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Sem ele.
— Uma cerveja.
— Gosta de morder?
E seria bom.
Ele sabia que esse era um dos motivos pelo qual seu
pai queria a aliança.
Petrus congelou.
Suspirou.
— Sim.
— Muito bem.
— Eu sei.
— Eu sei.
Sua mãe era muito bela, com lindos olhos azuis muito
claros, quase transparentes, e quando estava na sua forma
de loba seu pelo era mesclado de vários tons de
castanhos, creme, branco, marrom e dourado, e brancos no
peito, seus olhos se tornavam brancos com nuances
prateadas, assim como os dele.
— É possível esquecer?
— Estou bem.
— Claro...
— Claro...
— Ter herdeiro...
— Claro.
Ele suspirou.
— Todos o respeitavam.
— Todos o temiam.
Petrus suspirou.
— Sim, filho.
— Não, senhora.
— Ele disse?
— Harley é apelido?
Pietra ofegou.
— E qual é?
— Este casamento é arranjado e estou sendo
pressionado, na verdade chantageado para me casar com a
senhorita, então, me desculpe, se não estou conseguindo
ser cordial como deveria, quem sabe com o tempo as
coisas entre nós dois possa se acomodar.
— A espero no terraço.
— Linda.
— E é linda...
— É sua prometida.
— Eu sei.
— Não.
— Não minta.
— Eu ficarei bem.
— Eu sei.
— Verei isso.
— Sei que tem sido difícil para você e isso não era o
que almejava, mas seria tão ruim tê-la como
companheira?
— Só quero ajudar.
— Você acha?
— Isso é verdade?
— Quero agradá-lo.
— Isso é bonito.
— Eu que fiz.
— Como desejar.
Ela sorriu.
— Coincidência, não é?
— Isso é bom.
— Sabe que primeiramente quis jogá-la daqui? E
queria rasgar a garganta do bastardo do seu pai por ser um
crápula.
— Aceito.
— Sim.
— Por quê?
— Sim.
— Isso te incomoda?
— Deveria?
— Não, pois, como minha companheira deveria
desfrutar comigo.
— Seria bom.
Ele sorriu.
— Vai?
— Vou.
— Si... Sim.
— Ok — disse nervosa.
— Não terei.
Parecia mágico.
— Eu também.
— Eu sei.
— Sinto muito.
Ele olhou para aqueles lindos olhos verdes e não
resistiu à tentação, tomou seus lábios em um beijo, lento
no início, sentindo seus lábios, sentindo seu gosto, a
maciez, então, aprofundou o beijo, poderoso e selvagem.
— Por quê?
— Entendo.
— Ok.
— Ok.
— Pronta?
— Sim.
Ele riu.
— Seria um prazer.
— Está feliz?
— Você me curou.
Ele beijou sua testa e eles ficaram abraçados,
olhando para as duas criaturinhas no berço, que de
maneira despreocupada e tranquila os olhavam, debatendo
os bracinhos suavemente.
— Não há perigo?
— Sim, preciosos.
— Kirian?
— Sim, anjo?
— É possível.
Kirian suspirou.
— Oh! Entendo.
— Sim...
— Eu morrerei, Kirian...
— Está feliz?
Ela sorriu.
— Parece divertido.
— Vai doer?
— Ok...
— Confia em mim?
— Confio.
— Que verdade?
— Anne?
— Anne?
Ela arfou.
— Só pensando.
— No que esta cabecinha está pensando?
— Mas eu te levei.
— Eu sei me cuidar.
— Bom.
Sami sorriu.
— Sei disso.
— Vou embora.
— Vou esperar.
— Tem certeza?
— Sim.
— Não.
— Sim, eu terei.
Ela desligou o celular, o guardou novamente e foi até
o frigobar, pegou uma garrafa de cerveja, pegou os fones
de ouvido para ouvir uma música.
E ela não sabia por que, pois se estava com raiva dos
lobos não deveria sentir esta espécie de saudades, não
deveria sequer pensar nele.
Erick riu.
