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STAFF

Equipe Pégasus Lançamentos


&
Girl Power Book’s

2020
Os livros Outlaw love são romances autônomos com amantes únicos
e finais felizes. Esta é a história de Rabid e Christa na série Grizzlies MC.
A tradução em tela foi efetivada pelo grupo Pégasus
Lançamentos e Grupo Power Books de forma a propiciar ao
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no idioma original
EU TIVE O BEBÊ DE UM

CRIMINOSO E O MANTIVE EM

SEGREDO...

SALLY

ELE VAI ME MATAR QUANDO DESCOBRIR. DEVERIA


TER DEIXADO ROMAN PARA TRÁS APÓS NOSSA
AVENTURA INESQUECÍVEL DOIS VERÕES ATRÁS. NÃO
PRETENDIA ACABAR TENDO SEU FILHO, AFINAL ERA O
ÚLTIMO HOMEM NO MUNDO DESTINADO A SER PAI.

MAS O PERIGO TEM UM JEITO ENGRAÇADO DE


REVELAR OS SEGREDOS MAIS BEM GUARDADOS DE UMA
MULHER, E REACENDER VELHAS CHAMAS QUE
DEVERIAM TER MORRIDO EM UMA NOITE QUENTE DE
VERÃO.

AGORA, ESTÁ DETERMINADO A ME REIVINDICAR DE


TODAS AS FORMAS EXPLOSIVAS QUE FAZ MEU CORAÇÃO
PARAR E MINHA CABEÇA GIRAR. ESTOU PERDENDO A
CABEÇA, OU TALVEZ APENAS A MINHA CALCINHA. AS
DUAS.
UM CASAMENTO ARRANJADO COM O MAIS TEMIDO
DOS GRIZZLIES MC? NÃO DEVERIA QUERER TANTO
ISSO...

ROMAN

PERDOE E ESQUEÇA? PORRA, NÃO.

FIZ O QUE PUDE PARA AFASTÁ-LA, PASSEI TODOS


OS MINUTOS COM PROSTITUTAS E BEBIDAS. ENTÃO
DESCOBRI O QUE ESCONDEU, E PERDI MINHA CABEÇA.

AS MENTIRAS DE SALLY ROUBARAM MAIS ANOS DA


MINHA VIDA DO QUE A PRISÃO. ELA ME DEVE MUITO.
VOU LEVÁ-LA COMO PAGAMENTO, E NÃO ME IMPORTO
COM O QUE TEM A DIZER SOBRE USAR A MINHA MARCA.

NENHUMA GAROTA ME FAZ DE TOLO. E NÃO ESTOU


A ENGANANDO, QUANDO DIGO A ELA QUE VOU
CONSEGUIR MINHA ESPOSA PERFEITA, MESMO SE
ESTIVERMOS FINGINDO TODO O PERCURSO ATÉ O
ALTAR.

DÊ-ME UMA SEMANA. VOU CONQUISTAR SUA LÍNGUA


AFIADA E LEMBRÁ-LA COMO É ARDER DE DESEJO. NÃO
VOU PARAR ATÉ QUE SEUS LÁBIOS ESTEJAM NOS MEUS,
FAZENDO-A SE CONTORCER DA FORMA COMO
COSTUMAVA FAZER, ME IMPLORANDO POR MAIS...
CAPÍTULO 1

Sally: Um Pedaço Dele

Lembro-me dele como se fosse ontem.

O calor de seu beijo, o poder bruto em seus braços


enquanto me empurrou para baixo no banco de trás, pegando
meu cabelo e me fazendo gritar quando sugou por todo o meu
pescoço. Seria o meu primeiro. Nunca sonhei em mil anos que
seria meu último.

Ele me conquistou, e deixei,porra. Amei isso. Não o


amava, pelo menos não ainda, mas estava dando-lhe a minha
inocência.

Sexo era natural, me forçou a reconhecer seu incrível


talento em tudo o que fez, pela maneira como empurrou dentro
de mim, pela primeira vez, a cadência de sua voz, rosnando no
meu ouvido, torcendo a cabeça perfeitamente para trazer meu
ouvido aos lábios ásperos.

— Siga minha liderança, Sally. Você é totalmente quente


para me dizer que foder não é algo natural. — Fez uma pausa,
passando a língua na minha orelha até que me contorci. —
Basta ver, sentir e aprender. Toda vez que empurrar o meu pau
profundamente, você mexe de volta. Conheça meus quadris.
Foda-me com vontade, querida. Foda-me como se me quisesse.
Continue até parecer que vai explodir, e vou te dar o empurrão
final. Vou te ensinar como usar essa boca quente para sugar
cada gota de sêmem das bolas de um homem. Especialmente
as minhas.

Deus.

E assim, me fodeu. Minha melhor foda, minha única foda.


Roman balançou o caminhão inteiro com seus impulsos
quando se chocava em mim, levando-me a gritar a liberação.

Não o conhecia, e não importava. Estava nas profundezas


da zona de prazer depois de cerca de cinco segundos para me
importar.

A maneira como lidou comigo... Doce menino Jesus.

Não pretendia perder a cabeça tão fácil assim. Claro,


queria, mas não sabia que este seria o dia, até que começou a
tirar minhas roupas.

Caí fácil. Um beijo foi o suficiente para selar o meu


destino para sempre.

Talvez seja a sua força, ou apenas a sua aparência rude


em seu enorme corpo tatuado e no rosto esculpido. Seus olhos
escuros me disseram em cada olhar que sabia exatamente o
que fazer com uma mulher como eu.

E escutei. Derreti. Eu me rendi.


Nunca fui uma menina pequena. Crescendo na fazenda
do meu tio me deixou forte e bem arredondada sob minhas
curvas. De qualquer maneira era mais forte do que as
magricelas com peitos do tamanho de uma palma que a
maioria dos rapazes motociclistas nesta cidade levavam para
cama.

Era muito voluptuosa, o que de fato, tornou ainda mais


surpreendente quando Roman cumpriu completamente suas
promessas.

Tudo começou com ele indo comigo para a parte de trás,


mostrando o trabalho que fez no caminhão do meu tio. Fez o
trabalho de forma rápida e eficiente, assim como um bom
mecânico faria, e estava de boca aberta, como uma menininha
apaixonada, cada vez que eu torcia as engrenagens, apontando
alguns equipamentos ou ferragens.

Meus pensamentos estavam em todos os lugares.


Principalmente, imaginando saber o que aquelas mãos grandes
e grossas poderiam fazer além de personalizar veículos em
tempo recorde.

Se ao menos tivesse só pensado, fantasiado, e deixado por


isso mesmo.

Não deveria tê-lo deixado me puxar para dentro para


olhar mais de perto. Completamente sozinha também,
ninguém mais estava na garagem. Deve ser um dia tranquilo
para o Grizzlies Motorcycle Club, ou talvez seus irmãos
tivessem em outro negócio.
Deveria ter colocado alguma resistência, especialmente
quando suas mãos agarraram a minha, trazendo meus dedos
trêmulos aos seus lábios. Isso não poderia significar nada de
bom, exceto algum sexo incrível.

Era jovem, mas não era estúpida. Sabia que o normal dos
durões que vestiam o patch dos Grizzlies MC era oferecer nada
mais que uma brincadeira entre os lençóis de parar o coração,
ou talvez em algum lugar mais selvagem.

Esses meninos não estão em relacionamentos e encontros


para jantar. Flertam, fodem, e avançam para o próximo rabo
quente.

Estava certa, e não ouvi o bom senso. No segundo em que


nos beijamos, a luxúria é quem falou.

Talvez devesse olhar para trás e não ser tão dura comigo
mesma.

Afinal, é difícil dizer não quando tem vinte e um anos de


idade e ainda é uma virgem, e de repente o maior fodão de
Redding tem as mãos alcançando o fecho do seu sutiã. E é
ainda mais difícil quando um gigante tatuado como Roman
enfia os dedos em sua coxa e aperta até doer, porque quer você
tanto assim.

A luxúria nunca mente. Nós nos fundimos, em um ajuste


perfeito, mesmo antes que manobrasse o seu enorme corpo
entre as minhas pernas, pressionando o pau inchado por trás
de seus jeans na minha calcinha. A honesta necessidade em
seu corpo alimentou a fome no meu.

A natureza fez o resto. Antes que soubesse o que estava


acontecendo, estava sem minha camisa, e o assento do
caminhão deitado, deixando um amplo espaço para eu abrir
minhas pernas.

As coisas que fez com a boca me deixaram pegando fogo.


Quando colocou as mãos entre as minhas coxas e sentiu
minha umidade, me perguntando se já estive com um homem
como ele antes, não pude esconder. Contei que nunca estive
com qualquer homem.

O olhar que me deu foi como o de um animal selvagem


prendendo sua presa. Disse para não me preocupar. Iria
cuidar de tudo. Ele me ensinaria tudo sobre o prazer, a carne,
e sobre foder.

A lição número um não foi realmente assimilada até que


me deixou nua, empurrou o seu rosto entre as minhas coxas,
e rasgou a minha calcinha com sua mão áspera. Virei um
creme no instante em que começou a chupar meu clitóris.

Claro, já li em romances sujos e até mesmo vi alguns


pornôs sobre as coisas maravilhosas que a língua de um
homem pode fazer. Mas não foi nada comparado a tê-lo lá,
balançando a cabeça de um lado para o outro, puxando o meu
clitóris entre os dentes e batendo sua língua contra ele até que
todo o meu corpo explodiu.
Gozei tão forte que quase fiquei cega.

Cinco minutos depois, mal desci das alturas, me tirou do


meu estupor. Com uma mão me puxou aberta, expondo minha
fenda virgem para seu pau. Suas calças estavam fora, e peguei
um rápido vislumbre de sua ereção, latejante, e seu
insanamente enorme pau.

Não sabia como iria se encaixar. Ele não se importava.

Não houve tempo para essas perguntas antes dele


empurrar dentro de mim, esticando tudo bem aberto para seu
pau. Afundou, segurou por um momento, me moldando para
caber o seu comprimento.

Não doeu muito. Depois de alguns segundos, aquilo


começou a parecer muito bom na verdade, e, em seguida, ficou
espetacular quando suas estocadas pegaram velocidade. Uma
dúzia de golpes do seu pau enorme, eu com as minhas pernas
abertas amplamente, e não conseguia pensar direito.

Não podia me preocupar com certo ou errado, ou que


horas o tio Ralph me queria de volta com o seu cavalo de
batalha sobre rodas, ou mesmo o fato de que não poderia
verificar se o fora da lei entre as minhas pernas colocou um
preservativo em primeiro lugar. Roman me ensinou muito
naquele dia, especialmente sobre perder minha cabeça.

Um bom sexo era pior do que um bom uísque.

Uma mulher não conseguia pensar em nada quando seus


nervos estavam em chamas, queimando todos os seus
circuitos. Parei de tentar quando balançou meu corpo mais
forte, sacudindo o caminhão junto com ele, fazendo tremer
todo o meu maldito mundo.

As coisas que saíram da minha boca, provavelmente,


fizeram minha mãe se revirar em seu túmulo. Especialmente
quando diminuiu suas investidas, apenas o suficiente para me
deixar formar palavras, me provocando.

— Gosta disso, mulher? Porra, me diga que sim. Quero


ouvir você pedir por este pau. Comece a falar. É melhor
praticar falar sujo rápido se não quer que eu puxe para fora
agora e dispare minha carga nos seus peitos. — Sua mão
desceu, batendo na minha bunda para dar ênfase.

— Oh, não pare! Por favor, não puxe para fora. Por favor,
continue me fodendo. — Se ao menos soubesse que essas
palavras selariam o meu destino.

— Te foder como, gata? Não dou a mínima se você é


virgem. Não faço suave. Não faço lento. Só sei como foder
putas.

— Então me foda como uma. — Sua mão se estendeu ao


redor e segurou meu seio. Empurrando na palma da mão,
gemi, rezando para que fosse entender as necessidades do meu
corpo.

— Besteira. Você é uma boa menina, Sally. Nunca a vi


sequer em um churrasco por aqui antes. Não é uma cadela
motociclista. Não é uma prostituta de clube. Não posso te foder
como uma a menos que me faça acreditar. — Gemi, puxou seu
pau, descansando-o entre meu traseiro e esfregando-o para
cima e para baixo.

— Qualquer coisa. Você quer isto? — Minhas bochechas


queimaram de vermelho brilhante quando empurrei minhas
nádegas contra ele. Sim, me deixou tão bêbada com seu corpo
que ofereci tudo naquele momento, e teria dado a ele também
qualquer coisa para trazê-lo de volta para o fogo que acendeu
em mim.

Silêncio. Até que ouvi o trovão crescendo em sua


garganta. Com um gemido, inclinou a cabeça para o lado,
puxando o meu cabelo com uma mão, empurrando os lábios
perto do meu ouvido novamente.

— Você tem sorte que o pensamento de foder uma boceta


virgem que nenhum homem jamais esteve faz meu pau pulsar
como lava, loirinha. Supere essa porra. Vou tomar todos os
seus buracos outra noite. — Outro tapa na bunda, e obedeci.

Estava tão vulnerável, tão exposta por baixo dele. Seus


olhos castanhos escuros brilharam. Ele deu uma boa olhada,
me banhando com seu olhar faminto.

— Aperte as pernas em volta da minha cintura, e não ouse


soltar quando fizer você gozar. Considere isso um teste. Vamos
ver se vale mais do que uma transa. Raramente pego meninas
duas vezes, e nunca quando se engancham toda, tentando me
puxar para algum relacionamento. Sou um homem livre. Você
me ouviu, baby? Tem problemas com isso? Estou à procura de
uma foda. Não uma namorada.

Meus olhos se estreitaram. Não posso dizer que não me


deu muitas chances para correr. Disse diretamente que era o
maior idiota do mundo, com o corpo de um gladiador e listras
de um tigre, que vão subindo em seus braços. O urso rugindo
tatuado no meio de seu peito duro deveria ser um aviso
suficiente.

Ignorei tudo. Queria-o tanto assim. Jogaria junto para


continuar com isso, para senti-lo me apertando novamente. Já
foi muito fundo, e agora queria a minha inocência virgem
apagada.

Por uma noite, só queria senti-lo dentro de mim tantas


vezes quanto pudesse. Lidaria com a culpa na parte da manhã.

Aproximando-me, passei os dedos pelo seu peito, parando


logo acima do seu pau latejante. Vapor disparou pelos meus
poros quando realmente senti quão duro estava. Puta merda.

— Fala muito sobre ser livre e solto, não é, Roman? Por


que não cala a boca e me mostra o que isso significa? — Deus,
estava nervosa, mas consegui.

Coloquei minhas pernas em volta de sua cintura e dei-lhe


um aperto. Eu o provoquei, e adorei.

Seu pau empurrou, liberando uma gota de pré-gozo.


Durante vários segundos, fiquei olhando o líquido escorrer até
a minha barriga. Então, a alcancei e passeio dedo por ela,
instintivamente levando-a aos meus lábios.

Uma gota era tudo que precisava para estar viciada em


seu gosto. E, aparentemente, um golpe como esse foi o
suficiente para provocar o animal dentro dele, a besta que
tomou conta de seu corpo enquanto empurrou seu magnífico
pau profundamente em minha umidade virgem novamente.

— Porra. — Balançou a cabeça, enfiando até as bolas. —


Não sabe que está brincando com fogo, menina?

— Uh. Acho que vou ter que ser o seu incêndio esta noite.

Todo o seu corpo se deslocou para frente. Tomando meus


pulsos com as duas mãos, as fixou no banco de couro,
segurando-as sobre a minha cabeça. Seus quadris se
moveram, e retomou as estocadas. Impulsionou dentro e fora
um pouco mais fácil desta vez, porque estava duas vezes mais
molhada. Ele me derreteu viva, ou pelo menos virou tudo
abaixo da minha cintura em explosivo.

Eu me desfiz. Ofegante. Suplicante. Incrivelmente


molhada, quente e querendo, pronta para explodir todo o clube
anexado a esta garagem, se ele se recusasse a me foder.

Felizmente, fez.

Roman apertou todo o meu corpo. Seus profundos, duros


golpes, sacudiram meus seios e vibraram através de meus
ossos. Meus lábios se abriram, formando um O, uma válvula
de escape para a bola de fogo explodindo em volta do meu
clitóris. Mal tive tempo para alcançar e envolver minhas mãos
em volta do pescoço antes de passar por mim, queimando
tudo, prometendo um terremoto.

— Roman!

— Vamos lá, querida. Mantenha a porra indo.— Como se


fosse super fácil. — Quero senti-la apertar meu pau até eu
explodir.

Agarrando sua poderosa bunda,me perdi. Achava que


sabia o que era um orgasmo quando usava meu vibrador, mas
ter minha boceta envolvida em torno de seu pau perfurou meu
cérebro, me apresentou a uma nova sensação de mil anos-luz
da Terra.

É diferente. É incrível. Merda, acho que estou viciada.

Poderia ter dito o mesmo sobre ele, não apenas o sexo.


Algo sobre ser fodida por um fora da lei gigante, três vezes o
meu tamanho, alimentou os hormônios em chamas em minhas
veias.

Não conseguia segurar. Nem tentei. Gozei tão forte quanto


ordenou, jogando a cabeça para trás e gritando a plenos
pulmões, tão alto que me perguntei se alguns dos outros
cretinos dentro do clube sairiam disparados para descobrir o
que era toda a comoção.

Nada os impediria de nos ver entrelaçados através das


janelas embaçadas, presos em êxtase.
Os quadris de Roman não pararam também. Na verdade,
foderam mais duro, mais profundo, tão rápido e implacável,
que comecei a me preocupar que algo quebraria em nossos
corpos. Mas, em seguida, seus quadris se sacudiram com uma
parada, e me apertou profundamente no couro com todo o seu
peso.

— Porra, você é muito apertada. — Uma respiração mais


áspera e Roman não podia falar. — Essa boceta é minha.
Minha.

Pulsava, enterrado profundamente no meu ventre,


fazendo-me senti-lo inchar e se contorcer. Gozou com a mesma
intensidade furiosa. O dilúvio instantaneamente alimentou
meu próprio orgasmo como querosene, e minhas pernas
apertaram sua cintura com tanta força que doía.

Seu gozo me inundou em jatos superaquecidos. Pulso


após pulso bateu no meu ventre, tão quente e poderoso que
jurei que podia senti-los. Gozei tão forte, tão longo, que não
sabia se seria capaz de andar em linha reta novamente. Eu me
perguntei se me deixou paralisada.

Uma pequena eternidade se passou na confusão


ofegante, agitada, e suada de nossos corpos juntos. Minha
boceta se recusou a deixá-lo ir até que começou a amolecer, e
então comecei a minha longa queda das alturas, despertada
pelos seus lábios salgados na minha boca.

— Você fode muito bem para uma menina que nunca fez
isso antes. Tem certeza de que não está me sacaneando sobre
essa coisa de ser virgem?— Perguntou, puxando para fora e
limpando seu pau. — Nunca senti uma boceta ir até cem graus
e ficar tão apertada.

Sorrindo, acariciei suas pernas com as minhas, sentindo


seu sêmen escorrer de dentro de mim. Ugh. Deveria estar
preocupada, mas disse a mim mesma que haveria tempo
suficiente para isso depois. Estava fazendo o meu controle de
natalidade tão regularmente quanto podia, esperando pelo
grande dia, e agora poderia finalmente ter uma utilidade para
as pílulas.

Não poderia me preocupar. Agora estava feito. Só queria


aproveitar o momento, o brilho nebuloso que ficou no
caminhão, o cheiro e o calor do sexo.

— Porra. —rosnou, com a mão na minha vagina e


sentindo nosso creme derramando em sua mão. — Acho que
estou apaixonado por essa boceta.

— Mesmo? Isso significa que consegui um segundo


encontro?

Roman olhou para mim, enxugou a testa, e riu.

— Só pode estar de sacanagem comigo. Acha que foder


em um caminhão velho é algum tipo de encontro?

Minhas bochechas coraram e olhei para baixo.

— Claro que não.


Quão burra poderia ser? Burra o suficiente para acreditar
em amor à primeira foda, acho. De repente, não estava tão
segura em estar tão nua diante deste homem.

Envergonhada, comecei a pegar minhas roupas, na pilha


que estava no chão, quando colocou a mão no meu rosto.

— Ah, o que é isso? Estou apenas brincando, Sally.


Venha, vamos nos vestir e comer alguma coisa. Todas as
garotas merecem um encontro quando é sua primeira vez.

Na semana seguinte, foi difícil de acreditar. A diversão


não terminou com um café da manhã tardio e outra travessura
na sua casa.

Namorei um fora da lei, um bandido, um homem que


provavelmente estrangulava com suas próprias mãos, caras
tão grandes e maus quanto ele.

Roman me pegou alguns dias mais tarde para um passeio


em sua Harley, e a brisa doce do outono soprou pelo meu
cabelo. Ter minhas mãos em volta do seu corpo foi o céu. Em
sua moto, segurando-o perto, todos os meus problemas
sumiram em uma grande nevoa de perfume masculino e
músculos ondulantes.

Ele me salvou de ter que pensar. Com ele, não precisava


me preocupar com a economia ruim, com o puto do meu primo,
ou com o status permanente de menina da fazenda.

Não me preocupei em ter que largar a faculdade, ou sentir


meu estômago torcer em nós quando me lembrei que os únicos
lugares que estavam contratando em Redding estavam ainda
mais escassos e pagavam menos que o rancho do tio Ralph.
Ele e sua moto levaram-me longe de tudo isso. Transportou-
me para um universo alternativo de óleo de motor, tintas
escuras, e corações batendo, um paraíso tão incrível que não
queria voltar.

Uma noite se tornaram duas, e depois uma semana


inteira de montar duro, foder duro, bons momentos juntos.

Roman me pegava no pôr do sol, e rasgávamos através do


campo em sua moto, ocasionalmente parando na cidade para
pegarmos bebidas ou alimentos. Sempre terminava da mesma
maneira, minha bunda saltando abaixo dele na cama, ou às
vezes na relva, grama fresca.

Nós fodemos nossa estrada para a felicidade. Nós


utilizamos o sexo para nos manter limpos. Eu, livre do meu
tédio e preocupações mundanas. Ele, com suas obrigações
obscuras de motociclista, seus mistérios, o assustador
guerreiro que vi escurecendo seus olhos castanhos.

Negócios do clube, disse, advertindo-me a não andar


muito profundamente em seu mundo. E não fiz porque quando
estávamos sozinhos, o único negócio dele era eu.

Nós transamos debaixo das estrelas e em seu pequeno


apartamento. Nós nos beijamos até que o gosto de cada um foi
gravado em nosso cérebro para sempre. Nós fodemos até que
nenhum de nós sabia se era dia ou noite, certo ou errado, o
céu ou inferno.
Um dia, me acordou cedo no seu apartamento. Limpei o
sono dos meus olhos, e percebi que acabou de terminar uma
chamada.

— Mexa-se, querida. Você tem que ir para casa. — A


tensão forte em seu rosto me disse que algo estava errado, mas
não quis me dizer o que era.

Continuei a pressioná-lo durante todo o trajeto para casa.


Meu coração bateu como nunca na moto, e não era por causa
da estrada rasgando embaixo de nós. Estava com medo por ele,
aterrorizada com seu silêncio.

Quando entramos na estrada de terra até a casa da


fazenda da minha família, arrancou meu capacete, e me disse
que ligaria mais tarde. Não podia deixá-lo sair sem tentar mais
uma vez.

— Roman, por favor... qual é o grande problema?—


Perguntei, frustração aquecendo meu sangue. Ele me deu o
mesmo olhar gelado e desviou os olhos, resmungando sobre
algo que não precisava me preocupar.

Apertei os dentes.

— Tudo bem então, guarde para si. Acho que pode me


dizer agora, ou vou descobrir mais tarde quando passar pelo
clube.

Balançando a cabeça, ficou em pé, e me agarrou pelos


ombros. Ele me balançou, e quero dizer realmente me
balançou, tão forte que dei um passo para trás com medo.
— Não ouse, porra —rosnou. — Agora não. Eu te disse as
regras na nossa primeira noite, venho para você, Sally. Nunca
o contrário. Há uma maldosa boa razão para isso, e preciso
que me ouça.

— Ouvir o que? Como posso confiar em você, se não vai


me dizer o que está acontecendo?

— É um negócio do clube. —estalou, me fazendo odiar


essas malditas palavras pela primeira vez. — Não é problema
seu. Tenho que colocar meus irmãos em primeiro, segundo e
terceiro lugar. Isso é o que um homem faz quando está no
Grizzlies MC.

Obrigada, pensei, sentindo a realização fria do quão baixo


na escada devo estar.

— Fiz um juramento a este emblema. — Sua mão direita


formou um punho e bateu em seu peito, bem onde estava a
tatuagem do urso rugindo debaixo de sua camisa. — O que
está acontecendo hoje é apenas entre irmãos. Tem que
entender isso. Olha, sabe que gosto muito de você, mas não
posso trazê-la para um mundo onde não pertence. Não vou ser
responsável por se machucar.

Machucar? Então, era tão ruim como pensava. Talvez


pior.

Sem outra palavra, virou as costas, e começou a acelerar


sua moto.
Caralho. Fui atrás dele, muito chateada para me
preocupar com o barulho alto da motocicleta, chamando a
atenção do tio Ralph. Ele me olharia com horror se soubesse
que estava pendurada com um homem da Grizzlies MC há
mais de uma semana.

Mas isso não importava. Ele estava saindo, especialmente


quando a corrente de frio varreu a minha coluna, me dizendo
que poderia ser o fim.O que quer que esteja acontecendo
ameaçou levá-lo para longe de mim para sempre. Isso me
assustou absurdamente.

— Espere!— Gritei, dando um passo na frente da moto


antes que pudesse escapar. — Vou te ver vivo novamente?
Apenas me diga a verdade. Apenas isso. Por favor, Roman, não
faça nada que vá te matar. Por favor.

Frustração invadiu seus olhos.

— Você vai me ver em uma única peça se não sair da


minha frente agora mesmo, porra. Estou indo, querida. Não
me faça te atropelar. Tenho minhas ordens. As suas são para
se acalmar e me deixar ir. Voltarei para você. Prometo. Neste
momento, há coisas que tenho que fazer e ninguém ficará na
minha frente. Nem mesmo você. — Sua voz fria e irritada me
gelou.

Murchei. Meus pés se arrastaram quando,


relutantemente, me afastei, vendo-o sair em disparada sem
nem mesmo um aceno.
Pensei que fosse o último vislumbre dele que teria. Para
sempre.

Acontece que para sempre, foi na verdade, um pouco


menos de dois anos.

Semanas se passaram, e não houve nenhuma chamada.


Nenhum bilhete na caixa de correio. Sem notícias de última
hora no jornal ou na TV sobre uma batalha sangrenta que
deixou os homens mortos em qualquer lugar no norte da
Califórnia.

Nada.

Não conseguia aguentar. Precisava descobrir o que


aconteceu.

Minha próxima visita à sede do clube foi um desastre. Fui


até lá cerca de um mês depois que ele desapareceu, rondando
pelos rudes guardas na porta, esperando ver algum sinal dele.

Mas se o visse, seria pior. Escolheu esta direção para me


largar...

Mordi o lábio, tentando me manter calma, especialmente


ao redor de todos aqueles assustadores e ásperos estranhos.
Um homem mais velho, com longos cabelos grisalhos,
chamado Blackjack, respondeu todas as minhas perguntas.
Graças a Deus, porque foi o mais acessível do grupo. Ele me
disse que Roman estava na prisão, parte de seu serviço ao
clube para... só Deus sabia o quê.
— Negócios do clube. — disse o calejado guerreiro.

Odiava essas palavras antes, agora, abominava. Para


qualquer mulher infeliz o suficiente para estar na órbita do
Grizzlies MC, era como ter a porta batendo em seu rosto.

Claro, quebrei quando cheguei ao meu carro. Não só o


estava perseguindo, porque queria descobrir se ainda estava
respirando, embora fosse em grande parte isso. Tinha algo a
lhe dizer, um edifício que estava desmoronando em câmera
lenta no momento.

— Porque você está chorando, menina? Olhe para mim.—


Os olhos de Blackjack estavam surpreendentemente suaves,
muito mais amáveis do que qualquer implacável assassino
deveria ter. Olhando para o emblema EXECUTOR no seu
colete,me mostrou que era uma posição mais alta que Roman,
o que provavelmente significava que esteve em coisas ainda
mais escuras por muito mais tempo.

— Isso é coisa minha. —falei. — Minha e de Roman.


Existe um endereço onde possa chegar até ele? Talvez um
horário de visitas ou algo assim?

Blackjack sacudiu a cabeça.

— É muito perigoso. Onde ele está, gangues rivais usam


o horário de visitas para chegar de mansinho em um homem e
cortar sua garganta. Sabe manter a cabeça para baixo, se
recusando a receber qualquer um, até mesmo do clube. Claro,
os guardas viriam para matar, mas no tempo em que levariam
para separar a briga, já vai estar sangrando como um porco
abatido se alguém der uma facada.

Jesus. Falar com ele pessoalmente já foi duro o suficiente.


Agora, este velho abutre estava me dizendo que não iria ter
uma única chance por quase dois anos? Se tivesse?

— Fique aí um segundo. —Blackjack disse depois de um


momento, observando novas lágrimas caindo dos meus olhos.
— Vou pegar um papel e passar uma caixa postal onde você
pode enviar cartas.

Odiava ter que estar sentada ali, olhando para a parede


do clube. Um enorme mural de um urso feroz ao lado, sua boca
bem esticada, pronto para devorar tudo. Agora, estava
quebrando meu mundo em pedaços, peça por peça.

Mal conhecia o clube, e o odiava. Certamente não seria a


primeira a me sentir assim. Tio Ralph me disse que não eram
bons, embora o meu primo, Norman, sempre disse que eram a
única coisa que impedia as maçãs mais podres de rolar para a
cidade e tomar conta.

Meu tio apenas me pediu para deixar seu caminhão na


sua oficina de reparos de funilaria, porque os outros caras na
cidade o prejudicaram mais de uma vez. Falou sobre uma
situação muito ruim quando a oficina mais honesta ao redor
era genuínos bandidos, contrabandistas e possivelmente
assassinos.
Era surreal. Algumas semanas atrás estava morrendo de
medo de ver Roman indo embora por uma noite, imaginando
se chegaria à casa vivo. Agora, depois de ouvir sobre a cadeia,
sabia que iria sentir meus nervos queimando pelos próximos
vinte e dois meses.

Ele não é o único na prisão. Você vai pagar por seu erro,
pensei.

Karma veio cobrar sua dívida, e é ele. Ele se foi. Você vai
fazer isso sozinha, vendo-o vivo novamente ou não.

Meus pensamentos me deram nos meus intestinos. Ou


talvez fosse apenas as mudanças no meu corpo, a sombra
deixada na minha carne, por muitas noites inesquecíveis com
um bad boy.

— Aqui está. —Blackjack enfiou a mão pela janela aberta


do meu carro. Eu me senti tão pequena no meu precário monte
de ferrugem horrível, depois de dirigir o caminhão do tio Ralph
na maioria dos dias. — Escreva para ele a qualquer momento.
Tenho certeza que vai responder. Lembre-se, os meninos que
dirigem aquele lugar lêem tudo antes de chegar a ele. Meu
número está aí também. Realmente deve ligar se você precisar
de alguma coisa, em vez de vir para o clube. É um momento
ruim para as pessoas de fora.

Pisquei. Colocou as duas mãos na moldura da janela e se


inclinou.
— Há coisas acontecendo neste clube agora. É por isso
que o nosso menino está na cadeia. Não estamos interessados
em cuidar de civis, ou recebê-los a menos que seja
absolutamente necessário. Parece uma menina inteligente, e
sei que não iria querer que você se prejudicasse por qualquer
mau negócio que não é seu. Fique longe deste emblema por
algum tempo, Sally. Se você se preocupa mesmo com ele, vai
me ouvir.

Não disse uma palavra. Nem ele.

Uma cratera se abriu em meu coração. Dois anos.


Nenhum contato. Nenhuma forma de alcançá-lo, exceto uma
nota por pombo que seria interceptada e passada pelos
guardas antes de chegar a ele.

Sem privacidade. Sem ajuda. Sem amor. Se pudesse


realmente chamar disso o que quer que nós tenhamos, sem ser
totalmente delirante.

Assim que Blackjack voltou para a garagem, virei meu


carro e acenei para as pessoas que estavam cuidando do
portão. Não podia esperar para que estivesse todo aberto para
acelerar, lutando contra as lágrimas ardentes nos meus olhos.

Estava sozinha. Quanto mais cedo aprender a aceitar,


melhor.

Não enviei uma única carta. Não poderia pegar a caneta,


ou colocar minhas mãos no teclado. Teria escrito o bilhete mais
estúpido do mundo, e também a única garantia de parar meu
coração quando pensava em como reagiria. Dois longos anos
se passaram em uma névoa dolorosa. Tentei esquecer, pelo
menos até ele sair. Se saísse...

Não falamos nem uma vez. Não até a semana passada,


quando finalmente reuni a coragem para entrar no clube e
tentar dizer-lhe tudo o que me aterrorizou dizer por carta.

Só estava livre há algumas semanas. Seus vinte e dois


meses de prisão foram uma vida para mim. Ouvi os rumores
pela cidade. Os Grizzlies estavam lutando por suas vidas nos
últimos anos. Estavam em guerra com todas as pessoas do
oeste selvagem, MCs rivais como a Prairie Devils em Montana,
e com preocupações maiores perto de casa. Nada os atingiram
tão duros quanto os cartéis mexicanos vindos do norte,
invadindo o território que mantiveram por décadas.

A cada duas semanas, havia uma nova história. Pessoas


desaparecidas de ambos os lados da fronteira, bombardeios e
tiroteios em todas as grandes cidades, especialmente
Sacramento e Los Angeles. Felizmente, a zona de guerra não
havia realmente atingido Redding ainda.

Oh, exceto pelas lutas internas do clube. Seu antigo


Presidente, o velho notório bandido chamado Fang, foi deposto.
Blackjack assumiu toda a organização nacional, e fez de
Redding a sede permanente do MC. A mudança estava no ar,
e ninguém do lado de fora sabia o que isso significava. Ainda
não.
Agora lojas financiadas pelo Grizzlies MC surgiram por
toda parte, lojas de armas, clubes de strip e bares de
motociclista. Limparam outros clubes sujos, tanto quanto
Klamath Falls e San Diego, e até mesmo realizaram alguns
eventos de caridade.

Ninguém ia exagerar e chamar esses caras de heróis.


Honestamente, não era preciso ter uma visão perfeita para ver
através das acrobacias de publicidade, e alguns dos novos
negócios que ajudaram a montar eram, provavelmente,
fachadas para lavagem de dinheiro.

As outras coisas permaneceram as mesmas.

As guerras com o cartel não acabaram. Novas violências


em algum lugar no estado surgiam a cada semana, só que
agora parecia que os Grizzlies estavam começando a ganhar
vantagem.

Eu? Fiquei fora disso.

Havia muito para me manter ocupada. Quase nunca saia


do rancho, e agora estava administrando muito mais dele
desde que um acidente vascular cerebral tirou a vida do tio
Ralph ano passado. O meu primo e eu compartilhamos a
fazenda, a gestão das máquinas e antigos empregados da
família, incluindo algumas caras mais jovens, que estavam
vadiando com o Grizzlies MC.

Era a minha fonte para a maioria dos rumores. Nunca


mais contatei Blackjack ou alguém próximo de Roman,
decidindo manter distância até que estivesse bem e pronta, e
Roman estivesse livre.

Os dias se passaram. Ouvi que estava de volta na cidade,


e, aparentemente, no clube como Executor agora.

Demorou uma semana inteira para reunir a minha


coragem. Disse para Norman que estava indo para a cidade
para resolver algumas coisas, mas realmente, estava indo para
o clube.

A tinta fresca sobre o lugar o fez parecer mais brilhante


quando estacionei. Dois homens enormes estavam guardando
a porta, e lutei para explicar quem era enquanto me deram
olhares frios e desconfiados.

Mas assim que disse, Roman, o homem cujo nome no


emblema era Stryker se aproximou e apertou o botão. O portão
se abriu, e entrei, deixando o meu carro estacionado no meio-
fio.

Era início da noite. Dois homens estavam discutindo


sobre bebidas no bar. Nunca estive dentro do lugar antes, e foi
o que esperava. Escuro, enfumaçado, misterioso.

O mau cheiro acentuado de álcool e testosterona agarrou-


se ao ar, e tropecei ao longo de um corredor estreito, tentando
retomar meu juízo.

— Filho da puta!— Um homem rosnou. — Ei moça! Tenha


cuidado!
Algo afiado passou zunindo por meu rosto. Não houve
tempo de me esquivar, ou mesmo perguntar se era uma bala.
Bateram na parede apenas algumas polegadas da minha
cabeça, um longo dardo metálico, alojado na madeira como um
míssil de rua.

Um homem calvo com olhar irritado olhou para mim,


endireitou-se. Quando viu que não arrancou um olho, virou-se
para enfrentar o seu parceiro, um homem forte, mais jovem,
que já vi andando pela cidade.

— Idiota! Que diabos está errado com você? Está


querendo matar alguém? — O careca bateu as duas mãos
contra o peito de seu irmão.

O outro homem deu um soco, errou, e, bêbado, caiu no


chão. Antes que percebesse, eu estava assistindo a uma mini
briga motociclista, dois homens xingando e dando socos.

Ugh. Não era exatamente como queria me reapresentar a


Roman e seus amigos. Estava prestes a dizer alguma coisa e
tentar aliviar a confusão quando ouvi passos.

Olhei para cima, e lá estava ele, vindo em minha direção.


Meu coração bateu como a réplica de uma bomba, e não parou
até que fechou a distância entre nós, dois malditos anos de
intervalo.

Roman e eu travamos o olhar. As palavras que pratiquei


tantas vezes morreram na minha língua. Não podia acreditar
como mudou. Poderia mesmo acreditar nos meus próprios
olhos?

Sempre foi tão grande, ou a prisão adicionou algumas


polegadas a seus músculos salientes? Seu rosto parecia mais
duro também, acentuado por mais algumas linhas em sua
testa, um ângulo mais agudo à seu poderoso maxilar
Provavelmente passou seu aniversário de trinta anos na
cadeia, e tinha todos os acabamentos insanamente quentes de
um homem no auge do seu envelhecimento.

Jesus. Antes de vir aqui, disse a mim mesma uma e outra


vez que não iria sentir o velho calor. Isso ia ser um negócio,
pessoal, mas não deixaria minha antiga atração assumir. Não
antes de ver como ele estava.

Sim, boa sorte com isso.

Assim que seus olhos castanhos escuros me


consumiram, eu me perdi. As tatuagens em seus braços
musculosos ondularam na minha visão periférica, forçando-
me lembrar daquelas mãos no meu corpo. Elas me seguraram
tão apertado enquanto ele me fodia, me tocava, me aquecendo
com aquela máquina entre suas pernas.

Os homens pararam de lutar quando o viram chegando.


O rapaz com o cabelo cor de areia se levantou sozinho,
segurando no bar, cuidando de suas costelas depois que levou
alguns chutes dignos do careca. Um olhar para Roman, e
começou a tremer, pedindo desculpas.
O careca recuou atrás do bar, servindo-se de uma bebida.
Roman irrompeu na direção do seu irmão espancado, dando-
lhe um empurrão rápido, resmungando quando tentou se
levantar.

— Cai fora da minha frente.

Eu roubei todo o seu interesse. Enquanto ficamos ali


olhando para o outro, perdidos em nossas memórias, todo o
resto no clube poderia muito bem estar do lado escuro da lua.

— Sally. — Eu me encostei contra a parede no instante


em que disse meu nome.

Não foi apenas o seu corpo que mudou atrás das grades.
Prisão ou idade aprofundaram sua voz, deu- lhe uma riqueza
esfumaçada junto ao barítono profundo de antes. Minha mente
foi à loucura, reconhecendo a mesma cadência ímpia e trovões
que ouvi naquele verão, quando rosnou em minha orelha, me
mandando chupar seu pau, gozar cada vez que me fodeu sem
sentido.

— Que porra está fazendo aqui?

Boa pergunta. Meus lábios, com gosto amargo contra a


minha língua, como se não quisessem se mover, não queriam
me lembrar por que diabos vim para confrontá-lo.

— Precisava vê-lo. Soube que saiu da cadeia.

— Sim, a notícia se espalha rapidamente. — Cruzou os


braços enormes, e seus bíceps estavam tão espessos que tinha
certeza que iria arrebentar os pontos da sua roupa. — Que
porra é essa? Estou surpreso que apareceu. Estava certo que
esqueceu a minha bunda quando não soube de você. Tem sido
o quê? Dois anos malditos?

Ouch. Ter me preparado para essa porcaria antes de ter


entrado pela porta era completamente diferente de encará-lo
de frente. O nó na garganta não queria descer, e teria que ir
antes que pudesse formar as palavras.

— Sinto muito, Roman. Quando Blackjack me contou,


não sabia o que fazer. Disse que não podia vê-lo em pessoa,
me falou que não seria bom visitá-lo...

Sua mão disparou bem na frente do meu rosto.

— Ele estava certo. Você foi prudente em ficar a uma


porra de distância. Este mundo não é para você, querida. Se
não valho a pena para você me escrever, então tenho certeza
absoluta que não valho o seu tempo agora que estou fora.

Eu falei em uma respiração afiada. Não, não, você não


entende. Não podia forçar as palavras, e ele apenas continuou
falando.

— O que? Não me venha com essa porra de olhar. Sempre


teve uma boa cabeça em seus ombros, mulher, e é hora de
colocá-la em uso. Sabe que é tarde demais, longe demais para
nós. Erros foram cometidos, e não foram corrigidos. Se tiver
algum juízo, vai pegar suas longas pernas, virar e sair por
aquela porta.
Congelei. A energia fria em seus olhos dançava em cima
de mim, sugando a vida para fora de mim.

— O quê? Por quê?

— Porque o que aconteceu naquele verão a dois anos foi


um grande e maldito erro. Lamento que a memória a deixou
pendurada. Se ainda está envolvida comigo, então eu não sei o
que diabos você quer. Não quero saber. Deveria ser história
antiga agora, e você teria que ter se resolvido com algum civil
e ter algumas crianças. Este clube nunca foi um lugar para
uma dama.

Dama? Estava sendo condescendente comigo, ou apenas


tentando me deixar para baixo facilmente? Merda, o fato de
que estava me deixando para baixo em tudo me atingiu no
peito e despedaçou meu coração.

Antes que pudesse dizer qualquer outra coisa, ele se


virou, e dirigiu-se para o bar.

— Espere! Roman!

A lâmina que colocou no meu peito, apenas se afundou


mais quando me ouvi dizer aquelas palavras malditas. Espere.

Não fiz isso há vinte e dois malditos meses? Sozinha,


escondendo minhas memórias no rancho, sofrendo em
silêncio?

Meu cérebro virou para um modo diferente. Não podia


deixá-lo se afastar de mim assim novamente. Tinha que
chamar a sua atenção, agora. Corri atrás dele, peguei uma
garrafa do bar e joguei nele.

Não estava tentando acertá-lo, mas o vidro fez um


barulhão quando bateu no chão, junto à sua bota. Roman
girou.

Como podia aqueles olhos que eram tão sexy e cheios de


vida estarem tão mortos e glaciais? Olhei para ele, esperando
que enxergasse o fogo puro em meus olhos azuis escuros.
Talvez tenha visto uma faísca de que algo ainda estava vivo.
Meu temperamento assumiu. Este não era o homem que
conhecia, mesmo que este estranho tenha o mesmo corpo
incrível, o mesmo rosto que imaginei noite após noite.

— Vá em frente e caminhe para longe novamente, seu


covarde! — Gritei minha voz surpreendentemente firme. — Pelo
menos desta vez sei que não são as prisões e os tribunais te
segurando! Você não é homem o suficiente para lidar com a
gente.

Cristo, essa idéia me assustou muito. Mas ainda assim a


disse, ainda a ofereci a ele, mesmo depois de todo esse tempo.
Esperava que fosse contra-atacar empurrar-me para a parede,
segurar meu rosto. Em vez disso, simplesmente se virou e
continuou.

Ele me deixou sozinha. Estava prestes a sair correndo


quando o irmão que tomou uma surra com o careca entrou na
minha frente. Poucos minutos depois, sentei-me com ele no
bar. Deixei Rabid, que é um nome ridículo, certo, me servir
uma dose de uísque. Falamos sobre a má sorte e amor.

Ele foi bom o suficiente, e realmente me senti melhor


depois que tomei algumas bebidas. Acho que ficamos sentados
e conversando por horas. Se não fosse tão viciado por uma
ruiva que estava perseguindo, poderia ter me inclinado e o
beijado apenas para irritar Roman. Talvez para irritar a mim
mesma por ser tão estúpida, pensando que isso seria fácil.

— Boa sorte, baby. —disse Rabid, pouco antes de pegar


minha bolsa para ir embora. — Tente voltar dentro de algumas
semanas. Talvez nós tenhamos resolvido algumas das nossas
coisas.

— Espero que sim. Obrigada, Rabid. Sinto que vai


resolver muito bem o que quer que tenha te pego pelas bolas.

Suas chances eram definitivamente melhores do que as


minhas, de qualquer maneira. Quando saí do clube, o único
pensamento que chacoalhava em minha cabeça era o quanto
nunca mais queria ver aquele idiota do Roman, nunca mais.

Se fosse assim tão simples. Em casa, a razão pela qual


praticamente andei sobre vidros quebrados para vê-lo na sede
do clube, sentou-se em meus braços, suave e sonolento.

Logo, Caleb cresceria. Tentei como um calvário criar meu


filho sozinha, me esquecendo de Roman e seguindo adiante,
nunca olhando para trás.
Mas cada vez que olhava nos olhos castanhos escuros do
meu filho e via o mesmo maxilar poderoso se formando nele,
eu sabia. Sabia o que merecia, do que precisava.

O garoto precisava ter seu pai, mesmo que o homem que


compartilhou seu DNA transformou meu coração em gelo.

Não, não, não poderia desistir tão fácil. Deus me ajude,


era a única que poderia trazer Roman para sua vida, ou então
os manteria separados para sempre.
CAPÍTULO 2

Roman: Desejo

A prisão muda um homem. Faz com que seja desconfiado,


ansioso e pronto para lutar a cada segundo quando seu corpo
não está tão cansado que o faz ficar parado. Nós só estávamos
na reunião por cinco minutos, e estava ficando impaciente.

— Beam. Stryker. — Blackjack estava à cabeceira da


mesa, olhando para os nossos dois prospectos como se
estivesse prestes a ungi-los com óleo santo. — Vocês provaram
a si mesmos. Derramaram sangue e lamberam a sujeira para
este clube, e agora farão isso um pouco mais.

A sala estava em silêncio mortal. Os dois homens


entreolharam-se, nervosos como um tormento. Seria
engraçado se não tivesse tanta porcaria na minha mente.

— A diferença é que desta vez os estaremos chamando de


nossos irmãos. Bem vindos ao rebanho, rapazes. Ganharam
seus patches, e a votação foi unânime. — O Presidente parou
e olhou para mim. — Roman?
Minha dica para levantar e entregar-lhes os patches.
Estava sentado desde que entramos na sala. Os meninos me
olharam como se seus olhos estivessem prestes a derreter.

Provavelmente não podiam acreditar o quão rápido foram


incorporados. Bem, a mais deles nos dias de hoje,
especialmente com bons homens caindo como a porra de
moscas ao longo da fronteira.

Antes de realmente começarmos a dançar o tango com o


cartel, nós éramos o maior MC do oeste do Mississipi.
Continuando por um par de anos, perdemos centenas, rios de
sangue derramados para ganhar a vantagem sobre aqueles
idiotas do México. Para não mencionar alguns dos nossos
próprios irmãos, que transformaram este clube em um buraco
de merda que era muito fraco para empurrar os invasores de
volta para onde pertenciam, em primeiro lugar.

— Parabéns, irmão. — Apertei a mão de Stryker, um


homem alto, ex-soldado.

Então me mudei para Beam e ofereci o mesmo. Ele tinha


um olhar de skatista fodido, mas que seja. Vendo caras com
estilos estranhos não era nada de anormal em qualquer MC.

— Tomem seus lugares, irmãos. Temos negócios. — Todos


concordamos e encontramos nossos lugares enquanto
Blackjack mancou de volta ao seu.

A perna manca do Presidente provavelmente não iria


sarar nunca. Levou uma bala quando os meninos lutaram com
Fang, nosso fodido ex-presidente, não muito tempo antes de
sair da prisão. Quando apareci para o serviço com o novo e
melhorado Grizzlies MC, não sabia o que esperar. Felizmente,
os últimos meses provaram que foi uma grande melhoria.

Algumas coisas atingiram o antigo grupo de bandidos,


assassinos e foras da lei, que tiveram seus traseiros chutados
pelo cartel. Fui embora depois de matar para os irmãos em
quem confiava. Desde que assumi a posição de Executor, era
o meu trabalho ter certeza de que qualquer homem que estava
sentado nessa mesa ou usava este patch poderia ser chamado
de um irmão no sentido mais completo da palavra.

Depois que todo mundo estava sentado, Blackjack olhou


para Brass, nosso VP, esperando por ele para entregar o mais
recente relatório de guerra.

— Ainda estamos lutando com essas emboscadas, Prez.


Os Devils estão trabalhando com a equipe de Oregon,
ajudando a manter as coisas pressionadas no norte. Mas nos
atingem toda semana em Los Angeles e San Diego. Sacramento
está com pontos que não controlamos, mesmo depois de vários
meses. — Fez uma pausa, como se não quisesse dizer a
próxima parte. — Ainda estão indo atrás das famílias dos
homens. Decapitaram a Old Lady de um irmão na semana
passada.

— Porra. Cristo.

Mãos subiram e bateram na mesa. Homens balançaram


a cabeça. Minhas tripas tremeram como uma maldita corrente
se preparando para quebrar. Para os irmãos que tinham
mulheres reivindicadas parecia pior. Em nossa mesa, que
estavam Brass e Rabid, e vários outros caras estavam muito
irritados. Senti isso também, um fogo como ferro quente me
fazendo querer pegar a estrada e estrangular alguns soldados
do cartel eu mesmo.

Pensando sobre aqueles fodidos massacrando uma old


lady apenas alimentou as besteiras que corria pela minha
cabeça. Não foi apenas sobre a garota morta, foi o tapa final no
rosto, a última forma daqueles putos se agacharem sobre nós
e despejarem seu lixo em todo o clube.

Por uma fração de segundo, isso me fez pensar sobre ela,


mas logo empurrei Sally fora do meu pensamento pela décima
segunda vez naquele dia.

— Cristo. — Os lábios de Blackjack se contraíram com


raiva, levando alguns segundos para escolher as suas
palavras. — Mais uma razão para acabar com essa coisa antes
do Natal.

— Espero que seja assim tão fácil, Prez. — Rabid disse. —


Merda, desistiria do meu whisky todo o inverno se não
precisássemos nos preocupar com esses putos respirando
sobre nossas gargantas.

— Pare de falar besteira, irmão. Eu me contentaria


apenas com os mexicanos absolvendo nossas ameaças, em vez
de fodê-los. — Brass olhou para seu amigo do outro lado da
mesa.
— Já chega. Sabem por que estamos aqui. — Blackjack
olhou para todos nós, um por um, parando em mim por último.
— Precisamos de mão de obra. Os dois irmãos que acabamos
de incorporar são apenas o começo. Roman, você escolherá
três novos recrutas até o final da semana. Faça-os prospectos.
Certifique-se de que estejam prontos para enfrentar a tormenta
por essa fraternidade.

Alguns caras trocaram olhares. A estrutura de poder do


clube era muito nova para muitos deles reclamarem
abertamente ao Prez. Eu não.

Não poderia afrouxar quando as apostas eram tão altas,


mesmo que o Prez estivesse errado.

— Prez, eu te disse na semana passada que não podemos


escolher esses estranhos como uma porta giratória. Droga, isso
não é o exército, onde podemos estalar os dedos e pegar um
bando de cretinos de Redding que estão apenas à procura de
um pouco de ação e algumas tatuagens médias. Não podemos
pegar cada filho da puta fresco do ensino médio que gosta de
Harleys e que pensam que vestindo este patch irá mostrar a
todas as senhoras que suas bolas desceram.

Alguns caras riram. Brass me deu um aceno de cabeça,


em seguida, olhou para o Prez.

— Roman está certo. Olha Prez, faço todas as verificações


de antecedentes que posso sobre esses caras, mas não posso
pegar tudo. Um deles poderia ser algum infiltrado, tentando
entrar em nossa operação, ou mesmo algum filho da puta que
está trabalhando para um dos cartéis.

Vários rapazes olharam para o VP em descrença.

— Acontece. Acredite ou não. Melhor ouvir isso de mim


do que descobrir da maneira mais difícil, porra.

Obrigado. Talvez ouvir do VP faria o Prez ver a luz. Então


Asphalt saltou, sua cabeça calva brilhando, lembrando a todos
que é o maior idiota de cabeça quente nesta mesa.

— Sim? Desculpe-me, VP, mas que porra de bom vai ser


se estivermos todos mortos? O cartel está pegando um por um.
Claro, fizemos progresso, mas espere até que peçam reforços
na primavera. Esses idiotas são enormes. Eles têm uma
porcaria que se estende até a Colômbia, e se acham que somos
um problema grande o suficiente, irão trazer reforços.

Caralho, se não quero pegar a cabeça dele e jogá-la fora


da mesa como uma amaldiçoada bola de basquete.

— Você está pensando em curto prazo, Asphalt,e está


sendo muito generoso. Quão ruim acha que estaremos se este
clube ficar preso entre alguns toupeiras do DEA e a porcaria
do cartel? Mal podemos manter os subornos fluindo agora para
garantir que os Federais olhem para o outro lado com todo o
sangue transformando este estado em vermelho. Porra, no
próximo ano, nós temos uma eleição chegando, e todo o
dinheiro do mundo não poderia salvar-nos se esses pavões em
seus ternos nos prenderem. — Deixei meus punhos baterem
na mesa. — Pense mais, irmão.

Sim, essa última parte foi uma reflexão tardia. Não dei à
mínima quando começou a me encarar. Pena que o Prez
começou a fazer a mesma coisa.

— Sabe que nós estamos em uma situação


desesperadora, filho. —disse Blackjack. — Se não tivéssemos
gasto tanto tempo e esforço resolvendo nossos próprios
problemas neste clube, o cartel não estaria apertando sua
influência em tudo. As apostas nunca foram tão altas.

Vários caras tossiram. Era o único homem na sala que


poderia fazer a cabeça do Prez seguir em frente, enquanto todo
mundo apenas murchava sob o olhar de feiticeiro. Nunca tive
problemas para ver por que Blackjack detinha o papel de
Executor com Fang antes de mim. Merda, rachei crânios por
este clube desde que a maioria de nós éramos crianças.

— Imagine que fosse você. Suas famílias, irmãos. Sei que


não há ninguém vestindo este patch que hesitaria em lançar
suor e sangue para o urso, mas nenhum homem deve arriscar
sua alma, sua mulher, seus filhos. Nós protegemos nossas old
ladies e nossos filhos como ferozmente fazemos para proteger
qualquer homem com o nosso patch. Se isso significa que
temos que trazer mais alguns bons soldados, ávidos e mais
rápido do que nós gostaríamos, então é melhor acreditar que
vou fazer isso. — Seu punho desceu duro.
A velha mesa provavelmente vai levar muito mais socos
antes da reunião terminar.

— Sabe o que a nossa lei diz. É o direito de cada membro


com patch completo pedir uma votação, e vamos pela regra da
maioria. — Franzindo a testa, ele cruzou os braços.

— Faça. Não posso ter a dissidência quando estamos


lutando por nossas malditas vidas. Se alguém aqui discorda,
chame para o voto. Nós vamos resolver suas objeções sem
quaisquer ressentimentos.

Minha mão se contraiu. Queria muito isso. Claro, eu não


fiz. Avaliar a política do clube era fácil para mim. Estive em
muitas reuniões tensas o suficiente como esta para saber que
estaria do lado perdedor.

Essa é a coisa sobre a democracia. Só funciona quando


os votos são do seu jeito.

— Bem,ninguém? —Blackjack pausou. — Bom. Então


nós exibimos nossas objeções e podemos avançar como
homens. Roman, você tem as suas ordens.

Minhas mãos fechadas em punhos. Tudo que podia fazer


para não dar o Prez à saudação mais sarcástica.

— Vou me certificar de que os novos recrutas estejam


prontos rapidamente. —falei. E quis dizer isso mesmo.

Estive na vida tempo suficiente para saber que Prez’s e


VP’s nem sempre tomam decisões perfeitas. Mas irmãos como
Blackjack e Brass mereceram o meu respeito, e estava certo
que daria isso a eles, mesmo com o custo de trazer mais merda
para este clube que todos teremos que limpar.

A reunião terminou com uma nota alta. Vários irmãos


chegaram ao bar com os nossos membros mais recentes, rindo
e servindo-os doses. Mantive minha distância, como sempre.

A noite rolou, e os caras com old ladies as convidaram


para participar da comemoração. As prostitutas do clube
começaram a aparecer também.

Precisava manter minha bunda grudada na garrafa.


Estava sentado, assistindo Rabid e Brass abraçarem suas
mulheres. Toda vez que beijavam suas meninas, havia amor
nos lábios, o único tipo que vem de um homem colocando sua
marca em sua old lady.

Não conseguia decidir o que diabos era pior, as besteiras


melosas com as old ladies, ou os caras assistindo como
Asphalt, Stryker, e Beam babavam por toda boceta fácil de hoje
à noite.

Até o velho Southpaw estava entrando em ação na


extremidade do bar. O grande cabeça-dura de cabelo cinza
olhou para cima e sorriu para mim por cima do ombro quando
uma cadela sem nome montou seu colo.

Meu pau acordou. Estou limpo por muito tempo, enfiado


na prisão, um deserto sem peitos e bundas, se alguma vez
houve uma.
Caralho. Minha mão apertou a minha taça, pensando em
Sally. Estendi a mão para a garrafa, adicionando outra grande
dose de Jack a minha cerveja. Engoli a porra em um grande
gole e comecei tudo de novo.

Voltando à quando estava atrás das grades, disse a mim


mesmo que foder seria a primeira coisa na lista como um
homem livre. No final das contas, não houve tempo para essa
porcaria desde que cheguei ao clube.

Rabid e sua nova old lady, aquela ruiva saltitante no colo


chamada Christa, causou-nos um mundo de merda apenas
algumas semanas atrás. Escondeu seus problemas dos nossos
irmãos no Oregon até que tudo veio gritando atrás do armário
e da tripulação em Klamath Falls que estava podre no seu
núcleo. Descobrimos realmente rápido quem eram nossos
irmãos nesse grupo. O resto estava morto e enterrado,
apodrecendo debaixo dez pés de espessura de concreto.

Claro, Sally escolheu o pior momento do mundo para


aparecer durante essa droga. Vê-la depois de dois malditos
anos de silêncio explodiu meu cérebro.

Será que ela realmente esperava apenas continuar o que


havíamos parado depois que eu dei a ela naquele verão mais
do que a qualquer outra mulher? Será que ela achou que eu ia
esquecer que ela não disse uma palavra por dois malditos
anos, enquanto eu vivia naquele buraco?

Quando ela jogou a garrafa em minhas botas e me


amaldiçoou por ir embora, ela rasgou o meu coração ao meio.
Uma parte de mim queria marchar de volta, jogá-la sobre
meu ombro, e foder seu cérebro maldito. Aquela garota
aqueceu meu sangue como ninguém antes.

A outra metade queria que eu cuspisse na cara dela,


dizendo a ela o quanto ela era uma cadela por ir embora,
deixando-me sozinho como um idiota maldito.

Não, não foi apenas o período de seca na prisão que me


jogou até a parede. Mesmo quando eu encostei-me a ela um
par de semanas atrás, foi como a porra de um choque. Lixa
riscou minhas veias, o sangue fundido agrupado em linha reta
no meu pau, transformando-o em um martelo pronto e
disposto a arrebentar buracos nas paredes.

Eu não poderia lidar com essa porcaria agora, essa


tempestade de fogo no meu sangue me deixando em um
estupor.

Eu tomei outro gole, sentindo alívio das más recordações


quando isso atingiu minhas entranhas e queimou. Cada olhar
em torno do clube feriu meus olhos. Pena que não haveria
alívio, enquanto eu estivesse preso aqui.

