley."
"Deveria ter evitado o trabalho de se vestir. Ela agarra
qualquer um que tem um pau. Ela é mais velha do que você
não é? Ela pode ser capaz de te ensinar uma coisa ou duas
ou três…" Greer sorriu.
"Cale a boca... Ela não frequenta mais a sede do clube
Last Riders."
"Isso é só porque eles não a deixam entrar, não significa
que ela não está fodendo eles na casa dela. Ouvi que ela e
Cheryl precisam colocar um contador na porta do quarto de-
las para ver qual delas é a maior vagabunda na cidade."

231
"Eu já sei a resposta para isso. Diane bate as duas com
suas mãos." Dustin deu o golpe mortal para o ego de Greer.
"Não há um par de jeans na cidade, que a mão de Diane não
baixou."
Greer socou Dustin fazendo-o recuar em cima de Tate,
que estava farto dos irmãos irritando um ao outro.
"Parem com isso!" Tate rosnou, separando os dois. Ele
não esperou uma hora para falar com ela, para perder a
chance por causa de suas brigas. Quando Greer estava ente-
diado ele inevitavelmente recorria a uma luta para aliviar o
tédio. Ele não se importava com quem fosse, contanto que
lhe desse uma boa luta. Infelizmente, geralmente, eram os
irmãos, porque eles estavam sempre perto dele, e eles gosta-
vam de uma boa luta, tanto quanto ele. Como Dustin era
mais jovem e um lutador sujo, ele geralmente acabava chu-
tando ambas as suas bundas, enquanto Tate e Greer esta-
vam dando seus golpes de modo a não ferir o seu irmão mais
novo. Eles tinham que parar com essa merda, Dustin impie-
dosamente tirava vantagem disso e ficava se gabando depois.
Tate colocaria seu irmãozinho em seu lugar um dia destes,
mas primeiro ele precisava entregar uma mensagem.
Tate bateu com a mão na porta do carro antes que Lisa
pudesse abri-la.
"Você não vai dizer oi?"

232
O som de riso falso encheu o ar. "Eu não vi você, Tate.
Como você tem estado?"
"Já estive melhor." Tate se encostou no seu carro espor-
tivo de luxo.
"Lamento ouvir isso, eu ouvi que a polícia estava procu-
rando por você." Seus olhos percorriam ao redor do estacio-
namento, Tate tinha certeza que ela estava à procura de al-
guém para ajudá-la a escapar. Ela estava sem sorte. Greer e
Dustin tinham se posicionado para deixa-lo fora de vista, en-
quanto a caminhonete de Greer evitava que o vissem de ou-
tra direção.
"Isso já foi esclarecido."
"Oh."
"Não fique tão desapontada."
"Eu não estou, é claro que estou feliz que você esteja
limpo."
"Sutton voltou para a cidade." Tate se controlava para
não estrangular a cadela mentirosa.
"Ela me falou que você contou para ela que estava ten-
do meu bebê." Sua expressão se tornou cuidadosamente em
branco quando ela abriu a boca para responder. "Eu pensa-
ria duas vezes sobre mentir se eu fosse você." Sua boca se fe-
chou.

233
"Retiro o que disse, você não é tão estúpida quanto eu
pensei que fosse. Pelo menos você não está tentando mentir
sobre isso."
"Eu estava grávida." Lisa baixou a voz, de modo que só
ele podia ouvi-la.
"Talvez, mas nós dois sabemos que não era meu. Por
que me culpou? Essa última noite que ficamos juntos, você
tentou como o inferno que eu te fodesse sem camisinha, me
dizendo que estava no controle, e que não poderia engravidar.
Esse foi o único pedaço de verdade que você vomitou. Você
não poderia engravidar, porque você já estava grávida, não
era?"
"Sim." Ela admitiu incapaz de olhar nos olhos dele. "Eu
estava grávida, e o pai se recusou a casar comigo, eu pensei
que se você fizesse sexo comigo eu poderia dizer que era seu.
Eu sabia que você se casaria comigo se acreditasse que o fi-
lho era seu."
"Você está certa sobre isso, não teria nenhuma chance
de uma criança minha ser criado por você sozinha." Tate
rosnou. "Você subestimou minha inteligência se acreditou
que eu teria acreditado nessa besteira."
"Eu era jovem e não sabia mais o que fazer. Sinto muito,
eu me senti péssima logo depois que eu disse isso, para Sut-
ton."

234
"Não tão péssima o suficiente para corrigir isso não é?
Você a deixou acreditando nisso durante anos."
Culposamente ela permaneceu em silêncio.
Tate se endireitou do carro. "Eu agradeço a Deus todos
os dias pelo resto da minha vida que eu tive a sorte de não
cair em sua armadilha. Por sua causa, Sutton e eu perdemos
anos que poderíamos ter ficado juntos. Você a machucou de
maneiras que você nunca saberá, porque eu não quero que
você tenha essa satisfação. Você tem sorte que você é uma
mulher, se você fosse um homem eu atiraria em você e te
mataria onde você está"
Greer olhou por cima do ombro. "Eu posso fazer isso eu
não dou a mínima se ela é uma mulher."
Tate ignorou a oferta tentadora. "Em vez disso eu vou
tirar de você o que Sutton perdeu."
O rosto de Lisa virou uma sombra doentia de branco.
"O que você vai fazer?"
Tate enfiou a mão no bolso tirando uma foto e jogando
para ela, sem se importar se ela pegava ou não.
A foto caiu no chão antes que ela pudesse pegá-la, ela
se ajoelhou para pegar a foto com os dedos trêmulos. Ela
olhou para a foto antes de olhar de volta para ele.
"O que você vai fazer?"

235
"Eu vou dar isso para o departamento de serviços de
proteção à criança e me certificar que essa linda garotinha
que você está querendo adotar seja colocada em outra casa."
"Por favor, Tate, não." Nenhuma lágrima encheu os
olhos da mulher calculista, a única coisa que ela se preocu-
pava era como em a cidade reagiria, se ela tivesse a menina
tirada de sua casa. Ela levantou a mão para tocar o braço
dele.
Tate recuou saindo do seu alcance. "Agradeça, isso é
tudo o que eu vou fazer. Você deve orar esta noite e dar gra-
ças a Deus. Se você se atrever a tentar prejudicar o que é
meu de novo, mulher ou não, eu certo como a porra farei que
seja a última coisa que você faça."
Tate acenou para a imagem em sua mão. "Você pode fi-
car com essa, eu tenho muitas outras." Friamente, ele fez um
gesto para Greer e Dustin para sair, ela ficou de pé, olhando
para ele sem fala enquanto ele caminhava para a sua cami-
nhonete. Ele esperou Greer sair do estacionamento antes de
dar ré em sua caminhonete deixando Lisa ainda de pé entor-
pecida no carro que ela era tão orgulhosa. Ela sempre foi boa
demais para ser vista em sua caminhonete, mas não muito
boa para posar para fotos fumando maconha e sendo fodida
por dois homens ao mesmo tempo com o marido assistindo.
Enquanto saía do estacionamento viu Shade sentado com a
sua grande bunda do outro lado da rua em sua moto. Tate

236
levantou dois dedos para o chapéu movendo para a frente em
uma saudação. Shade acenou com a cabeça, em seguida, li-
gou sua moto, dirigindo para a rua e acelerando fora de vista.
Tate não perguntou por que Shade tinha oferecido as
fotos, estava muito feliz pela oportunidade de ter sua vingan-
ça contra Lisa. Ele tinha a sensação de que era pela mesma
finalidade com motivo diferente. De qualquer maneira, a me-
nina que Lisa estava adotando passou sua última noite sob
seu teto. Eles podem ter finalidades diferentes, mas ambos
tinham conseguido seu objetivo.
"Droga." Ele odiava se dar bem com esses filhos da puta,
mas por Sutton tinha valido a pena o preço da maconha que
ele estaria lhes dando até o próximo mês. Eles queriam dois
meses grátis, mas Tate fez Greer negociar depois de ter des-
coberto que eles queriam a menina longe de Lisa.
Greer era um inferno de um negociador, ele gostava de
discutir, e ele não se importava quem ele deixava puto. Tate
começou a assobiar enquanto dirigia para casa. Ele realmen-
te precisava pôr um fim no jeito irritante de Greer. Ele agiria
sobre isso em breve, mas agora ele estava indo para casa pa-
ra Sutton. Suas mãos se curvaram sobre o volante, apertan-
do-o com força resistindo à tentação de pisar fundo no acele-
rador. Algumas coisas eram boas demais para ser verdade, e
sua vida com Sutton o fez perceber o quão perto ele chegou
de nunca conhecer a verdadeira felicidade. Ele tinha dito a

237
ela que essa era a palavra mais dolorosa no dicionário e era a
verdade. Se ela não tivesse voltado... se Lyle não fosse
assassinado... se ele não tivesse escutado quando o seu co-
ração tinha lhe dito que a amava. Ele estava farto de olhar
para o passado. A partir de agora, a única coisa que ele lida-
ria era em conseguir o seu anel no dedo dela e, finalmente,
reivindicar o que era dele.

238
Capítulo 19

"Corra Logan! Não deixe ele te pegar!" Sutton gritou,


observando quando Dustin corria atrás de seu filho. Ela riu
quando Dustin agarrou Logan por trás, jogando-o para o ar,
em seguida, habilmente pegando ele. Os gritos vindos de Lo-
gan trouxeram um sorriso ao seu rosto. Ela podia observar
os dois juntos por horas, mesmo estando surpresa por ele
ser pai.
"Eles são iguais, não são?" Ela perguntou a mulher
sentada ao lado dela na mesa de piquenique.
"Sim." Holly fez uma careta. "Às vezes, eu não sei quem
é a criança."
"Eu aposto que não." Sutton pegou sua cerveja, toman-
do um gole enquanto estudava a mulher. Quando Rachel os
convidou para a sua casa e de Cash para o piquenique do dia
do Trabalho, ela ficou preocupara que a polícia estaria
vigiando. No entanto, após o xerife ter parado para conversar
com Tate, ela ficou aliviada depois de ouvir descaradamente
quando Knox disse a Tate que ele foi oficialmente inocentado
de ter matando Lyle, a senhora Stevens, e atirado em Rider.
"Eu entreguei as balas de suas armas que Greer me
deu para a polícia estadual. Elas não coincidem com a arma

239
usada nas vítimas. Uma arma não registrada foi usada em
ambos os casos. A arma que você escondeu, eu levei para
Knox. Essa foi comprada em uma casa de arma, e o vende-
dor não escolheu a sua foto como o comprador."
"Você ou a polícia estadual não têm ideia de quem po-
deria ser?"
"Não. Jo vai procurar nas coisas de Lyle. Ele era um
bêbado, mas pelo que sabemos ele não usava drogas. Helen
Stevens também não usava, e tudo que Rider usa é o que
Shade compra de você."
"Então, não há nenhuma ligação entre os três?"
"Nada."
"Porra."
"Sim, deixa quem está fazendo isso quase ser impossí-
vel de ser pego a menos que cometa um erro. Isso está en-
louquecendo todos na cidade, porque ninguém sabe quem
poderia ser o próximo. Fique atento. Se você ver algo, ligue."
"Eu vou."
Sutton tinha visto a carranca preocupada dos dois ho-
mens. Todos na cidade estavam em perigo até que o assassi-
no fosse capturado. Os homens que tinham famílias queriam
elas protegida, mas como eles poderiam fazer isso com um
atacante invisível?
Logan correu para Holly. "Posso ter algo para beber?"

240
Ela enfiou a mão no cooler, pegando uma garrafa de
água e entregando a ele.
"Obrigado, Holly".
A mulher bonita deixou o menino subir em seu colo.
"Ele está ficando grande demais para isso" Greer disse,
indo para o cooler para pegar outra cerveja.
Sutton viu Holly jogar para ele um olhar gelado, com os
braços em volta do menino de cinco anos de idade.
"Não ele não está."
"Você vai transformar ele num maricas."
"Você mesmo escuta a porcaria que sai de sua boca?"
Greer tomou um gole de sua cerveja antes de responder
à mulher irritada. "É a verdade. Se não fosse por mim, o ra-
paz nem saberia como colocar suas calças em uma perna de
cada vez."
"Holly, você está me segurando muito apertado" Logan
gemeu, saindo do seu colo quando ela afrouxou seu aperto.
"Vá perguntar a tia Rachel se ela ainda tem salada de
fruta" Holly insistiu com ele.
Quando ele correu para dentro da casa, ela olhou para
Greer. Nem tentou esconder o antagonismo entre eles.
Sutton não sabia se ela deveria interceder ou chamar
Tate, que estava pescando com Cash.
"A única opinião que importa para mim é do Dustin. A
sua, felizmente, não conta."

241
"Eu disse a Dustin que ele precisa despachar a sua
bunda" ele zombou.
"Como se saiu?" Ela respondeu.
"Ele disse que Logan estava muito ligado em você." Gre-
er esmagou a lata de cerveja vazia na mão. "Eu disse a ele
que você vai desaparecer, de qualquer maneira, quando o
seu namorado sair da cadeia no próximo mês."
O rosto de Holly empalideceu, enchendo de mágoa. Sut-
ton lembrou que Tate lhe disse que Holly e seu ex- namorado
tinham invadido o escritório de advocacia para descobrir in-
formações sobre a mãe biológica de Logan. Diamond não
prestou acusações contra Holly, mas o ex tinha ido para a
prisão.
"Eu não tive qualquer contato com Mitch, e eu não pre-
tendo ter. Você sabe disso. Você só está sendo maldoso, Gre-
er. Eu pedi desculpas muitas vezes por não procurar o xerife
quando Samantha morreu. Eu estava tentando o proteger
Logan."
"Você estava tentando proteger a sua própria bunda."
O olhar choroso de Holly se afastou do dela. Sutton po-
deria dizer que ela estava envergonhada por Greer estar fa-
lando abertamente na frente dela.
"Pare com isso, Greer" Dustin disse, saindo de casa e
andando para ficar atrás de Holly, colocando uma mão em
seu ombro.

