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The

Rose Traduções
Disponibilizado: Juuh Allves
Tradução: CurLy
Revisão Inicial: Lizzy
Revisão Final: Claire e Chris Bell
Leitura Final: Niquevenen
Formatação: Claire







À lenta combustão;
Nós nunca a vemos chegando até que peguemos fogo.












Playlist

Addicted by Saving Abel

Undisclosed Desires by Muse


Superheroes by The Script



Climax by Usher

Stay With Me by Sam Smith

Peace by O.A.R.

I Believe In You by Kylie Minogue

Kiss You Slow by Andy Grammer

Talking Body by Tove Lo


My Heart Is Open by Maroon 5



Broken by Lifehouse

Need You Now by Lady Antebellum

Sinopse
É possível expor o conquistador mais quente de Chicago sem se tornar uma de suas conquistas?
Esta é a história pela qual eu estive esperando por toda minha vida, e seu nome é Malcolm Preston Kyle Logan Saint. Mas não
se deixe enganar por seu sobrenome. Não há nada de santo nesse homem, a não ser que considere sagradas as suas festas infernais. O
empresário mais sedutor de Chicago é um homem com muito dinheiro para gastar e muitas mulheres lutam por sua atenção.

Misterioso. Privilegiado. Lendário. Durante toda a sua vida, ele foi rodeado pela imprensa que o cercava para descobrir se sua
vida de conto de fadas é real ou apenas fachadas e mentiras dos meios sociais. Desde que ele entrou em cena, seus segredos têm sido
mantidos apenas para si mesmo. E é aí que eu entro.

Designada para investigar e revelar a sua personalidade esquiva, estou determinada a fazer dele a história que vai mudar a
minha carreira.

Mas eu nunca imaginei que ele iria mudar a minha vida. Pouco a pouco, eu começo a me perguntar se sou a única a descobri-
lo... ou se é ele que está me descobrindo.

O que acontece quando o homem que eles chamam de Santo faz você querer pecar?

Trabalho dos Sonhos


Eu entrei no escritório de Helen, esta manhã, com a certeza de que ela iria me despedir. A
tarefa de me despedir não é da minha chefe, na verdade. Seria do departamento de RH. Mas o
departamento de RH foi cortado. Edge, a revista para a qual eu tenho escrito e amado desde que me
formei na faculdade, está pendurada por um fio.
Dei três passos dentro da sala desordenada, com revistas velhas, nossas e de concorrentes,
empilhadas, e senti meu desjejum - de café com duas colheres de açúcar, e geleia de morango com
torrada de trigo integral - se transformando em uma pedra dentro do meu estômago.
Sem sequer olhar para cima, com a pasta na mão, Helen sinaliza para a cadeira do lado dela.
— Rachel, sente-se.
Sento-me em silêncio, mil coisas estão na ponta da minha língua: Eu posso fazer melhor; eu
posso fazer mais; deixe-me fazer mais, dois artigos por semana, em vez de um. Ou mesmo: Vou
trabalhar de graça, até que possamos nos reerguer.
Eu não posso me dar ao luxo de trabalhar de graça. Tenho aluguel, ainda estou pagando meu
empréstimo da faculdade, e eu tenho uma mãe, que eu amo, com problemas de saúde e nenhum
convênio. Mas eu também amo o meu trabalho. Eu não quero ser despedida. Eu nunca quis ser outra
coisa que não seja o que eu sou agora, neste momento, quando o meu destino está em suas mãos.
Portanto, é com medo e uma sensação iminente de perda que eu me sento aqui e espero Helen
finalmente abaixar essa pasta e olhar para mim. E eu me pergunto, quando os nossos olhos se
encontram, se a próxima história que eu tenho que contar sobre a minha vida é essa, dela me
despedindo.
Eu sou apaixonada por histórias. Como elas moldam nossas vidas. Como elas marcam as
pessoas que nem sequer sabem sobre nós. Como elas podem nos impactar, até mesmo quando um
evento não ocorreu exatamente em nossas próprias vidas.
As primeiras coisas que fizeram me apaixonar foram as palavras que a minha mãe e avó me
contaram sobre meu pai. Essas palavras eu guardo já que eu não tive na vida um verdadeiro pai.
Gostaria de juntá-las em grupos, memorizar as histórias que elas formaram. Onde ele tinha levado
minha mãe em seu primeiro encontro (um restaurante japonês), se o seu riso era engraçado (foi),
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qual era a sua bebida favorita (Dr. Pepper ). Eu cresci amando as histórias e todos os fatos e detalhes
que me permitiram moldar, na minha mente, memórias do meu pai, que têm estado comigo para a
vida.
Minhas tias disseram que eu estava sonhando, quando eu disse que queria palavras para ter
uma carreira, mas a minha mãe citava a mãe de Picasso. — A mãe de Picasso disse-lhe que se ele
entrasse no exército, ele seria um general. Se ele se tornasse um monge, ele seria o papa. Em vez
disso, ele foi um pintor e tornou-se Picasso. Isso é exatamente o que eu sinto sobre você. Então, faça
o que você ama, Rachel.
— Eu estaria mais feliz se você estivesse fazendo o que você ama também —, eu sempre
respondia, miserável por ela.
— O que eu amo é cuidar de você —, ela sempre repetia isso. Ela é uma adorável pintora, mas
ninguém no mundo pensa assim, apenas eu e uma pequena galeria que foi à falência meses após a sua
criação. Então, minha mãe tem um trabalho normal, e o Picasso dentro dela se acalmou.
Mas ela se sacrificou tanto para me dar uma educação e muito mais. Já que eu sou realmente
um pouco tímida com estranhos, eu não tive o incentivo de muitos dos meus professores. Nenhum
deles acreditava que eu tivesse o estômago para reportagens difíceis, então eu corri com a única
coisa que podia: A motivação única da minha mãe e sua crença em mim.
Agora eu tenho trabalhado na Edge por quase dois anos, e os cortes de empregos começaram
há mais de três meses, e minhas colegas e eu estávamos todas com medo de que seríamos as
próximas. Todos, inclusive eu, estamos dando 110 porcento do que nós temos. Mas, para o negócio
continuar, não é suficiente. Não parece haver qualquer forma de recuperação para a Edge, exceto um
enorme investimento que não parece iminente, ou esforços muito maiores do que o que temos vindo
a executar.
No momento em que Helen abre a boca para falar, eu temo ouvir as palavras Nós temos que te
despedir.
Eu já estou pensando em uma história, uma ideia que eu possa lançar para a minha próxima
coluna, algo forte que poderia colocar o nosso nome lá fora e de alguma forma me permitir estar
vinculada ao meu trabalho um pouco mais.
— Você esteve em minha mente, Rachel —, diz ela. — Você está vendo alguém atualmente?
— Hum. Vendo alguém? Não.
— Bem, isso é exatamente o que eu queria ouvir! — Ela organiza a sua papelada para o lado e
tira uma das revistas da prateleira, deixando cair sobre a mesa entre nós. — Veja, eu tenho uma
proposta para você. Isso pode exigir que você esqueça a sua moral um pouco. No final, eu acho que
vai finalmente ser recompensador para você. — Ela me mostra uma revista velha, com um sorriso
triste nos lábios. — Esta foi a nossa primeira edição. Há quinze anos.
— Eu amo isso! — Digo.
— Eu sei que você ama, você sempre teve um interesse em como começamos. É por isso que
eu gosto de você, Rachel —, diz ela, sem qualquer emoção, de qualquer forma. Apenas um fato, ao
que parece. — Você sabe, a Edge costumava representar algo. Todos aqueles anos atrás, não teve
medo de quebrar as regras, se aventurando onde outras revistas não o fariam. Você é a única que
parece ter preservado isso. O forte da Edge sempre foi a nossa coluna com a maioria dos
comentários. Você se concentrando nas tendências e dando o seu melhor, não filtrando a opinião. Até
quando as pessoas não concordavam com a sua opinião, elas a respeitavam pelo fato de que você as
compartilhava de forma honesta.
— É por isso que eu suponho que você está em meu escritório agora, em vez de Victoria. —
Ela empurra o queixo na direção lá de fora, onde minha maior concorrente, Victoria, deveria estar
ocupada em seu cubículo.
Vicky. Ela é a outra pessoa que superou todos os desempenhos e que também está na berlinda
e de alguma forma sempre teve sorte em se superar mais que eu. Eu não quero inimizade com
Victoria. Mas ela ainda sente como se houvesse um concurso de popularidade aqui, e eu não me
inscrevi nisso. Ela sempre parece tão feliz quando Helen não está satisfeita com o que eu escrevi, e às
vezes eu não posso escrever uma palavra, simplesmente porque eu estou preocupada com como
Victoria vai reagir.
— Veja, eu estou pensando em eriçar algumas penas. Se quisermos permanecer no negócio,
está se tornando mais e mais claro que precisamos de algo mais drástico. Algo que vai fazer as
pessoas tomarem conhecimento da Edge. Você está comigo?
— Eu concordo. Se há alguma coisa para insuflar nova vida a Edge...
— Nós estamos indo tão mal, todos nós estamos com tanto medo; Nós estamos fazendo todas
as reportagens sobre segurança, lugares assustadores, receosos de empurrar o botão, para o caso de
explodir. Nós já estamos murchando aqui. Nós precisamos escrever sobre os temas que nos assustam,
nos fascinam... E ninguém fascina esta cidade mais do que os nossos bilionários celibatários. Você
sabe de quem eu estou falando?
— Os playboys?
Seus lábios torceram. — O pior de todos eles.— Ela puxa outra revista. Eu fico olhando para
a capa, que diz Santo ou Pecador?
— Malcolm Saint, — eu sussurro.
— Quem mais?
O homem olhando para mim tem um rosto perfeitamente estruturado, belos lábios, e olhos
mais verdes do que o fundo de uma garrafa de cerveja. Seu sorriso é todo malicioso. Ele diz que
gosta de causar problemas e, acima de tudo, que ele gosta de ir longe com isso. Mas há algo muito
fechado e de alguma forma gelada nos olhos. Oh sim, aqueles olhos verdes são feitos de gelo verde.
— Eu já ouvi falar dele —, eu admito, começando a ficar nervosa. — Eu não estaria realmente
vivendo em Chicago se eu não tivesse ouvido. —Implacável, dizem eles.
Um mulherengo completo, dizem eles.
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E tão ambicioso que ele deixaria Midas com vergonha. Oh sim. Eles dizem que Saint não vai
descansar até que ele seja dono do mundo.
— Victoria acha que você é muito jovem e inexperiente para assumir um projeto tão ousado,
Rachel. Mas você é solteira, e ela não é.
— Helen, você sabe o quanto eu gosto de escrever sobre as tendências, mas você também sabe
que eu realmente quero escrever uma história maior, histórias sobre as casas das pessoas, a
segurança. Eu quero ganhar essa chance, e se for assim que eu vou obtê-la, então eu não vou
decepcionar você. Que tipo de história você vê para ele?
— Uma exposição. — Ela sorri. — Uma em que você começa a ouvir pequenos boatos
suculentos sobre ele. Estou pensando em quatro coisas, especificamente. Como é que ele consegue
ficar tão calmo e no controle o tempo todo? Como é lidar com seu pai? Qual o papel que todas estas
mulheres desempenham na sua vida? E por que, oh por que ele tem essa afinidade óbvia para fazer as
coisas em quatro? Agora —, ela dá uma tapa com sua mão sobre a mesa para dar ênfase — A fim de
chegar direto ao ponto... Vamos ser honestas, Rachel: você deve tentar chegar perto. Minta, pequenas
mentiras inofensivas. Fácil no mundo dele. Saint não é um homem de fácil acesso, é por isso que
ninguém foi capaz de descobrir nem mesmo uma dessas coisas, muito menos todas as quatro.
Eu estava a ouvir. Minha curiosidade plenamente envolvida. Mas eu comecei a me contorcer.
Mentiras. Pequenas mentiras inofensivas.
É verdade, eu mentia, às vezes. Eu sou humana. Eu tenho feito coisas certas e coisas erradas,
mas eu prefiro ficar com o lado certo. Gosto do meu sono, obrigada. Mas esta é a oportunidade que
eu queria desde que eu comecei a Faculdade.
— E se Saint quiser tentar alguma coisa com você, — Helen continua —então esteja
preparada. Você pode precisar jogar um pouco. Você pode fazer isso?
— Eu acredito que sim,— eu digo, mas eu soei muito mais confiante do que eu me sentia. E eu
apenas... Eu não sei quantas oportunidades como estas vão aparecer. Eu nunca vou ser capaz de
publicar coisas que são importantes para mim, se eu não fizer um esforço maior para ser ouvida.
Enfrentar um tema que tanto fascina o público vai me dar uma voz, e eu realmente, realmente quero
ser ouvida.
— Você acha que você pode fazer isso? Ou... — Ela olha de fora.
Não. Eu não posso suportar que Victoria comece essa história. Não é uma pílula que eu quero
engolir. Na verdade, é francamente amarga, e eu não quero engoli-la.
— Eu vou fazer isso. Eu preciso. Eu quero uma boa história, — eu asseguro a Helen.
— Podemos sempre esperar e lhe encontrar outra boa história, Rachel —, diz ela, jogando de
advogado do diabo agora.
— Eu vou fazer isso. Ele é a minha história agora.
— Ele é a história de Chicago. É o querido de Chicago. Ele tem que ser manuseado com
cuidado.
— Ele é a história que eu quero contar,— eu asseguro.
— Isso é o que eu gosto de ouvir. — Ela ri. — Rachel, você é absolutamente linda. Você é uma
boneca. Você é engraçada e trabalha duro, você dá tudo de si, mas por tudo o que viveu, ainda é
inocente. Você já está aqui há dois anos, e mesmo antes de se formar você já estava trabalhando nisso.
Mas você ainda é uma mocinha que joga em um mundo para adultos. Você é muito jovem para saber
que existem protocolos com os ricos na cidade.
— Eu sei que costumamos atender aos ricos.
— Basta lembrar, Saint pode esmagar a revista. Ele não pode percebê-la se aproximando. No
momento em que ele fizer, ele vai ver o rosto dele na banca de jornal.
— Ele não vai me pegar —, murmuro.
— Tudo bem, Rachel, mas eu quero revelações íntimas. Eu quero todos os detalhes. Eu quero
sentir como se eu pisasse em seus sapatos e fizesse sua caminhada diária. Como ele se sente de ser
ele? Você vai dizer a toda cidade. — Ela sorri feliz e mexe em seu computador com um movimento
de seu mouse. — Estou ansiosa para ouvir tudo sobre isso. Então temos que ir agora, Rachel.
Encontre a história na história e a escreva.
Caramba, Livingston. Você tem a sua história!
Eu estou tão confusa e alegre, estou eufórica quando eu me dirijo para a porta, tremendo
bastante com a necessidade de começar a trabalhar.
— Rachel, — ela chama, quando eu abro a porta de vidro, meu estômago em um emaranhado
totalmente novo. Ela acena com a cabeça. — Eu acredito em você.
Eu fico lá, completamente impressionada que eu finalmente, finalmente, tenho a confiança
dela. Eu não esperava que isso viesse com um enorme medo do fracasso em meus ombros. —
Obrigada pela oportunidade, Helen,— eu sussurro.
— Oh, e uma última coisa. Saint normalmente não é acessível para a imprensa. Mas tem
havido exceções, e eu posso pensar em uma maneira que você poderia ter sorte. Confira o seu novo
site de mídia social, Interface. Use como uma abordagem. Ele pode não gostar da imprensa, mas ele é
um homem de negócios e vai nos usar para sua vantagem.
Eu aceno com alguma autoconfiança e mais uma tonelada de autodúvida, e assim que eu estou
fora, eu expiro nervosamente.
Ok, Livingston. Concentre-se e vamos fazer isso.
Eu tenho tanta informação sobre Saint, que eu envio para meu e-mail dezenas e dezenas delas
para continuar pesquisando hoje à noite no meu apartamento. Eu ligo para seu escritório e falo com
uma representante, pedindo por uma entrevista. Ela me garantiu que eles vão me retornar. Eu cruzo
meus dedos e digo: — Obrigada, eu estou disponível a qualquer hora. Meu chefe está muito animado
para fazer uma reportagem do mais recente empreendimento do Sr. Saint.
Encerrando o dia, eu vou para casa. Meu apartamento é perto da Companhia de Chocolate
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Blommer no Fulton River District . Eu acordo com o cheiro de chocolate no ar. Meu prédio é de
cinco andares de altura e está perto da Edge e do centro da cidade.
Às vezes é difícil acreditar que eu estou vivendo meu sonho, ou, pelo menos, metade dele; eu
queria ter a pasta, o telefone celular, os saltos e casaco combinando com a saia. Eu queria ser
autossuficiente para comprar para a minha mãe o carro dos seus sonhos, e uma casa própria, onde
ela não iria ser despejada porque ela não podia pagar o aluguel. Eu ainda quero essas coisas.
Infelizmente o meu mercado é difícil. Um freelancer antes mesmo de se formar na faculdade,
não tinha renda estável. Você vive por seu devaneio, e ele nem sempre está disposto a dar ideias para
você. Então eu respondi a um anúncio no jornal Chicago Tribune. A Edge estava procurando por
colunistas semanais para temas como moda, sexo e namoro, inovações, dicas de decoração, e as
descobertas do animal de estimação, mesmo extravagantes. O escritório coberto de dois andares, em
um prédio antigo no centro, quase não representava o ambiente corporativo que eu tinha imaginado.
O piso superior está repleto de repórteres em suas mesas. Os pisos são de madeira, os
escritórios editoriais foram salpicados com cores brilhantes e almofadas de cetim, sempre cheios do
zumbido de telefones e pessoas tagarelando. Em vez dos terninhos de negócio que me imaginei
vestindo para trabalhar, eu escrevo com uma grande e desproporcional camiseta cheia de atitude e um
par de meias que têm as palavras que eu acredito nos dedos do pé. É uma loucura a revista, tão louca
como algumas das histórias e colunas que colocamos para fora e eu adoro isso.
Mas os blogueiros estão nos colocando fora do mercado, nossa circulação crescente está
ficando pequena a cada segundo. Temos necessidade que a Edge faça algo de ponta, e eu estou
desesperada para provar a minha chefe que eu posso fazer isso para ela.
— Gina! — Eu chamo por minha companheira de quarto, quando eu passeio em nosso
apartamento de dois quartos.
— Nós estamos aqui! — Eu ouço Gina chamar.
Ela está em seu quarto, com Wynn. Elas são minhas melhores amigas. Wynn é a ruiva,
sardenta, rosa e doce, muito ao contrário da escura e sexy Gina.
Somos como sorvete napolitano. Na altura, Gina e eu somos as mais altas, enquanto Wynn é
uma duende. Gina e eu tentamos usar a lógica; Wynn é toda “sentimentos da turma”. Eu sou a garota
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de carreira, Wynn é a educadora, e Gina é o sexpot , que ainda não percebeu que poderia usar homens
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como seus dildos pessoais (se ela quisesse). Ela não quer. Realmente.
Deixando cair a minha bolsa na porta, eu vou para o local do piquenique de comida chinesa e
me junto a elas no chão.
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Elas estão assistindo um velho episódio de Sex and the City .
Comemos em silêncio e assistimos um pouco, mas eu não estava nem prestando atenção na
tela. Eu estava muito excitada, e, finalmente, deixei escapar, — eu tenho a minha matéria.
— O quê? — Ambas param de comer.
Eu concordei. — Eu tenho a minha primeira matéria completa. Podem ser três páginas,
quatro, inferno, cinco. Dependendo de quanta informação eu conseguir.
— Rachel! — Gritam em uníssono e vem em minha direção.
— Sem abraços! Merda! Vocês derramaram o arroz!
Elas gritaram e, em seguida, voltam com facilidade ao lugar, e Wynn começa a se chacoalhar
— Então, do que se trata? — Ela pergunta.
— Malcolm Saint.
— Malcolm Saint?
— O que tem ele? — Wynn pede.
— Isso é... Quase secreto. — Elas estão praticamente pulando para fora de sua pele com
antecipação. — Eu vou receber para encontrá-lo.
— Como?!
— Eu estou tentando conseguir uma entrevista para perguntar sobre Interface.
— Aha.
— Mas eu também vou pesquisar em segredo. Eu serei... Uma desbravadora dele, — eu
provoco.
— Rachel! — Gina bate no meu braço, sabendo que eu normalmente sou puritana.
Wynn balança a cabeça. — Esse homem é quente!
— O que vocês duas sabem sobre ele? — Gina pede.
Eu retiro o meu laptop. — Eu gostava de estar on-line em todas as suas páginas sociais, e o
cara tem mais de quatro milhões de seguidores no Instagram.
Nós pulamos para outros sites e conferimos seu Twitter.
Eu não estou impressionada com o que eu li.
— Sua representante não me deu uma entrevista, ela me colocou abaixo em uma lista. Eu me
pergunto se eu vou ter mais sorte chegando à mídia social.
— Vamos colocar uma foto de perfil super sexy no caso de o próprio vê-la.
— Não vai acontecer —, eu digo.
— Vamos, Rachel, você tem que se fazer tão atraente quanto possível. Uma foto atual. — Ela
aponta para uma imagem em um dos meus velhos álbuns de mídia social onde eu estou vestindo uma
saia e blusa de secretaria, mas os três botões entre meus seios estão prestes a estourar.
— Eu odeio essa camisa.
— Porque mostra o que você tem. Vamos lá, vamos fazer isso.
Eu mudei a minha imagem de perfil, em seguida, enviei-lhe uma mensagem.
"Mr. Saint, eu sou Rachel Livingston, da Edge. Eu adoraria que você me concedesse a
oportunidade de uma entrevista pessoal em relação a sua nova estrela, Interface. Eu fiz um pedido
através de seu escritório também. Estou disponível a qualquer momento..."
Eu incluo todos os meus dados e mando.
— Ok, dedos cruzados, — murmuro com borboletas no meu estômago.
— Mãos e pés.
Mais tarde, depois que Wynn foi para casa e Gina foi dormir, eu fui para minha cama. Eu
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arrumo meu laptop em cima do travesseiro no meu colo, comendo Fruit Roll-Up . “Leitura
interessante”, eu digo para uma imagem on-line do cara. Eu fico até meia-noite, lendo mais e mais.
Eu já desenterrei bastante sujeira dele.
Malcolm Kyle Preston Logan Saint. Vinte e sete anos de idade. Sua família é tradicional e rica
em Chicago, e ele conseguiu ser manchete no dia em que nasceu. Aos cinco anos, ele foi para o
hospital com meningite, e o mundo estava apreensivo para ver como ele ia passar por isso.
Aos seis anos, ele já tinha ganhado uma faixa preta em caratê, e nos fins de semana, ele voava
com sua mãe socialite de um estado para outro em um dos jatos de seu pai. Aos treze anos, ele já
tinha beijado a maioria das meninas na escola. Aos quinze anos, ele tinha sido o maior jogador do
mundo e o mais refinado mentiroso. Aos dezoito anos, ele era um filho da puta perfeito e rico
cafajeste. Aos vinte anos, ele tinha perdido sua mãe, mas estava muito ocupado esquiando nos Alpes
Suíços, para chegar ao funeral a tempo.
Aos vinte um anos ele e seus dois melhores amigos, Callan Carmichael e Tahoe Roth,
tornaram-se os mais notórios bebês do fundo fiduciário da nossa geração.
Ele é proprietário de quatro Bugattis: placas BUG 1, BUG 2, ​​BUG 3 e BUG 4. Ele tem casas
em todo o mundo. Carros de luxo. Dezenas de relógios de ouro, incluindo um com calendário
perpétuo de ouro rosa que ele comprou em um leilão por US $ 2,3 milhões. Ele é um colecionador,
você poderia dizer. De empresas, brinquedos, e, aparentemente, de mulheres.
Malcolm é filho único, e depois de herdar milhões de sua mãe e exibir um jeito
extraordinário para os negócios durante os anos seguintes, ele não se tornou apenas um bilionário,
mas um símbolo absoluto de poder também. Não poder político, mas um grande e conservador poder
vindo do dinheiro. Saint não está ligado aos negócios escusos da máquina política de Chicago, mas
ele pode pressionar os botões da máquina, se ele quiser. Todo político sabe disso, e é por isso que ser
um Playboy tinha seu lado bom e seu interesse.
Saint não apoiava qualquer um. O público, de alguma forma, confiava que Saint não dava a
mínima para o que eles pensavam - ele não apoiaria ninguém que ele não tem planos de possuir, de
forma que, indiretamente, qualquer um apoiado por Saint não pode ser propriedade de ninguém. Ele
é o campeão dos oprimidos. Usando sua herança substancial, Saint se tornou um capitalista de risco
em uma idade muito jovem, o financiamento dos projetos de tecnologia de muitos de seus
companheiros de escola da Ivy League, muitos dos quais subiram para o sucesso, se tornando como
Saint, algumas centenas de milhões mais ricos do que seus próprios pais. Ele ainda administra os
investimentos do capital de risco de dentro dos escritórios da M4. Nomeada com a sua inicial e seu
número favorito, M4 é uma empresa que ele criou naqueles primeiros anos quando vários de seus
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investimentos acabaram na lista da Nasdaq de um, para alguns bilhões, para iniciar.
Última capa da Enquirer
Malcolm Saint: O garoto mal favorito, revela:
Com quantas mulheres já dormiu?
Por que ele não está interessado em casamento?
Como ele se tornou o mais quente solteirão mulherengo da América
E mais!

Twitter:
@MalcolmSaint Eu gostaria de nunca ter posto os olhos em você! #eatshitanddie
VOCÊ ESTÁ MORTO DO CARALHO! @MalcolmSaint Você fodeu minha namorada Você está
MORTO!
Bebidas a vontade para todos? @MalcolmSaint está pagando no Bar Blue do centro da cidade!

Mural do Facebook:
Mal oi, lembra-se de mim? Eu te dei meu número na semana passada. Ligue ou me mande mensagem!
Saint, bebidas no próximo fim de semana, eu estou na cidade com a esposa. (Não que eu vá leva-la.
Ela foi bajulada o suficiente por você.) Me mande mensagem privada para combinar um lugar.
Parece bem nas fotos do iate, Saint. Tem espaço para mais alguém? Meus amigos e eu gostaríamos de
festejar com você novamente! :) XOXO

Uau. — Você é uma verdadeira joia, não é? —, Eu sussurro, batendo meu laptop fechado em
torno da meia-noite. Eu aposto que metade das coisas na internet é completamente exagerada e falsa,
e é por isso, é claro, que eu preciso de pesquisa e mais pesquisa de primeira mão, mais confiável. Eu
sorrio e verifico as horas, percebendo que está tarde demais para contar a minha mãe que eu
finalmente tenho a minha matéria.

Nova Pesquisa
Twitter:
@MalcolmSaint por favor siga-me no Twitter!
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@MalcolmSaint para lançar a primeira bola no jogo do Cubs

Minha caixa de entrada pessoal:
VAZIA

Eu já tenho um arquivo de duas polegadas de espessura sobre Malcolm Saint, mas nenhum
telefonema da sua Relações Públicas.
Tenho planos hoje com a minha mãe e não vou também.
Era para eu ficar com ela e mostrar nosso apoio para a campanha Pelo Fim da Violência de
nossa comunidade, mas ela ligou para dizer que não está indo. Seu chefe lhe pediu para substituir
alguém. — Sinto muito querida. Por que você não pede a uma das meninas para ir com você?
— Não se preocupe, mamãe, eu peço. Tome a insulina, ok?
Eu sei que ela leva, mas não posso deixar de mencionar cada vez que ligo. Eu fico assim
obcecada com ela.
Na verdade, eu me preocupo muito com a minha mãe, e Gina e Wynn se preocupam que eu
fique doente com isto. Eu quero ter um grande fundo de poupança, então eu saberei que posso cuidar
de seu seguro e ter certeza que ela tem uma boa casa e comida saudável, e bom atendimento também.
Eu quero dar a minha mãe tudo o que ela me deu, para que ela possa se aposentar e, finalmente, fazer
o que ela ama. Todo mundo merece fazer o que ama.
Seu amor por mim e seu desejo de prover para mim tudo que ela podia, impediu que ela
tivesse isso. Eu quero fazer o suficiente para que, agora, ela comece a seguir seus sonhos.
Esta reportagem pode levar a muitas outras oportunidades, aquela oportunidade única que se
abre para uma infinidade de novas.
Estou clicando em links de Malcolm Saint como louca, quando Gina finalmente sai de seu
quarto em sua roupa confortável.
— Eu disse que precisava ser algo velho que você não se importe mais,— eu a lembrei. —
Aqueles não são seus jeans favoritos?
— Oh merda, eu ouvi! Por que eu me esqueci quando eu fui para o meu armário e vi isso? —
Ela volta para seu quarto.
Às 11 horas, em um canto do parque perto das quadras de basquete, Gina e eu, juntamente com
o que parecia ser dezenas de pessoas, nos reunimos finalmente para bater as mãos cobertas de tinta
em um mural, do tamanho de uma tela, feita de lona.
— Nós todos perdemos alguém para essa luta. Nossos entes queridos, o dono da mercearia,
uma amiga...— um dos organizadores estava dizendo.
Eu tinha dois meses de idade, quando eu perdi meu pai.
Tudo o que sei é o que a minha mãe conta: Que ele era um homem ambicioso, trabalhador e
cheio de grandes sonhos. Jurou-lhe que eu nunca teria que trabalhar... Ele era obcecado por nos dar a
vida ideal. Nós não pedimos para ele, mas isso não importava para o meu pai.
Tudo o que bastou foi uma arma, e nada disso aconteceu.
Eu não cheguei a ter uma lembrança de seus olhos cinzentos, supostamente como o meu.
Nunca ouvi sua voz.
Nunca soube se, no período da manhã, ele era mal-humorado como o pai de Gina ou doce
como o de Wynn. Lembro-me dos vizinhos trazendo torta durante anos, enquanto eu cresci. Suas
filhas vinham para brincar comigo. Eu me lembro de brincar com as crianças de outras pessoas
também, minha mãe me levando para brincar com outras crianças que haviam perdido alguém para a
violência.
Agora, vinte e três anos depois que meu pai morreu, toda vez que algo ruim acontece, eu
gostaria que pudéssemos fazê-los parar e nunca quero esquecer essa sensação, de querer fazê-los
parar.
Temos sido criticados pelos nossos métodos para implorar por mais segurança na cidade,
alguns dizem que nós somos demasiado passivos, outros que é inútil, mas eu acho, que mesmo a mais
silenciosa das vozes merece ser ouvida.
Por instruções de um dos organizadores, eu derramei uma meia polegada de tinta vermelha
em minha grande bandeja de plástico e, em seguida, eu plantei a minha mão sobre a superfície. A tinta
vermelha grossa se espalhou pelos meus dedos.
— Estamos colocando nossas mãos sobre este enorme mural como um símbolo para acabar
com a violência nas ruas, em nossas comunidades, em nossa cidade, em nossos bairros —, o
organizador continuava.
O meu telefone vibrou no meu bolso do bumbum esquerdo.
—Todos, agora, certo —, a mulher grita.
Na contagem de três, e um, dois, três! – Eu viro a minha mão para a parede, enquanto Gina faz
o mesmo, mãos vermelhas como a minha e ligeiramente maiores.
Uma vez que todos nós deixamos nossas impressões, nos apressamos para as fontes de água
para limpar. Gina se inclina sobre o meu ombro, eu grito e tento me distanciar.
— Cara, você está jogando tinta em cima de mim! — Eu grito, rindo quando eu seco as
minhas mãos e me afasto para deixá-la lavar. Enquanto ela esfrega fora a sua tinta, eu arranco meu
telefone.
E meu estômago toma um mergulho porque eu tenho uma resposta.







Mensagem
Malcolm Saint
Srta. Livingston, eu sou o Dean, coordenador de imprensa do Sr. Saint. Temos um espaço de dez
minutos hoje, às 12h.

Portanto eu recebo essa notificação agora, sábado, às 11h18min.
— Merda, eu consegui! — Eu digo a Gina quando eu lhe mostro a mensagem. Mas em vez de
me felicitar, sabendo que eu estava tão ansiosa com isso, ela olha incisivamente para meu macacão.
— Oh não, — eu gemo. —Eu não posso vê-lo assim!
— Ok, pegue o meu cinto.
— Oh meu Deus, sério? Eu pareço ridícula!
Ela amarra o cinto em volta da minha cintura — Rachel, foco. Não há nenhuma loja por perto,
você não tem tempo de se trocar.
Nós trocamos olhares em pânico, e então nós duas tiramos minhas roupas. Agora eu estou
vestindo um macacão de brim com um top por baixo e um cinto vermelho, com tinta do mural aqui e
ali. — Eu pareço uma mulher absolutamente desmazelada em um dia de lavar roupa!
— Você tem tinta em sua bochecha— diz Gina, se encolhendo por mim.
Eu gemo e sussurro ao universo: Da próxima vez que você realizar um dos meus sonhos, eu
posso estar vestida como gosto para a ocasião?
Como se estivesse lendo minha mente, Gina tentou me animar. —Vamos lá, as roupas não
fazem a garota. Ei, pelo menos você não está nua.


Eu tentei torcer meu cabelo de alguma maneira, e não, minha aparência dificilmente
melhorava. Eu estou definitivamente odiando toda essa situação ao subir na parte de trás do táxi,
sentada de lado porque eu suspeito que, quando Gina lavou as mãos depois de mim, ela despejou um
pouco de tinta nas minhas costas. Apenas alguns segundos atrás, eu senti que aderi ao vinil do táxi, e
agora eu estou odiando esta situação tão ruim, e meu estômago dói. Peço ao motorista para me
deixar olhar no espelho do passageiro, e eu olho para o meu rosto.
— Ai-Meu-Deus —, eu digo.
E lá estou eu. Meu longo cabelo loiro preso em desarrumadas tranças, uma faixa de tinta ao
lado do meu pescoço, vermelho forte contra a minha pele pálida. — Ai-Meu-Deus, — Eu gemo.
Esta é a mulher que o renomado Malcolm Saint vai ver?
E, se eu achasse na parte de trás desse táxi que eu realmente detestava essa situação, eu não
tinha ideia de quanto mais eu odiaria, quando eu cheguei ao edifício empresarial M4.
O próprio edifício tinha a seu glamour com janelas espelhadas empilhadas, quase tão alto
quanto o The Sears – chamado agora de Willis-mas-que-se lixe-o-nome – Tower. Dentro do saguão,
de um lado ao outro, pisos de mármore e granito se espalhavam sob meus pés. Estruturas de aço
seguravam escadas de vidro, levando a um segundo andar, enquanto se viam elevadores panorâmicos
indo para cima e para baixo.
M4 é tão agitado como uma boate, mas tão tranquilo como um museu. Eu me sinto como uma
menina que entrega balão e esqueceu os balões, quando eu ando passando as portas giratórias e mais
ao fundo em direção a recepção. Oh, eu estar me sentindo foda não é tão ideal agora. Todo mundo no
lobby está olhando para mim.
Eu não posso fazer isso, eu não posso fazer isso, eu não posso fazer isso.
Livingston! Concentre-se. SIM. Você pode.
Eu empurrei meu queixo para fora e orgulhosamente caminhei até a recepcionista. — Rachel
Livingston para ver Malcolm Saint.
Ela me olha em silêncio. Inspeciona o meu cartão de identificação. Franze a testa um pouco.
Com um metro e setenta e quatro, eu não sou pequena, de jeito nenhum. Mas eu me sinto cada
vez menor. Estou encolhendo logo aqui, como eu esperava. Humilhada e quieta.
— Último andar — diz ela olhando para os meus tênis Converse.
Foda-se.
Eu vou para o elevador com tanto orgulho quanto eu posso reunir.
O elevador se fecha para o andar superior, desembarcando os meus companheiros, todos eles
em ternos impecáveis preto-e-branco, pelo caminho até que fique apenas eu. E um nó de nervos
apertando mais e mais. Eu aposto que Victoria não seria pega mortificada e vestindo isso. Nem
mesmo se ela fosse paga para fazê-lo.
Mas Victoria não está aqui, Rachel. Você está.
O elevador soa, e eu saio.
Há quatro mesas, duas para a direita, duas para a esquerda, e enormes portas de vidro fosco
levando a... Seu covil. Eu sei que é seu, por causa de como as portas foscas dão a impressão de uma
fortaleza de vidro, ambas audaciosas e estranhamente discretas. Elas sinalizam acessibilidade,
embora fossem completamente fora do alcance do mundo.
Uma mulher vem em volta de uma mesa e faz gestos para eu tomar um assento em um ponto
para a esquerda.
Agradecendo-lhe sob a minha respiração, eu sento na beira de uma cadeira por alguns
minutos, observando todos suas quatro assistentes, todas elas elegantes e atraentes de diferentes
maneiras, atendendo contínuas ligações. Elas trabalham em sincronia perfeita e absoluta.
Um elevador se abre e tenho um vislumbre de um homem alto, e me bate um golpe de pura
consciência feminina quando ele sai com um rastro de homens de negócios atrás dele. Ombros
largos, terno desenhado e de grife, camisa branca, e um passo de balançar o universo. Ele está
tomando a pasta que um dos outros homens estende e, após a emissão de algum tipo de comando,
envia seus seguidores para dispersar com velocidade de bala, e segue em frente. Ele me passa com a
força de um fogo brando de furacão e desaparece na caverna de vidro, me deixando tonta e
freneticamente absorvendo minha última visão do cabelo escuro, costas largas, e o mais quente
macho que eu já vi andando em Chicago.
Por um segundo, eu sinto que o mundo se moveu mais rápido, que de alguma forma os 10
segundos foram todos amontoados apenas no espaço de um a um, quando esse homem passou por
mim. Como um relâmpago.
Uma das assistentes pula de pé e vai para o escritório de vidro, onde ele desapareceu,
enquanto as outras três olham para a porta, como se elas desejassem que um raio tivesse atingido um
pouco mais perto de nós.
Em seguida, um pensamento me atingiu.
Que a tempestade era Malcolm Saint.
Sim, o furacão foi Saint.
Eu sinto uma picada de pavor.
Eu olho para o meu tênis. E sim. Eles ainda são tênis. Urgh.
Eu observo a assistente deixar a porta entreaberta, e eu não posso evitar, mas inclino para
frente, me esforçando para ouvir seus sussurros.
— Seu horário foi marcado para doze horas. Você tem dez minutos.
Eu não posso ouvir a resposta através das batidas nervosas do meu coração.
— Oh, e Sr. Saint, esta... Repórter... Ela está vestida de forma não convencional.
Deus, eu ainda não consigo ouvir.
— É da Edge, uma revista de baixa circulação. Dean acha importante usarmos qualquer chance
que poderia impulsionar o novo Facebook.
Minha pele arrepia, quando ouço uma voz baixa, profundamente e dolorosamente masculina
murmurar algo ininteligível.
— Rachel Livingston, — a assistente diz.
Eu sinto arrepios quando o som indiscernível no fundo de sua voz me atinge novamente. Os
arrepios correm a partir do topo da minha espinha para baixo, para meu cóccix.
Eu nunca tremi assim antes, nem mesmo quando eu estive congelando a minha bunda lá fora.
É isso tudo por causa dos nervos?
— Sim, Sr. Saint... — A assistente finalmente diz.
Ela sai e não consegue exatamente ocultar o fato de que ela está nervosa. Merda, e eu sou a
próxima. Parecendo que eu fui jogada em um liquidificador com uma lata de tinta, eu sou o resultado
de uma pequena expedição divertida.
Ela me chama até a porta. — Sr. Saint dispõe de realmente pouco tempo hoje. Desfrute de seus
dez minutos, — ela diz, enquanto ela empurra a porta aberta.
Eu tento responder, mas eu estou tão nervosa que apenas coaxo um —obrigada — quando eu
entro.
Cotações de ações rolam, em diferentes telas numa parede. Não há plantas vivas, mas
tecnologia, pisos de pedra natural e um monte de espaço, como se este homem precisasse.
As janelas têm uma vista agradável da cidade de Chicago, mas eu não posso absorvê-la por
muito tempo, porque eu vejo aquietar a intensidade da tempestade, quando um furacão vestido de
Armani vem na minha direção em uma força que é quase de outro mundo.
Uau. Uau por cada parte dele. Seu rosto, sua presença, seus ombros, seus olhos. Seus olhos
são verdes vivos, brilhantes e profundos, como rios em movimento, mas não há nenhuma falta dos
pequenos cacos de gelo brilhando dentro, quase gritando para mim para aquecê-los.
— Senhorita Livingston.
Ele estende a mão, e é quando eu deslizo os meus dedos em seu aperto quente, que eu vejo que
eu não posso respirar.
Balançando a cabeça, engolindo e colando um sorriso estúpido no meu rosto enquanto eu
ergo a minha mão livre, eu olho para ele com crescente medo.
Uma vez em sua cadeira e se recostando confortavelmente, ele fica lá, a postura
enganosamente casual, mas eu posso sentir o zumbido de energia a partir de seu ser.
— Sr. Saint —, murmuro, finalmente, mais consciente do meu traje e quão deslocada eu devo
parecer em meio a tal luxo polido.
Ele está olhando também, de uma maneira um pouco confusa, tranquila. Eu aposto que eu sou
a única mulher que ele já viu em um macacão. Em tênis. Aposto que todo mundo usa sua melhor
roupa quando está indo vê-lo.
Merda.
Ele olha para o relógio, me assustando quando ele fala. — O relógio está correndo, senhorita
Livingston, assim você poderia muito bem disparar. —Ele sinaliza para uma cadeira em frente a sua
mesa, e... Posso apenas dizer que sua voz é realmente uma grande experiência?
Sua presença é uma grande experiência. Não é de admirar que as pessoas falem sobre isso
online - inferno, para todos que ouvirem.
Sua mandíbula tem todos os ossos magros, as sobrancelhas, duas barras escuras acima dos
olhos, com profundos e grossos cílios. Seus lábios são sensuais, ligeiramente inclinados nos cantos.
O tipo de lábios que Gina chama de “comestível”.
— Obrigado por me ver, Sr. Saint, — eu digo.
—Saint está bem.— Ele se inclina para trás em sua cadeira.
Ciclos de adrenalina vão através de mim, quando eu finalmente não tenho nenhuma outra
escolha a não ser tentar me sentar na cadeira que ele indicou, todo esforço que eu faço focado em
meus movimentos. Eu estou tentando não me reclinar para evitar a tinta no tecido, um pouco tensa, eu
puxo as perguntas que eu escrevi no meu celular, no meu caminho até aqui.
—Então, meu principal interesse é claro, a sua nova plataforma de mídia social, o primeiro a
realmente competir contra o Facebook...
Eu não posso deixar de notar que ele está distraído com a minha roupa, enquanto eu me sento
em frente a ele. Eu posso sentir seus olhos em mim, me verificando. Ele está enojado com a minha
roupa? Eu posso sentir seus olhos quentes em mim, e eu estou apenas me contorcendo.
Ele se mexe na cadeira, uma mão cobrindo o rosto. Ele está escondendo um sorriso? Oh-Meu-
Deus, seria esse o movimento leve no peito? Ele está rindo por causa das minhas roupas! Porque eu
estou rígida como um manequim aqui, nervosa e freneticamente querendo saber se eu tenho tinta em
mim ou não.
— Como você sabe, — Eu me forço a continuar, mas Deus, estou mortificada, — os
investidores têm estado não só perguntando se permanecerá uma empresa privada...
Eu paro quando ele se levanta e caminha até o final de seu escritório. Ele caminha de uma
forma única, como um homem confiante. É inquietante quando ele caminha de volta para mim, me
estendendo o que parece ser uma camisa masculina limpa.
— Aqui, coloque isso.
Caralho. Está é a sua camisa? — Ah, não.
Seus olhos são extraordinários de perto, olhando para mim com uma curiosidade que eu não
tinha visto lá antes.
— Eu insisto —, diz ele, com um toque de um sorriso.
Meu coração acelera. — Sem dúvida, — Eu protesto, balançando a cabeça.
— Você vai ficar mais confortável. — Ele aponta para mim e eu me sinto quente. Ele apenas
sorri, um brilho em seus olhos.
De pé para colocar a camisa, eu abro cada botão com dedos trêmulos, em seguida, deslizo os
meus braços nas mangas. Eu começo a abotoar quando ele volta para sua mesa, seus passos retardam
esse tempo, quase predatórios... Por que ele não tira os olhos de mim enquanto ele anda ao redor?
Quanto mais rápido eu tento fazer meus dedos se moverem, mais desajeitados eles ficam. A
camisa cai no meio das minhas coxas, uma camisa que tinha sido tocada por ele, o peito, a pele, e de
repente eu não consigo parar de estar ciente do que ele está fazendo; baixando lentamente o corpo
masculino mais cobiçado de Chicago, para trás em sua cadeira.
— Ok — eu anuncio.
Mas não está tudo bem. Não está nada bem neste momento.
Eu estou corando até as pontas dos meus ouvidos, e seus olhos estão brilhando sem piedade,
como se ele soubesse disso.
— Fica melhor em você do que em mim — ele me assegurou.
— Você está brincando comigo, Sr. Saint — eu digo baixinho, baixando-me para a cadeira
novamente. A camisa tem o cheiro do sabão dele, o colarinho engomado, solto em volta do meu
pescoço. Deus. Meus joelhos se sentem fracos. Eu não me podia sentir mais vulnerável ​​se eu tivesse
me mostrado nua na frente dele.
— Tudo bem, então agora que você conseguiu me vestir adequadamente — eu digo a ele,
rindo, então me desprezo pela minha familiaridade. Puxe as suas perguntas, Rachel. E enquanto você
estiver nisso, puxe a sua objetividade também.
Seu celular toca. Ele ignora e eu percebo que ele está sorrindo sobre o meu comentário. Os
lábios se curvaram sedutoramente nos cantos, dentes perfeitamente brancos contra o seu bronzeado.
Ele. Sorri.
Oh.
Meu estômago mergulha de forma inesperada. — Você gostaria de atender?
— Não —, ele diz sem rodeios. — Continue. Este é o seu tempo.
Ele toca novamente. Ele olha para a tela, estreitando os olhos.
— Por favor, vá em frente — eu incentivo.
Eu realmente preciso que ele olhe quente para outra coisa por um segundo.
O que está acontecendo na minha vida?
Eu estou vestindo sua camisa!
Ele finalmente murmura: “Desculpe-me”, e atende a chamada e volta em sua cadeira um
pouco, enquanto ele escuta no fone.
Exalando enquanto eu puxo as minhas perguntas para cima do meu telefone de novo, eu
levanto os meus cílios e observo o seu perfil quando ele ouve com atenção. Apenas sentado lá sem
fazer nada, mas atendendo uma ligação, ele suga todo o oxigênio na sala. Ele grita classe, dinheiro,
sofisticação, e as coisas puramente poderosas.
Dizem que uma vez ele saltou da parte superior de seu prédio de escritórios.
Ele foi chamado de corajoso e ousado tanto nos negócios quanto fora dele.
Eu não acreditava em tudo que li na noite passada.
Eu não tinha certeza se tudo era uma mentira agora.
Há uma grande energia sob aquelas roupas de negócios.
Ele usa essas roupas como uma segunda pele, inferno, como se ele às vezes dormisse nelas.
Sob sua camisa branca eu posso ver o tônus ​muscular impressionante de seus braços e peito.
Nenhuma foto que vi on-line verdadeiramente capturou o efeito do rosto bronzeado, bem estruturado
em pessoa. Absolutamente nenhuma. Seu rosto é uma impressionante rua-que-vai-dar-num-muro, e
eu nem sequer me debrucei sobre o seu corpo, mas agora eu entendo porque sua cama é o local mais
cobiçado da cidade.
Ele desliga e se vira, e nós nos olhamos fixamente novamente por um momento. — Você quer
continuar agora, Senhorita Livingston? — ele incita, apontando para o meu telefone.
— Eu o diverti — eu digo.
Juntando uma sobrancelha, ele parece analisar a questão em sua cabeça um pouco, juntando os
dedos antes que diga. —Intriga-me, sim. Você pinta?
— Eu estava em um parque do bairro esta manhã. Os membros da minha comunidade se
reúnem às vezes; nós estamos tentando protestar contra a violência nas ruas, brigas de gangues,
venda de drogas em geral.
— Você está agora? — Diz ele, sem inflexão.
Eu não tenho certeza se ele está realmente intrigado ou simplesmente decidiu que ele não quer
me deixar entrevistá-lo, depois de tudo. Pensando de volta nas minhas perguntas e quanto eu preciso
para tirar o máximo de informações que eu possa, eu abro minha boca para tentar obter o seu lado
bom, talvez com um pouco de bajulação? Mas uma de suas assistentes interrompe.
— Sr. Saint, China chamando — diz ela enquanto ela espia através das portas. — E o carro
está pronto.
Ele desliza fora de sua cadeira, e seus músculos ondulam sob a camisa quando ele manobra
seus braços para trás em seu casaco preto. Ele agarra o boné do Chicago Cubs, colocado ao lado de
sua mesa, e quando ele olha para ele, um músculo salta na parte de trás de sua mandíbula, como se ele
de repente estivesse irritado com alguma coisa.
Eu não quero prolongar a minha estadia, então eu me forço a ficar de pé.
Ele levanta a cabeça para me destinar brevemente um último olhar. — Foi interessante, Rachel
— acrescenta.
Uma sensação horrível de perda pesa em cima de mim, crescendo fortemente com cada som
de sua certas e firmes pegadas, indo em direção a porta. Oh Deus, é isso?
— Sr. Saint, poderíamos marcar novamente...? — Eu começo.
Ele já está no limiar das portas abertas. Sua assistente coloca em suas mãos mais um par de
lembretes amarelos, e ele inclina a cabeça escura enquanto rapidamente desliza. Ele tem costas
extremamente tonificadas, um invertido triângulo de seus amplos ombros, em um casaco de designer
preto que cobre até a cintura perfeitamente.
Quando outra das suas assistentes vai chamar um dos elevadores, um de seus empregados o
alcança para entregar a ele uma bola.
Uma bola de beisebol. Claro. Ou ele está ficando e tendo ela assinada pelos jogadores hoje ou
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jogando a bola para fora no Wrigley Field .
Eu olho em volta para suas assistentes. Duas estão digitando. Uma está esperando pelo
elevador. E tem aquela que está sempre... Pairando ao seu lado. Todos os olhos estão sobre ele,
quando ele embarca.
Parece que ninguém está respirando até que ele sai, nem mesmo eu.
Quando o elevador o leva embora, suas assistentes voltam para suas mesas. Além de mim, eu
nunca conheci pessoas mais ansiosas para voltar ao trabalho.
Eu sorrio quando me aproximo da única que me deixou entrar em seu escritório. O nome dela
na placa diz CATHERINE H. ULYSSES. — Ele causa um efeito, não?— Eu pesquei. Será que ele
dorme com qualquer uma de vocês meninas? É o que eu realmente queria saber.
Ela faz uma carranca um pouco. Protetora? — Posso ajudar?
— Sim, eu gostaria de ver sobre a possibilidade de reservar outro horário com o Sr. Saint.
Nós não pudemos terminar o assunto que eu estou interessada. Eu adoraria ter pelo menos uma hora
com ele, até mesmo duas, se não for demasiado pedir.
Ela diz que vai me manter informada, e as quatro olham para a camisa que estou usando e
nenhuma delas parece feliz. Suspiro.
Seus assistentes me odeiam, e ele provavelmente vai me proibir de entrar no M4 pelo resto da
vida.
Estou tão decepcionada quando eu pego o táxi de volta para o meu apartamento que eu repito
a cena mais e mais, tentando encontrar algo que eu possa usar. É preciso um esforço para afastar meu
embaraço em primeiro lugar, cavando por baixo para a essência da reunião.
Eu anoto tudo...
Pontualidade
Respeitado por sua equipe = Bom chefe?
Mesmo quando ele estava sentado lá, sempre parecia ter algo acontecendo em sua cabeça (o
que ele estava pensando? Fusões?)
Seu olhar é... O mais profundo que eu já vi (indica um homem que pode ler as pessoas?)
Ele me deu sua camisa
Olho para a camisa e estudo os botões, a lapela. É um gesto inesperado ele me dar sua camisa.
Inesperado. Sim, ele é. Frio e composto, com uma coleira apertada em sua emocionante energia
furacão, escondendo alguma coisa profunda e interessante dentro dele.
Eu enrolo as mangas pelos meus cotovelos e anoto. Às vezes minhas histórias começam com
uma lista de palavras.
Eu acabo com esta lista de cinco coisas. Então é isso que tive da reunião? Cinco coisas com
muito pouca evidência concreta para apoiá-las, e um nó estranho em minha barriga. E sua camisa
agradavelmente cheirosa.


— O que uma camisa de um homem está fazendo aqui? Este é um espaço sagrado feminino
—, protesta Gina quando ela chega do trabalho.
— Ele estava envergonhado de mim e me deu sua camisa.
Estou sentada na frente de uma tela de computador em branco e eu não estou tão emocionada.
Normalmente eu amo o vazio das telas de computador, pois elas são como meu playground. Mas um
parque infantil com um sujeito solitário e sem informações para brincar me deixa irritada. Eu tenho
11 12
um saco de pretzels e iogurte do Whole Foods , todos colocados bem ao meu lado, mesmo que isso
não vá levantar meu humor.
— Ele a cobriu em vez de lhe dizer para tirar seu macacão? Que tipo de mulherengo é ele?
— Gina! Nós estávamos em seu escritório. Ele tem uma boa ética de trabalho. Ele claramente
não mistura negócios com prazer.
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Gina vem para mergulhar meus pretzels no iogurte. — Saint vive para o prazer; ele é o tsar
do prazer... O que há com o seu cenho franzido?
Eu gemo e coloco o meu laptop de lado e me estatelo na cama. —Preciso devolver aquela
camisa, a mancha no interior com sua marca maldita não vai sair.
— Por que você precisa devolver-lhe?
— Porque! Eu nunca... você sabe. Tive presentes dados por um cara. Faz-me sentir
desconfortável.
— Você perdeu de não ter um pai lhe dando coisas. Ou um irmão. Ou até mesmo um
namorado. Ainda assim, você precisa devolver as coisas quando você pode ficar com elas, confie em
alguém que sabe essa merda, frequentemente, as coisas não vem.
— Eu não estou ficando com sua camisa. O que isso diz sobre mim? —Eu balancei minha
cabeça e fiz barulho.
Ela come outro pretzel e arranca seus sapatos. — Ele é um bilionário, ele provavelmente tem
mais de uma dúzia com as etiquetas ainda. Você estava pensando em ir lá para entregar? E você
gostaria de um crachá titular permanente da empresa M4, ou o quê?
— Não — eu admito e eu pego o meu telefone na minha mesa e abro a minha internet para
que ela possa ver a mensagem que eu recebi.

Malcolm Saint
Senhorita Livingston, Dean novamente. Sr. Saint pode vê-la segunda-feira. Se você não se
importar que nós estamos encaixando a entrevista entre seus outros compromissos, ele está disponível
para vê-la às 15h.

— Rachel! — Diz ela, apontando meu braço. — Vai nessa, garota!
Eu sorrio em silêncio e olho para sua camisa pendurada na parte de trás da porta do meu
quarto novamente.
Eles dizem que quando você quer algo, você deve começar visualizando e isso vai se
materializar. Bem, esta é a primeira vez na minha vida que eu queria muito algo para provar a mim
mesma, e que finalmente vai tomar forma.
Ele me dará outra entrevista. Ele tem outros compromissos, mas ele vai me ver novamente.
Mesmo depois dessa primeira bagunça de entrevista. É tão além de perfeito, que eu não posso parar
uma nova onda de vertigem com a ideia subindo em mim, até que finalmente às 15h da segunda-feira
chegue.


Segunda-Feira
Um Rolls-Royce preto e brilhante está estacionado no centro da calçada da M4, o sol
brilhando sobre o último piso. No momento que eu pulo fora de um táxi, um motorista uniformizado
se aproxima.
— Senhorita Livingston?
Em silêncio, eu aceno. Formalmente, ele tira seu quepe para mim e rapidamente abre a porta
traseira. Eu entro naturalmente e Saint está dentro, dando uma série de ordens impacientes para
alguém, pelo telefone. Oops. Eu não acho que ele está com bom humor hoje. Ele não está gritando,
mas ele não parece ser o tipo de homem que precisa gritar para ser ouvido. Sua voz é exatamente
como eu me lembrava, mas as palavras de hoje são mais nítidas, atadas com absoluta autoridade e
forjadas em aço. Eu inalo bruscamente quando eu percebo que eu tenho que estar neste carro com ele.
Oh, garoto.
Ignorando a fraqueza repentina em meus joelhos, eu deslizo para dentro. No instante em que o
motorista fecha a porta atrás de mim, o carro parece encolher em todo o seu tamanho. Saint parece
ocupar todo o espaço com seu não tão sutil corpo esparramado no banco do outro lado do meu. Ele
está vestindo uma camisa de botão branca em parte aberta para revelar uma expansão suave do peito.
Seu casaco está jogado para o lado, juntamente com algumas pastas e um iPad. — Não dê desculpas e
não fale sobre isso. Faça — ele rosna, impaciente. Ele desliga, e em seguida, parece rapidamente
atender outra ligação. — Santori, pode falar.
Acariciando sua mandíbula, ele inspira respeito, pensativo, enquanto escuta o outro homem.
Eu resolvo apreciar o passeio enquanto o carro puxa para o tráfego. Tentando não fazer barulho ou
distraí-lo, eu tiro o meu telefone e tomo algumas notas enquanto ele fala. Empresas? Comprar ou
vender? Os nomes são nomes próprios ou apelidos?
Todo esse tempo, eu o assisto através dos meus cílios tentando não ser pega olhando.
Estranhamente, porém, às vezes, quando aumenta o silêncio, eu ouço tudo o que a pessoa do outro
lado da linha está dizendo, os olhos deslizam para baixo do comprimento do meu banco e eles...
Ficam como uma cola em mim.
Eu rapidamente olho para o meu telefone, ficando quente de repente. Este homem, ele é tão
intenso. E há esse traço enlouquecedor de arrogância, se agarrando a ele, em tudo o que ele faz.
Havia uma legião de mulheres que estiveram com ele na cama - ele é um desafio e um prêmio
- eu tenho visto. Mas em todas as pesquisas de ontem à noite, eu não encontrei nada sobre quaisquer
assuntos envolvendo ele e qualquer pessoa do escritório M4. Saint não mistura negócios e prazer? Eu
escrevi ontem à noite.
Sentada na parte de trás de um Rolls-Royce preto agora, eu percebo que este homem não
parece misturar nada com negócios. Ele se senta na minha frente e me dá uma visão perfeita de seu
rosto quando ele se engaja em várias transações. Ele realmente é muito bonito, mesmo quando franze
a testa, e ele parece estar fazendo uma carranca pensativa agora enquanto ele...
Uh, olha para mim.
— Nos negócios, não não é uma resposta — diz ele, baixo e profundo, em seu telefone. —
Não é simplesmente um convite para negociar.
Sorrindo para a frustração em sua voz, eu olho para fora da janela enquanto ele murmura
algo a seu empregado.
Ele não parou por um momento, para que eu possa fazer uma única pergunta, mas eu não
estou reclamando. Eu estou obtendo uma privilegiada vista na primeira fila do labirinto de sua mente,
e o impacto completo de sua personalidade.
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Eu achei que era um workaholic , mas não há realmente nenhuma maneira de descrever os
tipos de ofertas que Saint está manipulando ao fazer algo, mesmo que passivo, como andar na parte
de trás de um carro. Passivo, eu não acho que essa é uma palavra no dicionário deste homem. O cara
faz as coisas, e eu vou tomar uma página a partir de seu livro e agir com esse mesmo impulso para
conseguir a minha matéria.
Eu me vejo no drama de uma guerra de lances. Bombas de adrenalina explodem em minhas
veias, quando ele continua a dizer números, atirando-os para fora. Será que ele está comprando uma
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empresa? Algo sobre a Sotheby’s ? Eu escrevo o nome da pessoa que está falando, Christine. E os
números que ele está recitando. Ele está aumentando sua oferta de 100 bilhões e termina em um
pouco mais de dois milhões. Ele murmura, “bom”, e ao julgar pelo deslumbrante e grande sorriso
que aparece em seu rosto, eu acho que ele conseguiu o que queria.
Eu quase perco a pressa, quando, finalmente, há silêncio e o som de seu telefone bate no
assento de couro.
Puxando meus olhos longe das ruas de Chicago, eu olho seu telefone, agora colocado ao lado
de seu casaco e em seguida, com um nó estranho no meu estômago, de como ele me mandou para
casa na última vez, noto que sua completa atenção está sobre mim.
Um estranho calor se espalha pelo meu pescoço, porque ele finalmente falará comigo. — A
lua já é sua? — pergunto.
Ele pega uma garrafa de água, do bar ao seu lado, abre a tampa, e toma um gole. — Ainda
não.
Ele sorri e então ele franze a testa e pega outra garrafa de água, estendendo o braço para
entregá-la a mim. — Aqui.
Quando eu pego, ele volta por um momento, torce o pescoço para o lado... Bate os dedos na
parte de trás do braço... E eu estou nervosa com isso. Algo está errado?
Eu não estou de macacão mais. Estou vestida... Eu me refaço instantaneamente porque seu
olhar me faz nervosa. Calças pretas, camisa branca de botão, um casaco branco bonito, meu cabelo
preso com um prendedor preto. Eu parecia profissional e limpa, pronta para o negócio. Não é?
— Está tudo bem se eu lhe fizer algumas perguntas agora?
— Atire — diz ele, indiferente.
Quando eu puxo para fora meus cartões de nota, ele bebe sua água, seus olhos veem descansar
em mim. Seu rosto é como uma distração absoluta, eu tento alternar entre estudar meus cartões de
nota e olhar para ele em uma forma profissional. — Quando surgiu e se originou a ideia para o
Interface?
— Quando o Facebook fodeu o seu sistema.
— Sua fraqueza se tornou o seu ganho?
Por um breve momento, uma luz avaliadora brilhou em seus olhos, rodeado por uma estranha
e ainda uma escuridão emocionante. — A fraqueza de cada um é o ganho de outro. Seu sistema pode
ser imensamente melhorado. Jogos melhores, melhor acesso, downloads mais rápidos, e eu tenho o
time mais capaz no continente para fazer isso.
— Quantos trabalhadores estão atualmente a bordo?
— Quatro mil.
— Isso não é uma sobrecarga para começar?
— Considerando que nós já cumprimos nosso objetivo inicial do usuário de inscrição, não,
não é.
Eu sorrio e folheio meus cartões de nota apenas para evitar a intensidade de seu olhar por um
momento. Quando eu levanto meus olhos, ele está bebendo de sua garrafa de água, ainda me olhando.
— Você tem que saber que você é o homem mais procurado da cidade. Será que isso o
surpreende?
— Mais procurado. — Ele repete como se quase entretido pelo conceito, um leve sorriso nos
lábios.
— Por quem?— Ele estende as pernas mais largas e senta-se confortavelmente, com a mão
sobre o seu grande joelho quando ele deixa cair sua garrafa de água no suporte de copo ao lado e me
olha abertamente com olhos curiosos.
Ele tem uma mão grande. O tipo que você vê em jogadores de basquete ou pianistas.
— A mídia. Os fãs. Até mesmo os investidores — eu especifico.
Ele parece meditar sobre isso em silêncio e nunca realmente responde.
— Você cresceu sob escrutínio público. Eu não posso imaginar que alguém não iria querer
aprecia-lo. Você nunca se cansa disso?
Sua mão se espalha sobre o joelho, mais amplo. Ele bate o polegar contra a perna de uma
forma inquieta, mas seus olhos ainda não me deixam. Nem por um segundo. Nem mesmo quando ele
pega a sua água novamente. — É, sempre foi assim para mim.
Esse seu olhar, realmente, está atrapalhando a minha concentração. —Todos os seus atos de
rebelião— eu começo, tentando ser profissional e manter meus olhos nos dele também — Você
estava tentando convencer que você não seria controlado? Você esperava que isso fosse torna-lo mais
cativante para o público?
Um momento. Dois.
Aquele pequeno sorriso em seus lábios novamente.
Aqueles olhos ainda nos meus.
— Eu não sou cativante para as pessoas, Senhorita Livingston. Eu diria que as pessoas
respondem a mim em quatro níveis e quatro níveis únicos: Elas querem orar por mim, ser eu, fazer
sexo comigo ou me matar.
Surpreendida por sua franqueza, eu deixei escapar uma pequena risada; então eu coro por
causa da maneira como seus olhos escurecem, quando ele me ouve rir. — Perdoe-me as perguntas
pessoais. Estou interessada no Interface e não na mente por trás dela, já que a matéria se concentra no
Interface.
O carro está parando, uma vez que se aproxima de uma garagem. Perscrutando rapidamente
para fora, vejo que estamos indo em direção a pista de um centro de negócios sofisticado, e me
parece que poderíamos ter atingido o nosso destino. Nããão. Tão cedo? Eu me viro para ele, mas ele
não parece partilhar a minha ansiedade. Ele é a concretização de relaxamento agora, recostado no
banco, ainda me observando.
—Eu acho que nós chegamos, e eu queria lhe perguntar tantas coisas mais impertinentes — eu
provoco.
Ele sorri para mim, um sorriso genuíno que o faz parecer mais jovem, mais acessível. — Eu
vou te dizer uma coisa. — Ele se desloca para frente em seu assento, uma expressão travessa no
rosto. — Diga-me algo sobre você, e eu vou lhe dizer mais uma coisa sobre mim.
Eu salto para a oferta sem nem mesmo hesitar. — Eu sou filha única.
— Eu sou filho único.
Nós olhamos um para o outro novamente, da mesma forma que fizemos em seu escritório.
De repente, eu quero ter mil e uma respostas como essa. Pessoais. Precisas. — Posso oferecer
outra das minhas em troca de uma das suas? — pergunto.
— Ah. Eu tenho uma negociadora em minhas mãos. — Ele se inclina para trás em sua cadeira,
com sua risada rica e saboreando.
— Isso é um sim? — Eu ri também.
— Veja, a coisa sobre barganhas é que você tem que ter algo que o outro quer.
Encaro-o, sem saber se ele está me provocando ou não.
Seus olhos são escuros, mas seus lábios estão sorrindo.
Eu nunca consigo encarar seus olhos o suficiente. A energia pulsante de seu ser parece turvar
em sua profundidade. Ele é um indivíduo escuro. Escuro como seu cabelo. Escuro como pecado.
Escuro como tudo o que gira em torno dele.
Algo magnético. Imparável. Irresistível. Ele fica lá me avaliando e eu nem sei o que fazer,
como reagir, o que é que ele está tentando tirar de mim. Ele é um poderoso homem de negócios que
consegue o que quer e está acostumado que as coisas sejam feitas da sua maneira. Ele também é um
jogador que sempre recebe quem ele quer. Ele queria saber algo sobre mim, e eu estupidamente pulo
na água e ofereço mais. Mas ele queria saber uma coisa sobre mim, não duas.
— Eu vou pensar sobre isso, Rachel — diz ele quando eu não respondo, como se fosse para
suavizar o golpe, seus olhos se tornando escuros e inesperadamente líquidos, quando ele olha para
mim.
Deus! Eu poderia simplesmente me bater.
— Eu sempre pareço me atrapalhar nas entrevistas com você. — Eu nem sei por que eu estou
sussurrando, mas ele é um homem tão atencioso, que falar mais alto que qualquer pessoa parece
ensurdecedor, tão perspicaz que ele é.
Eu mexo a minha cabeça para esconder o rubor no meu rosto. Quando eu arrisco outro olhar,
ele está me examinando em silêncio.
Tentando não olhar para aquele rosto perturbador mais do que necessário, eu olho para fora
da janela e expiro, esfregando as palmas das mãos sobre minha calça, enquanto o carro finalmente se
move pelos parques, antes da entrada do edifício.
Há uma nova tensão no ar depois da minha pergunta idiota. Quando o motorista sai e parece
convocar a equipe de Relações Públicas, Saint bate a mão em seu joelho, pega seu telefone e disca um
número, falando baixo para o fone. — Hey, chame as tropas para sexta à noite. Vamos relaxar na Box
Ice. Envie os convites para a lista de costume. — Ele olha para fora da janela, para o sinal do
motorista dele, e embora eu queira perguntar mais sobre a Interface, eu posso dizer que eu já o perdi.
Estou absolutamente consternada, enquanto ele sai do carro e me avisa que seu motorista
ficará satisfeito em me levar onde quer que eu precise ir.
— Obrigado pela oportunidade, Sr. Saint — é tudo o que eu consigo dizer. Eu acho que ele diz
algo de volta para mim que soa como “Se cuide”, mas sua equipe vem busca-lo e ele vai tão rápido,
se não fosse pela garrafa de água vazia no lugar onde estava sentado, você quase não acreditaria que
ele esteve aqui.
Na minha carona para casa, eu finalmente percebo outras coisas ao meu redor agora que ele
se foi. O tranquilo e belo interior do carro me faz lembrar que esta não é a minha vida, ou eu. Meus
olhos se mantem à deriva, na agora vazia garrafa de água, onde ele estava sentado. Por que eu estou
tão obcecada com uma garrafa de água vazia, de repente, eu não sei. Eu forço os meus olhos e tento
escrever algumas impressões no meu telefone, abro e envio para mim mesma.
Insaciável e exig ente nos neg ócios / extremamente ambicioso
Realmente... Franco (esse cara não adoça coisa alg uma) deixou cair a F-bomba (eu g ostei que suas respostas não
fossem ensaiadas e ele apenas falou); Qual a razão de Chicag o ser tão obcecada por ele? Ele não é uma farsa, isso é certo.
Eu tento pensar em outra coisa, mas eu não posso nem parar as perguntas e os pensamentos na
minha cabeça.
Paciência, eu me lembro. Sua história não vai ser contada em um dia. Nenhum segredo é
revelado em uma hora. Nenhuma coisa duradoura é construída em um único momento.


16
Naquela noite, eu procuro pela minha camiseta da Northwestern , antes de ir para a cama, e
acho a sua camisa manchada no meu armário.
Eu fico olhando para ela por tanto tempo, que eu perco a noção do tempo. Eu pego e coloco o
meu dedo sobre ela. Eu sinto um forte calor correndo atrás dos meus dedos, para baixo da manga. É
enorme, elegante e claramente uma camisa muito cara, e com isso, de alguma forma, parece ocupar
muito mais espaço do que realmente faz. Encaro todos os botões, os punhos dobrados perfeitamente,
e a toco me pondo a sorrir e me fazendo franzir a testa, e o nó volta com força total no meu
estômago.
E então, de repente, eu sei como eu vou vê-lo novamente.


Camisa
Sr.Saint, aqui é Rachel Livingston da Edge. Eu adoraria devolver a sua camisa, se possível. E
se você achar em seu coração que pode me dar mais algumas respostas sobre o Interface, eu ficaria
muito agradecida. Ansiosa para saber sua resposta.

Srta. Livingston, Dean novamente. Sr. Saint tem um evento de caridade esta tarde. Se você
puder ir, vá até a portaria do prédio, às 17h, que ele poderá vê-la então.
P.S. Ele diz para ficar com a camisa.

— Ele está me recebendo novamente. Oh, Deus. Ele está me recebendo novamente, e eu não
posso acreditar que algo dê errado desta vez! Eu preciso fazer perguntas claras. Mostrando seu lado
bom, para que ele possa me receber novamente, talvez. Gina, é importante que eu use as roupas
certas. Ajude-me a escolher.
— O que nós estamos procurando?
— Nós estamos procurando... — Eu fico olhando para uma saia branca e top branco feminino
e simples.
— Eu digo, vamos procurar algo mais forte que diga: Eis-me aqui, e eu estou falando sério
sobre isso.
Gina aponta para uma saia cinza, uma jaqueta cinza apertada, curta e sapatos vermelhos.
— Mas eu quero parecer pura e vulnerável — eu gemo.
— Vamos, isso vai ser perfeito.
— Ok — eu concordo. — E aqui, uma lingerie bonita para se sentir confiante.