Alguns minutos mais, observando irmãos à beira de


conseguir seus paus molhados, eu não podia aguentar. Pulei
do meu assento, carregando minha nova cerveja e o whisky
comigo, andando na direção da sala na parte de trás onde eu
sempre caia para a noite.
Eu só queria cair fora e encontrar alguma paz por
algumas horas. Assim que acendi as luzes e fechei a porta
atrás de mim, dei uma olhada que acordou meu pau como um
foguete.

Twinkie estava no chão ao lado da minha cama, nua da


cintura para baixo. Seus braços esparramados acima de suas
tranças louras, um baseado meio queimado entre os dedos. Ela
virou a cabeça, olhando para mim com aqueles olhos
brilhantes, perigosamente semelhantes à Sally.

Faça isso, faça isso, faça isso, filho da puta.

Meu pau relampejou atingiu o meu cérebro, seus apelos


claros como cristal. A princípio, ela parecia assustada,
surpresa. Ela sabia muito bem que ela não deveria estar no
quarto de um irmão sem a sua permissão.

Normalmente, essa porcaria levaria essas putas a um


espancamento na bunda ou empurrá-las com raiva de volta
onde pertenciam. Naquela noite, eu estava com algo diferente
em minha mente, e não havia nenhuma maneira que eu
deixaria meu pau faminto.

— Oh, Cristo. Espere, Roman, eu estou saindo!— Ela


gemeu, cambaleando sobre seus pés, seus olhos se tornando
largos e em alerta quando ela me viu vindo em sua direção. —
Eu não peguei nada, sério. Eu só queria um local para relaxar
sozinha, e eu sei que nunca há ninguém em seu...

Eu não a deixei terminar.


Cinco segundos depois, ela estava contra a parede, os
meus lábios cobrindo a boca. Eu não podia esperar para
começar a foder sua boceta nua antes de agarrar o meu cinto
e empurrar minhas calças.

— Roman! — Ela gemeu, logo que eu apalpei seu clitóris,


quebrando o beijo. — Puta merda.

Sim. Puta merda.

Mal tive tempo de me curvar para baixo para o meu bolso


para um preservativo. Eu tive que começar a foder essa garota,
antes de minhas bolas explodirem, antes da bebida no meu
sistema parar de nublar meu cérebro tempo suficiente para
pensar. Eu não podia transar com ela se eu sentisse a culpa
puxando meu coração. E só de pensar sobre a culpa em tudo
me irritava.

Sally e eu não éramos uma droga. Porra, ela nem me


escreveu uma única vez, enquanto eu estava na penitenciária,
e vendo-a aparecer sem me dizer o que diabos ela realmente
queria derramou sal nas feridas que já existiam.

Nenhuma mulher tem o direito de fazer essa merda para


mim. E a única maneira que elas poderiam fazer isso seria se
eu deixasse. Eu coloquei um fim a isso fodendo cegamente. Eu
voltaria ao jogo, ter meu pau bom e molhado, bombear minhas
cargas em uma boceta ou duas que não significassem nada
para mim, e nunca o faria.

Graças à porra de Twinkie.


Rosnando, eu agarrei suas tranças, sacudindo a cabeça
por cima do meu ombro enquanto eu deslizei dentro dela. Meus
quadris bateram em piloto automático, logo que sua boceta
quente me engoliu.

Surpreendentemente apertada para uma prostituta. Isso


serviria, e eu faria isso com ela, usar sua boceta para me
medicar para a noite com uma pequena ajuda do doutor Jack.

Eu estoquei duro e rápido, sentindo a construção do fogo


em minhas bolas. Levou um minuto para processar
completamente o fato de que eu estava transando com ela.
Sim, eu, um metro e noventa e cinco, totalmente um idiota
silencioso que nunca teve uma noite com uma prostituta nesse
clube em todas as semanas desde que voltei para casa.

Suas unhas cravadas nos meus ombros, logo abaixo das


lâminas, cavando pouco a pouco. Essas meninas foram feitas
para serem fodidas. Mostrar-lhes novos truques não era fácil.
Talvez ela tenha entrado em parafuso com a novidade de me
foder, ou talvez fosse porque eu era apenas muito bom.

Ela gemeu meu nome mais algumas vezes, sugando


minha garganta, me fazendo rosnar como um demônio em seu
ouvido enquanto meus quadris enlouqueceram. Sua bunda
bateu na parede mais e mais, e eu seriamente me perguntava
se ia colocar seu traseiro através da placa de gesso.

Nada me impediu. Nada me fez desistir de um único


segundo. Levaria um touro furioso para me parar depois disso,
bolas enterradas, a primeira que eu tive em quase dois
malditos anos. A primeira que eu tive desde...

Sally.

O nome dela estalou em meu cérebro como um fantasma,


arruinando tudo logo que a boceta apertou como um elástico
em volta do meu pau.

Porra, porra, porra.

Ela convulsionou. Eu não conseguia segurar. Eu a fixei


para baixo, forçando a parede mais do que nunca, ouvindo-a
engatar a respiração enquanto minhas bolas latejavam prontas
para a liberação.

Eu entrei no preservativo, tentando como um calvário


espremer a raiva fora do meu corpo. Mas não consegui. Ela
enterrou isso muito profundamente, e esvaziar minhas bolas
nesta prostituta não estava fazendo nada, exceto arranhar
uma coceira temporária.

Meu corpo bateu no dela contra a parede até que eu não


podia ver, não podia sentir nada, exceto a onda de fogo, ódio e
frustração ondulando através de mim, fluindo para o
preservativo.

Foda-me.

Seus quadris ainda estavam tremendo contra o meu


quando eu puxei para fora. Eu a soltei, observando-a cair no
chão, presa em um coma de sexo.
Ok, talvez houvesse um pouco de orgulho nisso. Apenas
não foi suficiente para tirar a sujeira do meu crânio.

— Levante-se. — eu rosnei. — Limpe-se no banheiro e dê


o fora. Eu preciso dormir.

— O quê? Espere, você não quer que eu passe a noite? —


Aqueles grandes olhos azuis me fizeram querer socar a parede.

Porra de lembretes cruéis. Isso era exatamente o que


eram, gemas escuras me dizendo que ela nunca seria a garota
que eu realmente queria enrolada no meu pau, mesmo se eles
tivessem algumas coisas em comum.

— Você me ouviu. Vá. — Agarrando suas calças do chão,


joguei para ela, e apontei para o pequeno banheiro anexo do
meu quarto.

Ela fez beicinho. Eu a vi se virar e puxar para cima sua


calcinha, em seguida, os jeans rasgados que ela sempre usava
em torno do clube.

Essa sensação de vazio bateu-me quando a olhei por todo


o percurso até a porta. Antes de fechar, ela me lançou um
último olhar triste, como se dissesse idiota e é isso? Tudo de
uma vez.

— Sim, é isso mesmo. — eu rosnei de volta em silêncio,


uma vez que a porta se fechou. — Isso é tudo que eu tenho
para dar. Você é apenas mais uma foda. Tudo o que ela deveria
ter sido também.
Eu andei para o meu banheiro e abri a pequena porta
debaixo da pia. Havia um terço de whisky deixado na garrafa
de lá. Eu abri a tampa e bebi, aliviado que ainda havia algum
doce fogo neste mundo que poderia entorpecer minha besteira.
Talvez eu tenha fodido tudo dando a Sally apenas minha
indiferença. Ela definitivamente manteve distância por dois
anos, quando todos os dias de porra foram uma luta para
guardar minhas costas e continuar respirando.

A prisão não dá segundas chances a um homem. Você


joga com cuidado, trabalha com as gangues dentro, e evita os
fodidos sanguinários que querem suas tripas no chuveiro, ou
você sairá em um saco para um corpo.

Saí sem um arranhão. Eu nunca fui muito de toda essa


besteira melosa sobre o trauma emocional, mas porra, se eu
não podia sentir o dano debaixo da minha pele. Espinhoso,
selvagem e implacável. Eu deixei ir. Eu precisava manter o lixo
pela minha própria vida. Eu entendi a loucura, e fiquei
obcecado em saber se Sally teria valido a pena.

Manter-me envolvido com uma garota que eu tive um


caso confuso quase dois anos atrás era nada menos do que
absolutamente louco. Eu não dou a mínima para quantas
prostitutas eu precisar foder, quantas garrafas de Jack eu
tomar, ou quantas vezes eu sentir meu pau contraindo com
uma fome que não se satisfaz com nada menos do que a boceta
quente de Sally em torno dele.
Eu vou colocar minha cabeça no lugar e servir a este
clube. O Grizzlies MC marcou o início e o fim de toda a minha
vida, e derramar todo o meu foco para ele não iria falhar.

O show iria continuar. Eu lutarei como um calvário para


os meus irmãos antes de lutar por ela depois que ela me
apunhalou pelas costas.

E se derramar mais sangue do cartel não iria calar a dor


louca mexendo em minhas veias, então eu certamente
encontrarei algo que o fará. Rastejar de volta para a mulher
que eu estava determinado a andar longe para sempre não era
uma opção.
CAPÍTULO 3

Sally: Encurralados

— Sally! Desligue essa bendita coisa! — Eu mal ouvi


Norman gritando sobre o ronco do trator.

Não ouvi até ele correu bem na minha frente e eu bati no


freio.

Jesus.

A máquina bufou, empurrando a uma parada a menos de


um pé longe dele, muito perto para meu conforto.

Meu primo apenas sorriu como se estivéssemos jogando


um jogo de adesivos para carros e acenou.

— Vamos. Saia dessa coisa. Nós precisamos conversar.

Eu pedia a Deus que ele não me avisasse sobre sair daqui


uma hora de mais cedo, especialmente quando eu estive com
Caleb metade da noite. Meu bebê indisciplinado ainda
acordava nos momentos mais loucos. No ano passado, eu me
esqueci como era dormir através de sólidas oito horas, muito
menos uma noite inteira. Nós não tínhamos tempo para
discussões mesquinhas. A colheita estava logo ali, e logo
estaríamos preparando, embalando tudo o que poderíamos
para o mercado e, o inverno chegar.

— O que aconteceu?

O sorriso no rosto de meu primo escorregou. Porcaria,


agora eu sabia que algo estava errado. Ele raramente era tão
sério, e tudo o que lhe agradava provavelmente não envolvia
me arrastar com muito pouco sono.

— Norm? Está acontecendo alguma coisa. — cutuquei


quando ele não respondeu.

— É Greg, nosso menino de rodeio. Você sabe como ele


passa muito tempo fora acampando em Modoch?

Claro. Eu não entendia onde diabos ele queria chegar com


o nosso melhor cara, a menos que... Oh Deus. Meu estômago
caiu cerca de mil pés. Ele se machucou muito? Será que o
meu primo quer demiti-lo?

Certamente, ele não seria tão louco. Não era como se Greg
tivesse acendido fogo no campo ou algo assim. Nós estaríamos
afundados sem a sua experiência de gado.

Eu não conseguia aguentar o suspense. Eu tive que tirá-


lo do desastre.

Eu dou a Norm um olhar frio e franzo os lábios.

— Não me diga, você o quer fora? O que ele fez?

Norman inclinou a cabeça.


— Não, não é nada disso. O garoto está fazendo um
trabalho maravilhoso quando ele está, na verdade, cumprindo
o horário.

— Então?

— É o que ele viu lá em cima que eu estou interessado. O


garoto tem visto um monte de porcaria durante a noite. Caras
de fora rondando, enterrando drogas nas florestas. Esses
parques são áridos e escassos, deixe-me dizer-lhe, mas eles
fazem esconderijos muito bons porque eles são tão isolados. Se
ele não tivesse ido lá em cima, eu não teria sabido como fazer
cara ou coroa de qualquer coisa.

— Huh? — Confusão nevoou meu cérebro. — Eu não


entendi. O que isso tem a ver com a nossa fazenda?

Norman me lançou um olhar severo, lábios apertados


como sempre.

— Caminhe comigo.

Eu não tive escolha a não ser segui-lo. Ele agiu como se


estivesse guardando o maior segredo do mundo, e algo sobre
isso virou meu estômago.

Entramos no caminhão, a mesma lata velha depois da


reparação que Roman fez naquele fatídico verão há muito
tempo, e dirigimos a trilha estreita que conduz à beira da nossa
propriedade. Nós quase nunca íamos para lá.
Os campos não eram bons para o cultivo ou pastoreio
depois de certo ponto. Esta era uma terra morta, e nunca
houve tempo ou recursos para cultivá-la e revivê-la.

— Ali!— Ele pisou no freio, e o caminhão parou ao lado


de um campo poeirento cheio de ervas daninhas frágeis.
Norman abriu a janela e estendeu a mão, apontando
furiosamente para o chão, bem onde se formou uma vala entre
o arame farpado enferrujado e a terra de ninguém mais além.

Eu levanto do assento para ver melhor, examinando o


chão. Quando eu vi, eu senti como se tivesse entrado em uma
rua estranha.

Algo semelhante a uma porta de armadilha colocada no


chão, coberta apenas por uma camada fina de pó arenoso.

— Que diabos é isso? — Eu apareci na porta e saí,


atravessando a rua, aproximando-me do estranho
compartimento que eu nunca vi antes.

Isso não deveria estar ali. Não podia ser real.

Norm não pôde me alcançar antes de eu agachar no chão


e a abrir. Eu precisei empurrar duro, puxando com as duas
mãos, até que a pressão que a mantinha fechada cedeu.

A caverna abaixo era surpreendentemente profunda.


Escura, também. Meus olhos precisaram de alguns segundos
para se ajustar, olhando através das teias de aranha e poeira.
Eu não vi nada, o que era obviamente perigoso. Deveria
ter sido um alívio, mas não foi. Eu avancei, sentindo ao redor.
O poço era profundo, sobre as dimensões certas para uma
sepultura, e meu braço queimou antes que meus dedos
tocassem o chão.

Eu deslizei para frente, cavando os dedos dos pés na terra


para apoio. Mais profundo, mais profundo... Ambas as mãos
tocaram em algo, peguei a trava, e puxei. Eu me levantei para
cima com uma pequena caixa, e a chacoalhei e percebi que não
estava vazia.

—Cuidado!— Norm deve ter dito cerca de cinco vezes. —


Você vai cair.

Eu o ignorei.

Cerca de um minuto depois, o conteúdo foi esparramado


em um pequeno círculo em volta de mim.

Páginas antigas, enrugadas, rasgadas de um atlas. A faca


de caça resistente. Um telefone flip simples do início dos anos
2000, e ele parecia desgastado o suficiente para ser realmente
muito velho. Um pequeno livro foi gravado ao mapa. Puxei-o e
folheei, vendo algumas frases básicas em Inglês e Espanhol.

Todas elas eram coisas como mãos para cima, deite no


chão, não se mova, não me faça disparar. Se eu tivesse que
adivinhar, diria que ele veio do exército mexicano, a julgar
pelos blocos de texto grandes e com extremidade afiadas na
frente e nas costas.
Claro, não havia nenhuma boa razão para os verdadeiros
soldados estarem aqui no norte da Califórnia. Tudo aqui estava
muito fresco para ser uma cápsula do tempo, e muito estranho
para ser nada oficial. A única coisa que fazia sentido fez meu
sangue gelar.

Cartel. Nada mais fazia sentido.

— Sally, Cristo! Tenha cuidado com esse lixo. — Norman


ofegava. — Greg já me mostrou tudo esta manhã. Não há
armas ou granadas lá, mas droga, seria bom se você me desse
uma chance para lhe dizer.

— Desculpe Norm.— Eu olhei para cima. — Qual é o


problema? Você está agindo como se você quisesse deixar esta
porcaria no chão, na nossa propriedade.

Meu primo balançou a cabeça, seu cabelo grisalho


balançando na brisa do verão.

— Pode ter certeza. Este material pode estar escondido


debaixo de nossos narizes por meses. Não sabemos se ou
quando os proprietários estarão voltando. O que você acha que
eles vão fazer se eles perceberem que estamos mexendo com
seu material?

Droga. Meu coração bateu cinco vezes mais rápido


quando suas palavras afundaram.

Jesus, se isso é o que parecia, o cartel estava à espreita,


nossa fazenda não era mais segura. Eu li histórias brutais o
suficiente para saber o que aconteceu com quem entrou em
sua rota, ou apenas terminou no lugar errado na hora errada.

Quem enterrou essa porcaria aqui queria mantê-lo em


segredo. Eu não sabia muito sobre o submundo do crime, mas
eu compreendia homens que matavam e contrabandeavam
para viver e fariam qualquer coisa para ficar nas sombras.

Eles não hesitariam em me machucar, Norm, ou Deus


nos livre-o meu Caleb. Eu pensei sobre as sombras em seu
berço, tarde da noite, ao mesmo tempo em que uma mão
escura me sufocava, me puxando para longe do meu filho, uma
faca fria pressionada em minha garganta.

Jesus, não. Eu não posso deixar que isso aconteça. Eu


não vou.

Engolindo o nó na garganta, eu embalo tudo, e, em


seguida, empurro a porcaria de volta para o buraco de aranha.
Eu tranquei a porta, ouvindo o alto estrondo ao bater na
moldura.

Norm jogou as mãos para cima.

— Droga, Sally, você tem que ser mais cuidadosa com


isso! Apenas olhar para essa coisa pode denunciar alguém.
Estamos colocando o nariz onde não devemos, e se esses
idiotas descobrirem...

Ele não precisava dizer isso, e ele sabia disso. Nós dois
com imagens sobre uma dúzia de possibilidades brutais até
agora.
— Eu estou apenas seguindo o seu exemplo, primo. Você
mesmo disse que olhou lá antes de mim. Talvez você deva levar
seu próprio conselho antes de chutar minha bunda.

Ele abriu a boca, e depois a fechou prontamente. Ele


odiava estar errado, especialmente quando era a ovelha negra
da família que estava aprontando.

Se eu aprendi alguma coisa crescendo aqui desde que o


tio Ralph me trouxe, era que Norm, apesar de vinte anos a mais
que eu, não era realmente o mais sábio. Claro, seus erros
foram pequenos. Ele atingiu a garrafa e pegou várias multas
por dirigir embriagado após Jenny morrer, um trágico fim a
um casamento infértil e tenso.

Eu era a cadela imprudente que ferrou bonito e ficou


grávida de um fora da lei. Isso era muito pior, e todos, exceto
o meu saudoso tio me fez sentir isso em todos os dias.

— É justo. — disse ele, finalmente, tomando a decisão de


deixar para lá. — Ainda assim, temos que ter muito cuidado
aqui. Este é um negócio sério, Sally. Isso poderia nos matar.

Revirei os olhos.

— Uh, sim, você está se repetindo. Devemos ir à polícia,


ou você quer que eu resolva do meu jeito? Eu não vou deixar
ninguém aqui ter a cabeça cortada. Estou lidando com isso.

Nós havíamos quase chegado ao seu caminhão quando


eu disse isso. Então Norman congelou, olhando para mim
como se eu tivesse acabado de dizer a coisa mais estúpida que
se possa imaginar.

— O que? Não me venha com esse olhar, a não ser que


você tenha algum plano impressionante dos seus anos de lidar
com os barões da droga mexicanos.

Meu sarcasmo endureceu seu rosto.

— Olha, não é assim tão fácil. Ir para a polícia é tão ruim


quanto tirar essa porcaria para fora do solo e despejar concreto
no buraco. O que você acha que eles vão fazer aqui exatamente,
Sally? Atribuir um pelotão da guarda nacional para proteger a
fazenda?

— Claro que não! Mas eles iriam pelo menos verificar isso,
não? Talvez enviar alguns homens em patrulha à noite para
pegar alguém rondando? — Fiz uma pausa e sacudi a cabeça.
— Estou falando uma língua diferente?

Os lábios de Norm se contraíram em um sorriso amargo.

— Sim, Sally. Você está sonhando. Eu não acho que você


percebe que estamos lidando com criminosos de sangue frio
aqui. Você viu a notícia. Esses caras cortaram as cabeças de
uma família inteira só porque eles olharam para um de seus
capangas. Greg disse...

— Greg diz um monte de merda. — Eu bati. — Ele não é


um especialista mais do que você, Norm. Jesus, eu andava com
criminosos mais extremistas do que qualquer um de vocês.
Lembra que o tio Ralph sempre me enviava para os Grizzlies,
quando um desses equipamentos antigos precisavam de um
reparo?

Bati no lado do caminhão antes de subir. Norm


lentamente se juntou a mim, arrastando-se até o banco do
motorista. Virando a cabeça para me encarar, ele me deu o
olhar sombrio que eu vi milhares de vezes. Oh yeah, os
Grizzlies. Você quer dizer aqueles motociclistas criminosos que
te engravidaram.

Eu nunca admiti qualquer coisa. Eu nunca faria. Pai


desconhecido foi listado na certidão de nascimento de Caleb, e
eu me asseguraria disso pelo resto da minha vida.

Especialmente quando parecia que Roman não estaria


por perto tão cedo.

Na verdade, não era da porra da conta de ninguém, exceto


minha própria. Mas isso não significava que Norm e todos os
outros não pudessem colocar dois e dois juntos. Ou talvez
apenas uma ingênua, menina de fazenda virgem, e um bandido
motociclista que sempre foderia qualquer coisa com curvas.

Eu sabia a solução para essa equação, duas grandes


bagunças. Duas vidas arruinadas, talvez três, uma vez que
Caleb crescesse e começasse a fazer perguntas. Eu vivi toda a
batalha de enjôos que veio após o sinal de positivo.

— E esse é o ponto aqui, Sally. — Norm disse suavemente.


— Suas conexões, quero dizer. Você pode ajudar aqui. Greg me
alimenta das informações de todas as suas viagens e os caras
com quem ele fala. Mas ele não tem uma entrada como você
tem.

— Conexão? Dentro? Que diabos você está falando?

Seus dedos alcançaram e giraram as chaves. O caminhão


bufou à vida, e, lentamente, voltamos para a nossa área de
trabalho, longe das fronteiras e de seu pequeno segredo sujo.

Norm não respondeu. Em algum lugar sobre uma ou duas


milhas abaixo da estrada, isso me alcançou. Oh, não.

Não! Não!Não! Não!

Não.

— Você está falando sobre o MC, não é? Jesus, se você


acha que eu tenho alguma ligação especial lá, algumas pessoas
para chamar de meus amigos, você está fora de sua mente,
porra.— Eu precisava acabar com este plano agora.

Não estava acontecendo.

— Sally, eu não estou dizendo que você tem. Tudo que eu


sei é que você já esteve ao redor deles antes. Eles te conhecem.
E eles também estão em guerra com o cartel. Você não ouve o
rádio?

Eu não ia responder. Não até que ele parasse de me tratar


como uma idiota total, ou uma ferramenta amaldiçoada que
ele poderia jogar ao redor de qualquer lugar que quisesse.
— Você já ouviu a frase, o inimigo do meu inimigo é meu
amigo?— perguntou Norman.

— Jesus, Norm. Você já esteve fora desta fazenda?— Eu


tive que parar antes que eu mordesse a língua de raiva. — Você
está ouvindo o seu próprio plano agora? Quero dizer, está
realmente escutando? Temos porcarias escondidas na nossa
terra que pertencem a um grupo terrorista e sua solução é
convidar outro grupo aqui?

— Vamos lá, você sabe que não é assim. — insistiu ele,


tamborilando os dedos no volante. — O clube limpou suas
ações pelos rumores que ouço. Eles estão realmente ajudando
as pessoas na cidade agora. Sim, parte dessa luta é por causa
do cartel. Eles são filhos da puta egoístas, eles sempre foram,
mas eu acho que qualquer um vestindo seu patch é muito
menos provável parar em uma cova rasa, se virmos algo que
não deveríamos. Eles não vão para os civis. Você os coloca lado
a lado com o cartel e me diga quem é o mal menor.

Será que importa se você continua do lado do mal?


Empurrando os pensamentos longe, eu paro e olho para o meu
primo.

— Vamos. Eles não são tão maus, menina. As drogas e a


prostituição é tudo do que eu ouvi.

— Oh, eu deveria saber disso? Eu realmente não leio os


jornais, e eu não sou melhor amiga de Greg também.
Ele bufou. Nós dirigimos por algum tempo em silêncio.
Claro, quebrei minha cabeça o tempo todo, tentando encontrar
uma solução melhor.

A mais sã era correr para dentro da casa, arrumar


minhas coisas, e levar Caleb longe, em seguida, ir para o norte
até onde conseguirmos ir.

Nós poderíamos lidar com a chuva de Washington e


invernos muito mais fácil do que o perigo aqui de Redding. Se
tivéssemos o dinheiro.

O dinheiro era sempre a parede. Assim era o meu


panorama ou a falta dele. Agricultura sozinha não oferece um
grande mundo de oportunidades. E, além disso, quem iria
contratar uma mãe solteira, sem relações de sangue para
obrigá-los?

Mordi o lábio. Que droga.

Tanto quanto o meu primo estava brincando com fogo,


brincando muito possivelmente com a pior idéia do mundo,
não havia realmente uma alternativa melhor.

— Olha, por que não podemos tirar o dia para tratar


disso? Tenho certeza que essa não é a noite que eles vão voltar
para verificar sobre as coisas que eles deixaram naquele
buraco. — disse ele, estacionando perto do nosso galpão
principal.

— Não há necessidade. Não podemos perder tempo. Eu


vou fazer isso. — Eu olhei para ele. — Apenas me dê um dia
ou dois para ligar para o clube antes de ir para lá. Eu devo dar-
lhes um aviso prévio antes de eu aparecer.

Eu não liguei para Blackjack da última vez antes que eu


marchei até lá e confrontei Roman. Eu não diria a meu primo
que dois dias era o mínimo que eu precisava para caminhar
sem gritar, sem perder minha mente depois que ele bateu a
porta na minha cara.

— Que diabos?— Norm esticou para trás em seu assento,


parecendo atordoado. — O que a fez decidir tão rápido?

— Caleb — eu disse. — Ele é tudo o que realmente


importa aqui, mais do que a fazenda.

Nós compartilhamos um olhar pesado. Seus olhos


estavam escuros, compreensão, simpatia. Pela primeira vez
naquele dia, pensei que talvez o meu primo não fosse um
enorme idiota apesar de tudo.

Poucos dias depois, parei na frente dos portões do clube


MC. Nenhum dos prospectos me reconheceu de algumas
semanas atrás, e eu não os reconheci.

Eles murmuraram algo sobre ter que verificar com um


membro. Mencionar o nome de Blackjack me deu um pingo de
margem de manobra. Provavelmente, a única razão pela qual
eles não me disseram para me foder.

O que diabos está acontecendo? Por que todos esses


novos rostos estranhos? O clube estava funcionando com
homens não profissionais?
Eu reconheci alguns moradores locais usando os cortes
de prospecto. Nenhum deles balançou a cabeça ou me deu a
menor atenção. Eles estavam todos muito ocupados olhando
duro e viril. Acho que eles temiam que seus paus fossem
encolher uma polegada ou algo assim, se dissesse olá a um
vizinho.

Eram definitivamente coisas que eu nunca iria


compreender sobre a vida MC.

— Você novamente? Merda, eu não achei que você estaria


de volta tão cedo! — O cara durão chamado Rabid gritou para
mim quando ele estava a apenas alguns passos atrás do
portão. — Deixe-a entrar, porra.

Um par de segundos mais tarde, as barras altas de metal


se abriram. Eu dirigi através do espaço, estacionando, e sai,
olhando para o clube com medo.

Talvez eu tenha sorte. Talvez Roman não esteja dentro se


eles já o enviaram em uma corrida ou algo assim.

— Sally, certo? — Disse Rabid, avançando até mim com


outro homem ao seu lado.

— Boa memória. Você é Rabid. Não se pode esquecer um


nome assim. — Nós trocamos um sorriso, e então ele apontou
para o novo homem.

— Este é o meu irmão, Beam. Ele vai cuidar de tudo o que


você precisar lá dentro. Eu lidaria com isso eu mesmo, mas
estou prestes a sair em uma corrida com o nosso VP. — Ele
começou a caminhar em direção à grande garagem onde eles
mantinham suas motos, mas, em seguida, virou-se para
acrescentar mais uma coisa. — Dê a Golias um pouco de
cérebro lá. O pobre coitado poderia usá-lo. Bater algum sentido
de nele, porra.

Beam riu ao meu lado, me levando para a porta principal.


Meu coração bateu em cerca de cem milhas por hora no meu
peito, correndo em raiva e ansiedade de combustível híbrida.

O pensamento de ficar cara a cara com Roman


novamente virou meu estômago. Depois do que ele fez,
rosnando na minha cara e me empurrando para longe, ele não
merece me ver, muito menos falar comigo.

Nós já dissemos tudo o que precisava ser dito. Ele provou


que ele não era digno de ver seu filho.

Eu não poderia imaginar nunca poder introduzir o meu


menino a seu pai. Por alguma razão, a realidade fria disso
acontecer doeu como um calvário também. Com todos os erros
que minha família cometeu, eles sempre estiveram lá para
mim.

Tio Ralph me acolheu quando eu estava com quinze anos,


logo após minha mãe ter uma overdose de pílulas para dormir.
Ele terminou de me criar, me transformou em uma garota do
campo, provavelmente a única coisa que me salvou de seguir
os passos sujos da minha mãe. Norm, insuportável como ele
era, me ensinou muito sobre trabalho duro. E a família toda
estava sempre feliz em cuidar de Caleb quando eu precisava
deles, ou apenas fazendo-me sentir como um ser humano em
nossos jantares de férias.

Não, não era perfeito. Eu nunca estive incrivelmente perto


de ninguém. Eu provavelmente nunca estaria.

Esse é o preço quando você é uma ovelha negra, a menina


que jogou a juventude longe fazendo um bebê com um durão
que não estava apto a ser um pai. Mas eu seria louca de deixar
o único parente que eu tinha, razão número cento e um de que
eu não podia sonhar em fugir para outro estado para escapar
das trevas que estava chegando.

— Merda, baby. — Beam disse quando chegamos à porta,


pegando a minha atenção. — Eu acho que você está prestes a
ser a mulher mais bem vestida que tivemos nesse clube
durante meses.

Seu sorriso me fez endireitar. Ele me olhou de cima a


baixo, uma fome lenta em seus olhos que eu não vi desde meu
longo paraíso perdido de verão com Roman.

Puta merda. Um homem estava me dando o tipo de


atenção que eu não tive por eras. Eu não poderia decidir se
sorria docemente ou esbofeteava seu rosto.

Ele era bonitinho, em sua própria maneira estranha.


Cabelo espetado curto cortado um pouco curto demais dos
lados, quase como uma estrela do rock, ou um garoto skatista
crescido. Seus magros, músculos rígidos não eram difíceis de
olhar também, mesmo que eles não fossem tão grandes como
os de Roman. Ele definitivamente emanava a vibração de um
motociclista bad boy, a energia selvagem que faz uma mulher
querer rastejar na parte traseira de uma Harley a qualquer
momento, mesmo que a levasse direto para a cama.

Droga, talvez especialmente se ele levasse para a sua


cama.

Mas, por mais sexy que ele parecesse, eu não estava


comprando o show.

Eu não cometeria o mesmo erro novamente. Não com


outro menino Grizzlies MC. Não quando as feridas que Roman
deixou no meu coração ainda estavam sangrando, me
afogando em sal.

Em vez disso, eu endireitei meu top, tentando torná-lo um


pouco menos revelador no caso de alguém dentro querer jogar
os seus olhos sobre meu decote.

— Obrigada. — eu sussurrei, a mais breve resposta


diplomática que se encaixava. — Eu não quero ser um
incômodo. Eu só quero entrar, falar com o seu Presidente, e
sair.

— Muito ocupada? Estamos bem com isso. Vamos. Nós


não fazemos ninguém perder seu tempo. — Ele segurou a porta
aberta para mim, e eu o segui para entrar.

O lugar não era mais brilhante na luz do dia. Ele sempre


parecia noite no bar, onde havia um par de caras bebendo,
olhando para o balcão enquanto as luzes de néon atrás deles
lançavam seu brilho sombrio.

Meus olhos foram para o local onde eu arremessei a


garrafa quebrada em Roman. Meu coração pulsava veneno em
minhas veias. Aconteceu semanas atrás, mas poderia muito
bem ter sido ontem.

Por que diabos ele me decepcionou? Por quê?

Isso tudo poderia ter se resolvido de modo diferente. Eu


poderia ter tido uma família. Eu poderia ter tido uma vida.

Nós caminhamos em direção a uma porta marrom escura


com o urso icônico dos Grizzlies esculpido nela. Beam bateu
seu pesado punho na madeira. Os grandes anéis de ouro nos
seus dedos ecoaram pelo clube.

— Está aberto!— Uma voz rouca que eu lembrava


vagamente gritou do outro lado.

Blackjack levantou-se assim que entrei. Eu não o vi por


anos, e ele se tornou ainda mais imponente. Longos cabelos
grisalhos pendiam em seus ombros, e seu colete se agarrou a
ele como uma armadura, a tag PRESIDENTE costurada
ameaçadoramente em seu peito, juntamente com vários
símbolos que apenas o clube iria entender.

Vários segundos se passaram antes dele me reconhecer.

— Eu vou ser condenado. Você é a menina de Roman.


Cristo, o que ele fez agora?
Os olhos de Beam incharam. Graças a Deus estávamos
sozinhos para que ninguém mais descobrisse meu pequeno
segredo sujo.

— Sally, não é? — Blackjack pensou, lembrando o meu


nome. — Você está aqui para ele, não é?

— Não mais. — eu disse friamente. — Eu estou aqui para


falar de negócios, Blackjack. Isto não é sobre Roman.

Seus olhos se estreitaram, e ele inclinou a cabeça.

— Pegue uma cadeira. Apenas você e eu.

Blackjack acenou para Beam. Sentei-me e derramei tudo,


tentando me concentrar em seu rosto no escritório apertado.
Não foi fácil, porque meus olhos não paravam de cair para os
patches em seu colete. Havia garras e punhais e estrias
vermelhas brilhantes que pareciam gotas de sangue.

Roman usava tintas semelhantes em seu peito. Mas eu


nunca lhes dei tanta atenção antes. Elas nunca congelaram
meu sangue até agora.

Jesus. Você era realmente ingênua quando você transou


com ele, não foi? Estes homens lidam com a vida e a morte como
roçar no campo. Seu negócio é a agricultura. Deles é sangue.

Eu falei, disse-lhe sobre o alçapão, a pequena caixa de


ferramentas estranha que eu encontrei no chão. Blackjack
olhou para mim com os braços cruzados, silencioso como uma
pedra. Quando tudo estava terminado e os meus lábios
pararam de se mover, ele se inclinou para frente.

— Você está certa. Isso é muito sério. Você veio ao lugar


certo. — disse Blackjack. — Eu não posso dizer muito sobre o
que fazemos, mas vou dizer que esta é a primeira coisa que eu
ouvi sobre a atividade do cartel em nosso próprio quintal desde
o início do verão.

Eu balancei a cabeça.

— Você pode vir e conferir por si mesmo. Meu primo é


dono do rancho também, mas ele é legal com vocês. Chamar
vocês foi ideia dele.

— Homem inteligente. Ele está certo, você sabe. Um


monte de gente boa vai se machucar se eles estiverem
autorizados a operar em Redding, irmãos e civis. — Ele fez uma
pausa, reunindo seus pensamentos. — Vou mandar meus
garotos amanhã para verificar o buraco de aranha e se
certificarem que seu perímetro está seguro.

— E o que acontece depois? Você pode ter homens em


todo o rancho permanentemente? Eu preciso saber que
estamos seguros se vamos deixar seus homens andarem livres
em nossa terra.

Fiquei pensando em Caleb. Sua segurança vinha em


primeiro, segundo e terceiro. Se alguma coisa acontecesse com
ele por causa de meus erros, meu descuido, eu morreria. E eu
mereceria isso também.
Ele não me respondeu de imediato. Eu me inclinei para
frente, pressionando as mãos sobre a mesa fria.

— Blackjack, por favor. Eu preciso de você a bordo. Se


você está vindo em minha casa, você está indo protegê-la
também.

— Sim, tudo bem. — ele rosnou por fim. — Nós vamos


adicionar o seu lugar para patrulhas regulares que minha
equipe faz em torno da cidade. Nós temos um monte no
balanço no momento. Os meus homens têm um monte de
obrigações além de sua fazenda, Sally.

— Eu sei. Eu tenho uma ideia do que se passa no MC.


Você não está apenas consertando Harleys e fazendo corridas
de caridade.

Os lábios de Blackjack puxaram para cima em um


sorriso, e, em seguida, ele desapareceu com a mesma rapidez.

— Mais uma coisa, há uma chance de que você vai vê-lo.


Roman é meu Executor, Sargento de armas para esta casa. Ele
é o filho da puta mais duro que eu tenho, e ele é meu agente
no campo quando eu não posso estar lá eu mesmo. Você está
realmente bem em tê-lo em seu local?

Droga. Eu realmente não pensei nisso até agora, mas não


havia maneira de contornar isso.

Tanto faz. Eu não poderia correr do imbecil para sempre.


Eu iria manter distância, ficar de fora dos campos ou dentro
de casa sempre que fosse sua vez de vigiar nossa propriedade.
— Eu vou lidar bem com isso. — eu disse lentamente. —
Eu sou uma menina grande. Eu lidei com coisas piores.

Sim, como criar o filho do último cretino do mundo que


quero ver bisbilhotando minha casa, eu pensei.

— Bom. Vou ter Beam te orientando dos detalhes sobre o


que esperar antes de sair. Ele conhece toda a logística de um
trabalho como este. Você ainda tem o meu número? —
Blackjack enfiou a mão no bolso, tirou um cigarro e acendeu-
o.

Eu balancei a cabeça. Ele estendeu a mão, e eu retribui.


Sua palma de couro resistente acariciava minha mão,
engrossado asperamente por décadas por fazer somente Deus
sabia o quê.

— Então nós conseguimos um negócio mulher. Ligue-me


se alguma coisa vier à tona. Seu lugar está sob nossa proteção
agora.

O peso do mundo foi tirado do meu peito quando eu saí


para o corredor, fechando a porta atrás de mim. Eu não vi
Beam em qualquer lugar esperando por mim, então eu comecei
a andar.

Porra, eu precisava encontrá-lo e sair daqui.

O clube era muito maior do que parecia do lado de fora.


Um longo corredor ramificou-se para o que parecia um bando
de quartos. O outro lado levava de volta de onde eu vim,
passando pelo bar espaçoso e área de alimentação.
Eu fui lá primeiramente.

— Beam?

Um par de rapazes olhou para cima de seus bancos. O


irmão careca chamado Asphalt se levantou, torcendo uma
garrafa de cerveja em uma das mãos.

— Ele está de volta no armazenamento. Disse-me para


enviar-lhe lá se precisasse de algo.

— Eu preciso.

— Aqui, deixe-me mostrar-lhe. Porra. — Asphalt


cambaleou em suas próprias botas e xingou, obviamente, um
pouco tonto de beber. Ele me levou para o mesmo corredor do
escritório de Blackjack, onde ele parou e apontou. — É para
baixo e para a direita. Você verá uma porta de aço grande. Bata
se estiver fechada. A porra chocalha como uma lata. Ele vai
ouvi-la.

O motociclista soluçou, cobriu sua boca, e depois me


deixou sozinha. Ugh, eu queria dar o fora de lá. Quanto antes
melhor.

O salão era tão longo quanto parecia. Várias portas


estavam semi-abertas. A maioria dos quartos estavam vazios,
mas um par de irmãos estavam dentro de outros, desmaiados
e roncando em suas camas. Um pouco mais da metade do
percurso para a seção onde dava para esquerda e direita, havia
outra porta, aberta e mais iluminada do que as outras.
Meus olhos encontraram uma mulher nua cochilando no
chão, bunda para cima, um grande braço ao redor dela com
tinta preta que eu reconheceria em qualquer lugar.

Roman. Lá estava ele, totalmente nu, desmaiado no chão


com as tranças desagradáveis dela a vista caídas sobre seu
peito farto, uma garrafa vazia de uísque escorregando de sua
outra mão.

Meus joelhos pararam de funcionar. Eu parei com um


solavanco e olhei para a visão profana, balançando a cabeça,
tentando não ter um colapso imediato.

Depois do nosso último encontro eu sabia que ele era um


idiota. Mas ver isso...

Quentes e dolorosas lágrimas escorreram nos cantos dos


meus olhos. Minha voz engatou quando me esforcei para
recuperar o fôlego, também condenando em voz alta para o
meu próprio bem. Eu não consegui fugir antes dele acordar,
não poderia escapar antes de seu enorme corpo, nu, levantar-
se e pisar na minha direção.

— Foda-me quente como fogo. — ele resmungou,


enxugando a testa, sem se preocupar em esconder sua nudez
quando ele tropeçou através da abertura, me empurrando
contra a parede. — Que diabos você está fazendo aqui, baby?

Deus. Tentei cobrir meus ouvidos. Ele realmente teve a


coragem de me chamar disso depois... Depois disso?
— Eu não sou sua baby, e isso não é da sua maldita
conta!

— A porra que não é. — ele rosnou. Agarrando meus


pulsos, ele os jogou na minha cabeça. — Você está neste clube.
Isso é o meu negócio, vendo como eu sou o Executor, e eu não
falei para ninguém te deixar entrar!

— Blackjack fez, e ele não precisa da sua permissão. —


Uma pequena pitada de satisfação rolou através de mim
enquanto eu observava seus olhos se arregalarem.

Seu aperto enfraqueceu, apenas o suficiente para eu


arrancar meus pulsos a uma distância e escorregar para fora
debaixo dele. Seria muito mais satisfatório se ele não estivesse
ali totalmente exposto, me provocando com seus músculos
esculturais e tatuagens furiosas.

Dane-se tudo. Direto para o inferno. Eu não poderia me


forçar a processar como um homem que parecia tão perfeito
podia ser tão mal.

Só então, a prostituta decidiu caminhar para o seu lado,


mal cobrindo os seios.

— O que está acontecendo, baby? Quem é ela?

A cabeça de Roman girou. Eu seriamente me perguntei se


ele estava prestes a quebrar seu pescoço.

— Volte para dentro. Estas coisas não lhe dizem respeito.


— Seus olhos estavam fechados durante vários segundos antes
que ela finalmente desse de ombros e voltasse para seu quarto,
fechando a porta atrás dela.

— Você deveria ter me chamado. O Prez deveria ter vindo


para mim. Nós temos história, querida. Você não pode
simplesmente entrar aqui desse jeito. — Ele deu mais um
passo para frente, para mim, fazendo absolutamente nada
para esconder seu corpo fodível.

Eu não estava certa de como eu consegui me manter com


raiva. De alguma forma, eu me forcei a manter os olhos colados
ao rosto. Eu nem sequer roubei um olhar rápido ao enorme
pacote balançando entre as pernas dele, a ferramenta que ele
usou para foder todos os meus sentidos, me deixando com
uma criança que ele não sabia nada.

E vai continuar assim, também. Você estragou tudo, você


está bebendo, se prostituindo, idiota mentiroso.

Trancar o fogo no fundo da minha barriga foi à parte fácil.


Segurar? Não tanto, mas eu fiz.

— Fique longe de mim, Roman. Eu preciso encontrar


Beam. Eu não preciso de você. Saia da minha frente e vá curtir
com sua nova namorada.

Raiva franziu em seu rosto enorme.

— Você está transando por aí? Namorada? Ela não é nada


para mim. Apenas outra prostituta do clube. Algo para esvaziar
minhas bolas enquanto eu tenho algumas bebidas e eu quero
relaxar.
— Oh, assim como eu? — Minha voz endureceu a um
sussurro áspero. — Isso é tudo o que eu era quando estava
com você, certo? Só mais um puta loira burra.

Suas narinas inflaram. Balançando a cabeça, levantou os


punhos, em seguida, virou-se e os bateu na parede. A energia
insana naqueles enormes músculos fez soar como se alguém
tivesse disparado um ponto em branco dentro do clube.

— Não é assim, Sally, e você sabe disso! — Seu punho


disparou, apontando um dedo furioso para mim. — Você sabia
muito bem o que começamos, e você decidiu jogá-lo no maldito
lixo. Você poderia ter me escrito uma linha qualquer hora, a
qualquer momento, em qualquer dia do caralho, e você não o
fez. Você me levou a essas vagabundas para aquecerem minha
cama, você me empurrou longe e eu estou pegando os pedaços.
Não se atreva a me culpar por alguma desta porcaria. Nós
poderíamos ter tido algo. Eu te dei essa chance, e você fez a
sua escolha. Você decidiu que era apenas uma foda ocasional
em meados do verão. Eu não.

Ouch. Outro punhal no peito, e ele afundou.

Não haviam inocentes aqui. Nós cometemos nossos erros,


nós dois éramos culpados. Eu menti, e ele estava sujo.
Contaminado. Destruído.

Isso não era sobre mim, era?

— Sim, é tudo minha culpa. — eu cuspi. O sarcasmo


ajudou a manter minhas lágrimas, firmou minha voz. — Eu
nunca me importei. Você está totalmente certo. Eu era uma
cadela de sangue frio, apenas procurando um bom pau quente,
certo? Foi apenas um caso de verão. Você está me dizendo para
calar minha boca e cuidar da minha vida enquanto você entrou
em uma situação que poderia ter custado sua vida e é minha
culpa. Entendi.

Seus ricos olhos escuros viraram cerca de dez tons mais


escuros.

— Vamos lá. Vamos lá. Porra.Mulher Você sabe que isso


não é nada, mas...

Besteira? Pensei. Não. Não tão fácil.

— Negócios do Clube.— Eu terminei para ele. — Entendi.


Você escolheu o que realmente importava para você, e que não
era eu. Você escolheu esta vida. Vá viver com sua escolha atrás
daquela porta. Ela está esperando.

Joguei meu cabelo, olhando através dele, para a sede do


clube. Eu apontei para o quarto que ele saiu, onde o lixo estava
provavelmente na cama, contando os segundos até que ele
viesse de volta e a fodesse.

Não era só ela também. Era o clube.

Como seriam as coisas se ele não fosse sugado para tudo


isso? Será que eu vibraria para ele sem essas tintas escuras
lambendo seus músculos, sem o ar em sua alma gritando
perigo?
Ele era a espada de dois gumes afinal. Eu só percebi tarde
demais que ambas as extremidades cortaram em pedaços, a
menos que eu o mandasse embora para sempre.

Roman ficou ali fervendo por alguns segundos. Eu não


podia acreditar que eu realmente o deixei sem palavras.

Surpreendentemente, isso não me fez sentir bem. A pouca


satisfação desvaneceu rapidamente.

Não havia nada a não ser o vazio entre nós, e evaporou-


se até mesmo a tensão emocional como o orvalho em uma
manhã quente.

— Sally? Roman?— Eu pulei quando ouvi a voz de Beam.


Ele chegou sorrateiramente por trás de mim, então deu vários
passos entre nós, a confusão se espalhando por todo seu rosto
quando ele olhou para Roman. — Que diabos está acontecendo
aqui, irmão?

— Nada que você tem que se preocupar. — Roman disse


bruscamente, colocando gelo em sua raiva. — Ajude-a com
qualquer coisa que o Prez disse, e leve-a para fora. Ela não
pertence aqui. Da próxima vez que alguém vier a este clube
sem aviso prévio, você me avise também. Entendido?

Beam assentiu tristemente.

Roman virou. Eu peguei mais um lampejo do seu perfil


antes que ele trovejasse se afastando para seu quarto, batendo
a porta atrás de si com tanta força que as paredes tremeram.
— Cristo. O que você disse a ele? — Beam sorriu de orelha
a orelha.

— Não é importante. Nós temos história, mas isso é tudo


que é. — Eu disse, sentindo o calor em minhas bochechas. —
Ele está certo sobre uma coisa, não é nada que ninguém
precise se preocupar. Estou aqui para o negócio com o clube.
Nada mais.— O sorriso de Beam se transformou em
determinação presunçosa. Ele assentiu.

— Entendi. Vamos lá, eu vou levá-la para o seu carro.

Meu trajeto rápido através do clube parecia gelado.


Roman deveria ter me deixado ardendo depois de gritar na
minha cara, nu como no dia em que nossos corpos se
entrelaçaram, deixando-me um pedaço dele para sempre.

Mas pensar sobre Caleb trouxe gelo para minhas veias.


Eu só queria deixar este lugar fodido para sempre, esquecer
sobre as motos e os seus maus modos.

Sorte minha, que isso não era uma opção. Graças ao


cartel, eu estaria presa a ver os Grizzlies muito mais tempo,
mas pelo menos eu não teria de vir para este clube.

— Será que Roman vai ficar para trás quando Blackjack


enviar seus caras para a nossa propriedade? — Perguntei,
assim que nós estávamos de volta nas garagens.

Beam deu de ombros.

— Depende totalmente do Prez, baby.


Frio. O ouvi recitar mais algumas dicas básicas de
segurança, todas as coisas habituais sobre sair em grupos,
nunca deixando ninguém sozinho à noite, etc.

Eu estava pronta para subir no meu carro, quando ele


estendeu a mão e me agarrou pelo pulso, me puxando para
perto dele. Foi tão repentino que relâmpago rolou pelo meu
corpo.

— Apenas entre você e eu, eu vou ter certeza que ele


mantenha distância. Não tenho a menor ideia do que
aconteceu entre vocês no passado, mas ele não deve falar
assim com você. Você não é sua vagabunda, e você com certeza
não é a sua old lady também.— Quando ele puxou seus lábios
para longe de minha orelha, eu vi raiva transbordando em seu
rosto, misturado com outra coisa.

Oh, Deus. Esse olhar. Eu não o vi desde aquelas noites


inesquecíveis com Roman, quando um grande, durão, tatuado
puxou-me em seus braços, me embalou debaixo dele como um
brinquedo, fodeu-me até que eu não passava de uma
fumegante, confusão saciada.

Beam não poderia escondê-lo. E eu não conseguia


esconder o fato de que eu vi tudo. Vi, e estremeci.

— Obrigada. — eu sussurrei, gentilmente tropeçando com


a minha mão na maçaneta da porta do carro. — Eu posso lidar
com Roman eu mesma, Beam. Mas agradeço-lhe por manter
um olho em tudo. Realmente, eu faço.
Outro aceno de entendimento, e ele se virou. Eu liguei
meu carro e fui em direção dos portões, enquanto ele fez um
sinal para os prospectos de guarda para abrir. Os olhos de
Beam nunca me deixaram, bloqueando meu olhar enquanto
eu bombeava o pedal.

Sem mentira, no fundo, ser admirada por outro fodão me


fez arrepiar, me deixou suada e corada. Ele trouxe de volta as
memórias que eu mais queria esquecer, tudo o que o cara
grande, áspero e tatuado me fez há dois verões.

Ele era uma tentação ambulante, falante e perigosa. Tudo


tão bom sujo e tão foda que eu poderia ter tudo de novo, se eu
quisesse rolar os dados e tiver dois motociclistas em minha
cama. Eu dirigi, segurando o volante com tanta força que meus
dedos ficaram brancos. Jesus. Ver Roman nu era uma coisa,
mas sabendo que outro irmão queria minha calcinha como o
troféu? Eu não sabia se eu iria sobreviver à colheita de outono.
Algo me disse que eu logo estaria vendo um monte mais de luz
uma vez que suas patrulhas começarem, e eu precisava
manter minha distância. Mesmo se a tensão sexual surgindo
no meu sangue queria me mastigar e cuspir-me. Ter sexo era
bom o suficiente para arriscar outro filho sem um pai. E
ninguém com esse patch iria sempre ser amoroso ou
responsável.

Lá no fundo, todos eles eram falhos. Talvez alguns


crescem, mas caras como Rabid, que tinha uma ereção tão
grande por uma menina que deixaram a putaria, a bebida e a
matança sem sentido.A minha visita provou que eles eram
raros, e também enfiou uma estaca no coração de minhas
expectativas para sempre. Eu não podia ignorar, a verdade
amarga. Roman nunca seria material de pai, muito menos meu
namorado. Fomos muito danificados, muito feridos, estávamos
à deriva em dois mundos muito diferentes.

Jurei então fechar as portas e selá-los apertado. Eu


sobreviveria. Eu manteria meu filho seguro, manteria o cartel
a distância da nossa fazenda, e manteria minha cabeça no
lugar enquanto os cretinos do MC rugiam em minha vida.

Eu sabia que poderia fazê-lo, contanto que eu dependesse


de todos os meus bons sentidos. Mesmo se eu tivesse que
pegar um cinto de castidade e me trancar bem.
CAPÍTULO 4

Roman: Bang, Crash, Boom

Eu fodi Twinkie até que ela não conseguia nem andar ao


longo da próxima semana. Ela não era nada para mim, uma
bola de stress com peitos e bundas e as tranças louras longas.
Sempre que ela gemia ou me perguntava sobre a garota
estranha, ocupava a sua boca.

Mas lá pelo sexto ou sétimo dia, a chutei fora da minha


cama.

Foder não poderia curar tudo, não importa quantas vezes


eu esvaziei minhas bolas. A verdade era que Sally me deu um
chute e tanto nas bolas sem sequer levantar o pé.

Porra, apenas vê-la novamente fez isso. Mas ouvi-la me


culpar, tentando arranjar desculpas para me abandonar,
enquanto eu estava na prisão? Eu não sabia se devia bater
contra a parede, empurrar meus lábios nos dela, e chupar até
a última molécula de ar em seus pulmões, ou segurá-la para
baixo e bater em sua bunda até que ela me desse uma desculpa
adequada.
E maldição se Beam não tivesse aparecido um segundo
depois, eu teria feito isso.

Em vez disso, eu andei com o rabo entre as pernas. Eu


disse Sally tudo o que eu precisava dizer. Eu sangrei e doía
atrás das grades para esquecê-la, e foi apenas um pouco mais
difícil tê-la em meu rosto.

Eu poderia viver sem ela, continuar fazendo a mesma


coisa. Eu sempre fiz isso desde que eu coloquei este patch. Eu
fiz isso por quase dois anos. Servindo essa irmandade da
melhor maneira que eu sabia que era tudo que importava.
Boceta ia e vinha. O patch era para sempre.

Palavras fáceis. Mais difícil de acreditar neles.

Não importa o quanto eu bebi, puxei ferro, e fodi a


prostituta mais próxima que eu poderia agarrar com mechas
douradas, eu não poderia me fazer acreditar nessa loucura.
Sally assombrava a porra da minha cabeça.

Eu precisava esquecer. Mais uma vez.

Eu disse a mim mesmo que iria dar o fora, fazê-la


desaparecer como um fantasma. Tempo suficiente poderia
fazer qualquer coisa. Então eu vi seu o rosto à noite, em meus
sonhos, seu corpo perfeito, lembrando a maneira como ela
montou meu pau e virou meus nervos ao aço, a febre me
atingiu como um viciado em falta de suas drogas.

Sim, eu cortei Sally da minha vida como um câncer. Mas


eu sofri primeiro, raiva, suor e abaixo, da mesma forma que
um viciado faz quando ele perdeu uma dose que o envia para
o céu.

Na semana seguinte, BlackJack nos ordenou a começar


nossas corridas, as últimas patrulhas na guerra sem fim
contra o cartel, que agora ameaçava nos atacar em nosso
próprio território. Prez dividiu o grupo em dois. Ele deve ter
percebido a relutância de Sally em me deixar na sua terra, ou
talvez a cadela dissesse algo sobre isso, quem diabos sabia.

Independentemente disso, o Prez estava com outros


planos para mim. Eu andava com ele, Brass, Asphalt, e um par
de prospectos para o antigo armazém, enquanto o resto da
tripulação teve o cuidado de bancar o cão de guarda na fazenda
dos Jennings.

Nós tínhamos um prêmio maior esperando por nós dentro


do local onde recebemos nossas informações. Foi um complexo
industrial pesado no passado, agora era mais como um
matadouro fantasmagórico. Tiramos a pele de mais alguns
desgraçados vivos e pavimentamos suas carcaças com
concreto aqui, e agora havia mais um porco na lista.

— Comece a falar, Alejandro. Esse é o seu nome, não é?


— Calmo e tranquilo, como sempre, Blackjack acendeu um
cigarro lentamente e tomou um longo gole olhando para o
homem do cartel amarrado à cadeira.

O filho da puta ficou lá como um bulldog. Ele era um


pouco mais velho do que a maioria dos bandidos desleixados
que costumávamos trazer, crianças magricelas jovens demais
para beber, mas com idade suficiente para matar sua fronteira
que abrangia a máfia. Aqueles idiotas imploraram por suas
vidas quando perceberam que iríamos extinguir suas curtas
vidas de pecado. Ninguém jamais conseguiu seu desejo.

O nosso novo amigo, Alejandro, apenas olhou em silêncio,


dando a Prez um olhar duro. Asphalt me lançou um olhar com
os olhos arregalados quando eu dei um passo para frente, os
punhos fechados. Estas mãos estavam com fome. Desde a
prisão, eu não conseguia me livrar do desejo irresistível de
sentir os ossos de um homem estalando, crepitando e
sangrando por baixo das juntas, e o encontro com Sally na
semana passada fez essa necessidade duas vezes mais forte.

— Não venha com besteira. Nós dois sabemos que você


está aqui para morrer, menino. — disse Blackjack, inalando o
fumo em seu rosto. — Nós estamos dando-lhe uma escolha
final, a escolha mais gentil que este mundo oferece a qualquer
um no nosso mundo. Coopere, responda a algumas perguntas,
e você vai sair deste mundo rápido e limpo. Alimente-nos com
mais besteira, e nós vamos ter certeza que você engasgue com
seus gritos antes do urso abrir a boca e arrasta-lo para o
inferno. Compreende?

Alejandro nem sequer pestanejou. Tenho que admitir, o


filho da puta tinha bolas. Blackjack sempre foi um imbecil
imponente. Ele foi um Executor natural nos velhos tempos.
Como Prez, ganhou o nosso respeito.
Vi os lábios do Prez se contorcerem com frustração. Ele
puxou a fumaça, deixou o cigarro cair no chão, e, triturando-o
no concreto com a bota.

— Quem é o rato? Nós sabemos que você tem um


embutido no meu clube. — Fazendo uma pausa, o Prez
bloqueou olhos com o prisioneiro, afogando-o em um olhar
gelado. — Você não pode salvar-se, menino, mas não é tarde
demais para salvar seus amigos. Quanto mais cedo nós
fechamos esta coisa, mais rápido vamos parar de matar uns
aos outros. Seus amigos não tem que acabar enterrados
debaixo de dez pés de concreto também. Batendo os dentes só
pode salvar algumas vidas.

Por um segundo, os olhos do cretino se iluminou. Eu


queria acreditar que ele ia falar, mas eles nunca foram tão
altruístas. O soldado médio do cartel era um egoísta, merdinha
violento. Eles não têm um código como os MC. Era tudo um
negócio para eles, e toda a sua empresa amaldiçoada estava
matando. Além disso, eu não gostava da energia acontecendo
lá, especialmente à maneira como ele olhou para o Prez como
se ele estivesse fazendo-lhe algum grande favor. Gentileza
nunca importaria a estes fodidos. Ninguém nunca estaria feliz
em ir para a sua sepultura. Eles querem gritar por uma
misericórdia que nunca vamos dar a eles, ou lutar contra nós
até o fim amargo.

Sem compromisso.
O mexicano se contorcia, fazendo barulho como se
estivesse prestes a falar. Blackjack se inclinou para baixo, com
a orelha mais perto do rosto do idiota. Porcaria, eu não penso
assim. Dei dois passos para frente, e Asphalt começou a
sacudir a cabeça, me avisando para dar o fora antes que o Prez
descobrisse que eu o estava tratando como um maldito idiota.

Ele sabe o que está fazendo, idiota! Afirmou os olhos de


Asphalt. Você está fora de linha.

O olhar de Brass foi ainda pior. Ele balbuciou algumas


palavras, e apontou para o local ao lado dele, exatamente onde
eu estava de pé antes.Eu ignorei o Vp. Só precisava de mais
alguns segundos para saber se isso ia ou não como eu
esperava.

Alejandro tossiu, murmurou algo que soou como ir para


o inferno com um forte sotaque. Em seguida, o filho da puta
pulou como um peixe saltando para pegar um inseto, pegou a
orelha do Prez, e cravou os dentes sujos nela.

Rosnando, Blackjack se manteve firme, socou o filho da


puta na cara. O menino do cartel apertava como um jacaré, e
eu tirei a minha nove milímetros em um piscar de olhos,
apontei ao seu cérebro.

