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Coven Melrose

O Companheiro do Rei Vampiro


TOBY ADEN

No meio de uma guerra entre vampiros e lobisomens, que


tem sido travada por séculos, o Rei Kevyan Melrose encontra um
companheiro inesperado.

Dorian Keller, um homem abertamente gay escandaloso, se


encontra em um mundo onde a ficção é verdade. Ter o homem
mais lindo que já conheceu lhe dizendo que são companheiros
jogou-lhe um laço, mas ouvir a afirmação de que o homem é um
vampiro e aprender que ele próprio é um lobisomem sopra sua
mente e o envia correndo para as montanhas.

Mas, com as evidências bem na frente dele, ele é deixado


sem escolha, a não ser organizar seus pensamentos,...
especialmente desde que ele se transformou em sua nova forma
peluda.
Capítulo Um

—Meu rei, temos um intruso.


Kevyan Melrose arqueou uma sobrancelha de sua cadeira atrás
da mesa de madeira grande em que estudava. Ele estava no meio de
uma conferência pelo computador sem fio na sua mesa com vários
conselheiros. Todos os olhos na conferência se voltaram para a entrada
onde Felix, um dos chefes de segurança de Kevyan, estava de pé.
Os membros do conselho estavam analisando a guerra sem fim
entre os vampiros e lobisomens. Eles estavam reunidos para discutir
soluções aceitáveis para ambas as espécies, a fim de alcançar a paz. Por
horas agora, mesmo depois de debater várias ideias, eles tinham sido
incapazes de chegar a propor qualquer coisa que satisfazesse ambos os
lados.
Embora todos eles estivessem dispostos a chegar a uma
solução, não havia nenhum amor perdido entre ambas as espécies. Eles
se odiavam com uma paixão feroz, e com a guerra travada há séculos,
os dois lados haviam sofrido grandes perdas. Apenas o desejo de acabar
com a guerra garantia que ele não desistisse.
—E você está me dizendo isso porque...? — Kevyan rosnou.
—Perdão, meu Rei, mas ele é um lobisomem em estado crítico.
Vozes irromperam por toda a sala em uma cacofonia. O
desagrado de ter tal criatura nas proximidades de um clã, qualquer clã,
independente do fato de que tal criatura não estava próxima a eles, veio
alta e clara.
—Basta! — A voz de Kevyan ressoou por toda a sala, silenciando
as vozes descontentes de todos os membros da Diretoria. Ele virou-se
para Felix. —Traga-o e chame o médico para atendê-lo. Ninguém ira
tratá-lo diferente de qualquer um dos nossos feridos. Eu quero ele bem,
e se recuperando. Postem dois guardas fora do quarto que ele ocupar.
Avisem-me no momento em que ele mostrar sinais de consciência.
Depois de escutar as ordens, Felix inclinou-se ligeiramente, em
seguida, saiu da sala.
—Isso é um absurdo. Você não pode trazer o inimigo e dar
ordens para dar-lhe cuidados. — Servain, um membro do conselho,
exclamou.
Kevyan estreitou os olhos para o vampiro e falou.
—Você ousa me dizer como executar minha casa? — Quando o
membro do conselho não disse nada, Kevyan continuou. —Nem um
minuto atrás, estávamos discutindo meios para por fim a esta guerra.
Esta é uma demonstração de boa fé e se estamos realmente tentando
alcançar a paz, tudo o que precisamos fazer é reajustar o nosso
pensamento e atitude para com os lobisomens. Nós não fizemos nada
para diminuir a merecida provocação.
—Sem intenção de lhe desrespeitar, mas mesmo com isso, não
podemos ignorar o fato de que ainda estamos em guerra com os lobos.
— Volex, outro Conselheiro, insistiu.
—Estou bem ciente de que estamos em guerra, Volex. No
entanto, por enquanto, até que nos ataquem, vou manter minha
decisão. Nós não mataremos desnecessariamente. Não mais. Precisamos
de toda a ajuda que pudermos conseguir, se queremos ver o fim desta
guerra. E mais importante, isto será visto como um ato de boa fé se
ajudarmos um dos seus em necessidade. — Kevyan suspirou e balançou
a cabeça. — Pelo menos, vamos esperar que sim. Agora, vamos voltar
ao assunto em questão.
Relutantemente, os membros do conselho concordaram e
Kevyan voltou a discussão para as questões que giravam em torno dos
clãs e garantindo que suas forças estivessem no auge. Com a sede
palaciana localizada nos EUA, o clã de Kevyan era o maior em ordens
expressas, todos os outros clãs menores estavam unindo forças para
reunir pessoas o suficiente para se defender.
Eles podiam estar prontos para a paz, mas, realisticamente, não
seria alcançado sem mais guerra travada em direção a esse desejo. Uma
vez que as resoluções adequadas tinham sido acordadas, eles iriam
discutir a questão com os lobos. Entretanto, todos eles iriam se preparar
para a batalha, manter-se em alerta e proteger-se e ao seus covens não
importando o que.
Caminhando com um propósito, Felix se aproximou das
patrulhas na entrada da propriedade, apontando para eles para trazerem
o invasor.
—O que quer que façamos com ele? — Um dos guardas
perguntou, olhando para o homem inconsciente com desgosto, pronto
para acabar com a criatura em um estalar de dedo.
—Mark, Tony, tragam-no para dentro de casa. — Felix instruiu
os dois guerreiros que eram melhores trabalhando juntos em vez de
separados. Os guerreiros eram tão unidos que um sempre era visto com
o outro, e sua proximidade, embora às vezes questionável, a dúvida
nunca foi expressada em voz alta por qualquer pessoa. Ignorando o
guarda que o questionou, Felix apontou para outro guarda e ordenou: —
Você, certifique-se que Dr. Morris chegue aqui imediatamente.
O choque em seus rostos foi rapidamente disfarçado,
independentemente do fato de que eles, obviamente, não esperavam por
esta ordem.
—Mas, senhor, ele não é nada, além de um daqueles vira-latas
imundos. — O guarda que falou anteriormente comentou.
Com um grunhido, Felix o encarou com um olhar penetrante.
—O que ele é, não é problema seu. Agora faça o que lhe
ordenei, e o resto de vocês, voltem ao trabalho.
Girando nos calcanhares, Felix correu de volta para a mansão,
instruindo rapidamente uma das empregadas para preparar um quarto
para seu convidado de improviso. A casa tinha sido atualizada para
coincidir com a mudança dos tempos, mas a agitação constante
permaneceu a mesma ao longo dos séculos, se reorganizando somente
agora, desde a última batalha há três meses. Por sua vez, não houve
descanso para os guerreiros, que trabalharam constantemente para
manter-se a par das mais recentes técnicas e aperfeiçoar suas
habilidades.
Os homens levaram seu visitante imprevisto até as escadas e
para um quarto simples, colocando-o em cima dos lençóis, onde uma
empregada imediatamente começou a dar a seu hóspede um banho de
esponja. Uma vez que os dois guerreiros soltaram seu fardo, Felix os
atribuiu para ficar de guarda ao lado de fora, instruindo-os a não
permitir que ninguém a não ser o rei, ou ele mesmo, e a irmã do rei
entrassem no quarto.
Garantindo que as suas instruções fossem seguidas, Felix
postou-se com os braços cruzados, observando-os sem pestanejar
enquanto a empregada continuava suas funções em cuidar do lobisomem
doente. Ele podia não dar a mínima para as outras espécies, mas as
ordens que recebeu eram claras e iria completá-las, não importa o quê,
até que essas ordens fossem revogadas.
Felix virou de sua posição junto à porta, sentindo uma presença
atrás dele, apenas para encontrar Christiana Melrose, a irmã do rei,
quando ela entrou no quarto. Christiana, embora de aparência delicada,
era um guerreira feroz no coração, comandando o amor de seu povo
com sua forma diplomática juntamente com inteligência astuta.
—Eu ouvi a notícia de nosso visitante. Como ele está?
Apontando para a cama, Felix deu uma inclinação respeitosa de
sua cabeça.
—Veja por si mesma, princesa.
Concordando, Christiana caminhou em direção à cama para
inspecionar as feridas no lobo. Vendo o quão ruim o dano era, ela virou-
se para Felix.
—Dr. Morris?
—Já está vindo.
Ela, então, virou-se para encarar a empregada.
—Quão ruim está?
—É difícil dizer, minha senhora. Eu não estive tão perto de um
lobisomem antes, mas eu ouvi que eles se recuperam rápido. Sua
condição, no entanto, não mudou desde que comecei a limpar ele. Temo
que danos excruciantes foram feitos. — A empregada respondeu.
—Faça o seu melhor para mantê-lo vivo até que o Dr. Morris
chegue aqui. Eu irei informar o rei. Melhor do que correr riscos
despreparados. — Sem esperar por uma resposta de qualquer um dos
dois, ela saiu da sala com seu esvoaçante vestido em seu rastro.

A porta para seu escritório abriu pela segunda vez naquele dia,
interrompendo a reunião para discutir uma solução para a guerra sem
fim.
—Seu clã não mostra nenhum respeito com a maneira que eles
invadem sua privacidade. Como você acha que pode pôr fim a esta
guerra? — Servain perguntou com irritação mal disfarçada com a
interrupção.
—Você está me desafiando? — Disse Kevyan em voz
enganosamente suave. Todo mundo parou. Servain empalideceu
enquanto todos os olhos se voltaram para ele.
—Não. Claro que não, meu Rei. — Servain engoliu em seco,
empalidecendo ainda mais quando Kevyan encarou-lhe com um olhar
estreito, olhando fixamente para ele.
—Você também não fale de coisas que você não sabe de nada. A
guerra se agrava em nosso lado do mundo e nós nos apressamos a
acabar com ela. Não nos sentamos em suas bundas esperando que a paz
reine sem trabalho duro. — Disse Christiana, quebrando o gelo no sala.
—O que implica que devemos fazer? — Servain questionou,
afrontado.
—Não estou implicando nada, assim como você pode nos
oferecer a mesma cortesia. — A voz melodiosa de Christiana encheu a
sala, prendendo a atenção de todos os membros do conselho. —Tempos
de desespero pedem medidas desesperadas, meus queridos membros.
Nestes tempos perigosos, disputas mesquinhas entre nós não irão
resolver o problema.
—Minhas desculpas. — Servain a contragosto acalmou-se.
—Desculpas aceitas. — Christiana disse sem quebrar o contato
visual com Servain.
—Eu valorizo todas as suas opiniões como o meus conselheiros,
e independentemente do fato de que temos voz igual, não vou tolerar
disputa, discórdia ou desrespeito. Este é meu reino, e se algum de vocês
estão insatisfeitos com a minha decisão, você está livre para sair e cortar
todos os laços com o nosso mundo ou enfrentar as consequências. Nós
vamos continuar esta discussão mais tarde. — Disse Kevyan,
encerrando a comunicação. Ele virou-se para encarar sua irmã, vendo
sua expressão séria, instintivamente ele sabia que ela não estava
prestes a lhe dar uma boa notícia. —Diga-me.
—Temo que o lobo não vá viver por muito tempo. Se uma
palavra sobre isso sair, não haverá fim a esta loucura que enfrentamos.
—E o médico?
—Ainda não chegou. Isso cheira a uma conspiração para mim,
irmão.
—Leve-me até ele.
Balançando a cabeça, ela abriu o caminho com ambos correndo
em direção ao seu visitante. Com a incapacidade de Christiana de
exagerar, dizer que o lobo não iria sobreviver era uma possibilidade
concreta e um enorme risco, considerando a guerra e a condição do vira-
lata, quando foi descoberto. Os lobos usariam isso como uma
oportunidade para culpar os vampiros, desconsiderando a curta
suspensão da guerra entre a espécie e retaliaria pelo mau feito contra
sua espécie. Em seguida, os vampiros ficariam furiosos e com razão,
iriam retaliar, bem como defender-se, e assim por diante, e assim seria
até que uma das espécies se tornasse completamente dizimada.
Quando chegaram à porta, Kevyan passou pelos guardas que
vigiavam o quarto. Entrando no quarto, ele observou Felix de pé na
entrada, observando Dr. Morris, que pairava e examinava o lobo
inconsciente deitado na cama. Forças desconhecidas puxavam-lhe para a
cama, para apreciar as características de seu paciente inconsciente.
Olhando para baixo, Kevyan era incapaz de dizer quando seus
pés se moveram por vontade própria para a figura de bruços, e aquele
rosto que agraciou seus olhos, embora pálido e mortalmente branco, era
absolutamente impressionante. O rosto oval emoldurado por um cabelo
loiro esbranquiçado emaranhado ainda imóvel com os estímulos
ocasionais do Dr. Morris. O torso nu movia-se com respirações lentas,
como se, mesmo inconsciente, era um esforço para tomar ar.
Sentando na cama ao lado do lobo, Kevyan empurrou o cabelo
macio, sedoso de lado para revelar o rosto parcialmente escondido. Ele
olhou para a ainda mais pálida figura com um forte desejo que o homem
se curasse. Num nível mais profundo, ele estava absolutamente certo de
que, qualquer coisa que acontecesse com essa pessoa, ele sentiria a
perda profundamente e por séculos a vir. Querendo que o homem se
mexesse, ele acariciou delicadamente um dedo de um lado do rosto do
homem, mentalmente empurrando energia para ele.
—Meu Rei. — Lhe abordou Dr. Morris.
—Fala. — Kevyan respondeu distraidamente.
—Ele foi envenenado, e se eu adivinho corretamente, eu diria
que é envenenamento por prata. Meu palpite é que provavelmente foi
bombeado em seu sistema. Quanto à sua condição física, ele foi
torturado, possivelmente por dias. É uma maravilha que ainda esteja
vivo, com todas as lesões extensas e a prata o comendo de dentro para
fora.
—Será que ele acordou desde que ele foi trazido aqui?
—Não que eu saiba. — Disse o médico.
—E ele mudou?
—Ah, isso é outra coisa. É instintivo para o seu tipo mudar para
curar quando são feridos, mas ele não fez isso também.
—O que isso significa?
—Que o seu corpo está muito fraco para se mover e mudar
agora, o que só poderia levá-lo ao colapso.
—Faça alguma coisa. Salve-o. — Kevyan disse entre dentes
cerrados.
—Não há nada que eu possa fazer, meu Rei. Isto está além até a
mim. A prata ... Não há esperança de curá-lo de...

Espessas pestanas se agitaram e um gemido foi emitido pelo


homem minutos antes de seus olhos se abriram, e fixar-se em Kevyan
deixando o resto deles com olhares surpresos. Pelo que pareceu uma
eternidade, Kevyan bloqueou o olhar com o da bela criatura, observando
cada mínimo detalhe do homem, e, especialmente, quando ele tornou-se
gradualmente meio consciente do seu redor. No instante seguinte, o
lobisomem se lançou sobre Kevyan, derrubando-o de costas em uma
pilha no chão e inclinando-se perigosamente perto.
—Companheiro. — O lobo rosnou, sufocando Kevyan em beijos
e agindo com instintos animalescos puros.
Felix correu em direção a eles, os guardas em seus calcanhares,
só para parar no aceno curto da cabeça de Kevyan.
—Fora!
Todos saíram do quarto, exceto Dr. Morris, que tinha um olhar
contemplativo em seus olhos.
—Se me permite, meu Rei... Se ele é realmente o seu
verdadeiro companheiro, reivindicar ele pode levá-lo a curar-se. Quanto
mais cedo, melhor, e isso pode frequentemente acelerar o processo. Vou
me despedir de você. — Guardando seus suprimentos, o médico então
começou a caminhar para fora da sala.
—Ah, irmão, olha como você tem suas mãos cheias com um
presente. — Christiana disse com um sorriso sabedor antes de fechar a
porta.
Tomando conta da delicada beleza arrebatadora, Kevyan virou-
lhes e prendeu o homem menor debaixo dele, mas a criatura recusou-se
a se acalmar, sem morder sua pele. O homem parecia ter ido embora,
deixando apenas os desejos animalescos para reivindicar um
companheiro.
—Acalme-se, pequeno, e eu vou dar-lhe o que você quer. —
Kevyan sussurrou, acariciando o cabelo do homem de uma forma suave.
—Acalme-se para mim, ok? — O movimento frenético abrandou, embora
não parou. —Bom. Agora, venha aqui.
Sem pausa, Kevyan desceu sua boca contra a do homem se
retorcendo debaixo dele, mudando de posição assim seu peso estaria
fora do corpo pequeno e esguio. Ele se sentiu atraído pelo homem, mas
não foi até a figura ainda fora de si ter sussurrado, que lhe ocorrera que
ele poderia muito bem ser seu companheiro. Desde que viu a figura
deitada impotente na cama, sentimentos que ele não tinha sentido há
muito tempo, despertaram nele, e agir sobre esses sentimentos lhe
parecia a coisa certa a fazer, mesmo com a condição física do seu
companheiro.
Aceitando as palavras do médico para isso, Kevyan mordeu os
lábios convidativos, sugando o sangue delicioso antes de morder seus
próprios lábios e deixá-lo descer pela garganta do seu companheiro. Ele
beijou o outro homem, furando seu próprio lábio inferior, que pingava
sangue na boca de seu companheiro.
—Você tem um gosto tão delicioso. Eu poderia te comer todo. —
Kevyan rosnou.
As pupilas do seu companheiro estavam dilatadas com luxúria,
afugentando a desorientação. Cheirando a excitação do seu
companheiro, Kevyan rasgou o resto do pano longe do corpo do homem,
grunhindo de aprovação com o corpo do seu companheiro, que não
possuía uma polegada de gordura. Todos os um metro e setenta de
forma esbelta mostravam a Kevyan como eles foram feitos um para o
outro, e estendendo a mão, ele acariciou o peito liso exibido como um
banquete.
—Você é tão bonito. — Disse Kevyan.
Lábios macios pressionaram contra os dele, duro e implacável.
O tempo para ser lento e sedutor viria definitivamente em algum lugar
abaixo da estrada, mas por agora, ambos estavam por um fio e quente
um pelo outro para retardar sua primeira vez, especialmente porque
reivindicar um ao outro poderia curar seu companheiro. As mãos de
Kevyan deslizaram para cima dos ombros do seu companheiro até a
maça do seu rosto, beijando o corpo abastecido de luxúria, contorcendo-
se. Seu companheiro teve esse momento de rasgar sua camisa com uma
garra afiada, cortando-a longe do seu corpo.
—Cuidado, companheiro. Você não quer danificar algo vital, não
é?
Seu companheiro choramingou, balançando e se esfregando em
um esforço para se aproximar. Pele deslizando contra a pele, e Kevyan
rapidamente arrancou a calça e mergulhou diretamente em seu
companheiro, não deixando espaço para protestos, embora não lhe
ocorreu o pensamento que a seu companheiro, teimaria em ser ele a
reivindicar. Kevyan espalhou beijos pelo peito do seu companheiro,
lambendo seus mamilos. Ele tomou um em sua boca e mordeu
gentilmente, sugando e dando bastante atenção ali. Ele olhava seu
companheiro, apreciando a reação do homem ao seu toque. Ele logo
mudou sua atenção para o outro mamilo, prestando-lhe atenção
semelhante antes de descer lentamente lambendo o corpo do seu
companheiro.
—Ohhh, isso é tão bom. — Seu companheiro falou, febril de
luxúria.
Kevyan agarrou pênis duro de seu companheiro, acariciando
com força. Seu companheiro estremeceu em êxtase, resistindo com a
incapacidade de manter-se imóvel quando ele gozou forte. Ainda não
satisfeito, Kevyan começou a lamber lhe até que ele estava limpo antes
de mais uma vez engolir o pênis de seu companheiro ao máximo,
chupando. Sem dúvida, seu companheiro estava sobrecarregado de
prazer, desde que Kevyan não lhe deu tempo para se recuperar depois
de um orgasmo antes de extrair um outro dele.
—Lindo, você tem gosto de minha própria marca especial do
nirvana. — Kevyan elogiou.
Kevyan virou seu companheiro para deitar de bruços na cama,
pegou a garrafa de lubrificante na mesa ao lado da cama. Lubrificando
seu próprio pênis, ele despejou uma quantidade generosa em sua mão e
colocou um pouco na bunda do seu companheiro até que brilhava em
seguida, se colocou em posição. Empurrou-se com um impulso poderoso,
entrando completamente em seu companheiro, tirando um gemido do
ambos. Seu companheiro se contorceu debaixo dele quando ele começou
um ritmo rápido e furioso, batendo-lhe com força.
Puxando para fora, ele virou o homem menor de costas,
espalhando as pernas mais afastadas e as empurrou para cima para seu
peito para expor a entrada reluzente. Se encaixando entre as pernas do
seu companheiro, ele agarrou os quadris com força, cravando as unhas
nele quando empurrou de volta para o ânus apertado.
—Simm! — Seu companheiro assobiou de prazer, virando a
cabeça de um lado para o outro, enquanto jogava os quadris para
encontrar com os de Kevyan. —Mais, mais, mais. Porra! Eu preciso de
você.
—Eu vou te foder tão duro, companheiro, foder você, assim
você saberá a quem você pertence. — Disse Kevyan, pontuando cada
palavra com um impulso implacável.
O companheiro de Kevyan ficou selvagem debaixo dele,
enquanto ele continuava o ritmo áspero, trazendo o outro homem à beira
da satisfação. Quando Kevyan percebeu que seu parceiro estava prestes
a gozar, ele diminuiu os movimentos, apertando seu pau pingando para
impedi-lo de gozar e aumentando a sensação. Seu companheiro
estremeceu e gemeu por seu orgasmo negado, mas começou a gemer
uma vez que Kevyan começou tudo de novo, montou-o com força.
—Por favor, por favor, por favor. — O companheiro de Kevyan
implorava, mas não recebeu misericórdia de Kevyan, que estava
firmemente decidido a espremer cada gemido e grito dele.
—Quero que gozemos juntos. — Kevyan fodeu seu companheiro
mais forte, observando-o no auge da paixão.
Kevyan dobrou o corpo debaixo dele ao meio, posicionando-se
para ir mais fundo, enquanto ele continuava a bater em seu
companheiro. Ele acariciou o pênis do seu companheiro, observando o
rosto corado do homem e saboreando seus gritos enquanto ele gritava
até ficar rouco. Quando ele soube que seu companheiro estava a
minutos de gozar, ele mordeu o ombro de seu companheiro, facilitando
um clímax forte, e seu companheiro gozou e gozou e gozou de uma
sobrecarga de prazer. Ele logo seguiu seu companheiro, que mordeu o
ombro dele, selando o vínculo de acasalamento entre eles.
Eles nadaram nas águas do prazer juntos enquanto Kevyan
fodia seu companheiro através de seu clímax. Quando finalmente desceu
do seu alto, Kevyan retraiu suas presas, saindo dele ao mesmo tempo.
Ele lambeu o ferimento, e seu companheiro preguiçosamente fez o
mesmo. A mão de seu companheiro caiu distraidamente, seu corpo
flácido na inconsciência. Preocupado, Kevyan começou inspecionar seu
companheiro, verificando seu pulso. Ele sentiu um pulso fraco e em um
movimento rápido, mordeu seu pulso, alimentando o seu companheiro,
grunhindo quando seu companheiro segurou braço e bebeu como um
homem faminto.
Uma vez que Kevyan tirou o pulso da boca do seu companheiro,
ele caiu inconsciente, relaxando como um gato satisfeito. Seu corpo
cansado exigia repouso. Beijando a testa do seu companheiro Kevyan se
levantou e caminhou até o banheiro para se limpar, então molhando uma
toalha felpuda de mão na água quente, voltou para o quarto, ainda nu,
para limpar seu companheiro. Uma vez feito, Kevyan jogou a toalha
atrás dele antes de agarrar e puxar as calças de volta.
Ele ergueu seu companheiro em seus braços com os lençóis
enrolados em torno dele e saiu do quarto. E parou na porta, sinalizando
para os guardas o seguirem. O movimento do seu companheiro se
aconchegando em seu peito o levou a olhar para os delicados traços,
mas ainda assim masculinos do homem em seus braços que suspirava
contente. Uma vez em seu quarto, um dos guardas abriu a porta para
ele, fechando-a uma vez que ele tinha entrado. Kevyan caminhou em
direção à cama e gentilmente depositou seu companheiro na cama.
Ele desembrulhou os lençóis do corpo nu , garantindo seu
conforto antes de puxar o edredom sobre o homem menor. Ele estava
muito agitado para dormir, e em vez disso foi ficar na janela com vista
para a longa extensão da calçada que levava até a propriedade. De tudo
o que estava acontecendo, o que ele menos esperava era que seu
companheiro pousasse em seu colo, e, embora foi uma ocasião que
apelou para celebração, encontrar seu companheiro agora com assuntos
inacabados deixava tudo muito mais complicado.
Em todos os seus novecentos anos, como um vampiro nascido
da linhagem real pura, encontrar seu companheiro tinha sido algo que
ele tinha sonhado quando jovem. Nos primeiros dias, quando seus pais
ainda estavam vivos, ele nutria o amor entre sua família, observando a
maneira como seus pais interagiam com tanta devoção e amor, e ele
esperava o mesmo para si mesmo. No entanto, isso parecia uma
memória distante.
Um mal-entendido causou o inicio da guerra, que tinha acabado
por levar a vida de seus pais, ele se tornou endurecido, concedendo
vingança contra aqueles que ameaçaram sua família, ao mesmo tempo,
assumindo a liderança de seu povo. Seu desejo de amor e carinho tinha
tomado rapidamente o banco traseiro para outras prioridades.
Agora, ali estava ele, quinhentos anos depois, preso no meio de
uma guerra em curso e seu verdadeiro companheiro caiu em seu colo
em condições indesejáveis, mas para a vida dele, ele não poderia se
arrepender de se unir com seu companheiro. Se qualquer coisa, seu
desejo de ver esta guerra chegar ao fim dobrou. Ele queria que seu
companheiro se sentisse seguro e protegido, mas o que fazer e como
fazê-lo?
Uma parte dele queria enviar seu companheiro para longe para
garantir sua segurança, enquanto a outra parte queria o seu
companheiro com ele em todos os momentos, e no topo de todas estas
preocupações, seu companheiro estava em perigo com aqueles que o
machucou. Fúria queimou seu corpo, e ele sabia no fundo que se ele
alguma vez pegasse quem fez isso com seu companheiro, eles iriam
sentir a queimadura cruel de seu ódio e desgosto, dando-lhes não uma
morte rápida, mas uma lenta e dolorosa, e ele iria deliciar-se com a sua
dor.
Caminhando em direção à cama, Kevyan olhou para expressão
pacífica do seu companheiro, perguntando como alguém poderia ter feito
uma coisa dessas a esta pessoa. Aparências, sim, eram enganosas, mas
ainda assim. Seu companheiro soltou um gemido suave, virando inquieto
na cama, e com nada fazer, Kevyan deitou na cama, puxando seu
companheiro mais perto de si. Ele passou os braços ao redor do homem
menor, puxando o edredom sobre ambos os seus corpos antes de
finalmente sucumbir ao sono e dormir.