— Não acha?
— Oh, verdade?
— Estarei ansioso.
— Claro, Majestade.
— Um shifter de águia.
— Oh que triste.
— Maddox vai participar do torneio? — Erick
perguntou ao pai.
Era fascinante.
— Dificuldade?
— Sim, ela é.
— A nós dois.
Todas riram.
Erick riu.
Erick riu quando viu seu tio rir, ele estava brincando,
não estava colocando na luta toda sua energia.
Ambos riram.
Petrus levantou e cravou a espada no chão e ofereceu
a mão para o homem e ele a agarrou e foi levantado com
um puxão.
Aaron riu.
— Punhos?
— Artes marciais.
Sasha pôde.
— Isso pode parecer sexy como o inferno, mas é tão
medieval, eu até poderia ir para casa e assistir a um
seriado mais sociável — Kira disse abanando-se com um
delicado leque, pois a brisa do mar estava muito suave
neste dia e estava quente.
— Oh, já sabe?
— Obrigada, Ester.
— Nada.
Ela bufou.
Ela bufou.
— Eu também, companheiro.
— Ok.
Noah sorriu.
— Mereço?
— Estou.
Estava?
— Inclusive você?
Mas incomodava.
Bastardo.
— Ajuda a aliviar.
— Certo.
— Pietra...
Ele a aproximou mais e ela pensou em recuar, mas
não o fez. Ela era quase tão alta quanto ele e
sedutoramente encostou-se a seu corpo, passando a mão
por seu tórax, fazendo-o ofegar. E com um movimento ele
ergueu sua camisola longa e a fez sentar escarranchada em
suas coxas.
— Desculpe, Pietra.
— É melhor.
— Boa noite.
Ela suspirou.
Separados.
Encurralada...
— Sim.
— Sim.
— Então... Por que está tão melancólica? A cada dia
está mais isolada de todos e depois do torneio, não saiu
mais do quarto. Fale-me.
— Por quê?
— Não tenho aonde ir, não tenho idade para ser uma
loba independente e todo mundo fica me olhando
atravessado como se eu fosse surtar.
— Não.
— Por quê?
— Oh, Clere...
— Oh, merda!
Petrus estava com Pietra e sua mãe na mesa do café,
degustando seu dejejum, e ele pegou sua mão e beijou
seus dedos, lançando uma piscadela com mensagens que a
fez ruborizar.
— Claro.
— Buscando ratos.
— Que ratos?
— Pessoas?
— Isso mesmo.
— A operação resgate.
— Aparentemente não.
— Quem?
— Alguém muito próximo a você.
— Não te interessa.
Petrus suspirou.
Harley riu.
— Petrus... Eu descobri uma movimentação bancária
estranha e com minha busca incansável sobre certa loba,
eu realmente tinha chegado à conclusão de que não tinha
nada a encontrar sobre ela, mas eu estava errado, porque,
na verdade, ela não existe.
— Fale, homem!
— Que furo?
— Continue.
— Fale.
— Não.
Harley riu.
— Ótimo.
— Ótimo.
— Bem, então, quando pretende resolver esta questão
sobre a pequena e bonitinha impostora?
— E seu acasalamento?
Merda! Ele tinha que lidar com isto? Não estava para
festas. Ele quase rosnou.
Ela assentiu.
Ele olhou para ela e viu o medo em seu olhar. Ela era
forte e aceitava tudo com tranquilidade e suavidade. Tão
submissa que até irritava Petrus, mas ele sabia que ela
estava angustiada e apreensiva, via isso em seu olhar.
— Eu sei.
Ela assentiu.
Ela foi sair, mas ele segurou seu pulso e ela se virou
e o olhou.
— Sim.
— Eu adoraria.
Las Vegas, Nevada, Estados Unidos.
Lobos...
E então algo mais forte atingiu seu nariz. O cheiro
dela. Inesquecível e embriagante. Estava fraco, mas ele
sabia que era ela.
Maldito.
— Sami...
Ela riu.
— Vai sonhando.
— Sem loba.