242
"Ela trabalhou no escritório de Diamond por meses. Eu
já lhe disse para não confiar nela, irmãozinho. Você vai des-
cobrir da maneira mais difícil que ela é uma cobra rasteira."
Greer enfiou a mão no cooler para pegar outra cerveja.
"Essa é a sua terceira" Holly falou quando ele a abriu e
tomou um gole.
Ele levantou uma sobrancelha para ela, bebendo tudo,
em seguida, esmagando-o em sua mão novamente.
"Você deveria pegar uma. Você pode realmente apren-
der a se divertir."
"Vou passar."
"Imaginei que você recusaria. Você não conseguiria se
soltar nem se você bebesse seis."
"Se você está tão interessado que eu me divirta, por que
você não sai? Isso alegraria o meu dia."
A boca de Greer se abriu. Pela sua expressão, sua res-
posta seria feia.
"Não faça isso" Dustin avisou. "Eu estou ficando cansa-
do da maneira como você trata Holly. Você não tem o direito
jogar na cara dela a invasão do escritório de Diamond quan-
do você foi a pessoa que plantou aquelas evidências para
Knox ser suspeito no meu lugar, quando Samantha morreu.
Todos nós cometemos erros."
"O meu não envolveu o sequestro de uma criança"

243
Holly pegou a garrafas de água de Logan. Sutton ficou
boquiaberta quando ela jogou no rosto chocado de Greer. Ele
começou a ir em direção a ela, mas Dustin o bloqueou.
"Se acalme. Você mereceu isso."
Greer apontou o dedo para Holly. "Um dia."
"Eu estou com muuuito medo. Seu grande macaco, por
que você não vai conseguir o seu clube de homem das caver-
nas e coçar a sua bunda com isso? Isso é, se você conseguir
encontrá-la. Ou deixe-me mostrar-lhe onde ela está." Holly
estava tremendo de fúria quando ela estendeu a mão para
dar um tapinha em sua bochecha.
Sutton a admirava por ela desafiar o homem assusta-
dor.
Greer quase derrubou Dustin tentando alcançar Holly.
Eles esbarraram na mesa de piquenique, e Rachel voou de
sua casa com uma arma em sua mão.
Sutton rapidamente pulou da mesa de piquenique,
pronta para gritar seus pulmões de medo quando Rachel mi-
rou, disparando em Greer. Atordoada, ela assistiu a tinta
amarela muito brilhante explodir no ombro de Greer.
"Merda! Isso dói, Rach..." Greer praticamente caiu, ten-
tando se afastar de Dustin quando Rachel deu outro tiro de
paintball nele, atingindo-o em sua bunda quando ele se virou
para correr.

244
"Ele deve ser capaz de encontrar a sua bunda agora,
Holly"
As duas mulheres caíram na gargalhada enquanto Gre-
er permaneceu em silêncio, com medo de levar um tiro no-
vamente.
Logan saiu de casa. "Posso ficar do lado da tia Rachel?"
"Não!" Greer saiu correndo em direção ao rio.
"Certo. Vamos. Eu tenho um alvo fixo naquela árvore."
"Você acha que é uma boa ideia? Eu realmente não gos-
to dele brincando com armas."
Desta vez, Holly teve uma reação de Rachel e Dustin.
"É uma arma de paintball, e não há um Porter que não
sabe mirar num olho de esquilo a quinze metros de distân-
cia."
Sutton e Holly ambas empalideceram com Rachel se
gabando.
"Ela está brincando?" Sutton perguntou a Tate enquan-
to ele e Cash voltaram com uma corda de peixe.
Greer permaneceu fora do alcance da arma de paintball.
"Não" Tate e Cash ambos responderam ao mesmo tem-
po.
"Logan não vai atirar no olho de um esquilo" Holly disse
empaticamente.

245
"Eu não quero atirar em um esquilo." O lábio inferior de
Logan começou a tremer, e seus olhos se encheram de lágri-
mas.
"Não se preocupe, bebê; ninguém vai fazer você fazer is-
so." Holly carregou o menino acariciando suas costas.
"Vê? Eu disse que ela está fazendo dele um maricas."
Greer gritou do outro lado do quintal.
"Logan, entre e pegue para você um picolé na geladeira.
Eu estarei lá em um minuto."
"Ela vai engordar ele, também!" Greer falando fez Sut-
ton estremecer.
Holly colocou Logan de volta em seus pés, esperando
até que a porta se fechasse atrás dele antes de virar para Ra-
chel, levantando a mão.
"Dá-me a arma de paintball."
"Por quê?" Ela perguntou, desconfiada.
"Porque eu vou mostrar-lhe quem é o maricas."
Rachel deu um passo para trás, segurando a arma. "Eu
não acho que é uma boa ideia. Você pode machucá-lo."
"Esse é o plano."
"Dê-lhe a arma" Tate ordenou.
"Você está falando sério?" Rachel perguntou a seu ir-
mão mais velho.
"Sim, mas dê a ele um minuto de vantagem." Tate olhou
para Greer. "Corre."

246
Greer correu como se uma matilha de cães selvagens
estivesse atrás dele quando Rachel relutantemente entregou
a arma de paintball para Holly. Ela disparou várias bolas ne-
le, errando por pouco o homem em fuga. Tate, Cash, e Dus-
tin desataram a rir de Greer.
Sutton balançou a cabeça para os malucos que a rode-
avam e até mesmo Rachel começou a incentivar Holly.
Murmurando para si mesma, ela decidiu se juntar a
Logan dentro de casa.
"Onde você está indo?" Tate chamou.
"Entrando."
"Por quê?"
"Para mostrar a Logan que pessoas normais existem."
"Somos normais!"
"Existem pessoas em instituições psiquiátricas mais
normais do que todos vocês."
"Não seja assim." Ele veio para o lado dela, colocando o
braço em torno do ombro dela. "Estamos apenas nos diver-
tindo."
Sutton revirou os olhos para ele. "Vocês todos são um
mau exemplo para ele. E se ele crescer para atirar em pesso-
as e brigar o tempo todo?" O peito de Tate inchou com orgu-
lho. "Então, ele será um Porter."
"E isso é uma coisa boa?"
"Podia ser pior. Ele poderia ser um Hayes ou Coleman"

247
Sutton se virou para Holly, que tinha parado de dispa-
rar quando Greer finalmente conseguiu sair de sua vista.
"Dá-me a arma." Ela estendeu a mão para Holly. O sor-
riso arrogante de Tate escorregou quando Holly lhe entregou
a arma de paintball, e ela, em seguida, treinou no Tate.
"Quem está rindo agora?"

***

"Você ainda está zangado?" Sutton sofreu com o silên-


cio sepulcral de Tate por toda a noite, depois que ela levou
para casa a arma de paintball por insistência de Cash. Pare-
ce que o homem não queria a arma perto de Rachel quando
ela estivesse irritada.
Ela tirou o robe e o colocou na cadeira ao lado da cama.
Colocando um joelho no colchão, ela se preparava para subir
na cama.
"Esse último tiro foi desnecessário, e doeu como a por-
ra."
"Você não deveria ter tentado tirar aquilo de mim. Você
deveria ter corrido." Os olhos de Sutton culposamente evitou
a contusão do lado dele.
"Um Porter não corre."
"Greer correu" ela o lembrou.
"Achamos que ele foi adotado."

248
Sutton não podia deixar de cair em cima da cama, rin-
do. "E o cabelo vermelho?"
"É vermelho mais acastanhado."
Sutton traçou os dedos sobre a contusão, então se in-
clinou sobre ele, colocando um beijo suave na marca verme-
lha. Tate se acomodou, ficando mais confortável contra os
travesseiros.
"Isso o deixou melhor?"
"Ainda não" ele respondeu irritado. Sutton passou a
ponta da língua sobre ele.
"Isso está ajudando um pouco."
Ela deslizou os lábios direto na marca fraca em seu es-
tômago. "Melhor?"
"Chegando lá" ele gemeu.
Sutton puxou o cobertor que cobria a parte inferior de
seu corpo, e então ela delicadamente passou a sua língua
contra a pele em seu quadril, movendo para baixo indo para
a marca em sua coxa, gentilmente passando a ponta dos
seus dentes sobre a marca que tinha deixado lá.
"Você está esquecendo o local que mais está doendo."
Ele colocou as mãos em seu cabelo, tentando guiá-la em di-
reção a seu pau que estava lutando para ficar livre.
"Não me lembro de atirar aqui." Sutton traçou a ponta
com a língua antes de levar a cabeça em sua boca quente.

249
"Toda vez que você olha para mim, é como um tiro em
meu pau." Sua mão foi até a nuca dela segurando-a no lugar
enquanto seus quadris se levantavam, forçando-a a levar
mais de seu pau em sua boca.
Ela o chupou sentindo ele mais e mais em sua boca.
Ela só tinha feito sexo oral em Scott algumas vezes, não gos-
tando de tê-lo em sua boca. Com Tate, ela não conseguia o
suficiente.
Relaxando sua garganta, ela tentou levar mais dele,
querendo que ele gostasse mais com ela do que quando este-
ve com as outras mulheres. Ela sentiu ficar úmida e uma
sensação de vazio em sua boceta, então apertou suas coxas
para diminuir a dor.
"Deixe-me ajudar com isso."
Tate rolou para o lado, lançando-a de cabeça para bai-
xo. Sua intenção fez ela correr para a beira da cama.
"Eu não estou pronta para isso. Eu nunca... Scott
não..."
Tate se sentou, a paixão em seus olhos se aprofundan-
do. "Venha aqui. Você está me deixando excitado como o in-
ferno."
"Não esta noite... Talvez alguma outra…"
Sutton gritou quando Tate pegou o seu tornozelo fir-
memente, arrastando-a para a cama. Suas coxas espalhadas
deselegantemente abertas, sem lhe dar tempo para protestar,

250
quando a boca pousou sobre a sua boceta. Sutton se arque-
ou. Qualquer protesto que ela estava prestes a dar morreu
instantaneamente com o prazer incrível de ter ele provocando
o seu clitóris com a língua.
Rolando para o corpo dele, ela o levou de volta em sua
boca, querendo compartilhar o prazer que ele estava dando a
ela. Apertando suas bolas na palma da sua mão, ela encon-
trou um ritmo que imitava a língua dele a torturando. Quan-
to mais Tate a atormentava, mais ela o atormentava, cada
um tentando superar o outro quando a sua pele escorregadia
deslizava uma contra a outra.
Sutton levantou a cabeça brevemente, tentando recupe-
rar o fôlego enquanto ela descansava em sua coxa. Ela ge-
meu quando desesperadamente tentou evitar gozar. Virando
a cabeça para o lado, ela mordeu a pele interna de sua coxa.
O forte gemido a fez se levantar para levar o seu pau de
volta em sua boca enquanto ela desistiu de tentar se segurar,
dando a ele o seu reinado completo quando gozou, quando
ela tomou Tate de volta sugou a ponta do seu pau, sua mão
deslizou astutamente sobre ele, quando ele desistiu da sua
própria batalha.
Quando ele terminou, Sutton caiu de costas na cama,
ofegante quando olhou para o teto.

251
A voz de Tate estava rouca quando ele perguntou se ela
estava bem. Como ela estava incapaz de responder, ele mu-
dou de posição, colocando a cabeça ao lado dela, na cama.
"Sutton?"
A cabeça inclinou para o lado. "Eu não sou frígida."
A boca de Tate se transformou em um sorriso. "Querida,
você não tem um osso frígido nesse seu corpo sexy."
Ele puxou seu mamilo ainda duro.
"Eu pensei que era há anos."
"Se você esteve casada durante anos, e ele nunca des-
ceu em você, então ele era um idiota." Sua boca sussurrou
em seu ouvido: "Acostume-se a isso. Eu posso ter ficado vici-
ado no seu gosto."
"Eu fiz bem? Eu sei que eu não sou muito boa, mas eu
vou melhorar. Scott sempre reclamou que eu era muito áspe-
ra."
"Ele era um maricas, não era?"
Sutton tentou rastejar sobre ele para sair da cama.
Quando Tate levou as coisas dele para o quarto dela, ele em-
purrou a cama contra a parede, dizendo que
receberia mais ar fresco à noite.
"Onde você vai?"
"Pegar a arma de paintball."

252
Capítulo 20

"Você está se arrumando toda apenas para se encontrar


com seu chefe?" Tate se sentou na cama, puxando suas bo-
tas.
Sutton suspirou. "Pela quinta vez, ele é meu chefe e eu
não uso jeans e uma camiseta no trabalho."
"Você não está indo para o trabalho; você vai encontrá-
lo para almoçar."
"Para falar sobre as rotas que vou assumir, que é traba-
lho" ela ressaltou.
"Pronta?"
"Eu já te disse que eu não preciso de você para me levar
para a cidade. Estou dirigindo. "
"Tem certeza?"
"Tenho certeza." Ela passou por ele, indo para a sala
para pegar sua bolsa.
"Tenha cuidado e se mantenha atenta para qualquer
coisa estranha. Lembre-se, eles não encontraram o atirador."
"Eu vou ter cuidado." Ela ficou na ponta dos pés para
dar um beijo de adeus nele. "Eu não vou demorar muito."
"Certo."

253
Tate abotoou sua camisa e puxou o chapéu antes de ir
para a varanda, ouvindo o motor do carro de Sutton falhar.
Ela tentou várias vezes ligar o motor antes de sair do carro.
"Tem um problema?" Mantendo uma cara séria, com
esforço, ele viu a suspeita em seus olhos.
"O carro não pega."
"Deixe-me dar uma olhada." Ele casualmente caminhou
até o carro. Pressionando um botão no volante, ele abriu o
capô e o levantou se inclinando sobre o motor e o estudou
antes de torcer alguns fios, e em seguida, ele se
endireitou. "Está morto."
"Eu sabia."
"Bem, está realmente morto. Você gostaria que eu lhe
desse uma carona até a cidade?"
"Sim por favor. Eu não tenho tempo para ligar para al-
guém pedindo carona."
"Tem certeza?" Ele perguntou com indiferença.
"Tenho certeza." Sua mandíbula estava apertada com
força quando ela caminhou em direção a sua caminhonete,
quase tropeçando em seu salto alto.
"Tenha cuidado. Dói como uma cadela cair no casca-
lho."
Ele deu um passo rápido para trás quando ela abriu a
porta da caminhonete, quase batendo nele.

254
"Uau! Não há necessidade de ficar tão irritada" Ele su-
biu atrás do volante, ligando a caminhonete.
"Tate, eu sei muito bem que você tem algo a ver com
aquele carro não ligar."
"Ele é alugado, então o que você esperava? Lembro de
uma vez eu tive que alugar um carro, e ele quebrou descen-
do- "
"Cale a boca" Sutton rosnou.
Tate fechou a boca, cantarolando "Camp Town Ladies"
todo o caminho até a cidade. No momento que ele entrou no
restaurante do King, ele pensou que ela ia explodir.
Assim que ele estacionou, ela pulou da caminhonete, e
Tate se virou para sair.
"Não se atreva, eu vou pedir a Liam para me levar para
casa."
"Eu posso esperar."
"Tate Porter..."
Ele levantou as mãos em sinal de rendição, fechando a
porta da caminhonete. Ele fez uma careta quando ela bateu
fechando a porta.
"Eu vou precisar de uma nova caminhonete por causa
da maneira que você está tratando ela." Ele gritou pela janela
para as costas dela. Ele sorriu quando ela praticamente ar-
rancou a fechadura da porta do restaurante do King.