Digo a Helen que eu tenho uma entrevista para que eu possa deixar o trabalho mais cedo na
quinta-feira.
— Você vai usando isso? — Ela aponta para a roupa que Gina e eu escolhemos.
Eu concordo.
Ela faz uma carranca. — É um pouco secretária... Demais. Podemos ir com algo um pouco
mais sexy? Nós queremos despertar seu interesse sexual!
— Eu vou abrir alguns botões e mostrar um pouco do decote — eu apaziguo.
— Eu ouvi que haverá uma grande festa neste fim de semana na sua Box Ice. Você recebeu
informações sobre isso?
Não, mas eu o ouvi mencionar isso no carro. — Vou tentar entrar — eu lhe asseguro.
Chego cedo no M4 e me pergunto se eu posso vê-lo antes de sairmos. — Cinco minutos para
que eu possa devolver isso? — Eu pergunto levantando o gancho com a camisa, coberta pelo plástico
de lavagem a seco.
Um de suas assistentes pega o telefone, sussurra algo no fone, então balança a cabeça e pede
para eu me sentar.
Sento-me e após um minuto, levemente levanto a minha mão livre para minha blusa abrindo
um botão de cima.
Então eu abro um segundo, um pouco de ar acariciando a pele entre os meus seios.
Respirando, eu considero abotoar novamente pelo menos uma dúzia de vezes até que eu sou
autorizada a entrar em seu escritório. E então, eu esqueço quando eu o vejo de pé atrás de sua mesa,
puxando seu paletó da parte traseira de sua cadeira.
Um elegante empresário de 1.83, gravata preta, e mandíbula bem barbeada. Eu nunca cheguei
a ver o meu pai vestido para o trabalho, ou um irmão. Tem que ser por isso que eu encontrei a visão
de Malcolm Saint estendendo a mão para o casaco em sua camisa branca tão completamente
assombrosa e sedutora.
Eu sou impotente para parar de olhar fixamente. Eu pego sua expressão no momento em que
ele recebe um vislumbre de mim, e ele silenciosamente retorna meu olhar. Deus. Ele é tão
perturbador para mim em todos os sentidos. Eu não sou cega a sua atração. Eu sinto isso como um
soco no estômago, cada olhar me perfurando mais profundo.
Suas sobrancelhas sobem em curiosidade questionadora. — Que história é essa?
Claramente percebendo o que eu carrego, ele veste o paletó e assume uma postura ampla,
somente olhando para mim, por um momento muito longo. Minhas pernas estão líquidas.
Eu não acho que ele sequer lutou com um “não” olhar, mas um pouco de pressão nunca me
fez sentir tão exposta.
— Sr. Saint. — Eu limpo minha garganta e um silêncio se estende entre nós, enquanto ele
coloca os braços no paletó.
— Rachel — diz ele, seu sorriso tão misterioso, que eu gostaria de saber o que ele estava
pensando.
Eu dou um passo à frente e coloco a sua camisa na parte de cima da mesa bem organizada. —
Eu acredito que isso é seu. Sinto muito, isso me levou um tempo. Eu tive que lavar a seco duas vezes,
17
uma em um lugar eco-friendly , o outro normal, apenas para tirar um pouco da mancha de tinta.
Ele olha para sua camisa como que se divertindo por estar a vendo novamente, e tudo o que
posso me perguntar é, por que ele não está olhando para o meu decote que me faz sentir tão nua
agora? — Eu disse a Dean que você poderia ficar com ela — ele me disse.
— Pareceu inadequado da minha parte.
Ele se inclina para o seu computador e digita várias vezes o fechando — Por quê?
Ele finalmente pega o cabide de metal; seus dedos quentes curvados sobre os meus, por muito
tempo, apertando forte quando ele pega a camisa de volta. Ele atravessa a enorme extensão de seu
escritório para pendurá-la com o resto, e eu rapidamente fecho os dois botões que eu desfiz,
finalmente capaz de tomar um fôlego.
— Você nunca obteve um presente de um homem antes, Rachel? — Ele pergunta.
Ele é muito perspicaz, muito atento. — Bem, na verdade, eu... Não. Na verdade, não...
— Nem mesmo flores?
Com um toque na parede, ele abre o armário embutido e fica me olhando do outro lado da
sala. Eu não consigo imaginar por que isso é importante ou porque mesmo ele se importa, mas eu
consigo responder.
— Não — eu digo.
Ele empurra a camisa para dentro com dezenas de outras, mas pelo brilho em seus olhos, ele
olha fascinado por causa dessa notícia, e eu não posso começar a entender o porquê. Eu gemo. —
Você vai me provocar com isso, não é?
Sua sobrancelha levanta em questão. — Eu? Te provocar?
— Eu acho que você gosta de me provocar. Seus olhos estão rindo de mim agora — Eu acuso
apontando para seu rosto, enquanto ele volta avançando com sua grande confiança, e o sorriso mais
bonito que já deu na minha frente.
—Talvez porque eu goste do jeito que você cora.
Eu estou corando muito forte agora.
Seu olhar não é tão gelado como eu me lembro. Eu me sinto tão quente com o seus olhos em
mim.
— E o seu pai? — Ele faz um gesto em direção às portas e sai de seu escritório.
Eu quero encontrar algo divertido e leve a dizer em resposta, mas eu não consigo encontrar
nada divertido e leve para dizer sobre meu pai e o que realmente aconteceu comigo. Vamos esperar
pelo elevador. — Ele se foi antes que tivesse tempo para me dar presentes — eu finalmente murmuro.
O elevador chega e ele sinaliza para eu entrar. Quando eu passo, ele abaixa o rosto até que eu
sinta sua respiração em meu ouvido. — Eu não tive a intenção de fazer você se sentir desconfortável,
Rachel.
Quando nós subimos a bordo, todos os seus assistentes e todos no térreo parecem estar em
estado de espera, atentos ao que Saint faz. Eu fico lá em silêncio ao seu lado, alerta. — Você não me
fez — eu sussurro para que apenas ele possa ouvir.
Mas oh. Ele realmente não precisa fazer muito para me fazer desconfortável. Por que minha
vida pessoal importa? Será que ele vai pensar que eu também não estou madura o suficiente para
poder entrevistá-lo da forma como um homem na sua posição merece?
Uma das assistentes chama — Oh, Sr. Saint — e salta para dentro do elevador antes de
podermos sair.
— Sim, Cathy?
Ela abre uma pasta e aponta para algo escrito lá.
— É isso mesmo, ele responde em voz alta.
—Tudo bem — diz ela. —E isso?
Ele não usa muita colônia. Ele tem cheiro de loção pós-barba e sabonete. Seus lábios me
distraem um pouco quando ele se mantém respondendo a quaisquer perguntas que a assistente parece
estar fazendo. De repente, aqueles lábios, com a ponta ligeiramente para cima, me enfrentam e
quando eu olho para cima algumas polegadas mais alto, eu percebo que ele acabou de me pegar
olhando.
Eu estou vermelha quando nós chegamos ao lobby. — Obrigado, Cathy — ele diz a ela.
— Não há de quê, Sr. Saint.
Cathy. Ela é, pelo menos, uma ou duas décadas mais velha e claramente apaixonada por ele.
Há quanto tempo ela trabalha aqui? Eu me pergunto e me dedico a uma anotação de lembrete.
— Você está bem? — Ele me dá uma garrafa de água uma vez que estamos no carro. Sentado
de frente para mim, o cara enche o assento de couro com ombros largos que parecem ter centímetros
de largura. Ele parece relaxado, seu cabelo preto e sedoso, mais curto nos lados, um pouco mais
volumoso edescontraido no topo, penteado para trás hoje, para revelar a testa lisa e suas feições. O
verde de seus olhos nunca é o mesmo de todo dia. Talvez seja por isso que eu nunca consigo afastar
meus próprios olhos para longe?
— Sim, obrigado por me receber — eu finalmente digo a ele.
Eu retiro meus cartões de anotações, porque eu não vou estragar tudo desta vez. Ele
silenciosamente toma a sua água quando eu começo a prosseguir com as minhas perguntas. Eu
aprendi que: Interface também irá oferecer vids, Tumblr, gifs, e vídeos do YouTube. O site vai ter alta
capacidade de compartilhamento de arquivos. Suas assinaturas de usuário estão superando as
estimativas iniciais em 160% diariamente.
— Então Interface é a trigésima quinta empresa que você começou do zero?
— Trigésima quinta, trigésima sexta... O número é irrelevante. Cada uma é como se fosse a
primeira.
Quando chegamos ao evento, que está acontecendo em um enorme jardim na parte de trás de
uma mansão. Tem várias dezenas de mesas com toalhas brancas, um pódio e arranjos florais de
sobra. Um enorme dossel protege as mesas, tanto do sol como da chuva, dando um efeito elegante e
bonito.
SALVE UM ANIMAL, a bandeira alta sobre o pódio declara em letras azul-marinho. Quando
paramos em uma mesa para obter uma placa para o leilão, estou confusa.
— Eu pensei que você estava falando publicamente hoje? — Pergunto quando eu o sigo por
entre as mesas.
— Eu vou deixar minha carteira falar.
— Saint — um cara chama e vem com uma câmera. — Eu pensei que você não falava com
jornalistas.
Eu não me lembro do nome do cara, mas de repente eu me lembro que ele trabalhou por
apenas alguns dias na Edge. Ele é alto, loiro, jovem e está olhando para mim com todos os tipos de
inveja profissional.
Saint me leva pelo cotovelo, ignora o cara e nós caminhamos direto enquanto ele mesmo diz
— Não é da sua conta, Greg — em forma de aviso.
— Você é da minha conta, Saint! — Greg grita.
Calma e curiosa para saber sobre a sua reação, eu espio para observar o perfil de Saint,
ilegível. Estou impressionada com a facilidade com que ele rapidamente descarta o cara de seus
pensamentos. Ele deve ser totalmente acostumado a isso, a tal ponto que todos nós poderíamos ser
moscas disputando sua atenção, esperando por ele para fazer um novo movimento que podemos
chamar de interesse jornalístico. Às vezes, ele nos obriga, pois a mídia foi imprudente com ele antes.
Quão rígido seus limites foram forçados para ele se descontrolar?
Percebo que ele ignora a maioria, ou apenas os cumprimenta amigavelmente, mas a atitude
que ele irradia é “eu não dou a mínima”. As pessoas, por outro lado, não podem resistir ao seu
magnetismo. Elas parecem gravitar em sua direção no momento em que o avistam. Eu não posso
entender o tipo de olhares venenosos que estou recebendo das mulheres, e em seguida, virando e
olhando com adoração para Saint.
Ele me senta em uma mesa bem na frente.
Em cada lugar há um pequeno catálogo de imagens dos mais belos animais selvagens que
você já viu. — O que você acha? — Ele me pergunta em um tom frio e metódico, quando eu folheio
um.
— Você está ajudando um desses animais? — Eu pergunto, confusa, quando ele concorda. —
Não posso escolher um.
— Eles estavam no circo. Eles vão ser sacrificados se não encontrarem um lar, e para fazer
isso eles precisam de um patrocinador que vai ajudar a coloca-los sob os cuidados de um jardim
zoológico local.
— Estou tão triste agora. — Eu olho para a lista de animais e paro em um. — Elefante. Eu
acho que é um dos animais mais nobres. Como eles são uns com os outros, de modo tão carinhoso,
tão forte e tão gentil.
— Esse é o que você escolhe? — Pergunta ele como se não fosse divertido.
— Não, eu estou apenas analisando —,eu digo, o orgulho ferido. — Os elefantes são
afortunados. Aposto que se você salvar este elefante hoje, sua sorte vai lhe poupar um dia.
— Estou absolutamente emocionado, senhorita Livingston, mas vamos ajudar o elefante. —
Ele coloca em minhas mãos a raquete numerada para que eu possa fazer o lance, em seguida, senta lá
com seu celular respondendo e-mails, enquanto eu continuo com o levantamento da raquete.
Eu começo a pirar quando o preço sobe. — Saint...
— Continue dando lance, até que ela seja sua.
— Ela será sua — eu o corrijo.
Ele dá de ombros. — Se isso faz você se sentir melhor.
Nós salvamos a elefanta chamada Rosie e agora ela vai ter uma casa para viver. Ele também
recuperou a raquete de mim e dá lance em cada um dos outros animais o suficiente para aumentar os
seus preços e fazer os outros pagarem suas bundas. Ele não disse que faria isso, mas eu percebi no
quarto animal que ele estava dando lance em todos os animais forçando as pessoas ao seu limite até
que ele estivesse satisfeito.
É como se o mundo fosse seu playground. Estou maravilhada e também um pouco assustada.
Saint podia esmagar a revista...
Eu só vi um lado calmamente cruel dele, espero nunca me indispor.
No caminho de volta, ele está no telefone falando em outra língua e eu estou tentando não
notar como o som de sua voz acariciando os tons estrangeiros me faz mover no meu lugar. Eu
escrevo notas sobre meu telefone para enviar um e-mail para mim mesma, especialmente o que está
mais evidente em minha mente.

Ele não fez prisioneiros. Ele empurrou os preços para cima, tanto quanto eles poderiam aumentar. Por quê? Ele desafia seus
companheiros e seus coleg as não g ostam disso; Quantos inimig os ele tem?

Eu começo a corar quando eu penso na maneira como ele parece gostar de me provoca, e eu
expio e olho para ele, enquanto ele fala com alguém que eu tenho certeza que é Tahoe Roth. Ele é
diferente com seus amigos. Mais à vontade, menos intenso. Eu acho que uma de suas chamadas de
negócios é sobre as suas ações de hoje.

Ele é implacavelmente focado, absolutamente insaciável.

Quando nós o deixamos na M4 onde o BUG 3 brilhante o aguarda com alguém que está com
as chaves, ele diz boa noite. Agradeço a ele por hoje e, em seguida, sento lá torturada, me
perguntando se essa foi a minha última entrevista.
Quando eu chego em casa eu me pergunto como vou convencê-lo a me ver de novo. Eu me
sinto inquieta e sequer quero pensar que isto está acabado. Eu me pergunto se eu vou parecer muito
desesperada se eu pedir por outra entrevista. Talvez eu apenas mantenha contato e, em seguida,
tentarei uma abordagem no final da semana.
Abro a minha caixa de entrada do interface e começo uma nova mensage, procurando o leilão
e encontrando uma bela imagem do elefante. Eu adiciono uma legenda dizendo: Você realmente sabe
como tratar uma moça; meu herói, e então eu escrevo uma mensagem:

Sr. Saint, eu não só conheci o Interface, mas também estou dormindo muito
melhor sabendo que Rosie está bem.

Eu fico olhando para as palavras e me pergunto se eu estou indo um pouco longe demais. Eu
estou brincando com ele um pouco, porque ele brincou comigo hoje. Quero apelar para o seu lado
humano para que ele possa compartilhar um pouco mais comigo, mas eu não quero que ele sinta que
estou sendo antiprofissional. Pergunto a Gina o que ela pensa de mim enviando uma imagem de um
elefante.
— O que um elefante tem a ver com alguma coisa?
Eu decido que é algo que só ele vai entender, então eu reúno a minha coragem e envio. Então
eu gemo. Será?
Eu nem tenho certeza se ele vai rir, que tipo de humor ele tem. Eu acabo verificando
compulsivamente as mensagens enquanto eu espero por uma resposta, eu concentro as minhas
energias em ler suas entrevistas. Eu leio e leio, interessada não realmente nas perguntas, mas nas
respostas, e mais do que isso, em cada pequeno espaço em branco entre as palavras de suas respostas,
como se qualquer palavra que ele não dissesse iria me ajudar a conhecê-lo melhor.
Ainda nenhuma resposta, depois de horas de mensagens mais tarde.
Normalmente há paz no meu quarto, mas parece-me que a imagem do elefante que enviei está
aqui. Eu me contorço e rolo toda a noite.

Club
Eu estou olhando para o teto do nosso apartamento terrivelmente confusa.
Será que eu cometi um erro ao enviar a imagem do elefante?
Eu deixei a emoção me dominar e talvez tenha cruzado uma linha profissional. Eu não recebi
nada dele hoje, nem de Dean, nem de ninguém. Agora eu não sei o que fazer, mas eu sei que ele hoje
à noite tem um happy hour elegante na Book Ice. Eu preciso entrar de alguma forma. Sua vida parece
perfeitamente dividida; negócio para um lado, e que mais para o outro? Se o homem trabalha duro,
ele tem uma reputação de festejar tanto quanto –impossível, mas é – e ainda mais.
A mídia gosta de enfatizar sua galinhagem em todos os lugares, mas você poderia culpá-lo?
Ele tem uma aparência incrível e quando andei ao lado dele, quando chegamos ao leilão, não houve
um único olhar do sexo feminino que não focasse em mim e, em seguida, rastreasse o seu caminho
ansiosamente até seu belo rosto. Você pode culpá-lo por partilhar o que as mulheres oferecem
quando ele é um homem tão jovem e saudável?
Saint poderia pensar que ele está nos dando apenas uma reportagem, mas ele fez mais do que
qualquer um que passou pela Edge e tem recentemente cooperado mais do que eu esperava. Ele me
deu mais tempo do que qualquer um com a metade da sua importância, se mostrando disponível a dar
abertura para uma revista necessitada como nós.
Eu posso dizer que ele é um chefe difícil, mas meu instinto diz que ele não é injusto. Interface
e todo o conglomerado M4 são exemplos de visão e ambição, mas não de ganância. Só de vê-lo falar
ao telefone, posso dizer que ele é um notável empresário, e dizem que ele é tão notável como
empresário quanto é como amante.
Durante a primeira entrevista no carro, quando ele falava sobre o Box Ice, para quem ele tinha
ligado? Um de seus meninos? Roth ou Carmichael?
Agarrando o telefone do nosso apartamento do lado do sofá da sala, eu ligo para Valentine,
um dos meus colegas de trabalho, a pessoa que está na seção-social, que conhece todo mundo e se
não as conhece, sabe o suficiente para mentir sobre isso. — Você pode me colocar na festa da Box Ice
de hoje à noite, de Malcolm Saint?
— Eu consigo o que você quiser, mulher. A verdadeira questão é, o que eu ganho em troca?
— Dê o seu preço... Cara.
— Ah, eu amo meus contatos, Rache! Espere que já te ligo.
Minutos depois, ele me liga de volta e diz: — Você está na lista.
— Com Gina, certo?
— Cara, eu sou uma fábrica de chuva não uma milagreira. Não há de quê. Você me deve uma.
— E eu vou pagar — eu felizmente prometo, mas Gina não está tão feliz com a notícia.
— O que você quer dizer com eu não posso ir com você? — Gina reclama quando eu digo a
ela. — Wynn vai sair e eu tenho que ficar aqui em uma sexta-feira?
— Eu sinto muito, Gina. — Eu estremeço quando eu freneticamente puxo algumas opções de
roupas. — E se Valentine vier para cá?
— Oh, não. — Ela geme. — Eu não confio naquele homem. Ele é como o careca fofoqueiro
de Game of Thrones, que joga com todos. — Então ela começa a mandar mensagens de texto. — Ok,
eu mandei uma mensagem de namorados, porque ele é como o careca fofoqueiro de Game of
Thrones. Podemos beber algo, uma vez que você cair fora.
Eu ainda estou no meu robe frisado, recém-saída de uma ducha, com Gina e Wynn tentando
me ajudar a encontrar a roupa perfeita, quando há uma batida. Wynn salta como se um raio a tivesse
atingido. Ela corre para o banheiro para afofar seus cachos, e, em seguida, atravessa a sala para
atender a porta.
Wynn abre a porta para revelar: Emmett, um chef de um promissor restaurante. Seu mais
recente caso.
Seu lenço se move na brisa gerada pela abertura da porta e Emmett agarra suas bordas e a
puxa para ele.
Alto e loiro, ele a beija na boca, um beijo tão perfeito como em um filme, e a qualquer
momento eu espero a música de fundo soar.
Eu nunca tinha sido puxada por um homem assim. Eu nunca tinha sido lançada no ar como um
avião, como Wynn estava sendo, ou beijada na testa por meu pai a cada noite, como Gina era.
Wynn tem sido sempre a mais suave de nós três. Ela quer se casar e é especialista no uso de
sua feminilidade para conseguir o que quer. O que ela quer sempre? Um homem. Eu não queria um
homem na minha vida inteira. Eu cresci querendo que meu pai estivesse vivo e todo esse meu querer
foi se esgotando; tempo suficiente até que passou.
Gina olha para eles também, e no momento em que Wynn fecha a porta atrás dela, nós duas
nos encaramos com um olhar que diz: Será que estamos perdendo algo grande porque nós estamos
muito cansadas?
Gina é a cínica entre nós. Ela namorou um cara chamado Paul, um par de anos atrás, na
faculdade. Paul é um nome simpático e despretensioso. Você nunca pensaria que alguém chamado
Paul estaria mentindo quando ele disse que te amava. Você nunca imaginaria que ele teria outras duas
namoradas enquanto conversava com você. Você nunca pensaria isso do primeiro cara que você se
apaixonou, que seria o único para o resto de sua vida, alguém para fazer planos.
Gina e eu estamos casadas ​com nossos trabalhos e isso significa que nós duas queremos
continuar assim. Gina trabalha em uma loja de departamento e ela vive para seu desconto de
funcionária. Eu vivo para minha coluna.
— Você está nervosa — diz Gina quando eu adiciono um pouco de blush nas minhas
bochechas. — Relaxe, Rachel. Ele é apenas um homem, não importa o quão impiedoso.
— Não diga isso, eu já estou nervosa o suficiente. Os clubes não eram meus locais preferidos
nem mesmo quando estávamos na idade de implorar para deixarem entrarmos.
— Ninguém vai saber que não é seu local favorito. Apenas certifique-se de se entrosar.
Nós duas olhamos para as três opções que eu escolhi.
Considerando que ele me viu no meu macacão e, em seguida, vestida com um terno, eu quero
passar uma mensagem completamente diferente com o que eu vestirei esta noite. Suas festas são
conhecidas por serem indecentes e eu não quero usar roupas que dizem que eu sou uma menina de
trabalho. Eu quero parecer como alguém que é do seu grupo. Eu quero parecer sedutora, moderna,
tão contemporânea que a última coisa que ele vai se lembrar de mim hoje, é que eu sou a mesma
mulher que o está entrevistando para um artigo sobre Interface.
— O que você acha? — Eu pergunto-lhe. — Opção 1: Uma saia branca bonita com um top
branco de tecido leve; Opção 2: Um vestido vermelho, na altura do joelho, bem apertado; Opção 3:
vestido de bandagem preto.
— Os homens amam as mulheres de branco — diz Gina. — É aquele demônio que não podem
resistir. O diabo do Saint é o mais selvagem de todos eles. Eles adoram vermelho também.
— Mas o preto é infalível — eu digo. — Eu não quero gritar: “Eu não tive relações sexuais há
algum tempo”. Eu não quero dizer: “Vem cá”. Eu só quero estar lá e dizer: “Aqui estou eu”.
Ela balança a cabeça em aprovação, então eu vou para o banheiro, visto lingerie de renda
preta e saio com os pés descalços deslizando sobre meus calcanhares.
Gina deixa cair sua revista que estava lendo enquanto olhamos em minha aparência no
espelho de corpo inteiro, no interior da minha porta do armário.
Eu sou alta e tenho curvas e meus seios são pequenos, mas firmes e turbinados. Minha pele é
macia e leitosa e meu cabelo loiro platinado devido a descendência escandinava da minha mãe. Por
alguma razão as pessoas elogiam as curvas dos meus ombros e pescoço, e por isso o decote do
vestido os mostra. Ele enfatiza a minha magreza, meus quadris estreitos e cintura fina, o material
preto aumentando a translucidez do meu rosto e pescoço. Meu cabelo brilha como ouro prateado.
Meus olhos são cinza com manchas de azul. O vestido me abraça bem em todos os lugares.
— Como se estivesse em uma passarela — Gina assegura-me da cama, balançando a cabeça.
— Definitivamente melhor do que eu estava quando eu o conheci em meus tênis — Eu me
oponho.
Eu passo uma escova sobre o meu cabelo, em seguida, o seco por alguns minutos. Quando eu
termino, eu solto uma respiração quando eu me vejo no espelho. — Pronta ou não, Rachel.
— É claro que você está pronta! — Gina diz.
Eu rio e viro para olhar para ela desejando que ela pudesse vir. Minha absoluta melhor amiga.
Ela é minha irmã adotada, no meu coração. Segurei a mão dela quando Paul a deixou. Passei os
lenços. Eu jurei que nunca iria deixar alguém quebrar seu coração novamente. Eu jurei que ficaria
com ela até o fim e não deixaria ninguém destroçar o meu. Prometi que ficaria feliz sozinha, porque
quem precisava de um cara? E ambas tomamos sorvete e repetimos esse mantra o tempo todo. É por
isso que eu sinto que estou indo para o clube hoje à noite como um anjo sem a minha asa.
— Vá — ela me diz com a emoção singular dela.
Eu engulo e pego a minha bolsa e tento dizer a mim mesma que eu posso fazer isso. Que eu
quero fazer isso. Então quando – não se, quando - eu escrever esta reportagem, eu finalmente irei
silenciar toda dúvida na minha cabeça de que eu posso entregar os resultados esperados de mim.


Eu pareço muito diferente da menina que Saint encontrou em seu escritório. Mas eu não sinto
nada diferente. Meus nervos estão uma pilha quando eu dou o meu nome a um segurança na entrada e
eu sou autorizada a entrar no clube, cada parte de mim confortável no apertado vestido enquanto
meus saltos pretos batem no chão.
Considerando que M4 era como um museu, o Ice Box é pura indecência escura. Esculturas de
gelo estão nos pedestais ao redor do salão. Gaiolas com dançarinas com corpos pintados estão
penduradas no teto. Um bar branco com luzes azuis se estende de uma parede para outra.
18
Luzes estroboscópicas piscam em todo o espaço,enquanto eu vou me empurrando pela
multidão. As batidas graves da canção de Mr.Probz “Waves” tocam para a multidão dançar. Drinques
são servidos em bandejas de prata brilhantes e as bebidas são tão adornadas por frutas, azeitonas, sal
brilhoso, ou líquido colorido que parecem obras de arte.
Este não é um clube de ostentação normal. É o clube dos meninos ricos, e em todos os lugares
que você olha estão pessoas bonitas vestindo coisas belas.
— Eu o conheci! Deus! Quando ele disse oi eu pensei que iria desmaiar...!
Meus nervos me comeram enquanto eu ouvia isso, porque eu tenho certeza que eles estão
falando sobre ele. Tentando respirar, eu acabo mais fundo no clube, desejando tanto que Gina
estivesse aqui quanto eu podia. A sala está repleta de mulheres, algumas claramente na caça, outras já
emparelhadas com alguém, algumas saindo com seus amigos. Eu respirei lentamente, dentro e fora,
dizendo a mim mesma que eu posso fazer isso. É apenas um clube. Eu posso ter um pouco de
diversão. Faz tempo que eu fui a um clube e nunca fui para um clube como este, mas não importa. Eu
posso entrevistar as pessoas, e se eu tiver sorte, eu posso fazer mais do que isso.
Após observar a área e tentar encontrar os melhores pontos de espionagem, eu vou para o
nível superior e foi aí que eu consegui olhar melhor para o que está acontecendo lá embaixo nos
cantos mais lotados.
E falando no diabo. Meu coração para uma batida quando eu vejo a sua cabeça escura e aquele
nó detestável queima e aperta meu estômago como uma vingança. Eu juro que ninguém na minha vida
nunca me fez ficar tão nervosa.
Ele se senta com seus braços esticados para trás dele, um copo de vinho e duas mulheres
disputando sua atenção enquanto ele conversa com seus amigos. Seu rosto masculino é iluminado em
determinados ângulos quando as luzes piscam, sua beleza sem precedentes.
Ok. Respire. Eu quero que ele saiba que eu estou aqui ou não?
Uma sensação aquosa parece se espalhar para baixo em minhas pernas quando eu me forço a
descer. Eu serpenteio, pelo meu caminho sem fim, para o banheiro das mulheres, por entre a
multidão de corpos, em direção a um grande espelho, acima de um conjunto de modernas pias
flutuantes. Um grupo de mulheres se enfeita e se ajeita enquanto eu olho para todos os nossos
reflexos. A minha direita, uma mulher faz beicinho com seus lábios vermelhos e a minha esquerda,
suas amigas fazem beicinhos em rosa.
Eu? Eu ainda sou eu, mas eu pareço extravagante como se tivesse nascido aqui. Eu pareço
muito diferente da jovem coberta de roupas que ele conheceu. Será que ele vai me reconhecer assim?
—Você vai ao pós-festa? — Batom vermelho pergunta para batom rosa enquanto elas retocam
seus batons.
— Ainda não tenho a chave.
— Olhe, olhe. — Batom vermelho fez ondas com uma chave cartão no ar.
Gritando no banheiro ela enfia a chave no seu sutiã. — Minha!
— Então há alguma coisa depois da festa? — Pergunto.
— Na cobertura de Saint— uma diz balançando a cabeça.
— Como vocês foram convidadas para essa festa?
— Cem chaves são distribuídas durante a noite.
Um pensamento repentino de roubar aquela chave que ela está escondendo em seu sutiã
passou pela minha mente. Eu quero dizer, é apenas uma chave. Não poderia ser um crime.
— Babe — ela me diz — pare de ficar de olho na minha chave! Eu estive esperando três anos
para conseguir uma chave como esta. Vá e balance a bunda lá fora se você quer uma. Apenas as
melhores bundas ganham.
— Obrigada — eu digo, voltando a olhar para minha bunda no espelho interrogativamente.
Gina diz que eu tenho uma grande bunda. É empinada e de certa forma perfeita alguns diriam. Mas
será que Saint iria achar isso?
Eu suspiro e fico contra a parede, então eu olho todos os pequenos escritos em uma porta do
box aberta. Eu estreito os meus olhos forçando o meu foco.


Malcolm para papai do meu bebê
Eu chupei o pau de Saint
Tahoe me bateu bem aqui
Callan lambe boceta como um homem das cavernas.


Eu volto para o barulho e tento encontrar um bom local para espionar, quando eu o vejo
novamente. As duas mulheres não vão deixar o seu lado e agora meu estômago por algum motivo se
sente nervoso, me irritando. Uma das loiras pega uma dose do garçom, lambe a borda, e em seguida,
adiciona sal.
Saint inclina-se para trás e olha para ela com uma expressão de tédio casual, mas seus lábios
estão curvados como se ele estivesse tendo um pouco de diversão.
Eu estou tão absorta em assistir, um pouco fascinada demais e um pouco enojada, que eu não
percebo um guarda andando até mim até que ele está bem na minha cara. Ele sinaliza para o fundo da
sala, onde os melhores amigos de Saint estão agora me observando. Saint não está sequer olhando
para o meu lado. Ah, não, ele está muito ocupado sendo entretido, ainda com aquele sorriso quase
entediado. Talvez eles precisem estar bêbados para começar a ficar animados.
Todos os três homens se encaixam perfeitamente com o ambiente luxuoso, mas eu não posso
olhar para os outros dois. Apenas para Malcolm. A escura e boa aparência de Malcolm se mistura
com as sombras como Hades em seu próprio cantinho do inferno.
De repente, ele ri de algo que uma das loiras faz e ele se vira um pouco, seus olhos pousam
diretamente em mim e param.
Eu sinto seu olhar como um tiro de adrenalina. Eu quero desviar o olhar, mas eu não posso,
eu me sinto presa. Eu não sei se eu causei isso, mas eu podia jurar que seu peito se sacudiu quando ele
respirou.
Será que ele me reconheceu?
Eu queria isso dele?
De repente, a atmosfera é tão pesada que eu não posso respirar. Meus pulmões se sentem
como rochas e eu realmente não posso respirar. Quando ele passa em uma rápida e completa
varredura, com seus olhos fazendo meu estômago se retorcer nervosamente, ele me observa a partir
de meus sapatos até o meu cabelo loiro comprido, e eu tomo consciência do meu vestido abraçando
os topos das minhas coxas, meus quadris, meu abdômen, meus seios, e até a minha bunda. Oh, Deus.
Eu me forço a seguir o guarda em sua direção, e a cada passo meu coração se acelera. Nesse terno
preto e sem uma gravata, o primeiro botão da camisa aberta e seu cabelo um pouco amassado, Saint é
a personificação da indecência luxuosa e do pecado. Ele é o próprio pecado, e eu me sinto como uma
virgem... Absoluta.
Ele estica suas longas pernas diante dele, seu olhar fixo no meu, sem qualquer inclinação
aparente a se afastar.
— Sr. Saint — O guarda limpa a garganta. — Os senhores a tinham chamado.
Embora seu sorriso não vacilou, o olhar em seu rosto é completamente remoto e ilegível.
— Aqui está ela, meus senhores— o guarda, então, diz para os outros dois, a loira e o homem
de cabelos de cobre olhando para mim como se eu fosse o almoço.
— Tahoe — diz a loira.
— Callan — diz o homem de cabelos cobre.
Saint apenas dá um tapinha nas loiras no bumbum e as manda embora, então ele chega para
pegar meu cotovelo em um gesto de alguma forma instintivo, que me traz uma estranha sensação de
conforto. Eu não conheço ninguém aqui, então quando ele me puxa para seu lado, eu me sento ao
lado dele na beira do longo estande.
E isso é quando ele inclina a cabeça escura para mim e murmura —Malcolm. — Sua voz é tão
profunda e grave e eu tremo.
— Rachel — eu digo.
Ele levanta a sobrancelha e olha para mim. O que você está fazendo aqui, Rachel? Ele parece
perguntar.
Eu estou querendo saber o que dizer, quando Tahoe levanta sua bebida e a drena. — Você está
passando da sua hora de dormir. — O bebê do petróleo texano, esbanjando charme, arrasta as
palavras.
Eu não sei por que, mas estou perfeitamente ciente da posição do corpo de Saint em relação
ao meu. Ele apenas se endireitou totalmente na cabine e de algum modo, me deslocou para o seu
braço, que está muito visivelmente esticado atrás de mim.
— Como eles dizem, não há descanso para os pecadores — eu respondo a Tahoe com um
sorriso enorme, meu coração batendo sobre a proximidade de Saint.
De repente, eu posso sentir o cheiro dele. Só ele. Entre todos os aromas misturados na sala, de
alguma forma o de Saint esta em meus pulmões, em cada respiração. Ele irradia uma vitalidade que
me atrai como um ímã. Ele me enerva, mas algo em sua presença, tão perto de mim, me acalma
também.
— Aparentemente há um código de vestimenta já que Saint deixou o rabo e os chifres na
entrada — as piadas são de Callan, quando o garçom me oferece uma bebida.
—Oh, sim. — Eu puxo a barra da minha saia, autoconsciente. — Eu tive que largar a metade
do meu vestido.
— Você largou? — Pergunta Tahoe.
— T.
Basta uma palavra, uma letra de Malcolm.
— Sim, Saint? — Tahoe se volta levantando as sobrancelhas.
19
— Dibs .
Eu quase cuspo a bebida. Eu tusso e bato a minha mão no meu peito e Saint calmamente
estende a mão para tomar a bebida da minha mão e colocá-la de lado. —Tudo bem?— Pergunta ele
abaixando a cabeça e olhando para a minha cara.
Eu dou uma última tossida, aperto meus olhos e aceno com a cabeça e quando eu abro meus
olhos, Saint é a única coisa que eu vejo. Eu o encontro olhando para mim de uma forma penetrante.
Eu posso sentir seu olhar fixo em meus ossos.
— Você acabou de entrar para o partido, Rachel? — Ele pergunta.
Enquanto espera pela minha resposta, ele chega para o meu cocktail e estende o copo para
mim. Seu pulso é grosso e parece tão forte, tão dourado, sua pele lisa, seu braço polvilhado com um
pouco de cabelo, quando eu cautelosamente pego isso dele, nossos dedos se escovam.
Tahoe enfia a mão no bolso do casaco, extrai algo e agita no ar. — Saint! Posso?
A excitação pula no meu peito quando eu percebo que é uma chave!
— Não vai acontecer, isso não é para ela — murmura Malcolm ao meu lado.
— Ah! Vamos, me deixe dar-lhe uma chave. Ela é um 10, homem —Tahoe fala pausadamente.
Estou tão descrente que eu não estou nem respirando enquanto Malcolm levanta lentamente.
Eu levanto e o sigo, olhando fixamente seu rosto em confusão.
— O que quer dizer que não é para mim? — Eu exijo. Eu me sinto como se não houvesse
gravidade quando ele fica assim perto de mim. Eu estou tonta. Confusa. E inesperadamente ferida.
Pela primeira vez desde que nos conhecemos, ele olha para mim como se ele estivesse
realmente perdendo a paciência... Comigo. Ele se inclina mais perto e coloca seus lábios contra meu
ouvido. — Confie em mim, quando eu digo que não é para você. Vá para casa — ele sussurra. Ele me
envia um olhar carregado com aviso e vai embora, misturando-se à multidão.
Tahoe e Callan olham para mim sem palavras. — É a primeira vez — Tahoe murmura a
distância.
Sinto-me queimar em humilhação e confusão. Pior é que, quando eu estou lá fora, o mesmo
homem que dirigiu no dia anterior caminha até mim.
— Senhorita Livingston, será um prazer conduzi-la — diz ele, desligando seu telefone como
se Saint apenas o tivesse chamado. Ele é um homem enorme, com uma cabeça careca e sem
expressão. Um segundo depois, ele está abrindo a porta do Rolls para mim.
Sério?
Será que Saint o chamou agora e lhe pediu para me acompanhar em casa?
Ciente das pessoas olhando e me vendo sendo levada para o carro de Saint, eu subo na parte
de trás do Rolls e murmuro os meus agradecimentos, simplesmente porque não é culpa deste homem.
O carro cheira a novo e caro e a ele. Uma garrafa de vinho e água pega carona comigo.
Há uma música em segundo plano e a temperatura é perfeita. O luxo incrível me tenta a correr
as mãos sobre meu vestido e olho para baixo em confusão. O que há de errado comigo?
Eu me sinto como se ele tivesse puxado o tapete debaixo de mim, me lembrando quem eu
estou enfrentando. A mais superior das espécies. Alguém implacável.
Eu não posso aguentar o calor na parte de trás de meus ouvidos e no meu rosto. Eu cedo no
banco de trás e encosto a minha testa na janela. Concentre-se, Livingston! Respiro, pego o meu
telefone e tento escrever todos os detalhes sobre o que eu vi, mas eu não posso agora. Eu apenas não
posso fazer nada mais do que estar aqui, em seu carro, me perguntando por que eu me sinto tão
vulnerável.


Por volta das 23:55, eu entro na ponta dos pés no apartamento, estremecendo quando a porta
se fecha um pouco mais alto do que eu planejei. Eu vou para a cozinha para pegar um pouco de água
e Gina está saindo com seu cabelo em um emaranhado. — Hey— eu digo, desculpando-me. Ela
franze a testa e aperta os olhos à luz da lâmpada. — Desculpe, G, eu não queria te acordar. Volte para
a cama.
— Como foi a festa?
— Ok — eu só posso dizer. — Eu vou encher-lhe amanhã de manhã.
Ela esfrega as pálpebras. — Urgh, é demasiado tarde ou muito cedo. Sim. Nós assistimos
Game of Thrones.
Ela vai de volta para o quarto dela e eu entro no meu, tiro a minha maquiagem, em seguida,
tiro o meu vestido. Quando eu olho para o meu local ao noroeste, eu espio o lugar vago onde sua
camisa costumava estar no meu armário e eu olho fixamente para ele. Eu deveria estar feliz dela não
estar aqui, mas em vez disso a sua ausência me dói mais, porque eu não posso me lembrar mais se eu
inventei as vezes que ele foi bom para mim. Fechando meu armário, eu deslizo na cama, na minha
cueca de menino, trazendo o meu bloco de notas comigo, forçando-me a escrever. Uma palavra pelo
menos. Somente uma, porque ser barrada esta noite não vai ajudar a atingir meus objetivos de
qualquer forma. Eu escrevo:
Territorial
E então eu vou no Google, simplesmente porque eu ainda não consigo acreditar que ele
disse...
Dibs: uma reivindicação / direitos
Sim. Significa exatamente o que eu pensei que ele disse.
Franzindo a testa, eu resolvo voltar para a cama e encaro o teto. Livingston, e daí? Ele não
gostou de ver você em seu clube. Você é uma repórter. O que você esperava que ele fizesse? Sabe o
que isso significa?
Tudo isto significa que você precisa cavar mais fundo!


Sonho
Mais profundo. Seu corpo está duro em cima do meu em todos os lugares. Ele empurra e eu
gosto tanto que eu grito e arqueio meu corpo. — Por favor — eu sussurro. — Fundo, oh, por favor,
mais profundo.
Seus lábios cobrem os meus em um beijo descontrolado. Mãos apertam meus seios, palmas
acariciam meus mamilos.
A parte de trás da minha cabeça é engolida pelo travesseiro quando o peso do seu corpo me
enterra mais fundo no colchão.
Eu agonizo. Eu agonizo, porque eu não tive relações sexuais há muito tempo e nunca me senti
assim, e ele me beija outra vez, com fome crua. Ele enrola os dedos em torno de um seio e suga a
ponta. Eu me curvo e estico meu corpo desenfreadamente, minhas coxas se separam sob seus quadris
para que ele possa entrar em mim, tão profundo quanto puder... Por favor, porfavor porfavor
porfavor... Eu nunca implorei, mas eu não posso parar de dizer por favor.
Eu mordisco avidamente em seus lábios cheios e deixo meus dedos trilhar até os sulcos de
suas costas. Eu o sinto como ele é: duro, inflexível. Mas seu corpo é oh tão quente, não há um pingo
de frio neste corpo. Se eu abrir meus olhos, seus olhos vão ser gelo verde ou fogo verde? Por favor,
seja fogo, por favor, me queira.
Por favor, mais profundo, penso eu jogando minha cabeça quando seu próximo impulso
poderoso o traz tão profundamente, cada polegada de sua carne dura enterrada dentro de mim, cada
polegada me levando. Ele começa a se mover: para fora, dentro, fora, dentro...
Eu acordei suando e rolando meus quadris a apenas um fio de cabelo de distância do
orgasmo, respirando rápido. Eu gemo e rolo para o lado. 01:08. Ele deve estar na sua pós-festa.
Tendo um ménage à trois. Um quarteto.
Deus.
Sério, Livingston! Eu me repreendo. Eu estou tremendo e não vai parar. Eu já estou no limite,
apenas esperando para cair.
Gemendo de miséria, eu deslizo minha mão entre minhas pernas onde estou dolorida. Não
faça isso, Livingston, eu me aviso, mas eu me sinto febril. Eu aperto meus olhos fechados e deslizo o
dedo entre as minhas coxas e, em seguida, porque eu simplesmente não posso parar, eu tento
imaginar um ator quente em vez dele. Mas, quando o prazer volta, olhos verdes gelados olham
através de mim. Eu mordo meu lábio e quero morder os seus lábios. Febril, eu sinto sua mão entre as
minhas pernas e ainda não é o suficiente; eu quero mais de seus dedos, eu quero o seu peso me
esmagando. Eu saboreio o que ele está fazendo para o meu corpo e digo a mim mesma que eu não
vou dizer o nome dele quando eu gozar. Eu não vou dizer. Porque ele não é o único a fazer coisas
sensuais, lentas e doces para mim, agora. Beijando-me. Apertando-me. Movendo dentro de mim
quando eu...
— Saint.
Depois de um orgasmo de abalar a terra, eu deito na cama, atordoada. Em seguida, chocada.
— Deus, eu sou uma vadia. — Eu ligo minha lâmpada e vou lavar as mãos, em seguida, lavar
o rosto e faço cara feia para mim no espelho.
Suspirando, quando eu volto para o meu quarto, eu abro o meu laptop e encontro-me a
procura de mais links sobre ele, colocando-me no trabalho. Ocorre-me que agora ele está
provavelmente com uma ou duas ou três ou quatro meninas, tendo sexo do tipo de enrolar os dedos
do pé e agarrar o lençol, pelo qual ele é conhecido. Eu espio sua página de mídia pessoal e social e
digo a mim mesma que a matéria é a única razão pela qual eu quero saber.
Sua página no Instagram está cheia de imagens de adrenalina:
Saint em um esqui preto-diamante, vestido de preto contra uma enorme montanha branca, uma
descida em ziguezague, claramente atrás dele.
Saint saltando de paraquedas, atirando-se para trás do avião, quente como nunca, o mundo um
pequeno borrão abaixo dele.
Mas não há nada, absolutamente nada, que mostrasse por que ele não quis que eu participasse
da pós-festa.
Chamadas
— Saint nunca é bom — Gina declara, na tarde de domingo, de seu lugar na sala de estar, no
assento da janela. — Você pode ter certeza que seria procurar problemas ir a esta pequena pós-festa
sua. Me ouviu?
— Umm... — Eu estou navegando na internet tentando recolher qualquer informação sobre
essa festa.
— Rachel Livingston. Olá? Rachel Dibs. Posso te chamar de Rachel Dibs agora? — Ela estala
os dedos para chamar a minha atenção para longe do meu laptop, e cara, ela tem me deixado nervosa
sobre a parte do “Dibs”.
— Uau. Há um carro lá fora. Um grande carro. Fora do nosso pequeno e humilde
apartamento. Você está me ouvindo? Terra para...
— O que você quer dizer com “um grande carro“? — Eu salto do sofá e corro para onde
Gina se senta. Eu puxo e abro a outra cortina leve da sala e há um grande Rolls-Royce, que me levou
para casa no fim de semana passado.
Mas que raio?
Eu pego meu telefone e meu coração para quando vejo o nome dele no meu e-mail.
Eu gostaria de me encontrar com você hoje. Eu vou mandar um carro esperar em sua casa.
M

OhMeuDeus.
O próprio Malcolm me enviando mensagens?
— Ei menina, onde você está indo? — Gina grita quando ela me olha correndo para o meu
quarto.
Estou tão nervosa que eu saio calada e não posso falar com ela sobre isso. Eu me visto com
minhas calças jeans brancas que fazem uma curva em volta da minha bunda, um pequeno top e
sandálias de salto alto prata. Eu espirro uma nuvem de perfume e grito de volta para ela — Eu te
conto mais tarde. Não me espere!
Enfio uma bolsa debaixo do braço e pego o elevador. Quando eu saio para a calçada, eu
observo que as pessoas estão realmente tirando fotos do carro.
O motorista me vê e rapidamente abre a porta. Eu deslizo para dentro antes que eles possam
tirar uma foto de mim também, a memória da última vez que estive aqui me fazendo sentir um pouco
desconfortável. Mas eu não estou vestindo nada fora da minha zona de conforto hoje. Minhas roupas
são modernas e sexy, mas não são para seduzir. Mais determinada do que nunca, eu estou a fim de
obter informações e não há olhos verdes para me distrair.
— Para onde estamos indo? — pergunto ao motorista.
— DuSable Harbor,— ele me diz.
Ele dirige por um tempo e eu não posso imaginar o que Saint quer de mim. Eu estou ainda
desconfortável com o que aconteceu da última vez que nos vimos, mas eu não posso deixar meu lado
pessoal, com sentimentos feridos, arruinar a minha matéria de forma alguma.
O carro desvia para o estacionamento e para perto do iate mais luxuoso do porto. É compacto
o suficiente para caber na doca, mas grande o suficiente para se destacar dos demais. Ele brilha,
branco como novo, sob o sol. O BRINQUEDO é rabiscado, em letras azul-marinho, perto da proa.
A porta do carro está aberta antes que eu possa até mesmo fechar minha boca. Quando eu saio,
eu vejo o homem de cabelo escuro no convés e meu coração dá saltos. Lentamente, eu forço as
minhas pernas a se mover, uma parte de mim perguntando realmente se é isso que me faz seguir para
este iate, o homem que espera acima. Meu mundo se inclina um pouco e eu me sinto como se alguém
me perdesse e me colocasse na prateleira errada, enquanto eu vou.
— Sr. Saint.
Ele caminha para frente com sungas largas e uma camisa aberta e seus músculos são suaves e
tão firmes, que eu poderia rastrear os recortes com um dedo. Suas pernas são absolutamente
musculosas e o vento brinca com seu cabelo.
Ele usa seus ternos como se fossem feitos com perfeição para ele, mas agora, seu
surpreendentemente jeito casual e muito sexy, muito de enrolar-o-dedo-do-pé, e sua única e
imponente beleza me lembram do meu sonho, e me fazem desejar que eu não tivesse sonhado.
Eu não tinha sonhado. Na luz do sol, ele é muito mais impressionante do que eu me lembrava.
Seu pescoço bronzeado é grosso e forte, o pomo de Adão sexy, quando ele fala com aquela voz
profunda: — Rachel.
Eu coro vermelho como uma beterraba.
— Eu estou esperando mais amigos. Eu achei que você gostaria de se juntar a mim.
— Por que você acha isso?
Ele dá um passo para frente, quase em meu espaço pessoal. Eu quero me encolher, ele é tão
poderoso. Mas eu não me encolho.
— Tenho a sensação de que você estava chateada com a maneira como as coisas terminaram,
na última vez. — Ele me observa com um olhar cauteloso, que não perde absolutamente nenhum
detalhe.
Eu não quero sentir a dor que eu senti e a confusão sobre o que ele fez, mas elas vem a
superfície sem esforço.
— Chateada por que você me reinvidicou como se você tivesse 12 anos? E, em seguida, teve a
coragem de me mandar embora?
Sua expressão ainda não se alterou.
E nem a minha raiva.
— Você me quer aqui, pois só assim você poderá me lembrar onde é o meu lugar? Ou você
achou que eu ia me prostrar a seus pés e implorar perdão por ter incomodado você?
— Não, eu queria te fazer uma pergunta. — Seu olhar normalmente verde intenso faz o
impossível, e se intensifica ainda mais. — O que você estava fazendo lá, sexta-feira?
— Um amigo me convidou.
Ele se aproxima.
— A verdade — adverte.
Um rubor quente se arrasta até meu pescoço e ele percebe. Sua voz diminui. — Diga-me que
você estava procurando por mim e em seguida, deixe-me redimir com você.
— Sério? Como é que Malcolm Saint redime com alguém? Algo me diz que um café simples
não é o seu estilo.
— Você gosta de café?
— Com dois açúcares, na verdade.
— Anotado — Ele me estuda como os lábios em forma de um sorriso persuasivo. — Fique e
conheça os meus amigos, hoje à noite.
Seu sorriso é pequeno, mas assim persuadindo, meu estômago se sente quente, como se eu
engolisse uma colherada de mel quente. Eu não sei como esses seus olhos podem ser tão
perturbadores e tão reconfortantes ao mesmo tempo.
— Saint! O meu homem! — Um grito soa nas proximidades.
Callan e Tahoe e um punhado de meninas sobem no iate e eu exalo trêmula e deslizo a alguns
passos de distância de Malcolm, enquanto eles o cumprimentam.
— Rachel — diz ele me chamando de volta e me apresenta a seus amigos.


Iate
Aqui está o porquê de eu estar indo mal no meu trabalho hoje: Saint.
Saint descansando em uma espreguiçadeira.
20
Saint fazendo wakeboarding .
Assistindo Saint desfilando em torno de seu iate.
Saint chamando alguns outros caras no outro iate de passagem.
— Saint! Você ouviu que os Cubs foram derrotados?
— Isso é tão errado, cara. Isso é tão porra errado.
E então, Saint conversando com seus amigos.
Nós estivemos nos olhando, em perplexidade quieta, por um tempo, eu e Saint. Havia um
armário cheio de sungas e biquínis e acabei entrando em um minúsculo branco e observando o
mergulho de outras mulheres no lago.
Esta tarde eu passei um monte de protetor solar, suficiente para me deixar ficar com um bom
bronzeado, mas espero que me proteja de me queimar. Minha pele se arrepia sob o calor do sol. Eu
posso sentir o ar do Lago Michigan, o vento brinca com o meu cabelo, os movimentos de balanços
suaves do iate que desliza através da água. O motor cantarola baixinho me embalando em um sono
próximo. Mas eu estou muito consciente para dormir, eu não quero perder qualquer coisa. As
ligações para o trabalho que ele faz. Mesmo quando relaxa, ele ainda está de alguma forma alerta
para o seu negócio.
Saint tem mergulhado o dia todo. Eu sei que é frio, porque eu fui uma vez também. Ele tem
estado nadando um pouco e mergulhando a cada meia hora, independentemente de seus amigos
estarem nadando ou esquiando. Eu fiquei deitada na minha espreguiçadeira, aconchegante e
confortável sob o sol, mas ele está sempre fazendo algo. É como se ele não relaxasse. Ele emana uma
força; não é de admirar que ele é sempre ativo. Esquiando em seus diamantes negros, paraquedismo,
voo... Ele assume os riscos de alguém que nada tem a perder. Ele assume mais riscos do que qualquer
um que eu já conheci.
Eu estou no meu minúsculo biquíni branco e avidamente circulando em um oásis de comida
quando seus amigos Tahoe e Callan se juntam a mim.
Eu hesito ao seu lado e tento evitar completamente Saint, que parece ter chegado a uma trégua,
mas estou um pouco fora do meu elemento. Em seu espaço, com seus amigos.
O interesse em seus olhos cada vez que eu olho ao redor e o encontro me olhando me deixa
mais nervosa do que eu já estive em toda minha vida.
Quando ele escova meu braço com o dele, eu me encontro instintivamente saindo para o lado.
Quando ele vem para ficar ao meu lado, eu me encolho a partir do calor do seu toque. Eu sou instável
e eu não sei por quê. Ele termina por ir para a extremidade oposta do local. Ele desaparece em uma
das cabines empresariais, os amigos falam e até um par de mulheres tentam persuadi-lo para fora
“para sentar” com eles. Ele cai sobre um sofá, seus braços espalhando sobre o encosto. Eu posso
sentir seu olhar em mim como se fosse um toque.
Eu tento entrar nas histórias que seus amigos estão compartilhando com o grupo. Mas com o
canto do meu olho, eu não posso parar de assistir as meninas que se sentam em ambos os lados de
Saint, quase indiscretas, com suas bocas contando segredos quando elas tentam chamar sua atenção.
Nós ficamos na área de estar do deck com o grupo enquanto Malcolm drenava lentamente um
copo de vinho. E depois outro.
Nós acabamos de contar histórias de bebidas, histórias de amigo, histórias de perseguição
sobre meninas que espreitavam Malcolm.
— Seu velho nunca sabia o que ele ia trazer para casa depois de Kalina, — Callan explica.
— Você trouxe para casa uma menina nua? — Uma de suas mulheres pergunta a ele, fazendo
beicinho com ciúmes.
O início de um sorriso aparece nos cantos de sua boca. — Ela era uma artista e suas roupas
estavam pintadas. Muito bem, na verdade.
Eu sinto minha boca secar também. Seus olhos fecham em mim e seus sorriso desaparece, seu
olhar crescente e pensativo.
— Então nós sentimos sua falta na pós-festa — Tahoe diz para mim.
— Eu aposto. — Eu roubei um vislumbre na direção de onde Saint estava, atrás na sala de
estar, arisco, e noto uma das meninas segurando uvas em sua mão e tentando empurrar uma uva por
seus lábios. Ele está olhando para mim, me assistindo. Eu vejo quando ele distraidamente abre a boca
para mastigar a uva, mas nunca, nem por um segundo, ele tira os olhos de mim.
— Mais uma — os sussurros da menina em sua mandíbula, empurrando outra uva passando
em seus lindos lábios.
Seus músculos da mandíbula se flexionam quando ele a esmaga com seus molares e eu me
pergunto do que ele tem gosto agora.
Frescos. Suculentos. Seus olhos brilham quando ele vê a minha reação e todo o meu corpo
começa a vibrar com sentimentos que eu não posso mesmo processar. Minhas bochechas se
incendeiam com o mesmo calor que se espalha em toda a minha pele, como rastilho de pólvora. A
noite só o faz parecer mais escuro.
Perigosamente, primitivamente, mais escuro.
Eu não suporto o nó no estômago, completamente implacável, quando ele está próximo. Eu
me movo para o lado e pergunto a seus amigos — O que vocês fazem lá? Vocês são tão famosos por
suas festas, eu não posso imaginar o que acontece após.
— Eu nadei nu. — Tahoe sorri. — Callan foi um pouco longe demais em seus copos para se
lembrar.
E SAINT?
— Saint e eu tivemos uns bons momentos — uma das mulheres que estava bajulando Malcolm
diz.
Eu sinto meu rosto queimar. Não olhe para ele. Não olhe para ele.
— Nós lhe demos um show — a outra diz, com um pouco de ronronar, que faz a minha bile
voltar.
Esta é uma informação de ouro. Realmente. Este é o tipo de material que as revelações
picantes são feitas. Mas eu não consigo me forçar a ficar e ouvir o resto. As paredes do meu
estômago parecem estar desabando, e sem ser capaz de me fazer parar, eu calmamente levanto e
pergunto se eu posso entrar em uma cabine para descansar um pouco.
Eu nem sequer espero para que qualquer um pareça favorável; vou de cabeça para a área de
estar evitando o olhar para qualquer um e evitando o seu olhar. Já que eu estou de repente sentindo o
desejo de ar, eu acabo indo para o andar de cima. Na proa, apoio-me sobre o parapeito e olho para o
lago. No horizonte. Em um pequeno pedaço de lua.
Eu tiro o meu telefone e tento escrever alguma coisa. Escrever sempre me faz sentir melhor.
Completa.
Mas não consigo me concentrar.
Eu o coloco de lado e olho para o lago.
Minutos depois, fogos de artifício explodem no céu enquanto o grupo assiste e buzinas soam
em baixo. A vista é hipnotizante. Eu expiro e vejo as luzes atirar para cima do Cais da Marinha e
explodir para o alto. É tão perfeito aqui, no lago durante a noite. Eu sempre queria encontrar um
local agradável e acolhedor onde nada está em movimento, onde tudo é como deveria ser, e eu quero
ficar aqui, quieta e silenciosa, nesse ponto. É engraçado encontrar esse ponto quando o mundo está
girando fora de controle.
Eu digito uma palavra em meu telefone, para me sentir melhor. A primeira que vem à mente
quando eu vejo o lago e o céu como um toque no horizonte.
Interminável
Os ventos balançam meu cabelo, e eu o amarro em um coque na minha nuca quando eu volto
para o topo do deck, na área de estar.
É quando eu o vejo. Ele está sentado, com seu torso levemente esticando sua camisa, o brilho
do seu telefone iluminando seu perfil. Eu ouço a abordagem. Por que não fala baixo? Por que este nó
estúpido dentro de mim não acalma?
— Dominar o mundo é um emprego de tempo integral para você, eu percebo — eu sussurro.
Ele vem lentamente e está com o botão da camisa, que ele veste, casualmente aberto, para
revelar sua sunga e seu bons músculos, duros no peito e pescoço. Ele parece mais alto e maior
quando ele pisa mais perto. O ar desloca rapidamente na temperatura, ou talvez seja eu, aquecida e
corando, porque ele estava aqui todo o tempo. E ele é tão bonito. Ele é a primeira coisa bonita que eu
já vi, que realmente dói olhar.
— Me desculpe, eu não queria quebrar sua concentração. Vou deixar você tranquilo — eu
sussurro.
— Fique.
O comando abrupto me impede de sair. Meu rosto cora e o calor parece se espalhar até a
medula dos meus ossos, por causa da maneira que ele está olhando para mim agora. Sua respiração
move o cabelo no topo da minha cabeça enquanto ele sussurra:
— Eu quero fazer você corar, a partir daqui — ele toca minha testa e olha rapidamente para o
chão. — Até as pontas de seus pés.
Ele está sorrindo para mim, o peito tão perto, que eu posso senti-lo me aquecer contra a brisa.
Sinto-me como se ele fosse um furacão, e eu, o lago calmo do lado de fora, segurando dentro mil e
um segredos.
— Por que você não podia olhar para mim lá embaixo? — Ele murmura, sua voz rompendo
com rouquidão enquanto ele levanta sua mão grande e acaricia, com as costas dos dedos, a minha
bochecha.
Uma dor quente cresce dentro de mim. — Saint. Não faça isso.
Ele levanta o celular e me mostra uma imagem na tela. — Eu gosto dessa foto sua. Você
parece terna e pensativa. Eu posso ver o seu queixo e uma de suas orelhas de elfo, que aparece fora
de seu cabelo.
— Você tirou uma foto de mim!
— Eu tirei. — Seu polegar acaricia a imagem na tela e aperta minha espinha, porque eu posso
quase sentir o toque.
— Apague —eu digo, chocada.
— Ah. Negociação de novo.
— Saint. Não. Exclua essa foto. Eu não estou interessada em você assim. Ficando no seu
telefone.
Ele dá a volta procurando o meu rosto. — Venha aqui, sente-se comigo.
Ele vai para o sofá e instala seu corpo grande bem no centro. Uau. Então ele me espera. Sigo?
Com uma respiração profunda, eu me forço a ir para lá para aquele sofá que ele ocupa agora
tão completamente. Eu estou sentada na borda enquanto ele continua ocupando o centro. Nós olhamos
um para o outro, eu carrancuda, ele com diversão e então nossas cabeças giram e nós estamos
olhando para os últimos fogos de artifício à distância.
— Você está com raiva de mim porque eu pedi ao meu motorista para levá-la para casa? —
Diz ele, com os olhos brilhando, impiedosamente.
— Você o está dizendo. Não eu. — eu respondo.
Ele ri baixinho, o som baixo e masculino, perturbador. Como é grande seu corpo, de alguma
forma sugando o espaço em torno dele como um vórtice.
— Eu poderia ter deixado você vir para a festa se você tivesse aceitado o meu presente. — Ele
arrasta o polegar pensativo ao longo da sua mandíbula rouca. — Um homem tem seu orgulho,
Rachel. Como você acha que eu me sinto quando vejo minha camisa de volta no meu escritório?
— Ah, ele se sente negligenciado por uma menina, no meio de suas milhões de namoradas?
Sua voz diminui, seu belo rosto gravado na perplexidade. — Por quê?
— O quê?
— Por que você a trouxe de volta para mim? Eu disse para ficar. Ninguém dá meus presentes
de volta. Eu sou repulsivo para você?
Meu olhar se fixou sobre os tendões grossos de sua garganta, porque eu não quero que ele
veja que ele não é repulsivo, ele é muito atraente e me faz pensar nele na maioria das vezes. — Eu
prefiro não aceitar presentes de homens ou estranhos. — Eu levanto o meu queixo em uma fração,
estreitando meus olhos em alerta, sob a minha respiração — E se você continuar brincando comigo,
eu vou para casa.
Ele se inclina para frente. — Você sabe, Rosie não atira o meu presente de volta na minha cara.
Ela me chama de herói...E eu gosto muito.
Ele está me provocando. Eu costumava gostar de brincadeiras muito mais quando ele não
estava lutando em minha cabeça.
— A: Um muito obrigado dos elefantes, muito raros, pelo que você fez por eles, por isso
espero que você aprecie seu gesto. E B: Eu suponho que foi dado coisas a você por toda a sua vida —
eu digo.
Seu sorriso se transforma em triste e ele se inclina para frente. —Tudo.
— Tudo?
Ele balança a cabeça.
— Eu não acredito nisso.
— O que eu poderia querer que eu não tenho? — Ele ri baixinho. — Eu tenho tudo, Rachel.
Pelo menos eu costumava ter. — Ele estende a mão e passa a parte de trás de um dedo ao longo da
minha bochecha despertando cada terminação nervosa em meu corpo.
Minha garganta se aperta, de repente. Seu olhar fica escuro e com fome e nenhum homem que
tenha tudo poderia ter uma fome assim.
À medida que continuamos tranquilos, a brisa embaralha passando por nós e o ar entre nós é
diferente. Qual o jogo que ele está fazendo comigo? A foto que ele tirou foi feita quando eu estava
tão vulnerável, meu perfil mostrando a minha confusão. Eu não posso suportar que ele me veja
assim.
Ele está olhando para a minha imagem agora, sério.
— Eu percebo que a companhia que eu tenho agora é especial. Eu aprecio ter me dado a
chance de fazer as pazes com você.
Saint me diz sobriamente, olhando para o céu escuro, onde os fogos de artifício estavam.
Quando ele vira a cabeça para me encarar, eu tenho que lutar para não desviar o olhar de seus olhos
verdes me sondando.
—Obrigado por me convidar... Eu tive um momento bom — eu digo, minha voz rouca,
quando eu a ouço.
De repente, me sinto com fome também.
Ele me provoca de novo e me faz sorrir, e obtém esse brilho nos olhos que tanto me enfurece
e me faz sentir pequenas bolhas em minhas veias. Eu sinto fome de saber por que ele disse dibs e por
que ele quer que eu fique com a sua camisa.
Ele sorri amigavelmente e faz sinais para mim.
— Eu vou negociar com você agora, Rachel. Se você quiser me perguntar alguma coisa, eu
vou dar-lhe uma resposta e eu vou lhe fazer uma pergunta — diz ele, me observando.
— Sério? — Eu me animo e quando ele acena com indulgência, eu faço um gesto para ele. —
Você primeiro.
— Tudo bem. — Ele se inclina para frente, seus músculos tensos sob a camisa aberta que ele
usa. — Por que você não podia me olhar lá, Rachel?
— O que você quer dizer?
—Ali em baixo. Por que você não podia olhar para mim? Mesmo agora, porque você não está
me olhando aqui? — Eu sigo os dedos para onde ele bate sobre uma de suas pálpebras.
Eu penso em minha resposta.
Antes que eu possa sequer responder, ele murmura quase em advertência: — A verdade.
Eu coro. Deus, ele está sempre querendo a verdade. Será que ele não confia em ninguém?
— Você estava certo sobre mim, isto aqui não faz meu gênero — eu digo com um encolher de
ombros. — Você é bom em leitura das pessoas, eu posso dizer.
— Eu posso dizer que você também é.
Ele espera. Eu acho que é a minha vez. Eu quero perguntar-lhe coisas que são pessoais, como
por que eu não poderia ir a sua pós-festa, mas eu preciso me concentrar na entrevista. Então eu me
concentro nele. — A pergunta que está na mente de todos: Você acha que ela está lá fora? Uma mulher
pode incorporar todos os seus desejos?
Eu faço uma avaliação rápida de suas feições, mas ele não revela qualquer vislumbre de seus
pensamentos em tudo. — Isso é realmente o que todo mundo gostaria de saber?
— Você está respondendo com uma pergunta.
— E você não está fazendo as perguntas certas.
Eu faço uma carranca e agarro uma fruta da sua bandeja pessoal colocada no iate, no andar de
cima também.
— Esse não é o jeito como isso deve ser feito — diz ele. Lembro-me da maneira como ele foi
alimentado com uvas lá embaixo.
— Desculpe? Eu não sou parte de seu harém. — Eu ri. — Aqui está a sua uva.
Eu jogo uma uva. Ele rebate no peito. Eu sinto uma sacudida quando os lados da coxa movem
enquanto ele agarra uma uva também. — Eu fui ensinado a não brincar com a minha comida, mas
comê-la.
O simples toque de sua mão circundando a parte de trás do meu pescoço, envia um pouco de
calor estranho, que atravessa as minhas veias.
— O que você está...
— Shh.
Meu corpo tem um curto-circuito quando ele se inclina. O cheiro de sabão atinge minhas
narinas quando ele traz a uva até mim, suas pupilas tão dilatadas que são tudo que eu vejo.
— Abra a boca — ele persuade.
A suavidade da uva roça em meus lábios enviando uma corrente através do meu corpo.
Ele olha para mim com um sorriso malicioso e então eu o sinto roçar a uva sobre os meus
lábios novamente.
Instintivamente, sensualmente, eu abro a minha boca e o deixo me alimentar, respirando com
dificuldade. Quando engulo, seu sorriso desapareceu.
Nossos olhos se mantém por mais tempo que segundos. Em seguida, delicadamente, eu sinto o
toque de seus dedos polegares em minhas bochechas.
Um tremor me atravessa quando ele abaixa a cabeça. E então, oh Deus. Ele coloca um único
beijo no canto dos meus lábios. Eu tremo até as pontas dos meus pés.
O tremor intensifica quando Malcolm eleva meu queixo e me move de modo que seus olhos
verdes estão nos meus. Eles são cautelosos e ainda famintos. Eu estou dizendo a mim mesma que isso
não pode ser verdade! Ele não podia possivelmente querer você assim!
Eu tenho medo de ser beijada. Com medo de querer. Ele cheira ainda melhor do que em meu
sonho e me sinto ainda melhor e eu o quero muito mais, mais do que mais.
Ele está respirando rápido, lutando claramente pelo controle. E eu quero que ele perca.
Não. Não, a única com tudo a perder sou eu.
— Mm. Wow, — eu digo agarrando-me a dor em meu estômago, enquanto eu me endireito. —
Uau, ela tem um gosto diferente quando você está sendo alimentado. Eu posso provar seus germes
nela.
Ele fica lá, um pequeno sorriso iluminando seus lábios como o sol.
— Saint! — As meninas chamam. Ele não responde a elas.
— Vocês dois vão nadar sem roupa? — Essa é a primeira coisa que Tahoe diz quando ele
aparece no deck.
— Rachel e eu estamos conversando aqui, mas vá em frente — ele descarta, nem mesmo
virando. Ele resolve voltar a ocupar a maior parte do sofá. Eu me inclino para trás, inquieta, e ele
pega um pedaço do meu cabelo para tocar.
— Você está aprontando travessuras, não é? — Eu rio.
— Se você for se juntar a mim, sim. — Ele pisca o retrato de mim em sua tela do celular, com
voz vacilante.
— Se eu excluir esta... Você me deixa te levar para casa esta noite.
— Você tem me levado para casa por alguns dias.
— Meu motorista estava te levando para casa, não eu. — Sua voz é baixa, mas firme,
definitiva. — Há uma grande diferença, eu garanto, Rachel.
Meu sorriso desaparece no ar predatório em torno dele. Eu estou tão seduzida por ele quanto
eu estou com medo.
— Eu preciso chegar em casa mais cedo. Tenho certeza de que você gostaria de ficar mais um
pouco com seus amigos.
— Se eu quisesse, eu não estaria perguntando.— Seu polegar paira sobre o ícone “excluir”,
sua expectativa olhando em mim. — Rachel? — Ele insiste.
— Se você apaga-la, eu vou pensar sobre isso — eu ofereço.
Sua mandíbula fica dura e parece apertar reflexivamente em desafio, e em um segundo lento,
ele abaixa o polegar e pressiona “excluir”.
— Não — diz ele, seus olhos brilhando alegremente no escuro. — Agora eu te levo para casa.
Não, só de pensar isso me enerva. Meu apartamento é o meu porto seguro. Eu imagino a sua
presença perto de todos os meus babados e coisas de garotas. O que ele quer lá? Se sua camisa
invadiu meus pensamentos e meu espaço, eu não consigo imaginar o que o próprio Saint fará. Eu
aceno, simplesmente porque eu tenho a necessidade, para deixar uma opção aberta, mas especificar:
— Sim, mas não esta noite.
E então eu só preciso de certa distância dos olhos, da forma como meu corpo se sente
sobrecarregado, meu coração pulando, cada parte de mim reagindo ao seu sorriso, seu olhar, seu
cheiro.
Então eu abaixo a cabeça e vou para o andar inferior sem sequer dizer-lhe para onde estou
indo, e eu salto para a água fria, no biquíni minúsculo -choque! Frio! - E então eu nado para cima,
com gritos, quando eu faço.
Tahoe nada nas proximidades e ele pisca para mim, seu sorriso se transformando em ousado.
— Bem, bem, bem...
— Pare com isso, T.
Ao som da voz, eu olho para cima. Saint inclina-se sobre o trilho com esse pequeno sorriso
me observando.


Sento-me naquela noite, tomando notas febrilmente.
Ok, se concentre apenas nos fatos, Livingston. Eu expiro e tento empurrar uma pequena uva
verde fora da minha cabeça. Olhos verdes pedindo – exigindo - que eu o deixasse me levar para casa.
E eu não posso acreditar que eu quase disse sim.
Ele é um solitário, ele parecia desligado do grupo. Sempre um passo à frente, em outro lugar.
Ele é usado pelas mulheres que se reúnem com ele. (Elas são uma reflexão tardia? O ruído de
fundo? Ele não parecia especialmente atento a ninguém, mas elas fazem pole-dance e tudo para
diverti-lo!)
Eu vou escovar meus dentes e caio de cabeça na cama. Eu me envolvo sob minhas cobertas.
Tentando dormir. Mas outras coisas se mantém voltando para mim.
O fato de que quando ele me alimentou com a uva, eu podia sentir seu peito duro contra os
meus seios e sua respiração no meu rosto.
O fato de que eu parecia sempre sentir o cheiro dele quando o ar me batia, de certa maneira, e
o ouvindo acima de todos os outros.
Eu tento empurrar esses pensamentos para longe, mas quanto mais eu tento, mais eles voltam
à superfície. Deus, eu não quero me debruçar sobre isso. Eu não. Mas se eu quero que esta matéria
fique boa, eu não posso bloquear partes. Eu não posso escolher e escolher o que é conveniente para
mim, para lidar com o que não é. Pego meu bloco novamente e começo com uma palavra.
Elétrico
Ele eletrifica o ar.
Então eu escrevo um pouco mais.
Consome
Se ele está por perto, você dificilmente notará qualquer outra coisa.
Teimoso
Ele é impossível de se negociar.
Ele ainda ama me provocar!!!
Ele cutucou e me cutucou sobre a imagem, as uvas, a camisa, mesmo sendo o herói de Rosie...
Eu coloco o teclado de lado e desligo a minha lâmpada, mas mesmo no escuro, eu ainda o
vejo me olhando na água, de cima. E eu ainda sinto os dedos em meus ombros quando eu pulei a
bordo do iate novamente, apenas para senti-lo enrolar uma toalha quente em torno de mim.