Capítulo Dois

Dorian acordou saciado e mais relaxado do que jamais tinha


estado, ainda dolorido em vários lugares. Espreguiçando-se na cama, ele
sorriu, com os olhos fechados, passando a mão sobre os lençóis de seda
que estava deitado. Seda? Saltando para cima, ele abriu os olhos,
confuso no ambiente desconhecido. Ele lentamente inspecionou seu
entorno. O quarto era mais maciço e espaçoso do que o seu, decorado
com um toque masculino, imediatamente alertando-o para o fato de que,
onde quer que fosse, era inegavelmente o quarto de um cara.
O toque masculino foi espetacular e apelou para o seu senso de
estilo. Era o quarto ideal. A cama era um king-size com dossel, apoiado
contra a parede. Uma brisa suave soprava contra a cortina, revelando
uma fenda que brevemente mostrou as janelas. Com o quarto inundado
de luz natural, observou cada peça de decoração confirmando a sua
opinião sobre o proprietário ser alguém com sofisticação, elegante que
não tinha problemas em gastar consigo mesmo, e definitivamente tinha
o suficiente para poupar.
A um metro e meio da cama havia, sofás de couro negros
sofisticados situados em um semicírculo ao redor de uma mesa de vidro
na frente de uma TV de plasma, complementando o toque masculino da
decoração interior do quarto. À esquerda, portas duplas enfeitavam o
espaço claramente separando a entrada para o closet e à sua direita a
porta que conduzia ao banheiro.
Seus olhos rapidamente caíram para o seu corpo nu e uma onda
de pânico tomou conta dele enquanto se perguntou onde suas roupas
estavam e o que tinha sido feito para ele. Confuso a respeito de como
chegou aqui e onde aqui era, procurou em torno por pistas. Sua última
lembrança era de ser sequestrado e trancado em uma caverna escura,
torturado até que seu captor lhe tinha injetado com alguma coisa,
deixando-o na floresta para morrer, uma morte lenta e dolorosa.
Sua vida até esse ponto tinha sido dolorosamente comum. Ele
viveu com seus pais adotivos, a quem tanto amava e que o amavam
igualmente, apenas se mudou para um apartamento alugado para ele
por seus pais quando começou a faculdade. O mais divertido de sua vida
tinha sido visitar casas noturnas e festas com seu melhor amigo Sam,
um homem abertamente gay como ele. Na verdade, saindo para a sua
família e amigo tinha sido extremamente tedioso, em comparação com a
reação da família do seu melhor amigo que lhe havia o deserdado,
preferindo manter o seu status no bairro, estabelecendo que Sam nunca
mostrasse a sua cara para eles. Em suma, este foi o mais emocionante
que a sua vida já tinha sido.
Se alguém pensou que ser sequestrado e torturado fosse
emocionante, é claro.
Eles tinham ido dançar, vivendo o momento, quando ele tinha
visto um cara que queria conhecer. Ele tinha falado com o cara, bebeu
sem perceber que tinha sido drogado, e então tinha despertado em um
quarto escuro onde algum psicopata tinha estado tagarelando sobre
lobisomens e vampiros, fazendo todos os tipos de perguntas ridículas
que ele zombava.
Foi quando a tortura tinha começado, com eles fazendo
perguntas que ele não sabia nada sobre, e seus captores persistente e
consistente em sua linha de questionamento, na fronteira com a
loucura. Embora, para ser justo, a sua atitude insolente não o tinha
levado a nada, apenas mais problemas, mas tinha sido incapaz de
manter a calma. Depois de cair inconsciente, apenas para acordar horas
mais tarde na floresta, suas entranhas sentindo como se ácido estivesse
o comendo vivo. Ele não tinha ideia do que os fanáticos loucos tinham
feito para ele.
A coisa toda tinha sido estranha, especialmente desde que tinha
vivido uma vida tranquila, de modo a não chamar a atenção dos
paparazzi a ele. A princípio, pensou que tinha sido sequestrado para
pedirem um resgate a seus pais, que eram podres de rico, e tinha
mesmo prometido pagar-lhes o dobro se eles o deixasse ir, mas com o
olhar louco de seus captores tinha jogado seu caminho, e o absurdo que
eles balbuciavam, tinha estado confuso quanto à verdadeira razão que
foi levado.
Sua memória que se arrastou em seguida, cambaleando na
floresta onde tinha sido descartado foi a última coisa que se lembrava, e
agora ele não tinha ideia de onde ele estava, quem o levou, e o que
estava reservado para ele, e, especialmente, por que ele estava
aqui. Era um pensamento aterrorizante, sabendo que quem o tinha podia
fazer qualquer coisa com ele, e desde que ele não tinha nenhuma
maneira de localizar um telefone neste lugar, ele não tinha como entrar
em contato com sua família e amigos, muito menos a polícia para
resgatá-lo. Merda!
Recomponha-se, ele decidiu aproveitar os recursos à sua
disposição e rapidamente seguiu para o banheiro, que, obviamente, era
sofisticado e ricamente decorado. Ignorando o sentimento mesquinho de
por que foi lhe dado tal luxo, entrou no chuveiro húmido, saboreando a
sensação em seus músculos doloridos.
Apesar de ser permitido o luxo ao seu redor, não queria arriscar
que qualquer um desses malditos bandidos andando sobre ele, e nessa
nota, se lavou rapidamente, secando-se em tempo recorde antes de ir à
busca de algo para vestir. Droga! Ele deveria ter pensado nisso antes do
banho, mas não tinha sido capaz de resistir a oferta de água quente e
um chuveiro. Bem, tinha acabado de ter esperança que havia algo para
ele usar, ou improvisar.
Caminhando de volta para o quarto, ele verificou o closet,
arrancando vários artigos de vestuário apenas para devolvê-los de volta
em frustração. Tudo no armário era grande demais para ele, mas desde
que reclamar era inútil, resignou-se a improvisar. Ele tinha outras coisas
em que pensar, como escapar, e nessa nota, escolheu jeans e uma
camisa. Ciente de que as roupas, pelo menos, pareciam ser novas, a
julgar pelo cheiro de pano novo que sentiu sobre eles, desenhou uma
linha em vestir roupas íntimas de outra pessoa, então estava no
comando.
Seu senso de moda gritou com as roupas que usava e a forma
como o fazia parecer uma criança brincando de se vestir. Olhou-se no
espelho, chegou a trabalhar, puxando um cinto e o usando para garantir
que o jeans permanecesse no seu corpo. Ele enfiou o comprimento extra
longo da camisa na calça jeans, dobrando as mangas até que ficou
satisfeito com sua aparência antes de passar a mão sobre o cabelo para
dar-lhe uma aparência desgrenhada pouco respeitável antes de acenar a
sua aprovação.
Marchando em direção à janela, olhou para fora, facilmente
percebeu a segurança estabelecida em torno, e como eles fortemente
vigiam o lugar. Estava tão ferrado. Droga! No entanto ele conseguiria
escapar? Não que houvesse uma chance no inferno, que sua maneira
encantadora o ajudasse a sair daqui. A porta se abriu atrás dele e,
voltando-se, viu o pedaço mais lindo que já tinha posto os olhos
caminhando em direção a ele.
Um metro e noventa e um de músculos e um tanquinho
deslizavam em direção a ele graciosamente. O homem estava decorado
em uma camisa branca e calças cáqui, o cabelo escuro caindo em torno
de seu ombro em ondas, implorando a Dorian para passar seus dedos
através deles, seus olhos uma cor marrom profunda, como chocolate
derretido para a sua apreciação. Maçãs do rosto altas levaram a
mandíbulas de aço que apenas imploravam por sua atenção, e o homem
tinha a pele mais pálida que já tinha visto, chocando-se contra a cor de
suas roupas. Por nenhuma razão, de repente teve uma vontade
incontrolável de rasgar essas roupas do homem e engoli-lo inteiro.
Quando seus olhos se encontraram, Dorian corou por ter sido
pego olhando. Ele limpou a boca, discretamente verificando se havia
babava. Levantando o queixo, abertamente deu ao homem lindo um
olhar de cima a baixo, recusando-se a ser intimidado ou ridicularizado
por seus esforços. O homem tinha músculos sobre músculos, uma
cintura estreita e eficaz, pernas longas, que diminuíram a distância entre
eles.
Alarmado, olhou para o homem aproximando-se dele com um
olhar indecifrável nos olhos e estendeu os braços, apoiando-se até que
ele veio contra a janela.
—Não chegue mais perto. — Disse Dorian, recusando-se a dar
ao homem a satisfação de saber como estava assustado.
Felizmente, suas palavras devem ter o penetrado, porque o
homem parou e observou-o com um olhar predatório em seus olhos. A
respiração de Dorian bloqueou meio assustado, meio desejo, mas não se
atrevia a mover-se enquanto observava o homem olha-lo.
—Você está acordado. — Disse o homem, sua voz forte e
masculina, caindo sobre Dorian, com ondas de luxúria atravessando seu
corpo.
Balançando a cabeça, Dorian ridicularizou a afirmação óbvia. Ele
estava relutante em mostrar qualquer emoção e não estava disposto a
ceder às exigências de seu corpo até que estivesse em segurança fora de
perigo. Aparentemente, o Sr. Óbvio deve ter notado alguma coisa, pela
diversão escondida na profundidade dos olhos do estranho e ele foi preso
com um olhar estreito. Dorian trocou de pé, esperando que o estranho
fosse quebrar o contato visual, somente que a sorte não parecia estar do
lado dele.
—Como você está se sentindo?
—Ótimo. Eu me sinto ótimo. Agora, onde diabos estou e quem é
você?
O Sr. lindo de morrer coçou o queixo, dando um passo para
frente, para o qual Dorian prontamente apertou-se contra a janela,
apoiando-se com ambas as mãos segurando firmemente a borda. A
mensagem foi alta e clara, e o homem parou abruptamente, uma
expressão de dor em seus olhos antes de se virar.
Culpa atravessou Dorian e ele impiedosamente empurrou-
a. Afinal, por que ele tinha que se sentir culpado? Por tudo o que sabia,
este era o seu sequestrador, dando-lhe um gosto do que tinha perdido
desde a semana que tinha sido sequestrado, apenas para devolvê-lo de
volta para aquele terrível inferno. Ele queria sair, sabia que até agora
todos que conhecia e amava estariam fora procurando por ele, e o
pensamento lhe doía muito. Tudo o que queria era ir para casa e
esquecer este episódio, não descontando o fato de que seus
sequestradores tinha que ser apanhado para garantir sua segurança.
—Veja. Eu não me importo com quem você é. Se você quer
dinheiro, meus pais iriam pagar o suficiente para você me liberar. Eu não
sei o que você quer e não tenho nenhuma resposta, então, por favor,
apenas... Deixe-me ir.
Kevyan virou-se para o homem diante de si, entendimento o
acertando, e seus lábios curvaram para baixo em uma careta.
—Eu não sei quem levou você. Meus homens encontraram você
fora na minha propriedade. Nós estivemos esperando por você acordar e
explicar de onde veio e a qual matilha pertence.
—Pertence? Eu não pertenço a ninguém, e quem diabos é você,
afinal?
—Rei Kevyan Melrose. O chefe dos meus covens.
—Coven? Espere um minuto maldito. Isso é como vampiros?
—Sim.
Dorian zombou, deixando Kevyan saber o que ele pensava
disso.
—E, claro, que como um lobo, você seria de uma matilha, mas
qual matilha?
—Lobos, vampiros? Você está ouvindo a si mesmo?
Kevyan olhou para seu companheiro, curioso. Se qualquer coisa
parecia que seu companheiro não tinha a menor ideia de sua natureza, o
que era impossível, já que ele não poderia ter atingido a idade madura
sem sentir a força do lobo ou transformando-se em um, o que seja. Algo
estava muito errado aqui.
—Quantos anos você tem?
Dorian arqueou uma sobrancelha.
—Por quê? Você tem uma marca especial de tortura para
pessoas de diferentes idades?
Os lábios de Kevyan se contraíram em diversão com o tom do
seu companheiro, resistindo à vontade de rir abertamente.
—Não. Como disse anteriormente, você foi encontrado em
minha propriedade por meus homens. Gostaria de saber como você
chegou até aqui e o que aconteceu com você.
—Certo. — Dorian disse cautelosamente. —Vinte e um. Tenho
vinte e um. Mais alguma coisa? — Ele perguntou descaradamente.
—Tão jovem. — Kevyan pensou consigo mesmo, sacudindo a
cabeça e observando seu companheiro. —Como você lida com cada lua
cheia?
Dorian deu-lhe um olhar incrédulo.
—O que você quer dizer? Eu não mantenho o controle das luas
cheias.
Kevyan sacudiu a cabeça, a testa franzida mergulhando as
sobrancelhas grossas. Ele caminhou até a porta e abriu-a.
—Traga o Dr. Morris agora. — Ele latiu para os guardas,
impaciente. Trabalhando sua carranca, fechou a porta antes de voltar
para seu companheiro, que lhe dava um olhar cauteloso. —Me diga seu
nome.
—Por que você precisa do meu nome?
Surpreso, Kevyan inclinou a cabeça para o lado. Nenhuma outra
pessoa já tinha falado com ele de tal maneira antes. Diferente de sua
irmã, todo mundo olhou-o com respeito fundido com medo. Era um
sentimento que não gostava, mas não tinha esperança corrigir, dadas as
atuais condições de sua existência.
—Eu gostaria de saber o seu nome. Isso não é um crime, não é?
Dorian suspirou. Foi difícil, mas necessário se manter
assegurando de que Kevyan não era o inimigo. Provavelmente devia
agradecer o homem por ter o socorrido e cuidando dele, mas não fazia
bem agradecimento e provavelmente acabaria insultando o cara se
tentasse, então é melhor manter a boca fechada.
—Dorian. Meu nome é Dorian Keller.
—Viu. Isso não foi tão difícil.
Dorian deu de ombros descuidadamente.
—Depende do que você quer de mim.
Kevyan caminhou em direção ao sofá e se sentou nele. Fez um
sinal com a mão.
—Vamos sente-se. Nós precisamos conversar.
Dorian olhou Kevyan e os assentos com cautela. Kevyan, lendo
sua linguagem corporal corretamente, sorriu impertinentemente.
—Eu não mordo. A menos que você peça, muito bem.
Imediatamente, uma máscara caiu sobre o rosto de Dorian,
colocando sua expressão indiferente suavemente no lugar. Ele zombou,
blefou sua maneira através. Ele caminhou em direção aos sofás e
sentou-se no sofá em frente, se jogando como se não tivesse nenhuma
preocupação no mundo.
—Eu não tenho medo de você.
—Bom. Você não tem nada a temer de mim ou aos meus.
—Isso é um alívio. — Dorian espiou através de seus cílios. —
Então, se eu não sou um prisioneiro aqui, eu gostaria de ir para casa.
Kevyan tamborilou os dedos no braço, observando-o
atentamente.
—Onde é sua casa?
—Você realmente acha que eu vou divulgar essa informação
para você?
Kevyan deu de ombros.
—Eu não sou seu inimigo. Pelo contrário, estou aqui para
ajudar. Tudo o que levou a você estar aqui não cheira bem para mim, e
descartado na minha propriedade, coloca eu e os meus em risco
também.
Dorian empalideceu.
—Você quer dizer que eles ainda poderiam vir atrás de mim.
—Se por “eles” você quer dizer as pessoas que o torturam e
envenenaram você, então sim. — Kevyan deu de ombros, indiferente. —
Eles não vão ficar há 6 metros perto de você, entretanto. Sou
ferozmente protetor daqueles que estão sob meus cuidados, para deixá-
los tentar.
—Mas você não me conhece. — Dorian protestou.
—Isso não importa. Estou mais preocupado com quem o
sequestrou e por que, mas o mais importante, o que eles queriam, quem
é sua família, e se eles estão bem protegidos. Estou supondo que foi um
sequestro?
Dorian concordou.
—Eu não quero te causar nenhum problema.
—Não é nenhum problema. Eu quero ajudar, e ambos temos o
suficiente em jogo para tentar trabalhar em conjunto.
Dorian acenou com a cabeça, tocado pelo gesto.
—Chicago.
—O que?
—Você perguntou onde era minha casa e eu disse Chicago. O
que mais você quer saber?
—Você se lembra de onde foi mantido?
—Eu não me lembro ou até mesmo saberia onde estava, mas eu
sei que era uma espécie de caverna, um buraco negro de merda no meio
do nada, provavelmente.
—Você seria capaz de reconhecê-lo se você o visse de novo?
—Eu não sei. O interior, talvez. Eu nunca vi o lado de fora, então
realmente não poderia dizer.
—Você sabe por que foi levado?
—Todos eles usavam máscaras para que não pudesse dizer
quem eram, mas todos eles ficavam perguntando e jorrando coisas sobre
lobisomens e vampiros. Quer dizer, eles eram fodidos sobre como eles
acreditavam realmente que esse tipo de besteira realmente existe. —
Dorian zombou, sacudindo a cabeça. —Se você me perguntar, eu achava
que eles eram pancada.
—E por que você está tão obcecado em acreditar que eles
devem estar loucos só porque pensam que algo poderia ser real?
Dorian olhou para Kevyan como se tivesse perdido a cabeça.
—Porque quando alguém chega ao fundo do poço, é bastante
óbvio. Quer dizer, de verdade, eles provavelmente tinha lido ou visto
muita ficção, não têm amigos ou vida fora do mundo de ficção, e
acabaram acreditando em tudo o que liam. É uma pena, realmente. Eles
provavelmente devem ser internados para impedir mais vítimas de cair
em seus braços.
—Então, basicamente, a sua razão para não acreditar é que em
maior parte é ficção.
—Bem, sim. Alguma pessoa entediada provavelmente só
acordou um dia e decidiu escrever sobre tais lixo que iria vender, o que
ele fez. Quer dizer, quem se importa se não é real, desde que é
comercializável?
—Você é muito cínico.
—Não, sou realista. Eu só acredito em uma mentira tão
descarada se ver com meus próprios olhos, caso contrário, é tudo
besteira.
Kevyan deu-lhe um olhar pensativo, abrindo a boca para fazer
uma pergunta, mas fechou no último minuto.
—Me fale sobre sua família.
—Não há muito a dizer. Eles são, na verdade, a minha família
adotiva. Eu não conheci a minha família de nascimento, mas... Os
Kellers, eles me adotaram, e tomaram conta de mim. É só eu, meu
irmão adotivo, e meus pais.
Kevyan inclinou a cabeça para o lado, um olhar pensativo em
seus olhos. O olhar de Dorian foi imediatamente atraído para a longa
extensão de pescoço pálido e poderoso de Kevyan, que apenas pedia
para ser lambido. Mordeu o lábio inferior, em um esforço para manter
sua língua em sua boca.
—Por quanto tempo você foi mantido em cativeiro?
—Hmm. — Dorian disse distraidamente, empurrando de volta ao
redor quando notou um sorriso brincando nos lábios de Kevyan. —Uma
semana, talvez? Senti como se fosse meses, embora. Um dia, apenas
meio que se misturava com o outro, então... — Dorian deu de ombros,
fingindo indiferença. —Eu não tenho certeza. — Gemendo, ele passou a
mão rapidamente sobre o seu rosto, em seguida, em seu cabelo. —
Minha família está provavelmente fora de si de preocupação
comigo. Preciso ligar para eles.
—Claro, em um minuto.
Dorian acenou com a cabeça, distraído, sua mente vagando
enquanto olhava para um Kevyan relaxado na frente dele. Deus! Mas o
cara era incrivelmente lindo. Ele queria saltar nos braços do homem e
engolindo-o.
Companheiro.
Porra. De onde veio isso? Este homem não era seu
companheiro, desnecessário dizer. Eles nunca tinham se encontrado até
hoje, e, a menos que estivesse sofrendo de algum tipo de perda de
memória que ninguém se preocupou em contar a ele, eles
definitivamente não eram companheiros ou amigos próximos ou
qualquer outra coisa.
Nosso companheiro.
Uma voz ecoou em sua mente, chocando-o fazendo-o saltar a
seus pés. Olhou à sua volta, procurando quem estava jogando um
truque doente com ele.
—Aconteceu alguma coisa? — Kevyan perguntou no movimento
de medo repentino de seu companheiro.
—Você ouviu isso?
A resposta de Kevyan foi uma sobrancelha arqueada.
—Deve ter sido minha imaginação. Esqueça. — Dorian
murmurou, abalado, mas tentando acalmar sua apreensão.
—Hmm. — Kevyan cruzou as pernas na altura dos tornozelos, o
olhar firme. —O que você sabe da sua história familiar?
—Você quer dizer que não seja os habituais dois conjuntos de
avós? — Dorian disse descaradamente.
—Eu quis dizer da sua família biológica.
—Ah. Que. Nada.
—O que quer dizer nada? Você nunca ficou curioso para saber
de onde você veio originalmente? O que levou à adoção? Coisas assim?
—Na verdade não. Eu sempre soube que fui adotado. Não é
como se meus pais esconderam isso de mim, e se os meus pais
biológicos não dão a mínima para mim o suficiente para me manter,
então eles podem ir para o inferno. Eu não preciso deles e não vejo por
que deveria olhar para eles, também. — Dorian se arrepiou, ficando
defensivo e irritado a cada minuto enquanto as emoções há muito
enterradas vieram correndo para a superfície.
—Calma, pequeno cabeça quente. Eu só estava curioso.
—Eu estou calmo. Tão frio como gelo. — Dorian respondeu.
—Claro que você está.
Dorian zombou do sarcasmo escorrendo no tom de
Kevyan. Levantando-se, Kevyan pegou um controle remoto da mesa,
apertou um botão sobre ele, e, lentamente, uma parte do painel da
parede se abriu e um minibar revelou-se de um canto da parede. Kevyan
caminhou deliberadamente em direção ao bar e retirou um copo de uma
parte do gabinete. Tirou uma garrafa de uísque, em seguida, serviu um
copo antes de beber puro. A queimadura do uísque era uma mudança
bem-vinda a sua mente sobrecarregada, que tinha lidado com vários
assuntos, desde a luz do dia, e adicionado a isso a questão com o seu
companheiro.
Kevyan serviu-se de mais um copo, em seguida, virou-se para
enfrentar o seu companheiro, perguntando tardiamente. —Com fome?
Dorian acenou com a cabeça rapidamente, e como se na
sugestão, seu estômago deu um gemido alto, fazendo-o rir de
vergonha. Os lábios de Kevyan se contraíram ao lado, e pegou seu
telefone, discou um número antes de entregá-lo para Dorian.
—Peça o que quiser.
Assentindo seus agradecimentos, Dorian falou calmamente e
rapidamente ao telefone, encomendou ovos mexidos e pão com bacon e
bife mal passado. Uma vez feito isso, passou o telefone de volta para
Kevyan, que, em seguida, sentou-se perto dele no sofá, um pequeno
sorriso se mostrava na boca sexy. O olhar de Dorian estava voltado para
os lábios a apenas centímetros do seus e a atração que ele estava
tentando esconder desde que se encontrou com o outro homem, de
repente elevou sua cabeça de forma agressiva.
Demasiado absorto com seus sentimentos, ele não teve tempo
de recuar ou parar o seu corpo de fazer o que queria antes que tocasse a
camisa de Kevyan e puxou o homem para ele, beijando-o
apaixonadamente. Seus dentes se chocaram, suas línguas se
engrenaram uma contra a outra enquanto eles duelaram juntos. Dorian
estava todo quente, morrendo com a necessidade de rastejar para o
homem e nunca deixa-lo ir.
—Eu não sei o que deu em mim. — Dorian se desculpou
enquanto se afastava. Ele olhou nos olhos castanhos e profundos e se
perdeu mais uma vez. Era como uma atração magnética puxando-o para
o outro homem, e sem sua permissão, seu corpo saltou para frente e
esmagou seus lábios mais uma vez em um beijo profundo.
—Oh, Kevyan. — Dorian gemeu na boca de Kevyan, recusando-
se a abrandar.
Tudo que Dorian sabia e queria era tomar banho nas sensações
que beijar Kevyan evocava nele. Ele queria o outro homem com uma
paixão feroz ao contrário de qualquer outro que já tinha conhecido
antes. Foi emocionante e assustador ao mesmo tempo, e embora não
tivesse nenhuma lembrança de qualquer coisa acontecer sexual entre
eles, sentiu uma sensação de déjà vu, como se nasceu para isso.
Suas mãos estavam ocupadas explorando o corpo do outro
homem, passando pelo cabelo grosso, em seguida, para baixo sobre os
duros músculos ondulantes e, de repente, as roupas entre eles
tornaram-se um aborrecimento. Ele desejava, queria eles nus e
retorcendo-se juntos.
Quando Dorian levou a mão para tirar a camisa de Kevyan
abrindo-a, o outro homem fechou as mãos em um aperto firme,
quebrando o beijo ao mesmo tempo. Um gemido de necessidade
escapou dos lábios de Dorian e olhou para o outro homem com pura,
necessidade não diluída, fazendo o outro homem tremer. Dorian
descaradamente seguiu, procurando os lábios de Kevyan mas foi contido
em um aperto firme.
Indo para o ataque completo, Dorian deu ao outro homem um
olhar cheio de alma com os lábios fazendo beicinho, esperando que a
mensagem chegasse. Todas as inibições anteriores desapareceram em
face de tal êxtase.
Kevyan fechou os dedos em torno da volta do pescoço de seu
companheiro e trouxe para mais perto, inclinando a cabeça e
mergulhando sua língua profundamente, lambendo o interior da boca do
seu companheiro.
—Siiiim. Mais. Dá-me mais. — Dorian exclamou sem fôlego.
Quando Dorian gemeu, Kevyan continuou a saborear o gosto do
seu companheiro, masculino e doce. Suas bocas se fundiam quando
lentamente baixou Dorian para o sofá. A primeira vez tinha sido rápida e
furiosa, e embora não tivesse a paciência para desacelerar as coisas,
Kevyan queria saborear a sensação do seu companheiro em seus braços
antes de ceder ao desejo de rasgar suas roupas longe e tomar seu
companheiro descontroladamente.
Kevyan mordiscou e lambeu seu caminho através da mandíbula
de Dorian, sugando o lóbulo da orelha em sua boca, dando prazer a ele
lá enquanto liberava os botões da camisa de Dorian dolorosamente
lento. Uma vez que todos os botões foram liberados, Kevyan puxado
para trás para examinar a carne exibida por ele.
—Tão lindo, meu pequeno cabeça quente. — Kevyan cantarolou.
Kevyan lambeu o lado do pescoço de Dorian, ao longo da
garganta do homem, ao mesmo tempo usou as mãos para explorar o
peito exposto. Kevyan mordiscou o pescoço de Dorian, mordendo e
chupando a área. Ele tinha um forte desejo de deixar sua marca no seu
companheiro e, com esse objetivo em mente, sugou a pele, com cuidado
para não tirar sangue. Quando teve certeza de que sua marca era
claramente visível, inclinou-se ligeiramente para trás para admirar seu
trabalho.
—Perfeito. Você é perfeito pra mim.
Kevyan rastejou em cima de Dorian, cobrindo seu companheiro,
mas não soltando seu peso quando mergulhou de volta para aqueles
lábios tentadores, chupando e lambendo antes de empurrar sua língua
dentro. Ele rodou sua língua contra a de Dorian, saboreando os gemidos
luxuriosos que estavam sendo soltos. O sabor inebriante de seu
companheiro em sua língua deixou o pênis de Kevyan pulsando como se
já estivesse dentro daquele paraíso doce, empurrando e reivindicando
mais uma vez.
Kevyan interrompeu o beijo, arrastando úmidos, beijos com a
boca aberta abaixo da mandíbula do seu companheiro e sugando a pele
lisa lá. Beijou Dorian no pescoço, clavícula, e depois a baixo no peito do
seu companheiro, beliscando um dos mamilos, que responderam
imediatamente.
—Kevyan! — Dorian gritou, arqueando as costas, e com uma
mão puxou a cabeça de Kevyan até seu mamilo, implorando
descaradamente pela boca de Kevyan.
Kevyan obrigado, sugou um mamilo na boca e mordeu
suavemente. Ele lambeu a picada a distância antes de sugar o nó de
volta em sua boca. Ele chupou até que o nó se tornou sensível antes de
passar para o outro, dando-lhe o mesmo tratamento. Gradualmente,
Kevyan percorreu seu caminho pelo corpo de Dorian, apreciando o sabor
da pele de seu companheiro contra sua língua. Ele brincou com o
umbigo, mergulhando sua língua na cavidade e fazendo Dorian se
sacudir e se contorcer.
—Oh, por favor, por favor. Leve-me, me chupe agora. —Dorian
implorou, querendo mais.
Kevyan deslizou para baixo no comprimento do seu
companheiro e soltou o cinto segurando a calça de Dorian, abrindo-a e,
em seguida, puxanda para baixo. Ele ficou surpreso e feliz quando o
pênis de seu companheiro pulou fora.
—A comando, companheiro? — Perguntou com os olhos
brilhando. Kevyan assisti com fascínio e diversão quando o corpo de seu
companheiro corou de seu peito até as bochechas. —Totalmente
charmoso.
Kevyan beijou em torno da coxa do seu companheiro, levantou
uma coxa com a mão, beijando a parte de baixo inferior da mesmo e o
seu joelho, recusando-se a dar ao seu companheiro o que
silenciosamente pediu. Ele queria ouvir seu companheiro gritar seu nome
em voz alta e implorar para ele, e até então, não tinha plano de
ceder. Ele beijou, lambeu, chupou e tocou toda pelve e coxas do outro
homem, exceto o lugar que Dorian precisava de atenção.
—Por favor, por favor, me chupe, chupe-me. — Seu
companheiro gritou enquanto arqueava as costas, empurrando seus
quadris para cima em direção a Kevyan descaradamente.
Kevyan envolveu seus dedos ao redor do pênis de seu
companheiro e deu um beijo na cabeça dele, beijando e lambendo a gota
de pré-sêmen que pingava e fazendo seu companheiro tremer e gemer.
Kevyan lambeu a fenda da coroa inchada do pênis de Dorian, deixando o
homem menor louco de desejo até que um tremor violento torturou o
corpo de Dorian, seguido por gritos de obscenidade. Kevyan sorriu
contra o pênis em sua boca, saboreando o som de prazer ousado
emergindo de seu parceiro. Seu companheiro, ao que parece, tinha uma
boca suja e profunda, quando se tratava de sexo.
Kevyan lambeu Dorian lentamente da base à ponta, em seguida,
engoliu a ponta do pênis bonito, sugando-o como um pirulito, durante
todo o tempo passando a língua contra a fenda. Ele habilmente rodou
sua língua ao redor da cabeça do pênis do outro homem, deixando sua
língua se demorar. Dorian, incapaz de aguentar mais, empurrou seus
quadris para frente, empurrando mais seu pênis na boca de Kevyan e
gemendo com a sensação do apertado calor, úmido em torno do seu
pênis.
—Oh, foda-se. Droga! — Dorian gritou.
—Faça. Pegue o que quiser. Foda minha boca. — Kevyan
ordenou.
Dorian cerrou a mão na parte de trás da cabeça de Kevyan e
puxou-o de volta, empurrando seu pênis na boca de Kevyan ao mesmo
tempo, até que Kevyan o engoliu inteiro. Ele estremeceu quando todo o
seu comprimento foi enterrado no buraco úmido antes de deslizar na
boca dura. Kevyan levou bolas de seu companheiro na mão, brincando
com elas e apertando firmemente. Dorian agarrou o cabelo de Kevyan
firmemente enquanto gemia muito e alto para o espaço ao seu
redor. Tudo o resto tinha desaparecido do universo e foi como se eles
fossem os únicos na existência.
Ambos estavam em um universo alternativo onde nada apenas
o prazer existia e o único som no quarto era os gemidos e gemidos que
emergiam de ambas as partes. Kevyan lambeu a veia que corria ao
longo do lado de baixo do pênis de seu companheiro, fazendo-o se
contorcer em sua boca, enquanto continuava a chupar
implacavelmente. Ele deu uma atenção especial à área sensível logo
abaixo do cume, balançando a cabeça enquanto levava mais do
comprimento do seu companheiro em sua boca.
—Oh, foda-se! Kevyan, me leve, leve tudo de mim. sim! Bem
ali! — Dorian gemeu, batendo a cabeça no sofá.
—Isso é certo, bebê, dê para mim. Dê tudo para mim. —Kevyan
espremeu as bolas de seu companheiro e Dorian estava pronto para
gozar. Seus gritos aumentaram quando seu corpo ficou tenso e suas
bolas se agitaram com a necessidade de gozar. A luz brilhante cintilou
por trás de seus olhos, como uma torrente pesada trabalhou até seu
corpo.
—Goze para mim, companheiro.
Como se na sugestão, correntes de eletricidade correram para
cima e para baixo na espinha de Dorian, e com um grito primitivo,
empurrou, liberando sua carga para baixo na boca do outro homem.
Kevyan levou tudo sem perder uma única gota de sêmen. Ele
lambeu seu companheiro limpo antes de liberar o pau semiduro com um
pop, umidade brilhava em seus lábios. Como uma boneca que foi
esvaziada, Dorian caiu de volta no sofá, gasto e atordoado.
—E você? — Perguntou Dorian.
—Nós vamos chegar lá.
Este foi o melhor boquete que já tinha recebido, e, no fundo,
sabia que Kevyan o havia estragado para qualquer outra pessoa. Ele não
podia sequer imaginar-se com qualquer outra pessoa e este foi apenas
um boquete. Ele só sabia instintivamente que se fodeu, se tornou viciado
em Kevyan, que pode não ser necessariamente uma coisa má, o que era,
até que tivesse que sair.
Kevyan rosnou, profundo e ameaçador, fazendo com que os
olhos de Dorian voassem abertos e focassem em Kevyan.
—Você é meu! — Kevyan rosnou.
—Sim? — Dorian sorriu, um brilho diabólico em seus olhos. —
Por que você não me mostra de novo?
—Meu prazer. — Kevyan rosnou.
Kevyan tomou a boca de seu companheiro em um beijo
ardente. Embora seus traços possessivos estivessem mostrando-se,
Kevyan não se importava. Seu companheiro era o epítome de lindo e
teve a súbita vontade de nunca deixar o outro homem fora deste
quarto. Imaginando seu companheiro sempre nu e espalhado para seu
prazer seria sua primeira escolha, mas iria se contentar com mais
ninguém tocando seu companheiro.
A excitação de Kevyan queimou por meio dele, brilhante e
clara. O corpo de Dorian chamou-o com todo o fascínio que apenas um
companheiro poderia oferecer, abanando sua luxúria. Podia ouvir os
batimentos cardíacos de seu companheiro batendo descontroladamente
e o sangue correndo através da veia do homem. Seu companheiro era
dele e só dele, e não estava deixando o homem se afastar dele, mesmo
que tivesse que amarra-los fisicamente juntos.
Uma batida repentina na porta interrompeu-os, e mesmo que
não estava disposto a parar, era mais provável que fosse o Dr. Morris na
porta ou a empregada, e ambos eram vitais.
Dorian gemeu de frustração, desesperado para ignorar quem
estava na porta e voltar para o que estavam fazendo. Ele trouxe a boca
de Kevyan de volta a sua, provando-se na boca do Kevyan. O sabor
enviou uma sensação inebriante abaixo de seu corpo, provocando um
gemido de aprovação. Se pudesse, iria desfrutar de apenas isso e nada
mais por dias.
Uma batida insistente veio da porta, forçando Kevyan quebrar o
beijo. Com um olhar nos olhos de Kevyan, Dorian podia ver a relutância,
bem como a frustração de ter alguém os perturbando.
—Ignore-os. Preciso de você.
Kevyan encostou sua testa em Dorian, prendendo o homem
menor para baixo, enquanto tentava recuperar o fôlego, o tempo todo
desejando que seu pênis abrandasse. —Segure esse pensamento. —
Colocou um beijo na boca de Dorian antes de levantar a cabeça. Enfiou o
pênis de seu companheiro de volta em suas calças, tudo isso sem
quebrar o contato visual. —Entre.
Kevyan acariciou o pescoço de Dorian antes de relutantemente
se afastar e ajudar o homem a sentar-se, mantendo Dorian próximo ao
seu lado. As bochechas de Dorian estavam coradas, seu cabelo loiro
esbranquiçado despenteado descontroladamente. E tinha aquele olhar de
recém-fodido sobre ele e era também extremamente lindo com a boca
inchada dos beijos e um chupão decorava seu pescoço.
Dr. Morris entrou, um sorriso se formou em seu rosto quando
percebeu o casal no sofá. Era óbvio o que o casal tinha estado fazendo, e
se não tivesse interrompido, tinha uma boa ideia do que eles estariam
fazendo até agora.
Dr. Morris deu uma reverencia curta. —Meu Rei, consorte.
Os olhos de Dorian piscaram do Dr. Morris para Kevyan, em
seguida, novamente. —Rei? — Ele virou-se para Kevyan, com um olhar
questionador. —Você é um rei?
—Sim. Eu lhe disse isso mais cedo.
—Você deixou minha mente tão confusa com todas as questões
e assuntos. Mas rei? Rei de onde? — Perguntou Dorian.
Kevyan colocou uma mecha de cabelo atrás da orelha de seu
companheiro, seus dedos se atrasando antes de explicar. —Este é o meu
coven, e como seu líder, eu sou o Rei. Governo sobre os vampiros, e
como seus políticos humanos, estamos espalhados por todo o mundo, de
modo a tornar as coisas mais eficaz, nos dividimos em covens, e, em
seguida, o coven elege um chefe . Os chefes do coven, em seguida,
tornar-se parte do conselho, mas no final, eu reino sobre todos eles.
—Apenas espere um segundo. Estamos de volta a porcaria de
vampiros e lobisomens?
Kevyan soltou um suspiro longo e sofrido. Essa era a coisa sobre
os seres humanos, ou, neste caso, seu companheiro que se acreditava
humano. —Não é uma porcaria. Você gostaria de uma demonstração?
Dorian zombou. —Dê o seu melhor tiro.
Kevyan revirou os ombros e virou de forma que estava sentado
de frente para Dorian. Então mostrou os dentes, permitindo que as
presas saíssem, e preparou-se para a reação de seu companheiro. O que
conseguiu foi mais inesperado do que o que ele mesmo tinha se
preparado. Dorian simplesmente revirou os olhos em descrença e olhou
firmemente para ele.
—Você os vê, não é? — Perguntou Kevyan.
—Claro que eu vejo.
—E…
—É um adereço extremante bom e você ainda está iludindo,
mas não se preocupe. — Dorian deu um tapinha no rosto de Kevyan
condescendente. —Eu perdoo você. Agora, o tire.
Kevyan suspirou. —Você acabou de verificar as minhas
amígdalas e não tive tempo para sair ou colocar alguns adereços falsos,
o que você sabe muito bem, por isso, faça a sua mente. Ou você
acredita nas coisas que pode ver ou você não faz.
—Claro que acredito no que vejo, mas isto não pode ser
real. Pelo que sei, você poderia ter planejado isso o tempo todo. —
Dorian deu de ombros, sem falsa modéstia, seu olhar cauteloso.
—Estava esperando que não precisasse disso. Agora, observe de
perto.
Kevyan levou seu pulso à boca e mordeu, quebrando a
pele. Gotas de sangue começaram a revestir sua pele e Kevyan mostrou
o pulso para Dorian, que olhou para ele como se tivesse perdido a
cabeça.
—Que diabo, homem? — Disse Dorian, e rapidamente arrancou
um pedaço de sua camisa e usou-o para enxugar o sangue.
—Diga-me o que você vê.
Kevyan puxou o pano longe de seu braço e mostrou para
Dorian. Quando Dorian olhou para baixo, olhou para o braço em
confusão e choque estampado em seu rosto. —Mas... Eu vi a ferida. Eu
não entendo. — Disse Dorian, olhando para o pulso, que parecia sem
mácula, sem nenhum sinal de qualquer lesão nele.
—Você acredita em mim agora? — Perguntou Kevyan.
—É impossível. Vampiros e lobisomens não existem. —Dorian
olhou para o olhar solene nos olhos tanto do médico e de Kevyan. —Eles
não existem.
—Sim, Dorian. Nós existimos. Incluindo fadas e outros shifters,
bruxas, tudo existe. Nós apenas vivemos em sigilo. Os seres humanos
são tão arrogantes, pensando que eles devem ser as únicas espécies
vivas apenas porque não têm ideia do que está lá fora. — Disse Kevyan,
balançando a cabeça. —No entanto, a sua arrogância é em nosso
benefício na medida em que podemos levar nossa vidas tranquilamente.
Quando teve certeza que Dorian ainda estava dando a ele sua
atenção, Kevyan acenou com a mão e permitiu suas unhas se alongar
formando garras, em seguida, se arranhou com uma delas no seu outro
braço, esperou um minuto para que a ferida cicatrize, e viu como,
finalmente, crença brilhou através dos olhos de seu companheiro e a cor
branqueada do rosto de Dorian, deixou-o pálido e trêmulo.
Capitulo Três