255
Assobiando, ele bateu os dedos contra o volante, dando
a ela vários minutos para se sentar antes dele sair da sua
caminhonete, sem se preocupar em travá-la. Ninguém na ci-
dade seria estúpido o suficiente para roubar a sua caminho-
nete. Eles poderiam encontrar um melhor no ferro-velho. Não
demorou um segundo para encontrá-la no restaurante cheio.
O proprietário do restaurante caminhou em direção a
ele com uma expressão fria no rosto severo.
"Você vai comer ou beber?" King bloqueou-o de entrar
no restaurante.
Suas sobrancelhas se uniram. "Isso é jeito de cumpri-
mentar um cliente?"
"Depende se você está comendo ou bebendo e se aque-
les seus irmãos estão se juntando a você. A última vez que
você entrou com Greer e Dustin, uma
garçonete saiu, e eu tive que demitir outra."
"Como é nossa culpa se ela continuou nos dando cerve-
ja grátis? E Lindy não deveria ter acreditado que Dustin re-
almente iria assumi-la e pagaria suas contas para que ela
nunca mais precisasse de trabalhar. Ele estava extremamen-
te bêbado. Ela deveria ter, pelo menos, esperado até que ele
ficasse sóbrio para sair."
A mandíbula de King apertou. Tate estava percebendo
que a sua explicação só estava fazendo o ressentimento ficar
pior.

256
"É só eu hoje. Estou aqui com a minha mulher." Ele
apontou para Sutton e um contido homem sentados em uma
cabine. As costas de Sutton estavam para ele, e a atenção de
seu chefe estava presa nela.
"Desde quando você tem uma mulher?"
"Nós vamos ficar aqui o dia todo, atirando merda, ou
você vai me deixar almoçar?" Ele perguntou sem responder a
pergunta maliciosa.
King acenou com a mão em direção à mesa de Sutton,
dando um passo para o lado para que ele pudesse passar.
Quando Tate casualmente caminhou para sua mesa, os
olhos de seu chefe se arregalaram.
Quando chegou ao lado da cabine, ele deu a Sutton um
sorriso falso. "Eu cansei de esperar na caminhonete."
Sutton ficou de boca aberta. Se aproveitando de sua
surpresa, ele deslizou para dentro da cabine ao lado dela,
obrigando-a sair e se mover. Sabiamente, ela lhe deu espaço
para sentar ao lado dela.
"Uh ... Achei que você tinha saído."
"Não, eu estava com fome." Seus olhos se estreitaram
com sua atitude caipira.
"Tate, este é meu chefe, Liam Allen. Liam, este é Tate
Porter, um amigo meu."
"Namorado" Tate a corrigiu pegando o menu da mão de-
la antes que ela decidisse usá-lo para bater nele.

257
"É bom conhecê-lo." Liam estendeu a mão para ele. Ta-
te estendeu a mão para balançá-lo, os dois homens medindo
um ao outro. "Então, você é a razão que Sutton decidiu se
mudar de volta para Kentucky?"
Tate colocou o braço na parte de trás da cabine, tra-
zendo uma Sutton relutante mais perto. "Isso é bom. Eu e a
Califórnia não fazemos um bom jogo. É quente como a merda
lá."
"Você se mudaria para a Califórnia, se ela não se mu-
dasse de volta?"
"Sim."
"Você se mudaria?" A raiva nos olhos dela desapareceu
com sua afirmação.
"Claro. Ela é minha, e eu quero que ela seja feliz." Tate
disse a verdade, franzindo a testa quando viu lágrimas
transbordando em seus olhos.
Sua mão foi até a nuca dela, suavemente acalmando-a.
Ela se afundou contra o seu corpo e Tate se inclinou colo-
cando a sua boca contra a dela. Foi a primeira demonstração
pública de afeto que ele já tinha dado a uma mulher, mos-
trando sem constrangimento o quanto ele estava envolvido
com ela.
"Eu posso ver que ambos são um bom jogo. Estou feliz
por você, Sutton. " A sinceridade na voz de Liam aliviou o ci-
úme em seu intestino. Não tinha comparação entre eles. Li-

258
am era sofisticado, bonito e charmoso. Tate sabia, lado a la-
do, que ele tinha a menor parte em todas as três categorias.
A garçonete pegou seu pedido deixando-os sozinhos nova-
mente.
Tate ouviu em silêncio, deixando-os falar sobre sua
agenda. Sutton viajaria de dois ou três dias por semana para
cidades próximas, permitindo a ela estar em casa por um
tempo razoável. Ela dirigiria para fora da cidade apenas dois
dias por mês, o que exigiria que ela saísse durante a noite.
Tate pensou em informar que ela não passaria as noites so-
zinha, ele viajaria com ela, mas decidiu deixá-la descobrir is-
so por conta própria. Ele não queria que ela pensasse que ele
estava sendo controlador. Ele era; ele apenas não queria que
ela descobrisse isso cedo demais. Ela descobriria no dia que
fosse para uma dessas viagens.
Ela tinha sua própria surpresa para ele, quando eles se
separaram com seu chefe no estacionamento.
"Vejo você no próximo mês quando eu viajarei para
buscar o meu carro e arrumar meu apartamento."
Liam apertou sua mão depois de dizer adeus a Sutton.
"Cuide dela. Eu não posso dizer-lhe como é bom vê-la
tão feliz."
Droga, Tate não tinha previsto gostar do homem. Havia
muitos poucos homens que ele realmente podia suportar. Ta-

259
te fez uma oferta que ele faria a poucos. "Venha para uma vi-
sita por algum tempo, e eu vou levá-lo para caçar."
"Eu posso aceitar. Que tipo de caça você faz? Urso?"
"Claro que não, eles são filhos da puta malvados. Po-
demos caçar esquilos e gambás. Eu tenho um que está ba-
gunçando o nosso lixo. Eu vou matar aquele pequeno bas-
tardo. Não posso esperar pela sua volta para me livrar dele."
Liam começou a rir. "Não espere. Imagino que pode ser
irritante."
"Ele é. Sutton me pediu para pegá-lo e libertá-lo em ou-
tro lugar, então eu o levei para a sede do clube dos Last Ri-
ders e o soltei lá. O bastardo encontrou o caminho de volta
uma semana depois, e parecia quase morto de fome. Eles
não têm um bom lixo..."
Sutton puxou seu braço. "Liam quer ir embora. Nós es-
tamos segurando ele. "
"De modo algum. Eu estou gostando disso. Há um clu-
be de moto aqui? Esta cidade não parece o lugar onde um
clube faria sua casa."
Tate bufou. "Eles adoram isso aqui e estão roubando
todas as boas mulheres da cidade, menos uma." Ele apontou
em direção Sutton. "Eu consegui pegá-la. Eu sempre soube
que era mais esperto que eles." Ele se gabou.

260
"Eu vou te avisar quando eu conseguir tirar alguns dias
de folga do trabalho para que você possa tirar uma folga do
seu trabalho"
"Não se preocupe com isso. Eu sou meu próprio pa-
trão."
"Verdade, o que você faz?"
Os olhos de Tate estreitaram nele. "Você é um federal?"
O cotovelo de Sutton o golpeou nas costelas. "Nós pre-
cisamos ir. Tchau, Liam." Ela agarrou o braço de Tate, ten-
tando empurrá-lo em direção a sua caminhonete.
"Eu sou um farmacêutico e empresário" Liam continu-
ou como se Sutton não tivesse dito nada. "Um agente federal
não é um dos muitos trabalhos que eu tenho feito.”
Tate cuspiu no chão. "Nem eu."
O rosto de Sutton ficou vermelho e seus olhos promete-
ram retribuição.
"Então, o que é que você faz?"
Tate afastou Sutton. A mulher estava prestes a deslocar
seu braço.
"Eu sou um farmacêutico e um empresário, como você.
Você faz o seu trabalho em um escritório ou num laboratório;
eu faço o meu num campo. Eu cultivo plantas medicinais."
O interesse nos olhos de Liam aprofundou. "Eu nunca
conheci alguém querealmente cultivasse complementos me-
dicinais. Que plantas você cultiva?"

261
"Maconha."
"Maconha?"
"Tem certeza que não é um federal?"
"Tate!"
O chefe de Sutton começou a rir. "Tenho certeza. Eu
mesmo sou conhecido por dar uns tragos de vez em quando."
Tate cheirou o ar. "Eu diria que foi há algumas horas."
A mão de Sutton soltou o seu braço. "Liam, por favor,
não me demita. Ele não é meu namorado. Na realidade, ele é
apenas um conhecido- "
Tate levantou a sobrancelha para ela. "Quem era aquela
na minha cama na noite passada, então? Ela com certeza
parecia com você quando estava…"
"Cale a boca!" Ela assobiou.
"Está tudo bem, Sutton" Liam interrompeu a briga do
casal. "Eu definitivamente estarei de volta em dois meses. Eu
estou interessado em experimentar o seu produto."
"Não se atreva a perguntar se ele é um federal nova-
mente" Sutton ameaçou.
"Não iria" Tate disse chateado. "Você tem escritórios em
Colorado?"
"Na verdade sim."
"Eu tenho algumas plantas para você levar. Você pode-
ria passar elas a uma cooperativa que cultiva as plantas. Eu
tenho uma que eu desenvolvi quando a mãe do amigo do

262
meu primo foi diagnosticada com câncer. Parece que a aju-
dou um pouco antes dela falecer."
"Eu ficaria feliz em passar para eles."
"Não é possível lhe dar mais do que duas, porque eles
diriam que estou distribuindo, mas se você dar elas a um
bom produtor, ele saberá o que fazer com o ouro do Ken-
tucky."
"Você deu um nome a ela?" Sutton perguntou.
Tate quase a lembrou que ela queria que ele parasse de
falar, mas ele não queria dormir no sofá esta noite. Sua mu-
lher era mal humorada quando ficava irritada.
"Dei. Eu a desenvolvi. Eu não queria que algum filho da
puta desse algum nome estúpido."
Liam abriu a porta do carro, perguntando: "Porque ouro
do Kentucky?"
"Espere até você experimentar. Nada se compara. Nem
mesmo aquela merda falsa que os Colemans estão vendendo.
Eu poderia vendê-la durante todo o dia, mas eu só cultivo o
que dou para as pessoas na cidade que necessitam. "
"Por que não vende a todos?"
"Porque venderia tão rápido que eu não teria o suficien-
te para aqueles que necessitam. Meus clientes regulares
agem como se eles tivessem um carrapato em sua bunda
quando eu lhes digo que estou sem nada. É mais fácil não
deixá-los saber o que estão perdendo. "

263
Liam finalmente se virou para Sutton. "Sutton, eu po-
deria ter um fim de semana prolongado de duas semanas e
trazer as suas coisas aqui para você."
"Eu não quero incom-"
"Não é incômodo. Vou alugar um carro na volta."
"Se você tem certeza..."
"Tenho certeza. Alguns amigos valem o seu peso em ou-
ro. " Ele piscou.

***
Enquanto Sutton permaneceu em silêncio quando diri-
gia para casa, ele se perguntou o que ele tinha dito ou feito
que a irritou mais.
"Será que você realmente quis dizer que se mudaria pa-
ra a Califórnia?" A pergunta suave o fez lhe dar uma rápida
olhada.
"Eu não falo merda que eu não quero falar" ele disse a
ela quando eles se aproximaram do bar de Rosie. "Quer parar
e ter uma cerveja?"
"Gostaria disso. Eu não vi Mick desde que eu retornei"
Tate virou para o estacionamento. Como de costume,
haviam muitas motos estacionadas ali e a caminhonete de
Greer estava estacionada em seu lugar habitual. Quando ele
viu a grande, caminhonete Chevy preto, ele quase se virou
para sair, mas ele não poderia deixar Greer, sem ajuda,

264
mesmo que o filho da puta estúpido seja estúpido o suficien-
te para ficar com os Last Riders e os Hayeses lá dentro. Esta-
cionando, ele desligou a caminhonete. "Fique do meu lado.
Pode haver problemas."
Ela chocou a merda fora dele, quando ela deu-lhe um
sorriso de antecipação. "Realmente, com quem?"
"Os Hayeses. Greer não vai comprar uma briga com os
Last Riders. Devemos a eles por me costurar e Knox não me
entregar. Os Hayeses estão sempre à procura de problemas,
e Greer gosta de dar isso a eles."
"Por que ele não gosta dos Hayeses? Eles sempre foram
legais comigo, mesmo que eu só os tenha visto durante as
temporadas de futebol e basquete" ela disse saindo da cami-
nhonete e batendo a porta.
Tate esperou por ela na frente da sua caminhonete, es-
tendendo a mão. A sensação acolhedora o atingiu quando ela
imediatamente colocou a mão dela na dele.
"Jessie era tão boa nos esportes quanto seus irmãos."
"Você não é a maior concorrência deles na região" ele
respondeu.
Os Hayeses eram os mais fechados na cidade, ficando
apenas entre eles quando foram para a escola. Os dois ir-
mãos e uma irmã foram autorizados a participar das ativida-
des desportivas da escola, mas fez todo o curso em casa até
que se formaram.

265
"Jessie deve ter se formado; a tratavam como um dos
rapazes, e ainda fazem isso. Ela pode sair caçar e matar, e
ela não usaria um vestido nem se alguém ameaçasse a sua
vida."
"Ela é doce" Sutton argumentou.
"Isso foi o que você disse sobre o gambá, que quase ar-
rancou meu braço quando eu o soltei."
Ele segurou a porta aberta para ela entrar no bar. O
bar já estava cheio, embora ainda fosse cedo. Ele viu Greer
em pé no bar com a mão na bunda de Diane. A mulher era a
maior vagabunda na cidade. Ela estava constantemente ga-
rantindo a Greer que ele era o único que ela estava vendo, e,
inevitavelmente, ela seria pega mentindo quando um de seus
casos de foda se gabavam para Greer. Ele estava constante-
mente em lutas e pagando pelos danos causados pelas lutas.
Tate estava ficando malditamente doente de socorrê-lo da
cadeia por causa da cadela mentirosa.
Greer sorriu para ele quando ele e Sutton pegou os
bancos do bar ao lado dele. "Você finalmente decidiu vir e se
divertir um pouco?"
"Estive muito em casa."
Greer deu a Sutton um sorriso. "Meu irmão está te
mantendo ocupada?"

266
"Cuidado com a boca" Tate advertiu a seu irmão. Ele
poderia ver a partir do olhar atordoado em seus olhos que ele
já teve muitas cervejas.
Greer ergueu as mãos no ar. "Não quis fazer qualquer
desrespeito. Desculpe, Sutton."
"Está bem-"
"Não, não está" Tate interrompeu. Seus irmãos tinham
que tratar Sutton direito, mesmo que ele tivesse que bater o
inferno fora deles.
"Eu estava esperando por Greer comprar uma briga
com alguém. Não esperava que fosse com o seu próprio ir-
mão."
Mick brincou, parando na frente deles atrás do bar.
"Olá, Mick" Sutton interrompeu, desviando a tensão en-
tre ele e seu irmão.
"Ouvi dizer que você estava de volta à cidade. É bom ver
você, menina."
Ela lhe deu um sorriso doce que, se Tate não soubesse
que Mick não estava interessado nela, teria deixado ele com
ciúmes. Ele só tinha visto aquele sorriso especial, algumas
vezes, e ele não estava pronto para compartilhar isso com
mais alguém.
"O que você tem feito?" Mick abriu duas cervejas, colo-
cando-as na frente deles.