— Não, filho!— Blackjack rugiu. — Não faça isso...

Muito tarde. A explosão do minha bala atravessando o


cérebro podre de Alejandro quebrou as palavras do Prez. O
bandido caiu morto em sua cadeira e o Prez puxou sua orelha
sangrando, segurando a mão ao lado de sua cabeça.

Asphalt e os prospectos nos rodearam, olhando em


descrença para a cena macabra. Prez olhou para mim,
decepção brilhando em seus olhos. Brass aproximou-se, e
antes que eu percebesse, o punho me acertou no rosto como
uma pedra pesada.

— Idiota! Nós estávamos conseguindo atingi-lo, e você


sabe disso. Não havia nenhuma razão para explodir seus
miolos. — Os lábios do VP tremeram, o rosto tão zangado que
parecia, pelo menos, dez anos mais velho. — Que porra você
estava pensando, Roman? Diga-nos!

Virei às costas, recusando-me a dizer algo. Não ajuda que


não havia uma resposta.Por que eu fiz isso? Porque meus
punhos estavam com fome, e o bosta do cartel começando a
apodrecer em sua cadeira estava desperdiçando o nosso
tempo, porra.

— Meninos, limpem este miserável pedaço de bosta e leve


para o quintal de ossos lá trás. Certifique-se de que ele seja
enterrado, VP. Roman, você está comigo.

Eu estraguei tudo. Não era como se eu não soubesse. Mas


o Prez estava cometendo um grande erro se ele pensava me dar
uma longa palestra. Sim, eu deixei minha sede de sangue falar,
mas eu salvei sua orelha também. O idiota do punk nunca
teria quebrado, não depois de doze horas de tortura. Eu vi o
seu tipo demasiadas vezes para contar. Nós poderíamos ter
cortado aquele filho da puta, pedaço por pedaço, e ele ainda
iria cuspir na nossa cara, talvez tentar tirar o nariz de alguém
fora também, se não arrancasse os dentes em primeiro lugar.

Assim que chegamos lá atrás, o Prez jogou todo o seu peso


em mim. Eu bati na parede. Ele seria sempre menor e mais
velho que eu, mas ele era um idiota quando queria ser, e
nenhum homem neste clube já superou o Prez fisicamente.

— Que porra está acontecendo com você? Você poderia


ter guardado suas balas para outro dia, e você sabe disso.
Estou desapontado, filho. Esses informantes idiotas não
crescem como ameixas. Você só destruiu a nossa melhor
oportunidade este mês de encontrar os vermes escondidos em
nossa própria casa.

Sua voz me bateu em um sussurro áspero. Irado, intenso,


e decepcionado. Apenas o último realmente me atingiu. Fiquei
tenso, o mais reto que pude, e abaixei meus punhos.

— Ele teve sua orelha, Prez. Eu precisei intervir. Você sabe que
meu trabalho é manter a ordem, dentro do clube e fora. Eu
tenho que protegê-lo, mesmo quando você acha que pode se
proteger.

— Seu trabalho é manter este clube seguro. Se isso


significa tirar os irmãos das gargantas uns dos outros, ou
encontrar os traidores que gostariam de colocar um punhal
nas nossas costas, você sabe o seu dever. Você sabe muito
bem, eu não preciso lembrá-lo. Assim como eu não preciso
dizer-lhe que eu sei como proteger meu próprio corpo, ele
nunca teria rasgado a minha orelha. Alguém o teria espancado
primeiro se você não tivesse disparado a pistola. — Blackjack
relaxou seu aperto de morte no meu colete, virou-se, e voltou
depois de um minuto pensando. — Eu pensei que mantê-lo
longe da fazenda Jennings faria bem a todos. Claramente, eu
estou enganado.

Minhas entranhas se apertaram.

— O que? Que porra Prez. Essa conversa não é sobre ela.


Aquele filho da puta que eu explodi teria nos enrolado por
horas. Ele não era como os outros meninos tensos que choram
porque não tem nada valioso para nos dizer. Eu vi o seu tipo
antes. Ele deixou-nos destruir antes que ele nos dissesse algo.

— Talvez. — disse Blackjack, estreitando os olhos — Ou


talvez nós tivéssemos conseguido deixá-lo tão delirante que ele
cantaria como uma sinistra estrela do rock. Matá-lo não era a
sua decisão, filho. A menos que ele tivesse uma arma na
cabeça de um dos irmãos, a decisão era minha, e só minha.
Você passou por cima da cadeia de comando.

Baixei os olhos. Droga. Não havia nada a dizer sobre isso,


pois era verdade.

— Eu quero que você olhe para mim e admita que você


está tendo problemas para lidar com sua antiga paixão. Porque
se não for ela estragando o seu crânio, poderemos ter um
problema maior. Nenhum homem que está bêbado ou viciado
em alguma droga merece ser meu Executor. E se não é ela
lutando seu cérebro, eu vou assumir que é algo pior.
— Não é isso. Eu nunca toquei essa droga, e eu bebo
metade do que os outros do clube em uma boa noite. Eu não
sou um maldito viciado, Prez.

Blackjack assentiu, mas não tirava os olhos de mim. O


filho da puta queria que eu dissesse o resto. Admitir que ela
me torcesse em nós, enviou-me a uma fúria de foda e bebedeira
e explosões de temperamento como essa.Eu recusei. Cortaria
minha língua fora antes de admitir o quão ruim Sally me
arrebentou.

— OK. Nós dois sabemos o que acontece a partir daqui.—


Sem desviar o olhar, ele deu um passo para trás, enfiando a
mão no bolso para um fumo fresco. — Arrume sua bagunça e
coloque sua cabeça fora do lugar de Jennings. Você tem visitas
com Rabid e deve supervisionar o pequeno grupo lá fora, em
patrulha.

Caralho! Eu não sei se ele acabou de perceber o meu pior


medo ou me concedeu algum fodido desejo secreto que não iria
sair da minha cabeça.

Balancei os ombros, com uma máscara de indiferença.

— Uma ordem é uma ordem. Eu estarei lá. Ponha-me onde


quiser e eu vou te fazer feliz, Prez. Só não me trate como se
você estivesse tentando me salvar do seu destino. Não, não é
bem assim. Eu não estou voltando com ela. A mulher odeia
minhas malditas entranhas, e o sentimento é mútuo.
Não, não exatamente. Mas eu não vou admitir, apesar de
tudo.

Seu rosto escureceu, e ele me deu um olhar severo,


arrancando o cigarro de sua boca.

— Você está voando muito perto do sol, e você vai se queimar


se você não parar de falar. É claro que é diferente. Eu posso
controlar meu maldito negócio, e você não consegue. Sua
pequena paixão é o que está ameaçando a integridade do clube
no momento. Você é o único que está aqui e que tem que provar
que você pode se controlar, resolva suas próprias colisões,
filho.

— Você acha que isso vai realmente melhorar? Lutando


como dois animais com raiva?

— Você vai chegar a um acordo, de uma forma ou de


outra. Honestamente, eu não dou a mínima para o que você
disse a ela, desde que você dá a sua menina distância, quando
ela quiser. Você está lá para proteger a propriedade e cavar
buracos na estrutura do cartel. Não finja que há mais aqui do
que realmente existe. E se você começar implicar que estou
movendo você como um peão para suavizar meu próprio
passado, eu vou bater em sua bunda. Isso é uma promessa.

Esse era o problema real, não era? O Prez e eu nos


conhecemos muito bem. Eu tive um vislumbre de sua vida
como nenhum outro irmão antes de eu ir para a cadeia.
Pena que ele teve a mão superior neste momento,
enviando-me para o campo, para deixar minhas bolas azuis. E
cutucar sua bunda sobre a garota que ele perdeu uma década
atrás não mudaria nada.

Distância? Distância do caralho? Eu daria a ela. Eu


precisava disso, ou então eu bateria minha moto em seu
celeiro. Vê-la era perigoso pior do que quando ela veio para o
clube.

Eu sabia no segundo que eu a visse, começaria a lembrar


o quão bom era segurar seus cabelos suaves, como eu sentia
seus peitos na minha boca, como apertada era sua vagina se
apertando em torno de meu pau cada vez que eu descarregava
nela...

Caralho. Seu corpo fez uma magia negra e assustadora


para mim. Olhando seus peitos e bunda fez mais do que
apenas agitar a luxúria em mim. O corpo de Sally me fez tão
bêbado que doía não transar com ela, e aquela dor cega e
devassa fazia um homem cometer erros. Nós estamos em uma
situação em que cada pequena falha também era fatal.

Eu não conseguia pensar direito. Eu não poderia pensar


em seus lábios, sua bunda, sua boceta. Precisava apenas me
curvar e fazer o meu maldito trabalho, ignorando o que
tivemos, cego para tudo que eu ainda queria fazer com ela.
Não que eu esperava conseguir fingir muito tempo. Porcaria,
eu ansiava por ela envolta em torno de mim como um maldito
louco, mas eu nunca a teria novamente.
Eu poderia perdoar o formato de ampulheta quente dela,
mas não havia nenhuma maneira nos céus que eu ia esquecer
sobre a mulher por trás dele. Ela cuspiu no meu maldito rosto
em câmera lenta por dois anos enquanto eu apodrecia na
cadeia, e então tentou valsar de volta à minha vida como se
nada tivesse acontecido.

Nenhuma garota fez algo contra mim e teve uma segunda


chance. Ninguém, mesmo que ela me fez levantar e gozar como
um touro.

Eu a observava através da parede da espessa geleira entre


nós, mas eu não perdoaria . Eu colocaria meu pau em cada
prostituta sem nome na Califórnia antes de perdoar Sally e
levá-la para a cama novamente, e nada neste mundo ia mudar
isso. Algumas velhas paixões são destinadas a ser apagadas
para sempre.

Eu não a vi durante os primeiros dois dias. Não


diretamente, de qualquer maneira. Fiz questão de enviar Beam
e Stryker perto da fazenda. Eles falaram quando ela estava
fora, ou então com o seu primo burro teimoso, Norm.

Porra, se eu não olhasse quando ela estava movendo os


lábios, de pé, com os meus meninos. Olhei através dos campos
como se os meus olhos fossem binóculos, seguindo sua
silhueta bem torneada pelos campos quando o sol passou pelo
céu.

Para uma menina de fazenda ocupada, ela com certeza


fez uma série de viagens para dentro daquela casa, às vezes
por horas antes de sair e voltar a trabalhar. Seja como for, não
era da minha conta.

Nós encontramos mais um par de buracos em torno de


sua propriedade, e uma ainda maior além fora da propriedade,
atrás uma vala de drenagem.

Nós o encontramos no terceiro dia, assim como o sol


brilhante de setembro estava fluindo baixo no céu. A porra da
coisa estava tão escura que eu não conseguia ver nada sem
uma lanterna e me abaixando.

Stryker teve que me trazer uma escada para entrar nele.


Previsivelmente, os mexicanos não deixaram nada lá em baixo,
exceto prateleiras vazias e algumas embalagens perdidas. Eu
escolhi uma e segurei sob a luz, procurando por marcas
familiares, números de série, qualquer coisa que possa me
dizer o que diabos estava aqui embaixo.

Kevlar . Eu vi a palavra familiar e acenei para mim


mesmo.

Fazia sentido. Este lugar poderia facilmente guardar um


pequeno arsenal de uma só vez, incluindo coletes à prova de
bala.

Única pergunta era saber se os cretinos se foram. Esta foi


a apenas uma área de preparação para um ataque, um que
ainda estava por vir? Ou estávamos olhando para as ruínas de
um império que já abandonaram?
Esse contrabando pode fazer maravilhas em um ataque.
Nada era mais fácil do que trazer os homens ao longo da
fronteira, e depois dirigir o longo curso para NorCal.

Se eles tivessem outra rota para suas armas, ou talvez os


trouxessem de fornecedores já nos Estados Unidos, eles têm
tudo que precisam para financiar uma equipe para nos atingir
onde dói.

Caralho. Eu pensei sobre os ratos dentro do clube. Quem


diabos eram eles, estariam alimentando eles com informações
o tempo todo, orientando suas balas e bombas em linha reta
em direção ao nosso clube com precisão cirúrgica.

Para essa porcaria só havia uma solução, precisávamos


fazer nosso movimento. Com raiva, eu enfiei a etiqueta do
colete no bolso e subi a escada.

Stryker franziu a testa, logo que eu disse a ele o que eu


encontrei.

— Porra. O Prez precisa obter mais caras aqui fora. E se


não houver mais? Não podemos vigiar todos esses campos nós
mesmos. Há muitos acres aqui fora. Você tem alguma idéia de
quão grande e remota torna-se esta propriedade?

— Sim, mas você está se adiantando. Temos que


conversar com os donos primeiro. Estamos lidando com civis,
e o Prez não vai arriscar entrar no campo para uma inspeção
mais minuciosa.
— Porra, você está brincando? Poderia haver muito mais
aqui fora, irmão! Essa está vazia, mas e se houver uma porra
de um arsenal a meio campo de distância?

Dei-lhe um olhar duro, até que ele quebrou o contato


visual. Stryker parecia um filhote de cachorro faminto, claro,
mas isso não significava que ele escaparia desrespeitando os
cães que estavam aqui há anos.

— Ligue para Blackjack. Vou falar com Sally ou Norm eu


mesmo .

Seus olhos se arregalaram.

— Você tem certeza, Roman? A menina pode ser menos


cooperativa se você...

Desta vez, os meus olhos se voltaram para sua bunda


mais rápido do que a porra de uma Medusa. Eu atirei-lhe um
olhar tão sujo que ele parou de falar. Stryker resmungou,
virou-se e começou a dirigir-se à sua motocicleta para ligar.

Peguei minha moto e andava pela estrada em direção ao


centro da fazenda, onde estava toda a família.

Era uma noite clara, e as altas estrelas prateadas


estavam saindo. Penduradas como estilhaços no céu,
lembrando-me um movimento errado com Sally poderia rasgar
meu mundo fragmentos ainda menores.

Porra. Parte de mim esperava que eu fosse falar com


Norm, e a outra metade esperava ver Sally. Porcaria iria vê-la?
Não, isso era uma mentira. Essa parte de mim esperava
agarrá-la, batê-la contra a parede mais próxima, e fazê-la pedir
desculpas para o monte de merda que ela jogou em mim na
sede do clube. Então eu torceria seu pescoço até seus lábios
estivessem abertos, pronto para ser sugado, para brincar, e
morder. Eu queria roubar cada molécula de oxigênio dos seus
pulmões, deixá-la me degustando durante a próxima semana.

Grande surpresa, meu pau já latejava no tempo que eu


parei e desliguei o motor. Eu puxei minha calça jeans e me
dirigi para a porta, esperando que a madeira entre as minhas
pernas descesse.

Outros motociclistas estavam lá na frente da casa.


OldSouthpaw ficou perto de seu jardim no monte, fumando.
Ele me viu, acenou com a cabeça, e voltou a olhar através dos
campos.

Eu vi ele lutar algumas vezes. Ele era mais ou menos da


idade do Blackjack, e muito menos ágil, mas ele sobreviveu à
vida do clube tempo suficiente para saber alguns truques
desagradáveis. Ele seria útil se os parasitas do cartel fossem
estúpidos o suficiente para mostrar seus rostos.

Subindo a pequena escada de cimento, vi a luz acesa na


cozinha através da tela, e bati nela com os punhos. Nenhuma
resposta depois de vinte segundos, então eu bati novamente.

Nada.
— Sally? Norm? Venha para fora. Temos que falar! — Eu
coloquei minhas mãos sobre minha boca e gritei a última
parte.

Ainda nenhum movimento. Felizmente, a tela não estava


trancada, mas essa merda não teria me parado quando eu
arranquei-a aberta.

Ela bateu fechando atrás de mim, e eu marchei para


dentro da casa, uma mão no coldre perto do meu quadril. Os
mexicanos eram sorrateiros, e eu duvidava que fosse capaz de
manter nossas patrulhas despercebidas, mas as coisas mais
feias aconteceram neste negócio antes.

Caralho, estava tranqüilo na casa da fazenda.


Demasiadamente tranqüilo. Onde diabos estava Beam? E
Sally?

Algo se moveu fora da janela nos campos pelo canto do


meu olho. Eu me virei e vi Norm com seu cabelo sal e pimenta
se movendo perto do jardim, enrolando-se numa mangueira.

Um contabilizado. Mais dois desaparecidos.

A cozinha aberta em era um grande espaço, e no início


parecia tão vazio como todo o resto. Virei-me para ir até a
escada velha e frágil, antes de ouvir o riso vindo do canto ao
lado dele.

Ouvi um som molhado, reconheci instantaneamente.


Encontrar um idiota do cartel com o punhal na garganta de
minha menina só teria me atingido um pouco mais. Minha
menina? Porra, não, ela não era. Não com os lábios sobre outro
irmão.

Ainda assim, isso não significa que eu ia dar os ombros e


ir embora o segundo eu vi Beam segurando-a contra a parede,
seu cabelo punk caindo quando ele moveu os lábios contra os
dela.

Os olhos de Sally eram enormes, e eles se transformaram


em grandes luas azuis no segundo que ela me viu. Nossos
olhos travados. Raiva e vapor através de cada gota de sangue
em minhas veias. Ela não tirava os olhos de mim por um
segundo, aprofundando o beijo, de repente ajustando seus
quadris nos dele.

De jeito nenhum. Não por essa má direção. Ela não está


me provocando assim e dando o fora com isso.

— Saia daqui idiota.

— Vá se foder!

Tudo aconteceu em um borrão.

Eu me movi rápido, tudo no piloto automático, que mal


percebi o que minhas mãos estavam fazendo antes de agarrar
a garganta de Beam, torcê-lo e jogá-lo contra a porra da
escada. Ele bateu no corrimão com um estalo doente, mais ou
menos na hora em que Sally gritou.
Beam rugiu, chutou, e torceu no chão, saltando de volta
em seus pés. Ok, então o golpe não quebrou sua espinha. Por
que diabos isso me decepcionou tanto?

— Que porra você está fazendo!? — Ambos gritaram


simultaneamente, como se ficar quente e excitado tivesse
ligado as suas mentes ou algo assim.

Eu ignorei e comecei a ir para cima dele. Rosnando, ele


tomou um golpe previsível quando eu estava cerca de um pé
de distância. Eu peguei seu pulso e torci com facilidade,
dobrando-o para trás como vidro.

— Você está aqui para fazer um trabalho, imbecil. Não


fazer uma jogada sobre a mulher que possui este lugar. Você
pisa longe daqui agora, talvez eu não tenha que quebrar o seu
pulso bom para pilotagem.

— Caralho, Roman. — Beam rosnou, dor estreitando os


olhos. — O que você quer? Você não é o Prez. Você não tem o
direito!

— Tanto faz. Continue falando, imbecil. Vou deixá-lo


explicar a sua pata quebrada para Blackjack .

Eu não estava falando sério. Quebrar o pulso de um


irmão me deixaria em uma situação ruim.

Mas eu abaixei a mão, fazendo-o dobrar-se de raiva e


mágoa, tudo isso enquanto Sally finalmente chegou a mim,
batendo nas minhas costas e gritando incoerentemente.
— Porra Roman, o deixe ir! Este não é o seu negócio! É
minha casa!

Se fosse tão fácil ignorá-la o resto do tempo. Eu não deixei


o aperto da morte em seu pulso até que os joelhos bateu no
chão, e ele se tornou uma bagunça tagarela, me implorando
para deixar ir.

— Última oportunidade, irmão. — Essa última palavra


pingava sarcasmo todo o maldito lugar. — Você vai ser um bom
menino e se comportar, ou tenho de obter papai envolvido?

Mais um puxão no pulso. Beam gemeu, então forçou seus


olhos abertos, olhando para mim com o ódio batido que eu vi
em homens quando eu precisei lembrar-lhes quem é o idiota
mais forte na sala.

— Solte. Por favor. Vou embora.

Era tudo o que eu precisava ouvir. Minhas mãos se


soltaram e eu pisei para trás. Demorou alguns segundos para
ele se recompor e se levantar novamente. Virando-me,
finalmente olhei para Sally e ela balançou a cabeça, as
lágrimas brilhando em seus lindos olhos.

Foi difícil pra caralho não ir atrás de Beam. Cristo, quanto


tempo eles estavam nisso? Será que ele sentiu seus seios? Sua
boceta molhada quente? Tudo que me fazia perder a cabeça
durante anos? Tudo o que eu queria chupar e possuir e foder,
mesmo depois que ela cuspiu na minha cara várias vezes?
— Sally...— Ela olhou para longe quando cheguei até ela,
virando a cabeça para esconder as lágrimas. — Você tem que
falar comigo, querida. Eu vim aqui a negócios. É verdade. Ver
meu garoto fodendo por aí não fazia parte do plano.

— Seu plano não domina a minha vida!— Ela retrucou.


— Nós devemos terminar, Roman. Eu sabia que deveria ter
levado isso para o andar de cima...

— Não, você nunca deveria ter beijado esse imbecil. Você


não sabe como ele é na sede do clube. O nosso novo irmão
passa por uma nova vadia cada semana, e você estava prestes
a ser seu brinquedo mais recente. — Minha vez de balançar a
cabeça.— Droga, Sally. Nós dois sabemos que você é melhor do
que uma foda casual.

— Eu sou? — Seus olhos azuis cortaram através de mim,


feixes de laser com ódio. — Casual é tudo o que éramos, não é
verdade? Nós cometemos nossos erros e destruímos o que
tínhamos. Estou seguindo em frente e você não tem nada a
dizer. Além disso, você quer falar sobre o pobre Beam ficando
casual? Vamos falar sobre o que eu vi você fazendo no clube,
Roman. Você é o único que saiu nu, essa puta pendurada em
seu braço, gritando-me para alguma porcaria que eu nunca
sequer fiz!

— Você pode manter sua merda, querida. — Porra, ela


não entendeu. — Isso tudo é negócios do clube. É por isso que
estou aqui. Não é sobre nós. Eu não vou deixar você montar o
pau de Beam, e isso não tem nada a ver com a nossa história
antiga.

— Não? Então por que entrou aqui e olhou para mim


como se estivesse tão cheio de ciúmes,que você dificilmente
pode suportar isso? Eu vi o jeito que você foi atrás dele, Roman.
Isso não é negócio, nem mesmo negócios do clube.

Porra, ela estava brincando com fogo. Meus punhos


queimando, me implorando para agarrá-la, jogá-la contra a
parede, e fechar seus lábios quentes com os meus. Eu
mostraria a ela o que um verdadeiro homem poderia fazer com
os lábios, deixar essa coisinha à toa com o corte de cabelo
pateta com vergonha. Lembrá-la o quanto melhor eu sou, em
todos os sentidos, e sempre seria.

— Seja o que for querida. Você deixa o esquema de


proteção para mim e continue a alimentar os seus cavalos.
Meu trabalho é manter tudo sob controle, e se isso está fazendo
você ouvir o bom senso, ou puxando meu irmão com tesão
longe de você, eu vou fazê-lo. Eu realmente não dou a mínima
para o que diabos você pensa, e eu não preciso de sua
permissão.

Uma risada aguda e irritada explodiu em sua garganta.

— Finalmente! Já é hora... obrigado por dizer tudo o que


descobrimos há semanas, provavelmente mais. O que diabos é
tão importante que você teve que entrar nesta casa de qualquer
maneira? Você sabe que não deveria estar aqui.
Ela acertou. Tecnicamente, nenhum dos irmãos deveria
entrar, a menos que houvesse uma boa razão. Beam de fala
doce procurando seu rumo entre as pernas dela não contava,
e nem me fez impedir que isso acontecesse.

Que pena. Ignorando-a, eu agarrei-a pela mão e a levei


para o sofá mais próximo. Ela se contorceu todo o tempo. Não
importava. Eu tive que sentá-la, fazê-la entender como a
funesta coisa era realmente séria, agora que o rancho da
família se tornou um covil de víboras.

— Deus, você é detestável. — ela sussurrou, afastando a


mão dela quando eu finalmente deixei. — Eu não posso
acreditar que eu já gostei de você.

Eu nem sequer me mexi. Olhei para ela, ignorando o


desejo de olhar para os seus enormes seios memoráveis
cutucando seu top. Ela não ia arrancar meu coração para fora,
nem amarrar minha língua.

— Baby, se você dá a mínima para seus parentes,


gentilmente cale a boca. Ouça. — Suas bochechas ficaram
mais vermelhas, mas ela não disse mais uma palavra. — Hoje
cedo, Stryker e eu encontramos mais buracos. Essa coisa que
você e seu primo tropeçaram semana passada não é apenas
um esconderijo. Eles estão usando toda esta área como uma
plataforma para as transferências. Provavelmente algo que vai
tentar escaldar meu clube.

A raiva que revestia o rosto derreteu.


— Jesus. Área de preparação... do que você está falando?

— Eu estou falando sobre arsenais, contrabando, coisa


tão grande como um contêiner de transporte. Bombas, armas,
coletes à prova de balas, vários metros. Tudo subterrâneo,
escondido atrás em seus campos, e provavelmente muitos
mais por aqui. Eles fizeram isso antes. No ano passado, em LA,
eles tomaram casas abandonadas e movimentaram sua merda
na frente de seus homens. Eles derrubaram oitenta por cento
dos Grizzlies, e começaram a empurrar sua merda nas ruas
antes que o sangue do último irmão secasse. Eles são
sorrateiros, mas fazem isso sem problemas.

Sally passou a mão pelo seu cabelo dourado, e notei o


tremor instável em seus dedos. O medo penetrou em seus
olhos. Pela primeira vez desde que invadi a casa, o meu coração
ficou mais pesado no peito.

— Explique pra mim, então. — ela disse com tristeza. —


O que isso significa para a minha fazenda?

— Não é seguro. Nós vamos reforçar nossas patrulhas,


mas você e seu primo estão ambos sentados sobre uma
bomba-relógio. — Ela abriu a boca para protestar, e eu ergui
um dedo. — Não haja como se fosse de costume. Não é. Com a
atividade acontecendo bem debaixo dos seus narizes, você está
com sorte de não ter colidido com os idiotas do cartel nesses
campos. Poderiam ter te matado qualquer dia, e eles ainda
podem, desde que ambos estão aqui.
— Eu não entendi. Não podemos sair agora. É colheita.
Tendo vocês aqui para que pudéssemos continuar foi o ponto
principal.

Apertando os dentes, eu tentei puxar para trás, tentei


incondicionalmente não deixar o rosnado rastejar em minha
voz. Total falha do caralho.

— Baby, quando você se reuniu com Blackjack, você


entregou a segurança para nós. Isso significa proteger vocês, e
não apenas o rancho. Eu estou lhe dizendo para dar o fora, e
é a mesma coisa que eu te diria se eu te visse caminhando na
direção de um carro em chamas. O cartel não ignora os civis
como os MCs especialmente quando eles estão fora aqui em
lugar nenhum. Se você ou Norm se depararem com eles,
estarão mortos. Simples assim.

Nós dois dividimos um longo olhar. Finalmente, seus


olhos brilharam, a negação iluminando seus olhos azuis.

— Eu vou falar com Norm.— Eu esperei que ela


terminasse, mas nada mais veio.

Ok, agora que ela estava me irritando.

— A menos que você vá fazer um trabalho melhor para


convencê-lo a ficar fora de seu trator e pegar a estrada, não se
incomode. Nós vamos lidar com isso. É por isso que nos trouxe.
Eu não vou deixar esses filhos da puta te machucarem.

— Roman... — Ela parou e apertou os lábios, enrolando-


se como um gerador prestes a explodir. — Não me faça trazer
Blackjack nisso. Ele nos daria mais tempo para conversar, ou
talvez nos ajudasse a descobrir um jeito de ficar. Você não
entende. Este é o nosso sustento. Se nos afastarmos agora,
estaremos perdendo todo nosso lucro. Isto é, quando o nosso
trabalho gera um lucro para que possamos pagar nossas
contas, em vez de apenas afundar dinheiro para a fazenda.

— O Prez disse que nós somos poucos, não disse? Droga,


mesmo se intensificarmos nossas patrulhas, teríamos sorte de
proteger sua casa, e isso duraria apenas algumas horas. Não
podemos deixar metade da tripulação passeando por aqui
todos os dias. E se o cartel vier a procura de sangue, você será
pega no meio. Você não está colocando sua cabeça a prêmio.

Suas mãos se moveram rapidamente. Antes que eu


percebesse o que diabos ela estava fazendo, ela estava com o
telefone em suas mãos, com raiva tocando na tela, rolando
através de seus contatos.

Cristo. Ela falou sério sobre chamar o Prez.

— Desligue essa droga, querida. Não vou falar de novo.

Eu quis dizer cada palavra do caralho. Eu comecei a me


perder no segundo que puxei Beam de cima dela, mas eu tentei
me manter diplomático. Essa porcaria iria acabar se os dedos
não pararem de se mover.

— Porra, Sally. — Me mexi no sofá, puxando-a para o meu


colo, enquanto ela lutava para manter o telefone longe de mim.
A mulher era surpreendentemente ágil. Era fácil esquecer
quando fodemos um milhão de anos atrás, mas este jogo me
fez lembrar o que ela poderia fazer.

Droga, de repente, estávamos mais perto do que já


estivemos desde a última noite, há dois anos, quando estava
batendo dentro dela, fazendo-a gritar meu nome quando eu
esvaziei minhas bolas dentro dela, marcando-a como o minha.
Ela afundou seus dentes em minha garganta quando ela
gozou. Eu adorei.

— Pare, pare! — Conseguir vantagem não demorou muito.

Mais um puxão, e o telefone estava em minhas mãos.


Enfiei-o no bolso, tentando não quebrar a tela, relutantemente
me soltando de seus braços e pernas.

— Cretino! — Ela cuspiu, acertando o pé no meu peito.

Eu desviei na hora certa, ela errou e chutou a mesa em


vez disso, com força suficiente para enviar a lâmpada ao chão.

A merda bateu forte, explodindo em mil pedaços.


Levantei-me, examinei os danos, e soltei um assobio.

— Você tem a porra de um temperamento, querida. Eu


não culpo você por estar chateada, mas você tem que parar de
lutar contra mim. É ruim para a sua pressão arterial.

O olhar dela era fulminante. Eu me perguntava onde


diabos estava a minha loira de olhos azuis. Algum demônio a
substituiu, e ela voaria como um foguete e arrancaria meus
malditos olhos se eu não suavizasse.

Nossos ouvidos ainda abalados com o barulho da quebra


de vidro da lâmpada deve ter sido a única coisa segurando-a.
Ainda havia um som alto e áspero, tão intenso que eu precisava
de alguns segundos para perceber que não era apenas vidro
quebrado roncando no meu tímpano.

Algo lá em cima. Algo chorando.

Um bebê. Pela segunda vez desde que entrei na casa, meu


queixo quase caiu no chão.

— Que porra é essa? Você tem um filho aqui, querida?

A derrota no olhar de Sally desapareceu em um piscar de


olhos. Seus olhos ficaram enormes como pires, como se
brotasse uma segunda cabeça no meu ombro.

Virei-me para a escada, assim que ela começou a


balbuciar.

— Roman, espere... você não pode ir lá em cima.

Não posso? Quem diabos ela pensa que está enganando?

Eu precisava descobrir o que diabos ela estava


escondendo. Cem anos de tábuas velhas rangiam sob minhas
botas enquanto eu atravessava a curta distância até as
escadas, em seguida, pulei esses filhos da puta dois de cada
vez.
Ela não conseguiu me alcançar a tempo, estava gritando
e chorando atrás de mim. Meu coração acelerou, latejante puro
veneno em minhas veias. Eu não poderia imaginar o que
diabos a deixou tão chateada.

Na verdade, eu imaginei, mas não podia acreditar. De


maneira nenhuma. Deus não seria tão cruel, nem mesmo para
um motociclista cretino como eu.

No andar de cima, empurrei a porta bem aberta e entrei.


Havia um berço, um grito, e então um rosto familiar que eu já
vi no velho álbum de fotos de minha mãe. Ver o garoto era
como olhar para uma velha fotografia.

Santo Deus!

Meu coração foi embora, não estava nem no mesmo


universo. Eu estendi o braço e bati o punho no meu peito para
reiniciá-lo, evitando morrer de choque antes de conhecer meu
filho.

Sally estava bem atrás de mim, hiperventilando em meio


às lágrimas, em pânico com todo esse tormento. E sim, ela
porra deveria estar.

Eu já decidi o que fazer com a cadela que me fechou fora


da sua vida. Mas, primeiro, havia algo mais importante para
cuidar.
CAPÍTULO 5

Sally: Furioso

Meu mundo inteiro acabou no instante em que eu me


forcei a subir e o vi de pé sobre o berço de Caleb. Eu não sabia
ao certo onde diabos eu estava, mas definitivamente não era o
mesmo planeta que eu estava há dez segundos.

Eu poderia lidar com isso. Eu poderia lidar com o cartel


e o clube, ter a porcaria de Roman e arremessar de volta para
ele, agindo como uma menina de fazenda. Eu poderia até
aceitar a direção mais irritante que ele tomou ao invadir minha
vida e assumir o controle, me envergonhando, meter o nariz
onde não pertence.

Mas vendo essa estranha e nova realidade se levantando


na minha frente... como eu poderia começar a entendê-la,
muito menos lidar com isso?

Ele sabia. Meu segredo mais bem guardado, revelado,


revelado em um piscar de olho por estilhaços de vidro e um
bebê faminto rudemente despertado de sua sesta.

Tudo arruinado por um beijo equivocado.


Eu sabia que não deveria ter deixado Beam chegar tão
perto. Eu não deveria ter convidado ele para entrar. E não há
maneira nenhuma que eu deveria ter o deixado colocar o copo
na mesa, me levar para o outro quarto, empurrar-me contra a
parede e beijar os meus lábios.

Agora o karma estava vindo para me cobrar, e era uma


cadela tão má que ela iria me segurar, me fazer lamber seu
sabor amargo.

— Merda. — Pelas palavras duras que saem da boca de


Roman não parecia zangado.

Elas soaram... atordoadas. Em um segundo, ele estava ao


lado do berço como se tivesse encontrado um bilhete de loteria
premiado no seu interior. Tudo debaixo da minha cintura ficou
dormente, medo de me mover, angústia se instalando quando
suas mãos enormes alcançaram dentro do berço e pegou o meu
filho.

O filho dele.

— Porra, você é meu! — ele rosnou, mantendo as costas


para mim o tempo todo. — Meu. Meu filho...

Lágrimas jorravam dos meus olhos. Algo sobre ver o


grande idiota do clube cair aos pedaços no segundo em que ele
segurou o garoto me eviscerou.

Roman era um cretino. Um idiota irresponsável. Um


homem que não poderia manter suas calças fechadas nem por
um milhão de dólares.
Mas ele também era um pai. E eu lhe roubei mais de um
ano.

Lentamente, dolorosamente, voltei a sentir os dedos dos


pés. Eu me forcei a me mover através do que parecia concreto,
avançando em direção a ele. Se ao menos eu pudesse formar
palavras do deserto que a minha boca se tornou.

Porque Caleb não estava chorando? Meu menino era


geralmente irritadiço depois que ele acordava, mas não agora.
Ninguém, exceto eu e as babás normalmente o seguravam. Ele
sempre se contorcia quando o primo Norm o pegava.

O bebê balbuciou, estalou os lábios, e colocou a cabeça


contra a palma da mão de Roman.

Nada fazia sentido. Ele chorava com quase todos, exceto


eu, com todos. Todos, exceto para esta montanha cruel de
homem balançando o minúsculo corpo de Caleb em seus
braços enormes.

— Roman. — eu falei, chamando-o quando eu estava a


menos de um pé de distância. — Por favor, coloque-o no berço.
Vamos descer, conversar sobre isso. Eu vou explicar...

— Explicar o quê?

Merda. O barulho em sua garganta era como um vulcão


prestes a explodir. Lentamente, ele se virou para mim,
embalando Caleb mais apertado contra o peito.
— Eu não estou interessado em uma amaldiçoada coisa
que você tem a dizer. Você perdeu o direito de me dizer algo no
segundo que decidiu manter o meu próprio filho em segredo.

Porra. Eu não conseguia segurar as lágrimas mais. Elas


derramaram pelo meu rosto. Aparentemente para nada,
porque o rosto de Roman não amoleceu nem um pouco.

Seus olhos cor de mel, as mesmas belas gemas cor de


avelã, mostravam desgosto total. Ódio. Perguntei-me onde
encontrar o buraco mais próximo do cartel para que eu
pudesse rastejar para ele e morrer.

— Roman!— O medo fez minha voz falhar. — Não faça


isso. Por favor, seja o que for que você precisa dizer para mim,
basta colocar o bebê para baixo. Eu não quero vê-lo
perturbado.

— Chateado?— Seus lábios puxados para cima em um


sorriso selvagem. — Eu nunca vou perturbar esse incrível
pequeno bastardo a menos que haja uma bendita boa razão.
Droga, o que estou dizendo? O menino não é um bastardo
mais. Seu pai está aqui, e tenho certeza da porra vou acertar
as coisas. Eu diria que é motivo de celebração, e quanto a você?

Eu não precisei me esforçar para detectar o veneno em


sua voz. Oh Deus. Eu teria a sorte de ver Caleb ou qualquer
outra coisa novamente.

Com o jeito que ele estava me olhando, eu teria realmente


a sorte de acabar em um buraco qualquer, e não apenas uma
vala remota onde ninguém jamais iria encontrar o meu corpo.
Meu coração pulou a cada batida, e eu pisei para trás,
balançando a cabeça, colocando minhas mãos atrás de mim,
contra a parede para firmar meus joelhos que estavam
falhando.

—Eu sinto muito, porra, Roman. Você tem que acreditar


em mim! Eu nunca quis te machucar. Eu nunca quis afastá-
lo para sempre. Eu não sabia se você ia sair vivo, ou pelo que
você foi embora. Eu só...

— Cale-se.

Meus lábios se fecharam. Roman deu um passo adiante,


suavemente acariciando a testa de seu filho. O toque suave,
paternal contrastou maliciosamente com seu olhar assassino,
me devorando peça por peça.

Com essas palavras, ele me transformou em pedra.


Levantei-me e assisti, tentando me lembrar de respirar,
quando Roman passava. Dirigiu-se para o meu quarto.

Que porra é essa? Caleb!

Eu não acreditava que ele iria machucar o bebê,


especialmente depois que ele apenas se emocionou com seu
filho. Mas o barulho começando na outra sala me assustou
muito.

— Ei! O que você está fazendo? — Eu assisti incrédula,


enquanto suas mãos enormes abriram meu armário, rasgando
as roupas fora dos cabides. Jesus. Imaginei-o construindo
uma enorme fogueira com as minhas coisas, arrasando toda a
fazenda para o chão.

Eu não era cega à natureza de um motociclista bandido.


Eles se tornaram bárbaros sanguinários sob as circunstâncias
corretas. E sim, manter seu filho de um ano de idade em
segredo só poderia causar um assassinato, destruir e queimar
seu interruptor.

— Pare! — Eu gritei, ficando na sua frente, quando as


roupas começaram a voar atrás dele. Caleb gemia em seus
braços, e ele me empurrou. — Você não pode fazer isso, porra,
Roman. Devolva-me Caleb. Basta me dar o meu bebê e me diga
o que você vai fazer conosco.

— Ele está vindo comigo, baby e você também.—


Rosnando, ele empurrou o bebê de volta em meus braços.

Lágrimas encheram meus olhos enquanto eu o abracei,


sentindo sua suavidade, rezando para que não fosse à última
vez. Eu precisava sair. Eu precisava sair, enquanto ainda
podia.

Oh, exceto que Roman bloqueou a porta, chutando-a


fechada. Ele ficou parado como uma sentinela, os braços
cruzados. Ele esperou que eu fizesse algo, o que lhe daria outra
chance para arrancar o nosso filho dos meus braços.

— Se você se comportar, eu vou deixar você continuar


segurando ele. Eu vou te dizer exatamente o que vai acontecer
aqui, querida. Você vai arrumar toda essa bagunça que eu
acabei de colocar na cama e enfiar em um saco. Não dou à
mínima se é uma mala, mochila, estojo de arma, ou um saco
de lixo. Basta organizar as suas coisas o mais rápido que suas
mãos e pés puderem se mover. Agora.

Pisquei, então irradiei cada grama de raiva estrangulando


minha corrente sanguínea para ele. Sem efeito. Seus olhos
frios perfurando através de mim, me forçando a virar para a
bagunça na cama.

Foda-se ele por fazer isso. Foda-se ele por descobrir sobre
Caleb. Foda-se ele por me lembrar que eu não podia controlar
o que aconteceria em seguida, agora que meu pior pesadelo se
tornou realidade.

Com um suspiro, eu gentilmente coloquei Caleb na cama


ao meu lado e limpei meus olhos doloridos e molhados. Roman
já arremessou minha grande mochila no chão ao meu lado, e
eu a peguei, lembrando que costumava pertencer ao tio Ralph.

O que diabos ele diria se me visse agora? Usando o


mesmo saco que levamos nos nossos felizes acampamentos
familiares, e agora eu estava sendo tomada como refém, sem
sequer lutar?

Mas lutar não era uma opção. Agora não.

Roman me destruiria se eu resistisse, levaria Caleb longe


de mim para sempre. O fogo do calvário em seus olhos disse
que a sua tolerância para as bobagens caiu para zero.
Então, eu embalei em silêncio, tentando não olhar muito
de perto o meu bebê ou qualquer coisa que poderia trazer mais
lágrimas. No momento em que minha bolsa estava meio cheia,
eu queria rir.

Seria engraçado de uma maneira sombria e distorcida se


não fosse tão horrível. Eu queria rir da ironia. Não foi o cartel
que ameaçou arruinar a minha vida para sempre.

Não, era o homem uma vez que eu pensei que o amei, o


idiota que eu nunca deveria ter beijado, muito menos ter um
filho com ele. E agora, esse mesmo idiota estava com os olhos
grudados em mim como uma águia voando sobre um rato do
deserto.

Meu juiz, júri e carrasco, tudo em um.

— Vamos. Depressa mulher. Eu quero ser daqui antes do


anoitecer.

Aonde ele vai me levar? Uma cova rasa?

Eu honestamente não fazia idéia. Eu não colocaria


qualquer coisa entre ele e o clube. A penalidade para alguma
cadela aleatória roubar o filho de um homem deve ser alta,
mesmo que Blackjack parecia ser um homem prudente e
razoável. Não havia como negar que eu prejudiquei um irmão
em seu clube, e ele não estaria me protegendo.

Felizmente, as mulheres mortas não faziam malas. Isso


me deu um pingo de esperança.
Quando eu finalmente enfiei meus últimos pares de
calcinha e fechei, eu não aguentava mais. Virei-me para ele e
recuei. O mesmo olhar gelado, de ódio em seu rosto não
diminuiu nem um pouco.

— Pegue o garoto. Vamos. — ele rosnou, jogando a porta


aberta, estendendo um braço para eu passar.

Mulheres e crianças primeiro, certo?

— Só me diga uma coisa. — Eu engoli o caroço pesado na


minha garganta. — Prometa-me que não vai tirar meu bebê. A
não ser que tenha que me matar primeiro.

Ele riu. Cru. Enfurecido.

— Todo mundo nesta sala vem comigo, vivo, incluindo


você. Eu não sou o demônio que você pensa. Nós vamos
trabalhar nossas questões, Sally. Eu negligenciei essa porcaria
por muito tempo. Eu tentei andar longe e esquecer. Eu nunca
teria feito isso se você me dissesse a verdade, e agora, ele está
olhando diretamente para mim. — Ele olhou para Caleb,
descansando a cabeça no meu ombro.

— Que problemas? O que você está dizendo?— Os


motociclistas não fazem terapia de grupo.

Dando um passo à frente, ele me apoiou contra a parede


no corredor, lenta e deliberadamente de modo que Caleb não
iria gritar. — Eu estou te dando outra chance porque você é
gostosa e você manteve meu filho seguro. Eu não sou cego.
Você tem sido a maior cadela do mundo comigo, mas isso não
é uma sentença de morte, ainda não. Você tem uma chance
querida. Mais um tiro. Apenas um.

Seus lábios quentes e furiosos tocaram a beirada da


minha orelha. Eu estremeci.

— Nós vamos ser uma família grande e feliz, ou eu estarei


fazendo essa porcaria sozinho. Você vai aprender a sorrir real,
grande e ser a melhor old lady que um homem já teve em todo
o Grizzlies MC. Espero te foder tanto em nossa lua de mel que
vou fazer a minha pulsação explodir.

Lua de mel? Família? Old Lady?!

Eu não estava certa se os raios em suas palavras bateram


na minha cabeça ou no coração em primeiro lugar. Tudo o que
eu lembrava era de quebrar, escorregando para baixo ao longo
da parede, e sentada lá enquanto Roman pegou o telefone e
ligou para seus caras.

Meia hora mais tarde, um homem mais velho chamado


Southpaw estava com Caleb em um SUV à frente de nós, e nós
seguimos atrás dele, montados na moto de Roman.

O ar fresco do outono normalmente acariciava minhas


bochechas, mas aqui fora, entrando em Redding, foi como um
tapa na cara. Tudo queimou, especialmente meus dedos. Eles
não paravam de tremer, não importa quão apertado eu me
agarrei ao seu abdômen duro.

Odiando-os. Amando senti-los. Doente até a morte que o


corpo deste idiota ainda podia me fazer sentir qualquer coisa
diferente de um desejo de enfiar um objeto pontiagudo em sua
garganta. Eu fui psíquica, supersticiosa, mas à medida que se
aproximava do clube, eu vi o futuro tão claro que parecia como
uma profecia.

O pior capítulo da minha vida estava prestes a começar,


e poderia facilmente ser o meu último.

Roman e Southpaw nos levaram através do clube escuro,


direto para o quarto. Ele não disse uma palavra, apenas me
empurrou para dentro, deu uma última olhada em seu filho, e
fechou a porta.

— Certifique-se que eles fiquem aqui. Eu tenho que sair


e pegar tudo que eu preciso para organizar este lugar. — eu o
ouvi murmurar através da porta. O homem mais velho riu.

— Fale com a old Lady de Brass. Tenho certeza que ela


sabe uma coisa ou duas sobre as crianças, vendo como sua
irmãzinha é babá por algumas moedas.

— Tanto faz. Apenas pegue o que ela precisa irmão. Estou


saindo.

— Hey! — Southpaw gritou de volta, tão alto através das


paredes que eu cobri os ouvidos de Caleb. — O que eu digo a
Prez se ele descobrir?

— Diga-lhe a porra da verdade!— Roman gritou, sua voz


mais longe. — Nós iremos mantê-los seguros, a fazenda está
sendo invadida por idiotas. Isso não é lugar para uma criança.
Estamos fazendo ao menino um favor, tê-lo fora da zona de
perigo. Isso é tudo o que Prez precisa saber por enquanto.

Meu filho. Eu praticamente podia ouvi-lo pensando nisso.


Jesus, ele deu a notícia para seus os irmãos de que ele era um
pai? Eu me pergunto se Southpaw sabia por que ele nos
arrastou?

Balançando a cabeça, meu filho se mexeu. Deitei-o na


cama e o acariciei, tentando me acalmar.

Ele foi surpreendentemente calmo durante tudo isso, mas


ele precisaria de comida em breve. Eu trouxe alguns
recipientes na minha mala, mas não eram seus favoritos, e
haviam muitas outras coisas que eu precisava para cuidar dele
aqui.

Droga. Se eu não tivesse em choque, teria dito a Roman


exatamente o que precisávamos para prolongar a minha
prisão.

Em algum ponto, eu consegui adormecer. Depois de em


um dia inteiro de trabalho na fazenda, com Beam me beijando,
e depois sendo sequestrada por Roman minou completamente
a minha energia.

Acordei ao som de uma caixa pesada batendo no chão.

Minhas mãos estavam vazias. Levantei-me assustada, só


para ver Roman segurando Caleb, enquanto Asphalt pegou o
berço que caiu no chão. Havia uma mulher com eles também,
uma menina morena da minha idade.
— Jesus, tenha cuidado! — Ela sussurrou. — Todo esse
barulho vai perturbar o bebê.

— Eu sei como lidar com meu filho, Missy. — disse


Roman, atirando-lhe um olhar sujo.

A mulher revirou os olhos.

— Oh, por favor. Você sabe tanto quanto Brass, mas eu acho
que você não o incomodou ainda.

Esfreguei os olhos e me levantei. Todo mundo se virou


para mim, como se me percebessem agora.

— O que diabos está acontecendo aqui? Dê-me o meu


bebê! — Cheguei em direção a Roman com raiva, esperando
que ele arrancasse a criança longe de mim.

Surpreendentemente, ele cedeu e me passou Caleb,


mesmo que ele atirou em mim um olhar congelante.

— Missy está aqui para ajudar a organizar essas coisas, e


certificar que os dois estejam confortáveis. Ela vai ajudá-la a
se acostumar com o clube, certifique-se de não fazer nada
estúpido demais.

— Oh, que bom. Deus sabe que eu cometi erros


suficientes. É bom ter alguém para me salvar de mim mesmo.
Isso é tudo, pai, ou você quer me dizer como abraçar o meu
filho também?

A queixo de Roman ficou tenso. Eu acariciei meu nariz


contra o de Caleb quando ele cochilava. Enquanto isso, Missy
riu, andando na minha direção, ficando entre mim e o senhor
idiota.

— Vamos lá, senhora. Vou dar-lhe uma mão.— Ela virou-


se para Roman. — Por que você não vai lidar com os negócios
do clube? Brass estará aqui em breve.

Roman me deu mais uma olhada, então acenou para


Asphalt.

— Vamos. Volto mais tarde para ver o que está acontecendo.

A porta se fechou atrás deles, fazendo meu filho se mexer.


Eu cobri suas orelhas e puxei-o para perto, retornando para a
cama enquanto Missy andava pela sala, arrumando tudo.

— Uau. Isso parece muito familiar. — ela meditou. De


costas para mim, eu vi a enorme propriedade de Brass em sua
jaqueta de couro. Era muito parecido com os coletes que os
caras usavam, exceto com mangas compridas, e de alguma
forma mais bonito. Talvez fosse apenas o tamanho.

— Huh? — Eu murmurei, imaginando o que ela queria


dizer.

Ela virou-se, radiante.

— Nada. Sally, certo? Eu sou Missy, old lady do VP, e me


ofereci para ajudá-la a se instalar.

— Ele quer que fiquemos enfiados em seu quarto? Quanto


tempo?
— Não é tão ruim. — disse Missy com um sorriso. O
tremor desconfortável em sua voz me disse que sabia que ela
estava mentindo. — Bem... eu vou fazer tudo que posso para
melhorar isso. Esperemos que não seja por muito tempo. O
grandalhão disse que é apenas temporário. Eu não acho que
ele pretende mantê-la enjaulada assim por muito tempo.

— Não acredito nisso. — eu disse com um suspiro,


procurando em minha mala a comida de Caleb.

— Ele é um bom homem. Geralmente. –Ela não foi muito


convincente. — Olha, última vez que verifiquei, o meu homem
tem um posto mais alto do que o dele. Se Roman lhe der muita
porcaria, venha a mim. Vou colocar Brass ou Blackjack nele
imediatamente.

— Seu homem. — eu disse, abrindo a tampa da vasilha


de comida e sentando Caleb no meu colo. — Você está me
ajudando, então vamos esclarecer uma coisa, eu não estou
aqui por vontade própria. Roman me disse sobre o cartel, e
praticamente nos arrastou quando ele descobriu sobre Caleb...

— Oh? — Ela disse, rasgando na caixa do berço e


puxando para fora uma folha de instruções de grandes
dimensões. — Espere, e ele?

Ela olhou para cima a partir das instruções, os olhos


enormes.
Caralho. Aparentemente, ninguém mais sabia a
profundidade de nosso relacionamento. E então, eu realmente
desejei estar no escuro também.

— Nada. — eu disse bruscamente, a palavra que resumiu


tudo sobre a minha vida colidindo com a dele.

Nada de bom veio da nossa aventura de verão.


Absolutamente nada, exceto o menino em meus braços,
tomando delicadamente pequenas mordidas de comida de
bebê da colher.

Missy limpou a garganta.

— Uh, não é o meu negócio de qualquer maneira. Nossa, por


que eles fazem essas coisas como hieróglifos? Espere, eu estou
trazendo Asphalt aqui para ajudar.

Ela jogou as instruções na cômoda de Roman e saiu,


deixando-me sozinha com Caleb. Olhei para o meu filho,
colocando outra mordida suavemente em sua boca.

— Um dia, vamos rir sobre isso. Eu prometo.

Caleb babava um pouco de comida e riu. Apesar das


circunstâncias de merda, eu sorri de volta, e não foi
completamente falso.

Quando eu me concentrei no seu sorriso do bebê, eu


quase esqueci que era uma prisioneira. Não foi difícil esquecer,
mesmo que apenas por alguns segundos, o cretino que estava
com a chave para todo o meu futuro. E por um segundo, eu
não precisava me preocupar sobre se ou não ele ia me forçar a
ser sua prostituta.

— Sally? Ei, abra a porta.

Era tarde. Ou era cedo?

Sentei-me, rapidamente verificando Caleb rumo para a


porta. Parecia que dormimos a noite inteira, desde Asphalt
terminou de configurar berço, gemendo e xingando baixinho
para si mesmo o tempo todo, enquanto Missy e eu assistimos.

Roman não retornou, e a voz por trás da porta


definitivamente não era ele. Eu nervosamente me arrastei em
direção à porta, e dei uma segunda olhada quando vi quem
estava do outro lado.

— Jesus. Você não deveria estar aqui depois do que


aconteceu...

Beam olhou para mim, os olhos suaves.

— Eu não me importo. Roman não está me afastando. Eu


sou um membro do clube, baby e eu estou aqui para me
certificar de que está tudo bem. Deixe-me entrar.

Ele abriu seu espaço para dentro, e eu não o impedi. Não


que eu conseguisse impedi-lo. Ele parou, cruzou os braços, e
examinou o quarto, fixando os olhos em Caleb, dormindo em
seu berço.
— Droga, não é o nosso pequeno homem. — Um pequeno
sorriso curvou seus lábios, e eu o segui até o berço. — Ele é
realmente de Roman? Eu ouvi os rumores...

— Eu não sei o que dizer. — Vergonha tingiu minhas


bochechas.

Desenterrar o segredo que eu tentei manter enterrado


ontem foi ruim o suficiente. Agora, era só uma questão de
tempo antes que o clube inteiro soubesse. Então o que?

— Aquele filho da puta não está apto para ser Executor,


muito menos um pai. Droga, ele devia colocá-los em um lugar
mais confortável. Este quarto é uma porcaria. — Ele olhou
para o armário aberto, que provavelmente parecia pior do que
antes com todas as caixas extras de coisas de bebê saindo.

— O que você vai fazer?— Beam colocou a mão no bolso


e puxou um cigarro. — Eles não podem mantê-la presa com a
criança como um maldito rato. Eu vou trazê-lo para uma
votação, se for preciso. É um risco, irritar meus irmãos, mas
eu vou fazer isso por você.

Meu coração acelerou. Eu levantei minha cabeça e lhe dei


um olhar sério. Talvez eu tivesse um anjo da guarda depois de
tudo, se os anjos fossem altos, morenos e usassem o mais
ridículo corte de cabelo punk do mundo.

— Por que você está tentando entrar no meio disto? Eu


aprecio sua ajuda, Beam, mas Roman está certo sobre uma
coisa, isso é entre eu e ele. Ninguém mais. Eu causei essa
porcaria, tentando manter segredos com os quais deveria ter
lidado anos atrás.

— Besteira. É negócio do clube agora. — ele retrucou


levantando um isqueiro para o cigarro em sua boca, e eu
levantei a mão. — Ah merda. Certo. Vou levar isso para fora
por causa da criança. Desculpe.

— Beam...— Estendi a mão para o seu ombro, sentindo


um pouco de formigamento em meus dedos quando o toquei.
— Você é um bom homem. Eu não quero você se metendo em
confusão.

Ele sorriu.

— Confie em mim, eu sei como me cuidar. Eu sou um membro


do clube. Não mais um prospecto. No minuto que idiota
arrastou você aqui, você ficou sob proteção do clube. Não dele.
Se ele te agredir ou fizer você chorar, você vem correndo para
mim, baby. Vou fazê-lo parar. Ele não me assusta. Todo
mundo que tem estado com ele nos últimos meses sabe que o
filho da puta precisa ser contido.

Pisquei, e simplesmente assenti. Não havia mais nada a


dizer.

— Obrigado. — eu murmurei mais uma vez, deixando-o sair.

Eu fui para o banheiro e lavei o rosto. Sentir a água


refrescante na minha pele ajudou a suavizar o pesadelo vivo
que se erguia ao meu redor.
Deus, por que eu não poderia ter esperado mais alguns
anos antes de foder um homem dos Grizzlies?

Beam era apenas um cavalheiro mal vestido em


comparação com Roman, mesmo que ele estivesse jogando
bem porque ele queria entrar em minhas calças. Eu o entendia.
Eu poderia falar com ele sem sentir cada músculo do meu
corpo tenso, preparando-se para o desconhecido.

Infelizmente, desejo não significa uma coisa má. Eu


estava presa lidando com um touro furioso, e eu teria que
aguentar até que ele me libertasse ou me rasgasse em pedaços.

Eu não podia deixá-lo fazer isso. Eu jogaria junto. Eu


esperaria. Eu não poderia ajudar o primo Norm ou o rancho
agora. Mas eu nunca pararia de proteger o meu filho,
protegeria Caleb da demência de Roman a todo custo.

Ele teria que me matar antes que ele nos separasse, ou


Deus me livre, infectar nosso filho com o seu mau humor e
temperamento fora da lei. Eu usaria a marca do cretino se ele
forçasse isso em mim, mas eu morreria antes que ele
machucasse o coração de Caleb, ou o meu.
CAPÍTULO 6

Roman: Tomando o controle

Ela me olhava feio cada vez que eu entrava no meu antigo


quarto. Sally olhou para mim como se ela quisesse cortar
minha garganta em meu sono, então pedi um favor e dormi no
lugar Rabid e Christa, dando a ela e a criança algum espaço
para se instalar.

Cristo, o garoto.

Seu pequeno segredo subjugou minha vida da noite para


o dia.

Alguns dias se passaram, e eu ainda não podia acreditar


que eu era um pai. Eu perdi tudo quando estava na prisão, e,
depois que eu saí, perdi meses de vida do meu menino para
sempre.

De maneira nenhuma eu iria deixar isso acontecer


novamente. Eu não sabia tudo sobre ser pai, mas eu
aprenderia. Meu filho vale à pena. Eu serei um homem, vou
criá-lo da forma certa, e se alguém tentar ficar na minha frente,
eu rasgaria a cabeça fora.
Eu não precisei de nove meses lendo livros antes de
assumir o comando. Quando eu vi o bebê em seu berço, meu
coração bateu cerca de cem vezes mais rápido. Duas emoções
passaram na minha cabeça.

Amor. E eu estou falando de amor de parar o coração,


chutar o seu traseiro, um amor tão forte que é como ter um
motor de jato explodindo em seu peito. Eu nem sequer precisei
da cadela para confirmar que ele era meu. Porra eu soube no
instante em que ele olhou para mim.

Um homem conhece a sua carne e seu sangue, e eu sabia


muito bem o meu. Claro, o Prez forçaria um teste de
paternidade em algum momento, mas eu não tive um único
pingo de dúvida. Se ele não era realmente meu, esta
tempestade rugindo na minha cabeça não teria despertado
como um urso saindo da hibernação.

Então houve o ódio. Ele se arrastou mais ou menos na


mesma hora em que aquela corrente grossa e cósmica de amor
me pegou e me derrubou a mil e seiscentos quilômetros por
hora.

Eu a odiava e amava. Eu me enfureci. Eu a detestava pelo


que ela fez comigo, e então a odiava um pouco mais por
alimentar o frenesi de confusão chacoalhando meu crânio.

Se Sally fosse um homem, eu teria chutado seu traseiro,


e não teria pensado duas vezes sobre o que ela fez.
Droga, minhas mãos tremeram cada vez que ela me deu
aquele olhar sujo. Eu queria rasgar sua calça, colocá-la sobre
meu colo, e bater nessa bunda até que ela gritasse.

Isso não foi o pior. Ela me fazia sentir como um idiota


maldito cada vez que ela me olhava com aqueles grandes olhos
azuis, e eu precisava dela na vida do meu filho.