Dorian perambulava, olhando para fora da janela. Ele desejava


que pudesse correr de volta para sua vida real e esquecer tudo o que
aconteceu desde o seu sequestro. Estava perdido sobre o que fazer com
a situação em que de repente se encontrava. Recordando a sua reação
quando finalmente não teve outra escolha senão acreditar no paranormal
o fez dar tapinhas nas suas costas mentalmente. Pelo menos não tinha
desmaiado, o que tinha sido a sua reação quando conheceu seu músico
favorito. Totalmente chato, ele sabia, mas em comparação com este
momento, que parecia tão suave.
Pulou do sofá, colocando o sofá entre eles quando olhou
incrédulo para a mão cortada que não tinha nenhuma indicação de que
algo tinha acontecido com ela. Tinha sido como se nunca tivesse
acontecido, ainda que seus próprios olhos que tinham visto o corte e
visto a carne se fechar de volta. Balançando a cabeça, olhou para
Kevyan, com certeza alguém estava fazendo uma brincadeira com ele e
logo começaria a rir a qualquer minuto. O que não tinha sido o caso,
porém, tanto o médico e Kevyan observavam-no solenemente,
esperando a reação dele.
Balançando a cabeça, tinha recebido muita informação para
fazer qualquer coisa, e, estava apenas a momentos de um ataque de
pânico completo, lhes pediu para sair. Para dar-lhe espaço para pensar,
conciliar o que pensava e acreditava ser nada mais do que ficção a este
momento onde tudo tinha mudado drasticamente. Isso era algo que,
independentemente de quanto tempo pensava sobre isso, não podia
compreender o sentido pleno. Teria sido melhor permanecer ignorante
para a realidade diante dele e ainda não ter certeza se era para o melhor
ou para o pior que nada poderia parar ou mudar o seu conhecimento
deste novo mundo diante dele. Este era o momento que ele precisava de
seu melhor amigo. Sam sempre tinha ouvido ele, podia sempre falar com
ele sobre qualquer coisa, mas no momento, não havia um Sam para
fazer isso.
Estava começando a pensar em um frenesi sobre o que sempre
acreditou ser um mito. Vampiros e lobisomens deveriam ser um mito,
histórias de faz de conta e falar sobre lobisomens. Ele deveria virar
peludo? Estremeceu ao pensar sobre isso. Isso tudo era surreal. Ele não
podia acreditar. Oh, finalmente abriu os olhos para a possibilidade do que
o que eles estavam dizendo fosse verdade, mas como poderia ser?
Sua respiração tornou-se difícil e manchas dançaram diante
dele. Podia sentir um ataque de pânico chegando e não podia fazer nada
para impedi-lo. O que ia acontecer com ele agora? Será que perderia a
única família que conheceu? Viver com estranhos que ele não conhecia
nada e que poderia matá-lo num piscar de olhos? Com apenas um piscar
de olhos? Deus, ele não esperava.
Acalme-se, companheiro. Nada vai acontecer com você. Eu vou
me certificar disso.
Ele conhecia aquela voz. Só havia estado ouvindo-a minutos
atrás, mas uma rápida olhada ao redor da sala disse-lhe que não havia
ninguém aqui com ele. Grande, finalmente tinha enlouquecido e agora
estava imaginando vozes em sua cabeça pela terceira vez naquele
dia. Dane-se tudo para o inferno, isso não deveria acontecer com
ele. Tudo o que queria era acordar deste pesadelo que sua vida tinha se
tornado e voltar à forma como vivia, seguro e com a certeza de que tudo
estava bem com o mundo, ou pelo menos o seu mundo.
Você não é louco, companheiro. Você me tem agora.
Foda-se, o que seria necessário para essa coisa toda parar? Ele
queria sair daqui, mas, ao mesmo tempo, não estava tão interessado em
voltar para casa apenas para ser colocado em uma sala de acolchoada
branca. Ele agarrou seus cabelos, puxando-o em um esforço para parar
toda a sua vida a partir de cair em uma espiral fora de controle. A porta
se escancarou e ele girou sobre os calcanhares para ver Kevyan, não o
Rei Kevyan, andando em direção a ele com um propósito. A expressão
de determinação no rosto do outro homem o fez dar um passo para trás,
afastando-se quando Kevyan seguiu em direção a ele até bater na
parede e não ter para onde correr.
Com os olhos arregalados como um cervo travado nos faróis, ele
suprimiu um estremecimento, observando o outro homem persegui-lo
até que eles estavam com um centímetro entre eles.
—Eu não vou tolerar que você se coloque para baixo. Você é
meu companheiro. Reivindiquei você e então se acredita em mim ou
não, você é meu. Você não vai fugir de mim. Não vou permitir isso. Você
me entende?
Dorian levantou a cabeça em desafio. —Não pertenço a
ninguém.
—Você pertence a mim. Em nosso mundo, somos considerados
casados. É para a vida e não há como escapar a menos que você deseje
sentir o efeito físico do distanciamento.
Dorian respirou. —Seu desgraçado. O que você fez comigo?
—Eu salvei a sua vida. — Kevyan praticamente gritou.
—O quê? — Perguntou Dorian, aflito.
Sim, se lembrava de sentir-se doente depois de ter sido
espancado e jogado fora como lixo, mas para que pudesse ter estado em
risco de vida? E se casou? Ele definitivamente não era casado, se
lembraria disso.
Você estava morrendo de envenenamento por prata, então o
reivindiquei na primeira noite. Era a única maneira de salvá-lo.
Dorian estreitou os olhos para Kevyan. Desta vez, estava muito
certo que o outro homem não tinha falado em voz alta, mas sim em sua
cabeça. —Você disse algo, na minha cabeça?
—Você me ouviu. — Kevyan assentiu para si
mesmo. Obviamente não era uma pergunta. —Pensei que você não
tivesse ouvido uma palavra quando falei. Que você possa me ouvir
significa que estamos realmente acasalados. Apenas um casal pode falar
através de telepatia, embora não tenho certeza de como isso funciona
para os shifters.
—Não estou ficando louco? — Perguntou Dorian, querendo ter
certeza.
Kevyan rosnou. —Nunca se refira a si mesmo como tal. Você
está cem por cento saudável e não há absolutamente nada de errado
com você. Você precisa aprender a aceitar o que e quem você é, e
entendo que pode ser demais para despejar em você tão cedo, mas
ainda há muito o que precisa saber.
—Você pode ler meus pensamentos?
Kevyan sacudiu a cabeça. —Ainda não, mas quando o vínculo
fortalecer, devo ser capaz, especialmente se você grita-los em minha
mente. Caso contrário, seria apenas emoções que pegarei. Você vai ser
capaz de fazer o mesmo comigo também.
Dorian acenou com a cabeça, avaliando essa informação. —
Posso falar assim com você?
—Sim. Pense algo e o empurre para mim.
Dorian franziu a testa e fechou os olhos, concentrando-se
duro. Ele parecia tão adorável com os lábios e a testa franzidos, Kevyan
teve que resistir ao impulso de tomar essa boca com a sua e beijá-lo até
que ambos estivessem com falta de ar. Com uma percepção rápida,
Kevyan percebeu que nunca tinha se sentido com ninguém antes.
—Você ouviu isso?
Voltando ao presente, considerou Dorian, depois sacudiu a
cabeça. —Pare de tentar tão duro. Pense nisso como falar comigo, só
que em vez de usar sua boca, use a sua mente.
Dorian acenou com a cabeça, e olhou fundo nos olhos de
Kevyan.
Kevyan.
Bom. Você fez bem.
Um sorriso se formou nos lábios de Dorian.
A risada de Dorian ecoava em sua mente. Deus, é bizarro.
Pessoalmente, eu acho que é muito inventivo. Já teve sexo na
mente?
Os olhos de Dorian se arregalaram.
Sério?
Seria divertido, mas mantenha esse pensamento.
—Você precisa comer e precisamos do médico para examiná-
lo. Eu quero saber por que você nunca soube que era um shifter.
Dorian preocupado, mordeu o lábio inferior. —É estranho?
Kevyan ficou em silêncio por um tempo, procurando alguma
coisa no olhar de Dorian antes de concordar. —Todos os shifters pode
identificar sua espécie há alguns quilômetros de distância, e assim
podem os vampiros. Os shifters fazem a sua primeira mudança na
infância quando filhotes, mas há sempre aquela voz interior “o lobo”,
acho que com eles.
—Como você sabe tudo isso?
—Nós não estivemos sempre em guerra com os lobisomens, e
eu era amigo de um deles. — Dorian notou o desgosto que torceu o
rosto de Kevyan quando mencionou a palavra “amigo”. Obviamente, eles
tiveram um problema de algum tipo.
—Você está em guerra?
—Uma coisa de cada vez. Comida, então médico.
—OK. Eu poderia comer.
—Bom. Vou chamar.
Kevyan saiu pela porta, apontando para a empregada, que
então virou o carrinho para dentro do quarto. O odor aromático
flutuando do carrinho aguçou o apetite de Dorian, seu estômago roncou
como se exigindo a comida imediatamente. No momento em que a
empregada saiu do quarto, Dorian devorou o prato sem pausa,
empurrando tudo em sua boca para apaziguar o estômago de semanas
com pouca comida.
Ele tinha há muito tempo descartado os talheres, comendo com
as mãos nuas e saboreando cada momento disso. Uma vez que tudo
tinha desaparecido do prato, lambeu os dedos, um de cada vez. Então,
pegou um copo de suco fresco, parando a caminho da boca quando um
som sutil o alertou para a presença de Kevyan ainda no quarto. Corando
furiosamente com a forma animalesca que tinha apenas devorado a
refeição, limpou a boca com as costas da mão, endireitou-se no sofá, e
tomou um gole do suco de maneira civilizada, como que para compensar
o seu ataque mais cedo a refeição.
Percebendo o constrangimento de Dorian, Kevyan sorriu para
mostrar que não se ofendeu. Uma parte de seus lábios se contraiu em
diversão e mal conseguia se lembrar da última vez que apenas observou
alguém comer, embora um pouco desordenadamente, trouxe-lhe prazer.
O escritório era bem arejado, mas, olhando atentamente para
as janelas de vidro, Dorian pode dizer que seria preciso muito para
quebra-los. Ele empurrou o vidro com um dedo e parecia mais como um
pano de fundo sintético do que um vidro real. Imaginou que era para fins
de segurança, principalmente, especialmente relembrando a guerra que
Kevyan falou anteriormente.
As portas duplas para o escritório foram fechadas, deixando
apenas Kevyan, Dorian e o médico. O escritório era uma réplica quase
exata do quarto que tinha estado com exceção da cama. Em vez disso,
tinha uma mesa de mogno antigo decorando uma parte da sala com uma
cadeira giratória grande por trás dela. Duas outras cadeiras ocuparam o
espaço na frente da mesa, e há um metro e meio estava um arranjo de
sofás que complementava a sensação masculina da sala. Um decanter
decorava o topo da escrivaninha de mogno, junto com várias peças de
papeis de burocracia, bem como um computador sem fio.
Com o tempo tinha que refletir sobre quem ele realmente era,
queria saber tudo sobre si mesmo. Não podia ficar mais um momento
sem saber tudo sobre si mesmo.
—Então, me explique novamente. Basicamente, sou um lobo. —
Disse Dorian, buscando confirmação.
—Um lobisomem, sim. — Dr. Morris respondeu.
—E você me reivindicou. — Ele se virou para Kevyan
confirmando.
—Acasalei a você, sim, e como disse anteriormente, na maneira
da nossa espécie, é equivalente a um casamento, só no nosso caso, é
para a vida e um casal não consegue ficar separados por muito tempo
sem algum tipo de efeito colateral. Pense nisso como encontrar sua alma
gêmea.
—Alma gêmea. — Dorian disse com um sorriso secreto. Ele
ponderou a ideia mais e mais em sua cabeça, feliz, mas triste ao mesmo
tempo. —Isso significa que eu não posso partir. — Disse Dorian sob sua
respiração. No entanto, com as habilidades auditivas afiadas dos outros
vampiros, eles ouviram tão alto como se Dorian tivesse dito em voz alta.
—Não há nenhuma maneira de quebrar o vínculo entre nós. No
entanto, se há algum lugar que você precisa estar, poderíamos fazer
uma viagem. Apenas ainda não, no entanto.
—Então quando?
—Eu não sei. Enquanto for preciso para alcançar a paz entre as
espécies. Não é seguro agora e não posso abandonar o meu povo.
—Eu gostaria de ouvir mais sobre esta guerra, especialmente se
esta vai ser minha nova casa.
—Não há nenhum “se” sobre isso. — Disse Kevyan em um
rosnado.
Dorian revirou os olhos. —Tanto faz. Você sabe o que eu quis
dizer.
Kevyan assentiu. —Você está levando isso surpreendentemente
bem.
—Bem, já tive a minha sessão de anormalidade. Poderia muito
bem ir com o fluxo. — Dorian disse descaradamente.
Dr. Morris interrompeu suas brincadeiras. —Entendo que você
nunca mudou antes e que nunca soube que era um lobo.
Dorian concordou. —Reconheço agora que não é estranho, mas
não há nada que eu possa fazer sobre isso.
—Você já esteve doente ou sofreu perda de memória curta ou
apagou antes?
—Não. Nada como isso. Estou surpreso o mais estranho é que
sou uma pessoa saudável sempre. Eu nem sequer pego um resfriado.
—Bem. Como sobrenaturais, nós não pegamos ou transmitimos
doenças humanas de modo que faz sentido.
—Nunca? Uau. Isso é um plus no meu livro.
Kevyan zombou. —Tenho certeza que é.
—Bem, sim é. Poderia ter fodido meu caminho através da cidade
sem ter que me preocupar sobre pegar qualquer coisa.
Kevyan rosnou baixo e profundo, e os cabelos no pescoço de
Dorian se levantaram ao som irritado.
—Acalmem-se, cara grande. Não estou dizendo que iria, só que
podia. — Dorian deu de ombros sem se arrepender.
—Dorian. — Kevyan avisou.
—É divertido irritá-lo. Você é tão fácil. — Disse Dorian, rindo.
Kevyan resmungou. Seu companheiro era muito destemido para
seu próprio bem, e no momento em que pôs os olhos sobre o outro
homem, tinha sabido que o homem era um problema com um P
maiúsculo. Mesmo agora, já podia dizer que seu companheiro ia causar
uma série de perturbações no seu coven. Ele só esperava que as coisas
não ficassem muito fora de mão.
—Eu sou muito possessivo. — Disse Kevyan.
—Oh, heloow, isso não é novidade. — Dorian estalou os
dedos. —Eu conheço você, por um dia e já posso dizer isso. Não que
esteja justificando ou qualquer coisa.
Kevyan rosnou e Dorian franziu a testa para ele.

—Eu só te conheço há um dia, e sobre esta besteira de


lobisomens e vampiros... — Dorian estava dizendo.
—Não é besteira. É o que somos e não importa o quanto você
tente negar ou minimizá-lo, você é um também. Você é um lobisomem,
não há dois jeitos para isso. — Disse Kevyan.
—Tudo bem, tudo bem. Calma. Vi o que você é e o que pode
fazer. Não estou negando isso, mas eu, não sei sobre mim. Preciso saber
tudo. Preciso de provas frias, e duras. Eu preciso de algo para me ajudar
a lidar com a aceitação. — Dorian disse agitadamente.
Dr. Morris pigarreou para chamar a atenção dos dois. Um sorriso
surgiu no canto de seus lábios, mas o manteve sob controle. Não seria
bom para o Rei vê-lo divertido. Já, estava começando a gostar do jovem,
parecia que ele era apenas o que seu Rei precisava para se lembrar de
como as coisas tinham sido antes da guerra.
—Doutor. — Dorian incentivou.
—Você já sofreu episódios, de raiva e agressividade, questões
territoriais, e assim por diante? — O médico foi todo profissional, sem
perder uma batida.
Dorian balançou a cabeça. —Não. — Ele franziu a testa,
percebendo mais uma vez a enormidade da sua situação. —Sempre fui
normal. Não há nada de diferente em mim de qualquer outro ser
humano.
—Acho isso muito difícil de acreditar. — Dr. Morris disse
suavemente.
—Você está dizendo que estou mentindo?
—Não. Não pretendia ofender, mas isso é um pouco do lado
incomum. Com seu cheiro somente, todos nós podemos dizer que é um
lobo, mas não apresenta sinais, não tinha ideia de que todos estes
anos... — Dr. Morris olhou para os dois pensativamente, surgindo uma
ideias em sua mente.
Havia apenas outro caso que apareceu quase semelhante a este
caso, mas não poderia ser. Não tinha havido um desses tipos em
séculos, o último havia morrido antes da guerra começar. Na verdade,
esses tipos havia se tornado uma espécie de mito. No entanto, os
sintomas pareciam ser o mesmo que ele lembrava.
—O que isso significa para o meu companheiro? —Perguntou
Kevyan.
—Eu tenho uma teoria, mas eu não posso confirmá-la sem antes
realizar alguns testes.
—E o que estes testes envolvem? — Perguntou Dorian.
—Vou precisar de uma amostra de sangue, DNA, e um pouco de
pele.
Dorian estremeceu com desgosto. —Você quer arrancar minha
pele?
Dr. Morris assentiu com compreensão. —É a única maneira de
saber com certeza e obter respostas precisas.
Dorian pensou sobre isso por um momento antes de assentir
lentamente a cabeça. —Faça isso rápido.
O médico tirou seu equipamento da bolsa ao seu lado. Primeiro,
colocou um par de luvas de látex, em seguida, estendeu a mão para o
braço esquerdo de Dorian para amarrar um torniquete e preparou os
itens necessários para fazer a coleta de sangue. O médico preparou a
agulha, então deslizou-a na veia de Dorian e começou a tirar o
sangue. Quando terminou, pegou a seringa e colocou-a em uma caixa.
Aplicou a atadura de gaze e fixou para baixo, então pegou uma tesoura,
olhou Dorian por permissão e, com um aceno de cabeça, cortou uma
pequena parte do cabelo na cabeça de Dorian.
Colocou a amostra de cabelo em uma pequena garrafa, em
seguida, guardou, também na mesma caixa de plástico
transparente. Retirou um bisturi do saco antes de olhar Dorian. O olhar
de desconforto nos olhos do outro homem não passou despercebido
pelos outros dois ocupantes do quarto ainda que era um mal
necessário. Dorian engoliu alto e estendeu o braço, apertando os olhos
fechados.
Dr. Morris deu ao homem um aceno de cabeça, embora não
pudesse vê-lo, e elogiou-o por sua bravura. Em um movimento
ultrarrápido, Dr. Morris teve uma amostra da pele já depositada entre os
itens restantes na caixa. Pressionou o algodão embebido em álcool sobre
a ferida e levou tudo em Dorian para não gritar de dor com a quantidade
profana de agonia no seu corpo a partir do contato do algodão embebido
em álcool com a pele rasgada. O médico limpou as feridas e enfaixou o
braço, deixando nada ao acaso.
—Tudo feito. Uma vez que o teste for realizado, pessoalmente
virei para que você saiba o resultado.
—E quando vai ser isso? — Perguntou Dorian.
—Amanhã. — Kevyan disse decisivamente. Ele tinha estado
tranquilo o tempo todo, não querendo interromper, e apesar de suas
presas saírem e seus olhos terem ficado vermelho-sangue, quando viu o
outro homem ferir seu companheiro, tinha mantido seu autocontrole
firme, e permaneceu em pé onde estava.
Dr. Morris embalou seu equipamento e a caixa em sua maleta,
levantando-se. —Vou começar a analisar isso, então. — Inclinou a
cabeça respeitosamente antes de sair pela porta.
—Então, acho que vamos esperar. — Disse Dorian, levemente
dedilhado seu braço enfaixado.
—Hoje à noite é de lua cheia.
Dorian parecia confuso sobre a repentina mudança de tema.
—E…
—Quero estar a par de cada pequena coisa que ocorrer com
você.
—Não sou um rato de laboratório. — Dorian exclamou, saltando
para seus pés. A luz do teto piscou e desligou por alguns instantes.
—Hmm. — Kevyan observou seu companheiro com cuidado,
olhando a lâmpada enquanto o fazia. —Isso é discutível.
Dorian se drenou tão rápido quanto entrou em erupção, seus
ombros caíram enquanto seu rosto se contorcia. Sempre tinha escondido
suas inseguranças por trás de comentários espirituosos, sua maneira
ultrajante, mas mesmo ele não conseguia esconder sua angústia ao
ouvir a baixa opinião da única pessoa que era para ser sua alma gêmea
tinha dele. Dorian queria vomitar as tripas para fora. Havia tanta coisa
que tinha que ser grato aparentemente, mas não podia se ajudar, mas
parecia que todo mundo o queria por algo e não por si mesmo. Isto é,
todos, exceto sua família.
Ele era um romântico no coração, e com cada cara que tinha
saído, tentou encontrar o amor, mas seus relacionamentos nunca
duravam muito tempo. O relacionamento mais longo que teve durou um
ano inteiro, mas o fim tinha deixado mais cicatrizes do que um bem
real. Seu então namorado Ben, que também tinha sido seu primeiro
amor, tinha sido um idiota total, embora, na época, estava
completamente perdido, aquecendo-se com o brilho de estar em um
relacionamento sério, ou pelo menos uma relação de compromisso de
sua parte.
Só mais tarde que tinha descoberto que, desde o início, Ben
tinha sido um desprezível engano, que só estava com ele por causa de
seu dinheiro e as coisas que seu dinheiro poderia pagar-lhe. Com o seu
cartão de crédito ilimitado, já tinha sido tarde quando percebeu que ele
era o único a pagar todos os seus encontros, e muito caros, o que Ben
tinha insistido. Como se viu, todos no campus tinham sabido sobre Ben e
seus caminhos sacanas, batendo em qualquer coisa sobre duas pernas,
independentemente do gênero, e quando ele finalmente pegou o
bastardo, o idiota tinha tido a coragem de dizer que só saiu com Dorian
por causa do dinheiro.
Dorian tinha jogado o canalha para fora por sua orelha,
descartando-o como um mal periodo, e se recusou a mostrar qualquer
tipo de fraqueza ou desgosto em frente ao idiota. Tinha guardado o
choro a portas fechadas e derramou suas entranhas para o seu melhor
amigo. O olhar de culpa nos olhos de Sam foi o pior de tudo. Sam sabia
tudo sobre a reputação de Ben, ainda apanhou o cara algumas vezes,
mas nunca disse uma palavra para Dorian sobre ele, o que tinha
regiamente o irritado. Ele cortou os laços com Sam, recusando-se a
ouvir uma palavra ou até mesmo estar no mesmo espaço que o cara que
dizia ser seu melhor amigo e ainda tinha mantido essa informação vital
dele.
O fato de que os dois tinham sido amigos desde que eram
crianças não fez nada para suavizar Sam, e que tinha levado mais de
seis meses para que finalmente liberasse sua mágoa e ouvir o lado de
Sam das coisas. Era verdade que simplesmente dizer que Ben tinha o
estado o traindo não teria o levado a aceitar como verdade, Sam tinha a
intenção de saber quem a próxima conexão ia ser a fim de deixar Dorian
ver por si mesmo. De repente, explicou por que, várias vezes, Sam tinha
o enviado a lugares, só para acabar dando algum tipo de desculpa
quando passou e nada apareceu. Ele tinha estado tentado ignorar Sam
quando novamente pediu-lhe para ir a algum lugar, mas Sam tinha sido
mais insistente, beirando a frenético, até que finalmente concordou, e foi
assim que ele pegou seu ex.
Não tinha sido a melhor maneira de descobrir, mas tinha sido a
mais eficaz e bem sucedida, uma vez que Dorian decidiu enterrar
teimosamente a cabeça na areia ou ligar para o seu melhor amigo. Isso
foi o quão profundo seus sentimentos eram no momento em que correu.
No entanto, em comparação com este momento, Dorian de
repente percebeu que o que ele sentia por Ben havia sido nada, apenas
um pontinho em comparação com o que estava sentindo agora, e só
tinha conhecido esse cara por um dia. Se este era o que significava
encontrar a sua alma gêmea então, ele provavelmente estava melhor
sem a alma gêmea. Não poderia se apaixonar por um cara que o via
como nada além de um experimento.
Ele era a pessoa mais descontraída que não se ressentia que
não demonstrava agressão ou brigava, mas agora, ele sentia que queria
destruir algo, ou quebrar alguma coisa para liberar a dor que estava
sentindo por dentro.
—Dorian, companheiro, eu sinto muito. Só estava tentando
obter uma reação de você.
—Você quer uma reação? Bem, aqui está um para você. Vá se
foder! — Dorian saiu do escritório, batendo a porta atrás dele para uma
boa medida.
Dorian mal notou os dois guardas o seguindo enquanto andava
se afastando. Ele caminhou ao longo do corredor, vislumbrou uma
escadaria curva, em seguida, desceu, pulando dois degraus por vez
enquanto descia. Não tinha nenhum destino em mente, a não ser sair
deste lugar e ir para outro lugar, obviamente, não era uma opção, então
ele continuou sem um rumo em mente, seguiu um caminho até que
ouviu vozes altas alegres. Seguiu o som, virando em torno de um canto,
e parou na entrada de uma grande sala.
A sala, obviamente, uma sala de jantar informal, estava
ocupada quase até a borda com pessoas de todos os tamanhos que
ocupavam os assentos nas várias longas mesas dispostas adjacentes
umas as outras. Toda a mesa estava coberta com todos os tipos de
alimentos, que iam desde carne a frutas para sobremesa, e com o cenho
franzido com a confusão. A alegria cessou imediatamente e todos os
olhos se voltaram para observá-lo, intimidando-o com a sua atenção,
que variou de curiosidade a animosidade.
—Uh, oi.
Dorian quase se deu um tapa na testa. Isso era o que tinha por
não esperar ser apresentado. Eles provavelmente o via como uma
ameaça ou a sua próxima refeição. Jogada inteligente,
Dorian. Interiormente zombou de sua estupidez. Tudo o que podia dizer
era que tinha estado muito chateado para pensar sobre as coisas de
forma racional antes de ir intrometendo-se. Bem, ele teria que usar seu
charme e trazê-los para o seu lado, assim não há tempo como o
presente para começar.
Cautelosamente entrou na sala, certificando-se de manter um
olho em todo mundo lá, bem como na porta. Podia estar tentando essa
coisa de bravura, mas ele não era estúpido, não por qualquer meio. Era
pelo menos grato que, embora eles estivessem todos olhando-o de cima,
eles ainda não tinham se lançado para desmembra-lo.
—Vocês todos provavelmente estão se perguntando quem eu
sou, porque eu estou aqui, e assim por diante. Ouviu falar sobre a
guerra, a propósito. Vocês sabem aquela entre os vampiros e
lobisomens. Boa sorte com isso. — Ele parou na primeira mesa, olhando
o banquete. —Bem, pensava que vampiros só enjeriam sangue. Vocês
sabem, sugando o pescoço de sua vítima e tal. Eu, pessoalmente, não
vejo o apelo para isso, mas tudo bem para vocês. Nunca li nada sobre
vocês comer, no entanto. —Pegou um bife de um dos pratos, mastigou-a
com um gemido de aprovação, enquanto acenava com a cabeça. —
Delicioso.
Toda a sala estava mortalmente tranquila e quando olhou para
cima, dando-lhes a sua atenção. Ficaram todos dessa forma antes de
coletivamente explodirem em gargalhadas.
—Você é corajoso, pequeno lobo. Eu vou te dar isso. — Um Alto,
musculoso e bonito disse quando os risos terminavam.
—Tenho que concordar. É preciso talento para ser capaz de
andar em terreno hostil, em seguida, desferir insulto e elogiar tudo no
mesmo fôlego. —Um magro, loiro concordou com um aceno.
Dorian riu, dando de ombros. —Prefiro pensar nisso como fogo
amigo. — O que fez todos eles caíram na gargalhada novamente. —Você
nunca respondeu à minha pergunta.
—Oh, nós comemos, lobinho. — O alto, musculoso e bonito
respondeu.
—E saem durante o dia, também. — Dorian suspirou. —Eu não
posso acreditar que realmente acreditei nos livros de ficção.
O magro, loiro assentiu. —É ficção por uma razão, você sabe. —
Maliciosamente, acenou com as mãos. —Eu me pergunto o que esses
seres humanos fariam se nós fizéssemos lhes uma visita. — Sua
observação valeu-lhe um tapa na parte de trás da cabeça do alto,
musculoso e bonito, que estava sentado ao lado dele.
—Imagino que eles mijariam nas calças. — Disse Dorian,
balançando a sobrancelha, arrancando risos de todos os caras. —Eu sou
Dorian, aproposito.
—Alistair. — Alto, musculoso e bonito disse.
—Justin. — Magro, loiro adicionou, e assim, todos os outros
começaram a adicionar seus nomes, oprimindo-o com a quantidade de
informação que eles estava recebendo.
Ele balançou a cabeça e sorriu educadamente, sabendo que no
final de tudo, não iria se lembrar de um monte de nomes que disseram
para ele. Independentemente disso, porém, não sentiu nenhuma malícia
em direção a ele. Pelo contrário, se sentiu bem-vindo.
—Tudo bem, isso é o suficiente, pessoal. Se apresente quando
você falar. —Alistair anunciou.
Lançando um olhar apreciativo para o homem maior, balançou a
cabeça e percebeu que as palavras de Alistair foram obedecidas e ele
parecia ser de importante entre os outros.
—Vamos sentar e nos diga como você chegou até aqui. — Disse
Alistair, certificando-se que não havia espaço suficiente para ele ocupar
entre Alistair e Justin. Foi então que se lembrou dos guardas que tinham
vindo seguindo ele.
—Sinto muito, vocês diriam quais seus nomes novamente? —
Dorian dirigiu-se aos guardas, plenamente consciente de que não tinha
oferecido tal informação, muito menos falado com ele antes.
Independentemente disso, eles se apresentaram como Mark e
Tony, ao que ele sorriu, e, em seguida, virou-se para enfrentar o
resto. Foi tão fácil estar entre este grupo que se viu falando com eles
facilmente, e foi assim que acabou dizendo-lhes tudo o que tinha
acontecido com ele, e levando-o a este lugar.
—Foi um pouco inquietante acordar e descobrir que não estava
de volta naquele inferno com aqueles babacas me prendendo, e ainda
mais inquietante, foi perceber que coisas que achava que eram apenas
uma invenção da imaginação de alguém era verdade. Além disso, estou
casado ou acasalado, ou o que quer que seja.
Um silêncio caiu na sala e Dorian de repente percebeu que todo
mundo ainda estava como estátuas, sem ninguém mover um
músculo. —Por que vocês todos estão me olhando desse jeito?
—O Rei está acasalado a você? — Perguntou Alistair.
—Si-sim. — Dorian respondeu devagar e com cautela.
—Na verdade, ele reivindicou você? — Perguntou Justin.
—Bem, eu não me lembro muito desde que eu estava
praticamente morto, mas sim, ele fez. Disse que éramos almas gêmeas
e praticamente me disse que salvou a minha vida, também.
Alistair balançou a cabeça. —O Rei nunca iria acasalar com
qualquer um apenas para salvar uma vida. Ele já tinha desistido de
encontrar o seu verdadeiro companheiro, e com a gente à beira da paz,
nada poderia ter sido mais importante em sua mente. Um par acasalado.
— Disse Alistair com admiração, então ergueu a taça e o restante seguiu
o exemplo. —Para o consorte do Rei, para Dorian.
—Para Dorian. — Todos disseram em coro, rindo e aplaudindo,
derrubando os copos antes de beber.
Dorian, até mesmo participou, não chegou a entender a festa
até Justin explicar. —Os covens não tiveram um par acasalado ao longo
de séculos. Você deu-lhes a todos esperança de encontrar seus próprios
e verdadeiros companheiros e um futuro melhor.
—Obrigado. — Dorian disse, tocado além da medida. —Vocês
todos me fazem me sentir muito bem-vindo.
Alistair lhe deu lhe um tapa nas costas, empurrando-o para
frente com a jovialidade do momento. —Não, nós é quem agradecemos,
pequeno lobo.
A alegria foi novamente voltando, e Dorian se deleitou com a
aceitação.
Christiana Melrose, irmã do Rei, ficou observando toda a cena
de alguns metros da entrada, sorrindo em aprovação na
camaradagem. Parece que todos eles sentiram o lobo o que ele tinha
interiormente. Ele seria um ótimo complemento para o seu coven, e não
só isso, mas um grande impacto na vida de seu Rei. Parecia que o
destino tinha interrompido apenas no momento certo para seu Rei
encontrar um parceiro adequado.
Sentindo uma presença ao lado dela, virou-se para encontrar
Kevyan observando a cena se desenrolar com uma mistura de
emoções. Ele ficou com as mãos atrás das costas, com os olhos somente
para Dorian, que estava rindo de algo que Justin disse.
—Eles parecem aceitá-lo, independentemente do fato de que ele
seja um lobo.
—Hmm. — Kevyan resmungou.
Escondendo um sorriso, Christiana continuou: —Eles não
mostraram a ele nenhum das animosidade que você esperaria. Muito
pelo contrário, eles parecem atraídos pelo seu companheiro. Por que
você acha que é isso?
Mais uma vez, Kevyan grunhiu como uma resposta. —Parece
que há mais no meu companheiro do que se possa ver.
—Parece que sim. Eu diria que ele tem-nos comendo na palma
da sua mão. Ele é apenas o que o médico receitou para você.
—Ele é meu companheiro. — Disse Kevyan com um aceno.
—De fato, e o nosso povo o abraça. — Ela se virou para ele. —
Como você se saiu com o namoro?
Kevyan franziu a testa. —Não temos tempo para um namoro. Há
outras questões que precisam mais da nossa atenção.
Christiana riu. —E essa atitude, querido irmão, com certeza vai
manda-lo para casa do cachorro. Divirta-se. — Ela se virou e entrou na
sala, juntando-se a festa.