267
Enquanto Sutton descreveu sua vida na Califórnia, Ta-
te percebeu os Hayeses a estudando do outro lado do bar.
Ele apanhou os seus olhos, dando-lhes um aviso silen-
cioso.
"Foi um tempo desde que tivemos uma boa luta" Greer
disse, vendo para onde ele estava olhando.
"Nós não vamos ter uma esta noite. Sutton está aqui. "
"Boa sorte com isso", disse Greer, saindo do seu banco.
"Vamos dançar." Ele pegou a mão de Diane, levando-a para a
pista de dança.
Tate achava que não era uma má ideia. Quando Mick
se afastou para esperar por seus clientes, ele se virou para
Sutton.
"Como se sente sobre dançar?"
"O que você acha?" Ela pulou de seu banco, ansiosa-
mente pegando sua mão. A mulher costumava amar dançar
quando eles namoravam na escola. Mick era bom o suficiente
para deixá-los se esconder no bar e dançar por algumas ho-
ras antes de ficar lotado. Ele nunca os serviu álcool, só lhes
deu um lugar para sair em uma noite de sábado.
Sutton passou os braços em volta do seu pescoço, se
pressionando contra ele, quando a música ficou lenta. Sua
mão foi para a sua bunda, prendendo-a contra ele, e sua ca-
beça caiu em seu ombro. Tate pensou que era o mais perfeito
momento que ele tinha experimentado em sua vida. Ele não

268
queria que isso acabasse, mesmo quando a música mudou
para uma música diferente com uma batida mais rápida.
Ainda assim, eles não se moveram, ficando apertados um
contra o outro, sem querer que o momento terminasse.
Tate endureceu com ela em seus braços quando sentiu
uma mão tocar o seu ombro.
"Eu vou interromper. Uma menina bonita como ela pre-
cisa dançar com alguém que sabe."
Tate não se moveu. "Vá encontrar sua própria mulher
para dançar. Esta está comprometida."
"O que ela tem a dizer sobre isso? Talvez ela queira
dançar comigo." Sua mandíbula apertou.
Sutton levantou a cabeça. "Ele tem razão; sou compro-
metida." O peito de Tate se encheu de orgulho.
Os olhos de Asher foram para a mão de Sutton que re-
pousava em seu braço. "Desculpe, Tate. Eu não sabia que
você tinha casado."
Instantaneamente, ele entendeu que Asher tinha visto a
aliança de casamento em sua mão.
"Nós não somos casados."
"Eu não sabia que os Porters fodiam por aí com mulhe-
res casadas."
Ele sentiu Sutton tensa em seus braços, esperando que
ele socasse Asher.
"Ela é viúva."

269
O sorriso no rosto de Asher desapareceu. "Desculpe."
Sutton concordou e Asher se afastou da pista de dança
lotada.
"Estou chocado que você não bateu nele."
"Não, eu não vou deixar esse imbecil me irritar esta noi-
te. Estou me divertindo."
Ela relaxou contra ele. "Eu também." Ele mal ouviu seu
sussurro através da música alta.
Quando os outros casais na pista começaram a esbar-
rar neles, Tate a levou de volta para o bar. Ele suspeitava
que Greer ainda estava dançando com Diane, mas ele não
podia vê-lo no meio da multidão.
Holt estava dançando com Reva, uma mulher que Tate
tinha fodido ocasionalmente nos últimos dois anos. Ele não
tinha estado com ela nos últimos oito meses, desde que ela
começou a insinuar que queria um anel. Eles saíram da pis-
ta e se sentaram ao lado deles no bar.
Tate terminou sua cerveja. "Pronta?"
Sutton concordou.
"Você não está saindo está, Tate? Pensei que podíamos
dançar. "
"Não, obrigado, Reva." Ele pegou uma nota de vinte de
sua carteira, colocando-o sobre o balcão para pagar a conta.
"Vamos lá... Não vá. Holt pode fazer companhia para ela
até você voltar. "

270
"Não quero outra das sobras de Tate" Holt falou quando
Tate deu a mão a Sutton para ajudá-la. A mão de Tate caiu.
Se virando para encarar Holt, se fez dar ao homem uma
chance. "Eu não dou a mínima se você insulta a Reva. Ela
não é minha mulher, mas afaste a sua boca de Sutton."
"Não quero a minha boca nela. A maneira como vocês
dois estavam agindo na pista de dança, faria meu pau apo-
drecer se eu pegasse ela. Ouvi que Cheryl pegou gonorreia e
foi passando. Desde que você estava com ela há uns meses
atrás, talvez Sutton devesse fazer uns exames."
Fúria explodiu na cabeça de Tate. O temperamento Por-
ter era notório em toda Treepoint. Na verdade, era mais difícil
irritar Tate. A maioria das lutas que ele se viu envolvido era
porque gostava de lutar. Com a ofuscante fúria, seu punho
se lançou, aterrando um soco no estômago de Holt. Ele caiu
para trás, derrubando as banquetas quando os clientes rapi-
damente saíram do caminho.
"Seu filho da puta!"
Tate não daria a Holt tempo para se recuperar antes de
levantar o punho novamente, mas foi travado em pleno ar
pelo Asher, que o empurrou contra o bar.
"Não porra toque em meu irmão!" Asher pegou a garrafa
de cerveja que ele tinha terminado de beber, prestes a bater
em sua cabeça, mas Sutton agarrou seu braço.
"Deixe-o em paz."

271
"Fique fora disso, Sutton" Tate ordenou. Ele não achava
que os irmãos se rebaixariam o suficiente para tocar nela,
mas ele não estava disposto a correr o risco. Antes que Asher
pudesse fazer outro movimento, Greer estava lá,
empurrando Asher longe de Tate e Sutton.
Levou dois segundos antes que os homens começassem
a avançar um no outro. Ao mesmo tempo, Asher estavam
reunindo ar suficiente em seus pulmões privados de oxigênio
para voltar para mais. Os dois homens caíram sobre a mesa
ao lado do bar, batendo nos clientes e bebidas em seu cami-
nho.
Tate sentiu Asher ter a sorte de acertar um soco em seu
olho antes que ele pudesse estrangulá-lo.
"Isso é o suficiente!" Mick gritou, vindo de trás do bal-
cão.
Dois Last Riders puxaram Greer de Holt, que estava
progressivamente ganhando força e estava ameaçando torcer
o braço de Greer. Greer girou o braço para trás, tentando ba-
ter em Rider para afastá-lo dele.
"Eu estou tentando ajudar a sua bunda bêbada." Rider
mal conseguiu soltar Greer antes dele conseguir bater nele.
"Eu não preciso de sua ajuda."
"Isso não é o que parecia para mim" Rider zombou de
Greer, irritando Tate.

272
"Nós podemos lidar com isso sozinhos." Tate chutou
Asher nas bolas, forçando-o a ficar de joelhos.
"Não vou enfiar meu nariz. Eu não estou com disposi-
ção para uma luta esta noite, de qualquer maneira." Rider e
Train se afastaram, deixando-os sozinhos para lidar com os
Hayeses.
Tate estendeu a mão, sacudindo a cabeça de Asher pe-
gando seu cabelo. "Eu estou ficando cansado de vocês dois
fodendo com a gente. Faz isso novamente e Jessie vai estar à
procura de seus corpos pelo resto de sua vida."
Holt limpou o sangue de sua boca com a mão. “Grande
conversa de um homem que se escondeu atrás de uma mu-
lher para não ir para a cadeia. "
Tate foi para ele, mas parou quando Sutton puxou sua
camiseta. "Eu estou pronta para ir para casa."
Tate parou, vendo a preocupação que ela não tentou
esconder. Se virou para Holt. "Da próxima vez" ele prometeu.
"Estou cagando nas calças", Holt zombou.
Tate esperou até Greer encontrar Diane para que eles
pudessem sair juntos. Diane foi para atrás do volante da ca-
minhonete de Greer depois que ele entrou.
Seu irmão se pendurou na janela quando disse, "Nós
chicoteamos suas bundas."
"Leve-o para a cidade com você, Diane, e segure ele du-
rante a noite. Ele vai acordar Logan se for para casa."

273
Ela lhe deu um sorriso sedutor. "Vocês dois querem vir
e tomar uma bebida na minha casa?"
"Nós vamos passar" Sutton o puxou para a sua cami-
nhonete.
"Eu não ia aceitar" Tate disse enquanto observavam a
caminhonete de Greer ir para a estrada. "De quem você está
tentando fugir?"
"Foi um empate” Sutton respondeu quando ele abriu a
porta da caminhonete.
Ele subiu na caminhonete, pegando a mão dela e ligan-
do seus dedos juntos. Ele a puxou para mais perto até que
ela se sentou ao lado dele. Então Tate saiu do estacionamen-
to, mas em vez de virar na direção de casa, ele fez uma curva,
voltando para a cidade.
"Para onde vamos agora?"
"Eu pensei em fazer um desvio antes de ir para casa."
Ela começou a rir quando ele saiu da estrada.
Ele habilmente levou a caminhonete para a montanha
até chegar ao topo. Tate estacionou a caminhonete, olhando
para as montanhas.
"Eu não estive aqui em anos." Ele se moveu até que ele
pudesse olhar para ela. "Desde que eu estive aqui com você.
Lembro-me de vir aqui depois que fomos para Rosie. Cada
vez que vínhamos aqui, eu esperava passar da primeira base
com você."

274
Sutton estendeu a mão, desabotoando sua camisa.
"Prepare-se. Você está prestes a fazer um gol."

275
Capítulo 21

Sutton passava as mãos sobre o peito de Tate. Deus,


ela adorava tocá-lo. Cada toque a lembrava que ela estava
com ele, que não era um sonho.
Ela deu um beijo na base de sua garganta, sua língua
explorando o gosto salgado dele. "Quando você costumava
me tocar, eu fazia tudo para não ceder a você. Agora eu não
posso imaginar não tê-lo dentro de mim."
Sua mão foi até a bainha do seu vestido, tirando-o do
caminho antes de deslizar a mão por sua coxa indo para sua
boceta. "Se eu pudesse voltar no tempo, eu bateria a merda
fora de Cash e te arrastaria para a minha caminhonete. Você
teria cedido e me falado a verdade. Você nunca conseguiu se
segurar comigo. "
"Isso não é verdade. Eu não tive sexo com você."
"Só porque eu não insisti." Sutton teve que admitir a
verdade nessa afirmação. Tate sempre deixou ela fazer o que
queria. Uma lágrima correu pelo seu rosto com o pensamen-
to. Ele era um exemplo que ela deveria ter comparado para
perceber a falha no comportamento de Scott antes de se ca-
sarem. Tudo sempre tinha que ser do jeito de Scott. Mesmo
quando estavam escolhendo as decorações do seu casamento,
ele tinha escolhido. Ela tinha ignorado a advertência, os si-
276
nais e tinha pago o preço, e também Valentine. Isso era o que
ela achava o mais difícil de lidar.
"Olhe para mim, Sutton."
Ela levantou a cabeça para olhar em seus olhos e pren-
deu a respiração. Ele estava se dando a ela se sem medo ou
dúvidas. Era alucinante sentir que ele confiava nela, sem
medo que ela fosse ignorá-lo. Ele não pediu para ela mostrar
a ele de volta ou dizer como ela se sentia em troca; ele estava
apenas lhe mostrando como se sentia.
Ele deu a ela o poder para tomar suas próprias decisões
no relacionamento. Seu ciúme pode ter levado ele a mexer no
seu carro e atrapalhar o seu encontro com Liam, mas para
um Porter, acostumado a fazer do seu próprio jeito e bater
qualquer obstáculo do seu caminho em vez de se esquivar,
ele mostrou um controle notável.
"Eu te amo." Ela abandonou o ódio que ela sentia por si
mesma por não proteger melhor Valentine, por não ser forte
o suficiente para ficar longe de Scott, por ser uma vítima fra-
ca e inútil, que ele a fez acreditar que era.
Sua luta e tentativas de suicídio não foram por causa
de Scott, mas porque ela não foi capaz de se perdoar. Todos
os membros do grupo em suas reuniões de apoio, amigos no
trabalho, e seu terapeuta tinham dito que não foi culpa dela;
ela não tinha acreditado neles até agora, quando Tate lhe
mostrava como era o verdadeiro amor. Más intenções disfar-

277
çadas de cuidados não podem ser consideradas boas quando
nunca se viu o mal.
Scott foi o seu primeiro contato com o mal, e se Deus
quiser, ela nunca iria vê-lo novamente. Se ela visse, ela rezou
para que fosse capaz de lutar contra isso melhor do que ela
tinha feito da primeira vez.
"Eu te amo" Tate repetiu suas palavras sem hesitação.
Ela desfez seu cinto, em seguida, desabotoou a calça
jeans. "Faça amor comigo."
Tate a ajudou a sair de sua calcinha antes de pressio-
ná-la no banco de sua caminhonete.
"Eu quero que você saiba que eu nunca fodi Cheryl sem
preservativo, nunca. Ela ter gonorreia foi um rumor que Ja-
red espalhou quando ela se divorciou dele."
"Eu não perguntei, porque eu sabia que você não faria
nada para me machucar." Sua falta de confiança em Tate foi
o que tinha destruído sua vida, e ela nunca cometeria esse
erro novamente.
"Você é tão bonita. Dói em meu pau olhar para você.
Mesmo depois que eu fodo você, eu não posso respirar por-
que eu quero você de novo. "
"Eu também... Eu pensei que nunca conseguiria des-
frutar do sexo, e agora eu não me canso de você. Ninguém
nunca me fez sentir do jeito que você faz." Ela tirou a camisa

278
xadrez de seus ombros que brilhavam no luar. Ele a fazia se
sentir suave e feminina.
Sutton estremeceu quando ele abriu o zíper de seu ves-
tido, jogando no espaço apertado da caminhonete. Ela queria
fazer amor com ele até que a única mulher que ele poderia se
lembrar de estar em seus braços fosse ela. Ela tinha desco-
berto seus pontos fracos. Seu pescoço era sensível, e ela ago-
ra delicadamente o lambia mordendo-o gentilmente e mar-
cando-o como o dela. Qualquer mulher na cidade que ten-
tasse tomar Tate dela iria descobrir que ela não iria ficar ob-
servando e deixá-las levá-lo dela novamente. Ela lutaria com
unhas e dentes para manter o que era seu, e Tate era dela.
Tate se levantou sobre ela, deslizando seu pau dentro dela,
sua mão foi para a porta acima da cabeça para segurar e não
sufocá-la com seu peso.
"Cuidado. Eu não quero cair" Sutton avisou quando ele
começou a empurrar dentro dela.
Ele enterrou o rosto em seu pescoço. "Se cairmos, va-
mos cair juntos. Nada pode nos machucar de novo." Ele pe-
gou a sua mão, levando-a à boca, traçando a pele cicatrizada
de seu pulso com os lábios. "Juntos, Sutton."
"Juntos." Ela se mexeu debaixo dele, levando-o mais
profundo dentro dela, até que ela não sabia onde ele termi-
nava e ela começava, fundindo os dois juntos como um só.