Acampar
Durante as últimas vinte e quatro horas eu estive navegando na Net e clicando em todas as suas
fotos recém-marcadas. Há também algumas fotos mais antigas, de meninas de biquínis jogando mini
golfe na casa dele. E fotos dele saindo de um helicóptero com pilotos e uma menina vestindo nada
além de shorts minúsculos.
— Isso realmente me incomoda, ver todas essas imagens, porque muitas dessas meninas vão
atrás dele, ele não pede para virem se agarrar a ele — eu digo a Gina.
— Cara, Saint é bom em ter prostitutas a sua volta. Deve ser toda a atenção que ele nunca teve
quando era criança.
— Mais como se ele é um homem saudável e mulheres só se jogam para ele. Eu vi vídeos no
YouTube dedicados a ele, de mulheres se despindo ou lavando seus carros se oferecendo para vir
lavar o seu. Na verdade, olhe para isso...
Nós assistimos a um vídeo de uma mulher sem sutiã molhando sua camiseta e sorrindo. —
Saint, eu vou lavar os seus carros todo dia e limpar suas tubulações também.
Nós caímos na gargalhada.
— Ele tem uma coleção enorme de carros, aparentemente. Há uma foto, veja? Não há trinta
carros aqui. Muito raros. Ele tem mil e um brinquedos. Não que dizer alguma coisa?
— O quê? — Gina pergunta.
— Quando você tem tudo e nada é suficiente?
— Como podemos saber? Nós temos o aluguel deste mês.
— Vamos lá, fale sério. Quando nada é suficiente, em algum nível oculto de sua psique, há
algo sobre a vida deste homem que é absolutamente vazio. Eu o vejo trabalhar, Gina; é como se ele...
fosse obcecado por isso. Como se isso o ajudasse a bloquear outra coisa.
— O quê?
— Esqueça isso.
Ela ri. — Você é tão profunda, Rachel. Tão filósofa. Envie-lhe a conta e poupe-o do terapeuta.
Eu continuo com meus links e acabamos vendo um vídeo dele ao lado de seu pai, feito quando
este recusou atender o último desejo de sua mãe para dar a Saint um lugar no conselho da empresa de
seu pai.
— A única coisa boa que ele ainda tem para ele é o seu nome — seu pai diz a um repórter que
perguntou por que Malcolm não tinha sido autorizado a entrar no negócio da família. Malcolm não
se abalou. Ele sorri ironicamente, não diz nada, apenas se mantém controlado. Este vídeo fez com que
todos aplaudissem Malcolm, em vez de seu pai. Ainda assim, pode ser que ele danificou a sua psique
de alguma forma?
— Ele é um idiota — diz Gina, no final da tarde, quando eu assisto ao vídeo mais uma vez,
desta vez apenas observando a expressão de Saint sem demonstrar nada enquanto ele esperava o
golpe e estava preparado para isto.
— Não é de admirar que Saint seja um idiota, ele foi criado assim.
— Ele não é um idiota.
— Desculpe?
— Ele não é um idiota — eu digo casualmente.
— Quem está sensível?!
— Eu não estou sensível. Estou apenas afirmando um fato.
— Ok. Você não gosta do que nós temos na geladeira, quando era sua vez de nos abastecer
para a semana; você está obcecada com esse computador; você tem círculos sob seus olhos; você está
usando um E de exposição sobre sua testa e um X em sua bunda gritando para Saint te foder ali. Você
está atraída por ele, não é?
— Não.
— Pois bem, você quis isso a sua vida toda. Observe todas as fotos dessas mulheres com ele.
Inferno, com seus peitos quase em seu rosto. É esse o cara que você gosta?
Eu fico olhando para o vídeo do YouTube. — Eu gosto deste aqui — murmuro quando ela sai
então eu repreendo a mim mesma. Não, você não gosta dele, Rachel. Você quer ser justa, você quer
ser honesta.
Eu vou pegar o meu saco de dormir para o acampamento contra o Fim da Violência.
Meus amigos acham que um acampamento não vai adiantar muito por si mesmo realmente,
mas eu me sinto bem cada vez que eu vou, então eu faço isso muitas vezes, e quando minha vida está
instável, eu me congratulo ainda mais por que me faz sentir segura. Concentrar-me em outra pessoa é
a única maneira que eu conheço de esquecer as minhas próprias pequenas dores; embora eu não tenha
um monte delas. Eu tenho uma vida ótima. Tenho.
Minha educação foi diferente da dele. Não me disseram: — Você é imprudente; a única coisa
boa que você tem para você é o seu nome. — Minha mãe me deu tanto amor, que aqui estou tendo
projetos que podem ser um pouco grande demais para mim só porque eu sou louca o suficiente para
pensar que eu posso lidar com eles.
Eu estou tão preocupada com essas justificativas, que eu preciso falar com ela agora mesmo.
— Ei, mamãe.
— Oh, ei, querida. O que está rolando? Você está indo para o acampamento?
— Sim, eu só queria ver o que você estava fazendo. Precisa de alguma coisa?
Eu sempre sei quando minha mãe está se sentindo bem ou quando ela está fingindo. Estou
aliviada por ela parecer realmente feliz hoje.
— Estou muito bem, Rachel. Na última vez que eu verifiquei, eu ainda era a mãe nessa relação
— ela brinca comigo. — Mas, como está a minha menina?
— Eu estou bem. — Eu posso ouvi-la com seu CD favorito, do Cat Stevens, tocando ao fundo.
— Eu vou mandar uma mensagem para você do trabalho amanhã. Tome a insulina, ok? — Eu espero
ela dizer que está bem e então eu sussurro baixinho — Eu te amo mãe.
— Rachel! Espere. Algo está errado?
Eu hesitei. — O que você quer dizer? — Oh wow, então agora a minha voz parece afetada? Eu
sempre digo a ela que eu a amo de modo que isso não pode ter causado a preocupação dela.
— Nada está errado, eu estou ótima. Estou escrevendo uma nova reportagem, eu vou te contar
tudo sobre isso, em breve.
Um silêncio. — Você tem certeza?
Merda, ela suspeita de algo.
É inútil dizer a ela para não se preocupar comigo, porque então ela vai me dizer para não se
preocupar com ela e eu a amo demais para fazer isso. Mas eu detesto causar sua preocupação por
nada.
— Sim — eu asseguro rindo. — Eu te amo. Vejo você em breve. —Então eu desligo e expiro.
Apesar da minha mãe ter ficado tão curiosa, no final, eu realmente precisava dessa chamada.
Eu precisava me lembrar de que ela é a coisa que eu mais amo e que meu sonho é colocá-la em uma
boa casa, dar-lhe um bom carro, um bom atendimento hospitalar, segurança. Eu não posso dar-lhe de
volta o que meu pai deu, mas eu gostaria de dar a ela o que eu posso. Eu gostaria de dar-lhe as coisas
que ele queria. Em meu coração, isso significa que eu vou honrá-lo, onde quer que ele esteja,
conseguindo obter para nós as mesmas coisas que ele queria oferecer. Minha mãe é diabética. Ficou
sob controle por anos, mas embora ela continue com boa saúde, ainda é uma preocupação para mim,
mesmo que ela se recuse a admitir que seja uma preocupação para ela.
O parque não está muito cheio hoje à noite. Um monte de gente evita esses eventos e optam
por caminhadas ou outros tipos de eventos para Fim da Violência, mas eu gosto de vir aqui com
meus livros, meu iPod Shuffle, os meus lanches, e eu estou preparada.
Reconhecendo alguns rostos, eu ando por lá, até eu encontrar um local agradável sob uma
árvore.
Eu abro o meu saco de dormir, digo oi para o jovem casal nas proximidades, cujos nomes eu
não sei, mas que eu já vi antes e olho para um monte de galhos de árvores e folhas apontando para o
céu. Eu raramente consigo ter uma hora de sono sempre que acampo aqui, mas eu ainda venho apenas
porque eu nunca quero ficar tão confortável com as coisas até o ponto que eu não queira mudá-las
para melhor.
Depois de comer algumas amoras e ouvir música, eu arranco fora os meus fones de ouvido,
ajeito o meu travesseiro e caio no sono, sonhando que eu estou perdida na noite, dentro de uma
floresta verde, correndo com um homem de camisa, e quando Gina, Helen e minha mãe gritam para
eu sair, eu nunca consigo encontrar o caminho para fora de sua profundidade.


Eu acordei logo, suando, ofegante e olhando ao redor em confusão. Eu estou no
acampamento.
Tremendo, eu pego meu celular e depois pisco quando eu vejo que tenho uma mensagem.

Se eu não posso levá-la em casa ainda, então pelo menos, me deixe te buscar e a levar a
algum lugar.

Eu fico olhando para a mensagem, de um número desconhecido, com o coração batendo
descontroladamente e um emaranhado dentro do meu estômago. Eu sei que é ele, tem que ser ele. Eu
penso nele e suas camisas e seus olhares e suas uvas. Eu penso em seu iate e seus segredos e no gelo
em seus olhos e no jeito que ele olha para mim, como se ele me quisesse para derreter todos esses
blocos de gelo misteriosos nele. Eu penso em como eu me sinto inquieta e como eu não posso me
concentrar em nada mais... E então eu acho que a exposição e a luta para me centrar tem um objetivo.
Respiro e mando um texto de volta:

Eu não me oporia a uma excursão na sede da Interface.
Feito

Eu mordo meu lábio, coisas que parecem borboletas agora me agarrando. Estas têm de ser
borboletas históricas, mas eu nunca tinha pensado nisso. Antes que eu possa me conter, envio uma
mensagem:

Você não dorme?
Não quando eu não quero.

Eu coro. Deus, ele está com uma mulher agora? Ele poderia ser um cara tão bom para uma
menina especial, é deprimente que ele permita que, de algum jeito, todas tenham um pedaço dele.
E você? Por que você está acordada agora, Rachel?
Sua mensagem me acordou, eu escrevo.
Bons sonhos então, Rachel.

Eu fecho meus olhos e penso em seu rosto no vídeo do YouTube, como o rosto no clube
depois que ele me viu, encarando sempre tão fechado e misterioso, como se ele se recusa a deixar
qualquer um ver e saber quem ele realmente é ou o que ele realmente quer deles.

O mesmo para você, isso é, se você quiser sonhar.

Oh, eu soei tão burra. Urgh. Coloco meu telefone para baixo como, se de repente ,fosse um
jacaré que acabei de encontrar no meu assustador sonho na floresta verde e dormi em uma piscadela.









Escritório
Pelo menos a minha escrita tem se beneficiado da minha obsessão crescente com este fascínio
que tortura e não tem para onde ir. Esta sede de informações está vazando para a minha escrita e em
qualquer coisa que eu dedico a minha atenção. Eu sou como uma faminta por alguma coisa em
particular, mas que se enche com tudo o que puder ter nas mãos, ao mesmo tempo. Até mesmo se é
informação sobre qualquer outra coisa.
— Esta matéria é fenomenal! — Diz Helen. — Tanto fogo. Eu não posso esperar para ver o
que você fez com as outras partes de Saint. O que dibs quer dizer?
Eu suspiro. — O quê?
Ela sorri e bate o notebook na minha mesa com uma palavra sublinhada até que a página
rasgasse.
DIBS.
Ela encostou seu quadril em minha mesa e eu sinto Victoria quase cair da sua cadeira, em sua
ânsia de ouvir o que tenho a dizer.
— Nada — eu digo tomando o tablet e o colocando de lado. Realmente, por isso estava
rabiscando “Dibs” agora?
— Oh, o que quer dizer nada? — Ela se vira. — Victoria, Victoria. — Ela mostra um dedo e
Victoria se levanta e caminha tão casual quanto pode ser.
— Helen? — Diz ela. — Oi, Rachel. — Ela sorri.
— Ajude-me a marcar para Rachel com esse estilista que você acha tão espetacular? Com esse
rosto — ela demonstra segurando meu queixo para cima — não há nenhuma maneira de que Saint
seja capaz de se segurar em persegui-la. Obrigada, Vicky —,diz ela, deslizando em seu escritório.
Estando perto de Victoria, de repente desejo que eu tivesse dito que tinha feito um progresso
moderado. Eu gostaria de não ter dito nada para evitar ter que ver seu enorme e esfuziante sorriso. Eu
quase posso ouvi-la pensar que eu não posso escrever uma matéria sem a sua ajuda. Que eu não
posso conseguir um homem sem a sua ajuda.
— Não é necessário, realmente — eu digo a ela.
— Oh, que absurdo, eu sei exatamente o que você precisa. Eu vou conseguir isso em um
segundo — diz ela gesticulando para o seu telefone fixo. Então ela liga para a sua estilista e cantarola
enquanto espera e eu preciso salvar e fechar meu arquivo, porque nada pode mexer mais com meu
humor quanto alguém dando uma espiada na minha tela.
Eu sento ali, me sentindo como uma perdedora e olhando para o meu telefone quando eu vejo
a mensagem de Dean.

Sr. Saint gostaria de fazer um tour com você pela sede da empresa Interface. Avise-me se
isso é do seu interesse; ele está ansioso para vê-la.

Meus dedos do pé se enrolam um pouco e minhas bochechas estão vermelhas. Porra. Eu
mando uma mensagem de volta:

Eu estou ansiosa para vê-lo.

Oh, Deus. Para vê-lo? Vou me encontrar com ele, não vê-lo. Profissional. Isso é tudo. O que
eu vou fazer quando eu o ver novamente?
Eu procuro uma foto dele, baixo no meu telefone e acesso. Seu perfil é tão perfeito. Ele é o
único cara que eu já tive uma foto no meu telefone - vinda de uma das meninas que o marcou e uma
vez que foi baixada, de alguma forma ficou no meu telefone. Eu não tenho sido capaz de apagá-la.
Considerando que Saint apagou a minha foto, eu deveria fazer o mesmo, mas uma parte de
mim gosta de ser capaz de olhá-lo enquanto ele não está me observando. E esta imagem... Tenho
certeza que esta foto foi tirada naquele dia no iate e que ele estava olhando para mim, à distância.
Algo sobre sua ilegível expressão exige que eu o entenda.
Victoria coloca meu telefone do escritório no gancho. — Feito. Eu tenho um horário marcado
para você na próxima semana, na sexta-feira. Esteja pronta para fazer Saint chorar! — ela declara,
batendo no topo da minha cabeça e deixando-me olhando para meu celular, para uma nova mensagem
de Dean.

Ótimo. Nós vamos mandar um carro na sua casa, na quinta-feira, às 16h.






























Quinta-Feira
Quinta-feira.
As 16:01, eu estou saindo do meu prédio.
— Oh, eu vou abrir a porta para você, Senhorita Sheppard.
Nossa vizinha do terceiro andar (que faz bolos de café assassinos em todas as férias) parece
ter estado fora, andando com seu cachorro e seu gato aninhado em seu braço. — Rachel, você está
linda com seu cabelo solto.
O gato ronrona quando ela acaricia a parte de trás de sua orelha. — Eu não posso sequer
pensar em uma atriz que seja loira e perfeita como você. Quem fez a sua maquiagem? Está tão
natural.
— Minha companheira de quarto, Gina. — Eu mantenho a porta aberta para ela. — Ela
trabalha em uma loja de departamentos na seção de cosméticos e estamos experimentando diferentes
coisas sobre mim.
— Ah, sim. O dia que eu tiver um bolo e um vestido bonito, eu vou visitá-la.
Seu cão vem no meu tornozelo e eu estremeço um pouco, mas defendo o meu patrimônio em
seguida, volto para a rua, uma vez que ela está dentro. Eu congelo. Em vez do Rolls, preto e brilhante,
o BUG 1 de Saint está estacionado do lado de fora.
Ele se inclina contra ele me observando. E ele está sorrindo. Para mim. Ele dá um passo para
frente e diz: — Hey — Para mim. E eu esqueço tudo. Até mesmo o meu nome. Mesmo que eu devesse
estar trabalhando hoje. Meu estômago se contrai assim como faz a minha garganta.
—Hey— eu digo observando seu terno preto quando ele abre a porta do passageiro para mim.
Oh Deus, o que é isso?
Ele oferece sua mão e eu olho para ele com medo e antecipação, antes de deslizar os dedos
nos dele.
Ele agarra meus dedos levemente quando eu escorrego para o assento, o toque demorando
muito tempo depois que ele solta e fecha a porta.
Então ele está no carro, a porta fechada nos colocando no espaço mais confinado que nós já
estivemos desde que nos conhecemos. Seu perfume me envolve juntamente com o couro de seu carro
e meus pulmões começam a doer com cada respiração.
Enquanto me vestia, eu me mantive dizendo que eu não tinha necessidade de estar perfeita,
porque nada adiantaria. Mas eu realmente gastei mais tempo, de um jeito que eu nunca pensei que eu
ia gastar, me perguntando como ele se sentiria sobre isso.
Dean enviou uma mensagem me instruindo a vestir algo confortável, porque partes do
edifício ainda estavam em construção. Eu acabei vestindo minha calça jeans favorita desbotada, um
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suéter informal solto com a estampa I love writing e minhas botas quentes, porque eu amo deixar os
pés confortáveis. Eu sou uma fã de meias grossas, minhas botas enfiadas nos pés em algo macio e
confortável. Mas não importa se ele gosta, certo? Porque isso não iria dar em nada. Estou
trabalhando e ele é... Bem, ele está sendo mais legal comigo do que eu imaginava, me levando a um
passeio em primeiro lugar.
— Eu espero que eu esteja vestida apropriadamente — eu sussurro.
Seus olhos verdes correm para cima e para baixo no meu corpo, e de repente, mais do que
meus pés estão quentes quando um pequeno sorriso aparece. Ele coloca um braço atrás do meu banco
e me encara completamente. — Eu gosto disso quase tanto quanto eu amo o que você usava no dia em
que nos conhecemos.
Eu cubro meu rosto e rio. — Você absolutamente não quis dizer isso.
Quando eu forço a cair minhas mãos, ele está olhando para mim. Eu realmente nunca fui
olhada do jeito que ele olha para mim, com aquele brilho de malícia em seu olhar, sexy, escuro e
profundo, turvo com as promessas mais requintadas. Quando ele brinca comigo assim, a minha pele
fica quente e as coisas que acontecem comigo só podem ser explicadas por colisões químicas de
partículas de energia. Eu não aguento.
Sem tranquilizar-me mais nada sobre minha aparência ou o quanto ele gosta ou não gosta
dela, ele liga o motor que ruge à vida, verifica seus retrovisores e faz os pneus guincharem quando
ele puxa para a rua.
No segundo seguinte, eu estou encostada no banco do carro e sem respiração.
— Este carro é para ser conduzido como se você o tivesse roubado — diz ele.
Ele faz uma curva de forma imprudente e começa a rir, o som baixo e divertido. —Tudo
certo, Rachel? — Ele sorri e aperta minha coxa e eu olho para ele, o formigamento da adrenalina e
luxúria que eu estou sentindo tornando-se sinos tocando alto dentro de mim.
Eu sorrio e aceno com a cabeça, mas acrescento: — Você é um demônio, no entanto.
Ele diminui e começa a dirigir como uma pessoa normal no próximo par de quarteirões,
falando baixo, com um soslaio, olhando curioso para mim. —Mais demônio do que um santo?
— Você não pode ser um santo se você não tem uma auréola.
Seus lábios apontam para cima, mas há algo no seu sorriso que não alcança seus olhos
quando ele se retorna para a estrada. A partir do momento que eu o conheci, o ar entre nós ficava
diferente do jeito que fica quando eu não estou com ele. Mais grosso, mais elétrico, cada olhar ou
sorriso ou palavra causando ondulações na atmosfera. Mas agora, dentro de seu carro com cheiro de
homem e couro, eu sinto a sua presença com cada respiração. Cada pensamento. Cada movimento
dele quando vira o volante e desloca as engrenagens. E esses movimentos são meus: Colocando meu
cabelo para trás, alisando as mãos sobre minha camisa.
Quando chegamos ao estacionamento subterrâneo do Interface, ele desliza para o primeira
vaga desocupada e eu estou dizendo a mim mesma para acabar com o pânico e esquecer seus
deliciosos beijos fantasmas, enquanto ele tira o casaco e coloca em seu lugar. Mas não adianta; o
vislumbre dos músculos ondulando sob o tecido de sua camisa de algodão branca, não ajuda a fazer
os joelhos voltarem a trabalhar normalmente. Ele ajeita a gravata e a puxa solta e o seu bíceps
flexiona sob a camisa. Meus olhos não podem ser puxados para longe dele. Eu sinto sua chamada
visceralmente bem no núcleo do meu ser. Eu o olho, notando o cabelo que caiu sobre o olho quando
ele passou seus dedos por ele agora.
Uma bola de raios emaranhados está em meu estômago enquanto eu o sigo até o elevador e
nós subimos para o primeiro andar.
Sua voz poderosa, de repente, corre como uma pena pela minha espinha. — Você quer falar
sobre o Interface agora?
Eu liberto minha atenção desse seu belo conjunto de lábios para encontrá-lo me observando.
Seu olhar está muito interessado e mesmo sabendo que não devo segurá-lo por muito tempo, eu não
consigo desviar o olhar também. — Eu não sei.
— Então você não quer discutir o interface?
Sua voz é rouca, mais profunda do que o habitual e o sorriso repentino em seus lábios é
absolutamente sensual.
Eu mordo meu lábio inferior, incerta do que dizer quando ele dá um passo para frente,
olhando para mim interrogativamente e também com... Expectativa. Meu coração começa a bater. Eu
sinto que algo está acontecendo. Um furacão chamado Malcolm Saint está vindo. Eu tenho sonhado
com ele, com nós. Membros, carne, toques, mordiscando com aqueles beijos que roçam bem no
canto da minha boca...
Uma pontada de nervosismo aperta cada polegada do meu corpo quando ele move seu corpo
para estar diante do meu. Ele estica o braço ao longo da parede atrás de mim, com os olhos
brilhando. Ele está tão perto que eu posso ver as manchas geladas nessas íris, me lembrando de
outras vezes, quando essas manchas pareciam ter derretido com o calor.
— Hey — diz ele, correndo o dedo ao longo da minha mandíbula quando, de repente. ele
sorri para mim.
Ele tem cheiro de sabonete. Sua proximidade está iluminando os meus nervos como uma
árvore de Natal.
— Hey— eu sussurro tentando parecer casual, falhando miseravelmente.
Sua proximidade é inquietante.
Ele pega meus dedos dentro de sua mão quente e puxa meu braço para cima do meu lado,
observando os dedos através dos meus quando ele segura minha mão entre nós, no nível de nossas
gargantas. — Pergunte-me qualquer coisa que você quiser, Rachel — diz ele esfregando o polegar ao
longo das minhas costas, o toque eletrizando os minhas terminações nervosas.
Ele estende a mão livre e acaricia os cartões de anotação que eu estou segurando na minha
mão. Ele olha na parte superior do cartão. — “Implacável” — ele lê em voz alta.
Assustada, eu pulo com a ação e tomo os cartões com as duas mãos. Seus lábios fazem uma
curva; ele olha o relógio e eu, trêmula, guardo os cartões em minha bolsa pequena.
Você está realmente fora de foco, Livingston! Eu não sei o que fazer, ou o que dizer, só sei que
este rumo não é bom para Edge, para a minha carreira. Para a reportagem. Oh, merda.
— Você me acha implacável? — Ele parece divertido.
Quando eu procuro em meu cérebro, frenética por uma resposta, eu o encontro olhando para
baixo, para mim, com uma expressão sóbria.
— Eu sou muito pior do que isso — ele murmura.
O elevador para.
Saint olha para o topo. — Nós estamos aqui. — Nós saímos. Janelas de mármore, todas novas
e recentemente limpas. De um lado estão as latas de tinta, o cheiro de tinta secando, misturado com
gesso e plástico. Os tetos têm cabos saindo. É uma obra-prima em andamento, um edifício visionário
para pessoas visionárias.
— Hey, venha aqui, eu quero lhe mostrar uma coisa, — Saint me diz, me assistindo ir para
onde ele está de pé.
Ele me leva para uma sala de conferências enorme.
Eu olho para tudo. — É lindo.
Eu percebo que ele está olhando apenas para mim. Ele olha para mim como se ele quisesse
alguma coisa de mim, como se ele quisesse muito algo, e como se ele quisesse isso há muito tempo.
Consciente de que eu estou corando muito, eu me liberto do seu olhar e me distraio com o
enorme trabalho artístico na parede à sua esquerda. A parede é tão grande, que eu não reconheço as
manchas de cor quando as vejo, mas quando eu me concentro em todas e cada uma, eu faço.
Aqui, cobrindo uma de suas paredes de ponta a ponta, está o enorme mural de lona que Gina e
eu fizemos no parque juntamente com quase uma centena de outras pessoas.
Atordoada, eu ando para frente observando todas as mãos. Há a de Gina. E, sim, há a minha.
— O que você acha disso?
Eu olho para ele sem acreditar no que estou vendo. Num impulso, eu olho de volta para o
mural e levanto a minha mão, a colocando na minha impressão vermelha, dedo a dedo.
Como ele sabia? Quando eu fui ao seu escritório, eu estava manchada com tinta vermelha, e
eu disse-lhe onde eu tinha estado. Oh, wow. Eu olho para nossas mãos, ainda não acreditando e dando
um passo para trás.
Lembro-me de andar em um de seus carros, uma vez, enquanto ele dava lance em um leilão.
Lembro-me de todas as coisas que ele manipulou no espaço de poucos minutos.
E eu não posso acreditar que uma daquelas coisas, uma das vezes em que ele esteve no
telefone, em um daqueles dias, foi em relação a esta coisa que significa o mundo para mim.
— Você vê, eu estou corrigindo uma injustiça — diz ele, atrás de mim. — Interface tem
contribuído para a causa que você acredita tanto... E você não pode devolver um presente.
Eu rio e o enfrento, meus joelhos ficando cada vez mais fracos. — Eu realmente feri seu
orgulho devolvendo a sua camisa, não é mesmo?
— Estou mortalmente ferido.
Ele não está sorrindo.
Sua energia é mais forte do que nunca.
Seu olhar mais verde do que nunca.
— As doações feitas pelas instituições que adquirem isso vão para as famílias das vítimas.
Estas doações realmente ajudaram a minha mãe quando meu pai morreu — ouço-me admitir, com
uma bola de emoção em meu intestino. — É um grande gesto. Obrigada pela ajuda.
Seus olhos ficam líquidos, como se tudo o que ele queria era este pequeno agradecimento que
eu lhe dei.
Ele sorri e acena com a cabeça escura, e de repente, não é suficiente. Não totalmente
suficiente. Eu não posso acreditar neste gesto, além de uma centena de gestos. Num impulso, eu ando
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até ele, meus Uggs silenciosos sobre o mármore.
Então eu me empurro para cima na ponta dos pés e beijo o seu queixo duro. Ele move a
cabeça, assim eu acabo beijando o canto de sua boca.
Assustada, eu me volto com facilidade, boquiaberta.
Seus olhos estão escuros... Mas brilhando de alegria. Como se ele quisesse o agradecimento,
mas do que qualquer outra coisa que ele pudesse ter.
Eu percebo várias coisas. Ele agarra a minha cintura para me impedir de voltar atrás. Suas
mãos estão em meus quadris. Eu tremo ao seu toque. Eu também noto o olhar determinado e
inconfundível, de caçador em seu rosto, como se ele não tivesse planos de me deixar ir e eu estou
tonta com seu cheiro. Rápido. Eu não imaginava que o corpo humano pudesse querer tanto e tão
rápido ir de um instante para o outro.
— Coloque seus braços em volta de mim — diz ele com a voz em um sussurro rouco, no meu
ouvido.
O meu estômago se aperta firmemente em surpresa, pequenas borboletas explodindo de seu
abismo para as pontas de meus dedos. Seu calor, suas mãos de dedos longos, em volta do meu
quadril, me segurando perto.
— Coloque seus braços em volta de mim — ele repete, observando lentamente a minha
reação, quando ele pega meus pulsos, elevando meus braços e minhas mãos, ligando juntas em sua
nuca. Ele me olha quando ele abaixa a cabeça e, oh, em antecipação, a deliciosa tortura de querer isso
e não estar querendo isso.
— Eu não consigo respirar — eu sussurro, de alguma forma movendo a minha cabeça para
trás, enquanto ele vem para frente.
Seus olhos começam tremulando fechados, a sombra de seus cílios escuros em suas maçãs do
rosto, enquanto seus lábios vêm e dão uma lufada em mim. — Eu não quero que você respire.
Ele beija o canto da minha boca; meu corpo aperta com o contato. Ele solta as costas, mas não
muito, como se ele não quisesse me soltar ou me deixar por mais de uma polegada e olha para mim
como se eu fosse absolutamente nova e preciosa e ele quer jogar comigo, tanto quanto realmente não
está certo se ele quer brincar comigo completamente, ou talvez guardar um pouco de mim para jogar
mais tarde. E eu... ?
Eu estou queimando nos meus ossos.
Além do pensamento, neste exato segundo.
Eu o quero, tão profundamente, que eu vou acabar destruída. Eu quero esquecer que há várias
razões pelas quais isso não é uma boa ideia, porque não importa se é bom ou até mesmo certo, só dar
isso ao meu corpo da forma que ele quer. E tudo que eu quero agora é que ele olhe para mim como
se ele quisesse se dar a mim também.
Estou com medo, mas isso não me impede de inclinar a cabeça para cima em oferta, meus
lábios se separando em completa imprudência. — Faça isso de novo — eu sussurro. Seus olhos
brilham quando ele me olha, seu olhar extremamente masculino e saboreando quando eu lambo os
meus lábios e me contorço um pouco abaixo dele. — Saint... Faça mais uma vez... — Eu tento
novamente.
Ele abaixa a cabeça e o segundo beijo de canto é tão perto do centro da minha boca, que eu
posso provar ele. Oh Deus, eu quero prová-lo. Ele está me provocando agora. Provocando-me com
beijos e desejo, do tipo que eu nunca senti, e isso funciona; Estou doendo, latejando, querendo,
morrendo.
— Você gosta disso?
Eu aceno rápido, respirando pesadamente. — Mais uma vez... Por favor. — Eu jogo minha
cabeça mais para trás. Ele analisa a minha reação com olhos escuros, encapuzados, e eu continuo
atordoada, lutando para manter meus pulmões funcionando. Ele inclina minha cabeça para trás, no
ângulo que ele quer.
O ar entre os nossos corpos está como o fogo, os lugares em que a sua coxa toca a minha
chamuscam, as pontas dos meus seios são esmagadas e quentes contra seu peito liso.
Ele inclina a cabeça e pega a minha boca de frente e no centro agora. Se eu tivesse que acabar
de ser queimada na fogueira, o impacto teria sido menor do que a sensação quente de sua língua
empurrando para separar meus lábios. Eu explodi em chamas e ele me puxa para mais perto com um
barulho estrondoso, quando a sua língua mergulha e acaricia a minha dominando, degustando,
beijando.
— Você gosta disso também? — Ele mergulha sua língua, quente e úmida, em minha boca; em
seguida, ele assegura que a parte de trás da minha cabeça está em sua mão curvada e partes de seus
lábios me levam mais profundo, mais duro. Uma onda de sensações são como facas para mim, e
quando ele angula a cabeça para pegar outro gosto profundo de mim, eu separo os meus lábios mais
amplo, de modo que ele continua a fazer o que ele está fazendo, continua esfregando sua língua ao
longo da minha e se alimentando de mim enquanto eu, avidamente, respiro a sua respiração. — Eu
posso te provar em cada polegada minha.
O som de suas mãos deslizando para baixo no comprimento dos meus braços, sobre a minha
roupa, é ousado e delicioso. Nós inclinamos as nossas cabeças e beijamos um pouco mais e então um
pouco mais. Em seguida, os lábios se amolecem... Recuam... Um tremor passa através de mim quando
seus lábios pincelam nos meus, molhados e macios, o fantasma de um toque tentador.
Quando finalmente se separam, minha boca formiga e eu posso vê-lo perfeitamente bem de
perto. Percebo a mudança dos tons de verde em seus olhos, a mancha cobre espalhada no interior não
frio, nenhuma fração de frio impiedoso agora.
Eu sinto as pontas dos dedos acariciar minhas têmporas enquanto escovam o cabelo da minha
testa para olhar para mim. As mãos dele permanecem lá por um instante e, ao mesmo tempo, para
sempre. Eu pisco quando eu a contragosto removo as minhas mãos de sua nuca, tremendo, e coloco
ao meu lado, meus olhos se concentrando em seu impressionante rosto viril.
— Eu... Isso não pode acontecer.
— Já aconteceu. Está acontecendo, Rachel.
Seu olhar é pesado, espesso, atacando enquanto ele examina sua obra: Meus lábios molhados.
Inchados, pelo menos é assim como eu os sinto. Eu me vejo tocando seus ombros nervosa. — Saint...
Deus. Eu nem sequer sei o que é que eu estou pedindo.
Ele é o tipo de cara que nunca estaria na zona de amigo ou zona de irmão de qualquer mulher.
Ele é o tipo de cara que você fantasia sobre ter como um amante, e ele me quer. Quando ele abaixa a
cabeça, eu subo nos meus dedos dos pés para que os nossos lábios se encontrem novamente. Então,
nós estamos provando, lentamente explorando, quando eu quero fazê-lo ir mais rápido, porque meus
dedos estão enrolando e tremendo no meu corpo, ele vai lentamente com a sua boca, sua língua.
Perfeitamente no controle, ele está deleitando-se em mim e não quer ser apressado. Minha
boca se tornou sua expedição e eu quero ser explorada, assim como estamos.
Ele se afasta - Eu tenho que engolir um protesto em seguida.
Ele olha para mim. Olhos, lábios, olhos, lábios, prolongando o que parece um pouco mais de
cada vez. Estou em agonia.
De repente, eu inclino a minha cabeça e beijo seu pescoço. Ele geme baixinho, segurando o
meu cabelo na mão, me derrubando para trás. E lá, seus lábios esperam pelos meus. Nossas bocas se
fundem como se cada um estivesse de, alguma forma, esperando o outro por um longo tempo. O
toque, o calor, é tão elétrico que eu puxo de volta, com um suspiro chocado.
Nossos olhos se encontram novamente. Estamos jogando este jogo, beijando, parando... Eu
posso ver pela onda de seu lábio que ele está gostando. Mas eu não estou. Estou aflita com o desejo,
ofegando, enquanto eu luto contra o desejo de me esfregar contra ele como um gato, puxar a sua
camisa de seu peito. Eu quero comê-lo vivo, tão duro e tão rápido, que eu tenho que dobrar meus
dedos em minhas mãos para não fazer isso.
Suas mãos pegam meu queixo e ainda me seguram. Ele me observa até o último momento,
quando os seus lábios descem nos meus. Ele me suga, me saboreia; em seguida, o gosto inebriante
dele me bate de novo, me derretendo. Eu pego a sua mandíbula grossa contra a minha bochecha, o
calor úmido de sua língua na minha. Quando eu deixo escapar um gemido que me assusta, ele solta o
abraço, por um momento, para olhar para mim de novo.
Oh, Deus. Tremendo do quanto nós nos beijamos e quanto eu ainda quero, eu olho para sua
boca.
Cada vez que ele volta, ele recomeça a me beijar mais forte. Mais duramente. Sua boca estava
realmente em mim? Sinto-me de uma forma estranha, como ainda estou. Meus lábios formigam de
lado a lado, a curva de cima para a curva de baixo. Ele está olhando para eles também. Em seguida,
aperta as mãos em meus braços e sua boca cai na minha mais duro desta vez. Eu endureço em contra
ataque, com medo do cataclismo me ultrapassando, eu tento me afastar e me soltar, mas sua boca se
move cada vez que eu faço, e ele está sempre lá, pronto para me provar novamente, a ponta da língua
me escovando aberta.
A excitação aumenta através das minhas veias quando eu ouso abrir a minha boca o máximo
que posso, e então ele dá seu gosto para mim. Um beijo completo, de parar o coração, que me faz
tonta, instável e espantada. Minhas mãos em seus braços, meu corpo se inclina no seu tão duro, que
meus seios doem no peito dele e eu o provo de volta. Não retardando de modo que possa saborear;
mas de uma forma que significa que eu nunca vou ser beijada assim de novo e eu quero muito que ele
me coma como eu quero comê-lo.
Este é Malcolm Saint, a minha matéria de sonho e a salvação da Edge e eu deveria o ter
empurrado para longe. Mas eu estou de repente desesperada. Eu estive prestando atenção a cada sinal
visual, cada palavra trocada, tentando silenciar tudo o que ele me faz sentir. Algum tipo de
necessidade. Alguma sede flagrante.
Mas sua boca está na minha e eu fico mais sedenta do que nunca.
Nós separamos nossos lábios e sua boca busca imediatamente um caminho na minha garganta.
Viro a cabeça e puxo o lóbulo da sua orelha entre meus dentes, passando minhas mãos sobre seu
cabelo. Eu nunca toquei um homem como este, seu cabelo espesso e sedoso, escuro como fuligem.
Ele geme sob as minhas lentas, mas impulsivas carícias, e o som flui através de mim em uma onda
erótica. Seus beijos lentos no pescoço me deixam louca, mas eu ainda anseio sua boca; minha boca
está ferida e parece que a única maneira de eu não sentir a dor é ter sua boca na minha novamente, me
agradando como um louco.
Eu viro minha cabeça. Ele está lá, como se estivesse precisando de minha boca também.
Nossos lábios se abrem como fusíveis novamente. Ele geme; eu gemo. Nós saboreamos um ao outro
febrilmente. Sua língua é quente e úmida contra a minha e este beijo sozinho me tem mais ligada do
que qualquer coisa na minha vida teve.
Mas... Quem você pensa que é, Rachel? Vamos! Elizabeth Bennett? Jane Eyre, talvez?
Soltando-me com esforço, eu tremo e inclino minha testa na dele enquanto recupero meu
fôlego.
— Nós não podemos fazer isso de novo. — Eu me recupero aos poucos, passando minhas
mãos pelo meu cabelo. — Alguém pode... Você pode me chamar um táxi?
Ele não diz não, a única coisa que faz é olhar para mim, em seguida, olhar para suas mãos,
então para mim. Ele olha para a minha boca com as pálpebras pesadas.
— Eu vou te levar para casa. Basta me dar dez minutos para esfriar.
— Não, eu vou pegar um táxi. Eu preciso me refrescar também. Eu não posso ver você,
exceto... Para as entrevistas. — Ele parece tão sexy, quente e de repente tão vunerável, que eu não
posso suportar ficar mais aqui. Eu puxo minha bolsa perto de mim e vou para a porta.
— Me encontre lá fora em dez minutos — diz ele, com a voz ainda grossa com o desejo. —
Só me deixe esfriar— ele repete.
Mas se eu vir você lá fora, eu vou ser a prostituta que vendeu sua alma para ter a sua matéria.
Eu balancei minha cabeça, sem me virar para vê-lo me seguindo para os elevadores. — Eu
preciso ir.
— Rachel. Encontre-me para uma bebida amanhã — disse ele.
Eu pressiono o botão “para baixo” várias vezes e graças a Deus a porta do elevador se abre
imediatamente. — Eu não posso... Saint — eu digo e deslizo para dentro.
— Malcolm! — Ele grita de volta bruscamente, quando eu embarco no elevador.
Eu estou entorpecida no caminho de casa.
Malcolm.
Eu não posso nem pensar no seu nome; parece tão íntimo depois do que fizemos.
O que nós fizemos? Ele tocou minha mão. Ele beijou o canto da minha boca. E então ele me
beijou, me lambeu, colocou meus braços em torno dele, e ele parecia tão forte, alto, sólido,
poderoso, e eu me senti tão fraca, tão líquida, tão vulnerável, que eu queria que ele fizesse mais
coisas para mim, coisas que me faziam sentir mais e menos em um todo, me faziam sentir como o ar,
como um tanque de desejo. Nós não tivemos relações sexuais, mas nós nem sequer precisávamos;
basicamente, eu o deixei me comer viva.
Expirando ruidosamente, eu tento me concentrar nos prédios em frente, nas pessoas andando
na calçada.
Tire da sua cabeça, Livingston. Não aja com seus hormônios. Utilize isso para a reportagem.
Saint está desafiado ou intrigado por você e logo ele vai estar longe e você vai ter tudo que você
precisa, tudo o que mundo quer saber.
Eu me animo falando isso todo o caminho de casa, mas nada me dá paz.
O melhor trabalho que eu já fiz na minha vida e eu perdi uma pequena parte de mim mesma.
Eu não posso suportar a ideia do tamanho da parte que eu vou perder quando eu tiver terminado a
reportagem.
Eu estou com tesão, e meu tesão é devido ao fato de que Saint quer fazer sexo comigo. É tão
óbvio: Seu corpo estava vibrando e seus olhos tinham as pálpebras pesadas e contra o meu corpo eu
senti a maneira que ele me queria. Claramente ele é um playboy. Ele usa o sexo para... algo. Eu não
posso ser usada assim. Eu sou uma profissional. Eu preciso manter barreiras sobre coisas como
essas, que não podem acontecer. Contanto que eu coloque as barreiras entre nós novamente, vai ser
bom. Tem que ser.


Durante o próximo cocktail à noite, Gina está indignada sobre a piada de Wynn.
— Eu estou lhe dizendo que ele entrou na loja e me pediu para posar para ele— Wynn nos
assegura.
— Por que, Rachel? Diga-me por que Wynn tem um namorado e agora tem outro cara quente
a fim dela. Na cauda dela. E ela não fez absolutamente nada mais do que perguntar-lhe se ele estava à
procura de qualquer óleo específico ou vela de sua loja!
Eu saboreio o meu cocktail, meu cérebro por todo o lugar. Talvez não todo o lugar; só não
está aqui.
Ele está de volta na sala de conferências, no último andar da Interface.
— Rachel? Quer dizer, a sério, por que Wynn atrai todos os homens? E que fique claro que eu
não conheço nenhum, mas seria bom se alguém me quisesse, sabe?
Deus, ele. Me. Beijando. Duro. Beijei-o tão duro. Estávamos descontrolados.
— Então ele foi quente, pelo menos? — Gina pergunta a Wynn.
— Oh, ele é definitivamente quente, mas eu estou com Emmett, eu não poderia!
Ok, então o cara sabe beijar. Ele é um conquistador, é claro que pode. Mas isso não significa
que isso vai acontecer mais uma vez. Na verdade, isso significa que eu realmente não devo permitir
que isso aconteça novamente.
— Realmente, Rachel, você está ouvindo?
Minhas amigas parecem tão confusas, que eu tento me puxar de volta para o tópico em
questão. Wynn, sim. E sua capacidade de atrair mais e mais homens, mesmo quando está feliz em um
relacionamento com um. —Semelhante atrai semelhantes, eu acho. Os ricos se tornam mais ricos, os
pobres mais pobres, não é como diz o ditado? Dê a um pobre sujeito mil dólares e ele voltará com
um par de jeans de grife; de a um cara rico mil e ele voltará com dez mil.
— Dê um mil a Saint e ele voltará com um milhão.
É, assim, sim. — Ele tem o toque — eu admito.
— E você sabe sobre este toque? — Wynn cutuca com um pequeno sorriso.
De jeito nenhum eu divulgarei meu segredo mais escuro, sobre o beijo, então eu saboreio o
meu cocktail.
— Oh, eu conheço esse olhar, o olhar de “ela está sonhando com seu toque” — diz Wynn.
Eu fecho a minha boca e jogo fora a chave invisível, então eu provoco, — Nós todos sabemos
que você azara seus sonhos se você falar sobre eles. — Eu dou de ombros. — Além disso, os sonhos
precisam ficar na cama, porque isso não está acontecendo. Eu quero dizer, é ridículo pensar em
desistir de uma grande oportunidade na carreira apenas por um caso com um conhecido mulherengo.
Certo?
— Não encontrou nada extra suculento?
— Você quer dizer que não seja ele? — Eu arqueio uma sobrancelha. Elas riem, mas por
dentro, estou sentindo uma dor. Meu corpo está ardendo em lugares que não deveriam sequer doer.
Eu não sabia que seios poderiam doer assim e que poderia não ter nada a ver com briga. No interior
profundo, entre as minhas pernas, onde eu queria sofrer.
— Estou terminando esta noite mais cedo — Wynn diz, com um rápido olhar para o relógio
pegando o casaco do encosto da cadeira.
— Não, vamos lá, é a noite das meninas, nós não a vemos mais —, Gina reclama.
— Bem, porque eu tenho Emmett. Relacionamentos precisam ser alimentados. Como
pequenas plantas! — Ela sorri.
— Eu estou em um relacionamento sério com Chris Hemsworth, ele só não sabe disso ainda.
— Gina tira a sua língua para fora e depois suga em seu canudo.
— Vocês duas, na verdade. Às vezes eu não posso nem saber como vocês estão. — As mãos
plantadas na cintura dela, Wynn nos atira um olhar fixo de eu-nem-mesmo-sei-por-que-amo-vocês.
— O quê? O que há de errado com a gente? — Gina pede.
— Bem, você não quer? Não que você realmente não queira encontrá-lo? Porque lá fora,
metades das pessoas têm ele, as outras estão olhando para ele, e outras simplesmente perdem o
controle, mas ele está lá. Você não pode ignorar o que é.
— Parece a gripe — Gina resmunga.
Wynn balança a cabeça. — Vocês duas não podem dizer nada sobre mim, mas eu estou indo
para ele. E para vocês duas covardes, eu digo que vocês devem ir para ele também. Encontre um cara
que pode te amar como um louco e o ame direito. Qual é a pior coisa que pode acontecer? Precisar
de um par de cocktails extras quando nos encontrarmos da próxima vez?
Quando nenhum de nós diz nada, Wynn acrescenta: — Quer saber? Eu pagarei por eles.
— Os caras ou as bebidas? — Pergunta Gina.
No momento que Wynn coloca, com raiva, uma nota sobre a mesa, Gina se vira para mim. —
Eu acho que ela disse a Emmett que o ama e ele não disse de volta ainda.
Eu penso em como humilhante deve ser dizer a um cara que você avançou e se apaixonou por
ele e não tê-lo dizendo isso de volta, quando eu rodo meu cocktail.
O resto da noite Gina e eu discutimos tudo, exceto homens, coisa implacável no meu cérebro.


Minha camiseta é extrafina quando eu vou para a cama naquela noite, e de alguma forma,
minha pele está mais sensível. Então quando eu acordo no meio da noite novamente, suando e
gemendo, eu não estou nem mesmo surpresa sobre com quem eu estou sonhando.
Meu sangue como lava em minhas veias, o desejo correndo pelo meu corpo, ao ponto de que
cada polegada de mim esteja tremendo debaixo das cobertas. Eu gostaria que fosse apenas desejo
canalizado; o desejo de saber mais sobre coisas subjetivamente profundas, coisas bobas, coisas que
ninguém mais vai saber, até mesmo coisas que eu poderia não incluir na minha entrevista, só porque
eu preciso saciar esta necessidade de saber. Mas é também um outro tipo de desejo, incontrolável, não
fundamentado, não planejado e não desejado. Desejo desde o âmago do meu ser e não do meu
intelecto, mas de algo mais primitivo e velho dentro de mim, algo que não tem realmente respondido
nunca a nada nem a ninguém antes.
— Oh, Rachel, — Eu gemo quando eu encontro a minha mão, vagando entre as minhas coxas.
— Não, Rachel — eu digo, parando minha mão por dentro da minha coxa. Por um momento, eu acho
que vou vencer, até que eu me lembro de como ele me beijou, me lembro de como nenhum de nós
queria parar, e porque esta é a única maneira que eu posso tê-lo, eu deslizo minha mão mais
profundamente entre as minhas coxas e digo a Saint o quão profundo eu o quero.


Inauguração do Interface
Venha comigo para a noite de inauguração da Interface
M.S.
Você quer dizer como imprensa?
Rachel
Podemos discutir quando você chegar, Otis irá buscá-la às 20h.
M.S.
Eu adoraria ir como imprensa. Obrigada pela oportunidade dessa notícia.
Rachel

— Prata é um deslumbre em você — diz Gina, aprovando quando eu giro em torno para obter
o seu veredicto. Ela se mantém assentindo com a cabeça e acenando, obviamente satisfeita. —
Impressionante, Rachel. Ele não tem chance.
— Eu não tenho certeza sobre este vestido de Wynn, é tão sexy. — Eu reparo nas longas
curvas de seda do meu corpo, no espelho de corpo inteiro do armário. — Se ele não tem a menor
chance, nem eu. — Eu rio, em seguida, paro séria e sinto as minhas bochechas ficarem quentes.
Lembro-me da maneira que ambos não podíamos parar de nos beijar da última vez que
estivemos juntos, e imagino o que ele vai fazer quando ele me vir nisso. O material é elegante,
brilhante e fresco. Feito para uma sereia, o tecido se apega a cada curva minha como os lábios de um
homem podiam e iriam se apegar.
— O que você quer dizer? — Gina pergunta. — Ele é um playboy. Olá? Você não gosta esse
tipo de cara. Você e eu somos as garotas inteligentes, lembra?
Segurando o desejo de inspecionar os meus pés, eu procuro a minha bolsa, colocando
debaixo do braço. — Eu tenho que ir.
— Rachel! — Gina chama. —Basta pensar na reportagem. Você é de carne e osso, mas tente
deixar a carne e osso, o coração e a mulher, em casa. Leve o seu cérebro com você, isso é tudo.
Eu mordo meu lábio e aceno de cabeça, desejando que eu me sentisse mais confiante. Eu
preciso de uma vacina contra Malcolm Saint para ficar imune e eu preciso dela agora. — O que você
vai fazer esta noite? — Pergunto a Gina.
— Eu estou indo com Wynn e Emmett assistir algum filme de estreia.
—Tudo bem, se divirta.
A noite está fria e um pouco chuvosa quando eu escorrego para o Rolls-Royce, o motorista
me protegendo com um guarda-chuva, e meu coração palpita quando o cheiro do interior de couro
do carro, que eu associo com Saint, atinge minhas narinas novamente. Eu tenho borboletas no meu
estômago, no meu peito, em todos os lugares e eu desejo que eu pudesse deixar essas vibrações em
casa.
Quando o Rolls sai para o tráfego, eu mentalmente me alerto contra pensar demais esta noite.
Estou, obviamente, indo fingir que não o beijei. Definitivamente que eu não pedi para ele. Então eu
percebo que eu realmente nunca tive a coragem de falar com o seu motorista, então desta vez eu
limpo a minha garganta e começo com: — Como foi o seu dia, senhor?
— Bem, Senhorita Livingston.
— Ocorreu-me que não fomos formalmente apresentados.
— Otis.
— Prazer em conhecê-lo, Otis. Há quanto tempo você trabalha com o Sr. Saint? — Eu
pergunto tentando voltar ao modo investigação.
— Eu sinto muito, senhorita, mas eu não tenho autorização para dizer.
— Oh, vamos lá. — Eu rio um pouco, mas ele não diz mais.
— Você transporta todos os seus encontros em torno da cidade?
Um aceno de cabeça.
— Responda ao menos uma — eu insisto.
— Certo. Não — ele diz.
— Somente os homens de negócios?
— Para isso seria com Claude.
Eu rolo meus olhos. — Ele tem vários motoristas, é claro.
Ele balança a cabeça.
— Para quem você dirige?
— Geralmente? Saint.
— Por que você está dirigindo para mim?
— Saint — ele responde.
— E quem levou Saint para o evento, se você não o levou?
— Saint.
O divertimento enrola meus lábios. — Já o conhece há muito tempo?
Ele hesita.
—Tudo bem, eu sei que eu disse uma apenas. Dê-me mais uma. Seu chefe é tão difícil.
— Eu o conheço desde que tinha quatorze e Sr. Noel me contratou para mantê-lo longe de
problemas.
Estou surpresa, em silêncio por isso.
— Oh, eu sei o que está vindo. Que belo trabalho eu fiz? — Ele diz.
— Eu não disse isso. Todo mundo sabe que o seu chefe tem uma mente própria. Eu não acho
que qualquer um poderia ter controlado ele.
— Quanto mais eles tentaram, menos controlável ele se tornou. — Ele balança a cabeça. — Eu
falei demais, muito. — Ele olha para mim no espelho retrovisor. — Mas ele confia em você. . . e
confia em seu julgamento.
— O que faz você dizer que ele confia em mim?
— Intuição. — Ele dá de ombros. — Vem de conhecê-lo mais de uma década. É a primeira de
suas garotas que eu levo de carro por aí.
Eu coro. — Oh, eu não sou uma de suas garotas. — E eu nunca vou ser.
Ele sorri com conhecimento de causa e me ajuda a sair do carro, e eu entro em um suntuoso
hall de entrada, luxo absoluto e completo. Fonte de água. Incandescência de lustres de cristal.
Ficando um pouco mais nervosa com cada passo que eu dou, eu ando por um longo corredor
do lado de fora do salão de baile e direto para a entrada da imprensa, onde eu espero a minha vez
para dar o meu nome a uma das senhoras responsáveis.
— Oi, Rachel Livingston da Edge, por favor.
— Boa noite, Rachel, deixe-me te encontrar aqui na minha lista na prancheta... Hmmm. Bem...
Vamos ver... Você não parece estar sob a letra L. Qualquer nome do meio para que eu possa verificar
também?
Quando eu balancei a minha cabeça, ela foi até um de seus colegas de trabalho. Eles
sussurram um pouco, comparando as páginas da planilha até que, finalmente, uma percepção parece
atingir a mulher que eu estava falando. Sua expressão se altera de uma expressão preocupada, para
um sorriso radiante quando ela caminha de volta para mim. — Oh, bem, mistério resolvido! Você
está com o próprio Saint - isso é muito progresso! — Ela sussurra animadamente, apontando para a
entrada de hóspedes. Deus, realmente? Mais vibrações.
Colando um falso sorriso no meu rosto, como se eu estivesse feliz com isso, bem, eu estou?
Eu caminho por um longo corredor e sigo o som da música, passando as colunas que sobem até
abaixo dos tetos ventilados. Adentro profundamente no meio da multidão, caminhando em meio a seu
grupo eclético de amigos e colaboradores. Eu me torno consciente das mulheres e como elas
instantaneamente tem a consciência de mim como competição pela atenção de Saint. Os homens
olham também, com seus olhares apreciativos. Eu tenho o cabelo grande, pernas longas e olhos
interessantes... Talvez eu não seja uma rechonchuda loira, mas eu tenho uma bunda grande. Oh Deus,
olhe para ele. Eu quase tropeço quando eu o avisto na outra extremidade, perto de uma fonte de
chocolate.
Ele está de costas para mim, tão impressionante, minha boca fica seca. Eu posso ver a
definição de suas costas no paletó que ele veste, calça preta que abraça o melhor corpo masculino que
eu já vi.
Callan aponta Saint em minha direção, e eu me impulsiono para frente de novo, quando ele se
vira. Os olhos dele me capturam, e toda a vez que me aproximo com passos inquietos, eles ficam
fixados em mim. Seu peito fica amplo, como se estivesse puxando uma respiração afiada e eu não
posso respirar.
Ele está com uma gravata preta e um terno diabólico, com as mãos ao seu lado. Ele fica
sisudo, apertando a mandíbula, quando ele percebe os outros homens olhando para mim.
Eu vejo as mulheres o ladeando, e eu sou atingida por uma onda de ciúme tão profunda, que
eu tremo.
Nós nos beijamos, isso é tudo. Eu não me importo com o que ele faz. Eu não estou interessada
nele de uma maneira íntima, eu fico me lembrando. Não na forma de uma mulher, apenas de uma
repórter.
Ele é apenas um homem, um playboy, mulherengo, inferno, um mulherengo e eu só preciso
armazenar tudo isso em informações e, em seguida, escrever uma matéria para que as pessoas
possam experimentar o que estou experimentando.
Não importa que ele esteja com duas mulheres. Elas não estão o tocando, mas, oh, sim, posso
dizer que a partir de suas expressões sombrias, elas fizeram antes. Ele está acostumado a elas. E elas
o têm usado. Mas não importa se as pessoas o usam, ou se as pessoas sequer entendem ou sabem a
verdade dele, porque tudo que eu me preocupo é receber este direito em sua matéria. Certo?
Isto não é sobre mim, é sobre uma reportagem sobre o homem.
Ainda assim, meu estômago dói com uma possessividade desconhecida quando eu paro diante
dele. Ele olha para mim, direto nos meus olhos, e eu olho diretamente para ele.
— Você achou que iria fugir com o uso da entrada da imprensa? — Ele pergunta, com os
lábios arqueando.
Hmm. Ele me tem presa, não é isso?
— Você se divertiu em não colocar meu nome na lista e fazer com que todos lutassem para
quase me chutar para fora das instalações, antes de perceberem que você escreveu meu nome ao lado
do seu? — Eu provoco de volta, uma sobrancelha subindo.
Ele ri em verdadeiro prazer. — Desculpe-nos — ele diz ao grupo, me fazendo ganhar um par
de olhares venenosos das mulheres, quando ele toma o meu braço e desliza-o na curva do seu e me
afasta.
— Isso é que é um vestido — ele sussurra, com um brilho nos olhos, a cabeça escura se
abaixando, para que ele possa dizer isso no meu ouvido.
— O que isso significa?
Ele sorri quando ele me leva para a mesa, onde Callan e Tahoe estão sentados, cada um com
uma menina linda de morrer. Saint puxa a cadeira para fora, em seguida, senta ao meu lado quando o
salão continua enchendo.
— São todos novos funcionários que a interface convidou? — Pergunto-lhe, olhando ao
redor.
Ele balança a cabeça, olhando-me atentamente. — Há várias salas que se comunicam para
caber todo mundo. Esta sala é principalmente para os diretores e membros do conselho. — Quando
eu só sorrio, ele espalha seu braço para fora, atrás da minha cadeira e se inclina para frente, para que
sua voz seja tudo que eu posso ouvir, não a música clássica no fundo ou a conversa. Apenas uma voz
no meu ouvido. — Por que você insiste em se rotular como imprensa?
— Eu sou da imprensa. Eu não posso atrasar para escrever a história de interface mais, minha
revista precisa de mim para transformá-la.
— Você não precisa de um crachá de imprensa para chamar a minha atenção. E você nem
precisa de um crachá para me entrevistar.
— Você continua levantando pesos pelo menos, Carmichael? Eu achei que não — Tahoe
brinca com Callan, na mesa. Tão nervosa e não acostumada com a atenção de um homem como Saint
sobre mim, eu tento me distrair com suas palhaçadas.
— Sim — responde ele.
— Ainda não vi isso desde que eu alimentei meu unicórnio ultimamente, — Tahoe pronuncia
lentamente.
— É verdade, mano — ele responde.
— Saint, você se importa com uma sugestão para mais tarde? — Tahoe pergunta quando Saint
se desloca em seu assento para encará-lo, o movimento o trazendo para mais perto de mim. Sento-me
instantaneamente reta.
Saint sorve sua bebida preguiçosamente, lábios enrolando. — Eu normalmente concordo com
o que você quer.
— Ótimo. Porque você acha que podemos... —Tahoe começa.
Saint: — Isso sempre precede uma ideia terrível. Então, naturalmente, eu topo.
— Vamos para a piscina no nível superior.
Ele ri e, quando olha somente pra mim, puxa a minha própria atenção de volta para ele, e não
posso fazer nada. — Eu gosto de seus amigos muito mais do que você — eu digo baixinho, para que
só ele ouça.
Nas luzes quentes, seu olhar brilha como algo líquido. Sua voz é calma. — Realmente?
—Sim. Realmente.
Silêncio. Meu coração bate rápido. Ele levanta a mão e coloca meu cabelo atrás da minha
orelha, minha orelha queimando quando ouvimos uma mulher dizer das proximidades — Saint,
deixei meus sapatos na sua casa, no outro dia. Eu ainda posso falar com você sobre a obra de
caridade que eu meio que esperava que você...
— Segunda-feira, na M4 — diz ele, sem emoção, sua atenção fixa em mim.
A mulher me lança um olhar de puro ódio, em seguida, desaparece. Eu me pergunto se ele está
dormindo com estas mulheres. Eu me pergunto...
— Pelo menos eu sei o que elas querem. Minha cama ou minha carteira. Ou ambas — diz ele,
como se estivesse lendo meus pensamentos. Seus lábios se torceram adoravelmente nos cantos, ele
me estuda. O que você quer de mim? Esses olhos perguntam.
— Você deveria trabalhar com Saint algum dia. Ele chutaria o seu traseiro, provavelmente.
Seria divertido para vocês dois — Tahoe diz a Callan à distância.
Quando Saint olha para mim, eu sinto sua mão deslizar por debaixo da mesa em busca da
minha. Há um escovar de seu polegar quando ele encontra os meus dedos, e, em seguida, ouvimos a
voz de um homem idoso em cima do palco.
— Senhoras e senhores, obrigado a todos por terem vindo hoje, estamos muito animados com
o jantar de inauguração do primeiro e único Interface. Eu sei que vocês estão tão animados como eu
estou para fazer parte desta inovadora família. E aqui conosco está o gênio por trás de tudo, um
homem conhecido por sua visão, sagacidade e seu incrível entusiasmo pela vida. Eu apresento-lhes,
Malcolm Kyle Preston Logan SAINT!
— Eu já volto — ele sussurra. Sua respiração quente no meu ouvido.
Eu estou corando vermelho brilhante com o toque de sua mão pressionando as minhas costas,
enquanto ele faz carícias em mim sob a cascata do meu cabelo. Enquanto se dirige para o palco, eu
não posso suportar os olhares em minha direção, e o tão quente que eu sinto sob o meu vestido,
úmido entre as minhas pernas, tão completamente afetada, então eu decido que não posso estar com
ele esta noite. Eu não posso sentar aqui e fingir ser sua acompanhante. É muito errado e é muito
desgastante para mim.
Eu fico em silêncio, enquanto eu o ouço cumprimentar a multidão com a sua voz autoritária.
— Boa noite, e obrigado por isso, Roger.
Quando eu escorrego para a entrada e sigo para onde as mesas com o emblema imprensa
estão colocadas, vejo a sua assistente Cathy.
— Cathy, oi, você lembra de mim? Eu conheci você.
— Senhorita Livingston, é claro. — Ela se movimenta em direção ao salão de baile. — Está
tudo bem com a sua mesa?
— Oh, é a melhor mesa, é por isso que eu realmente não posso me sentar lá. Estou aqui como
imprensa, você sabe. E ouve um mal-entendido, e Sr. Saint está tão ocupado...
Estou surpresa pela forma como seu rosto basicamente floresce quando eu o menciono. — Eu
entendo — diz ela em voz baixa. — Eu fico preocupada quando uma boa garota como você está
preocupada com a sua reputação.
— Não, quero dizer... Bem, sim, é exatamente por isso que eu preciso do meu crachá. Eu não
quero ninguém tendo uma impressão errada.
— Especialmente ele? — Ela olha para mim e eu coro. — Eu posso dar-lhe um milhão de
crachás, senhorita Livingston, mas se ele quiser você, ele vai vir atrás de você. Ele tem a paciência de
um santo quando se trata de conseguir o que ele quer.
E você está apaixonada por ele, eu penso, mas não digo nada, porque, felizmente, ela está
imprimindo meu crachá.
— Você está feliz trabalhando para ele? — Pergunto.
— Eu não estava me dando bem, até que comecei a trabalhar para ele. Ele foi o único a me dar
uma oportunidade. — Ela sorri e me entrega o crachá.
Silenciosamente, eu volto para a sala e quando eu ouço a sua voz no microfone, corre uma
eletricidade crepitando pela minha espinha. Uma onda de aplausos varre a sala quando todos
aplaudem em excitação.
De pé na parte de trás, eu estou virando meu crachá, em busca do fecho, quando percebo que
dezenas de cabeças estão girando em minha direção. Saint não está mais no palco.
Porque ele está trilhando seu caminho através da multidão, seu amplo torso esculpido,
caminhando quando ele vem direto para mim.
— Você está pronta? — Ele não soa irritado ou impaciente, mas... quase.
— Eu... Sim —. Rapidamente, eu levanto o crachá e tento anexá-lo ao meu vestido.
Ele pega a minha mão na sua. — Eu amo fazer coisas na suas orelhas, mas elas não parecem
ouvir muito bem — ele murmura em diversão. — Você não vai precisar disto. — Ele arranca o
crachá dos meus dedos.
— O quê? Por quê?
— Saint! — Uma voz próxima chama. É um membro da mídia pedindo uma foto, que Saint
nega com um sinal de mão.
Em seguida, ele enfia meu crachá no bolso do paletó e pega a minha mão de volta para a
curva de seu braço.
— Venha — ele sussurra em meu ouvido, já me levando para o lado da sala, para as portas
que levam para o terraço com vista para um campo de golfe. Ele sai para o terraço comigo, e só
então eu consigo puxar minha mão da volta quente do seu braço.
— Eu não acho que nós deveríamos estar aqui. Todo mundo viu isso.
— E? — Ele levanta as sobrancelhas e eu fico ali parada. Seus olhos brilham ao luar e ele
parece delicioso. Comestível. Não apenas os lábios, mas cada parte dele.
Lentamente, seu olhar desliza para baixo. Ele irradia uma vitalidade que me atrai como um
ímã. Ele me enerva, mas algo em sua voz me acalma. —Você me culpa por querer você para mim por
alguns minutos, Rachel? — pergunta ele, com a voz rouca.
Eu tenho milhares de fotos dele, mas nenhuma como esta. O rosto que eu vejo agora não é
para qualquer câmera; nem para ninguém ver. Nem mesmo eu. É pura emoção orgânica, não filtrada
das suas características, agitando em seus olhos.
Ele aperta minha mão para me impedir de me afastar dele, e então ele me puxa para mais
perto dele, seus lábios puxando para um sorriso, porque eu resisto um pouco.
— Venha aqui — ele persuade, finalmente conseguindo fazer o meu corpo relaxar o suficiente
para eu ir para onde ele me quer. Perto dele.
Ele é tão magnético, tão bonito, quando ele olha para mim e me traz perto o suficiente para
sentir o cheiro dele. Eu me imagino chegando a tocar o queixo duro, correndo minha língua até seu
peito bronzeado, para a boca sorridente.
Eu daria qualquer coisa para saber o que ele está pensando. Por que ele está sorrindo assim.
Há sorrisos que apenas fazem você querer sorrir de volta, mas esse sorriso faz você querer beijá-lo
tão forte.
Ele é o primeiro a mover-se, sua mão se levantando apenas uma fração para descansar no
meu rosto. — Você está linda — ele murmura, e ele escova meus lábios com a ponta do polegar. Eu
tremo involuntariamente. — Eu poderia me deleitar em sua boca... Ainda mais do que da última vez.
— Não, nenhum beijo — eu respiro, mas por um segundo, eu me deixo absorver pela
sensação de estar perto de alguém que é muito maior e mais forte.
Ele passa a mão pelo meu cabelo, e a sensação é tão doce e tão inebriante, que eu fico lá.
Nós ficamos assim.
Ele obviamente sabe que ele me afeta. Mas ele parece afetado também, seu corpo pétreo se
movimentando com tensão. Nós dois estamos afetados. Ele escova as pontas dos dedos ao longo das
costas nuas do meu vestido, o calor de sua mão enviando arrepios pelo meu corpo. Nós estamos em
uma alcova, e há essa intensa e grande vibração.
Intensa e grande vibração...
— Eu nunca fiz isso. — Eu tento relaxar seus braços em torno de mim.

- Dê-me o meu crachá, por favor.
— Para quê?— Ele murmura, franzindo a testa suavemente.
— Eu preciso do meu crachá. Eu... Isto não é...
— Não — diz ele em voz baixa.
— Eu me sinto nua sem meu crachá.
Ele sorri. — Ainda é não.
Eu gemo e me viro, e quando eu olho para ele, ele está olhando para mim com perfeita
diversão.
— Posso fazer algumas perguntas? — Eu digo, estendendo rápido a mão, pegando-o
desprevenido e puxando meu crachá fora de seu paletó.
Ele ri, quando eu rapidamente passo para trás, para que ele não possa recuperá-lo; em
seguida, ele fica sério e recupera a distância que ele perdeu, com seus passos lentos e medidos. —
Você quer falar sobre interface?
Eu me sinto como se você quer falar sobre interface? tornou-se o código para outra coisa.
— Sim — eu digo, colocando o crachá no meu vestido.
Ele olha para mim. — Pergunte. — Ele parece ter muito conteúdo para ser entrevistado, então
eu respiro, finalmente, um suspiro de alívio.
— Quais são seus objetivos para a Interface?
Ele enfia um fio de cabelo solto atrás da minha orelha. Minha orelha queima quando ele solta
a sua mão. — Ser o número um no mercado, deixar a concorrência para trás.
Eu o vejo e ouço a sua ambição, a sua determinação, e os seus efeitos só crescem mais fortes
em mim.
— Você... — Eu paro quando ele levanta a mão acariciando minha bochecha com os dedos de
uma mão.
— Você nunca para de trabalhar, não é? — Ele interrompe, franzindo a testa um pouco. —
Nesse sentido, você parece comigo.
Eu faço uma carranca também. — Você está respondendo com uma pergunta.
— Você não está fazendo as perguntas certas.
— Deus, Saint! Por que você gosta de me provocar tanto?
Rindo, ele se inclina mais perto, até que seu rosto esteja no nível com o meu e eu possa sentir
o cheiro do sabonete em sua pele. Ele me segura pelo queixo com a ponta de seu polegar e o
indicador. — Por que você cora cada vez que eu provoco?
— Minha pele é branca, quase translúcida. Eu coro facilmente.
— Eu só vejo você corar comigo.
Seus olhos são tão reconfortantes quanto perturbadores, tão quentes quanto frios, fechados, ao
mesmo tempo em que parecem estar me despindo. — Você pensa em mim, Rachel?
— No trabalho, sim. Eu penso em você no escritório. É isso que você queria ouvir?
— Em parte, sim. Eu penso em você no escritório também, mas eu também penso em você na
cama.
— Saint, o comissário gostaria de falar com você. Senhorita Livingston, eu sou Dean.
Eu estou tão corada agora, estou mortificada por conhecer pessoalmente o Relações Públicas
de Saint, no entanto eu aperto a sua mão e tento agir com calma e serenidade, no mínimo não afetada
por Saint. — Dean, oh sim, muito bom conhecer você.
Malcolm pega o crachá do meu aperto. — Imprensa, seu tempo acabou — ele me informa.
Todo frio fugindo de seus olhos; eles parecem mais do que quentes ardendo como bolas de fogo
quando ele olha para mim. — Cuide dela, Dean.
— Pode deixar.
Ele vai para dentro.
Dean e eu vamos logo a seguir.
Pergunto a Dean por quanto tempo ele trabalhou na M4 e como foi o processo de contratação.
Estamos falando de seu trabalho e como estou impressionada com o Interface, quando eu encontro
um rosto familiar em toda a sala. Eu endureço quando vejo o minúsculo nariz pontudo de falcão e
registro o cabelo escuro longo no meu cérebro. Victoria?
Seus olhos se arregalam em toda a sala, e ela aponta para mim, para meu horror completo e
absoluto. Ela começa se impondo.
— Rachel? — Ela chama.
Deus, vendo uma colega da Edge, aquela a quem eu não confio e que sabe exatamente o que eu
estou fazendo aqui, não esperava me sentir tão humilhada.
Eu me preparo por um segundo, então vou lá para cumprimentá-la.
Jogando de perfeita inocente, ela parece absolutamente encantada quando eu faço uma rápida
apresentação a Dean.
— Dean, wow, você está pessoalmente com o Relações Públicas de Saint?
— Victoria... Encontre-me no banheiro das senhoras? Dean, pode nos dar licença?
Eu tento aparentar calma e serena, quando eu começo a ir na direção dos banheiros, mantendo
meus olhos à frente, enquanto Victoria anda presunçosamente ao meu lado.
Até mesmo o jeito que ela anda, é como se ela estivesse fazendo sexo com o chão ou algo
assim.
— Saint está absolutamente te comendo com os olhos. Por que você não está agarrada a ele,
conversando?
Victoria diz, quando estamos finalmente no banheiro feminino.
Eu me certifico de que todas as cabines estão vazias, então vou até a pia e abro a água.
— Não é assim.
— O quê? Não é assim o quê? Como se esse vestido não estivesse implorando para ser
despido.
— Shhh! — Eu olho em volta para os lugares, verificando uma segunda vez se eles estão
vazios.
Ela segue e inspeciona cada um deles ela mesma. — Não se preocupe, eu não vou contar.
Helen vai me matar se isso der errado.
Eu esfrego as minhas têmporas e suspiro. — Você pode me explicar o que você está fazendo
aqui?
— Eu liguei para alguns dos meus contatos quando soube que não estava na lista de imprensa.
Eu queria ter os detalhes.
— Os detalhes sobre o que, Victoria? Estou aqui. Isto é meu... Estou aqui. E está tudo sob
controle.
Ela me olha duvidosamente. — Ok. Bem, então. — Ela faz uma cerimônia em lavar as mãos,
levando uma eternidade para secar. Então ela verifica a maquiagem. — Eu sugiro que você vá lá e use
os seus artifícios femininos. Você é uma mulher, uma muito bonita. E caso você não tenha notado,
todas as outras mulheres lá fora estão dando olhares sedutores para Saint, menos você.
Ela sai.
Fico ali, olhando para mim mesma no espelho. Eu perdi toda a cor do meu rosto. Eu me sinto
fisicamente doente. Tenho certeza de que se eu andar por aí, Saint vai ver através de mim. Ele vai
saber o que eu quero dele, que eu quero tudo, inclusive seus segredos, e ele vai saber por que eu não
deveria tê-lo beijado da maneira que fiz, no prédio da Interface. O que nós fizemos lá foi tão íntimo
para mim, então... Assim nada profissional da minha parte, considerando o que eu tenho que fazer.
Todas as minhas inseguranças subindo para a superfície, eu chamo um táxi com meu celular.
Eu aguardo alguns minutos, em seguida, escorrego para fora do banheiro e encontro uma das
mulheres da mesa do crachá.
— Você poderia, por favor, dizer ao Sr. Saint que a mulher cujo crachá ele tem no bolso teve
que sair, pois ela não estava se sentindo bem? — Eu pergunto a ela, agradecida quando ela concorda.
Lá fora, meu táxi está esperando do outro lado da rua, e eu pulo sobre algumas poças e subo
no interior, a parte inferior do vestido completamente arruinada. Agradeço ao motorista quando eu
chego em casa, então eu retiro o meu vestido e meus sapatos, coloco a minha camiseta do
Northwestern e me sento na cama, imóvel, pensando e me sentindo fraca e dormente.
Eu nunca pensei que eu jamais faria qualquer coisa para machucar alguém. Eu sempre achei
que eu estava ao lado dos “caras bons”, ao lado da retidão. Encontrando Victoria hoje, enquanto eu
estava me esforçando tanto e não funcionando, me fez ver quem eu sou. O que estou fazendo.
Eu sou uma hipócrita. Eu sou... Uma mentirosa.
Aquele pequeno jogo de valentões que tentam fazer você jogar quando você é uma criança,
como se você fosse forçada a matar um para salvar o outro, sua mãe ou seu pai, a quem você
escolheria? Às vezes na vida você tem que fazer uma escolha como essa, uma decisão tão difícil que
você não pode fazer, você preferiria sacrificar-se. Mas ainda, significaria que a Edge vai cair.
Espio no quarto de Gina, mas ela não voltou ainda. Eu volto para a minha posição fetal na
cama e assisto a um programa de fofocas locais na televisão tentando me distrair.
— Hoje é a noite inaugural da Interface, Malcolm Saint falando...
Um trecho de um tempo atrás aparece e meu estômago cai como se eu tivesse acabado de ter
uma queda acentuada, em uma montanha russa. A câmera volta para o apresentador e surge uma
imagem de nós, de Saint comigo, quando ele pegou a minha mão e me levou para o terraço.
OhMeuDeus!
— A partida antecipada de uma jovem está causando confusão entre a imprensa; esta é a
imagem tirada antes de Saint com ela, despertando muita especulação quanto à possibilidade de Saint
estar de olho nela. As primeiras notícias são de que ela é um membro de uma pequena revista na área,
mas não estava no local, quando procurada. Pela primeira vez na história, Saint tem sido associado a
uma repórter. Será interessante observar o futuro desenvolvimento.
— Concordo — diz a ancora.
— AiMeuDeus! — Eu desligo a TV, lanço o controle remoto de lado e cubro o meu rosto em
minhas mãos. Estou respirando dentro e fora, dentro e fora, quando meu telefone celular vibra. É
Helen.

Você está no noticiário. Vicky mandou uma mensagem. Disse que ele parece absolutamente viciado?
Estou impressionada.

Eu gemo — Eu vou vomitar agora.
Doente com auto aversão sobre a minha duplicidade repugnante, eu pego um travesseiro e
enterro a minha cabeça lá. Eu não respondo a Helen. Eu excluo sua mensagem em vez disso, então eu
pego a minha tábua de salvação, a única coisa que tem me segurado de fugir quando tudo fica difícil:

Te amo, mamãe.