Horas depois, Dorian caminhou pelo corredor, entediado fora de


sua mente. Ele não tinha tido nada para ocupar o seu tempo, o que o
tinha frustrado, especialmente uma vez que todos pareciam estar
agitados e ele não queria atrapalhar. Fazendo a sua mente, caminhou
para o escritório em uma missão.
Viu Kevyan dentro, sentado à sua mesa e ocupado
trabalhando. Esperou até Kevyan olhar para ele antes de dizer: —Ei, eu
preciso ligar para minha família. Estou fora por tempo suficiente.
Kevyan apontou para o telefone sobre a mesa. —Vá em frente.
Dorian acenou com a cabeça, pegou o telefone e caminhou para
o outro lado da sala, discando o número de contato da casa de seus
pais. Apertou o botão de chamada e esperou por uma resposta.
—Residência Keller. — A governanta respondeu.
—Oi, Sra Donnelly, é Dorian. Os meus pais estão por perto?
—Oh, graças a Deus é você, jovem mestre. Seus pais, estiveram
fora de suas mentes com preocupação. Quando o Mestre Sam disse que
pensou que tinha sido sequestrado, seus pais chamaram a polícia
imediatamente e estão procurando por você desde então.
—Ah, eu sinto muito por preocupar a todos, mas estou bem. Me
dei conta da maneira que perdi contato e tudo parecia um sequestro,
mas estou bem e gostaria de assegurar aos meus pais.
—Imediatamente, jovem mestre.
Ele deu um suspiro quando a voz de sua mãe veio ao telefone.
—Dorian, por onde na terra você esteve?
—Oi mãe.
—Sem, “Oi, mãe, meu jovem”. Temos estado muito preocupados
com você e de repente descobrimos que não era nada? Por que não
entrou em contato com a gente?
—Estou bem, mãe. Estou bem. Também sinto muito, por
preocupar todos, mas eu só precisava de uma mudança de cenário.
—E não há telefone onde você está, não é?
—Mãe, eu sinto muito, ok? Só precisava de um pouco de espaço
para endireitar minha cabeça, o que fiz agora, e eu sou grande. Percebo
que deveria ter ligado mais cedo, mas precisava de espaço, de tempo
para pensar. Você entende certo.
Por telefone, o suspiro de sua mãe ecoou a ele. —Sim, Dorian,
eu entendo. Você tem estado pra baixo ultimamente, quase deprimido
desde a última vez que te vi, por isso, se isso é algo que é realmente
necessário ...
—Isso foi. É. — Dorian se interrompeu.
—Então, tudo bem. Mais da próxima vez, não se deixe ficar fora
da face da terra.
—Sim mãe. O pai está ai?
—Seu pai está em seu escritório, falando com a polícia. —
A resposta fez Dorian soltar um gemido.
—Nós amamos você, filho, e nós estávamos realmente
preocupados com você. É tão diferente de você fazer algo assim.
—Eu entendo isso, realmente, e isso não vai acontecer de novo,
mas estou feliz agora, mãe. Isso deve contar para alguma coisa. E
Bryce?
—Ele tem visitado todos os seus locais de costume em busca de
pistas de onde você pode estar.
—Realmente fiz asneira desta vez, não foi?
—Estou feliz que você reconheça isso.
—Bem, pelo menos aprendi um monte de coisas nesta viagem.
—Como o quê?
—Eu só... Eu comecei a pensar, sobre os meus pais biológicos...
— O outro lado da linha estava tão quieto que quase pensei que a linha
tinha se desconectado. —Mãe, você está aí?
—Claro, querido. O que sobre seus pais biológicos?
—Não é nada. Esqueça isso. Estava apenas curioso, você
sabe. Eu nunca tive curiosidade antes ou dei muita atenção a eles, mas
então tenho vindo a fazer algumas reflexões e estava tipo, não sei nada
sobre eles, quem eram, onde viviam, por que eles me deram e tal, você
sabe? Mas vocês ainda são meus pais. Eu não estou tentando substituí-
lo. Você são minha família. É só que eu estava curioso ...
—Respire, Dorian. — Disse sua mãe, parando o derramamento
de palavras. —Eu sempre soube que você ia perguntar um dia e não
estamos ofendidos. Acho que é justo você querer saber sobre a sua
origem.
—OK. Então me diga sobre eles.
—Você não gostaria de fazer isso cara a cara?
—Sim, mas eu estou tomando o semestre fora. Preciso de um
tempo sozinho, de modo que não será possível a qualquer momento em
breve.
—Tudo bem então. Conheci sua mãe biológica uma vez. Ela foi
uma espécie, uma alma gentil, mas poderia dizer que ela estava fugindo
de alguma coisa. Nós nos conhecemos no trem e ela estava tão inquieta,
era óbvio que ela pensou que iria ficar sem tempo de quem quer que
seja que estava atrás dela. Começamos a conversar e quando ela
descobriu que seu pai e eu sempre quisemos ter crianças, ela queria
você seguro. Nós oferecemos nossa casa também, mas ela disse que não
queria correr o risco de você ser seguido ou machucado, então ela lhe
deu para nós, e você era o mais bonito pequeno bebê. Eu senti amor
com você ali em meus braços.
—O que aconteceu com ela?
—Eu não sei. Nunca mais a vi. Quando o trem parou e saí, podia
vê-la de coração partido, deixando-o com estranhos, mas eu entendi a
necessidade de uma mãe de se sacrificar por seu filho. Prometi dar-lhe o
melhor cuidado e te amar como uma verdadeira mãe faria, o que lhe deu
uma certa paz. Ocorreu-me que se eu não tivesse permanecido absoluta
na minha decisão de apanhar o trem em vez do carro, nunca te
conheceria, e que não teria estado ok em tudo.
—Estou feliz que você estava no trem naquele dia, mesmo que
eu não poderia imaginar o quão difícil deve sido pra minha mãe biológica
desistir de mim. Eu não poderia ter sido criado por pais mais amorosos e
carinhosos, embora, por isso, obrigado, mãe. — Dorian disse com a voz
áspera.
Uma fungada veio sobre a linha da mãe de Dorian, seguido de
risos em lágrimas. —Nada que me agradecer, filho. Há algo deles. Sua
mãe biológica me deu uma caixa para dar-lhe se você estivesse
curiosidade sobre ela.
—E o meu pai? O que estava na caixa?
—Eu nunca conheci o seu pai biológico, e não, não sei o que a
caixa contém.
—Por quê? Você não estava curiosa?
—Claro que estava, mas também não poderia abri-lo, então
guardei o material no sótão para quando você estivesse pronto.
—Você pode enviá-la para mim? Eu gostaria de ver o que há na
caixa.
—É claro querido.
—Só um minuto, deixe-me obter o endereço. — Colocando a
mão sobre o bocal, se virou para encontrar Kevyan não muito longe
dele. —Minha mãe está me enviando um pacote. Qual endereço posso
dar a ela?
Kevyan recitou um endereço para ele e Dorian retransmitiu para
sua mãe. —Obrigado, mãe. Estarei esperando por isso. Por favor, de o
meu pedido de desculpas a todos para mim.
—Eu vou. Eu te amo filho.
—Eu também te amo, mãe. Vou manter contato.
—Você toma cuidado e deixe-nos saber quando estiver pronto
para voltar para casa.
—Farei isso. Tchau mãe.
Dorian encerrou a ligação, abalado por esta nova revelação. Ele
sempre pensou que seus pais biológicos não o queriam, apenas para
aprender o contrário, e que sua mãe tinha se sacrificado para mantê-lo
seguro foi excelente. Sentia-se como se todos aqueles anos que tinha
estado zangado com ela tinha sido uma paródia da extensão por sua
mãe biológica que tinha partido para protegê-lo. E embora não a
conhecia, ele tinha uma nova força motriz para conhecer algo sobre a
mulher que deu à luz a ele e fez tudo o que podia para protegê-lo,
embora protege-lo do que? Precisava saber.
—Está tudo bem? — Kevyan perguntou ao seu companheiro.
Dorian virou-se para Kevyan, colocando um sorriso falso no
rosto. —Tudo está ótimo.
—Dorian.
—Estou bem. — Dorian andou e colocou o telefone de volta na
mesa. —Minha mãe está me enviando um pacote. Apreciaria se fosse
entregue aqui quando chegar.
—OK. Sobre mais cedo...
—Está bem. Eu já superei isso.
—Não está bem. Me desculpe, ter ofendido seus sentimentos.
A boca de Dorian contraiu com a auto depreciação. —Meus
sentimentos não estão ofendidos.
Kevyan estava prestes a dizer algo, mas a batida na porta o
interrompeu e rosnou para quem estava interrompendo-os entrar. Felix
entrou na sala, seu olhar movendo-se de Dorian e de volta para Kevyan.
—Meu Rei, sobre aquele relatório que você queria. Nós não
encontramos nenhum vestígio de um intruso em nosso território. — Ele
olhou para Dorian, indeciso sobre continuar.
—Explique. — Kevyan acenou com a mão.
—Não havia nada que indicasse que alguém pisou em nosso
território. Quem sequestrou o consorte parece ser como um
fantasma. Eu nunca vi esse tipo de trabalho preciso e minucioso de
limpeza antes, a não ser, é claro, que uma bruxa esteja envolvida, o que
não poderia ser possível. As bruxas valorizam a sua posição neutra
demais para sujar as mãos com questões relacionadas com outras
espécies. Por outro lado, é possível que ninguém sequer violou nosso
território, exceto por seu companheiro. Ele poderia ter feito o seu próprio
caminho aqui e não se lembra.
—Em suma, não há nenhum fato concreto. — Disse Kevyan,
ponderando sobre a nova informação em sua mente.
—Você foi capaz de localizar qualquer coisa minha? A carteira,
telefone?
—Nada disso, receio.
—Continue procurando e mantenha-me informado.
Felix deu uma pequena reverencia e saiu da sala.
—Quem era aquele?
—Felix. Ele comanda as patrulhas na fronteira.
—Lembro-me de andar cambaleando pela floresta e rastejar
quando não podia ver ou ficar de pé por mais tempo antes de finalmente
acordar aqui.
—Hmm. Mesmo com isso, ainda prefiro esgotar todas as
possibilidades.
—Ótimo. Nesse meio tempo, estou entediado. Eu preciso ir às
compras.
—Compras?
—Sim, você tem lojas na área, não é?
—Claro. É uma cidade em pleno funcionamento.
Dorian olhou para ele com expectativa, sem dizer nada.
—Certo, você vai precisar disso. — Kevyan abriu uma gaveta e
tirou um cartão de ouro. Ele puxou o cartão de volta um pouco antes que
Dorian poderia pega-lo, segurando-o longe dele. —E certifique-se de ter
pelo menos dois dos meus guerreiros junto com você. — Kevyan
devolveu o cartão para Dorian, entregando-o quando Dorian acenou com
a aceitação sua condição.
—Obrigado. Lá vou eu. — Dorian acenou por cima do ombro,
saindo do escritório, pela segunda vez naquele dia.

Capitulo Quatro

Dorian olhou para os guardas no momento em que saiu do


escritório. Ele não os tinha notado, mas eles pareciam segui-lo onde
quer que fosse. Dando de ombros, seguiu o seu caminho. Ele precisava
de algo relaxante e normal. Ele suspirou, procurando por Alistair ou
Justin para acompanha-lo. Ele não estava pronto para enfrentar toda a
cidade por conta própria. Sua mente estava em assuntos distantes, ele
não estava prestando atenção e quase trombou com Christiana em sua
pressa. Felizmente, um dos guardas, seja Mark ou Tony, agarrou-o
rapidamente e puxou-o de volta antes de cair de cabeça quando
Christiana também usou seus reflexos rápidos para sair do caminho.
—Está tudo bem? — Christiana perguntou assim que ele
recuperou seu equilíbrio.
—Oi. Sim, claro, tudo bem. Você viu Justin por aí?
—Ele está lá fora. Por que você quer saber?
—Bem, eu estou redecorando, e preciso fazer algumas compras.
— Dorian olhou em volta, mentalmente tomando notas. —Este lugar
precisa de algum ânimo, cores brilhantes, música, etc..., etc... .Eu
preciso, pelo menos, deixar minha marca em volta ou eu nunca vou me
sentir confortável neste lugar.
—E meu irmão está bem com isso?
—Ele vai descobrir assim que estiver tudo feito. Ele me deu seu
cartão, então não pode reclamar. — Disse Dorian, balançando o cartão
na frente de Christiana. —E além disso, eu preciso fazer alguma coisa ou
eu vou sair da minha mente com pensamentos mórbidos que nadam por
toda a minha cabeça.
Christiana riu. —Eu não acho que Kevyan sabe o que o atingiu
ainda.
—Oh, ele vai saber, em breve. Você gostaria de vir junto?
—Certamente. Lidere o caminho.
De braços dados, eles caminharam pela propriedade, saindo
pelo composto dos guerreiros onde o treinamento estava acontecendo.
Eles levaram um minuto para admirar a velocidade e agilidade com que
os guerreiros lutavam entre si.
—Uau. Eles são de tirar o fôlego. — Exclamou Dorian.
—Eles são máquinas de matar.
—Sim, mas olhe para suas habilidades, seus movimentos, a
força enganosa, a beleza mortal em todas as suas ações.
Christiana viu a cena diante dela, tentando vê-lo a partir da
perspectiva de Dorian. —Ah, eu vejo o que você quer dizer.
Eles continuaram a assistir o treino dos guerreiros, alguns
chocando suas armas em conjunto e outros lutando habilmente. —Eu
acho que eles estão ocupados.
—Tolice. Eles estão prestes a terminar o treino do dia.
E fiel à sua palavra, eles terminaram, todos os guerreiros
ficaram em linha reta, apertando a mão de seu parceiro de treino antes
de sair em grupos ou sozinhos. Justin os viu do outro lado do campo e
caminhou em direção a eles.
—Apreciando o show?
—Imensamente. Estou roubando você e Christiana para ir às
compras. Em quanto tempo você consegue ficar pronto?
—Você é bem mandão para um homem tão pequeno.
—Ei, você não é tão mais alto que eu, pequeno homem velho.
—Oh ho, ho. — Christiana riu.
—Oh, não seja uma cadela. Eu estou apenas afirmando fatos.
—Tudo bem, tudo bem, pessoal. Guardem suas garras e vamos
nos divertir. — Christiana disse rompendo o impasse amigável.
—Dê-me cinco minutos. Vou encontrá-los na garagem. — Disse
Justin. Um minuto ele estava em pé ao lado deles, no próximo, ele se
foi.
A cidade estava movimentada com pessoas. Era uma maravilha
que a cidade estava cheia apenas com vampiros. Pelo que Christiana e
Justin tinham explicado a ele, embora não houvesse seres humanos em
sua cidade, eles interagiam com os seres humanos, especialmente
durante as negociações. A rota para fora da cidade, era através da
estrada deserta e da floresta que conduzia ao território humano, estava
na extremidade oposta à que conduzia ao território dos lobos, e que
havia sido bloqueada há séculos devido à guerra. Assim, não havia
serviços diplomáticos ou comerciais entre as duas espécies.
Quando ele perguntou o que impedia os lobos de entrarem em
seu território para ir a rota dos humanos, Christiana explicou que para os
lobos acessarem esse caminho, eles tinham que passar pelo território
vampiro e não era um problema para se preocupar.
O trio passou de loja em loja, comprando vários itens para
decorar a casa principal, garantindo que as entregas seriam feitas no dia
seguinte. A surpresa e olhares cautelosos no rosto da maioria dos
transeuntes, bem como dos proprietários das lojas, passou despercebido
por Dorian, mas não pelos outros dois, que tiveram uma boa ideia do
que estava se passando na mente da maioria das pessoas.
Tinha sido há séculos desde que a família governante se
misturou entre eles desta maneira, apesar de que não fosse tanto assim,
e a presença de um lobisomem entre eles em perfeita saúde foi, sem
dúvida surpreendente. A partir dos olhares sobre aqueles que os
rodeavam, ficou claro que eles voltavam seu olhar devido à presença da
princesa e vários guerreiros em torno do lobo menor.
Atravessando a rua, Dorian avistou uma jovem caindo,
esfolando os joelhos e sujando-se no processo. Sua boneca esfarrapada
enrolada em um pequeno pedaço de lama. A menina começou a chorar,
e instintivamente Dorian correu para a criança com Christiana e Justin
não muito atrás dele. Ele se ajoelhou ao lado da menina,
cuidadosamente pegando a boneca de pano surrada.
—Olá. Que boneca linda você tem. Uma pena que ela sujou-se
enquanto brincava. — Disse Dorian com um pequeno sorriso.
Os olhos da garota se arregalaram e ela parou de chorar,
concentrando sua atenção sobre Dorian. Ela era uma coisinha adorável,
com cabelo escuro em cascata pelo seu rosto e seu polegar preso em
sua boca.
—Ah, bem, uma boa lavagem e ela ficará como nova. Você
gostaria disso?
A menina balançou a cabeça lentamente, observando cada
movimento de Dorian.
—Mas, primeiro, seria preciso encontrar um lugar para lavar,
sim?
A menina balançou a cabeça novamente, seus redondos e
grandes olhos ainda fixos em Dorian, que também assentiu.
No canto mais distante da estrada, Christiana e Justin
permaneciam em pé, assistindo o show inteiro se desenrolar juntamente
com vários outros espectadores.
—O Rei realmente escolheu bem. — Disse Justin.
—De fato. Dorian tem um grande coração.
—E uma maneira com as pessoas. Eles se sentem compelidos a
se aproximar dele. Veja como ele facilmente acalmou a criança. — Justin
acenou para o tema da sua discussão e os vários espectadores.
—Ele parece ter esse efeito nas pessoas.
—É definitivamente difícil manter tal animosidade em face de tal
charme e inocência. Ele iria ganhar o coração de nosso povo,
independentemente da sua raça.
—Ele iria.
Dorian pegou um lenço, dobrou-o e usou-o para limpar a sujeira
do rosto da menina e do sangue seco em seu joelho, onde a pele estava
já perfeita e sem mácula.
—Qual é o seu nome, princesa?
—Meu nome é Maria e eu não sou uma princesa. — Disse a
menina com convicção.
—Ah, isso é uma questão de opinião. Eu acho que uma menina
bonita como você deve ser uma princesa. Elas são muito bonitas e você
se parece com uma.
Os olhos da garota se arregalaram ainda mais antes de ela se
levantar, saltando para cima e para baixo. —Eu pareço uma princesa?
—Com uma princesa muito bonita. — Dorian levantou um dedo.
—Mas não vamos ser capazes de dizer como bonita é até que você tome
um bom banho.
—Sério?
—Sério. Agora, que tal levá-la para casa para se limpar?
—Ok. — Maria ficou de pé, e deslizou seus dedos minúsculos
pelos de Dorian, e sorriu largamente para ele. Ele devolveu o sorriso
antes de se dirigir em direção a seus acompanhantes.
—Ok, Maria, esta é a princesa Christiana e o Guerreiro Justin. —
Disse Dorian, dando aos dois um aceno sutil.
—Olá. — A menina disse, enfiando o polegar na boca.
Christiana agachou-se, estendendo sua mão para a menina que
tremia, embora ela se recusasse a largar a mão de Dorian, Maria
balançou a mão de Christiana com a outra.
—Seus pais devem estar preocupados, perdendo sua filha no
meio da multidão. — Disse Dorian para Justin discretamente. Assim, a
menina não podia ouvir.
—Ela é uma órfã. — Justin respondeu.
—Como você…
—O vestido. Ele foi projetado para isso, se um deles se afastam,
eles podem facilmente ser identificados e devolvidos.
—Pensamento inteligente. É uma pena sobre seus pais, apesar
de tudo. O que ela poderia estar fazendo aqui sozinha?
—Se afaste um pouco. Vou ligar para a senhora para informá-la
sobre a criança.
—Pode dizer-lhe que gostaria de ficar com Maria pelo dia? —
Perguntou Dorian. —Eu garanto que ela retornará amanhã.
Justin olhou para ele interrogativamente, até que compreendeu.
Então ele olhou para Christiana, que assentiu, ainda em seus
calcanhares, antes de pisar de lado para fazer a ligação. Uma vez que os
outros transeuntes viram que a criança estava com eles, continuaram os
seus negócios, considerando a órfã segura o suficiente. Dorian notou seu
entorno, mais uma vez, percebendo que eles estavam em frente de um
café, surgiu uma ideia atraente.
—Eu preciso de uma xícara de café. — Disse ele para ninguém
em particular, dando a Christiana um olhar sutil para alertá-la sobre seus
planos antes de olhar para baixo, para Maria, que estava puxando sua
mão. —Quer algo para comer, também?
Maria concordou, e, juntos, Dorian, Maria e Christiana entraram
no café, sentando-se em uma mesa. Mark e Tony, os outros guerreiros
que os acompanhavam, ficaram à direita na porta, seus olhares alertas.
Através da janela, Dorian assistiu Justin concluir sua ligação antes de
acenar-lhe. Uma garçonete se aproximou de sua mesa, entregando-lhes
o cardápio.
—O que vão querer? — Perguntou a garçonete.
—Sangue Caffeinated para mim. — Disse Christiana.
Justin entrou naquele momento, estabelecendo-se ao lado de
Christiana, que era o único espaço deixado na mesa. —Eu vou ter o
mesmo com um toque adicional de uísque.
—Um com mistura de laranja para Maria. — Christiana decidiu.
—Posso ter rosquinhas, também? — Ela piscou para os adultos.
—Claro que você pode, querida. — Christiana acenou para a
garçonete.
Foi então que ocorreu a Dorian a dieta diferente que essas
pessoas tinham. Fora isso, porém, eles pareciam humanos, mas como
todos sabiam, os olhares poderiam muito bem enganar. —Eu acho que
vou com a mistura de laranja. — Dorian decidiu com um aceno.
Justin e Christiana riram, parecendo compartilhar uma piada
interna.
—O que?
—Eu não acho que você vai querer isso também. — Christiana
disse, diversão brilhando em seus olhos.
O olhar de Dorian se arregalou quando tomou consciência. Ele
engoliu em seco, parecendo perdido.
—Enjoado? — Perguntou Justin.
Dorian balançou a cabeça. —Me pergunto se isso é o que tem
no cardápio inteiro.
—Nós servimos café normal, também. — A garçonete ofereceu.
—Eu vou ter um. Obrigado.
Eles devolveram os cardápios, e a garçonete levou-os antes de
se afastar.
—Hoje a noite é de lua cheia. — Christiana disse de repente com
toda a seriedade.
Dorian suspirou, esfregando uma mão em seu rosto. —Então,
eu já disse. Embora eu não entenda essa obsessão com esta lua cheia.
Não é como se algo tivesse acontecido antes, você sabe.
—Eu tenho certeza que vamos descobrir em breve. No entanto,
você não era acasalado antes, então você não deve descartar isso ainda.
— Disse Christiana.
—Eu entendo. Eu só tenho a sua palavra de que eu sou um lobo,
mas eu não deveria ter tido alguns sinais? É como se eu fosse uma
aberração da natureza, e ainda mais diferente do que os de minha
espécie. — Dorian passou a mão pelos cabelos, puxando as
extremidades antes de colocar o cotovelo na mesa e apoiar o queixo na
mão.
—Você não é uma aberração. Há uma explicação razoável para
você ser do jeito que é, e mesmo se não fosse, não teria importância. —
Disse Justin.
—Uau, muito poético de vocês. — Disse Dorian com um leve
risinho sedutor.
—Você é um aa ... — Justin parou quando notou os olhos de
Maria se alargando. —Coisinha sorrateira.
Dorian começou a rir. —Fui salvo.
A garçonete aproximou-se, trazendo seus pedidos. Ela distribuiu
as bebidas, em seguida, as rosquinhas, antes de mais uma vez sair. Os
olhos de Maria se arregalaram de prazer antes de começar a engolir o
suco com entusiasmo.
—Você não percebeu a maneira como você chama as pessoas
para si mesmo? — Perguntou Christiana, levantando a caneca aos lábios
e tomando um gole do néctar divino.
Dorian estendeu a mão, cuidadosamente baixando o suco fora
da mão da garota ansiosa.
—Beba devagar, querida. — Ele a advertiu suavemente.
—Mas eu estou com fome. — Maria lamentou.
—Eu sei, mas devagar para que você não engasgue, ok? Coma
algumas rosquinhas com isso. — Dorian pegou uma das rosquinhas da
bandeja e entregou-o a menina.
Maria suspirou e assentiu. —Ok. — Disse ela antes de continuar
a fazer conforme as instruções, mordendo a comida lentamente sob o
olhar atento de Dorian.
—Mm. — Dorian disse distraidamente e se virou para responder
a Christiana. Ele notou seu olhar, mas não disse nada sobre isso. —Na
verdade não.
—Sim, você faz. Todos neste café estão curiosos sobre você,
mas eles não têm o ódio dirigido ao seu tipo que teria sido destinado ha
um lobo diferente no meio deles. — Disse Christiana.
Os cantos dos lábios de Dorian viraram para cima. —Eu imagino
que eles estão permanecendo longe para evitar irrita-los.
Christiana dispensou sua resposta. —A reação deles nada tem a
ver com a minha presença. Senti as suas emoções e não há uma pessoa
que está irritada sobre sua presença aqui.
—Você é uma empata. — Disse Dorian, surpreso.
Christiana sorriu. —Algo parecido. É um dom bastante simples.
Tudo o que eu estou dizendo é que há muito mais em você do que se
pode enxergar.
—Eu tenho um fascínio letal. — Disse Dorian com um sorriso
incorrigível, bebericando sua própria bebida.
—Se sua cabeça ficar ainda maior, ela não vai passar através da
porta. — Justin bufou.
Todos eles caíram na gargalhada, a comunicação animada entre
eles, brincando uns com os outros e relaxados, e pela primeira vez para
ambos os vampiros, eles esqueceram sobre as suas preocupações,
vivendo o momento e se divertindo.
O tempo passou rápido enquanto eles se divertiam, e algumas
das pessoas da cidade que tiveram a coragem de vir até a mesa tinham
se juntado a eles, sem se importar com o fato de que havia um
lobisomem entre eles. Pelo contrário, quando souberam que seu Rei
tinha finalmente encontrado o seu verdadeiro companheiro, a celebração
tinha começado de novo.
A notícia espalhou-se rapidamente, na medida em que a mesa
tinha-se tornado cheia, ocupada com desejos de felicidades. Várias
pessoas pararam por perto para desejar a Dorian um acasalamento feliz,
e era como se sua vida anterior passasse diante dele, em um breve
momento, e se sentiu mais em casa e aceito aqui do que jamais teve
antes. Ele finalmente se sentiu confortável em sua própria pele,
deleitando-se com a forma como a cidade o acolheu. Essas pessoas
podem estar em guerra ou na iminência de paz com os outros
lobisomens de sua espécie, mas aqui, ele se sentia mais em paz do que
nunca e ele não poderia enxergar-se saindo por nada no mundo.
Após um tempo, ele começou a sentir como se tivesse
conhecido a maioria deles por toda a sua vida, já que muitos contaram
histórias sobre si mesmo. Tinha sido um dia divertido, especialmente
para Maria, que gostava da atenção dispensada a ela. Embora, quando
ele percebeu a menina cochilando, todos eles decidiram encerrar a noite,
voltando para a propriedade em tempo recorde.
Kevyan se encontrou com eles na escada logo após Dorian
entrar na casa com Maria caída sobre ele, dormindo. Ele podia ver a
questão queimando nos olhos de Kevyan, mas um movimento de cabeça
disse a Kevyan para esperar até que a levasse para a cama. Os guardas
imediatamente deram um passo à frente, liderando o caminho. Eles
levaram-no a um quarto adequado o suficiente para colocar a menina,
abrindo a porta para ele passar.
O quarto era grande com uma cama de dossel queen-size
situado no meio do quarto. Havia um guarda-roupa à esquerda da cama,
uma prateleira vazia ao lado, e à direita estava a porta para o banheiro.
Ele caminhou em direção ao banheiro, acendeu a luz e entrou. Dorian
sacudiu a menina acordada, encolhendo-se que ele tinha que fazê-lo.
A menina relutantemente abriu os olhos, recusando-se a liberar
seu aperto sobre o pescoço de Dorian quando ele tentou colocá-la no
chão. Ele virou-se para olhar para trás, e viu Kevyan lá, e sorriu
gentilmente.
—Você poderia preparar um banho para ela, por favor? Ela
precisa se lavar.
Dorian se sentou na tampa do vaso fechado com Maria no colo.
Ele observou Kevyan encher a banheira com água morna, misturando
sais de banho. A maneira fácil com a qual Kevyan o ajudou trouxe um
sorriso aos lábios de Dorian enquanto ambos trabalhavam em silêncio. O
corpo de Dorian de repente começou a formigar, e não de observar
Kevyan todos caseiro, também.
Era uma reação totalmente estranha ao seu corpo, diferente de
qualquer outra que já tinha sentido antes. Sua língua parecia muito
pesada em sua boca, sua visão começou a vacilar, e pânico correu ao
longo de todo o seu sistema. Não tinha havido nenhuma indicação desse
dilema súbito e suas várias tentativas de chamar a atenção de Kevyan
passaram despercebidas. Todo o seu corpo estremeceu e, com medo de
sobrecarregar a menina inocente com essa sensação estranha que vinha
em cascata para baixo de seu corpo, ele renovou seu esforço para
chamar a atenção para si mesmo.
Quando Kevyan finalmente percebeu o estranho comportamento
de seu companheiro e súbita palidez, ele rapidamente pegou a menina,
gritando para os guardas, que estavam diante deles em um piscar de
olhos.
—Algo está errado com o meu companheiro.
—Meu Rei, o que você quer que façamos? — Um dos guardas
perguntou.
—Eu preciso cuidar da menina. Por agora, leve-o para o nosso
quarto e certifique-se que a porta seja guardada. Eu posso estar errado,
mas meu palpite é que seja a lua cheia. Se apresse.
Os guardas assentiram e apressaram-se a seguir as instruções
de Kevyan, erguendo Dorian entre os dois e eles se foram.