279
Ela gemeu quando chegou ao clímax, e ao observar o
seu rosto e a expressão de puro prazer o levou a encontrar
seu próprio orgasmo. Eles, então, deitaram no banco, apreci-
ando estar abraçados. Ambos saltaram quando uma nítida
batida na janela os assustou. Tate estendeu a mão, lhe en-
tregando o vestido que tinha caído no chão. Ele se levantou o
suficiente para ela se cobrir antes de se endireitar para des-
cer a janela. Sutton queria morrer de vergonha quando viu o
xerife olhando para a cabine escura.
"Um pouco velho demais para transar no Mirante, não é,
Tate?" Knox não fez uma tentativa de esconder sua diversão.
Tate despreocupadamente fechava seus jeans. "Eu vi algu-
mas dessas festas que você e Os Last Riders fazem no lago.
Pelo menos eu tenho a certeza que ninguém estava por per-
to."
Os olhos do enorme xerife se estreitaram com raiva.
"Sério? Então como é que eu andei até você, sem você perce-
ber?"
"Eu percebi. Eu só não tinha terminado."
Sutton ficou de boca aberta. Ela estendeu a mão, ba-
tendo atrás da cabeça dele. Knox começou a rir quando Tate
tentou pegar suas mãos.
"Vou deixar você lidar com ela. Fique atento e lembre-se
que não pegamos o atirador. Não quero que você leve um tiro

280
nas costas enquanto você está... Terminando." Com isso, o
xerife voltou para a viatura.
"Eu não posso acreditar em você." Sutton vestiu rapi-
damente o seu vestido antes de se abaixar para pegar a cal-
cinha. Levantando os quadris, ela a vestiu enquanto ouvia
Tate rir.
"Seu idiota, pare de rir. Patolino faz mais sentido do
que você! "
"Vamos, Sutton; foi engraçado como a merda. Você de-
veria ter visto seu rosto quando ele estava ali. Foi sua ideia
transar na minha caminhonete, por isso não me culpe por
ceder" ele riu.
Sutton estava prestes a acertá-lo novamente quando
uma expressão estranha atravessou seu rosto.
"O que está errado?"
"Nada." Ele ligou a caminhonete, virando-a e descendo
a montanha com uma velocidade de arrepiar os cabelos.
"Tate, você está me assustando."
"Você se importa se nós passarmos a noite na minha
casa?"
"Não, por que?"
"Eu ouvi os sinos de morte hoje mais cedo, e novamente
quando estávamos no bar. Eu quero você segura em casa
onde posso proteger melhor você e os outros. Dustin está em

281
casa com Logan e Holly, mas nós sabemos que Greer está na
cidade. "
Sutton não questionou o pedido. Certa vez, ele tinha di-
to a ela que ouviu os sinos da morte quando alguém que ele
conhecia morreu. Não era folclore entre os povos de monta-
nha, mas uma forte crença transmitida através de gerações.
"Eu não me importo" ela assegurou a ele quando dirigi-
ram em direção a sua casa.
Ele fez ela ligar e avisar a Greer, que atendeu o telefone,
obviamente bêbado, mas quando ela transmitiu a mensagem
de Tate para ter cuidado, ele ficou sóbrio imediatamente.
"Ele quer que eu vá para casa?"
"Não, fique aí. Eu não quero que você seja um alvo fácil!
Eu estou indo para casa. Vou ficar até você voltar amanhã"
Tate respondeu. Sutton colocou ele no viva-voz para Tate po-
der falar com ele enquanto dirigia.
"Tenha cuidado, irmão. Eu não sei o que eu faria sem
você. "A afeição de Greer por seu irmão quase o fez parecer
normal. E então... ele soprou o que pensava. "Eu teria que
fazer todo o trabalho sem você."
"Vejo você pela manhã." Tate acenou para ela desligar a
chamada.
"Seu irmão é um idiota."
"Ele não é tão ruim."
"Sim ele é. Ele é o homem mais egoísta que já conheci."

282
Tate não tentou dar uma resposta de volta. Mesmo ele
teve que admitir que ela estava certa.
Quando eles pararam em frente à casa de Tate, o quin-
tal estava inundado com luzes em todas as direções.
"Eu aposto que sua fartura de eletricidade alimentaria
os sem-teto por um mês."
Tate sorriu quando ele abriu a porta da caminhonete
para ela. Sutton deslizou no banco para seus braços que a
esperava, e ele gentilmente a colocou no chão.
"Espere até eu ir na loja de ferragens e comprar alguns
para o seu quintal. Eu gosto de saber se alguém está bisbi-
lhotando."
"Isso faz você sair quando um animal o aciona."
"Eles fazem o tempo todo. Isso faz deles um alvo" disse
ele sem arrependimento.
"Precisamos ter uma conversa séria sobre seus pontos
de vista sobre a vida selvagem."
"Eu não me importo se eles têm duas ou quatro pernas.
Eu afasto qualquer coisa que se aproxima da casa."
Sutton sacudiu a cabeça. Ela nunca mudaria a sua ati-
tude. Ela teria que lidar com isso ou contornar. Ela decidiu
comprar latas de lixo com tampas que trancam. Se ela não
fizesse, seu pobre gambá seria ensopado de carne devido a
forma que Tate o ameaçava.

283
Ela assentiu com a cabeça em direção à casa. "Dustin
está olhando da janela."
"Eu sei." Tate a beijou profundamente, antes de soltá-la.
Ela caminhou para a varanda da frente de forma instá-
vel, quase caindo, mas Tate a pegou, levando-a em seus bra-
ços e carregando-a pelo resto do caminho.
"Eu posso me acostumar com isso" ela brincou.
"Eu sempre estarei lá para levá-la sempre que você pre-
cisar de mim. Mesmo quando você não precisar, eu vou estar
lá."
Dustin ainda estava observando eles com sua espin-
garda nas mãos, pronto para protegê-los, se necessário.
"Os Porters não são perfeitos. Você é mau, teimoso, e
prefere atirar em alguém quando você está com raiva, mas
você é o homem perfeito para mim." Mesmo dizendo isso, ela
não conseguia entender o seu raciocínio.
Ele arrogantemente resumiu em sete palavras. "Eu sou
o único homem para você."
Mesmo um vaso de valor inestimável tinha uma ou du-
as rachaduras.
"Tate, acredite em mim, ninguém é como você."

***

284
Tate se endireitou, saindo da cama ele foi para a sala de
estar para não acordar Sutton. Empurrando a cortina de vol-
ta, ele olhou pela janela, sua espingarda em um aperto firme,
ele ouviu os sinos pela terceira vez. A morte tinha encontrado
sua vítima.

285
Capítulo 22

Sutton estava na cozinha, observando Dustin, Tate, e


Logan tomar o café da manhã enquanto ela bebia café.
"Tem certeza de que não precisa de mim para ajudar
com os pratos?" Ela perguntou a Holly.
"Não, eu estou quase terminando. Isso ficará muito
mais fácil depois da próxima semana. Tate vai instalar a co-
zinha nova."
Ela foi atingida por quão bonita Holly era quando sorria.
Sutton não conseguia se impedir de sentir inveja da mulher.
Ela era muito legal. Holly estava constantemente tentando
agradar os homens como se ela não tivesse certeza de sua
posição na família. Ela usava uma calça jeans que mostrava
seu bumbum cheio de curvas, mas ela tinha colocado uma
camiseta enorme, como se ela estivesse tentando esconder o
tamanho de seus seios grandes. Sutton teve que admitir que
invejava esse problema.
O som de uma picape la fora fez Logan pular para cima
da mesa para olhar pela janela.
"É tio Greer, e ele está com aquela estúpida Diane com
ele." Logan correu de volta para a mesa para terminar o seu
cereal.

286
"E assim começa..." Sutton murmurou.
"O que você disse?"
Sutton apontou para Logan. "A próxima geração de Por-
ters."
Holly riu. "Eu pensei a mesma coisa muitas vezes. Con-
tanto que ele se pareça mais como Dustin e Tate, ele vai ficar
bem. "
"Ele não tem nada de Greer?"
"Só uma coisa, e eu estou tentando cortar o mal pela
raiz"
Greer abriu a porta, completamente assumindo a sala
com sua aparência. Diane entrou depois dele, vestido um
short, que mostrava as bochechas de sua bunda e uma ca-
miseta que era completamente imprópria para o clima frio.
"Vocês ainda estão comendo? Tomamos café da manhã
no restaurante." Olhando para a mesa, Greer olhava seus
irmãos comendo aveia mergulhada em frutas. "O meu foi
mais legal do que a porcaria que você está comendo."
A mão de Sutton apertou a xícara de café ao ver o olhar
magoado no rosto de Holly.
"Comer no restaurante é o que está colocando esse
pneu sobressalente em torno de sua cintura." A voz áspera
de Tate não deixou ninguém na sala duvidar que ele não ia
tolerar ninguém maltratando Holly. Os braços de Diane cir-
cularam a cintura de Greer por trás, as mãos abertas em sua

287
barriga plana. "Ele não tem um pingo de gordura sobressa-
lente. Eu posso confirmar isso." Ela ronronou.
Sutton se virou para colocar seu copo vazio no balcão,
engolindo a seco quando viu o flash de emoção no rosto de
Holly que levou pavor em seu coração. A doce mulher estava
apaixonada pelo pior irmão Porter.
O celular de Tate quebrou o silêncio desconfortável. To-
dos na sala ouviram quando ele falava.
"Oi, Rachel..." Sua voz parou enquanto ele ouvia aquilo
que Rachel estava falando. "Ninguém viu qualquer coisa?" O
estômago de Sutton afundou.
"Me ligue se você ouvir qualquer outra coisa." Tate des-
ligou o telefone, olhando para eles severamente. "Holly, leve
Logan para o quarto e coloque um filme para ele."
"Vamos, Logan." Holly tirou o menino da sala.
Assim que ouviu a porta do quarto fechar, Tate falou a
eles a notícia terrível. "Mick encontrou Kyle Hayes morto esta
manhã, sentado em sua caminhonete nos fundos do Rosie. "
Kyle Hayes era o primo mais novo de Asher e Holt. Ele
era apenas um menino quando Sutton tinha deixado a cida-
de. Ele foi um dos únicos Hayeses que tinham sido autoriza-
dos a frequentar a escola na cidade. Ela tinha visto Kyle
frequentemente se arrastando atrás de seus primos mais ve-
lhos com adoração de herói em seus olhos.
"Eles vão estar atrás de sangue."

288
"Sim, eles vão." O rosto de Tate ficou ainda mais som-
brio, assustando Sutton. "Eu vi ele estacionar a caminhonete
dele quando estávamos saindo. O estacionamento estava
cheio, por isso, ele estacionou nos fundos do Rosie. Rachel
disse que Knox falou a ela que ele foi esfaqueado até a mor-
te."
"Kyle sabia como cuidar de si mesmo. Ele tinha que co-
nhecer o assassino, ou ele nunca teria chegado perto o sufi-
ciente para fazer qualquer dano." O rosto de Greer ficou
branco. "Após a luta que tivemos com Asher e Holt no bar,
você sabe quem eles vão culpar."
"Nós" Tate confirmou o pior medo de todos.
"Knox pode dizer para ele que ele nos viu no Mirante, e
Diane pode garantir que Greer estava com ela." Sutton falou.
"Eles não vão acreditar que não temos nada a ver com o
assassinato de Kyle." Sutton teve a sensação horrível que Ta-
te estava certo.
Quando ele se levantou e pôs o chapéu, ela colocou a
mão em seu braço. "Onde você vai?"
"Eu vou falar com Asher. Se eu não fazer ele acreditar
em mim, vai ser um banho de sangue."
"Não!" Sutton agarrou seu braço com mais força. "Va-
mos ao Knox."
"Ele não vai acreditar em Knox" Tate tirou a mão de seu
braço. "Eu tenho que ir, Sutton."

289
"Eu vou" Greer ofereceu.
"Não, eu quero você aqui. Você cuida da família. " Es-
condido em suas palavras estava 'se eu não voltar"
"Tate... Por favor, não vá."
"Caminhe comigo até lá fora." Ele pegou a mão dela,
puxando-a atrás dele quando saiu. "Vai ficar tudo bem."
Sutton apontou para o olho roxo dele. "Eles não vão
acreditar em você. Eles ainda estão com raiva da luta na noi-
te passada, e com o primo deles morto algumas horas mais
tarde... Eles simplesmente não vão acreditar em você."
"Vou fazer eles acreditarem em mim. Ambos sabem
uma coisa sobre os Porters: Nós não somos covardes. Eu te-
rei uma chance maior de convencê-los que não tive nada a
ver com a morte de Kyle, se eu olhar nos olhos deles e lhes
dizer a verdade."
"Você vai, pelo menos, ligar para Knox e lhe dizer onde
você está indo?"
"Isso, eu posso fazer."
"Eu vou estar doente de preocupação até você voltar."
"Então, fique ocupada. Limpe o…"
Os olhos de Sutton estreitaram. "Escolha suas próxi-
mas palavras com cuidado."
Tate, ao contrário de Greer, não era um homem estúpi-
do. "Encontre algo que você queira fazer para se manter ocu-
pada."

290
"Vou ligar para Cheryl e almoçar com ela. Ela está li-
gando, e eu estive evitando. Eu posso escolher alguns holofo-
tes enquanto estou na cidade."
"O que fez você mudar de ideia sobre os holofotes?"
"O assassino. Ele está pegando todos no escuro" Tate
franziu a testa. "Você está certa; todos os ataques estão
acontecendo durante um determinado momento da noite."
Sutton concordou. "Ele não quer ser visto."
"Ou isso ou ele está ocupado durante o dia." Tate colo-
cou a mão na nuca, puxando-a para perto. "Pegue o carro
emprestado de Holly para ir a cidade. Vou consertar o seu
carro essa noite."
"Então, você está admitindo que mexeu no meu carro?"
Tate lhe deu um beijo rápido. "Eu sou um Porter; eu
nunca admito nada"

***

Sutton esperou pacientemente por Cheryl no restau-


rante de King. Havia um grande grupo de mulheres sentadas
em uma das mesas no bar. Suas risadas altas estavam sen-
do ignoradas pelo proprietário do restaurante. Ela entendeu
o motivo quando ele foi para a mesa e falou com uma das
mulheres mais bonitas. Era óbvio pela proximidade entre
eles que eram um casal.