Depois da Festa
Minha mãe está provavelmente dormindo. Ela não respondeu. Eu ainda me sinto como uma
merda. Inferno, eu sou uma merda. Gemendo, eu puxo a minha camiseta sobre meus joelhos e
envolvo meus braços em volta das minhas pernas; então eu enterro meu rosto lá. Eu fico aqui por um
tempo, quando eu ouço a campainha lá embaixo. Eu não vou responder. Eu realmente não vou.
A terceira vez que soa, eu desisto e dou uma resposta da cozinha. —Sim?
— Sou eu.
Malcolm.
Eu olho freneticamente em torno do lugar que eu compartilho com Gina. É uma fábrica-que-
virou-prédio-de-apartamentos em Chicago. As portas para os nossos quartos estão ambas em um
curto corredor, um no lado direito, um no esquerdo.
Estantes de madeira pintadas e colunas de metal emolduradas ficam entre a cozinha e a sala de
estar. Nós temos um buraco na parede entre a sala de jantar e despensa, e a alternativa mais barata que
poderíamos pensar na época era pendurar uma enorme lousa sobre ela do lado da sala de jantar, onde
nós escrevemos coisas quando chegarmos bêbadas ou apenas queremos fazê-lo. Ela costumava ser
minha placa de ideias, mas as meninas a sequestraram.
Essa... Casa. Minha casa. O que ele vai pensar disso?
Este apartamento é meu orgulho, meu pequeno local de paz, e agora ele vai estar nele e será
intenso. Já faz um tempo desde que minhas amigas e eu tivemos essa conversa, mas nenhum homem
tem atravessado a barreira sagrada do limiar do meu apartamento. Nunca. Ele é o primeiro. O
primeiro.
Estou nervosa sobre ele vendo a minha casa, minha zona segura, meu orgulho e alegria,
através dos olhos que têm visto muito de grande parte do mundo. Muito mais do que eu. O que é
bastante para mim, pode ser simples e desinteressante para ele.
— Suba — murmuro e o deixo entrar, em seguida, corro de volta para o meu quarto, vestindo
uma legging e trocando a minha camiseta por uma longa blusa, verifico o meu reflexo no espelho
do banheiro.
Suspirando em desespero devido as minhas pálpebras inchadas, eu esfrego meu rosto com
sabão e sigo para a porta. Ele está esperando lá fora quando eu abro, se inclinando contra a parede,
com uma mão no bolso, olhando para o seus sapatos, as sobrancelhas franzidas.
Ele olha para mim. Minhas pernas estão paralisadas, como se elas não estivessem recebendo
sangue suficiente. Ele não sabe como monumental é dar um passo atrás e acenar-lhe para vir para
dentro. Deus, ele parece tão bom, tão bom quanto ele estava minutos ou horas atrás - que eu quase
tropecei no tapete.
— Você quer café?
Ele olha em volta da minha casa com um aceno de cabeça.
Sua gravata está desprendida e pendurada no pescoço, os botões de sua camisa desfeitos. Os
cachos do cabelo estão no colarinho de sua camisa e quando ele enruga e continua observando a
minha casa, ele se sobressai com toda a cabeça, escura e bonita. Eu tenho que lutar contra a vontade
de estender a mão e tocá-lo. Em vez disso, nos trago duas xícaras para a mesa de café. Eu fico no sofá
e o vejo se sentar na minha poltrona grande de leitura favorita, onde me ocorrem as melhores ideias.
Eu estou com um pouco de medo agora, que eu nunca mais vá usá-la novamente sem me lembrar que
ele esteve sentado ali.
— Me desculpe, eu saí — eu sussurro, deslizando uma xícara sobre a mesa e recuperado a
minha mão antes que ele pudesse alcançá-la.
— Ouvi dizer que você não estava se sentindo bem. — Ele se inclina para frente, ignorando o
café. Ignorando meu apartamento e tudo com exceção de mim.
Seu olhar dissecando, me faz abaixar meu rosto e expirar. — Sim, eu acho — eu concordo.
— Alguém te perturbou, Rachel?
— Pode ser... — Eu levanto minha cabeça, diante do protecionismo em seu tom e cruzo os
braços sobre o peito. Uma figura masculina nunca foi responsável pela minha proteção. Eu gosto
tanto, que eu sorrio um pouco feliz, em diversão. — Você vai dar um soco nela para mim?
— Ela?
— Eu— eu especifico, balançando a cabeça. — Eu estou me referindo a mim, ela é a única que
me machucou. — Eu aperto os meus braços, porque o ver em minha casa faz minha mente se manter
indo em outro lugar, para outro tempo, no topo do edifício da Interface. Eu não posso acreditar que
eu beijei os seus lábios. Eu não posso acreditar que ele me beijou por tanto tempo.
Ele ri baixinho, passa a mão pelo cabelo. — Então, não, eu não vou socá-la. — Uma pausa,
um olhar carregado.
Então a beije novamente, eu penso, de forma imprudente.
Gemendo interiormente com o pensamento, eu coloco meu rosto em minhas mãos por um
momento.
Ele parece estar além de intrigado por mim agora.
— Isso é coisa de menina? — Sua voz me faz levantar a cabeça, seu tom de uma mistura de
confusão e diversão que, vindo de um homem tão duro e fechado, é inesperadamente doce.
— É uma coisa minha — eu admito. — Eu vi alguém esta noite, ela trabalha onde eu trabalho.
Ela é sempre assim, a principal. Tudo o que ela escreve é ​​o uro absoluto. Seus temas, suas metáforas,
seus fax!
Sua risada enche a sala com um rico e belo som e, em seguida, ele reclina mais para trás na
cadeira, a personificação de um empresário relaxado.
— Eu sou pessoalmente um fã do seu trabalho, Rachel.
Meu... O quê!?
— Você sempre coloca para fora seus tópicos com uma honestidade refrescante.
— Você está lendo meus textos? — Tenho certeza que a minha voz e meus olhos arregalados
traem a minha surpresa.
Aquele pequeno sorriso de novo, combinado com um cenho franzido de momento. — Você
acha que eu apenas dou entrevistas a alguém?
— Honestamente? — Pergunto.
Quando ele balança a cabeça, eu mergulho a cabeça baixa. — Eu pensei que você tivesse visto
meus seios saindo para fora do meu top, na foto do meu perfil e disse a Dean que você me veria.
Seus olhos dobram com humor, mas, depois, nós nos encaramos por minutos longos e
pesados, e nossos sorrisos desaparecem.
— Eu li a sua coluna antes que a entrevista fosse concedida.
— Eu devo ter sido uma decepção em pessoa. Essa primeira entrevista? Foi a mais
embaraçosa entrevista que eu já tive — eu admito.
Nós nos olhamos novamente.
Eu quero que ele diga alguma coisa, então eu espero.
— Eu achei que você estava linda.
Eu estou corando vermelho.
Ele não é conhecido por ser muito de elogios ou um grande bajulador. Ele é conhecido por
ser franco, a sua honestidade perto de fazer as pessoas desconfortáveis.
Estou desconfortável agora, porque eu o sinto olhando para mim com nova intensidade, e
quando ele fala novamente, a garota dentro de mim se sente eufórica.
— Deu-me um grande prazer ver você sair com minha camisa. Parece que cada um de meus
funcionários, que viu você, sabia que eu queria você. Todo mundo sabia disso, exceto talvez eu.
Eu prendo a respiração.
— Oh — eu digo quando eu consigo soltá-la.
— Eu não sabia naquele momento — ele especifica, seu olhar firme.
O desejo que eu sinto é tão absoluto, tão poderoso, eu não posso pensar em outra coisa, a não
ser nele e no fato de que eu não posso tê-lo.
Estou perfeitamente consciente da distância entre nós, de exatamente quantos metros ficam
entre ele e eu, na minha sala de estar. Eu ligo uma lâmpada e a sala se torna mais viva; toda a luz
parece fazer amor com ele, coma os ângulos de seu rosto.
— Por que você está aqui, Saint? Se for por causa do que aconteceu na Interface, eu cometi
um erro.
— Então vamos fazer outro. Um maior.
Eu rio nervosamente. — O que é isto? Sou um desafio para você agora?
Seus lábios se mexem em peculiaridade. — Um desafio é algo que você pode parar de querer
uma vez que você consegue. Eu não posso saber se você é um desafio ainda, até que eu a faça minha.
Eu não posso acreditar o quão sexy essa palavra um pouco curta, minha, é quando o homem
que eu quero a profere. Eu quero ouvi-lo dizer isso tantas vezes mais, no meu ouvido, mais perto de
mim. Oh, Deus. Livingston, mantenha o controle.
Mas como eu posso? A tensão é tão espessa no ar. Eu inalo o cheiro dele a cada respiração;
cada respiração me faz lembrar que meu corpo está apertado e latejante, cada respiração dói por
causa dele.
Ele está me olhando como se ele quisesse me descobrir. — Então, sua amiga...
— Victoria. Ela é da minha idade, mas ela teve contos já publicados, ela está escrevendo um
livro para crianças sobre educação sexual, ela faz o sucesso parecer tão fácil. Eu nunca pude fazer o
mesmo, ter as boas ideias como ela tem.
— Use isso, use para se tornar melhor. Você faz o seu melhor quando alguém está ali tentando
vencer você. Eu era... — Ele começa, então ri baixinho, enquanto se divertia consigo mesmo. — Ok,
vamos tentar isso. — Ele vem para frente em seu assento. — Eu era uma decepção para o meu pai. —
Ele fala casualmente, mas ele me observa enquanto ele quer ter certeza que suas palavras têm um
efeito. — Eu não tenho certeza se foi desde que eu nasci, ou mais tarde... Quando eu fiquei doente.
Meu pai nunca me perdoou por essa fraqueza. Ele pediu testes de DNA, claro que minha mãe tinha
tido um caso, querendo provar que eu não era seu filho. Eu fiquei maior, mais rápido, mais forte, só
porque o único homem de quem eu queria a aprovação, havia me subestimado.
— Ele era um pai duro?
— Resistente como pregos. Nada que alguém fizesse era bom o suficiente para ele.
— É por isso que nada que você recebe é bom o suficiente, porque você está sempre correndo
atrás de mais?
— Não é por causa dele. É porque nunca sinto como suficiente. Eu nunca paro a menos que eu
queira alguém para me alcançar.
— Você é duro como pregos também.
Ele ri e balança a cabeça, a mão inquieta correndo sobre sua cabeça. —Você está bem agora?
Eu concordo. — Obrigada — eu sussurro.
— Por quê?
— Por você estar aqui agora, me impedindo de viver um inferno bastante desagradável.
Ele se levanta e meu coração para de bater quando ele vem e cai ao meu lado. Estou como um
pudim, quando ele me puxa, no aconchego de seu braço forte. — Venha aqui. — Ele me segura por
um tempo, seu braço me cercando.
Ele é não é suave, o peito é todo duro, seus ombros quadrados, mas eu sinto o seu calor e os
batimentos cardíacos, e de repente percebo que estou pressionando a boca na sua garganta.
Ele circunda minha cintura com o braço e me coloca presa contra seu peito. Ele acaricia meu
pescoço, da minha clavícula até a borda da minha mandíbula.
Eu deslizo a minha mão até seu peito.
Ele reconhece meus olhos com força e em chamas e eu começo a perseguir a minha
respiração, em momentos rápidos quando ele abaixa a cabeça.
Ele beija a borda da minha boca. Minhas pálpebras fecham de prazer e eu não me atrevo a
mover um músculo.
Ele molda o meu rosto com as palmas das suas mãos e lentamente escova os lábios contra os
meus. Ele me solta exatamente uma polegada, olhando para mim de novo, certificando-se de que
estou bem, antes de se dobrar novamente e abrir os lábios contra o meu.
Ele me segura levemente, quando eu beijo a sua boca, como se me desse espaço, me deixando
acostumar com ele.
Tudo nele é duro. Sua mandíbula. Seu peito. Seus braços. As mãos dele. Mas, oh meu Deus,
seus lábios. A língua dele. Seus lábios são quentes e macios, beijando-me avidamente. Sua língua
levemente deslizando através de meus lábios, me fazendo derreter nele.
Nós afundamos no sofá e eu o deixo me beijar, porque é a coisa mais requintada que eu já
senti. Eu abro a boca mais amplamente, saboreando cada minuto, cada segundo, que os seus lábios
estão nos meus. Ele me beija por um longo tempo, uma e outra vez, até que eu estou sem fôlego. Eu
nunca quero parar. Eu poderia fazer isso por horas. Parece perfeito. Incrível.
Ele recua e esfrega o polegar sobre meu lábio inferior.
Meu cérebro está pensando tantas coisas, ao mesmo tempo em que ele não está pensando em
nada. Estou respirando com dificuldade, olhando para ele com seu cabelo despenteado, os olhos
mascarados, e os lábios ligeiramente inchados, e ele olha para mim como um tigre observando a sua
presa. Nós nos movemos e eu sento no colo dele, em cima dele. Ele beija meu queixo. Eu seguro seus
bíceps grandes e fortes. Ele beija o lado da minha boca novamente, me tranquilizando que eu estou
bem, enquanto vai separando minha blusa com as mãos. Em seguida, ele se inclina e coloca um beijo
logo abaixo da minha garganta.
Eu olho para baixo em seu cabelo negro sentindo seu beijo quente em toda a minha clavícula.
Ele coloca outro beijo certeiro entre meus seios, em seguida, todo o caminho até a minha mandíbula.
Ele beija minha garganta novamente.
Sugando um pouco aqui, um pouco ali, lambendo, beijando um pouco mais. Eu estou olhando
para o teto, tentando memorizar a sensação de seus lábios em mim. Eu sinto que estou separada do
meu corpo. Se alguém falar comigo, eu provavelmente não iria ouvi-lo. Tudo que eu quero na vida
agora é que ele nunca pare.
Ele faz o seu caminho de volta para os meus lábios dando-me outro beijo suave. Abro a boca
imediatamente e coloco meus braços em volta de seu pescoço para segurá-lo para mim. Suas mãos
são grandes e quentes em minhas coxas – sem elas eu provavelmente flutuaria para algum lugar perto
do sétimo céu. Ou neste caso, do septuagésimo céu.
Eu derreto quando eu ouço a sua voz quente contra a minha pele. — Eu fico pensando naquele
dia. E você não poderia possivelmente ter sido tão doce como agora...
Abro a boca e de repente eu estou beijando-o com todo o meu coração. Ele é requintado.
Beijando-me ternamente e, em seguida, me beijando avidamente. O cheiro de seu perfume me rodeia,
o calor de seu corpo me aquece e os seus lábios me levam lentamente à loucura. Esta nossa pequena
sessão de decifrar vai acabar comigo em uma ala psiquiátrica.
— Não pare — eu respiro, balançando meus quadris, com a dor súbita de me aproximar dele,
sentindo a sua pele na minha.
Meu corpo tremendo. Ele levanta a cabeça e beija a borda da minha boca e começa a
mordiscar. Ele geme e posso dizer que ele está realmente entrando nisso. — Não pare — eu imploro.
— Eu não vou parar até de manhã. — Ele recua, segurando o meu rosto com as duas mãos. Eu
estou olhando para seus brilhantes olhos verdes, que olham para mim com uma luz neles que eu não
posso descrever. Ele está olhando para mim como se eu fosse uma deusa. Como se ele nunca pudesse
ter me imaginado. Ele está olhando para mim com tanta necessidade e ternura que eu posso sentir
minha garganta apertar novamente. Eu não estou pronta para isso. Estou com medo. Estou nervosa.
— O que...
As luzes do teto se acendem e eu sento-me em confusão, cobrindo meu rosto quente com as
mãos.
Gina pisca.
Saint fecha os olhos apertado, em seguida, os abre e ele parece tão perfeitamente quente, tão
viril, tão irritado e tão devasso por mim, que eu o alcanço e rapidamente começo a abotoar a sua
camisa, muito ciumenta para deixar Gina ver seu peito, seu abdômen, que eu tinha acabado de tocar
tão loucamente.
— Eu espero que o que está acontecendo aqui não esteja realmente acontecendo. — Gina faz
uma carranca com as mãos plantadas em seus quadris.
— Não está — eu digo; então eu olho para ele, quando ele olha para mim com perplexidade
completa, sobrancelhas inclinadas para baixo. Seu cabelo está de pé adoravelmente, mas sua
expressão está além de irritada.
— Sua colega de quarto — ele amaldiçoa em voz baixa, como se ele devesse ter lembrado que
eu tinha uma.
Mortificada, eu puxo-o para levantar com muito esforço e, em seguida, para a porta. — Isso...
Foi além de um erro. Eu não sei o que deu em mim.
Seu olhar é escuro como a noite e sua voz é rouca de desejo. — Eu sei o que deu em você, a
mesma coisa que deu em mim.
— Não. — Eu vou para o corredor chamar o elevador e, em seguida, o empurro com todo o
meu esforço. —Tchau, Saint.
—Eu ligo para você, Rachel — ele murmura quando ele agarra meu rosto e beija a minha
boca, esfregando a língua um pouco sobre a minha e fazendo-me gemer, antes de entrar no elevador.
Oh. Meu Deus. O que eu desencadeei?
— O que foi aquilo?
— Ele estava dizendo adeus.
— Estava — Gina diz. — Sou sua melhor amiga. Posso dizer quando você está mentindo.
Vocês estavam... Dormindo juntos no sofá como um casal?
— Eu bebi um pouco. Ele também. Tivemos aquela... Coisa. Estou além... Não pensei bem.
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— Ok. Porque nós sabemos que no fundo ele é Lúcifer, certo? O próprio Arch Douche ? Nós
não dormimos com filhos da puta, nós não deixamos cair nossas barreiras!
Concordo com a cabeça e vou para o meu quarto. Eu esfrego a minha boca com as costas da
minha mão e escovo os dentes e, em seguida, olho para o meu rosto no espelho.
O que eu estou fazendo? Eu derramei meu coração para ele. Por que eu não apenas lhe disse
que eu estava escrevendo uma reportagem?
Isso não fazia parte do meu plano. Eu deveria escrever uma reportagem sobre ele, não deixar
que ele me exponha.

Mas eu não consigo dormir. Lembro-me da frustração no rosto de Saint quando Gina entrou.
Um pouco mais tarde, eu ligo minha lâmpada e procuro o meu celular.
Sinto muito sobre a maneira que eu me despedi
Eu mando uma mensagem, mas antes de enviar eu disco o número e me pergunto se ele irá
atender. Eu não me pergunto por muito tempo: Eu ouço o som dele pegando, sua voz dizendo Hey.
— Sinto muito sobre o jeito que eu me despedi.
Há um sorriso em sua voz quando ele responde, me aliviando. — Se isso é o que é preciso
para você me ligar...
Eu ri, em seguida, fico séria e me viro na cama com o telefone na minha orelha, sussurrando
timidamente — Você é diferente comigo.
— Por causa do sinal de “frágil, aperte com cuidado”, que você usa.
— Eu não sou frágil.
— Você é tão frágil, que fica encaixotada para você não quebrar.
— Eu gosto da minha zona de segurança.
— Nada acontece na zona segura.
— Esse é o ponto de controlar tudo... É previsível e... seguro.
Há um longo silêncio.
Então Saint diz: — Quando você vier para fora de sua caixa, eu estarei esperando.


A Transformação
O que isso significa?
Eu não quero ficar insegura. É a última coisa que eu gostaria. Eu amo o fato de eu nunca ter
sido imprudente.
Na sexta-feira, eu me deito sem pensar na parte que Helen queria para essa semana. Eu não
posso pensar; eu não posso parar para pensar ou eu vou começar a me afogar em meus próprios
medos e confusões. Digo a mim mesma para me manter imparcial e com os olhos sobre o prêmio, e
isso é tudo o que uma repórter prática faria. E eu sou prática. Pelo menos eu era aos vinte e três anos,
antes de ter conhecido Malcolm Saint.
Estou digitando furiosamente quando meu telefone vibra e espio distraidamente a tela, só para
24
ter um ataque de coração, quando eu vejo a palavra salva nos meus contatos. SIN .
Me encontra hoje à noite no Tunnel?
O que é que o meu coração está fazendo agora? Ele está fazendo piruetas no meu peito. Eu me
tornei essa garota, essa menina ridícula. O Tunnel é um ponto quente conhecido por suas salas
escuras e sinuosas, sua música alta. Dificilmente alguém sai sóbrio ou aborrecido do Tunnel. Rachel,
você não pode ir com Saint para o Tunnel, a menos que você esteja totalmente preparada para
controlar a sua libido, e você já está fazendo um péssimo trabalho com isso.
— Então você está pronta?
Eu abaixo o meu telefone quando Victoria tenta espiar por cima do meu cubículo. — Pronta?
— Eu repeti. — Para quê?
— Você não se lembra? O seu dia de beleza! A levarei para se preparar para o fim de semana
de trabalho.
— Eu... Ah. Certo. Como eu poderia esquecer? A reforma clichê. Garota normal recebe corte
de cabelo, consegue o cara, lalalalalala — eu digo quando eu pego as minhas coisas.
— Sim. — Ela ri.
Eu pego o meu telefone e fecho o arquivo que eu tinha aberto no meu computador, com
alguns links, mas nunca o suficiente, descrevendo o que Malcolm fez esta semana. Em todas as
imagens, havia meninas também, mas ele parecia desapegado. Ele não parecia que estava se
divertindo, mas, de qualquer forma, ele é difícil de entender.
Uma vez que eu fecho o meu computador, eu sigo Victoria para os elevadores e nós nos
dirigimos a um spa. Pedicure, manicure, depilação.
— Luzes.
— Eu sou loira clara, Vicky, não tem como fazer luzes.
— Luzes um pouco mais leves e aquelas ligeiramente mais escuras dariam mais luminosidade
ao seu cabelo.
— Vou ter o corte de cabelo, mas não vou ser escravizada por tintura de cabelo até o meu
cabelo ficar cinza. É uma dica que eu aprendi com minha mãe.
— O que Saint gosta é de uma boa mulher fácil. Ele não está acostumado a trabalhar para isso,
elas estão sempre disponíveis para ele e é assim que ele provavelmente gosta. Embora ele realmente
parecesse completamente viciado em você, Rachel.
O meu telefone vibra. Eu fico olhando para o identificador de chamadas, para o meu corpo
mais uma vez entrar em ação. SIN. Ruborizo apenas no pensamento dele, eu guardo o telefone de
lado e assisto os meus dedos ficarem em um saco pintado de rosa agradável.
— Depois dos dedos do pé, vai depilar com cera para poder usar biquíni — Victoria anuncia
de seu assento ao lado do meu.
Eu me pergunto se ela poderia falar um pouco mais alto para que não só todo o spa, mas o
exterior do mundo pudesse ouvir.
Eu me inclino para frente e solto a minha voz. — Não, obrigado.
— Hum. Olá? Não é uma pergunta.
Eu ri. — Menina, eu o tenho perfeitamente aparado. Deixe isso pra lá!
— Tudo bem. — Ela dá um tapa para baixo na revista que estava lendo e a coloca de lado. —
Mas caras como Saint gostam totalmente depiladas. — Ela sorri secretamente. — E, claro, como
todas aquelas meninas lindas do Brasil também. Ela escolhe uma nova revista e continua em seu papel
de conselheira, como se ela fosse um especialista sobre isso. — Mulherengos gostam de todas as
meninas; é parte de seu encanto. Eles são espécimes perfeitos, e nós não podemos evitar, mas somos
atraídas para isso. — Ela sorri. — Você sabe que a sua simplicidade, essa ferocidade suave, pode até
atraí-lo. Sob esse prisma, você é mais doce e gentil e ele é mais como o fogo, mais forte, mais
ambicioso. Saint brinca, mas ele é duro com todos e quem já fez negócios com ele sabe.
O meu telefone vibra e desta vez é uma chamada. SIN.
Força e fogo.
Duro.
Eu quero responder. Eu quero ouvir a sua voz.
Eu também não quero desejar essas coisas.
Eu juro, se o nó no meu estômago ficar mais apertado, eu irei implodir.
Eu estou olhando para o meu telefone quando outro texto aparece.

O que um homem precisa fazer para levá-la a dizer sim?

Masco o interior da minha bochecha, eu olho para o meu telefone pelo que parece uma
eternidade. SIM! SIM! SIM! Mas também NÃO. Não podemos. NÃO. NÃO. NÃO.
Finalmente eu me concentro no trabalho, digo a mim mesma que é um SIM com um NÃO
emocional e físico anexo, e respondo:

Eu te encontro lá

Minha mão está tremendo quando eu fecho o meu telefone e o guardo novamente, tentando
voltar para o presente. Spa. Transformação. Victoria. Ah sim, Victoria. Tem uma análise muito
interessante aqui. Eu a observo em confusão, em seguida, digo: — Com o que você acabou de me
dizer, eu estou começando a pensar que você realmente quer que eu faça sucesso.
Para ser honesta, eu não me preocupo em esconder minha surpresa, porque, bem, eu fui
surpreendida por Victoria, de uma ótima maneira hoje.
— Eu quero que você tenha sucesso, por que não deveria? Eu amo trabalhar na Edge. Para
onde é que eu vou? — Um olhar de perplexidade cruza seu rosto. — Nós todos sabemos que estamos
no nosso último suspiro. Só que ninguém está assumindo. Nossa tiragem está diminuindo a cada
segundo. Cada um de nós vai acabar sem emprego. — Ela balança sua cabeça. — Eu não quero isso.
— Ela suspira. — Eu quero ser encarada favoravelmente pelos nossos patrões, mas para ser honesta,
eu não sei o que eu faria com Saint se eu já tivesse ele.
— Oh, aquele garoto simplesmente não pode ser tido. — Eu ri levemente, mas por dentro,
isso me deixava triste. Que Saint esteja tão além da multidão, que isso pode tornar mais difícil para
ele se sentir como se “pertencesse” a qualquer lugar. Que ele nunca vai pertencer a ninguém.
— O que você quer dizer com “ele não pode ser tido”?
— Ele simplesmente não pode ser tido, não da maneira que importa para ele. Ninguém está
ficando mais do que apenas com uma pequena parte de Saint. Nem seu pai, nem mesmo sua mãe.
Nenhuma mulher. Nem seus amigos ou sua empresa. Ele espalha-se ao redor, mesmo em seus
interesses. Nada realmente conquista ele. Ele mantém a si mesmo, tudo isso em fogo. Ele apenas lhes
dá um vislumbre da faísca.
— Bem — ela abana o rosto com as mãos — você já tem uma melhor compreensão dele do
que eu!


Um pouco antes de 20h, eu entro no meu apartamento lembrando que eu tinha prometido a
Victoria usar um vestido.
— Tente não revelar muito. As pessoas sempre estão tentando mostrar alguma coisa para
Saint. Ele pode gostar de se perguntar o que está por baixo, em vez.
— Ele não vai conseguir ver, então ele pode se perguntar até a morte — eu disse com
desenvoltura.
Mas eu estou surpresa com a minha língua não pegando fogo, porque eu não me sinto
desenvolta. Eu me sinto com uma ansiedade, do tipo que faz você não se concentrar em nada. Faz
você tentar fazer dez coisas ao mesmo tempo e não conseguir fazer nenhuma.
Eu não o vi desde que ele foi expulso do meu apartamento, logo antes das portas do elevador
se fecharem.
Até o momento em que Gina chega em casa, eu tenho roupas espalhadas por todo o meu
quarto. Eu tinha mandado uma mensagem para ela:

O Pecado está no Tunnel hoje à noite e nós vamos!

Considerando que eu estava escolhendo o que vestir, antes mesmo de abrir a porta, ela
instantaneamente entrou como uma tempestade no interior e assumiu o comando.
— O que você ainda está fazendo de sutiã e calcinha? Vista-se! Vista aquele top que é legal e
moderno, o azul e branco que diz MEU NAMORADO É UM MARINHEIRO, só porque você quer
parecer comprometida e como se você não estivesse preocupada.
— Não estivesse preocupada? Passei quatro horas em um spa. Eu paguei pela a minha boba
transformação.
— Vista o top porque, de qualquer maneira, isso diz que seu namorado é um marinheiro. Se
ele quer entrar em suas calças, ele vai detestar isso.
Eu puxo o top do meu armário e olho, meus nervos disparam enquanto os segundos passam.
Eu decido que talvez eu vá usar uma saia e o meu top de namorado marinheiro. Não é tão sedutor
como um vestido, mas ainda assim, ela pode dar uma visão das minhas pernas longas, agora que elas
estão lisas e bem hidratadas. E por que você está querendo mostrar a ele, suas longas pernas, Rachel?
— Será que é uma boa idéia, G? — Eu visto a minha saia.
— É uma ótima ideia, porra, é exatamente o que você queria!
— Hum, não, não é. Eu queria a investigação, mas isso é quase como um encontro.
— Não é não. Saint não é um encontro. Ele simplesmente não quer nada sério.
Deus, eu estou desejando que ele vá babar por mim.
Eu estou desejando que pelo menos uma noite, uma noite em sua existência, ele vai ter um
sonho molhado comigo.
Mas eu ainda estou tão incerta. Viro-me e pergunto a Gina — Está tudo bem? Eu estou
trilhando essa linha bem...
— Rachel, basta lembrar que ele está usando você e você o está usando; você não está em um
relacionamento, nem nunca vai estar. Basta fazer o trabalho e não se envolver.
— Ok — eu rapidamente concordo, apenas para fazê-la parar de dizer a palavra usando.
Eu sinto de novo uma bola de nervos azeda como um limão , em seguida, pego o a minha
bolsa e digo que eu posso fazer isso, que eu quero fazer isso mais do que eu quero ficar com ele.


Tunnel
— Ok, nós estamos nos misturando. Ajude-me a encontrar Emmett.
25
Wynn, Gina e eu vagamos pelas salas mazelike , no interior do Tunnel, com os cheiros de
barro das paredes e suor enchendo nossas narinas, junto com perfume, água de colônia e álcool. As
luzes piscando, a música nos atinge quando rumamos em direção ao coração do Tunnel, a “cova”.
Wynn lidera o grupo enquanto eu sigo atrás, cabeça girando quando eu procuro por ele.
— Aposto que ele está lá. — Gina aponta para uma sala para a direita, que está repleta até a
capacidade, por isso não posso nem ver através da parede de vestidos brilhantes e pele exposta.
— Por que você acha?
— Olá? Onde há fumaça, há fogo? Onde há Saint, há meninas.
Franzindo a testa para isso, eu me enfio até o canto mais movimentado e meu coração gagueja
por que é ele o cara que é dono dos meus hormônios. Enquanto Callan e Tahoe tem boa aparência,
Saint poderia estar vestindo uma placa que diz TRAGA CALCINHAS EXTRAS.
Duas mulheres sentaram-se, cada uma em volta de seus amigos e uma socialite linda loira está
conversando com Malcolm, olhando para ele em êxtase completo.
As batidas da música soam através dos alto-falantes. Corpos batem e empurram quando eu
roubo este momento para vê-lo, enquanto ele não está me vendo. Bronzeado, seu cabelo um pouco
em pé, sua camisa enrolada até os cotovelos como ele sempre está nos clubes, onde o clima é quente
e louco. Deus, borboletas.
Ele está rindo enquanto ele se vira, casualmente observando a sala e, em seguida, os ombros
ficam tensos. Meu coração para, vira, porque ele está me notando. Então eu sou submetida à pressão,
seriamente desconfortável, de seu escrutínio.
Ele ergue uma sobrancelha e mais uma vez ele curva o lábio. Você vai ficar ai durante toda a
noite? Eu quase posso ouvi-lo dizer.
Saint coloca sua bebida sobre a mesa do lado e vem. Cada passo faz meu coração bater mais e
mais rápido. Ele olha para mim começando em meus pés e trabalhando seu caminho para cima, seus
olhos não perdendo nenhum detalhe.
— Rachel. — Ele me puxa em seus braços fortes e pressiona um beijo na minha bochecha,
roçando seus lábios tão incrivelmente e eu não posso acreditar que um gesto tão minúsculo pode
fazer tantas coisas ao meu corpo. Eu estou tendo uma guerra dentro de mim enquanto eu tento
acalmar a minha respiração e ele pega a minha mão, me puxando para a sua mesa, na parte de trás. Eu
nasci uma menina; eu tenho a prova na minha certidão de nascimento. Mas eu nunca me senti muito
como uma menina até este momento quando sinto a minha mão pequena e frágil, em seu forte aperto.
Callan e Tahoe me cumprimentam através da música.
— Hey Rache!
— Hey Rache!
Eu deslizo para dentro da cabine e Malcolm se estabelece ao meu lado, esticando sua camisa
em tantos lugares, que eu não posso deixar de me sentir constrangida comigo mesma apenas pela
visão.
Ele pede uma bebida para mim, então fica para trás, parecendo tão relaxado quanto eu estou
tensa. Algo aconteceu quando ele visitou meu apartamento. O fato de que importava para ele se eu
estava me sentindo bem ou não, tocou em um acorde e além disso, ele se abriu para mim de uma
forma que me surpreendeu, e ainda mais surpreendentemente, eu me abri para ele. Ambos
compartilhamos aquelas coisas, coisas reais. Agora, a intimidade entre nós é tão palpável, que cada
polegada me dói para chegar mais perto, tão perto como nós estamos esta noite.
Seu braço está estendido atrás de mim, seus amigos continuando as brincadeiras e fazendo
coisas más para as suas putas, com as suas bebidas. — Como foi a sua semana, Rachel? — Com a
pergunta de Saint, um ardor de excitação flui pelas minhas veias, porque há interesse real no seu
olhar.
— Boa. O meu trabalho é bom. Minha mãe está bem. Eu... Bem, eu não quero aborrecê-lo. —
Mas eu sorrio. Eu não me lembro de quando alguém olhou e ouviu tão atento a minha descrição de
como a minha semana foi.
Então eu pergunto a ele sobre sua viagem a Londres, porque é claro que eu li que ele estava lá
por quarenta e oito horas e ele diz que foi “boa”, então muda o assunto de novo para mim.
— O que está escrevendo agora? — Ele sussurra.
Ele está sempre tão focado em tudo que eu digo; as pessoas passam e dão um tapa nas suas
costas ou chamam o seu nome e nunca, nenhuma vez, ele levanta a cabeça para reconhecer ninguém
além de mim. Assim como estou absorta nele e tendo problemas de ficar longe de temas perigosos,
eu me protejo e digo: — Pesquisando para a coluna da próxima semana.
Eu noto que um de seus braços estendidos está mais para baixo na parte de trás da minha
cadeira e penso, Meu assunto é você.
Um anseio doloroso me acerta em cheio. Uau. De onde veio isso?
Eu olho para o meu colo enquanto eu tento me recuperar.
Por que, oh por que esses meus sentimentos de instabilidade tem que acontecer com você?
Será que é porque eu quero atraí-lo, quando você fica tão sério e você não está me
provocando?
Ou será que você realmente quer saber, por alguma razão inexplicável, as coisas que me
movem?
Ou talvez seja porque você me deixa tão nervosa... Ou talvez, simplesmente, porque você
pediu?
Eu arrasto uma respiração, consciente de estar sendo observada por aqueles cílios grossos,
por aqueles olhos verdes como a floresta sem limites, escondendo todos os segredos de alguém que
nunca realmente revela as suas cartas até que o jogo esteja ganho. Olhos astutos. Olhos masculinos.
Olhos interessados. Eu quero me fechar e não me expor lá para ele, enquanto ele ainda não está me
dando nada em troca, mas eu não posso evitar, querendo responder quando ele me faz perguntas. Eu
olho para a pista de dança e lentamente fico de pé, puxando sua mão.
— Dança comigo — digo a ele.
Eu estou doente e cansada de querer saber, enfatizando, querendo e combatendo. Estou
cansada de pensar, de tentar não sentir. De repente tudo o que eu quero é dançar com ele. Uma hora de
diversão, uma hora de ser apenas uma garota com um cara.
Ele ergue uma sobrancelha, não diz nada... Mas ele entende. Ele vem lentamente, como um
desenrolar de serpente. Eu rio e puxo sua mão um pouco mais, para levá-lo para o salão ao lado onde
está a pista de dança. —Dance comigo, Saint.
Sua mão grande e de dedos longos está na minha enquanto eu puxo para frente, me deixando
levá-lo, como um animal selvagem e preguiçoso se entregando a sua presa antes de atacar, ele pisa na
pista de dança comigo, suas mãos se elevando para os meus quadris. Um incêndio se agita dentro de
mim quando eu olho para cima para ver a curva maliciosa nos cantos dos seus lábios.
Ele me olha quando eu me movo sinuosamente sob suas mãos, para cima e para baixo e para
os lados, usando-o como um poste de pole dance. Eu quero beijá-lo, como qualquer outra menina,
porque, afinal, eu sou muito humana. Ele começa deixando suas mãos vagar para cima e para baixo
dos meus lados, com os olhos brilhando como um diabo. Eu levo suas mãos a minha nuca, para que
ele me segure perto. Minha cabeça estúpida não pode pensar, meus pensamentos estão todos em
branco. Eu o quero nu, suado, numa zona desconhecida, não sorrindo, não divertido, definitivamente
não no controle.
— Isso é o melhor que você pode fazer? — Eu o insulto, surpresa quando ele me puxa para
mais perto.
Então, com meus quadris em suas mãos, ele me move. Uau. Ele é duro. Tudo. Nele. Pessoas
pulando contra nós, colidindo contra nós, Malcolm dança como se seu corpo fosse uma extensão do
meu. Ele me puxa de encontro a ele com muito pouco esforço de sua parte e os pelos na mandíbula
arranham contra a minha nuca, enquanto ele coloca meu cabelo para o lado e passa os anéis de prata
em sua mão até a curva do meu pescoço. Eu estou tão chocada com a sensualidade suave em seus
movimentos e toque, a reserva e ondulação de seus músculos contra os meus, como segura e animada
eu me sinto em seus braços, que eu estou bêbada com esse sentimento. Dele. Nesta noite. Estou
roubando toques que podem definitivamente estar muito perto do fogo, mas as minhas mãos têm uma
mente própria. Parte de mim está enlouquecida. Seus lábios foram feitos para beijar, as mãos para
tocar; que é o único propósito de seu cabelo espesso: para que as mulheres se agarrem, enquanto ele
as esmaga com força. Seus olhos parecem oferecer uma vislumbre do céu, ou de uma festa no
inferno, e eu estou enlouquecida por tudo.
Corro os dedos para cima em sua camisa em torno de seus ombros quadrados, saboreando a
sensação dura como uma rocha de seus músculos. Eu não conseguia parar de tocá-lo do jeito que eu
quero mesmo que eu me amarrasse com as mãos para cima!
A canção termina e ele pega a minha mão e lidera o caminho de volta para a mesa. Gotas de
suor correm para baixo entre meus seios. Dezenas de olhares viram para nós; quase toda mulher na
sala está me examinando da cabeça aos pés, a maioria com expressões que me dizem que querem
arrancar minha pele fora.
Eu quase estremeço.
Na cabine, Callan está contando anedotas relacionadas a Saint para as socialites prostitutas.
— Ah, sim, mas Saint acabou com todos esses rumores.
— Eliminou! — Tahoe ecoa orgulhosamente com o punho na palma da mão.
Os ignorando, Malcolm me puxa para dentro da cabine com ele e retoma à sua posição, com
seu braço no encosto da cadeira, com a cabeça abaixada na minha direção para que eu possa sentir
sua respiração quente na parte de trás da minha orelha. — Ei... olhe para mim — ele persuade quando
ele desliza a mão na minha coxa e meus pensamentos se dispersam.
O toque trás faíscas em todos os meus receptores nervosos, todo o meu anseio. Eu não sei se
ele foi construindo por minutos, horas, dias, semanas ou toda a minha vida, mas eu sei que eu nunca
estou ciente disso, a menos que ele esteja próximo.
Governada por impulso agora, eu me viro e me inclino um pouco contra ele. Ele se move de
modo que seu braço está agora em volta dos meus ombros e treme enquanto seus dedos passeiam
sob o meu cabelo solto. Seus amigos estão conversando. Saint sussurra em meu ouvido: — Você está
muito bonita.
De repente, minhas bochechas estão queimando e meu estômago se transforma em uma coisa
viva.
A música para e “Kiss You Slow”, de Andy Grammer, começa. Ele segura meu rosto, as
pálpebras no meio do caminho. Ele beija o canto dos meus lábios.
O ar parece como um pingo de fogo na minha pele.
Ele me abraça mais apertado do seu lado e me elogia, depois de arrastar quatro de seus dedos,
com anéis de prata, pelo o lado do meu rosto, seus olhos seguindo seu caminho. — Estou com a
garota mais quente no Tunnel hoje à noite — ele murmura, quando ele esfrega meu batom fora de
minha boca com o roçar mais sexy que posso imaginar, com seu polegar.
E ali, em seus belos olhos, existe um desejo selvagem espelhando o meu próprio. Desejo, ao
contrário de qualquer coisa que eu já conheci, que entope a minha garganta me impulsionando para
mordiscar suavemente seu polegar. Eu não deveria estar fazendo isso, mas eu não posso parar. A
canção está falando sobre beijando lentamente...
Minha perspectiva se afasta um pouco e eu me torno consciente de seus amigos beijando suas
putas nos cantos do clube, assim como Saint e eu estamos fazendo. Consciente de meus amigos
misturando-se lá fora, em algum lugar. Consciente das pessoas dançando, outras olhando em nossa
direção. E da minha vida mudando, logo neste momento, de alguma forma, quando ele olha para meu
rosto, as cores nos olhos mudando como um caleidoscópio quando ele parece lutar com as mesmas
emoções confusas que eu tenho.
Ele toma meus quadris e, lentamente, me orienta para seu colo. Eu vou com muita boa
vontade, soltando meu corpo para ele poder me sentar de lado enquanto eu agarro seu pescoço por
toda vida.
— Você quer isso? — Ele sussurra quando sua mão chega debaixo da minha saia e eu sinto o
calor da sua mão, acariciando o interior da minha coxa.
O coração vibra violentamente no meu peito, meus dedos deslizam para cima de seu pescoço
enquanto eu tento me pressionar mais perto. O pescoço dele é duro e grosso e eu coloco a minha
cabeça para sentir o cheiro dele. Então eu sussurro, de forma imprudente, em seu ouvido: — Eu estou
com o cara mais bonito.
— Você é a porra de um cão malicioso. Você provavelmente vai fazer alguns duelos mais
tarde, com Rache, também! — Tahoe grita de seu assento, levantando a taça de vinho para nós,
enquanto sua piranha tenta reajustar o vestido.
A mão de Saint puxa para fora da minha saia, mas ele aperta minha coxa quando ele olha nos
meus olhos com pesar.
— Ocupado, T — ele rosna. Ele dirige a Tahoe um olhar que poderia apenas esfolar a pele de
seus ossos.
Eu mando um suspiro, lembrando as imagens e os rumores que já estão circulando por aí
sobr eu fazendo o meu trabalho muito mais arriscado.
— Não aqui — eu digo a ele quando eu recupero pelo menos um pouco do meu raciocínio.
Se pegando no clube? Realmente, Rachel? Com Saint?
Malcolm apreende meus quadris e me ajuda a descer de seu colo.
— Hey, ele realmente gosta de você — Tahoe me chama meneando suas sobrancelhas, quando
Malcolm convoca um garçom e pede algo que o faz correr para longe, só para voltar e acenar.
— Sr. Saint, siga-me — diz o garçom.
Malcolm pega seu casaco do banco e, em seguida, me leva pelo cotovelo, murmurando no
meu ouvido — Venha comigo, Rachel.
Estamos sendo levados para uma sala privada. Há uma mesa no final com pequenas velas
elétricas. Um balde de vinho, duas taças, um vaso com uma única tulipa cor de rosa, algumas luzes. A
mesma música que está tocando fora, mas muito mais íntima.
— Precisa de mais alguma coisa, Sr. Saint? — Diz o garçom, e quando Malcolm empurra o
que parece ser várias notas em sua mão, o garçom quase desmaia.
— Obrigado — diz Saint. Ele me guia pela mão para o sofá e o garçom fecha a porta com um
pequeno clique de-parar-o-coração.
Minhas pernas mal conseguem se segurar, mas graças a Deus, Saint me senta. Ele move seu
tonificado corpo bonito, para que ele possa olhar para mim. Deus. Os olhos dele. Eu não posso nem
segurá-los com os meus por mais de alguns segundos; meu coração está batendo no meu peito, na
minha cabeça, entre as minhas pernas doloridas.
— Malcolm... — Eu começo.
Ele parece ter em mente uma única coisa agora quando nós resolvemos sentar no sofá, e ele
abaixa a cabeça e pressiona os lábios contra meu pescoço. Eu gemo e deslizo os dedos em seus
cabelos sentindo quanto espessos e suaves eles são, ao mesmo tempo uma sensação de queimadura e
ebulição faz círculos em minhas veias.
Eu tremo quando seus lábios pressionam no meu ponto do pulso. Então ele me degusta com a
língua, lentamente explorando a pele macia do meu pescoço, meus dedos enrolando, um tremor
atravessa o meu corpo quando ele pega o meu seio em uma mão e suavemente aperta e enquanto ele
acaricia, seus dedos passam em meu braço nu para cima e para baixo.
— Você está bem com isso?
Ele se inclina para trás, os lábios curvados quando ele olha para mim e quando eu aceno,
completa e totalmente sem fôlego, ele me segura pela parte de trás da cabeça e pressiona um beijo
lento no canto da minha boca. Ele é gentil. Gentil demais. Dentro de um minuto, eu estou bêbada de
luxúria, embriagada com Malcolm a tal ponto de não conseguir fazer mais nada a não ser viver.
Beijos. Toques. Ele dá beijos em meu ouvido. Nos cantos de minha boca.
Ele desliza a mão por baixo da minha saia novamente. — O que você está vestindo aí
embaixo? — Ele pergunta.
— Alguma coisa. — Minha voz treme com o desejo.
— Algo que você queira me mostrar? — Seus lábios se curvam novamente.
Eu estou impotente sob o olhar que sonda quando ele puxa minha saia para cima para revelar
a minha calcinha. Eu não quero respirar, eu não quero nem viver após este momento em que ele está
olhando para mim do jeito que ele está.
— Malcolm — eu imploro me sentindo toda devassa e nervosa.
— Shh — ele diz suavemente quando ele dá uma boa olhada através da minha pequena
calcinha de renda — Eu não vou machucar você. Tudo que eu quero é olhar para você.
— Só olhar? — Eu não sei se eu quero que ele diga sim, não, eu não sei... o quê.
— E tocar — ele persuade. Ele puxa a minha perna até o quadril e me puxa para mais perto
para que eu fique com a metade da perna alta para ele, quando os seus dedos roçam a parte de trás do
meu joelho. De repente mil receptores nervosos despertam de modo sensível à mais leve pressão de
seus dedos, eu gemo contra sua garganta. Quando ele puxa meu cabelo para cima e abaixa a cabeça e
usa a língua do lado do meu pescoço, eu gemo mais profundo...
Normalmente eu espero que ele vá direto para o meu mais quente, mais úmido local, mas este
cara é um conhecedor e ele não faz nada que eu espero que ele faça. Seus lábios pressionam a minha
cabeça quando ele brinca com os seus dedos para cima, na parte de trás da minha perna e, em
seguida, ele roça minhas coxas internas com os polegares. Minha respiração engata, meus mamilos
cutucam no meu top de seda e em seu peito.
Eu viro meu pescoço, puxando as mais profundas respirações, mais rápido, com o cheiro de
sua colônia me intoxicando. Eu acho que eu só gemi seu nome. Com uma mão, ele desliza alguns
dedos ao longo da virilha, na minha calcinha.
— Diga-me que você quer meus dedos aqui — ele sussurra. Encostado na minha têmpora, ele
está dando um sorriso óbvio de macho orgulhoso porque eu já estou absolutamente molhada. Eu
fecho meus olhos e meus braços em volta de seu pescoço e eu nos imagino nus, nos movendo em
sincronia.
Ele mantém uma mão acariciando minha coxa e a parte de trás da minha perna, enquanto ele
desliza a outra mão sob meu top. Um aperto comedido na minha coxa e eu posso dizer que ele está
ficando sério. Eu já posso sentir um prelúdio de orgasmo de abalar a terra e eu estou começando a
ficar com mais do que a minha pequena parcela de medo.
— Sain... Hum, Malcolm... Não pare de me tocar, eu só... Preciso ir mais devagar...
Ele solta o aperto e nós nos separamos por um momento, a nossa respiração audível. As
minhas pupilas não podem se concentrar, ele é um borrão. Um borrão que eu deveria supostamente
escrever sobre, não ter.
— Me dê a sua mão — ele sussurra. Levemente ele alcança e segura a minha mão com um
aperto firme e eu posso sentir seus olhos, líquidos e verdes, observando a minha reação quando ele
mergulha o dedo na minha palma.
De repente, eu me lembro de cada uma das quarenta mil terminações nervosas nesta mesma
palma. Acaricia entre a base dos meus dedos das mãos e dedos, a carícia estimulando como
eletricidade.
Eu assisto, paralisada, quando ele interliga nossos dedos e usa seu polegar para massagear a
palma da mão até a base dos meus dedos em círculos lentos. Meus vasos sanguíneos se sentem muito
perto de minha pele. Um incêndio se constrói em meu corpo quando ele segura minha mão e,
lentamente, endireita meu braço. Gentilmente, ele beija ao longo do interior do meu cotovelo,
vibrando a língua pela minha pele e banhando o ponto quente com sua respiração. O que ele está
fazendo parece uma droga, uma droga que eu nunca quero parar de injetar em mim.
Lentamente, ele puxa meu top para cima e o prende no meu sutiã, assim ele permanece para
cima.
Eu li que o plexo solar é um conjunto poderoso de nervos, mas eu nunca tinha experimentado
antes. Ele começa a seguir os meus seios, acariciando para cima, me espalhando no sofá para que ele
possa beijar suavemente ao redor do meu umbigo. Quando eu gemo, ele acalma e sussurra relaxando
o meu corpo e meus músculos se contraem para que todo o sangue siga para o meio das minhas
pernas e esteja pegando fogo absoluto. Queimando e formigando com a perspectiva de ser tocada.
Ele está tão perto e ao mesmo tempo tão longe. Ele acaricia as minhas costelas para baixo. Abaixando
a cabeça, ele usa a sua língua ao redor do meu umbigo, então ele mergulha, quente e molhado, no
pequeno recanto. Uma dúzia de zonas erógenas despertam para ele. Terminações nervosas nunca
antes estimuladas estão formigando e gritam, minhas zonas quentes vivas. Tudo em mim. Vivo. Estou
animada mentalmente, fisicamente, emocionalmente.
— Você não tem ideia de quanto você me excita — ouço-me admitir acariciando seu cabelo e
ele levanta a cabeça, puxa meu sutiã para baixo de um seio já inchado, enrola os dedos em volta do
meu peito e gentilmente chupa a ponta do meu mamilo, com um som de sucção faminta.
— Eu quero você debaixo de mim esta noite, Rachel. — Seus cílios varrem para cima e ele
olha para mim. O ouro está na borda em torno do verde de seus olhos, brilhando com a intenção.
Cada respiração, cada movimento ondulante do meu corpo sob o seu quando ele chupa meu seio,
tudo em mim derrete do centro às extremidades. — Se contorcendo — ele diz. — Ansiosa. Molhada.
Ele leva o mamilo endurecido já sensibilizado de volta a sua boca. Eu deslizo para baixo no
assento, parte das minhas pernas, e tento puxá-lo para cima de mim. Em vez disso, ele permite que
sua mão deslize entre as minhas pernas. Meus braços estão ao redor de seus ombros, apertados o
suficiente para que eu possa sentir os músculos flexionados e tensos sob os meus dedos, quando ele
lentamente puxa minha calcinha de lado com o polegar e desliza um dedo dentro de mim.
O toque desencadeia uma cascata de prazer pelo meu corpo. Eu arqueio, um pequeno som de
necessidade e êxtase deslizando através de meus lábios. Eu posso ver a máscara de controle que ele
sempre usa escorregar enquanto ele me olha, seus lábios se curvando com um sorriso suave. — Para
mim... Rachel. Vamos, entregue-se para mim.
Uma massagem de seu polegar sobre meu clitóris. Um dedo hábil dentro de mim. Aqueles
olhos masculinos brilhando, observando. Aquela voz persuadindo-me. E eu gozo, me contorcendo
com um grito suave, incapaz de detê-lo, incapaz de lhe dizer que eu queria que ele gozasse para mim
também.
Eu suspiro e arfo por mais algum tempo. Ele move seu corpo grande e me olha com aquele
sorriso suave quando ele puxa a minha saia de volta para baixo e me cobre com o meu top, usando
uma mão para ajeitá-lo de volta no lugar quando ele sussurra em meu ouvido: — Eu queria fazer isso
desde o dia em que você caiu na minha festa da Ice Box.
Ele está me provocando. Eu comecei a conhecer esse tom agora. Então eu o provoco de volta.
— Eu estava sendo desafiada por amigas.
— Acho que agora eu posso dizer que eu conheci você e você é o cafajeste sem coração que
todo mundo diz que você é.
— Quem são todos?
— As suas ex-namoradas.
— Eu não tenho namoradas.
— Ex-amantes, o que quer que seja.
— Eu tenho algo a dizer sobre isso também.
— Oh, realmente, o que é?
— Eu sou inocente? — Ele sorri.
Eu rio. Eu quero beijá-lo, beijá-lo muito, e fode-lo ainda mais. Oh Deus, eu quero dar-lhe o
que ele me deu, mas e depois? — Você está se divertindo comigo?
— Isso era de fato eu tentando deixar a senhora se divertir comigo.
Eu coloquei minha mão sobre a coxa de brincadeira. — Você fez meu mundo girar um pouco
mais rápido.
— Eu gostaria de balançá-lo ainda mais — ele ronca, e eu rio.
Ele olha para mim, seu sorriso, seus olhos, tudo dele diz travessuras à décima potência.
Malícia e pecado.
— Qual é a sua ideia de balançar o mundo de uma mulher?
— Você me diz. — Ele trilha seus olhos pelo meu corpo.
— Eu?! — eu choro. — O que eu tenho a ver com isso?
— Eu nunca quis balançar o mundo de uma mulher do jeito que eu quero balançar o seu.
Parece que meus pulmões simplesmente congelam em uma respiração.
Ele se inclina para frente em seu assento, e em vez de fazer o esperado, que é me provocar
porque ele me deixa chocada, ele parece absolutamente sério. — Você tem que saber isso sobre mim
— ele diz enquanto pega meu rosto com a mão quente. — Eu corro atrás de qualquer coisa que eu
quero. Não existe isso de me negar o que eu quero. Não existe negar à aqueles que estão em torno de
mim, qualquer coisa que eles queiram. Eu sou seu, se você me quiser, Rachel.
Ele me olha em silêncio.
— Nós não nos encaixamos — eu digo. — Eu só quero encontrar um local quente no frio,
com uma bela vista, tudo o que eu poderia querer. E eu quero parar de me mover e ficar lá neste
local. E você nunca vai ficar parado.
Seus olhos se escurecem mais; ele não responde.
Ele acaricia com as costas de um dedo, lentamente para baixo na curva do meu rosto, seus
olhos me observando como se ele quisesse alguma coisa de mim. Como se ele quisesse algo mais do
que tudo. Ou nem é isso. É assim que eles se parecem, famintos. — Eu acho que nós nos encaixamos
perfeitamente — ele murmura, finalmente.
A porta se abre e minha melhor amiga aparece. — Por que não estou surpresa agora?
Eu gemo e me empurro para os meus pés, inutilmente tentando esconder todas as evidências:
Cabelos emaranhados em minha própria cabeça enquanto eu rolo no sofá, batom manchado, roupas
amarrotadas. Eu estou corando muito e Malcolm está claramente se divertido com a minha vergonha.
Deus, eu devo parecer ridícula com o meu cabelo loiro e o rosto vermelho. Volto-me para ele e faço
uma falsa advertência — Não pense que você escapou, eu quero ouvir a sua história — eu digo a ele,
pelo amor de Gina.
— Ei, você vai ficar comigo hoje à noite — diz ele, confuso.
Fico ali, olhando para ele, quando Gina puxa minha mão. — Desculpe— eu finalmente digo,
encolhendo-me um pouco. —Tenho que ir.
Saint se levanta pegando a jaqueta e ele olha para Gina, quando ele a dobra sobre o braço. —
Que tal eu levá-la para casa?
— Que tal “não”? — Ela sorri.
— Eu sou Malcolm, a propósito.
— Eu vi você em nossa casa, lembra? Eu também vi seu rosto em cada revista e apesar do fato
de que você é mais quente em pessoa, eu sou completamente imune. Diga adeus a Rachel agora.
Ela pega meu braço e Malcolm diz: — Você quer ir comigo esta noite, Rachel?
Seu rosto é inescrutável agora, mas ele está colocando para fora algumas grandes ondas de
irritação.
— Não, desculpa. Eu tenho um acampamento em poucos dias, então eu realmente deveria
descansar um pouco. — Tchau — eu desajeitadamente digo quando eu viro para sair com os olhos
dele em mim. Oh, merda, merda, foi tão ruim agora!
Eu corro minhas mãos sobre minhas bochechas quentes, antes de Gina me arrastar para baixo
em um dos salões longos do Tunnel.
— Nada aconteceu — murmuro em resposta ao grande ponto de interrogação atrevido e
colado em sua testa.
— Ok, eu estou dizendo isso — começa Gina. — Saint é absolutamente um erro. Trabalho
sensato, coração sensato, você não poderia escolher um cara pior do que Paul exceto por Saint... E
seus dois amigos canalhas. Rachel, você não tem que me dizer o que aconteceu, eu já posso ver que
ele te conquistou completamente. Você está corando como uma cenoura.
— O que você quer dizer que eu estou corando como uma cenoura? Eu estou laranja? —
Meus olhos arregalam, eu estou me apavoro.
— Rachel, você não sabe ainda, mas você não tem chance! E aquele cara Tahoe totalmente me
fodeu com o olho agora quando eu te caçava na mesa de Saint.
— Eu não coro laranja, Gina!
— Eu juro, Tahoe totalmente me fodeu com os olhos e meu coração ainda não se recuperou.
— Laranja? Só pode ter sido as luzes do Tunnel! Por favor me diga que você quis dizer
cereja. Pelo menos cereja é um tom de blush mais bonito do que o anormal laranja?
— Você está vermelha! Ok? Relaxe, Saint não saberá o seu nome em poucos dias, quando ele
acordar com quatro piranhas nuas.
Meus lados da boca se abrem para responder, mas tudo o que posso dizer quando eu desci do
alto do meu orgasmo, é: — Se Saint é um erro, Tahoe também, ok? Eu não o quero brincando com
você.
— Eu não gosto de qualquer um desses mulherengos brincando com você. Estou começando a
não gostar deste projeto. — Ela agarra meus ombros e me chicoteia ao redor. — Diga-me que você
não gosta de Saint?
— Eu... — Eu não sei o que dizer. Eu não quero machucá-la, eu não quero mentir, eu não sei
mesmo o que estou fazendo, por isso eu digo: — Meus ovários gostam de um tipo como ele. — Eu
adiciono — Um pouco — quando sua boca se curva severamente.
— Oh, não. — Ela balança a cabeça violentamente. — Não, Rachel.
Não adianta. Eu gozei em seus braços no clube. Eu me movo na cama hoje à noite e eu posso
sentir o cheiro dele na minha pele. Eu posso ainda ouvi-lo me convidando para estar com ele
enquanto eu encontro o meu lugar seguro. Eu quero saber o que é a mentira ao lado dele, sem nada
entre nós. Tenho mil perguntas flutuando na minha cabeça e uma única entre as minhas pernas. Mais
do que tudo, eu quero mandar uma mensagem para ele e dizer que foi bom hoje à noite. Mas eu
realmente tenho a coragem de me abrir desta maneira? Talvez se ele tivesse uma história diferente.
Talvez se ele fosse um cara normal. Talvez se eu não estivesse tão focada em uma tarefa em
vez de um parceiro.
Talvez em outra vida.


Segunda-feira passa a passos de tartaruga. Acordo. Café. Trabalho. E-mails. Editando um
projeto de ontem. Um interrogatório de Helen sobre o que está acontecendo. Victoria vindo com os
olhos arregalados. — Isto funcionou, não foi? Ouvi que Saint foi visto com uma loura platinada em
seu colo!
— Shh — eu rio e a puxo para perto, e então eu não quero falar sobre ele para ela. Às vezes,
quando eu escrevo, não quero falar sobre a minha matéria: eu a protejo e alimento em meu coração
antes de eu bater as chaves e, em seguida, deixa-la sair.
É diferente com este homem. Eu não posso suportar compartilhá-lo. Nem mesmo com os
meus amigos. Eu não entendo por que eu me sinto como se tivesse que colocar uma bolha em torno
de nós, onde ninguém pode ter uma opinião e ninguém pode levá-lo embora. Nem piranhas ou seu
estilo de vida e nem meus amigos. — Eu tive sorte, mas nada aconteceu. Você sabe aqueles caras, eles
apenas flertam.
— Oh, bem, flerte de volta com mais força. — Ela pisca e passa andando.
Porra. Eu gemo e caio na frente da minha mesa, quando Valentine anda com a mesma melodia.
— Loira platinada? As pessoas estão perguntando sobre sua mídia social. Sei de apenas uma
loira platinada...Assim me fale agora, loira platinada. Na verdade, me dê algumas dicas para um
encontro de hoje à noite.
— Valentine, você tem um encontro? Wow, o amor está no ar. Menino ou menina?
— Menina. Vou levá-la a um restaurante de comida chinesa bem gordurosa para ter certeza
que ela sabe como se alimentar apropriadamente. Eu odeio jantar com um pauzinho. É por isso que é
tão quente jantar com um homem. Nada me agrada mais que uma companhia com apetite sauudável.
Eu continuo a navegar na internet, pesquisando.
— Você sabia que os pinguins são monogâmicos? — Pergunto.
— Sim, eu estava entre uma tribo uma vez, que se rebelou. Veja, eu já não vou ser contido por
regras tradicionais de namoro, e você também não deveria. Oh, espere, você não tem um encontro.
Você tem?
Eu sorrio. — Só porque você não mudou a minha opinião, não significa que ninguém mais
pode.
— Vê! Você está namorando ele.
— NÃO! NÃO! Somente... Silêncio, por favor. Você precisa ir e... Meditar. A sua mesa. Shoo!
Eu respondo as perguntas durante todo o dia, fingindo que a noite passada não deu ao meu
pequeno mundo um balanço um pouco grande demais.





Noite
Este domingo, em outro acampamento do bairro, eu ainda estou pensando sobre o clube
quando eu procuro no meu telefone novos links sobre ele. Estranho. Ele tem estado um pouco
socialmente quieto ultimamente. Não há praticamente nenhuma coisa grande que ele esteja ligado,
uma vez que ele se recusou a me permitir participar do evento depois da festa.
Eu observo, na parte de trás da minha mente, que houve cerca de cinco rapazes, desfilando
dentro e fora do parque, criando o que eu acho que é a maior tenda que eu já vi na minha vida. Todo
mundo está se instalando com seus sacos de dormir, merendas de nozes e amoras ou marshmallows.
Eu me viro para olhar para a tenda grande, novamente, e me pergunto o que diabos está acontecendo.
— Ei, você sabe de quem aquela tenda é? — Pergunto a menina se estabelecendo ao meu lado,
uma participante frequente no acampamento chamada Rio, que está organizando seu material ao lado
de seu saco de dormir.
Ela se vira para olhar a tenda enorme situada na borda do parque de campismo e encolhe os
ombros levemente. — Eu não tenho ideia, mas quem quer que esteja naquela tenda, realmente quer
fazer uma declaração.
Eu rio um pouco e volto para o meu saco de dormir. Os homens não voltaram há dez minutos,
então eu acho que a tenda está pronta.
Eu coloco meu saco de dormir ao lado de Rio. O sol está se pondo e todo mundo parece estar
terminando.
Decido que eu preciso ajustá-los para fora e tentar relaxar e me preparar para caçar você-
sabe-quem no próximo fim de semana, eu coloco os meus fones de ouvido e ouço música deitada de
costas e olhando para o sol a deriva, através das folhas das árvores. Ocasionalmente, uma rajada de
vento vem e eu sinto que me refresca a pele e move meu cabelo.
Eu respiro profundamente, apreciando a sensação da grama sob o meu saco de dormir frágil.
Eu o tenho por anos agora. Levei-o para a minha primeira festa do pijama na sétima série e eu o
tenho usado nestes acampamentos, portanto, mais que anos, perdeu muito da sua almofada, mas
recuso-me a me livrar dele.
Rio fica ao meu lado e eu me sento por um momento, estendendo a mão para tirar um
marshmallow de sua mão e em meu olhar de soslaio, vejo um vulto escuro. Eu me viro e vejo
Malcolm Saint saindo de seu carro, balançando uma bolsa por cima do ombro. Eu sinto como se meu
coração só tropeçasse dentro do meu peito. Eu me viro para olhar Rio e vejo que todo mundo está
olhando para Malcolm e sussurra na orelha um do outro. Ótimo.
Rio olha. — Este não é o tipo de doce que eu esperava que nós tivéssemos no acampamento.
Engulo em seco e me concentro em mastigar o estúpido marshmallow em minha boca.
Malcolm faz o seu caminho ao longo de sua tenda, admirando a obra dos seus empregados e
colocando a mochila no chão. Ele varre a multidão procurando por alguém e eu sinto meu coração
tropeçar novamente.
Todo mundo está tentando muito agir normalmente, mas eu posso sentir que a sua atenção está
fixada nos quase 1,90 de homem em calças pretas e uma camisa branca, ao lado de uma grande
barraca que cabe dez pessoas. Como o de Rio, os rostos exibem espanto visível quando eles
especulam e, provavelmente, começam a se perguntarem quem é aquele homem.
Uma jovem ruiva tropeça. — Saint? O que você está fazendo aqui? — Ela pergunta quando o
peito dela começa a saltar um pouco rápido demais.
Saint olha para ela. Ele parece estar tentando se lembrar quando a loira fala novamente.
— Tammy! — Ela diz a ele, quase rindo e pronta para explodir. —Tammy do Ice Box, se
lembra? Você estava lá com os seus amigos, eu estava lá com os meus amigos...
— Oh, é mesmo — ele murmura sem emoção e então levanta a mão em um cumprimento
casual.
— É bom ver você, Tammy.
Ele a deixa escancaradamente ansiosa, recuando de volta e vai direto e reto em minha direção.
Ó Deus. Desde quando ele me viu?
Eu vagamente me ouço dizendo: — Eu estarei de volta — para Rio, ou talvez a mim mesma,
quando eu saio com meu saco em meu peito levantando o pó fora. Eu sinto vários pares de olhos me
seguindo em direção a Malcolm e sua tenda enorme.
Eu posso ouvir a grama e a sinto mastigando sob meus pés enquanto caminhamos um em
direção ao outro. Ele está sorrindo para mim e, mais uma vez, me sinto corar um pouco.
— Você não está um pouco fora de seu contexto, Saint? — Eu rio. Ele está usando seu terno
preto com facilidade, aquelas calças pretas que cobrem as pernas compridas e uma camisa branca que
molda perfeitamente o seu peito tonificado.
Ele sorri e me olha de cima abaixo. — Eu estava procurando por você.
— Como você sabia que eu estaria aqui? — Pergunto.
Então eu me lembro o que eu disse no Tunnel. Meu coração tipo que aquece um pouco, que
ele veio à procura de mim esta noite. Por quê?
Faço um gesto para a sua tenda. — Bonita a pequena casa que você colocou lá.
Ele ri. — Casa?
— Sim, você pode abrigar o que quiser, como, dez pessoas lá dentro?
— Eu só estava pensando em duas — diz ele em sua voz profunda.
Eu levanto minha sobrancelha para ele. — Duas?
— Sim. — Ele acrescenta: — Você e eu.
Minha respiração fica presa na minha garganta.
— Hum, eu estou dormindo com Rio, sob o carvalho. — Eu aponto de volta para os nossos
sacos de dormir.
Ele torce as sobrancelhas. — Onde está a sua tenda?
— Eu não tenho uma, meu saco de dormir é tudo que eu preciso.
Ele olha para mim como se eu fosse louca.
Eu rio. — Você sempre tem que ser o centro das atenções? Você sabe que todo mundo está
dormindo em sacos de dormir como eu, certo?
— Eu não me importo com todo mundo, eu me preocupo com você. — Ele olha para mim
com aqueles olhos verde assassinos. — Então você vai dormir na minha tenda.
Antes que eu possa protestar, ele pega a minha mão e me leva para a tenda.
— Espere, eu preciso pegar meu saco de dormir.
— Você não precisa dele, eu trouxe um — diz ele, sobre seu ombro, enquanto ele continua me
puxando para dentro da barraca.
Uma vez que eu estou dentro, eu posso ver que esta tenda não é para dez pessoas; é
provavelmente para umas vinte. O teto tem 2 metros de altura. Ou talvez um pouco menor, uma vez
que Malcolm tem que se curvar um pouco para caber dentro da barraca. Há um enorme saco de
dormir dentro que mais parece um colchão para mim.
Eu não posso deixar de rir.
— O quê? — Ele está sorrindo para mim e ele parece tão delicioso, que eu rio ainda mais.
— Nada.
Sento-me no colchão/saco de dormir e dou uma pancadinha no assento ao meu lado. Ele se
senta, o corpo enorme aquecendo o meu apenas por estar tão perto. Nós não estamos nos tocando,
mas eu posso sentir que a sua mão está perto da minha. Eu posso ver o seu perfil a partir do canto dos
meus olhos: a sua forte mandíbula, lábios muito sexy e longos cílios pretos.
Ele é muito bonito. Eu não tenho nenhuma ideia de como é ainda biologicamente possível
parecer como ele.
Eu estou logo pensando sobre sua ruiva. E suas longas pernas.
Seus lábios.
Seus seios.
E se ele dormiu ou não com ela.
— Aposto que ela foi uma grande namorada — eu sussurro.
Ele olha para mim com os olhos brilhando. — Eu não beijo e digo.
— Você apenas beija.
— Exatamente. — Deus, ele está me provocando novamente.
E eu estou com um grande nervo pulsando de desejo e obsessão.
Eu me pergunto sobre os beijos que ele dá. Eu li um pouco sobre isso, na verdade. Suas
atividades. De manhã e à noite, quatro mulheres por dia, às vezes. E por que não? Energia sexual
corre através de suas veias. Seu corpo exala sexo.
— É verdade que você só dorme quatro vezes, no máximo, com uma mesma mulher porque
seu número favorito é quatro?
— Eu como bebês também.
— Malcolm! Sério.
— Você desperdiça toda essa energia pensando em mim?
Eu pisco.
— Desperdiça?
— Não — eu digo. — Na verdade, eu estou super cansada depois de apenas dois minutos de
tentar entender você.
— Não tente me entender — ele prestativamente sugere.
Eu rasgo e abro um pacote de marshmallows. Viro-me e o vejo deitado de costas apoiado no
cotovelo, me olhando com curiosidade.
Eu tiro um marshmallow e coloco na sua mão. Eu jogo um em minha boca. — É para comer?
— Eu o provoco. Ele ri porque a minha voz é abafada pelo enorme marshmallow. Eu rio muito e ele
pega o marshmallow que eu dei a ele e joga na sua boca.
Seus lábios. Sua boca...
A luxúria bate em mim como um trem em velocidade máxima, e de repente, eu estou tentando
pensar em qualquer coisa, menos em como estamos perto demais.
As vozes estão morrendo do lado de fora e já está escuro. O vento agita as árvores e eu
bocejo.
— Você está cansada? — Eu deito no seu lado e enfrento Malcolm, que está olhando para mim
com um olhar intenso. Eu não posso imaginar como ele espera que eu responda.
— Sim... Eu acho que é para apagar as luzes para mim. — Eu olho atrás de mim no saco de
dormir e, em seguida, de volta para ele.
O ar parece se mover e eu limpo a minha garganta enchendo a minha boca com outro
marshmallow.
Eu deveria colocar meu pijama agora? Devo apenas entrar no saco de dormir e dormir? E se
ele não quiser dormir ainda?
Minhas perguntas param quando Malcolm desabotoa a camisa e a joga do outro lado da tenda.
A próxima coisa que meus olhos veem é um grande peito e músculos, seis tanquinhos
definidos e bronzeados.
Ele tira seus sapatos, mas deixa as calças. Seus músculos das costas ondulam quando ele se
vira de costas para mim e se instala em seu saco de dormir. A noite é quente como ele é, mas
Malcolm Saint sem camisa me faz sentir como se eu estivesse em algum tipo de sauna.
Ele aponta para o seu saco de dormir; ele quer que eu o acompanhe. Esta ideia faz meu
batimento cardíaco ter quase o triplo da velocidade e eu posso sentir meu estômago começar a virar
com entusiasmo. Ou talvez com temor. Ou talvez com ansiedade. Mas o que eu quero dizer é:" O que
eu esperava quando ele disse que queria a tenda para nós dois?" Eu não o conheço. Tudo que eu sei é
que eu me sinto como a próxima na fila para andar nessa montanha-russa e eu quero começar. E
embora eu estivesse esperando por isso há um tempo, eu não consigo me mover. Eu quero ficar na
fila um pouco mais.
Só que esta montanha-russa tem as mãos enganchadas atrás da cabeça e está olhando para mim
com um olhar penetrante e eu realmente obtenho uma descarga de adrenalina.
Eu respiro fundo e caminho para o meu saco, desatando a correia do meu vestido e colete e,
lentamente, o deslizo para baixo do meu corpo até que eu estou de calcinha e sutiã. Eu pego a minha
bolsa e coloco a minha grande camiseta de dormir de algodão. Malcolm ainda está olhando para
mim, me convidando a entrar em seu saco de dormir. Eu apalpo com meus pés nus, sentindo a grama
macia mastigando debaixo do chão da barraca.
Ele abre a aba do saco de dormir. Eu deslizo certificando-me de que há alguma distância entre
nós, porque eu não quero parecer ansiosa. Eu me acomodo no saco de dormir surpreendentemente
confortável, olhando para cima para o teto. Eu posso ouvir a vibração suave lá fora. Os grilos
cantando. O vento em um farfalhar das folhas. E eu posso sentir o corpo de Malcolm ao meu lado.
Seu calor. Sua colônia. Não me atrevo a olhar para ele porque eu sei que se o fizer, tudo pode
acontecer. Estamos cercados por uma dúzia de pessoas, mas dentro de nossa pequena tenda, nossa
pequena bolha, somos só ele e eu. Ninguém mais. E isso me assusta pra caramba.
Só então eu sinto Malcolm se mover e sua mão faz o seu caminho através do meu estômago, a
minha cintura, e ele me puxa pra ele, até que estou de costas para seu peito.
Puta merda, eu estou de conchinha. Ou ele está de conchinha. Puta merda.
Eu me concentro em respirar. A parte de trás da minha cabeça está escondida debaixo de seu
queixo e eu posso sentir seu peito expandir-se com cada respiração. Seu calor flui através da minha
camiseta de algodão aquecendo meu estômago e costas.
Seu rosto está tão perto do meu, que se eu virar meus lábios vão tocar o seu.
Eu nervosamente movo o meu braço para cobrir o dele, e ele vira a mão para entrelaçarmos
os dedos.
Tudo o que eu posso ouvir é meu coração batendo no meu peito e meu pulso zumbido nos
meus ouvidos. Basta estar em torno dele para me perder. Ele me faz sentir mil coisas diferentes, então
eu me aconchego um pouco mais perto dele, o meu lado audacioso, dizendo a mim mesma que não
há nada de errado em querer um pouco de calor. Embora não esteja tão frio aqui. Ele faz carinho na
minha cabeça, aperta seu poder sobre mim e coloca um beijinho no topo da minha cabeça. A sensação
que tenho quando ele faz isso é indescritível. Eu sinto um friozinho no estômago e minha garganta
aperta. Eu quero virar e envolver meus braços em torno dele e eu quero beijá-lo, porque sentir seu
peito enorme contra mim me deixa louca. Ele está me envolvendo completamente, me segurando em
seus braços, seus grandes, quentes, braços fortes. Aconchegada a seu peito e seu braço me segurando
junto a ele. É o mais segura que eu já me senti.