Sozinho no quarto, em que Dorian passou a última noite, sentia-


se como se sua pele fosse pequena demais para ele. Seu corpo coçava e
ele queria sair dele. Era uma sensação peculiar e ele estava ficando com
tesão, de repente, e tinha uma forte sensação de que usaria qualquer
coisa para aliviar esse sentimento. Foi uma pena que não havia ninguém
no quarto para aliviá-lo. Bateu na porta por alguns minutos não obtendo
nenhuma resposta e de repente ele se sentiu muito sufocado.
Ele precisava de liberdade, desejava sentir o vento em seu
rosto. Seus ossos começaram a rachar, e ele gritou com a dor, um grito
profano de liberação. Como um homem possuído, rasgou tudo em seu
caminho, destruindo o quarto. Pedaços de madeira e pano caíram de sua
mão. Um gemido de aflição foi liberado de sua boca e ele começou a
arranhar-se, movendo-se para a parede para esfregar suas costas
vigorosamente contra ela. O alívio, porém, não veio, pois parecia que
quanto mais tentava, pior sua situação se tornava.
Ele rasgou as cortinas em frustração, gritando para ser solto, e
parecia como uma eternidade tinha se passado antes de um engate na
porta alertar sua audição recém-sensível a uma presença diferente de si
mesmo. Sua cabeça se levantou naquela direção instantaneamente e ele
estava com os olhos em Kevyan, que não estava preparado para a
destruição e o olhar enlouquecido nos olhos de Dorian.
Os dedos de Dorian tinham se transformado em garras e elas
foram para rasgar Kevyan, que rapidamente se abaixou para fora do
caminho no momento em que viu a cena diante dele. Como uma dança,
Dorian pulou e Kevyan recuou. Quando Dorian cortou ele, Kevyan atirou-
o para longe como uma boneca, na cama, usando-a para amortecer a
queda. Kevyan voou e pousou em Dorian, prendendo as duas mãos
agarradas acima da cabeça de Dorian em um aperto.
Dorian lutou, tentando retirar Kevyan fora dele, mas não teve
sucesso. Kevyan manteve a pose até Dorian começar a desgastar-se, em
seguida, baixou a cabeça e olhou fundo nos olhos de Dorian, o anel em
torno das íris estava brilhante como ouro.
—Companheiro. — Kevyan vaiou, usando a única palavra que
Dorian iria entender neste estado.
Dorian resistiu teimosamente, renovando sua luta
vigorosamente, enquanto tentava fugir. Ele conseguiu obter uma mão
livre e bateu em Kevyan, que empurrou para trás no último minuto,
causando apenas um pequeno corte em sua bochecha. Kevyan
imediatamente lutou pelo domínio, mostrando suas presas e empurrando
seus quadris para baixo sobre a virilha de Dorian de modo que o outro
homem podia sentir sua ereção. Como o gelo apagando o fogo, Dorian
acalmou instantaneamente, seu olhar ainda enlouquecido até que uma
luz diferente entrou nele e, de repente, Dorian inverteu a sua posição,
saltando sobre Kevyan imediatamente. Suas mãos se moveram em um
turbilhão, tentando entrar em contato com qualquer parte da pele de
Kevyan.
Kevyan, que havia sido tomado de surpresa e esperava mais um
ataque, tentou sair do caminho até que sua mente registrou o que
estava acontecendo. Assim como na primeira noite, parecia ser um déjà
vu, e desta vez, ele não tinha nenhuma objeção, devolvendo tanto
quanto lhe foi dado. Ele tomou o rosto de Dorian em sua mão,
segurando-o. Ele puxou a boca do outro homem, atraindo-o para um
beijo não suave, amoroso ou doce e gentil, mas apaixonado, duro,
exigente e implacável, duelando com os dentes, mordendo, chupando,
lambendo, e moendo seus corpos juntos.
O som de roupas rasgando e sendo jogadas no chão junto com
a respiração pesada que pairava entre eles, mas pareciam alheios a
qualquer coisa, exceto a necessidade imediata de contato pele-a-pele e a
satisfação de suas necessidades primárias. Logo, eles estavam nus e se
esfregando um contra o outro, arqueados em direção ao outro para
conseguir juntos sua liberação.
No momento que Dorian gozou, ele renovou seu vigor. Era como
se estivesse no cio e nunca poderia obter o suficiente ou estar satisfeito.
A mordida no pescoço do dia anterior formigava implacavelmente, e ele
sentiu como se seu corpo estivesse em chamas. Ele precisava e
precisava desesperadamente. Ele lambeu o corpo de Kevyan, lambendo
seus sêmens misturados no estômago de Kevyan e gemeu de prazer. Ele
lambeu seu caminho até que chegou ao pênis de Kevyan e engoliu o
comprimento inteiro em sua boca.
Companheiro, nosso companheiro.
Uma voz interior ronronou em sua mente, e pela primeira vez,
ele não questionou ou sequer se preocupou com isso. Ele só tinha
certeza de que era o correto, e que este belo exemplar abaixo dele era
realmente deles. Rolou a palavra sobre sua língua, tinha um belo som
para ele e Dorian balançou a cabeça em aprovação, sussurrando as
palavras em voz alta. —Companheiro. Meu companheiro.
Dorian sugou o pênis de seu companheiro habilmente,
molhando-o para lubrificação e liberando o comprimento com um pop.
Ele moveu-se na posição, prendendo seus joelhos em ambos os lados
dos quadris de Kevyan e, em um movimento descendente, levou todo o
comprimento até o fundo. Dorian saudou o leve toque de dor, que veio
junto com o prazer de ter seu companheiro dentro dele e um sorriso
feral dividiu seus lábios.
—Ohh. Foda-se! — Kevyan vaiou entre os dentes ao aperto da
bunda de Dorian contra o seu pênis.
A tensão em torno de Kevyan foi impressionante. Sua respiração
saiu em um assobio e ele sentiu como se fosse explodir. O rosto de
Kevyan era uma máscara de tortura de dor e prazer, quando Dorian
montou-o com força, buscando seu próprio prazer. Já Kevyan poderia
dizer que Dorian tinha revertido sua metade animal, tornando-se mais
uma pessoa sedenta de sexo, obcecada apenas em obter satisfação.
Mesmo que no momento, Kevyan era apenas um objeto inanimado na
mente enlouquecida de Dorian, ele não se preocupou, pois estava
cuidando de seu companheiro. Ele faria o que seu companheiro exigisse
dele desde que fosse apenas entre ambos, e ele iria saborear cada
momento.
—Eu preciso ... preciso ... eu preciso. — Dorian respirava,
ofegante e manteve o ritmo, montando Kevyan.
—Eu sou todo seu, companheiro. Tome o que você precisa. —
Disse Kevyan.
—Meu, sim. Você é meu. — Dorian rosnou possessivamente.
—Todo seu, bebê. — Kevyan confirmou, passando a palma da
mão sobre o rosto de Dorian e na parte de trás de sua cabeça. Então ele
puxou o outro homem para baixo em um beijo ardente, reforçando sua
reivindicação.
A outra mão de Kevyan deslizou entre seus corpos e agarrou o
pênis de Dorian. Ele bombeou o membro vigorosamente até que o corpo
movendo-se sobre o seu de repente se acalmou e Dorian gozou em cima
dele. Kevyan estendeu a mão e gentilmente puxou Dorian fora dele, mas
foi imediatamente atacado novamente. Parecia que Dorian ainda não
estava satisfeito e Kevyan não tinha nenhuma objeção a isso,
especialmente porque seu corpo com excesso de trabalho ainda não
tinha encontrado alívio.
—Eu quero chupar seu pênis. Eu quero te provar. — Disse
Kevyan contra o corpo cobrindo-o, levou o movimento calmo como
aprovação antes de virar as suas posições e imediatamente ir para o
pênis de Dorian.
As mãos de Kevyan se arrastaram para baixo a frente do corpo
de Dorian, parando na cintura do outro homem antes de fixar seus
quadris para baixo. Seu aperto não deixou espaço para movimento,
deixando Dorian vulnerável as ministrações de Kevyan. Um tremor
poderoso estremeceu o corpo de Dorian quando a língua de Kevyan
tocou a cabeça do seu pênis.
—Kevyan! — Dorian gritou, incapaz de manter-se quieto.
Satisfeito consigo mesmo pela sua capacidade de romper a
mente do homem sedento de sexo, Kevyan o engoliu totalmente e, em
seguida, passou a língua para cima e para baixo do eixo e em torno da
cabeça antes de engolir novamente o outro homem. Kevyan devorou o
pênis em sua boca como se fosse sua última refeição e Dorian
imediatamente agarrou o cabelo de Kevyan, aumentando seu aperto nos
sedosos fios escuros, com um gemido.
—Oh, foda-me, seu desgraçado. Porra, eu preciso do seu pau
em mim nesse exato minuto. — Dorian resmungou, rosnando
predatoriamente, fazendo Kevyan rir ao ouvir a voz chateada do seu
companheiro.
—Você me quer? — Kevyan provocou.
—Foda, sim! — Dorian rosnou.
—Então tenha-me.
Kevyan virou Dorian sem cerimônia alguma sobre seu estômago
e puxou a bunda do outro homem em direção a ele. Ele beijou seu
caminho a partir da covinha logo acima do traseiro de Dorian, pela
espinha do outro homem, em seguida, a clavícula. Ele puxou as nádegas
de Dorian separadas antes de afundar seu pênis no buraco brilhante de
seu companheiro, ao mesmo tempo, afundou suas presas
profundamente onde o ombro de Dorian se encontrava com seu pescoço.
Um gemido estrangulado de prazer foi liberado do homem menor e ele
arqueou o corpo para trás, silenciosamente implorando por mais.
Foi tão intenso, tão esmagador, os gritos contínuos de Dorian de
palavrões e demandas aliviaram a besta interior de Kevyan. O rico sabor
do seu companheiro revestindo sua boca, dançando em seu sistema
como Viagra e o mais delicioso sabor aguçou seu paladar para mais.
Kevyan perdeu a si mesmo e seu controle quando ele continuou a beber
o sangue de seu companheiro, saboreando-o. Ele estava tão intenso, de
um modo diferente e seu corpo continuou o ritmo punindo com prazer o
homem menor.
—Dorian, Dorian! — Kevyan gritou, cego pela sua paixão.
Deu-lhes o passeio de sua vida. Ele alcançou entre as pernas de
Dorian, espalmou seu pênis, e começou a acariciá-lo. Kevyan acariciou o
membro mais rápido, apertando e puxando as bolas de seu
companheiro. Seu companheiro era bonito no auge da paixão com a
cabeça jogada para trás e seu pescoço exposto, mesmo com as presas
de Kevyan ainda enterradas dentro.
A pulsação rítmica contra sua mão era a única indicação de que
Dorian estava à beira do orgasmo. —Oh meu ... Kevyan, eu vou gozar.
—Goze para mim, bebê.
Kevyan manteve-se acariciando Dorian, seus quadris copiando o
mesmo movimento de cima para baixo enquanto ele empurrara dentro e
fora de seu companheiro. O corpo de Dorian apertou em torno de seu
pênis e o homem mais jovem gozou, disparando sobre a cama um fluxo
interminável de sêmen. O corpo de Kevyan tencionou e suas bolas
lançaram seu sêmen no corpo de Dorian, mordendo mais profundamente
seu pescoço quando prazer oprimiu a ambos.
—Foda-se, bebê, você me destruiu. — Kevyan respirou contra a
pele do Dorian, desmoronando em cima do homem menor.
Depois de um tempo, Kevyan retirou suas presas e lambeu a
marca limpa e saiu do corpo de seu companheiro. Só então, ocorreu-lhe
que ele tinha tomado muito de seu companheiro e um repentino
sentimento de pânico o encheu quando ele virou o homem menor. As
pálpebras de Dorian estavam entreabertas, sua palidez infundindo
gradualmente com cor e Kevyan respirou aliviado. Ele havia perdido todo
o controle, tomando seu companheiro sem um único cuidado, e ele não
conseguia se lembrar da última vez que tal coisa tinha acontecido com
ele.
—Está tudo bem, pequeno cabeça quente? — Perguntou Kevyan,
passando a mão sobre o rosto de Dorian.
Os olhos de Dorian estreitaram, em seguida, os dentes
transformaram-se em presas de lobo. Um brilho revestiu todo o seu
corpo, e Kevyan imediatamente saiu fora do caminho. O brilho se
dissipou, e no lugar de Dorian estava um lobo branco descansando
preguiçosamente na cama, patas sob sua cabeça, olhos diretos em
Kevyan.
Kevyan devolveu o olhar, admirando a raridade e importância da
forma de lobo do seu companheiro. Seu companheiro era um lobo
branco e extremamente belo, mesmo sob esta forma, com suas íris
douradas e físico poderoso. Kevyan estendeu a mão com cautela, sem
desviar seu olhar. Ele levou a mão ao focinho do lobo, deixando o lobo
cheirar e saber por si mesmo que ele não era uma ameaça, depois
delicadamente, com cautela arrastou a mão para cima, na cabeça do
lobo.
—Você é lindo. — Kevyan sussurrou em reverência.
Kevyan aproximou-se do lobo, passando as duas mãos,
maravilhado com a mudança de seu companheiro. De alguma forma,
porém, ele só sabia, que quando a notícia deste lobo chegasse aos
outros de sua espécie, problemas fervilhariam de novo na procura por
este lobo. Os parentes lobos não cederiam, até que tivesse Dorian no
seu território e Kevyan não estava disposto a deixar seu companheiro ir.
Dorian ser um lobo branco tinha um significado tão grandioso, mas que
não o perturbava. Quando isso chegasse até ele, ele iria manter a guerra
para sempre, se ele tivesse que dar Dorian aos outros lobos só porque o
destino quis que ele nascesse um.
Sim, fazer isso tornaria uma outra razão para esta guerra
interespécies reinar por mais um século, acabando com todo seu
trabalho duro em direção à paz. Se fosse preciso, ele iria escolher o seu
companheiro sobre a paz em qualquer dia, independentemente de que
seria uma coisa irracional a fazer. Este não era o mundo que ele queria
para seu companheiro, um mundo cheio de batalha constante e revolta,
mas ele não iria deixar este lobo bonito ir de qualquer maneira. Ele
impiedosamente empurrou o pensamento para longe, pois este não era o
momento nem o lugar para este tipo de pensamento.
Ele acharia uma solução mais tarde, mas por agora, ele iria
admirar e tomar uma ducha com seu companheiro com carinho, e
embora não tivesse sido por muito tempo, ele já encontrou-se se
apaixonando por seu companheiro.
—Um lobo branco. Você é muito bonito, companheiro, e raro.
O lobo levantou a cabeça, inclinando-a para o lado como se
contemplando o que Kevyan tinha acabado de dizer.
—Sim, muito raro, mesmo entre o seu tipo.
O lobo usou a cabeça para deslocar as mãos de Kevyan,
aparentemente insistindo em uma massagem.
—E muito mandão também.
O lobo pareceu bufar, fazendo Kevyan rir. O lobo sentou-se,
impulsionando antes de saltar em cima dele. Kevyan soltou um grunhido
com o peso, jogando o lobo fora dele e saltando para fora da cama, ao
mesmo tempo.
—Eu não vou dormir com você até que mude de novo.
O lobo choramingou e se esticou, pronto para atacar, e quando
o fez, Kevyan mudou-se para a outra extremidade da cama com a
velocidade de um raio. Eles se mantiveram assim durante algum tempo
com Kevyan jogando a cabeça para trás e rindo sempre que ele se
esquivava, até que o lobo finalmente cedeu e um brilho revestiu seu
redor antes de Dorian ficar em seu lugar.
—Como você está se sentindo? Dói? — Perguntou Kevyan.
—Eu estou com tesão. — Dorian gemeu e se aproximou de
Kevyan. Ele passou os braços em volta do pescoço de Kevyan,
esfregando-se contra o outro homem. —Eu preciso de você.
—Mas…
—Agora! — Dorian rosnou, exigindo atenção.
Kevyan olhou nos olhos de seu companheiro e sabia que não
haveria nada de dormir ou descanso esta noite. —Como eu disse,
mandão.
A luz da lua cheia desta noite brilhou no quarto, e mesmo que
Kevyan soubesse que era parte da transformação em seu companheiro,
ele tinha estado lamentavelmente despreparado. Após as demandas e
solicitações de Dorian, eles foderam seus cérebros por várias vezes na
cama, contra a parede, junto à janela, no sofá, no chão do banheiro, em
seguida, novamente no chuveiro, e Dorian estava sempre excitado por
tudo isso.
Uma vez, Kevyan tinha convencido Dorian a esperar no quarto,
para pegar no armário lençóis limpos, mas Dorian tinha vindo atrás dele,
arqueando seu traseiro e exigindo que o fodesse. Kevyan tinha girado ao
redor e preso Dorian contra a parede no armário grande, em seguida,
passou a transar com Dorian, mais uma vez, abandonando a busca por
lençóis limpos.
Eles tinham voltado para o quarto e desaparecido lá novamente
sem pausa durante várias horas, tentando várias posições diferentes até
que a luz da manhã tinha irradiado através do quarto. Foi então que
Dorian finalmente pareceu esgotar-se, caindo em um reparador sono
sem sonhos ao lado de Kevyan. Este ciclo repetiu-se durante os
próximos dois dias e eles não fizeram nada além, de pegar a comida que
colocavam fora da porta do quarto e foder repetidamente.
Eles batizaram cada centímetro do quarto, os restos de madeira
quebrada, móveis e roupas espalhadas por todo o quarto. Dorian estava
alheio a tudo. Sua única preocupação era em ter relações sexuais com o
seu companheiro, em primeiro lugar, em seguida, consumir toda a
comida que Kevyan conseguia lhe enfiar goela abaixo. Mesmo assim, ele
teve que ser persuadido com sexo antes que ele consentisse em comer a
comida que Kevyan lhe dava, especialmente quando ele mudou de volta
de sua forma de lobo, morrendo de fome.
Seu tesão perpétuo não diminuiu durante esses dois dias e três
noites, pois foderam durante todo o dia e até tarde da noite, em
diferentes posições, satisfazendo seus desejos. Ele se divertiu com
Dorian, tanto em forma humana quanto de lobo. Eles aprenderam cada
centímetro do corpo um do outro, deleitavam-se com isso, deixando de
fora todo o mundo e não permitindo que nada entrasse no quarto para
qualquer finalidade até que o lobo de Dorian estivesse satisfeito com seu
acasalamento e a luxúria tivesse diminuído, tornando-se um zumbido
baixo, em vez de consumi-los.
Capítulo Cinco

Dorian acordou na manhã seguinte, depois de passar dois dias


inteiros em um transe nebuloso, movido pela luxúria, seu corpo
agradavelmente dolorido e sua bunda em chamas. Esfregou as mãos
contra os lençóis, e se estendeu languidamente com o sol brilhando
contra seu rosto. Movendo a mão para cobrir os olhos, ele desejou que
as cortinas estivessem fechadas para bloquear a luz. Kevyan voltou para
o quarto a tempo de assistir em choque, a cortina rasgada no chão
levantar-se para cobrir a janela, fixando-se no lugar sozinha.
Kevyan olhou para a cama onde seu companheiro retirava a
mão de seus olhos, suspirando de alívio. —Assim é melhor.
Kevyan colocou a pequena bandeja cheia de comida na cama,
olhando Dorian com curiosidade. —Você acabou de fazer isso?
—Fazer o quê? — Dorian olhou para ele com os olhos
semicerrados.
—As cortinas. Estavam rasgadas no chão ontem, e agora, de
repente, fixaram-se sozinhas no lugar.
Dorian olhou para as cortinas em seguida, deu a Kevyan um
bufo. —Isso é impossível. — Ele olhou para a bandeja com apreciação. —
Café da manhã na cama, você vai estragar-me.
—Mas a ... — Kevyan começou, silenciado pelo dedo de Dorian
contra seus lábios e um beijo na bochecha.
—Esqueça aquilo. Eu sei uma boa maneira de começar esta
manhã.
Kevyan notou o olhar nos olhos de Dorian, arregalou os olhos e
levantou-se rapidamente. —De maneira nenhuma. Meu pau está prestes
a cair por excesso de uso. Não há nenhuma maneira que nós estamos
fazendo algo por pelo menos um dia inteiro.
—Um dia? — Dorian parecia chocado.
Kevyan balançou a cabeça, perdendo completamente a
expressão. —Um dia. Como você está se sentindo?
Dorian suspirou. —Eu me sinto ótimo, mas um dia?
—Sério, Dorian, eu não sei como você pode pensar em sexo
depois de três dias sem parar.
Dorian deu um sorriso de lobo. —Eu sou talentoso.
Kevyan riu, movendo-se para sentar-se ao lado do seu
companheiro e segurando um pedaço de pão para que ele mordesse. —
Você é um pouco cabeça quente, isso que você é.
Dorian sorriu antes de morder a comida, lambendo a mão do
seu companheiro no processo. Eles conversaram, riram e alimentaram
um ao outro, e Dorian se sentiu como se estivesse no céu. Ele se sentiu
amado e cuidado. Lembrou-se de tudo o que aconteceu nos últimos dois
dias e três noites, e combinado com o jeito carinhoso que Kevyan estava
tratando-o esta manhã, o fazia se sentir como se estivesse flutuando no
ar. Ele tinha temido estar assustado com o fato de mudar para um lobo,
mas, surpreendentemente, ele estava bem com isso, especialmente
sabendo que Kevyan o achou bonito, mesmo nessa forma.
Uma vez que comeram, Kevyan colocou a bandeja na mesa de
cabeceira, em seguida, foi para o banheiro para arrumar tudo antes de
voltar para o quarto. Ele puxou seu companheiro para ele, beijou-o lenta
e docemente nos lábios, recuando para olhar nos olhos de seu
companheiro.
—Eu poderia me acostumar com isso. — Disse Dorian, com um
sorriso satisfeito.
Kevyan sorriu, acariciando o cabelo loiro esbranquiçado do seu
companheiro, em seus ouvidos sensíveis, em seguida, arrastando a mão
pela maçã do rosto do seu companheiro até o queixo. —Bom. Pronto
para um banho?
—Sim, por favor. — Dorian limpou a boca com o guardanapo,
ansioso para relaxar.
Kevyan pegou seu companheiro em seus braços, e Dorian riu da
sensação de se estabelecer neles.
—Você não tem que me levar. Eu não sou uma garota.
Kevyan olhou para ele, uma expressão ilegível em seu rosto, —
Eu sei. Eu quero. Você vai me negar isso?
Dorian balançou a cabeça, olhando carinhosamente para
Kevyan.
—Bom. — Kevyan disse contra a boca de Dorian, e eles se
beijaram ternamente com Kevyan movendo-os para o banheiro.
Kevyan baixou lentamente seu companheiro ao lado da banheira
e passou a mão através da água cheia de espuma, verificando a
temperatura certa. Ele então tirou as calças de equitação antes entrar na
banheira. Ele colocou Dorian na água com ele, e então se acomodou na
água quente, com Dorian sentado entre suas pernas.
Dorian suspirou baixo e longo, gemendo ao mesmo tempo. —
Deus, isso é tão bom.
Kevyan riu com a expressão de êxtase do seu companheiro. —
Dolorido?
—Extremamente. É uma maravilha que eu possa até sentar na
minha bunda.
—Aqui, levante-se. — Kevyan colocou os braços sob as axilas de
Dorian para levantar o homem menor, sentando-o de modo que Kevyan
tomou a maior parte do peso. —Melhor?
Dorian acenou com a cabeça, virou a cabeça ligeiramente e
beijou a parte inferior do queixo de Kevyan. —Como está Maria?
—Está tudo bem, eu acho. Faz um longo tempo desde que eu
estive com uma criança tão jovem.
—Quanto tempo é muito tempo?
—Séculos.
Água espirrou sobre a borda da banheira quando Dorian virou-
se para seu companheiro. Ele reposicionou-se de modo que suas pernas
estavam em cada lado de Kevyan e sentaram-se frente a frente. —Isto
pode parecer insensível, mas apenas quantos anos você tem?
—Você é uma coisinha muito curiosa e, além disso, é falta de
educação perguntar a um homem sobre sua idade. — Kevyan passou a
mão sobre o ombro de seu companheiro, até o cotovelo, com a voz
rouca.
Dorian gemeu com o toque, seu corpo já respondendo. —Tanto
faz. Basta responder a maldita pergunta. — Ele respondeu, sem fôlego.
Kevyan soltou um longo suspiro, fazendo uma careta para
Dorian. —Novecentos.
—Oh meu Deus, eu estou namorando um homem velho. —
Dorian correu as duas mãos pelos braços musculosos de Kevyan,
entrelaçando seus braços no pescoço de Kevyan. Ele esfregou suas
bochechas juntas. —Sexy. — Ele sussurrou no ouvido de Kevyan pouco
antes de pegar o lóbulo em sua boca e chupar.
—Eu pensei que você estava dolorido. — Disse Kevyan, mais
como uma afirmação do que uma pergunta.
Dorian cantarolou, lambendo o ouvido de Kevyan. —Não fiz
nada.— Ele recuou e deu a Kevyan um beicinho com olhar inocente antes
de voltar para o que estava fazendo.
Kevyan gemeu quando Dorian lambeu um ponto sensível em
seu ouvido, inclinando a cabeça para relaxar de volta contra a borda da
banheira e dando a Dorian mais acesso. Dorian mostrou o seu apreço ao
lamber mais abaixo, arrastando beijos molhados para baixo da orelha de
Kevyan ao seu pescoço, mordiscando a pele lá. —Quanto tempo você
ficou acordado?
Kevyan gemeu. —Mm, oh, um par de horas. Aparentemente,
ficamos muito tempo na cama. Nossa pequena hóspede incomodou toda
a casa, obrigando-os a conversar. — Kevyan soltou uma risada suave
que vibrou contra a boca de Dorian, e ele escolheu esse momento para
dar um beijo de boca aberta na garganta de Kevyan. —Oh, isso é muito
bom. — Kevyan passou a mão pelas costas de Dorian, puxando o
homem menor mais perto. Parecia rejuvenescedor apenas descansar na
água.
—Não é possível obter o suficiente de você. — Disse Dorian
contra a garganta de Kevyan, chupando o pomo de Adão do outro
homem.
—Isso faz cócegas.
Dorian se moveu da garganta de Kevyan, pelo seu peito. Ele
esfregou seu rosto no peito espesso e musculoso de Kevyan, abraçando
o homem mais perto, e suspirou o seu contentamento.
—Estou feliz. — Disse Dorian, com o rosto ainda enterrado no
peito de Kevyan.
—Sim? — A voz de Kevyan estava grossa com uma emoção
desconhecida.
—Sim. Eu poderia ficar assim para sempre. — Nesse ponto o
abafado mas alto som de voz estridente de uma menina flutuava no ar.
—Mas o mundo exterior nos chama.
—Ela é uma pequena coisinha determinada.
—Ela é um anjo. — Dorian enfatizou o “ela” quando ele se
levantou, saindo da banheira e secando os pés no tapete de banho. Ele
foi até o porta toalha e tirou duas, caminhou de volta para Kevyan, que
também tinha saído, e começou a secar seu companheiro.
—Isso é discutível. — Disse Kevyan em um bufo. —Eu estive
fora por menos de algumas horas e ela era como uma erupção com
qualquer um que lhe deu qualquer tipo de atenção.
Dorian franziu a testa. —Isso não soa como a pequena princesa
de ontem. Ela era a epítome da compostura. Uma compostura excessiva
para o meu gosto.
Kevyan zombou baixinho. —Isto é o que você pensa.
—Bem, de qualquer maneira, não pode ser de todo ruim, e você
só tem de suportar ela por um dia. Mais ou menos algumas horas,
agora. Era para eu levá-la de volta um par de dias atrás.
—Isto é, se ela concordar em deixar a todos.
Dorian roubou a toalha de Kevyan de brincadeira. —Ela não é
tão ruim assim.
Kevyan grunhiu sua resposta, seguindo Dorian quando saíram
do banheiro. O quarto estava ainda uma bagunça, com restos de
madeira quebrada e roupas jogadas sobre todos os lugares. Parecia que
um furacão havia passado pelo quarto e Dorian corou ao se lembrar de
como ficou assim.
—Uau. Eu realmente fiz uma confusão com as coisas.
—Não se preocupe com isso. Vão ser limpos mais cedo ou mais
tarde.
Dorian riu, sentindo-se despreocupado e sem peso. Se isso era
sentir-se amado então ele não poderia ter pedido nada melhor. Vestiram-
se rapidamente, compartilhando um momento terno antes de
caminharem para a porta.
Pronto, companheiro? Kevyan perguntou através de seu vínculo.
Sempre que você estiver.
Juntos, eles saíram do quarto, ignorando os guardas do lado de
fora da porta e indo para a sala de jantar informal, onde a maioria dos
ocupantes da propriedade, sem dúvida, seria encontrada neste momento
do dia. No momento em que entraram na sala, todos irromperam em
palmas e aplausos e Dorian sentiu suas bochechas se aquecerem.
—Obrigado a todos. Eu gostaria de apresentar formalmente o
meu companheiro a todos vocês. — Kevyan pegou a mão de Dorian e
levou-a aos seus lábios para um beijo.
Maria correu por trás das pernas de Justin, atirando-se
diretamente para Dorian e agarrando a sua perna, abraçando-o com
toda a força. Dorian se abaixou e puxou-a em seus braços,
despenteando seu cabelo assim que ela estava em seus braços.
—Como tem passado, princesa?
—Muito bem. O guerreiro Justin me alimentou e eu pedi ao
guerreiro Justin e ao guerreiro Alistair, mas ninguém me permitiu te
encontrar. — Disse Maria, estragando seu rosto em uma careta.
Dorian corou, sentindo-se perturbado, mas grato. —Ah, isso é
bom, esguicho. Eu estou aqui agora.
O olhar dela se arregalou quando ela olhou diretamente para
Kevyan. —Quem é Você?
—Rei Kevyan, e você?
—Eu sou Maria e eu pareço como uma princesa. Sr. Dorian disse
assim. — Maria disse descaradamente, balançando a cabeça para
enfatizar suas palavras.
—Na verdade você se parece. — Disse Kevyan, segurando um
sorriso.
Maria sorriu e se contorceu até Dorian colocá-la no chão antes
de sair para o mar de pessoas que ocupavam a sala.

—Como eu imaginei, minha teoria estava correta.


Dorian, Kevyan, e Dr. Morris estavam reunidos no escritório, o
casal esperando ansiosamente o veredicto do médico, enquanto o
médico olhou-os com calma.
—Fale logo, doutor. — Kevyan rosnou, impaciente.
—Já ouvi falar de um caso muito semelhante a este, na minha
juventude. Meu mentor tratou de um caso semelhante de um lobo que
não poderia mudar, mas sabia exatamente quem ele era.
—O que aconteceu com ele?
—Infelizmente, ele morreu.
Dorian engasgou. —É isso o que vai acontecer comigo?
Dr. Morris estendeu uma mão reconfortante. —Seu caso é
ligeiramente diferente, pois apesar do seu lobo permanecer dormente
durante todos esses anos, você não tinha ideia sobre a sua linhagem,
portanto, você não tinha razão de ter estresse ou preocupação sobre o
seu lobo e você teve a sorte de encontrar o seu companheiro a tempo.
Duas coisas que o outro lobo não teve e não pode sobreviver por mais
tempo.
—Isso é um alívio. — Disse Kevyan, envolvendo sua mão ao
redor dos ombros do seu companheiro.
—Há um tipo especial de lobos e sua composição genética é tal
que, uma vez que uma certa idade é atingida, é uma corrida para o lobo
encontrar o seu companheiro ou companheiros. É um tipo raro de lobo
que esta condição ocorre, e com os seus sintomas e os testes que fiz, as
semelhanças são grandes demais para ser coincidência. — Dr. Morris
nivelou-os com um olhar sério. —Não há nenhuma dúvida sobre isso.
Dorian é um Ômega.
Um silêncio abafado caiu sobre a sala, tensão espessa e
palpável na atmosfera. Kevyan puxou Dorian mais perto de seu corpo.
—Um ômega? Tem certeza? — Kevyan disparou contra o
médico, sua voz endurecendo.
—Sem dúvida, meu Rei. Não há nenhum erro.
Dorian virou-se para Kevyan, notando o músculo marcando na
mandíbula de Kevyan e o controle apertado que Kevyan tinha em seus
braços. —O que significa ser um ômega?
—Nada. — Disse Kevyan rapidamente.
Dorian afastou-se de Kevyan. —Não minta para mim. Conte-me
tudo. Eu mereço saber.
—Eu deveria ter sabido que seria algo raro, com o seu lobo
sendo um lobo branco e tudo. — Kevyan disse distraidamente, sua
mente esgotada.
Um suspiro escapou do médico, e Dorian olhou de um para o
outro, esperando por uma resposta.
—Um lobo branco. — Dr. Morris sussurrou reverentemente.
—Alguém, por favor, me explique. — Disse Dorian, tentando
sufocar o pânico.
—Não houve um ômega em séculos, e o último não encontrou
seu companheiro a tempo, morrendo sem a energia da ligação de
acasalamento fornecida para sustentar a sua vida. O ômega mantém a
matilha unida, e como eu disse anteriormente, é uma espécie muito rara
de lobos que apresentam os sintomas, mas em compensação, um ômega
completamente acasalado, uma vez selado o vínculo de acasalamento,
começa a exibir poderes em função das suas capacidades. A última
ômega acasalada foi uma empata muito forte, bem como uma curadora.
Leva tempo para que os poderes se manifestem plenamente, mas uma
vez que eles fazem, devem ser usados para o bem da matilha, e,
geralmente, os ômegas só vêm uma vez por geração. Eu acho que você
compreende a implicação disso.
Os olhos de Dorian se arregalaram quando ele acenou com a
cabeça lentamente.
—Um lobo branco simboliza algo grande. A combinação de
ambos, e isso é raro em si, teria toda a matilha de lobos lutando por
você. Eles nunca irão deixá-lo ir. — Dr. Morris terminou de explicar.
—Mas eu não os conheço. Não tenho nada a ver com eles. —
Dorian respondeu.
—Não é uma escolha. Notícias disso, quer você queira ou não,
vai certamente se espalhar, e uma vez que o faça, é apenas uma
questão de tempo antes que eles venham atrás de você.
Kevyan rosnou para essas palavras, pronto para arrancar a
cabeça do médico, mas com Dorian entrando na linha de fogo no último
minuto, Kevyan deslizou para uma parada abrupta, impedindo-se de ferir
seu companheiro.
—Nos deixe. — Disse Dorian ao médico, sem tirar os olhos de
Kevyan, com os braços esticados para bloquear o movimento de Kevyan.
—Agora!
O médico saiu correndo da sala, olhando para trás uma última
vez antes de fechar a porta. O autocontrole de Kevyan escorregou, cheio
de preocupação, juntamente com as palavras proferidas pelo médico, e
para um Rei que era bem conhecido por sua maneira sensata, mesmo
quando provocado, perder o controle assim não era pouca coisa.
Dorian se aproximou de Kevyan cautelosamente, segurando
seus braços para fora. Lentamente, Dorian correu as mãos para cima e
para baixo dos ombros e os braços do outro homem suavemente.
—Eu entendo que você esteja irritado com toda a situação. —
Dorian alisou o vinco entre as sobrancelhas de Kevyan. —Mas você não
pode mudá-la. É melhor atravessarmos essa ponte quando chegarmos a
ela.
—Eu não vou deixar ninguém levá-lo para longe de mim. Não
quando eu esperei tanto tempo por você.
—Eu também não quero que isso aconteça, mas se estressando
sobre isso não vai nos levar a lugar algum.
—Você parece tão lógico. É perfeitamente irritante. — Kevyan
resmungou.
Dorian jogou a cabeça para trás e soltou uma risada. —Você soa
como uma criança chorona.
Enterrando a cabeça contra o pescoço de Dorian, Kevyan rosnou
contra a pele em advertência simulada. —Leve isso de volta, pequeno
cabeça quente.
—Não. — Dorian disse em um suspiro, inclinando a cabeça para
trás para dar a Kevyan mais acesso. —Quer batizar seu escritório?
—Eu gosto de como sua mente funciona. — Disse Kevyan,
chupando a pele de Dorian. Nesse momento, o alerta do computador
sobre a mesa os interrompeu. Kevyan deu um último beijo no pescoço
de Dorian antes de se afastar. —Eu tenho que responder. É uma
chamada importante. — Explicou Kevyan.
—Não se preocupe. Vá em frente. Eu posso me entreter. —
Dorian disse com um sorriso compreensivo. Ele caminhou em direção à
porta, voltando-se para dar a Kevyan uma piscadela por cima do ombro
antes de sair do escritório.
A grande e alta porta de madeira do único orfanato da cidade foi
aberta por uma mulher vestida de forma conservadora com óculos
empoleirados no nariz, os lábios contraídos numa linha fina e toda sua
conduta rigorosa e dura. Apenas um olhar para o rosto da mulher e
Dorian sentiu seu sorriso vacilando e uma sensação de medo cavando no
fundo de seu estômago.
Maria se escondeu atrás de suas pernas, seus pequenos dedos
apertados em volta dele. Já se podia dizer que ele teria que se forçar a
ficar longe se ele tivesse qualquer intenção de deixá-la aqui, e isso era
se ele pudesse mesmo fazê-lo.
A mulher não inspirava qualquer outra coisa, senão medo e
obediência imediata daqueles ao seu redor, e ele achou peculiar ela
trabalhar com crianças que eram tão impressionáveis. Poderia ser
apenas sua aparência, embora, e, disposto a dar-lhe o benefício da
dúvida, Dorian estendeu a mão.
—Você deve ser a diretora daqui.
A mulher olhou para sua mão como se fosse um objeto
estranho, desgosto e esnobismo cobrindo sua expressão quando ela
olhou de sua mão para o seu rosto, em seguida, de volta.
—E quem é você? — Perguntou a mulher, sua voz altiva, e suas
mãos ao seu lado.
Dorian deixou cair sua mão e olhou a mulher. —Ninguém
importante. Eu só estou aqui para dar uma olhada ao redor do orfanato.
—Nós não permitimos o seu tipo neste lugar. Você deve ir. — A
mulher zombou dele, prestes a fechar a porta em sua cara, mas ele a
deteve com uma mão segurando a porta aberta.
—Desculpe-me, o que você quer dizer com o meu tipo? Eu sou
um convidado aqui.
—Você pode ser um convidado, mas você não é bem-vindo aqui.
Dorian abandonou sua expressão polida e empurrou a porta
aberta, a passos largos. —Bem, muito ruim. Eu não vou embora até que
eu veja o orfanato. Exceto por meu companheiro, não há nada que você
possa fazer sobre isso.
A mulher pegou em seu braço em um aperto de morte,
restringindo o fluxo de sangue em seu corpo. Seu rosto se contraiu de
forma ameaçadora. O movimento tinha sido muito rápido a Dorian para
antecipar, e de repente sua mão parecia que estava prestes a ser
esmagada. —Seu tipo não é nada, mas que lixo. — Ela cuspiu, seu ódio
queimando em seus olhos.
Seu salvador veio na forma de Justin caminhando para o lugar.
—Diretora Adel, se você gosta de sua mão anexada ao seu corpo, eu
sugiro que você as retire neste minuto juntamente com seus maus
modos com o consorte do Rei.
Dorian não teria imaginado que fosse possível, mas a mulher se
encolheu de medo com o tom mais ameaçador na voz de Justin. Era
óbvio que, embora a voz pertencesse a um corpo aparentemente magro
e jovem, o poder na voz do homem rivalizava com o da diretora.
O comportamento da mulher mudou instantaneamente e ela lhe
deu um sorriso falso, que ele facilmente reconheceu desde que ele
aperfeiçoou a arte de fazê-lo ele mesmo. Ele podia ver a ameaça
subjacente nos olhos da mulher, embora ela sorrisse para ele. Toda a sua
presença deu-lhe um arrepio e ele não confiava nela nem um pouco.
Além do mais, o lugar que deveria estar cheio de crianças estava
chocantemente vazio e silencioso.
—Me desculpe. Eu não tinha ideia de quem você era. Somos
cautelosos com estranhos aqui.
—Eu tenho certeza que sim. Onde estão as crianças? — Dorian
perguntou, ignorando sua falsa simpatia, sua voz não deixando espaço
para qualquer coisa, mas uma resposta direta.
—Na sala de aula, é onde todos eles estão neste momento do
dia.
Dorian virou-se para Maria, que ainda estava se escondendo
atrás de suas pernas. Curvou-se, puxou-a em seus braços e voltou para
o portão, sinalizando para seus guarda-costas que esperavam no carro.
Imediatamente, eles foram para seu lado e ele entregou Maria a eles.
Quando a menina se recusou a deixar seu pescoço, ele forçou
um sorriso tranquilizador nos lábios, roçando a mão pelo seu cabelo. —
Vá com Mark por mim, princesa. Voltarei em apenas um minuto.
Maria sacudiu a cabeça vigorosamente, os olhos arregalados. —
Eu quero ficar com você.
—Volto em breve. Eu só preciso cuidar de algumas coisas. —
Disse Dorian, sua voz suave, sem demonstrar um pingo da apreensão e
medo que este lugar lhe dava.
—Mas. — Maria tentou contestar.
Dorian balançou a cabeça e arrancou as mãos da menina de seu
pescoço e entregou-a para Mark. —Mantenha-a longe. — Ele ordenou, e
seguindo seus instintos, acrescentou em um tom tão baixo para não
alertar quaisquer bisbilhoteiros. —Peça reforços. Eu preciso deles dentro
de minutos, se possível. — Ele se virou para Tony. —Eu preciso de sua
ajuda. — Sem esperar para ver se Tony o seguia, ele se virou e
caminhou de volta para o orfanato.
O lugar inteiro enviou desconforto por sua espinha e sua pele se
arrepiou com apreensão, fazendo-o sentir como se houvesse algo
hediondo acontecendo que ninguém tinha notado. E mesmo sem a
sensação que colocava sua consciência em alerta, apenas a presença da
mulher foi suficiente para alertá-lo que alguma coisa abominável estava
ocorrendo aqui.
Ele se aproximou de Justin, falando apenas alto o suficiente
para ambos, Justin e Tony, ouvirem. —Eu preciso que vocês dois me
ajudem a procurar em todo o complexo.
—Por quê? — Perguntou Justin.
—Por favor, confie em mim. Traga todas as crianças aqui para
fora.
Sem outra palavra, os dois se dividiram, tendo diferentes rotas
e movendo-se com um propósito dentro da propriedade. Justin tomou a
porta da frente e Tony contornou a casa, procurando lá fora antes de
entrar pela porta de trás.
—Qual o significado disso? Não vou permitir qualquer
interrupção no meu domínio.
—Você é unicamente diretora aqui com ordens do Rei. Agora,
fique aí. — Disse Dorian, não recuando um centímetro.
Pelo menos, ele esperava que ele estivesse certo sobre isso. Seu
instinto estava queimando com o desejo de andar para a casa e invadir o
lugar e levar as crianças para segurança, mas ele não tinha nenhuma
intenção de deixar a mulher fora de sua vista, em qualquer momento. Se
ele estivesse certo e algo malévolo estava acontecendo aqui, ele
pretendia vê-la levada à justiça de uma forma ou de outra.
—Eu não recebo ordens de você, híbrido. — A diretora Adel
zombou.
Dorian estreitou os olhos para a mulher, o insulto voando sobre
sua cabeça. —Não? Você gostaria de ser acusada de traição?
A boca da diretora abriu e fechou como um peixe se debatendo,
seu rosto pálido ficou cada vez mais pálido e suas mãos estavam
torcendo em conjunto de uma forma agitada. Ela deu um passo para
trás, sem saber o que dizer. Ela olhou para Dorian, medo e ódio nadando
em seus olhos, que ela nem sequer se preocupou em esconder.
—Bom. Eu prefiro não ouvir nem mais uma palavra da sua boca.
— Disse Dorian, sua atenção se mudando para as crianças quando elas
começaram a sair para fora da casa.
Elas pareciam saudáveis o suficiente, mas ele não podia ignorar
a sensação de que as coisas não eram como pareciam com este lugar, e
até que ele chegasse ao fundo do mesmo, ele não queria correr nenhum
risco. Mais e mais crianças saíam da casa. Elas eram tão jovens que o
mais novo era um bebê e o mais velho parecia estar em sua
adolescência.
Isso o afetou ao pensar em todas essas pessoas sem a sua
própria família. As crianças mais jovens e os bebês eram carregadas
pelos mais velhos ou estavam com as mãos ligadas firmemente umas
com as outras. Seis outras mulheres saíram da casa, seguidas por Justin
e Tony. A varanda estava repleta de pessoas em pé ao redor, suas
expressões variando entre amedrontados a alarmados.
—Estão todos aqui? — Perguntou Dorian.
Olhos temerosos encontraram os seus em todos os lugares em
que ele olhava, enquanto observava as crianças. Ele virou-se para
enfrentar a diretora, mas o olhar em seus olhos era como olhar para a
profundidade do inferno. Eles não tinham nenhum remorso ou vida. Eles
estavam completamente em branco, fazendo com que seu lobo quisesse
sair, rangendo os dentes em sua mente. Levou tudo de Dorian para que
não se deslocasse, mas ele não tinha ideia de quanto tempo ele poderia
manter seu lobo quieto. Desde que ele tinha descoberto seu lobo, sua
presença era uma constante, dando-lhe uma sensação calmante e
pacífica. As vozes de seu companheiro e de seu lobo sempre o alertaram
de que ele não estava sozinho e tinha pessoas que o amavam não
importasse o que acontecesse.
Seu coração se partiu por essas crianças, porque algo nele sabia
que essas crianças nunca tinham conhecido alguém que lhes tivesse
mostrado um amor devoto, desde o momento em que entraram nesse
inferno. A sensação ameaçadora teve seu lobo rondando inquieto em sua
mente desde o momento em que pôs os pés aqui.
—Claro que estão todos aqui. Eu exijo saber o seu propósito de
interferir aqui e perturbar nossa programação, agindo com um capricho
apenas pelo seu prazer. —Diretora Adel disse, em pé na frente dele.
Incapaz de segurar seu lobo, seus dentes alongaram, rosnou
para a mulher que desagradava tanto a si quanto a seu lobo. —Saia do
meu caminho, mulher. Vou dizer eu mesmo o quão bem essas crianças
realmente estão.
Só então, reforços chegaram, muito mais rápido do que ele
esperava, mas ainda assim, ele era grato por sua chegada rápida. Ele
assentiu sutilmente para Justin que parecia estar pegando a sua
apreensão deste lugar. Justin caminhou em direção a Alistair,
rapidamente explicando a situação e, imediatamente, todo mundo estava
de guarda. Dorian não confiava nem na diretora quanto nos outros
assistentes, que, em sua opinião, tinham olhares esquivos e uma
aparência inquieta. Sua atitude silenciosa em direção a eles fez sua
desconfiança clara para todos que o olhavam.
Ele voltou sua atenção para a diretora que ainda não tinha se
movido. —Mova-se, agora. — Dorian ordenou em um tom baixo, não
deixando espaço para objeções.
Enquanto olhava as crianças, uma força o impulsionou para
frente levou-o para a criança mais nova, que era apenas um bebê, não
mais do que dois anos. A menina era carregada por uma adolescente
desengonçada que lhe olhou com olhos grandes e suplicantes, parecendo
implorar por alguma coisa.
Suavizando seus olhos e tom, Dorian perguntou: —Qual é seu
nome?
—Sandi. — A adolescente disse, sem encontrar seu olhar.
—Vai ficar tudo bem agora. — Ele estendeu a mão para apertar
o ombro da menina em garantia, mas a menina se encolheu antes de
sua mão fazer contato. Ele entendeu como ela poderia ser cautelosa com
estranhos, mas ele queria ajudar. Ele dobrou sua mão ao lado dele,
esperando até que ela olhasse em seus olhos.
—Meu nome é Dorian Keller, e eu tenho a sensação de que este
lugar não tem sido bom para nenhum de vocês. — Ele expressou isso
como uma declaração, para a menina temerosa, e seus olhos se
arregalaram quando ela olhou para as assistentes, em seguida para a
diretora, antes de olhar brevemente para ele contou-lhe tudo o que
precisava saber. —Está bem. Você não tem nada a temer. Estamos aqui
para ajudar. — Ele deixou seu tom calmante e convincente, satisfeito que
eles pelo menos ouviram falar dele, embora a maioria dos olhos
treinados sobre ele estavam cautelosos, como justamente deveria ser.
Dorian virou-se para a menina nos braços da adolescente, seu
coração quebrando de novo. Olhando de volta para a adolescente, ele
instintivamente colocou a mão sobre ela e foi imediatamente sugado
para uma visão, impotente para fazer qualquer coisa, mas incapaz de
parar de assistir os atendentes se alimentando das crianças. Enquanto
ele observava, ocorreu-lhe que ele estava vendo as memórias desta
criança desde o momento em que ela se tornou uma protegida do
orfanato até esta tarde.
Ele viu o desespero, a desesperança e o medo derramando da
menina em ondas, os maus-tratos constante como eles foram usados
para quaisquer atividades nefastas que a diretora usava com o nome de
punição, que sem surpresa poderia resultar de coisas muito pequenas.
Era uma visão de cortar o coração ver esses pequeninos que, em vez de
se alegrar e deleitar-se com a sua juventude, estavam assustados e fora
de suas mentes.
Quando ele tirou a mão dos braços da garota, ele cambaleou
para trás a partir do choque de voltar ao presente. Braços o ajudaram a
endireitar-se, impedindo-o de cair em uma pilha no chão enquanto ele
lutava para recuperar seu equilíbrio. Olhando para o lado, viu Alistair e
Justin em pé em lados opostos dele, apoiando seu peso, enquanto
olhavam em confusão e preocupação.
—O que aconteceu? — Perguntou Alistair.
Dorian acenou fora a sua preocupação, endireitando-se em toda
sua estatura. —Eu preciso que você prenda todos o que trabalham aqui.
—Não podemos simplesmente prendê-los. Deve haver uma
razão sólida. — Disse Justin.
Dorian cortou as palavras de Justin. —Você não sabe o que eu
acabei de ver, como monstruosas essas pessoas tem tratado as crianças.
É um pesadelo. Vou explicar mais tarde, então agora, por favor, confie
em mim e prenda todos eles e obtenha as crianças fora deste lugar
esquecido por Deus.
Alistair e Justin olharam em seus olhos, penetrante. Parecendo
satisfeitos com o que eles viram, eles concordaram, e Alistair chamou os
guardas, que imediatamente se situaram atentos, correndo para garantir
que os atendentes e a diretora fossem presos. Eles foram levados do
composto, contorcendo-se para se libertar enquanto gritavam palavrões.