— Está ferida!
— Oh, ele tem um cérebro... — ela sussurrou com um
fio de voz, então desmaiou.
— Harley!
Harley suspirou.
— Felicíssimo.
— Onde estou?
— Num hotel.
— O que quer?
Petrus riu.
Ele suspirou.
— O que é isso?
Ela riu.
— Sério?
— Ele a machucou?
— Como me encontrou?
— Eu teria me virado.
Ele suspirou.
— Mais uma mentira.
— Sentiu?
— Petrus!
— Não irei.
— Ótimo.
Ela arfou.
— É o cachorrinho dele?
Mas era Petrus que tinha turvado sua mente por tanto
tempo, que atormentava seus sonhos, fazia seu corpo
desobedecer aos comandos do seu cérebro, seu coração
disparar como um insano no peito.
Que idiota!
— Obrigada.
— A comida.
— Faminta.
— Posso ir ao banheiro?
— De certa forma.
— Por quê?
— Nunca se apaixonou?
— O que disse?
— 1866?
— Sim.
— Então... eu...
— Merda...
Ela suspirou.
— Sim.
— Sim, eu fui.
— Nenhum.
— Eu deveria acreditar nisso?
— Não!
— Um gênio assassino.
— Oh verdade?
— Pelos lobos.
— Explique.
— Meu pai desapareceu há alguns anos. Um dia ele
entrou em contato e me disse que estava com problemas,
que precisávamos sair do país e eu descobri que vocês
existiam. No começo eu não acreditei. Meu pai disse que
corríamos perigo, estava tentando fugir, mas parece que
depois sua fuga foi comprometida e desapareceu. Eu tentei
encontrá-lo, mas ele não estava onde havia me dito. Eu
investiguei e... usei uma identificação e uma vida falsa
para poder me infiltrar lá e descobrir onde ele estava. Se
soubessem quem eu era não conseguiria o trabalho.
— Sim.
— Galen.
— Sim.
— Para matá-lo?
— Nossa culpa?
— Sami...
— Como?
— E seu pai?
— Sim.
Ela calou-se.
— Sami... responda.
— Me deixe ir!
— Teria me ajudado?
— Delfine Darfh?
— Pode?
— Parece bom.
— Deve.
— Durma.
— Bem aqui.
— Só há uma cama.
— Nada...
— Pedi...
— Não pode...
— Vai o quê?
— Isso é errado...
— Interrompo?
Petrus riu.
— Sim, eu sei.
— Sério?
— Agora sim.
— Petrus...
Ela suspirou.
Era uma verdade, mas ela não sabia que seu salário
era à custa da vida de lobos e isso partiu seu coração e
lhe causou um imenso remorso.
— Eu não sabia.
— Por quê?
— Estou indo.
Ele comeu mais uma, tomou o resto do café e enfiou
um bacon torrado na boca, levantou e antes de sair do
quarto disse:
— Comportem-se, crianças.
— O que eu fiz?
Ele riu.
— É grego.
— Coma, Sami.
— Petrus! — rosnou.
Ah, não?
Ela lhe deu um tapa, mas, por instinto, ele foi mais
rápido e por um triz, ela não o acertou bem no meio da
cara. Ele arregalou os olhos e segurou seu pulso.
— Não.
— Não.
Ela suspirou.
— Eu também sei.
Ela sabia que ele estava certo, mas era difícil engolir
tudo aquilo.
— Era.
— Sério?
— Achou o quê?
— Um manjar.
— Isso é certo?
— Sim.
— Ele me desafia.
Essa era uma das tantas lições de seu pai. Uma das
tantas que Petrus não compactuava.
— Eu sinto muito.
— Eu não.
— Eu o matei.
— O que houve?
— Como?
— Ele nos condenou à morte.
— Parou a guerra?
— Há um rei?
— O quê?
— Minhas pérolas?
— Fala sério?
— Sim.
— Não há loba.
— Bastardo!
— Bons sonhos.
— Alô?
— Petrus?
— Pietra?
— Não está.
Ela riu.