Eu abro meus olhos, ouvindo vozes lá fora. Eu ouço o movimento, alguns risos, e é a luz do
sol brilhando através do teto da barraca.
O teto da barraca.
Teto da barraca de Malcolm Saint.
Malcolm Saint que atualmente encontra-se debaixo de mim.
PUTA MERDA.
Meu braço está jogado sobre o peito e minha cabeça está encaixada na curva de seu ombro.
Minha perna está lançada em cima de seu corpo descansando entre as pernas.
O que diabos está errado comigo? Merda.
A segunda coisa que eu vejo: Sinto seus músculos fortes contra mim.
Ok.
Meu coração está batendo tão rápido, que eu posso senti-lo ameaçando explodir no meu peito
e tento fugir.
Eu começo a me soltar de Malcolm e eu o sinto se agitar, apertando o braço em volta de mim.
Ele geme um pouco e eu posso senti-lo mover o braço um pouco mais perto.
Eu tento me desvencilhar mais e sua mão acaba aberta sobre a bochecha da minha bunda. Sua
mão é enorme; abrange toda a bochecha da minha bunda. Tento conter o pânico e algumas outras
emoções fervendo em mim, quando eu consigo deitar de costas. Malcolm se move novamente. Ele
me arrasta contra ele e eu suspiro. O canalha está acordado, não é?
Seu rosto está aninhado entre os meus seios.
— Malcolm! — Eu sussurro, quase gritando.
Ele permanece em silêncio.
— Malcolm, pelo amor de Deus, alguém poderia vir aqui a qualquer momento; tire o seu
rosto dos meus peitos!
Então ele ri e ergue a cabeça para cima, me olhando quieto.
Minha respiração para na minha garganta. Ele parece lindo. Seu olhar preguiçoso, seu cabelo
desalinhado, seu corpo deliciosamente quente e segurando o meu. Eu sinto algo agitando na boca do
estômago. Ele abaixa a cabeça, recuando.
— Não fique brava comigo — ele sussurra no meu pescoço. Sua voz soa ainda mais profunda
na parte da manhã. Eu gemo, porque minha raiva desapareceu no momento em que ele abriu os olhos
e sorriu para mim.
Eu não respondo, porque eu sei que minha voz vai me trair.
Ele olha para mim de novo. Eu franzo a testa e faço uma tentativa de cara feia para ele, mas eu
não acho que isso funciona muito bem, porque ele apenas sorri e se abaixa de volta para os meus
seios, em seguida, move-se ainda mais. Ele planta um beijo no meu estômago; em seguida, ele
levanta-se e coloca outro beijo no meu pescoço.
— Você está com raiva de mim? — Ele diz novamente.
Eu não sei sobre o que ele está me perguntando.
— O quê? — Pergunto.
Ele coloca um beijo no meu ombro, em seguida, pega a minha mão e beija o interior do meu
pulso. Ele mantém a minha mão na sua, seus dedos brincando com o meu. — Você está com raiva de
mim? — Ele brinca, escovando meu cabelo atrás da minha orelha em um movimento que de repente
só me enche de desejo.
— Sim, eu estou louca. Eu estou louca por que... O que você está fazendo aqui? Eu não posso
dormir com você.
Ele ri.
— Eu não posso dormir com você, Saint. Eu não vou.
Seu olhar fica líquido quando ele esfrega o polegar para cima no meu braço. — Sim, você
vai, Rachel — ele promete.
— Eu não vou — eu prometo-lhe.
Todo o riso se desvanece de seus olhos e ele não diz nada. Ele me examina e eu quase posso
ouvir as rodas girando em sua cabeça enquanto ele descobre como derrubar minhas barreiras.
— Há um homem em sua vida?
— Não!
— Então eu não vejo problema.
— O problema é — espeto com um dedo na direção do zíper da tenda - —Tammy... E todas as
suas outras piranhas. Eu não quero ser uma delas!
— Então, não seja uma delas — ele sussurra em meu ouvido.


Quando ele se oferece para me dar uma carona para casa, para que eu possa trocar de roupa
para o escritório esta manhã, nós nem mesmo nos provocamos mutuamente mais.
— Venha aqui para que eu possa te beijar — ele me persuade, a partir do banco em frente a
mim, na parte de trás do Rolls.
Eu me sinto vulnerável e crua, como se alguém me abrisse e olhasse por dentro. Ele sabe que
eu o quero, eu posso dizer a partir do seu olhar que ele não vai me deixar até que ele consiga. Eu
tremo. — Rachel — diz ele, quando chegamos perto de minha casa.
— Nós não podemos continuar fazendo isso.
— Rachel, não há nada que eu não farei para ter você na minha cama — diz ele, com os olhos
aquecidos e com fome.
Meu corpo responde e leva todo o meu esforço para não saltar sobre o carro e me enrolar em
torno dele, e deixá-lo me beijar de forma insana, como ele sempre faz.
— Obrigada, Saint — murmuro, quando o carro para, perto do meu prédio.
Ele murmura — Malcolm — quando eu saio.
Faço uma pausa e olho para ele. Eu sinto como se estivesse o beijando novamente, quando eu
admito e sopro — Malcolm.
Ele olha para os meus lábios como se estivesse definitivamente pensando em me beijar
novamente. Como se ouvir seu nome na minha boca apenas o acariciasse em algum lugar... Talvez no
seu belo e perfeito pau. OhMeuDeus, o que eu estou pensando?
Eu me afasto e vou com pressa para o andar de cima.


Na quinta-feira, ele me convida para jantar.
Meu coração salta nas alturas - ele quer você, Rachel, ele está perseguindo você - mas minhas
colocações mentais estão chegando a um fim ridículo sobre isso. Eu não posso ser vista e arriscar a
minha verdadeira história ser descoberta. Eu também estou com medo de vê-lo em qualquer sentido
de namoro novamente. Olha o que aconteceu da última vez?
Digo-lhe que estou ocupada e ele apenas manda uma mensagem de volta: Ok.
Eu me pergunto se ele está tranquilo sobre eu estar recusando ou se ele está frustrado. A
minha própria frustração sexual é tão aguda que eu imploro às meninas para irmos ao nosso
restaurante japonês favorito, porque eu preciso da terapia das meninas. Distração. Eu realmente
preciso parar de pensar nele.
Mas parece que ambas descobriram, através da palavra da boca da melhor amiga de todos, a
internet, que Saint estava no acampamento do Fim da Violência, e elas não podem acreditar que ele
realmente foi me procurar depois da minha saída casual no Tunnel.
— Ok, então me deixe ver se entendi. Esse cara, um playboy que realmente não conhece você,
está disposto a fazer o que eu e Wynn não fazemos? — diz Gina.
— Não fique tão perplexa. Você está comigo quando estou pintando murais, vocês são
grandes apoiadoras.
— Ele quer transar com alguém – e isso é uma poderosa motivação. Wynn e eu, por outro
lado, não queremos nada, a não ser sua amizade.
— Se ele quer transar com alguém? Ele é o tipo de cara que consegue sexo a qualquer hora
que quiser. Apenas a visão de seu corpo atrai sexo para ele. — Eu corei. — certamente que ele está
transando com alguém.
— Saia e fique bêbada, se divirta, e consiga sexo em algum lugar também, então — diz Gina.
Estou sem dormir e cansada, gemendo. — Não é realmente para tanto.
— Vai rolar uma vez que você tiver tomado alguns coquetéis.
— Você está preocupada que esteja gostando dele? — Pergunta Wynn.
— Não. Este não é um relacionamento, eu só estou preocupada que ele é muito mais do que
um mulherengo. Ele é muito legal.
Wynn: — Isto é enervante, mas também é tão excitante não saber, nesses primeiros estágios
que são de tirar o fôlego, o que ele está pensando.
Gina: — Oh, acredite em mim, tudo o que ele está pensando é em ter seu pênis em sua boca.
— Quando você diz que se preocupa — Wynn diz — você quer dizer que você se preocupa
com o que este homem quer de você ou que você pode não ser tão forte como você pensou, forte o
suficiente para resistir a ele?
— Eu estou resistindo a ele. Caso contrário, naquela noite eu poderia ter apenas rasgado suas
roupas e avançado nele.
— Rache! — Wynn faz carrancas. — Fisicamente você negar-lhe está apenas fazendo você
mais obcecada. Apenas foda o cara e concentre sua mente no artigo e ele vai seguir em frente, dando-
lhe uma abundância de experiência.
— É verdade — eu concordo.
Wynn: — E você vai pensar mais claramente.
O pensamento em Malcolm causa estragos em mim. — Eu sinto como se estivesse na zona de
perigo.
— É uma missão suicida, porra. Eu não gosto disso — diz Gina.
— Mais zona de perigo para continuar prolongando esse tempo inevitável, enquanto ela se
move em apenas acabar com isso e obter a sua matéria escrita — diz Wynn.
Sexo com Malcolm. Eu estou ficando obcecada com isso.
Isso é como Gina se portou até agora, apenas com encontros sexuais. É estranho como as
circunstâncias queimam as pessoas ao meu redor, como Gina, e teve um efeito tão profundo em
minha vida amorosa. Mas elas têm. Eu tenho sido relutante em iniciar qualquer coisa com qualquer
homem toda a minha vida.
E agora eu escolho que quero dormir com este aqui?
Mesmo?
É como acordar de um cochilo para encontrar-me caindo no abismo mais profundo do
mundo.
Eu tenho um trabalho a fazer; eu queria fazê-lo e eu não pretendo dormir com ele para
descobrir o que faz vibrar este homem.
Minha vida tem se resumido aos estudos, ao trabalho, a minha mãe, uma grande matéria, Gina
e Wynn. Com as meninas? Nós somos amigas desde o ensino fundamental, todo o ensino médio,
conseguimos até sobreviver àqueles anos de faculdade quando Wynn foi embora. Todo verão, Natal e
Ação de Graças nós nos encontrávamos e nos atualizávamos.
Nós todas “vivemos” a questão de Paul. Ele foi tão legal e tão apaixonado por Gina. Eu
costumava fantasiar sobre encontrar meu próprio Paul. Paul foi o que Wynn e eu aspirávamos. Até
que ele fez a jogada e nossa melhor amiga estava destruída, não só com o coração partido, e lutamos
para ajudá-la a sobreviver. Wynn o superou, ela ainda acredita que existem bons homens lá fora,
como Emmett. Eu, por outro lado, desenvolvi um medo de amar um cara, que me fez determinada a
evitar sofrimento e mágoa a qualquer custo. E também, de certa forma, me fez evitar o sexo e me
concentrar no trabalho.
Gina e eu gostamos de homens, mas nós não os queremos perto o suficiente para nos
machucar. E nós sentimos que temos sorte que nós não conhecemos. Estamos no armário das
meninas inteligentes, onde todas as meninas que nunca querem ter o coração partido estão.
Certo?
Verdade seja dita, quando Emmett nos prova que estamos um pouco erradas e Wynn aparece
para o café da manhã animada e corada, é um pouco deprimente. Mas todas nós precisamos de um
lembrete de que estamos certas nesse outro conto de um cara como Paul, e nossos objetivos são
reforçados. Nossas carreiras, nossas mães e nossos amigos são o que importam.
Agora eu não tenho tanta certeza.
Agora eu penso sobre a anatomia de Saint durante todo o dia. Talvez eu escolhi a carreira
errada. Eu deveria ter sido uma química. Uma médica. Porque eu fico me perguntando por que ele me
atrai desse jeito. Eu continuo querendo enlouquecer, ter a minha vez com ele, e vê-lo me dispensar e,
em seguida, escrever sobre ele.
— Rachel pense bem, eu acho que um plano está se formando — Gina diz preocupada.
Eu gemo e mexo a cabeça.
— Não durma com ele, Rachel, não ele — murmura Gina.
Eu olho para ela e aceno com a cabeça.
A coisa sobre ter amigas tão próximas, como Wynn e Gina, é que estamos determinadas a
corrigir a vida uma das outras. Então agora Gina e Wynn estão determinadas a corrigir a minha. E se
elas não podem, parece que elas estão prontas para me arrumar um cara.
— Ok, então não ele. Eu sei quem. Ele é primo de Emmett e ele é o pacote completo — Wynn
insiste. — A razão pela qual você está atraída por Saint agora...
— É porque ele é Saint — Gina geme.
— Bem, é verdade, — Wynn concorda. — Mas você ficou focada no trabalho por muito
tempo. Todo extremo é ruim, mesmo na dieta, mesmo no sexo ou na abstinência.
— Gente, pare. Eu não quero namorar, tudo bem? Eu quero me sentir segura em minha
carreira em primeiro lugar, antes de deixar algum cara me levar para dar uma volta... Olhem, não se
preocupem — eu as asseguro — É tudo trabalho para mim a partir de agora, até conseguir terminar
essa matéria — eu juro.
Eu imagino a sua pele contra a minha, ele escorregando dentro de mim, sua boca em mim, seu
gemido de êxtase e eu desejo que as coisas fossem diferentes para mim, que eu pudesse realmente tê-
lo. Mas isso, essa matéria, é tudo o que posso realmente ter. Não é?
Ele não é um homem para dar mais a ninguém e eu não sou o tipo de mulher que muda toda a
sua vida pelo sonho selvagem do amor. Mas e se por uma noite, uma noite apenas, eu me deixasse
passar com ele?



Reviravolta
Mais tarde naquela noite eu estou febril, reunindo mais dados à meia noite. De repente, parece
imperativo que eu consiga terminar a reportagem o mais rapidamente possível, porque apesar do que
eu assegurei às minhas amigas, eu tenho medo que eu tenha desenvolvido uma pequena queda.
Viajo sobre suas imagens na internet.
O que diabos acontece com isso?
Eu tropeço em outro vídeo do YouTube de seu pai. Saint não está no vídeo, mas seu pai está
irritado sobre seu próprio filho na televisão. — Ele teve a sorte do negócio, ele tem uma mente
perspicaz e a herança da mãe, mas meu filho não tem ideia da responsabilidade que é preciso para
administrar uma empresa de bilhões de dólares.
— Bem, ele provou que você está errado, não é? — Murmuro para o homem.
Ele é um homem bonito, talvez cinquenta e cinco anos de idade. Ele não parece em nada com
Malcolm, exceto que ele é grande e viril. Malcolm herdou isso de seu pai, mas ele tem a beleza de sua
mãe e seu deslumbrante sorriso.
Quando eu a pesquiso e sua morte, eu descubro várias coisas. Catherine H. Ulysses, uma das
Assistentes de Malcolm, a que eu tenho certeza que é apaixonada por ele, parecia estar no funeral, de
pé perto a um jovem Malcolm, o que confirma que ela o conhecia há algum tempo. E segundo, eu
descubro algo surpreendente sobre sua mãe. A mãe de Saint, Juliette, era aparentemente dedicada a
ajudar animais e todos os anos fez grandes doações a grupos de ativistas. No dia em que Saint salvou
Rosie era o aniversário da morte de sua mãe, eu rastreei voltando no tempo e descobri que todos os
anos desde que ela morreu, Saint têm salvado ou adotado um animal. Todos os anos ele visita seu
túmulo depois (seus carros foram vistos estacionados no estacionamento do cemitério anualmente).
Meu coração ficou tocado. Eu o vi naquele dia e talvez ele esteja sofrendo da mesma forma
que eu faço quando é o aniversário da morte do meu pai. Eu me lembro que vi Saint fora da M4 e seu
carro estava à espera, e eu nunca esperava que ele estivesse indo para o cemitério, mas isso me faz
desejar que eu soubesse disso antes. Me faz querer saber o que faz este homem no momento. Eu
poderia ter estado com ele naquela noite. Eu poderia tê-lo deixado me levar a algum grande evento e
então... Então o que, Rachel? Em seguida, fazer a coisa mais imprudente que você já tenha feito por
dormir com ele, mesmo com a sua matéria mais preciosa na fila?
Totalmente em conflito, eu continuo clicando, especialmente nos links sobre ele e seus pais.
Gina devora seu cereal, num esforço para se livrar do zumbido do cocktail e ela ainda está
comendo quando há uma batida na porta e tudo que eu ouço, depois ela vai para atender, são as
palavras — ...Apartamento 3C... Mortos...
Meu sangue gela em meu corpo enquanto eu assisto Gina fechar a porta, colocar as mãos
sobre o rosto e irromper em lágrimas.
— Gina! — Eu suspiro.
— Senhorita Sheppard — ela sufoca.
Uma imagem de seu sorriso, apenas no outro dia, com seus animais de estimação lá fora, me
bate. Em um momento meu rosto está seco, no próximo está molhado de lágrimas. Esta cena, este
medo da enorme perda inesperada, tem me assombrado a minha vida inteira. Ela está lá desde a morte
de meu pai, antes mesmo que eu tivesse entendimento suficiente para saber que estava lá. Um
sentimento de vulnerabilidade completo. De ter o seu mundo girando sempre e nunca estar parado
por um minuto para você se orientar.
Acontece que Lindsey Sheppard, nossa vizinha alguns andares abaixo, foi baleada e morta por
um grupo de homens jovens conduzindo um veículo, apenas uma hora atrás.
Senhorita Sheppard não chegou viva ao hospital.
Gina e eu estamos tão chocadas que, depois de chorar desesperadamente por dez minutos e
nos abraçarmos, nós ligamos a TV e assistimos ao noticiário. Eu choramingo, ela funga, nós duas
choramingamos. Eu ligo para minha mãe e pergunto se ela está bem. Ela pergunta se eu estou bem.
Eu minto e digo que eu estou.
— Eu juro que vou morrer feliz o dia que eu não ver tudo isso no noticiário — Gina suspira,
cansada, agarrando o controle remoto e desligando a TV. Ela abre meu laptop e se instala perto de
mim para que possamos pesquisar as notícias online.
Quando a informação que encontramos é uma repetição daquela que nós assistimos no
noticiário, ela desiste e vai até a cozinha.
Eu tenho uma tonelada de novos alertas do Google que eu estabeleci com as palavras-chave
Malcolm Saint. Impulsivamente, eu clico em algumas e sou levada a uma notícia e fofocas de um
blog popular. Eu examino o título e a data de hoje e reproduzo o vídeo. Depois de uns quinze
segundos de propaganda, eu vejo o flash do rosto de Saint na tela e uma dor lenta e incômoda
começa a crescer no meu peito, quando várias fotos dele aparecem na tela de vídeo.
Ele está em um terno preto, gravata preta, o cabelo penteado para trás, caminhando por uma
multidão de pessoas. Ele parece intocável e mentalmente disperso.
Os clipes são, aparentemente, de hoje à noite mais cedo, onde ele estava presente em um
evento de negócios - e o bem-sucedido empresário estava surpreendentemente sozinho, diz uma voz
de fundo. Especulações de que ele estaria em seu primeiro relacionamento sério com uma jovem
repórter tem bombado na internet...
— Talvez ele estivesse sozinho no evento, mas eu aposto que ele não está sozinho agora —
Gina opina enquanto derrama um pouco de água e prontamente toma uma de suas pílulas para
dormir.
Desde que a minha pequena paixão parece estar se transformando em uma grande, suas
palavras não me fazem sentir bem. Na verdade, depois do que aconteceu com a Senhorita Sheppard
hoje à noite, eu não posso sentir nada além de infelicidade agora.
— Não váaaaa, — eu lamento, agarrando ao braço dela, enquanto ela se dirige para a cama.
— Gina, fique, eu não vou ser capaz de dormir.
— Ah, pobre bebê pequenino. — Ela dá um tapinha no topo da minha cabeça e diz: — Boa
noite.
Eu fungo um pouco mais e tento me lembrar da última vez que eu vi a senhorita Sheppard. Eu
estava saindo, pronta para a minha excursão no edifício do Interface. Ela estava andando com seu
cachorro. . . E ela tinha sido gentil comigo, como sempre. Eu me sinto mal por seu cachorro, seu
gato. Eu me sinto mal por todo o mundo, por estar sem a senhorita Sheppard.
Então eu continuo assistindo as notícias e ouço falar da M4 se aventurar em produtos
farmacêuticos.
Eu percebo que ele é esse destemido sexy e eu sou essa segura, medrosa viciada em trabalho,
que vive com seu coração na manga e, portanto, está sempre vulnerável. Quando você sair de sua
caixa, eu estarei esperando.
Oh, Rachel, o que você está fazendo?
Eu vou para o banheiro e escorrego para o chuveiro, amarrando meu cabelo para cima para
que ele não se molhe. A culpa é uma coisa tão volátil. Eu sempre me sinto culpada quando alguém
morre assim. Culpa por não fazer mais; culpa por estar viva. Usamos tantos mecanismos de defesa
para lidar. Raiva, negação, lágrimas, mas o meu mecanismo tem sido sempre a ação. Muitas das
atitudes que eu tomei na minha vida têm sido feitas para lutar contra os meus medos e atenuar a dor.
Eu nunca, jamais, esperei que me levasse a um homem. Muito menos este homem. Eu escolho
a minha lingerie com ele em mente. Branca, porque eu sei que ele é experiente, mas eu não sou... E eu
quero que ele seja cuidadoso. Meu vestido? Com ele em mente. Sapatos pretos também. Inferno, eu
respiro agora com ele em mente. E eu me penteio rápido e com força até que o cabelo brilhe e cai
atrás de mim, e quando eu pego as chaves das minha vaidade e olho para o meu reflexo no espelho,
eu me pergunto quem é pessoa sedenta de sexo, louca e desesperada olhando para mim.
Já ouvi falar que Saint tem várias casas em Chicago, mas a única que eu sei com certeza que
ele tem estado ultimamente é uma enorme cobertura, que coroa o topo de um espelhado arranha-céu
de um bilhão de dólares e tem vista para o Lago Michigan e para a Michigan Avenue. Deixo um
bilhete para Gina, dizendo estou fora esta noite, apenas no caso dela acordar e se preocupar, então eu
desço para o lobby e saio à procura de um táxi.
Ele ainda pode estar no evento de arrecadação de fundos, Rachel, eu me repreendo. Ele pode
estar indo para outro lugar depois e não estar só.
Mas nada que eu possa dizer realmente está filtrando o suficiente para mudar a minha decisão
quando eu subo no táxi.
Eu sinto como se tivesse no final de um elástico esticado, ao ponto de ruptura, e agora eu
estou voando no ar, sem saber onde eu vou pousar.
Eu só quero vê-lo.
Eu digo a mim mesma que é tudo o que eu quero.
Eu não estou bêbada.
Estou em plena posse de meus sentidos, mas, ao mesmo tempo, eu perdi todos eles.
Da parte de trás do táxi, eu espio os iminentes arranha-céus, as janelas brilhantes, as
movimentadas ruas e, em seguida, com um grande nó, que eu recebo com qualquer coisa relacionada
à Saint, o arranha-céus de luxo onde supostamente Saint vive, enquanto ele tem sua “enorme” casa
sendo reformada, vem a vista.
Angústia acompanha cada clique de meus calcanhares no chão cristalino quando eu atravesso
o saguão. — Oi. — Eu abordo o porteiro, me perguntando o que Sin vai fazer quando me ver aqui.
— Rachel Livingston para ver Sr. Saint. Ele não está me esperando.
Ele me assegura para não me preocupar, quando ele prontamente disca um número.
A julgar pela rapidez com que ele está lidando com isso, eu assumo que isso acontece muitas
vezes.
Ele me anuncia, em seguida, instrui — Por favor, diretamente para a cobertura. — Um
membro da equipe dos elevadores desliza com uma chave, suponho que para garantir acesso ao
elevador do nível superior, e, em seguida, ele pula fora e me pede para seguir.
Oh wow, o que estou fazendo?
Por favor, Deus, não deixe que ele esteja com uma prostituta...
Ou o deixe estar com uma prostituta para que eu possa simplesmente voltar para casa e
esquecer que eu sempre quis isso...
Ou se esta é uma ideia muito ruim, então faça com que o elevador fique preso até que eu
consiga recuperar meu cérebro e eu nunca vou acordar por causa do susto que vou levar com a
claustrofobia...
Quando os elevadores se abrem direto para seu apartamento, eu ouço a música. Oh não, porra,
eu não quis dizer isso.
Eu provavelmente deveria voltar, mas eu sinto um pouco do ciúme natural tomar conta de
mim. Eu não volto. Ao invés disso, eu forço as minhas pernas a trabalharem, o luxo minimalista do
seu apartamento me envolvendo e quase me fazendo sentir que estou em outro mundo.
O paletó está na parte de trás de um longo e moderno sofá em forma de L. Eu tento ouvir a
música tocando ao fundo. Clássica e eu já ouvi isso antes. Chopin, eu acho. Uma única taça de vinho
está na mesa de café, o seu conteúdo drenado. Eu me pergunto se ele está se divertindo. Talvez Deus
respondesse às suas orações e ele não está sozinho, Rachel. Talvez ele esteja tendo um trio e o
porteiro pensa que você está indo para ser a quarta. Por alguma razão isso me atinge e eu realmente
quero chorar agora. Eu estou usando um lindo vestido preto, mas tenho uma expressão de terror
horrível e isso não é uma boa combinação. É? Não. É uma maneira de atrair um mulherengo. Eu
estou seriamente pensando em sair, quando ele pisa para fora da sala, abotoando uma camisa branca.
Santo Deus. Ele é tão bonito. Ele parece distraído, seu cabelo despenteado. Ele está descalço... E tão
quente. Eu vejo o laptop aberto na mesa de café, finalmente, junto ao vinho. Ele estava trabalhando?
Sim.
— Alguma coisa errada, Rachel? — Ele me verifica da cabeça aos pés.
Eu me sinto além de vulnerável por estar aqui, de repente. Eu estou vestida para seduzir um
homem, para seduzir este homem. Este homem que me faz dolorida e retorcida por dentro e faz meu
coração bater.
— Você está sozinho? Estou interrompendo? — Eu estou morrendo de nervos. Estou
morrendo de vontade de tocá-lo. Beija-lo.
Seus olhos estreitos em mim. — O que está errado?
— Uma pessoa do meu edifício, do apartamento vizinho morreu hoje à noite. — Eu esfrego
as mãos sobre os braços, arrepiada até os ossos. — Ela era divorciada. Ela morava com um cão e um
gato e ela era boa. Sabe? Solitária. Solitária e agradável.
Ele passa a mão pelo cabelo em um sinal de inquietação e ele cai. —Sinto muito. Venha aqui.
Deus, eu quero aqueles braços. Um, dois, três, quatro, cinco passos depois eu deslizo em seus
braços e me envolvo ao redor de sua cintura, enquanto ele me puxa para perto, pressionando meu
rosto em seu peito, com uma mão na parte de trás da minha cabeça.
Oh, Deus. Desde quando eu me tornei essa garota? Essa menina com necessidade de ser
mimada pelo cara que ela não pode parar de pensar? Todas às vezes que eu vi Wynn sendo abraçada
por seu pai, por seus namorados, eu realmente ansiava por algo como isso. Mas eu nunca soube
quanto, até que ele moveu suas mãos nas minhas costas em movimentos circulares. Ele me segurou
assim no outro dia, na minha casa. Mas eu tinha estado muito assustada; Eu realmente não tinha
desfrutado disso até agora.
Eu pressiono o meu nariz em seu peito e ele cheira absurdamente bem.
— Eu sinto muito — ele sussurra com voz profunda no meu ouvido.
Ele pega meu rosto em suas mãos e me olha realmente sentindo muito, os olhos grandes e
ferozes. E algo acontece quando ele beija o canto da minha boca. Quase um beijo fraternal. Eu me
sinto bem, me desculpe, mas eu estou aqui para beijar. Num segundo meu corpo está em modo de
descanso e no próximo está acelerando no modo de operação completa, reconhecendo esses
deliciosos beijos fantasmas que só ele me dá. Meus nervos emaranhados na minha barriga e tudo se
foi, exceto por esse sentimento do meu coração batendo, meu sangue jorrando através das minhas
orelhas.
Estou me sentindo incrível, incrível, onde em um segundo tudo é maçante e no próximo,
brilhante e ardente.
Em um segundo eu estou com medo e no próximo sinto que posso fazer qualquer coisa.
Gritar. Pular. Beijá-lo.
— Você ainda quer fazer sexo comigo? — Eu sussurro, enredando os dedos em um punhado
de sua camisa.
Suas sobrancelhas caem. — Agora? Você tem que estar brincando comigo — ele murmura.
Eu cerro os dentes, pego uma almofada de camurça de aparência extravagante do sofá e atinjo
seu braço, enquanto ele recua.
— Você quer? — Eu choro.
Sua mandíbula é de granito absoluto quando ele segue até o canto de seu apartamento e
pressiona algum tipo de código de alarme a um receptor na parede. Em seguida, ele pega um telefone
sem fio, aperta dois números e ele sussurra: — Nenhum visitante.
Ele desliga e com passos decididos volta para mim.
— Eu sou um cafajeste, Rachel, mas eu não sou o cafageste que está tirando vantagem de você
hoje à noite.
— Você não está se aproveitando. Você não está se aproveitando de jeito nenhum.
— Sim eu estou. Olhe para você. Olhe para o seu rosto, Rachel. Se você visse a si mesma da
maneira que eu vejo você agora, você saberia que a última coisa que você precisaria é uma transa. —
Ele ri de si mesmo, amaldiçoa em voz baixa, em seguida, me segura em seus braços e vira meu rosto
para ele. Nossos narizes entram em colisão e eu suspiro da sensação de seus lábios tão fechados.
— Saint — eu sussurro agarrando sua mandíbula. — Por favor.
— Diga-me por que você veio hoje à noite.
— Você sabe por que.
— Para sexo? — Ele pergunta, numa voz áspera, esfregando o polegar ao longo da minha
bochecha.
Eu engulo e pressiono o meu rosto de volta para seu peito. — Por que você não faz alguma
coisa? — Eu gemo.
Seus braços são incríveis.
— Você está próximo de ser um Deus nesta cidade — eu sussurro. —Tantas pessoas acordam
um dia para descobrir que suas vidas foram alteradas para sempre, que elas terão que viver tentando
preencher o vazio dentro de si... Você tem todo esse poder - você pode fazer alguma coisa. Falar
sobre isso. Chamar a atenção das pessoas?
Ele está quieto. Então ele pega a minha mão.
— Venha aqui. — Nós vamos por um corredor passando muitas portas e depois entramos em
um quarto moderno enorme, decorado principalmente com madeiras escuras e tecidos leves. —
Fique à vontade.
Ele me dá uma camisa masculina de seu armário e desaparece em um banheiro espaçoso que
mais parece um spa, rolando uma enorme porta de mogno, se fechando atrás dele. Meu coração dói
quando eu aperto a camisa e impulsivamente a cheiro. Eu ouço a água do chuveiro e eu gostaria de
ser corajosa o suficiente para apenas me despir, andar até lá e juntar-me a ele.
Em vez disso, depois de cheirar sua camisa até minha completa satisfação, eu removo o meu
vestido e me pergunto brevemente se eu devo remover minha calcinha. Eu a mantenho e eu estou
contente segundos mais tarde, porque nada me prepara para a sensação de intimidade de estar de
calcinha molhada e vestir sua camisa.
Então lentamente eu me torno consciente. Eu não tinha percebido o quanto eu senti falta de sua
maldita camisa. Uma parte de mim ainda espera que eu possa muda-lo de ideia, eu tento passar
minhas mãos pelo meu cabelo, limpo as minhas lágrimas e deslizo lentamente em sua cama. Seu
colchão é enorme, do tipo que te faz sentir no paraíso. Quando Malcolm sai do chuveiro, sinto um nó
no meu estômago, com todos os tipos de calor e necessidade.
Ele está de calças e de peito nu. Seu cabelo está molhado e ele está com os pés descalços
enquanto ele se abaixa aos poucos na cama ao meu lado. Eu chego até ele, mais perto. O cheiro de seu
sabonete me atinge quando ele me segura ainda mais firmemente a ele. Sua pele tem um cheiro e eu
sou viciada, pressionando meu nariz para ele. De repente, eu quero deixá-lo sem fôlego e fazê-lo
gemer, sentir seu corpo grande junto ao meu, senti-lo tremer por mim.
Ele está na cama comigo.
Deus, é como um sonho se tornando realidade. Todas estas noites sonhando.
Eu jogo a minha cabeça para trás.
Ele observa-me em silêncio, seus lábios se curvando. — Livingston, se você pudesse ler a
minha mente, você iria começar a se sentir muito tímida perto de mim.
Não. Ele não pode saber o que eu quero. Como eu me sinto louca. O quanto eu o quero. Como
eu não posso parar de pensar nele. Mas a intensidade em seus olhos me confunde e o ar crepita com
tanto desejo, é difícil ficar aqui e não fazer nada, mas ao olhar para ele, quero que ele se sinta
enlouquecido de desejo por mim. Ele não se move mais perto, mas não se afasta, ele me mantém no
melhor abraço que ele já me deu. Seus lábios estão aqui, de modo muito próximo, a duas polegadas
de minha boca, enquanto ele me estuda com uma expressão de determinação absoluta.
— Então me diga sobre estes planos seus — diz ele e embora sua voz esteja baixa, com
desejo, eu posso ouvir a sinceridade em seu tom de voz também.
— Nós não temos que falar, podemos ir para a outra opção — eu sussurro. Mas quando ele dá
só sorrisos com tristeza para mim, eu suspiro e me aconchego com as costas contra seu peito. — Eu
nunca na minha vida consegui me sentir segura de alguma forma. Mas você não tem medo do
movimento, você sempre se mantém em movimento...
Silêncio.
— Por quê? — Eu pergunto, pensativa. — Por que você está sempre atrás de alguma coisa?
Ele ri. — Eu não sei. Porque eu quero. Eu quero tudo.
— Mesmo as mulheres?
Ele não vacilou, dando respostas com um toque suave de seus lábios contra a minha cabeça
que me faz derreter.
— Às vezes as mulheres.
Ciúme corre em minhas entranhas, mas eu tento não deixar isso permanecer. — Você está
sempre cercado, Malcolm, por tantas pessoas. Estou surpresa que eu encontrei você sozinho esta
noite.
Ele hesita. Mais uma vez, seus lábios roçam em minha cabeça. Ele move seu corpo, de modo
que eu estou quase espalhada em cima dele, minha perna nua dobrada sobre uma de suas coxas
vestidas de preto, sua mão se alargando sobre as minhas costas, sobre a camisa que estou usando. —
A empresa que eu tenho mantido não parece me satisfazer mais — ele sussurra em meu ouvido.
Se eu continuar nessa consistência de mel, eu não sei mesmo se sobrará algo amanhã de
manhã. Escovando meus lábios sobre seu minúsculo bico marrom, murmuro: — Por que você se
cerca mesmo com tantas pessoas?
— Por causa da meningite. Lembra que meu pai não podia suportar que eu ficasse doente?
Aos cinco, eu era uma criança no hospital com meningite. Minha mãe me visitou por uma hora, todos
os dias, antes de suas aulas de tênis. Os dias foram passando tão malditamente lentos. Tão
malditamente lentos que eu olhava para o relógio e um minuto demorava a passar. Em seguida, outro.
Esperava a última gota do meu soro drenar, assim alguém iria entrar e trocá-lo. Sentia-me solitário.
Em um quarto particular. Sozinho. Isolado.
Eu olho para ele e ele é grande e poderoso. Mas ainda assim, há sempre a sensação de estar
rodeado, mas sozinho.
Apertando os olhos fechados, eu lambo seu mamilo, sugo, beijo, e quando eu me sinto tensa,
ele levanta a mão para o meu cabelo - pronto para me fazer parar – eu diminuo o ritmo e, em
seguida, olho para ele com uma dor feroz em meu intestino.
— Com o Pare a Violência, às vezes eu visito os familiares das vítimas, e alguns deles são tão
sozinhos. As pessoas não percebem que mesmo que elas não tenham dinheiro para doar, muitos de
nós queremos apenas isso, uma companhia.
Outro sorriso triste, mas não há nada triste sobre o desejo cru em seu rosto quando ele olha
para mim.
— Venha aqui, Rachel. — Ele me puxa de volta para seu peito, onde ele acaricia a mão pelo
meu cabelo e sussurra contra a minha cabeça. — Sinto muito sobre sua vizinha.
Meu cérebro está se atrapalhado com sua proximidade, seu aroma másculo, único, de sabão,
de shampoo, colônia e loção pós-barba. É uma combinação poderosa, um afrodisíaco para os meus
sentidos. Eu fecho meus olhos e quase tenho um AVC, meus dedos ficam sobre seu peito, só um
pouco. Eu não quero ser desonesta sobre isso, mas eu não posso parar de tocar a sua pele e seus
músculos; eu não posso parar meu coração de bater rápido, meu peito desse sentimento atado sobre o
que ele me disse.
Quero.
Eu quero correr meus dedos sobre a barba em seu queixo. Eu quero pressionar meus lábios
no topo do arco e curva inferior dos lábios. Eu quero, quero, quero.
Quero é uma palavra tão curta, e ainda assim, pode abarcar tantas coisas infinitas.
Saint é impulso. Movimento. Ele é um homem que está sempre se movendo para frente,
empurrando para mais.
Ele nunca vai ficar parado até que ele seja dono do mundo e eu só quero encontrar o meu
lugar nele.
Não poderia ser mais errado.
Ele é um mulherengo. Nenhuma mulher vai apaziguar o que quer que seja essa sede que ele
tem de mais e mais e mais.
O amor é para os românticos; Eu sou uma jornalista.
Ainda assim, eu deito na cama de um homem e pela primeira vez na minha vida, e não posso
evitar querer... por uma noite ser alguém diferente.


Manhã
Nós acordamos, seu cabelo despenteado da cama, seu rosto totalmente descansado, uma barba
áspera em sua mandíbula. Ele estava me observando, e eu me sinto corar, porque eu dormi muito
bem. Eu me sinto solta e relaxada. — Ei.
Ele me toca. E eu me aproximo e movo a cabeça mais perto de sua mão. É realmente um
grande gesto e eu me preocupo. Eu estou começando a implorar por eles.
Sua camisa ainda abraça o meu corpo, a sensação do tecido escovando contra a minha pele
por baixo, o mesmo tecido que toca seu torso nu também, me aquece até os meus pés. É uma luta para
manter as minhas reações abrigadas, no controle. Estou na cama com ele, meu cabelo caindo pelos
meus ombros, nossos corpos apenas parcialmente vestidos, nossos olhares igualmente inquietos e
vorazes. Todo o gelo dentro de seus olhos se foi, substituído por um calor que faz a concentração de
matéria vulcânica dentro de mim.
— Eu vou arrumar café da manhã para nós — murmuro.
Vou para a sua cozinha em sua camisa e, depois de um pouco de desastre, coloco a sua
cafeteira extravagante para trabalhar.
Depois eu preparo uma torrada.
Ele sai totalmente vestido, de calças e uma camisa branca e pendura o paletó no encosto de
uma cadeira.
Seu cabelo brilha devido a ducha, molhado, escuro, penteado para trás da testa lisa, suas
feições afiadas e bronzeadas.
Há intimidade entre nós quando eu me enrolo na cadeira e tomo café da manhã. Saint senta e
lê a notícia em seu iPad. Eu não quero tirar a camisa. Eu sinto falta de ter ela no meu armário. Eu
nunca percebi o quanto eu a quero. — Está tudo bem se eu levar a camisa? Vou lavar, secar e trazê-la
de volta...
— Não a traga de volta. — Ele coloca seu iPad de lado. Inclina para frente, sua camisa de
trabalho colada em todos seus músculos, como eu quero estar. Saint espalha sua grande palma da
mão sobre a minha bochecha quando ele empurra o meu cabelo de lado e me beija com mansidão
meticulosa. — Rachel.
Isso é tudo o que ele diz. A uma última palavra soa frustrada, despertada, irritada, confusa,
quase dolorida. Antes que eu possa levá-lo a entrar no beijo, Malcolm leva meu rosto entre as mãos
grandes e olha para mim com olhos verde-gelo, querendo esculpir em minha alma. — Eu não sou o
tipo de cara que alguém vem procurar para ser confortado, Rachel. Mas eu gostei que você veio até
mim.
Eu percebo que ele parece mais cru, esta manhã, no limite, seus olhos não fecharam ou estão
gelados como de costume. Ele parece... Como se estivesse queimando por dentro. Eu engulo a geleia
de morango e lambo o canto do meu lábio, finalmente percebendo o quanto devo tê-lo testado na
noite passada.
— Você não dormiu, não é? — Eu sussurro.
Ele me segura mais perto dele, sua respiração quente contra a minha orelha. Enquanto ele me
abaixa para seu colo. Isto é tão bom e ao mesmo tempo eu não consigo parar de tremer.
— Eu não tive ninguém na cama comigo por um tempo. É difícil para qualquer um apertar os
meus botões de envolvimento. É por sua causa. — Eu não posso deixar de notar o quão pesadas suas
pálpebras parecem ter se tornado. Eu lambo meus lábios, ansiosa.
Sua atenção cai para onde meus seios estão em seu peito e meu corpo sente quão bom este
contato é, o quão sensível as pontas dos meus mamilos estão.
— Saint... — Eu paro.
Ele segura a parte de trás da minha cabeça; então ele me silencia, pressionando a boca para
explorar e varrer a sua língua na minha boca.
— Eu estou obcecado por você — diz ele.
Ele tem gosto de creme dental e café quando ele brinca em separar meus lábios, uma de suas
mãos colocadas na parte de trás do meu pescoço. Minhas mãos parecem ficar longe de mim, e antes
que eu perceba, elas estão acariciando seus cabelos.
— Saint — eu gemo, empurrando os meus seios para cima.
Ele geme, me puxa para cima e em volta dele, ajustando meu corpo sobre o dele em uma
posição escarranchada, suas mãos na minha bunda.
Estou ciente do atrito inebriante de nossas roupas, quando eu o deixo se ajustar ao meu corpo,
para que nós dois estejamos juntos da forma correta; se nossas roupas não estivessem entre nós, ele
estaria dentro de mim.
E esse é o jeito que ele me beija por um longo tempo. A necessidade perfurante me inunda, o
tipo de desejo que eu nunca tinha encontrado antes. Ele abre a minha boca com uma despedida firme
de seus lábios; então ele me dá um gosto, de sua língua implacável contra a minha, empurrando
avidamente sobre e ao redor. O calor e a umidade sedutora de seu beijo me fazem tremer por mais,
cada investida me empurrando cada vez mais fundo em um turbilhão que gira e se concentra
totalmente nele, Malcolm Saint, o único que faz meu coração disparar, minha vida girando mais e
mais rápida, o meu pensamento a cada acordar agora centrado sobre o que ele faz, com quem ele
está, quem ele gosta, quem ele é...
Ele não quebra o beijo e me mantém em seu colo, tudo ao mesmo tempo, mantendo sua boca
ávida na minha, ligada a sua.
Eu me escarrancho melhor, me movendo em cima dele, buscando trazer a dureza mais
deliciosa que eu já senti tão perto de mim quanto eu posso; ele é tão grande e grosso, eu quase salto
de choque, mas em vez disso, balanço contra ele, o querendo. Precisando dele. O choro aflito faz
burburinhos acima de seu peito, enquanto ele me traz para baixo pelos quadris, balançando-me com
mais força contra seu colo duro, sua respiração áspera e irregular no meu ouvido.
— Vamos ficar juntos esta noite. Vou mandar alguém buscá-la depois do trabalho. Podemos
pegar algum jantar...
— Não! Sem o jantar.
— Por que não o jantar?
Porque eu não posso suportar ser como uma de suas prostitutas on-line. Eu pressiono minhas
mãos suavemente contra a pele barbeada e osso duro de sua mandíbula e sussurro em seu ouvido,
com um fodido tesão. — Porque você sabe o que eu quero — eu respiro. Pressiono entre as minhas
pernas. Ele olha para mim. Ele me toca. Esse cheiro bom, esse gosto bom. — Porque — eu digo —
Eu quero você.
Noite...
Eu estou na minha mesa de edição, quando um arranjo de flores quase maior do que o cara
carregando ele, passa por minha cadeira. — Para você — diz o cara, por trás da floresta de
orquídeas.
O choque me congela por um segundo. Eu olho em volta, olhos estreitos. Será que alguém no
escritório decidiu fazer uma brincadeira comigo? Eles estão todos digitando, mas alguns estão
olhando com curiosidade para o meu lado.
Então eu percebo que o pobre rapaz está prestes a desmaiar de exaustão. Eu me esforço para
limpar um pouco de espaço para o vaso e deixo que ele abaixe. Então eu olho para o arranjo mais
selvagem de orquídeas que você pode imaginar. Eu arranco o cartão aninhado entre todas aquelas
belezas brancas e roxas e meu coração palpita com tanta força que preciso me sentar.

Não parecia certo você passar mais um dia sem o luxo de um presente de um homem que
pensa em você.
M.S.
Eu balanço minha cabeça e coloco o cartão para baixo. Sandy, uma das minhas colegas de
trabalho, vem para perto para vê-las.
— Uau. Um homem atrás do coração de Rachel!
Valentine olha de perto para o meu cubículo. — Confie em mim, ele está visando mais abaixo.
Victoria e Helen querem saber como está indo. — Eu tenho tantos folders — eu digo a elas,
disfarçando, tentando não transparecer como eu estou.
Digo a mim mesma que o tempo que passarei com ele hoje à noite vai ser apenas meu, só meu
e seu.
Estou roubando este tempo, e isso me faz uma pecadora completa, mas eu estou doente para
pecar. Latejante.
Obrigada
Eu mando uma mensagem para ele.
Agradeça-me hoje à noite, pessoalmente.
Ele sabe; nós dois sabemos o que vai acontecer. Eu não posso esperar para que isso aconteça.
Estou ansiosa para o dia chegar ao fim, não posso comer ou estar sem ele, presente em cada
pensamento na minha cabeça.
Todos no escritório parecem ter Saint em sua mente; eles não podem parar de discutir como
fresca e exótica é a combinação explosiva de flores, como elas estão perfeitamente organizadas, o
quanto elas devem ter custado.
Victoria vem para perscrutar meu cubículo e tentar abrir o cartão. Eu arranco longe e
rapidamente dobro em minha bolsa.
— Uau. Muito protetora? — Suas sobrancelhas sobem, mas então ela ri levemente e acaricia
as pétalas de uma pequena orquídea fúcsia, com a ponta dos dedos, sorrindo. — Da melhor qualidade.
— Estou ocupada, Vicky — eu suspiro.
—Você não parecia ocupada. — Ela cruza os braços e inclina seu quadril na borda da minha
mesa. — Você estava olhando para o espaço. Para o espaço destas flores. — Ela aponta alegremente
para elas.
— Você precisa de alguma coisa? — Pergunto.
— Sim. Conte-me. Será que Saint geralmente envia flores para as mulheres que ele seduz? —
Ela bate no canto de sua boca e finge pensar. — Hmm. Eu nunca tinha ouvido isso antes. Qual é o
segredo? — Ela sorri em travessura. — Você está jogando muito bem, não é?
Eu penso em como eu me sinto seduzida. Quanto eu sofro. Seu beijo. Seu toque. Como eu não
consigo dormir. Como eu não consigo respirar. Como eu não posso continuar sem sentir ele dentro
de mim pelo menos uma vez. E eu não posso evitar, mas sinto como a única que está sendo
manipulada habilmente pudesse ser eu...
Estou além da minha capacidade, me afogando em ar.
Mas eu a dispenso, puxando os arquivos sob a sua bunda, e digo: — O segredo dos negócios.
Agora fora, você está respirando meu ar florido fresco. Vá buscar suas próprias flores.
Quando ela sai, eu olho para as minhas. Majestosas e sem remorso, elas ocupam todo o meu
oxigênio de uma maneira que eu amo e eu juro por mim mesma, que eu vou parecer tão bem e
cheirar tão bem como elas para ele esta noite.


Eu me emboneco para ele naquela noite. Calcinha de renda rosa com um lacinho na parte
superior, o mesmo na curva no meio do meu sutiã de renda que abre na frente. Eu deslizo em uma
saia de linha que roda um pouco quando eu fico em pé, e um top de alcinhas cor de marfim que lhe
permite ver a alça do meu sutiã rosa, que espreita para fora. Ela grita eu quero você da forma mais
descarada que eu sei dizer.
Ele me manda uma mensagem que ele está na porta do meu prédio.
Gina não voltou do trabalho, por isso deixo um bilhete dizendo que eu saí, como quando eu
estou acampando com a Parada da Violência, dizendo:
Dormindo fora esta noite.
XOXO R.
Uma eternidade e um batimento cardíaco mais tarde, eu subo na parte traseira do Rolls e o
vejo. Será que ele se vestiu para mim também? Ele está tão bonito em uma camisa de botão preta e
calças pretas, que minha respiração parece que não consegue passar na minha garganta. Seu cabelo
está molhado de um banho recente, o botão de cima da camisa aberto e as mangas enroladas até os
cotovelos. O vislumbre de seu corpo dourado sob suas roupas faz o meu coração bater rapidamente.
O vidro da privacidade está no lugar, e ele sussurra, como se fosse para meu benefício — Ele não
pode ouvir ou nos ver. — Eu não sabia que eu estava tão desesperada, mas quando ele chega e puxa
meu corpo mais perto do seu e desliza a mão debaixo do meu top, para a pele nua das costas, eu fico
um pouco mais perto.
Outro beijo no canto.
Eu tremo.
Ele roça o segundo no outro canto agora, os lábios quentes, mas firmes.
Eu deslizo a minha mão na sua coxa dura, querendo saber se ele está duro, não tendo certeza
que tenho coragem de deixar minha mão vagar para cima. Ela parece tão quente, sua pele sob suas
roupas. Seus olhos são tão verdes e tão escuros.
— Para onde estamos indo? — Eu sussurro.
— Minha casa — ele murmura. Ele escova meus lábios com os seus e olha para eles, então me
puxa de volta para que ele possa olhar para mim completamente.
Eu começo a colocar um pouco de distância entre nós, tentando me controlar.
— Venha aqui, eu quero você perto de mim.
Ele desliza a mão na minha cintura e com um pequeno toque de seus dedos nas minhas
costelas, me traz mais perto. Bolhas de calor circulam em minhas veias quando eu pressiono meus
lábios à espessura da sua garganta. Ele me permite. Eu esfrego os dedos para cima de sua camisa e
ele desliza a mão debaixo do meu top.
Nós nos movemos, de modo que eu estou montando sua coxa.
Eu lambo entre os lábios.
Ele me arrasta sobre seu colo e sua ereção vai direto entre as minhas pernas. — Eu te quero
tanto — ele diz.
Prazer vem em ondulações através de mim, quando eu sinto a ereção debaixo de mim. Eu
queria saber? Agora eu sei. Ele está pulsando. Enorme e perfeito, duro como aço, sua necessidade
mordendo entre as minhas coxas.
Em contraste, os lábios são macios e escovam como pena contra as bordas dos meus,
incrivelmente suaves. — Eu quero provar aqui, aqui. Para saboreá-la a noite toda. Meu Deus, você é
arrebatadora — ele sussurra, me bebendo com os seus olhos e me saboreando com as mãos.
Minhas respostas são desgovernadas. Não planejadas. Eu mordisco o lábio, dolorido.
Nós compartilhamos um olhar fixo, lábios, olhos, lábios, lábios. Lábios. Ele abaixa a cabeça e
a ideia de não degustar ele de repente é intolerável. Nós nos beijamos. Apenas lábios primeiros.
Arranhando uma pressão em seguida, movendo para trás, respirando com dificuldade.
Ele arrasta a mão nas minhas costas. — Como você quer isso? Duro? Suave? — Ele olha para
mim como se eu fosse uma deusa.
— Duro. Não. Suave. Suave, em seguida, duro.
Estou tão excitada e nervosa.
Ele me come com os olhos, enquanto derrama o vinho para nós, e bebemos olhando um para
o outro, e quando eu coloco o meu copo de lado, ele faz o mesmo e me puxa para perto dele, para
que possa brincar com meus lábios separados com a sua boca e saborear o delicioso vinho tinto que
eu acabei de provar. Ele sorri quando chegamos ao prédio do seu apartamento. Caminhamos para o
lobby, e eu sinto os olhares, sabendo que vêm até nós de todos os cantos.
Saint enrola a mão em meu braço e me puxa para os elevadores.
— Quantas mulheres você traz aqui? — Pergunto. Ele atrai tanta atenção. Eu não consigo
imaginar me acostumando com isso.
— Eu não trouxe nenhuma há um tempo — ele admite, quando as portas se fecham e nós
seguimos sozinhos ao topo. — Desde que te vi.
Eu rio. — Você não tem que dizer isso.
— Por que eu estaria mentindo agora? — Ele me puxa mais perto de suas linhas duras, meus
seios doloridos quando eles se pressionam contra seu peito. — Você está aqui, não é? — Ele passa a
mão pelo meu cabelo, e de repente eu me sinto tão preciosa sob seus olhos cintilantes. — Você tem
toda a intenção de me deixar fazer o que eu quiser com você — ele sussurra em meu ouvido.
— Você realmente não trouxe nenhuma?
Minha voz, um sussurro. Meu corpo se sente tão tenso de desejo, é um esforço estar aqui e
não deixar meus dedos e língua terem a sua expedição em seu corpo. Deus, a minha atração por ele
não tem nada a ver com a razão. Nada.
Ele balança a cabeça, seu olhar intimista no meu rosto, enquanto ele basicamente admite ser
celibatário pelo que deve ser um tempo recorde. Estou tão desfeita pelo pensamento, eu baixo meus
cílios e olho com timidez súbita em sua garganta.
— E sobre a festa que eu não pude ir? Você teve um show com... Aquelas meninas? — Eu
calmamente pergunto a ele, acariciando um de seus botões da camisa com a ponta dos dedos. Por que
ele me deixa tão tímida? Tenho medo que ele vá ver que eu estou com ciúmes, mas eu tenho que
perguntar.
Parece que este elevador é o nosso próprio casulo e nada pode ficar entre nós, agora, nada no
mundo exterior nesse espaço perfeito.
Sua garganta: Ela é tão masculina. Eu observo os tendões grossos e seu movimento do pomo
de adão, quando ele responde. Agora, sua voz é quente, sua respiração movendo os cabelos ao longo
da minha têmpora. — A Ice Box naquela noite foi uma maneira de me distrair, eu tinha a intenção de
brincar. Mas você apareceu. Exatamente você que era o motivo de eu precisar de distração naquela
noite, e mesmo que eu quisesse, eu não poderia ter mais ninguém, depois da maneira como você
aparentava naquela noite.
O elevador para na cobertura e eu coro quando ele pega a minha mão e me leva, meu cérebro
quase inundado com o prazer do que ele disse.
Ele ligou para seus amigos quando ele estava andando no carro comigo, na nossa segunda
entrevista. Ele estava atraído por mim, enquanto eu estava fascinada com a água que ele tinha bebido,
quase querendo beber da garrafa que ele tinha deixado para trás, nem mesmo entendendo o que estava
acontecendo comigo.
Saint teria me visto para outra entrevista, eu teria garantido isso, mas eu nunca teria sabido,
enquanto eu o deseja deitada em minha cama naquela noite, que ele escondeu o desejo por mim entre
as pernas de outras mulheres.
Fico feliz de saber; ele não precisava me dizer isso, e ainda assim ele fez.
— Você faz isso com frequência? — Eu sussurro. — Pega qualquer mulher no lugar da que
você quer?
Ele deixa sua cabeça cair para trás e dá uma gargalhada, apertando a minha mão. — Rachel,
eu nunca acomodo... Não no negócio, não no prazer. Você ia ser a exceção, porque você era uma
repórter. Eu nunca misturo negócios e prazer.
— Acabei sendo a exceção. Para não misturar negócios com prazer — eu digo, quase a mim
mesma: ruborizo novamente quando eu penso da maneira que eu tenho as coisas totalmente
misturadas também. Eu olho para longe por um momento e observo Chicago fora de suas enormes
janelas, admirando as mil minúsculas luzes piscando, que despertam a cidade após o por do sol. —
Suas vistas são incríveis. Você tem uma visão do mundo completamente diferente... Tanto do seu
escritório, como daqui.
— Eu gosto da minha vista agora. — Ele fala por trás de mim, e eu inalo bruscamente,
saboreando as borboletas no estômago, a sensação de derreter em meus joelhos. Sua voz é como a
casca de árvore agora, rouca, fincada e constante por baixo, firmemente enraizada. Quando sua
língua brinca com a minha orelha, me sinto leve, me recostando contra ele.
Eu separo os meus lábios apenas para respirar, notando o grande inchaço da ereção
proeminente contra as minhas costas. Ah, como eu queria isso. Eu quero muito isso. Eu viro o rosto
para ele. Ele desliza a mão para o meu peito.
— Eu estou tão pronta, podemos ignorar as preliminares — eu suspiro.
Eu franzo a testa um pouco quando ele acalma sua mão. Hum, não é reação que eu estava
esperando. Eu torço meu pescoço devagar.
Seus lábios curvaram, com um brilho de malícia entrando em seu olhar. — Eu estou tomando
meu tempo, Rachel.
Ah não. Mais preliminares? Quão molhada ele quer que eu fique? Estou tão inchada que eu
tenho medo que nada poderia entrar agora. — Saint, não seja um idiota! Eu te quero...
— Eu quero você também. — Ele beija o canto da minha boca; em seguida, ele vai para um
enorme bar de granito preto e trás a cada um, um copo de vinho.
Ele se senta no sofá e olha para mim. É muito fácil para mim me perder no jeito que ele me
olha. Muito fácil de fazer qualquer outra coisa, mas quero. Quero, quero, quero.
— Venha aqui. — Ele me oferece uma taça. — Eu quero saber se você gostou do meu
presente.
— Eu bebi o suficiente no carro. Não é?
Ele bebe calmamente.
Eu franzo a testa.
De repente, eu quero simplesmente jogar seu jogo de gato-e-rato de volta para ele e ir para
casa, mas algo em sua expressão me para. É tão masculino. Então, me concentro completamente. De
alguma forma isso me faz mais úmida.
Seja o que for que eu vejo lá, a energia e o poder de um homem que institui a dominação
sobre uma fêmea, me excita mais forte do que o meu orgulho permite. Eu nunca tive um
relacionamento. Eu nunca fui atraída por um homem tão irritante, impossível, e além de quente como
ele.
Eu iria lutar fisicamente com uma mulher agora, nua e na lama, pelo direito a ele, esta noite.
Então eu puxo o meu top para baixo nos braços e o deixo cair no chão, mal suprimindo o
impulso de cobrir a mim mesma, quando ele tem sua primeira visão completa de mim. Oh, merda, eu
acabei de me desnudar como uma prostituta? Antes de Saint? Eu fiz.
Sua voz é grossa. — Se você estiver indo fazer isso, faça com um pouco de dança, pelo
menos.
— Foda-se — sussurro.
— Eu prefiro que você faça isso.
Abro os olhos, e ele está tomando seu vinho, me devorando com um pequeno sorriso. Ele é
tão viril, testosterona pulsando em torno de nós. Eu quero rasgar sua camisa. Deus, eu quero ser
devassa com ele, selvagem com ele. De alguma forma, dentro dessa imprudência, ele me dá uma
medida de segurança.
— No caso de você não ter percebido isso, eu estou disposta a fazer sexo com você — digo-
lhe desajeitadamente, empurrando minha timidez de lado.
Ele ri baixinho, colocando lentamente o vinho de lado.
Eu começo a falar para ele com raiva. — Saint! Eu te odeio! Estou me atirando em você! Pelo
menos agarre, porra...
Ele me puxa para baixo sobre ele e pressiona a boca na minha. — Shh. Eu acho que eu gosto
quando você perde a cabeça. — Então ele varre a língua na minha boca. Ele me puxa para cima dele,
me ajustando com as mãos na minha bunda. Ele chupa minha língua, e o som baixo que ele faz
juntamente com o seu sugar ganancioso, me dá as mais divertidas e deliciosas sensações que eu já
senti.
— Você me quer — eu respiro.
Ele me levanta em seus braços como se eu não pesasse nada e eu me penduro com meus
membros em torno dele quando ele me leva para seu quarto. Ele me abaixa na cama e eu afundo em
toda a sua suavidade. Então ele vai para trás, sua respiração entrecortada como a minha. Seus olhos
são lava verde. Todo o desejo reprimido das semanas passadas está prestes a explodir dentro de mim.
— Malcolm — eu imploro quando eu abro sua camisa e solto seus botões. Ele está à beira da
cama e me deixa ficar de joelhos e empurrá-la para fora de seu peito. Em seguida, ele rapidamente dá
de ombros e deixa cair, enquanto eu corro meus dedos até os sulcos abdômen e de seu peito liso,
pressionando meus lábios onde quer que eles alcancem. Eu me viro para tirar seu cinto e jogá-lo de
lado também. Ele empurra o meu cabelo atrás da minha testa, e eu vou com facilidade de volta na
cama, fechando minhas mãos em sua nuca para que ele não tenha escolha, a não ser me seguir para
baixo.
Ele abaixa a cabeça e os lábios são quentes, provando minha boca, enquanto desliza a mão até
o lado de meu corpo. Sua boca vem para baixo enquanto suas mãos vão para cima.
Ele morde meus seios e usa uma mão para abrir meu o sutiã, sua respiração quente na minha
pele e sua língua úmida.
— Deus, você fez isso com uma mão? — Eu suspiro.
Sinto seu sorriso contra a minha pele, quando ele toca entre nós e esfrega um mamilo com a
ponta de seu polegar. E, em seguida, seu sorriso se foi e assim o meu, a nossa respiração começa a
mudar como se o ar entre nós se aquecesse.
Minha cabeça rola um pouco sobre a cama, quando ele lambe um mamilo e depois o outro.
Ondas e ondas de prazer rolando através de mim.
— Minha — diz ele enquanto irige sua língua no meu umbigo. Seus toques suaves, molhados,
fazem cócegas quando ele vai para meu umbigo. Eu rio um pouco, então gemo quando ele vai para
cima para lamber meu mamilo novamente. Em seguida, ele está puxando minha calcinha pelas
minhas pernas. Seus olhos ficam ainda mais escuros quando ele abre minhas coxas e bebe
visualmente de minhas dobras molhadas. Eu vou ficar lá, memorizando a necessidade crua em seu
rosto quando ele me pega, meus seios arfando, minha buceta inchada, meu cabelo espalhado atrás de
mim.
— Relaxe — diz ele quando eu tento fechar as pernas, enquanto desliza a mão na minha coxa.
— Relaxe — diz ele, novamente, quando ele empurra o dedo médio dentro de mim. É tão bom que eu
quase salto na cama, mas em vez disso, arqueio e deixo um gemido de êxtase me escapar.
— Não seja tímida comigo, eu quero olhar para você. Eu quero ouvir você gozar — ele
murmura, com voz rouca no meu ouvido, enquanto ele esfrega o dedo dentro de mim e depois suga
um mamilo. Prazer treme através de mim.
Ele sorri para mim e acaricia minha buceta com seu dedo médio mais uma vez. Sons
escorregadios se misturam com minha respiração quando ele enfia o dedo em mim. — Tão linda, eu
não posso esperar para estar aqui.
Ele esfrega pequenos círculos sobre o meu clitóris, com a ponta do polegar, e meus quadris
começam a balançar ao seu toque.
Pegando meu lábio inferior com meus dentes superiores, eu olho para a protuberância sob
suas calças. Eu o quero tanto, em minhas mãos, dentro de mim, ele é tão bonito. Eu quero ficar de
joelhos e puxá-lo para fora, vê-lo e tocá-lo, beijar a ponta, em seguida, abrir a boca, levando tudo o
que puder, todo o eixo. Eu quero que ele gema, eu quero que ele nunca me esqueça.
Mas a excitação de Saint em mim é tão poderosa, que eu estou quase paralisada em sensações,
tremendo.
Seus olhos são de um verde sem uma planta viva para competir. Ele beija meus seios, me
chupa.
Ele acaricia e esfrega o meu clitóris, um prazer do outro mundo. Eu gozo em seus dedos. Ele
me mantém na mão dele. — Deus, olhe para você gozando para mim — ele diz. — Você é linda, você
sabe o quão bonita você é?
— Eu me sinto bonita agora.
Quando ele começa a tirar suas calças, eu sussurro algo encorajador como — por favor —
Deus, sou tão banal. Mas eu não posso pensar. Eu estou pulsando com a necessidade, desesperada
para que ele me encha.
A frustração de todos esses dias e noites, o conhecimento de que este é apenas um momento
roubado, temporário, só me faz doer mais por ele.
Ele puxa o zíper de sua calça para baixo, e eu estou em um completo silêncio, tipo de Museu.
Ele parece que malha todos os dias da semana, com o peito malhado, bronzeado, gloriosamente
definido e perfeitamente moldado, músculos ondulando com cada puxão. Um som de necessidade sai
de mim, quando ele puxa suas calças para baixo e eu consigo vê-lo. Uma tempestade de desejo me
pega, enquanto ele se aproxima. Seu pênis é maior do que qualquer coisa que eu tinha imaginado. Eu
lambo meus lábios, ansiosa, meus olhos correndo para cima de seu comprimento, até a cabeça
inchada e da reluzente gota de sêmen na ponta.
Eu não posso... Eu não posso esperar. Eu quero cada polegada dentro de mim. Cada polegada
dele.
Ele sorri quando vê meu rubor e se inclina sobre mim, acariciando minha buceta. Seus dedos
aceleram e, em seguida, ele substitui o dedo com o polegar, o dedo rolando em meu clitóris em
pequenos círculos, enquanto ele suga a minha boca. Estou a galope à beira do orgasmo de novo.
— Você é tão sensível, Rachel, você se excita com um olhar, encharcada antes de eu começar a
te tocar. — Ele lentamente se coloca entre as minhas coxas.
Eu agarro em seus braços. — Saint — eu gemo sem fôlego, balançando meus quadris,
enquanto ele abre um pacote de preservativos e cobre a si mesmo.
Ele enrola os dedos em volta da minha cintura e segura meus quadris para baixo, empurrando
as primeiras polegadas de seu pênis dentro de mim. Eu grito e ele me prende, me olhando quando ele
vai para dentro mais algumas polegadas.
Êxtase varre através de mim. Eu balanço meus quadris em minha ganância de obter mais dele
dentro de mim, pulsando. Ele flexiona seus quadris, movendo seu pênis mais profundo. Eu tranco
meus tornozelos juntos na parte baixa das costas, apertando ele em mim. Aperto. Plenitude. Ele pulsa
dentro de mim. Eu aperto meus dedos em seu cabelo, querendo mais, com medo de mais, e ele faz um
som que ressoa em seu peito e que eu posso realmente sentir contra meus seios. No meu ouvido: —
Você pode respirar agora? — Ele diz.
Um som arranca de nós dois quando ele imediatamente se retira, prolongando o momento, me
observando com aqueles olhos verdes queimando, então ele empurra todo o caminho em nossos
estômagos, batendo, nossos corpos arqueando. Um som de burburinhos até o peito, baixo e profundo.
Há essa fome. Esta necessidade de sentí-lo, se ligar a ele. Não há mais nada. Só nós nos movendo. Os
sons dos lençóis farfalhando abaixo de nós.
Nossas respirações. Nossas bocas chupando, gostos, lábios, mamilos, pele.
— Um pouco. Oh Deus, Saint.
Com cada impulso, eu me sinto tão completa, minha coluna se arca, minhas unhas arranham a
pele esticada e os músculos em seus ombros.
Estou entre gritos e súplicas, risos e lágrimas. Eu não sei o que pensar ou dizer ou fazer.
Parece como um sonho, ou um pesadelo. Poderoso... Minha atração por ele é inegável. Estou com
medo da minha mente e, ao mesmo tempo, eu sou incapaz de resistir. Eu quero mais. Eu mordo seu
pescoço. Eu agarro suas costas. Saint, Saint, Saint, eu choro, pensando de forma incoerente que nada
é suficiente, nada até eu chegar a todos os segredos, todos os nomes de suas amantes, seus medos,
seus sonhos, seu coração, até que ele goze para mim, em mim.
Meus seios batem entre nós, seu corpo poderoso e mais preciso, quanto ele prolonga a cada
estocada. — E agora? — Fazendo-me acenar com a cabeça, quando ele me leva mais e mais alto. Seus
músculos crescem. Sua cabeça vai para frente e ele degusta as pontas dos meus seios novamente,
puxando com os dentes, alisando com a língua.
A breve provocação que tivemos, aos poucos flertando e brincando e as preliminares, aquelas
eram perguntas experimentais, nascendo da curiosidade de nós dois. Esta é uma avalanche de
devastação do desejo. Ele empurra novamente, sua boca na minha, seu corpo implacável, nenhum de
nós deixa o outro respirar ou pensar, ou parar. Eu não vou durar mais um minuto. Como posso ter
vivido anos sem isso?
— E agora, Rachel? — Ele rosna através de suas respirações duras.
Arqueando para cima, eu afundo minhas unhas na parte de trás do seu pescoço. — Por favor,
Saint — eu gemo.
Ele esfrega o meu clitóris um pouco, com a ponta do polegar, e os olhos fechados em êxtase,
quando meu orgasmo troveja através de mim. Minha pele se derrete; eu voo para longe, êxtase
rasgando através de mim. Eu me agarro a ele e o sinto gemer no meu cabelo quando ele goza, seu
corpo se enrijece e flexiona poderosamente contra mim.
Depois de alguns minutos deitados juntos, eu estou obcecada. Estou viciada. Estou confusa. Eu
quero saber com quantas garotas ele saiu. Quero ser classificada como uma das melhores. Eu quero
fazê-lo novamente. Eu quero tocar seu corpo. Eu quero deixá-lo fazer o que quiser com o meu. Eu
quero parar de respirar para sempre.
— Do que você gosta? Boquetes? Amassos...? — Eu sussurro em seu pescoço. — Mostre-me,
Saint.
— Você sabe o que eu gosto? — Ele sussurra com voz rouca no meu ouvido. — Eu vou te
mostrar o que eu gostaria de fazer nesse momento.
Ele é um homem bonito, com uma bunda musculosa que dá água na minha boca, enquanto ele
desaparece em seu banheiro enorme. Sento-me na cama, estudando seu quarto. Eu realmente não tinha
prestado atenção antes. É muito minimalista e despojado. Quase sem emoção. Quase gelado, como
seus olhos.
Não há fotografias, nem mesmo de sua mãe ou de seus amigos. Mas há fotos de carros de
corrida em todo o quarto, Ferraris vintage. Suponho que para um cara que cresce com mais
brinquedos do que com pessoas, os brinquedos se tornam importantes de alguma forma.
— Você deveria ter algum tipo de manta de pele como colcha para esta cama — eu digo, alto
o suficiente para que ele possa me ouvir no banheiro, espero, tremendo quando eu puxo o lençol nos
meus seios. Coisas que fazem amor com você.
De repente, eu olho para ele no limiar e ele apenas se parece com um homem que precisa
fazer amor frequentemente. Não porque ele é sexy, porque agora que ele fez amor comigo, sua
energia é mais calma, mais moderada.
Eu gosto desse olhar preguiçoso, semicerrado, que ele usa quando ele sai do banheiro e volta
nu, e seus sorrisos, quando me vê na cama com o meu cabelo caindo nos meus ombros e o resto de
mim praticamente nua debaixo das cobertas.
— Você me fez sentir bem, Rachel — diz ele, seus olhos, - Deus, meu coração - mais sedentos
do que qualquer coisa que eu tenha visto.
Eu coro completamente.
— Eu aposto qualquer coisa que você tem um gosto bom demais — diz ele.
Oh, merda, isso realmente não significa...
Ele está olhando para minhas pernas. Estou começando a derreter sob os lençóis. Seus olhos
são escuros e estranhamente líquidos, uma mistura de ternura e necessidade e seu pênis está... Oh. —
Eu . . . Não saberia, eu não gosto muito de ser... você sabe.
Ele levanta uma sobrancelha, quando se aventura para frente e volta para a cama. Ok, eu não
quero que ele me chute para fora, nem nada, então eu deslizo sob os lençóis, rastejando para o chão,
para pegar a minha calcinha, e fugindo de como eu vou explicar nervosamente — Não sei ao certo o
porquê, mas eu simplesmente não poderia fazê-lo. Eu me sinto muito exposta.
Ele para diante de mim quando eu me levanto, apenas para roçar seu polegar sobre minha
calcinha, para cima, para baixo, ao redor.
— Não é muito diferente do tocar em você assim, exceto que será minha língua acariciando
você.
— Por que você quer isso? Por que os homens querem isso?
Ele ri e me guia de volta para a cama. — Você não vai precisar me perguntar quando eu
estiver fazendo. — Ele puxa minha calcinha pelas minhas pernas e eu já estou tão nervosa sobre o que
eu sei que ele quer fazer, que meus pulmões já começaram trabalhando em excesso.
— Promete parar se eu pedir para você.
— Você não vai — garante, acariciando a mão até o interior da minha coxa.
— Promete.
— Não me faça prometer.
— Por quê?
— Porque eu quebrei todas as promessas que eu já fiz, e prometer só vai me fazer querer
quebrar a sua.
— Por que você quebra suas promessas?
— Porque eu posso. Abra as suas pernas. — Ele afasta os joelhos. Eu estou me contorcendo de
nervoso e antecipação. Ele se inclina entre as minhas pernas e toma as minhas coxas suavemente em
suas mãos, separando. Ele lambe seus lábios quando ele olha para mim e eu não acho que ele percebe
que ele está me saboreando assim.
— Oh, não! — Eu rio, quando ele começa a abaixar a cabeça. Eu aperto minhas pernas para
detê-lo, agarrando um punhado de cabelo preto fuligem. — É muito íntimo! Eu não posso.
Ele arrasta a mão pelas minhas curvas, com os olhos brilhando, mas não com um sorriso,
mas com desafio. — Deixe-me provar você — ele diz, a voz rouca e quente.
Eu me derreto tranquilamente quando os seus lábios apertam sobre o meu estômago, meu
umbigo, mais baixo.
— Malcolm. — Eu protesto no início, segurando meu corpo tenso na cama.
Sua primeira lambida eu fico tensa, minhas mãos em seu cabelo pronto para detê-lo. — E se
eu não gostar disso? — Eu respiro.
Ele corre a ponta da língua sobre o meu clitóris e mergulha para dentro, para o massacre
completo de meus sentidos.
— Mmm. Você vai. — Sua mão suaviza sobre o meu umbigo. Ele me lambe devagar,
saboreando. Espio entre as minhas pernas e vejo que seus olhos estão fechados, os cílios duas meias-
luas. Eu começo a relaxar e deixar que os meus dedos vagueiem pelos músculos salientes de suas
costas, então eu gemo baixinho quando ele coloca a língua lá, mais duro, como se fosse minha boca.
— Você é muito bom nisso — eu engasgo. De repente, eu mal posso formular uma palavra
audível, muito menos várias.
Ele acaricia os dedos até o interior da minha coxa e esfrega o meu clitóris sob a ponta de seu
polegar, enquanto ele me lambe e diz para parar de falar. O teto borra e eu lambo meus lábios,
ofegando, enquanto o prazer aumenta. Eu pego o edredom e seguro quando eu gozo, me
contorcendo.
Uau.
Estou deliciosamente dormente.
Eu ainda estou ofegante, enquanto ele ainda está me beijando lá. Em vez de sair rápido, então
ele trabalha o seu caminho no meu sexo, até meu umbigo, entre os meus seios. Até o momento que
ele coloca um preservativo e habilmente da estocadas dentro de mim, seu corpo sendo feito para isso,
para levar-me assim, provocando um terremoto como esse, eu sou uma grande e trêmula bagunça.
Uma grande e tremenda bagunça que está muito contente, quando ele me prende ao seu corpo e diz as
coisas mais sujas e quentes para mim.