291
Cheryl chegou correndo, sentando na frente dela. "Des-
culpe estou atrasada. A loja estava movimentada."
Outra rodada de riso fez Cheryl olhar para o grupo de
mulheres. Sutton se perguntou se elas estavam comendo
tanto quanto elas usavam a oportunidade para fofocar. Os
ombros de Cheryl caíram quando ela deu a garçonete o seu
pedido.
"Algo errado?" Sutton perguntou após a garçonete sair.
"Essas são as esposas dos Last Riders. A ruiva é Evie.
Ela é a esposa do proprietário. "
"Então? Não se dá bem com elas?"
"Não."
"Eu reconheço Lily e Beth Cornett e Winter Simmons.
Pelo que me lembro delas, eu não posso imaginá-las odiando
você. "
Cheryl deu de ombros, evitando o olhar dela. "Eu meio
que fui ruim com algumas delas quando eu passava pelo
meu divórcio."
"Tenho certeza que elas entendem que era um momento
difícil para você."
"Eu estava com Cash."
Sutton ficou preocupada com Rachel. "Ele dormiu com
você depois que ele e Rachel se casaram?"
"Não, não. Antes." Cheryl parecia miserável com a ad-
missão.

292
"Você esteve com Tate, também."
"Sim."
"Eu estou sentada aqui com você, e eu ainda a conside-
ro minha amiga."
"Você sempre foi uma otária" Cheryl disse, lágrimas
transbordando em seus olhos.
"Não, eu descobri que os bons amigos são difíceis de
encontrar." Cheryl sorriu aliviada.
Elas comeram seu almoço, e quando terminaram e es-
tavam saindo, Sutton notou Cheryl estremecer quando ela
abriu a porta do restaurante para saírem.
"O que está errado?"
"Nada. Eu levantei uma caixa pesada no trabalho e de-
ve ter machucado alguma coisa"
Sutton parou de caminhar, olhando criticamente para
Cheryl.
"Não minta para mim." Sutton se aproximou para tocar
uma contusão pouco perceptível em seu queixo. Cheryl deu
um passo para trás evitando o seu toque. "Eu caí na outra
noite quando eu bebi muito..."
Sutton lembrava muito bem das desculpas. Ela puxou
o assunto com cuidado, do jeito que ela desejou que alguém
fizesse isso com ela naquela época.
"Cheryl... Eu sei como parece quando alguém está te
machucando." Imediatamente, Cheryl ficou na defensiva.

293
"Não seja louca, Sutton. Eu ligaria para o delegado se alguém
me tocasse…"
"Eu sei" Sutton salientou.
Cheryl não entendia o que Sutton estava tentando dizer
a ela até que Sutton agarrou a mão dela, impedindo-a de
continuar a andar.
"Eu sei, Cheryl. Eu. Sei."
Cheryl parou, compreensão finalmente amanhecendo, e
ela segurou a mão de Sutton mais apertado.
"Você foi abusada por seu marido?"
"Há mais de dez anos" Sutton admitiu sem constrangi-
mento. Foi Tate que finalmente conseguiu convencê-la que
ela tinha sido vítima. Era sua vez agora de passar adiante o
mesmo presente a Cheryl.
"Foi minha culpa. Eu não deveria ficar flertando en-
quanto eu estava trabalhando."
Isso adoeceu Sutton por causa das desculpas que os
homens davam para machucar as mulheres, convencendo-as
que elas eram a causa da sua própria dor.
"Ouça-me, Cheryl. Nada que você faça dá o direito a ele
de colocar a mão em você."
"Eu preciso do trabalho." Outra desculpa. Sutton lem-
brou as muitas que ela dava por Scott, mas ela nunca deu a
si mesma uma razão do motivo que ela tinha que aceitar a
tortura que ela tinha tolerado.

294
"Nós vamos falar com Knox."
"Eu tenho que terminar o trabalho. Hoje é dia de paga-
mento. Preciso do dinheiro, Sutton. Eu vou falar com Knox
quando eu sair. Pelo menos eu vou ter dinheiro suficiente
para viver fora por algumas semanas."
"Eu vou te emprestar dinheiro até você encontrar outro
emprego. Eu ajudo-" Cheryl teimosamente sacudiu a cabeça.
"Eu vou receber o meu dinheiro. Eu trabalhei por isso."
Sutton mordeu o lábio. Ela não queria empurrar Cheryl
muito duro, ou ela poderia recusar ir até o Knox para pedir
ajuda.
"Certo. Quanto tempo antes de você sair?"
"Quatro horas."
"Então eu não vou sair do seu lado. Eu preciso pegar
algumas coisas para minha casa e Tate. Jared vai ficar des-
confiado se eu demorar tanto tempo?"
"Não, eu sempre tenho clientes que param e conver-
sam."
"Tudo certo. Eu espero que você tenha um monte de
holofotes. "
"Holofotes? Para que você precisa de holofotes? "
"Tate quer instalá-los em minha casa para que ele pos-
sa pegar um gambá." Ela estava indiretamente dizendo que
ela e Tate estavam vivendo juntos.

295
"Oh." Cheryl não parecia gostar da informação. "Então,
você não vai voltar para California? Quando eu me mudar
com suas amigas, você não vai estar lá?" Sutton pensou que
ela estava chateada sobre Tate viver com ela; no entanto, era
porque ela decidiu se mudar e não conhecia ninguém.
"Não, mas meu chefe está dirigindo até aqui na próxima
semana. Vou apresentá-lo. Eu acho que seria uma boa ideia
para você seguir em frente e sair."
"Se eu conseguir pegar o meu salário de Jared, eu pos-
so viajar com ele. " Cheryl falou.
Sutton enrolou seu braço com o dela. "Eu não vou dei-
xá-lo sozinha até depois de falarmos com Knox."
"Tenha cuidado. Jared está irritado."
Sutton estendeu a mão e tocou a contusão fraca que
Cheryl tentou esconder com a maquiagem.
"Jared é o único que precisa ter cuidado. A próxima vez
que ele pensar em tocar em você, ele vai saber algo que eu
gostaria de ter tido."
"O que é isso?"
"Você não está sozinha."

296
Capítulo 23

"Isso é tudo?" Jared perguntou quando ela colocou ou-


tro item sobre o balcão.
"Não, ainda não. Onde está a corda?"
"Último corredor à esquerda."
Sutton levou o seu tempo olhando a corda, como se
fosse a decisão mais importante que ela estava fazendo. Ela
pegou um amarelo brilhante pensando em como Tate poderia
de alguma forma usá-la. Ela francamente não tinha ideia,
nem sobre os outros inúmeros itens que ela fingia estar
comprando. Sairia mais barato se Cheryl aceitasse a sua
oferta de dinheiro.
Suspirando, ela virou para voltar para o caixa, esbar-
rando em Jared, que andava atrás dela.
"Só isso? Estamos prestes a fechar. "
"Certo. Eu acho que isso é o último." Ela o seguiu para
o caixa, pagando depois que ele pegou suas compras.
Enquanto Cheryl embalava suas compras, ela viu Jared
começar a tirar os recibos do caixa.
"Prossiga e feche a porta quando ela sair," Jared orde-
nou.
"Cheryl, tem um banheiro que eu posso usar?"

297
"Claro. É no fundo da loja na saída. Ele fica próximo ao
escritório de Jared"
"Eu vou te mostrar. Eu estou indo para o meu escritó-
rio para contar o dinheiro. Quando você terminar de trancar,
Cheryl, volte e pegue o seu salário."
"Certo."
Ignorando o rosto irritado de Jared, ela o seguiu até o
banheiro. Ela esperou ele entrar em seu escritório antes dela
entrar no banheiro, fechando a porta. Pegando o celular, ela
viu várias ligações não atendidas de Tate, ela sabia que ele
estava com raiva por ela não ter retornado. Ela estava com
raiva de si mesma, ela deveria saber que não deveria tentar
enfrentar um monstro sozinha.
Ele atendeu no primeiro toque.
"Tate..."
"Onde está você? Cheguei em casa e descobri que você
não estava lá. Então eu fui à sua casa, e você está não aqui,
também."
Ela baixou a voz. "Eu sei que não estou em casa" ela re-
trucou. "Escute-me. Vou explicar mais tarde. Eu ainda estou
na loja de ferragens com Cheryl. Você pode vir e me encon-
trar lá fora? Eu descobri que Jared está machucando Cheryl,
e eu falei para ela ir para Knox, quando ela sair. Eu me sen-
tiria melhor se você estivesse aqui."
"Dê o fora daí. Eu estarei aí. Vou ligar para Knox."

298
Tate desligou antes que ela pudesse dizer qualquer coi-
sa. Ela deu descarga e lavou as mãos antes de abrir a porta,
ficando cara a cara com um furioso Jared.
Sua mão voou atingindo-a no rosto e jogando ela na pia.
Ela mal conseguiu se firmar antes dela bater com a cabeça.
"Jared, você perdeu sua mente?" Cheryl o empurrou do
caminho, correndo para ajudar Sutton a se levantar.
"Sua puta idiota, você acha que eu sou idiota?" Jared
gritou com Cheryl.
"Posso responder a essa pergunta para você?" Sutton
recuperou o equilíbrio de seus sentidos cambaleando. Os de-
dos dela foram para o sangue escorrendo de seu lábio corta-
do.
Jared puxou uma arma que a sua barriga saliente ti-
nha escondido.
"Eu gostaria que você tivesse me dito que ele tinha uma
arma."
"Todo mundo em Kentucky tem uma arma. Eu não sa-
bia que ele estava carregando-a por ai." Cheryl se aproximou
dela para protegê-la. O simples movimento deu coragem a
Sutton. Sua amiga pensou que ela era forte o suficiente para
tirá-las desta terrível situação.
"Tate está a caminho."
"Bom. Eu tenho contas a acertar com ele, também. Ele
é o último da minha lista. Eu teria cuidado dele na noite em

299
que matei Lyle, mas eu queria que Knox
trancasse a bunda dele por um tempo."
"Você matou Lyle? Por quê?"
"Porque, quando eu matasse você, eu queria que todos
acreditassem que um atirador louco estava escolhendo suas
vítimas aleatoriamente."
"Você está certo sobre o louco!" Cheryl gritou. "Você
matou Helen Stevens e Kyle, e atirou em Rider, também?"
"Sim. O que você não entendeu? A Sra. Stevens te deu
o conselho de se divorciar de mim, lembra? Eu ouvi ela fa-
lando com você no restaurante. Essa cadela velha não vai
dar mais conselhos a ninguém. Rider fodeu você. Ouvi
alguém se aproximando, ou eu teria conseguido. Você me
salvou o trabalho de ir atrás de Tate. Agora eu posso matar
vocês três e encontrá-los de manhã, quando eu abrir a loja,
um triângulo amoroso que deu errado."
"Ninguém vai acreditar nisso!"
"Por que não? Todos na cidade sabem do que os Porters
são capazes. Estou surpreso que ele ainda está respirando
depois que Kyle apareceu morto. Estou decepcionado com
Asher e Holt; eu estava esperando que eles o matariam pra
mim." O olhar maléfico de Jared mostrava que ele tinha per-
dido toda a razão. "Ande" Ele acenou para elas saírem do ba-
nheiro, apontando a arma para elas.

300
Sutton e Cheryl cautelosamente deram a volta por Ja-
red quando ele recuou apontando para o escritório dele. Elas
entraram, e ele fechou a porta. Ele então foi para uma carrei-
ra de monitores de segurança, mexendo-os.
"Isso é nojento." Sutton não conseguiu conter seu des-
prezo quando viu que uma era do banheiro.
"Você quer um nojento? Olhe para isso." Jared abriu
uma gaveta, vasculhando várias fitas antes de escolher uma
e colocá-la em um videocassete. O vídeo mostrava Cheryl e
Tate fazendo sexo em um quarto.
"Você colocou uma câmera no meu quarto!" Cheryl
guinchou.
"Cale-se! Você tem sorte de eu não colocar isso na in-
ternet. A única razão pela qual eu não fiz porque que tipo de
homem se rebaixaria para assistir isso?"
"Se você assistiu aquela fita, então você viu que Tate
não tinha nenhum problema, o que é mais do que eu posso
dizer sobre você!"
Sutton sabia que Cheryl estava furiosa e irritada, mas
ela não precisava que ela incitasse Jared ainda mais. Sutton
orou que Knox estivesse aqui em breve, mas com elas tran-
cada em um escritório sem janelas, ela sabia que as chances
de ela e Cheryl saírem vivas eram pequenas.
Ela se sentou na cadeira ao lado da mesa de Jared e
começou a rir sem poder fazer nada.

301
Jared mirou a arma para ela. "O que diabos você está
rindo?"
"Eu tentei cometer suicídio há seis anos, e eu realmente
não me importava se eu estava viva ou morta. Agora, eu fi-
nalmente fiz isso, você vai me matar. Você não acha hilarian-
te?"
"Eu não." Cheryl começou a chorar. "Por que você ten-
tou se matar?"
"Porque meu marido tentou me matar. Ele matou mi-
nha filha. Ele atirou em si mesmo porque ele era muito co-
varde para enfrentar o que ele tinha feito. Ele era exatamente
como Jared. "
"Não sou covarde. Eu não vou me matar. Eu farei isso
assim que Tate chegar aqui. Eu vou matar todos três, então
sair. Diane está cozinhando o jantar para mim; ela vai ser
meu álibi."
Os três assistiram quando Tate chegou à porta da fren-
te, tentando abri-la. Quando ele não conseguiu, os três viram
quando ele andou ao redor do edifício para a porta dos fun-
dos, sozinho e desarmado.
Jared disparou nas telas de segurança e arrancou os
cabos da parede. "Knox não poderá procurar pelas filmagens
de segurança. ”
"Como você vai explicar essas fitas?"

302
"A evidência para o meu divórcio. Eu só não divulguei,
porque eu não queria constranger Cheryl." O homem acredi-
tava seriamente que seria capaz de mentir para se livrar de
um triplo assassinato. Talvez ele conseguisse desde que ele
escapou de matar várias pessoas na cidade. Jared as levou
para a outra sala, onde Tate estava batendo na porta dos
fundos.
"Abra." Ele apontou para Cheryl. "Deixe-o entrar e não
abra a boca, ou eu vou atirar em você, onde você está. "
Sutton começou a gritar para avisá-lo, mas Jared agar-
rou-a, colocando a mão sobre sua boca.
Cheryl abriu a porta, mal conseguindo sair do caminho
quando Tate correu para dentro.
"Feche a porta e tranque-a!" Jared gritou para Cheryl.
"Pare, Tate, ou eu vou explodir a porra do seu cérebro."
Tate parou. "Solte ela, Jared. Seus problemas com
Cheryl não envolvem a mim e Sutton."
"Eles envolvem você. Eu vi você foder minha esposa.
Talvez eu deveria amarrar você e Cheryl, e você pode me ver
fodendo Sutton. O que você acha, Tate? Aposto que ela iria
gostar, não é?" Ele se abaixou, passando a língua contra o
comprimento de seu pescoço.
"Você vai morrer por isso" Tate prometeu.