— Obrigado.
— Provocando-a.
— Cretino!
— Linda!
— Bruto.
— Desbocada.
Petrus suspirou.
— Comer?
— Me prendeu na cama.
Ela assentiu.
Beijar-me?
— Ok.
— Comida — sussurrou.
— Não se meta.
Infernos!
— Lista? Eu disse que não quero nada grande.
Italianos não sabem o significado de íntimo? — perguntou
zangado.
— Pode.
— Me ouviu?
— Não.
— O que houve?
— Encontraram os lobos?
— Se o alfa permitir.
— Nomes interessantes.
Ele assentiu.
— Como fugir?
— Não.
— Ok.
— Por quê?
— Só faça, Petrus.
— Estou bem.
— Para quê?
— Está em Vegas?
— Sim, quem diria, mas aqui estou e quero conseguir
algumas armas, para caso a situação por aqui fique feia.
— Não.
— Precisa de ajuda?
— Obrigado. Adeus.
— Me solte!
— Eu? Não.
— Certo, azeda.
— O quê?
— Eu esqueci.
— Não.
— Ok. E então?
— Clere.
— Nomes.
— Julian e Logan?
— Sim, pelo que eu sei, meu pai foi morto por estes
lobos.
— Sim.
— Sim.
— Não, eu sei!
— Petrus...
— E meu pai?
Ele não queria isso para ela, queria sua Sami inteira
e não quebrada assim.
— Mas não era assim com seu pai? Irmão? Sua mãe?
Ou sua alcateia?
Ele suspirou.
— Por quê?
— Sim, eu vejo.
— Sim, eu peço.
— Por quê?
— Talvez.
— Então, enquanto não houver confiança entre nós,
agápi mou, não podemos ser companheiros.
— Ok, eu prometo.
— Sim.
Petrus sorriu.
— Como se soltou?
— Oh.
— Sim, claro.
— Está pronta para ir?
— Sim.
Ela foi passar por ele para saírem, mas ele agarrou
seu braço e a puxou de volta e a prendeu entre seus
braços. Sami arfou pelo baque em seu peito, mas não
protestou.
— Que malvado!
Sami suspirou.
— Há algo mais.
— Cheiro sangue.
Petrus riu.
— Sério?
— Nem me diga...
— Só um?
Sami sorriu.
— Ele me mataria.
O lobo titubeou.
— Hoje?
— Sim. Somente os mais próximos a ele sabem com
antecedência onde será, pois arrumam os convites.
— Muitos.
— Humanos?
— Ok, vamos.
Harley suspirou.
— Pergunte.
— Como me encontrou?
Petrus piscou calmamente e virou um pouco a cabeça
para o lado e um pequeno sorriso apareceu no canto de
sua boca, o que fez Sami querer esbofeteá-lo.
— Rastreador.
— Contando.
— Por quê?
— Sei.
Ele assentiu.
Ele assentiu.
— Olá, Pietra.
— Passou?
— Tem certeza?
— É o meu de Milão.
— Está triste.
Harley sorriu.
— Sim.
— Pode me mostrar?
— Porque me importo.
— Um momento — sussurrou.
— Lindo.
— De lobo?
— É muito bonito.
Ela sorriu.
— Ok — disse desanimado.
— Adeus, Harley.
— Adeus, Pietra.
— Pietra?
— Sim?
— Seria legal.
— Ok.
— Ok.
— Um brinde.
— Petrus? Harley?
Lobos descarados.
Mais um passo.
Estava sufocando.
— O que há comigo?
Oh tentador.
— É um convite?
— Mentiroso.
— Coisa de lobos?
— Coisa de lobos.
Ela riu.
— Petrus?
Desalinhado e selvagem.
Maldito.
Ela não entendia o que sentia por ele, porque era algo
que não conseguia explicar. Era tão forte, tão poderoso
que assustava, mas ao mesmo tempo era tão excitante,
quente, que era quase impossível ficar sem. Como o ar
para respirar. Sua energia a envolvia e contagiava.