Nada era simples aqui. Goste ou não, Sally estendeu a


mão e me agarrou pelas bolas, atirou-me à lua, e me deixou
latejante. Eu queria espancá-la, fazê-la sentir a minha dor, tão
ruim quanto eu queria transar com ela.

Eu não podia desligar meu pau, mesmo que o meu


sangue enfurecido ameaçasse me derreter de dentro para fora
sempre que eu olhava para ela.

Droga, eu queria trabalhar essa porcaria da única


maneira que eu sabia com uma mulher. Eu pegaria sua
garganta, a pressionaria contra a parede, separaria suas
pernas e sufocaria sua língua com a minha. Eu queria arruinar
cada condenada calcinha dela, destruí-las até que ela ficasse
sem nada, sem barreira para o meu pau bater dentro dela
quando quisesse.

Eu a foderia duro. Tão profundamente que ela estaria


muito entorpecida com prazer para sequer pensar em escapar.

E observá-la fazendo cara feia para mim não ajudou em


nada. Ela olhou para mim como se eu tivesse saído do esgoto
mais próximo, e eu tentei o meu melhor para controlar o
incêndio através das minhas veias cada vez que eu olhava para
ela. Ela era uma cadela. Eu era um cretino. Nós combinamos.

Muito ruim, não era a hora nem o lugar para essa merda.
Ela só está errada, e eu a lembraria disso quando eu
descobrisse como diabos lidar com ela.Não, caramba, eu não a
cortaria para fora como um câncer porra, mesmo que a
tentação de fazê-lo me queimasse todas as noites antes de ir
dormir, estrangulando meu cérebro até que eu o afogasse com
algumas doses de Jack.

Estávamos em um grande impasse.

Prisioneiro e cativeiro. Mamãe e papai. Logo seria a minha


old lady, mas apenas no nome.

Sally era um mau grande demais, queria abraçá-la do


jeito que eu sempre imaginei, tornar oficial com uma mulher,
e a única vez que eu já dei dois segundos a esse pensamento
foi antes de tudo ir à merda com ela.

Mas ela também era muito doce com o filho para chutá-
la para o meio-fio. Ela me mantinha em um feitiço cruel,
mesmo sem saber disso. Ela era apenas doce o suficiente para
me fazer desejar uma foda,e eu queria arrastá-la para o altar,
chutando e gritando.

Porra, se eu não faria isso de qualquer maneira. Meu


menino iria ter uma mãe e um pai de um jeito ou de outro, e
não me importava se ela me odiaria. Ela fumegaria e sibilaria
com o meu anel em seu dedo e Propriedade de Roman
estampado em sua pele macia para sempre.

Eu a faria aprender a amar esta vida, mesmo que ela me


odiasse até o fim dos tempos. Eu traria o meu menino e a
colocaria na linha, o verdadeiro amor que se dane.

Pela manhã, no terceiro dia, a porta do lugar de Rabid foi


completamente aberta e bateu contra a parede. Eu me levantei,
alcançando minha nove milímetros. Eu perdi o desejo de atirar
assim que eu vi o VP, mas ele estava vindo em minha direção
com uma fúria como nenhum outro.

— Seu maldito idiota. — Eu me levantei, antes que ele me


atingisse, travando suas mãos fortes em volta da minha
garganta.

Ele era muito poderoso e bem construído, mas meu


pescoço ainda era muito grosso para ele. Ele me pegou de
surpresa e eu engasguei, comecei então puxando seus dedos
do meu pescoço, tentando respirar.

— VP? Que droga! — Eu gritei.

Rabid irrompeu na sala, Christa olhando nervosamente


atrás dele, por cima do ombro.

— Jesus Cristo, alguém vai ser morto. Que diabo ele fez para
merecer essa merda?

— Você sabia sobre a criança também, não é?— Brass


rugiu, momentaneamente lançando seus os olhos cheios de
ódio para seu melhor amigo. — Seu filho maldito, confinado
com a menina no nosso clube!

Os dedos de Rabid apertaram com mais força. Tão duro


que eles realmente tiveram a chance de me sufocar se eu
deixasse. Claro, eu movi meus punhos para baixo, pronto para
agarrar as mãos e deixá-lo machucado por algumas semanas
se tentasse.

Vamos lá, VP. Não me faça fazê-lo.

Esses dois pensamentos trovejaram na minha cabeça


repetidas vezes, e a privação de oxigênio borrou seja lá o que
os dois homens estavam dizendo. Então, em uma última
investida selvagem, ele me soltou, me empurrando contra a
parede.

— O Prez nos alertou sobre ter civis em torno do clube, e


você vai e arrasta o seu grande segredo sujo, enquanto nós
estamos no meio de uma guerra!— O dedo duro de Brass
disparou como um punhal em meu peito. — Eu sabia que você
estava escondendo algo todos esses meses. São sempre os
tipos fortes e silenciosos que nos fustigam com o drama deles.
Porcaria, você saiu com ela quando ela veio chorando por você
no bar? É por isso que você está tratando ela como se ela fosse
uma cadela?

Fogo aqueceu minhas veias. O idiota rugindo na minha


cara não tem a menor idéia sobre qualquer coisa.
Levou cada grama de força de vontade dentro de mim a
não agarrar o VP, segurar sua cabeça em uma das mãos, e
acertar o meu punho em seu rosto até que ele não passasse de
uma confusão sangrenta.

— Eu não sabia até alguns dias atrás. Ela escondeu isso


de mim o tempo todo que eu estava na cadeia, tentou manter
meu filho em segredo. — Eu estava prestes a abrir minha
guarda, colocar a culpa nele por praticamente ter me acusando
de coisas sobre o clube.

Mas Christa ainda estava olhando para fora do quarto, às


cicatrizes em seu rosto espelhando o olhar suplicante nos seus
olhos.

— Pessoal, acalmem-se. Não destruam a casa. Por favor.

— Whoa, Jesus, rapazes. Acalmem-se, porra! Um de cada


vez. — Rabid deu uma olhada em sua mulher assustada e se
colocou entre nós, abrindo os braços para nos manter
separados. — Se vocês começarem a dar socos, eu estou
puxando os dois para fora. Esta é a minha casa.

— Bem. Aqui está o jeito que vai acontecer. —disse Brass,


olhando através da minha alma. — Você vai levar sua nova
bagagem para um apartamento de verdade até o final do dia, e
então você estará tomando uma decisão sobre como diabos
você está lidando com isso sem se tornar um problema para o
clube.
— Já fiz isso. — Rosnei. — Eu não sou o idiota você acha
que eu sou. Vou precisar de um dia para conversar e colocar a
minha marca em Sally. O apartamento vai acontecer ainda
esta semana. Hoje não.

Brass me deu um sorriso malicioso. Rabid alcançou em


volta do seu pescoço, puxando-o de volta antes que ele pudesse
me acertar.

Satisfação bateu no meu coração. Foi estranho e torcido


observar os dois irmãos de sangue brigando por mim. Eles não
eram realmente relacionados, é claro, mas Rabid e Brass eram
unidos. Ainda assim, o rapaz que possuía este lugar me devia
por apoiá-lo ao longo do problema de Christa com os babacas
de Klamath, a mesma situação que a levou usar sua marca.

Droga, falando da garota... foi à vez de Christa ficar entre


nós. Os caras pararam de lutar assim que a viram na direção
e ela atirou-nos a todos um olhar de pedra que poderia ter
trazido um inverno adiantado.

— Eu vou cuidar do seu filho, Roman. Cuide de seu


negócio. Nós não precisamos lutar por isso. — Rabid olhou
para ela, balançou a cabeça, e depois me lançou um olhar
maligno. Provavelmente chateado que a namorada estava se
preocupando com isso.

— Baby, você não precisa ficar com a sua cabeça no meio


de...
— Bobagem. — disse a ruiva, um doce sorriso
desaparecendo sob as cicatrizes em suas bochechas. — Eu
tenho muito tempo na minha agenda antes do novo bar da
cidade abrir. Apenas me diga onde você precisa de mim.

Eu pensei por um minuto, depois assenti. Tendo Caleb


em seus cuidados seria ótimo, e, tanto quanto o pequeno
príncipe estava crescendo em mim, tê-lo longe por algumas
horas me deixaria livre para cuidar dos negócios.

Eu disse a ela para vir para o clube em algumas horas.


Ela caminhou até a cozinha, cantarolando para si mesma,
enquanto Rabid deixou-se cair na cadeira mais próxima,
passando a mão sobre o rosto cansado.

— Porra. Um dia, este clube vai obter um momento de


paz... um dia .

Não enquanto nós estamos lutando contra o cartel, e


alguns descontentes continuam tentando fixar nossas mãos
atrás das costas, pensei. As dificuldades do clube eram ruins,
mas nós estávamos lidando com isso desde o começo, e
nenhum homem parado aqui estava parando agora.

— Nós vamos chegar lá algum dia, Rabid. — Brass disse,


virando os olhos para mim. Eles estavam um pouco menos
chateados que antes. — Você tenha seu problema resolvido,
irmão. Cuidar de sua mulher e de uma criança não é nenhuma
piada. Você tem um monte de explicações a dar.
— Eu já disse tudo o que sei. Logo que eu descobri, entrei
em ação, fiz a única coisa que qualquer um de nós faria se
descobrisse que alguma cadela estava escondendo uma
criança. Desculpe-me se eu estive ocupado demais, correndo
pra caramba, para preencher todo mundo com detalhes.

— Nós estamos bem. — Brass fez uma pausa, um sorriso


arrogante puxando seus lábios. — É para o Prez que você vai
ter que se explicar.

Sem outra palavra, o VP bateu no ombro de seu amigo,


em seguida, virou-se e saiu. Um minuto depois, ouvimos o som
de sua motocicleta ligar, e depois desaparecer.

Rabid me deu um olhar simpático, e eu virei de costas.

Caralho. Eu não precisava do carma de ninguém para


proteger esta fodida família que eu não sabia que existia até
que eu entrei na fazenda. Eu acharia um jeito de trancar tudo
e me arrumar, mesmo que isso significasse que eu teria que
andar por quilômetros no inferno para chegar lá.

O rosto de Blackjack se apertou. O velho abutre alisou o


cabelo grisalho comprido enquanto eu falava, em seu
escritório, dizendo-lhe tudo sobre como eu perdi minha cabeça
e decidi fazer um movimento no segundo em que subi as
escadas, depois que joguei Beam fora dela.

— Cristo, filho. O que vai levar você a desenvolver um


cérebro? — Blackjack rosnou, assim que eu terminei.
— Todo mundo fora da minha vida para que eu possa
lidar com a minha própria bagunça, para começar. Eu não
preciso da ajuda do clube sobre este assunto. É o meu
problema, Prez.

— Besteira. — Blackjack se levantou, apertando os lábios


brancos como a velha ferida de bala que queimava na perna.
— Nós somos a única família que você tem. A menos que talvez
você introduza a sua nova mulher e menino à sua mãe antes
de nós?

Porra. Mãe.

Eu não disse nada. Eu mal podia imaginar como eu iria


dar essa notícia a ela.

Blackjack acenou com a cabeça, satisfeito e certo. Como


ele sempre estava.

Como diabos ele faz isso? Era apenas a idade que lhe dava
alguma maneira misteriosa de ler a mente de um de nós?

— Vou deixar isso para você. Estou desapontado, filho.


Você poderia ter trazido isso para mim imediatamente, antes
de você decidir prendê-los em seu quarto.

Eu joguei minhas mãos para cima.

— Porra, Prez, eu lhe disse. Eu estou trabalhando nisso.


Não houve tempo para...

— Besteira!— Seu punho bateu na mesa com tanta força


que reprimi um salto. — Há sempre tempo para fazer o seu
trabalho e relatar coisas que você sabe muito bem que eu
preciso saber.

O filho da puta estava certo. Olhei para ele, flexionei os


punhos, e assenti.

— Você está certo.

— Não se trata de estar certo. É sobre tornar tudo claro


como cristal, enquanto os riscos são maiores do que nunca
para este clube, incluindo todos que estão ligados a um dos
membros. Aqui está o que vai acontecer.

Droga. Quem diabos eu irritei para ter todos no mundo


falando essas palavras para mim?

Pisquei. No início, eu pensei que eu perdi algo que o Prez


disse, mas ele fez uma pausa. Muito profundo em
pensamentos para continuar a lição.

— Não. Mostrar a você o ponto não vai funcionar.


Algumas coisas, você tem que descobrir por si mesmo, filho. É
a sua vez. — Ele pressionou ambas as mãos sobre a mesa, as
usando como alavanca para se inclinar, olhando para mim
como um abutre faminto. — Você me diz, como você pretende
corrigir isso?

— Eu os terei movidos até o fim do dia. A old lady de Rabid


vai ficar de babá, então isso vai ajudar. — Caralho, o olhar no
rosto do Prez não ficou impressionado. — Tudo bem, você
realmente quer saber, Blackjack?
Levantei-me até me elevar sobre ele, virando a mesa. Eu
respeitava o Prez, mas sua pergunta era profunda, e se ele
realmente queria saber, eu iria enfiar essas respostas em sua
garganta.

— Vou costurar essa merda apertada, da mesma maneira


que eu teria feito anos atrás, se eu soubesse que havia uma
criança. Eu vou reivindicá-la. Marcá-la. Casar-me com ela.
Colocá-la em uma casa e fazer dela uma boa esposa, uma boa
old lady. Ela é minha, caramba, e isso faz com que ela seja o
meu fodido problema também.

— Você acha que vai ser fácil?— Blackjack sussurrou.

— Caralho, não. Vai ser como rastejar sobre cacos de


vidro. Droga, eu terei sorte se eu não ficar grisalho como você
dentro de um ano ou dois. Mas eu vou fazê-lo funcionar. Porra
eu preciso. Você sabe, o meu velho morreu defendendo este
clube.

— É isso mesmo. — disse Blackjack. — Wheeler morreu


defendendo sua família. Ambas.

— E eu faria a mesma coisa em um batimento cardíaco.


Eu vou morrer por este clube, morrer pelo meu filho, morrer
por ela, mesmo depois que ela tenha me ferrado. Eu sou um
homem, Prez, e ela é a minha mulher, certa ou errada. Eu não
dou à mínima se ela não me ama. Vou fazer ela me amar. Eu
não sei uma coisa bendita sobre criar filhos, mas eu vou
aprender. Eu vou fazer isso certo, e ninguém vai me impedir.
Nem mesmo o clube.
Ele inclinou a cabeça, como se o meu pequeno desafio o
divertisse.

— Eu não sou o inimigo, filho e você sabe disso. Você tem


o meu apoio.

Ele estendeu a mão para o cinzeiro sobre a mesa, uma


bandeja de prata enorme com nosso urso rugindo carimbado
no seu interior. Comecei a relaxar, só um pouco. Se eu tivesse
realmente passado em seu teste ridículo.

— Já terminamos aqui? — Perguntei.

— Eu não iria deixá-lo ir se não tivéssemos um


entendimento. — disse ele, puxando uma fumaça. — Você não
vai deixar isso se tornar um problema maior para o clube, e eu
vou te ajudar. Agora, dê o fora do meu escritório e vá dar
àquela coisa doce um lugar decente para ficar. E se eu ouvir
alguma coisa sobre você bagunçando as coisas com ela ou
fazendo algo que a faça correr, você pode apostar que eu vou
transportá-lo de volta aqui. Eu estou confiando em você para
descobrir isso com suas palavras, não seus punhos. Você não
pode se livrar dessa. Você tem que usar seu cérebro, filho. Eu
sei que você tem, senão você não usaria o adesivo do Executor.
Prove que estou certo.

Eu concordei com a cabeça, e ele também. Sim, nós


tínhamos um entendimento. Agora, tudo dependia de
encontrar o equilíbrio perfeito entre Sally e meu clube.

— Vamos querida. Nós estamos saindo.


Ela não queria vir comigo depois que Caleb caiu fora com
Christa por algumas horas. Levei-a pela mão e a fiz andar,
apertando a mão quente na minha.

Caralho, mesmo quando Sally queria arrancar meus


olhos fora, a garota era quente pra caralho. Eu odiava o jeito
que ela fazia meu pau saltar cada vez que ela atirou em mim
aquele olhar das trevas.

Sim, foda-me.

Foda-me por vê-la ali de pé nos saltos e uma saia, um top


conservador que não conseguia esconder os seios de meus
olhos nem se o tecido fosse feito de pedra. Foda-me para tentar
manter o fogo de ódio enquanto ela passou a língua com raiva
sobre os lábios, tentando me segurar para não colocá-la
debaixo de mim.

Mais cedo ou mais tarde, eu sabia que ela estaria deitada


embaixo de mim depois que ela estivesse com a minha marca
estampada na sua carne. Eu não dava uma merda se ela me
odiasse depois.

Assim como eu disse ao Prez eu faria ela me amar. Eu


faria de nós uma grande família feliz, marido e mulher, ou eu
morreria tentando. Eu observaria seus olhos enquanto eu a
fodia e depois a veria se pondo em seus joelhos, meu punho
em seu cabelo, gemendo enquanto ela pedia para chupar o
meu pau.
— Vamos acabar logo com isso. —Sally estalou, passando
por mim em direção às garagens.

Poucos minutos depois, ela estava na minha moto, seus


dedos apertando meu abdômen forte o suficiente para me fazer
sentir isso. Ela segurou como uma mulher agarrando um
penhasco afiado porque era a única coisa que a impedia de cair
para seu destino.

Goste ou não, eu a estava salvando, ela sabendo disso ou


não.

Segurando-a. Com a bendita certeza que ela nunca cairia


de volta a terra com meu filho em suas mãos, empalando os
dois nas facas sangrentas do cartel.

Porra.

Na loja de tatuagem na cidade, encontramos uma


aberração magra coberto da cabeça aos pés com tinta como
escamas de um maldito jacaré. Ele fez um bom trabalho na
nossa equipe e várias das nossas senhoras, e ele não tirou a
camisa de Sally em nenhum momento, rabiscando
PROPRIEDADE DE ROMAN em sua parte inferior das costas.

Lugar perfeito para ver quando eu estivesse a tomando


por trás. Ela se recusou a querer muitos detalhes da tatuagem,
então eu escolhi tudo sozinho.

Haviam espinhos nos lados. Uma borboleta escura em


um canto, abrindo suas asas, a única coisa que ela lutou
comigo, porque eu queria um corvo em sua pele. Nós
concordamos com a borboleta, e eu iria admitir, parecia
excelente.

Quando tudo acabou, ela desceu a blusa, sentou-se no


banco e me olhou. O tatuador sorriu para mim, um brilho
estranho em seus olhos.

Eu balancei a cabeça, pegando a minha carteira, e


deixando por isso mesmo. Ele não precisa saber nada. Algo
sobre ver suas mãos por toda minha mulher me deixou
chateado. Não, não importava que ela ainda não fosse minha.

Mesmo que levasse anos colocar as coisas em ordem, eu


nunca deixaria outro homem pôr as mãos sobre ela
novamente. Todo o mundo saberia em breve que estávamos
juntos, e ela não estaria se movendo fora da minha vista sem
um colete em seus ombros com minha marca, para coincidir
com o carimbo que eu acabei de lhe dar acima da bunda.

— Leve-me para casa. — ela murmurou, assim que saiu


e se dirigiu para a minha moto.

— Você está incrível, Sally. Paguei o melhor tatuador da


cidade. Você deve ser a única garota no mundo que fica
chateada por ficar linda.

Ela encolheu os ombros, olhando tristemente para a


calçada. Raiva e decepção atravessou meu peito, como se a
merda rodando dentro dela de alguma forma escapasse e
infectasse minha bunda.
Eu não era um idiota. Entendi. Eu estava levando-a em
um passeio rápido demais, na única maneira que ela deixou
depois que eu estraguei seu disfarce e entrei na vida do meu
filho.

Ela descobriria isso, ou eu quebraria minha cabeça até


que ela fizesse. Eu não desistiria dela, ou de ter uma família
real a partir deste caos.

Nós andamos pelas ruas de Redding. Eu não conseguia


parar de me perguntar quantas gotas de sangue e lágrimas
levariam para chegar a esse lugar que eu imaginava.

— Que diabos é isso? — Ela disse, dando um passo fora


da moto quando paramos na frente da casa no subúrbio da
cidade.

A rua era tão tranquila como eu vi esta manhã, antes de


ir ao clube, e isso era um bom sinal.

— Sua única chance de olhar para este lugar e me avisar


se você quer se estabelecer aqui ou não. Você vai me dizer mais
sobre isso do que você fez sobre a tatuagem, ou eu vou tomar
essa decisão por você também. — Eu tirei seu capacete e vi
seus olhos se arregalarem. — Eu estou te dando uma
oportunidade, querida.

— Eu já tenho uma casa com Caleb e Norm. Eu não


preciso de uma nova.

— Você não vai pôr os pés lá de novo até que este negócio
com o cartel esteja resolvido, querida. Talvez nem mesmo
assim. Eu vou estar por perto para proteger minha família,
onde quer que você esteja. Não me faça explicar isso para você
novamente.

Ela franziu a testa, de mau humor. Eu não pude me


segurar. Nós só teríamos alguns minutos sozinhos antes que o
senhorio chegasse para nos mostrar o imóvel, então eu
precisava fazer tudo o que podia para fazê-la sorrir antes disso.

Eu estendi a mão, segurei seu queixo com os dedos, e


puxei sua cabeça para olhar para mim.

— Vai ficar tudo bem. Você verá. Eu não sou a porra do


monstro que você pensa que eu sou. Você mentiu para mim,
baby, e eu posso ver por que você o fez. Porra eu odeio o que
aconteceu. Você e o garoto estão vindo comigo, onde quer que
diabos eu vá, quer você goste ou não. Mas eu vou fazer essa
casa tão segura e confortável para você quanto eu puder. Você
não entende?

Por um segundo, seu rosto se suavizou. Então seu rosto


ficou vermelho e sua testa franziu. Ela tirou o queixo das
minhas mãos e com raiva pulou da parte de trás da minha
moto.

— Vá para o inferno. Espero que este lugar tenha mais


alguns quartos ou você vai dormir no chão.

Doce. Cadela. Fogosa.

Ela virou as costas e começou a ir para a casa, e eu me


sentei lá fora esperando por nosso homem. Eu odiava essa
droga. Porra, se eu não assisti sua bunda redonda movendo
debaixo dessa saia cada passo que dava, abanando sua bunda
na minha frente como doces que ela queria manter para si
mesma.

Porra, eu a deixaria ser gananciosa. Ela era minha no


instante em que a marca foi colocada em sua pele, e uma vez
que isso aconteceu, eu nunca a deixaria ir.

A turnê foi rápida. Ela tentou bastante não olhar para


mim. Meus olhos estavam sobre ela enquanto o proprietário
barrigudo tagarelou sobre a casa, falando sobre todas as
características que deveriam nos agradar.

Era um lugar decente.

Ainda assim, a jacuzzi não significava nada para mim até


que eu pudesse puxá-la e transar com ela sem sentido. Nem a
cozinha remodelada, a menos que isso significasse vê-la
sorrindo docemente para mim em vez desse olhar azedo, de
preferência usando um avental e nada mais.

Meu pau definitivamente tinha um relacionamento


inverso com ela me irritando. Quanto pior ficava, mais eu
queria transar com ela, imaginando todas as maneiras que eu
tiraria sua roupa e entraria em sua boceta molhada e quente
nesta casa.

Eu transaria com ela em todos os cômodos da casa até


ela sorrir para mim com amor em seus olhos. Eu a foderia até
deixar cada quarto com o nosso cheiro, com ela
convulsionando em cima de mim.

Eu nunca tive um lugar tão grande, embora eu pudesse


pagar por um a um longo tempo. Além disso havia um bom
quintal, grande para o meu filho brincar, assumindo que
ficaríamos aqui por alguns anos. Isso deveria contar para
alguma coisa.

Quando o homem nos trouxe de volta para a sala, ele


olhou para nós dois com um sorriso fácil.

— Bem, o que você acha?

— Nós vamos ficar. — eu disse, fixando os olhos em Sally.


Eu não vi qualquer relutância em seus olhos brilhantes. —
Você disse por telefone que está disponível agora, certo?

— Você pode assinar o contrato hoje! — Ele disse com


entusiasmo, acenando-nos para fora de seu caminhão para os
papéis. — Terei as chaves para você amanhã. Eu lhe asseguro,
é um ótimo lugar para criar uma família.

— Sim, é. — eu disse com um sorriso, olhando para Sally


novamente. — Você não concorda, querida?

— Talvez.

O senhorio sorriu. Meus olhos atingiram seu rosto como


um maldito feixe de laser, percebendo que o humor dela
mudou do que estava me dando antes. Seu tom era mais
suave, e não havia tanta tensão que revestiam essas
bochechas macias e eu não conseguia parar de pensar sobre o
vermelho brilhante quando eu a levasse ao orgasmo mais difícil
que ela já teve em toda a sua vida.

Eu já tive essa boceta uma dúzia de vezes. Então, por que


diabos eu não podia parar o meu pau de agir como se ele
estivesse indo se afundar em uma boceta uma virgem?

Eu estaria entre as pernas dela de uma forma ou de


outra. Se ela realmente aceitasse este lugar, abrindo-se para
mim, então teria minhas bolas enterradas profundamente
nela, mais cedo do que eu imaginava. Eu iniciaria a vida que
eu queria com ela e Caleb. Dia a dia. Beijo por beijo.

Ela tornou-se minha em mais maneiras do que ela podia


sequer imaginar no instante que a minha tinta sangrou em sua
pele. E uma vez que um homem neste clube reivindicou
alguém, foi para sempre. Nós nunca tivemos um filho da puta
chutando sua old lady para o asfalto desde que derrubamos o
antigo Prez, Fang, e tenho certeza que eu não serei o primeiro.

Observei-a se encostar-se ao capô do SUV do proprietário


e assinar o contrato de aluguel, antes que ele o passasse para
mim.

— Aqui está Senhor.

Eu arranquei-o de suas mãos e bati o papel sobre a


superfície do metal.
— Apenas me dê à porra da caneta. Você sabe o quanto eu
estou pagando extra sobre este lugar para pular a verificação
de crédito.
CAPÍTULO 7

Sally: Sem mais enganos

O dia da mudança veio com a brilhante neblina de


setembro.

Não que eu tenha feito muito movimento nas primeiras


horas. Eu trouxe Caleb para a casa e demorei um pouco para
acalmá-lo. Tudo isto acontecendo ao redor, conhecendo
estranhos, passando nossos dias no clube barulhento,
claramente sobrecarregou os sentidos do meu pobre bebê.

Sentei-me no quarto de hóspedes no andar de cima, vazio,


exceto por uma cadeira de balanço que Roman trouxe, olhando
pela janela enquanto ele transportava caixas enormes e
móveis. Asphalt era o único lá para ajudar, mas Roman agia
com a força e a energia de uma equipe em movimento.

Em seguida, chamei Norm. Mordi o lábio, endureci com o


meu dedo no botão do telefone. O clube não o tomou de mim
como fizeram com a maioria de seus prisioneiros. Eu acho que
eu fui cooperativa e o que mais eu poderia fazer a não ser
engolir as suas ordens todas?

Eu bati o botão de discar, e Norm respondeu.


— Sally, você está fora de sua mente, porra? Eu tenho ido
para o clube por alguns dias, depois que o idiota praticamente
te arrastou com ele. Mas o nosso lugar é a sua bendita casa.
Não com ele. Eu não dou a mínima para o que eles continuam
dizendo, que eu devo sair da fazenda. Eu não vou, e você
também não deveria. Aquele homem, Stryker, me disse que eu
deveria ter recuado para evitar ter a cabeça cortada. Eu não
me importo. Eu não vou para qualquer lugar, e eu não acredito
que você correu para esses idiotas motociclistas.

— Esses idiotas são a única coisa entre nós e uma lâmina


mexicana no meio da noite. Talvez pior. — Juntei minha
respiração e suspirei. — É muito perigoso, Norm. Não seja um
burro teimoso. Você realmente deve sair de lá. Eu sei que é
difícil, eu sei que não é o ideal, mas você vai se matar. Não é
apenas sobre mim. Eu não posso ter o meu filho vivendo em
um lugar que não é seguro.

Norm riu, rápido e estridente.

— Seguro? Você deve estar brincando! Você pensa que é


seguro viver com essa porra de motociclista? Você sabe o que
esses caras fazem em seu tempo livre?

— Principalmente bebem muito. Às vezes perseguindo


saias por aí.

Ou às vezes tomam como prisioneira uma garota, faz uma


tatuagem nela, e a chama de minha, pensei.

— Nada é engraçado sobre isso, Sally. Pare com isso.


— Eu sei. E eu não quero que você se machuque. — Fiz
uma pausa, ouvindo o tremor em sua respiração. — Norm,
temos umas economias na conta comercial. Podemos suportar
a perda desta temporada. Não há necessidade de colocar-se na
rota do perigo apenas para trabalhar para o dinheiro que
absolutamente não é necessário.

— Você acha que eu não sei disso?— Ele parecia tão


magoado. — Jesus, Sally. Isto não é sobre tomar um prejuízo.
Estes motociclistas idiotas, obviamente, não podem proteger
este lugar como eu pensava. Eu vou ficar aqui. Vou ter minha
arma, eu vou ter os meus rapazes, e vamos preencher as
lacunas que o MC não pode cobrir. Eu não vou deixar que
alguns cretinos traficantes de drogas destruam a fazenda do
meu velho. Ela está nesta família por cem anos. Eu não vou
ser o covarde que vai vê-la queimar. Nós estamos aqui há
gerações, e eu tenho a obrigação de protegê-la. As cinzas da
minha esposa estão aqui...

— Norm... por favor.— Lágrimas encheram meus olhos.

Jenny morreu antes de Tio Ralph ter me trazido para a


equipe. Levou anos para o meu pobre primo se recuperar da
perda, para funcionar como um ser humano novamente, e
agora ele caiu de volta para sua dor. Ele parecia tão chocado,
fraco e atordoado como ele estava depois de sua morte.

— Não faça isso. Você é bem-vinda para vir para casa


quando estiver pronta. Se eu tenho que proteger tudo pelo qual
esta família já tenha trabalhado, tudo o que eu já tive, então
eu vou fazer isso sozinho. Eu não preciso de você.

A linha ficou muda. Eu deixei cair o telefone no chão e fui


até o berço, olhando para Caleb. Eu tentei o meu melhor para
não deixar meu coração parar, enquanto enxugava as lágrimas
em meus olhos.

Todo compromisso que eu poderia ter feito era ruim. Eu


tive que desistir de algo, assim como eu precisei me dar ao
idiota que estava chegando.

Eu o vi pela janela. Roman lidou com a mesa de café


enorme, sem suar. Seus músculos estavam totalmente
flexionados, fazendo-o parecer ainda maior do que o habitual.
Mais quente também, tanto quanto eu não queria admitir isso.

Calor, raiva e proibido invadiram em minhas veias. Os


pequenos flashes de fogo que me mostrava que eu o queria
eram o pior.

Não foi a primeira vez que eu senti isso. Eu senti em sua


motocicleta, a moto rocando debaixo de nós, todos os nervos
do meu corpo cantarolando para corresponder à velocidade do
meu coração. Meu corpo não podia negar que havia uma
atração.

Sempre houve. E sempre haveria.

Quanto tempo demoraria antes de eu deixar seus lábios


bêbados, prostitutos tocarem os meus? Mesmo que ele
concordasse em dormir em outro quarto, quanto tempo
demoraria até eu desistir de meu longo desejo por um toque de
homem?

Estremeci.

Um enorme estrondo fora da minha porta me trouxe de


volta para os meus sentidos. Eu abri a porta e olhei para o
corredor.

— Filho da puta desgraçado! — A caixa de brinquedos que


Asphalt deixou na escada caiu no patamar, aberta, espalhando
seu conteúdo em torno de suas botas. Parecia que ele estava
prestes a ter um derrame.

— Você precisa de uma mão?— Perguntei, cruzando os


braços.

Ele olhou para cima, e a raiva em seus olhos se


transformou em vergonha.

— Não. O cara grande não quer você em seus pés, subindo e


descendo escadas, carregando toda essas caixas.

— Ele realmente disse isso?

— Ele diz um monte de merda, e não há nenhuma


discussão sobre isso. Vamos fazer o trabalho, senhora. — ele
rosnou, lembrando-me o que eu me tornei. — Isso é o que os
irmãos fazem.

Talvez ele tivesse um ponto, não que eu gostasse de ser


empurrada para o lado pela testosterona pura. Goste ou não,
eu estava sendo forçada a entrar na máquina do MC agora.
Acordei tarde de uma sesta, já escureceu. Meu coração
disparou quando eu verifiquei o tempo, e percebi que deveria
ter alimentado Caleb algumas horas atrás.

— Merda. — A casa estava em silêncio.

Levantei fui para seu quarto, apenas para descobrir


Roman lá, um pote de comida para bebê vazio ao seu lado. Ele
estava sentado no chão, segurando a criança, um estranho
contraste um homem tão robusto e gigante e um bebê
minúsculo em seus braços.

— Roman?

Ele virou-se lentamente com um dedo pressionado contra


seus lábios, me avisando para não acordar o menino dormindo
em seus braços. Seus movimentos suaves enviaram choque e
tristeza pelas minhas veias. Eu nunca o vi assim antes, e isso
me assustou, porque eu não sabia como reagir. Jesus. O que
eu deveria pensar? Era como se eles fossem feitos para ficar
juntos, e eu os mantive separados, adiando algo bonito e
natural por ser a cadela mais indecisa do mundo.

Eu não estava pronta para bater na minha cabeça. Mas


eu precisava considerar a possibilidade de que talvez, apenas
talvez, eu estivesse errada.

Roman pode ser um cowboy bêbado num cavalo de aço,


e um cretino para mim, mas ele poderia ser um bom pai afinal?

Em vez de procurar uma resposta, eu engoli o caroço na


minha garganta, diminuindo a distância entre nós. Eu me
ajoelhei no chão ao lado dele, passando meus dedos
suavemente através dos poucos cabelos de Caleb. Estava
ficando mais escuro a cada dia. Ele realmente se pareceria com
Roman em alguns anos, e eu não estava certa de como me
sentiria sobre isso.

Certamente, ele não poderia ser pior do que o gigante em


seu colete de couro olhando diretamente para mim.

— Você alimentou-o bastante?— Perguntei.

— Sim. Desceu muito fácil. É quase divertido quando ele


para de se agitar.

— Bem, vamos colocá-lo na cama. — eu disse,


estendendo a mão para o garoto e puxando-o para fora dos
braços do motociclista o mais suavemente que pude. Roman
levantou-se e seguiu-me.

Nós levamos um momento, olhando para o pequeno


homem que criamos. Eu não sabia o que diabos estávamos
fazendo, mas eu não podia ignorar o fato de que esse se parecia
como um momento familiar real. Quase.

Se ele não tivesse me tratado tão mal. Se eu não o tivesse


cortado por quase dois anos. Se apenas o cartel não tivesse
chegado e o MC não fosse tão cruel. Se eu não tivesse nascido,
nada disso teria acontecido.

— Baby, você está bem?


Não, porra. Eu não estava. Eu vivi durante cerca de uma
semana, com o risco de cada palavra que atingisse meus
ouvidos provocasse lágrimas, e isso estava começando a ficar
realmente cansativo.

— Eu vou ficar bem. É apenas um dia longo.

— Sim, isso está se movendo rápido para você. Quer que


eu termine de montar sua cama, ou o quê? — Um brilho
penetrante entrou em seus olhos.

Você quer fazer as pazes fodendo a noite toda? Isso foi o


que ouvi por trás de suas palavras, e todo o meu corpo corou
de acordo.

— Jesus, não!— Isso saiu mais forte do que eu queria, e


ele piscou de surpresa. — Quero dizer, eu ainda tenho o meu
saco de dormir. Eu vou ficar bem. Amanhã nós podemos
começar a colocar as coisas em seus lugares.

— Soa como um plano.

— Que quarto está tomando esta noite? — Perguntei,


genuinamente curiosa, e também um pouco de medo que ele
estava indo para exigir o meu.

— Este. Vou passar a noite com meu filho. Vou deitar no


chão. Cada minuto conta, quando eu perdi tanto. — Ele disse
suavemente, mas ainda doía como fogo.

— OK. Você sabe onde me encontrar se ele causar algum


problema, ou se você precisar de ajuda. — Eu comecei a
caminhar para a porta, mas antes que eu pudesse sair, ele
agarrou meu pulso.

— Não se preocupe com isso. O menino é um anjo. Você


fez bem, Sally.

Eu sorri, lentamente puxei minha mão da dele, e me


afastei. Eu dei a porta um puxão suave atrás de mim.

Quando voltei para o meu quarto, e me aninhei no saco


de dormir, o sistema hidráulico veio como lava. Intenso,
emocionante, e sufocando tudo de uma vez.

Acordei de madrugada sentindo-me revigorada pela


primeira vez em um milhão de anos. Eu fui na ponta dos pés
em direção ao quarto ao lado, abri a porta e vi Roman
esparramado no chão. Ele roncava suavemente, sem camisa,
se estabeleceu paralelo com o berço de Caleb.

Em algum lugar em outro mundo, talvez pai e filho


partilhasse alguns sonhos.

Eu nunca soube que algo poderia ser tão tocante e tão


gostoso ao mesmo tempo. Olhando para seu peito muito tempo
era como olhar para o sol, e meu corpo absorvia o calor,
formigando com a memória do que seu corpo áspero fez comigo
anos atrás.

Era como se minha carne soubesse que este era o homem


que me tocou em algum nível profundo, primitivo. E tão forte
quanto ele me ferrou e me irritou, eu queria mais, queria senti-
lo empurrando profundamente dentro de mim.
Mordendo meu lábio o tempo todo, eu o imaginei me
fodendo. Seu corpo enorme sobre o meu, atirando-me para
cima e para baixo como uma boneca, enterrando-se ao máximo
e rosnando no meu ouvido quando ele gozasse. Ele me
encheria com o que eu desejava, mais de sua semente, aquele
estranho e milagroso coquetel químico que eu não sentia há
anos.

Deus. Eu precisava ir embora, antes de entrar, acordá-lo,


e cometer um enorme erro.

Não se passaram nem vinte e quatro horas que eu o


odiava. Eu era sua prisioneira, afinal, a sua old lady, porque
ele me forçou a sair da minha casa e me marcou como um
pedaço de carne com esse selo.

No térreo, Asphalt começou a colocar as coisas nos


armários antes de sair. Sem surpresa, o motociclista não tem
a menor idéia sobre como organizar uma cozinha. Após cerca
de uma hora organizando as coisas ao redor, eu limpei minha
testa, e depois fui até a geladeira para ver se eu poderia
preparar qualquer coisa a partir dos poucos ingredientes que
peguei no trajeto para cá.

Nada além de ovos, carne, creme, e pimentas.


Provavelmente uma dieta típica para um homem tão grande e
construído como Roman. Os músculos não cresceriam sem
trabalho e sem o combustível certo.

Cinco minutos depois, eu sorri para mim mesma,


preparei um lanche pela primeira vez na minha casa nova.
Claro, podia ser de aluguel, mas não fazia tanto barulho pela
manhã, como na fazenda que compartilhei com Norm por tanto
tempo.

Aqui era tranquilo. Pacífico.

Assim que eu comecei a preparar o café da manhã, ouvi


passos atrás de mim. As mãos de Roman circularam minha
cintura e puxou minha bunda perigosamente perto dele antes
que eu pudesse virar.

— Não sabia que você era uma leitora de mente, querida.


Parece que eu estive em hibernação e não comi por um ano.
Droga, isso cheira bem. — Ele se aproximou, puxando uma
respiração afiada.

Meu corpo ficou tenso, especialmente com seus dedos


flexionados em torno de minha barriga, apenas algumas
polegadas dos meus seios. Jesus.

Eu estendi a mão e puxei ao redor do meu colarinho,


tentando esconder a forma como os meus mamilos reagiram.
Eu silenciosamente me amaldiçoei por ter esquecido de colocar
um sutiã.

Parte de mim queria acreditar que ele estava realmente


apenas com fome e cobiçando a omelete no vapor ao meu lado.
Mas a forma como ele inalou, inclinando-se para perto, eu tive
a sensação de que ele estava me cheirando, alimentando uma
fome que crescia no comprimento de um edifício pressionado
contra a minha bunda.
— Está pronto! — Eu respondi, girando nervosamente. —
Vamos lá, vamos comer.

Ele mal afrouxou o aperto o suficiente para eu me virar,


e apertou novamente, me pressionando contra o balcão. É
claro que ele ainda precisava estar sem camisa. Seu peito nu e
magnífico, o urso feroz estampado no tórax combinando sua
expressão feroz.

— Você sabe que eu quero o pacote completo, certo? Você


está vivendo comigo e usando minha marca, querida. Eu posso
viver fingindo. Sou capaz de lidar com tudo isso.

Ele lambeu os lábios, empurrando o rosto em meu


ouvido. Sua barba roçou minha bochecha, e meus joelhos se
transformaram em geléia, derretendo como cera quente ao lado
de todo o resto abaixo da cintura.

Maldição. Já era tarde demais para me afastar? Eu


esqueci como deliciosamente elétrico seu toque poderia ser
quando eu não queria arrancar seus olhos fora, como era fácil
para sua pele, seu cabelo, sua força fazerem todos os nervos
na minha pele cantar.

— Eu disse que eu posso fingir, Sally. Você entendeu


isso? — Ele fez uma pausa, batendo os lábios na minha orelha.
— A coisa é, eu não quero fingir. Eu quero que essa relação
seja tão real quanto o nascer do sol. Eu quero isso
terrivelmente, quase tanto quanto eu quero rasgar este vestido
e te foder sobre esse balcão.
Puta merda. Seus lábios se moviam lentamente,
passando pelo meu pescoço. Ele chupou, mordiscou, e depois
afundou seus dentes em minha carne, me dando uma mordida
de amor depois passou a língua tão suave que eu quase gritei.

Suas mãos foram a vários lugares. Tantos lugares, tão


suavemente, tão possessivo, eu senti como se tivesse me
tornado um feixe de chamas.

Seus lábios subiram, cada vez mais rápido, insaciável. O


beijo inevitável veio, e minha calcinha encharcou no segundo
que sua língua tocou a minha.

Ele rosnou em minha boca quando eu gemia. Seus


quadris balançaram nos meus, me empurrando em cima do
balcão, movendo magnificamente no meu clitóris através de
nossas roupas. Lava queimou minhas veias, banhando meu
cérebro na sua espessura de calor, desenfreado, apagando
cada pensamento, exceto como incrível ele era em cima de
mim.

Sua língua trabalhou com mais força. Faminto. Tome este


beijo, abra as pernas e me foda, parecia dizer, mostrando o que
exatamente estava prestes a acontecer sem formar quaisquer
palavras.

Meus mamilos ficaram tensos, mais sensíveis. Eles doíam


como pequenas brasas debaixo do meu vestido. Uma mão
áspera roçou minha coxa, indo para a minha fenda molhada,
e a outra se movia como um demônio, tirando a seda em volta
do meu tronco. Ele encontrou meu peito e boceta
simultaneamente. Dois dedos empurraram dentro de mim,
assim como ele beliscou meu mamilo tenso. Isso trouxe de
volta à vida.

Fodido. Rápido.

Não,não! Eu não posso deixá-lo fazer isso. Não quando ele


me machuca tanto.

Meus olhos se abriram. O desejo nublando meus sentidos


desapareceu em um instante, substituído por medos mais
sãos.

Cristo. Eu o odiava completamente até ontem à noite,


quando ele me mostrou que ele poderia ser mais do que um
bandido irresponsável. Eu não poderia mudar minha mente de
odiá-lo para deixá-lo me foder em menos de vinte e quatro
horas, certo?

Que tipo de mulher que eu era? Claro, ele parecia um bom


pai quando eu o vi com Caleb, mas foi um pouco nota de
rodapé em um livro inteiro de crueldade e violência.

Pressionei minhas mãos contra o peito brutalmente


tentador o empurrando. Duro.

— Querida? Que porra é essa? — Ele rosnou,


cambaleando para trás.

Por um segundo, meus olhos capturaram o tesão furioso


em seu jeans. Eu sabia o que aquele pau poderia fazer.
— Isso está acontecendo muito rápido, Roman. — eu
ofegava. — Eu sinto muito. Eu preciso de mais tempo. Eu
ainda não sei o que diabos estamos fazendo aqui. Eu ainda não
sei se eu te odeio.

Ele esboçou um sorriso, puxando o jeans com os


polegares, provavelmente para aliviar a tensão contra o jeans.

— Eu disse que eu sinto muito por tudo que aconteceu antes.


Eu estou fazendo a coisa certa. Eu vou construir essa família
em algo real, droga, e eu vou gastar cada minuto acordado
fodendo essa merda fora de você, se isso é o que é preciso.

— Você não pode me controlar com o sexo. — Eu


retruquei. — Eu não quero nada com você assim agora.

Mas meu corpo faz, eu pensei, apertando minhas pernas


juntas e sentindo a umidade que seu toque deixou para trás.

Tão estranho estar irritada e ligada por suas palavras


ousadas. Então, novamente, os contrastes eram a regra com
Roman. Quanto mais cedo eu aprendesse a lidar com eles sem
perder a minha sanidade mental, melhor.

— Você acha que eu quero controle? Você acha que eu


quero te arrastar para a minha caverna e te foder, sem nada a
dizer? — Ele deu um passo em minha direção, não parando até
que meus mamilos encostaram-se ao urso faminto tatuado em
seu peito novamente. — Você está totalmente errada, querida.
Ter você como um peixe morto não vai fazer nada para mim.
Quero que você queira isso até que seu coração pare. Eu quero
você implorando por mim novamente, Sally. Se você não está
pronta para tudo isso, tudo bem. Vou colocar uma coleira no
meu pau e continuar provocando até que você esteja.

O suor quente escorria na minha pele. Eu me afastei dele,


abaixando-me para fugir, antes que meu corpo se rebelasse e
eu abrisse minhas pernas para ele no balcão como ele queria.

— Roman. — Eu olhei para cima, forçando-me a


encontrar seus olhos castanhos escuros. — Não faça isso. Nós
não podemos fazer isso. Não podemos cometer outro grande
erro. Não quando eu mal sei quem diabos você é.

O sorriso arrogante em seu rosto derreteu.

— O que, você não tem a mínima idéia?

— Você sabe o que eu quero dizer. Tivemos algumas


semanas de sexo no verão e algumas viagens há dois anos. Nós
estamos juntos há exatamente um dia. Eu não me importo se
o seu nome já está gravado na minha pele porque você o forçou
lá. Você é um mistério ambulante, e eu não vou me jogar em
você quando eu não tenho a menor idéia se você realmente
quer dizer isso.

Por um segundo, seu queixo ficou tenso. Pensei que ele


fosse explodir, talvez chegar aos armários e começar a quebrar
os pratos que eu passei mais de uma hora organizando. Em
vez disso, ele olhou para o chão e se dirigiu para a mesa,
empurrando uma cadeira tão rápido que gritou através do
azulejo.
— Vamos comer alguma coisa. Temos o dia todo para
resolver esse problema antes da festa do clube neste fim de
semana. Todos esperam ver você agindo como uma old lady lá.
Aqui, agora, eu não dou a mínima.

Essa última parte atingiu meu peito como uma faca. Tudo
o que ele disse sobre não se importar, o tom afiado em sua voz
dizia o contrário. Com um suspiro, eu preparei nossos pratos,
empurrando o dele em sua direção.

— Que diabos é que isso quer dizer, afinal?— Ele apontou


o garfo para mim. — Você acha que eu sou um mistério
ambulante?

— Eu nem mesmo sei por que você foi preso. Vamos


começar por aí. — eu disse, nervosamente apunhalando os
meus ovos. — E eu juro por Deus, se eu ouvir as palavras
“negócios do clube”, eu vou...

— Eu estava cobrindo a bunda de outra pessoa, querida.


Foi uma corrida ruim. — disse ele lentamente.

Pisquei, lutando para me livrar da surpresa quando eu


percebi que ele estava realmente me dizendo algo.

— O clube estava correndo, uma coisa especial que


pegamos no início da nossa negociação com o cartel. Aquele
desgraçado Fang, o velho Prez, deixou nosso arsenal muito
baixo. Ele nos enfraqueceu, lutando contra outros clubes, nos
deixando sem condições de lidar com uma ameaça tão grande
quanto os mexicanos.
— Estávamos desesperados para repor nosso estoque,
colocar nossos cães em fila para lutar. O comboio parou em
Redding após uma coleta que ia para o norte, e eu estava na
escolta até San Diego. Paramos ao longo da estrada neste bar
de motoqueiros. Alguns dos outros membros entraram em
uma briga com uma equipe rival lá, este clube do Texas,
passando por nosso território. Eles causaram uma grande
comoção, e o xerife local veio rugindo antes que pudéssemos
pegar a estrada. Alguém precisava ficar para trás, tivemos que
jogá-los um osso, fazer os policiais pensarem que não
perderam meia dúzia de caminhões carregados com armas
ilegais. Tomei a responsabilidade pelos danos ao bar, fodendo
dez caras. Realmente, eu só bati em cinco. Alguns dos rapazes
nesse prazo eram idiotas, e eu estou feliz que eles se foram
agora, mas eu fiz isso para a parte do clube que vale a pena
salvar. Eu fiz isso para lutar contra o cartel.

Meu coração batia forte. Eu mal podia me lembrar de


comer. Lentamente, eu estendi a mão sobre a mesa, pegando
a sua, correndo os dedos através dos seus.

— Eles jogaram a lei em mim pela briga, e por


encontrarem algumas granadas e magnum’s com os números
de série raspados no meu alforje eu cumpri dois anos para uma
fraternidade que estava fodida. Eu não tinha certeza sobre o
clube naquela época, mas eu estava certo de que o cartel era
pior. Eu não podia deixá-los ter um acesso aberto para
Redding. Se eles tivessem chegado aqui mais cedo, eles teriam
fodido seu rancho muito mais rápido, e eu não estaria por
perto para ajudar.

Ele fez uma pausa, olhou para cima.

— Eu fiz isso para proteger a cidade. Eu não os queria fodendo


com a minha mãe, ou qualquer pessoa que não merecia isso.
Os cartéis não tem um código. Eles vão destruir quem fica em
sua frente e eu não deixaria isso acontecer a qualquer um.
Mesmo que você, nem eu sabíamos que você estava carregando
meu filho.

— Eu sempre soube que você teve uma razão para fazer


o que você fez. — eu sussurrei, apertando sua mão. —
Obrigado.

— Não.— Ele balançou a cabeça. — Eu não sou nenhum


herói. Eu sou apenas um homem que escolheu o mal menor, e
por algum golpe de sorte, ela acabou por ser a escolha certa.

Ele afastou sua mão da minha, pegando seu café da


manhã. Eu permaneci em silêncio por mais de um minuto, o
assistindo comer. A história, a verdade, era tão intensa que
deixou minha garganta seca como algodão.

Algo estava faltando de qualquer maneira, minha cafeína


matinal. Levantei-me e fui até a geladeira, pegando uma
mistura gelada de café com leite em uma caixa.

A cafeteira estava ainda na caixa. Roman pegou a garrafa


e zombou.
— Este mijo açucarado é bom, ou o quê?

Olhei para ele e sorri. Eu não pude evitar.

— Diga você. Não vai tirar as tatuagens de sua pele por


tentar algo novo, você sabe.

Eu observei os músculos poderosos em seus braços


quando ele pegou a caixa e torceu tampa, despejando o líquido
em um copo alto.

— Isso é tudo que eu estou fazendo ultimamente, querida. Eu


tenho uma cabeça tão dura como um dinossauro, mas eu sou
mais inteligente do que você pensa. Eu posso aprender, e você
descobrirá o quão rápido. Apenas espere.

Ele apontou para mim enquanto colocava a garrafa no


chão, em seguida, voltou a comer seus ovos. Nós comemos em
silêncio. Quando a comida estava quase no fim, ele pegou a
bebida e tomou um longo gole, batendo o copo em cima da
mesa quando ele sorriu.

— Bem? — Eu falei. Mantendo a conversa sobre bebidas


parecia mais seguro do que todo o resto.

— É bom. Eu ainda prefiro preto e puro, mas eu posso


lidar.

Eu retornei o sorriso afiado em seus lábios. Meu primeiro


café da manhã com um fodão não se transformou no desastre
que eu esperava assim que tirei suas mãos de mim.
— Vá se limpar e vamos alimentar Caleb. Iremos definir seu
assento no meu caminhão.

— Por quê? Onde estamos indo?

— Minha mãe quer conhecer seu novo neto e a mulher


que eu engravidei. Vamos embalar alguns lanches e água, para
passar o dia. Há um parque próximo que o garoto
provavelmente vai amar.

Merda. Tanto para evitar o desastre.

A mulher baixa e de cabelos escuros saiu gritando. A


porta de tela anexada à velha casa se abriu e bateu contra a
parede antes mesmo de sairmos do caminhão, e no começo eu
pensei que sua excitação estridente era algum tipo de pássaro
estranho fazendo barulho.

Os olhos de Caleb se arregalaram e ele choramingou


quando a mulher estranha pulou e o tirou de minhas mãos.

— Meu bebê! Oh Deus! Ele parece com você, Travis. — A


mãe de Roman sorriu para seu filho enquanto ele se
aproximava do lado do caminhão para nos encontrar.

Travis, hein? Eu sorri, espantada que demorasse anos


para descobrir o seu nome. Era mais amigável do que o nome
da estrada que adotou no clube. Também era meio
impressionante que eu nunca ouvi falar até agora.

— Senhor, ele é precioso. — Eu assisti com admiração


quando a senhora de 60 anos se alternou beijando as
bochechas de Caleb na velocidade da luz, como se ela estivesse
tentando compensar todos os beijos de avó que ele perdeu em
seu primeiro ano de uma vez.

— Vamos, ma. Não o sufoque antes de entrar em casa. —


Ela riu e relutantemente o soltou quando Roman puxou o
menino para longe dela.

Pela primeira vez, ela olhou para mim com força, os lábios
finos sinalizando um sorriso cauteloso.

— E você deve ser a sortuda. — disse ela.

Eu balancei a cabeça.

— É um prazer te conhecer. Sou Sally Jennings.

— Não por muito tempo. — resmungou Roman,


segurando a mão que estendi para sua mãe. — Esta garota é
minha old lady, ma. Apenas esperando uma jaqueta adequada
que chegará na próxima semana. Nós vamos fazer algo sobre
esse último maldito nome também.

Ela olhou para mim como se eu tivesse acabado de cair


de um cometa. Então, ignorando minha mão estendida,
inclinou-se na ponta dos pés e jogou os braços em volta do
meu pescoço, cobrindo-me com vários dos mesmos beijos que
ela deu no bebê.

— Bem vinda à família. Se meu filho fizer alguma coisa


para chatear você, venha até mim. Meus amigos me chamam
de Julie, mas é melhor você se acostumar a me chamar de 'ma'.
Roman riu.

— Vamos. Podemos falar disso lá dentro.

A casa de Julie era pequena, simples, em uma pequena


vila fora de Redding. Ela nos serviu café enquanto estávamos
sentados na sala de estar. Assim que eu sentei no sofá macio,
Roman pegou minha mão e pressionou a dele em meu colo,
perigosamente perto apertando minha coxa através do longo
vestido que eu escolhi para o dia quente de outono.

— Vocês formam um casal mais bonito do que eu


esperava. — ela pensou, mal olhando para nós quando ela
colocou Caleb em seu colo na enorme cadeira em frente a nós.
— Eu sempre achei que meu filho iria acabar com alguém...

— Lixo? — Ele terminou por ela. – Caralho, não. Sabe


aquelas vagabundas no clube eram nada para mim, ma. Eu
arrancaria meus malditos olhos fora antes que eu tivesse um
filho com alguma delas.

Exceto que poderia ter facilmente acontecido, pensei com


tristeza. A única razão pela qual estou sentada com este bad
boy agora é por causa de uma noite selvagem e um comprimido
com defeito. Poderia ter sido outra pessoa.

— Oh, Trav.— Ela olhou para cima, passando os dedos


pelos cabelos macios do bebê. — Os dias de playboy acabaram,
sim? Você vai ser um homem casado. Você tem que deixar
alguns maus hábitos morrerem.
Jesus. Pela segunda vez naquele dia, a palavra com C veio
à tona. Eu meio que sabia que era apenas um batimento
cardíaco de distância depois que ele colocou o nome tatuado
perto da minha bunda, mas eu, pelo menos, esperava uma
proposta, algum tipo de pedido.

— Nós estamos juntos agora, sim.— eu disse suavemente.


— Espero que ele esteja no humor para se estabelecer.

Eu olhei para Roman. Seu rosto masculino apertou tão


sutilmente que eu poderia ter perdido em um piscar de olhos.
Os dedos na minha coxa foram mais evidentes.

Quando eu disse se estabelecer, ele apertou duro. Oh,


Céus.

— É melhor que ele queira! — Julie retrucou, atirando


Roman um olhar afiado. — E eu não estou falando apenas
sobre o amor. Toda a gente nesta casa se lembra do que
aconteceu com Dagger.

— Dagger? — Eu repeti.

De repente, o aperto de Roman na minha perna não


estava tão forte. Julie olhou com tristeza para o bebê em seus
braços. Caleb sorriu, agarrando as pontas dos dedos.

— Ele seria um avô incrível. —Ela olhou para cima. — Eu


ainda posso sentir o meu velho ao meu lado algumas vezes, a
sua enorme mão protetora no meu ombro. Mas tem sido muito
tempo para senti-lo da maneira que eu costumava fazer.
Roman, você era tão jovem... você não pode acabar da mesma
maneira que ele e deixar este belo rapaz sozinho.

— Ma! Por que você não pega para o garoto aquelas


roupas que você me falou no telefone. Vamos ver se elas servem
e vamos levá-lo para o parque. Está um dia muito agradável
para desperdiçar aqui falando sobre o passado.

O rosto de Julie se iluminou, e ela desapareceu no


pequeno quarto com Caleb.

— Vamos voltar quando estiver pronto! Estas são roupas de


segunda mão que recebi de Suzie, mas eles devem caber-lhe
bem.

Eu esperei até que ela estava ocupada vasculhando o


armário alegremente enquanto falava para Caleb toda vez que
ele riu. Então eu me inclinei para Roman e peguei sua mão,
apertando-a sem pensar.

— Dagger era o seu pai?

Ele me deu um olhar severo.

— Baby, você saberá em breve. Vamos apenas desfrutar


do sol e vê-la brincar de avó. Nós estaremos de volta em casa
arrebentando nossos traseiros para desembalar as coisas esta
noite.

Eu fiz uma careta, principalmente pelo mistério pesado


que paira sobre tudo. Caleb riu na outra sala, e eu a vi
movendo um macacão como um fantoche, para sua diversão.
Talvez Roman estivesse certo. A escuridão em seu mundo
deixou muita coisa para chorar, e tempos mais felizes como
estes só poderia ser o único alívio da tempestade sem fim
varrendo o Grizzlies MC e todos nele.

Julie correu à nossa frente no parque, carregando Caleb


por todo o lugar enquanto ele ria, ajudando-o a manter os seus
passos vacilantes mais tempo do que ele poderia ter feito
sozinho.

Ela fez uma boa avó, com certeza, não era uma grande
surpresa, eu acho que, dada a forma como seu filho foi natural
com Caleb. Até o final do dia, estávamos todos mortos de
cansaço, descansando em um cobertor que ela trouxe junto
com alguns lanches.

Depois, todos nós voltamos ao seu lugar, e ela tentou


ajudar a carregar as caixas de roupas extras e suprimentos
para o bebê. Roman não deixou, insistindo em fazer tudo
sozinho.

Entre o que ela deu a nós e as doações do clube, junto


com o material que eu deixei para trás com Norm, teríamos
uma sala inteira cheia até o limite com o berço e guloseimas
para criança. Era o suficiente para três crianças.

— É melhor trazê-lo de volta em breve. Não me faça segui-


lo, filho. — Julie disse antes de sairmos, abanando o dedo para
Roman. — Você sabe que eu vou mandar Blackjack atrás de
você se eu não receber uma chamada.
— Sim, obrigado por me lembrar o que você sempre faz.
— ele rosnou, não parando de subir no caminhão. — Estou
ocupado demais, mas você vai ter mais tempo com o bebê. Não
se preocupe. Somos uma grande família feliz agora, e é assim
que eu vou mantê-lo.