Eu tenho que ir.
Saint parece tão delicioso na cama enquanto eu reúno minhas roupas, que eu quase não posso
suportar olhar para trás quando eu finalmente estou vestida e na porta. O que quer que aconteceu aqui,
eu não acho que nenhum de nós quer encarar. Especialmente não ele. Ele me disse uma vez que ele
não é de dormir junto... E embora eu tenha dormido com ele antes, isso tinha sido tão diferente, que
eu não poderia suportar se ele tiver arrependimentos por que... Eu não.
Eu o senti colocar uma enorme barreira, logo que gozou. Ele gritou meu nome, duro e
profundo, como um grito de guerra que me fez explodir no local. Nós dois estávamos mudos depois.
Quando ele veio de volta para a cama, depois de se livrar do preservativo, ele não me tocou enquanto
ele digitava em seu telefone.
Eu calmamente comecei a me vestir, ansiosa para ir para a minha cama, onde eu possa
processar isso melhor. Ou tentar esquecer. Ele apenas cruza os braços atrás da cabeça e olha de volta
para mim, e eu o ouvi chamar o seu motorista, para me pegar na porta.
— Tchau, Saint.
Eu o vejo acenar e o ouço murmurando — avise-me quando você chegar em casa, Rachel —
quando eu vou para o elevador.
— Eu aviso — murmuro.
E uma vez no meu quarto, eu mando uma mensagem.
Estou em casa
Eu ainda posso sentir seu gosto.
Eu sorrio e deito na minha cama, gemendo no meu travesseiro, pensando naquela grande
parte dura e bonita dele. — Eu quero provar você também.



Caso
Mural do Facebook:
Saint, já vimos essas novas fotos suas com uma nova mulher no The Toy. Tem apostas
acontecendo, será que ela é um acordo de fim de semana?
Twitter:
@MalcolmSaint Hey Eu não tenho certeza se você perdeu meu número? É Deenah do Ice Box
me ligue. Por favor, siga-me @MalcolmSaint!
Instagram:
Quem é a garota no The Toy, Saint? Ela é o sabor do momento?

Depois de verificar o feed do Twitter de Sin, eu lanço meu telefone de lado, me virando na
cama, o querendo novamente.
A claridade da manhã cai em cima de mim. Ele atravessa as minhas cortinas e cai no meu
segundo travesseiro. Eu o imagino deitado sobre ela, os lençóis cobrindo abaixo dos seus quadris. Eu
estou aqui perto, para que eu possa enfiar minha cara na curva de seu pescoço, como eu fiz ontem.
Sim, como se ele fosse deixar uma mulher vê-lo assim.
Não importa, isso provavelmente não vai acontecer novamente. Lembra-se que ele correu
imediatamente, ficando frio depois de todo o calor? Ainda assim, ontem à noite parece um sonho.
Um sonho incrível. Eu provavelmente deveria sentir remorso, porque nós provavelmente não
deveríamos ter feito o que fizemos. Mas eu não posso. Eu me derreto quando eu me lembro. Eu não
posso mesmo acreditar neste sentimento. Se ao menos eu pudesse engarrafar e ter isso dele para
quando estivesse longe. Ele escorria confiança. A maneira como ele me trabalhava era uma febre. A
maneira como ele me fez chorar. A maneira como ele se controlava. A maneira como ele me fez o
oral.
Urgh. Estou tão confortável agora. Eu poderia ficar aqui durante todo o dia me lembrando.
Mas eu devo. Lutar. Contra a gravidade da cama!
Eu me viro para sair da cama, escovo os dentes e vou para a cozinha. Eu olho em volta, para o
quarto de Gina. Eu sei, que no fundo, o que eu estou fazendo é tão errado e inerentemente arriscado.
Prova disso é que eu não contei às minhas amigas que eu dormi com ele.
Falamos sobre as coisas mais idiotas. Eu converso com Gina e Wynn todos os dias, mesmo se
não há nada para falar. Nós geralmente não temos mesmo nada de significativo a dizer, exceto: —. Eu
só caí como uma porca em um sundae...
E eu vou dizer: — Oh, aqueles são bons.
26
E: — Eu assisti Sleepless in Seattle novamente; eu não posso acreditar o quão bom esse filme
ainda é, mesmo muitos anos depois.
— Oh, eu amo Meg Ryan e Tom Hanks. Onde estão os dois, de qualquer maneira? Onde está
Meg? Eu sinto falta dela...
Dormir com um cara depois de três anos de seca homérica - e de só ter dormido com dois
outros caras na minha vida, nenhum dos dois com nada a enaltecer - definitivamente classifica como
material digno de nota. Dormir com Malcolm Saint é um dez na escala de Richter. Merece acordar as
meninas, se for necessário. Isto merece ser gritado e berrado e gritado novamente e merece um dia
de devaneio. E se ele realmente gosta de mim? E se isso acontecer novamente? Mas é porque é ele, e
porque sou eu, e porque tudo é mais complicado, eu não posso contar sobre isso. Eu não posso
compartilhá-lo. E eu não posso suportar compartilhá-lo ou ouvir conselhos de ninguém ou opinião,
quando eu estou tão confusa sobre isso tudo.
— O que há com você? — Gina pergunta.
— Nada. Eu vou escrever — murmuro, sem convicção.
Vou para o meu laptop e olho para ele, não escrevo absolutamente nada, meus dedos apenas
acariciando as teclas, quando eu olho para o meu telefone.
Oh Deus, eu sou a porra de uma vagabunda. Eu me forço a exalar a respiração que eu estava
segurando e leio o texto que acabei de enviar-lhe:

Hoje à noite?


Hoje à noite, ele respondeu.
Estamos saindo para uma noite com Callan e Tahoe. Eu não posso mesmo acreditar, como eu
27
fiquei excitada assistindo Saint ter um orgasmo esportivo, quando os White Sox venceram. Seus
amigos tiveram um também. Eles gritaram no apartamento de Tahoe. Tahoe começou a correr como
um louco, batendo em seu peito. Callan abriu uma garrafa de champanhe e deu um banho em todos
nós. Os músculos de Malcolm colocaram minhas glândulas salivares para trabalhar, quando ele tirou
a camisa, enrolou e jogou na TV. — FODA-SE, SIM!
Ele ficou olhando para mim quando eu fui para lá e para cá.
— Hey, nós estamos tendo uma noite legal. Por que você não chama as meninas? — Diz
Tahoe.
— Não, obrigada. Você pode deixar suas patas longe das minhas meninas — eu digo.
— Na verdade, estamos caindo fora — diz Malcolm. Eu olho para ele e ele está olhando para
mim significativamente.
— Ah, Saint. Ei, podemos passar na sua casa mais tarde?
— Mais tarde — diz ele.
Eu não sei porque, mas eu já estou tremendo como uma louca.


Quinze minutos depois, estamos em seu quarto e eu rolo ficando em cima dele, ansiando por
sua boca e nós nos beijamos novamente. Estamos nus, meus seios nus para que ele possa brincar com
meus mamilos, arrastando as mãos sobre os meus braços e depois a minha espinha. Nossos corpos se
movem à medida que ele se senta e puxa minhas pernas em volta de seus quadris. Estou tão excitada
em sentir que ele está grosso debaixo de mim, que eu não consigo parar de beijar seu queixo, seus
lábios. Ele está tão duro, que ele geme quando eu balanço os meus quadris um pouco.
Deus, ele realmente me quer. . . .
— Isso não significa nada, certo? — Eu pergunto, ofegante e pronta, tão encharcada. Estou um
pouco envergonhada com isso, porque seus dedos já estão se arrastando lá.
— Certo. — Ele arrasta a língua sobre minha orelha, sua mão deslizando sobre os lábios da
minha buceta.
Eu vejo o olhar severo em seu rosto quando eu me movo lentamente sobre seu colo,
brincando com sua dureza contra a minha umidade, até que ele diz no meu ouvido — Um cara
mataria para viver aqui.
Ele agarra meus quadris e me coloca sobre ele; nesta posição, ele me enche ao máximo.
Nossos olhos se encontram e se agarram. Eu lambo meus lábios, e ele dirige sua atenção masculina ​​
sobre cada parte de mim, que ele consegue. Ele desliza as mãos para baixo no meu bumbum, nas
costas das minhas pernas, para enrolar sobre meus tornozelos, seus polegares esfregando meus ossos
do tornozelo, enquanto eu faço o resto do trabalho.
Meus seios saltam. Ele encontra-se de costas na cama, assistindo, quando ele arrasta um lado
para baixo, com a palma em meu abdômen e acaricia meu clitóris. — Olhe para você — ele canta
com a voz rouca, levantando a cabeça para chupar meus seios de forma que faz com que meus olhos
rolem para a parte de trás da minha cabeça. Acabei de perder o controle.
— Malcolm — eu gemo, passando os braços ao redor de seus ombros, saboreando como eles
são flexíveis.
Ouvimos a porta.
Eu paro de cavalgar nele por um segundo, mas ele está tão grande e cheio dentro de mim, que
eu não quero parar.
— Shh. — Ele se senta, com as mãos em meus quadris, me trancando em cima dele. — São
apenas os caras, eles não virão aqui.
Ele suga a ponta do meu peito em sua boca. Minha cabeça cai para trás, em puro prazer
vermelho-quente quando eu me movo mais uma vez.
Mais ruído.
— Mmm, — eu gemo, saboreando. Tudo pulsa em seu corpo também e eu sinto.
— Saint! — Eles estão gritando.
Ele levanta a cabeça. — OCUPADO!!!
Oh Deus, eu não posso. Eu levanto em minhas coxas e o puxo para fora de mim, muito
nervosa sobre continuar e ser ouvida.
— Não, venha aqui. — Seus braços me envolvem, me puxando suavemente de volta para ele.
— Eles vão ver que eu estou aqui com você! — Eu assobio quando eu me contorço
gratuitamente e começo a recolher as minhas roupas.
— E daí? — Quando eu recebo minha pequena e bela tanga e meu sutiã de volta, sua atitude se
torna mais séria.
— E daí que, eu realmente não quero ser sua nova prostituta para todos. Só para mim e para
você.
Eu escorrego para o meu top e saia e ele salta em seu jeans, ainda duro, com o rosto
completamente distante agora.
Ele vem e envolve seus braços em volta da minha barriga. — Fique aqui e eu vou me livrar
deles.
Eu fecho meus olhos, seu toque firme, persuasivo, me convidando para ficar e ter o meu
caminho com seu cabelo, seus lábios, nele.
— Está tudo bem — eu sussurro.
— Você tem certeza? — O simples toque de sua mão no meu queixo envia um arrepio
aquecido através de mim e eu aceno.
Nós vamos para fora em silêncio. Ele me pega uma xícara de café e, em seguida, traz uma
garrafa de vinho da adega.
— Hey, bro! — Os caras falam cinco vezes mais alto e ele lhes dá um olhar silencioso, que
fala claramente sobre a altura.
Como dizendo: Por que vocês estão aqui?
— Bem, Olá, Rachel. — Tahoe ergue as sobrancelhas enquanto ele e Callan se sentam nos
enormes sofás de couro da sala de estar. — Você sabe, Rache, as pessoas têm me perguntado sobre
você. Especialmente sobre o bom e velho Saint — Tahoe me diz.
— Eu posso imaginar. Eu tenho recebido uma onda de solicitações de amizade no Instagram,
FB e Twitter, desde que o Interface inaugurou — eu respondo.
— Callan ainda está recebendo mais questionamentos que eu — Tahoe acrescenta.
— Porque você é um homem besta, mulheres estão, de certa forma, com medo de você. —
Callan acena com a cabeça para ele e olha para mim.
— Ele não atingiu a puberdade, ele ainda apanha com isso.
Eu rio.
Ambos olham para mim, como se esperando eu explicar a situação, mas eu não dou. Eu acho
que esses dois estão com muito medo de atingir Saint. Então os caras começam a conversar.
Estou tentando tomar notas mentais, mas principalmente eles estão falando sobre o White Sox.
Eu me enrolo no sofá e coloco o minha xícara para o lado, descansando um pouco. Saint se
senta na minha frente, talvez porque eu disse a ele que eu não quero que eles pensem que eu sou sua
prostituta. Eu sorrio para ele com gratidão.
Ele sorri para mim e bebe seu vinho.
Estou tentando me convencer de que é melhor se eu voltar para casa, embora sinta meu corpo
protestar com o simples pensamento em não vê-lo até eu não sei quando, quando eu ouço Tahoe
casualmente dizer a Malcolm — As amigas dela estão vindo.
Minha xícara de café cai com um barulho. — O quê?
—Sim. As convidei.
— Vocês? Como mesmo você conhece minhas amigas, Tahoe?
— Gina suculenta? — Ele sorri. — Saint tem tudo sobre você. E ele tem o seu telefone fixo.
Eu fico olhando para Malcolm com rubor quando ele retorna com aquele olhar, um olhar
inflexível em linha reta.
E, fiel à afirmação de Tahoe, em quinze minutos Wynn e Gina aparecem na casa de Saint,
vestidas para impressionar. Elas ficam de boca aberta com o ambiente, e eu estou quase
envergonhada por elas, pelo tempo que demoram para se recuperarem do impacto. Os caras vão para
a sala de estar, que tem uma TV gigante.
— O que vocês tem feito, meninas? — Tahoe estimula - olhando diretamente para Gina. — O
que vocês estavam tão acaloradamente discutindo, quando saíam do elevador?
— Hum... — Afirma Wynn, hesitando. — Nós estávamos falando sobre a vida amorosa de
Rachel — ela deixa escapar. — Como ela viveu perfeitamente bem sem um homem por toda a sua
vida. Nem mesmo um namorado, nunca, realmente.
— Sério? — Tahoe pergunta. — Então ela é tipo uma virgem, ou o quê?
O silêncio vindo de Malcolm parece chumbo e, em seguida, ele rosna — Cara, Rachel e eu...
Ele fica em silêncio sob meu olhar e esse silêncio cresce sem fim.
— Vocês o quê? — Tahoe pergunta.
Ele ergue as sobrancelhas e me olha questionando.
— Vocês o que?! — Gina ecoa.
Malcolm continua olhando para mim, como se só agora percebesse que eu não queria que
minhas amigas soubessem.
Estou desesperada, perguntando o que diabos ele irá dizer-lhes que estamos fazendo. Bem. O
que estamos fazendo?
— Vocês dois estão dormindo juntos, puta merda, eu poderia enfiar uma meia na minha boca
agora! — Diz Wynn.
— Eu poderia fazer isso para você, se você estiver precisando — Tahoe oferece.
— Não é nada sério, realmente — eu rapidamente digo, para acalmar minhas amigas
chocadas. — Nós ficamos duas vezes. É isso.
Estou ciente da maneira que as minhas amigas olham para mim em confusão, Malcolm me
avaliando calmamente.
— Apenas duas vezes, cara? E parece que a terceira pode não acontecer! —Tahoe ri.
— Cale a boca, idiota. Eu tenho isso sob controle. — Malcolm cruza para meu sofá e senta ao
meu lado, estende a mão e beija minha têmpora, seu sussurro baixo e rouco, de modo que só eu
posso ouvir — este beijo de Hershey é todo meu.
— Malcolm. — Eu juro que eu só corei a partir das raízes do meu cabelo até as pontas dos
meus dedos.
— Olhe para esse rosa em sua pele. — Ele ri baixinho, claramente divertido, um sorriso em
seu rosto e em seus olhos escuros e brilhantes.
— Duas vezes? — Gina explode em resposta, seu choque atrasado. — E você não acha que
deveria dizer às suas melhores amigas?
Saint vai para a adega, um espaço frio envolto em vidro, perto da parte de trás do bar,
trazendo uma garrafa de vinho e um punhado de taças, o tempo todo olhando para mim com
curiosidade. — Isso simplesmente não pareceu importante — eu comento desconfortavelmente.
— Considerando-se... — Gina faz carrancas. — Considerando-se. — Ela aponta para ele. —
Foi muito importante.
Gina olha para ele.
Então pra mim.
— Não é importante — repito.
— Ohhhh, isso é ruim, cara — Callan cutuca Saint.
— Você é uma porra de um cão astuto — diz Tahoe. Deus, esse homem é obcecado com
referências do cão, eu tenho certeza.
— Vocês têm se pegado todo esse tempo. Eu aposto que vocês estavam se pegando quando
chegamos.
Os olhos de Malcolm deslizam para cima de mim em uma avaliação tranquila e, em seguida,
ele sussurra, sua voz baixa — Rachel é uma lady.
Estou vermelho tomate.
Os olhos de Malcolm estão totalmente falando comigo. Isso é sobre o quê?
— Inferno, eu aposto que você vai pegar essa lady quando sairmos!
— Desista, T — murmura Saint, que bebe seu vinho, olhando para mim ainda com uma quieta
preocupação. Ele está tentando saber o que fazer; posso dizer que ele quer obter uma resposta de
mim, mas eu não posso nem pensar no que posso dar-lhe agora. Oh garoto.
— Vamos apostar — diz de repente Tahoe a Callan e, em seguida, volta-se para Malcolm. —
Se você tiver a lady sob seus encantos, dou-lhe meu carro. Se você não fizer isso, você me dá um de
seus Bugs.
Saint coloca o copo na mesa e eu olho para ele, esperando.
Minhas amigas olham para ele também.
Parece que a única pergunta que todos estão fazendo - Saint e eu estamos dormindo juntos? –
será respondida bem agora.
E Saint olha para mim, um olhar que é parte desafio, parte calmo comando e diz: — Feito.
Vou tomar ambas seus carros, assim que eu conseguir.
Os caras se alegram.
Meu sangue corre pelo meu corpo, quente com excitação e também quente com humilhação.
— Saint! Você disse que ela era boa demais para você! —Tahoe coloca um dedo grosso em
sua direção. — Você a convenceu com o verdadeiro jeito Saint.
Eu fico olhando para Malcolm e ele ainda está olhando para mim, um pequeno sorriso de
vitória em seus lábios, quando ele derrama um copo do vinho fresco e bebe. Como se agora tudo
estivesse bem no mundo, porque ele está no topo dele mais uma vez.
Eu explodo.
— Você seriamente apostou seus carros que você vai... — Eu paro e quando ele balança a
cabeça, eu pego a minha bolsa. — Ok, é o suficiente. Nós estamos saindo. Obrigada pela noite
excelente, Sin — murmuro, indo para os elevadores.
Ele vem. — Volte aqui, Livingston. Todo mundo está indo embora, menos você...
Eu passo e ele me bloqueia com seu corpo grande, então não posso sair. — Você não ouviu o
que eu disse aos caras? — Ele me pergunta baixinho. Seus olhos são curiosos e olham
completamente perplexos para mim, como se eu devesse estar em êxtase por ele ter me reivindicado
assim.
— Eu vi e é exatamente por isso que eu vou embora.
Eu piso fora e no elevador, eu me viro e olho para ele uma última vez, seus olhos fechados e
sua expressão, ilegível.

As meninas me seguem no elevador. — Rachel, você está ferrada. Você já prometeu a história
para Helen.
— Eu sei, Wynn. — Eu balancei minha cabeça, porque ambas as minhas amigas parecem tão
preocupadas com a minha situação. Eu só percebi o quão imprudente me tornei.
Eu ando ao redor. Sofrendo pela maneira que eu saí.
Eu não posso acreditar como esses empresários poderosos são, no fundo, também meninos.
Mas eu ainda gosto muito de um daqueles meninos: Um cruel, que é ambicioso demais para seu
próprio bem. Que não gosta de perder. Eu gosto desse menino; eu ainda quero ficar com ele hoje, e
antes de seus amigos chegarem estupidamente para relaxar, eu sei que ele só queria ficar comigo.
— Ele estava realmente com o pênis em você, não é? — Gina diz como se pudesse ler minha
mente, virando-se para ver se Wynn está com ela. — É uma má idéia, Wynn. Você concorda?
Eu nem sequer deixo Wynn responder. — Vocês duas sempre me pressionaram para ficar com
alguém. Bem, eu transei com Saint.
— Que é também o seu material de pesquisa — acrescenta a minha companheira de quarto.
— Obrigada, Gina, por me lembrar. Tudo bem, então eu tive um momento de fraqueza.
Ou...Vários. Ele é tão fácil de ficar. Ele é diferente do que eu esperava e ele me envolveu. — Eu digo.
— Veja, ele está disponível. Ele é solteiro, não é?
Elas estão ambas em silêncio.
Gina sussurra então — Você dormiu com ele e você não me contou? Eu estou tão magoada
agora, Rachel.
— O que posso dizer? O poder do pecado me compeliu.
28
— Você dois passaram a noite toda brincando de Jack-in-the-box , e nós não sabíamos nada!
Eu gemo quando nós chegamos ao lobby, em seguida, percebo que eu não quero ir. Eu paro e
digo: — Eu vou voltar.
Minhas amigas se reúnem em torno de mim, perto dos elevadores. — Rachel, eu totalmente
aprovo a conexão, mas há uma razão que ele sempre faz três vezes..., afirma Wynn.
— Quatro, na verdade. Ele é ótimo com o número quatro.
— E eu não estou fazendo isso para ser um estraga-prazer — Gina me diz. — Eu estou
fazendo isso porque você é minha melhor amiga e eu te amo. Você não tem muitos encontros, você
nunca quis, mas eu estou dizendo a você agora, eu nunca, nunca quero que você se sinta do jeito que
eu me senti quando Paul me deixou. Eu não desejaria nem para minha pior inimiga se sentir usada,
sem valor, pequena, feia e completamente tola como eu, por tê-lo amado.
Nós nos encaramos.
— Você sabe que se você for em frente com essa coisa com Saint, eu estarei lá para entregar o
lencinho, como você fez por mim. Mas eu espero que você saiba que eu me importo com você o
suficiente, para que quando você for lá e tiver seu coração partido, você saiba que vai quebrar o meu
também.
Meus olhos picam um pouco. Não é o tipo de apoio que você pede, é do tipo que só está lá.
Nós nos abraçamos um pouco e eu prometo que eu sei o que estou fazendo, entrando no elevador
para a cobertura novamente.
Eu ando. Meu corpo acende em todos os lugares, quando um olhar verde, particularmente
sexy, levanta do que parece ser o início de um jogo de pôquer e me atinge. Ele deixa cair suas cartas e
se levanta, um flash de pura necessidade primordial em seus olhos. Eu sinto isso no meu âmago.
Minha voz é rouca enquanto eu sussurro — Senhores. — Me dirijo aos dois homens
atordoados — se vocês não se importam, em deixar as suas chaves com o porteiro.
O sorriso de Saint: Eu nunca vou esquecê-lo.


Minhas partes de menina gritam por misericórdia, quando Malcolm diz a seus caras que eles
têm que sair. — Agora.
Minhas partes de menina gritam por misericórdia, para ele. Elas gritam quando ele me aponta
para o quarto, assiste os elevadores descendo e, em seguida, aperta um código de alarme, para que
ninguém possa nos interromper enquanto estamos aqui. Meus sentidos ainda gritam enquanto ele me
segue para o quarto, e quando vou na direção da cama, ele caminha direto para mim.
Ele não diz nada, apenas olha para mim, então desliza a mão na minha cintura e eu estou
corada junto a ele. Eu sinto um roçar de uma pluma de seus lábios primeiro, quente, claro, então a
pressão quando ele os prende aos meus, encaixando perfeitamente, tão perfeitamente que ele engole o
meu “Deus”... É um beijo que vai de seco para molhado, de lento para rápido, de leve a profundo...
Estou começando pela calça, deslizando os dedos para cima do bolso de sua camisa.
E ele ainda me beija, mais longo e mais úmido. Um beijo ardente e de alma. Um beijo que eu
posso dizer que significa algo. Ele pega meu peito, acaricia o meu mamilo com o polegar,
esfregando levemente, seu toque experiente me prometendo que ninguém nunca vai saciar, tomar, ou
me agradar da forma como ele faz.
— Quantas mulheres você beijou? — Pergunto contra sua boca, sua boca gloriosa. Eu tenho
ciúmes de todas as mulheres lá fora, perguntando a seus amigos sobre ele. Quando ele só olha para
os meus lábios molhados, avermelhados, eu retraio e começo a me apoiar a cama.
Quantas mulheres estão perguntando sobre Saint...?
Eu mordo meu lábio inferior e sinto a dor entre as minhas pernas correr para cima. Gostaria
de saber se algumas destas mulheres fizeram o que me chocou de querer fazer secretamente quando
eu o conheci, que era apenas rasgar totalmente sua camisa. Ele exala todos os tipos de feromônios
sexuais, e eu tenho esta dor e eu quero cheirar, tocar, provar o largo e liso peito e aqueles grandes
braços quadrados e sua boca masculina carnuda. Eu aposto que as mulheres provaram mais do que eu
jamais ousei. Eu aposto...
— Venha aqui.
Ele pega a minha mão na sua e me impede de recuar mais. E eu estou sem fôlego. Ele está
olhando para mim com os olhos verdes brilhantes e semicerrados... Eles olham para o meus cabelos,
meus lábios e às nossas mãos unidas.
— Beijar quem? — Ele finalmente pergunta. Seu polegar faz círculos através da parte
superior de minha mão, lentamente, enquanto ele me trás de volta para ele e escova os lábios na
minha testa.
— Beijar quem, onde? Aqui? — Ele brinca comigo levemente, com a voz profunda e rouca.
— Não. — Eu gemo e rio levemente e enterro o meu rosto em seu peito. Ele cheira limpo,
mentolado, e... Somente viril. Sua mão ainda está segurando a minha, seus dedos entrelaçados aos
meus. Ele tira a outra mão e pega a minha bochecha, beijando a ponta do meu nariz. — Que tal aqui?
— Ele mergulha a cabeça e começa beijando meu pescoço, me degustando com beijos na minha
clavícula, até a borda da minha mandíbula.
— Não — eu respiro. Meu peito está subindo e descendo rapidamente, eu estou tremendo toda.
Eu só quero que ele continue me tocando, me segurando, me beijando.
— Quantos homens beijaram isso? — Seus sorriso desaparece, os olhos ardendo com
intensidade latente, quando ele esfrega um anel de prata do polegar sobre meus lábios.
Eu jogo a minha cabeça mais para trás e ofereço-lhe a minha boca. — Dois... E você.
— Mas ninguém esteve aqui?— Em um movimento sinuoso, ele mergulha o polegar para
dentro. — Ninguém gozou dentro dessa boca.
— Não... — Tiro a camisa para fora da cintura de suas calças. — Eu quero que você faça.
Eu empurro o tecido até seu peito e ele o tira com um puxão. Seu cabelo desgrenhado acaba
glorioso quando ele a descarta, lhe dando uma aparência de quem saiu da cama despenteado, fazendo
dele ainda mais lindo aos meus olhos, porque ele parece acessível. Poderoso, mas humano. Tão
humano que eu posso sentir o calor de seu corpo. Perseguindo a minha respiração, eu chego e
acaricio os planos rígidos de seus peitorais e chupo seu mamilo. Eu aliso meus dedos até seus
bíceps.
As palmas de suas mãos estão segurando meu rosto para cima, para seu beijo. Eu entrego a
minha boca sem protestar, o deixando movê-la à vontade.
Seu beijo me faz sentir como se o meu sangue fosse gasolina, correndo pelas minhas veias. E
os lábios de Saint são o fogo, me incendiando.
Deixei ele me acariciar, sua língua massageando a minha própria e então ele está beijando
calorosamente minha garganta, os picos dos meus seios. Meus seios estão levantados e eu não posso
acreditar o quanto dói entre as minhas pernas.
Ele coloca um beijo certo entre meus seios, em seguida, provoca a ponta de um mamilo por
cima do meu top. Ao lamber, ele me excita. Tremendo, eu não movo um músculo, por isso ele não
para.
Ele faz o seu caminho de volta para os meus lábios. Abro a boca imediatamente e prendo os
meus braços em volta do seu pescoço. Estou retribuindo o beijo com abandono, sem reter nada,
enquanto suas mãos vagam sob o meu top.
Segurando-me perto, ele recua em direção à cama e cai, puxando-me mais. Rapidamente ele
nos move em torno, de modo que ele está no topo. Ele coloca-se sobre os cotovelos ao meu lado e
olha para mim.
Belo. Eu olho para ele, suas pálpebras baixas e os olhos escuros de desejo. Eu ergo minha
cabeça e minha língua com a dele, minha língua em círculos, pressionando, provando. Ele se curva
em cima de mim e não tenta me esmagar, mas chega perto, tão deliciosamente perto. Ele parece tão
bem, e tem gosto de céu. Eu estendo a mão e deslizo o meus dedos ao longo de seus músculos
precisando tocá-lo.
Seu pênis foi feito para ser chupado e para foder, e eu sinto o seu comprimento duro com
meus dedos.
Em seguida, sua mão está deslizando entre as minhas pernas e me provocando com os dedos,
e ele está me perguntando: — Você quer isso?
Seu toque rolando nas minhas costas, eu suspiro: — Sim.
Ele mordisca meus lábios lentamente, tomando seu tempo. — Você cheira bem — ele sussurra
em meu ouvido. Ele quer a luxúria cantarolando entre nós. Eu cheiro como uma mulher que está
pronta ser tomada, o meu perfume, shampoo e sabonete misturado com o cheiro de Saint, me
deixando louca.
Eu estou com falta de ar: Todo o cheiro da respiração dele, cada parte de mim se lembrando
de como se sente quando ele está em mim. Nesse momento, eu deslizo minhas mãos em seu cabelo e
abro as pernas para que eu possa senti-lo exatamente onde eu preciso mais dele. Ele me levanta contra
ele pela bunda e pega a minha boca sem pressa, e eu percebo que ele vai levar o seu tempo, ele vai
levar a noite toda até que ele termine comigo. Quando percebo que vou ser torturada sexualmente um
pouco mais, eu gemo nas dores da miséria.
Ele inclina a cabeça para trás para que possamos fazer contato visual. Ele embala a parte de
trás da minha cabeça, enquanto suas mãos livres estão ao redor do meu pescoço e ele acaricia meu
ponto de pulso com o polegar. — O que você quer, Rachel? — Ele sussurra em voz baixa. — Diga-
me como você quer. Você quer isso agora?
Olhando-me, ele desliza a mão pela minha garganta, minha clavícula, abre o meu sutiã, e
facilmente descarta. — Você é tão sensível quando eu te toco, que assistir isso me empurra ao limite.
— Ele chega à minha cintura e abre a minha saia; em seguida, ele a puxa para baixo em minhas
pernas. Ele está sem pressa aparente, mas eu estou. Eu estou com tanta pressa para vê-lo nu que eu
lanço a minha saia e chego como uma ninfomaníaca frenética, meus dedos tremendo enquanto eu
abro a sua calça.
— Fique nu, fique nu, Saint — eu imploro, num fôlego afiado.
Quando a sua pele lisa e superquente se conecta com a minha, eu estou no céu e no purgatório,
correndo minhas mãos para baixo em suas costas, agarrando sua bunda dura, para puxá-lo para cima
de mim. Ele trilha sua língua, quente e úmida em meu mamilo. Eu gemo. Seu cheiro me cativa e a
sugestão de seu gosto permanece em meus lábios. Se isso não é a forma mais deliciosa de tortura, eu
não sei o que é.
Ele abaixa a cabeça e desliza a língua sobre o meu outro mamilo e eu estremeço, separando as
minhas pernas, quando ele brinca com dois dedos em minhas dobras e eu estou dizendo, “Por favor”.
Ele brinca dentro com a forte ponta do seu dedo do meio, mas puxa-os imediatamente. Piscinas
intensas de desejo surgem entre as minhas coxas, quando eu levanto os meus quadris e, estou doendo,
tentando seguir a retirada de seu polegar. Ele me mantém lá, onde ele me quer. Abaixo dele,
desamparada e trêmula. Ele belisca meu lábio inferior, puxando para longe do topo. Dolorosamente e
suavemente.
Eu mio suavemente e ele se desloca por cima de mim, de modo que seu corpo duro está
alinhado com o meu. Deus me ajude, ele me possui. — Sin... Pecado... — Meus pensamentos se
espalham, quando ele mergulha sua língua sinuosamente em meu ouvido. Este homem irá
transformar o mundo inteiro em pecadores.
Ele olha para os meus mamilos avermelhados. Eu gemo quando ele varre para baixo para
pegá-los e prová-los enquanto ele acaricia meu sexo com seus suaves e sábios dedos. Primeiro
escova do lado de fora. Seu dedo médio em todo o comprimento. A ponta do polegar, em pequenos
círculos; em seguida, o polegar alivia e o dedo médio esfrega dentro de mim e eu estou perdida.
Eu puxo o rosto para baixo de mim, tremendo de desejo quando eu o beijo, inclinando a
cabeça e chupando sua língua duro. Ele geme, quando eu o deixo deslizar para cima e para baixo
entre as minhas pernas. Estou com tanta fome que se ele entrar em mim, eu vou gozar antes que ele
faça. Mas ele está saboreando o que ele está fazendo para mim e ele parece querer fazer isso durar. A
cabeça de seu pênis faz massagens na parte externa do meu sexo.
Ele é lindo, selvagem e poderoso e eu quero que ele goze dentro de mim. Mas eu sei que seria
imprudente e assim que eu ofego e o vejo rolar um preservativo e olhar para mim, empurrando seu
peito com suas respirações profundas.
Nós prendemos nossos olhares, quando eu separo as pernas e ele esfrega contra mim
novamente. Ele se espalha sobre mim novamente. Entrando em um movimento rápido, ele enrola uma
das minhas pernas em volta de seu quadril, me abrindo, e ele aperta. Eu gemo e afundo as minhas
unhas em seus músculos. Ele observa meu rosto, quando ele começa a me penetrar. Com corpo
tremendo, minha respiração me deixa, quando ele tira seu pênis e, em seguida, coloca-o dentro de
mim, todo molhado de mim, e muito duro. Eu não posso pensar ou falar, eu apenas o levo, tomo a
sua boca, sinto a emoção da maneira como seus olhos me assistem. Cada ondulação minha, cada
suspiro meu, cada gemido impotente de abandono.
Ele chega entre nós e esfrega a ponta do polegar um pouco sobre o meu clitóris, e ele
observa, respirando com dificuldade, com o mero e pequeno esfregar do seu polegar circulando,
enquanto ele pressiona seu pênis tão profundo como ele quer, pronto para desfrutar e apertar e
desapertar em ondulações no meu corpo.
Um orgasmo. Feroz e selvagem. Ele varre através de mim como um incêndio, nenhum canto
do meu corpo está intocado. Segurando meus quadris para baixo e me cavalgando assim, ele mantém
meu orgasmo indo com os mais deliciosos impulsos, quando eu torço ao redor, minha boca em
busca da sua. Ele me dá um beijo esmagador, e eu posso sentir quando ele chega a esse ponto, esse
ponto mágico, porque a energia parece enrolar em seu corpo, que cresce mais tenso e tenso com
cada impulso.
Eu ainda estou aproveitando os tremores secundários, quando seu corpo estremece e eu sinto
os empurrões de seu pênis enquanto ele jorra jatos dentro de mim. Ele me agarra pelas bochechas,
segurando meu rosto enquanto ele desacelera seu ritmo. Nós compartilhamos um beijo lento e
profundamente apaixonado, quando os nossos corpos se soltam.
— Uau — eu digo ofegante.
— Sim — diz ele. Um riso suave segue e ele vem com um brilho de satisfação nos olhos. Ele
parece satisfeito com a minha sinceridade. Ou talvez apenas... Com o sexo comigo.
Ele se move, então ele está de frente para o teto e eu estou coberta para o lado dele, seu braço
me segurando para ele, o outro dobrado sob a cabeça, o peito arfando. Ele olha para baixo e tira uma
mecha de cabelo molhado da minha testa. — Estou quase pronto para começar novamente. Você?
Eu não posso respirar, mas preciso de ar? — Eu também.
O que eu estou fazendo? O que eu estou fazendo? O QUE VOCÊ ESTÁ FAZENDO, Rachel?
— Mais uma vez, antes de eu sair — eu digo, rolando em cima dele. E, oh ​Deus, ele é tão
bom, eu o manteria se eu pudesse.


Uma maratona de sexo com múltiplos orgasmos depois...
— Por que você não contou às suas amigas sobre mim? — Malcolm pergunta.
Hesito, enquanto eu me visto.
Sua expressão não é aborrecida, mas eu não posso dizer que ele parece feliz. Ele parece um
pouco fechado, as pálpebras pesadas de seu último orgasmo, seus olhos estão fechados.
— Pela mesma razão que eu não queria que seus amigos soubessem.
— Qual a razão?— Ele pergunta.
—Nós estamos apenas nos divertindo. Não significa nada. — Eu fecho minha saia e, em
seguida, fico lá, olhando para ele. — Você está chateado?
— Estou curioso.
Eu fico olhando. — Então você está acostumado a desfilar suas amantes e elas adoram
ostentar o fato de que elas dormiram com você; não eu.
— Não estamos um pouco velhos para brincar de esconde-esconde, Rachel?
— Não estamos muito velhos para você apostar que poderia me ter?
Seus lábios se contorcem, mas o sorriso não alcançou seus olhos.
— Você não suporta que eles pensem que você me queria e não me pegou.
— É isso mesmo, eu não suporto.
— Por quê?
— Porque eu falei Minha.
— Eu não entendo você, Malcolm. Veja, é por isso que eu não quero um relacionamento. Isso
iria me matar, tentar entender meu homem.
—Tentar entender você, o está matando
Eu pisco.
Ele continua, como se o que ele disse não fosse algo monumental. Como se meu coração não
estivesse apenas congelado, com uma estranha esperança e medo no meu peito.
— Veja — ele continua — normalmente as garotas querem que as pessoas saibam que elas
desembarcaram na minha cama. Algumas meninas afirmam que desembarcaram aqui e eu nunca
sequer as conheci. Você é a primeira que esteve aqui, mas não quer ser vista.
Eu seguro a minha cabeça e uma sensação horrível de traição e desonestidade varre sobre
mim. — Se eu não quisesse estar aqui, eu não estaria aqui — sussurro. — Eu estou aqui, apesar...
Apesar do fato de que eu não deveria estar aqui — eu explico, levantando os olhos para os dele. Eu
não deveria estar aqui, Saint, eu penso miseravelmente.
Mas ele apenas olha para mim, com aquele mesmo olhar perplexo que ele tem quando ele está
tentando me desvendarr. Eu agarro o meu top e o sinto me observando enquanto eu me visto. Este é o
tipo de conversa que você não espera ter com um caso de uma noite. Mas ele não é um caso de uma
noite. O que ele é? — Eu não quero ser um número nessa lista. Basta pensar em todas as mulheres que
você dormiu e me faz querer inscrever para um curso de pole dancing.
Ele ri. — Por quê?
— Porque eu sou baunilha. Eu sou apenas uma menina... Normal. E você é você.
E eu estou viciada.
É mais de 03h. Nós dois estamos amarrotados e deveríamos estar relaxados, depois da
maneira como nós transamos como loucos. Mas há tensão em sua mandíbula e meus músculos estão
tensos com isso. Eu quero pular em cima dele novamente e dispersar essa tensão da maneira que nós
temos feito, mas eu estou começando a ter medo desse vício.
Medo dele. Eu estou na porta e viro para dizer adeus, mas ele já está entrando em sua boxers
preta e sexy e, em seguida, suas calças.
— Não é seguro lá fora esta hora da noite — ele murmura.
— Nunca é seguro lá fora — murmuro.
Sem camisa e descalço, ainda me dando borboletas, mesmo depois que ele teve as mãos por
todo o meu corpo nu, ele me acompanha até o elevador e espera ao meu lado, enquanto ele chega.
Quando faz sinal, ele me vira para encará-lo. Eu deixo ele me beijar na boca e eu o beijo de volta,
passando os braços ao redor dele, só por um segundo. Dois. E então eu saio e subo para o elevador.
—Tchau.
Há algo íntimo em seu olhar quando ele me observa, mantendo contato com os olhos até que
as portas fecham entre nós.
Deus, eu nunca pensei que um homem pudesse olhar para mim assim.
Eu estou caminhando para fora do prédio quando vejo seu motorista emergir do Rolls.
— Senhorita Rachel — ele cumprimenta, e abre a porta.
— Oh, Sin, realmente? — Eu olho para o topo da torre, mas eu não posso nem vê-lo. Estou
prestes a discutir com Otis, mas é 03h, então eu deslizo para a parte de trás do carro, e eu ouço
alguém dizer — Sr. Saint, boa no... Bom dia — atrás de mim. Eu estou apenas sentada quando vejo
seu rosto e isso acontece; o meu coração continua pulando daquela forma quando eu o vejo.
— Rachel — diz ele enquanto ele pega meu braço e me puxa para fora do carro.
— O quê... O que você está fazendo?
— Algo que eu deveria ter feito antes.
Eu me recuso a dar um passo, quando ele pega a minha mão e me puxa para ele. Meus olhos
são enormes. — Você perdeu a cabeça.
— Eu perdi — ele concorda então ele levanta uma sobrancelha. — Você está vindo, ou você
quer que eu carregue você?
— Por favor, não me carregue — eu imploro consciente do olhar absolutamente atordoado de
Otis.
— Então venha comigo.
Eu dou um passo para frente, seus dedos entrelaçando forte, através dos meus, e, em seguida,
estamos de volta ao elevador. Quando as portas abrem, quando ninguém pode nos ver, ele me gira
para cima em seus braços e me pega por cima do ombro.
— Saint! Malcolm SAINT! Coloque-me no chão, o que você está fazendo?
— Eu vou colocar você para baixo em breve. — Eu ainda caio e derreto um pouco por dentro,
onde meu coração parou. — Você não está fazendo isso — eu digo, descrente em êxtase, quando ele
me coloca na cama.
— Sim eu estou. Você vai dormir. Você vai ficar aqui hoje à noite.
Parecendo muito sério sobre isso, ele puxa meu top sobre minha cabeça, para me deixar
confortável, e eu sei que provavelmente não deveria ficar mais, eu sei que eu gostaria muito de
estarmos juntos, e eu sei que não estou pensando direito agora, não, eu não estou pensando em tudo,
mas isso não me impede de desabotoar sua camiseta com velocidade imprudente, até que eu
rapidamente a retiro do peito, suspirando quando ele espalha seu corpo em cima de mim.


@MalcolmSaint É verdade que você tem uma namorada?#estoutriste #porfavordigaquenao

Eu abaixo o meu telefone e viro na cama duas horas mais tarde, olhando para o homem
dormindo ao meu lado.
Eu chego e toco a sua mandíbula. Eu fico olhando para sua boca sexy, completamente imóvel
enquanto ele dorme. Eu pouco dormi depois das selvagens sessões de sexo quente. Eu. Toda a minha
vida, com o meu medo de rejeição e de ser ferida por um homem, fazendo-me concentrar apenas em
coisas que eu posso controlar. Meus estudos, minha carreira. Meu corpo e suas necessidades foram
dominados pelo meu cérebro durante anos, é verdade. Mas não agora, não hoje à noite, não com este
homem.
A maneira como ele me quer. . . Isso tira o meu fôlego.
Antes de eu perceber o que estou fazendo, eu traço meus dedos sobre seu rosto, traçando os
contornos de sua mandíbula primeiro, maravilhada sobre a sensação abrasiva de sua barba à noite.
Seus lábios são de pelúcia, firmes, tão rosados, e meu pulso acelera, quando os meus
próprios lábios formigam na inveja completa dos meus dedos.
Sem sequer pensar, eu prendo a respiração e tento ser o mais silenciosa possível, enquanto eu
curvo a minha cabeça.
Você está fazendo o meu mundo girar tão forte e tão rápido. As palavras tremem no meu
coração, quando eu pego a sua mandíbula em ambas as mãos e pressiono os meus lábios suavemente,
como eu posso, sem acordá-lo.
Um sentimento quente e fluido me toma. Oh Deus, Malcolm...
Eu pressiono o meu corpo mais perto do seu, sentindo, olhando para ele. Eu nunca pensei que
eu iria vê-lo assim, dormindo comigo, depois do sexo. Eu estive admirando seus sorrisos, o brilho
que ele emana quando brinca e se diverte às minhas custas, e quão protetor ele fica quando seus
amigos querem ficar ao meu redor. Eu nunca pensei que eu iria manter contato com um homem
como este.
Eu amo que ele seja centrado e racional, mas que, com seus amigos, ele é, por vezes, apenas
um adolescente muito grande, muito bonito com brinquedos muito caros, muito poderosos. Eu
adoraria trabalhar com ele e entrevistá-lo, porque eu anseio por tudo que ele possa me dar. Gosto de
ser apenas uma pequena parte de um pedaço de sua vida, e agora, o vejo de uma maneira que eu
nunca pensei que eu iria ver, nu, na cama, dormindo, eu estou muito mais próxima a ele do que eu
jamais imaginei ser possível.
Então, quando seus braços vêm em torno de mim, sua boca se abre sob meus lábios e ele
desliza a língua quente, úmida dentro de mim, e mil corridas de prazer vibram às minhas terminações
nervosas, a única coisa que eu posso fazer, a única coisa que eu quero fazer, é deixar que ambos, isto
é ele, me levem.


Excitação, Êxtase e Exposição
Nós passamos um domingo com os caras assistindo outro jogo do White Sox.
E tenho toda a intenção de continuar a fazer anotações no meu celular para acrescentá-las ao
meu arquivo, mas eu estou tão relaxada, que estou deixando-me aproveitar por um tempo.
Estou começando a me sentir confortável com eles, que são como os ruidosos irmãos mais
velhos que eu nunca tive. Eles parecem ter ido para algum tipo de evento, porque eles estão vestidos
com ternos, as suas gravatas descartadas de lado, um paletó pendurado sobre a cadeira, outro no sofá.
A voz do narrador está dizendo algo sobre um gol, ou talvez fosse um touchdown ou o que
quer que seja, e os meninos estão colados à tela da televisão. Eu estou sentada ao lado de Malcolm,
que está vestindo uma camiseta de algodão azul claro que se apega a seus ombros e jeans desbotados.
Ele parece confortável e no comando, esparramado no sofá.
Callan e Tahoe estão dizendo algo sobre algum jogador e Malcolm ainda tem os olhos na TV,
ocasionalmente, tomando um gole de seu vinho. É isso mesmo, nenhuma cerveja para estes meninos.
29
Eles assistem seus jogos com Pinot Noir .
Um dia na vida de Malcolm Saint. Eu rio por dentro e tento me concentrar no jogo, mas tudo
o que posso pensar é no braço de Malcolm nas minhas costas. Ele parece tão convidativo nessa
camiseta, tudo que eu quero fazer é ficar mais perto dele e enterrar meu rosto em seu peito e tê-lo me
segurando em seus braços fortes. Em vez disso, há cerca de três polegadas de sofá entre nós, que eu
deliberadamente coloquei lá, pela mesma razão que eu quero rastejar em seu colo. Eu preciso me
acalmar.
E nesse momento, Malcolm cai o braço em meus quadris, e me puxa para ele em um
movimento rápido. Eu acabo com a minha coxa tocando a sua e o seu braço em volta de mim.
— Assim é melhor — diz ele, satisfeito consigo mesmo enquanto se inclina para trás
novamente e fica observando o jogo. Outro gole de Pinot Noir.
Tahoe parece ter visto um pouco o movimento de Malcolm, porque ele começa a rir. Malcolm
atira nele um olhar e atrai-me mais perto dele.
Homens. Eu rolo meus olhos e mordo o interior da minha bochecha para não rir. Eu me viro
para ver Malcolm olhando para os meus lábios, que estão franzidos e ligeiramente torcidos em um
sorriso mal controlado.
— Esta boca — diz ele, estendendo a mão e usando a ponta do polegar para puxar meus lábios
separados. Ele ainda está olhando para os meus lábios enquanto ele retira sua mão. Ele se inclina para
me beijar e eu enlouqueço e tiro a minha cabeça longe. Ele apenas ri e coloca um grande beijo na
minha bochecha.
— Droga, eu nunca vi isso antes — diz Callan.
— O quê? — Pergunto.
Ele faz um gesto para Malcolm. — O rei ser rejeitado por uma mulher.
— Eu não o rejeitei! — Eu digo rapidamente. Eu tenho certeza que eu estou corando. Eu me
viro para olhar para Malcolm e ele tem uma ligeira carranca no rosto. Tenho certeza que ele está
fazendo uma nota mental para chutar o traseiro de Callan mais tarde.
— Você rejeitou — insiste Callan. — Você vai ter que cuidar desse ferimento no ego dele mais
tarde. — Ele pisca para mim e eu sinto Malcolm ficar tenso ao meu lado.
— O quê? O que eu perdi? — Diz Tahoe, com os olhos ainda grudados na TV.
— Oh, nada, é só que o nosso menino aqui apenas foi...
— OOH !!! FODA-SE! Isso mesmo!!! — Tahoe atira-se de sua cadeira e bate palmas em
conjunto. — Vamos, vamos, vamos!!!
Acho que alguma coisa boa aconteceu. Callan e Malcolm olham para trás para a tela e juntam-
se à pequena celebração de Tahoe. Eu sinto o peito de Malcolm vibrar com sua voz profunda e eu
sinto minha cabeça instintivamente afundar um pouco mais perto dele.
Ele inclina a cabeça para baixo para o meu ouvido e explica o que aconteceu. Concordo com a
cabeça, mas tudo o que posso pensar é em como a sua voz soa. Profunda e viril. E eu só quero
rastejar em seu colo novamente.
Ele planta um beijo na minha testa e olha de volta para a tela.
Isso é demais. Eu tento me afastar dele, mas ele simplesmente aperta seu braço em volta de
mim. Porra.
Eu realmente não tinha estado tão por dentro do beisebol até agora, e mesmo que eu estivesse
tão relaxada que eu poderia prestar atenção, Malcolm continuava me lembrando de que sabe que eu
estou aqui, com seus pequenos toques sutis.
Às vezes é um beijo no topo da minha cabeça, ou a mão na minha coxa, ou esfregando o
polegar em todo o interior do meu pulso. Cada toque me fazendo derreter, derreter e derreter. São
pequenas carícias insignificantes, mas elas fazem um redemoinho na minha cabeça e meu estômago
torcer.
Eu prometi a mim mesma que eu não iria, mas até o final do jogo minha cabeça está em seu
peito e seu braço está me segurando junto a ele. Callan e Tahoe continuam olhando para nós A)
Como se fôssemos algum tipo de dinossauro/animal extinto que eles não podem acreditar que está
realmente diante de seus olhos, e B) Como se fôssemos algum tipo de visão mágica que pode
desaparecer em um piscar de olhos. Eu posso dizer que eles não estão acostumados a ver Malcolm
assim. E eu sinto como se estivesse brincando com fogo. Eu sinto que quanto mais perto eu estiver
abraçada com ele, ou mais relaxada com ele, ou mais eu deixo a minha cabeça ficar na curva do seu
ombro, mais difícil eu vou me queimar mais tarde.
Em um ponto no jogo, eu me levanto para tomar ar porque eu sinto que estou fazendo algo
que eu realmente não deveria estar fazendo. E leva cada última gota de autocontrole que eu tenho para
ficar longe de Malcolm e seu enorme peito e vou para a cozinha. É como deixar a cama em uma
manhã de domingo, Malcolm sendo o meu próprio colchão king-size. No momento em que eu saio,
eu sinto falta de seu calor, de seus braços, do som de sua voz junto ao meu ouvido quando ele fala.
Lembro-me de que eu pude sentir o seu movimento muscular debaixo da minha cabeça. Seu
estômago é duro como uma rocha. Eu tremo e me concentro em me refrescar de novo.
Quando eu volto, eu sento a algumas polegadas de distância dele novamente, espero que eu
esteja lhe emitindo uma mensagem. Ele nem sequer pensa sobre isso neste momento, apenas olha
para mim como se eu estivesse fazendo algo engraçado, e serpenteia o braço em meus quadris
novamente, para me arrastar de volta para o meu lugar. Que, em sua opinião, é debaixo do braço e no
peito dele. E, assim, fica durante o resto do jogo. Tahoe realmente se levanta em um ponto e dá um
empurrãozinho na minha perna porque, aparentemente, eu estou caindo no sono.
Eles brincam que é hora do meu cochilo da tarde e Malcolm apenas diz-lhes para calar a boca
e assistir ao jogo. O fato é que eu estava realmente adormecendo. Ele tem um peito muito confortável
- o Idiota. Eu odeio que ele está me fazendo sentir essas coisas. Eu odeio como eu me sinto nua se eu
não estiver ao lado dele. Eu odeio como eu me sinto como se uma parte de mim tivesse sido
arrancada, se eu não estou deitada sobre o seu peito ou com seus braços ao meu redor. E eu odeio
como a culpa se arrasta e começa a me corroer.
30
— Seus pais sabem que você está aqui? Bartender, você pode querer verificar a ID desta
menina de novo —Tahoe diz.
Eu olho. — Por que você insiste em fazer piadas sobre a minha idade?
— T.
Tahoe sorri. — Sim, Saint?
— Deixe-a em paz.
Eu torço meu cabelo em um coque, de repente me sentindo muito feminina sob o
protecionismo de Saint. A química sexual pulando entre nós é inegável. Quanto mais eu tento
suprimi-la, mais eu estou ciente que ela existe.
Tahoe ri e estende a mão para tocar o meu ombro, provavelmente querendo me dizer algo.
— Não toque nela, Roth — Saint diz.
Tahoe se inclina para trás. — Cara, você tem que ter todas?
— Você pode escolher qualquer uma.
— Bem então...
— Exceto ela — diz ele, nem mesmo olhando para mim para ver se eu concordo. — Eu não
vou dizer isso de novo.
Ele levanta para ir buscar mais vinho Tahoe ri, enquanto Callan inclina-se sobre a mesa do
café. — Ele está com um humor de merda.
— Por quê?
— O velho está promovendo um evento comemorativo para sua mãe. Se Saint possui um
ponto fraco, é isso.
— A mãe dele? Ou o pai?
— A combinação — diz Callan.
Eu não posso perguntar-lhe qualquer outra coisa, porque Saint volta e olha para mim com a
concentração de um torpedo. Ele toma seu lugar e coloca o braço em volta de mim e corre o polegar
sobre o lado do meu pescoço, e eu coro como uma beterraba, meu corpo quente. — Eu gosto do seu
cabelo para cima — ele me diz.
— Obrigada.
Ele sorri e passa o dedo no meu queixo, como ele faz.
Eu expiro através dos meus lábios; eu não posso acreditar o quão facilmente ele me desperta.
Tudo de mim. Todos os meus sentidos; audição, visão, olfato, paladar, tato.
— Pare de lhe falar coisas melosas Saint, o ouvido dela vai cair — Tahoe diz.
Eu estudo a sombria e taciturna expressão de Malcolm, quando ele senta-se calmamente ao
meu lado. — Chega? Sua papo é brega, mas muito, muito sexy — Eu digo a Tahoe, tentando fazer
com que Saint saia do humor de homem das cavernas. — Ele não tem que se preocupar. Eu estou tão
emocionalmente indisponível no momento, ele não faz ideia — eu digo de forma dramática.
— Confie no homem! Ele sabe como abrir todas as fechaduras e ferrolhos para conseguir
uma garota como você.
— Eu não sou um cofre comum.
Malcolm não diz nada. Eu olho para ele, então me inclino e sussurro, quando eu trilho os
dedos pelo peito dele — eu quero animá-lo, Malcolm.
Tudo o que ele faz é franzir a sobrancelha para mim. — Quem disse que eu preciso me
animar?
— Não fique bravo. Eu conheço a diferença entre você estar simplesmente quieto e relaxado e
quieto e chateado.
Ele pega meu queixo em sua mão. — Eu não estou chateado com você.
Sim, eu sei. Ainda assim, eu quero ver aquele sorriso que alcança seus olhos, eu quero beijar
melhor suas feridas, mas eu sei que há aquelas que nem o curativo pode tocar. Que tipo de ferida
pode tê-lo feito ficar tão duro, um homem sem emoção?
Eu estou pensando em voz baixa, quando ele me leva para casa naquela noite. — Eu tenho
algo marcado amanhã. Eu verei você outro dia? — ele me diz, quando caminha tranquilamente para a
porta do apartamento.
Eu realmente sinto um pouco de dor. Eu quero que ele compartilhe, mas ele é um homem e
nós estamos tendo um... o quê? Uma noite só prolongada?
— Claro, boa noite — eu sussurro.
Mas antes de eu entrar, eu me inclino para trás contra a porta, querendo que ele me beije.
Então, quando ele enrola sua mão ao redor do meu pescoço, eu vou instantaneamente a ponta
dos pés, envolvo os meus braços ao redor de seus ombro e o encontro no meio do caminho. Seus
beijos são o meu primeiro e único vício. Um minuto torna-se dois, depois três, até que ele se afasta e
olha para mim. — Eu tenho que ir. — Ele passa a mão inquieto através da desordem sexy de seu
cabelo e sai.
Eu quero chamá-lo de volta. Ele parece no limite, como se ele não confiasse em si mesmo
para ficar comigo e no controle que ele está acostumado. — Saint — eu lhe chamo, quando ele entra
no carro. Considero pedir-lhe para passar a noite, mas ele não me ouve.
Eu vou para dentro, em seguida, esfrego a mão sobre meu peito. Você queria que ele passasse
a noite, Livingston? Nenhum homem passou a noite aqui e Gina ia detestar. Era melhor que ele saísse,
certo?
Então, quais são os reais sentimentos nisso? Será que você realmente esperava que ele a
convidasse para amanhã, Rachel?
Mesmo? Para o evento comemorativo de sua mãe?
Bem, talvez eu fizesse. E eu odeio que no dia seguinte, eu me sinto como um voyeur olhando
dentro em sua dor, quando as imagens piscam na internet. Saint, seu pai, seus rostos, a tensão. O
evento é realizado em memória de sua mãe, que morreu de leucemia; seu pai organiza o baile
anualmente para arrecadar dinheiro para uma fundação que tem o nome dela.
— Noel e Malcolm Saint, como podemos ver, ainda não estão se falando ...
Eu fecho meu laptop e vou fazer algo produtivo, em vez disso. Eu começo verificando tudo na
revista de moda de Gina. — Não desdobre os cantos dobrados — ela avisa, de onde está em seu
laptop, ouvindo música no sofá da sala. Eu desdobro um canto e me pergunto por que ela marcou a
página.
31
Talvez a bonita bolsa boho ? Ou os sapatos amarelos que a modelo está vestindo? Estou
folheando desinteressada, até que eu vejo a sua mensagem de texto.
Você está ocupada?
Meu coração salta com tanta força no meu peito e eu esqueço as regras fundamentais de não
responder muito rápido às mensagens. Eu imediatamente mando uma mensagem.
Não.
Eu espero, meu pulso rápido no meu corpo, quando a imagem dele em pé, tenso por causa do
seu pai idiota, me vem à mente.
Posso buscá-la?
Onde estamos indo?
A qualquer lugar
Dê-me 5 minutos
Eu salto para os meus pés com pressa para me trocar. — Oh não — Gina geme da sala de
estar.
Eu escorrego em um par da mais sexy lingerie de renda com laço branco, para Malcolm.
Então eu seleciono uma bonita saia e top. Eu sei que Saint estará fechado. Não há nenhum indício real
de sua psique interior, além de sua natureza rebelde, em qualquer coisa on-line que eu li. O fato de
que ele me mandou uma mensagem, quando eu sei que ele teve uma noite difícil, me faz sentir
protetora de uma forma e eu nunca fui de proteger ninguém, exceto minha mãe, Gina e Wynn. Eu mal
posso ficar quieta quando eu vejo o Rolls lá, pela janela.
— Vejo você amanhã! — Eu digo a Gina.
— Rachel! — Ela chama preocupada atrás de mim, mas eu estou tentando não ouvir isso
agora. Eu não posso. Não há outro lugar em Chicago que eu prefira estar do que ao seu lado, e isso é
tudo que importa.
Eu subo no carro e sento, meus olhos doendo de meu vislumbre dele em frente ao banco. Ele
está envolto em sombras, mas algumas das luzes fora da janela caiem sobre seu pescoço, seu queixo
quadrado. Nos lábios dele. Quando eu me acostumo à escuridão, eu lentamente estudo as linhas claras
de suas feições. Ele é tão bonito, com aqueles olhos verde-esmeralda e uma expressão secreta, e de
repente o gelo fresco em seus olhos aquece quando eles caem em mim. — Você parece comestível.
Sua voz ondula pelo meu corpo. Calma, mas não relaxada como de costume - quente. Calma
inesperadamente quente, como se eu tivesse apenas aquecido toda a sua existência.
— Verdade? Eu tenho notícias para você — eu digo com um sorriso sensual. Eu valorizo
palavras, mas Saint é um homem que valoriza a ação e eu quero ter alguma ação hoje à noite. Eu
levanto os meus dedos para cima, dou um puxão na manga um pouco ao lado, para revelar uma
extensão cremosa de ombro. — Eu sou comestível.
— E eu quero uma mordida.
Presa pela minha própria fome desesperada e crescente que arranha, eu o puxo para baixo, o
rosto de Saint absolutamente lívido com a luxúria.
— Onde? Aqui? — Pergunto, com um sussurro sensual, quando eu escovo meus dedos por
cima do meu ombro. Eu não posso encontrar palavras para descrever o quanto eu gosto quando sua
voz soa áspera como casca de árvore.
— Bem ali. Eu vou correr minha boca até seu pescoço, abaixo de seus ombros, em seu braço.
Minha respiração se foi.
Como uma coisa viva, respirando e pronta para devorar a nós dois, o desejo salta entre nós,
arqueando a partir dele para mim, de mim para ele. — O que mais você vai fazer — Há necessidade
na minha voz: excitação. Eu não posso esconder dele, não dele.
— Eu vou fazer amor com você, duro, e então eu vou tomá-la suavemente. Mostre-me seu
outro ombro, Rachel.
Eu faço.
O carro está seguindo pela rua agora, mas se você me perguntar, o universo inteiro está neste
carro, olhando para mim.
Minhas veias cantam alegremente sobre seu olhar quando eu abaixo a minha manga, na
medida em que vai expondo a maior parte do meu ombro possível. Todos os dias o meu desejo por
ele se aprofunda e se intensifica, ampliando minha atração por ele a um nível que eu nunca poderia
ter imaginado. Eu o conheço de olhos fechados agora, os diferentes ângulos que sua boca faz para
criar cada um de seus sorrisos...
— Eu vou correr minha língua sobre a sua clavícula, mergulhá-la exatamente onde seu pulso
bate rápido— ele diz. — Mostre-me mais — ele persuade.
—Mmmm. Você é tão ganancioso. Será que alguma coisa em sua vida será o suficiente,
Malcolm Saint?
Ele balança a cabeça muito lentamente, como se estivesse em expectativa, uma pontinha de
diversão em sua voz. — Nada nunca é o suficiente e é especialmente verdade quando se trata de você.
Mostre-me mais um pouco.
Puxo para cima e para baixo uma polegada, o suficiente para que ele possa ver o topo
proeminente do meu peito, sob o meu sutiã de renda.
Ele rosna em sua garganta, e eu coro e esquento, quando eu me endireito. — Fiquei feliz de
ter notícias suas hoje.
Ele ri. Então, mais som rouco como casca de árvore, raspando sobre a minha pele. — Fiquei
feliz que você pudesse me ver hoje à noite...
Eu angulo minha cabeça um pouco e o estudo, a energia agitando, circulando ao redor dele.
Sua sede, o seu desejo, sua frustração evidente na rigidez dos punhos ao seu lado.
Meu coração cai sobre si mesmo para chegar até ele.
— Noite difícil? — Eu pergunto baixinho.
— Está melhorando.
O gelo que geralmente está presente em sua íris é completamente subjugado, quando ele
estende a mão para o seu lado, me puxando do outro lado do carro, ficando tão próximo quanto
possível e começa a beijar minha boca, fazendo um caminho para o ombro que eu descubro,
correndo os dedos sobre a curva. Calor, umidade, a suavidade de seus lábios com os fortes
movimentos de sua boca. — Definitivamente, melhorando — ele diz. — E você? — Ele mordisca um
caminho até minha boca. — O que você estava fazendo antes de eu te ligar?
— Hmm. Deixe-me pensar — eu digo, fingindo pensar muito sobre isso. — A verdadeira
resposta? Ou a que você gostará mais?
Movendo-me para que eu possa ver os meus dedos deslizarem para cima em sua garganta, eu
passo em seu queixo quadrado, a mandíbula que é tão obstinada, tão teimosa quanto ele e eu gostaria
que ele me deixasse muito tocá-lo assim.
— Ambos. — Enquanto ele acaricia meus ombros com as mãos, os polegares mergulham em
meu top, traçando lentamente a minha clavícula.
— Eu estava trabalhando. — Meus próprios polegares atropelam a barba rala de sua
mandíbula agora. — Mas enquanto eu estava fazendo isso, eu estava ansiosamente esperando que
você me mandasse uma mensagem, me convidando para ir a algum lugar.
— A qualquer lugar — ele corrige rouco.
— Exatamente. — Eu pressiono a minha boca para o canto da sua boca, nem mesmo pensando
no que eu estou fazendo, agindo por puro instinto agora. — Já estamos onde eu possa devorar você
também?
Seus braços apertam em torno de mim e uma de suas mãos desliza sob a minha camisa para
explorar o vale das minhas costas. — Rachel... Eu não queria que você me visse quando eu não estou
no meu mehor tão bem.
— Pelo contrário, eu quero ver você assim. Eu desejo você, eu imploro por você e eu quero
te confortar e dar-lhe o que quiser.
Lábios quentes mordiscam no meu ombro. — Então eu quero você.


“A qualquer lugar” acaba por ser o The Toy. Longe de olhares indiscretos e do público, para
meu completo alívio e deleite, me sinto como se estivesse em outro mundo. O iate está ancorado e a
tripulação não está a bordo, por isso é apenas Malcolm e eu sentados em silêncio, no deck superior,
ambos um pouco suados por causa da dura, e em seguida lenta, fodas que só ele pode me dar.
Ele está vestindo calça preta, mas nada cobrindo seu peito, enquanto eu estou vestindo a
camisa que ele estava vestindo não muito tempo atrás. Ele está pensativo e em silêncio e eu nunca me
senti tão protetora de algo grande e forte antes.
— M4 — eu sussurro, minha bochecha descansando em seu peito, enquanto o resto do meu
corpo está encaixado às suas formas duras. — Você faz coisas por quatro tantas vezes, eu tenho
notado. Por que quatro?
Estamos praticamente na nossa quarta vez juntos. Será que não estaremos mais juntos, em
seguida, também?
Ele exala e sorve a último gole de seu vinho, coloca o copo vazio de lado e nós olhamos para
a linha do horizonte de Chicago. — Eu tenho um temperamento difícil. — Ele olha para a distância,
seu perfil pensativo.
Eu procuro sua mão em seu joelho e vinculo meus dedos nos seus.
Ele olha para fora, sua voz chegando mais baixa, rouca, quase arrependida. — Era pior
quando eu era jovem. O controle é algo que sempre me levou algum esforço. A equipe estava sempre
desistindo, porque ninguém podia me manter sob controle; quanto mais tentava, mais irritado eu
ficava. Mas minha mãe era a personificação da paciência. Eu acho que é por isso que ela podia tolerar
meu pai. Ela era paciente, muito mais compreensiva do que ninguém provavelmente deveria ser.
Quando eu me descontrolava, minha mãe dizia para contar até três e eu dizia que eu tinha contado.
Que eu tinha contado até três e que não tinha funcionado. Então um dia ela me puxou de lado,
preocupada porque o meu pai tem um temperamento forte também e ela poderia prever o pior para
mim pelas maneiras que eu parecia testar a paciência dele. E ela me disse que eu precisaria contar até
quatro. E foi isso o que eu fiz. Mais que qualquer coisa, isso é o que me tornou um Saint. Se lhe
pedissem por três minutos, você lhe dava quatro. Se você tem que contar até três, você conta até
quatro. Eu faço as coisas em quatro.
— Você gosta até de sexo a quatro.
Ele levanta as sobrancelhas. — Não com você. Gosto de tomar meu tempo com você. —Ele
passa a mão pela minha espinha, sob a camisa. Eu tremo.
Tremer e querer e derreter.
E acima de tudo, eu estou desmoronando em pedaços por dentro, me corroendo viva e
culpada, por saber tal detalhes íntimos sobre ele.
Pesarosa com sentimentos que eu não posso nem processar, eu rolo para a minha volta, para
colocar um pouco de distância entre nós. Ele fica sobre um cotovelo e abre o botão da camisa, e oh,
Deus me ajude, mas há definitivamente mais derretimento, fusão, derretimento. Eu não protesto, não
me movo, apenas fico impotente ao vê-lo abrir um segundo botão. Em seguida, três. Quatro.
Enquanto o corpo por baixo da camisa que ele está abrindo começa a tremer em cada centímetro.
Eu quero provocá-lo para aliviar a intensidade da dor se construindo em mim. Um sussurro
que mal consegue sair em uma respiração — Leve o seu tempo comigo. Isso não me entedia nem um
pouco.
Quatro botões. Cinco. E seis. Até que ele espalha minha parte superior aberta e se inclina para
frente para beijar o centro da minha garganta. O centro dos meus seios. O centro do meu abdome. E o
centro do meu sexo. Quatro beijos, então ele me toca entre as pernas. — Eu não estou nenhum pouco
entediado com você também, Rachel.
Eu me lembro de estar tão tímida antes. Desta vez, quando ele passa rapidamente a língua
sobre o meu clitóris, eu gemo e espalho as minhas coxas bem abertas, balançando meus quadris para
cima desenfreadamente, enquanto eu sussurro — Malcolm, Malcolm, Malcolm...


— Hmm, — eu sussurro uma hora mais tarde, quando ele mordisca meu ouvido, me
acordando de um cochilo que eu estava tendo na cabine.
— Sua orelha— ele diz, contra o objeto de suas atenções deliciosas. — Eu sou parcial a ela e
isto vale para a outra.
Eu estico com um sorriso e ele facilita para trás para olhar para baixo e me ver.
— Eu amo estar aqui em seu iate, é tão pacífico — eu digo, passando meus dedos pelo peito
bronzeado.
— Eu nunca estou aqui sozinho. Muito parado. Eu posso ouvir os meus pensamentos muito
bem. — Ele franze a testa, quando ele se levanta da cama e vai pegar suas roupas. Sonhadora, eu rolo
para o meu lado e olho para seu físico absolutamente hipnotizante, quando ele pula em sua calça. —
Você está feliz na Edge ?
Eu sacudi a névoa do sono, em seguida, me sento, um lençol agarrado ao meu peito, enquanto
eu fico em torno da cama, a procura da minha calcinha. — Por que você fez esta pergunta?
— Os rumores são de que ela está fechando. — Ele põe os braços nas mangas da camisa,
medindo minha reação quando ele lentamente começa a abotoar.
— Espero que não. Eu gosto muito da Edge. — De alguma forma eu consigo encontrar minha
calcinha e sutiã e tenho que soltar o lençol para ir adiante. — Por quê? Você está se aventurando no
mercado editorial? — Eu pergunto, com medo.
Ele está quieto enquanto ele enfia a camisa, fecha o cinto e se torna Malcolm Saint bem diante
dos meus olhos.
— Não, eu não estou comprando a revista, lá não é onde eu penso em investir. As empresas
precisam de tempo e visão. Reerguer empresas não é onde está a minha paixão. — Ele olha para
mim, por um momento. — E possuir seu próprio negócio, não é um sonho seu?
— Não, eu quero escrever. Eu quero ganhar uma boa vida para que eu possa escrever mais.
Mais do que mais.
Ele sorri. — Você é tão delicada. Eu me divirto imagino essas pequenas mãos digitando suas
grandes ideias.
O simples fato de que ele pensa em mim, me faz derreter.
Ele observa eu me vestir. — Então você vê seu futuro nessa revista, mesmo se você tivesse
uma gama mais ampla de opções? — ele pergunta.
Eu estou surpresa. Um grão de preocupação de repente cai, como um minúsculo e um pouco
desconfortável alfinete, na minha barriga. Eu acho que devo dar a minha resposta com cuidado.
— Eu acho... De forma geral, o meu futuro ideal é me sentir segura na minha carreira e, eu
acho, na minha vida. Eu quero que a minha mãe se sinta segura e se eu pudesse ajudar a tornar a
cidade fisicamente mais segura para os outros bem, seria um sonho. Esse é o tipo de coisa sobre a
qual eu quero escrever. Mas esse tipo de jornalismo leva tempo e a Edge tem me dado oportunidades
melhores do que em qualquer outro lugar. Eu me sinto ligada a ela, de alguma forma. Se ela
crescesse e eu poderia crescer com ela, isso seria realmente um sonho — eu admito.
Ele vem para sentar-se na cama e ele fica na minha frente, sua expressão intensa. — Tipo o
que você gostaria de fazer para a cidade? Qual é a sua ideia? — Ele enfia meu cabelo para trás da
minha testa com uma grande mão, procurando o meu rosto.
— Eu não sei. A mudança não acontecerá a menos que haja um enorme esforço coletivo, a
menos que seja muito poderoso.
Seus lábios ardilosos e seus olhos brilham com uma luz predatória que nunca deixa de me
emocionar. —Você está dormindo com um homem muito poderoso.
Eu mordo meu lábio. — Sim, sim, eu estou. — Eu rio e me sinto corar. Ele pega a minha
bochecha, e mais uma vez, eu dobro o meu rosto na palma da mão, em busca de seu toque. —Você
não é como eu imaginava que seria e eu tenho uma excelente imaginação — eu sussurro.
— Isso é porque você é toda bondade. Sou feito de coisas terríveis.
— Oh, não. — Eu rio, mas ele não ri. Ele está sério. — Somos todos feitos de coisas boas e
terríveis.
— Somos todos? — Ele estuda a mim novamente. — O que você vê em mim?
Eu franzo a testa. — O que você quer dizer?
— Eu sou um homem difícil, eu não sou fácil de lidar - alguns podem argumentar que eu me
recuso a ser controlado. Eu nunca me comprometerei com alguém, eu nunca consegui, e eu não acho
que eu jamais poderia. Você não quer o meu dinheiro, você não está interessada nas minhas festas,
pelo menos não da forma como as outras estão. Você quase não dormiu comigo. Mas então você vem
atrás de mim como se você quisesse a minha proteção e isso me faz querer ser esse homem.
Encaro-o, calma.
Ele sempre disse que eu o confundia e ele parece tão confuso agora, eu estou confusa com a
sua perplexidade também.
— Malcolm — eu começo, mas o que eu posso dizer? Tantas verdades, e, no final, ele vai
pensar que todas elas são uma mentira.
Ele me quebra por pensar sobre isso de repente.
— Quando minha mãe foi diagnosticada... — Ele faz uma pausa. — Eu prometi que estaria lá
para ela. Ao seu lado. Foi dado a ela dois anos. Ela ainda tinha um ano e meio para... — Ele faz uma
pausa de novo, mas nunca tira os seus olhos de mim. — Ela não queria que eu soubesse que a
leucemia tinha voltado. E quando tudo era apenas uma questão de horas, meu pai se recusou a deixar
que alguém me dissesse. Ele pensou que eu deveria ser punido por deixar o país para o aniversário
do Tahoe. — Eu posso sentir o sangue escorrer do meu rosto. — Então você vê? Eu não sou bom
com promessas. Mas eu vou levar sua causa como se fosse minha.
— Eu sinto muito. Eu... Quando meu pai morreu, eu era muito criança. Mas eu tenho pesadelos
às vezes sobre a maneira como ele morreu, sozinho.
Nós compartilhamos um olhar fixo.
— Ela morreu perguntando por mim. — Ele olha para longe, em seguida, dirige seu olhar
para seus telefones e outros itens, sua mandíbula completamente flexionada.
— Ela sabia que você a amava — eu sussurro.
— Ela sabia?
—As mulheres sabem estas coisas. Minha mãe disse... Ela sabia antes mesmo de meu pai saber,
que ele a amava. As mulheres sabem estas coisas. Seu gênero não foi feito para sutilezas, vocês
precisam ser atingidos na cabeça com isso e às vezes o amor apenas se insinua mesmo quando todas
as portas e janelas estão fechadas para ele. — Ele me encara e eu acrescento: — Todo mundo nasce
com um amor natural por seus pais.
— Você supervaloriza o amor. Não há nenhuma razão para amar. Verdade, lealdade, são essas
coisas que duram.
Calada, eu não tenho certeza se eu estou mais surpresa com as palavras ou o tom casual que
ele usou, que só me fazem perceber o quanto o sentimento é tão completamente natural para ele.
O fato de que ele não tem confiança no amor, qualquer tipo de amor, me surpreende.
Eu deixo cair o meu rosto um pouco para esconder a emoção delicada, pois tenho certeza que
ele poderia vê-la refletida nos meus olhos.
Meu peito se sente de repente inchado com essa emoção.
Mas temos tantas coisas em comum, Saint e eu. Nós amamos trabalhar. Nós trabalhamos duro,
tendo um pouco de diversão, mas não muito. Nós dois somos orgulhosos, talvez fechados. Eu
também pensei que eu não acreditava no amor, não o amor romântico como Wynn faz. Então, por
que de repente eu sinto vontade de mudar de ideia?
Eu acabo de me vestir, incapaz de olhar para ele de novo.