Ele sabia que tinha que ter paciência com ela, senão
a perderia.
E vinha dela.
— Oh... Petrus...
Petrus deitou sobre ela e aproveitando aquele
momento, ele abafou seu gemido desesperado com um
beijo e entrou nela, de uma vez, até o fundo e foi quase
demais para suportar, porque nunca tinha provado nada
mais delicioso, intenso, queimando-o vivo.
Isso o surpreendeu.
— Bom dia.
— Bom dia.
— Briguinha de irmãos?
— Nada sério.
— Estou ótima.
Misericórdia.
— Petrus...
— Ok.
— Tem certeza?
— Graças a Deus!
Ele riu.
— Temos visita.
— Oh.
— Mas melhorou.
— Porque a amamos.
— OK.
— Pode deixar.
— Rock Valey.
— Luta?
Ela bufou.
— Acho que devo tomar outro banho. O que quis
dizer sobre morder?
Ela até abriu a boca para dizer algo, mas antes que
ela dissesse qualquer coisa, ele passou a mão em sua nuca
e a trouxe para si, beijando-a intensamente, arrancando
qualquer possibilidade de protesto e fazendo a sua mente
voar.
— E se gostar?
— Saudades do quê?
Oh delicioso.
— O quê?
Ele queria dar tudo a ela, pois queria que com isso
ela o admirasse, gostasse dele, perdesse aquele muro que
separava os dois. Queria que isso se tornasse uma
constante, natural entre eles.
Ele sorriu por sua brincadeira. Mas ele sabia que era
por serem companheiros porque aquilo também nunca
tinha acontecido com ninguém que ele teve sexo e sua lista
era bem longa.
— Sim, eu gosto.
— Sim...
Sami pensou que nunca na sua vida havia tido tal ato
forte com nenhum homem, nem sabia que era possível
sentir tal prazer, tão forte, tão intenso, mas ele a
surpreendeu e deu mais.
— Sim.
— Está linda.
— Obrigada.
— Está me evitando, eu te machuquei ontem à noite?
— Não.
— Gostar é relativo.
— Para você é relativo, porque você não conhece
seus próprios sentimentos. Não conhece a si mesma.
— Qual é o problema?
— Duvido.
Ela suspirou.
— Tecnicamente, sim.
— Quais são estas etapas? — disse segurando o riso.
— Petrus...
— Posso provar.
— Eu?
— Por enquanto.
— É bom.
— Sábio.
— E então?
— Acredito.
— Eu confio, irmão.
— Você também.
— Está pronta?
— Parece tedioso.
— Ok.
— Pronta?
— Pronta.
O pavilhão estava lotado de humanos e lobos. Era um
antigo galpão de uma fábrica de produtos químicos.
Petrus ia dizer algo e sair dali, mas então ele viu uma
nova luta ser anunciada pelo locutor.
— O quê?
— Mas...
— Você o conhecia?
— Harley! Merda!
— Harley!
— O que... quer?
Petrus rosnou.
— Sami!
— O quê?
— O subestima.
— Outro engano.
— Nenhum.
— Oh meu Deus...
Nervoso, Harley observou os carros saírem e dois
helicópteros levantaram voo e um ainda ficou parado.
— Petrus! — gritou.
— Petrus!
— Merda!
— Julian...
— As mulheres também?
— Julian?
Crack!
— Eu não queria...
— Kirian...
— Posso segui-los.
— Do que adiantaria? Sozinho não pode impedi-lo e
não terá como nos avisar onde está.
— Uau!
— Sim.
— Na entrada.
— Estão bem?
— Venha, me siga.
Petrus não discutiu, tomou-a nos braços e apenas
seguiu o irmão que abria caminho para eles e de vez em
quando parava para enfrentar um lobo que era
rapidamente dilacerado e jogado a um canto.
— Sami...
Kayli suspirou.
Sasha suspirou.
Ele assentiu.
— Ok...
A minha casa...
Ela estremeceu e ele suspirou, esfregando seu nariz
que o irritava. Ele acariciou sua bochecha docemente e
eles ficaram se olhando.