Capítulo Seis

Dorian deixou seu lobo sair, mudando imediatamente antes de


decolar em uma corrida, correndo pela estrada deserta em linha reta
para a floresta. A liberdade de se movimentar nessa forma, e sentir o
vento em seu rosto era libertador e assustador tudo ao mesmo tempo.
Ele adorava a sensação do vento batendo em seu rosto, e mesmo que
tecnicamente esta era a terceira vez que se transformava em sua forma
de lobo, ele já estava se acostumando com isso. Graças a sua
perseverança, ele aprendeu a deixar sua consciência aberta a sua volta,
enquanto corria livremente.
Foi depois de ter saído para uma corrida sem um destino
específico em mente, ele finalmente foi capaz de sossegar. A irritação na
pele, tanto do seu lobo como humana recuou uma vez que ele queimou
a energia negativa longe da sua mente e corpo. Finalmente pode relaxar
sem se sentir que sua pele estava rastejando para fora. Chegando a uma
parada, seu lobo soltou um uivo, mostrando seu entusiasmo com a
liberdade e aventura, que esta nova forma lhe proporcionava.
Ele saboreou a sensação da natureza sob suas grandes patas
poderosas, inalou o cheiro de terra, folhas, árvores e do solo debaixo
dele, contente em largar tudo e simplesmente estar naquele momento.
Tinha levado um tempo para se acostumar à mudança ao longo do dois
dias que ele esteve escondido com seu companheiro, mas uma vez que
ele tinha se acostumado ao lobo, ele soube que era natural.
Voltando a passos largos para a propriedade, após um exercício
vigoroso deixou Dorian se sentindo bem mais uma vez. Ele viu seus dois
guarda-costas, Mark e Tony, ansiosamente andando no chão, e pelos
olhares em seus rostos, isso só podia significar que uma coisa
desastrosa tinha acontecido.
Correndo em direção a eles, ele perguntou: —O que está
acontecendo?
Os guardas pararam quando o viram, suas expressões fechadas.
—A diretora escapou.
Dorian deu um suspirou. —Quando? Esqueça isso. Onde está
meu companheiro?
—No escritório, está tendo uma reunião com os outros.
Dorian acenou em agradecimento, e depois decolou sem dar-
lhes tempo para terminar sua declaração. Seu andar estava perto de
uma corrida, subindo os degraus em dois de cada vez, correu para o
escritório.
—Ela é um canhão solto, e isso significa danos ao consorte do
nosso Rei. — Justin exclamou quando Dorian abriu a porta do escritório.
A sala estava ocupada por Alistair, Justin, Christiana, Kevyan, e
Felix. Todos estavam em torno de uma chamada de conferência, que
mostrava várias outras pessoas na tela, discutindo seriamente o mais
recente problema. Todo mundo parou e virou-se para encarar Dorian
quando ele entrou na sala, indo ficar ao lado Kevyan.
—Senhores, meu companheiro, Dorian. — Kevyan o apresentou,
sem se preocupar em retribuir. Ele então retornou a sua atenção de volta
para o assunto em questão.
—O lobo. Você acasalou com um lobo. — Disse Servain com um
sorriso de escárnio.
—E qual é o seu problema com isso? — Dorian levantou uma
sobrancelha em desafio.
Dorian tinha aprendido a usar alguns dos seus poderes e estava
confiante de que ele poderia se defender, embora a maioria dos seus
poderes se manifestasse somente quando, precisava dele com urgência.
—Nós ainda estamos em guerra com a sua raça. Este
acasalamento não vai muito além. — Disse Servain, tentando amortecer
suas palavras.
Kevyan estava prestes a falar, mas Dorian colocou a mão sobre
ele, balançando a cabeça e cruzando os braços sobre o peito. —As
pessoas aqui já me aceitaram, e, além disso, eu acho que com este
acasalamento, a guerra deve finalmente ser resolvida. Casamento entre
duas espécies, paz instantânea.
—A guerra não funciona dessa forma, conserte. — Disse Volex.
Alistair apontou, descordando. —Não, eu concordo com o
consorte. Temos uma guerra com os lobos, e não tenho dúvidas de que
os lobos vão ouvir sobre a presença de um lobo em nosso território em
breve. Eles virão por ele, Dorian é o consorte do nosso Rei. Que melhor
maneira de satisfazer ambos os lados, e realizar a paz do que fazer um
tratado entre ambas as espécies?
Em acordo, todos eles concordaram com a cabeça, todos com
exceção de Kevyan, que parecia solenemente. —Não. — Ele disse em voz
baixa, mas era como se ele tivesse gritado as palavras, todos se
acalmaram e olharam para Kevyan.
—Kevyan ...
—Não. — Kevyan disse novamente, cortando Dorian. —Eu não
vou colocá-lo em risco ou usá-lo como isca, ponto final.
A determinação no tom de voz de Kevyan impediu qualquer um
de contestar a observação tranquila. A tensão era espessa no ar. O
método mais viável de acabar com a guerra, acabou de ser empurrado
para fora da janela e ninguém teve a coragem de sugerir o contrário.
Uma vez que ele viu a aceitação relutante em seus rostos, Kevyan
ordenou que todos eles ficassem armados e preparados para qualquer
coisa, mas não tomar a primeira ação sob quaisquer circunstâncias,
quando confrontado com os lobisomens.
No momento em que Kevyan encerrou a chamada de
conferência, Justin virou para Dorian, uma sobrancelha levantada. —Diga
como você sabia que havia algo suspeito acontecendo no orfanato.
Dorian suspirou. —Eu, hum ... — Ele fechou os olhos por breves
instantes e, sem o seu conhecimento, começou a compartilhar o que ele
tinha experimentado com todos na sala.
Visões do que ele tinha visto acontecer através das memórias
na adolescência passou pela mente de todos, dando-lhes um lugar na
primeira fila para a crueldade e depravações que tiveram lugar no
orfanato, um lugar onde as crianças deveriam se sentir seguras. A
brutalidade da imagem flutuando em torno da mente de todos desenhou
um suspiro de vários deles, uma única lágrima deslizou pelo rosto de
Dorian, mais uma vez, ele foi forçado a suportar e assistir a tudo,
incapaz de desligá-lo.
Não lhe ocorreu quando ele tinha sido questionado que seus
poderes iriam assumir o controle, e chicotear ao redor da sala,
segurando todo mundo no lugar até que a memória terminasse de
passar, e desde que ele não tinha ideia de como parar, não teve escolha
senão ir junto com o passeio. Foi devastador e angustiante, observar os
gritos e o desespero das crianças, mas a única coisa boa era o
conhecimento que eles tinham sidos salvos e que nunca teriam que
experimentar esses tratamentos traumáticos novamente.

Uma figura furtiva entrou no acampamento dos lobos,


deslizando o mais silenciosamente possível, e indo direto para a maior
tenda na clareira há oitenta quilômetros de distância do território de
Kevyan. A fogueira iluminava o campo onde várias pessoas estavam
reunidas, aplaudindo e rindo para romper com a monotonia do
momento. A figura presa à sombra, com seu perfume disfarçado e
enterrado em terra e folhas, despistou os sentidos agudos dos
lobisomens. A figura olhou em volta, garantindo que ninguém tinha
notado a sua presença antes de escorregar para dentro da tenda e ficou
cara-a-cara com o Alfa.
—Apareça. — O alfa rosnou.
A figura puxou para trás o capuz, revelando um rosto
mergulhado em ódio e arrogância.
—Declare o que você quer vampiro, antes de eu cortar sua
garganta aberta. — O alfa zombou impaciente.
—Eu tenho informações que você vai pagar caro para ter... — A
figura disse arrogantemente.
—Não quero informações do seu tipo, verme. — Disse o alfa,
sua mão imediatamente na garganta do vampiro, apertando até que o
rosto da figura ficou vermelho.
Incomodado pelo tratamento áspero, o vampiro levantou uma
sobrancelha. —Nem mesmo sobre um lobo branco?
Imediatamente, a mão foi removida da garganta e o vampiro foi
jogado no chão. —Fale.
—Não antes de me prometer a minha vingança. — A figura
praticamente zombou.
—Eu não faço promessas, a menos que a informação seja
realmente verdadeira.
—Oh, é verdadeira o suficiente. Os vampiros estão na posse de
um lobo branco, um ômega. Eu reconheceria o mau cheiro em qualquer
lugar. — Disse a figura.
O alfa engasgou, como vários outros que estavam na entrada da
tenda, alertados pela presença de um estranho em seu meio.
Deixado sozinho no escritório com Kevyan que estava sentado
atrás da mesa com os olhos fechados, sua linguagem corporal mostrava
sua exaustão, Dorian fechou a porta com o trinco, fechando-os longe do
resto da casa. Ele andou em direção a Kevyan, contornando a mesa.
Então se moveu para trás da cadeira para colocar as mãos sobre os
ombros de Kevyan. Lentamente e metodicamente, ele começou a
massagear o nó tenso nos ombros de Kevyan.
Kevyan soltou um suspiro, pressionando as mãos que
massageava ele. Ele sentiu a tensão gradualmente indo embora sob as
ministrações de Dorian. —Deus! Como é bom.
Dorian riu, se divertindo com a reação do Kevyan. —Sim. Uma
vez eu namorei um cara que gostava de fazer isso. Ele alegava que estar
na extremidade o fazia relaxar. — Dorian riu baixinho. —Quero dizer, é
sempre relaxante e bom estar na extremidade da recepção.
Kevyan ficou tenso e o sentimento de possessividade tomou
conta dele, mas Dorian bateu-lhe no ombro. —Não há nada para sentir
ciúmes, bobo. Estou com você agora.
—E não se esqueça disso. — Kevyan rosnou, fazendo Dorian rir
e dar um beijo em sua testa.
—E além disso, eu só saí com ele por uma semana antes de eu
finalmente o expulsar. — Disse Dorian em um encolher de ombros.
A resposta de Kevin foi um grunhido.
—Você é bonito. — Dorian disse carinhosamente.
Kevyan jogou a cabeça para trás, fazendo uma careta para
Dorian, fazendo com que o outro homem risse, dando um beijo em seus
lábios com beicinho. Seu rosto se suavizou em um sorriso, e uma
expressão terna atravessou o rosto de Kevyan, lançando ao mesmo
tempo olhares prolongados para seu companheiro.
Dorian pigarreou suavemente, sem afastar seu olhar. —Então ...
ninguém sabe que eu sou um ômega.
Kevyan fechou os olhos e virou a cabeça para olhar para frente.
—Não, e eu vou manter assim. É ruim o suficiente, que temos uma
mulher enlouquecida à solta e uma guerra para resolver. Dizer que você
é um ômega só colocaria um alvo a mais em você. —Kevyan prendeu a
respiração. —Eu não vou deixar isso acontecer.
Dorian deu um beijo no topo da cabeça de Kevyan, esfregando o
rosto na textura do cabelo. —Eu amo que você é tão protetor comigo,
mas você tem um monte de pessoas dependendo de você, e das
decisões que você faz. Eu não quero causar problemas ou ser a razão
pela qual várias vidas estão em risco.
Kevyan girou a cadeira para ficar de frente para Dorian,
puxando o homem mais jovem para baixo em seu colo. —Você não vai,
mas isso não significa que eu estou indo só colocar seu pescoço na reta,
também. Isso nunca vai acontecer, então você pode esquecer. Nós
vamos encontrar uma outra maneira, e como você disse, vamos
atravessar essa ponte quando chegarmos a ela.
Dorian olhou para Kevyan, em busca de algo em seus olhos, e,
parecendo satisfeito com o que encontrou, acenou com a cabeça. Dorian
reclinou, descansando a cabeça no peito de Kevyan, distraidamente
acariciando a camisa de Kevyan.
—Me diga. — Disse Dorian.
Kevyan suspirou acima de sua cabeça, passando os dedos pelo
cabelo loiro esbranquiçado de Dorian. —Eu sinto raiva de mim mesmo
por não ver a situação das crianças. Isso bateu muito perto de casa para
o meu gosto.
—Você não é onisciente, bebê, além disso, você tinha outras
coisas para se preocupar.
—Mais foda-se, dói-me saber que eu não consegui protegê-los.
A verdade é que eu coloquei Adel como encarregada do orfanato porque
eu não tinha tempo de visitar. Quer dizer, isso simplesmente foi uma
irresponsabilidade da minha parte. Quem sabe que tipo de trauma as
crianças têm passado, e se você não descobrisse isso ... — Kevyan
sacudiu a cabeça. —Poderia ter ficado muito pior sem mim, ou qualquer
outra pessoa ter sabido.
Dorian se sentou, colocando a mão na bochecha de Kevyan. Ele
esperou até Kevyan olhar para ele antes de falar. —Você não pode
proteger todos de tudo, amor. Você fez o seu melhor. Deixe que isso seja
o suficiente.
—É difícil.
—Eu sei que é, eu estou aqui para ajudá-lo agora. Não importa
o que. — Dorian beijou o canto dos lábios de Kevyan antes de se afastar
e olhar nos olhos de Kevyan. —Eu te amo.
Um sorriso tímido surgiu nos lábios de Kevyan e seu rosto
suavizou, voltando quase de um sonho, saboreando as palavras que
evocaram várias emoções nele. Kevyan traçou os dedos pelo rosto de
Dorian, seguindo o movimento com os olhos. Ele parou quando chegou à
boca de Dorian, traçando um dedo ao redor dos lábios, seus olhos nunca
deixando o movimento da mão.
—Diga isso de novo. — Kevyan disse com a voz rouca.
Os lábios de Dorian se curvaram em um sorriso, deslocou o
dedo de Kevyan com o movimento. —Eu te amo...
Kevyan cortou as palavras, beijando Dorian, lambendo e
puxando as palavras de sua boca e corpo. Ele adorava as palavras dos
lábios de Dorian, absorvê-las profundamente em sua alma, ávida por
tudo o que precisava, tudo que ele queria deste homem que de alguma
forma conseguiu tse arrastar em seu coração e no seu ser, em um tempo
tão curto.
Se beijaram com os olhos bem abertos, olhando intensamente
um para o outro. Dorian arrastou os dedos pelos cabelos escuros na
altura dos ombros de Kevyan, alisando os fios de seda entre os dedos, se
descontraindo no beijo.
—Diga isso de novo. — Kevyan exigiu.
Dorian salpicou beijos por todo o rosto, cantarolando
repetidamente. —Eu te amo, eu te amo, eu te amo.
Se beijaram novamente, mais como uma confirmação do
sentimento inchando entre eles. Kevyan cortou o beijo, a respiração
saindo difícil. Em seguida, como um, os seus lábios se tocaram,
suavemente e sedutoramente. Beijaram-se como nunca antes tinham
feito, sendo lento e suave e ao mesmo tempo, beliscaram e chuparam os
lábios inferiores, até enrolarem seus dedos dos pés.
—Eu amo você, Dorian Keller. Para todo o sempre.
Com um sorriso dividindo seu rosto, Dorian acariciou o pescoço
de Kevyan, seu sorriso se transformando em um beijo de boca aberta no
ombro de Kevyan e ele começou a chupar a pele. —Deus, eu amo seu
gosto, salgado e picante. — Dorian inalou profundamente, exalando
contra o ombro de Kevyan, e o outro homem estremeceu. —Você tem
um cheiro maravilhoso o tempo todo, também.
—Nós não batizamos este lugar ainda. — Kevyan sugeriu.
Dorian se virou totalmente no abraço, balançando as pernas
para ficar de frente para Kevyan, então ele estava montando o outro
homem, suas ereções pressionando juntas com o movimento. Dorian
deu um sorriso maliciosamente mau, balançando as sobrancelhas. Em
seguida, ele se afastou, e depois apertou os quadris para baixo,
empurrando suas ereções juntas através das suas roupas, criando atrito
entre seus corpos.
Kevyan respirou, mordendo o lábio inferior com a sensação para
conter um gemido.
O sorriso de Dorian se alargou. Ele balançou para trás e para
frente no colo de Kevyan, provocando um gemido estrangulado do outro
homem. Dorian mordeu o lábio sedutoramente, lambendo-o lentamente,
suas pálpebras baixaram. Com um brilho nos olhos, Dorian começou
moer seus quadris juntos, cravando os dedos nos ombros de Kevyan.
—Deus, você está me matando aqui. Você tem alguma ideia do
que você faz para mim?
Dorian sorriu. —Eu tenho uma boa ideia. — Então ele balançou
seus quadris, deleitando-se com o gemido estrangulado de Kevyan.
—Oh, você puta doce. — Kevyan rosnou, seus olhos dilatados
com luxúria. —Eu quero estar dentro de você tão mal. Não é possível
obter o suficiente de você. Quero me enterrar profundamente no seu
apertado traseiro. —
O atrito era maravilhoso, dolorosamente excitante, mas
maravilhoso, no entanto. Era uma tortura. Era o paraíso. Ele queria que
eles ficassem nu. Ele queria torturar Kevyan. Era um dilema impossível,
especialmente porque ele queria que fosse lento e sensual, não o sexo
apressado e frenético que tiveram desde que eles se conheceram. Não
que ele estivesse reclamando, já que era a coisa mais quente que ele já
tinha experimentado.
—Foda, foda, foda. — Kevyan vaiou, frustração misturada com
excitação fazendo sua voz ficar rouca.
Ele sentiu como se estivesse morrendo, mas, caramba, era um
caminho a percorrer. Sexo com Dorian era como um frenesi, construindo
lentamente dentro dele, em seguida, entrava em erupção como um
vulcão. Pela primeira vez em séculos, ele se sentiu muito. Levou tudo
nele para não jogar Dorian no chão e lhe dando a foda da sua vida.
Especialmente abrindo mão do controle, mas o olhar malicioso nos olhos
do seu companheiro lhe disse que se ele tentasse assumir o controle, ele
não estaria recebendo o que ele queria. Era uma tortura, foi um pedaço
do paraíso, nada comparado com os sentimentos evocados que ele tinha
por Dorian.
—Oh meu Deus! — Kevyan exclamou, incapaz de ajudar a si
mesmo.
Ele precisava de mais, mas Doriam teimava em abrandar as
coisas, só a aparência de êxtase no rosto do seu companheiro, o segurou
de jogar suas chances ao vento e foder Dorian aqui e agora. Se
continuasse dessa forma lenta ele ia explodir, e não de uma forma
divertida.
Dorian riu maliciosamente. —Gostou disso, humm? Isso será
ainda melhor.
Dorian deslizou para baixo entre as pernas abertas de Kevyan,
puxou o zíper para baixo, e sorriu quando a ereção de Kevyan caiu para
fora da calça com um pop. Dorian passou as mãos nas coxas de Kevyan,
apreciando a sensação dos músculos flexionando sob seu toque. O
comprimento impressionante do pau do seu companheiro fez sua boca
salivar e seu coração acelerar. Lambendo os lábios em apreciação, ele
olhou para cima para ver Kevyan olhando para ele com uma expressão
terna em seu rosto, seus olhos marrons mais profundo do que ele já
tinha visto, e Dorian queria se afogar neles.
—Eu estou indo te chupar, você vai foder todo o meu rosto. Leve
o seu belo pau na minha boca quente, e vou fazer você gozar e gozar.
Kevyan gemeu, as palavras de Dorian fez com que vazasse pré
sêmen da ponta do seu pau, e Dorian começou a brincar com seu pau
duro. —Olhe para você com o seu belo pau vazando sobre si mesmo. —
Dorian passou a mão sobre pênis de Kevyan, bombeando uma vez, duas.
—Vou te sugar até secar.
—Faça, faça agora, Dorian. Tome meu pau em sua boca. Faça-
me gozar. — Kevyan sussurrou, arqueando na mão de Dorian.
Kevyan gemeu quando Dorian se inclinou para frente e levou
seu pau em sua boca quente e molhada, a boca de Dorian deslizou sobre
o pau de Kevyan todo o caminho até o fundo de sua garganta, tudo isso
sem quebrar o contato visual. Ele sentiu suas bolas apertarem para
cima, agarrando a parte de trás da cabeça de Dorian, encorajando-o a
fazer mais do mesmo. Dorian se afastou, envolvendo sua mão ao redor
da base do pênis inchado de Kevyan, e depois levou o comprimento em
sua boca mais uma vez.
Kevyan enterrou os dedos no cabelo de Dorian, e com a outra
mão livre entrelaçou com a sua. Dorian baixou os olhos de Kevyan com
os dedos unidos, um sentimentos borbulhando no fundo do seu
estômago, ele não poderia imaginar deixar o outro homem ir ou viver
sem ele também. Eles não se conheciam por muito tempo, mas o
pensamento de viver sem Kevyan virava seu estômago.
—Eu te amo pra caralho. Isso me assusta e muito. — Disse
Dorian. Ele balançou a cabeça, levando Kevyan tão profundo quanto ele
podia, não deixando nenhuma parte dele sem tocar quando ele começou
a chupar mais duro.
—Oh, foda. — Kevyan assobiou, seus olhos rolando em sua
cabeça, e caiu com um baque no encosto da cadeira, com os olhos
fechados.
Observar a expressão de Kevyan em êxtase, fez Dorian sentir
algo como um aperto em torno do seu coração, deixando-o sem fôlego.
—Não goze ainda. Eu tenho planos para você. — Disse Dorian e soltou o
pau de Kevyan.
Satisfeito que ele tinha deixado Kevyan desesperado, ele ficou
de pé, com os cabelo indo em todas as direções, quando ele começou a
fazer um strip-tease demorado. Lentamente, como se tivesse todo o
tempo do mundo, Dorian liberou o botão superior de sua camisa,
passando a mão sedutoramente para a próxima, removendo esse botão
e repetindo o processo até que, finalmente, a camisa foi aberta. Ele deu
de ombros na camisa para baixo dos braços, levando seu tempo antes de
deixar cair no chão.
Dorian escondeu um sorriso quando viu Kevyan puxar uma
respiração, lambendo os lábios e seguindo com o olhos cada movimento
de Dorian. Sua pele dourada foi exposta para Kevyan.
—Então, me ocorreu que nunca usamos preservativos antes.
Kevyan virou os olhos cheios de luxúria para Dorian, seu
cérebro já em curto circuito. —Hmm.
Dorian deu de ombros e tirou seus jeans apertados. —Acho que
isso significa que é irrelevante. Boa coisa, também, desde que eu quero
sentir cada delicioso centímetro seu dentro de mim.
Dorian tirou uma garrafa de lubrificante do bolso da calça jeans
antes de jogar o jeans no chão. Ele revestiu os dedos com o líquido e
empurrou os dedos na bunda dele, e começou a se preparar. Ele
bombeou seus dedos dentro e fora de si mesmo, ofegando e mordendo o
interior de suas bochechas para não gritar.
—Isso é tão gostoso. Eu quero ver você se esticar para mim.
—Seu bastardo. — Dorian riu sombriamente, fazendo conforme
as instruções. Olhando por cima do ombro, vendo a luxúria brilhando nos
olhos de Kevyan, sedutoramente se curvou, empurrando sua bunda em
direção a Kevyan. Um dedo deslizou na bunda de Dorian e ele bateu na
mão maldosa, balançando um dedo na frente do rosto de Kevyan. —Não
toque.
—Você é um bastardo sádico. — Disse Kevyan com um beicinho,
seus olhos nunca deixaram os dedos de Dorian, que deslizavam para
dentro e fora de si mesmo.
Dorian riu, apreciando a reação de Kevyan. Vários minutos se
passaram enquanto ele se preparou, em seguida, montou Kevyan mais
uma vez, esticando as pernas. Ele se posicionou e deixou-se cair,
gemendo de prazer ao sentir Kevyan dentro dele. Seus lábios inchados
abriram, ofegando de prazer.
Os dedos de Kevyan se moveram para o peito de Dorian,
percorrendo lentamente até seu estômago para se envolver em torno do
pau de Dorian, mantendo o mesmo ritmo do seu balanço. Ele bombeou
Dorian algumas, e ambos montaram o prazer. Dorian se mexeu e mudou
o ângulo de suas estocadas descendentes, saltando para cima de
Kevyan, que estava respirando com dificuldade, e gemendo enquanto
seus quadris subiam para satisfazer os impulsos de Dorian.
—Foda-se, bebê, isso é tão bom, tão apertado. — Disse Kevyan
com um gemido.
—Amo você, Kevyan, te amo, te amo, te amo. — Dorian gritou
sem fôlego, seus quadris não abrandaram.
O som de tapas contra a carne e o cheiro de sexo impregnava o
ar, e eles permaneceram alheio a tudo, exceto o prazer e um ao outro. A
respiração de Kevyan soou alta contra as orelhas de Dorian onde ele
enterrou a cabeça no pescoço escorrendo suor de Dorian, lambendo seu
caminho para cima e no ouvido de Dorian. O pau de Kevyan pulsou
dentro da bunda doce apertada de Dorian, cada movimento descendente
de Dorian enviou o pau de Kevyan diretamente em sua próstata.
—Sim, oh meu Deus, sim! — Dorian gritou quando Kevyan
atingiu sua próstata, uma vez mais, cravando física e emocionalmente
dor e prazer.
Dorian arranhou as costas de Kevyan em seguida, quando ele
não pode mais suportar o prazer cegante, afundou suas presas de lobo
profundamente no ombro de Kevyan, mordendo com força para provar o
sangue, e nenhum dos dois podia controlar o movimento de seus
quadris.
Dorian retirou suas presas do pescoço de Kevyan e jogou a
cabeça para trás, uivando seu orgasmo quando sêmen estourou para
fora do seu pau, pulverizando o estômago e rosto de Kevyan. Dentro de
minutos, Kevyan o seguiu em seu orgasmo, gritando o nome do seu
companheiro. Dorian lambeu o rosto de Kevyan, limpando-o antes de
bater sua boca em um beijo, compartilhando seu gosto com o outro
homem.
Quando seus quadris finalmente se acalmaram, Kevyan puxou
para fora e Dorian engasgou com a sensação, em seguida, caiu em cima
de Kevyan, manchando de sêmen todos os lugares. —Puta merda, bebê.
Isso foi ... foi ...
—Sim. Eu sei. — Kevyan riu, achando a expressão de Dorian
adorável, ele disse isso em voz alta.
Dorian bateu com a mão contra o peito de Kevyan então
beliscou um mamilo duro.
—Ouch.
Dorian apertou a mão contra o mamilo, em seguida, se inclinou
e lambeu o creme úmido, fazendo um pedido de desculpas silencioso. —
Nós fizemos uma bagunça. — Dorian inclinou-se e deu um beijo doce em
Kevyan.
Seus pênis pressionaram um contra o outro, eles ficaram assim,
indiferente de quem poderia chegar a qualquer momento. Claro, que
Dorian tinha trancado a porta anteriormente. Gemendo docemente na
boca de Kevyan, Dorian começou a moer seus paus juntos, balançando
para frente e para trás. Ele teve a súbita necessidade, ilógica para
marcar Kevyan e esfregar seu cheiro em todo o vampiro, e ele fez
exatamente isso, balançando contra o outro homem, enquanto eles
continuaram se beijando.
Ele girou seus quadris, despertado novamente quando ele
começou a procurar atrito. Dorian se sentou no colo de Kevyan, então
espalmou ambos os seus paus esfregando juntos, com os dois olhando.
Lentamente, ele começou a bombear seus paus, empurrando juntos até
que ambos incharam com tesão.
Dorian bombeou, correndo o dedo ao longo da veia saliente de
ambos os seus paus, empurrando mais e mais. Ele usou seus espermas
misturados como lubrificante, revestindo de modo que deslizasse
facilmente, o que levou a ambos gemerem ao mesmo tempo.
Ele bombeou algumas vezes, em seguida, com a outra mão
pegou ambas as suas bolas e começou a acariciar também, um tiro de
prazer atravessou pelo seus sistemas.
—Meu Deus! Dorian! — Kevyan exclamou, puxando a cabeça de
Dorian mais perto e tomando sua boca em um beijo.
Eles gemeram na boca um do outro, absorvendo o som com um
beijo, enquanto Dorian se mantinha bombeando seus paus e brincando
com suas bolas. Como se fossem um, suas bolas apertaram e, de
repente jorros dispararam de seus paus, se misturando juntos e
pulverizando em todos os lugares. Com uma risada, entraram em
colapso mais uma vez, tentando recuperar o fôlego, se abraçaram
firmemente. —Eu gostaria que pudéssemos ficar assim para sempre. Eu
não quero me mover.
Kevyan riu profundamente. —Nós ficaríamos pegajosos.
—Você é tão romântico. — Disse Dorian, sua voz pingando
sarcasmo.
—Eu estou sendo realista. — Kevyan retrucou.
—Tirou toda a diversão, por que você fez isso? — Dorian bufou,
seu corpo mole, aproveitou a mão macia acariciando suas costas.
—Você é adorável quando faz beicinho. — Disse Kevyan com um
sorriso terno, olhando para o rosto virado para cima de Dorian. Ele deu
um beijo na testa de Dorian. —Sexy. — Ele plantou outro beijo no nariz
de Dorian. —Extraordinário. — Ele colocou um beijo na boca estreita de
Dorian. —E todo meu.
Dorian empurrou Kevyan para longe dele, sorrindo. —Você é um
idiota.
—Mas eu sou seu idiota, e você me ama mesmo assim. —
Kevyan brincou.
—Eu amo seu corpo sexy e seu cabelo. — Dorian disse
descaradamente.
—Você só me quer por causa do meu corpo.
—Estou contente que nós nos entendemos.
Kevyan fez uma careta para Dorian e os dois caíram na
gargalhada, se beijando por toda a parte, onde seus lábios pudessem
alcançar. Eles recuaram e olharam um para o outro com admiração, os
olhos de Dorian preenchidos com tanto amor e contentamento.
—Oi. — Dorian disse suavemente, trazendo a mão de Kevyan
aos lábios e beijando a palma da sua mão.
Kevyan o encarou, com o rosto sombrio. Ele espalmou o rosto
de Dorian, certificando-se de que o outro homem estivesse olhando
diretamente para ele e ouvisse cada palavra que ele estava prestes a
dizer. —Estou tão feliz que você entrou na minha vida, Dorian. Você me
deu tanto propósito, um motivo para continuar vivendo, para deixar as
mágoas do passado e raiva. Tudo o que eu sentia antes você era
desanimo, um dia apenas se misturando ao seguinte, não me
importando com nada, nem com meu povo e suas vidas. Mas agora,
você é meu mundo inteiro, Dorian. Você significa tudo para mim. Você
me ensinou a amar e eu não posso imaginar minha vida sem você nela,
nunca.
Uma única lágrima caiu pelo rosto de Dorian, um formigamento
passou pelo seu corpo com as palavras lançadas contra ele. —Você é
tudo para mim, também, Kevyan. Eu nunca pensei que iria encontrar um
amor como esse, nunca soube que isso poderia acontecer para mim,
mas você é a melhor coisa que já me aconteceu. Eu te amo e sempre
amarei.
Kevyan beijou as lágrimas do rosto de Dorian, acariciando seu
cabelo. —Eu quero ser o único a alimentar você. — Dorian deixou
escapar e Kevyan imediatamente recuou considerando suas palavras.
—Estou falando sério. Eu quero ser o único que você precisa. Eu
quero dar-lhe tudo, se você precisar se alimentar venha até mim. —
Disse Dorian, sua voz não deixando espaço para objeção.
Kevyan balançou a cabeça lentamente, surgindo um sorriso no
canto dos lábios. —Ok, mas você deve saber que, como um casal, não
posso me alimentar de ninguém, só do meu companheiro. — Kevyan
jogou a cabeça para trás e soltou uma gargalhada com o olhar no rosto
de Dorian. —Mas eu amo a sua possessividade, companheiro. Muito
bonitinho.
—Eu não sou bonito. — Dorian fez beicinho.
—Sexy, então. — Kevyan disse apaziguando.
—Muito melhor. — Dorian acenou com a cabeça e Kevyan riu,
beijando-o na boca.
—Devemos nos limpar. — Disse Kevyan seu corpo se tornou
pegajoso com o esperma seco.
— Venha para o chuveiro comigo. — Disse Dorian.
—Não gostaria de nada mais. — Disse Kevyan, levantando
Dorian em seus braços, e um segundo depois, ele estava de pé com o
homem menor em seus braços no seu banheiro.
—Uau. Isso leva tempo para se acostumar. — Dorian comentou
cambaleando para trás com o movimento vertiginoso.
—Desculpe. — Kevyan disse, colocando Dorian sobre seus pés e
ligando o chuveiro grande. Ele, então, ajustou para a temperatura certa.
Dentro de minutos, o box se tornou nebuloso, preenchido com
vapor. Virando-se, Kevyan caminhou de volta para Dorian, tirando sua
roupa enquanto andava. Ele levantou Dorian em seus braços e levou-o
para o chuveiro.
—Eu posso andar, você sabe.
—Eu amo te carregar. — Kevyan contrapôs.
Kevyan então passou a lavar cada centímetro de Dorian, se
recusando a deixá-lo fazer qualquer coisa a não ser ficar parado e ficar
bonito. Quando ele disse isso em voz alta, ele recebeu um tapa na parte
inferior da cabeça, resultando em uma brincadeira de ambos virando,
colocando água em suas mãos e espirrando um no outro. Eles
continuaram o jogo até que Kevyan retornar a suas funções, limpando
Dorian mais uma vez. Seu banho se tornou em uma lenta sedução onde
Kevyan acabou transando com Dorian contra a parede. Quando
finalmente saíram do chuveiro, eles fizeram sexo mais uma vez no
quarto antes que ambos sucumbissem a exaustão e dormiram.