Após o comentário sobre “verdade e lealdade” eu fiquei muito pensativa, porque,
naturalmente, eu estou questionando o que diabos eu estou fazendo com ele agora. O que eu penso
que vai sair deste caso?
Eu não penso, eu presumo. Eu só queria. Eu queria, obcecada, e tinha de ter, como uma jovem,
imprudente menina. Como uma garota que ele traz à tona, alguém que eu nunca tinha sido até agora.
Estou perfeitamente ciente de seus efeitos sobre esta menina quando ele me leva para casa.
Eu deveria me sentir saciada e feliz por agora. Em vez disso, eu não quero dizer adeus, e
quando ele diz a Otis para esperar por ele enquanto ele me leva para cima, eu me sinto frenética que
ele não vá ficar. Que eu não sou verdadeira e leal e ele logo vai embora.
— Eu tenho trabalho amanhã — eu digo, só para lhe dar uma saída mais fácil.
— Eu também tenho que trabalhar — diz ele, mas ele continua me seguindo para a porta,
esperando atrás de mim, enquanto eu abro.
Eu tremo quando ele mordisca a parte de trás da minha orelha, sua mão subindo meu braço nu
para acariciar o ombro com o qual eu brinquei com ele horas atrás, quando ele me pegou.
— Você quer entrar?
— Sim. — Ele beija meu ouvido.
Eu não posso nem explicar a forma como o meu coração se desfaz no meu peito, espalhando
calor em cima de mim.
Não querendo me desentender com Gina sobre isso, eu pressiono o meu dedo na minha boca,
ligando meu dedo mindinho com o dele e o puxo para o meu quarto. Nós fechamos a porta. Ele
parece grande e belo.
— Sente-se — eu gesticulo em direção à cama, meus hormônios já se juntando à festa.
Ele começa a desabotoar sua camisa enquanto eu coloco a minha camiseta Wildcat. Volto para
minha cama. Ele olha para mim com aquela curva impertinente nos lábios, e por sua expressão você
pensaria que eu fui a coisa mais sexy a sair de minha universidade. Eu pareço prática, enquanto ele
parece requintado, a camisa esticada em todos os lugares certos.
Silenciosamente eu me escarrancho nele e desabotoo o resto de sua camisa enquanto ele mete
as mãos debaixo da minha camiseta, apertando a carne da minha bunda.
— Malcolm, eu não tenho preservativos...
Ele me beija lentamente, profundamente, me saboreando. — Não se preocupe, eu tenho tudo
sob controle.
Em menos de um minuto estamos prontos, nus, e eu o estou empurrando para a minha cama,
encantada por estar escarranchada a ele. Passo as minhas mãos pelo seu peito enorme. Vejo ele me
olhar, o acariciando. Eu o levo pelo meu corpo, sentindo os meus seios pesados com a necessidade,
oferecendo aos seus dedos para ele os acariciar, até que levanta a cabeça e beija, lavando as pontas
sensíveis. Ele senta-se comigo, então, olha no meu olho, nos movendo em conjunto. Ele me bate com
seus quadris, me puxando para baixo mais duro para encontrá-lo. Ele goza ferozmente, meu orgasmo
rasgando-me ao mesmo tempo.
Nossas respirações vêm rápidas. Ele parece confuso, admirado, grato. Ele queria me quebrar,
mas eu poderia quase ver uma rachadura em suas enormes barreiras quando nós fizemos amor.
Porque isso é o que senti. O desconhecido que deveria ser uma foda de alguma forma acabou dando
mais e mais abertura do que o planejado. Satisfeita, eu descanso contra as duras e quentes linhas do
seu corpo, por um longo tempo, as mãos preguiçosamente arrastando um caminho até a linha da
minha espinha.
Eu saio do limbo e sussurro: — Eu gosto de estar exatamente assim com você.
— Você gosta? — Pergunta ele, seu olhar suave e provocante, delicado.
Eu concordo.
Ele dá um tapinha no peito. — Então volte aqui.
Eu coloco minhas mãos em volta do seu pescoço e me enrolo em seu peito. Ele cheira a
segurança. Força. Tal como a sua camisa que eu agora tenho dobrada no meu armário. Ele tem cheiro
de controle e poder e ele também cheira a sexo e conexão e felicidade para mim. Eu penso nesses
sentimentos que rodeiam meu ser, minha cabeça, mas eu não vou escrever estas palavras em minhas
anotações. Estas são apenas minhas e embora elas deixem a minha mente, os sentimentos por trás
delas, eu sei, vão ficar.
Ele diz: — Espere um pouco — pega seu telefone, em seguida, envia uma mensagem. —Você
está bem se eu passar a noite?
Eu sorrio, aceno de cabeça. — Você avisou a Otis que você vai ficar?
— Eu avisei. Tem certeza que está tudo bem? — Seus olhos brilham. — Nós não vamos
dormir muito se eu ficar.
— Quem precisa dormir com você na cama? — Eu sorrio; em seguida, ele faz com que a
cama guinche, quando ele rola para o lado dele para assistir a sua mão acariciar meu abdômen no
caminho para cima. Eu vejo meus próprios dedos rastejar até sua garganta, sua mandíbula e eu
sussurro em seu ouvido — ajude-me a fica quieta. Eu não quero que nós façamos barulho.
Ele me rola para minhas costas e afunda seus quadris entre as minhas coxas, a palma da mão
se espalhando sobre a minha bochecha.
Ele aperta o polegar entre meus lábios e acaricia contra a minha língua, para que eu possa
sugá-lo, em vez de fazer barulho. Há uma necessidade brutal em seus olhos. De repente, eu estou com
ciúmes pensando nele dando isso a alguém mais. Eu estou tão ciumenta, que eu não posso agarrá-lo
perto o suficiente. Um gemido flui para fora da minha boca, enquanto eu pressiono o meu corpo para
cima. — Aproxime-se. Chegue mais perto e me diga o que você quer, diga isso sujo — eu imploro
em seu ouvido.
— Dizer a você? — Ele diz em sua voz calma. — Eu vou mostrar a você.
Olhando-me, seu punho desliza sobre o comprimento de sua ereção, até que ele agarra a base;
Lentamente, ele introduz a cabeça no meu corpo. — Quão sujo? — Ele persuade, olhos brilhando à
luz da luminária. — Rachel?
O desejo em sua voz me excita ainda mais. — Quão sujo você quer isso? Quão duro?
Ele desliza, palmo a palmo, entre as minhas pernas, e para no meio do caminho. Mãos quentes
tomam a parte de trás dos meus joelhos, e então ele espalha as minhas pernas sobre os ombros
quadrados. O movimento me abre como uma flor, minha buceta exposta. Seus quadris se estabelecem
entre as minhas coxas, mais profundo desta vez, e ele me penetra o resto do caminho, e eu o recebo
com um longo gemido erótico, a pressão de seu pênis entrando, roubando a minha respiração.
Em chamas com o prazer requintado, meu corpo lateja por ele. Nós dois começamos
balançando em uníssono, buscando a proximidade final.
Minhas unhas afundam na parte de trás do seu pescoço, enquanto minhas pernas ficam soltas
para que ele possa me dobrar e chegar o mais profundo possível. Seu corpo poderoso move acima
do meu, em uma onda de músculos e uma flexão de quadris e braços.
Deus, o atrito. O atrito traz suas bolas profundamente. Cada uma como um acidente vascular
cerebral, trazendo o seu corpo para estimular o meu clitóris. Lentamente, mas com o controle de
especialista e golpes poderosos, ele se move acima de mim. Dentro de mim.
O prazer é um tormento requintado: meus sentidos em sintonia com sua respiração, calor,
peso, e eu não quero que isso termine.
Ele me fode duro, cada impulso controlado repleto de poder, seus grunhidos uma vibração
baixa em seu peito até que ele não tem escolha a não ser abaixar a cabeça e enterrar os sons rudes
contra o meu cabelo, e eu, em sua garganta. Nós ondulamos juntos, esforçando-nos para aproximar, e
é tão bom, parece tão certo, que em vez de abrandar, eu deixo a minha pequena cama virgem ranger
por misericórdia.



Há algo tão intensamente bom, uma feroz ligação, invisível, mas íntima em estar acordando e
encontrar um homem observando você dormir. Não é a primeira vez que eu pego Malcolm me
observando, mas é a primeira vez que não fui eu quem começou. A primeira vez que eu abro meus
olhos, encontro seu olhar tranquilo, e sinto crescer e crescer uma piscina de calor no meu estômago
enquanto eu lentamente começo a sorrir.
— Hey — eu digo.
— He. — Ele pega a minha bochecha e seu polegar sobre meus lábios, me fazendo virar a
cabeça para o tocar e saboreá-lo um pouco. — Hmm, — eu digo, admirando como adorável ele
parece recentemente acordado.
Temos atingido oficialmente a marca de “quatro” no departamento de sexo, e uma parte de
mim se pergunta se é isso.
Ele olha para mim com respeito esta manhã, como se ele gostasse de todos os lados de mim
mesma que eu mostrei ontem a ele e não me passa desapercebido esse brilho em seus olhos que de
alguma forma me diz silenciosamente, eu sei como você gosta.
Preguiçosamente, ele me pergunta sobre o trabalho, especificamente ele me pergunta no que
eu estou trabalhando. É a segunda vez que ele me pergunta, a primeira foi no Tunnel. Meu coração
salta um pouco, mas ele está muito relaxado, depois de todo o sexo da noite anterior.
Eu mudo de assunto, com uma careta misturada com um sorriso. — Você não vai trabalhar
também? O que você está fazendo na cama comigo?
— Ficando duro.
Eu rio.
Com um sorriso irônico, ele inclina meu queixo. — Tive um bom momento na noite passada.
— Ele me beija suavemente, sem língua, e parece tão intenso, como se ele me lambesse.
Eu conto até dez. Então eu gemo em protesto, quando eu me mexo fora de seu braço. —Seja
um bom menino e espere — eu digo. — Eu não quero que Gina tenha um ataque cardíaco.
Eu chuto os lençóis, coloco meu robe e vou para a cozinha para fazer o café. Eu volto para o
quarto, escovo os dentes e lavo o meu rosto, então eu pondero se devo colocar um pouco de
maquiagem. Eu olho para o meu reflexo. Eu pareço ousada... Minha pele pálida, meus olhos com
olheiras escuras e cansados depois de ontem à noite. Mas minhas íris estão brilhando radiantes e eu
realmente não posso evitar que meus lábios enrolem para cima nos cantos. Eu pego um batom e uma
escova, mas, em seguida, paro. Não é como se isso vai dar em qualquer lugar, não é? Não é como se
eu quisesse que ele se apaixonasse por mim, era apenas uma conexão. Então, eu me forço a deixar
cair o pincel e deixar o batom onde está. Balançando a cabeça para mim, eu não me incomodo em me
enfeitar quando eu volto para verificar o café e, em seguida, volto para o meu quarto com uma xícara
para cada um de nós em minhas mãos.
Na verdadeira forma de homem. Sim, está espalhado na cama, completamente incapaz e
claramente esgotado de foder esta senhora aqui. O edredom está em seus tornozelos, cada polegada
dele nu, um braço musculoso atrás da cabeça, o outro estendido debaixo do travesseiro que eu estava.
Puta merda, ele é glorioso. Eu quero catalogar cada detalhe dele, eu sei que Gina vai querer ouvir
tudo sobre isso... Assim como Wynn... Mas ele está na minha cama e eu não quero compartilhar os
detalhes sobre como ele parece nem com a minha jornalista interna.
— O que é isso?
Verificando os itens que carrego, ele senta-se, os músculos de seus braços ondulando com o
movimento, e sorri para mim. Quando eu sorrio de volta automaticamente, eu me sinto vulnerável,
real... E humana. Por que eu escolhi me abrir para um cara que está além do meu entendimento. Mas
eu sinto que minhas paredes ainda não estão eretas. Eu não quero colocá-las de volta para cima ainda.
— Café ou eu? — Eu levanto o copo de café e minha sobrancelha ao mesmo tempo.
Seu riso é suave e rouco quando ele arrasta a mão pelo cabelo amassado, parecendo ainda
mais bonito desarrumado e balança a cabeça. — Você não sabe até agora?
— Como você é ganancioso? Você está certo, eu sei. Eu aposto que você quer tudo.
Ele pisca um sorriso todo malicioso, enquanto ele dá um tapinha no lado da cama, me
chamando de volta para ele.
Eu sigo com o café, e quando ele pega a sua xícara, eu deslizo para a cama com ele. Nós
saboreamos o café em silêncio.
Antes que eu tenha acabado o meu, ele toma minha xícara e a coloca na mesa de cabeceira
mais próxima a ele. Em um suave e forte movimento, ele me pressiona para baixo na cama e eu caio
para trás, sem fôlego quando ele apoia-se acima de mim, com os braços longos e tensos. Ele tira fora
as minhas meias grossas. Seus dedos escovam os arcos, e eu não posso segurar uma risadinha
abafada. — Tem cócegas nos pés, Rachel? — Ele está se divertindo. Eu adoro a forma como ele diz
Ray-Chel.
Eu aceno, ficando cada vez mais ofegante.
Ele aperta seus lábios nos meus, forte, não me forçando a abrir, apenas quentes, lábios macios
e exigentes e pressionando para baixo. Eu me sinto rendida; e eu adoro a forma como ele amolece o
beijo no momento em que ele sente minha resistência desaparecer. E eu amo o que está fazendo
agora, dando-me um pouco de carinho no lóbulo da orelha, me lambendo, puxando e beijando meu
lóbulo, seu hálito quente em meu ouvido. — Você é uma devoradora de homens, Rachel. Estou
desapontado por nós não termos quebrado sua cama, no entanto.
Ele se levanta e ele é belo, viril e comestível quando ele se veste. — Como é seu sábado? —
Ele pergunta.
— Desculpe?
— Como é sábado para você?
— Eu, hum. Para quebrar minha cama? Eu poderia ter o sábado livre.
Ele ri preguiçosamente, completamente relaxado esta manhã, e toda a tensão do evento de
ontem à noite com o seu pai desapareceu completamente. Ele colocou o totalmente fodido para fora
de si mesmo. — Espere que venho buscá-la ao meio-dia? Use algo confortável.
— Espere. O quê? Onde estamos indo?
— Você vai ver.
Borboletas no meu estômago. Seguido por cordas emaranhadas, lembrando-me que eu não
posso estar me sentindo assim.
Eu não sou mais uma garota, eu não sou livre para cair por um menino como este. Não este
menino. Eu não poderia ter escolhido um momento pior, uma circunstância ainda pior, ou um homem
mais evasivo. — Sim, não, eu só lembrei que eu não posso. Eu só não posso.
Ele me estuda; em seguida, ele acena com a cabeça em silêncio. — Eu vou te ligar, então.
— Eu vou estar ocupada durante toda a semana — eu minto.
Eu preciso de espaço entre nós, eu preciso voltar ao foco do trabalho. Ele para na porta e eu já
sinto falta dele, a distância entre o meu corpo e o seu é subitamente demais. Deus, o que está errado
comigo?
Um minuto depois ele vai embora para o escritório dele, eu suponho, e quando eu não
consigo trabalhar, eu tiro o meu telefone de onde estava carregando, ligo-o, e, como uma viciada, já
me preocupando com quando virá a próxima dose...

Por outro lado, acabei de mudar algumas coisas. Sábado é excelente.

Eu passo para o chuveiro, em seguida, verifico a sua mensagem quando eu saio e enrolo uma
toalha em volta de mim.

Bom

Oh, típico. Ele é tão limitado com as palavras! Eu rapidamente enrolo uma toalha sobre o meu
cabelo molhado para trás e mando um texto:

Você sabe, eu gosto de palavras. Você poderia totalmente usar um pouco mais
Boa garota
Hahah OK.
Eu me diverti
Eu também. Eu já sinto sua falta

Oh garoto. Eu disse isso? Eu me estresso. Então, antes que ele possa responder ou se sinta
obrigado a dizer algo assim, eu rapidamente mando a mensagem:

Ok, tenho que voltar ao trabalho. XO

Eu coloco o meu telefone de lado e, em seguida, tomo o meu bloco de notas, tentando
escrever alguma coisa, mas eu me encontro rabiscando o seu nome.
Malcolm Saint.


Status
Ele mudou seu status.
Ele realmente mudou o status de seu interface, Facebook e das mídias sociais em geral.
Eu sinto que devia ter um alerta, algo como um terremoto. Se minha perseguição online por
ele me mostrou uma coisa, é que ele nunca fez isso antes. Em um relacionamento sério, ele diz. E,
considerando que o meu diz que eu sou solteira, eu me pergunto se Malcolm está mesmo falando de
mim.
É o fim de semana depois que ele dormiu, sábado, para ser exata, quando eu mando uma
mensagem para Gina. VOCÊ VIU?
Ela não responde. Eu ligo no celular.
— Você viu?
— Hmm.
— Onde você está? — Eu exijo.
— Rachel, eu estou dormindo. Eu estou ao lado.
— Você está sozinha?
— É claro que eu estou sozinha — disse Gina.
— Estou chegando.
Eu deixo meu laptop aberto e atravesso o apartamento para o quarto dela, a fazendo fugir
mais, subindo em sua cama, e mostro a ela. Ela lê, franzindo a testa, como se ela não conseguisse
descobrir a situação de emergência, em seguida, sua boca fica aberta.
— Uau.
— Vamos lá, é mais do que uau.
— Duplo uau.
Ela olha para mim, de forma fria e carrancuda. — Uau! — Ela explode. — Este é um novo
nível de jogada, isso é tão... Assim como Paul. — Ela franze a testa e está agitada e descontrolada.
Normalmente eu concordaria com ela. Esta é uma atitude babaca. Mas ela não sabe os detalhes, que
ele também é um ser humano. Que ele foi, incrivelmente, não aceito realmente por seus pais.
Ela não vê as coisas pela minha ótica, a forma como ele tem esse sorriso muito, muito
genuíno e um sorriso totalmente diferente, quando eu o estou divertindo.
— Você não está indignada? — Gina explode.
— Eu... Bem, eu...
— Rachel. Rachel... Não dê uma de Wynn comigo.
— Wynn é adorável. Ela sempre pega o cara. Você sabe por quê? Porque ela acha que ela o
merece e que é possível. — Eu puxo meu telefone, meu coração fazendo essas coisas. Coisas
estranhas e excitantes. — Eu vou mandar uma mensagem.
— Mensagem sobre o quê? Ele poderia estar na cama com a garota que ele está em um
relacionamento agora.
— Então eu vou ligar.
Eu apertei discar e o esperei responder com seu habitual e curto hey.
— Então, eu quero convidá-lo para sair hoje à noite. Mas como eu vejo que você está em um
relacionamento sério, eu queria verificar se você ainda estava disponível.
Ele ri.
Deus, sua risada.
Borboletas.
— Onde você está?
— Praticando golfe com os caras.
— Quando você alterou o seu status?
— O quê?
— No Facebook.
— Eu não o mudei. Um dos meus assistentes deve ter mudado.
— Oh.
Ele ri e me sinto como um idiota.
— Você está decepcionada, Rachel?
— Não, eu não teria sequer esperado monogamia de você. — Eu acho que eu estou testando-o
com aquele comentário. Eu estou fazendo uma coisa de menina necessitada para ter a confiança
restabelecida, carente de ouvi-lo definir o que é que está acontecendo entre nós.
Ele não me dá muita dica, mas diz — eu espero. De você.
— O quê? Você acha que eu posso lidar com qualquer outro cara, ao mesmo tempo em que
encaro você? — Pergunto.
Oh, meu coração.
— Tahoe está transando com o carrinho de golfe - eu ligo depois.
— Foda-se Tahoe — murmuro para mim mesma, quando eu desligo.
— Tahoe. Juro que ele precisa de algo para fazer — diz Gina.
— Com você. Basta dizer isso.
— Nunca.
— Ele é o produto de toda sua fantasia.
— Ele é um animal.
— Ele acha que você é suculenta.
— O quê?
— Sim, ele me perguntou seu nome. “Aquela sua amiga suculenta”.
— Ele não falou isso. Filho da puta!
Eu sento lá, olhando melancolicamente para o meu status “solteira”.
Gina se senta ali, perplexa porque Tahoe acha que ela é suculenta.
Ela se recupera primeiro. — Eu me sinto horrível por você, mas você foi com seus olhos e,
aparentemente, suas pernas abertas, Rachel.
Eu movo meus ombros, para que eu possa encará-la. — Gina, só de ter sentimentos por ele,
me faz sentir como se eu fosse uma traidora. Nós dissemos que não faríamos isso.
— E agora você vai ter que fazer uma escolha, Rachel. O trabalho ou o homem.
— Não há escolha! Se eu optar por ele, ele vai voar para longe como um falcão selvagem,
antes que eu possa sequer segurá-lo por muito tempo.
Gina faz uma careta. — Então reze para que ele termine as coisas logo.
— Dói orar por algo que você não quer.
— Então, termine você mesmo. Resolva logo esse assunto.
Eu suspiro.
— Rache, ele realmente disse isso?
—Tahoe?
— Não, seu pau. Claro, Tahoe. Bem, Tahoe e seu pau.
— Sim, mas eu não o quero perto de você.
Ela faz uma carranca. — Espero que ele fique longe de mim no próximo mês; é o aniversário
do lixo do Paul e eu sempre me sinto particularmente vulnerável.
Eu gemo e caio de costas na cama, esfregando meu rosto. — Gina! O que está acontecendo
com a gente?
— Homens. A humanidade. Mulherengos.
Suspiro.
— Você e Saint. — Ela me estuda em dúvida. — Você já se perguntou se você e ele poderiam
ter um relacionamento épico?
— Você quer dizer desastre épico.
— Não, eu quero dizer isso— ela encolhe os ombros — ele é emoção e você poderia
estabilizá-lo. Poderia ser um épico relacionamento se ele não acabasse com isso... Ou você.
— Isso vindo de você? Estou encantada agora, Gina.
— Eu só estou perguntando. Você tem que ter se perguntado. Você sabe. Como uma fantasia
sexual, mas sem sexo.
— Eu faço — eu admito. — Eu me pergunto como seria ser parte da sua vida e não apenas na
sua cama. Eu sei que fui eu quem tornou o relacionamento dessa maneira... Não querendo ser parte do
escrutínio público. Mas eu também sei que no fundo ele nunca iria funcionar. Não pode ser, G. — Eu
balancei minha cabeça. — Saint nunca mudaria. — E mesmo que ele pudesse mudar, um cenário de
como poderia ser aparece na minha cabeça. — Além disso, eu vou viver com medo de todas as outras
mulheres solteiras lá fora e da natureza de Malcolm em foder tudo ao redor só porque ele pode.
— Então apenas se divirta, Rachel. — Ela suspira e dá um tapinha no topo da minha cabeça,
dizendo exageradamente — você tem a minha bênção, filha.
— Você quer dizer o que, Gina?
Ela sorri. — Eu queria que você não fizesse, mas você já está muito envolvida. Além disso, se
eu disser não, você continuará fazendo isso pelas minhas costas. Por favor, não faça. Eu sou sua
amiga, é por isso que eu estou aqui.
— Obrigada. — Deus, é como se um enorme peso fosse tirado dos meus ombros. É uma
tortura estar em uma montanha russa, incapaz de gritar, e é exatamente assim que eu tenho me
sentido.
Eu fico olhando fixamente para o teto e depois só sorrio por que...
Bem. Sua assistente mudou seu status no Facebook. Cathy, talvez? Ah, como eu gostaria de
poder tomar um café com Cathy um dia e saber tudo.
Tudo.
Eu pego meu telefone e mando uma mensagem para ele:

Minhas mãos estariam muito ocupadas se você estivesse ao meu lado agora

Minha mãe responde.

Olá querida. O que você quer dizer?

Eu mando uma mensagem para ele:

OMG Acabei de enviar uma mensagem picante para minha mãe

Então, para minha mãe:

Sim, mamãe, eu adoraria massagear o seu pescoço. Nova técnica que eu aprendi

Mensagem de Sin:

Reenvie para mim

Eu:
Sin! Este foi um banho de água fria absoluto. Você ficará se perguntando o que eu disse ;)


No dia seguinte, eu estou esgotada de sair com ele. Eu também estou dormindo na casa dele.
Empurrando-me em seu braço, eu faço o inventário.
Cada característica cinzelada em seu rosto bronzeado. GOSTO
Sua boca ímpia. GOSTO.
Seus minúsculos mamilos masculinos lindos, marrons. GOSTO.
Oh, Deus. Eu gosto tanto dele.
Suspirando, eu escorrego de volta para os seus braços. Eu gosto disso também, muito.


Ele me pega no Rolls dois dias depois. Otis abre a porta para mim e Saint acabou de chegar,
de volta de alguma conferência importante em Nova York. Ele é o epítome de um deus dourado de
cabelos pretos, sexy em um terno.
SIM, EM UM TERNO.
Eu saio no banco e lentamente deslizo para o chão do carro, avançando entre suas coxas
duras, sorrindo quando ele para de falar no telefone. Porque sim, ele está falando no telefone.
Fazendo negócios. Estranho? Ha ha.
Eu esfrego minha mandíbula em sua coxa e deslizo as mãos para cima do músculo duro. —
Sim, Charles — ele continua. O mistério em seu olhar, quando ele me observa e acena. Sorrindo com
malícia, eu esfrego meu rosto em sua outra coxa, depois meus lábios, então eu continuo o
acariciando, até que minha boca e meu queixo esfregam contra sua ereção.
Ele está duro como pedra debaixo dos meus lábios, enquanto eu levemente raspo sobre o
tecido, a textura de seu espessamento com a voz afetada. — ... a venda baixa... — Eu o ouço dizer, e
quando eu olho para cima para ver se ele gosta do que eu estou fazendo, seus olhos estão brilhando
para mim como rochas vulcânicas vítreas.
O som de minha respiração ecoa no silêncio enquanto Saint permite que esse cara, Charles,
fale e chego ao zíper. Eu abaixo o zíper de Saint, em seguida, abro o seu cinto, nenhuma vez tirando
os olhos do seu rosto. Do rosto bonito. Suas pálpebras olham, ponderando todos os meus
movimentos, como labaredas quentes e enternecidas, quando eu o liberto. Ele é macio como veludo,
tudo nele, duro e grosso. Tão forte. Vital. Tão pronto.
Eu o lambo da base até a ponta. Eu envolvo seu pau com a minha boca, minha língua
perambulando, pressionando, provando quando eu prendo meus lábios em toda a cabeça. Ele tem um
gosto requintado. Seu pau foi feito para ser chupado e para foder e agora nada vai me convencer de
que não foi feito para mim.
Seus dedos deslizam em meu cabelo, enquanto seu pau fica ainda mais grosso e longo nos
meus lábios.
Eu chupo mais forte, a cabeça de seu pau massageando minha garganta.
— Isso soa bem — ele diz baixinho ao telefone. Enquanto ele fala, ele leva meu cabelo pra
trás dos meus ombros. Ele quer ver a minha cara, eu percebo.
Ele quer me ver e eu realmente quero vê-lo.
Prolongando o nosso contato com os olhos, eu continuo o saboreando, me perdendo no
momento, e ele aperta a sua mão no meu cabelo. Eu me dedico a ele. Eu quero que esse seja o mais
memorável boquete, assim como eu adoro lembrar as vezes que ele me chupou.
Ele é enorme, seu pau rosado forçando para estar dentro de mim, para estar satisfeito. E nesse
momento, eu tenho um único objetivo: fazer com que Saint goze dentro de mim. Ele é lindo e no
controle e poderoso, e eu quero que ele goze na minha boca.
Meu sexo está palpitante e eu ouço sua voz quando ele diz a Charles para mantê-lo informado;
em seguida, ele desliga e joga o telefone de lado.
— Rachel — diz ele com aprovação grossa, pegando meu rosto com as mãos, sorrindo para
mim com calor puro. Ele esfrega as costas dos dedos sobre minhas bochechas, quando ele puxa meu
rosto e se inclina para beijar meus lábios. — Você está gostando? — Ele pergunta.
Eu concordo. Acariciando suas coxas, até seus músculos, eu sussurro — Eu quero provar
você... — Estou além de feliz quando ele põe as mãos em seus lados e me deixa voltar para ele.
Eu traço meus dedos até o comprimento do seu eixo e beijo a umidade na ponta, meu corpo
latejando em um único nervo, quando eu saboreio sua mudança de respiração, uma mão estendendo e
os dedos apertando em meu cabelo, as palavras que ele sussurra para mim quando ele começa a
empurrar-me e perder o controle. Isso, Rachel... Deus, assim mesmo... Você gosta disso...?
Eu nem sequer percebo o quão selvagem as minhas próprias mãos estão agindo, esfregando o
peito, agarrando-o, o seu pescoço, a parte traseira de sua cabeça, quando eu tento chegar mais perto
para intensificar minha chupada para dar-lhe o tipo de prazer que ele me dá.
Quando eu chupo com mais vigor, ele sussurra, sua voz rouca e baixa, — Eu quero gozar com
você Rachel — e ele me puxa para cima, com as mãos sobre o meu rosto, em seguida, me coloca no
banco do carro. Quando eu começo puxando meus jeans para baixo com velocidade recorde. Ele tira
das minhas pernas e, em seguida, seus lábios famintos mordiscam um caminho no meu estômago,
para os meus seios quando ele empurra meu top para cima e meu sutiã para baixo, liberando os meus
mamilos. Um macio e impotente gemido me deixa, quando eu arqueio meu corpo, oferecendo-lhe
tudo o que tenho e muito mais.
— Oh, sim — eu gemo, juntando as minhas unhas nas costas dele, querendo sentir sua pele na
minha.
Ele reivindica meus lábios. Não tenho certeza de que podemos lidar com isso, com a forma
como nos sentimos. Não. Talvez apenas eu me sinta assim, mas ele sente algo por mim também, eu
posso sentir isso em suas mãos, seus olhares. Então é isso que nós fazemos.
Ele mordisca meus lábios, coloca as minhas pernas abertas com as palmas das mãos. Eu parei
de respirar quando ele abaixa a cabeça. Ele me degusta. Com os traços firmes de sua língua.
Ele me transforma em uma bagunça borbulhante, me torturando, empurrando-me para a beira
do orgasmo e então... Faz-me esperar quando ele rasga em um pacote de preservativos e coloca em
seu glorioso pau.
Ele me cobre com seu corpo e no segundo seguinte estamos bloqueados, gemendo de alívio.
Sua tortura não termina aí. Ele dirige profunda e lentamente, forçando-me a saborear cada pulsar,
deliciosa polegada de cada mergulho completo e perfeito. Eu não posso ficar parada. Eu não posso
segurar a sensação feroz de algo edificando dentro de mim, se esforçando para a liberação. Minha
boca suga sua boca linda, sua orelha, seu pescoço, o queixo áspero sob meus lábios.
Estou com tanto medo de pensar o que isso representa. Estou com tanto medo dele me
machucar. Estou com tanto medo de machucá-lo. Eu engulo um pequeno soluço quando eu começo a
gozar, balançando e tremendo de tanto prazer e uma excruciante dor interna.
Meus olhos borram. Eu ouço sua voz alta falando quando ele goza, sentindo os pulsos longos,
profundos de seu corpo gozando no meu, e eu aproveito para limpar os olhos e, em seguida, beijar
qualquer parte dele que eu puder.


Saint me convida para jantar em algum restaurante fino, alto-nível, difícil de obter lugar, mas
eu digo-lhe que eu não quero estar numa multidão. Então ele faz algo que eu não espero; ele nos
32
deixa no Navy Pier depois de horas. Nós andamos ao longo do caminho tranquilo, que normalmente
se agita com as pessoas; esta noite está calmo e vazio, exceto para nós. De um lado estão as lojas,
jogos, pequenas lojas, e, do outro, o cais.
— Como você fez isso?
— Otis conhece um dos guardas noturnos. — Ele ri.
— Vamos entrar em um desses. — Eu aponto para a roda-gigante, e nós entramos em um dos
lugares vazios, protegido do vento, quando ele me pergunta se eu nunca vim aqui quando eu era mais
jovem.
— Às vezes, com a minha mãe — eu digo. —Você?
— Minha mãe não teria sido pega nem morta aqui.
— Mas aqui está você. Você parece tão bonito nesse jeans, como em seu terno. — Eu toco o
colarinho de sua camisa de botão branco. — Eu amo suas camisas. Às vezes eu quero ver o meu
batom aqui apenas por ver.
Ele ri, o som cheio e rico. Travessa, eu me inclino e pressiono a minha boca no seu colarinho
e o sorriso dele desaparece. —Você tem uma veia rebelde em você, Rachel.— Seus olhos estão
admirando, me enchendo de calor.
—Você a trouxe para fora... — Eu acuso, rindo, enquanto eu passo para trás, e eu juro que ele
parece ainda mais poderoso, mais inatingível, e mais bonito com meu batom em sua camisa. Apenas
uma pequena mancha.


Ele me pede para visitá-lo em seu escritório, me provocando dizendo no telefone, que ele tem
uma vaga na agenda. Você quer falar sobre a interface? Ele pergunta.
Sim, eu digo.
Eu chego no horário que ele indicou, e ele está lá de pé, sua camisa enrolada até os cotovelos,
como se ele estivesse imerso no trabalho, seu cabelo despenteado. Sua voz soa cansada quando ele
diz a Cathy para sair e então ele me pergunta: — Como você está, Rachel?
— Bem, agora — eu sussurro, e começamos a nos beijar, os papéis sobre a mesa colocados
de lado com um dos seus braços, enquanto ele me segura como se eu fosse o seu mais urgente
compromisso, que ele está disposto a cumprir imediatamente.


Eu acabo de mandar uma mensagem na parte da tarde, perguntando o que ele fará esta noite,
quando ele aparece dentro da Edge, um choque para todos. Meus olhos se arregalam, tenho certeza
que meu estômago apenas voou para minha garganta, e eu olho para ver se Helen o viu. Ela está tão
pálida, quanto ruborizada. Corro para perguntar-lhe: — Helen, posso?
— Vá!
Pego minha bolsa e saio do meu cubículo. — Hey — eu digo.
Ele sorri para mim, especialmente para minha bolsa. — Espero que isso signifique que você
está vindo comigo — diz ele, com os olhos cintilando, o escritório inteiro derretendo junto comigo.
Mesmo Valentine.
— Tchau, Rachel! — Ele chama animadamente.
— Tchau, Valentine — eu digo, deslizando meu braço na curva do braço de Malcolm.
— Amigo? — Malcolm me pergunta sobre Valentine. Avaliando. A menina dentro de mim
treme quando eu me pergunto se ele está com ciúmes.
Eu concordo. — Seu fã. — eu sussurro.
Ele ergue uma sobrancelha. — Não é heterossexual?
— Não totalmente. Mais como bi.
Ele começa a rir, um som que é rico e faz meus joelhos fracos, e eu agarro seu rosto e
descuidadamente começo a beijá-lo no elevador, me fazendo rir também. — Eu gosto de ouvi-lo rir
— eu sussurro.
Ele não diz nada, mas eu o sinto gostar muito quando ele olha para mim, seus lábios
sorridentes, mas seus olhos quentes em admiração.


Eu estou olhando para a tela do meu computador.
Cada link que eu clico sobre Saint está falando sobre ele ter uma possível relação COMIGO.
A especulação é feroz.
De alguma forma, as pessoas estão mais interessadas em se perguntar se ele está ou não em
um relacionamento, do que jamais estiveram em ele ser mulherengo.
Seu feed do Twitter está cheio de perguntas sobre sua namorada.
Eu estou estressada com isso, me perguntando no que eu me meti, até que eu descubro um
novo tweet de Tahoe aparecendo no meu feed.
Então o cara realmente me marcou.

Hoje à noite sairei c/meus amigos a menos que a namorada de @MalcolmSaint,
@RachelLiv, não deixe.

Merdaaaa.
Uma dúzia de respostas surgiram nos próximos segundos:
Dou-lhe uma semana
Saint não poderia ser monogâmico, nem se quisesse, ele precisa de variedade
Ela não é bonita o suficiente!
Isso é real? Eu pensei que isso fosse algum truque de publicidade. Saint realmente tem uma
namorada?
Horas mais tarde, eu vejo Tahoe excluir o tweet e eu apostaria minha vida como Malcolm
mandou.


Mais tarde, naquela semana, Saint me convida para sair.
— Eu não posso, sua mídia social já está falando sobre nós.
Ele acaba me levando para o The Toy e vamos para o lago a tarde.
Ele passa toda a primeira hora fazendo negócios. — Quantas horas você pode ficar no
telefone e quem são as pessoas que você está falando? — Da minha espreguiçadeira, eu tento tomar
seu telefone, mas ele o segura acima de sua cabeça, fora do meu alcance.
— Você vê a loira naquele outro iate? — Eu aponto, distraindo-o.
Ele está usando óculos então eu não posso ver o que ele está olhando, mas ele mantém o seu
telefone na mão e deita sobre um braço dobrado. O sol realmente ama este homem. Ele está
bronzeado, seu cabelo brilhando, meu próprio reflexo em um biquíni azul olhando para mim em suas
lentes espelhadas. Ele não se preocupa em virar e ver as meninas, no outro iate nas proximidades. —
Eu vejo a que está na minha frente — ele murmura com a voz rouca.
— As loiras são o seu tipo, não é? — Eu aponto para ela novamente, ela está no deck superior
do outro iate, em um biquíni listrado de azul marinho e branco, definitivamente olhando para cá. —
Olhe para ela. Bonita. Exatamente o seu tipo.
Ele enfia seu telefone sob sua espreguiçadeira. — Eu realmente não tenho um tipo.
— Eu sou seu tipo?
— Você é a primeira do meu tipo.
Eu ri. — Você é o primeiro do seu tipo. Infelizmente, eu não acho que há outro completamente
como você —. Eu olho para as garotas novamente. — A outra é bonita também. Malcolm! Olhe para
elas!
Ele se senta, agora, baixando os cotovelos sobre os joelhos, enquanto e aproxima das bordas
e fica mais perto de mim, sua boca curvando-se um pouco. — As coisas que eu costumava gostar em
uma mulher tem perdido um pouco de seu charme.
— Por quê?
Eu tiro os óculos dele. Seus olhos brilham sob o sol e brilha com segredos, um nó surge em
meu estômago e prendo a respiração quando eles encontram os meus. — Eu olho para elas e vejo
uma falha gritante em todas elas. — ele me diz sobriamente, ele faz barulho e balança a cabeça, a pele
dourada reluzente sob o sol. — Uma pena, realmente.
— O quê?
— Elas não são a loira que eu quero.
Eu fico olhando.
O nó fica mais apertado.
— Elas não são você, Rachel — ele especifica.
Ele se inclina para frente para aproveitar meu queixo, forçando-me a olhar para ele.
— Agora, por que você quer que eu olhe para elas? Você gosta de garotas?
Comecei a rir e empurrar a sua mão. — Malcolm — eu repreendo.
— Você gosta? — Ele ri, pegando meu queixo novamente, me provocando.
— Não! Eu nunca iria partilhar o meu homem!
Com uma risada baixa, ele se inclina para trás na espreguiçadeira, tomando seus óculos de sol
da minha mão e os experimentando no meu rosto. Eu rio e faço pose; ele ri e me dá arrepios o que
ele faz em seguida, ele os arranca fora e coloca em suas mãos grandes.
— Isso deve soar terrivelmente chato para um homem como você — eu digo. — Que eu não
vou compartilhar o meu homem.
— Eu não estou contestando isso.
— A parte chata?
— A segunda parte.
—Você se tornaria monogâmico por uma garota?
— Eu me tornaria, por minha garota. — Ele se inclina para frente novamente. — Veja, eu
nunca tive uma menina que eu visse como minha.
- Elas todas têm sido propriedades públicas. — Com um sorriso discreto, ele coloca seus
óculos de sol ao lado de seu telefone sob sua espreguiçadeira, em seguida, olha para mim com
aqueles olhos profundos e brilhantes, de cílios grossos, que teimam em aparecer meus sonhos sem
parar. — Mas há uma garota. Minha propriedade privada.
— Eu não sei de quem você está falando, mas se ela tiver algum sentido nela, ela fugiria tão
rápido quanto possível. Não é sexy ser considerada propriedade de ninguém, Malcolm.
— Venha aqui. Você sabe que eu estou falando de você. — Ele me pega pela cintura.
— Não, eu não sei, porque nós dissemos que estávamos apenas dormindo juntos, somente...
Eu me contorço um pouco, quando ele me puxa para o seu colo. — Por que você luta comigo
sobre isso? — Ele sorri e faz uma carranca, ambos ao mesmo tempo, então me coloca em seu colo e
olha diretamente para mim, muito sério. — Eu sou bom na coisa de “uma noite apenas” — ele me diz.
— Eu sou excelente em diversão sem compromisso. Eu fui feito para foder por aí. Se alguém pode
dizer a diferença entre foder por aí e a coisa real, esse sou eu.
Oh, Deus. Estou derretendo.
Eu abro minhas mãos sobre os lados de sua mandíbula. — Você foi feito para grandes coisas.
Todos podem ver isso.
— Você quer ficar comigo — ele murmura. — Eu vejo na forma como você cora, ouço você
parar de respirar e eu sou a causa de ambos. — Ele olha para mim com sobriedade e eu estou com
medo. Estou com tanto medo, eu estou tremendo em seus braços, em seu colo.
— Eu não sou sua menina, Saint. Eu sou provavelmente a única menina que você conhece que
não quer ser a sua namorada. Eu acho que você está sofrendo da síndrome de querer-o-que-você-
não-pode-ter.
Ele olha para mim com ternura, como se ele entendesse a batalha em mim. Como se ele já
tivesse estado lá ou sabe instintivamente que eu vou perder, mas ele ainda não terá piedade de mim. —
Eu não penso assim, Rachel. Eu tenho você exatamente onde eu quero você.
— Em seu grande iate. — Eu rolo meus olhos.
— Nah. Ao meu lado. — O comentário faz meu estômago enrolar e minhas orelhas
queimarem.
— Você está me provocando.
— Você está corando.
— É um bronzeado. Estou me bronzeando agora. Você sabe. No seu grande iate. Você perdeu a
capacidade de me deixar tímida. Eu já não coro.
Ele puxa meu biquíni e eu grito — Malcolm!
— Não é um bronzeado — diz ele, seu olhar quente sobre meus seios, enquanto eu luto para
amarrar a parte de cima novamente. — Você está corando por toda parte, cada polegada de você —
diz ele, aprovando.
Antes que eu saiba, estamos nos beijando, quente e preguiçosamente, pelo tempo que parece
ser um minuto e uma hora. Estamos tão excitados quando nossos lábios se separam, que eu tenho
certeza que ele vai querer terminar isso no quarto, mas ele tem um jantar e nós temos que ir para as
docas antes que comecemos isso.
— Você tem certeza que não quer vir? — Ele bagunça meu cabelo quando ele passar por mim.
— E fazer a festa de todos aqueles repórteres? Não, obrigado — murmuro, roubando
vislumbres de como ele cobre o corpo que Deus lhe deu, com suas sexy roupas de negócios.
Ele fecha suas calças, em seguida, começa a trabalhar nos botões com seus dedos ágeis e
rápidos. — Te incomoda que eles estão atrás de você?
Eu dou de ombros quando eu visto meus jeans slim fit. — Como você vive com isso?
— Eu não tenho uma escolha. — Ele olha para mim, observando eu e meu jeans em uma
batalha. — É novo para eles porque você é nova para mim. Você está desconfortável, Rachel?
— Um pouco. Não com meu jeans, mas com esses babacas que estão atrás de você e, agora, de
mim.
Ele ri deliciosamente, em seguida, balança a cabeça e passa os dedos pelo cabelo. —Então eu
vou cuidar disso.
— Não, isso vai desaparecer juntamente com o seu interesse. — eu falo para ele.
— Não vai acontecer tão cedo — ele diz sem rodeios, já fora do quarto.


Naquela noite eu tenho vários textos de Helen.

Rachel Eu preciso de algo esta semana.
Ligue-me quando puder.
Eu espero que tudo esteja indo bem

E eu tenho o pior caso de bloqueio literário. Eu tenho um tijolo na minha cabeça, em vez de
um cérebro e ele é absolutamente silencioso. Eu fico olhando para a tela do computador, incapaz de
escrever até mesmo uma frase. Nenhuma coisa. Eu abro minha caixa de blocos de notas, em seguida,
volto à minha lista online de links.
Ainda nada.
Estou tão inquieta, não consigo escrever e parece que estou em um beco sem saída. Eu pensei
que as coisas teriam esfriado com Saint por agora, mas em vez disso... Onde é que isto vai dar?
Distraindo-me, eu começo a procurar novos links quando eu vejo um artigo online.
Um tigre não pode mudar suas listras - Saint volta aos seus velhos modos após término com
possível namorada
E eu vejo uma imagem dele, elegante em um terno, o banner do evento à distância. O banner
do evento de hoje, para ser exata. E uma bela loira que se parece comigo está com ele, olhando
carinhosamente para seu rosto.
Meu rosto simplesmente empalidece e meu estômago dói. Eu passo meu dedo por seu rosto na
tela. Ele parece tão distante. Eu não posso acreditar que este é o mesmo homem que estava me
provocando há apenas algumas horas.
Eu sento e a vejo com o braço cruzado no dele, e ele está lindo. O braço dele é o local mais
cobiçado de Chicago. Quem não ficaria feliz e orgulhosa ao lado de Saint?
Você, porque aquele não é o seu lugar; seu lugar é na Edge, em sua própria vida segura, não
no turbilhão e na loucura da vida dele. Fechando o meu laptop, eu vou para a sala de estar, sentindo
nada mais que ciúme e bloqueio literário hoje à noite. Não, obrigado. Tornar-me possesiva por um
homem, que é comprovadamente inatingível há anos, não é o que eu preciso agora.
O que eu preciso é deixar meu cérebro descansar, para que minha inspiração volte.
O que eu também preciso agora é de começar a me concentrar no meu projeto, não em sexo e
Sin.
—O que você está assistindo? — Eu sento ao lado de Gina.
— Moulin Rouge— diz ela, fungando.
— Oh, eu não posso assistir Moulin Rouge agora! — Eu bato o punho no banco debaixo de
mim; toda a raiva que eu sinto borbulha com essa frase e eu acabo indo para o meu quarto enquanto a
canção “Come What May” me acompanha.
Eu enrolo na minha cama com meu telefone na minha mão, olhando para o seu nome. Não
mande mensagem para ele, Rachel. Ele estar com outra garota é perfeito para você parar de vê-lo e
voltar ao trabalho.
Eu deito na cama um pouco depois da meia-noite e então eu vejo:
SIN
Posso passar aí?
Eu franzo a testa. Eu não respondo, mas eu mantenho o telefone na minha mão, incapaz de
colocá-lo de lado.
Ele vibra.
SIN pisca na tela.
Meu coração salta enquanto eu me sento, respiro e depois o atendo, soando mais casual que eu
consigo. — Ei, eu pensei que você tivesse algo hoje à noite.
— Para você, eu tenho — ele rosna baixinho, sua voz rouca de luxúria. — Posso passar aí?
QUEROOOO.
Eu o quero, o quero. O QUEROOO. Apenas sua voz no telefone corre em minhas veias, como
um tiro de excitação. — Eu estou dormindo.
— Que sorte.
— Você se divertiu esta noite? — Pergunto.
Será que ela vai ser a sua favorita agora?
— Foi ok.
—Oh.
— Eu pus fim aos rumores sobre nós. A imprensa deve te deixar em paz por um tempo.
— Oh. — Surpresa deleitada voa através de mim. É por isso que ele estava com ela? —
Obrigado, eu acho.
—Talvez agora você vá comigo, algum dia, a algum desses eventos, Rachel.
— Eu não posso — eu digo, a cama rangendo quando eu viro para o meu lado e fico mais
confortável. — Mas o que você fez hoje à noite? Diga-me o que eu perdi. — Eu puxo meu cobertor
em cima de mim, à espera de sua voz para me acalmar, como ele costuma fazer.
— O mesmo de sempre. A coisa mais interessante da noite foi conhecer um dos meus
funcionários. Um homem que estava em coma e acordou capaz de falar várias línguas.
Eu ri. — Isso é inacreditável! Eu adoro ouvir sobre essas coisas inexplicavelmente
fascinantes.
— Eu achei que você fosse achar interessante — diz ele, com prazer. Eu ouço o som de uma
porta de carro. Será que ele chegou em casa agora?
— Quais? Línguas, quero dizer.
— Alemão, francês e russo. — Silêncio. Então... O barulho do elevador? —Veja, Rachel —
um tom de provocação entra em sua voz. — Você teria se divertido. Eu teria tomado conta de você
hoje à noite.
— Oh, eu tenho certeza que você teria. Além disso, eu tenho um fraco por outras línguas. Um
homem que fala alemão, wow!
— Eu posso falar alemão em seu ouvido esta noite.
Eu rio e depois fico séria. Ouço passos, então a porta. Imagino-o em seu quarto, cada
pedacinho de mim quer estar lá. — Não, nós realmente não podemos. — eu respiro.
Eu ouvi um rangido.
Ele acabou de pular na cama?
— Nós podemos, você está apenas com medo — ele murmura.
— Você não está? Com medo? Preocupado?
— Não estou preocupado, eu estou fascinado por isso. Por nós.
Sinto toda a minha timidez voltando. Saint é tão perspicaz.
Será que ele sente essa atração tão forte como eu sinto?
Quando eu o ouço novamente, sua voz profunda me surpreende. — Considerando que eu
nunca esperei que ficaria viciado em você, muito menos que duraria mais de uma semana, eu não vou
deixar isso pra lá, Rachel — ele sussurra.
Quente da cabeça aos pés, eu olho para o teto, corada e com medo, sem saber o que dizer e
onde isso iria, se eu admitisse o quão envolvida por ele eu realmente estou. Eu ainda o sinto em meu
corpo. Eu ainda o sinto dentro de mim. Em lugares que você não pode tatuar. Em lugares que
ninguém nunca se aventurou.
— Um desafio, então — eu digo. — Eu sou um desafio.
— Talvez — diz ele, ainda rouco. — O desafio da minha vida.
Eu rio. — Você está me provocando agora.
Ele não ri.
Ficamos em silêncio por um tempo, tão silencioso que eu quase posso ouvir seu coração
batendo através do telefone. Sua respiração lenta. — Boa noite, Saint.
— Malcolm, ele corrige calmamente.
— Malcolm.
Então, finalmente ele ri. — Boa noite, Rachel. Pense em mim.
Oh merda. Eu gemo.
O que ele quer de mim? O que eu quero DELE?
Eu preciso falar com alguém que não vá me lembrar a confusão em que me coloquei.


Mães são sábias
Preciso ver minha mãe. Primeiro, porque eu preciso ver se ela está com uma aparência
saudável, não ganhando ou perdendo peso por causa da instabilidade do açúcar no sangue. Em
segundo lugar, porque eu sei que ela vai ter algo sábio a me dizer, algo que vai me ajudar a ver que
talvez haja alguma lição positiva a aprender nesta confusão maldita em que eu me meti. Pedi as
meninas para virem comigo. Eu preciso de tempo com as meninas, que normalmente me faz sentir
melhor. Chá, carboidratos, falar sobre a loja de aromaterapia da Wynn e Emmett, piadas de Gina
sobre a loja de departamento, minha mãe me dizendo que ela roubou algum tempo para pintar no
quarto que costumava ser meu, e tópicos para a minha coluna.
Minha mãe parece perfeitamente estável. Ela me jura que sua insulina está funcionando como
um relógio e que ela não teve picos de açúcar no sangue recentemente, nem episódios de
hipoglicemia.
Ela está desfrutando das novidades das meninas com um sorriso grande, olhos arregalados e
que por segundos, ficam maiores e mais amplos.
— Então, e agora ela vai derrubá-lo — Wynn acaba enchendo minha mãe.
Minha mãe olha para mim com surpresa, depois ri. — Oh, mas esses rapazes estão apenas
sendo meninos. Eles estão apenas sendo eles mesmos, e certamente não são maus. Malcolm Saint tem
estado se especializando para ser um herói desde que ele nasceu, tendo um diabo como pai!
— Eu não disse que ele era mau — eu rapidamente digo, ansiosa para defendê-lo. — Essa
história... É um trabalho, como puxar a cortina de algo, ou revelar algo novo sobre um tópico que as
pessoas estão loucas para saber. Eu certamente não vou escrever que ele é mau! — Eu estou na
defensiva, então eu faço uma carranca. — Eu não sou assim, mãe, eu só estou tentando fazer o meu
trabalho.
— Então, o que você vai dizer? Que ele é um mulherengo? Essas meninas talvez queiram que
ele se aproveite delas. Eu sei que eu quis, quando seu pai...
— Pare!
Seus olhos se arregalam com a minha explosão.
— Eu preciso escrever esta matéria e você sabe por quê? Porque se eu não fizer isso, eu vou
ser demitida e eu não sei como vou sobreviver. E mesmo se eu não for demitida, a Edge está à beira
do colapso e dezenas de pessoas vão acabar sem emprego. E isso, Mãe, é a minha oportunidade para
que você tenha uma casa que goste, para que você possa pintar pelo resto de seus dias e talvez te
ajudar. Então eu vou escrever esta matéria porque eu sou uma profissional, e, em seguida, a Edge vai
ter uma nova chance e meu trabalho vai me estabilizar ou mesmo me levar a outro nível, e então eu
vou te comprar um carro grande e uma grande casa com o dinheiro que entrar e Saint estará em seu
iate com uma dúzia de amantes, sem mesmo dar a mínima. — Minha voz quebra e os olhos começam
a lacrimejar e Gina e Wynn, que tinham estado ocupadas folheando as revistas da minha mãe, de
repente, olham para cima e param.
O rosto da minha mãe suaviza. — Eu não quero uma casa, Rachel — diz ela, lentamente,
colocando a caixa de chá que ela estava tirando de um armário.
Uma lágrima vem para o canto do meu olho,e eu limpo. — Bem, você terá uma. Você merece,
mamãe.
— Rachel, você sente tanto assim a falta de ter um pai? Doeu tanto? — Ela se aproxima e se
senta ao meu lado e estende a mão para pegar a minha na sua que é quente e macia.
— Ele não fez falta. Eu tive você — eu asseguro a ela, piscando porque eu nunca, nunca tive
uma reação assim.
— Então por que você precisa fazer algo que claramente não está te fazendo bem?— Ela
continua, analisando da maneira dela.
Outra lágrima, em meu outro olho, escapa. Eu liberto a minha mão da minha mãe e limpo,
ciente de Wynn e Gina tão tranquilas, todo mundo tão tranquilo, exceto eu, respirando rápido,
tentando duramente não chorar, apesar destas míseras pequenas fungadas. — Bem, não é disso que é
feita a vida? — Eu lhe pergunto. — Feita de escolhas? Não é isso que você escolheu, parar de pintar,
assim você poderia conseguir um emprego? Era uma escolha que partiu seu coração, mas você tinha
que fazer isso porque não havia outra coisa a fazer. Nenhuma. Não foi?
— Este jovem, como ele se sente sobre você?
— Ele não está apaixonado por mim, mãe. Ele não é o meu pai. Não foi amor à primeira vista,
não são duas almas gêmeas se encontrando. Ele não quer estar comigo como meu pai fez com você.
Ele não me viu e pensou: Essa é a minha alma gêmea, é a mulher que eu quero passar o resto da
minha vida e nada mais importa!
Eu não posso continuar. Minha garganta se fecha e meu peito dói. — Eu sou um desafio para
ele — eu adiciono, com um fio de voz. — Eu sou apenas um desafio para ele. Ele não é um homem
que sente amor por uma mulher, ele não foi feito para isso. Ele e eu... — Alguma coisa aperta meu
peito como se fosse um laço e meus olhos estão em chamas. —Nós não duraríamos nem uma
temporada. E, assim como meu pai, em um segundo, poof, ele terá ido e então vai ser apenas eu e
você. Eu e você, mãe. Como sempre.
Eu não acho que eu posso suportar ouvir uma resposta, qualquer resposta, seja para acalmar,
para tranquilizar, mesmo para concordar, que doerá ainda mais, e porque as três estão olhando para
mim como se vermes estivessem saindo da minha cabeça, porque eu sou má e isso é o que acontece
com cadelas más como eu, eu me levanto, de cabeça abaixada e vou o meu antigo quarto e fecho a
porta, respirando quando eu sento lá em um banquinho de frente para uma tela inacabado da minha
mãe, com lágrimas caindo dos meus olhos. Eu nem sei por que estou chorando. Não era para ser tão
difícil. Eu nunca imaginei que seria tão difícil. Mas minhas amigas e minha mãe estão começando a
pensar que eu estou cometendo um erro.
Eu gemo e me deito no chão, onde minha cama costumava estar, olhando para cima. Olhei
para este teto quando eu era apenas uma menina que queria um pai, que tinha sonhos, que queria fazer
a diferença, que queria escrever porque a escrita fazia alguma coisa... Ela constrói algo a partir do
nada.
Eu costumava deitar aqui quando eu era uma menina, e antes de conhecer Gina e ela conhecer
Paul, eu ficava imaginando se eu me apaixonaria por um homem, da maneira como minha mãe se
apaixonou pelo meu pai. Minha mãe amou meu pai antes mesmo que ele tivesse a chance de
desapontá-la ou partir seu coração. Minha mãe tem a mais pura visão sobre os homens no mundo,
33
achando que eles são inerentemente bons, o yang do mundo e o complemento perfeito para o nosso
34
yin . E eu costumava ser o tipo de garota que sonha com quem seria o seu yang. O que ele faria.
Como ele pareceria. Quão forte ele me amaria.
Nunca imaginei olhos verdes brilhantes e dezenas de sorrisos, e um homem que me desafia,
me provoca, é tão falho quanto é perfeito, e me faz querer conhecê-lo profundamente até o seu
último pensamento.
A minha garota...
Deus. Eu cometi um erro tão grande.
Ao lutar com ele, eu só o intriguei mais.
Cedendo a ele, eu só estou me condenando à dor.
Meu erro não foi aceitar a missão de escrever a reportagem, e sim deixar cair minhas
barreiras e me aproximar dele a ponto de senti-lo como parte da minha alma. Meu erro foi ficar com
a sua camisa e ir ao seu clube, para seu iate, e beijá-lo, indo para sua casa e lhe implorando para fazer
amor comigo, mesmo depois que eu prometi a mim mesma que isso nunca iria acontecer.
Eu preciso colocar um fim nisso, mas eu não posso raciocinar agora. O pensamento de que eu
preciso terminar com ele me faz ansiosa por vê-lo ainda mais.
Eu impulsivamente pego o meu celular e ligo. Correio de voz. Ele está, provavelmente,
fodendo com outra garota, eu digo a mim mesma negativamente. Deixo uma mensagem:
— Ei, sou eu. Eu acho... Nada, realmente. Me liga. Ou não. Tchau.
Eu desligo. Então eu enxugo as minhas lágrimas e sinto um aperto. Eu tinha um objetivo, a
chance de escrever uma reportagem para conseguir fazer o meu nome, crescer na minha carreira,
revelar o verdadeiro Saint e não a lenda. Talvez eu possa abrir os olhos de alguma garota e evitar um
coração partido. Talvez elas possam perceber que Saint não vai amá-las. Ninguém vai amá-las, exceto
elas mesmas, se elas trabalharem muito para isso. E suas amigas, se escolherem sabiamente. E suas
famílias, se tiverem sorte. Este é o meu lado da história, o lado da garotinha que cresceu se
perguntando como seria viver com o amor de um homem, e depois cresceu determinada a provar a si
mesma que ela não precisa dele. Eu sei que há um monte de meninas lá fora, como eu. Aquelas que
não conseguiram o cara aos sete, aos treze, aos quinze anos, e elas nem sequer tiveram o cara quando
elas nasceram. Por que nós vamos ter o cara agora, quando nós já crescemos? Nós não precisamos
dele agora.
Ele me liga de volta. — Ei. Você está bem? — Ele pergunta.
— Eu... — Sinto algo como um nó no meu estômago, ao ouvir o som de sua voz. Eu nunca me
senti tão ligada a um cara. Tão ligada, a ponto de pode ouvir a preocupação em sua voz, e ter certeza
de que ele pode ouvir a tristeza e a frustração na sua. Como pode ser isso? Eu limpo os cantos dos
meus olhos. Odeio, odeio, odeio estar chorando. —Sim, estou bem. Eu só queria conversar com
você.
Eu limpo a minha voz, odiando que ela tenha falhado um pouco no final. Há um silêncio
tenso. A hora é agora, Rachel. Diga adeus a Saint agora. Você acha que ele quer lidar com um bebê
chorão agora?
— Onde você está? — Ele pergunta.
— Eu estou na casa da minha mãe. Voltando para o meu apartamento.
— Otis vai estar lá. Passe a tarde comigo.
Minha voz fica tímida e eu admito — eu adoraria, Malcolm.
Ele está quieto, como se surpreso com o quão vulnerável eu soo. E então ele me surpreende
muito com sua voz tão rouca e suave. — Eu também. Vejo você em breve.
Eu desligo e olho para o meu telefone, meu coração, literalmente, doendo dentro do peito. Eu
estou apaixonada por ele? Por que estou tão aflita e tão confusa? Parece que o meu cérebro me
aponta na direção da razão e da carreira com que sonhei por toda a vida, mas o resto de mim não
quer ir para lá se isso significa ter que perdê-lo.
Eu olho para a pintura de minha mãe e estou impressionada com sua beleza crua. Não é como
nada que ela já tenha pintado antes, como se todos estes anos que ela não pode pintar, apenas se
aperfeiçoassem dentro dela, criando uma força poderosa que, uma vez posta em liberdade, floresceu
e tomou conta da tela. Até mesmo do próprio quarto.
Assim como o caso com Saint estava tomando conta de mim.


























Precisando de Saint
Duas horas mais tarde, eu chego às docas, e quando eu o vejo esperando por mim no convés
do The Toy, eu inalo, longo e lento. Eu estou vestindo um vestido amarelo, que é bastante informal,
porque eu não tinha planejado vê-lo hoje, e eu tenho que firmá-lo nas coxas com as palmas das mãos,
para impedir que ele levante, quando a ideia é que ele caia.
O vento bate no meu cabelo, quando eu embarco, também move o tecido de sua polo branca
contra a superfície do seu peito. Ele usa bermudas cargo soltas brancas com essa camisa, as pernas
grossas e musculosas.
Ele me levanta e me gira para o convés, em seguida, pega a minha mão e me leva ao deck
superior. Nós nem sequer dizemos Olá. Não há necessidade. Eu não tinha percebido que estávamos
naquela sintonia telepática, que eu só tenho com a minha mãe e amigas, em que você sabe o que o
outro precisa e você não diz nada, você simplesmente está lá e continua lá. E isso é exatamente o que
ele faz para mim, quando ele segura forte os meus dedos entre os seus e me leva para sentar. Eu me
sinto frágil, como se, se ele me tocasse mais, eu quebraria. Então eu me solto, sento em uma cadeira
em frente ao sofá, e apenas fico sentada lá, tranquilamente, enquanto o motor do barco ruge nos
conduzindo ao alto mar.
— Quer falar sobre isso? — Malcolm pergunta, de onde ele se senta em frente a mim,
estendendo a mão para levar meu cabelo para trás. Seus olhos como lâminas afiadas, penetrando em
minhas barreiras.
Malcolm é como um deus do sexo. Ele é um playboy e um jogador, mas ninguém vê além
disso. Que ele é engraçado. Além disso, de alguma forma, muito reservado. Ele é gentil... Eu já vi
isso em primeira mão. Ele é gentil comigo, com seus amigos, não negando qualquer pedido de
caridade. De nada. Se ele não quisesse dormir comigo nunca mais, ele é um homem que eu ficaria
honrada em chamar de meu amigo. Eu o respeito muito.
Eu também estou sentindo tanto ciúme dele. Saber que eu tenho que dar um passo atrás, para
que outras possam tê-lo, me mata.
— Eu estou tendo um daqueles dias que minha família... Bem, minha mãe, minhas amigas e eu
estamos tendo opiniões divergentes — sussurro.
A preocupação em seus olhos é quase demais para mim; logo agora quando eu me odeio pelo
meu emprego. Pelo que eu venho fazendo.
— Malcolm. — Seu nome escapa dos meus lábios em um gemido suave.
Ele estende a mão e me puxa entre seus joelhos amplamente afastados. — Nunca cheguei a um
acordo com a minha família — ele diz, me sentando em sua coxa, e eu estou surpresa que ele está
disposto a tocar nesse assunto novamente. Por ele mesmo. Uma pequena voz na minha mente diz, ele
está fazendo isso por você, Rachel. Para se conectar com você. — Isso me fez sentir fodido de várias
maneiras. Como se houvesse algo de errado comigo. Não importa o que eles acreditam. O que você
acredita?
Que eu sou estúpida! Eu quero chorar. Eu olho para baixo, a sua mão no meu quadril, e eu
deslizo a minha a dele, apenas porque eu não quero que ele a remova, e eu sei que quando eu
publicar a matéria, eu nunca mais vou sentir esta mão grande e forte me segurando pela cintura
novamente. Posso realmente fazer isso?
— Nós nunca concordamos sobre nada — ele continua. Ele coloca meu cabelo atrás das
orelhas, quando rajadas de vento o enrolam e o prende na minha nuca com seu punho, para que
possamos nos olhar. — Nada do que eu fiz foi bom o suficiente. Eu nunca poderia ser o suficiente
para o nome Saint.
— Então, já que você não poderia ser o suficiente para o nome Saint, você lhe deu uma
reputação totalmente nova?
Seus olhos brilham mais verdes. — Nah. Eu só fiz as coisas a minha maneira. Tentei ser feliz
independentemente disso.
Ele me olha como se estivesse se perguntando por que eu não estou feliz.
Não. Ele me olha intensamente, como se ele estivesse se perguntando o que ele pode fazer
para me fazer feliz.
— Na maior parte do tempo, eu sou feliz — eu admito. — Em outras, é como se eu
continuasse esperando por algo. Eu sinto que eu tenho vivido com este pequeno buraco por toda a
minha vida.
— Eu conheço esse buraco.
Quando ele balança a cabeça, eu o provoco um pouco, chegando a dar-lhe um cutucão. — Eu
pensei que todos os seus brinquedos fossem bastante para preenche-lo. E suas loiras.
— Não os brinquedos. — Ele ri, então ele pega meu braço, antes que eu pudesse me levantar e
acaba me levando para seu colo, com um puxão forte. No momento em que eu sento em seu colo,
bem, vamos apenas dizer que não é um pouso suave.
— Apenas uma loira.
Ele me quer.
Seu pau está tão duro, que está pulsando de forma evidente contra o meu bumbum. Um calor
sobe em mim, quando ele desliza seus dedos em meu cabelo. Ele sussurra em meu ouvido: — Você
parece tensa e pronta para ser amada.
— E você não desperdiça um pau duro — eu brinco.
Ele ri, e nossos sorrisos começam a desaparece, quando nós olhamos um para o outro.
— Eu vi... Como você se livrou dos rumores sobre nós — eu finalmente digo a ele.
Ele olha para mim, como se esperasse pela pergunta.
Eu quero perguntar, mas eu não posso. Seria tão hipócrita eu perguntar se ele tinha dormido
com ela, quando, ao mesmo tempo, eu quero manter nosso relacionamento casual.
— Não, eu não fiz — ele responde me observando e eu tenho certeza que ele pode ver o
tumulto de sentimentos que tenho por ele, em meus olhos.
Estou ciente de que eu estou me apaixonando, estou me apaixonando tão intensamente que
meu estômago aperta. Eu estou brincando com fogo, colocando o meu coração bem na linha do trem,
para que ele seja esmagado em breve. Mas nem a ameaça de ser queimada, nem o trem que se
aproxima, podem me parar.
— Você poderia totalmente — eu digo, tão despreocupadamente, quanto eu consigo.
— Sim, eu sei. — Seus lábios se contorcem, seus olhos brilhando com ternura, como se eu o
divertisse.
Com o coração acelerado, eu acabo com meus braços em volta do seu pescoço e sussurro: —
Eu estou feliz que você não tenha feito — e dou uma série de lentos, profundos e ansiosos beijos pelo
seu pescoço grosso, enquanto eu puxo a sua camisa fora de sua cintura.
— Eu não vou — ele diz e para um homem que não faz promessas, esta parece como uma
calorosa promessa sobre a minha orelha, enquanto meus dedos deslizam para cima nos gominhos de
seu abdômen. Isso me amolece, desfaz todos os nós dentro de mim, tão forte e tão rápido, que um
tremor passa pelo meu corpo e ele percebe, sorrindo com isso.
— Malcolm — eu respiro, de repente, tão molhada como nunca estive, me sentindo como se
ele fosse meu agora, todo meu. Ele me deixa beijá-lo por um momento, enquanto ele deixa cair o
nariz no meu cabelo, enquanto suas mãos se enrolam nos fios.
Eu deslizo meus dedos sob sua camisa e a levanto para beijar seu abdome, cada polegada
revelada para mim, até seus mamilos marrons. Então eu lambo o caminho até seu mamilo, enquanto
ele puxa meu vestido para a minha cintura e agarra minha calcinha em uma das mãos, puxando-a para
baixo. Eu a chuto fora, e ele aproveita para abrir sua bermuda e tirá-la.
O desejo treme através de mim quando ele coloca o preservativo. Ele se aproxima de mim, eu
levanto as minhas pernas e as dobro em seus lados me abaixando, a saia do meu vestido caindo sobre
nós, para que ninguém em nenhum iate ou barco passando possa ver, exatamente, o que estamos
fazendo.
Ele é tão grande, eu gemo toda vez que ele está totalmente encaixado dentro de mim, mas ele
gosta, ele gosta de me fazer gemer.
Ele gosta de fazer amor comigo.
Lentamente, os nossos corpos conectados, nossas bocas se procuram, o prazer aumentando.
Nossas roupas caem entre nós, mas sua carne está dentro de mim e eu o estou agarrando
calorosamente, com força, cada golpe de meu quadril fazendo entrar mais profundo.
Ele murmura algo quente e sujo contra o topo da minha cabeça, e eu aceno, mesmo sem estar
certa do que é, apenas concordando.


Nós vamos para a cabine, depois de uma refeição deliciosa. Ele dorme sem nenhum esforço, e
dormir com ele, torna-se meu primeiro vício. Eu deslizo sob os lençóis e pressiono o meu rosto em
seu peito, ouvindo seu coração, quando eu dobro a perna e a encaixo na sua coxa longa e dura.
Eu não posso nem dizer como tão segura eu me sinto agora.
— Você se sente melhor? — Pergunta ele em meu ouvido.
— Muito — eu admito.
Eu começo a relaxar e pensar sobre o que Gina me perguntou. Se ele e eu poderíamos ter
algum futuro.
Se nós poderíamos ter algo, ainda que remotamente parecido com um romance. Eu não quero
ter esperança de que, mesmo que eu resolva o meu problema no trabalho, nós temos alguma coisa.
Mas é difícil me convencer, quando ele arrasta sua mão para cima e para baixo em minhas costas e
estamos tranquilos e confortáveis, como se tivéssemos feito isso mil vezes e pudéssemos fazê-lo
mais mil.
Estou exausta, mas ao mesmo tempo, eu não consigo dormir esta noite. Não importa o quanto
eu me preparei. Quantos coletes emocionais eu tentei usar. O quanto eu lutei comigo mesma. Quantas
“histórias” sobre Malcolm Saint eu utilizei como munição contra quem ele é realmente. Eu não sou
imune. Ele me afeta como ninguém nunca fez. Mesmo sabendo de todas as falhas de Malcolm, isso
não fez nada para me impedir de apegar. Ao invés disso, conhecer suas falhas, me fez querê-lo ainda
mais.
Eu me conecto a ele. Eu me conecto com ele.
Minha reportagem... O que vou contar agora? Eu vim com a intenção de descobrir e
desmascarar uma lenda, mas o que eu encontrei, está agora suado e satisfeito em meus braços, carne
e sangue, imperfeito e irresistível.
E isso, com ele, aqui, é o primeiro e único lugar real onde já tive em minha vida e quero ficar.