— É o frenesi, querida.
— Vai passar?
Ela riu.
— Meu prazer.
Ela suspirou.
— Sim.
— Sinto muito.
— Eu também.
— E meu pai...
Ele riu.
— Petrus...
— Petrus!
— Como se sente?
— Agradável.
— Sim.
— Já que não me convidou para usufruir da banheira
que mais parece uma piscina exótica, pensei em me
convidar — ela disse dengosa.
Miséria.
Esta era sua loba, ela era a sua fêmea e ele era louco
por ela.
— Logo passará.
— Sinto muito.
— Tirou os curativos.
— Amigos?
— Talvez mais que amigos... na verdade, gosto muito
de tocar você também.
— Sami...
— E já enlouqueceu a mim.
— O quê?
— É realmente mágico.
— Eu sei.
— Mesmo assim.
— Sim, eu prometo.
— Você vai manter suas promessas?
— Eu vou.
Ele sabia que talvez ela sentisse muito mais que isso,
mas que não estava preparada para dizê-lo. Sami tinha
muitos ressentimentos e medos em seu coração e ele
entendia isso agora.
— Droga, Petrus!
— É minha prometida.
Petrus rosnou.
— Saia daqui antes que eu quebre seus dentes.
— Simplificar?
— E quando se casaria?
Sami bufou.
— Ia contar.
— Petrus...
— Não, Sami. Não mais. Eu gostaria de poder te dar
mais tempo para que estivesse pronta para mim. Eu estou
cansado de lutar sozinho e companheiros não são assim,
eles lutam juntos e você nunca lutou por mim. Eu preciso
de alguém que lute por mim, para que eu também possa ter
meu porto seguro. Isso... — disse mostrando os dois. —
Acabou. Adeus.
Sua mente gritou esta frase tão forte que pareceu que
seus ouvidos zumbiram.
— Petrus?
— Sim, ele pediu que cuidássemos de você antes de
ir embora.
— Ok, obrigada.
— Oh...
— Todas as companheiras humanas tiveram suas
dificuldades de se adaptar, Sami. Mas estamos com
nossos companheiros agora e felizes. Deixar sua vida para
trás, às vezes, não é fácil, mas ficar olhando para trás vai
te impedir de ver o quanto é maravilhoso viver esta magia
e estar com seu amor verdadeiro. Acredite, eu sei, e não
me arrependo de ter escolhido ficar com meu
companheiro.
— Boa noite.
— Boa noite.
— Hã?
— Não sei.
— Céus...
— Sim.
— Sim, é verdade.
— Lobos...
Ela suspirou.
— Sério?
— Foi um cafajeste.
— Sim, tivemos.
Ester assentiu e observou Sami por um momento.
— Petrus a ama?
— Obrigada.
Jogou tudo para fora. Tudo que ela odiava, tudo o que
a deixava mal, todo seu sofrimento e seus ódios.
Ela se ajoelhou e respirou fundo, várias vezes,
tentando se acalmar. Fechou os olhos e se entregou.
Era uma loba e viu como a sua magia era linda e não
tinha nada de horroroso naquilo. Estava se sentindo viva.
Foda-se!
— Sim.
— O quê?
— Nada.
— Havia.
— Você a ama.
— Vai passar.
— Eu sinto muito.
— Vá, eu já vou.
— O quê?
Harley suspirou.
— Petrus!
— Sami?!
— Calem-se!
Ela gemeu.
Petrus suspirou.
— Fale.
— Sempre me repeliu.
— Sami...
Ele olhou para Pietra e ela fez um sinal que sim para
ele. Ela estava dando sua bênção aos dois e isso foi outro
choque a todos, a Petrus e até a Sami.
— Preciso respirar.
Tudo foi tão rápido que Ester nem viu a ordem que
Noah havia dado para que Liam a protegesse e ao seu
filho.
Petrus rosnou.
Novamente.
— Ou não...
— Que trato?
— Custou.
— Ora...
— Senhor...