****

Na manhã seguinte, Dorian acordou sozinho na cama, que se


estendeu se espreguiçando com um sorriso em seu rosto quando ele
trouxe o travesseiro de Kevyan ao nariz e inalou profundamente.
Levantou-se da cama, ele tinha um bom pressentimento sobre hoje.
Caminhando em direção à janela, ele olhou para baixo, olhando ao redor
da propriedade para observar os guardas fazendo suas rondas.
Se dirigiu para a mesa de centro na frente do sofá, inclinou-se e
pegou o controle remoto, em seguida, apertou e começou a balançar ao
som da música que explodiu a partir do novo sistema de som que ele
tinha instalado. Ele pegou uma maçã no cesto de fruta sobre a mesa,
mordeu, e foi para o banheiro tomar um banho. Dentro de minutos, ele
voltou com uma toalha enrolada na cintura e entrou no closet para
escolher uma roupa para o dia.
Logo, ele estava vestido com uma camisa azul profunda, que
destacou o azul em seus olhos, com jeans apertados que pendiam a
baixo em sua cintura, abraçando sua bunda enquanto dançava a música.
O clima de otimismo de Dorian parecia estar aumentando enquanto saía
do quarto. Todo mundo saia do seu caminho cativados por sua sedutora
atitude alegre. Ele estava em uma missão e no amor. Ele tinha vontade
de gritar para o mundo inteiro, mas apenas se manteve sob controle.
Ele sentiu como se estivesse andando sobre molas, ele nunca se
sentiu assim antes era bastante revelador, especialmente quando ele
olhava para trás em sua vida antes daqui. Verdade seja dita, porém, ele
não conseguia se lembrar de uma vez que ele não estivesse aqui e bem-
amado. O passado tinha lentamente se tornado como uma memória que
aconteceu a alguém, e que ele apenas assistiu de camarote. Ele não
queria se concentrar no passado, mas no presente. Sua vida era aqui e
agora e ele estava contente.
Sentindo uma presença atrás dele, Dorian virou lentamente,
pronto para mudar e se defender, se necessário. A visão que o saudou,
no entanto, o deteve em suas trilhas. O cara era uma réplica quase
exata de si mesmo com o cabelo loiro esbranquiçado, maçãs do rosto
salientes, nariz empinado, e mandíbula forte, a única diferença é que o
cara era definitivamente mais velho, embora não muito, e era mais alto e
musculoso.
Ambos espelharam a mesma postura, cautelosa, embora
chocados. —Quem diabos é você? — Perguntou Dorian, sua voz saindo
chocada e ainda cautelosa.
—Quem diabos é você? — O cara respondeu. O outro homem
levantou a cabeça ligeiramente, farejando o ar e deixou escapar um
suspiro afiado. —Não pode ser. — O cara resmungou.
Dorian deu um passo para trás, incapaz de decidir se ficar para
lutar era a decisão mais inteligente em vez de correr. —Diga-me, quem
porra é você e como você entrou aqui. — Dorian perguntou, lançando
olhares ao redor dele, mais uma vez voltou a olhar para o homem
quando ele tinha certeza de que não havia mais ninguém. Pensando
bem, outros poderiam estar escondidos nas proximidades. Endurecendo
seus ombros, ele estreitou seu olhar para o intruso.
—Meu nome é Gregory Santiago da matilha de Santiago, e você
é meu irmão, ômega.

Capitulo Sete

A mandíbula de Dorian caiu em descrença, choque e surpresa


estampados em seu rosto quando olhou para Gregory de cima a baixo.
Os olhos de Dorian se incharam e arregalaram. —Como você ...
—Seu cheiro, irmão. É muito distinto. — Gregory o interrompeu,
respondendo sua pergunta antes mesmo de Dorian poder terminar.
Kevyan apareceu ao lado de Dorian em um instante, sua
postura ameaçadora, enquanto olhava para baixo em Gregory. Ele
abraçou Dorian protetoramente ao seu lado com um braço em volta da
cintura dele, pronto para atacar o intruso em seu território. Segurou
Dorian como se nunca quisesse deixa-lo ir, falando através de seu
vínculo.
Senti sua angústia e vim imediatamente.
—Declare seu propósito aqui, lobo, e seja rápido. — Kevyan
zombou.
Vários guerreiros já tinham os rodeado, formando um
semicírculo por trás de Gregory, que se virou para examinar seus
oponentes. Percebendo que estava em desvantagem, fechou sua
expressão para não entregar nada de graça.
—Gregory Santiago da matilha Santiago. Você tem o meu irmão
aqui com você.
Kevyan estreitou seu aperto em torno de Dorian, franzindo a
testa. —Irmão?
—Sim. Aconteceu no momento do seu nascimento. Mais como,
foi roubado nós nunca mais o vimos novamente e não encontramos
nenhum vestígio de quem o levou ou para onde foi levado. Vim porque a
notícia de um lobo em seu território chegou até nós. — Explicou Gregory.
—Quem veio com você? — Kevyan perguntou, mais alerta do
que nunca.
—Ninguém. — Gregory respondeu, olhando o vampiro e sua
reação corporal ao seu irmão. —Ainda.
Dorian sentiu um puxão em direção ao outro lobo,
instintivamente sabendo que Gregory estava dizendo a verdade.
Descobriu que era difícil acreditar que tinha uma família, e que tinha
estado procurando por ele toda a sua vida, e sua confusão cresceu
quando se lembrou das palavras de sua mãe adotiva, relativa à mulher
que lhe deu a ela.
—Quem era minha mãe? Minha mãe biológica? — Dorian
perguntou, querendo saber se a mulher que o entregou à sua mãe
adotiva era sua mãe biológica ou outro alguém.
—Anne Santiago, nossa mãe. Ela morreu um par de anos atrás,
durante o parto. Estamos reduzidos a eu, ao Pai e nossa irmã mais nova
Annalise, em homenagem a nossa mãe. — Gregory cruzou os braços
sobre o peito. —Agora, a minha vez. Onde você esteve durante os
últimos vinte e um anos, e como você veio parar aqui?
—Vamos levar isso para dentro. — Dorian sugeriu.
Kevyan apertou seu ombro, puxando-o contra seu peito. —Não
acho que seja uma boa ideia. — Kevyan sussurrou em seus ouvidos.
Dorian passou a mão sobre o peito de Kevyan de uma forma
suave, a compreensão surgiu uma vez que olhou a expressão de Kevyan.
—Está tudo bem. Ele está dizendo a verdade. Posso sentir isso. Nós não
temos nada com que nos preocupar.
—Nós estamos travando uma guerra com os lobos. Não acho
que seja prudente convidar um em nossa casa.
Dorian deu-lhe um olhar incrédulo. —Eu sou um, também,
Kevyan, e, além disso, ele é meu irmão biológico.
—Suas palavras. Você não sabe ao certo. Poderia ser um ardil
ou uma armadilha.
—Não é. Não sei como, mas posso sentir a conexão entre nós.
Ele está dizendo a verdade e eu também tenho tantas perguntas. Preciso
de respostas. — Dorian olhou para Gregory, que estava olhando os seus
arredores pelo canto de seus olhos, enquanto ainda dava-lhes
privacidade.
—Dorian, não gosto disso.
Dorian virou e olhou nos olhos de Kevyan. —Confie em mim por
favor.
Kevyan olhou profundamente nos olhos de Dorian, incapaz de
dizer não para o rosto virado para cima, olhando fixamente para ele.
Suspirou, sabendo que já estaria concordando. —OK. Ele pode entrar.
Minutos depois, estavam todos reunidos na sala de estar,
olhando uns para os outros com cautela, o ar espesso com a tensão.
Kevyan se aproximou de seu companheiro, que estava sentado em um
sofá, e entregou-lhe um copo de uísque, puxando o homem menor em
seu colo uma vez que sentou-se no sofá. Justin e Alistair estavam por
trás deles com Christiana sentada em um sofá ao lado e Gregory em
frente a eles.
Kevyan passou a mão suavemente pelas costas de Dorian,
puxando seu companheiro mais perto dele, e prestou muita atenção para
as histórias recitadas pelo seu companheiro sobre sua vida, a maioria
das quais não tinha a menor ideia. Sempre que seu companheiro
encontrava um assunto muito difícil de continuar, ele massageava a nuca
de Dorian, oferecendo conforto e força. Era óbvio o quanto Dorian
desejava conhecer sua família de origem.
Os dois tentaram resolver as dúvidas sobre o passado de suas
famílias, e, em seguida, ouviram atentamente para diminuir os anos
perdidos. Era fácil ver a semelhança entre os dois em seus gestos, suas
expressões, e a forma como riam. Era bonito de ver. Não que eles
necessariamente estivessem juntos, mas ficou claro que estavam
sedentos por informações um sobre o outro.
Todos os vampiros de repente ficaram tensos no quarto quando
o cheiro sufocante de lobos permeava o ar, alertando-os para o grande
número de shifters circundantes e rapidamente se aproximando deles.
Poucos segundos depois de cheirar os lobos, Felix irrompeu pela porta e
deu um aceno com o olhar, passando uma mensagem silenciosa para
Kevyan, que ficou de pé tão rápido que o movimento era difícil de
controlar. Em um instante, estava ao lado de Gregory, levantando o lobo
pelo pescoço e batendo-o sobre a superfície da parede mais próxima,
dentes arreganhados e olhos vermelho sangue.
—Seu filho da puta enganoso. — Disse Kevyan com uma voz
lenta e baixa, o tom gelado atingindo todos na sala.
Teria sido melhor se Kevyan tivesse gritado as palavras em voz
alta, o tom calmo saiu mais ameaçador do que nunca. Gregory usou
ambas as mãos para tentar liberar a preensão do aperto que Kevyan
tinha em volta do pescoço, cortando seu suprimento de ar, mas sem
sucesso. Em vez disso, Kevyan apertou mais sua mão ao redor da
garganta, observando com prazer quando o rosto de Gregory virou um
vermelho profundo, com o rosto inchado enquanto lutava para respirar.
—Kevyan! — Dorian gritou bruscamente, desviando o olhar do
vampiro para seu irmão. —Deixe. Ele. Ir. — Kevyan aplicou mais
pressão, sem afastar o olhar de Dorian. —Agora.
Kevyan rosnou e jogou Gregory longe dele como se o outro
homem não pesasse nada.
—Eles não deveriam atacar. — Disse Gregory com voz
estrangulada, passando a mão em volta do pescoço para aliviar a dor e
sugar o ar muito necessário em seus pulmões.
—Então, você não nega. — Disse Dorian.
—Eu só vim espionar para obter informações. Descobrir quem
você era. Quando te vi, não podia deixar de me aproximar. Não esperava
conhecê-lo e nem espero que eles consigam. — Disse Gregory, engolindo
em seco.
—Tranque-o e chame todos os guerreiros. Estamos indo para a
batalha. — Disse Kevyan, com sua voz alfa.
Alistair e Justin moveram-se rapidamente para obedecer ao
comando, prendendo Gregory entre os dois. Olhando atentamente,
Dorian poderia dizer que Gregory não tinha intenção de lutar. Caso
contrário, teria desviado por agora, e se defendido. Em vez disso,
Gregory deixou-os levá-lo para longe e Christiana moveu-se rapidamente
para fora da sala, alertando os outros para a batalha eminente.
Quando Dorian se virou, Kevyan estava longe de ser visto
obviamente tinha saído. Se Kevyan pensou que Dorian estava indo se
sentar em seu rabo enquanto eles arriscavam suas vidas por ele, ele
tinha outra coisa vindo. Correndo para fora da porta, Dorian rapidamente
se perdeu entre o grande número de corpos prontos para a batalha.
Cada pessoa que passou por ele estava armada até os dentes, e sem
dúvida, prontos para lutar até a morte.
Seguindo seu caminho através da multidão para linha de frente,
ele avistou Kevyan com Justin, Alistair, e Felix, levando os guerreiros e
esperando pacientemente os lobisomens se aproximarem. Quando eles
estavam cerca de um quilometro e meio de distância, Kevyan levantou a
mão, seus olhos nunca deixando os lobisomens se aproximando, que se
arremessaram em direção a eles em sua forma de lobos. Em seguida,
deixou cair sua mão e vários dos vampiros usaram sua velocidade
ultrarrápida para sua vantagem, rasgando os lobos enquanto vinham.
Os lobos, entretanto, não iam ser facilmente derrotados quando
começaram a bater tão bem como recebiam dos vampiros, desde o
momento em que as duas espécies colidiram juntas. A batalha tornou-se
intensa com as duas espécies voando uma para outra, devorando e
desferindo golpes matando quando eles eram impulsionados para frente.
Todos em torno de Dorian lutavam, a batalha era implacável. Aqueles
que tinham caído, foram deixados para trás, enquanto os outros
continuaram movendo-se com um alvo único de espírito.
Dorian foi pego de surpresa por trás e jogado a uma grande
distância com força profana. Chocado e assustado, virou-se, lutando
para ficar em seus pés quando entrou em contato com o olhar
enlouquecido e vazio dos olhos da diretora Adel. Ela o perseguiu com
satisfação predatória, agarrando seu pescoço indiferente, e levantando-o
sobre seus pés, ao mesmo tempo, gradualmente, cortando seu
suprimento de ar. Dorian puxou os dedos, chutando seus pés para tentar
libertar-se de seu aperto, tudo em vão.
De repente, ela se acalmou e seu rosto tornou-se comprimido,
congelado no tempo, então de repente, ele caiu de sua mão, rastejando
para trás instintivamente para evitar a mulher. Ela logo em seguida, um
segundo depois, caiu aos seus pés. Confuso, Dorian olhou para os olhos
sem vida antes de levantar o olhar para ver Kevyan de pé sobre a
mulher, um coração sangrento na mão, que depois jogou no chão ao lado
do corpo.
—O que diabos você está fazendo aqui? — Questionou Kevyan,
abaixando-se bem a tempo de evitar o ataque de um lobo nele.
Kevyan enfrentou o lobisomem marrom, sua postura pronta
para o ataque, pois ambos voaram um para o outro. O lobisomem cravou
as garras no braço de Kevyan e um som curto de sofrimento
inconscientemente surgiu dos lábios de Dorian então Kevyan acabou com
o lobisomem, dando-lhe um golpe mortal.
O lobisomem caiu no chão com um baque e Kevyan virou-se
para enfrentar Dorian. —Bem?
—Não vou ficar dentro de casa seguro enquanto todo mundo
está aqui fora arriscando suas vidas.
—É o seu trabalho arriscar suas vidas para o bem do nosso
povo. Você precisa ir para dentro onde eu sei que você estará seguro.
—Não vou me mexer, independentemente do que você diga. —
Dorian disse teimosamente.
Aparentemente Kevyan sentiu que Dorian iria manter suas
palavras e finalmente cedeu. —Eu te mato se acontecer algo a um fio de
cabelo em sua cabeça.
—Posso cuidar de mim muito bem. Você concentre-se em si
mesmo. — Disse Dorian.
Kevyan olhou Dorian, avaliando-o para garantir que poderia
realmente ser deixado sozinho. Acenando para Dorian, então continuou
na batalha.
Um guerreiro vampiro saltou no ar e foi imediatamente levado
para baixo por um lobisomem, que pulou e mordeu a cabeça do vampiro
a arrancando. Em um canto, um vampiro caído que ainda não estava
morto era perseguido como presa por um lobo cinzento antes de rosnar
e acabar com ele. Outro vampiro apareceu e agarrou o pescoço do lobo
cinzento, cavando garras ao lado do lobo até que ele caiu morto. O
vampiro se foi uma vez que deixou cair o lobo morto, usando sua
velocidade para desaparecer na batalha.
Outro guerreiro vampiro atacou um lobo que estava pulando,
puxando as patas traseiras do lobo para trás e virando ambas até que
ficasse em um ângulo estranho. O vampiro então pulou nas costas do
lobo e quebrou seu pescoço, liberando-o com um sorriso em seus lábios
quando o animal caiu no chão, morto.
A cena toda em torno Dorian era um massacre, com a morte em
todas as direções ao que parecia. De repente, uma sensação afundou-se
no fundo de seu estômago e, voltando-se, viu Kevyan se aproximando
em sua direção, derrubando vários lobos em seu caminho, com o olhar
fixo em um único lobo. No outro sentido, o grande, lobo negro o alvo
pegou ritmo, ambos indo em direção um ao outro com fria determinação
definida em seus olhos, dentes arreganhados e garras para fora. No
último minuto, um pouco antes de estarem prestes a colidirem e
passarem para o outro, Dorian gritou, enviando uma onda de energia,
separando as duas espécies uma da outra...
Todos os lobos, mortos e vivos, voaram com sua contraparte em
uma direção e os vampiros voaram em outra, uma parede invisível,
impenetrável dividiu os dois. Momentaneamente perplexos, sacudiram a
energia voando um para o outro, só para bater na parede e voar de volta
na explosão de energia liberada a partir da parede. Mesmo com isso, as
duas espécies não ficaram assustadas enquanto continuavam a voar
para a parede invencível, confusos sobre o porquê deles não poderem se
mover após esse ponto, e ainda enfurecidos o suficiente para continuar a
bater contra ela.
—Basta! — Dorian gritou, sua voz reverberando pelo ar e
parando os dois inimigos em suas trilhas.
Por mais que tentassem, não eram capazes de mover seus
corpos, exceto seus olhos, que observavam a abordagem de Dorian em
direção à parede indestrutível. Quando Dorian parou antes da linha
traçada, suspirou, e, em seguida, virou-se para examinar cada oponente,
percebendo suas lutas para mover seus corpos sem sucesso.
—Bem, é bom saber. — Murmurou baixinho. Então se virou para
os lobos. —Mudem de volta por favor. — Sua voz estava atada com
comando sedutor, impedindo quaisquer sinais de oposição ou recusa a
obedecer.
—O que é essa bruxaria? — Um lobisomem enfurecido exigiu, de
pé nu uma vez que seu corpo completou a mudança involuntária.
—Não é. Não tenho ideia de como isso aconteceu, mas tinha a
sensação de que iria funcionar, e funcionou. — Explicou Dorian. —Ok,
direto ao ponto. Podemos fazer isso da maneira mais fácil, e vou deixar
todos irem se vocês concordarem em ficar do seu lado da linha. —Olhou
para todos, em seguida, balançou a cabeça e imaginou os dois
adversários livres para controlar seus próprios corpos.
Pareceu funcionar, ou não, dependendo de como se olhasse para
ele, no momento em que todos foram capazes de controlar seus corpos,
voaram para a parede novamente, gritando palavrões e prontos para
estrangularem um ao outro e Dorian na mistura.
—O caminho difícil então.
Dorian focando em seus poderes, vieram fáceis para ele e jogou
ambas as partes há uma distância longe da parede separando-os e
segurando-os no lugar, mantendo-os rígidos e imóveis. Mesmo que
estivesse controlando um enorme número de pessoas, sentia-se
bastante relaxado, achando fácil de fazer. Nunca tinha feito isso antes e,
embora soubesse sobre os poderes que tinha começado a exibir, nunca
pensou que isso poderia ser algo que ele mesmo tivesse conhecimento
ou ser capaz de fazer. No entanto, se iria ganhar o que precisava, não
tinha receio em exercê-lo, especialmente se iria evitar mais
derramamento de sangue.
Virou-se para encarar Kevyan, parecendo entender a mensagem
naqueles olhos, mas balançou a cabeça uma vez, falando através do seu
vínculo.
Sinto muito, mas não posso fazer isso.
O que você vai fazer, então?
Eu não sei. Negociar um tratado de paz, algo. Dê-me uma dica.
Não acho que eles vão concordar com um tratado quando
forçados a isso.
Dorian acenou com a cabeça, com os olhos brilhando. Tenho
uma ideia.
—Entendo que ômegas são muito raros de encontrar e muito
necessários. — Dorian anunciou, praticamente denunciando-se no
processo.
Que porra você está fazendo, Dorian?
Eu tenho isto.
Não quando você expõe a si mesmo assim, você não pode.
Confie em mim.
—Bem, se vocês ainda não descobriram isso, sou um ômega e
estou acasalado a Kevyan, o Rei vampiro.
Suspiros dos lobisomens vieram do seu anuncio, seguido por
gritos de indignação, mas se fez de surdo aos seus protestos. —Agora
que nós entendemos um ao outro, eu gostaria que nos sentássemos e
discutíssemos os termos como seres civilizados. Quem é o alfa entre
vocês?
Dorian levantou uma sobrancelha, esperando quem iria falar, e
quando ninguém o fez, ele deu de ombros, projetando indiferença. —
Bem, acho que um ômega não é de nenhuma utilidade para vocês,
então. — Se virou e saiu andando, olhando para os lobisomens pelo
canto do olho.
—Espere. — Um homem chamou, e Dorian parou em seu
caminho e se virou. —Eu sou o alfa. — O homem disse ainda incapaz de
mover seu corpo. Ele era fortemente construído e com mais ou menos
um metro e noventa e dois de altura, cheio de músculos, e profundos
cabelos escuros encaracolados em volta do seu pescoço.
Agora o que eu faço?
Solicite uma reunião em terreno neutro. Vai resolver o dilema
de se opor a um acordo com base em territórios tendenciosos.
OK.
—Se assim o desejar, traga testemunhas e seus assessores.
Vamos discutir os termos na clareira há vinte quatro quilômetros de
distância daqui. É um campo neutro, dividindo os territórios. Todas as
queixas e reivindicações serão tratadas lá. Nós vamos com as nossas
propostas amanhã e a discussão começa. Vou agradecer a todos por
desocupar as nossas instalações e não pisar no campo neutro até então.
Nós nos encontraremos ao meio-dia em ponto. — Dorian disse, não
deixando espaço para qualquer coisa, além de aceitação. —Esses são os
meus termos.
Então liberou todos eles do seu congelamento, tomando a
decisão de não correr o risco de remover a barreira até que os lobos
fossem todos embora do seu território.
—Você tem um dos nossos. Se você quiser falar dos termos,
então devolva-o e vamos sair. — Disse o alfa, sua postura exibindo sua
disponibilidade para continuar a batalha até que Gregory fosse solto.
Com um aceno rápido, Dorian gesticulou para Justin fazer
conforme solicitado, embora nenhum deles gostasse de receber ordens.
Dentro de minutos, Justin voltou com Gregory a reboque, com os braços
amarrados atrás das costas enquanto era conduzido para frente através
da parede. Dorian concordou e Justin deu vários passos para trás. Então,
com um movimento rápido, Dorian empurrou Gregory mentalmente
através da parede indestrutível, fazendo ouvidos surdos aos gritos de dor
quando Gregory foi movido de um lado da parede para o outro.
Uma vez que Gregory atravessou a parede, caiu de joelhos, com
falta de ar e com respiração ofegante de dor. O alfa sinalizou com um
estalar de seus dedos para o seu povo ajudar Gregory e levá-lo, e um
por um, eles se despediram, o alfa sendo o último a ir com um aceno de
aceitação.
Uma vez que foram todos embora, os vampiros se retiraram,
deixando Kevyan sozinho com Dorian, que imediatamente foi direto para
os braços de Kevyan, enrolando-se nos braços do seu companheiro e
tirando forças dele.
—Estou tão orgulhoso de você. — Murmurou Kevyan no cabelo
de Dorian.
Dorian soltou uma risada seca. —Estava apavorado. Não tinha
ideia de que poderia fazer isso. Essa porra assustou-me, foda-se.
—Mas você passou por isso e salvou um monte de vidas. —
Kevyan sussurrou.
—Não foi fácil. Por um tempo, eu fiquei me debatendo, por isso
obrigado por me apoiar.
—Sempre vou apoiá-lo, mas você fez muito bem sozinho. —
Dorian apertou seus braços em Kevyan e permaneceu assim por um
tempo, tendo este momento para si, mesmo que estivessem no meio de
circunstâncias terríveis.