Tivemos uma extensa maratona de sexo à noite, por isso, estivemos cochilando pela manhã,
enquanto The Toy desliza suavemente pela água. Minha pele se arrepia sob o calor do sol, o vento
sopra meu cabelo, os movimentos suaves do iate. Os motores cantarolam baixinho me embalando
para um sono próximo.
Saint acabou de atender uma ligação de negócios. Agora ele está descansando bem ao meu
lado.
A luz solar atinge o lago, fazendo com que a sombra do iate brilhe através da água. Estendo e
viro de costas, desatando meu top, para não deixar marcas no bronzeado.
Malcolm acaricia instantaneamente esse ponto, sua mão se espalhando por toda as minhas
costas nuas. — Eu vou ficar com uma marca de sua mão grande em mim! — Eu rio.
Ele ri e se move, envolvendo meu pescoço, indo até o meu couro cabeludo. Seu telefone toca
novamente e ele se levanta. e anda enquanto ele fala. Eu vejo um flash de um sorriso em seu rosto.
Ele passa os dedos pela bagunça sexy de seu cabelo. —Sim? Bom.
Eu sorrio como uma drogada, viciada em vê-lo trabalhar, imaginando o que ele está fazendo.
Quando estou com este homem, eu nunca consigo pensar em nada mais além de tudo o que faz dele
quem ele é.
Ele olha para mim com o celular no ouvido, curvando um dedo para me chamar para mais
perto. Deus, ele é tão mandão. Eu franzo a testa, mas eu sento e tento amarrar o top do meu biquíni,
curiosa para saber o que está acontecendo.
Eu caminho até ele e ele encerra a ligação. Ele sussurra: — Tenho que te mostrar uma coisa.
Venha aqui. — Ele entrelaça um dedo em um dos lados da parte de baixo do meu biquíni e o usa para
me fazer segui-lo. Nós vamos para a sala de estar no convés, onde bronzeador e frutas estão
colocados, juntamente com seu laptop e outros aparelhos de tecnologia. Ele abre seu laptop e digita
algumas senhas.
Sento-me na sua coxa, de lado, para permitir que ele escreva. Ele faz login em alguma página
administrativa, em seguida, clica em um botão e uma janela se abre com a imagem de uma rua.
— O que é isso? — Eu franzo a testa e olho a tela mais de perto.
— Algo — diz ele em voz baixa — que eu acredito que a senhorita vai gostar. Olhe para a
tela.
A tela exibe várias imagens, uma entrada em uma mercearia, uma esquina. — A Luta contra a
Violência está ajudando na vigilância das ruas — explica.
Choque corre através de mim.
— Eu sei.
— Eu patrocinei o movimento deles. O governo já instalou vários satélites, e há mais alguns
para serem instalados.
Estou tão atordoada, uma das minhas mãos está cobrindo minha boca aberta, a minha
expressão de descrença óbvia e os olhos de Malcolm se preenchem com diversão.
— Nada a dizer? — Ele cutuca.
Me forçando a fechar minha boca, eu olho para ele com os olhos arregalados: Ele é um
enigma em constante mudança. Sempre me surpreendendo. Provocando-me. Me irritando. Me
seduzindo. Me encantando.
— Isso só me traz um passo mais perto da cobiçada lua que você diz que eu quero — ele me
provoca, quando eu não posso falar, quando eu ainda estou deslumbrada.
Ele está olhando para mim, um sorriso curvando seus lábios, enquanto ele corre os dedos no
meu rosto. — Você suscita um lado em mim que eu pensei que eu não tivesse. —Sua voz é baixa e
reverente de alguma forma, como são os olhos, com reconhecimento e gratidão. — Me foi dito que
eu sou imprudente, que eu não sou confiável, que eu não poderia fazer a diferença para os outros, só
para mim mesmo. Meu pai olhou para mim como se eu fosse o culpado por tudo, e minha mãe como
se eu fosse me matar. As pessoas olham para mim como se eu pudesse consegui-las a lua, mas você
olha para mim como se eu já a tivesse. Como se tudo o que eu preciso fazer é existir e você será feliz.
Ele murmura, traçando seu polegar abaixo de minha orelha, enquanto ele sorri para mim,
com os olhos alegremente brilhando. — Eu gosto disso, Rachel.
— Eu me sinto tão viva com você — eu sussurro, sem poder sequer pensar em minhas
palavras, antes de sussurrá-las. —Eu me sinto tão viva com você, que você faz tudo disparar para
mim, tudo se destacar.
— Ahhh. — Ele joga a cabeça para trás e ri deliciosamente, em seguida raspando a mão sobre
a barba de sua mandíbula, seu sorriso ao mesmo tempo sexy e bem-humorado. — Veja, isso me faz
sentir bem de uma maneira totalmente diferente.
— Porque você é arrogante e nada é suficiente para você, nenhuma quantidade de admiração
ou respeito. Eu amo... isso. Eu amo muito isso, Malcolm.
Eu abaixo a minha cabeça, corando porque eu pensei na palavra você antes de dizer isso. Ela
surgiu na minha cabeça, tão real e natural, que eu estou corando quando eu tento esconder isso. — Eu
realmente amo isso — eu acrescento com foco na tela novamente.
Ele vira a cabeça e olha nos meus lábios, esfregando-os um pouco. — Bom. Minha namorada
quer mudar o mundo e eu quero possui-lo.
— Por que você insiste que eu seja a sua namorada? — Eu reclamo, mas quando seus olhos
deixam meus lábios e se trancam nos meus, a timidez típica que ele provoca em mim, vem pra valer.
— Por que nós queremos alguma coisa? — Ele me pergunta, uma sobrancelha arqueada.
— Porque nos dá prazer, satisfação, nos faz feliz.
— Então, quando eu posso te chamar de minha namorada? — Insiste.
Ele é tão teimoso! Eu rio porque a sua pergunta é “quando”.
Na mente de Saint, não é impossível. Ele sabe que está acontecendo, ele está ativamente
fazendo isso acontecer, e ele está apenas curioso para saber por quanto tempo ele tem que esperar.
Eu sinto um desejo de dizer: Agora! Mas eu não posso. — Vamos falar sobre isso mais tarde.
— Eu proponho dessa vez.
Ele toma o meu rosto em uma mão. — Próxima semana.
Nós, nós, nós em minha barriga, no meu peito, na minha garganta.
— Eu poderia precisar de mais de uma semana para sair da caixa — eu começo, quando a
flexão em sua mandíbula e tumulto em seus olhos puxam as cordas do meu coração. Juntamente com
o meu próprio coração doendo, resistir a ele está me matando. — Mas... Você vai estar à espera?
— Eu estou esperando, Rachel — ele me assegura, seu tom de voz firme, como se não
houvesse nenhuma dúvida de que ele vai esperar o tempo que for preciso. Ele se inclina e me dá o
mais doce e quente beijo no canto da boca.
Eu suspiro, internamente, um suspiro que ele não ouve, nem percebe.
Sua atenção volta para o computador, quando ele começa a verificar o software e ele trabalha
o teclado com aqueles dedos longos e contundentes, e eu percebo, que ele é tão rápido quanto eu, que
digito como o vento. Estou sentada em seus braços, ele me mostrando a tela, me sentindo tão segura
agora. Seu perfume alcança meu nariz e eu o inspiro profundamente, ficando molhada entre minhas
pernas, feliz em meu coração. — Eu quero você de novo, eu sussurro em seu ouvido.
Ele leva a mão a minha buceta e me vira, começando a me acariciar. — Esse foi o objetivo de
tudo isso — ele sussurra, acariciando meu ouvido.
Eu me viro e seu nariz pressiona o meu, minha respiração em seus lábios, quando eu falo. —
Estou realmente molhada — eu admito. — Me deixe arrumar. Eu quero ficar tão bonita, que darei um
novo significado “ao seu tipo de garota”.
Quando eu levanto, ele me puxa de volta para baixo como se eu estivesse sendo boba, rindo:
— Venha aqui.
— Não, sério! — Eu rio, então eu digo: — Eu já volto — e viro a cabeça, indo rapidamente
para o banheiro, para ficar um pouco mais bonita. Vejo minhas mensagens telefônicas.

Wynn: Hey, nós estamos preocupadas, ligue!

Gina: Rachel onde você está? Você está bem? Estamos preocupadas.
Eu respondo a ambas.

Estou fisicamente bem, mas tão absolutamente em apuros.

Eu coloco o telefone de lado, e quando eu saio, Saint está deitado na cama, os braços cruzados
atrás de sua cabeça, os lençóis até a cintura, e ele já está nu, suas roupas jogadas para o lado. Meu
estômago dá nós de vontade, o desejo feroz arranhando dentro de mim, implorando pela liberação.
Me implorando por ele.
Minhas mãos tremem do calor já correndo pelas minhas veias, quando eu puxo lentamente a
alça do meu biquíni e começo a tirar a roupa para ele. Eu prolongo o momento, contra cada pulsar
exigente do meu corpo, cada segundo que eu não estou na cama com ele é tortura, cada poro em
mim tremendo, sob seu olhar escuro e turbulento , olhos que me fazem sentir possuida, querida, e
absolutamente libertina e sexy.


Amigos e Fantasias
Gina e Wynn estão preocupadas, por que eu explodi na casa da minha mãe, ontem de manhã.
Após Malcolm me levar para casa, peço a Gina para me dar meia hora, para tomar banho e
mudar de roupa. Eu espero no chuveiro, sonhando um pouco, enquanto eu esfrego o meu corpo e
sinto como eu estou sensível entre as minhas pernas.
Gina está carrancuda e claramente preocupada, quando eu saio.
— O que está acontecendo? Fale comigo — ela incita, quando nós vamos encontrar Wynn
naquela tarde. — Você estava com Saint todo esse tempo?
— Sim — eu admito.
— E? Você rompeu com ele? Ou você ligou para Helen? O que está acontecendo? Eu tenho
que dizer que não acho que jogar para o alto a sua carreira por um homem é uma coisa boa.
Especialmente um homem com uma reputação. Quando ele partir o seu coração, você não pode
sequer dizer que você não sabia, Rachel!
Eu me arqueio um pouco, enquanto ela continua falando, porque, neste momento, o meu
estômago vazio se enche de bile, sobre a decisão que tenho que tomar em breve.
Quando eu não concordo ou rejeito as suas sugestões, Gina muda os argumentos e de repente
não pode parar de falar sobre o quão horrível é estar sozinha. Será que ela quer me fazer sentir
melhor, porque, obviamente, Saint e eu não vamos dar em nada? Ou ela está interessada e pensando
que eu iria realmente ousar sair com Saint publicamente e me expor à mesma especulação que ele
está acostumado?
Não. Ela está em modo de proteção integral, e ela quer que eu acabe com isso, e acabe com
isso agora.
— Eu pretendo viver a minha vida comendo bolo sem ser julgada, pintando as unhas com
cores extravagantes, usar meu próprio dinheiro do meu jeito, e tendo dívidas. Essa é a maneira que eu
quero que seja. Isso significa que eu assumi riscos — diz Gina.
— Os riscos são enormes, Gina— Wynn diz sarcasticamente. Ela parece estar brigando pelo
lado oposto, quando nós nos sentamos hoje em nosso lugar de costume. — Pintar as unhas, comer
bolo e gastar dinheiro, não é se arriscar realmente. Assumir riscos é se expor, mesmo depois de o
idiota do Paul ter terminado com você.
— Nos últimos tempos, o único toque que você tem tido é de sua manicure. Isso é como você
e Rachel têm sido tocadas, só para dizer que alguém as tem tocado, seja qual for o tipo de toque.
— Para sua informação, Rachel e eu temos estado transando até os nossos miolos. Veja,
Rachel quase não tem saído. Ela está apaixonada por um cara que eu aposto que dormiu com algumas
garçonetes por aí ou algo assim. E talvez até um pouco mais. Talvez até mesmo uma de nós!
— Gina! — Eu grito.
— Quem você está fodendo? — Wynn se atreve.
— Meu vibrador!
— Woo-hoo.
Ela estreita os olhos. — Ele partiu meu coração, Wynn! Você é a única que sempre larga seus
meninos. Você se divertem e depois, você se cansa e os deixa. Eu amo com todo o meu coração! Ele
levou meu coração, suas camisas que amava usar para dormir, toda a minha confiança. Até a minha
cafeteira saiu por aquela porta com ele.
— Gina, Wynn, está tudo bem — eu tento apaziguar.
Gina se levanra. — Eu pensei que nós não julgávamos umas as outras. Eu estou indo ter uma
massagem e continuar vivendo a minha vida ideal, quer você goste ou não!
— Wynn, não seja tão dura — eu repreendo e Gina se afasta.
— Eu não julgo, Rachel! Eu estava apenas dizendo a minha opinião que pelo menos eu me
arrisco e vocês duas não.
— Todos nós fazemos. O que há de errado se às vezes é tão assustador que nós queremos fazer
isso em particular no caso de se foder? Às vezes somos atraídos para fora de nossas conchas
querendo ou não.
— Eu nunca soube de nada que a tivesse atraído para fora da sua. Você tem suas ideias, sua
zona de segurança e é isso.
— Eu estou apaixonada, Wynn.
Sento-me aqui e uma vez que as palavras estão fora, o sentimento dentro de mim há tanto
tempo de repente tem um nome e é real. E dói. Toda essa conversa sobre camisas e cafeteiras do cara
e eu percebo que eu durmo com sua camisa, mas eu faria qualquer coisa para dormir em seus braços
mais do que algumas vezes. Para ter mais de uma camisa para dormir. Eu não compartilho uma
cafeteira, mas eu faria qualquer coisa para acordar outra manhã com ele e tomar um café, enquanto o
seu cabelo está bagunçado.
— Eu estou apaixonada por Saint — eu digo suavemente.
Wynn está olhando para mim com total preocupação e confusão, com os olhos azuis
arregalados em choque. Uma mecha do cabelo vermelho tinha caído sobre seus olhos há poucos
minutos, mas de repente ela estende a mão e o empurra para trás de modo que ela possa olhar
diretamente para mim.
— Eu estou completamente apaixonada. Espetacularmente assim. Se você quiser um assento
dianteiro para o desastre, eu tenho certeza que haverá sangue.
Wynn suspira, então pega a minha mão. — Nunca há um momento certo para que você se
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apaixone. É por isso que eles chamam de estar caindo . É um acidente. Em um segundo. Apenas ore
para que onde quer que você pouse, você não esteja lá sozinha.
— Wynn, eu nem sabia que eu queria. Que queria ser adorada dessa forma. Mesmo sem
maquiagem e completamente nua. Eu nunca quis alguém me tocando em cada chance que ele tivesse.
Eu nunca quis dar desculpas para tocar outra pessoa apenas para poder sentir seu calor, sua solidez e
saber que eu não o estou imaginando, que ele é real. Eu tenho vivido em uma caixa a vida toda e, de
repente, ele é real, e está ali, e me faz sentir algo que não tem fim... Eu achava que sabia o que eu
queria. Então eu o conheci e eu não sei de mais nada.
— Você quer algo mais e isso é bom — afirma Wynn, como se fosse tão fácil quanto mudar a
cor das unhas.
— Não é bom. Você percebe quem ele é? Estou me iludindo! Eu quero o impossível. Homens
como ele não mudam.
— Eu peço desculpas, mas não concordo! As pessoas estão sempre mudando, é a lei da
evolução; nós mudamos. Para melhor. Para sobreviver.
— Quem pensa que é para melhor?
— Ele pensará. Porque estar com você significa alguma coisa, significa que ele poderia ser
um bom rapaz. Você pode lhe dar um sentido. Ele pode lhe dar segurança. Uma garota que te desafia e
traz o melhor em você, isto é o que um homem esperto valoriza... Mesmo que ele não saiba disso até
que ele a conheça. E Saint é um homem esperto, Rachel. Você acha que ele não sabe o que noventa e
nove por cento das pessoas que o rodeiam querem dele? Você é uma boa menina, Rachel. Você não
pode cozinhar para salvar uma receita, mas qualquer cara teria sorte por ter você. — Ela faz uma
pausa. — Ele sabe?
Eu balancei minha cabeça e suavemente disse: — Ainda não. — Eu tenho uma legião de bichos
em meu estômago só de pensar em lhe dizer, e o maior deles é chamado de medo. —Como você
acabou de dizer... Eu tenho medo de ultrapassar um limite e, em seguida, me encontrar apenas em pé
lá fora, sozinha.
— Ele está vendo outras pessoas? — Wynn pergunta, sua expressão preocupada.
Eu espero a garçonete deixar uma cesta de pão italiano com uma pequeno vidro de azeite do
lado antes de eu continuar. — Eu nunca tive qualquer expectativa de ele ser exclusivo, mas... Eu não
acho que ele está vendo ninguém. Ele ainda sai com prostitutas, mas... Ele e eu estamos tendo um
monte do sexo. Um monte de sexo, Wynn.
Seus olhos se iluminam. — Para um animal não monogâmico como ele, isso é muito! Sexo
somente com você?
Eu me sinto corar acaloradamente; toda a conversa sobre sexo só me faz lembrar o alto poder
de ter Saint dentro de mim.
— Não seja contida por regras — ela então repreende. — Basta seguir suas emoções. Todos
aqueles grandes romances, eles não são planejados, eles simplesmente acontecem.
— É isso, não importa o quão louco pareça, eu quero ser arrebatada. Eu quero. Eu quero
acreditar que isso poderia acontecer comigo pela primeira vez.
— Então? — Ela se atreve. — Você já está dessa forma. Você não prefere seguir seu coração a
lutar contra algumas guerras que você pode até não querer ganhar?
— Não é assim tão simples, Wynn.— Eu caio de volta na minha cadeira com um suspiro
cansado. — Eu não sei como Helen irá receber isso quando eu avisá-la que eu não escreverei a
matéria. A Edge está no seu último suspiro. Mesmo se Saint pudesse mudar e querer algo real
comigo, eu estaria colocando a minha própria felicidade antes de quantas pessoas em seus postos de
trabalho? Isso está me matando.
— A Edge vai morrer de qualquer jeito.
— Não. — Eu instintivamente nego com um aceno de cabeça. — Isso traria vida nova...
— E você, Rachel?— Ela olha para mim e eu para ela, — seu bem-estar vale muito mais do
que o bem-estar das dezenas de pessoas que trabalham na Edge. Ela olha para mim como se eu fosse
uma carta que valesse mais que todas as outras.. — E a minha amiga Rachel, como ela fica?












No Limite
A resposta à pergunta de Wynn me confunde... Mas eu sei, na manhã seguinte, que há algumas
coisas que somos capazes e algumas que não somos. Há velocidades em que não podemos correr. E
situações que não podemos nunca resolver. Temos limites dentro de nós mesmos e eu finalmente
reconheci o meu.
Eu cresci amando histórias, algumas vezes amando mais histórias do que pessoas. Amo as
pessoas nas histórias, ou por causa das histórias.
Mas hoje eu amo um homem mais do que amo a história, a sua história.
Então eu entro no escritório de Helen com a certeza de que ela vai me demitir. Demitir-me de
verdade dessa vez. Não só isso, mas eu não posso suportar olhar ninguém nos olhos hoje. Valentine
em sua mesa procurando por imagens perfeitas. Victoria não está em sua mesa hoje e estou quase
aliviada de não tê-la olhando para mim quando eu preciso chegar a um acordo com o fato de que eu
falhei. Eu quero falhar.
Helen olha para cima e seus olhos estão cansados ​​por trás de seus óculos. Seu cabelo está um
pouco mais desarrumado que o normal. Eu posso ver todo o stress dela e eu posso sentir isso à nossa
volta, quando eu tomo um assento.
Ela nem sequer me cumprimenta. Eu acho que ela sabe.
— Este artigo sobre Malcolm — eu começo.
— Malcolm?— Ela repete com uma expressão de perplexidade completa e absoluta. Ela tira
os óculos de leitura e aperta a ponta de seu nariz, depois exala. — Rachel, eu tenho sido muito
paciente com você. Você me pediu uma chance...
— Ele é diferente do que nós pensávamos que ele seria.
— Ele é? Eu não penso assim. — Ela me encara com um olhar duro. — Olha, eu acho que ele
é exatamente como nós pensávamos que ele era. E eu acho que, assim como centenas de mulheres
antes de você, você se apaixonou. Você acha que debaixo daquele rico bad boy existe um bom homem
e ele vai mudar quando for dada a oportunidade.
— Ele não precisa mudar. A mídia tem usado sua imagem a seu favor, mas ele não é quem nós
achávamos que ele era e ninguém sabe quem ele é.
— Oh, e você sabe disso porque você tem... o quê? Dormido com ele? Teve alguns cocktails
com ele? Você o conhece há o quê? Há algumas semanas, Rachel? Como é suficiente para conhecer
um homem?
— Você pode conhecer um homem com uma ação. Apenas uma. Não é sobre tempo.
— Ah, você é tão profunda — diz ela com sarcasmo, depois suspira. — A resposta é não. Você
me deve uma reportagem. Seu trabalho sofreu por semanas, eu preciso do material e eu preciso dele
na minha mesa amanhã.
— Eu não posso escrevê-lo — eu admito. — Eu não posso nem começar. Eu fico fisicamente
doente só de sentar na frente do meu computador agora.
— Basta escrever isso, Rachel. Ele não é homem de uma mulher só. Ele tem muitas
oportunidades de enganar e ser ruim, e ele pode sair ileso com isto. Ele pode ter uma loira fácil do
seu lado que não se importa com suas fraudes. Que o encoraja a ter outras mulheres.
— Ele é muito inteligente. Ele pode brincar com a loira fácil, mas ele não vai ser feliz com
uma. Ele precisa de alguém real — eu sussurro.
— O que ele não precisa é da nossa preocupação e o que você precisa é fazer o seu trabalho.
Isso é tudo.
Estou aqui sentada tremendo. Desista. Desista. Só desista.
— Helen, eu pensei que esta matéria me daria uma voz para falar sobre um tema que as
pessoas queriam ouvir, para que mais tarde me ouvissem quando eu falasse sobre outras coisas. Isso
também era sobre o meu pai e eu mesma, que todos nós temos os mesmos problemas e altos e baixos
em nossas vidas, que ninguém tem tudo de melhor, em todos os aspectos. Eu me senti subestimada e
eu queria provar que eu poderia fazer algo mais. Eu posso, eu tenho certeza disso, mas não, eu não
vou.
— Eu conheci um homem poderoso e eu aprendi que só porque você pode fazer algo, não
significa que isso é certo. Saint poderia fazer um milhão de coisas com o seu poder. Ele não faz. Ele
usa para incitar os outros a agirem, eu o vi fazer isso. Ele não é o vilão aqui. Ele dá tanto quanto ele
ganha. Ele é usado na mesma maneira que ele usa. Isso é o que eu chamo de comércio. Ele não é todo
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santo, mas ele não é de todo pecador .
— Bom, muito bom, escreva tudo isso. Eu preciso disto na minha mesa.
— Eu desisto — eu respiro.
Helen olha para mim, suspirando. — Você não pode sair, Rachel.
— Eu já saí. Helen, eu sinto muito.
— Eu estou dizendo a você, você não pode sair.
— Por quê?
— Porque Victoria acabou de fazer isso.
— Helen, eu sinto muito...
— Você vai sentir muito mais se você não continuar com a matéria agora. Victoria saiu. Ela
foi para a nossa concorrência. Eles estão publicando uma reportagem sobre a namorada de Saint
trabalhando secretamente para expô-lo. Eles estão dando um salto antes de nós.
— O QUÊ? — Eu estou congelada.
— Então, você vê, se você sair agora, cada um de seus colegas em breve perderá o emprego.
Edge receberá o último golpe necessário para acabar de uma vez por todas. Você quer viver com
isso, Rachel? Com vinte e três anos, você quer viver com isso em seus ombros? Eu só pedi uma coisa
especialmente de você. Uma. Para fazer o seu trabalho.
— Helen — eu imploro.
— Você pensou que você poderia sair e tudo seria esquecido... Isso não vai acontecer. Seu
namorado vai saber o que você esteve fazendo até a próxima semana. Se você pensou que poderia
salvar a sua própria imagem nos olhos dele por sacrificar Edge... — Ela suspira e se afasta. —
Pensou errado. Victoria utilizará tudo o que ela teve acesso. Nosso sistema de câmeras flagrou ela
fazendo cópias de coisas sobre sua mesa, Rachel. Você queria uma voz? Você tem uma. Eu preciso
dela na minha caixa de entrada até segunda-feira para tentar imprimir antes que eles o façam. Se
quisermos tentar salvar a revista, precisamos desta matéria e nós precisamos agora.


Tudo o que ouço, enquanto eu deixo a Edge, reúno as minhas anotações, que Victoria pode ter
copias, pego minha bolsa, desligo o meu computador, e pego o elevador para descer, é a minha
própria voz, contando a Malcolm que não era Interface que eu estava pesquisando.
Era ele.


Eu me encontro nas ruas. Andando sem direção. Quanto tempo eu tenho estado olhando para a
palavra Sin em meus contatos? Eu não sei. O vento morde minhas bochechas. Meus dedos estão frios
em volta do meu telefone. Estou andando... Mas eu não estou indo a lugar nenhum.
Eu fico olhando para o nome de Sin e percebo que é o último contato discado.
É um pouco tarde, ele tem mil coisas para fazer na M4 e ainda tem que voar para Nova York,
mas eu aperto “discar” e levo o fone no meu ouvido. Eu nem sequer sei o que eu vou dizer. Só que eu
preciso ouvir a sua voz agora.
Ele atende com os lábios soando perto do receptor, como se ele estivesse com pessoas. —
Hey.
Deus me ajude, sua voz nunca vai parar de fazer coisas para mim.
Meus olhos se fecharam com uma série de sensações fluindo através de mim, para as pontas
dos meus pés. Ele é uma experiência incrível. Engraçado que ele é conhecido por ser simples, um
homem de poucas palavras.
Isso parece fascinar o mundo, e em contraste, o mundo fala sobre ele quase demais.
E agora, Victoria vai falar sobre nós.
— Hey — eu rapidamente sussurro — eu sei que você está ocupado. Eu só queria ouvir sua
voz. — Eu paro de andar, me apoio em um poste de luz, quando eu me sinto corar muito e olho para
os meus pés e para as rachaduras na calçada.
— A que horas você vai viajar?
— Logo que eu terminar aqui, duas horas, no máximo.
Ele espera por um piscar de olhos, como se estivesse esperando para eu explicar porque eu
estou ligando.
— Algo no trabalho? —Ele pergunta.
— Só eu querendo te ligar. Eu estou tornando isso um hábito, não estou?
— Eu não estou reclamando — ele diz em um murmúrio. — Mas eu tenho algumas pessoas
esperando.
— Claro. Vá buscar o mundo. Melhor ainda, vá buscar a lua! — Não há tempo para ter essa
conversa agora, Rachel. Basta dizer adeus, dizer adeus e pedir para vê-lo em breve. — avise-me
quando você voltar? Eu estarei esperando para podermos conversar.
— Certo.
— Tchau, Sin — eu sussurro.
— Tchau.
Depois de um minuto me recuperando, eu olho em volta, e embora eu saiba perfeitamente
onde eu estou, estou perdida.
Estou perdida e eu não consigo encontrar meu caminho.


Estou deitada na cama, sem dormir, quando meu celular vibra na minha mesa de cabeceira e
um número não identificado aparece. Eu vejo que é quase meia-noite, e eu quase não respondo, mas
eu faço e isso é quando eu ouço.
A voz de Saint, tipo abafada, grossa e baixa, com sons de motores a jato ao fundo. — O quê...
— Eu resmungo e me descubro, acordada. — Eu pensei que você estivesse voando?
Há prazer no sussurro baixo. — Eu estou.
— É claro — eu gemo. — Seu avião tem um telefone. O que mais? Comissárias de bordo
nuas?
— Eu lhe asseguro que elas estão perfeitamente vestidas.
— Oh, mas eu aposto que você não está — eu provoco.
Cercada apenas pelo escuro no meu quarto, sua voz é... Tudo.
Sua voz, sua risada suave.
Isso me dá tanto prazer que eu não consigo parar de sorrir. — Eu estou feliz que eu o divirto.
— eu digo em voz baixa.
— Estou feliz também.
Minha vez de rir.
Mas desta vez, Saint não se junta a mim.
— Nós dissemos uma semana, certo? — Saint me pergunta.
— Uma semana para... — Estou confusa por um momento, mas então eu me lembro da nossa
conversa a bordo do the Toy sobre ele... e eu. E eu sei exatamente o que ele quer dizer. —Oh, isso. —
Um rubor quente se arrasta ao longo do meu corpo, espalhando-se para baixo, para baixo, para
baixo, todo o caminho até os dedos dos pés. —Sim, isso é o que dissemos. — eu admito.
— Que tal agora?— Ele me surpreende, dizendo.
Uma sensação de formigamentos varre meu corpo de uma extremidade à outra. Eu tento
suprimi-la; é errado sentir isso. Mas eu não posso pará-la, eu não posso conter o que ele causa em
mim. — O que aconteceu com sua paciência lendária?
— Que tal agora, Rachel? — Ele insiste.
Toda a minha culpa, minhas inseguranças, e meu medo, de repente, estão pesando sobre mim.
É realmente difícil falar quando eu balanço a cabeça no escuro. — Eu sou uma bagunça, Saint. — eu
sufoco.
— Seja minha bagunça, então.
Um riso verdadeiramente triste me deixa, e por um momento, eu tenho medo que ele vá se
transformar em um soluço. — Oh, Deus. — Eu arrasto em uma respiração profunda e pisco a
umidade dos meus olhos. — Quando é que podemos falar sobre isso pessoalmente?
— Quando eu pousar em Chicago. Sábado. Venha a minha casa.
Eu concordo. — Deus, eu preciso ver você. — Eu limpo os cantos dos meus olhos. — Eu
preciso ver você — eu digo e então rio para esconder a forma como a minha voz está tremendo e,
cara, como eu realmente quero, desesperadamente, chorar e contar a verdade para ele. — Eu
realmente preciso ver você, Malcolm.
— Eu vou lhe enviar uma foto.
Ele está me provocando?
Ele está me provocando e eu adoro isso e sempre adorei.
— Saint! — Graças a Deus, a minha voz não quebrou justo agora, porque o resto de mim
realmente quer.
Eu ouço sua risada, baixa, saboreando.
O pior de tudo é que, posso dizer que ele está gostando de falar comigo. E me provocando. Eu
aperto os meus olhos dolorosamente fechados, saboreando também — Não desligue ainda, apenas
diga algo longo e importante... Diga seu nome! Seu nome ridiculamente longo...
— Malcolm — Ele me fala. Então, lentamente, — Kyle — depois — Preston — depois —
Logan — depois —Saint.
Em seguida, mais intensamente: — Eu sinto falta de você, Rachel.
Eu enxugo uma lágrima perdida e forço a minha garganta para dizer algo em resposta. —Ok.
— Isso é tudo que eu consigo? — Ele ri, incrédulo.
— Eu te amo — eu digo. A emoção é mais forte que eu e eu repito — Eu te amo, Saint — e
antes que ele possa responder, eu desligo e cubro o meu rosto.
Oh, Deus. Oh Deus, oh Deus, eu simplesmente disse isso. E eu não tenho ideia de que efeito
teve! OH, DEUS.
Agitada por toda adrenalina, eu coloco o meu telefone na minha mesa de cabeceira e o olho
por alguns minutos.
O quê. Foi. Que. Eu. Fiz?


Eu caio de volta na cama sentindo uma mistura de excitação e medo e... Descrença. Pois bem,
eu disse “eu te amo” para um homem pela primeira vez na minha vida. Simples assim - Wow! –No
telefone. Para Malcolm Saint.
Que bobagem deve parecer para ele.
Eu devo parecer tão... Gah! Estúpida!
Por que você não esperou até que você pudesse falar com ele pessoalmente, Rachel? Por quê?!
Eu queria ter visto seu rosto, sua expressão. Quero dizer, ele deve ter ficado completamente
mudo. Atordoado. Ele estava surpreso de ouvir isso? Agradável? Ou não tão agradavel assim? Bem,
ele riu? Ou desaprovou? Ficou desconcertado? Foda-se meu laptop, o que foi que eu fiz?
Fico acordada por um tempo, no modo desperta e estressada, com sua camisa, meu corpo
dolorido pelo seu, assombrada por seus olhos e pela última vez em que estivemos juntos e cada
momento no meio. Assombrada pelo temor de perdê-lo, antes que eu possa realmente ser sua
namorada.
— Minha... — Eu lembro.
— Eu sou filho único...
— Você está vindo, ou você quer que eu carregue você?
Sou inundada por ele.
Lembrando-me da maneira que eu poderia quase jurar que ele prendeu a respiração, quando
ele me viu na Ice Box.
A maneira como ele sempre beijou primeiro o canto da minha boca, antes de partir para o
beijo real.
A maneira como ele salvou um elefante.
A maneira como ele me salvou.
A maneira como ele me alimentou com uvas.
A maneira como ele se abriu para mim.
Por favor, volte para Chicago e me deixe explicar, deixe-me dizer-lhe porque eu não mereço
você... E me dê o seu conselho. Dê-me o seu conselho sábio sobre o que fazer. Porque eu deveria ter
vindo para você antes de mais ninguém. Eu deveria ter confiado que você iria me ajudar, porque me
ajudar é tudo o que eu tenho visto você fazer, e eu nunca confiei em um só homem antes.
Ouço um bipe de mensagem e leio:

Sin: Eu vou levar isso como um sim




























Verdade e Lealdade
— Acorde, Livingston.
Enfio meu rosto no meu travesseiro, enquanto alguém que soa muito como Gina continua
batendo na minha porta. Eu gemo — Eu vou chutar o seu traseiro quando eu sair dessa cama.
— Você vai estar muito ocupada.
— Ocupada com o quê?
— Rachel, a porta trancada está me enlouquecendo.
— E daí?
— Abra.
Hmm. Não penso assim. Minha vida está uma bagunça e eu preciso corrigi-la, eu preciso
pensar em como corrigi-la. E o único prazer que tenho é pensar e lembrar de ter falado ao telefone
há apenas algumas noites atrás; Sonhei que ele me disse algumas coisas e que eu disse outras coisas,
então eu me lembro que, sim, eu acho que é verdade, eu disse que o amava.
Caralho.
— Raaaa-Chel,— Gina lamenta. Batendo duro à porta. — Abra, Livingston. Você precisa ver
isso!
— Eu não quero ver nada hoje. Eu vou encontrar Saint, quando ele voltar de Nova York e eu
quero ter algum sono de beleza, ok? É sábado — eu reclamo, mas quando ela continua batendo, eu
pulo para fora da cama e escancaro a porta, em seguida, corro para trás, sob minhas cobertas quentes.
— O que é isso?
Wynn e Gina caem sobre minha cama.
Wynn está aqui também?
Eu estou ciente de um silêncio tenso enquanto Wynn vai abrir as cortinas e volta. O olhar
delas... Elas parecem sinistras.
Uma sombra de medo paira diante de mim. — O que foi?
Suas expressões por si só soam o alarme em toda a minha cabeça. Pulando fora da cama, eu
abro meu laptop e começo a vasculhar a rede e tudo o que posso pensar é não, não, não,
nãoooooooooo.
Em poucos segundos, dezenas de resultados com as palavras exposto e secreto e mentiras e
traição aparecem amarrando Sin, meu glorioso Sin, a mim.
— Rachel, os sites de fofocas estão todos falando de você — diz Wynn.
Os resultados me vêm como garras. Um após o outro.
— Vá aqui. — Gina aponta para um site.
Minhas mãos nunca tremeram tanto no teclado. Eu forço o cursor para se mover e ir para o
site e meu estômago cai. Vejo a assinatura de Victoria e percebo que eles foram em frente e postaram
a sua matéria em um blog antes de ir para imprensa.
Eu não posso ver através das minhas lágrimas.
— Essa CADELA! — Gina grita.
Como se alguém estivesse falando para mim, entorpecida, na minha própria voz e com os
meus próprios lábios, eu ouço — Ela está fazendo o que ela tem que fazer. Ela quer ter sucesso,
como eu —, e quando eu falo, minhas lágrimas continuam reunindo-se em minhas pálpebras.
— Ela pode ir se foder! — Gina grita.
Eu continuo a ler.

Enganado: A nova namorada secreta de Malcolm Saint é realmente da imprensa!
Se você estava esperando por um prato cheio em um dos mais inesperados “relacionamentos” dos últimos tempos com
um dos nossos solteiros, prepare-se para surpreender-se ainda mais quando eu revelar tudo. Pelo menos, tudo sobre a namorada
de Malcolm Saint...

Eu não posso continuar. Cada palavra está lá fora, para Malcolm ler. Sarcástica, com as
palavras de uma verdadeira fofoqueira, se divertindo enquanto meu mundo está dilacerado.
Bem diante dos meus olhos. — Ele leu isso agora, oh Deus.
— Rachel, acalme-se...
— Você não entende! Verdade e lealdade são importantes para ele! Elas são tão importantes
para ele... Eu, eu não posso. — Cubro a minha cabeça com as minhas mãos, enquanto eu começo a
hiperventilar. — Eu vou vomitar.
— Rachel. — Elas tentam me confortar, ambas atirando os braços em volta dos meus ombros,
mas estou além de conforto.
Meu celular está zumbindo loucamente. Eu puxo respirações profundas, e quando meu celular
para, o telefone fixo começa a tocar. Gina levanta o telefone da cozinha no ar. — É Helen, Rachel.
Quando nada acontece, ela acena o telefone para mim.
— Ligação de Helen.
— Não fale com ela —, sussurra Wynn.
Gina cobre o fone. — Olá? Wynn? Ela é CHEFE dela .
Eu sei o que ela quer, o que ela vai dizer. Eu pego o telefone enquanto as minhas mãos tremem
e o meu interior vai caindo no entorpecimento. Eu decepcionei a todos na minha vida. — Você viu?
— Ela pergunta.
Eu não posso responder.
Helen rosna — Ou nós tomamos a rédea disso ou isso nos mata. Vamos ao trabalho.
Eu mal desligo o telefone, quando Gina levanta meu celular antes de mim, os olhos
arregalados e apavorados. — É a sua mãe.
Com um gemido de angústia, eu digo a Gina “me ajude” com os olhos. O que vou dizer a ela?
Bem, vamos ver. Que eu perdi meu coração e os meus sentidos com isso. Que eu perdi o homem que
eu amava, antes de ter a coragem de me deixar realmente tê-lo. Que eu perdi uma reportagem para a
minha colega. Que eu posso, se não encontrar uma saída em breve, perder o meu emprego.
Que eu perdi todo o senso de direção. Do que é certo e o que é errado. De quem eu sou e o
que eu quero...
— Heyyyy, mãe adotiva! — Gina finalmente atende em meu lugar. —Sim! GINA! Oh...
Rachel? Ela está super ocupada escrevendo o artigo que vai deixar este outro na poeira. Oh, Puff! É
apenas um artigo de um blog! O de Rachel ainda vai ser IMPRESSO, que é o formato mais
importante... — Ela começa, com uma enrolação poética para a minha mãe, quando eu volto para o
computador e vou para a mídia social de Saint.
Eu procuro algumas fotos.
Ali está ele.
Eu vejo uma foto dele, saindo de seu Rolls e da M4. A foto dele dispensando um repórter.
Um par de óculos tipo aviador protegendo os olhos.
Ele parece arrogante e superior, quando ele sai do carro e, simples assim, corta o repórter. E
uma legenda abaixo da imagem que se lê: — Quando perguntado por um repórter, fora de seus
escritórios, o que ele pensava sobre sua namorada estar na imprensa secreta, isso é o que Malcolm
Saint tinha a dizer.
Saint está de volta em Chicago. Ele está de volta de sua viagem de negócios. Para encontrar
isso.
Ele está sendo perseguido. Ele está sendo BOMBARDEADO.

@MalcolmSaint Você merece muito mais e melhor que esta puta!

— Eu estou indo falar com ele.
Eu corro para o meu quarto e me troco o mais rápido possível, com um par de calças pretas e
uma blusa profissional, branca de botão; então eu rapidamente amarro o meu cabelo em um rabo de
cavalo e, apesar das reservas de Wynn e de Gina, pego um táxi para M4.
Eu cruzo o impecável lobby. Se eu pensei que era difícil caminhar até as recepcionistas atrás
da mesa oval mesa da primeira vez, é ainda mais terrivelmente doloroso agora.
Eu sei que elas sabem o que está acontecendo; eu posso dizer por seus olhares aguçados.
Meu pulso está perigosamente alto. Eu não posso imaginar o que ele vai sentir quando eu o
ver.
— Rachel Livingston para o Sr. Saint, por favor.
Parece-me, que depois de vários segundos, nenhuma delas quer me responder.
— Pedimos desculpas — a do meio, com o coque arrumado, finalmente diz. — Mas o Sr.
Saint chegou agora na cidade.
— Sim, eu sei. — Eu não posso acreditar o quão calma eu soo, considerando como torcido
meu interior está. — Eu vou aguardar.
— Senhorita! — Ela chama quando eu ando em direção aos elevadores. — Ninguém tem
permissão para subir sem autorização hoje.
Eu paro no meio do caminho, intrigada. — Oh. — Eu hesito, e percebo que o elevador está, de
fato, bastante vazio no dia de hoje. — Vou esperar aqui, então. — Eu tento manter a calma, quando eu
ando de volta em sua direção. Será que Saint cancelou todas as reuniões em seu dia “carregado”?
Sinto-me cada vez mais preocupada com isso. — Só, por favor, diga-lhe que Rachel Livingston
adoraria vê-lo. É terrivelmente importante.
— Como eu disse, ele está terrivelmente ocupado.
— Eu vou esperar — eu digo, suave, mas firme.
Eu me dirijo a um dos sofás junto à janela. Encolhida no meu lugar, eu espero, com a
sensação de frio, me lembrando da tempestade de fofocas absoluta ocorrendo on-line. Eu me movo
inquieta de um lado para o outro, observando os elevadores e os carros lá fora.
Há duas ou três pessoas em frente ao prédio tentando manter suas câmeras escondidas, mas
ocasionalmente tirando fotos do edifício. Então, eles querem um vislumbre dele também? Um grande
aborrecimento dentro de mim. Aborrecimento, impotência e ódio de mim mesma por ter causado
isso. A recepcionista me aborda momentos depois e há um guarda-costas intimidante com ela.
Lentamente, eu me levanto.
— Sinto muito, mas não podemos deixá-la ficar aqui — diz a recepcionista. — Ele está
ocupado, acabou de chegar de fora da cidade. — Eu vejo a raiva nos olhos dela. Meus olhos
observam em atenção o homem grande e... Eu simplesmente não posso acreditar que há um guarda-
costas. Eu não posso acreditar que ele está me escoltando para fora.
— Diga a ele que eu estive aqui — murmuro. Então eu lhes faço um favor e me retiro, usando
o meu cabelo como uma cortina para evitar ser reconhecida - feliz que meu cabelo também pode
ocultar o olhar absolutamente desapontado no meu rosto. Eu vou direto para casa, onde Gina e Wynn
parecem ter estado esperando na porta.
— Como foi? — Gina me leva pelos ombros e me coloca no sofá.
Eu ainda estou entorpecida com descrença. Leva um momento para responder. — Ele está se
isolando. Eu não pude vê-lo. Ele... Eu fui escoltada para fora.
— O quê? — Wynn lamenta, indignada.
E Gina: — Você não me disse que o seu pessoal é extremamente leal? É claro que seriam
superprotetores sobre Saint.
— Mas ele sabia que Rachel estava lá? — Wynn quer saber.
Elas começam a discutir sobre a existência ou não da instrução de Saint de me chutar para
fora, mas eu não posso juntarr à especulação. Estou me sentindo mais e mais desesperada quando eu
olho para o meu telefone. Meu telefone silencioso.
Tranco-me no meu quarto e ligo do meu celular, andando ao redor, quando eu deixo uma
mensagem:
— Heyyyy. Hey... Por favor, me ligue de volta? Eu preciso falar com você. — Eu tropeço com
o que dizer em seguida, meus pensamentos tropeçando um após o outro.
— Malcolm... — Eu paro, mas minha voz quebra tão ferozmente, que eu desligo. Eu enxugo
minhas lágrimas e disco novamente. — Desculpe — eu sussurro. Eu nunca quis tanto ouvir a sua voz,
tanto. — Eu quero dizer que... Eu não sei... Eu só queria ouvir sua voz. — Eu penso no que mais dizer
quando a ligação cai na sua caixa postal.
Eu disco novamente. — Você valoriza a verdade e lealdade, e eu... Eu preciso falar com você,
Malcolm, você precisa me deixar explicar. Se você puder fazer isso, por favor, me deixe explicar.


Isso está me matando. Eu não consigo dormir. Não posso comer. Eu tenho um aperto no meu
peito e eu literalmente não posso respirar.
Este tempo todo não está parecendo bom. Eu continuo esperando para ouvi-lo, me mantendo
esperando que ele me mande mensagem de volta.
Eu invado o quarto de Gina. — Você acha que acabou?
Ela sacode-se na cama. — Você me assustou pra caramba. Pensei que tínhamos um intruso!
— Você acha que acabou? Ele não responde e se essa merda aconteceu, significa que acabou.
Certo? Com quem eu estou brincando? Eu não era mesmo a sua verdadeira namorada. Nem mesmo
por um dia. Não há nada para acabar. — Eu rio lutando com tristeza, com as minhas lágrimas, com a
minha consciência e minha necessidade desesperada por ele.
— Eu me sinto mal por você, mas Saint é um homem poderoso. Quando Paul me traiu, eu não
conseguia olhar para ele, nem mesmo para nada que fosse dele. Ele me destruiu. E isso é... Isso é
público, Rachel. Como você se sentiria? Se ele viesse com algo como isso, parecendo uma
armadilha? Dê-lhe tempo para assimilar o que está sendo dito. Talvez ele só queira pensar.
Talvez ele só precise contar até quatro, eu penso comigo mesma.
— Eu me irrito facilmente...
Um instante eu estou tentando ser positiva, dizendo a mim mesma que eu vou ter uma chance
para explicar, finalmente, e no próximo eu estou pesada de tristeza. O próximo, eu sou um gigantesco
nó de arrependimentos.
Lembrar aqueles poucos momentos, raros, quando ele completamente se abriu para mim, me
faz ainda mais ansiosa para estar com ele agora, para explicar. Para fazê-lo ficar bem. Para segurá-lo.
Para pedir-lhe para me segurar.
— Rachel, o que você vai fazer com o seu artigo? — Gina pergunta preocupada.
Na minha mão, na tela do meu telefone, pela milésima vez, eu olho para essa foto dele
chegando na M4, após uma viagem de negócios. Parecendo um verdadeiro bilionário de primeira
classe... Mas que descartando quem quer que seja que estava tirando essa foto. Todo aquele vidro e
tecnologia ao fundo, e ele, em seu terno assassino, sua cabeça escura inclinada, os olhos protegidos
por trás de seus óculos aviadores. Nenhum comentário, diz a legenda. Mas o dedo disse bastante.





Pesquisa
Um pouco mais tarde eu vou para em meu quarto, em minhas meias e sua camisa, e olho para
o meu notebook.
Inalo, ao mesmo tempo em que trago a minha caixa de sapatos cheia com cartões de
anotações, para o pequeno tapete ao lado da cama. Eu sento em estilo indiano no chão e leio as
minhas anotações, uma por uma. Anotações sobre ele.
Verdade e lealdade, eu tinha escrito.
Traços que ele provavelmente admira em seus melhores amigos. Traços que ele
provavelmente nunca encontrou nas mulheres que estão atrás dele. Verdade e lealdade...
Isso é tudo sobre o que posso escrever. O resto do que eu aprendi é muito cru para eu
compartilhar.
Mas a verdade e a lealdade.
Coisas que Saint valoriza acima de amor.
Coisas que ele não encontrou em mim. Eu li a parte traseira do cartão, minha anotação
rabiscada, esta falando de mim.
EU SOU HORRÍVELLL.
Ele estava ali falando de verdade e lealdade, enquanto eu me sentei lá tocada por tudo o que
ele falou, sabendo absolutamente que eu estava me apaixonando, impotente para detê-lo.
E ainda assim, eu estava anotando. O estudando como um rato de laboratório. Como se ele
não fosse humano. Como se ele não fosse impulsionado pelas mesmas coisas que todo mundo é: Um
coração, uma mente, um corpo, hormônios; como se ele não precisasse de ar e água e talvez até
mesmo de amor; como se ele fosse este robô para ser examinado e comido para a diversão do
mundo.
Mesmo? O que importa se ele esteve com mil e uma mulheres? O que importa se ele é a
obsessão da cidade e agora também a minha? Ele é humano. Ele tem direito à pouca privacidade que
tem. Ele é tão malditamente fechado, ele raramente se abre a alguém e eu sei que é porque ele é
sempre muito julgado e examinado.
Meus olhos estão cheios de água, e de repente, eu pego os cartões e começo a rasga-los, um
por um. Então eu deito com todas as anotações espalhadas em torno de mim e choro um pouco. Então
eu olho para a bagunça dispersa. O que eu fiz? Oh, Deus.
Se eu quiser salvar a revista, eu preciso entregar algo.
Eu inspiro e expiro.
— Rachel?— Eu ouço Gina chamando.
Ela espia dentro e verifica a confusão de blocos de notas rasgados, e depois a mim. Tão
destruída quanto o papel em volta de mim.
— Oh, Rachel.
Eu começo a chorar.
— Eu preciso escrever.
— Rachel, diga-lhe a verdade. Diga-lhe a verdade. Se ele te conhece realmente, ele vai
entender.
— O quê? Que eu sou uma mentirosa?
— Diga a ele que você o ama — diz ela.
— Ele não quer o meu amor. Ele valoriza... Verdade e honestidade, qualidades que não possuo.
— Você as possui de monte. Você é leal e honesta com todos.
— Mas não com ele.
— A partir do momento que você falar com ele e contar a verdade, você será. Faça-o ver a
situação pelos seus olhos. Talvez você possa ter tudo.
— Quem consegue tudo, Gina? Ninguém. Ninguém.
— Mas ainda nós todos acreditamos que podemos. Não é esse o ponto de tudo o que fazemos?
Nós queremos tudo. Assim escreva este artigo. E se você ainda o quer, então você deve ir buscá-lo.
Faço uma pausa.
— Eu o quero — eu sussurro, limpando meu rosto molhado com as costas da minha mão. —
São milhões de pequenas coisas que, somadas, me dizem que não há ninguém neste mundo, e nunca
haverá, que tem este efeito espetacular sobre mim, apenas ele. Às vezes eu não consigo me ver
quando estamos juntos, por que estou tão perdida nele. — Eu limpo os meus olhos. — Ele é o único
homem com quem eu sonho à noite e o único que eu quero acordar ao lado de manhã. Todo mundo
está atrás da fama ou do dinheiro dele, mas eu não o amo por causa de qualquer coisa que ele tem,
mas porque ele me tem...
— Oh, Rache. Não chore. Talvez haja esperança para vocês dois.
— Como pode haver? Ele não quer ter nada a ver comigo.
— Rachel, ele está sofrendo, porra! Mesmo eu posso dizer, porque não há uma foto dele sem
os fodidos óculos para cobrir seus olhos. Deve haver um inferno naqueles olhos, Rachel. Eu não
posso acreditar que eu realmente me sinto mal por ele agora.
— Porque eu era o Paul em nosso relacionamento. Eu era a mentirosa.
— Paul jogou comigo. Você nunca jogou com ele. Seus sentimentos eram reais.
Eu gemo e enterro meu rosto em minhas mãos. Eu me lembro de quando Helen me avisou
desde o início. Eu era muito jovem brincando de ser adulta. Eu não tinha imaginado que isso
aconteceria. Ela estava certa. Eu não estava pronta para isso.
Mas eu pego o lencinho que Gina me passa, limpo as minhas lágrimas, ligo o meu laptop e
começo escrever com o meu coração.


No dia que eu entrego o artigo, Helen me diz que os servidores de e-mail da Edge estão
estourando com mensagens de ódio para mim e ela me aconselha a trabalhar em casa nessa semana.
No dia em que foi publicado, eu não saí da cama. Eu não respondi ao meu telefone. Minha
mãe veio, mas ela acabou conversando com Gina, porque eu não quero que ela me veja assim; estou
muito triste para fingir hoje e ela me conhece tão bem. Ela me diz antes de sair: — Eu estou indo
pintar.
Ela está me dizendo que eu deveria fazer o mesmo. Ela está me dizendo que eu sou livre para
ir lá e fazer algo que eu ame.
Mas o que eu amo me odeia.


Twitter:
Você leu o artigo de sua namorada? @MalcolmSaint
Em seu Instagram:
De jeito nenhum @MalcolmSaint daria a essa cadela uma segunda chance!!!
E os grupos feministas on-line:
Rachel Livingston, nossa heroína! Vingança contra os playboys! Quer brincar com os nossos
corações? Cuidado, você vai encontrar sua própria fraqueza. A vingança é doce!


Mais tarde, naquela semana, eu encontrei energia suficiente para sair da cama e ir para o
trabalho e eu sigo imediatamente para o escritório de Helen.
Há tensão entre nós. Helen não estava feliz quando eu enviei o outro artigo. Ela disse: — Não
é o que eu pedi.
— Não — eu concordo.
Mesmo assim, Helen o pegou e o artigo foi impresso.
Hoje, eu estou surpresa que ela parece feliz em me ver, realmente satisfeita. — Está um circo
lá fora — Helen diz, me acenando para sentar a frente de sua mesa bagunçada.
— Eu não estou online. Você pode me culpar?
— Não. Mas deixe-me atualizá-la. — Ela coloca uma cadeira em frente a sua mesa, mas eu
permaneço de pé. — Seu namorado — ela começa com alegria óbvia — puxou o tapete de Vicky. O
artigo dela não pode ser reproduzido sem repercussões legais agora. — Ela me olha com um novo
brilho de respeito e admiração, e acrescenta: — No caso de você não perceber quando eu disse “seu
namorado” — ela ri, feliz — Malcolm Saint proibiu qualquer impressão do post de Victoria, que foi
removido do blog. — Ela balança a cabeça muito lentamente e sombriamente.
Meus olhos se arregalam. — O quê? — Eu finalmente falo.
— O artigo de Victoria. Seu namorado deteve os direitos. Ele não pode ser publicado mais,
não sem o seu consentimento.
— O quê? Como?
Ela encolhe os ombros, então se inclina para trás em sua cadeira, com as rodas rangendo um
pouco. — Parece que Saint não o quer lá fora.
OhMeuDeus ele fez o artigo de Victoria sumir ? — Se ele proibiu o de Victoria, por que não o
nosso? Por que ele não fez o mesmo com o meu? — Por que ele não leu o meu?!
Meu coração está apertado no peito e assim estão os meus pulmões.
— Acho que ele não te odeia tanto assim. — Ela encolhe os ombros casualmente, mas para
quando ela parece, finalmente notar, que eu estou esmagada. Que meu cabelo é uma bagunça, meu
rosto é uma bagunça, que eu sou uma bagunça. — Talvez ele realmente goste de você, Rachel — ela
diz baixinho. — Estou impressionada, você sabia? Eu não sou a única que está impressionada. O
mundo está impressionado também. Ele não foi visto... Socializando com os tipos que você conhece.
— Ela bate um lápis distraída em sua mesa, seus olhos se estreitaram em mim. — Mas ele tem estado
pulando de paraquedas diariamente. Você pensaria que ele tem um desejo de morte ou tem algo sério
para esquecer.
Eu mal a ouço. Eu preciso ficar longe. Da Edge, dela, deste escritório. — Está tudo bem se eu
trabalhar em casa hoje, Helen?
Apesar de eu sentir sua relutância, ela concorda. Eu vou pegar minhas coisas na minha mesa
com dor nos meus ossos.
Saint de paraquedas.
Saint impedindo a publicação do artigo de Victoria.
Saint pensando que eu o traí.


Fora, naquela tarde, eu paro quando a Edge olha de volta para mim de uma banca de jornal,
uma cópia restante neste lado, outras poucas no outro.
— Você não leu ainda? — O homem fala, atrás dos assobios e risos, na banca de jornal. —
Essa repórter caiu de quatro por esse cara.
Eu ergo minha cabeça, preparada para gritar com o homem. Em vez disso, eu analiso a
imagem de Saint, que Helen usou, com os olhos verdes gelados me fitando... E sim, este homem está
certo. Eu realmente caí de quatro por Saint. Não apenas a minha calcinha, mas todo o meu corpo.
Toda a minha vida.
Sinto falta dele como ninguém.
Eu quero beijá-lo.
Eu quero apertá-lo. Em meus braços. E minhas coxas. Com todo o meu corpo, até eu quebrar
ou ele me quebrar, e vai estar tudo bem, contanto que depois ele goze para mim.
— Mulher inteligente — eu finalmente sussurro, com emoção engrossando a voz. — Eu acho
que vou levá-lo para casa comigo.
Eu compro a cópia apenas por causa da imagem de Malcolm. Gravata apertada, colarinho
perfeito, aquele olhar penetrante, que grita para ser aquecido, que me conquista. É uma maravilha que
aqueles olhos verdes gelados podem me derreter tão facilmente.
Sento-me em um banco com a revista no meu colo, passando meus dedos sobre seus olhos,
me perguntando pela milésima vez, se ele nunca vai ler o que eu escrevi para ele.




Depois da Tempestade
Acabou.
Não havia chuva ou trovão quando terminamos. Nós apenas terminamos como começamos.
Não houve um sinal luminoso que me dissesse que eu iria me apaixonar, que eu iria encontrar o
único homem que iria me desafiar, me deixar louca. Agora está terminado, o meu projeto feito.
Concluído.
Minhas manhãs têm retornado ao normal. Eu ainda tenho tomado café com minhas amigas
nos fins de semana. Eu ainda visito a minha mãe aos domingos. Meu mundo está de volta ao normal,
quase o mesmo que era antes de eu escrever o artigo. Eu não tinha percebido o quão triste era. Eu
estou receosa que eu vá pegar o jornal e lá vai estar ele... Com alguém. Ou com três.
As crises de choro são ruins. Você sai e sente acidentalmente o cheiro de vinho e oops,
choraminga. E não me fale sobre elefantes, porque isso me leva a um novo nível de desespero. Mas o
medo se foi. Você tinha medo de sair e de repente você está bem ali, desafiando o universo para tirar
isso de você, ou suplicando para dar-lhe uma desculpa para se sentir como merda hoje. Gina me
passa o lenço de papel.
Algumas das minhas colegas de trabalho... Algumas delas me invejam.
— Eu queria que eu tivesse sido mandada ir atrás de Malcolm Saint — Sandy, minha colega de
trabalho me diz por causa das posições que estão me oferecendo, mas o mais importante porque —
estava desfilando em um iate e sendo perseguida assim... — Diz ela, sonhadora.
— Confesse, o sexo foi fenomenal? — Valentine pergunta.
Eu acho que estão tentando me animar... Mas estou deprimida.
Eu ainda verifico o seu Twitter. Eu não posso evitar perseguí-lo, querendo saber como ele
está. Embora as redes sociais tenham sido mais ativas do que nunca sobre ele, o próprio Saint esteve...
Quieto.
Ele foi perguntado sobre mim, por repórteres ao vivo na TV e online. Ele diz: “sem
comentários” ou ignora as cutucadas online. Assim como ele está me ignorando.
— Não ia durar — Gina me garante, quando ela percebe que eu estou deprimida. —Foi só
uma transa. Ele é um mulherengo do mais alto nível.
Mas isso me mata, porque eu nunca vou saber. Eu nunca vou saber se todas as vezes que ele
disse que eu era sua namorada, ele realmente queria me manter.
Eu tenho todos esses e-mails não enviados destinados a Saint e muito pouca coragem de fazer
alguma coisa com eles, quando eu sei que eu não mereço que ele me dê a mínima importância.

Para: Saint Malcolm (Rascunhos)
Status: não enviado

Eu tenho apenas mil e um e-mails como este que eu não enviaei também. Eu só precisava
escrever para você. Por favor, me perdoe.
Você pensa em mim?
Quero sua boca, quero seus olhos, quero suas mãos e quero seu coração. Mesmo a sua
teimosia, porque eu mereço isto. Mesmo a sua raiva. Eu quero tudo. Quero meu homem. Veja
#eusoumuitogananciosatambém!!!

Gina me diz que se ela pode sobreviver a um coração partido, eu posso sobreviver o fato de
ter partido meu próprio coração.
— Baby, eu sei que dói. Quando eu descobri sobre Paul, eu queria que um meteoro caísse na
minha cabeça, para que eu pudesse ficar dormente dentro de um caixão.
— Deus, Gina, eu sei. Só quero uma chance.
Eu olho para fora da janela, esta manhã, na rua. Não há mais o Rolls-Royce brilhante, á espera
lá fora nas manhãs de sábado, para me levar “a qualquer lugar”.
É engraçado, não? Que eu continuo esperando vê-lo? Eu acordo com esperança a cada dia?
Por uma mensagem, uma ligação, o carro, um vislumbre de uma chance?
Pare de ser tão esperançosa, Rachel... Ele já teria lido por agora.
Talvez ele tenha lido e simplesmente não se importa que você saiba o que ele pensa disso.
Eu descobri muitas coisas sobre ele durante todo o tempo que passamos juntos, mas eu
realmente não descobri se ele poderia vir a me amar. Se ele vai ser muito orgulhoso para me perdoar.
Se ele vai buscar aliviar a dor da minha traição com outras mulheres, ou se ele vai se fechar, como eu
estou fazendo. Eu descobri dezenas de coisas sobre ele, mas não as coisas que poderiam me dar
qualquer tipo de conforto agora.
Nós salvamos um elefante juntos, ele aderiu à minha luta por uma cidade mais segura, mas
tudo o que tenho fisicamente para me lembrar de meu tempo com ele é sua camisa.
Sua camisa, que está dobrada em um plástico, guardada como um troféu inestimável, dentro
de uma caixa, na mais profunda parte do meu closet, porque eu mal posso suportar vê-la agora. Eu
não posso suportar usá-la agora. Mas às vezes, durante os momentos melancólicos, eu vou até meu
armário e a pego, branca, austera e grande, completamente masculina, em contraste com as minhas
peças femininas, e ainda com o cheiro dele agarrado ao seu colarinho. Rios de auto piedade me
lavam nesses dias, e eu levo um segundo, dois, três, e eu penso nele, e então eu levo quatro. Quatro
segundos antes de eu me deixar respirar novamente.

EXPONDO MALCOLM SAINT
Por R. Livingston

Eu vou contar-lhes uma história. Uma história que conseguiu me deixar em pedaços
completamente. Uma história que me trouxe de volta à vida. Uma história que me fez chorar, rir,
gritar, sorrir, e depois chorar novamente. A história que eu continuo contando a mim mesma
repetidamente, até que eu tenha memorizado cada sorriso, cada palavra, cada pensamento. Uma
história que espero manter comigo para sempre.
A história começa com este mesmo artigo. Era uma manhã normal na Edge. Uma manhã que
me traria uma grande oportunidade: escrever um artigo expondo Malcolm Kyle Preston Logan Saint.
Apresentá-lo seria desnecessário. Playboy bilionário, mulherengo querido, uma fonte de muitas
especulações. Este artigo abriria portas para mim, daria voz a uma jovem repórter faminta.
Eu mergulhei de cabeça e consegui uma entrevista com Malcolm Saint para discutir a
popularidade imediata do recente Interface (seu incrível app que aposentará o Facebook).
Considerando o tão obcecada que a cidade tem sido com a sua personalidade por anos, eu me
considerava com sorte por estar naquela posição.
Eu estava tão concentrada em revelar Malcolm Saint, que eu baixei a guarda, sem saber que
toda vez que ele se abriu, ele estava na verdade me revelando para mim. Coisas que eu nunca quis, de
repente eram tudo o que eu queria. Eu estava determinada a descobrir mais sobre este homem.
Este mistério. Por que ele era tão fechado? Por que nada nunca foi o suficiente para ele? Logo
descobri que ele não era um homem de muitas palavras, mas sim um homem de palavras certas. Um
homem de ação. Eu disse a mim mesma que cada pedaço de informação que eu procurava era para
este artigo, mas o conhecimento que eu desejava era, na verdade, para mim mesma.
Eu queria saber tudo. Eu queria respirá-lo. Vivê-lo.
Mas na maioria das vezes, inesperadamente, Saint começou a me perseguir. Genuinamente.
Sinceramente. E implacavelmente. Eu não podia acreditar que ele estava realmente interessado em
mim. Eu nunca tinha sido perseguida assim, intrigada assim. Eu nunca tinha me sentido tão ligada a
alguma coisa ou alguém.
Eu nunca esperei que a minha história fosse mudar, mas ela mudou. Histórias tendem a fazer
isso; você sai à procura de algo e volta com algo diferente. Eu não esperava me apaixonar, eu não
esperava perder a cabeça e o bom senso por causa dos mais belos olhos verdes que eu já vi, eu não
esperava ficar louca de luxúria. Mas acabei encontrando um pequeno pedaço de minha alma. Bem, na
verdade, não tão pequeno: mais de 1.80 de altura, ombros largos, mãos enormes, olhos verdes,
cabelo escuro, inteligente, ambicioso, gentil, generoso, poderoso, sexy, e que me consumiu
completamente.
Eu lamento ter mentido, tanto para mim quanto para ele; Eu lamento não ter tido a experiência
para reconhecer o que eu estava sentindo no momento que eu senti. Eu lamento não ter saboreado
mais cada segundo que tive com ele, porque eu valorizo esses segundos mais do que qualquer coisa.
Mas eu não lamento esta história. Sua história. Minha história. Nossa história.
Eu faria tudo novamente por mais um momento com ele. Eu faria tudo de novo com ele. Eu
saltaria cegamente para o ar se houvesse ainda que apenas 0,01% de chance de que ele ainda estaria
lá, esperando para me pegar.






















Quatro
Sábado.
O quarto desde então.
Há ainda dezenas de mensagens em minha pasta de rascunhos que eu nunca vou enviar para
ele.
Eu ainda estou vivendo, mais do que nunca, na terra do “o que poderia ter sido”, e confie em
mim, este é um lugar muito triste para se viver. No código postal dos perdidos, você inspira
arrependimento em cada respiração, a tristeza permeando todos os espaços em que seu corpo está.
De todas as coisas que levam as pessoas a mudar, o desespero e a tristeza são as que mais
doem.
A tristeza é tão incapacitante. A raiva, por outro lado, exige ação e capacitação. Mas eu não
posso ficar com raiva, quando fui eu que me coloquei exatamente onde eu estou.
Eu passei fins de semana na janela do meu apartamento, tentando me convencer a sair, mas
não tive ânimo para isso.
Nunca deixe ninguém lhe dizer que a sua vida vai voltar ao normal depois de um furacão.
Eu tenho pastas e pastas com fotos que não posso abrir.
Um número que não posso discar.
Uma camisa que eu não posso usar.
Um nome que não posso dizer em voz alta.
A memória de um par de olhos que vai me assombrar para sempre.
Eu vivo com medo de nunca mais ver aqueles olhos de novo. E ainda mais medo do que verei
refletido neles, se eu o fizer...
Helen tinha se queixado que não era o que ela queria.
Ela disse que era “uma carta de amor a Saint”.
Mas todos nós sabemos que as histórias são assim. Histórias mudam. Assim como as pessoas
mudam. Nós mudamos quando sofremos, quando recebemos, quando damos, quando amamos.
Quando você perde o objeto de seu amor, o seu normal será permanentemente mudado; não há como
voltar para o antes mais. Você tem que reconstruir barreiras mais fortes, mudar suas expectativas e
esperar a luz do sol.
Não há nada como um nascer do sol em Chicago, a luz laranja-ouro cintilando sobre as
janelas espelhadas dos edifícios...
Eu vi o nascer e o pôr do sol e a chuva da minha janela. Eu vejo Gina sair, vejo os carros
passando, não realmente focada nas cores que eles tem, mas apenas no fato que nenhum desses carros
pertencem a ele.
Meu laptop cantarola nas proximidades. Gina saiu para almoçar com Wynn, mas eu ainda não
consigo cultivar o entusiasmo.
Estou tentando trabalhar em uma nova história. Uma história com coisas boas. Coisas sobre
pessoas. Perda. E esperança. E... Perdão. Eu estou me servindo um pouco de chá quando meu telefone
vibra. O número é desconhecido.
Eu paro e coloco a minha xícara de lado, em seguida, respondo.
— Senhorita Livingston, aqui é Catherine Ulysses.
Eu pauso.
Assistente do Saint.
— Você está aí?
Meu coração. Meu coração vai saltar literalmente fora do meu peito.
— Sim, estou aqui.
— Ele gostaria de vê-la em seu escritório.
Eu fecho meus olhos.
— Devo dizer-lhe que você recusou?
— NÃO! Eu... A que horas? Eu estarei lá. — Meus dedos tremem enquanto eu anoto o horário
e começo a rabiscar nervosamente quando eu desligo.
O mundo se inclina um pouco quando eu me forço a largar a caneta. Eu fico olhando para a
hora. A data. O ponto de interrogação. O coração. E o nome de Malcolm, que eu escrevi com tudo
isso.
Eu finalmente vou vê-lo. Eu não tenho ideia do que eu vou dizer, como eu vou começar, ou até
mesmo o que pode ser dito para consertar isso.
Eu me imagino beijando-o, tendo a coragem de dizer-lhe que eu o amo.
Imagino-me com possíveis lágrimas também, porque este tem sido o pior mês de toda minha
existência.
Imagino-o em toda sua glória e meu peito torce como uma corda.
Seu escritório.
M4.
Saint.


Eu escovo os dentes, tomo um banho, depois corro para o meu armário e abro as portas,
olhando para as minhas roupas, esperando que o conjunto ideal se destaque e grite, VISTA-ME, ELE
NÃO PODE DIZER NÃO PARA ISSO. Em vez disso, eu vejo um monte de mangas e nada, nada
adequado para este momento. Escondida neste armário, a sua camisa. Como eu amava dormir nesta
camisa. Ela me envolvia como seus braços faziam, e eu tinha os melhores sonhos, às vezes até
eróticos, mesmo quando tinha acabado de ter saído de seus braços recentemente saciada. Eu a puxo
para fora e olho para ela, a falta dele me doendo, então impulsivamente a escondo na seção de
vestidos longos novamente.
Eu opto por uma camisa de gola alta branca, um par de jeans claros e minhas botas de pele de
ovelha.
Eu me sinto exposta, todas as minhas paredes caíram. Mas eu escovo meus cabelos, passo um
batom pêssego claro e me olho no espelho, meus olhos cinzentos me encarando de volta, tão
vulneráveis quanto eu já os vi.
Porque eu vou dizer- lhe a verdade, toda a verdade.
E eu mereço o que quer que ele me dê de volta; eu mereço isso, cada parte.
Na M4, eu pego o elevador, tremendo.
Todas as nossas complexas emoções engarrafadas dentro de nossos corpos, nossas mentes,
almas e corações.
Cada membro de cada etnia, todos os seres humanos no passado e no presente e cada um no
futuro quer se sentir assim. Da maneira que eu me sinto agora, apenas uma garota esperando e
desejando, morrendo de vontade de vê-lo, rezando que o cara que ela ama a ame de volta.
Minha garganta está tão apertada que eu não posso falar quando eu saio. Suas quatro
assistentes levantam a cabeça da tela de seus computadores. — Eu estou... Aqui para ver...
— Um momento — Catherine me diz.
Estou aqui pensando se ele vai cheirar como eu me lembro, me olhar como eu me lembro. Se
ele vai sorrir ou franzir a testa, se vai me odiar para sempre, se ele ainda pensa mim. Se ele ainda
sente falta de mim.
Não importa, desde que ele me veja agora. Isso é tudo que eu quero, olhar para o seu rosto
novamente.
Ouvir a sua voz.
Finalmente Catherine desliga e acena, enquanto ela caminha até a porta, a abre para mim e eu
entro.


Continua no próximo livro: Manwhore+1...


Notes
[←1]
É um refrigerante gaseificado, com corante de caramelo.
[←2]
Midas é um personagem da mitologia grega. O principal mito atribuído a Midas, o de transformar em ouro tudo o que
tocava, adquiriu um caráter simbólico e metafórico na sociedade contemporânea,
[←3]
Bairro de Chicago
[←4]
Pessoa sexy
[←5]
Brinquedos Sexuais.
[←6]
É uma premiada série de televisão americana baseada num livro com o mesmo nome de Candace Bushnell, Scott B. Smith e
Michael Crichton.
[←7]
Fruit Roll-Ups é uma marca de lanche de frutas, que chegou aos supermercados dos Estados Unidos em 1983. O lanche é
uma folha de pectina com sabor de fruta, enrolado em um pedaço de celofane para facilitar a remoção.
[←8]
É um mercado de ações automatizado norte-americano onde estão listadas mais de 2800 ações de diferentes empresas, em
sua maioria de pequena e média capitalização.
[←9]
Chicago Cubs são uma equipe da Principal Liga de Baseball sediada em Chicago, Illinois.
[←10]
Estádio de Baseball de Chicago
[←11]
O pretzel é um pão tradicional alemão, em forma de nó, seco, estaladiço, habitualmente assado. Em língua alemã chama-se
Brezel.
[←12]
Cadeia de supermercados americana especializada em produtos orgânicos, sediada em Austin.
[←13]
Deus
[←14]
Trabalhador compulsivo ou Workaholic, é meio que um "trabalhólatra" (também, adicto ao trabalho, dependente do
trabalho ou workaholic) designa uma pessoa viciada em trabalho. Workaholic é uma expressão americana que teve origem
na palavra alcoholic (alcoólatra).
[←15]
É uma sociedade de vendas por leilão conhecida mundialmente, cuja sede principal está em Londres.
[←16]
A Universidade Northwestern é uma universidade privada localizada em Illinois, Estados Unidos. Foi fundada em 1851
para atender alunos do Território do Noroeste
[←17]
Ecologicamente correto
[←18]
Estilo de luminosidade psicodélica e altamente chapante, que causa a seus observadores a sensação de FPS. Muito utilizada
em Raves
[←19]
Palavra popularmente usada para reivindicar algo. Para usufruir dos direitos de algo, de possuir algo, e nesse caso, alguém.

[←20]
É um esporte aquático praticado com uma prancha tipo snowboard, puxado por uma lancha. Foi inventado nos Estados
Unidos e inicialmente praticava-se com uma prancha de surf com fixações.
[←21]
Eu adoro escrever
[←22]
Estilo de botas unissex de pele de carneiro da Austrália e Nova Zelândia
[←23]
O Arch Douche é um babaca que está em uma posição alta na escada coorporativa.
[←24]
Pecado
[←25]
estreitas como um túnel
[←26]
Sintonia do Amor
[←27]
O Chicago White Sox é uma equipe de beisebol da MLB (Liga Principal de Beisebol) sediada no sul de Chicago, Illinois
[←28]
Aquela caixa surpresa de onde sai o palhaço, mas no contexto sexual, quando o desejo é tão grande, que e a garota é
atingida por esperma no rosto ao abrir a calça do parceiro. Na gíria, ela recebeu um Jack-in-the-box
[←29]
É a grande uva da região da Borgonha, sudeste da França, com a qual são produzidos vinhos bastante admirados em todo o
mundo
[←30]
identidade
[←31]
o termo vem de "bohemian of soho", um movimento francês que surgiu em Nova York nos anos 20, entre um grupo de
intelectuais que misturavam arte e moda.
[←32]
Cais Naval localizado em Chicago, costa do Lago Michigan
[←33]
É um princípio universal que surgiu do tão (todo) absoluto. É o princípio ativo, masculino, diurno, luminoso e quente. O
oposto complementar do yin
[←34]
É o princípio passivo, feminino, noturno, escuro e frio
[←35]
Em inglês, falling in love, na tradução literal cair no amor, se apaixonar
[←36]
No idioma original, Saint significa santo, e Sinner, pecador.

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Notes

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