— Sim, Alteza.
— Sim, Alteza.
— Alteza...
— É tudo legal.
Sua ira foi aplacada quando uma mão suave tocou seu
ombro e um rosto abatido tomou sua visão.
— Eu sinto muito.
— Sim?
— Estou bem.
— E agora vê?
— O quê?
— Mais ou menos.
— Seu... Seu...
— Oh, Petrus!
— Sim.
— Ah!
A loba o olhou.
“Pode me ouvir?”
“O quê?”
— Que você não conhece meu lobo. Quando me
transformei em Vegas, você não me viu como lobo,
somente depois que voltei como humano.
“Oh, não!”
“Sim!”
— Você é linda!
— Sim.
— Sem segredos.
— E eu preciso de você.
Ele rosnou e a beijou, longamente, desfrutando do
sabor de seus lábios, do toque de sua língua, e abraçando-
a, levantou do chão e foi até a cama, caindo sobre ela sem
deixar de beijá-la, entre ofegos, gemidos e rosnados.
— Eu não suportaria.
Ele era bom nisso e ela tinha a sensação que sua vida
sexual com Petrus seria excitante para o resto da vida,
porque ele sabia fazer coisas com seu corpo que ela nem
imaginava. Ela teria gosto em descobrir todas suas
artimanhas.
— Por quê?
— Sua mãe?
— Eu também.
— A moda antiga?
— Sim, a moda antiga.
— Só um pouquinho.
— Será.
— Obrigada.
— Oh isso é horrível.
— Sim.
— Sim, eu sei.
— Bem. Sobre os laboratórios, o que mais tem a nos
dizer?
— Início de tudo?
— O quê?
— Sami...
— Posso continuar?
— Maldito e miserável.
— Quem?
— Alexander.
— Porra!
— Sami...
— Não o fez.
Noah rosnou.
— Ok — Petrus respondeu.
— Eu sei.
— Mas eu confio em você, afinal depois de tudo que
passamos acredito que nunca mais haverá segredos entre
nós.
Ela riu.
Ela riu.
— Não.
— É o tal segredo?
— Sim.
— Está linda.
— Tem certeza? Este vestido de linho está lindo, mas
sinto que poderia colocar minhas roupas de couro e
acrescentar um chicote.
— Vamos aonde?
— Espere e verá.
— Eu estou bem.
Ela riu.
— Aceito!
— Logo verá.
— Quem?
— Bem, no dia em que estávamos nos Estados
Unidos e você pensou que seu pai estava carbonizado
naquela cela... Seu pai não foi encontrado na cela, bem,
ele foi salvo.
— Ele o quê?
Noah rosnou.
— Julian salvou seu pai e nos contou que ele não era
conivente com os laboratórios e fez de tudo para salvar
sua vida e, inclusive, tentou fazer um resgate que não foi
bem-sucedido, com os outros lobos em Berlim. Os únicos
que conseguiram sair do laboratório foi Julian e Logan
porque Joan forjou suas mortes.
— Por que Joan faria isso?
— Pai!
— Sim.
— Obrigada, Petrus.
— Alexander!
— Tio!
— Ele pode?
— Eu amo você.
— Senhora...
— Obrigada.
Era uma nova era para todos e ela sabia que teriam
paz e dignidade com eles no poder. Medo ou repressão
tinham ficado para trás.
Os dois riram.
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A HERDEIRA
OS LOBOS DE ESTER – VOL. 1
Tudo estava indo bem para Ester. Ela tinha uma nova
casa, além de uma clínica veterinária, e um admirador
secreto que lhe enviava flores e presentes, até ela atender
um chamado para ajudar um animal ferido. E assim, Ester
entrou em um mundo paralelo, onde havia homens altos,
fortes, sensuais e com olhos exóticos que jamais havia
visto na vida.
ENTRE O AMOR E A FÉ
A PROFECIA – VOL. 1
Editora Planeta Literário
www.editoraplanetaliterario.com
Para sempre e mais um dia
Collins, Andy
9788568292600
38 páginas