A figura encapuzada pegou o homem encolhido no canto e


bateu contra a parede várias vezes, rosnando ameaçadoramente. —
Repita o que você acabou de dizer.
O homem engoliu em seco dolorosamente, em busca de ar
ainda com medo da pessoa terrível que tinha sua vida na mão. A mão
em volta do pescoço apertou, cortando seu suprimento de ar.
—Por favor.
O homem encapuzado bateu o homem contra a parede
novamente, suspirou e o atirou a alguns passos de distância. O homem
andava com passos lentos e ameaçadoramente medidos.
—Diga-me. Que uso você tem para mim, se você não pode
seguir uma ordem simples? — O homem encapuzado disse com um
sorriso frio, o que causou arrepios em todo o corpo do homem.
—Eu-eu-eu não tinha ideia do que ele era. Eu-eu juro. Nós o
alimentamos com o veneno. Ele deveria morrer. — Disse o homem
quando se arrastou para trás em sua bunda.
—Você sabe o que eu mais detesto? — A figura encapuzada
perguntou, dando mais um passo para o homem. —Incompetência.
Espero que quando dou uma ordem, ela seja seguida à risca. —A figura
encapuzada pegou o homem com uma mão, esmagando qualquer
tentativa de fuga. —Agora, o que fazer, o que fazer, o que fazer.
—Mestre, ele não vai ser fácil de capturar agora. Ele recebeu
seus poderes e não tínhamos ideia, mas ele é um ômega.
—Hmm. Bem, agora, eu não gostaria que meus planos
descarrilhassem ainda mais. — Disse o homem encapuzado exatamente
quando arrancou a cabeça dos ombros do outro homem.
A cabeça caiu, rolou, e chegou a uma parada a uma curta
distância a perto do corpo caído. —Dorian Keller. — O homem
encapuzado meditou, acomodando-se em uma cadeira. —Você se saiu
muito bem como um desafio e vou vencê-lo, nem que seja a última coisa
que eu faça.
Dentro das próximas horas, todo mundo estava em alvoroço. Os
órfãos foram escoltados até a cidade para localizarem um ambiente
seguro para eles. Kevyan estava em teleconferência, ordenando a cada
Membro do Conselho para largar tudo e vir no primeiro voo. Eles
estavam chegando bem antes do meio-dia de amanhã. As estratégias
foram sendo desenvolvidas dando lugar para todos e quaisquer
resultados a partir da primeira reunião.
Christiana começou a elaborar termos e questões a serem
discutidas. Seria a primeira vez em séculos que as duas espécies se
encontrariam para resolver suas diferenças de forma civilizada, sem
cabeças rolando. Eles precisavam garantir que tudo corresse bem e a
guerra fosse finalmente encerrada. Ao raiar do dia, vários conselheiros
começaram a chegar, e todos eles se enfurnaram no escritório de
Kevyan, colocando em movimento um plano para satisfazer ambas as
espécies para acabar com a guerra de uma vez por todas. Eles se
encontrariam e fariam tudo ao seu alcance para garantir que o acordo
fosse feito.
O alfa interrompeu seu devaneio. —Filho…
—Eu não sou seu filho. — Dorian respondeu.
Faltava alguns minutos antes do meio-dia e os membros de
cada uma das partes ainda estavam chegando de direções opostas,
preparados e prontos para esta reunião. Com suas expressões
cuidadosamente em branco, Justin, Felix, e Alistair ficaram ao lado uns
dos outros, de frente para os lobisomens. Kevyan ficou com os
conselheiros e Christiana, examinando os seus adversários. Com o
amparo de Kevyan, Dorian tinha concordado em ficar de fora em um
canto, observando, até chegar a hora.
Estava observando seu companheiro no comando e todo
decidido, tendo cuidado de manter a voz baixa para não ser ouvido pelos
lobisomens, e isso fez seu pênis endurecer dentro de sua calça jeans, o
inchaço rapidamente cresceu com todas as deliciosas, coisas sujas que
queria que seu companheiro lhe fizesse, passaram rapidamente através
de sua mente. Fogo queimou deixando seu sangue quente e sentiu-se
tonto com excitação, seu buraco apertou avidamente enquanto jogava
olhares famintos para seu companheiro.
O alfa vindo em direção a ele o havia assustado, de seus
pensamentos e imediatamente apagou sua excitação. Pensamentos de
suas razões para estar aqui tinham rapidamente se reafirmado em sua
mente, e quando Kevyan fez a abordagem, Dorian balançou a cabeça,
comunicando através de seu gesto para Kevyan ficar parado e o deixar
lidar com isso. Podia ver como era difícil para Kevyan respeitar seu
desejo, mas ele fez. Reorientando-se de volta ao alfa, Dorian deu ao
homem toda a sua atenção.
—E sim, eu sou seu pai.
Era verdade. Dorian não pode sentir nenhuma mentira em suas
palavras e na convicção do homem. Ele ainda sentia o mesmo puxar que
tinha com Gregory, mas foi ferido no passado e a insegurança elevou sua
cabeça, fazendo-o cético.
—Você não é meu pai e eu não sou seu filho. Na melhor das
hipóteses, você é apenas um doador de esperma que não tinha objeções
em jogar-me para estranhos. Felizmente para mim, acabei com os
melhores. Eles cuidaram de mim e me amaram e me ensinaram o que
significava ser família. Meus pais são Will e Sarah Keller, não você, nunca
você. — Dorian disse acaloradamente.
—Entendo a sua raiva, mas eu não desisti de você, filho.
Dorian arqueou uma sobrancelha ante o alfa, o corpo tenso e
sua expressão estoica, os braços cruzados sobre o peito para manter um
espaço físico, bem como uma barreira emocional entre eles.
O alfa suspirou. Sua expressão mostrou brevemente sua mágoa
e decepção antes de mascará-la rapidamente para o olhar neutro que
sempre mostrava. Se Dorian não estivesse olhando mais de perto, teria
perdido totalmente o olhar nos olhos do alfa, mas ele viu, e endureceu o
coração contra todas as emoções que o alfa poderia tentar extorquir
dele.
—Nunca o abandonei, Dorian. Você era a minha alegria e de sua
mãe.
—E você me jogou fora como lixo. — Dorian respondeu.
—Eu não te abandonei! Nós não fizemos. — O alfa assumiu uma
voz calma, centrando-se antes de continuar. —Sua mãe te levou
correndo para a floresta um dia e ela desapareceu. Foram dois dias antes
de finalmente sermos capazes de localizá-la, e quando fizemos, ela
estava em uma condição muito ruim, completamente dizimada e
quebrada. Ela tornou-se uma casca de seu eu anterior, tão perdida, e
nada poderia animá-la. Nós procuramos em todos os lugares por você.
Fizemos tudo ao nosso alcance para encontrá-lo, mas nunca o achamos,
e nem podíamos esquecê-lo. Você era uma criança tão pacífica, sempre
sorrindo. Doeu muito quando sua mãe e eu perdemos você.
Cada palavra dita, porém, caíram em ouvidos surdos,
especialmente desde que Dorian não estava disposto a ouvir qualquer
tipo de explicação tão cedo. Interiormente, estava feliz por finalmente
conhecer suas raízes, mas vários anos de sentimentos feridos reprimidos
de repente correram para a superfície e não estava em um estado de
espírito para perdoar. Dorian olhou ao seu redor, notando pela primeira
vez que o lugar estava ocupado pelos rostos que não conhecia ou
reconhecia, salvo alguns. Uma linha tinha sido marcada no chão, com
uma mesa redonda, grande de carvalho em cima dela, que continuava
em cima da mesa, igualando-se com a que estava no chão. As cadeiras
de madeira foram organizadas em conjunto para formar um semicírculo
em ambos os lados, parando abruptamente na linha desenhada
visivelmente.
—É hora. — Disse Dorian, movendo-se para ficar com um pé de
cada lado da linha. Ele indicou os bancos disponibilizados para cada uma
das partes antes de enfrentá-los. —Gostaria de tornar conhecido que,
depois que der um passo para dentro do círculo e sentar nos seus
respectivos lugares, você estará obrigado pelas regras do círculo.
Viu a confusão em seus rostos e explicou. —As regras são
simples. Um, ninguém colocará falsidade na mesa, nem haverá qualquer
tentativa de fraude. Dois, um acordo, uma vez definido, será inflexível e
nunca poderá ser revertido, e três, vou agir de forma justa como
desempate. Qualquer ação para ignorar as regras irá resultar em
consequências graves condizente com o crime. Por favor, sente-se,
senhoras e senhores.
Ele acenou para aqueles em torno dele e Kevyan entrou no
círculo, tomando um assento. O alfa tomou o seu lugar na frente de
Kevyan e o restante logo seguiram o exemplo. Havia apenas duas
mulheres presentes, uma de cada espécie, e, olhando uma para a outra,
elas também ocuparam seus respectivos lugares. As árvores altas
abrigava-os do calor do sol, e logo todos os lobisomens ocuparam um
assento ao seu lado da linha, como indicado por Dorian e os vampiros os
outros. Uma vez instalados, Dorian esfregou as mãos, o rosto caindo em
uma máscara impassível.
—Vamos começar com a introdução de nós mesmos. Tenho
certeza de que já sabemos por que estamos todos reunidos hoje. —
Disse Dorian. —Ocorreu-me que, para ser imparcial, devido a minha
natureza e do meu legado ou devido a minha ligação como companheiro
do Rei vampiro, vou sair de toda a discussão, a menos que se refira
diretamente a mim.
—Você é um ômega, e daí? Temos vivido sem um ômega
durante décadas, muito antes de você nascer. Você não pode de repente
se achar acima dos outros e nos dar ordens. Esse direito é do nosso alfa.
— Um dos lobos rosnou.
Kevyan rosnou profundamente em sua garganta, impedindo
suas presas de sair. Ambos os lados entraram em uma espiral fora de
controle gritando entre si.
—Chega. — A voz de Dorian reverberou por toda a floresta,
silenciando ambas as espécies de uma só vez. Esses poderes eram tão
legais, mas em momentos como este, sentiu como se batesse a cabeça
contra uma parede. Toda a sua prática na noite anterior, empurrando e
testando-o para ver o que poderia fazer, tudo seria em vão se ambos os
lados matassem um ao outro para deixar tudo pior do que antes, não
resolvendo nada.
—Para responder, entendo o papel de um ômega em uma
matilha, mas também entendo que cabe ao ômega assumir o papel de
um intermediário, em resoluções de litígios. Minhas habilidades são para
ser usadas em benefício de todos e não para minar qualquer um dos
seus poderes. Até agora, tenho agido condizente com um ômega, e já é
tempo desta guerra interespécies chegar ao fim. Vocês todos precisam
entender que suas ações no passado não tem sido benéficas para
nenhum dos dois. Parece ser o meu propósito resolver isso, e com
minhas habilidades agindo em conformidade, tenho a intenção de fazer
isso de forma correta.
Dorian exalou, atento a expressão de todos, depois assentiu. —
Vamos começar de novo, senhoras e senhores. Tenho certeza de que
podemos agir civilizados por um período tão curto, se vocês quiserem. —
Ele pegou dois pedaços de papel dobrado do bolso. —Observe os papéis
de perto alfa, rei. No momento em que tocar a mesa, peguem-no. Ele
vai determinar a ordem das coisas hoje. — Dorian jogou os papéis no ar,
em seguida, permitiu a gravidade fazer seu trabalho.
Tanto o olhar do alfa como o de Kevyan estavam fixos aos
pedaços à medida que derivavam para baixo, ambos sentados para
frente em seus assentos. No momento em que tocaram a mesa, ambos
se lançaram para o papel, cada um pegando um e, ao mesmo tempo,
recostando-se em seus assentos. Eles olharam um para o outro
desafiadoramente, antes de dirigir suas atenções para o papel em sua
mão.
Dorian estendeu a mão, e depois de olhar brevemente para o
papel, pegou-os. Ele olhou para o papel do alfa em seguida, mostrou a
todos, dizendo. —Primeiro. — Então repetiu o mesmo ato com Kevyan e
disse. —Segundo.
—Ok, então, os lobisomens são os primeiros a apresentar o seu
caso, bem como apresentar-se, em seguida, os vampiros. Vamos
começar.
Todos os olhos se voltaram para o alfa e esperaram ele começar.
O alfa limpou a garganta e começou. —Meu nome é Alfa Steven Santiago
da matilha Santiago. — Sua mãe teria ficado tão orgulhosa de você,
filho, o alfa pensou com orgulho quando olhou para Dorian.
Dorian ignorou o sentimento de orgulho que o pensamento do
alfa acendeu nele e concentrou-se duro, projetando seus pensamentos
interiores, independentemente de quão cuidadosamente esses
pensamentos pudessem ter sido enterrados.
Rostos chocados olharam um para o outro quando todos eles
tentaram manter suas expressões brandas e seus pensamentos em
branco. Dorian não estava tendo nada disso, porém, e cavou em suas
mentes, projetando seus pensamentos para fora para que todos possam
ouvir.
Quando todos eles se viraram para ele para obter uma
explicação, ele deu de ombros e disse. —A honestidade é a melhor
política neste caso. Se nós estamos indo ter sucesso aqui, seus
verdadeiros sentimentos tudo vai ser revelado. Estamos todos colocando
nossas cartas na mesa e tentando proteger seus pensamentos seria
inútil e prejudicial apenas para si mesmo. Sugiro que todos comecem
com uma mente e ouvidos abertos.
Dorian, apesar de distrair-se quando seus poderes assumiam de
vez em quando, deu-lhes tempo para absorver suas palavras, projetando
sua recusa. Esperou até que todos eles se acalmassem antes de levantar
a palma da mão. —Vamos continuar senhores.
—Gregory Santiago, herdeiro da matilha. — Sinto muito, irmão.
Teria preferido que fossem capazes de confiar em mim,
independentemente do fato de que somos praticamente estranhos. O
sangue será sempre mais grosso do que a água, embora, e por isso
vamos esperar até que esteja pronto.
As reflexões internas de sua família estavam começando a
afetar ele, mas não podia permitir-se e deixar ser afetado. Ele chamou a
atenção de Kevyan quando esses pensamentos foram projetados e o
pequeno encorajador sorriso de Kevyan, lhe reforçou sua determinação.
precisava fazer isso em vez de quebrar aqui e agora. Os lobisomens
restantes apresentaram-se, o tempo todo ouvindo sua desconfiança
interior e vomitando ódio para todo mundo ouvir.
—Kevyan Melrose.
O silêncio que se seguiu foi ensurdecedor, com todo mundo
olhando intensamente para Kevyan. Seus pensamentos eram um espaço
em branco, e nenhuma palavra surgiu apesar de quão difícil Dorian
tentasse.
—Você não acha que é justo ouvir o que o seu companheiro
acha? — Um dos betas rosnou, fazendo com que a palavra
“companheiro” soasse como algo sujo e nojento tudo de uma vez.
—Silêncio, Cobin. — O alfa o admoestou instantaneamente.
—Não tenho pensamentos vindo dele. Eu não estou aqui como
um companheiro ou um lobisomem. Estou aqui como um intermediário,
o que implica deixar de lado meus sentimentos e não dar qualquer
tratamento preferencial. Se não há nada para projetar, então não há
nada que eu possa projetar. Agora, por favor, vamos continuar.
Logo, terminaram as apresentações e foram direto para o cerne
da questão.
—Estamos todos aqui por causa da guerra entre ambos, os
lobos e os vampiros, que já dura há séculos, e ambos os lados sofreram
grandes perdas por ela. — Todos murmuraram em acordo. —No entanto,
chegou o momento para ambas as espécies entrarem em acordo e
colocarem suas diferenças de lado. Nós todos não somos suficientemente
ingênuos para pensar que uma reunião vai resolver todos os seus
problemas, portanto, todos os dias até que seja alcançado um acordo,
vamos nos reunir aqui ao meio-dia.
Dorian olhou em volta para os seus rostos, notando a relutância
em aceitar, ainda sabendo que não tinham escolha a não ser ceder. —É
muito simples. A fim de resolver a guerra, todos nós devemos dizer o
nosso lado da história. Alfa Steven, por favor. — Dorian acenou com a
mão para o alfa, indicando que o homem deveria começar.
—Muito antes da guerra, o nosso povo era pacífico. Então,
durante a lua cheia, quando realizamos uma mistura de acasalamento,
os vampiros assassinaram o nosso então “alfa” a sangue frio, parecendo
insatisfeito com a sua sorte porque queriam nossas terras. Nossos
antepassados lutaram por aquelas terras, alegando que era deles, e esta
é a raiz da guerra entre as nossas espécies. — Disse o alfa.
Vozes descontentes subiram dos vampiros, rosnando para o seu
homólogo enquanto ambos Kevyan e Christiana sentaram-se
perfeitamente silenciosos. Dorian levantou a mão para silenciar ambos
os lados, em seguida, virou-se para os lobos. —Existe alguma coisa que
você gostaria de acrescentar?
Sebastian, um dos lobisomens, assentiu. —Nos tempos antigos,
os vampiros foram considerados nossos aliados. Eles quebraram o
vínculo, nós traindo no processo, e nós não vamos deixar acontecer de
novo. Nós nunca permitiremos que a história se repita. Somos inimigos,
inimigos nascidos, como deve ser.
Em meio às vozes, Dorian perguntou. —Mais alguma coisa?
—Nós nunca poderemos resolver esse problema. É impossível.
— Disse Cobin, e os lobisomens todos assentiram o seu acordo.
—Rei Kevyan, você pode expor seu lado.
Todos se voltaram para Kevyan, que tinha estado calmo e
composto, uma vez que os lobos começaram a falar, mas só Dorian
podia ver as rodas girando na mente de Kevyan.
Kevyan assentiu. —Eu permitirei que Christiana fale em meu
lugar.
Os lobisomens rosnaram. —Você não se acha capaz o suficiente
para falar sozinho. Isso é uma vergonha. — Cobin disse, cuspindo no
chão.
Kevyan permaneceu calmo em face de sua hostilidade, olhando-
os nos olhos. —Você fala de coisas que são ignorantes. Coisas que
ocorreram há seus antepassados, mas nós estávamos lá, observando a
verdade quando ela se desenrolou. Eu permiti a Christiana falar, uma vez
que se relaciona muito mais com ela. — Ele deu um aceno a Christiana,
relegando os holofotes para ela.
—Eu gostaria de começar com uma série de perguntas voltadas
para os lobisomens, e eu exijo suas respostas verdadeiras. — Christiana
disse, olhando os lobisomens em questão. Em seguida, ela acenou para
Dorian e começou. —É costume entre o seu tipo forçar um acasalamento
independentemente da espécie, mesmo sob a influência da lua cheia?
Os lobisomens opuseram, desviando da pergunta com
indignação. —Que absurdo é este, apenas o que você está insinuando?
— Cobin questionou.
—Responda a pergunta, por favor. — Dorian falou.
—Não. É um crime punível com a morte. — Disse o Alpha.
—Importa que o macho estivesse tentando atrair a fêmea por
muito tempo, e a mulher recusou-se repetidamente? Isso muda o
veredicto? — Christiana perguntou para eles.
—Que a mulher disse não é mais uma razão para tornar o crime
grave.
—Mesmo se o macho for o Alfa? — Perguntou Christiana.
—Mesmo assim. — Disse o alfa.
Christiana assentiu. —Nós tínhamos acabado de mudar a sede
palaciana para os EUA, compramos terras e construímos sobre ela. Eu
era jovem, poucos meses do meu aniversário de dezoito anos, com um
irmão muito mais velho e pais que me adoravam. Era selvagem e
imprudente na época, tendo prazer em equitação, tiro com arco,
qualquer esporte. Você o nomeie e eu fiz isso, deixando todos em torno
de mim loucos, mas eu não estava prestes a ser interrompida.
—Deparei-me com Gordon em um lago. Estava prestes a ir
nadar e nos demos muito bem. Ele era bom, incapaz de acreditar que eu
estava pronta para qualquer desafio que ele jogasse no meu caminho, e
nos tornamos amigos. Não tinha ideia do que ele era no início. Nunca
tinha visto um lobisomem até aquele ponto da minha vida, quando ele se
transformou para me convencer.
Ela esperou, avaliando suas reações antes de continuar. —Mais
tarde eu descobri que ele era o alfa da sua matilha, à procura de um
companheiro. Eu estava chateada com a decepção, recusando-me a falar
com ele por dias até que finalmente cedi. Ele começou a me cortejar e
eu lhe disse não repetidamente. Só o via como um amigo, mas ele não
quis ouvir. Insistiu, até mesmo me apresentando a sua matilha.
—Ingenuamente, pensei que ia superar sua obsessão por mim.
Ele era um bom amigo e eu estava relutante em perdê-lo como tal. Ele
me convidou para a mistura de acasalamento sob o disfarce de uma
festa e eu me apaixonei pela ideia. Implorei a meu irmão para me
acompanhar, até ameacei ir sozinha até que ele cedeu. Gostei da festa
pelo menos pela primeira meia hora ou assim, então Gordon chamou-me
para longe, dizendo que queria falar comigo. Concordei e fomos mais
fundo na floresta, mas começou a vir em cima de mim e eu disse para
ele parar, mas ele não deu ouvidos, e eu não faria nada para machucá-
lo, então fugi, pensando que iria dar-lhe tempo para voltar a seus
sentidos, então talvez decidir se seríamos amigos novamente.
—Ele perseguiu-me, implacável, até que me pegou. Eu já estava
começando a entrar em pânico, mas ele não parou até conseguir o que
queria. Ele parecia um homem possuído, querendo tirar algo que eu não
estava disposta a dar-lhe. Meu irmão ouviu o meu sofrimento e veio.
Christiana respirou fundo, soltou, e depois continuou. —Eu
nunca fiquei mais feliz pelo vínculo que compartilhamos como nesse
momento, porque ele me salvou e, em seguida, desafiou Gordon. Eles
lutaram, e quando a matilha apareceu, Kevyan estava de pé sobre
Gordon, com seu coração na mão, e eles confundiram o que aconteceu e
declararam guerra à nossa espécie. Nossos pais morreram naquela
guerra e eu jurei nunca mais olhar um lobo nos olhos e deixar que isso
acontecesse para mim novamente. Eu preferia matar a suportar esse
tipo de vergonha de seu tipo, nunca mais. — Christiana disse lenta e
deliberadamente, deixando que eles soubessem que ela ainda segurava
esse princípio perto do coração.
Christiana cerrou os dentes, lutando arduamente para deixar ir
às memórias que a assombravam. Em uma demonstração de apoio,
Kevyan apertou seu braço e os outros vampiros e lobisomens igualmente
engasgaram em choque e horror na verdade quando eles viram a partir
das imagens que os poderes de Dorian televisionaram diretamente das
memórias de Christiana, deixou-o tocá-la para que todos pudessem ver
como aconteceu há séculos atrás.
No momento em que a imagem se dissolveu em nada, Dorian
cambaleou incapaz de manter o equilíbrio. Braços fortes o agarraram
minutos antes de ele bater no chão e tudo ficou preto, enviando o
mundo exterior para longe dele.

Fazia dois meses desde que se encontraram pela primeira vez


com os lobisomens, e ainda assim era como puxar os dentes, com
olhares desconfiados entre as espécies, e eles sempre voltavam ao
acasalamento entre o seu ômega e o Rei vampiro.
Para eles, este acasalamento era um tabu e eles se recusavam a
reconhecê-lo, citando que eles só se dignavam a considerar um tratado
de paz quando seu ômega cortasse todos os laços com os vampiros e
residisse com sua espécie. Com isso, Kevyan tinha perdido todo o
controle, ameaçando matar até o último deles se dessem um passo em
direção ao seu companheiro.
Tinha sido um desastre, terminando com toda a reunião
abruptamente, que não tinha durado mais que dez minutos. Dorian tinha
sido deixado sem escolha, mas parar as reuniões por uma semana
inteira, dando a ambos os lados tempo para pensar sobre as coisas.
Dorian balançou o pequeno pacote entregue em casa contra as
orelhas e saiu em busca de Kevyan. Se estava indo abrir esta lata de
vermes, precisava de seu companheiro ao seu lado para segurá-lo.
Estava ansioso para saber o que estava na caixa, mas não conseguia
realmente abri-la.
Caminhou para o quarto para encontrar Kevyan observando o
pôr do sol, ele ficou parado um tempo e apenas assistiu seu
companheiro, apreciando a maneira poderosa de seu companheiro
manter-se. Limpando a garganta, Dorian se aproximou e Kevyan virou,
abraçando o outro homem.
—Ei. — Dorian sussurrou.
—Ei, querido.
—Você está bem?
—Estou agora. Bastava ter tempo para desfrutar de uma
atmosfera serena. — Kevyan suspirou. —Quero esse tratado tão mal.
Estou cansado de guerra. Quero paz. Quero ser capaz de desfrutar de
você, e não me preocupar com o próximo ataque. Seria bom.
—Isso vai acontecer. Seja paciente. Nós já estamos fazendo
progressos. É apenas uma questão de tempo antes que eles venham ao
redor e entendam a nossa maneira de pensar.
—Espero que sim.
—Eu sei que sim.
Ficaram assim por alguns minutos antes de Kevyan suspirar. —O
que você pretende fazer com Maria e as outras crianças?
—Ainda estamos procurando um novo lugar para instalar o
orfanato, mas até então, onde estão vai funcionar.
—E Maria? — Kevyan questionou, ciente do envolvimento
emocional profundo que já tinha formado entre os dois.
—Quer dizer não para a adoção dela?
—Adoção? — Perguntou Kevyan, chocado.
—Sim. Não acho que posso simplesmente deixá-la ir. Ela precisa
de uma família, não é? Bem, vamos dar-lhe uma. — Disse Dorian.
—Por quê? — Perguntou Kevyan.
—Como assim por quê? Porque eu quero.
—Você vai ficar ou voltar para sua vida de antes de tudo isso?
—Não é exatamente possível eu voltar sem ser considerado uma
aberração ou me encontrar sendo examinado e estudado. E além disso,
eu quero ficar. Estou feliz aqui. Mais feliz do que já estive e não quero
perder isso.
Depois de um minuto, Kevyan acenou com aceitação. —OK.
Satisfeito, Dorian se moveu para o sofá e parou, indeciso sobre
o que fazer com o pacote em sua mão. —Isto aparentemente pertencia à
mulher que me deu aos meus pais adotivos. Eu não sei se essa mulher
era a minha mãe biológica ou não. — Ele empurrou o pacote para
Kevyan, que o pegou, olhando-o com curiosidade antes de se mover
para sentar-se no sofá.
—Posso? — Kevyan levantou uma sobrancelha em questão, sua
mão já indo abrir o pacote.
Dorian concordou e Kevyan rasgou o invólucro em torno dele,
colocou a caixa sobre a mesa e, com um olhar para o rosto ansioso de
Dorian, levantou a tampa ligeiramente. —Pronto?
—Como nunca vou estar.
Kevyan balançou a cabeça e levantou a tampa para longe. No
momento que Dorian olhou para dentro da caixa, engasgou e
imediatamente trouxe as duas mãos para cobrir sua boca, segurando um
gemido de lágrimas silenciosas que caiam pelo seu rosto. Estendeu a
mão para Kevyan, enterrou o rosto no seu pescoço, e começou a soluçar,
suas emoções em todo o lugar. Era difícil apontar qual sentia mais. Ficou
muito feliz e triste, finalmente em paz, mas também desejando algo que
nunca poderia ter.
Dentro da caixa havia a imagem de uma mulher com cabelo
muito loiro quase branco que parecia quase translúcida e os olhos tão
azuis que eram da cor do gelo, cheio de calor e amor. Ela carregava um
bebê que era uma réplica quase exata da mulher na foto, pressionando
os lábios contra a testa do bebê. A imagem estava assinada, —Amor
mamãe, para o meu precioso Dorian.
Finalmente, sabia quem era sua mãe biológica, e ao lado disso,
sabia que tinha sido amado. Passando um dedo abaixo pela imagem, foi
imediatamente transportado para uma visão. Era diferente de qualquer
outra que ele teve antes. Podia sentir os braços de Kevyan segurando-o,
mas também podia sentir-se ser encapsulado em um assim chamado
puro amor maternal, o sentimento era requintado.
A mulher do retrato de repente apareceu na frente dele, em pé
diante dele com os braços estendidos e um sorriso enfeitando seus
lábios. Tomou as medidas necessárias que os uniu, e levou os braços da
mulher, abraçando-a por tudo o que valeu a pena. Cada única
insegurança que já sentiu sobre o abandono de seus pais biológicos foi
subitamente apagado de sua mente enquanto se deleitava com a
sensação de estar com sua mãe biológica.
Sem palavras, sentiu tudo do que esta mulher tinha desistido
apenas para mantê-lo seguro, para garantir que ele vivesse o suficiente
para satisfazer seu companheiro e crescer e viver seu destino. Pela
primeira vez desde que descobriu que foi adotado por sua família, estava
grato e agradecido por ter sido abandonado, pois sabia com clareza
súbita que sua mãe biológica tinha visto, através de seu presente, que
ele não teria vivido para ver seu vigésimo primeiro aniversário se tivesse
permanecido com ela, e ele certamente não iria conhecer seu
companheiro ou conhecer qual seria a sensação de realmente se
apaixonar por Kevyan.

Epílogo

— Eu quero uma árvore.


A mão de Kevyan fez uma pausa no cabelo de seu companheiro
com o pedido súbito. Eles estavam descansando na cama, saciados
depois de fazerem amor intensamente. Eles tinham percorrido um longo
caminho desde que o tratado de paz finalmente tinha sido assinado e
não estavam mais em guerra, mas todos sabiam que não podiam apenas
deixá-lo pra lá. O novo tratado era favorável para ambas às espécies,
especialmente desde que Kevyan se recusou a desistir de seu
companheiro e Dorian tinha batido o pé, dizendo aos lobos em termos
bem claros que a sua vida estava com Kevyan, e se eles não podiam
aceitar isso, então eles não poderiam tê-lo, tampouco.
Sem outra escolha, os lobos tinham a contragosto aceitado seu
ômega acasalado com a garantia de que uma vez por semana, Dorian
viria ao seu território para cumprir seu dever com eles. Era um pedido
justo e razoável, especialmente desde que Dorian teria a oportunidade
de conhecer sua família biológica desse lado.
—Para que diabos você quer uma árvore? — Kevyan perguntou
enquanto voltava a acariciar o cabelo de seu companheiro.
—Eu sinto falta da minha família adotiva e do meu melhor
amigo.
—Oh. — Kevyan parecia pensativo. — Gostaria de visitá-los?
— Eu estava pensando em talvez convidá-los.
—Ok.
—E os lobos.
Kevyan parou de novo, flexionando os músculos e sua
respiração saindo em um assobio. Ele ainda não estava confortável com
os shifters, e mesmo que ele permite-se que seu companheiro entrasse
em seu território, ele fazia questão de enviar seus melhores guardas
junto, não deixando nada ao acaso.
—Por quê?
— É o feriado. Não podemos ter um Natal sem uma árvore e, é
claro, uma celebração.
—Natal. — Kevyan disse.
—Sim, Natal. Eu decidi que é hora de colocar essa tolice de
lado. A guerra acabou. Não há razão para não deixá-lo pra lá.
—Nós toleramos uns aos outros. — Kevyan argumentou.
—Não bem o suficiente. — Dorian rebateu.
—Vai fazer mais mal do que bem.
—Ao contrário, eu acho que todos vão ser forçados a agir
civilizadamente, em especial com os humanos ao redor.
—Eles não vão agradecê-lo por isso.
—É uma coisa boa que eu não preciso de agradecimentos,
então.
—Você tem uma resposta para tudo?
Dorian riu e beijou seu companheiro. —Praticamente.
—Você vai alertar o nosso povo sobre a lista de convidados?
Dorian balançou a cabeça maliciosamente. — Uma surpresa iria
tirá-los para fora de seu medo mais rápido.
— Você, meu pequeno cabeça quente, é um encrenqueiro. —
Kevyan disse, engasgando com um riso.
—Eu sou irresistível.
—E seu ego não conhece limites.
—Mantenha-se acariciando meu ego.
—Há algo mais que eu preferiria acariciar. — Kevyan disse,
balançando suas sobrancelhas.
Dorian riu e eles se beijaram lentamente, apreciando o
momento e suas brincadeiras. Era uma sensação inebriante, não ter
preocupações e curtir um ao outro. Eles quebraram o beijo, contentes
em estarem nos braços um do outro.
—Eu te amo mais do que tudo, Dorian. — Disse Kevyan.
—Eu também te amo. — Dorian disse, olhando para seu
companheiro astutamente.
Kevyan suspirou. —Tudo bem, faça sua festa.
—Obrigado. Eu vou.
Durante os próximos dias, a cidade inteira vibrou com a notícia
do primeiro baile a ser realizado na propriedade palaciana. Os hóspedes
voaram de longe, todos a pedido e persuasão de Dorian. Convites
tinham sido enviados, e embora houvesse alguns protestando quando os
convites chegaram aos seus destinos, Dorian os persuadiu para que
aparecessem, deixando de fora o aspecto surpresa para ser
testemunhado em primeira mão por todos. Kevyan tinha a família
adotiva, e melhor amigo de Dorian voando pra lá, no dia anterior a festa,
tendo o prazer no olhar agradecido que Dorian lhe deu quando sua
família concordou em passar o Ano Novo com o casal feliz.
Os convidados tinham sido todos alertados para manterem o
espírito do período festivo, comemorando tanto a paz, que já durava dois
anos, e o acasalamento do Rei vampiro. A festa estava em plena apogeu,
e após a reação inicial de observar vários lobisomens entrarem na
propriedade, a tensão no ar havia aumentado, mas a presença de
humanos impediu qualquer hostilidade de ambos os lados enquanto eles
se forçavam a agir civilizadamente, até que toda a coisa tivesse
acabado. Dorian, porém, não estava tendo nada disso quando ambas as
espécies foram se juntando a sua própria espécie e deixando um amplo
espaço entre si.
Um silêncio caiu na sala junto ao tilintar da colher de encontro à
taça. Dorian ficou ladeado por Justin, Christiana, e Kevyan, todos
vestidos com suas roupas finas, mostrando seus físicos com perfeição.
Dorian limpou a garganta e olhou para sua família adotiva, que ficaram
lado a lado com a sua família biológica, antes de olhar para dentro da
multidão.
—Gostaria de agradecer a todos por terem vindo aqui hoje, e
embora a maioria de nós aqui presentes sejam rivais, estou contente de
ver que vocês não estão com medo de entrar no espaço um do outro.
Afinal de contas, qual a melhor maneira de fazer as pazes do que a troca
de saliva? Figurativamente, é claro. — Dorian disse com uma piscadela,
arrancando risos, embora um pouco desconfortáveis, enquanto as
espécies se entreolhavam de forma discreta. —Deixe que a festa
continue. — Dorian levantou sua taça e todos seguiram seu exemplo.
Justin balançou a cabeça, rindo uma vez que a música
recomeçou.
—Você tem bolas e paixão meu amigo, convocando eles assim.
—Bem, eu não ia ficar parado enquanto se postavam assim por
muito mais tempo. Ambos os lados me querem, então ambos têm que
me manter feliz. — Dorian deu de ombros.
Christiana riu, divertida.
—De fato. Muito bem dito.
Destemido como sempre, os desafiou a sair de sua zona de
conforto durante o seu curto discurso. O truque tinha trabalhado, pois
mesmo que a tensão foi intensificada, nenhuma das espécies queria ser
vista como fraca pelo outra e nenhuma queria mostrar menos do que o
seu melhor, e assim passaram a interagir, embora fosse claramente
visível que estavam todos desconfortáveis com isso.
Em algum lugar do outro lado da sala, o homem mais bonito
que Justin já tinha posto os olhos levantou uma taça em direção a ele,
dando um aceno silencioso antes de beber a bebida na taça. Mesmo do
outro lado da sala, Justin estava paralisado pelo movimento. Seu corpo
guerreou com a reação que o homem de olhos pecaminosos criou dentro
dele e a objeção de seu cérebro por ter um lobo evocando esse
sentimento dele.
O homem parecia como se tivesse apenas saído de uma revista
GQ1, com o cabelo castanho escuro em cascata para baixo de seus
ombros e olhos tão azuis que pareciam estar brilhando. O homem estava
encostado contra a parede como se não tivesse nenhuma preocupação
no mundo, seguindo cada movimento de Justin e arrastando o dedo pela
haste da taça em sua mão.
Justin de repente sentiu ciúmes daquela taça, desejando que
fosse seu corpo que o homem estivesse tocando como uma flauta.
Corando, Justin abaixou a cabeça, castigando-se por permitir que o
lobisomem o afeta-se dessa jeito. Ele estava feliz pelo o Rei e Dorian,
sinceramente. Ele estava feliz por eles, mas nunca poderia permitir-se
ficar próximo de um lobo. De jeito nenhum estaria acontecendo, e com
essa decisão em mente, Justin se virou e foi embora, sem saber que o
homem deixou sua bebida para trás e o seguiu.
Justin saiu da sala, se encostou contra parede, e fechou os
olhos enquanto tentava recuperar o fôlego. Um lobisomem tinha feito
isso com ele, puxado emoções que ele não estava disposto a sentir, que
contudo era impotente contra, mas que não poderia ser. Ele não
permitiria isso. Ele não podia.
Sentindo uma presença diante dele, Justin abriu os olhos para
olhar fixamente para o homem lindo da festa, e ele abruptamente se

1
Revista de moda
levantou. Sua cabeça atingia logo abaixo do ombro do homem, então ele
tinha que inclinar sua cabeça para trás para olhar para o homem.
—Por que está me seguindo?
Um sorriso preguiçoso se espalhou sobre os lábios incríveis,
roubando a respiração de Justin, mas com uma careta, ele
imediatamente sacudiu esse pensamento para fora de sua mente. Ele
não poderia achar tal besta atraente.
—Curiosidade, meu belo. Eu simplesmente não pude resistir. —
O homem falou lentamente, sua voz escorrendo sexo e enviando um
arrepio pelo corpo de Justin.
—Eu não sou nada seu, lobo, e fique o inferno longe de mim. —
Justin rosnou.
—Shawn McKay. — Disse o homem, seu sorriso se tornando
feroz. —E isso, meu belo, parece um grande problema para mim.
Shawn prendeu Justin à parede com seu corpo e tomou os
lábios de Justin em um beijo ardente, ignorando o protesto do homem
menor. Ele segurou a cabeça do homem menor para impedir o outro
homem de afastar-se e aprofundou o beijo. Por uma fração de segundo,
Justin cedeu, saboreando os sentimentos que o beijo provocava nele.
Assim abruptamente, entretanto, a lógica mais uma vez reinou e ele
mordeu a língua invadindo sua boca, tirando sangue.
O grande homem não teve escolha senão se afastar, liberando
Justin imediatamente. Shawn retirou um lenço do bolso e limpou o
sangue em sua língua, encolhendo-se ligeiramente.
—Tsk, tsk, meu belo. Sem mordidas. — Ele jogou uma piscadela
maliciosa para Justin, sorrindo. —Pelo menos, não ainda.
—Não faça isso de novo, e porra fique bem longe de mim, bola
de pelo. — Justin disse com desgosto, limpando a boca com as costas da
mão.
Shawn deu de ombros. —Eu acho que você gostou bastante.
Justin rosnou seu aborrecimento e empurrou o homem maior
para longe. —Foda-se.
Shawn sorriu em antecipação, observando a beleza da pequena
tempestade à distância. O homem era lindo com seu cabelo loiro e
brilhantes olhos verdes, e não tinha ideia do que estava reservado para
ele. Com uma risada, Shawn voltou para o salão cheio de pessoas, seu
tédio há muito tempo esquecido desde que começou a traçar um plano
para seduzir o pequeno rapaz em sua mente.

Dorian olhou para seu companheiro do outro lado do salão,


acenando com a cabeça para o outro homem segui-lo. Kevyan inventou
uma desculpa para seus colegas, fazendo o seu caminho através da
multidão antes de seguir a trilha de seu companheiro. A noite se sentia
mágica e as duas pessoas envolvidas em torno um do outro na varanda
estavam totalmente extasiados um com o outro. Fogos de artifícios
dividiam o céu da noite, iluminando os dois amantes.
—O dia em que encontrei você foi o dia em que minha vida
realmente começou. — Kevyan disse contra o cabelo de Dorian.
—Amo você, Kevyan. — Dorian disse com um suspiro, puxando
para trás para ver a mesma emoção refletida de volta para ele.
—E eu te amo, meu pequeno cabeça quente.
—Por quanto tempo você disse que estávamos indo viver? —
Dorian perguntou.
Kevyan se afastou para olhar nos olhos azuis de seu amante.
—Como soa o resto da eternidade?
—Soa perfeito.
E eles selaram o resto de suas vidas com um beijo.

FIM

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