— Certifique-se disso. — ela disse, com um brilho mais


sério nos olhos. — Cuide de Caleb. De Sally também.

Eu sorri e acenei, subindo no banco do passageiro e


colocando o meu cinto de segurança. Roman não disse nada,
ele simplesmente manobrou o caminhão até a calçada e
levantou a mão. Julie assistiu o tempo todo, até que nos
afastamos da vista.

— Espero ter metade dessa energia quando estiver na


idade dela. — eu disse, na esperança de acalmar as coisas. —
Eu estou cansada só de pensar em todo o trabalho em casa.

— Nós vamos chegar a isso, querida. Peça por peça. Mas


nós não estamos indo direto para casa.

— Não?

— Caralho não. Nós temos mais uma parada para fazer.


Se você ainda não sabe quem diabos eu sou, então eu vou
perfurá-lo em sua linda cabeça loira. Você viu ma louca, bem
intencionada e cheia de energia. Essa é a luz. Agora, é justo
que eu mostre a escuridão.

Eu não sabia do que diabos ele estava falando. Minha


pressão sanguínea aumentou, e um medo estranho retorceu
no meu estômago, impiedosamente durante todo o trajeto de
vinte minutos ao enorme, armazém.

Nós entramos em um estacionamento abandonado com


uma cerca enferrujada ao redor.

Dizem que algumas pessoas são tão sensíveis que podem


detectar fantasmas, especialmente os mais tristes e irritados.
Eu não estava certa sobre isso, mas eu definitivamente tenho
uma certeza inabalável. Algo terrível aconteceu aqui. Eu sabia
disso antes que ele desligasse a ignição e me mandou descer,
apontando para o lado do armazém.

— Vamos. Pegue o garoto e vamos caminhar. — ele


rosnou, abrindo sua porta assim que o motor ficou em silêncio.

— Você tem certeza que é seguro aqui?

Ele bufou.

— Eu não estaria trazendo minha mulher e o meu filho aqui se


não fosse. É plena luz do dia. Além disso, ninguém seria
estúpido o suficiente para usar este lugar como um ponto de
encontro desde tudo que aconteceu aqui anos atrás. Não
depois da tempestade na mídia e os policiais vasculharem
tudo.

Prendi a respiração, dando um passo para fora do


caminhão e tirando Caleb, desafivelando o cinto de segurança.
O bebê cochilou cansado em meus braços, e fez um barulho
quando a brisa fresca nos atingiu. Ele estava muito mais
interessado em tirar um cochilo bem merecido depois de
passear com a avó do que ver algum drama adulto neste lugar
desgastado.

Roman olhou atrás, alguns passos à frente, acenando-


nos para segui-lo. Eu fui, meu coração batendo forte. Nós nos
aproximamos de um pequeno canto com uma cerca quebrada
do meio para baixo, ao lado de uma doca decrépita.

Ele deu andou uma curta distância passando uma


grande lacuna no alambrado enferrujado, olhando
calmamente na calçada. Segui seus olhos. O concreto estava
quebrado. Grafites desbotados circularam um pequeno
medalhão de bronze com o logotipo Grizzlies MC no meio do
concreto.

Eu não conseguia distinguir nada, exceto os indícios de


um punhal na desbotada tinta vermelha oxidada, e uma data
que parecia que terminou no final dos anos noventa.

— Este é o lugar onde meu pai conheceu seu criador. —


disse ele, olhando para cima e se fixando em meus olhos. —
Dagger foi morto pelo clube. Ele deixou para trás a minha mãe
e um garoto realmente chateado de 14 anos de idade. Eu.

Ele bateu no peito. Seu rosto se contorceu, quando anos


de memórias podres correram através dele ao mesmo tempo.

— Sinto muito. — eu disse, e eu quis dizer isso. Também


foi tudo o que consegui com as emoções pesadas no ar.

Eu nunca o vi assim. O olhar, solitário e escuro em seus


belos olhos castanhos, seus enormes ombros levemente
caídos. Eu vi um homem espancado por uma das poucas
coisas que ele nunca controlaria, o passado.

Eu precisava saber. Respirei fundo, reunindo as minhas


palavras, em seguida, apertei Caleb com o outro braço, quando
eu coloquei uma mão em seu ombro.

— Como isso aconteceu? Quer dizer, se você não se importa...

— Um acordo que deu errado. Os Nevada Scorps vieram


para pegar alguma coisa mais dura, o clube mandou uma mula
para entregar. Os Scorps estavam quentes antes que Reno e
Vegas se transformassem em zonas neutras que nenhum MC
poderia reivindicar. Eles também iam trair com quem estivesse
negociando, logo que eles estavam com o dinheiro na mão. Os
filhos da puta tentaram jogar a bola no clube por causa do
prejuízo da cocaína que estávamos vendendo, por isso que
estávamos colocando as mãos em outras coisas.

Fazendo uma pausa, o rosto sério, raiva extravasando seu


rosto.

— Eles armaram para o MC. Ele disse a eles que aceitava


a sua oferta, e eles tinham a mão de obra para apoiá-la. Meu
velho impetuoso. Tal pai, tal filho, eu acho. Ele estava tendo
problemas em casa com ma e bebendo muito. Ela amava esse
homem, e sentia orgulho de ser sua old lady, mas ele entrou
na típica crise de meia-idade e enlouqueceu. Começou a brigar
com ela, bebendo como um cretino, provavelmente fodendo
algumas vagabundas do clube. Algo o empurrou ao limite. Ele
estava fodido, e ele perdeu a vida. Bem aqui.
Roman passou por cima da tinta vermelha, bateu ao
canto do memorial com a bota.

Olhei para ele com os olhos arregalados, e então ele olhou


de volta para o chão. Eu não podia acreditar que ele estava me
mostrando o local onde seu pai morreu.

— Aconteceu rápido. Você não ganha uma segunda


chance neste negócio. Ele acertou um Scorp, e eles puxaram
as armas. Arrancou os malditos dentes do cara, três golpes na
cabeça. Blackjack estava lá com a antiga equipe, e ele se viu
contra a parede também, uma espingarda pressionada contra
seu peito. Todos os caras assistiram com raiva enquanto os
filhos da puta pegaram a cocaína, o dinheiro, e bateram no
meu velho até que ele parou de respirar.

Puta merda. Lágrimas quentes devastaram meus olhos só


de pensar nisso. E ele nem sequer terminou ainda.

— Eles rasgaram sua jaqueta. Aquele couro rasgado que


você vê emoldurado atrás do bar do clube, o mesmo que está
ao lado de todas as fotos dos caras mais velhos que não eram
idiotas completos quando estavam no seu auge. O VP dos
Scorps puxou a faca de caça e esfolou uma tira de pele das
costas do meu pai também, enquanto ele estava morrendo e
roubou o urso que estava em sua pele. Seu sangue corria por
todo o maldito lugar, pingava em torno das botas de cada irmão
em pé lá. Isso é o que Blackjack me disse quando eu estava
velho o suficiente para lidar com isso.
— Isso é doente! Roman, me desculpe. Entendi. Por favor.
Eu não preciso ouvir mais nada. — Caleb se contorceu, e eu
soltei meu aperto, me desculpando por apertá-lo praticamente
até a morte enquanto eu imaginava a cena desse pesadelo.

— Nós voltamos a eles, é claro. Um pouco antes da minha


época como prospecto, infelizmente. Eu teria adorado rachar o
crânio do filho da puta que o esfolou. Blackjack cuidou disso,
antes que eu pudesse, e os Scorps são apenas história agora.

— Por quê? Por que você está me contando tudo isso? —


Eu olhei para o rosto frio e morto, tentando entender.

— É a minha maneira de dizer a você que estou pronto


para abrir meu peito e te entregar a porra do meu coração,
querida. — Ele deu um passo para frente, colocando uma mão
fria, na minha bochecha. — Eu também sei o quanto meu pai
fodeu as coisas. Ele explodiu e foi morto porque ele não
respeitou a sua família o suficiente para manter uma tampa
sobre sua lixeira, resolvê-la de alguma outra forma. Eu sei que
você tem suas dúvidas sobre mim.

Mordi o lábio, sacudindo a última das lágrimas, incapaz


de resistir ao impulso de pressionar o meu rosto na palma da
sua mão.

— Eu posso mudar minha mente, você sabe. As coisas estavam


muito fodidas. Eu estava pronta para ir embora, pronta para
deixar você para trás...
— E esse é o ponto, querida. Se não fosse pelo cartel, eu
tenho um sentimento ruim que eu teria perdido muito mais da
vida do meu filho, porque você não podia confiar em mim. —
Sua mão circulou à minha volta, envolvendo em torno da
minha cintura, me puxando e o bebê ao peito. — Eu quero
explodir quando eu penso sobre isso. A única razão pela qual
eu não faço é porque não há nenhuma maneira que eu vá
deixar isso acontecer novamente.

— Roman... as pessoas cometem erros.

Sim, elas cometem. Minha cabeça ficou girando, pronta


para voar e levar o resto de mim com ela. Eu não podia sequer
compreender o certo ou errado nesta situação. Não mais. Nós
erramos muito, mas ele estava tentando fazer as pazes.

Eu não deveria tentar?

Choque e admiração não podem descrever minha reação.


Eu coloquei Caleb cuidadosamente entre nós e levantei a
cabeça, pronta para um beijo.

Ele afastou-se no momento que meus lábios tocaram os


dele, roçando a barba na minha bochecha.

— Mantenha a boca. Você não tem idéia do quanto eu quero


esses lábios nos meus. — ele rosnou.

— Mas eu não vou fazer isso até que seja real. Eu quis
dizer o que eu disse esta manhã. Eu quero ouvir você implorar,
querida. Eu te levei em uma montanha-russa para lhe mostrar
meu verdadeiro eu. Deixe-o afundar. Você não pode mudar sua
mente em menos de um dia. Você me empurrou esta manhã,
e eu não estou te fodendo agora, pegando algo que só vai
estragar tudo em longo prazo.

— Vamos. É só um beijo. Não estou dizendo que eu estou


pronta para transar com você, ou qualquer coisa.

Droga. Eu estava falando sério? Eu não conseguia parar


de sentir seu pau duro contra a minha coxa, tenso e querendo,
fazendo meu corpo tremer com a necessidade. Real e
verdadeiro. Como diabos passamos dessa manhã para esse
momento? De repente, ele se tornou cauteloso e conservador,
e isso me deixou louca.

— Sim, você está. — ele rosnou, estendendo a mão para


o meu cabelo e puxando meus lábios para os dele.

Nós nos beijamos longo, duro e quente. Era quase


catártico, algum tipo de exorcismo em forma de amor, capaz
de banir um pouco do mal que paira sobre este velho e
abandonado terreno.

Gemi em sua boca, realmente saboreando ele. Minha


língua girou contra a sua, levou em uma dança fumegante
inescapável, arrancando todos os nervos do meu corpo com
perfeição.

Droga! Não me faça implorar. Ele não pode estar falando


sério sobre isso.

Sua língua se moveu contra a minha com tanta força que


meus mamilos latejaram. O sangue quente correu por meus
ouvidos, abafando tudo, fazendo-me ouvir a necessidade
batendo no meu próprio coração.

Eu quero. Porra. Tudo.

Não, nós não poderíamos, no entanto. Não foi tão fácil, e


certamente não poderia acontecer aqui. Eu precisei parar
antes de irmos mais longe, especialmente com o doce bebê
ainda em meus braços. Afastei-me, lutando para estabilizar
meus joelhos, seguindo-o até o caminhão. Coloquei Caleb em
seu assento infantil, em seguida, entrei.

— Saborear você faz meu pau agir como um adolescente


que está prestes a ter sua primeira foda. Você sabe disso? —
Ele olhou para mim no banco do passageiro. Minhas
bochechas aqueceram. — Ainda assim, você mantém uma
tampa nessa lixeira até que esteja pronta. Você me dá essa
língua novamente, é melhor você esperar ficar nua, garota.

Sua mão deslizou para baixo em minha coxa, e seus


dedos apertando a saia na minha pele fria. Fogo instantâneo.

Roman ligou o motor, mas não colocou o caminhão na


estrada, olhando nos meus olhos quando ele se inclinou.

— Deixe-me esclarecer isso, vamos nos tornar marido e


mulher, uma família feliz, e estou bastante animado que você
esteja a bordo. Mas quando você estiver pronta para a outra
parte, a parte que é suja, dura, e tão áspera que vai deixá-la
dolorida na semana seguinte, você deixe-me saber. Eu não
provoco. Eu não faço testes. Se você quer me foder, você abra
bem as pernas, porque eu não vou parar até que eu tenha me
empanturrado em você, mulher. Eu vou beijar, chupar, e foder
tudo o que você tenha, querida, e não há nenhuma interrupção
até que meu pau não funcione.

Eu não sabia o que causou meu superaquecimento em


primeiro lugar. Minhas coxas, no lugar onde os seus dedos
apertavam minha carne, ou minha calcinha apenas alguns
centímetros depois. Eu não ficaria surpresa de encontrar
marcas de queimaduras sobre elas mais tarde. Eu estava tão
completamente encharcada que percebia cada vez que o vento
soprava mais forte.

Eu estava me afogando, um pouco de cada vez, lutando


contra o meu desejo insano de enterrar o passado com nossos
corpos juntos entre os lençóis.

— Você é minha, baby, e só minha. Em todos os sentidos.


O tempo todo. Você entende? Essa é a única palavra que esteve
tão pesada quanto as outras que eu falei quando eu te coloquei
minha marca. Minha.

Eu entendi, mais do que ele imaginava.

Lentamente, eu balancei a cabeça, segurando seu pulso


com uma mão trêmula, empurrando-o para fora. Não voltei a
respirar até que ambas as suas mãos estavam no volante, e
nós estávamos deixando para trás o memorial sombrio, para
sempre.
Ele estava certo sobre uma coisa, tudo estava
acontecendo de maneira muito rápida. Ainda assim, eu não
podia negar a faísca que não parava de passar nas minhas
veias, meu calor implorando para se misturar com o dele.

Meu núcleo apertou, e eu empurrei minha língua contra


o céu da boca. Jesus, meus mamilos palpitaram contra o sutiã,
com fome para ser sugado, assim como o meu clitóris. Eu
nunca soube o que a necessidade de sexo poderia realmente
fazer, até agora.

Claro, poderíamos manter o ato seguro, são e cuidadoso,


enquanto eu pudesse suportar. Mas, mais cedo ou mais tarde,
eu sabia que ia acabar montando seu pênis, puxando-o para
dentro de mim e deixando-o tomar seu lugar de direito lá como
o único homem que já me fodeu.

Caralho, o único que eu sempre quis.

Roman já me colocou a sua marca e a promessa de


casamento não tão sutil que ele fez na casa de sua mãe. Ele
agia tão rápido que minha cabeça estava girando, jogando fora
a raiva e amargura que eu mantive quando ele voltou para
minha vida.

Logo, ele tomaria o que era dele na cama, e eu daria tudo


e muito mais, tudo o que senti quando ele mordeu minha
orelha e rosnou a palavra minha.
CAPÍTULO 8

Roman: Sangue ruim

Eu acordei suando frio dois dias depois. O meu filho


ressonava em seu berço, alheio a tudo, mesmo quando eu bati
minha testa e suei o último Jack no meu sistema pela primeira
vez em anos.

Maldição. Toda noite naquela casa era um calvário


quando eu não estava acordando ao lado de Sally.

Eu acordei sozinho, estendido no chão em meu saco de


dormir, meu pau babando o pré semêm por toda a minha
boxer. Fazia muito tempo desde que eu transei, e a menina que
eu queria estava a apenas uma parede de distância.

Eu ouvi os irmãos falarem sobre tensão sexual ao longo


dos anos até sobre eles ficarem com bolas azuis, especialmente
quando eles estavam interessados em alguma mulher que
queriam chamar de sua old lady.

Eu? Eu estava pior, muito pior.


Eu já a reivindiquei, e ela não estava dizendo não, mas
ela estava fora de alcance até que ela dissesse a palavra
mágica.

Eu tinha uma old lady que eu não podia foder até que ela
me quisesse tanto quanto eu a queria. Eu consegui avançar
bastante ao longo dos últimos dois dias, mas nada comparado
a tê-la debaixo de mim.

Eu não podia fodê-la até que ela gemesse no meu ouvido,


pressionasse sua pele contra a minha, me fazendo sentir sua
temperatura subindo mais de cem graus. E eu não poderia
voltar para as prostitutas para um boquete, apenas para
esvaziar minhas bolas.

Eu não iria foder as coisas.

Eu morreria antes de cometer os mesmos erros do meu


velho. Eu não ia dizer isso para ela, mas Sally já tinha meu
pau pulsando em sua mão. Eu não poderia pensar em deixar
esse filho da puta ganancioso ter o seu destino com ninguém,
mas somente ela, ela, ela.

Ela deve ter feito alguma magia negra quando eu não


estava olhando. Nada mais fazia sentido.

Droga, as mulheres costumavam vir fácil, e eu não tive


nenhum problema em ficar duro para uma estranha antes.
Agora, era como se todas as outras bocetas do planeta se
transformassem em cinzas, prêmios de bronze que minhas
bolas jamais aceitariam. Eu queria ir para o ouro, e fodê-la com
tanta força que sua boceta quente, apertada lembraria a forma
do meu pau até que nós estivéssemos mortos.

Porra.

Levantei-me e comecei a me vestir. Ontem, eu bati na


fazenda dos Jennings, principalmente para o check-in com a
tripulação e ver se eles estavam mais perto de mover seu primo
idiota para a segurança antes que o cartel o cortasse em
pedaços sangrentos.

Ele era um idiota teimoso. Honrado, mas rígido como uma


malvada mula.

Brass estava lá, bastante chateado. Ele me disse que


Stryker e Asphalt perseguiram um caminhão suspeito pelos
campos, após a meia-noite. Eles teriam chegado aos
desgraçados, se Beam não tivesse tomado um rumo errado, e
bateu sua moto através de uma cerca velha da fazenda.

Eu não gostava do filho da puta, e não apenas porque ele


tentou um lance em minha menina. Ele não foi endurecido pela
batalha. Toda a sua atitude era uma droga, e eu não poderia
dizer entre ele ou Stryker qual era mais despreparado, ambos
eram muito novos nesta vida.

Pena que eu precisava me acostumar com isso. Eu tive


que lidar com suas cagadas, o seu desrespeito, os seus erros
enquanto eles compartilhavam o patch. Eu pensei nisso como
prática.
Seus direitos de voto era o que mais me incomodava. As
regras do clube davam direito ao voto a cada membro com
patch. Isso pode ser um problema quando essas crianças
precisavam tomar a granada entre os seus dentes, e tomar
uma decisão que afetaria todo o clube.

Eu suspirei, passando a mão sobre a testa do meu filho,


e fui para o banheiro.

Tomei banho rápido, lutando para ignorar a dura ereção


entre as minhas pernas. Meu pau podia abrir um buraco na
parede e me levar com ele uma noite se eu não ficasse entre as
pernas dela em breve.

Saí sem camisa, me enxugando. Sally estava no corredor,


arqueando uma sobrancelha quando eu parei e olhei para ela.

— Você sabe, isso realmente não é justo. — disse ela, a


frustração em sua voz.

— Que diabos você está falando?

— Ontem. Você me disse para não provocá-lo, a menos


que nós estivéssemos indo até o fim... bem, eu quero a mesma
coisa. Você poderia colocar suas roupas antes de caminhar
pela casa.

Joguei minha cabeça para trás e rindo.

— De maneira nenhuma, querida. Há uma diferença entre


provocação e desistir da perseguição. Desde que eu tenho um
par de bolas entre as minhas pernas, eu nunca vou parar de
mostrar a mercadoria, fazendo com que você queira isso.

Ela jogou as mãos para fora e sacudiu a cabeça, tentando


não sorrir.

— Seja como for, Travis. Basta trazer Caleb para o café da


manhã.

Antes que ela pudesse se virar e se afastar, eu arranquei


a toalha, mostrando-lhe o maldito pau latejante que não foi
embora a manhã toda.

— Isso é o que você tem por usar meu nome verdadeiro,


amor. Dê uma boa olhada. Eu não quero ouvir sua voz a menos
que você esteja gemendo na cama. De preferência, mais tarde
esta noite. Sou Roman cada segundo que eu não estou dentro
de você.

Ela me observava, choque brilhando em seus olhos.


Enrolei um punho em torno do meu pau e dei-lhe uma
bombeada rápida, sorrindo enquanto seu queixo caiu.

Sim. É melhor porra você querer isso, pensei. Eu estou me


transformando em um maníaco a cada segundo que eu não
estou derramando minha carga dentro de você, mulher.

Deixe essas preocupações ir. Vamos foder esta noite.

Foda-me como a minha old lady. Monte meu pau como se você
tivesse perdido dois anos malditos. Foda-me e não olhe para
trás.
— Eu vou morder seu pequeno lábio até você gozar no
meu pau. Nós vamos acabar com tudo até você não lembrar de
como respirar.

Sua mão tremia um pouco quando ela chegou à escada e


começou a descer, desesperada para fugir.

— Eu vou ter a criança lá embaixo, logo que eu estiver


vestido!— Rosnei atrás dela, relutantemente, colocando a
toalha em volta da minha cintura. Porra, essa tensão sexual
estava me matando, minuto a minuto.

Provavelmente foi melhor que ela bateu em retirada. Eu


teria gozado como um jovem inexperiente recebendo seu
primeiro toque de uma mulher, se a sua mão se enrolasse no
meu pau naquele momento.

Eu precisava comer e começar o dia. Blackjack me queria


na sede do clube para interrogar alguns caras dos Prairie
Devils de Montana. Eles estavam cobrindo o nosso flanco
norte, certificando-se que os idiotas do cartel não passassem e
começassem a entrar com suprimentos.

Eles seriam sempre Prairie Bocetas para mim, mas eu


acho que os cretinos não eram totalmente ruins, uma vez que
fizemos as pazes entre os clubes para lutar contra os
mexicanos. Eles nos ajudaram a derrubar o psicopata
destrutivo do Fang e colocar Blackjack como Presidente e eu
como Executor.

Um homem não podia questionar os resultados.


Éramos apenas quatro pessoas na sala de reuniões. O
Prez, o VP, eu e próprio gigante do Devils, um grande garoto
quase tão alto e largo quanto eu chamado de Tank.

— Tem certeza que pode confiar em todos os seus caras


para recolher as armas pesadas? — Perguntou Tank, olhando
para o Prez e, em seguida, olhando para Brass e eu.

— O que isso quer dizer?— Blackjack apagou o cigarro no


cinzeiro e achatando as mãos sobre a mesa, dando ao nosso
convidado o olhar com raiva.

— Existem rumores sobre ratos em seu clube. Não sei


como diabos o cartel poderia incorporar qualquer filho da puta
em um MC. Isso é o que Blaze pensa, e o Prez conhece a
configuração da terra melhor do que eu.

— É besteira.— Blackjack acenou com a mão, jogando as


preocupações à distância. — Diga ao seu Prez para parar de
adivinhar. Não há nenhuma cláusula no nosso pequeno acordo
sobre dizer a outro MC como fazer o seu trabalho, e você sabe
disso. Você lida com o prazo de entrega, e nós vamos lidar com
a coleta do nosso lado. Simples assim.

Blackjack olhou para mim e Brass. O VP calmamente


concordou, e eu fiz o mesmo, exceto com muito menos
confiança.

Para uma pessoa de fora, Tank sabia muita coisa.

— Prez está certo. — disse Brass friamente. — Seu


trabalho é garantir as entregas sem problemas. Estamos felizes
em tê-lo neste clube, Tank, mas você pode ir para casa e dizer
ao meu cunhado que tudo está bem aqui. Estamos chutando
seus traseiros de volta pela fronteira um pouco mais a cada
dia. Em breve, estaremos falando de novos negócios com o
Canadá e no exterior. Tudo isso estará no passado.

A voz do VP retumbou sempre que ele mencionava Blaze.


Ele foi forçado a aceitar que sua irmã se casasse com o
presidente dos Devils há algum tempo atrás, mas ainda não
eram uma grande família feliz. Apenas um entendimento.

— Não foi isso que eu ouvi. — disse o grande homem,


inclinando-se para trás na cadeira. A linha dura em seu queixo
era um desafio óbvio.

Bati as palmas das minhas mãos em cima da mesa,


inclinando-me em direção a ele.

— O que? Mais rumores? É melhor desabafar antes que todos


nós tenhamos uma idéia errada sobre o que está acontecendo
aqui, amigo.

Os olhos de Tank se estreitaram.

— Sabemos que o cartel está farejando em seu território aqui


em Redding. Meninos voltaram de corridas através de Idaho e
Washington, entregando nossas coisas em Vancouver. Eles
ouviram coisas de seus meninos no norte. A palavra na rua diz
que vocês estão prestes a serem fodidos. Todo mundo sabe que
vai haver outra guerra civil no seu clube se isso acontecer.
— Isso não vai acontecer. — Blackjack explodiu. Bem na hora,
antes que eu explodisse. — Francamente, estou desapontado.
Estou chateado. Blaz não deveria se preocupar tanto com
boatos, e ele definitivamente não deve passar aos seus rapazes.

— O Prez não repassa porcaria. — disse Tank. — Nós


ouvimos em primeira mão. Você fez um bom trabalho
trancando as coisas aqui em NorCal, caras, mas seus irmãos
ao norte, em Washington estão esperando para atacar, se vocês
forem atacados pelo facão de algum mexicano.

Brass parecia que estava prestes a virar a mesa. As


palavras de Tank me irritaram também, mas o cretino estava
nos dizendo a verdade, e isso sempre foi algo que Blackjack
valorizada acima de todo o resto.

Esse era um novo rumo. Executando o clube sem besteira


e enterrando os problemas com Fang, porque antes éramos um
clube unido sob ele, governado pelo medo, agora estávamos em
uma nova direção forjado pelo Prez.

— Então eles vão ter que continuar esperando. Nós não


vamos a lugar nenhum, porra, muito menos morrendo com
balas de algum imbecil do cartel. — O Prez se levantou,
apertando sua queixo quanto o velho ferimento na perna
enchia seu cérebro de dor. — Nós vamos fazer a coleta normal
amanhã. Mesma hora, no mesmo lugar. Se Blaze tiver um
problema com isso, ele é bem-vindo para me chamar. Roman,
mostre o lugar, e certifique-se que ele tenha um lugar para
passar a noite.
Tank olhou para o Prez e balançou a cabeça, em seguida,
levantou-se para me seguir. Acompanhei-o pelo longo corredor.
Os quartos já estavam cheios por vários caras que vieram do
Sul da Califórnia, então eu precisei colocá-lo em meu antigo
quarto.

— Você precisa de alguma coisa, basta dizer. Você é bem-


vindo para se juntar à festa hoje à noite. Bebida, cigarro e
meninas se você estiver interessado.

O grande homem sorriu e balançou a cabeça.

— Meninas? Porra, não. Talvez algumas bebidas. Minha


mulher me mataria se eu tocasse outra garota. Eu prefiro não
arriscar a sorte. Além disso, estamos trabalhando em nosso
primeiro filho, em breve estaremos engatado oficialmente.
Aqui.

Eu o vi puxar fora seu telefone e tocar em algumas teclas.


Ele empurrou a tela para mim, mostrando uma linda loira de
uniforme que colocava as mãos no topo do bar do clube,
sorrindo para a câmera.

— Ela é quente. — eu disse. — Eu tenho uma queda por


loiras também.

Sim, uma coisa. Mais como uma porra de uma dinamite em


minhas bolas que vai explodir minhas tripas para fora da minha
cabeça se eu não foder a boceta loira da minha menina em
breve.

Tank concordou pensativamente.


— Eu vou dormir por algumas horas. Eu vou sair para
um pouco de uísque depois. Merda, eu não vou foder mais por
aí, uma vez que ela entrou na minha vida. Mal posso esperar
para voltar para casa. Apenas entre você e eu, eu vou manter
a merda que eu ouço para mim mesmo, a menos que Blaze
realmente precise saber.

— Bom. Não há nenhuma ameaça. Nós temos tudo sob


controle, Tank. Vocês podem se preocupar com o seu próprio
negócio em Missoula. Vamos acabar com o cartel até o Natal.

— Espero que você tenha razão. Assistir a sua guerra é


tudo o que fazemos quando não estamos cuidando de nossos
próprios negócios. Tem estado muito quieto nos últimos
meses. — Ele franziu a testa, e depois encolheu os ombros
enormes. — Não posso dizer que sinto falta da besteira. Desde
que a minha old lady está feliz e meus irmãos estão seguros, a
vida é boa.

Dei-lhe um aceno de cabeça e, em seguida, me afastei,


fechando a porta atrás de mim. A maior parte das minhas
coisas foi tirada agora que eu me mudei oficialmente com Sally.

Os Devils foram sempre um clube mais suave do que os


Grizzlies. Mas algo em seu tom me disse que não estava
falando besteira quando ele falou sobre a paz.

Eu não sabia o que diabos era isso desde o tempo que eu


era um prospecto. Eu lutei, matei e cumpri pena pelo clube.
Eu estava pronto a qualquer momento para destruir qualquer
idiota que fodia com a gente.
Merda, meus punhos viviam para bater, viviam para
atirar, viviam para matar. Mas desde que ela voltou para a
minha vida com o nosso filho, tudo isso estava mudando. O
mesmo formigamento louco não estava mais lá, nem mesmo
quando todo o maldito mundo estava desmoronando na minha
cabeça.

Talvez a paz não soasse tão sem graça. Caralho, uma vez
que eu começasse a fodê-la, eu precisaria apenas compensar
todo o tempo perdido. Eu não seria capaz de me concentrar na
merda uma vez que voltasse a possuir sua boceta boa e
adequada.

E se um dia finalmente chegasse, quando o clube não


precisasse lutar tão duro, então que assim seja. Eu daria as
boas vindas com braços abertos.

Sally parecia quente. Meu pau quase explodiu através da


minha calça e atirou para a lua.

Ela veio descendo as escadas neste top apertado de garota


do interior, uma saia curta abraçando suas coxas e botas de
cowgirl para completar o trio fodido. Mais importante, ela
estava usando sua jaqueta pela primeira vez. Eu peguei um
flash das costas PROPRIEDADE DE ROMAN.

Tudo, e eu quero dizer tudo, sobre ver essa tatoo fez


minhas bolas despejarem fogo no meu sangue. Agarrei-a,
assim que ela estava ao alcance, chicoteando-a em meu peito,
e esmaguei meus lábios sobre os dela.
Ela gemeu de surpresa, me saboreado por um segundo, e
depois me empurrou. Não demorou muito para aquecer suas
bochechas doces. Graças a foda, porque isso significava que
minhas chances eram boas de terminar em sua cama esta
noite.

— Puta merda. — ela murmurou, limpando o batom que


eu acabei de manchar. — Calma, menino grande. Temos uma
longa noite pela frente.

Caralho. Eu amo o som disso. Relâmpago cantarolava no


meu pau.

— Será que o garoto está bem? — Perguntei.

— Ele está bem. Jackie está com ele para uma soneca.
Ela vai acordá-lo em pouco tempo se ele estiver com fome.

Eu assenti. Missy apareceu alguns minutos atrás para


deixar a adolescente, no trajeto para a festa com Brass. Sua
irmã caçula de repente se tornou babá a favorita de todos, e foi
ficando mais difícil contratá-la agora que a escola estava em
pleno andamento.

— Bom. Essa é a nossa sugestão para ir. — Sem outra


palavra, eu agarrei-a pelo pulso, e a levei para a minha moto,
saboreando o calor de sua mão.

Cristo, o que diabos ela estava fazendo comigo? Apenas


tocar seus dedos enviou um raio rasgando minha pele, a
energia invadindo o meu cérebro até que eu não conseguia
pensar em nada além de sua mão macia envolvida em torno de
cada polegada de mim mais tarde.

Não, caramba. Agora não. Eu tinha que me concentrar na


estrada.

— Segure-se firme, querida. — eu disse a ela, passando-


lhe o capacete extra. Fixei meu e esperei até ela estivesse
pronta, então partimos.

Meu pau bateu no meu jeans o tempo todo que suas mãos
estavam em mim. Quando estávamos apenas algumas milhas
do clube, ela empurrou suas mãos contra meu abdômen como
se fossem algumas pedras especiais. Tudo o que eu queria
fazer era encostar, deitá-la baixo na grama, e fodê-la. Eu
empurraria suas mãos sobre meu pescoço e bateria meus
quadris nos dela, fodendo até nós dois explodirmos.

Droga, a forma como esta noite estava caminhando, eu


não sabia se eu sobreviveria sem uma camisa de força.

O clube estava enchendo no momento em que chegamos.


Um par de novos prospectos assentiu respeitosamente e abriu
a porta para nós.

Eu segurei Sally apertado, empurrando através da


multidão dos homens dos Grizzlies, prospectos, moradores,
prostitutas, além de alguns dos Prairie Devils. Tank ergueu a
taça quando passamos por ele no bar, e eu acenei de volta.

Nós ficamos ao lado de Rabid e Christa, esperando nossa


vez, enquanto os pobres bartender’s trabalhavam
freneticamente para manter a bebida fluindo para todos os
irmãos barulhentos e suas mulheres. A mão de Rabid pousou
nas minhas costas assim que eu chamei a atenção do barman,
apontando para as enormes garrafas de Jack atrás dele.

— Porra isto é bom para queimar algumas calorias, não


é? — Disse ele com um sorriso.

Eu balancei a cabeça, e até esbocei um pequeno sorriso.


Ser forte e silencioso todo o maldito tempo era a melhor
maneira de manter este clube na linha como Executor, e eu
nunca relaxaria muito, mesmo entre meus próprios irmãos.

Ainda assim, eu sorri no interior, especialmente quando


ouvi Sally rir.

— Jesus Cristo, menina! Agora combinamos. O seu é tão


bom e brilhante! — Christa sorriu para Sally, as cicatrizes em
seu rosto desaparecendo em sua felicidade.

Ela foi torturada por nosso velho Presidente, Fang, antes


de conseguirmos matar o desgraçado. Em seguida, ela passou
através do espremedor novamente um par de meses atrás,
presa no meio dos nossos confrontos com o grupo de Klamath
no norte. Foi uma bagunça do caralho, Rabid e o resto da
tripulação limparam tudo.

Peguei uma cerveja e misturei com vários grandes doses


de Jack, passando um para Sally quando ela estava tagarelava
com Christa.
— Então, este é o padrão quando você é um homem
tomado? Apenas sentado aqui toda noite bebendo?

Rabid riu e sacudiu a cabeça.

— Não, bro. Você tem que obter alguma comida também, e


levar a sua menina para dançar depois que toda a gente
começa a desmaiar ou trepar por aqui.

— Dançar?

— Sim. Christa adora. — Seu sorriso desapareceu um


pouco e ele se inclinou para perto. — A única coisa é, eu acho
que eu criei a porra de um monstro. Ela está tão interessada
que quer configurar noites de dança uma vez que o novo bar
esteja em execução na cidade. Ela quer que façamos aulas de
tango e outras porcarias para que possamos ser os líderes.

Eu ri e tomei um longo gole da minha bebida.

— Você está fodido.

— Não, eu sou homem o suficiente para lidar, Roman. Eu


faria qualquer coisa por essa garota, mesmo que ela seja um
pouco porra louca às vezes. — Sua mão bateu no meu ombro
novamente. — Acredite em mim, esse é o jeito que eu gosto.
Você vai descobrir em breve.

— Sim. — Pela primeira vez, meu irmão hiperativo não


estava apenas falando besteira, ele acreditava.

Eu tinha uma sensação de que ele estava certo. Sally


puxou meu colete até que eu virei para ela.
Caramba esse top. Isso me pegou o tempo todo. Seu
decote espiava perfeitamente, como se a bendita coisa tivesse
sido projetada para deixar meu pau duro.

— Onde está a comida? Eu estou morrendo de fome. —


Ela, falou brincando, agarrando sua barriga.

Caralho, algo sobre esse movimento me fez perguntar o


quão quente ela parecia quando estava grávida. Eu perdi isso.

Bem, de jeito nenhum, porra que eu estaria perdendo


novamente. Meu pau estremeceu, pensando no bombeamento
de outra carga dentro dela, dando-lhe outra criança, eu ia
acompanhar desde o começo desta vez.

Um dia, pensei com um resmungo, ajudando-a e levando-


a para a pequena cozinha atrás do bar.

Missy estava lá com Brass, estourando as bolas do


cozinheiro sobre as asas quentes. O VP olhou para nós com
um sorriso besta no rosto, completamente divertido.

Droga, ele tinha uma boa razão para estar. Colocar sua
marca sobre a mulher faz algo para ela, lhe dá tempero e
coragem. Não muito diferente da forma como um homem muda
assim que ele ganha seu lugar.

— Está tudo aberto ali, há abundância de carne. Não


tenha vergonha de se encher, querida, a muito mais de onde
isso veio. Eles continuam grelhando a noite toda nessas
festanças. A merda que começa depois que as famílias caem
sempre deixa os garotos com fome.
Ela inclinou a cabeça, e então um sorriso se espalhou em
seu rosto. Segui-a até o buffet, felizmente vazio, e comecei a
encher o meu prato.

— Nada saudável para comer hoje. É um milagre que


alguns de seus caras mais velhos não tiveram problemas nas
coronárias.

Eu ri.

— Você está fodendo comigo? Carne vermelha e molho quente


são praticamente combustível de foguete neste clube. Droga, o
mesmo vale para qualquer sede MC que se preze que eu já
estive. Pare de se preocupar com seus quadris. Eles ainda vão
me deixar duro pra caralho, mesmo se ficarem algumas
polegadas maiores.

O queixo dela caiu. No início, eu pensei que ela levaria


pela direção errada. Em seguida, a pequena provocadora parou
na minha frente, dando o um forte empurrão no meu pau.

Droga, eu quase deixei cair meu prato. Eu me


empanturrei com lanches e deixei a bebida. A noite estava indo
melhor do que o esperado, e eu não queria beber demais para
que pudéssemos chegar a casa mais cedo.

Caralho, eu pagaria Jackie por algumas horas a mais


como babá se eu precisasse. Um preço pequeno a pagar por
arrastá-la para a nova cama e molhar meu pau.

— Vamos. — eu disse, levando-a de volta para a grande


área de bar.
Encontramos uma mesa vazia e devoramos nosso jantar.
Não estava certo se Brass e sua old lady estavam se agarrando
por aí, porque eu teria feito a mesma coisa. Ainda assim, não
importa o quanto a comida agradasse minha língua, nada teria
um sabor melhor do que ter os lábios da minha garota esta
noite, desta vez como um prelúdio para o que viria em seguida.

Eu não podia esperar para tê-la. Eu foderia sua boceta


por tanto tempo e tão profundo,que eu sentiria seu gosto por
dias.

Um par de vagabundas passaram, ambas penduradas


nos ombros de Asphalt. Uma delas era Twinkie. Ela me viu e
me deu uma piscadela. Eu dei à cadela o mais frio e mortal
olhar, o mesmo que eu usava durante os interrogatórios.

Não havia problema com as prostitutas uma vez que um


irmão decidiu parar de fodê-las. Era sempre uma ruptura
limpa, eu levei alguns segundos para encontrar o olhar de
Sally, sabendo que ela provavelmente viu a porra do espetáculo
que acabou de acontecer.

Ela estava com os braços cruzados, dando-me um olhar


cauteloso.

— Você ainda está com ela?

— Pare com isso!— Rosnei. — Querida, você tem dois


olhos azuis lindos em sua cabeça, então eu sei que você não é
cega.
Eu empurrei o meu prato de lado e empurrei minha
cadeira para ela, colocando uma mão sobre sua coxa. Eu
apertei até que sua pele ondulou, apoiando-me em seu ouvido,
soltei a minha respiração quente em um sussurro.

— Me pergunte de novo. Parece que estou nessa porcaria?


— Respirei fundo, tentando segurar a luxúria, evitando que ela
estrangulasse todo o meu maldito sistema por mais algum
tempo. — Parece que eu estou fodendo com ela?

Ela estremeceu quando a minha mão deslizou por sua


coxa, empurrando a saia de lado. Eu toquei sua calcinha perto
do centro. Encharcada. Meu pau pulsou, como se estivesse
cercado por uma cama de agulhas.

Maldito. Eu precisava foder essa garota, e se ela


realmente não podia ver isso, então eu ia mostrar a ela da pior
maneira.

— É melhor me responder rápido, baby. — eu sussurrei


em seu ouvido. — Nós temos um público aqui, e não um há
muito espaço. Alguns deles são obrigados a ver os meus dedos
em sua boceta. Vou apertar seu clitóris até você gozar aqui na
frente de todos, se você não me contar a porra da verdade. Você
acha que eu estou com essa vagabunda, ou com você? Diga-
me.

Eu quis dizer isso. Caralho, eu quis dizer mais do que eu


ameacei. Eu queria empurrar a mesa de lado e enterrar meu
rosto entre suas pernas se ela não me respondesse. Ela
precisava me dizer que eu quebrei sua parede de gelo agora,
senão eu iria sufocar sua boceta doce com a minha língua até
que gozasse em mim.

— Eu!— Sua voz engatada, tentando segurar o prazer


enquanto meus dedos brincavam de rasgar a calcinha para
baixo. — Sinto muito, Roman. Eu não deveria ter duvidado de
você. É a mim que você quer... não é?

— Em linha reta. Esta é a última advertência, querida.


Você me dá aqueles olhos de filhote de cachorro ciumento
novamente, e eu vou jogá-la no meu colo e bater no seu
traseiro. Então eu vou fazê-la gozar tão forte que você vai
esquecer que há mesmo outra boceta neste planeta para ficar
chateado. Meu pau, minha boca, minhas mãos apenas querem
você a partir de agora, e eu vou cair duro se não chegar lá em
breve.

Ofegante, ela jogou a mão sobre a minha, assim que eu


deslizei meus dedos por suas dobras, encontrando seu clitóris.
Eu puxei minha mão fora dela, tudo de uma vez, sentindo meu
sangue como lava, reunindo entre minhas pernas.

Minha mão foi embora e ela empurrou para cima,


endireitando sua saia. O ciúme desapareceu no momento em
que ela olhou para mim de novo, e eu dei-lhe um aceno
satisfeito.

Sim, é isso que eu pensava.

Notei nossos pratos quase vazios e os peguei empilhando


os meus e os dela.
— Você quer um pouco mais? Outra bebida? Nós poderíamos
muito bem aproveitar essa festa enquanto estamos aqui, a
menos que você queira chegar em casa mais cedo.

A menos que você queira chegar em casa e sentir-se mil


vezes melhor do que eu fiz você se sentir com apenas dois
dedos, eu pensei com um sorriso. A menos que você queira
descobrir o quão bom é ter este pau profundamente em sua
boceta.

Ela apertou os lábios e passou a mão sobre o rosto,


enxugando o suor em sua testa.

— Não, nós vamos ficar um pouco mais. Não que eu me


importaria de ir cedo. Vamos encontrar seus amigos e suas
senhoras. Mas, primeiro, eu preciso correr para o banheiro
feminino.

Eu apontei para o corredor. Meus olhos seguiram sua


bunda quando ela desapareceu na multidão.

Porra. Meu pau não parava de martelar, especialmente


quando eu percebi que essa garota foi feita para se reproduzir.
Ela tinha o tipo de arrogância que faz um homem babar como
um maníaco maldito. Caralho, eu praticamente tive que limpar
minha boca, lembrando-me de como eu agarrei sua bunda,
enquanto ela montava meu pau dois verões atrás.

Como eu sobrevivi sem essa bunda perfeita por tanto


tempo?
Ela preencheu um pouco mais desde nossas últimas
brincadeiras. Ela passou de gostosa a quase perfeita. Posso
dizer que eu queria um pedaço dela da mesma forma que um
lobo faminto quer carne fresca.

Eu não podia esperar para me afundar profundamente


nela, lembrando que ela foi feita pra mim, e só pra mim. Com
ela, havia algo diferente, e que não era apenas o filho que ela
já me deu.

Eu sabia que nunca iria precisar foder outro buraco


novamente assim que eu a colocasse sob mim, possuindo-a do
jeito que deveria, assumir tudo o que eu precisava para
acalmar meu ganancioso pau.

Sentei-me tanto tempo, pensando em todas as formas que


eu transaria com ela hoje à noite, que perdi a noção do tempo.
Todos os minutos que perdemos não me atingiram na cara até
que um grito ensurdecedor ecoou.

O primeiro grito foi tão agudo e repentino, que eu pensei


que fosse alguma prostituta, ou talvez apenas uma música alta
saindo dos alto-falantes. Então aconteceu de novo, o grito alto
e forte e inconfundível dela.

Eu joguei os pratos no chão e corri, empurrando os filhos


da puta para o lado como se fossem recortes de papelão.
Quando vi o que a aborreceu, eu quase atravessei o maldito
telhado.
Alguns irmãos e suas senhoras ficaram assustados com
a cena, os punhos tremendo, sem saber o que deviam fazer.
Beam tinha Sally contra a parede, prendendo-a com força,
raiva enchendo seu rosto, muito perto do dela.

Por instinto entrei em ação. Empurrei dois caras para o


chão na minha corrida louca. Ele se virou bem antes de eu
alcançar seus ombros. O cretino idiota achatou seu punho no
meu peito. Eu tinha tanto músculo que seu melhor soco nem
sequer deixava uma contusão. Sua mão ricocheteou como uma
rocha, e eu o agarrei.

Puxando seu colete, eu o balancei e joguei o idiota na


parede como um pedaço de mobília de lixo. Algo rachou, mas
não o nocautiei como eu esperava. Ele gritou, tentou me
acertar, assim que o resto do clube percebeu o céu estava
caindo.

Tudo explodiu em torno de nós.

O idiota caiu no meu peito. Ele era um filho da puta


magro, mas ele conseguiu alavancagem suficiente para me
derrubar. Nós dois batemos no chão, com os punhos
balançando, rosnando como animais selvagens, um jogo de
morte cercado em gritos.

Peguei seu rosto e o empurrei, com força suficiente para


arrancá-lo de mim, supondo que eu não rachasse a porra do
seu crânio em primeiro lugar. Em seguida, os dedos
conectados com o meu queixo.
O sangue inundou meus dentes. Eu soube
imediatamente que o idiota me acertou no rosto com juntas de
bronze, não havia nenhuma maneira do caralho que qualquer
outro desgraçado iria arrebentar meu queixo desta forma com
o punho nu.

Meus braços envolveram suas costas e senti sua espinha.


Ele não iria apenas lutar. Ele ia me matar se eu escorregasse.
Eu ia lutar, teria que matá-lo primeiro.

Ele deu outro soco, e eu girei minha cabeça na hora certa.


Suas juntas de bronze bateram no chão com um estrondo
ensurdecedor, como uma granada explodindo junto ao meu
ouvido, e eu cavei o meu punho em suas vértebras malditas,
martelando o mesmo osso fraco como uma britadeira.

Morra. Morra, você traidor, filho da puta sem valor.

Eu queria que ele morresse. Mas claro, eu queria fazê-lo


sofrer primeiro. Sofra bem e duro, por colocar suas patas
imundas em minha mulher.

Pena que os irmãos tinham outras idéias. Antes que eu


pudesse quebrar sua espinha, o idiota foi afastado de mim,
como se fosse levantado no ar por cordas. Então foi como se
novecentos quilos de tijolos caíssem em cima de mim, batendo
o ar dos meus pulmões.

Os cretinos interviram, exatamente quando eu o tive onde


eu queria.
— Deixe-me! — Rosnei, gritando com toda minha força. A
pressão empilhada em cima de mim fez como se saísse apenas
como um sussurro.

— Não, porra. Segure-o mais apertado. Imobilize-o, porra.

— Ele vai matar alguém!

Eu não conseguia nem distinguir quem diabos estava


gritando. As vozes todas borradas, juntas, de Rabid, Brass,
Asphalt e Southpaw. Todos alinhados contra mim para impedir
que eu quebrasse Beam ao meio.

Eles se esforçaram, sem rumo, obrigados a controlar o


Executor que deveria estar mantendo suas bundas na linha.

Foi preciso quatro idiotas com força total para manter


minhas mãos atrás das costas. Lentamente, a pressão
diminuiu, e eu fiquei em meus pés.

— Jesus, deixe-o ir! — Sally gritou, logo que ela me viu.


— Ele está sangrando!

Era verdade. Eu tive muita sorte de não perder alguns


dentes com o soco de Beam. O sangue continuou chegando,
misturando com minha saliva, de modo rápido e pesado eu não
podia engoli-lo sem vomitar.

Estiquei minha cabeça e cuspi no chão. Quando olhei


para cima, vi Beam de frente para mim, sendo segurado por
vários prospectos corpulentos. O ódio ardia nos olhos feridos
do imbecil. Mandei duas bolas de fogo de volta para ele.
— Pedaço de bosta. Você perdeu. Mantenha suas
malditas mãos sujas fora da minha mulher, ou eu vou matá-
lo na próxima vez com certeza.

— Não há um anel em seu dedo ainda, idiota.— Beam


rosnou de volta.

Os outros caras olharam para ele como se ele tivesse


perdido a cabeça. Um par de segundos mais tarde, todos os
olhos estavam em outra coisa. Blackjack marchava pelo
corredor com seus punhos fechados.

— Que diabos está acontecendo aqui, rapazes? Eu nunca


ouvi uma festa tão silenciosa que você podia ouvir um
fragmento de vidro, e eu fui a centenas.

— Peguei estes dois irmãos brigando por Sally, Prez. —


disse Brass, puxando meu braço. — Os paramos na hora certa.
Eles iam matar um ao outro.

— E eu teria quebrado seu pescoço maldito como um


galho! — Gritei, cuspindo sangue no chão. — Ele tentou atacar
a minha mulher, Prez. Peguei o idiota jogando-a contra a
parede, e ela estava lutando contra ele também.

Blackjack girou para enfrentar Beam, uma tempestade


vulcânica em suas feições.

— Isso é verdade?
Beam apertou o queixo, se recusou a responder, mesmo
que o Prez estava em seu rosto. Depois de um minuto, ele
estalou os lábios e sussurrou.

— A cadela me queria antes que este idiota a fizesse


prisioneira. Eu só estava tentando fazer as coisas direito, Prez,
descobrir como ela realmente se sentia.

— Eu não pedi por nada disso, seu cretino!— Sally gritou.


— Eu disse para você manter suas mãos para si mesmo. Você
não quis ouvir. Eu não recebi duas palavras antes de você me
prender, tentou cobrir minha boca. Você tentou me puxar para
o seu quarto, sozinha.

Os dentes de Blackjack brilharam. Ele balançou a cabeça


por cerca de um segundo, e então o punho disparou para fora,
batendo contra a boca de Beam tão forte que ouvi o rangido
dos ossos.

— Você é um idiota maldito, filho. — ele rosnou. — Você


é tão novo para este patch que você não percebe que a old lady
de outro homem é intocável? Vamos ser claros, Sally está fora
de alcance.

Beam sacudiu a cabeça, babando mais sangue do que eu.

— Não é desse jeito. Tivemos alguma coisa. Porra, eu juro.

Ele olhou para Sally. Raiva e tristeza encheram seus


olhos, e sua cabeça rolou de um lado para dizer. Não há uma
chance.
— Tire-o da minha frente! E certifique-se de manter Brass
longe dele. — O rosto de Blackjack torceu com desgosto, e
então ele se virou para mim. — Você tem razão de estar
perturbado, meu filho, mas vamos resolver isso como deve ser
resolvido. Vá para casa. Leve sua garota com você. Nós vamos
resolver isso na parte da manhã. Quanto ao resto de vocês
façam as bebidas fluírem novamente, caramba! Aumentem a
música. Esta é a nossa noite, e todo o clube não vai ter a sua
diversão arruinada por dois irmãos travando seus chifres.

Blackjack virou-se e atravessou a multidão que estava


aplaudindo. Um instante depois, os meninos me soltaram, e
eu tropecei sem seu suporte. Tomou todas as minhas forças
para não seguir Beam, que estava sendo levado pelos outros
caras, para os armários onde ele não poderia causar mais
danos.

Eu peguei Sally pelo pulso e comecei a ir para as


garagens. Um pouco depois, ela correu à frente de mim,
achatando as palmas das mãos no meu peito. Eu parei.

— Jesus, Roman, eu sinto muito. Você sabe que eu lutei


com ele por todo o tempo, não é?

Limpei o sangue no canto da minha boca e sorri.

— Isso aí, amor. Eu faço. Você provou algo para mim esta
noite. Essa coisa de lealdade vai em ambos os sentidos.

Ela assentiu com a cabeça. Seu toque suavizou, tornou-


se mais delicado, mais lento quando sua mão deslizou para
baixo no meu abdômen, perigosamente perto do meu pau.
Antes que eu pudesse dar mais um passo, ela deixou uma cair
a mão abaixo da linha de cintura. Isso saltou de volta à vida
com uma vingança.

— Guarde isso para mais tarde. Você me provoque por


mais um segundo, eu vou explodir o telhado fora deste lugar
maldito. — Lentamente, ela afastou a mão, murmurando um
pedido de desculpas.

A silenciei com um beijo áspero, puxando o lábio inferior


com os dentes antes de me separar.

— Você não tem nada que se desculpar. Agora, vamos


começar a foda em casa.

Nós rasgamos a estrada. Sally nunca me segurou tão


apertado. Ela ficava me perguntando se eu estava realmente
bem cada vez que paramos em um semáforo.

Eu lhe disse que nunca estive melhor, e eu porra quis


dizer isso.

Eu teria uma dor do inferno queimando meu queixo


amanhã, e não me importava nem um pouco. Desde que eu a
tenha sozinha, nua e gemendo debaixo de mim, eu sofreria
uma centena de golpes de um filho da puta amargo como
Beam.

Cristo. Meu pau minou o sangue do meu rosto danificado.


Luxúria bateu em minhas veias, tão dura, apertada e explosiva
que eu não conseguia nem pensar. Não soube como diabos eu
consegui puxar a moto na garagem e arrastar o meu rabo para
dentro. Jackie veio descendo as escadas. Os olhos da
adolescente se iluminou quando ela viu meu rosto machucado.

— Puta merda, ele está bem?

Sally olhou para cima, e seu rosto tinha um ar sexy que


somente eu poderia ler.

— Ele vai ficar bem. Aqui, cem dólares, como nós


concordamos, além de um pouco mais para a corrida.

Ela colocou as notas em sua bolsa e sorriu. Quaisquer


que sejam as preocupações dela sobre eu estando machucado
foram suavizadas instantaneamente por dinheiro.

— Eu vou estar lá em cima, querida. — Eu andei e dei


um rápido olhar em Caleb, dormindo como um anjo em seu
berço.

Então eu fui para o banheiro e comecei a limpeza. A água


quente era boa, mas não fez nada para suprimir a ereção em
minhas calças. Toda vez que eu lembrava de como sua bunda
esfregava no meu pau, fogo caiu em minhas veias, luxúria
encarnado.

Eu tenho que transar com essa garota esta noite.

A tensão sexual rasgou-me por dentro de mil vezes pior


do que a briga.
Limpei o sangue do meu rosto para tirar o gosto metálico
fora da minha boca. Meu queixo ressoou fogo, mas não era
nada que algumas acrobacias horizontais não fosse resolver.

Eu ouvi o táxi parar na entrada para pegar Jackie e levá-


la para casa, em seguida, seguiu seu rumo novamente. Esse
era como um sinal para o meu pau, dizendo que estávamos
finalmente em paz, sozinhos, exceto o nosso filho dormindo.

Raios novos brotaram no meu cérebro e se espalharam


por todos os nervos. Transe com ela, transe com ela, transe
com ela.

Ele continuou assobiando em minha veia como um


maldito mantra. Eu me limpei e saí sem camisa. Encontrei-a
em pé no quarto de Caleb, admirando nosso filho, parecendo
intensa como o fogo.

— Ela fez um bom trabalho de colocá-lo na cama. — Eu


resmunguei baixinho, vindo por trás dela. Eu envolvi minhas
mãos em volta da cintura, acariciando seu pescoço, tentando
resistir por alguns segundos a mais a afundar meus dentes em
sua suave carne, doce.

— Sim, ela fez. Está se sentindo melhor? — Ela


perguntou, girando em direção a mim.

Eu não respondi com palavras. Peguei-a pela mão e a levei


de volta para o corredor, empurrando cuidadosamente a porta
atrás de mim com minha bota. Então minhas mãos
gananciosas a abraçaram mais perto, mais apertado,
enrolando-se diretamente em sua bunda.

Capturei dois grandes punhados das curvas que eu


estava admirando a noite toda.

— Diga-me, querida. Vou estar melhor depois que eu te foder


tão duro que eu limpe todos os últimos vestígios de dedos do
imbecil em você. Céus, eu vou ser melhor quando você estiver
gritando meu nome esta noite, me implorando para trabalhar
meu pau mais profundamente.

— Roman. — ela ronronou meu nome, envolvendo as


mãos nas minhas costas e me puxando apertado.

Era tudo que eu precisava para me inclinar para ela,


certificando-me de que ela tem uma sensação dura do meu
pau, ainda furiosa como uma ogiva em minhas calças. Eu devo
ter pegado seu clitóris na pressão porque ela arqueou as costas
e gemeu, mais estridente do que antes.

— Senti falta dessa boceta quente e doce ao meu redor


por dois anos. Dois malditos anos a mais. Vamos, querida.
Vamos conversar, falar pele a pele novamente.
CAPÍTULO 9

Sally: Alvoroço

Seus olhos estavam inchados. Ele lutou bastante por


mim. Eu não sabia ao certo como ele estava ainda de pé após
o golpe selvagem do punho de Beam, mas ele estava, e seu
pênis rígido contra minha boceta disse que a luxúria era um
problema muito maior do que a sua dor.

— Vamos lá, querida. Vamos conversar pele a pele


novamente.

Ele abaixou a cabeça, gemendo enquanto seus lábios


encontraram os meus. Minha boca ficou tensa, abrindo para a
sua língua, e eu gemi em seu beijo como todos os músculos
abaixo da cintura se desenrolavam.

Nós nos beijamos por mais de um minuto, quente, duro e


querendo. Então ele me pegou, me puxando para seus braços,
correndo em direção ao quarto.

Eu bati na cama e pulei quando ele me empurrou para baixo.


Roman me pressionou nos lençóis, cobrindo-me
completamente, movendo a boca sobre a minha. Ele beijou
mais do que antes, tentando aprofundar a língua mais e mais,
tão deliciosamente profundo.

Era como se ele tivesse esquecido o quão bom era meu


gosto, e ele nunca quis deixar novamente.

Suas mãos alisaram abaixo de mim, cobrindo minha


bunda, e apertando. Minhas pernas instintivamente enrolaram
em volta dele, e eu gemi quando ele quebrou o beijo, trazendo
sua boca maravilhosa para o canto do meu pescoço. Dentes.
Fogos de artifício. Um calor derretido como nada que eu senti
por dois anos explodiu em meu núcleo.

Seu enorme pau me esfregou através de seu jeans. Eu


não sabia se rasgava nossas roupas neste instante, ou apenas
devia deixá-lo continuar, forçando-me a gozar através da
minha calcinha e saia.

— Caralho, querida. — ele rosnou, quebrando a mordida


perto da minha garganta. — Você sabe o quanto eu estou
faminto para isso? Eu estou morrendo por isso, desde que eu
tenho a minha marca em você.

— Não tanto quanto eu. — eu soluçava, fixando os olhos


nos dele. Em seguida, a menina má assumiu. — Foda-me,
Roman. Eu quero você dentro de mim tão rápido e duro que
apague os últimos dois anos. Eu quero que você foda a
amargura fora do meu coração, e afaste a dor, até que eu não
possa ver nada, exceto o futuro.
Seus lábios se afastaram e ele rosnou. Ele se inclinou,
jogando seu colete, antes de tirar a camisa Grizzlies MC. O
urso rugindo estampado no peito mostrou-se, e assim o fez
outra meia dúzia áspera de símbolos do MC, espadas, crânios
e espinhos coberto em sua pele bonita.

— Deus, eu perdi isso. Você adicionou outras. — Corri


meus dedos sobre as novas adições perto de seu abdômen, um
sinal de 1% em um patch diamante, gotejando com sangue
negro.

Eu notei antes, é claro, todas as outras vezes que ele


estava andando por aí sem camisa. Mas, pela primeira vez
desde que ele se mudou, desde que tínhamos nos reconciliado,
ele era todo meu. Eu poderia estudar seu corpo incrível em
todos os detalhes que eu queria, pelo menos até que eu não
podia mais fazer nada a não ser implorar por seu pau.