303
"Aqueles que vão morrer esta noite é você e estas duas
prostitutas." Jared apontou a arma para Tate e apertou o ga-
tilho.
Sutton agarrou seu braço, empurrando a mão dele com
a arma em direção ao teto.
"Cadela estúpida." Jared a jogou para longe dele. Tate a
pegou em seus braços, abraçando-a por um breve segundo,
então a empurrou para as suas costas.
"Você vai ter que me matar para chegar até ela" Tate
garantiu.
"Não tenho nenhum problema com isso." Mais uma vez,
Jared apontou a arma para Tate, mas antes que pudesse pu-
xar o gatilho novamente, uma voz atrás dele falou.
"Eu tenho um problema com você tentando matar meu
irmão. Abaixe a sua arma, ou eu vou explodir a porra da sua
cabeça." Greer andou para ficar mais perto de Jared, colo-
cando seu rifle contra o crânio de Jared.
Dustin foi para a esquerda, apontando a arma para o
estômago de Jared. Jared pulou quando Dustin e Greer me-
xeram em suas armas.
"Quando nós terminarmos com estas espingardas, você
vai ser declarado com morte cerebral, e eles compartilharam
seus órgãos para todos em Kentucky que precisarem deles."
"Eu ouvi, Jared. Baixe a sua arma antes que eu dê o
meu tiro. Estou ficando entediado escutando eles se gabarem

304
como irão te derrubar." Knox se esgueirou em torno deles, a
arma apontada para o rosto de Jared.
Jared olhava entre os homens que o circulava, então ele
jogou a arma no chão.
A sala encheu de tiros.
"Que porra é essa!" Tate empurrou Sutton em uma pi-
lha de caixas. Havia pedaços de papelão soltos quando uma
bala atingiu.
"Quem no inferno está atirando?" Greer rugiu quando
ele e Dustin encontraram uma cobertura.
Knox agarrou Jared, empurrando-o para a porta que
dava para a saída, mas uma rajada de balas parou ele.
"Fique onde está, Knox. Jared não vai a lugar nenhum."
Tate empurrou Sutton para baixo afastando ela, se in-
clinando sobre ela para cobri-la com seu corpo.
"Asher, é você?" Tate gritou.
"Fique fora disso, Tate. Mande seus irmãos se afasta-
rem. Jared é meu. Ele matou Kyle. Depois que você saiu, al-
guém me ligou para dizer que viu Kyle e Jared conversando
no estacionamento na noite passada"
"Isso não significa que ele o matou" Tate respondeu.
"Ele fez. Ele se gabou para mim e Cheryl" Sutton sus-
surrou.

305
Tate mudou de tática. "Deixe-me tirar a minha mulher
e meus irmãos daqui, e você pode ter Jared. Você vai me sal-
var do problema. "
"E você, Knox?"
"Eu teria te entregado ele se você tivesse me pedido.
Mas isso foi antes que você atirou em mim!" Ele gritou.
"Eu vou engolir uma arma se todos não calarem a bo-
ca." Greer se levantou e, mirou, atirando em Jared, que caiu
no chão.
"Ele atirou nele." Sutton não podia acreditar que Greer
tinha despreocupadamente tirado a vida de Jared num pis-
car de olho.
"Estou surpreso que demorou tanto tempo."
"Seu filho da puta! Ele era nosso!" Holt saiu de trás de
um barril.
"Eu estava cansado de esperar todos falarem até a mor-
te."
"Greer, você está preso" Knox rosnou.
"Por quê? Salvei Treepoint de gastar milhares de dóla-
res em custos judiciais. Se você se apressar, eles podem ser
capazes de salvar seus órgãos."
Sirenes veio do lado de fora e megafones soaram.
"Seus policiais estão sempre atrasados" Greer provocou.
"É a polícia estadual, seu idiota. Meus policiais estão
segurando a multidão lá atrás. Eu não pensei que precisaria

306
deles quando tenho metade da fodida cidade aqui com armas
carregadas. "
Ele tocou o rádio em seu ombro. "Mike, envie os para-
médicos. Diga a todos para aguardar. A ameaça acabou. "
"Claro que sim, xerife."
Knox desligou o rádio. "Temos cerca de 60 segundos
para conseguir nossas histórias montadas. Qual de vocês
quer levar o crédito por matá-lo?" O peito de Greer inchou.
"Eu fiz isso. Vou levar o crédito por isso" Holt deu um passo
a frente. "Eu vou. Dessa forma, posso afirmar que eu estava
temporariamente insano quando eu descobri que ele matou
Kyle. Ninguém no júri vai me mandar para a cadeia. "
Knox virou para olhar para Greer. "Você está bem com
isso?"
"Não porra. Eu fiz isso. Quero crédito por isso ".
"Você acha que o júri vai deixá-lo livre? Os Hayeses es-
tão relacionados com a metade da cidade, e todos eles odei-
am os Porters. Eles torceram para enviarem você para a pri-
são."
"Droga." Greer jogou a espingarda para Holt. "Eu vou
querer isso de volta."
Holt jogou o dele "Eu vou querer a minha de volta."
Knox virou para olhar para Cheryl interrogativamente.
"Eu não vi nada. Eu estava me escondendo no banheiro,
onde eu não podia ver."

307
"Sutton?"
"Eu não consegui ver, também" Sutton disse. Ela não
podia sentir pena do homem sangrando no chão. Ele tinha
matado para esconder seus rastros sem razão nenhuma a
não ser por que o seu orgulho tinha sido ferido quando
Cheryl se divorciou dele.
"Todo mundo tenta falar o menos possível. Greer, isso
vale para você também."
"Dustin, se Greer abrir a boca para dizer mais do que
sim ou não, atire nele."
"Tate! Dustin não vai atirar no irmão" Sutton podia ver
pela expressão rebelde de Greer que ele não ficaria calado e,
a partir da expressão séria de Tate, ele sabia disso também.
Knox olhou para fora da porta. "Eles estão aqui." Ele
avisou.
Antes que alguém pudesse adivinhar suas intenções,
Tate pegou o rifle de Dustin e andou para ficar atrás de Gre-
er. Usando a coronha do rifle, ele bateu em Greer na parte de
trás de sua cabeça, e Greer caiu no chão, desmaiado.
Sutton olhou em choque pela forma impiedosa que Tate
tinha lidado com Greer. Mesmo Knox e os Hayeses o olharam
sem palavras. O único que não se surpreendeu foi Dustin.
Tate deu de ombros, indiferente que o seu irmão estava
inconsciente no chão.
"Problema resolvido."

308
Capítulo 24

"Como ele está?" Tate fechou a porta do quarto de Greer


antes de responder a Holly.
"Vá para a cama. Ele está bem. Ele está assistindo um
pouco de televisão. Vai levar mais que uma cabeça quebrada
de manter Greer parado por muito tempo. Se ele tentar sair
da cama, eu vou atirar nele, isso vai fazê-lo ficar parado por
alguns dias."
"Será que ele precisa de alguma coisa? Eu poderia fazer
para ele alguma coisa." Ela ofereceu docemente.
"Eu não iria lá se fosse você. Ele não está de bom hu-
mor. Levei-o um pouco de água e lhe dei um analgésico, en-
tão ele vai ficar bem até de manhã."
"A farmácia estava fechada, então como é que...?" Holly
parou, cheirando o ar. As mãos foram para a cintura dela.
"Eu disse para não fumar esse negócio em casa."
"Eu só dei um a ele. Eu imaginei que ele merecia por
atirar em Jared."
"Essa é a última coisa que ele precisa com um ferimen-
to na cabeça."
"Diga isso para Greer. Logan foi passar a noite com a
avó, porque não queria acordar ele quando chegasse do hos-

309
pital. Era mais fácil ceder à Greer do que ele ficar chateado
quando eu negasse a ele."
"Você deveria ter me falado. Eu não tenho um problema
em dizendo não a ele"
Tate riu. "Se ele quiser outro, eu vou deixá-la ter a di-
versão de lhe negar." Ele prometeu.
Ele começou a ir para o seu quarto, onde Sutton estava
se trocando quando Holly estendeu a mão, impedindo ele.
"Tate, se eu estiver atrapalhando... Agora que você e
Sutton estão juntos... Eu posso me mudar para a cidade." A
sinceridade de sua oferta fez ele colocar a mão sobre a dela.
"Nem sequer pense nisso. Você não vai a lugar nenhum.
Sutton e eu vamos morar na casa de Pap. É perto e nos dará
tempo para ficarmos sozinhos antes de começarmos nossa
família. Eu não acho que Sutton gostaria de viver com três
homens numa casa, especialmente se um desses homens é
Greer." Ele brincou.
"Você tem certeza?"
"Tenho certeza. Quando Greer estiver se sentindo me-
lhor, ele e Dustin podem me ajudar com a mudança; eu que-
ro que você pegue o meu quarto."
"Eu não posso fazer isso!" Ela protestou.
"Sim você pode. Eu não estou te dando uma escolha.
Aquele quarto que você está dormindo não é grande o sufici-
ente para você. Vá para a cama e durma um pouco. Todos os

310
seus filhotes estão em casa para a noite." Ele disse suave-
mente.
Holly era a mulher mais carinhosa que ele conhecia.
Ela estava sempre disposta a sacrificar o que ela queria se
achasse que alguém precisava mais disso. Ela não tinha pa-
rentes de sangue e estava sozinha, então ela se agarrou a
eles e se preocupava com eles. Tate iria garantir que ela fosse
cuidada. Eles podem não ser sangue, mas ela era da família.
"Boa noite."
"Boa noite, Holly".
Tate foi para seu quarto, onde Sutton estava sentada
na beira da cama com uma toalha enrolada nela, escovando
os cabelos.
Ela olhou para cima quando ele fechou a porta. "Como
Greer está?"
"Ruim como sempre." Os lábios de Sutton contraíram.
Tate avançou, parando na frente dela. "Como você es-
tá?"
"Bem. Um pouco abalada. Eu não sei o que era pior:
descobrir que Jared matou todas aquelas pessoas ou que ele
estava apenas matando eles para que ele pudesse matar
Cheryl."
"Ele era o único homem na cidade que é mais estúpido
do que Greer."

311
Sutton riu. Estremecendo, ela tocou o lábio cortado.
"Como é que você sempre consegue me fazer rir?"
"Eu não sei. É provavelmente o caipira em mim." Ele se
sentou ao lado dela na cama, pegando a escova dela. Ele es-
covava seus cabelos afastando-os de seu pescoço, colocando
beijos provocantes contra a nuca.
"Me desculpe eu não ligar para você mais cedo." Ela es-
tremeceu contra ele. "Eu deveria ser mais esperta."
"Mmm-hmmm..." Tate continuou a beijá-la.
"Você não vai gritar comigo?"
Tate levantou a cabeça surpreso. "Por que eu iria gritar
com você?"
"Bem... Eu quase fui morta."
"Sutton, eu estou tão feliz que você está viva, aqui sen-
tada ao meu lado, que eu não consigo encontrar nenhuma
raiva em mim. Talvez eu possa encontrá-la amanhã, mas eu
duvido. Os Porters sempre entram em problemas."
"Eu não sou uma Porter" ela sussurrou.
"Ainda não."
"Tate, você está me pedindo em casamento?"
"Não, eu estou dizendo a você que, quando estiver pron-
ta, vamos até o tribunal nos casar." Com o toque mais leve,
ele beijou o canto da sua boca. "Se Jared ainda estivesse vivo,
eu o mataria, porque eu não posso te beijar do jeito que eu

312
quero. Vá para a cama. Preciso tomar um banho rápido. Eu
volto já."
"Certo."
Tate se levantou e espreguiçou-se, sorrindo para a mu-
lher que amava antes de voltar a tirar a roupa. Lágrimas en-
cheram seus olhos por quase perdê-la novamente.
"Sutton?" Ele podia ter sido bem sucedido ao esconder
a emoção em seu rosto, mas sua voz rouca lhe entregou.
"Sim?"
"Promete-me uma coisa?"
"O que?"
"Não me deixe de novo... Eu não acho que eu posso
aguentar."
Ele ouviu o barulho do colchão enquanto ela se levan-
tava, e em seguida os braços circulou sua cintura por trás.
Ele sentiu seus lábios pressionar contra as costas dele.
"Eu não estou indo a lugar nenhum. Eu juro, Tate... Eu
nunca vou deixar você novamente." Ela encostou a sua bo-
checha contra suas costas. "Se eu tivesse lutado para ficar
com você quando eu tinha dezessete anos tão duro como eu
lutei para ficar longe..."
Ele se virou, puxando-a para encará-lo, em seguida,
pressionando as mãos contra os ombros empurrando-a até
que ela estava contra a parede do quarto.

313
"Eu ouvi o sino da morte quando eu estava na casa dos
Hayes, eu sabia que era para você, esta foi a segunda vez na
minha vida que eu soube para quem a morte estava vindo.
Eu deveria ter escutado meu pai. Ele disse para todos nós
para manter o que é nosso. Eu nunca, cometerei esse erro
novamente. " Ele desembrulhou a toalha dela, deixando-a
cair aos seus pés antes de levar um mamilo vermelho em sua
boca enquanto sua mão deslizava até sua coxa,
levantando o seu quadril.
"Eu pensei que você iria tomar banho?"
"Eu vou quando eu terminar." Ele levantou a outra coxa
envolvendo em sua cintura.
"A cama está ali."
"Nós vamos chegar lá eventualmente. Temos a noite to-
da."
"Sim nós temos."
Tate não queria mais conversa. Ele abriu suas coxas
mais amplamente para se dar espaço suficiente para afundar
o seu pau dentro dela, os dedos roçando seu clitóris, dando o
estímulo suficiente para facilitar sua entrada. Ele não tinha
que se preocupar; ele deslizou facilmente dentro dela até que
suas bolas descansavam contra ela.
Ele apoiou os antebraços na parede quando ele come-
çou a se mover dentro dela, as coxas agarrando-o enquanto o
seu calcanhar pressionava em sua bunda. Ele estocava mais

314
duro enquanto ela se segurava ao seu ombro, com as unhas
cravando-se em sua pele. Em seguida, ele a empurrou com
mais força contra a parede, tentando ir mais longe, determi-
nado a alcançar a maior parte dela que podia, e seu suspiro
o fez tirar a cabeça de seu seio.
"Você está bem?"
"Mais forte."
"Se eu te foder mais forte, vamos passar por essa pare-
de."
Ela riu. "Eu posso imaginar o rosto de Greer se caísse-
mos em seu quarto."
"Ele vai estar em um humor de merda amanhã."
"Eu pensei que o médico disse que ele estaria se sen-
tindo melhor amanhã?"
"Não vai ser por causa da cabeça doendo."
Tate colocou a cabeça contra a parede ao lado da dela,
tentando desesperadamente conter o clímax até que ela go-
zasse.
"Mulher, você está me fazendo trabalhar por isso esta
noite." Sua boceta se apertou em seu pau.
"Eu não quero que isso acabe... É uma sensação... tão
boa" Ela gemeu.
"Como se você estivesse em pé à beira de uma monta-
nha, a ponto de saltar?"