— Traga suas mãos para baixo, querida. Há outra


surpresa.

Ele agarrou minha mão e guiou até o cume de seu jeans.


Seus dedos apertaram sobre os meus, me fazendo sentir seu
pênis. Estremeci, e em seguida senti algo pequeno e pouco
natural perto da ponta do seu pênis.

— Que diabos?— Respirei fundo e sorri. — Jesus, é isso


que eu acho que é?
Suas mãos abriram seu cinto e ele empurrou seu jeans
para baixo, em seguida, tirou sua boxer, o sorriso no seu rosto
crescendo.

— Diga-me, mulher. Coloque sua língua quente no meu


pau. Pense em como vai sentir dentro de você.

Ordens, ordens. E eu não poderia deixar de cumprir. Ele


se inclinou sobre a cama, me ajudando com as mãos, em
seguida, correndo uma mão pelo meu cabelo, enrolando vários
fios em seu punho.

Eu esfreguei meu polegar sobre sua inchada cabeça,


achando o pequeno parafuso. Jesus, era real depois de tudo.

Um pequeno, fresco grânulo metálico plantado no centro


de sua ponta. Só de imaginar qual seria as sensações dentro
de mim fez meu clitóris queimar. Eu olhei para ele quando eu
afrouxei meus lábios, acariciando seu comprimento maciço,
abrindo largamente para atrai-lo em minha boca.

Roman gemeu e levantou os quadris quando eu o engoli.


O calor puro, rico e masculino, banhava minha língua.
Comecei a trabalhá-lo devagar e com firmeza, circulando
debaixo de sua cabeça, tomando o máximo que pude.

Eu não chupei um pau por anos, e tudo que eu sabia


sobre chupar era exatamente o que ele me ensinou. Mas meu
cérebro formigou quando as memórias voltaram. Eu me
lembrei dos dois pontos sensíveis em torno de sua coroa que
sempre o deixavam louco, e eu apontei para eles com minha
língua, girando e movendo minha cabeça ritmicamente.

— Ah, porra. Continue, menina. Em todas aquelas noites


na prisão tentei esquecer o quão bom era ter você me sugando.
— Ele empurrou minha cabeça para ele, aumentando sua
pressão. — Meu pau nunca o fez. Colocar um piercing através
deste filho da puta não muda nada. Ele lembra, baby, e quer
cada polegada de você.

Eu gemia. Eu seriamente me perguntei se minha calcinha


estava completamente desintegrada, na fumegante bagunça
molhada debaixo da minha saia. As palavras sujas de nenhum
homem virou-me como a dele.

Mesmo quando eu beijei Beam naquele dia fatídico, ele


não era o mesmo. Seus lábios eram ocos, fraco, sem sentido.

Eu não queria admitir isso, mas agora eu sabia com


certeza, Roman me possuía. Ele me pegou no minuto que ele
me derrubou, magnetizando-me a sua carne, fazendo-me
responder em algum nível primitivo, que nenhum homem
jamais poderia igualar.

Meus mamilos doeram como se tivessem prendedores de


roupa apertando-os debaixo da minha camisa. Tentei me
concentrar em sugá-lo, mas levantei uma das mãos, tirando o
sutiã querendo alívio.
Antes que eu abrisse o fecho, Roman estendeu a mão
para o meu punho, puxando minha mão de volta para sua
coxa.

— Mantenha as mãos no meu pau, menina. Eu vou fazer


o resto quando eu estiver bom e pronto.

Chupei-o por mais alguns minutos. Ele fechou os olhos,


os rosnados em sua garganta roncando como uma avalanche
nascente, construindo em direção ao inevitável.

Sua mão caiu atrás da minha cabeça, me segurando lá,


firme e perfeito para foder minha boca. Seus quadris pegaram
velocidade. Eu não pude deixar de pensar sobre o quão duro
ele me acariciaria depois com aquela pequena conta montada
em sua ponta.

Poderia o sexo realmente ser perigoso? Eu me preocupava


como meu corpo reagiria, quão bom ele se sentiria dentro de
mim. Mas não poderia ser pior do que atrasar a liberação doce
por mais tempo, certo?

Eu não sabia ao certo, mas ia descobrir. Se ele me


matasse com prazer esta noite, então pelo menos eu morreria
feliz.

— Caralho, baby, o jeito que você move seus lábios...—


Seu punho empurrou no meu cabelo e seus quadris bateram
até parar, no fundo da minha boca. Eu pensei que ele ia gozar,
mas ele tirou meus lábios em vez disso, inalando com tanta
força que seu enorme peito inchou.
— Bom? — Perguntei, limpando minha boca.

— Apenas metade tão bom quanto vai ser quando me


sentir envolvido por sua boceta. Tire essa roupa agora. — Suas
mãos caíram em cima de mim, rasgando minha camisa,
jogando meu sutiã atrás dele.

Uma mão áspera puxou minha saia, e eu rolei na cama


para ajudá-lo. Quando estava a meio caminho, com a mão
oposta sentiu o quanto encharcada estava entre as minhas
pernas, e seu trovão satisfeito rolou em meu ouvido.

— Você está molhada como diabos, não é?

— Não é um fato? — Mordi o lábio, tudo o que eu poderia


fazer para me impedir de gozar quando sua mão em concha
cobriu meu monte, sentindo o meu calor, minha umidade.

Ele riu, baixo e rouco, enviando um arrepio sensual fresco


na minha espinha.

— Cuidado com o papel de espertinha, querida. Meu pau


está tão irritado que eu não vou foder direito se você continuar.
O único som que eu quero ouvir agora é quão alto você vai
gritar quando eu te foder.

Deus! Eu tremi quando seus dedos envolveram minha


cintura. Em um empurrão fluido, abriram as minhas coxas,
tão rápido que eu senti o ar sobre minha boceta.

Eu estava totalmente exposta, mas não por muito tempo.


Um novo calor me sufocou. Seus dedos esfregaram
minhas dobras e empurraram dentro de mim, tudo em um só
golpe, assim como seu polegar encontrou meu clitóris. Ele
estava com seu dedo no gatilho agora, e eu estava
completamente fodida em todas as maneiras.

Bem, talvez todos eles, exceto um.

— Você não vai receber meu pau até que esteja bom e
pronto, querida. Vou saborear você. Já se passaram dois anos.
Dois fodidos anos direto do poço do inferno. Você sabe quantas
vezes eu me masturbei na prisão? Quantas vezes eu pensei em
beliscar esses peitos, o quão duro eu faria sua doce boceta
jorrar? Eu quero te provar em todo lugar. Dedos, lábios,
dentes, língua. Dê-me sua boca.

Puta merda.

Meus quadris começaram a moer em sua mão enquanto


ele me fodia com os dedos. Ah, porra. Eu não fazia a menor
idéia, mas a julgar pelo extremo insano em sua voz, devem ter
sido centenas de vezes.

Sua outra mão subiu e cobriu um dos meu seios. Ele


levantou seus braços, apertando um mamilo entre os dedos,
nunca deixando minha boceta por um segundo.

Calor correu em minha cabeça como lava. Eu não ia durar


muito tempo a todos como este, especialmente se ele não o fez.

Ele Parou. Que diabos?


Minhas coxas tremiam enquanto agarraram sua mão,
muito longe agora para provocar minha boceta. Um minuto
deve ter passado. Sua mão livre se mudou para o meu outro
seio, chupando o mamilo solitário e macio novamente,
fazendo-me formigar em todas as direções certas e me
provocando da pior maneira.

— Volte amor. Volte, Travis. — eu murmurei, sabendo


que eu estava brincando com fogo usando seu nome real. Hey,
ele disse que era um jogo justo no quarto, certo? — Por favor.
Você está me matando.

— Essa mendicância é gostosa, querida, mas eu já tive o


suficiente. Role e abra as pernas. Eu vou decidir como e
quando te foder. Neste momento, estou pensando que minhas
mãos não vão chegar perto do seu clitóris novamente até você
gozar na minha boca.

Oh Deus.

Antes que eu pudesse sequer pensar em protestar, ele me


virou, deslocando entre as minhas pernas, e passou a barba
áspera pela minha coxa direita.

A sensação selvagem deveria ter me preparado para sua


língua escorregando pela minha fenda, um segundo depois,
mas é claro que isso não aconteceu. Dois anos intocada por
um homem, especialmente este homem, deixou-me perto de
uma confusão virgem, tremendo com o choque.
Seus lábios me consumiram, quente e esmagador, um
especialista em fazer-me perder o controle. E não demorou
muito.

Ele balançou a cabeça entre as minhas pernas, como um


animal selvagem. O terremoto se espalhou para as minhas
coxas.

Muito intenso. Muito bom pra caralho. Era tudo o que eu


perdi, e muito mais.

Minhas pernas tentaram se fechar com o choque insano,


e suas mãos pegaram minhas coxas, empurrando-as. Nada o
impediria de me possuir do jeito que ele queria, forçando-me a
gozar sobre sua boca.

Não que eu precisasse de muito incentivo. Várias


lambidas mais ásperas em torno de meu clitóris me fizeram
explodir. Em um flash molhado, meus músculos tensos,
enrolando-se como uma mola dentro de mim, pronto para
desistir.

— Travis. Roman! Deus! — Meus dedos agarraram os


lençóis e os emboloram tão apertado quanto eu poderia.

Eu não conseguia pensar. Não pude resistir. Não


conseguia me lembrar de respirar.

A bola branca quente dentro de mim explodiu, pulsando


em meus nervos de uma só vez, fazendo-me convulsionar da
cabeça aos pés. Sim, especialmente os dedos dos pés, que se
curvaram sobre seus ombros. Os seus dedos cavando minhas
pernas e me puxando mais apertado, empurrando sua língua
profundamente, tanto melhor para me foder enquanto eu
jorrava em sua boca.

Eu vim com relâmpagos cruzando cada polegada do meu


corpo, me cortando com o prazer que eu fui privada por dois
malditos anos inteiros. Talvez eu tenha vindo mais difícil,
porque eu pensei que ia me ser negado para sempre.

Ele me trouxe de volta, e desta vez, ele não estava me


deixando ir.

Eu me contorci e me aproximei dele, torcendo a cabeça


de um lado para o outro, rasgando os lençóis. Lentamente,
suas lambidas se suavizaram, e eu comecei a descer dos céus
tempestuosos.

Meus pulmões sugaram o ar muito necessário. Meus


músculos se contorciam com alívio extremamente necessário,
mas ainda havia um estranho formigamento por trás de tudo,
um fundo estático no meu corpo que não seria desligado até
que eu tivesse seu pênis, todo ele enterrado dentro de mim
novamente.

Eu pisquei e olhei para ele, alcançando uma mão em


direção ao seu rosto. Ele se levantou quando eu toquei sua
bochecha, admirando seu rosto duro.

— Você vem tão duro como eu me lembro. É linda pra


caralho. Eu poderia vê-la se perder por mil anos e eu ainda iria
querer mais. Sem besteira.
Eu sorri, ele deslizou minhas pernas ao longo de seus
lados, me abrindo largamente para ele.

— Hmm. Melhor me ver novamente. Eu quero você dentro


de mim, baby.

Um lampejo selvagem iluminou seus belos olhos escuros.


Ele levantou minhas pernas altas, agarrou meus tornozelos em
suas mãos enormes, me inclinando para trás, aberta e
dolorosamente pronto.

— Eu não vou parar depois de uma rodada. — ele rosnou.


— Um aviso. Você tem alguma idéia do que dois anos de bolas
azuis para a melhor boceta no mundo faz a um homem?

O olhar em seu rosto era quase assustador. Eu balancei


minha cabeça. Ele não me impediu de chegar para a enorme
ereção sobressaindo entre as pernas, passando os dedos em
torno dele, e apertando o meu desejo.

Não, eu não fazia a menor idéia. Mas eu absolutamente


queria descobrir.

— Foda-me. — eu sussurrei. — Coloque tudo pra fora. Me


reclame como sua, Roman. Eu quero tudo, aqui e agora.

Ele olhou para mim por um segundo. Em seguida, seus


quadris rolou para frente, e ele empurrou minha mão fora de
seu pênis, substituindo-o por seu próprio punho. Ele guiou a
cabeça perfurada do seu comprimento à minha entrada,
estalando os quadris para frente, quando ele encontrou o
ângulo certo.
Ele encheu-me em um impulso fluido. Minha boceta
apertada em torno dele, cabia tão bem quanto antes. Ter Caleb
não arruinou tudo.

Caralho, eu tive que morder o lábio e empurrar para


tomar cada polegada, aliviando-o para mim. Minha boceta
precisava de tempo e prática para segurá-lo apenas para a
direita, e seus primeiros golpes foram quase dolorosos
enquanto ele deslocava-se através de mim. Profundo, duro,
sibilando com o desejo.

Eu gemi, me esticando para espalhar minhas coxas,


abrindo mais amplamente. Seus impulsos aceleraram
incrivelmente rápido, penetrando em mim, como um furacão
ganhando velocidade.

Seus movimentos combinados com suas palavras. Ele


fodeu-me como um homem que estava morrendo de fome, um
homem que não conheceu o toque de uma mulher há anos.
Sim, ele teve pelo menos uma prostituta do clube, mas não
era o que ele queria.

Era eu.

Eu não poderia imaginá-lo se movendo dessa forma com


elas. Ele me fodia como se ele quisesse isso com cada fibra do
seu ser, se elevando e entrando em mim, batendo seus quadris
em mim. A cama bateu debaixo de nós, levantando minha
bunda e colidindo no colchão novamente.

Jesus. Não pare, Roman. Mantenha me fodendo.


Parecia bom demais para dizer as palavras. Eu não podia
falar nada, apenas gemer, apertando-o com força, querendo
saber como podem ter apenas segundos se passado desde que
gozei.

Sua ponta perfurada coçou uma coceira que eu não sabia


que eu tinha. Ele deslizou através de mim, perfeito, como o
resto do corpo, provocando minhas paredes como nunca antes.
Sem vibrador, sem dildo, nada combinava com esta aberração
de um pau dentro de mim, e eu adorei.

Suas bolas bateram na minha bunda com mais força


quando ele bateu com força total. Eu estava desmoronando
cada vez que ele dirigia para casa, e então, em uma última
colisão de fogo, eu a perdi. Meus gemidos se tornaram uivos.
Minhas pernas apertaram em torno dele como um torno,
cavando em seu músculo de granito, desesperada para segurar
o grand finale.

— Goze na porra do meu pau, querida. — ele rosnou,


atingindo uma mão atrás da minha cabeça e puxando meu
cabelo. — Bota tudo pra fora. Faça sua bocetinha secar
minhas bolas.

A conversa suja me matou. Pensei que ficaria cega


quando sua língua estava lambendo meu clitóris, mas agora
seu pênis me mostrou outra coisa a cada vez que ele dirigia
profundamente, acariciando meu pequeno botão com o seu
osso púbico. Mais um golpe me mandou direto para o êxtase.
Eu não poderia sonhar em me segurar. Eu apertei,
prendi-o mais forte que pude, e gritei.

Porra!

As convulsões me atingiram como um tsunami. Minha


boceta jorrou, beliscou e chupou seu pênis. Ele me fodeu mais
rápido através do clímax, fodeu-me até que o mundo inteiro
balançava e se agitava em torno de mim. Eu joguei minha
cabeça para trás quando ele puxou meu cabelo, amando a
queimadura, sentindo o fogo me assar de todas as direções.
Este orgasmo me rasgou em estilhaços, queimando cada nervo
distante, beijando meu sangue com lava quente.E justamente
quando eu pensei que atingiu o pico, suas estocadas maníacas
pararam, mas ele não terminou. Ele gritou, segurando-me
contra a cama com todo o poder em seus quadris, enterrando-
se ao máximo. Seu pênis inchou incrivelmente mais. Então ele
pulsou, empurrou dentro de mim, e eu senti a primeira bomba
de fusão, sua semente fluindo em mim em um jato de magma
após o outro.

Oh, Caralho! Salve-me.

Mas nada poderia fazer isso agora. Eu balancei, gemi,


gozei, e gritei como uma louca quando seu pênis explodiu
dentro de mim. Nossas vozes se mesclaram assim como nossos
corpos, duas energias colidindo em uma, criando algo tão
quente e inacreditável que eu mal conseguia compreender.

Não, eu não poderia sequer tentar.


Não enquanto ele ainda estava bombeando sua semente
no meu ventre, me inundando, derramando sua essência para
o meu prazer.

Eu sabia o risco. Ele fodeu seu destino através de mim


antes, eu orei que ela iria trabalhar neste momento.

Mas eu não orei pelas pílulas para fazerem o seu trabalho,


desta vez até que estivesse tudo acabado. Por apenas um
segundo, trancado em nosso release flamejante, eu queria que
ele me derrubasse novamente.

Meu corpo sabia muito bem o que queria, e esta emoção


insana me rasgou em pedaços. Eu precisava que ele viesse
dentro de mim, e minha boceta gananciosa ordenhando ele
assim como ele ordenou-me.

Ele ficou duro dentro de mim por muito tempo após os


espasmos pararem. Roman se inclinou, enterrando os meus
lábios nos seus, mergulhando sua língua dentro e fora da
minha boca. Ele levou a minha língua em um boca a boca com
o mesmo vigor que seu pênis usou dentro de mim a poucos
minutos atrás.

— Porra eu amo seu corpo, querida.

E eu te amo porra.

Eu quase disse a ele. Algo me fez morder a língua.


Não era tempo para isso ainda, e Jesus! Ele estava
realmente duro ainda? O homem era uma máquina de foda, e
não era um exagero.

Seus quadris se deslocaram para mim em pequenos


acidentes vasculares cerebrais e rasos, começando a empurrar
mais uma vez. Ele me beijou novamente. Desta vez eu mordi
seu lábio, a provocação mais dura que eu consegui.

— Fique em suas mãos e joelhos, Sally. — ele rosnou.

— Você realmente não precisa de uma pausa?

— Eu tive a minha pausa atrás das grades. Eu já lhe disse


estamos transando toda a noite, todas as noites, enquanto
você está usando minha marca. Nós dois sabemos que eu perdi
muitas noites. Estamos fodendo duplamente para compensar
o tempo perdido.

Sorrindo, eu girei com ele relutantemente saindo de mim,


e suas mãos fortes me ajudaram a entrar na linha. Eu esperava
que ele, pelo menos, iria me deixar ter algumas horas de sono
entre esta longa noite de sexo frenético e alimentar Caleb ao
romper da aurora.

Sem sorte. A menos que você chamar de sorte ser fodida


meia uma dúzia de vezes por um durão antes mesmo de
desistir e talvez eu fizesse.

Roman me fodeu com todas as moléculas da força total


que seu enorme corpo podia oferecer. Meus seios balançaram
selvagens debaixo de mim quando ele empurrou, batendo em
mim, batendo no meu clitóris com suas bolas pesadas cada vez
que ele ia fundo.

Eu ouvi falar muito sobre o ponto G, mas eu nunca soube


onde o meu era até que aquele pequeno cordão de prata em
seu pênis me acariciou no ângulo certo. Tudo entre as minhas
pernas ondulava em uma confusão quente, tenso. Ele puxou
minha cabeça para cima pelos cabelos, bem a tempo de gritar.

— Porra. Cristo.

Uma nova sensação rasgou através da minha vagina. Um


relâmpago quente quebrou-me toda, e me fez perder o controle.
Roman me fodeu mais rápido, atirando-me para fora do
penhasco para a zona de prazer. Meu clitóris cantou, e eu senti
perder alguma coisa quente e molhada em cima dele e os
lençóis. Apenas quando eu pensei que estava a ponto de
desmaiar, ele bateu no fundo, segurou seu pênis inchado lá,
me juntando ao maior clímax de todos os tempos.

A mão oposta de Roman beliscou minha bunda, me


puxando apertado. Nós afundamos e caímos na cama juntos.
Seu pênis mais abrasador em mim, me enchendo até
transbordar. Nosso creme derramando e manchado a cama, e
nós não estávamos nem acabados.

Nós explodimos como se não houvesse amanhã.


Caramba, trancado em seu abraço, eu me perguntava se
aquele velho clichê pode estar certo. Mais alguns truques como
este, e eu não poderia acordar viva.
Ele me trouxe de volta à vida com um tapa suave na
bunda.

— Caralho, querida. Eu sempre soube que você poderia


jorrar.

— Foi isso o que você fez para mim? — Eu sussurrei,


sentindo-o sair e virar para me encarar na cama.

— Você me diz. — Ele apontou para a mancha molhada


entre minhas pernas. — Você fez isso por mim, mulher, e é
melhor se acostumar com isso. Se sua vagina não soltar fogos
de artifício quando você apertar meu pau, eu não fiz o meu
trabalho direito.

Rosnando, ele se inclinou, acariciando minha bochecha


com os lábios macios e barba áspera.

— E eu sempre vou trabalhar bastante até que esteja feito.


Nunca duvide disso por um segundo.

Estremeci. Meu mundo inteiro se dobrou para ele,


desabou na grande e forte vastidão de seus braços poderosos.
Torcendo minha cabeça, nós nos beijamos por vários minutos.

Gostaria de saber como meu corpo continuou quando o


novo formigamento começou na minha boceta. Ela gozou, uma
onda crescente de necessidade. Roman deve ter sentido isso
também. Ele segurou minhas dobras em uma mão e apertou
possessivo e sedutor.
— Não morra em mim agora, mulher. Esta é apenas a
primeira noite. É uma semana longa de foda que estou atrás.
Nós só estamos pisando fora deste quarto para ver o nosso filho
e obter alguma comida. Você tem sido minha desde o momento
em que eu te engravidei, querida, e estamos compensando dois
anos de sexo perdido na próxima semana, mesmo que meu pau
fique em carne crua.

Seu polegar se afundou mais profundo, entrando em


minha umidade. Ele parecia louco, mas me senti tão excitada,
especialmente quando ele cobriu meu clitóris, acariciando com
círculos quando abriu minhas pernas novamente. Era como se
ele tivesse descoberto a senha para o meu corpo, e eu
queimava toda vez que ele me abriu.

Ele não estava indo realmente para me manter trancada


na cama por uma semana inteira, estava? Seu tom disse que
ele não estava brincando. Droga, ele nunca brincou por aí?

Eu vi meu destino, lançando como sombras no quarto


escuro. Eu estava na cama com um feroz, possivelmente louco,
fodão. Totalmente à sua mercê, e essa nem sequer era a pior
parte.

Cada vez que eu olhei nos seus olhos castanhos escuros


através das minhas pálpebras estreitas, meu coração zumbia
três vezes mais rápido.

Diga o que quiser sobre a Síndrome de Estocolmo. O que


quer que esteja acontecendo com o meu cérebro e corpo foi
profundo e real.
Eu estava me apaixonando, e isso me assustou até a
morte.
CAPÍTULO 10

Roman: Paraíso Abalado

Nos três dias seguintes, eu fiz tudo o que prometi, e


alguma coisa a mais.

Eu tive minha mulher na horizontal, diagonal, para cima,


para baixo, quente e fria, para os lados, e fodendo em
ziguezague. Eu queimei seu aroma e sabor no meu cérebro tão
profundo que eu me lembraria mesmo quando fosse um velho
senil no meu leito de morte, se eu evitasse o destino do meu
pai como eu pretendia.

E eu tentaria. Eu lutarei bastante para esta nova família.

Mas droga! Era difícil imaginar lutando contra qualquer


coisa aqui, com ela envolta em torno de mim. A violência e o
perigo da guerra com o cartel parecia um mundo distante na
cama. Nós vestimos e tiramos nossas roupas sem parar.

Observar nosso filho andando pela sala de estar e puxar


meus pés em busca de atenção era quase tão satisfatório
quanto ter Sally embaixo de mim. Eu me tornei um homem de
família, e isso me fez feliz para caramba.
Um homem poderia se acostumar com isso. Agora, tudo
o que eu precisava fazer era colocar um anel em seu dedo e
tornar tudo oficial. Meu filho não iria crescer me perguntando
por que diabos os pais dele não estavam casados.

Na terceira noite, nós o colocamos na cama, e deitamos


cedo. Sally veio para o quarto principal de seu banho, vestindo
esse material vermelho com meia-calça e saltos de cadela que
instantaneamente me fez querer senti-las cavando na minha
bunda enquanto eu martelava dentro dela.

Droga!

— Caralho. — Rosnei, agarrando-a enquanto ela subia na


cama.

Beijar essa mulher tornou-se um vício perigoso. Eu


nunca fui um viciado como o VP, mas eu imaginava toda vez
que meus lábios batiam nos dela, eu sentia um gosto daquela
felicidade que bombeava em suas veias antes que resolvesse.

Droga ou não, essa garota era perigosa. Ela religou meu


cérebro, e eu faria qualquer coisa para impedi-la de escapar
novamente.

Cristo, ela era divina. Minhas mãos arrancaram seu


sutiã. Lingerie parecia bem, sim, mas meus dedos queimavam
a cada minuto que eles não estavam em seus seios ou vagina,
e minha língua doía a ser envolvida em torno dela também.
— Travis! — Ela suspirou, movendo suas unhas
compridas em torno da parte de trás da minha cabeça,
apertando para manter os dentes em seu mamilo.

Chupei-o profundamente em minha boca, atacando-o


com a minha língua repetidamente. Meu pau pulsou cada vez
que eu me movia, perseguindo-me como um filho da puta
implacável para chegar entre as pernas.

Paciência. Provocar seu doce traseiro sempre fez melhor


para nós dois. Quando finalmente nos juntamos, era como
uma se uma ogiva explodisse todas as vezes, explodindo
nossos miolos cada vez que nossos corpos pulsavam.

— Role, querida. — eu pedi, agarrando sua calcinha


vermelha. Ela parecia ter sido feita pelo próprio diabo para
esconder sua perfeição, e eu não ia tolerar isso por muito
tempo.

Ela sorriu e suspirou quando eu bati na bunda dela,


fazendo-a girar sobre mim mais rápido. Ela montou em mim,
colocando sua boceta encharcada no meu pau.

Eu apontei meu pau perfurando diretamente no seu


clitóris e esfreguei, revestindo-me em seus sucos, pensando no
calor úmido e quente que eu logo estaria enterrado, toda a
trilha até as minhas bolas.

Ela fechou os olhos e soltou um gemido rouco e baixo,


puxando as mãos para o meu peito. Suas unhas arranharam
longo e lento, fazendo-me coçar para empalá-la naquele
segundo.

Eu estava mal. O único alívio foi foder essa garota até ela
gritar ainda mais alto do que a vez anterior.

— Droga! — Sally gemeu. — Você não pode me provocar


assim, Travis.

Eu empurrei meu pau sobre o clitóris novamente,


brincando com sua entrada, agarrando-lhe os pulsos com as
duas mãos.

— Continue usando meu nome real assim e eu vou.

Suas pálpebras caíram novamente enquanto eu


empurrava mais duro. Em seguida, ela empurrou de volta ao
meu pau, tão duro e bom e inesperado que vi estrelas. Oh céu
com está molhada.

— Merda do caralho. Suba no topo desse pau e cavalgue,


querida. Você fez o seu ponto. Nós dois vamos deixar uma
sinistra cratera nesta sala se não fodermos. Agora.

Eu deixei cair o aperto em seus pulsos, colocando minhas


mãos em sua bunda, puxando-a para frente. Ela se mexeu,
puxando sua boceta escorregadia para longe do meu pau.

Que diabos?

— Não até que você me diga por que eles te chamam de


Roman. Você nunca explicou isso. É o jeito que você fode? —
Ela sorriu curiosa e provocante ao mesmo tempo.
Ela estava falando sério? Sally esperava que eu contasse
a ela agora sobre o meu nome da estrada, enquanto o nosso
desejo ameaçava reduzir esta cama a cinzas?

— Porque eu vou crucificar qualquer idiota que fica na


minha frente. Já fiz isso, e eu vou fazê-lo novamente. — eu
rosnei, puxando-a contra mim com mais força, apertando meu
pau contra sua vagina, para que ela não pudesse se afastar. —
Isso inclui você, baby, se você não deixar isso pra lá e levar-me
profundamente agora. Estou te fazendo um favor. Seu clitóris
quer fricção, Sally e não uma porra de detalhes sórdidos sobre
como eu preguei alguns braços e pernas no poste mais próximo
e os assisti sangrar na minha frente e dos caras.

Seus lábios tremeram. O medo brilhou em seus olhos,


mas sua pele ficou alguns graus mais quente. Ok, eu gostava
de uma garota com alguma aberração nela, e Sally era a
combinação perfeita.

Eu sabia o que a excitava, e eu faria. Ela queria áspero?


Ela queria ruim? Bem. Eu daria a ela como ela queria.

Lembrar que ela estava com um menino mau, um


bandido, um maldito assassino a deixou excitada pelo menos
quando ela trocou suas botas de menina de fazenda para
aqueles saltos de cadela vermelhos quentes. E se ela queria
transar com Roman o motociclista fora da lei, em vez de Travis,
pai e futuro marido, então eu deixaria.

Eu seria o que diabos ela queria para ter sua boceta


explodindo no meu pau.
Eu mostrei os dentes. Estendendo a mão, agarrei-a pela
garganta, sacudindo a cabeça até que ela olhou nos meus
olhos.

— Arraste sua boceta para baixo neste pau. Me foda duro e


rápido. Foda-me como se você tivesse que me impressionar
para ficar viva, querida. Eu não estou falando novamente.

Por um segundo, ela olhou para mim como se eu tivesse


perdido minha mente maldita. Em seguida, suas pernas se
separaram, e eu sentia cada polegada de veludo me engolir.

Eu empurrei profundo como eu sempre fiz. Duro. Não iria


parar até eu sentir minhas bolas firmes contra seu traseiro.

Eu assobiei como eu sempre fiz quando eu tenho o meu


primeiro gosto de sua boceta no meu pau para a noite. Meus
quadris bateram para atender os dela. Nossa carne queimou,
e ela jogou a cabeça para trás, contorcendo-se da bomba de
prazer que desencadeou em sua barriga.

Minha mão varreu em volta do pescoço, meus punhos no


cabelo dela, e segurando-a enquanto eu batia na sua bunda
com a outra mão, obrigando-a a pegar o ritmo.

A cama rangia como um filho da puta, enquanto os


nossos quadris batiam juntos. Nós empurrávamos, e batíamos
um contra o outro como maníacos. Seus saltos pegaram os
lados das minhas coxas e afundou.

Isso só me fez transar com ela mais rápido.


Ela arranhou meu peito, arranhando o urso,
provavelmente retirando sangue da tatuagem do Grizzlies MC,
CALIFÓRNIA em torno dele. Eu agarrei sua bunda com as
duas mãos e puxei para cima e para baixo no meu pau.

Mais rápido, mais rápido, mais rápido, eu fui tão duro


que ela se transformou em uma porra de estilhaços em cima
de mim. Eu sacudi seus ossos com força suficiente para
machucar, e ela adorou.

Alguns golpes a mais, e ela gozou, me apertando


profundamente quando suas unhas perderam a tensão.

Seu cabelo loiro chicoteado para trás e seu rosto suado


ficou tenso. Ela ficou bonita, soltando maldições que me deram
uma boa corrida toda vez que seu corpo sofreu um espasmo.
Eu não conseguia segurar a porra de volta.

Eu bati nela com mais força, deixando minhas mãos fazer


todo o trabalho, batendo os quadris nos meus e trazendo-os
para casa.

— Porra! Leve-o profundamente, menina. Tome cada


gota. Eu quero você cheia de mim.

Ela choramingou, implorando por isso, assim como eu a


treinei. A boceta gananciosa de Sally me chupou forte quando
meu pau inchou e explodiu, puxando tudo de mim.

Nós nos perdemos no calor, molhados. Nada mais


importava neste paraíso, este atrito fundindo nossos corpos e
sincronizando os nossos batimentos cardíacos. Eu poderia
montar nessa mulher para sempre e bombear meu fogo dentro
dela, se a natureza permitisse.

Em vez disso, eu fiz a próxima melhor coisa.

Assim que ela parou de se debater e me esfaquear com


aqueles saltos, eu puxei para fora dela, a despertei de seu coma
sexual com um beijo e lentamente a virei.Meu pau necessitava
de um momento de descanso com esta menina. Talvez eu
tivesse fodido tão forte que eu tive um acidente vascular
cerebral.

Seja como for, pelo menos eu teria uma boa razão para
colocar em minha lápide ele morreu feliz para caramba.

Ela ofegou quando eu abri as pernas e deslizei para


dentro dela, sentindo a minha semente se misturando com seu
creme, correndo por suas coxas.

— Mais uma vez? — Ela choramingou. — Deus, você está


louco.

— Continue me fodendo, querida, e você será também. Eu


sou um animal quando está contra a minha pele nua.

— Você diz isso agora. — ela gemeu, arqueando as costas


quando eu fiz um impulso completo. — Que tal no próximo
mês? Próximo ano? Será que ainda vamos foder tanto?

Joguei minha cabeça para trás e ri. Então eu lhe respondi


batendo com tanta força que seus peitos saltaram, sentindo
minhas bolas tocar seu clitóris, prendendo-o contra seu
ventre. O atrito quase a matou.

— Você acha que eu vou cansar de esvaziar minhas bolas


dentro de você? Você tem que estar brincando. Você realmente
acredita nisso? Vamos lá, querida. Eu sei que você não é
estúpida.

Ela abriu a boca, mas nada, exceto outro gemido agudo


saiu. Estendi a mão para o cabelo dela, puxando-a para perto,
e trouxe a minha boca até a orelha dela.

— Vamos deixar isso bem claro, caso já não seja. Eu te


possuo, Sally. Eu preciso de você. Você é a única garota neste
planeta que eu sempre quis colocar minha marca. Você é a
única mulher pela qual eu vou matar, morrer, enterrar meu
pau dentro até o dia que eu morrer. Você é a única que me deu
um filho e vai me dar muito mais antes de eu acabar com sua
boceta sete dias por semana.

Ela gemeu, suas bochechas coradas e quentes contra a


minha barba por fazer. Dei golpes rasos dentro dela, fazendo-
a sentir cada polegada de mim, acariciando-me.

Só que não era só dela mais. Minhas paredes. Minha


boceta. Meu tudo, agora. Eu possuía esta mulher, e eu nunca,
nunca a deixaria. Nunca.

— Diga-me você entende, querida, ou eu vou esquecer-


me de levar isso lento e fácil. — Fiz uma pausa, ouvindo seu
murmúrio, implorando quando meu pau deslizou através dela.
— Eu vou sair, vou até a sua bolsa e jogo todos os pacotes
dessas pílulas pela janela. Vou te foder até amanhã sem pensar
duas vezes se você ainda tiver dúvidas sobre isso.

— Oh Deus. Roman... por favor.

— Por favor, o quê?— Rosnei, mordendo sua orelha. Sua


vagina foi ficando cada vez mais quente em torno de meu pau.
— Diga. Fale que você entende!

Minha palma bruta bateu em sua bunda. Então ela disse


as palavras que quase sugaram todo o vento de minhas velas.

— Sinto muito, eu não sei o que é. Eu não sei mais o que


eu estou pensando. Eu te amo!

A palavra com A me deixou atordoado demais para falar.


Eu fiz a única coisa que eu podia. Eu agarrei sua bunda e a
peguei tão duro quanto eu podia mostrando a ela em cada
estocada dos meus quadris a palavra que eu não conseguia
falar.

Eu nunca fui muito bom com palavras, especialmente


quando toda essa emoção crua me varreu como uma onda,
derramando sua energia em meus quadris.

Ela gozou como um relâmpago no meu pau, e eu me


esvaziei nela pela segunda vez de muitas naquela noite.

Muito mais tarde, eu a vi caindo no sono. Puxei-a para


mais perto, colocando sua bochecha no meu peito, tirando
seus cabelos dourados de seu rosto.
— Você acha alguma merda, menina. Todos estes mal-
entendidos fodidos entre nós... acabaram. Nós estamos
começando de novo. — Fiz uma pausa, respirando em sua
orelha. — Eu também te amo querida. Você nunca duvide
novamente.

O dia quatro de minha tentativa de superar os dois anos


perdidos de foda em uma semana começou como ouro. Chupei
sua boceta doce até que ela gozou, em seguida, a levei
novamente no chuveiro, observando-a enquanto a água fria
lavava o suor da noite anterior.

Nós limpamos e descemos para tomar café com Caleb. Ela


começou a fazer ovos e bacon no fogão enquanto eu alimentava
o garoto, fazendo os sons de foguetes que o faziam rir toda vez
que eu alimentava seus pequenos famintos lábios.

Então meu telefone se iluminou ao meu lado, zumbindo


sobre a mesa. Xinguei e amaldiçoei quando vi o número de
Brass.

— O que está acontecendo, irmão?

— Traga sua bunda até a fazenda Jennings agora. Houve


um incidente.

— Caralho.— Levantei-me, empurrei a cadeira para longe,


esperando que Sally não tivesse ouvido o nome de sua família.
— O que diabos aconteceu? Foi o Cartel?

— Dois caras caíram. Um dos nossos. Eles pegaram


aquele imbecil teimoso do Norm também. Ele está muito ruim.
A ambulância simplesmente o pegou, e o Prez estará pronto
para lidar com nossos contatos no Departamento de Polícia de
Redding para manter esse incidente em segredo.

— Filho da puta. Eu estou indo. — Eu estava prestes a


desligar quando eu pensei sobre a minha menina. Ela merecia
saber sobre seu primo. — Espere, é seguro levar Sally?

Brass fez uma pausa.

— É dia. Eles não têm a coragem de mostrar a cara aqui para


uma repetição, especialmente enquanto os policiais estão
investigando. Vamos, irmão, mova o seu rabo.

A linha ficou muda. Sally parou de cozinhar e ela estava


ao meu lado, o rosto cheio de medo.

— Temos que ir, querida. Vou falar com Christa ou Missy


para ter alguém assistindo Caleb. Feriram seu primo.

— O que?! Norman? — Lágrimas explodiram de em seus


olhos. — Idiota. Eu disse a ele para sair, enquanto era tempo!
Eu tentei.

A raiva se derreteu, e ela agarrou meu braço.

— É ruim?

— Não sei. Vamos. Temos que ir.

Stryker se sentou ao lado de Asphalt na varanda da


fazenda, a camisa rasgada em volta do seu bíceps. O sangue
escorreu por ela como tinta vermelha escura, e eu vi o mesmo
vermelho cada vez que eu olhava ao redor da pequena zona de
guerra em torno de nós.

Vidro quebrado através da cozinha, derramado no jardim


dos fundos. Algum filho da puta atingiu as janelas, atirando
para dentro da casa. Eu não tinha certeza de onde diabos Sally
costumava ficar com nosso filho, mas pensando que poderia
ter sido ele lá dentro, esperando para ser cortado em pedaços
por um idiota, me encheu de um ódio mortal.

— Falem. O que diabos vocês viram?

— Eu acabei de voltar das rondas. — Asphalt disse, tenso.


— Stryker e Boca deveriam estar vigiando a casa. Assim que
eu pisei fora de minha motocicleta, estacionando-a no celeiro,
o caminhão avançou e iluminou o lugar. Eu caí no chão e
comecei a disparar contra o pára-brisa. Eu coloquei alguns
buracos através de seu vidro, mas eu não acho que eu acertei
qualquer um dos filhos da puta. Eles giraram o caminhão e
fugiram de lá antes que alguém pudesse explodir seus pneus.

— E é assim que você acabou com uma bala em seu


braço? — Eu olhei para Stryker.

Ele assentiu. Seus olhos estavam arregalados, como se


ele ainda estivesse processando o choque. O menino parecia
muito nervoso para o meu gosto, mas às vezes os irmãos mais
novos ficavam assim quando viam o seu próprio sangue pela
primeira vez.
— Eles entraram. Não sei como, talvez alguns sorrateiros
vieram a pé, talvez em outro veículo. Ouvi Norm gritando lá
embaixo, corri para apoiá-lo. Em seguida as janelas
explodiram. Alguns soldados do cartel chutaram a porta
traseira aberta e atiraram na minha direção. Se eu não tivesse
me movido rápido o suficiente, eu teria pegado no peito. — Ele
bateu-se sobre o coração com o punho.

Homem de sorte. Com muita sorte para o meu gosto. Eu


cruzei os braços, encarando os dois.

Não estava muito certo quanto as nossas novas adições.


Asphalt nunca iria nos ferrar, mas e onde diabos estava Beam,
de qualquer maneira? Eu não tinha tanta certeza.

— Descanse, irmão. Vou entrar e fazer o levantamento da


cena. — Eu entrei e encontrei Sally lá dentro.

Ela estava na cozinha, olhando para a bagunça, duas


faixas sangrentas no chão deixadas por Stryker quando foi
baleado em sua ida para o porão. Seus grandes olhos azuis
olharam para mim, e então ela se virou, indo para a porta no
andar de baixo.

Eu peguei sua mão e agarrei seu pulso, girando-a contra


meu peito.

— Não faça isso. Vou descer para ter certeza de que está
tudo bem. É o meu trabalho. Prez disse que é horrível. Fique
bem aqui em cima a menos que você queira ver sangue seco
do seu primo também.
Eu não ia mencionar os dentes espalhados pelo chão.
Homens definitivamente entraram na casa, e surpreenderam
com a pistola o teimoso fazendeiro deixando-o em coma, ou
talvez usando algo maior e mais pesado do que uma arma.

— Você está certo. — ela retrucou. — Eu preciso estar


com ele. Quanto tempo vai demorar?

— Eu vou dar uma espiada lá embaixo, e depois vamos


para o hospital.

Eu abri a porta e bati os degraus de pedra estreitas,


abaixando quando fiz meu rumo para o buraco no chão que
servia como uma lavanderia e abrigo da tempestade. A luz
dispersa entrando pela fresta na porta. A lâmpada solitária do
porão foi esmagada na comoção.

Eu vi algo se mover contra a parede, e minha mão


instantaneamente foi para minha arma. A cara feia de Beam
apareceu nas sombras. Raiva tomou suas feições quando ele
me viu com uma nove milímetros apontada para sua cabeça.

— Você vai terminar o que começamos na sede do clube,


estourando meus miolos?

— Depende do que diabos você está fazendo aqui em


baixo. Por que não está lá em cima?

— Pela mesma razão que você está aqui, irmão. Eu estou


investigando tudo. Tentando descobrir o que diabos aconteceu.
Prez pensa que temos um rato em nossas fileiras. Parece que
é Stryker para mim.
Caralho. Eu desprezava estar na mesma página, que este
imbecil. Baixei a arma, chutei de lado um vidro quebrado
deixado pela lâmpada. Algumas pequenas bolas saltaram por
trás da máquina de lavar, provavelmente dentes da pobre
idiota.

— A porta de tempestade estava trancada. Eles


quebraram a janela, abriram a fechadura, e o acertaram antes
que ele pudesse revidar. — Beam apontou para a espingarda
colocada no canto. — É como se alguém soubesse exatamente
como entrar. Única coisa que eu não tenho certeza é o que
diabos o atraiu até aqui em primeiro lugar.

— Deixe essa porra para mim. — Rosnei, tentando manter


a arma quente na minha mão voltada para o chão.

— O que você quiser. Ouça, eu sinto muito que aconteceu


na outra noite. Eu fui um idiota por continuar atrás de Sally
depois que você a reivindicou. Eu sei disso agora.

— Fique longe da minha mulher, e não vamos ter mais


problemas.

O cretino deu um sorriso estranho. Eu não confiava nele,


especialmente não com esse corte de cabelo punk rock
parecendo que acabou de entrar na loja mais próxima de
animais de estimação. Ele conseguiria a bunda chicoteada
duramente na prisão por isso.

Pena que eu não sabia com certeza se Stryker era um


cretino ainda maior. Para mim nenhum desses meninos
sentou bem, e os meus sentidos alertavam cada vez que eu
olhava para ambos. Se ao menos tivéssemos esperado algumas
semanas antes de entregar-lhes o patch.

Caralho. Eu nunca teria votado sim.

Beam esticou a mão em minha direção.

— O Prez não quer qualquer briga no clube. Eu sou


homem o suficiente para admitir que eu errei, irmão, e eu
espero que algum dia você vá me perdoar.

Levei alguns segundos para finalmente apertar sua mão.


Apertei com tanta força que seus dedos se encolheram. Então
me afastei,colocando minha arma de volta no coldre.

— Assim que sair daqui, vá pela outra porta. Eu posso


perdoá-lo, mas minha mulher não está pronta ainda, depois
do que você fez.

Ele concordou, eu o assisti abrir a fechadura da porta de


tempestade. Ela bateu atrás dele enquanto ele saia, indo até
os pequenos degraus de pedra que levam ao jardim atrás da
casa.

Olhei ao redor outra vez. Nada disso fazia sentido. Eu


também percebi que me esqueci de perguntar ao idiota onde
ele esteve a noite toda, e eu preciso remediar isso assim que
possível.
Quando cheguei lá em cima, Sally estava sentada à mesa
da cozinha, com o rosto descansando em uma mão. Ela se
levantou quando me viu.

— Tudo bem?

— Vamos sair daqui. É melhor ir ver o seu primo antes


que o Prez me chame para me interrogar sobre esse incidente.
Eu tenho algumas horas, se tivermos sorte.

Ela me seguiu para o caminhão. Todo o trajeto para o


hospital, ela se agarrou a minha mão, como se eu sozinho
pudesse levá-la longe de tudo isso.

Isso foi apenas parte da batalha quando entrei e tomei


controle. Nós tivemos sorte que eu cheguei a ela e o garoto
antes que essas merdas acontecessem.

A sorte piscou para minha bunda neste momento, mas


eu não ia contar com sua ajuda novamente. Eu precisava
encontrar o traidor e me certificar que os mexicanos fossem
expulsos para sempre. Qualquer coisa menos que isso
colocaria minha mulher e meu filho em risco, e eu morreria
antes que fosse a sangue deles no chão em vez do sangue de
Norm e Stryker.

O homem na cama do hospital apanhou muito. Seus


braços e pernas estavam quebrados. Eles arrebentaram sua
queixo também, fraturou com tal força o crânio do pobre
coitado que teria a sorte de funcionar bem algum dia.
Eu vi minha menina ajoelhar-se ao seu lado, com a mão
segurando firmemente a sua.

— Por que você tem que ser tão estúpido? Tão teimoso? Por
quê?

Ela continuou balançando a cabeça. Aproximei-me,


colocando minha mão em seu ombro, e apertei.

— Basta deixá-lo descansar, querida. Ele fez uma coisa


estúpida, quando ele sabia que não tinha o apoio. Mas ele
lutou pelo seu lugar como um homem, e eu respeito isso. Ele
é um filho da puta duro. Ele estará de pé novamente mais cedo
do que você pensa.

Eu esperava. Eu não estava esperando que o primo da


minha mulher se recuperasse apenas por causa dela. Ele
poderia ser o único homem lá naquela noite que poderia nos
dizer o que aconteceu, sem alimentar o clube com besteira.

Eu não confiei em deixar Stryker e Beam fora da minha


vista. Suas feridas e palavras duras não provaram nada.
Alguém ordenou que o cartel fizesse esse tipo de ataque, e
haveria um calvário absoluto quando descobríssemos quem
foi.

Sally se levantou, enxugando as lágrimas de raiva que


escorregavam por suas bochechas.

— Talvez você esteja certo. Eu só não queria que tivesse


chegado a isso. Eu sabia que o cartel era horrível, mas vendo
sua brutalidade assim, de perto...
Eu não a deixei dizer outra palavra. Apenas a puxei com
força e esmaguei seu rosto no meu peito. Eu a segurei por um
longo tempo, olhando para a carapaça de um homem naquela
cama. Ele lutou duro com os idiotas e perdeu, tropeçando em
um desastre sem perceber como suas chances eram ruins.

Estes fodidos invasores não colocariam Sally ou Caleb em


uma cama como esta. Eu estaria em minha própria sepultura
antes que eles fizessem.

— Nunca faça isso comigo. — Sally falou, fogo iluminando


seus olhos azuis brilhantes. — Eu não sobreviverei vendo você
rasgado assim. Eu não vou aguentar Roman, eu vou ...

— Isso é o suficiente. — Enfiei os dedos em seu queixo,


inclinando sua rosto para o meu, dando-lhe o olhar mais
reconfortante em todo o maldito mundo. — Nós vamos vencê-
los, querida. Eu não dou a mínima para o que custar ou quanto
tempo leva. Você vai ajudar seu primo de volta na fazenda
quando conseguirmos acabar com o cartel, e ele vai viver para
continuar de onde ele parou.

Ela mordeu o lábio e tentou desviar os olhos dos meus,


mas eu não iria deixar. Eu não soltei sua cabeça até que ela
parou de parecer tão em pânico, afundando em meus braços
com um suspiro pesado.

— Agora, pare de se preocupar. Eu vou te levar para casa


e eu vou resolver isso com o clube. Tudo que você tem que se
preocupar é manter a nossa criança alimentada e feliz. Nada
mais.
Mais tarde naquela noite, sentei na beira da cama, muito
tempo depois que ela caiu em um sono triste. Meu pau doía.

Essa coisa entre minhas pernas era um demônio sem


emoção. Não se afetava com a tragédia, e não dava a mínima
para nada, exceto o fato de que a nossa semana de festa foi
rudemente interrompida.

Só de vê-la dormir me fez querer ela novamente. Levantei-


me, estiquei as pernas e entrei no armário para pegar minhas
roupas. Eu estava puxando a minha jaqueta quando entrei no
quarto de Caleb para vê-lo. O bebê rolou em seu berço,
despertando apenas o suficiente para pegar um vislumbre de
mim. Ele agarrou nas barras de madeira no lado, colocando
sua pequena mão pela abertura.

Eu o levantei e peguei.

— Seja bom para mamãe, homenzinho. Você e ela são a única


coisa que eu tenho. Descanse. — Caleb balbuciou. Levantei-
me e passei minha mão suavemente sobre sua cabeça, em
seguida, sai e fechei a porta silenciosamente atrás de mim.

Havia algo desagradável no ar hoje à noite. Alguma coisa


escura, respirando no meu pescoço como um dragão invisível,
ameaçando tirar tudo desta casa para sempre.

Talvez fosse o carma, checando-me por todos os idiotas


que eu matei e mutilei. Não era como se eles não tivessem
merecido isso.
Eram todos filhos da puta cruéis, foras da lei.
Estupradores, drogados e assassinos que usaram suas motos
como uma desculpa para a escuridão dentro deles. Não pela
liberdade ou a honra ou qualquer coisa que era suposto fazer
a vida em um por cento Motorcycle Club.

Eu fui seu carrasco. Eu explodi seus cérebros


rapidamente com tiros ou prendi-os a postes e lentamente
esmaguei seus ossos com o objeto mais próximo, ouvindo-os
implorar e implorar, gritar, nunca desistindo até que Blackjack
me dissesse. Normalmente, eu não desistia até que eles
estivesse mortos. Essa porcaria voltava para um homem mais
cedo ou mais tarde, não é?

Antes de Sally e Caleb, eu sabia que a resposta era sim.


Agora, esse dragão invisível me seguindo como um pitbull me
lembrava que nada mudou só porque eu decidi tirar o meu
patch e brincar de homem de família.

Eu estava prestes a dar uma surra de um tipo ou outro,


mais cedo ou mais tarde. Algum dia, eu deveria morrer. Seja
como for, a morte teria que esperar. Eu não me importava em
quanto sangue eu devia ao universo, ou o quão rápido esse
filho da puta ganancioso com a foice queria minha alma.

Eu nunca deixaria Sally e meu filho de bom grado. Eu


mataria mais mil fodidos filhos da putas com as minhas
próprias mãos antes de deixá-los, como meu pai fez com minha
mãe.
Sally não conseguia entender o quadro geral e nem o
garoto. Algum dia, talvez eles pudessem, e eu estava
determinado a explicar tudo em carne e osso. Desci e fiz café
fresco, algo grosso e quente para manter meus olhos abertos e
limpar estes pensamentos monstruosos.

Meu telefone tocou. Eu atendi ao primeiro toque.


Blackjack normalmente não chamaria para a reunião até mais
tarde, mas eu estava esperando essa chamada durante toda a
noite.

— Sim?— Rosnei no microfone.

— Nós precisamos de você na sede do clube. Agora. —


Brass retumbou em meu ouvido. — Eu estou fazendo Missy
dar a sua menina um alerta em algumas horas. Quero todas
as senhoras e as crianças em seu lugar, visto que é o único
grande o suficiente.

— Eu vou ter certeza que ela saiba. — eu disse, mas não


havia mais ninguém na linha.

Ele desligou antes que eu pudesse dizer algo. Alguma


besteira verdadeiramente séria estava prestes a cair. Eu parei
na porta e falei algumas coisas rápidas, dizendo a ela para
ouvir qualquer coisa que Brass dissesse. Missy e Christa
passaram pelo treinamento algumas vezes e eu confiava nelas
para ajudar minha família a manter a cabeça baixa durante
uma crise. Foi muito difícil sair de casa. Era muito difícil sair
daquela casa. O sol do outono não estava nem alto, e o ar
estava quase frio, mordendo minha pele, gelada e indiferente.
O vento não importava com as besteiras que se passava na
minha cabeça, e nem o clube. Agora não. Eu liguei minha
Harley e saí.

O clube estava lotado, todos, exceto um irmão


desaparecido.

Stryker.

Tomei meu assento ao lado do local vazio de Blackjack.


Ninguém disse uma palavra, esperando o Prez. A porta se abriu
e ele veio alguns minutos depois, com uma expressão sombria
como a que ele usava quando estava com dor.

— Beam, levante-se. — disse Blackjack, pegando a garra


de urso e batendo-a em cima da mesa para nos conduzir a
sessão.

Eu segurei minha raiva, olhando o idiota punk ir até a


cabeceira da mesa, e despejar uma pasta espessa na nossa
frente. Blackjack abriu-a e começou a puxar para fora páginas,
fotos, e o que parecia ser alguns mapas rasgados de um velho
atlas, empurrou a evidência para nós e o resto dos irmãos.

— O que vocês estão olhando é a mesma coisa que foi


trazida para mim na noite passada. Está provado. O rato
roendo este clube é um homem que, ficamos contentes de
chamar de irmão. — Ele fez uma pausa, olhando para Beam.
— Graças a Deus, nossos novos acréscimos não são traidores.
Diga-lhes o que eles estão olhando. A mesma coisa que você
me mostrou.
— O homem nas fotos que você está vendo, além de
Stryker, é Manuel Ruz Gonzalez, ou o 'Tio Manny', do nosso
irmão desaparecido. Ele está aposentado e vive na Flórida,
muito bem no meu livro. Eu fiz alguma escavação, descobri
que Manny era um chef, que viajava entre os Estados Unidos,
México e Nicarágua o tempo todo. A coisa é, tio Manny não
enriqueceu cozinhando para os grandes e poderosos apenas.
Ele estava carregando mais do que apenas ingredientes
gourmet entre as fronteiras.

Mais abaixo da linha, Asphalt bateu uma página em cima


da mesa, passando a mão dura sobre o rosto.

— Jesus Cristo.

Parecia um antigo manifesto de navegação. Beam olhou


diretamente para mim, sorriu, e levou tudo em meu poder para
não deixar meus intestinos se contorcerem.

— Mantenha-se em movimento, irmãos. O VP tem o que


eu pessoalmente considero a melhor prova. Você vê o homem
na mesa com o tio Manny?

Brass olhou para cima, e eu alcancei sua mão sobre a


mesa, pegando a foto para ver por mim mesmo. Estava com a
aparência granulada de uma câmera ruim dos anos oitenta ou
início dos anos noventa. Um pequeno grupo de homens de
terno sentou-se em uma mesa, bebidas em suas mãos,
sorrindo com gratidão para o chef que está atrás do enorme
prato em uma bandeja.
— Há dois dons do cartel recebendo alimentos de Manny.
Um deles ainda está na Cidade do México, liderando suas
operações nos Estados Unidos.

Caralho. Ele estava certo.

O enorme desenho na parede atrás deles esclareceu tudo.


Eu reconheceria aquela águia descendo sobre a serpente no
deserto em qualquer lugar. Alguns dos idiotas que
interrogamos e matamos as usava, e Blackjack guardava
alguns remendos semelhantes trancados em uma gaveta em
seu escritório. Eles eram cinzentos, não tão vibrantes quanto
o ícone colorido nesta foto, manchados com o sangue dos
subordinados que havíamos abatido.

— Ele está certo. — eu disse, balançando a cabeça


concordando. — Não há como negar isso. Onde diabos está
Stryker?

— Prez o colocou em licença por alguns dias para curar-


se. — disse Brass. — Nós estávamos indo enviá-lo ao redor em
patrulha com alguns prospectos antes que esta porcaria
quebrasse, provavelmente para assistir as senhoras e as
crianças.

Droga. Meu coração se afundou. Se este filho da puta era


realmente o rato, e parecia muito provável, então nós
praticamente lhe demos as chaves do reino.

Eu tive uma imagem de caminhões ao redor do meu lugar.


Cretinos ásperos, arrebentando as portas, nocauteando as
garotas, prendendo seus braços e pernas e tapando suas bocas
com força. Atacando Jackie e meu pobre filho. Meus punhos
bateram sobre a mesa.

— Temos que encontrá-lo. Saber por nós mesmos se isso tudo


é verdade.

— Filho, você sabe que é. — Blackjack disse friamente. —


Stryker é o único homem convidado para este clube cujo
passado não era um livro aberto. Eu negligenciei os buracos
em seu registro. Eu também sou homem o suficiente para
admitir quando eu errei.

— Do que você está falando? — Raiva rasgou em minhas


veias, quente e irritada, confundindo tudo na minha cabeça.

— Eu estou pedindo desculpas a você, irmão, e a todos


nesta sala. Você nos advertiu sobre esse sangue fresco e
impuros entrando no clube. Deixamos o desespero fechar
nossos olhos para o bom senso. Droga, eu fiz isso também. No
meu desejo de destruir o cartel, e salvar este clube, garantindo
que nenhum bom irmão nunca sofra novamente nesta
competição infernal.

Eu balancei minha cabeça. Ver a tristeza e a raiva


piscando ao mesmo tempo nos olhos do Prez me destruiu.

— Não negue, filho. Eu quero que todos nesta mesa


gastem o tempo que precisarem para digerir o que Beam nos
trouxe. Então vamos votar na introdução de nosso irmão
traidor nas garras do urso. — Ele fez uma pausa. — E depois
disso, se quiser, vamos votar se eu ainda estou apto ou não
para liderar este clube.

A sala irrompeu. Os homens começaram a gritar,


pedindo-lhe para ficar. Metade do papel que estava sendo
passada ao redor da mesa voou e caiu no chão enquanto os
homens balançaram seus punhos, batendo na madeira, que
rugiu.

Blackjack pegou o martelo improvisado, batendo a pata


do urso sobre a madeira, uma e outra vez. Flexionei meus
punhos, pronto para apoiá-lo como Executor se tudo fosse por
água a baixo. Tínhamos que manter a ordem. Mesmo que isso
pudesse comer toda a porra do clube neste momento.

Eu empurrei a cadeira para trás com tanta força que


bateu na parede. O barulho fez a sala ficar quieta.

— Você vai ficar, Prez. Todo mundo aqui está gritando por
isso. No que me diz respeito, já votamos.

Os homens assentiram. Todos, exceto Beam, que olhou


para a pasta quase vazia em suas mãos, apertando seu queixo.

O idiota era uma pessoa estranha, mas ele acabou de


salvar nossas bundas. Quanto a Stryker, uma vez que o
arrastassem para dentro, ele enfrentaria ao pior destino neste
clube, desde os maus velhos tempos com Fang.

Ele nos fodeu profundamente. Ninguém sabia o que


diabos ele deu ao cartel, e ele tentou cobrir seus rastros com
aquele falso tiro no braço. Porra provavelmente disparando a
bala em si mesmo.

Nós o faríamos gritar antes de rasgarmos a pele de suas


costas, arrancando nossos símbolos de sua carne, o idiota não
estava apto para usar antes de ir para o inferno, antes de ser
empurrado para a sua sepultura.

— Vamos fazer isso irmãos. Nós precisamos encontrar o


nosso homem, pressioná-lo, e descobrir o que ele sabe. O Prez
quer que votemos nele, e é isso que vamos fazer.

Blackjack assentiu, ódio enchendo os olhos.

— Sente-se, filho. Você disse a sua parte, e você está


correto. Rato ou não, Stryker merece o voto como qualquer
homem vestindo este patch faz, e ele vai receber antes de fazer
seu coração parar.

Homens assentiram tristemente. Brass olhou para mim


do outro lado da mesa, suas têmporas latejando, mastigando
a mesma tensão que todos nós tínhamos.

— Todo mundo a favor de trazer o nosso irmão Stryker


para enfrentar o julgamento, digam sim.— O Prez pegou o
martelo garra de urso e olhou para Brass, começando a ir para
baixo da linha.

Um por um, votamos. No momento em que voltou para


mim, o último homem de pé, foi unânime.
Quando o martelo do Prez bateu na madeira, soou como
uma bala passando pelo meu ouvido.

— É isso, então. A única coisa que nos resta a fazer agora é


decidir como trazer nosso irmão com a menor resistência.

Eu, Brass e Asphalt esperamos na mesa da cozinha. As


mulheres riam no andar de cima, provavelmente brincando
com as crianças, levando suas mentes fora da escuridão
pesada no clube.

Naturalmente, nenhuma delas sabia a merda que estava


acontecendo. Era negócio do clube, e nós lhes dissemos para
ficar bem longe de Stryker se ele aparecesse, sem qualquer
outra explicação.

O medo nos belos olhos de Sally combinava com o mesmo


de Christa e Missy.

— Merda. Você realmente acha que ele está vindo? —


Asphalt pegou sua xícara de café e tomou um longo gole,
bufando quando viu que não havia nada, só algumas borras
frias.

— Com alguma sorte, ele vai direto para o clube. — falei.


— É lá que o VP lhe ordenou. Mas que diabos, sabemos que os
novos prospectos tem língua solta também. Se o fizerem, e ele
decidir balançar por nosso lugar, nós estaremos prontos.

— Ele vai obedecer. — Brass rosnou. – O fodido está


atordoado e confuso desde que ele levou um tiro. Não são
muitos caras que pensam claramente quando estão cuidando
de um tiro.

Eu esperava que ele estivesse certo. Algo no meu intestino


balançou, bombeando medo pelo resto do meu sistema.
Minhas mãos doíam para tirar sangue, quase tão ruim quanto
o meu pau me perseguiu a marchar no andar de cima, puxar
Sally para o quarto, e foder esse stress do meu sistema.

— Roman? — Eu ouvi a voz dela e girei.

— Que porra é essa? Eu lhe disse para ficar lá em cima


com todo mundo, querida. É muito arriscado aqui embaixo. —
Eu me levantei, caminhando até ela.

Ela estava com a criança em uma mão e uma sacola vazia


no outro.

— Caleb jogou a colher no chão e a sujou. Além disso, as


meninas queriam mais cafés, e eu pensei que poderia descer e
preparar um pouco.

Eu levantei minha mão, cortando-a.

Lá fora, uma motocicleta rugiu. Não é um dos nossos.


Brass e Asphalt foram com as mãos sobre as suas armas antes
que eu pudesse piscar.

— Se esconda, caramba. Vá lá para cima. Nós temos


problemas para cuidar. — Eu não esperei para ver se ela ouviu.

Eu sai atrás dos meninos, sentindo a adrenalina que me


atingiu como um tiro no coração, logo que cheguei à garagem
aberta. Stryker desligou sua moto e arrancou seu capacete,
estremecendo enquanto flexionava seu fodido bíceps, ainda
envolto em um torniquete sujo.

— O que está acontecendo, irmãos?

— Eu disse que nós deveríamos nos encontrar na sede do


clube. — Brass respondeu friamente, parando na beira da
minha garagem. Asphalt e eu estávamos bem atrás dele.

— Sim, eu falei com Wisp. Ele disse que todos vocês


estavam reunidos aqui, e a tripulação estava mantendo um
olho sobre as meninas. Só passei para ver se vocês queriam
trocar de turnos.

Nós estávamos próximos a ele agora. Stryker respirou


fundo. Eu assisti sua mão com cuidado, certificando-me de
que ele não estava se preparando para pegar qualquer coisa
perigosa amarrado ao seu corpo, e esperando o VP para fazer
o primeiro movimento.

— Nós temos um problema, irmão. — disse Brass, apenas


polegadas do seu rosto.

— Sim, o cartel.

— Besteira. Eu estou falando sobre sua falha em seguir


uma ordem direta, além do lixo que você está mantendo para
si mesmo, se fazendo de bobo. — O garoto magro piscou, raiva
e confusão atravessando seu rosto.

— Idiota? Que porra é você.


Brass agarrou-o pelos ombros e o derrubou. Eu ajudei,
esmagando o rosto no banco de sua moto, tão duro que eu
poderia ter quebrado seu nariz ali.

— Você babaca! Você realmente pensou que nós não


iríamos descobrir isso? Você realmente achou que poderia
delatar este clube e fugir com isso, seu pedaço de bosta do
cartel? — O VP explodiu, rosnando como ele torceu os pulsos
de Stryker para trás, pouco antes de estalar.

Atrás de mim, ouvi Caleb gemer nos braços de Sally, e um


novo tipo de raiva explodiu no meu intestino.
CAPÍTULO 11

Sally: Sem Vendas

Eu deveria ter escutado. Eu nunca deveria ter saído,


mesmo quando Stryker começou a gritar, e os homens o
cercaram como tubarões, batendo nele com golpes ferozes em
seu estômago.

Eu não fui a única que veio correndo para ver o tumulto.


Missy e Christa entraram na minha frente, tentando cobrir
Caleb, pedindo-me para entrar. Mas elas também estavam lá
para dar uma espiada em primeira mão no caos.

Parei na porta e vi como dois homens arrastaram Stryker,


sangue escorrendo por entre os dentes.

— Entre na porra do caminhão, idiota. — Brass rosnou.


— Nós estamos indo para um passeio. Você sabe que o clube
gosta de coisas limpas, mas nós vamos cortar sua garganta
aqui e limpar a bagunça se você fizer um movimento errado.
Você tenta foder com a gente, e nós vamos fazer muito pior do
que isso.

O VP apontou um dedo furioso na nossa direção. Em


seguida, sua testa franziu mais profundamente, raiva latejava
em seu semblante, e ele deve ter percebido que desafiamos
uma ordem direta.

— Maldição! Que porra que elas estão fazendo aqui?


Roman! — Brass arrancou o homem ferido em torno pelo
ombro, acenando para Asphalt segurando o outro lado dele, e
eles o empurraram em direção a caminhonete de Roman.

Meu homem virou-se, deu uma olhada, e começou a vir


em nossa direção.

— Droga! Traga a porra de volta para dentro todas vocês!

As duas mulheres na minha frente saltaram da garagem,


passando por mim e Caleb. Esperei o castigo inevitável.

Meu coração disparou como um trem de carga. A última


vez que me lembrei como Roman realmente era, estávamos na
cama, entrelaçados quando ele me mandou direto para o
êxtase. Era fantasia, então, uma onda de calor percorreu
minha espinha cada vez que eu sentia seu corpo esculpido.
Foder um bandido me deixou vergonhosamente molhada. Mas,
vendo o que fizeram com Stryker na calçada, que não sequer
estava terminado, me lembrou não havia nada sexy na dura
realidade.

— Eu lhe disse para ficar dentro de casa. — disse ele, sua


voz fria como gelo. — Da próxima vez, você me ouve, querida.
Isso não é uma hora social. Esses meninos não apareceram e
sentaram-se comigo a manhã inteira porque queríamos jogar
cartas. Estamos cuidando dos negócios, e não podemos deixar
nossas mulheres entrarem na frente.

— Negócios. — eu repeti, estudando seu rosto


completamente louco. — Que tipo de negócio envolve bater em
um homem que usa seu próprio patch em uma pasta de
sangue? Você vai matá-lo, Roman?

Eu não sabia ao certo por que fiz a pergunta. Será que eu


realmente queria saber?

— Negócios do clube. — ele retrucou.

Deus, eu odiava essa frase um pouco mais a cada vez que


a ouvia. Cada vez que saía, ele coagulava o ar, como se alguém
pegasse uma marreta e abrisse um buraco na nossa vida feliz.

— Suba as escadas. Não desça até você ouvir de mim ou


de um dos garotos. Enviaremos alguns prospectos para
verificar vocês mais tarde. Eu tenho que lidar com isso, e eu
não posso ficar aqui o dia todo esperando você entender.

Como se para sublinhar, a buzina do caminhão começou


a explodir lá fora, e não parou. O telhado estava prestes a cair
com a incrível raiva explodindo desses homens, mas o seu fogo
foi a única coisa que eu realmente me importava.

Caleb se agitou em meus braços, irritado com o som. Eu


empurrei seu rosto no meu peito, tentando cobrir seus pobres
ouvidos.
— Não vá se não for seguro, Roman. Por favor. — Eu olhei
para ele, sentindo meu coração cair. — Eu tenho um
sentimento terrível sobre isso. Vocês estão prestes a entrar de
cabeça em algo. Eu avisei antes, te pedi para não ir...

Rosnando, Roman longe de mim, arrancou a porta


aberta, e gritou.

— Um minuto, porra!

A buzina parou. Brass deu-lhe um olhar severo que dizia


nem um segundo mais.

— Pare de se preocupar, querida. Eu sei o que estou


fazendo, e os caras também. Estamos fazendo tudo isso para
você e todas as outras garotas escondidas nesta casa. Você
pode me desenterrar e me matar de novo se eu não voltar.
Agora, cale a boca e me dê um beijo.

As lágrimas vieram quando ele agarrou meu rosto, me


segurando firmemente, e esmagou seus lábios nos meus.
Beijei-o de qualquer maneira, mesmo que eu estivesse
perdendo o controle, pensando em todas as maneiras terríveis
que ele poderia morrer. A porcaria que eu os vi fazer com
Stryker era apenas o começo de mil horrores.

Gostando ou não, eu entreguei meu coração a um homem


forjado em violência, e agora ele estava se despedaçando.

— Não faça isso. Não vá. — Eu não pude resistir a


implorar mais uma vez quando ele se separou e se virou para
a porta.
Ele me olhou uma última vez.

— Vá lá para cima, querida. Vamos falar sobre o quanto


você duvidar de mim é besteira completa quando eu chegar em
casa.

Raiva queimou nas minhas veias. Eu respirei fundo e


estava prestes a amaldiçoá-lo, mas ele se foi. Meio minuto
depois, a moto de Asphalt arrancou na frente do caminhão.

— Cretino!— Eu gritei de qualquer maneira, mesmo que


apenas para diminuir a raiva que ele deixou me queimando por
dentro.

Eu voltei a odiá-lo, mas meu amor não morreria tão fácil.


Este homem estúpido, orgulhoso ia se matar e repetir a
maldição da família, se ele não me matasse de desgosto
primeiro.

Mais tarde, no andar de cima, Caleb cochilava no colo de


Christa. Meu telefone tocou pela décima vez nas últimas duas
horas. Agarrei-o, esperando que fosse Roman, mas eu vi que
era um número desconhecido.

Toda vez que eu atendi, não era nada além de estática.


Na última vez, eu pesquisei, e descobri que estava vindo do
hospital.

Norm estava acordado, e tentando entrar em contato


comigo, aparentemente. Eu queria sair, deixar meu filho com
as meninas, e descobrir o que diabos estava acontecendo.
Mas não foi tão fácil com Rabid e os prospectos no andar
de baixo. Ele só negou com a cabeça algumas vezes. O tipo,
motociclista razoável que eu falei antes endureceu no super-
homem sem emoção como o resto deles, e ele só tinha uma
coisa a dizer-nos.

— Você vai ficar aqui. Ordens do clube. Nem sequer


pense em ir a qualquer lugar sem a nossa permissão.

Talvez eu já devesse estar acostumada agora com a


maneira que Roman me mandava. Mas ouvir isso de outro
homem com o patch de urso... eu fervi.

Estava preocupada também. O mistério de cada vez que


meu telefone tocava estava me matando.

Missy tocou meu ombro, quando a linha ficou muda, e eu


abaixei-o de volta para o meu colo.

— Vai ficar tudo bem. Eu tenho certeza que vamos ouvir


os caras em breve. Eles nunca nos mantêm no escuro por
muito tempo, quando há assuntos sérios acontecendo.

— Fácil para você dizer. — Eu olhei para ela e franzi a


testa. — Sua irmã mais nova não sabe quão sortuda ela é, na
casa de um amigo, sem tomar conhecimento desse lixo. E se
Norm tiver algo útil para o clube? Roman pretendia interrogá-
lo, perguntar a ele o que aconteceu naquela noite em que ele
foi atacado na fazenda.

Christa olhou para cima, mudando Caleb em seus


braços.
— Eu vou falar com ele. Ele é meu pai. Eu não tenho nada
além de respeito por ele, mas eu não compreendo. Não há
perigo em tomar uma corrida para o hospital. Até os idiotas
loucos não seriam loucos o suficiente para tentarem alguma
coisa lá.

Apertei os lábios. Eu não estava com certeza sobre nada


agora. Eu entrei em um mundo que eu realmente não
entendia, e não quero entender, exceto para o que fosse
necessário para trazê-lo para casa em segurança.

Meu menino precisava de seu pai. Eu precisava de um


homem, e eu não estava pronta para perdê-lo quando eu
finalmente o tive de volta.

— Deixe-me pegá-lo. — Eu me levantei e me aproximei,


puxando Caleb em meus braços.

Senti o calor suave do meu filho antes que eu o deitasse


em seu berço. Seus olhos se abriram um pouco, me lembrando
dos mesmos olhos escuros que combinavam com Roman um
pouco mais todos os dias.

Jesus. Se ele não voltasse para casa a salvo...

A porta se abriu e fechou. Isso chamou a atenção dos


garotos no andar de baixo.

— Que porra é essa?— Eu ouvi uma voz rouca dizer.

Missy e eu nos inclinamos, forçando os nossos ouvidos


para escutar.
— Você não deveria estar aqui, baby. Que diabos está
fazendo?

— Tentando colocar algum sentido em você. — Christa


disse friamente. — O primo dela continua chamando, você
sabe. Ele estava lá quando a fazenda foi atacada e Stryker foi
baleado.

— Não mencione o nome da porra do traidor


novamente!— Cuspiu Rabid.

Ouvir como ele disse fez meu coração saltar uma batida.
Eu tive uma sensação de que era algo assim, mas sabendo
que... Deus. O jovem estaria morto logo se tivesse realmente
feito algo para foder o clube.

Talvez ele fosse crucificado, assim como os outros


homens que Roman falou sobre matar. Ou talvez houvesse algo
pior. Eu me encolhi toda vez que eu pensava sobre a forma
como as mesmas mãos fortes e ásperas, que percorriam meu
corpo podiam ser usadas para destruir outro ser humano.

Eu precisava ser honesta, eu amava um assassino. Um


bandido. Um cretino absoluto que não sentia medo de destruir
e arruinar com a pior dor que ele poderia pensar.

E eu não poderia deixar de amá-lo, mesmo que a parte


racional do meu cérebro estivesse gritando, me dizendo o quão
profundo que eu caí nesse buraco do coelho.
— Rabid, pare. Eu estou fazendo isso por uma amiga e
pelo clube. Ela merece saber o que está acontecendo, e ele pode
ajudar o resto de vocês também.

— Você está envolvida profundamente no clube, e você


sabe que não é meu papel, Christa. — Houve uma longa pausa
e, em seguida, um suspiro alto e masculino. — Caralho. Só por
você, vou ligar para o Prez.

Meu coração gaguejou. Missy e eu compartilhamos um


olhar longo e animado, tentando ouvir ansiosamente enquanto
Rabid, tentava ligar.

— Porra! — ele rosnou, poucos minutos depois.

— O que aconteceu? — Perguntou Christa.

— Nenhuma resposta. Olha, eu sinto muito, baby, mas


não posso fazer nada enquanto eu não puder entrar em
contato com Blackjack. Eu tenho minhas ordens, e eu estou te
segurando aqui. Todas vocês. O VP vai ter a porra da minha
cabeça em uma lança se eu deixar vocês garotas saírem e algo
acontecer.

— E você não acha que algo pode estar acontecendo com


o clube? — Algo que você poderia impedir.

— Ah, caralho! Não faça beicinho. Não me de alguma aula


sobre soluções mágicas também. Você não tem idéia do que
estamos lidando, e é a maneira que deve ser.
Por alguma razão, eu abri um sorriso. Missy exalou uma
respiração afiada, sacudindo a cabeça.

— Eu pensei que você deveria tomar o assunto em suas


próprias mãos quando há uma emergência? Você não é homem
o suficiente para decidir o que é melhor?

Eu praticamente podia vê-lo apontando um dedo na cara


dela.

— Não faça isso. Agora, você está pisando nos meus dedos, e
não vai chegar a qualquer lugar.

— Eu não estou tentando chegar a algum lugar. Eu estou


tentando salvar algumas vidas porra! — A voz de Christa
estava alta e tensa. — Eu sei que você nunca deixaria ninguém
colocar novas cicatrizes em mim novamente. Eu sei o que é ser
torturado. Você não acha que eu tive todos os perigos que vêm
com o uso de sua marca queimada em mim para a vida? Não
acha que talvez eu entenda com o que estou lidando?

— Baby, eu sei que você entende. Não é desse jeito.

Ela o cortou.

— Exatamente. Trata-se de perder tempo precioso. E se


Blackjack não chamá-lo de volta até que seja tarde demais? E
se os homens morrerem porque Norm poderia ter dito algo
importante?

Outro longo silêncio. Então, finalmente, eu o assisti jogar


as mãos para cima.
— Ah, Porra! Junte suas coisas agora. Nós vamos para o
maldito hospital, mas estou escoltando você todo o trajeto com
dois prospectos. Missy fica aqui com a criança. Vou te dar uma
hora antes estarmos de volta nesta casa. Nem um segundo a
mais, entende?

Ela respondeu-lhe com um molhado beijo feliz dos lábios,


e então ouvi os pés batendo até as escadas. Peguei minha bolsa
e abri a porta antes que ela nos alcançasse.

— Tem certeza que está tudo bem você entrar sozinha? —


Christa perguntou na sala de espera fora da UTI, com seus
olhos suaves.

— Eu preciso. Temos o quê? Quarenta minutos? Eu


preciso aproveitar ao máximo.

Respirei fundo, deixando-a envolver os braços em volta


do meu pescoço mais uma vez antes de seguir a enfermeira
esperando por mim fora das portas de aço enormes.

Andando como se entrasse em uma tumba. A enfermaria


estava estranhamente calma, tão escura e silenciosa e imaginei
que uma pessoa pode ouvir os passos de morte se eles
escutassem atentamente.

Norm sentou-se em sua cama, sua cara fechada e com


algum aparato enorme em torno de sua cabeça. Quando ele me
viu, seus olhos se iluminaram. Surpreendente, especialmente
quando seu sistema foi bombeado cheio de analgésicos.

— Meu Deus. Como você conseguiu pegar o telefone?


Ele fez um som, a meio caminho entre um rosnado e um
suspiro. Meu coração afundou.

Deve ter sido uma enfermeira que fez as chamadas,


tentou me trazer aqui. O que quer que ele queira, eu não fazia
idéia de como diabos ele ia me dizer qualquer coisa.

Assim não.

— Norman. — Peguei a mão dele, perguntando se ele


poderia até mesmo sentir a minha. — Você está indo vencer
esta luta, eu prometo. Os caras estão trabalhando para tornar
o nosso lugar seguro novamente, enquanto falamos.

Nossos olhos fechados, e então ele piscou. Uma vez, lenta


e deliberada.

— Isso é um não? — Perguntei em voz baixa.

Ele piscou duas vezes mais. Sim.

Um caroço amargo se formou na minha garganta. Tio


Ralph fez a mesma coisa depois de seu primeiro derrame, antes
que o segundo fatal o levasse embora para sempre. Foi um
calvário reviver isso, exceto que Norm encontrou sua força,
forçando suas palavras de uma maneira que eu realmente
reconheci.

Fiz uma pausa por um momento, olhando para o relógio


cinza sem graça na parede. Um pouco menos de quarenta
minutos.
Droga. O que quer que ele queira me dizer, eu teria sorte
de conseguir isso a tempo se tivéssemos que jogar
pacientemente perguntas e respostas. Eu decidi começar com
uma fácil.

— Como você me ligou? Você usou uma enfermeira?

Duas piscadas. Mais rápido que antes. Sim. Claro.


Respirei fundo, segurando as lágrimas. Houve muitas delas
anteriormente, e este definitivamente não era tempo para
chorar.

— O que aconteceu naquela noite? Quem fez isso com


você? Você foi emboscado...

Ele olhou fixamente. Devagar, menina. Ele não dirá a você


uma malvada coisa, a menos que seja um sim ou não.

Tudo certo. Pense.

— O cartel surpreendeu você? — Não poderia ficar muito


mais fácil do que isso.

Duas piscadas. Sim.

— Você conseguiu revidar? Você atingiu alguém? — Um


piscar de olhos.— Aconteceu rápido demais?

Sim.

Engoli, e, lentamente, juntei minhas palavras. Meu


coração batia forte, ameaçando explodir no meu peito.
— Foi alguém da casa, não foi? Será que Stryker fez isso para
você?

Suas pálpebras se moveram. Uma vez.

Jesus Cristo. Inclinei-me.

— Norm, eu estou perguntando para você de novo...


Stryker te machucou?

Não.

— Foi Asphalt?— Eu sabia que estava protelando,


salvando meu cérebro de ir para o beco escuro que a lógica
apontava.

Não.

— Será que Beam fez isso? Ele é o traidor?

Sim. Sim.

Eu desviei, agarrando a parede a alguns metros de


distância para me apoiar. Minhas mãos batiam no vidro frio, e
foi a única coisa que me impediu de desmaiar. O idiota que
tentou forçar-se em mim, que quase me tentou com os lábios,
seu toque... ele era o rato.

Ele era o filho da puta.

Ele foi o único ameaçando levar Roman para longe de


mim para sempre, e rasgar a nossa família em pedacinhos.
— Jesus Cristo...— Eu lutei contra o impulso de sair
correndo de volta para Christa e Rabid. — Obrigado, Norm. Eu
estarei de volta logo que eu puder. Eu só... Eu tenho que ir.
Você vai superar isso.

Ele me deu mais duas piscadas, e eu vi uma leve sugestão


de um sorriso em seus olhos. Com certeza.

Eu dei um último aperto em seu braço. Ele fez uma


careta. Então eu corri para fora da sala, deixando a enfermeira
de plantão na mesa do computador minúsculo dentro gritando
atrás de mim.

Do lado de fora, eu colidi com Rabid, que se levantou com


Christa quando me viu chegando, estendendo os braços. Eu
estava tremendo, cheia de adrenalina. Levei alguns segundos
para falar enquanto eles gritavam.

— O que é isso? O que está acontecendo?

— É seu primo está bem? Fale com a gente! — A voz de


Christa explodiu através da minha outra orelha.

— Eu sei quem é o traidor. Não é quem você pensa. Foi


Beam o tempo todo. — Os olhos de Rabid desviaram, e então
foram preenchidos com ódio. — Você tem que chamar
Blackjack agora, tenha o seu Presidente na linha, conte-lhe
tudo. Rápido, antes que...

Ele me empurrou para longe, provavelmente um pouco


mais rudemente do que pretendia, e eu fui parar nos braços de
Christa. Ela me pegou, atirou em Rabid um olhar sujo, e depois
me levou até o banco de espera.

— Fiquem aí porra. Vocês duas. Eu já estou nisso.

Limpei meus olhos enquanto Christa empurrava lenços e


uma garrafa de água em minhas mãos. Eu precisava disso.
Minha garganta parecia que pegou fogo, e em seguida
congelou, me sufocando viva.

— É como a porra de um pesadelo. — disse ela


tristemente. Seus olhos estavam grudados na porta, esperando
por Rabid para voltar.

Nós oramos tanto para ele entrar em contato com os


outros neste momento. Jesus, eles podem estar rasgando
Stryker em pedaços esse segundo, e tudo por nada.

Eu não sabia como Beam conseguiu incriminá-lo, mas ele


fez. Pior, eu duvidava que fosse apenas para cobrir o próprio
rabo. Os homens podem estar em perigo real enquanto nós
estamos aqui em espera, e não havia nada que pudesse fazer
sobre isso.

— Você pode acordar com pesadelos. — eu disse a ela. —


Isso só não pode ser permanente.
CAPÍTULO 12

Roman: Melhor armadilha

A tocha era como um bloco de gelo na minha mão. Era


surpreendente que a merda dentro pode inflamar, quente o
suficiente para queimar a carne humana em um piscar de
olhos.

Stryker não viveria para mostrar os olhos negros que


demos a ele. O filho da puta era durão, e realmente bom em
ser estúpido, muito melhor do que eu o dei crédito.

Nós batemos nele e puxamos todos os truques mentais


habituais por mais de uma hora, e isso não rendeu uma coisa
maldita. O cretino manteve seus lábios fechados, nos dizendo
para irmos para o inferno, nos avisando que estávamos
cometendo um grande erro. Todas as habituais negações de
um homem culpado.

Eu agarrei a tocha após Blackjack se afastar dele,


agarrando o ombro do traidor. Ele perguntou a ele sobre o tio
Manny novamente, e o idiota admitiu, exceto que ele alegou
que o chef sorridente nas fotos não era seu tio Manny.
Ele nos disse que as fotos estavam apagadas,
manipuladas. Alguém tirou suas fotos e as mudou, levando
Manny, o chef, para o meio do jantar de um cartel.

Besteira.

Acho que ele não sabia que o Prez tinha um cara cuidando
da parte digital, passando um pente sobre tudo ligado ao clube.
O veredicto chegou, e não havia dúvidas.

Contra a parede, Asphalt, Brass, e outros caras


balançaram a cabeça toda vez que ele contava mais mentiras.
Ambos tiveram suas chances, para soltar a sua língua,
cavando seus dedos em seu corpo magro tão duro que eles
tiveram sorte se suas mãos não quebraram. E o olhar que eles
estavam me dando agora implorava por outra chance de fazer
esse idiota gritar, ou então acabar com sua miséria maldita.

— Você quer que eu reponha nossas cores agora? Talvez


isso vá abrir este idiota. — Eu olhei para o Prez. Nós
compartilhamos a mesma escuridão em nossos olhos, um
pouco mais quente a cada segundo, observando o nosso
menino se contorcer em suas restrições como um rato
encurralado.

Blackjack parou, endireitou o longo cabelo grisalho, e


enfiou a mão no bolso para um fumo fresco. O Prez era um
homem, e soprar naquela fonte infinita de cigarros acalmou os
nervos. Ele também o fez fraco, justo em sua crueldade,
confiante em sua justiça.
— Faça isso, filho. Nosso irmão perdido não está nem
tentando suavizar a adaga que ele colocou em nossas costas.
No que me diz respeito, ele não está mais em condições de usar
o urso em sua pele por mais um segundo.

Adrenalina subiu nas minhas veias. Acendi a tocha, e


assisti a dança da chama azul, segurando-a na frente do meu
rosto. Stryker olhou para mim através dos seus olhos abatidos.
Pela primeira vez desde que começamos, eu vi um flash de
medo em sua cara feia.

Sorrindo, eu passei à frente, tomando o meu tempo. Nós


já desperdiçamos mais de uma hora, o que eram mais alguns
minutos quando você queria quebrar um homem, mais da
metade da equação era psicológica.

A dor era secundária, mas uma vez que esta chama tocar
as tintas de Stryker, ele estaria em um mundo de nada, mas
escaldante, rasgando cérebro seu agonia.

— Não, não, não! — Ele rosnou, se debatendo na cadeira


que nós amarramos seus braços e pernas. — Você não pode
fazer isso, porra, irmão. Não pelo amor de Cristo! Eu não fiz
isso. Foi algum outro idiota, alguém armou para mim, alguém
que realmente quer ver este clube morto!

Eu inclinei minha cabeça, trazendo a chama tão perto de


seu rosto que o filho da puta se encolheu.

— Realmente agora? Você está me dizendo que há alguém com


conexões nos cartéis mexicanos que saiu com um pouco de
sangue na noite em que o cartel veio? Eu vi o que você fez para
o primo de minha menina, imbecil. É melhor acreditar que
todos nós vamos te foder duas vezes mais antes que você seja
enterrado.

Seus olhos se arregalaram quando eu comecei a mover a


chama perto, primeiro para o torniquete imundo em volta do
seu braço. A língua do filho da puta deve ter ficado
entorpecida. Eu vi isso acontecer com outros caras, pouco
antes de eles perceberem que a morte iminente está prestes a
acontecer, pronta para arrebatar sua alma em um piscar de
olhos, ou pelo menos fazê-lo desejar que ele estivesse perdendo
o ânimo.

Para esse idiota o fim estava chegando lenta e


dolorosamente. Eu assisti arregalando os olhos, iluminando
com mil pedidos de misericórdia.

Não, não. NÃO!

Eu afastei a chama, antes que ela queimasse a


bandagem. Droga. O barulho repentino do meu celular através
do armazém vazio me interrompeu.

Meu telefone tocou pela quinta vez em meu bolso, me


lembrando que havia coisas mais escuras a pensar do que as
piores formas de enviar este filho da puta traidor ao encontro
de seu criador.
A tocha apagou quando eu soltei o botão. Rosnando,
enfiei a mão no bolso, puxei meu telefone, e olhei para a
chamada não atendida. Outra de Sally.

Que porra estava acontecendo? Rabid tentou chamar o


Prez algumas vezes também, mas ele não atendeu,
embrulhando em sua frustração por não ter quebrado a
armadura de Stryker para se preocupar com qualquer coisa
fora deste antigo armazém.

— O que diabos está esperando, meu filho?— Ele disse,


sem tirar o cigarro de sua boca. — Mova seu traseiro. Ele não
vai nos dizer nada até que ele solte alguns gritos de dor. Não
temos a noite toda para soltar sua língua.

— Sinto muito, Prez. Eu continuo recebendo essas


chamadas... porra. Apenas me dê um segundo. Por favor.

Blackjack mostrou os dentes, quase dividindo o cigarro


em dois. Eu disse a mim mesmo que seria apenas um minuto,
talvez dois, não mais.

Alguma coisa apertou meu intestino. As chamadas não


deveriam ter continuado tão persistentes depois que as ignorei.

Fui até o canto oposto pela saída dos fundos, onde Beam
estivera a alguns minutos atrás. Eu estava muito ocupado
olhando para o meu telefone para me perguntar se ele saiu
para respirar um pouco de ar, mijar ou o quê.

Vários correios de voz explodiram minha caixa de


entrada. Seja o que for, eu precisava fazer isso rápido, então
eu pulei por eles e apertei o botão de chamada para o telefone
de Sally.

Ela respondeu no segundo toque.

— Jesus, onde diabos você estava? Por favor, me diga que


você ainda não acabou com Stryker.

Rangi os dentes.

— Que história é essa, gata? Comece a falar. Você tem


trinta segundos.

— Eu fui ver Norm...

— Norm? Foda-me, onde está Rabid? Ele estava sob


ordens diretas para não deixar ninguém sair dessa casa.

— Roman! Acalme-se !Ouça! Me de um segundo!— Eu


nunca a ouvi tão angustiada, gritando em meu ouvido. — Era
o Beam o tempo todo. Você tem o homem errado. Norm me
disse cara a cara que ele é o rato, aquele que o emboscou,
quebrou seus ossos. Bem, mais ou menos...

— Mais ou menos?

— Ele só podia piscar para se comunicar. Eu fiz as


perguntas. Mas eu verifiquei tudo. Eu sei que ele estava me
dizendo a verdade. Eu já disse a Rabid, baby, mas ele não
conseguiu chegar a vocês também. Ele está indo em direção ao
clube.
— Baby, cale a boca.— eu rosnei, balançando a cabeça.
— Você realmente espera que eu acredite que toda a sujeira do
clube nada tem a ver com Stryker? E tudo isso a partir de um
cara que está tão fodido que ele provavelmente tem mais
analgésicos do que sangue em suas veias?

Eu realmente me arrependi de responder a essa porra


agora. A vergonha do Prez e dos meninos ouvindo tudo era tudo
o que me impedia de explodir, jogando o telefone contra a
parede, esmagando-o em um milhão de pedaços.

Sim, ela era minha mulher. Mas agora, ela estava me


desrespeitando, me alimentando dessa besteira, enfiando seu
nariz onde não devia.

Onde diabos estava Rabid? Eu me perguntei novamente.


E por que diabos ele era tão ingênuo? Houve uma longa pausa.
Ainda bem, porque estávamos quase terminando. Eu iria voltar
ao trabalho.

Agora, minhas mãos realmente doeram para fazer algum


dano a essa porra na cadeira. Eles teriam que me segurar
antes que eu fosse mais fundo do que a sua tinta, queimando-
o como uma batata frita maldita, assando seus ossos.

— O quê? — O medo gelou a voz de Sally, e também a


descrença. — Ah não. Não. Você tem que acreditar em mim,
Roman. Eu não estou inventando isso. Eu juro!

— Não disse que era você. Parece-me que temos os fatos


errados. Fato é, seu primo está fodido, e eu vou precisar de
muito mais do que a palavra de um cara estragado quando ele
não está nem no seu perfeito juízo. Pena que estamos fora de
tempo para esperar que isso seja levado a julgamento.

— Roman, não! Não faça isso. Você pode vir para o


hospital comigo, fale com ele você mesmo. Você verá. Se você
tivesse visto o olhar em seus olhos, como ele era coerente, não
há nenhuma maneira que ele esteja errado.

— Adeus, querida. — Eu terminei a chamada, resistindo


à vontade de quebrar esse filho da puta. Desta vez, eu o
desliguei completamente antes de fazer meu caminho de volta.

Stryker estava a meio caminho no momento em que voltei


sob o feixe de luz solar que filtra através da janela. Minha
menina comprou para ele mais alguns segundos para aceitar
seu destino.

Que porra maravilhosa. Eu teria que fazê-lo sofrer duas


vezes mais, investir um pouco mais de energia para fazer este
lugar ecoar com seus gritos.

Peguei a tocha. Meus olhos foram para o Prez, e ele


acenou com a aprovação, uma faísca em seus olhos me dizendo
para terminar o que começou.

Ouvimos um estrondo ensurdecedor, enquanto a chama


acendeu a vida. Muito profundo para ser apenas um silvo de
fogo, e muito perto para ser um trovão.

Motores. Muitos deles. Veículos que soavam muito


grandes e muito mais numerosos do que as motos.
Todos os caras na sala se assustaram, mesmo Stryker,
levantando a cabeça e me dando um olhar surpreso. O meu
coração teve um disparo tão pesado de adrenalina e eu quase
me esqueci de apagar a tocha e guardá-la de volta no velho
caixote segurando nossos implementos.

— Quem está lá fora? — Blackjack rosnou, cerrando os


punhos e marchando em direção à fenda estreita de vidro sujo
ao lado da saída traseira.

— Sally disse algo sobre Rabid aparecendo. — Eu parecia


a porra de um fantasma. Não há nenhuma maneira de Rabid
e alguns prospectos terem feito muito barulho com as suas
motos.

Um por um, os meninos foram até o vidro e pararam de


repente. Eu sabia que não era bom, o que diabos estava
esperando por nós lá fora era um desastre. Não me impediu de
tirar minha arma do quadril e me juntar a tripulação.

— Clube dos Grizzlies! Nós sabemos que vocês estão aí.


Venham para fora, ou vamos atirar! — Um homem bronzeado
em um terno branco marfim inclinou um teto solar em um
SUV, seus dentes de ouro brilhando na luz da noite a cada vez
que ele moveu sua boca. — Vocês tem exatamente um minuto.

Outros homens saíram dos seis ou mais caminhões


enormes alinhados ao redor do pátio, o lugar que sempre foi
usado como um cemitério de traidores e inimigos. Eles eram
os mexicanos, empunhando automáticas e espingardas, e eles
pareciam irritados.
Olhei para os três caras ao meu lado, um por um. Brass
não demonstrava medo. Asphalt parecia chateado. Blackjack
usava a mesma calma bizarra que ele sempre demonstrou em
situações como esta.

Eu o admirava, sua coragem nunca vacilou. Mesmo


quando estávamos prestes a cair em uma emboscada,
desarmados e despreparados, totalmente vulneráveis, se o
cartel quisesse acabar com esta guerra agora.

Quanto a mim, eu tive fé. O urso possuía nosso destino


agora, e nós já éramos homens mortos, ou então os maiores
sortudos que já usaram esse patch. Blackjack olhou para nós
e acenou com a cabeça.

— Vamos.

— Logo atrás de você, Prez. — Rosnei, pisando na frente


dele e batendo a porta aberta.

Mais de uma dúzia de cretinos do cartel esperavam, com


suas armas em punho. Blackjack saiu, estendendo um braço
para manter-nos de volta. Quando o filho da puta com os
dentes de ouro o viu, através de seus óculos enormes, ele se
abaixou no SUV e deslizou para fora da porta do passageiro
alguns segundos depois, alisando seu terno enquanto se
levantava.

Ele parecia um maldito lagarto, mas o grande emblema


prateado na lapela nos dizia exatamente o que estávamos
vendo. Seu emblema tinha a mesma águia caindo sobre a
cobra do deserto que eu vi antes. Mas os únicos caras que
tinham essas medalhas extravagantes eram chefes do cartel, e
agora havia um na frente de nós, um general em uma missão.

— Ah, Blackjack. — o mexicano disse com um sorriso,


seu forte sotaque mais perceptível aqui fora. — Você está mais
velho do que me disseram. Se você não tivesse matado legiões
de meus homens, eu apertaria sua mão.

— Cale a boca e vá em frente com isso. — o Prez estalou.


–Quais os seus termos? Eu sei quando minhas bolas estão em
um torno.

O sorriso do chefe do cartel derreteu.

— Eu acredito em lutar justo. Vou lhe oferecer a mesma coisa


que você deu aos meus soldados, uma morte rápida, limpa e
fácil para os seus homens.

Asphalt bufou. Ele pegou a nove milímetros, e de repente


como uma máquina uma dúzia de homens se moveram,
preparando suas armas e mirando em nossa direção.

— Não faça isso. Eu sei que você é um homem inteligente


e um homem razoável. Você perdeu, velho. – Os dentes de ouro
do Don reapareceram, desta vez como um sorriso de lobo. —
Depende completamente de você se quer que seu MC morra em
agonia. Talvez nós poupemos sua vida por algumas horas para
falar sobre o quadro geral depois que cada um dos seus irmãos
aqui estiver morto. Saia da frente.
— Não. — o Prez rosnou, cavando suas botas no concreto.
Sua velha ferida deve ter queimado. — Você quer falar em
termos, então você vai fazê-lo com o resto dos meus meninos,
e você vai me matar primeiro. Vá, em frente e recolha o seu
traidor lá dentro.

O patrão olhou para um dos seus caras, murmurou


alguma coisa em espanhol, e enviou-o para trás, para o
armazém. Ele voltou alguns segundos depois, marchando para
fora com Stryker, com as mãos ainda amarradas atrás das
costas.

Quando eu vi o retorno do grande mexicano a seu líder,


deixando Stryker para trás com o resto de nós, a porra do meu
coração afundou. Ou eram enormes idiotas que matavam seus
próprios informantes... ou Sally estava certa.

— Não há nada para recolher, exceto seus corpos. — disse o


dentes de ouro.— Nós já temos o nosso infiltrado, e ele vai ser
generosamente recompensado.

Droga. Ela estava certa.

Stryker não poderia ser o traidor, a menos que isso tudo


fosse uma piada de mau gosto. Isso não estava fora de questão
para esses malditos demônios do outro lado da fronteira.

Mas eu sabia que não seria assim tão fácil. Eu percebi


que acabei de passar minhas últimas duas horas na terra
torturando um irmão companheiro, um homem inocente. Só
isso me fez querer andar direto para o gorila que segurava a
espingarda, e sentir o fogo do inferno no meu peito.

Porra, porra, porra. É isso que o meu velho sentiu antes


que ele perdeu a cabeça e foi morto?

O mundo inteiro se condensou em uma bola preta. A boca


do Prez estava se movendo, mas meus ouvidos não
funcionavam, e precisei segurar minha arma apertada para
não desmaiar.

A porta de um SUV batendo me trouxe de volta à vida. Eu


vi o próprio diabo caminhando em direção a nós, através das
fileiras do cartel, Beam, completo com seu cabelo fodido.

— Você doente, fodido filho da puta. — eu rosnei, ficando


na frente de Blackjack.

Todas as armas miraram em mim. O idiota continuou


vindo, segurando o cretino do mal que lhe ofereceu suas peças
de prata.

— Calma Garotão. Sua old lady não gostaria que você


levasse uma saraivada de balas não que ela tenha muita
escolha neste momento. Eu adoraria uma chance de te dar o
mesmo tratamento que dei a Norm. Vá em frente e me dê uma
boa razão.

Meus punhos nunca estiveram tão famintos em toda a


minha vida. Levou cada grama de força que eu tinha para lutar
contra o desejo de estourar o cérebro desse filho da puta.
Enquanto eu controlasse minha raiva, eu não terminaria como
o meu velho. Pelo menos não por um instante de explosão e
descuido.

Não parecia bom para nós, mas a cada segundo que nós
nos atrasávamos e nos mantínhamos vivos, igualamos as
chances contra esses cretinos. Eu não podia deixar o desejo de
homem das cavernas de rasgar a porra da cabeça dele
roubando todo o meu maldito futuro com Sally e Caleb. Eu
precisei deixá-lo balançar seu pau sem tentar cortá-lo até a
hora certa.

— Carlos! — O chefe do cartel latiu, e sacudiu a cabeça.


— Volte para a linha. Agora.

O chefe avançou, passou por mim, e ficou na cara do Prez.

— Bem? Você vai aceitar o negócio que eu ofereci, ou não?


É o melhor que você vai ter, velho. E você está sem a
lavancagem.

— Não. Você tomará a minha contra oferta, ou você vai


matar todos nós, e não vai obter um acordo com o clube.
Nenhum acordo significa que você terá que destruir todos os
outros Grizzlies MC, por todo o trajeto até Seattle. Eles nunca
vão desistir, a menos que você tenha um pedaço de papel com
minha assinatura nele. Não pense que você vai convencer
alguém. Nós já avisamos a cada MC, eles sequer pensam em
fazer um acordo, capo.

O mexicano ficou tenso quando o Prez chamou o capitão


do cartel.
— É uma pena que você não tenha feito um trabalho tão bom
mantendo sua própria carta limpa. Acredite em mim, eu
adoraria derramar seu sangue onde você estiver.

— Aqui estou eu. — rosnou Blackjack, afastando-se do


chefe do cartel e abrindo os braços. — Faça. Estilo pelotão de
fuzilamento. Do que você tem medo?

Vários homens apontaram suas armas, trancado e


carregado sobre o Prez. Caralho!

O resto dos meninos se agitaram, prontos para saltar na


frente dele e tomar todas as balas se precisassem. Merda,
merda, nós iríamos morrer juntos de qualquer maneira, mas
eu com certeza não iria antes de ver Beam e o chefe do cartel
sangrarem na calçada fria embaixo de nossas botas.

— Receoso? Não, meu velho, o único que deveria ter medo


aqui é você. — O chefe olhou para nós, rosnou algo rápido em
espanhol, e todos, exceto dois dos seus homens baixaram as
armas. — Vou te dar alguns minutos. Pense no que você está
fazendo. Desfrute de uma última tragada do seu tabaco. Então,
vamos ver se você vem a seus sentidos. A única razão que eu
não cortei você e seus homens em pedaços é porque eu
realmente gostaria de ver a sua assinatura em sangue sobre
um novo tratado. Você faz isso por mim, e tudo pode acontecer
aqui hoje. Ainda há tempo para salvar vidas no seu clube,
Blackjack.

— Vá para o inferno. — Blackjack enfiou a mão no bolso,


arrancou um cigarro e acendeu.
Pela primeira vez desde que eu deixei esse lixo há dez
anos, eu desejei que eu não tivesse. Seria doce desfrutar de
uma última fumaça. Mas nem metade tão doce como sentir os
lábios da minha mulher mais uma vez, ou ouvir o riso do meu
garoto. Os idiotas na minha frente estavam levando isso cada
vez mais longe um segundo de cada vez. Pensando em nossas
chances era como assistir grãos de areia caindo através de
uma funesta ampulheta.

Um homem pode se sentir como um fantasma antes


mesmo que ele seja morto?

Tentei pensar, esforçando meus olhos, à procura de


qualquer fraqueza. Asphalt, Brass, e até mesmo Stryker
fizeram o mesmo. Eu não olhei muito para Stryker pois cada
vez que eu fazia, me sentia doente.

Eu quase incendiei a sua pele, pelo amor de Deus.

Talvez eu merecesse o final sombrio e sangrento que


estava chegando. Talvez hoje fosse o dia em que o karma iria
me bater, forçar-me a pagar as dívidas brutais que eu acumulei
ao longo dos anos. Talvez a minha família pudesse administrar
sem mim. Eu esperava em Deus que fizesse.

Sally era forte. Caleb estava fadado a crescer um durão.


Esta família tinha isso no sangue. Não, eu não ia ver, eu não
veria isso.
Meu coração congelou, sentindo o fogo do inferno no meu
sangue, toda vez que eu dava uma boa olhada naqueles rifles
em nós.

A última coisa que eu faria na frente dos meus


assassinos era chorar como uma putinha, mas estava
chovendo granizo negro na minha alma. Eu assisti o Prez
fumando, entre olhares furtivos, quase entediado no rosto dos
mexicanos. Quando o cigarro de Blackjack foi reduziu para um
toco e as costas do Chefe do Cartel se viraram, calmamente
conversando com um de seus homens através do SUV parado,
Beam fez o seu movimento. Ele veio em minha direção
novamente, usando o sorriso que me fez querer arrancar seus
malditos dentes.

— Você é um homem morto, você sabe. — Ele me deu um


olhar frio e cuspiu no chão.

Eu não vacilei.

— Melhor morto do que a porra de um rato. Os cartéis têm os


seus códigos também, tão fodido como eles são. Quanto tempo
antes que esses idiotas decidam cortar sua cabeça também,
Carlos?

Eu usei o nome que o Dente de Ouro gritou. Ele me deu


um olhar desagradável, e depois o rosto se torceu.

Ele riu, mais agudo do que eu ouvi antes, mostrando sua


ansiedade. Meus ouvidos se apuraram em outro barulho vindo
através dessa bagunça, algo longe, rugindo, zumbido.
Eu olhei, passando por ele em direção das paredes do
velho complexo. Eu vi as fracas nuvens de poeira atrás dos
velhos tanques de combustível. As motos estavam vindo,
subindo a estrada que sempre usávamos para chegar aqui,
através de uma fresta no portão enferrujado.

Porra. Na hora certa.

Beam parou de rir e olhou novamente para mim.

— Você acha que é fodão, não é? Você anda por aí pensando


que você é um bom homem, um homem forte, agora que você
tem a sua esposa e filho. Deixe-me dizer-lhe uma coisa, idiota.

Ele empurrou o meu peito, tão duro quanto podia. O


desgraçado magro estava fraco demais para me mover uma
polegada, mesmo com raiva fervendo seu sangue.

Eu lancei um olhar rápido para Blackjack. O rosto do Prez


não mostrou medo, mas seus olhos estavam fixos na pequena
fumaça aparecendo à distância também. Ele sabia o que estava
por vir.

Beam continuou falando, jogando a melhor conversa


fiada que ele podia.

— Você vai querer ouvir isso, idiota. Ouça bem. Eu vou


encontrar sua princesa loira quando terminarmos por aqui. Eu
vou encontrá-la, fodê-la, transar com ela com tudo que eu
quero. Vou levá-la em todos os buracos, toda a porra da noite,
fazê-la esquecer todos os últimos vestígios de você enquanto
ela estiver uivando no meu pau. Então, quando eu me encher
dela, eu vou levá-la para o México para ser vendida. Ela vai
sobreviver um ano, talvez dois no jogo. Mas eu darei a ela uma
chance de lutar, só por você, transando com ela até ela doer.
Eu vou transformá-la em minha prostituta, Roman. É uma boa
prática, uma vez que alguns amigos do cartel se apoderarem
dela.

Eu bufei.

— Você acabou, Carlos?

Ele balançou sua cabeça. Seu queixo apertou, esticando


a pele em seu rosto fodido. Por um segundo, aquela merda de
vassoura de punk na cabeça parecia estar sentada em um
crânio.

— Eu farei tudo, seu idiota. Eu juro que vou. Cada.


Fodida. Palavra. — Sua cabeça estalou de volta, e ele pulou
para frente, arremessando cuspe na minha cara.Lentamente,
eu levantei minha mão, limpando meu olho.

— Você vai ter um tempo difícil com a minha menina. — eu


disse, limpando minha mão no quadril.

— Por que isso, idiota?

— Ela não gosta de caras com bolas murchas e paus


quebrados. — Dois segundos. Isso era tudo que eu precisava
para fazer a minha jogada.

Meu joelho subiu e acertou o lixo de Beam tão forte que


eu sabia que ele sentiu suas nozes quebradas como ovos
podres. O cano da minha arma atingiu sua têmpora rápido
demais, e eu puxei o gatilho.Os mexicanos começaram a gritar
antes mesmo de ele atingir o chão. Eu fui para baixo,
segurando seu corpo como um escudo, ouvindo os meus
rapazes atrás de mim começarem a atirar.

Todo o meu universo se tornou chumbo explodindo,


chutando a calçada empoeirada e carne em torno de mim, cada
flash quente ameaçando extinguir a minha vida tão
rapidamente como eu fiz com o traidor.

Brass rugiu, disparando sobre a minha cabeça. Eu


inclinei minha arma assim que eu bati no chão, atirando em
todas as formas escuras que eu podia ver. Vários garotos de
cartel correram para frente, e seus peitos explodiram, a morte
florescendo em vinhas sangrentas.Rabid e os prospectos
estavam aqui. A cavalaria os atingiu por trás, matando esses
filhos da puta como porcos.

Dentes de ouro se abaixou entre dois veículos, se


escondendo e procurando uma arma, segurando uma ferida
sangrando em sua perna. Vermelho brilhante escorrendo
através de suas calças brancas.

Eu esvaziei meu clipe e explodi mais duas cabeças. Era


muito perigoso recarregar, especialmente com um idiota
segurando uma automática vindo em minha direção,
pulverizando fogo em todas as direções.O fogo do inferno
avançou, vindo como uma linha de chuva.

Inevitável. Ultrajante. Fatal.


Eu pensei sobre os lábios quentes de Sally nos meus
enquanto ela estava enrolada em volta de mim, empurrando
como se minha vida dependesse disso entre as suas pernas,
rosnando quando eu a empurrei sobre o penhasco em êxtase.

Lembrei-me de rir de Caleb, sorrindo enquanto as balas


se aproximaram, atingindo o cimento rachado como fogos de
artifício. Era como se alguém diminuísse o tempo, apenas o
suficiente para deixar as coisas que importavam passar como
flash diante de meus olhos.

Eu não consegui tirar da cabeça o riso de querubim do


meu garoto, mesmo que isso fosse bem fodido com a morte
correndo em minha direção. Eu nunca mais ouviria isso.

Eu pensei sobre ma. Ela parecia mais feliz agora


segurando meu filho do que esteve há anos. Provavelmente
surpresa que Sally e eu criamos um milagre tão perfeito. Ela
ainda teria isso depois que eu fosse embora.

Os rostos dos meus irmãos passou pela minha cabeça,


um por um, em um ritmo perfeito vindo em minha direção.

Blackjack. Brass. Rabid. Asphalt. Southpaw. Stryker.

Tantos outros malditos. Muitos rostos e não há tempo


suficiente. Nunca haveria o suficiente. Caralho. Fogo atingiu
minha lateral, e eu senti como um balão de água perdendo seu
conteúdo.
Dois segundos depois, o tiroteio parou, mas isso
realmente não importava. Vi-me esparramado no chão, meus
olhos mortos e vagos.

Eu flutuei para longe de tudo, e não havia freios. Eu já


era um fantasma, mesmo quando algum irmão me alcançou e
começou a me balançar, gritando no meu ouvido. Suas
palavras eram como ouvir alguém gritando por um longo túnel.

Eu ouvi alguém falar, uma voz que eu não ouvi por quase
vinte anos. As últimas palavras que o meu velho me disse
surgiu na escuridão como uma onda gigante, me puxando
mais profundo, atravessando a minha alma.

Viva a vida que eu não pude, filho. Viva como um bom


homem, até o dia que você morrer. Não abandone a sua família.
CAPÍTULO 13

Sally: Sob a pressão

Eu nunca tive tantas emoções passando por mim de uma


vez, me rasgando em pedaços como correntes torcidas.

Ódio. Amargura. Tristeza. Amor.

Cada vez que o rosto de Roman passava pela minha


mente, eu não sabia se eu queria beijá-lo em todo o rosto ou
arranhá-lo com as unhas. Realmente, eu só queria que ele
voltasse para casa para que eu pudesse me decidir, de
preferência antes que meus intestinos se enroscassem em um
nó permanente.

Estava tão escuro lá fora. Quase meia noite.

Não houve uma palavra durante toda a noite, não desde


que chegamos em casa do hospital, e Rabid decolou com os
caras, deixando uma tripulação de dois homens cuidando de
nós.

Caleb estava agitado em meus braços. Ele não parava de


chorar, não importa quantas vezes eu tentei alimentá-lo, cada
vez que embalei ou alisei a testa do jeito que ele gostava. O
garoto podia sentir a tensão em algum nível assustador.

— Droga!— Missy sussurrou pela terceira vez em uma


hora, arrancando o telefone longe de sua orelha. — Ainda não
houve resposta. Eu tentei todos eles. Eu realmente não
entendo isso. Alguém deveria atender. Mesmo Rabid não está
atendendo.

Os ombros de Christa estavam tensos. Observei-a levar a


mão até as cicatrizes em suas bochechas, tocá-las e, em
seguida, arrancar os dedos á distância, como se eles
queimassem sua mão.

— Algo está errado. Eles nunca mantiveram silêncio tanto


tempo, e nunca todos eles de uma vez. Não podemos apenas
sentar aqui a noite toda.

— Qual é o seu plano? Baixar uma corda feita de nossas


saias e calças para baixo da janela? Rabid disse que não
devemos ir a lugar nenhum. Estou com medo também, mas
não há nenhuma maneira que vamos passar pelos prospectos
lá em baixo. Você convenceu Rabid a te ouvir, mas esses
rapazes só se preocupam em seguir ordens, o que for preciso
para ganhar seus patchs no futuro.

Ela estreitou os olhos.

— Você acha que eles não estão suando rios lá também?


Espero que você tenha um esfregão, Sally. Suas ordens não
vão tão longe. Eles estão tão confusos quanto nós e aumenta
mais pelo tempo que eles esperam com nenhuma palavra do
resto dos irmãos.

— Temos que tentar alguma coisa!— Missy explodiu,


levantou-se e estendeu a mão para a porta antes que eu
pudesse dizer outra palavra.

Talvez ela estivesse certa. Meu coração pulsou com pura


adrenalina, um combustível frio e duro para o pessimismo,
fazendo com que se transformasse em cinzas. Eu queria
acreditar que ele estava bem. Ele precisava voltar para casa.
Mas neste mundo não haviam garantias, e o silêncio
condenatório dava uma boa idéia sobre o que aconteceu.Olhei
para Caleb e o agarrei com força, levando-o para fora com as
outras duas mulheres. Minha mente já estava no poço escuro,
imaginando como eu pagaria por este lugar se Roman
realmente desaparecesse.

Jesus, e não ficaria mais fácil como o passar dos anos.


Eu não podia mentir para meu filho, não quando ele mal
conheceu seu pai.

Um dia, eu teria que olhá-lo nos olhos e dizer-lhe que seu


pai fez, o quê? Defendeu a sua família? Ou afundou como o
seu avô, que caiu em um mundo de violência selvagem que ele
nunca deveria ter entrado?

Eu diria qualquer coisa para impedir que isso se tornasse


uma tradição familiar. Caleb nunca iria acabar como Dagger
e... Roman?
Meu coração ficou frio como uma rocha, morto, apenas
considerando a possibilidade de que ele tenha ido embora.

Eu balancei a cabeça, seguindo as meninas lá para baixo.


Missy e Christa fizeram a maior parte da conversa. Os dois
prospectos nos olharam nervosamente.

— Não é possível fazer isso, senhoras. — disse um


prospecto chamado Thorn. – Os irmãos teriam nossas bundas,
se alguma coisa acontecesse com vocês. Droga, não sei mesmo
o que está acontecendo na sede do clube. Pode também estar
comprometida.

— Oh, por favor. — Revirei os olhos e dei um passo para


frente. — As prostitutas ainda dormem lá. Elas seriam as
primeiras a saírem gritando, se alguma coisa houvesse
acontecido.

— Sim, assumindo que podiam. Você sabe que essas


invasões podem acontecer tão rápido que fazem girar a cabeça,
certo? — Thorn me deu um olhar afiado.

Eu inclinei minha cabeça.

— Você parece estar falando com experiência. Nossa, você


está usando esse patch de prospecto por um mês, talvez dois?
Difícil acreditar que você é um durão motociclista endurecido
pela batalha em apenas algumas semanas. — Seu rosto se
contraiu. Christa e Missy riram. A senhora de Brass empurrou
entre nós e ficou na sua cara.
— Vamos lá. Vamos dirigir com cuidado, vou com meu
carro todo o trajeto até lá. Vamos parar em um local afastado.
Vocês, rapazes, pode ir e se certificar que o percurso está livre.
Tenho certeza que o Prez e VP irão apreciar alguém olhando a
base.

— Ela está certa. O que? Vocês não estão com medo,


estão, rapazes? Eu ouço que os que mostram alguma iniciativa
obtém os seus patchs um pouco mais rápido. — Christa sorriu,
e todos nós suprimimos uma risada, observando se encararem
como corujas nervosas.

— Seja como for, vocês vadias são loucas, você sabe


disso? — Thorn rosnou finalmente. — Nós vamos à frente e na
retaguarda até o final, e então vamos em frente para dar uma
olhada. Assim que estiver ok, vocês poderão entrar. Não vou
deixar ninguém entrar enquanto não confirmar que está
seguro.

— Soa como um plano! — Disse Missy. — Muito


elaborado. Muito original. Totalmente não meu.

Ela estendeu a mão e deu um tapa no ombro de Thorn,


depois se virou e nos levou para fora. Eles se esforçavam para
se colocar em suas motos antes de sairmos da garagem.
Sentei-me no banco de trás, segurando Caleb, tentando deixar
o humor leve me invadir. As meninas me faziam rir, mesmo
com a incerteza nos esperando à frente.

Não até que eu soubesse o que aconteceu com Roman.


Por favor, Deus, deixe-o ficar bem.
Eu fechei os olhos quase todo o trajeto até lá. Não muito
longe do clube, Missy parou e esperou. Os prospectos levaram
cerca de dez minutos para revistar o lugar, e em seguida, dar-
nos uma chamada dizendo que podíamos entrar.
Estacionamos e entramos pelos fundos. Eles empurraram
várias armas nas mãos de todos. Eu aprendi a atirar com Norm
e o tio Ralph. Eu não tinha medo de armas, mas havia algo
estranho sobre ter uma em minha bolsa, enquanto Caleb
estava no meu colo.

Orei para que eu não tivesse que usá-la, mas usaria em


um piscar de olhos para defender o meu bebê, ou qualquer
uma dessas meninas aqui. Fomos para a sala de
armazenamento na parte de trás.

Era o único local com uma grossa porta de metal. Missy


e Christa sofreram aqui, quando o clube era dirigido por Fang.
Ele usava o espaço como uma câmara de tortura, e eu podia
sentir a dor pingando das paredes. Eu abracei Caleb, só para
protegê-lo dessa energia escura.

Nós nos amontoamos, esperando pelo que parecia ser a


noite toda, mas foi apenas mais uma hora. Caleb finalmente
cochilou. Eu estava com medo que Christa fosse acordá-lo
quando ela saltou, pressionando o ouvido na parede.

— Você ouviu isso? Motocicletas.

Missy e eu ficamos de pé, seguindo-a à parede espessa.


Não foi fácil ouvir através dela, mas quanto mais eu forçava
meus ouvidos, mais eu poderia ouvir o rugido gutural distinto
de Harleys. Muitas delas, zumbindo como abelhas.

Alguns minutos depois, Thorn bateu na porta.

— Está livre, meninas.

— Estamos prontas! Deixe-nos sair! — Eu gritei, cobrindo


as orelhas do meu filho.