315
"Simmm." Os dentes de Sutton apertaram. Suor enchia
seus corpos, e seus mamilos duros cutucaram seu peito.
Ele levou sua cabeça mais perto para sussurrar em seu
ouvido. "Voe comigo..."
Sutton se virou para olhar em seus olhos, suas almas
pularam juntas, saltando para o infinito do prazer abraçando
o orgasmo que entrelaçava eles. Eles voaram, em seguida,
pegou o outro nos braços suavemente, gradualmente dimi-
nuindo e voltando à Terra.
Uma batida forte na parede atrás deles fez Tate colocar
uma mão sobre a boca de Sutton para abafar o riso.
Ele ergueu a mão quando ouviram a porta do quarto de
Greer batendo.
"Eu acho que ele decidiu dormir no sofá."
"Eu não posso culpá-lo. Você foi meio alta. "
"Eu? Eu não!"
"Mulher, você estava gritando com todo o seu pulmão."
Ela começou a bater nos seus ombros, brincando.
Tate a colocou em pé, se afastando até que sentiu a
cama atrás dele. Ela lhe deu um forte empurrão com um sor-
riso malicioso no rosto. Ele caiu sobre a cama, e ela instan-
taneamente montou ele, sentando em seu estômago. Ele re-
laxou, olhando para seu rosto bonito.

316
Ele estendeu a mão para tocar seu rosto. "Eu gostaria
de ter uma câmera. Eu iria tirar uma foto sua agora. Você
está tão bonita."
"Você não precisa de uma foto. Eu sempre estarei aqui.
Eu tinha uma abundância de fotos e nenhuma delas substi-
tuíram você."
"Graças a Deus você veio para casa."
"Eu estive em casa no segundo que te vi."
Tinha esperado dezoito anos para o retorno de Sutton -
Duros anos de agonia para ambos. Ele se certificaria que to-
dos os anos que passassem juntos
substituíssem o tempo de sofrimento que haviam passado
separados. Se eles vivessem mil anos, talvez, apenas talvez,
seria o suficiente.

317
Capítulo 25

"Dê outro passo para perto, seu pequeno filho da puta."


Sutton saiu correndo pelo caminho de cascalho. Pulan-
do ela saltou nas costas de Tate. "Não ouse matar Brutus!"
"Mulher, você sabe melhor do que assustar um homem
quando ele tem uma arma na mão!"
Seus braços circularam seu pescoço. "Por favor, não
mate ele. Ele está apenas tentando encontrar um lugar para
dormir. Está frio, e ele provavelmente está com fome."
"Você vê como gordo aquele bastardo está?"
"Ele não é o único espalhando o lixo em todos os luga-
res. Eu tenho que colocar um prato com restos para ele, en-
tão ele não precisará espalhar o lixo em todos os lugares." A
partir reação irada de Tate, ela deveria ter mantido a última
parte para si mesma.
"Droga, por que você simplesmente não abre a porta
para ele e o convida para jantar?"
Sutton colocou o queixo no ombro de Tate enquanto
observavam o gordo gambá andar por todo o quintal indo pa-
ra a lata de lixo, arrogantemente ignorando eles. Seu gambá
definitivamente não era o mais inteligente da floresta. Uma
pinha caiu de uma árvore a alguns metros, caindo sobre o

318
telhado de zinco do galpão. Seus olhos foram até a árvore pa-
ra ver um guaxinim sentado em um galho, observando-os
malignamente. Todo mundo nas montanhas sabia que, na
hierarquia dos animais irritados, o guaxinim sempre estava
no topo mais alto do que um gambá.
"Eu disse que não era Brutus. Ele não é bonito?"
"Não." Ele se virou de costas para ela e se dirigiu para a
casa.
"Onde você vai?"
"Eu vou prendê-lo em casa enquanto eu cuido dos dois
pequenos-"
"É melhor não ferir um fio de cabelo no Brutus ou…"
"Eu tenho um nome para esse guaxinim... morto."
Ele estava quase na casa quando um carro parou na
calçada, e Sutton instantaneamente reconheceu o homem e
a mulher que saíram dele.
"Ponha-me no chão." Ela não esperou, dando as costas
para correr para dentro da casa. Seu sapato estava no pri-
meiro degrau quando Tate pegou a mão dela, fazendo-a parar.
"Sutton, eles querem ver você."
Ela com raiva se virou para encará-lo, se sentindo traí-
da. "Você sabia?"
"Eu os vi no supermercado ontem à noite. Eles querem
acertar as coisas. Olhe para eles, Sutton." Ele gesticulou pa-

319
ra seus pais. "Eu perdi meus pais sem ser capaz de dizer
adeus; eu não quero que o mesmo aconteça com você."
"Eu me despedi deles anos atrás" Sutton gritou, lim-
pando as lágrimas, seu olhar travado com a sua mãe.
Ela chorava tanto que os ombros tremiam enquanto ela
torcia as mãos em sua cintura. O pai dela olhou para ela
firmemente, seu rosto uma máscara de dor. Ela parou de lu-
tar contra o abraço de Tate quando percebeu o quão velho
eles pareciam. Sua mãe envelheceu com rugas e linhas que
faziam sulcos profundos em sua pele. Ela estava vestida com
um vestido casual que ela uma vez teria afirmado que era
muito jovem para vestir. Seu cabelo tinha perdido o marrom
brilhante para todo cinza. O tempo não tinha sido nenhum
um pouco gentil com seu pai. Seu cabelo era tão cinza, e o
corpo forte que ele tinha quando ela havia saído estava frágil.
Nenhum de seus pais estava bem.
"O sofrimento está matando eles, Sutton. Está tudo lá,
se você olhar. A polícia os avisou quando Scott sequestrou
você. Eles descobriram que tinham uma neta no mesmo dia
em que descobriram que ela tinha morrido."
"Eu não posso" Sutton soluçou.
"Se você não pode, eu não vou forçá-la." Tate soltou sua
mão, dando um passo para trás. "Tem que ser a sua escolha
perdoá-los - descobri isso da maneira mais difícil com Rachel.
Eu não posso culpá-los, porque eu teria feito o mesmo se

320
minha filha estivesse saindo com um homem como eu. Eu
tentei fazer o que eu pensei que era melhor para Rachel, e is-
so se virou contra mim. Cash quase foi morto e Rachel fugiu,
Sutton. Eu não sabia onde ela estava por meses. Apenas
pense, você viu Cash e Rach juntos, como eles estão felizes.
Eu tenho uma sobrinha a caminho agora, e tudo isso poderia
nunca ter acontecido porque eu interferi. Eu acho que, no
fundo, Rachel nunca vai me perdoar. Eu quebrei a
confiança dela. Eu só sofri por alguns meses antes de Rachel
voltar para casa, e passou um ano antes dela me dizer que
me perdoou. Seus pais têm sofrido durante anos. Tire-os de
sua miséria, Sutton. Se não for por eles, faça por você mes-
ma. Eu não quero que você tenha mais arrependimentos em
sua vida. Você me ama, Sutton?" Ele perguntou abrupta-
mente.
"Você sabe que sim" disse ela dolorosamente.
"Eu não te pedi para jogar o seu anel de casamento fora,
e eu nunca pedirei, mesmo se você tiver que usar o meu ao
mesmo tempo, porque você tem o direito de odiar esse filho
da puta pelo o que ele te fez passar. Não puna seus pais por-
que Scott não está aqui para que você possa atirar isso sobre
ele. "
Sutton escutou as palavras de Tate. A verdade era feia,
e ela não queria admitir que ela culpava os pais pelos erros
que ela tinha feito. Eles não eram inocentes, mas também

321
não tinham sido totalmente responsáveis por suas más deci-
sões. Havia apenas uma pessoa que tinha dado o poder de
Scott destruí-la. Seu próprio orgulho foi a causa de sua des-
truição. Ela poderia ter corrido de volta para casa com Valen-
tine, seu pai teria sido capaz de protegê-las. Ele tinha o po-
der de manter Scott afastado, mas para fazer isso ela teria
que admitir para si mesma e para eles que ela era impotente.
A independência feroz que lutou para recuperar e a raiva de
Tate, a fez acreditar que ela não queria aceitar sua ajuda. As
intenções de seus pais não tinham sido más. Eles haviam
tentado separar ela e Tate porque tinham boas intenções.
Ambos, seus pais e Scott tinham tentado controlá-la por dife-
rentes motivos, e era hora dela reconhecer a diferença e, fi-
nalmente aceitá-los no fundo de seu coração, porque ela não
seria capaz de mudar o passado. Valentine não voltaria.
"Eu não sei se eu posso fazer isso." Ela se levantou,
tremendo enquanto sua mãe chorou mais, esperando. De re-
pente, ela saiu correndo em direção a sua mãe, que estendeu
os braços para ela. "Mama! Papai!" Sutton se sentiu envolvi-
da em seus braços amorosos que esteve esperando para se-
gurá-la novamente. Pela primeira vez em anos, ela encontrou
a paz que esteve evitando.
"Estamos tão tristes..." Os olhos de sua mãe estavam
cheios de tristeza.
"Eu nunca deveria ter…" Seu pai começou.

322
"Eu não deveria ter…" Todos os três deles tentaram fa-
lar ao mesmo tempo quando palavras não eram necessárias.
Quem disse que não tinha uma casa para ir nunca ti-
nha vivido em seus sapatos. Tinha sido uma longa e dura
jornada de volta, mas a montanha estava em seu sangue e
não a deixaria ficar longe. Tate estava certo. Graças a Deus
ela tinha escutado o chamado que recebeu para voltar a sua
casa para encontrar a paz e o amor que estava esperando-a
no seu retorno. Com tudo o que ela tinha perdido, retornou
para encontrar o que ela mais precisava.
Tate e seus pais iriam ajudá-la a encontrar a alegria de
viver novamente. A bela filha que ela tinha sido capaz de se-
gurar por um tempo tão curto esperaria até que elas estives-
sem juntas novamente. Até então, ela desfrutaria da felicida-
de que ela ganhou. Desta vez, ela a agarraria, e mesmo se o
inferno se abrisse na Terra e a engolisse inteira, ela não dei-
xaria ir. Ela enfrentaria o fogo do inferno, para
manter o que era dela. Mesmo tendo que aguentar Greer va-
leria a pena.
Ela sentiu Tate colocar o braço em torno dela, dando-
lhe o apoio que ele pensou que ela precisava. Ele valia a pena
e mais. Ele valia tudo.

323
Epílogo

Tate se encostou no capô da sua caminhonete, obser-


vando Sutton ficar na margem mais alta do pico de Black
Mountain. Levou mais de duas horas na estrada íngreme de
carro para chegar ao ponto de observação que ela queria.
Ficou assustado com o modo que ela estava tão perto da bei-
rada. Ele cruzou os braços sobre o peito para evitar esticar a
mão para levá-la de volta para a segurança de seus braços.
Ela não disse a ele o motivo da insistência de dirigirem até
aqui hoje.
Era o primeiro dia da primavera que eles tiveram, e as
árvores estavam apenas começando a florescer. Quando ele
tinha estacionado a caminhonete, sua respiração parou com
a beleza de tirar o fôlego das árvores que floresciam e o céu
limpo. Sutton silenciosamente saiu da caminhonete, indo em
direção à beira da montanha. Ele percebeu que ela queria fi-
car sozinha, e apesar da sua vontade de estar perto dela, ele
se afastou. Ele viu as mãos dela subirem até a cintura, reti-
rando a aliança de casamento no dedo antes de fechá-lo em
um punho na palma da sua mão. Ele prendeu a respiração
quando ela deu um passo para trás, em seguida, um para a
frente, a mão dela se levantou quando ela jogou o anel para o
alto. Seus olhos seguiram o anel ir para o céu antes de cair,

324
desaparecendo de vista. Quando não pôde mais ser visto, ela
se virou para encará-lo. Ele se endireitou na caminhonete,
estendendo os braços para ela, e ela correu para ele, pulando
em seus braços, suas pernas circulando sua cintura. Tate a
girou, o chapéu caindo no chão enquanto ela cobriu o seu
rosto com as mãos.
"Eu estou pronta para ir para o tribunal."
Ele sentiu como se seu peito fosse explodir com o amor
que sentia por essa mulher.
"É este o seu jeito de propor?" Ele brincou.
"Não, é meu jeito de te dizer que vamos nos casar" ela
repetiu as palavras que ele falou para ela no início do inverno.
"Eu estou pronto para me tornar uma Porter."
"Eu acho que vou aceitar sua proposta, então."
"É melhor" ela advertiu: "Se você sabe o que é bom para
você. Greer disse que chutaria a sua bunda se você recusar."
"Ele disse?"
Ela assentiu com a cabeça alegremente. "Todos eles vão
nos encontrar no tribunal em duas horas."
"Confiante de si mesma, não é?"
"Quando você está em causa, sim. Eu sabia que não
iria me recusar. Você não é um homem estúpido." A risada
dela nunca deixou de tocar o seu coração.
"Pode ter me levado dezoito anos para casar com você,
mas eu finalmente farei isso."

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TRILOGIA PORTER BROTHERS

Keeping What’s His: Tate


Standing His Ground: Greer
Claiming His Enemy: Dustin

As séries the last riders, vip room, biker bitch, predators mc e porter
brothers se intrelaçam e devem ser lidas na seguinte ordem:

1. Razer's Ride (The Last Riders, #1)


2. Viper's Run (The Last Riders, #2)
3. Knox's Stand (The Last Riders, #3)
4. Sex Piston (Biker Bitches, #1)
5. Teased (The VIP Room, #1)
6. Tainted (The VIP Room, #2)
7. Shade's Fall (The Last Riders, #4)
8. King (The VIP Room, #3)
9. Cash's Fight (The Last Riders, #5)
10. Fat Louise (Biker Bitch, #2)
11. Riot (Predators MC, #1)
12. Shade (The Last Riders, #6)
13. Stand Off (Predators MC, #2)
14. Lucky's Choice (The Last Riders, #7)
15. Keeping What's His (Porter Brothers Trilogy: Tate)
16. Merry Blissmas (Biker Bitches, #3)
17. Hostage (Predators MC, #3)

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