A porta se abriu. Os dois bloquearam nossos acessos, e


Thorn murmurou algo sobre armas.

Todas nós alcançamos nossas bolsas. Eu estava aliviada


por me livrar da minha, e esperançosa porque significava que
talvez as coisas ficassem bem depois de tudo.

Mas no último segundo, algo me parou. Não, eu não


queria a arma por perto, especialmente com Caleb. Mas e se
eu precisasse disso um dia para mantê-lo seguro? Eu olhei
para a mão vazia que Thorn estendeu para mim.

— Deixe-me manter isso por um tempo. —Ele apertou


os olhos. — Não é possível deixá-la com você. Propriedade do
clube.

Revirei os olhos.

— Oh vamos lá. Eu sei que vocês têm de toneladas destas


coisas. Os números de série são todos tirados, não são? Eu sei
como disparar. Meu tio me levou para explodir garrafas na
minha adolescência. Ele enviou para fazer algumas aulas de
segurança. Eu sei como lidar com essas coisas.
— Cristo. Você vai me dar nada além de problemas hoje?

— Talvez. Mas eu acho que depende se ou não você quer


que eu explique a Roman como você tirou a única coisa que
me fazia sentir-me segura ...

Ele deixou escapar um longo suspiro.

— Caralho. Você ganhou. Mantenha a arma. Mas se algo


acontecer, você não tirou essa coisa de mim. Promete?

Eu balancei a cabeça, sorrindo. Eu não queria carregá-la


mais assim que cheguei aqui, algo me fez sentir melhor sobre
ter um sobressalente em casa.

Mesmo que tudo isso acabasse, Roman não poderia estar


sempre lá. Um dia, eu poderia ter que depender de mim
mesmo.

Os homens estavam entrando pela porta da garagem


quando entramos no bar. Blackjack passou primeiro,
apontando para Asphalt e um prospecto.

— Mantenha se movendo, rapazes. — Blackjack rosnou,


seguindo seus homens. — Coloquem esse pedaço de merda na
parte de trás. Nós vamos conseguir alguma coisa na perna do
idiota depois de todo mundo ter atendimento. Em seguida, ele
é nosso.

Eles desapareceram no final do corredor que acabamos


de passar. Meu coração batia como um tambor de guerra, e eu
contava todos os rostos conhecidos no depósito.
Brass e Rabid apareceram juntos, com os rostos solenes.
Christa e Missy pularam fora de seus assentos. Elas chegaram
aos seus caras, travando suas mãos sobre seus enormes
pescoços, sufocando-os com beijos e perguntas.

Mais prospectos vieram. Southpaw foi o próximo. Então,


um homem gigantesco vestindo as cores Prairie Devils MC,
antigo rival dos Grizzlies que virou aliado. Ele era quase tão
grande como Roman, e carregava um saco preto, marchando
em linha reta para a parte traseira onde os outros foram.

Nenhum sinal de Roman.

Missy e Christa ainda estavam conversando quando me


levantei. Rabid me viu, e seu olhar escureceu.

— Onde está Roman?

— Eles estão trabalhando nele agora, Sally.

Oh, Deus. Se não fosse por estar segurando Caleb, meus


joelhos certamente teriam me deixado cair.

—Trabalhando nele?

— Ele vai ficar bem. Ele levou um tiro no ombro, perdeu


muito sangue. Nós temos a tripulação remendando ele,
desinfetando sua ferida. Tank é aqui do Devils também, e ele
tem sua menina na linha. Ela é enfermeira. Ele aprendeu uma
coisa ou duas sobre como lidar com ferimentos, ou assim ele
diz.
— Garota, espere! — Missy me chamou, tentou me parar
de girar ao redor, mas eu não estava ouvindo.

Eu acariciei a cabeça de Caleb e me movi, indo para a


parte de trás, procurando pelo quarto de reposição que o clube
usava como uma enfermaria improvisada depois dessas
sangrentas batalhas. Meu coração ameaçou ceder, cair no
chão a cada passo que eu dava. A porta estava aberta. Homens
gritando lá dentro e uma mulher.

Meu queixo quase caiu no chão. Roman estava deitado na


cama, branco como um fantasma, um tubo correndo em seu
braço de uma bolsa de sangue suspensa no alto. Uma tigela de
metal rasa estava ao lado dele, uma bala enferrujada no
centro. O homem grande dos Devils estava com seu telefone
apoiado na pequena mesa de cabeceira ao lado dele.

Ele olhou para o ombro sangrento de Roman, uma agulha


equilibrada em uma mão, fio pendurado em todo o lugar.

— Diga isso de novo, querida. — ele rosnou para o telefone.

— Você tem que puxar a pele apertada, Tank. Ponto a


ponto. Se apresse, antes que fique aberta por muito tempo! Há
germes no ar, em todo o lugar, realmente. Isso só funciona por
pouco tempo! — A mulher gritou ao telefone.

Segurando Caleb apertado, eu dei um passo adiante.


Segurei as lágrimas, observando com fascinação horrenda,
desejando nada mais do que ser capaz de andar e agarrar sua
mão enquanto eles trabalhavam nele.
As mãos grossas de Tank se moveram rápido. Eles
pareciam fazer o trabalho, mas ele também se movia como se
não tivesse certo do que fazer, e isso me deixou terrivelmente
nervosa.

— Porra, não sei sobre isso, Em. — ele sussurrou no


telefone. — Este buraco é muito maior do que o que você me
ensinou como fazer em casa. Ele ainda está sangrando, mais
lento e mais escuro.

— É a coagulação, Tank. Continue. Feche-o rápido. Ele


está desinfetado por agora.

Tank suspirou, trabalhando com suas mãos, xingando


quando ele furou o dedo na agulha. Os olhos de Roman se
contraíram, e ele mexeu as pernas lentamente.

— Segure-o, porra. — Tank disse ao prospecto. — Isto vai


ser dez vezes mais difícil se ele começar a se debater como um
peixe maldito. Acho que deveria ter lhe dado mais desse éter...

O prospecto fez uma careta, e caminhou até o final da


cama, achatando os pés de Roman. Eu me mexi, e me dirigi à
cama.

— Deixe-me. Ele conhece meu toque. Aqui, segure o bebê


por um segundo. — Eu não esperei, empurrei Caleb nos braços
do prospecto confuso.

Tank me deu um olhar penetrante, mas ele não me


mandou embora. Os movimentos de Roman sob minhas mãos
eram tão fracos, tão febris. Seu peito se erguia erraticamente,
em algum lugar entre o sono, a dor e a raiva.

— Descanse, baby. — eu sussurrei para ele. — Ele está


tentando ajudá-lo. Basta deixá-lo trabalhar. Caleb está aqui.
Assim como eu você vai ficar bem.

Daqui, eu tive uma visão assustadora do ferimento. O que


quer que rasgou seu ombro, não foi pequeno. Parecia quase
como uma mordida de cão, se os cães tivessem dentes como
tubarões.

— O último, querida. — Tank disse severamente no


telefone.

— Agora faça o selo. Assim como eu te ensinei. Deixe-o,


limpo e arrumado.

Meu estômago deu uma cambalhota enquanto eu


observava a carne rasgada de Roman. Tank formou o que
parecia ser um nó antes que ele tirasse as braçadeiras do
ombro de Roman, segurando a pele juntos. Ele não parou até
que cortou a última linha com as tesouras pequenas
prateadas.

As ferramentas bateram na mesa de cabeceira, e ele


pegou o telefone. Suas mãos estavam uma confusão
sangrenta.

— Está feito. Eu tenho que desligar para que eu possa


conversar com o Prez deles. Eu acho que ele vai viver, com
esperança que seja sem quaisquer complicações.
— Certifique-se de que alguém esteja com ele nas
próximas vinte e quatro horas. Não o deixe dormir sozinho.
Você precisa dizer a eles para trocar os fluidos também. Não
basta assumir que eles vão saber.

— Baby, eu tenho isso. Acredite em mim, alguns destes


garotos vão colocar minha bunda na linha se ele morrer. Estou
fazendo tudo pelo livro tão rápido quanto eu posso, então eu
vou voltar para casa em breve. Amo-te, Em, eu tenho que ir.

Ele desligou. Nós compartilhamos um breve olhar, tenso,


e ele acenou para mim.

— Merda. Parece que nós temos os mesmos gostos depois


de tudo...

— Huh? — Eu não entendi onde ele queria chegar.

— Nada. Fique com ele. Eu vou te explicar mais tarde


sobre o que fazer. Eu tenho que encontrar Brass ou Blackjack.
— Tank saiu rapidamente para fora da sala, deixando espaço
estreito na cadeira ao lado da cama.

Puxei-a para perto e agarrei a mão de Roman. Ele estava


frio, estranhamente pesado entre as minhas mãos.

Pela primeira vez desde que ele saiu correndo com sua
equipe, minhas emoções se alinharam. Tudo desapareceu.
Todo o ódio, toda a confusão, toda a raiva.

Tudo se evaporou em um grande vazio, exceto a lenta


batida, constante do meu coração, sentindo seu pulso. Eu
queria fazer o seu jogo ser meu, tudo para trazê-lo de volta à
vida.

Não morra. Você não pode morrer.

Agora não. Nunca.

Nas próximas quatro horas, orei e lutei com minhas


lágrimas.

Caleb me acordou chorando. Eu adormeci logo após


Blackjack vir, olhando para o seu homem e sussurrando
algumas coisas que eu não poderia realmente compreender.
Ele me disse para dormir um pouco antes de sair.

Christa e Rabid vieram para me fazer companhia


também. Ela estava com uma xícara de café em suas mãos,
vigiando enquanto eu dormia. Ela deve ter levado o bebê
quando eu fui dormir, porque quando acordei estava saltando
em seu joelho e sorrindo.

— Desculpe. — ela sussurrou. — Eu acho que o rapaz


precisa de uma troca de roupa. Quer que eu cuide disso?

Antes que eu pudesse responder, os dedos de Roman


envolveram em torno dos meus.

— Baby.

— Puta merda. — As minhas mãos voaram para a dele e


apertei com força. — Christa, vá em frente. Eu só preciso de
um momento com ele... avise que ele está acordado.
Eles disseram que não iria acordar antes do meio-dia. O
velho relógio pendurado na parede disse que não era nem sete
horas.

Sua cor estava melhor, e ele estava mais quente também.


Inclinei-me, derramando lágrimas, arrastando sua mão
pesada, forte até meus lábios e dando-lhe um beijo.

— Temos que falar. — disse ele, em voz baixa.

— Roman, podemos fazer tudo isso mais tarde. Você está


muito ferido. Você só precisa descansar.

— Mentira. — Ele tentou se mover, mas seu corpo


protestou instantaneamente. — Porra.

Eu o senti tenso e, em seguida, caiu de volta no colchão


cerca de cinco segundos mais tarde.

— Baby, apenas descanse. Não se esforce. Você só vai


piorar a situação.

— Meu ombro queima como um filho da puta. — ele


rosnou.

— Deixe-me falar com eles. Vou dizer a eles que você


precisa de algo mais forte para a dor.

Sua força aumentou, e eu engasguei quando ele agarrou


meu pulso.

— Não. Eu não dou a mínima para isso. Há mais uma coisa


me incomodando. Chegue mais perto.
Inclinei-me, enxugando outra lágrima quando sua barba
roçou minha bochecha. Isso me fez pensar sobre os tempos
melhores quando estávamos tão perto, querendo sentir seu
corpo nu contra o meu, áspero, quente e poderoso.

— Me desculpe, eu duvidei de você, querida. Você estava


certa sobre tudo, e isto está me eviscerando. Nós caminhamos
para uma emboscada, e eu quase consegui ser morto, assim
como o meu velho.

Falar sobre isso quase me matou. Senti meu coração se


partir ao meio quando o olhei nos olhos, vi a tristeza, o pesar,
a vergonha.

Jesus. Sim, eu estava com raiva dele antes de descobrir


que ele teria a sorte de dizer outra palavra para mim, mas eu
nunca pedi isso.

E ele não acabou ainda. Ah não.

— Roman...— Eu balancei a cabeça.

— Calma, querida. Eu estou te dizendo a verdade, e eu


tenho que colocar tudo pra fora, caso eu não possa mais tarde.
Eu estou te apoiando e ficarei na vida de Caleb não importa o
quê você decida. Essa vida me ensinou que eu não posso fazer
de você uma prisioneira, se você não quiser. Eu não posso
deixar os meus irmãos, assim como eu não posso deixar você.
Mas eu vou ser um cretino ainda maior se eu não lhe oferecer
uma saída.
— O quê? — Suas palavras mal faziam sentido. Eu não
podia sequer compreender deixar esse idiota incrível, mesmo
se ele tivesse rasgado a minha vida como uma tempestade.

— Eu não vou forçá-la a fazer qualquer coisa, exceto


manter a sua linda cabeça segura. Você vê as besteiras que eu
entro. Não há nenhum garantia que não vai acontecer de novo,
e talvez da próxima vez, eu não tenha a mesma sorte. Se você
quer tirar minha marca e sair da porra da minha vida, eu não
vou te culpar. Eu não vou te perseguir. Eu quero que você seja
feliz, querida, e algo me diz que você pode ser, se você não for
minha mulher.

Olhei para ele por cerca de dez longos segundos. O futuro


brilhou na minha cabeça como um raio.

Sempre haveria drama, paixão, e às vezes um pouco de


gosto das trevas, enquanto ele estivesse por perto. Mas a
alternativa era mil vezes pior, escura, morta e cinza.

Vazio. Vazio. Sem significado.

— Pense nisso. — ele rosnou. — Você não tem que me


dizer coisa nenhuma agora.

Eu precisava ter cuidado ao tocá-lo, mas naquele


momento, eu nem estava pensando. Levantei-me, me inclinei
e pressionei meus lábios nos dele com tanta força que quase
me machuquei.

Nós nos beijamos longa e duramente, e eu não desisti até


que ele entendeu. Eu o faria sentir a mensagem, através de
toda sua dor e arrependimento, direto através do que diabos
eles deram a ele por remédios.

— Baby... o que diabos foi isso? — Ele disse, com os olhos


arregalados e mais vivo do que estavam um minuto atrás.

— Essa sou eu dizendo que o amor não recua. Eu não ligo


para o que o futuro nos reserva, Roman. A única coisa que eu
quero é estar com você, e eu vou ter seu nome escrito em mais
três lugares antes de nos casarmos.

— Caralho. — O beijo deve ter soprado mais fogo para ele.


Ele agarrou minha mão com um pouco menos de ferocidade do
que quando ele estava bem. — Isso estará acontecendo assim
que eu possa andar. Tem que ser...

— O que?

— O casamento. Vou colocar um anel adequado em seu


dedo assim que eu sair deste lugar. Estou te pedindo mais
uma vez ,você quer fazer isso oficial? Você realmente quer ser
minha mulher, minha esposa?

Eu ri e joguei meus braços em volta do seu pescoço,


empurrando meus lábios nos dele novamente.

— Você sabe que eu quero. Vamos, Roman. Não me diga que o


tiro no seu ombro o cegou.

Sorrindo, ele pegou minha mão e apertou. Seus lábios se


espalharam sobre meus dedos, me beijando com uma fome tão
intensa que me fez imaginar seu rosto entre as minhas pernas,
rosnando e me lambendo para aperfeiçoar o caos.

— Baby, meus olhos estão abertos bem abertos. Vou


enfiar meu anel onde eu acabei de beijar antes do Halloween,
e então eu vou te foder até você ver estrelas.

Rindo, nós nos beijamos um pouco mais. Eu não corei até


que me virei e vi metade dos caras no quarto, com Missy,
Christa, e Caleb ao lado deles.

— Finalmente uma boa notícia. — disse Brass, jogando


um braço ao redor de Missy e puxando-a com força. — Eu vou
dizer ao Prez. Assim que você se curar, vamos dar uma festa
que este clube nunca vai esquecer.

— Droga. — Rabid rosnou. — Nunca achei que você ia por


essa direção, irmão. Agora vou ouvir os sinos do casamento
por um ano inteiro.

— Você sabe que eu não estou brincando. — disse


Roman, os olhos ainda presos nos meus. — Esta coisa era
certa no segundo que eu a puxei de volta e conheci o meu filho.
Enquanto eu ainda estiver respirando, esta mulher será
minha.
CAPÍTULO 14

Roman: Corte Limpo

Meu ombro ainda doía cada vez que eu torcia o braço,


mas pelo menos ele não se parecia com uma carne mal
cortada.

Eu estava de volta nos meus pés e andei pela primeira vez


em dias. Eu finalmente saí da enfermaria no dia anterior, e eu
estava bem para dormir com a minha menina, naquela noite,
na minha própria casa.

Sally colocou a mão no meu peito nu, com cuidado para


evitar o curativo que cobre os pontos em meu ombro. Seus
dedos percorreram sobre o meu peito acalmando o animal
louco estampado na minha pele. Pena que eles não faziam
nada para o animal dentro.

Meu pau empurrou duro, voltando à vida, pela primeira


vez desde que eu perdi o sangue na calçada. Empurrando os
dedos pelo cabelo, me puxou com força, movendo seu rosto
para o meu.

— O que foi? — Ela ronronou.


— Nada. Só de pensar em quantos dias eu passei sem
provar esses lábios. — E eu com certeza não me contentei em
apenas pensar.

Sem outra palavra, eu esmaguei meus lábios nos dela,


enfiando minha língua em sua boca. Sally abriu-se como uma
boa menina, juntando sua língua com a minha. Continuei,
incapaz de resistir ao impulso insano construindo através do
meu corpo, a necessidade de transar com ela da mesma
maneira que nos beijamos.

Rosnando, eu ignorei o fogo do inferno no meu braço, e


rolei em cima dela. Meu pau cantarolava como dinamite em
um pavio curto. Eu não queria explodir em qualquer lugar
exceto dentro dela.

Após o casamento, estaríamos falando sobre aumentar a


família. Chegar perto o suficiente para sentir as mãos ossudas
da morte na minha cabeça me forçou a olhar para a minha
mortalidade. Não havia nenhuma maneira que eu deixaria este
mundo sem mais algumas crianças.

Eu estaria transando com ela constantemente em breve,


despejando seus comprimidos no lixo com um sorriso, e
derramando dentro dela até que ela esteja grávida novamente.
Só de pensar sobre ela inchando com a minha semente, me
dando o maior presente que um homem poderia ter, fazia meus
quadris tremerem. Eu empurrei o meu pau contra a calcinha,
sentindo-a gemer em minha boca.
— Ah, porra. Baby. — ela sussurrou, puxando seus lábios
longe do meu. — Você precisa ser cuidadoso. Nós realmente
não deveríamos estar fazendo isso. Os rapazes e aquela
enfermeira disseram.

— Eu não dou a mínima para as ordens do médico,


querida. Você é o único remédio que me interessa agora. Perdi
muitas noites sem sentir suas unhas em minhas costas, e sem
ouvir você choramingar meu nome. — Eu empinei, inclinei de
joelhos, e puxei-a comigo. — Eu vou sentir a bala tudo de novo
se é isso que é preciso para te foder. Ou você pode ficar em
cima e montar-me como se não houvesse amanhã. Sua
escolha.

A preocupação em seus olhos desapareceu quando


cheguei entre as pernas dela, encontrei seu clitóris, e varri o
polegar sobre ele em câmara lenta. Seus lábios franzidos
maliciosamente antes de se transformar em um sorriso.

Ela empurrou minha mão e rolou. Eu caí de costas,


arrancando minhas boxers. Meu pau saltou, quente, liso e
pronto, contraindo-se entre as minhas pernas cada vez que eu
pensava nela quente e me apertando.

Sally se mudou, mas não rápido o suficiente. Assim que


ela montou em mim e levantou a sua camisola fina, eu fui para
a calcinha, rasgando. Ela estremeceu a partir do movimento,
mal se lembrava de mover as pernas para que eu pudesse
empurrar o resto do percurso.
— Suba em mim, querida. Sem mais brincadeiras. Eu
perdi o seu calor por muito tempo.

Seus olhos se estreitaram e ela mordeu o lábio enquanto


ela enrolou os dedos pequenos ao redor do meu pau, com
vistas à sua entrada, escorrendo creme contra os lençóis.

Caralho. O olhar que ela me deu foi tão quente que eu


quase atiro a minha carga ali mesmo. Então pensei nos outros
olhares que ela me daria quando meu pau a estrangulasse. Eu
não ia gozar até ela agarrar os travesseiros e gritar o meu
maldito nome em nossa casa.

Minhas mãos bateram na sua bunda e apertei. Eu ajudei


a baixá-la para o meu pau, dando-lhe dez segundos para
afundar-se e ajustar ao meu tamanho.

Nossos quadris balançaram simultaneamente. Não


demorou muito para pegar um pouco de velocidade. Eu a vi,
mamilos balançando enquanto ela lutava para manter-se
comigo, movendo seu inchado clitóris na minha base cada vez
que afundava.

— Não pare mulher. Não pare por nada. Mostre-me o


quanto você sentiu minha falta. — Eu levantei minhas mãos e
dei um tapa em sua bunda de novo.

Ela ofegou de prazer, e seus quadris balançaram, me


montando mais duro. Nós fodemos duramente, balançando
nossa cama. Fogo mordeu meu ombro, me lembrando para
diminuir a velocidade, mas eu não quis ouvir.
Quando seu rosto ficou tenso e eu sabia que ela estava à
beira, eu dobrei minhas estocadas, acariciando sua vagina
rápido e áspero. Sua boceta quente apertou um segundo mais
tarde, e os seus joelhos começaram a tremer.

— Roman! Travis! Porra!

Os seios dela quentes desceram no meu rosto quando ela


desabou em cima de mim, seu corpo todo tremendo, tudo em
torno de meu comprimento apertado como uma luva quente,
molhada. Eu fiz isso na metade de seu orgasmo, transando
com ela no turbo, até que minhas bolas não podia aguentar
mais.

— Caralho, baby, você não vai parar. Estou chegando.


Esta boceta é minha.

Meus dedos cavaram fundo em seu traseiro, carne quente


floresceu entre eles. Segurei-a para baixo como meu pau
inchou, banhando meu cérebro no fogo, e descarregado a lava
fervendo em minhas bolas.

Meu pau mergulhou até o punho. Algo estranho e


primitivo assumiu, o esmagador desejo de preencher-lhe,
atirando cada gota que podia em seu ventre.

Ela gemia e ofegava cada vez que meu pau atirou ondas
grossas em suas profundezas. Meus quadris escorregaram
contra os dela como um homem possuído, preso no lugar,
fundida até minhas bolas.
Nós transamos, gozamos e nos contorcemos. Satisfação
encheu meu coração. Esta mulher era minha, caramba, e eu
possuiria assim todas as noites das nossas vidas como um
lembrete.

A única coisa mais quente seria fodê-la quando ela tivesse


aquele anel em sua mão. Porra, meu pau latejava novamente
com o pensamento, pronto para uma segunda rodada antes
mesmo de eu ter puxado ela. O desejo de descansar era muito
foda, especialmente quando parecia que havia um pitbull
mastigando meu ombro. A dor me atingiu, o brutal lembrete
de que eu quase perdi tudo isso para sempre.Eu poderia ter
facilmente morrido no pavimento frio naquele dia. Por algum
milagre, eu não tinha.

— Roman? Você está bem? — Ela sussurrou, saindo e ao


meu lado.

— Sim, está tudo bem nós precisamos parar agora. Dê-


me um par de semanas, querida. Nós estaremos muito bem em
questão de meses. Só preciso amarrar algumas pontas soltas
esta semana, enquanto você planeja o melhor casamento de
todos os tempos em duas semanas.

— Droga. O casamento! — Seus olhos ficaram grandes,


mas ela estava sorrindo. — Ele está realmente acontecendo,
não é?

— É melhor você acreditar. Chame Christa e Missy para


ajudar. Vai ser apertado, mas vai ser bom. Não tenho a menor
dúvida sobre isso, e você não precisa ter.
— Oh, você sabe que eu gosto de um desafio. Mantém as
coisas interessantes. — Suas unhas tocou minha pele e
lentamente deslizou ao meu lado, inclinando perigosamente
perto de meu pau quando ela ficou mais baixa.

— Caralho, sim, você faz. Nós não estaríamos


compartilhando uma cama, se você fosse o tipo de virar e
correr quando as coisas ficam difíceis. Garotas duras são as
mais gostosas.

Ela riu.

— Você realmente acha que eu sou resistente?

Um par de minutos mais tarde, eu puxei as pernas dela e


empurrei dentro dela de lado. Nós transamos nossa direção ao
paraíso até os pássaros começaram a cantar nas árvores.

Os negócios do clube esperavam por mim no dia seguinte.


Negócio feio, sangrento e inacabado. Eu pensei sobre nós o
passeio inteiro. Pensando em seu corpo quente
convulsionando. Quando entrei no clube, encontrei-me com
Rabid e todo pensamento feliz derreteu. Não havia nada sexy
sobre o problema terrível na minha frente...

— Vá devagar com ele, cara grande. Porra, já está faltando


uma mão inteira. Se o idiota morre antes de termos a ordem
do Prez, estamos na merda e sem sorte. — Rabid andou comigo
pelo longo corredor, em direção a sala de armazenamento,
agora guardado por vários prospectos e um membro, vinte e
quatro horas por dia.
Os prospectos acenaram para nós e abriram a porta.
Dentes de ouro estava largado em sua cadeira, seus braços e
pernas presos, exceto o coto sangrento, onde a mão direita
esteve. Eles salvaram sua perna e levaram sua mão.

Blackjack e os meninos arrancaram dois dedos de cada


vez, um pouco mais a cada dia, enviando a carne podre para o
México com uma nota de três linhas anexado.

“Deixem a Califórnia, ou ele morre. Nenhuma negociação.


Você sabe como chegar até nós.”

Vendo o idiota doente e úmido era uma visão


desagradável. Não me impediu de usar a mesma máscara
intransitável, ou lembrar-me que este palhaço fodido quase me
tirou de minha esposa e do meu filho.

Se eu pudesse ter ressuscitado Beam e matá-lo mais


algumas vezes, eu teria. Em vez disso, este idiota era tudo que
sobrou, e as ordens do Prez disse que não poderia acabar com
ele ainda.

O Don me viu e arregalou os olhos, lentos e grogues, como


se estivesse acordando de um sonho. Realmente, ele estava
voltando para casa para um pesadelo.

Aqueles olhos escuros ficaram muito maiores quando ele


me viu, reconheceu o homem que pensou que matou. Ele
começou a cuspir alguma coisa em espanhol rápido.

Eu não entendi nada disso, exceto a palavra Dio, Deus.


Inclinei-me, cara a cara, certificando-me que ele podia ver
a protuberância debaixo da minha jaqueta, a gaze cobrindo
meu ombro.

— Você está pronto para falar hoje, chefe? Os rapazes


fizeram um maldito bom trabalho tirando a carne fora de sua
bunda. Claro que foi apenas o começo. Eu sou o Executor deste
clube, e fazer a língua dos idiotas se mover é o meu trabalho
de tempo integral.

— Isso mesmo.— Rabid rosnou em sua outra orelha. —


Você pode começar por falar Inglês, imbecil. Não há ninguém
aqui que vai sussurrar palavras doces em sua língua nativa, e
muito menos salvá-lo.

Eu dei ao irmão, um olhar duro. Ele entendeu a


mensagem e se afastou. Isso foi tudo.

Fui até a mesa onde alguns dos irmãos colocaram nossa


caixa de ferramentas habituais para essa situação. Fios,
grampos, baterias e cerca de mil facas diferentes.

Às vezes eu realmente sentia falta do Mauler, aquela luva


de tortura que os cretinos usavam com Fang, mas eu não
sentia falta do fato de que muitos bons irmãos acabaram
caindo sob aquela merda. Pegando uma faca de caça, eu
balancei em uma mão, testando o cabo. Não era a ideal para
tirar o osso, mas faria o trabalho de descamação da pele.

Quando me virei, ele estava totalmente consciente, o


medo brilhando em seus olhos.
— Por favor. Eu já disse a seus homens tudo. Tudo sobre esta
operação, o ataque, a organização...

Eu esfreguei meu queixo com a mão livre, sentindo o


restolho. Hm, ele era mais fraco do que os outros babacas que
já capturamos. Ou talvez mais dispostos a reclamar, porque ele
foi o primeiro que realmente teve uma chance de fugir com
vida.

Não que fosse sua escolha. Agora era tudo sobre seus
amigos no cartel, e nós iríamos esperar que o garoto de ouro
aqui fosse tão brilhante quanto seus dentes.

— Sim, exceto que você não nos deu qualquer coisa que
possamos trabalhar. Vamos fazer isso fácil. Que diabos eu
tenho que enviar pelo correio para obter uma resposta? — Eu
andei na sua frente, lento e tranquilo, circulando-o como um
tubarão. — Uma orelha? Um olho? Uma das suas bolas?

Ele se encolheu e abaixou a cabeça. O idiota teve um


vislumbre do coto sangrento onde sua mão esteve, um
lembrete de que ele já levou sérios danos. Ele soluçava como
um bebê, balançando a cabeça em descrença.

— Eu não sei, José. É melhor pensar bem. Solte os lábios.


Talvez eu deva guardar esta faca e pegar o alicate em vez disso,
puxar um por um desses dentes em sua boca, e enviá-lo para
seus meninos em pequenos envelopes.

— Eles nunca vão desistir. — ele cuspiu, olhando para


mim mais severamente do que antes. — Tudo o que você faz
comigo, vamos fazer mil vezes pior com os seus homens,
Blackjack.

Resposta errada.

Eu empurrei a extremidade plana da lâmina na sua


cabeça, começando perto da parte traseira, um golpe limpo
longe de acertar uma orelha. O Don perdeu a coragem tão
rápido como ele conseguiu suas bolas de volta. Caralho, essas
castanhas podres provavelmente subiram para as tripas agora,
cagando de medo, eu estava louco o suficiente para arrancar
sua orelha agora, ou algo pior.

— Todas as coisas são negociáveis neste mundo, filho da


puta. As pessoas mudam suas mentes. Há alguns meses atrás,
eu nunca teria acreditado que eu desistiria de prostitutas e
encontraria algo melhor. Meu nome é Roman. Eu vivia duro,
vivia para crucificar filhos da puta doentes das piores formas
possíveis. Agora, tudo o que eu quero fazer é me enroscar com
minha esposa.

— Então faça isso. — ele sussurrou. — Vá para casa.


Termine-me rapidamente. Passe seus últimos dias preciosos
com sua família antes que o cartel venha se vingar de você e
de todos os seus miseráveis irmãos.

Fodido. Idiota.

Olhei para cima e vi o sorriso de Rabid. Então eu deslizei


a lâmina com força, ouvindo o uivo do cretino, rasgando sua
cartilagem como manteiga. Não foi o suficiente para cortar sua
orelha, mas não podia ficar pendurado em sua cabeça por
muito tempo sem precisar de atenção.

Movendo-me para o outro lado da sua cabeça, falei lenta


e claramente.

— Não é tarde demais para você. Podemos recolocar o


retalho de pele e mandar você pra casa perdendo apenas uma
mão e um pouco de orgulho. Apenas nos diga como seus
garotos fizeram para abrir a caverna. Jogue-nos a porra de um
osso maldito para que precise te transformar em pó.

Ele xingava, soluçava, cuspiu uma série de maldições. Eu


não poderia dizer mais que língua ele falava. Ele passou por
cerca de um minuto antes de ele finalmente obter o controle,
suando como um porco com a dor lancinante em seu cérebro.
Sangue se acumulando em seu ombro, escorrendo pelo
pescoço em riachos da orelha decepada.

— Diga a eles que você vai atingi-los onde eles vivem! É


óbvio, não é? — Ele gaguejou, tudo o que conseguiu antes de
ele fechar a boca, mastigando a agonia. Mais vermelho escuro
manchado seu ombro, quase no mesmo lugar onde eu tirei
uma bala.

Irônico.

— Você quer dizer no México?

Ele assentiu.
— Eu lhe disse tudo. Você sabe sobre nossas operações através
da fronteira. Seu presidente sabe tudo sobre as nossas bases
em Baja, Sonora, Cidade do México. Você os ameaça da mesma
forma que fizemos para você. Você tem que bater suas casas,
suas famílias, seus filhos. Não mantenha nada fora de alcance.

Eu me afastei. Rabid parecia um pouco pálido.

Porra. O idiota na cadeira fez seu ponto. É claro, o clube


nunca foi atrás de civis, americanos ou não, e temos certeza
da porra que não iríamos começar.

Mas se esses caras mataram irmãos, bombardeado


clubes, e dizimado algumas senhoras em SoCal...

Eles ameaçaram a porra da minha família, e quase me


arrancaram longe deles, deixando Sally e Caleb indefeso.

Não, nós nunca afundaríamos até as profundezas


abandonadas por Deus, mas teríamos certeza que fingiríamos.
O idiota virou a cabeça para trás quando eu toquei a lâmina
para o lado oposto da cabeça, ameaçando o ouvido bom.

— Nós precisamos de mais. Você nos diz os nomes e


endereços de seus primos e tios na capital. Sabemos que você
é sangue real, Don, a parte ruim é que você também é
dispensável, mas eles estarão cantando uma música diferente
se todas as cabeças estiverem ameaçadas de uma só vez, sim?

— Sim. Sim. Qualquer coisa.


Pela primeira vez desde que entrei em cena, eu sorri, e
puxei a faca. Olhei para Rabid.

— Alguém suba aqui para costurar sua merda de volta.


Vamos colocá-lo em modo de espera para o transporte, logo
que o Prez receber a informação que ele está procurando, e
verificá-la. Algo me diz que os filhos da puta vão nos responder
da próxima vez.

Recebi o telefonema quando eu estava na cidade pegando


alguma comida para o jantar. O cartel respondeu.

Os meninos estavam colocando um capuz sobre a cabeça


de Don, naquele segundo e preparando-o para um passeio até
San Diego. Os nômades que trabalham lá embaixo lidariam
com o resto assim que passássemos por eles, e todos nós
cuidaríamos da retirada dos cartéis de nosso estado assim que
a tinta do acordo estivesse seca.

Graças a Cristo. Melhor ainda que minha menina saísse


para experimentar vestidos hoje, e ela me enviou alguns textos
sobre eles serem quentes.

Eu mal podia esperar para chegar em casa. Minha ferida


estava melhor agora. Em algumas semanas, eu estaria como
novo, pronto para alguma ginástica horizontal graves na nossa
lua de mel.

Ela pensou que eu já fodi ela de todas as maneiras que


eu sabia. Eu estava pronto para mostrar que ela estava errada.
Eu estaria treinando-a para gozar no meu pau melhor do que
qualquer outra mulher, até que ela puxasse a última gota das
minhas bolas.

Eu carreguei algumas pizzas em minha moto e parti para


casa, amando o ar fresco soprando no meu rosto. A casa estava
em silêncio quando eu cheguei. O carro de Sally estava na
garagem, e eu não ouvi nada quando entrei.

Missy e Jackie não trariam o garoto até mais tarde. Isso


nos deu algumas horas para falar dos planos para o grande
dia, jantar e talvez até mesmo continuar de onde havíamos
parado na noite passada.

— Baby?— Eu chamei duas vezes quando entrei, mais


alto quando cheguei à escada.

Ela não tinha o sono pesado. Algo estava errado em todo


este silêncio. O cabelo arrepiou na parte de trás do meu
pescoço, e assim o fez a minha mão, equilibrada na nove
milímetros no meu quadril.

— Sally? Onde diabos você está? — A porta do nosso


quarto estava meio fechada.

Eu abri rápido, esperando ouvi-la no banheiro, sem


conseguir me ouvir pelo barulho da ducha ou algo assim. Eu
teria matado para ouvir um desses sons, ou apenas para vê-la
dormir tranquilamente na nossa cama.

A sorte não foi tão gentil. Hoje não.


Em vez disso, eu entrei e vi um homem agachado no
canto, uma arma apontada para mim, a outra mão segurando
a minha menina pelo pescoço. Ela estava lutando no chão,
uma fronha sobre sua cabeça.

— Finalmente! Você demorou muito pra chegar, garoto


urso. — ele rosnou, seus olhos escuros e a sugestão de um
acento mostrando sua origem.

Eu não recuei. Eu levaria a porra de uma bala no meu


coração antes de desistir, apontando a arma diretamente para
o seu pequeno cérebro desagradável. Eu não sabia quem
diabos ele era ou o que ele estava fazendo em nossa casa.Nada
disso importava, nem mesmo o fato de que ele obviamente
vinha do cartel.

O que importava era que ele estava com minha mulher,


meu amor, mantendo-a refém em nosso próprio quarto.

— Deixe ela ir.

Três palavras simples. Ele não ouviria. Eles nunca o


fizeram.

Esse idiota não foi exceção, mas por que diabos ele
deveria quando eu decidi que ele estava morto antes que eu
abrisse minha boca?

— Eu posso fazer isso, gringo. É para isso que eu estou


aqui, sim? Assim que você me disser onde está Don Meza.
— Ele está a indo para casa. — Os olhos do demônio se
iluminaram. — Sem besteira. Chame seus garotos na Cidade
do México, se você não acredita. Você estraga tudo aqui, você
destrói a paz que estamos prestes a conseguir, mesmo que seja
a mais amarga paz que eu já vi. Você atira em mim, você mata
a minha menina, e seu Don é um homem morto. Assim será
com cada capo fodido ao sul da fronteira.

Encaramos-nos por alguns segundos. Sally choramingou


no chão, e chutou as pernas novamente. Meu coração encheu
com pura adrenalina, lutando contra o desejo de olhar para
ela, e perder o meu foco.

Faça seu movimento, imbecil. Apenas um. Eu vou explodir


a porra do seu cérebro para fora de suas orelhas.

— Você dá metade de um passo, eu vou matá-la. Não


estou blefando. — Ele me encarou o tempo todo, enfiando a
mão no bolso pegando seu telefone.

Durante os dois minutos seguintes, o espanhol voou pela


boca como uma metralhadora, chegando a um fim abrupto
quando terminou a chamada. Um sorriso sinistro cruzou seus
lábios.

— Você é um homem de sorte, urso. Conte as estrelas


hoje à noite e agradeça a cada uma delas. Eu irei, em paz,
contanto que você me deixe.
— Bem. Tire a porra do capuz da cabeça dela em primeiro
lugar, e deixe-a se afastar. Eu não vou deixar você fora desta
sala até que você faça isso.

Ele deu de ombros e começou a fazer exatamente o que


eu disse. Sally se arrastou para o canto, com o rosto vermelho
e balançando a cabeça. Aqueles olhos azuis suaves estavam
enormes, aterrorizados.

Eu odiei que eu trouxe a droga do clube para casa. Eu


usaria todas as minhas ferramentas sobre este porco filho da
puta para fazê-lo gritar, acabar com ele com uma gravata
colombiana, depois de eu fritar suas bolas como uma batata
frita.

Sim, eu estaria violando a trégua iminente, mas não


haviam regras, até que tudo fosse oficial.

— Apenas respire, querida. — Eu murmurei, observando


enquanto ele se levantava.

Recuei para o canto oposto e vi o filho da puta se mover


até a porta. Eu esperaria até que ele estivesse ao lado das
escadas antes de puxar o gatilho.

Era perigoso pra caralho, especialmente quando eu ainda


estava em sua mira, lentamente voltando para as escadas, sua
arma para cima e pronta. Ele iria se distrair antes de dar o
primeiro passo. Ele parou, dando-me a abertura perfeita para
puxar o gatilho.
Comecei contando seus passos lentos, rastejando no
corredor. Quando eu estava no três, meus dedos queimavam,
prontos para apagá-lo para sempre, mesmo que eu arriscasse
levar outra bala.

Sally se moveu como um borrão. Ela correu para a parede


ao lado da porta, e eu só vi um flash de algo grande em sua
mão antes que eu ouvisse o estrondo ensurdecedor.

— Baby!— Eu gritei, pronto para dizer a ela para se


abaixar, mas ela já bateu no chão, junto comigo.

Eu não percebi que a explosão foi da sua arma até que o


mexicano caiu. Eu peguei um flash de sangue pulverizando de
sua garganta, ouvi fazer aquele som de asfixia, e sua arma
caindo pelas escadas. Ele caiu no corredor, manchando o
tapete de um vermelho profundo.

Corri para frente, pegando-a, a segurando tão apertado


que ela não podia se soltar.

— Em nossa casa... nossa casa... a porra da nossa casa!


— Ela gritou, mais e mais, como se algo dentro dela estivesse
quebrado. — Eu sinto muito ... Eu não sabia o que fazer. Eu
não podia deixá-lo ir embora.

— Você fez bem, querida. Está feito. Não pense nisso.


Apenas respire. — Eu exalei de puro alívio, então me inclinei e
beijei sua testa. — Inferno do caralho. Eu disse que você era
durona, mas eu não fazia idéia. Você provou que eu estava
certo. Novamente. Você será a melhor esposa que um fora da
lei poderia esperar.

Chamei os meninos para limpar a bagunça enquanto eu


enviei Sally até a casa de Brass. Jackie e Missy poderiam lhe
fazer companhia enquanto ela se acalmava e cuidava do nosso
filho.

Essa casa está confortável demais. Eu não ficaria


satisfeito até tirar o tapete e jogar esse filho da puta em uma
cova de cimento. Isso não poderia acontecer novamente.
Nunca.

Eu vou encher a casa com câmeras, fios e alarmes,


instalar vidro a prova de balas se fosse necessário.

O que teria acontecido se o homem do cartel não


escutasse seus superiores? E se ele tivesse cortado a garganta
da minha menina antes mesmo que eu chegasse aqui, ou
caminhasse para o berço do meu filho dormindo? Todas as
possibilidades negras passaram pela minha mente.
Aumentando minha raiva, com uma energia como eu estivesse
usado cocaína, café e erva-mate tudo de uma vez.

Asphalt e Southpaw apareceram em minutos para lidar


com o corpo. Fiquei rosnando ordens para os prospectos,
pegando minhas ferramentas e arrancando o tapete
ensanguentado. Ainda bem que metade dos caras neste clube
teve alguma experiência de carpintaria.
Nós nunca precisamos contar com pessoas de fora,
graças a porra.

Lábios soltos sempre afundam navios, e o clube quase


colidiu com um iceberg ao longo dos anos. Cobrindo nossos
rastros da maneira certa e mantendo o máximo de talento
quanto podíamos em casa foi um longo percurso para manter
nossas bundas fora da prisão.

Porra, prisão. Eu nunca voltaria. Assim como eu nunca


permitiria que outro homem armado viesse aqui para ameaçar
a minha família.

Demorou toda a noite para terminar o trabalho. Quando


Southpaw e Asphalt finalmente chegaram a casa de depois de
despejar a carcaça do mexicano, eles olharam para mim como
se eu tivesse perdido a minha mente, grampeando todo lugar
como se eu fosse um homem louco.

— Cristo, irmão. Acalme-se antes de ter um ataque


cardíaco. Você percebe que todos nós podemos ajudar a
preparar este lugar em mais alguns dias?

— Não! — Eu apontei meu dedo como um punhal no


asfalto. — Com ou sem trégua, eu não confio nos filhos da puta
do cartel. Esta merda quase explodiu porque a sua própria
mão direita não sabia o que a esquerda estava fazendo. Eu não
vou arriscar minha mulher e meu filho novamente. Você pode
ajudar ou manter sua boca fechada.
Asphalt apertou seu rosto, mas ele não latiu de volta.
Marchou e começou a trabalhar, ajudando-me a passar o fio
sobre todas as portas, perfeito para a instalação das novas
câmeras de segurança que os prospectos pegaram em uma loja
de departamento 24 horas.

Toda humanidade deixa um homem quando sua família


está sob a mira de uma arma. Era como se eu tivesse um
segundo sol queimando minhas tripas, transformando meu
sangue em puro fogo para terminar o trabalho, para que ela
nunca, nunca precisasse se preocupar novamente.

Claro, o dedo de Sally no gatilho pode ter salvado a minha


bunda no final. Mas ela também se colocou na direção do
perigo, e eu seria um homem morto antes de deixar isso
acontecer novamente.

Trabalhamos como cães antes do nascer do sol. Quando


estávamos perto de terminar, recebi a ligação e os irmãos
também. É necessário chegar ao clube as onze.

Apenas tempo suficiente para testar. Tudo funcionou,


faltavam apenas alguns toques finais, e eu acabaria com isso
mais tarde. Houve também tempo apenas para fazer uma
rápida parada no local de Brass e Missy.

Eu entrei, estacionei minha moto e bati na porta. O VP


me deixou entrar e assentiu.
— Se apresse. Demorou quase metade da noite para
acalmá-la. Droga, Roman, você percebe que quase acabou
como aqueles coitados que se matam depois da guerra?

— Ele invadiu a minha casa. Ele ameaçou minha menina.


Você quer me dar qualquer merda sobre a trégua, VP, então
isso é com você. Eu teria explodido seus malditos miolos se
Sally não chegasse antes de mim.

Ele balançou sua cabeça.

— Não, Irmão. Você fez o certo. A trégua não era oficial até esta
manhã. O cartel não vai fazer nada sobre um soldado perdido
enquanto eles têm de volta o seu menino de ouro.

Entrei na casa enquanto ele caminhava para a cozinha.


Encontrei-a dormindo em um sofá dobrável, o bebê em seus
braços, eles faziam sons suaves.

Sentei no sofá, envolvi uma mão ao redor de seu ombro e


a puxei. O movimento fez seus olhos abrirem.

— Você está aqui!— Ela sussurrou. — É seguro ir para


casa?

— Em breve, querida. Vou esperar até ter esta coisa


bloqueada com o cartel. Vou recebê-la em casa à noite para ver
algumas melhorias.

Ela inclinou a cabeça.

— Deus. Não me diga que você colocou arame farpado no


quintal ou algo assim.
— Apenas câmeras e alguns alarmes contra roubo
realmente espantosos. Confie em mim, mulher, ninguém
nunca entrará em nossa casa novamente. Saber que isso
aconteceu uma vez me faz doente.

Realmente fez. Meus intestinos se agitavam.


Desmembraria qualquer um que realmente a machucasse ou
a Caleb.

— Está tudo acabado, não é? Eu não posso acreditar


nisso. — Ela suspirou. — Eu vou ter que ajudar Norm voltar
para a fazenda na próxima semana. Ele vai precisar de muita
ajuda, enquanto ele se recupera.

— Claro, quando terminarmos de vasculhar esses


campos. Seu primo é teimoso, querida. Eu vou colocar alarmes
no seu lugar também, existe a chance de que aqueles malditos
chacais sejam idiotas o suficiente para voltar um dia. Diga a
ele para ficar pronto para o nosso casamento.

Ela respirou fundo, seus grandes olhos azuis brilhando


como jóias.

— Você realmente acha que podemos fazer isso? Depois de


tudo o que aconteceu? Quer dizer, eu também quero, mas
podemos esperar se isso te faz sentir melhor.

— Melhor? Caralho. A única coisa que vai me fazer sentir


inteiro é assistir você caminhando até o altar. Você já passou
pelas trevas, querida. Nós todos passamos. Não há nada que
qualquer um de nós precise se preocupar agora, exceto isso.
Eu não dei a ela outra chance de falar. Meus lábios
encontraram os dela, e não desistiram, não até o VP e sua
senhora entrarem alguns minutos depois.

Até então, era hora de ir, e Caleb estava pronto para o


café da manhã. Eu apertei sua pequena mão e o beijei na testa,
em seguida, me dirigi para a minha moto.

Não, eu não estava cem por cento no casamento, como eu


disse a ela. Mas algo sobre acordar com ela perto de mim e um
garoto que compartilhava do meu sangue me deixava quase lá.

Desta vez, a reunião estava acontecendo do lado de fora.


Todos nos reunimos em volta da fogueira. O fogo normalmente
brilhava tarde da noite quando tínhamos nossos assados de
porco e convidados entrando, ou às vezes para entreter irmãos
de alto nível de outras cartas.

Hoje não. Esta manhã, tivemos o rito de queixas, o


primeiro desta carta e algo que só foi usado algumas vezes
antes no Grizzlies MC.

— Dê um passo adiante, filho.

Blackjack esperou por mim ao lado da chama, lado a


lado com Stryker.Ele me passou o punhal, e eu deslizei em
toda a palma da minha mão. O sangue quente se infiltrou na
queimadura, a dor significava limpar todos os erros que
fizemos para o nosso homem.

Blackjack assentiu, tomou de volta a lâmina, e eu me


aproximei, olhando Stryker no olho.
— Sinto muito, irmão. Estes erros nunca vão acontecer
novamente.

A tensão no rosto do homem mais jovem derreteu. Ele


pegou minha mão, deu-lhe um aperto firme. Ele sentiu o meu
sangue na palma da mão, e depois me deu um aceno.

— Você está perdoado, Roman. Já é história antiga.

Eu passei, me aproximei do fogo e esperei todos os outros.


Cada irmão se aproximou, além de alguns prospectos que
estiveram lá antes de nós matarmos o real traidor e os idiotas
do cartel. Todos fizeram o mesmo pedido de desculpas,
pingando sangue na mão de Stryker e, em seguida, indo para
o fogo, matando a amargura e culpa.

Blackjack foi o último, e ele cortou em ambas as mãos.


Cortes profundos e brutais derramando sangue no pátio de
concreto. Ele agarrou a mão de Stryker, antes de estender a
mão e agarrá-lo pelo pescoço, puxando-o para perto do peito.

— Sinto muito, filho. Nunca mais. Se alguma vez


falharmos tanto assim, você me mate primeiro.

O garoto estava com lágrimas nos olhos no final quando


o Prez se afastou, pegando as ataduras que Brass segurava.
Blackjack envolveu sua mão como se fosse nada, e continuou
o resto da reunião.

— Irmãos, eu assinei o tratado esta manhã. O cartel está


com o seu homem de volta, e eles já começaram a sair de LA,
com os nossos homens os observando como falcões. Nós não
vamos desistir até que eles estejam todos fora da fronteira.
Acabou.

Irmãos gritaram, festejando. Eles bateram palmas


ensanguentadas juntas, batendo uns aos outros nos ombros,
ou apenas sorriram calmamente. Asphalt e Rabid pareciam
mais aliviados, mas todos nós sentimos isso em nosso peito,
como um gorila apenas rastejando fora de nossas peles.

— Não vire as costas ainda. Esses cretinos do outro lado


da fronteira nunca serão nossos amigos. Eles são rivais.
Concorrentes. Assassinos. — Ele fez uma pausa. — Deixe isso
afundar, e prepare-se para observá-los com toda a cautela. Nós
não desistimos até que o último idiota com um remendo de
águia esteja fora. Nós não iremos relaxar antes que o nosso
território seja realmente nosso de novo. Sei que posso contar
com vocês. Todo homem aqui coloca seu coração e alma para
este clube, e nós cometemos um erro grave duvidando disso.
—Ele parou e olhou para Stryker. — Aconteça o que acontecer
a partir de hoje, vamos manter este clube unido. Fizemos
amizade com o Devils e esmagamos a maior ameaça que já
enfrentamos. Haverá sempre novos idiotas que surgem como
ervam daninhas, ameaçando acabar com tudo pelo que já
lutamos. Mas enquanto não deixarmos sangue ruim ficar entre
os irmãos, e nenhum homem afundar um punhal em seu
irmão, nós estaremos inteiros. Estamos vivos. Somos homens.

Eu assenti. O Prez olhou para baixo e apertou uma de


suas ataduras.
— Você pode contar com todo mundo aqui. — eu disse.
— Eu vou fazer o meu melhor para ter certeza de que cada um
desses filhos da puta esteja fora dos limites da cidade na
próxima semana, na direção de San Diego e indo embora.

— Você não vai fazer isso, filho. — Blackjack explodiu. —


Você está tirando as próximas duas semanas de folga para se
certificar que sua mulher é a mais feliz no mundo antes do
grande dia. Não vou arriscar essa coisa em seu ombro se
abrindo novamente. Nós temos mão de obra para lidar com
qualquer coisa, Roman, e você já nos deu o seu cérebro e sua
coragem. Agora, pare de trabalhar como um louco. Isso é uma
ordem. Seu único trabalho agora é ter certeza que este clube
terá o melhor casamento que já vimos.

Deus me ajude, mas eu sorri. Assim fez todo mundo,


mesmo Stryker, a primeira vez que eu o vi sorrir desde que
quase foi esfolado vivo.

— Mais alguém? — Perguntou Blackjack, examinando


lentamente ao longo das fileiras de irmãos.

Ninguém disse uma palavra. A tempestade que ameaçava


explodir o clube em pedaços não diminuiu em muito tempo.
Agora, finalmente, o fim estava à vista. Cada irmão aqui podia
realmente ter a chance de montar no por do sol, e eu manteria
a paz no clube como um homem casado, mais feliz do que
todos os outros dias que eu já estive vivo e respirando neste
planeta.
CAPÍTULO 15

Sally: Até o fim dos tempos

Droga. Eu não ousava respirar, pois estava em pânico. Eu


realmente desejei que tivesse praticado mais caminhar nestes
saltos altos brancos.

Seria constrangedor se eu caísse de bunda na frente de


todos os caras e das suas senhoras sorridentes, toda a minha
extensa nova família. Então parei no caminho.

Sério, se fosse o único problema hoje, nós percorremos


uma longa estrada. Andar em meus sapatos de casamento era
um universo distante de me preocupar com balas voando.

Levante-se, pensei. Continue andando. Sorria com


vontade. O sol está brilhando em você hoje, menina, e você já
atravessou o calvário para chegar aqui.

Eu sorri enquanto andava no corredor estreito


constrangedor do clube. E eu realmente quis dizer isso. No
momento em que cheguei ao altar improvisado onde eles
estavam esperando, eu estava definitivamente radiante.
Blackjack parecia mais feliz do que nunca. Fechou os
olhos comigo, sorrindo e acenou com a cabeça, acrescentando
mais algumas rugas no rosto.

Quando eu dei uma olhada, pela primeira vez, para o


homem que eu estava prestes a me casar,meu coração parou.

Lembre-se de respirar. Lembre-se de bater coração.

Sim, eu realmente precisava me lembrar. Eu teria que me


lembrar de como sobreviver ao melhor dia da minha vida sem
entrar em coma.

O clube ficou em silêncio enquanto Blackjack esperava a


última das conversas acabar. Um irmão magro que eu não
reconhecia estava atrás dele, provavelmente o homem que iria
observar e tornar oficial para o estado da Califórnia.

Eu mal notei qualquer outra coisa, porque meus olhos


estavam colados em Roman. Eu nunca o vi vestir um terno
antes. Não consigo começar a descrever como o meu corpo
respondeu.

Não era comum, é claro. Ele ainda usava sua jaqueta do


clube sobre ele, e um pequeno pino Grizzlies MC fixo na lapela.
Mas vê-lo fora de seu colete e calça jeans tornou tudo isto
verdade, lembrou-me eu estava realmente prestes a tomar este
homem como meu marido, até que a morte nos separe.

— Senhoras, irmãos, amigos. — começou Blackjack. —


Eu poderia tagarelar sobre como eles deveriam ser, destinados
a ter uma vida, um amor e uma criança juntos por alguma
mágica. Mas esse clube sempre teve maneiras mais eloquentes
de comemorar algo, e eu também.— Um par de homens riu na
platéia. — Roman, hoje você se torna um homem. Você se torna
completo. Você provou a si mesmo para este clube várias vezes,
e ninguém nunca vai duvidar de você. Eu sei que você vai fazer
o mesmo com essa mulher.

Eu observava os olhos de Roman bloquearem em


Blackjack de forma que o Prez falou mais alto.

— Defenda-a. Ame-a. A possua. Neste dia, você está tornando


Sally sua old lady da melhor maneira, da maneira mais
profunda. Você está tornando ela sua esposa. Última chance
de voltar, filho.

— De maneira nenhuma. — Roman rosnou, agarrando


minha mão. — Eu quero isso para sempre. Eu aceito.

Eu sorri. Calor me invadiu, especialmente quando os


olhos escuros e sérios de Blackjack se viraram para mim.

— Sally, eu não preciso falar sobre seus deveres. Você já


sabe que está obrigada a ajudar o nosso irmão, amá-lo, não
importa o que acontecer. No sangue, no suor, na morte, ele é
seu marido. Seu homem. Na vida, ele é o melhor amigo e
amante que você vai ter.

Eu me perdi, estendi a mão para limpar um olho. Olhei


entre Blackjack e Roman. Cada vez que o presidente falava
suas palavras duras, Roman assentia rapidamente, todas as
promessas incríveis piscando em seus olhos.
— Aperte sua mão com mais força. Tome um momento
para senti-lo. Lembre-se, senhora, essa coisa vai ser para
sempre. Você já está ligada por laços de sangue, o primeiro
filho de muitos que você terá. Você está pronta para se ligada
pela lei e pela fraternidade também?

— Sim. — eu resmunguei, levando um segundo para


estabilizar a minha voz. — Claro que sim. Ele é o único que eu
quero. Eu te amo, Roman. Eu aceito.

O velho assentiu, com o cabelo grisalho amarrado para


trás. Nós sabíamos o que viria a seguir.Eu vi como Roman
enfiou a mão na pequena caixa que Brass estendeu ao lado
dele, já aberta. Ele arrancou o anel. Eu não percebi o quão
grande e brilhante era até que ele empurrou-o no meu dedo.

A coisa era pesada, cravejado de diamantes lapidados


como estrelas em um halo de luz dourada. Meus joelhos quase
caíram, mas eu me segurei, forcei-me a apertar os seus dedos.

— Obrigado. — eu sussurrei. — É incrível.

Sorrindo, Blackjack virou-se para o estranho atrás dele.

— Angus, suba aqui. Termine isso para essas crianças.

O homem magro passou as mãos sobre a boca, cobrindo


seu longo bigode.

— Pelo poder investido em mim pelo estado da Califórnia,


eu os declaro marido e mulher. Comecem a trancar os lábios
para que possamos começar a festa!
Os irmãos aplaudiram. Roman não esperou por outra
palavra.

Num piscar de olhos, suas mãos se fecharam ao meu


redor e me puxaram, me enterrado em seu poderoso calor. A
tempestade nos meus lábios abafou todas as celebrações que
nos rodeavam.

Eu não acho que ele conseguiria me beijar mais duro do


que já me beijou antes, mas ele fez. Ah sim.

Seus lábios nos meus, me possuindo, assumindo o


controle total do que foi eternamente seu.

E eu o beijei, empurrando minha língua contra a dele,


sentindo-o enquanto ele me levava em um gosto vertiginoso de
tudo o que estava por vir. Tudo abaixo da minha cintura ficou
tenso enquanto sua língua entrava e saía da minha boca, me
conquistando, prometendo-me o fogo entre os lençóis na lua
de mel.

Eu não podia respirar. Suas mãos me mantiveram presa


ao seu corpo, o mesmo que seus lábios, e ele me beijou tão
longo e duro que minhas unhas arranharam sua jaqueta.

— Caralho, querida. — ele rosnou, tentando finalmente


respirar. — Você me beija assim de novo, e nós não vamos ficar
por aqui para a recepção.

Eu estava prestes a fazê-lo, só para provocá-lo, quando


Brass e Missy se puseram entre nós. Missy esfregou contra
mim como um gatinho. Ela não podia me abraçar com Caleb
sorrindo em seus braços.

— Parabéns, menina! Eu não posso acreditar nisso. Você


sabe que provavelmente haverá mais alguns casamentos por
aqui agora que alguém finalmente se casou? — Ela deu a Brass
um olhar perverso.

Eu ri, e estendi a mão para acariciar o pequeno queixo do


meu filho. Caleb riu, agarrando os meus dedos. Era estranho
pensar que meu marido e eu já criamos o maior presente que
duas pessoas poderiam fazer juntos.

Jesus, meu marido. Olhei para ele, e eu ainda não podia


acreditar.

Mas a cena louca na nossa frente não mentia, e nem o


grande anel no meu dedo. Eu sabia que ele estava bem quando
ele voltou para casa, mas eu não sabia que a participação dele
nos lucros do clube ia tão longe.

— Parabéns, irmão. — Eu andei ao lado de Roman bem a


tempo de ouvir Brass falando. — Você tem certeza que quer
dar o passeio de limusine, afinal? Você vai dirigir um caminhão
um monte de vezes cada vez que você tiver mais algumas
crianças.

Eu ri e revirei os olhos.

— Isso vai levar algum tempo. Além disso, ele vai montar para
o MC, e não vou ficar no rumo. Estamos muito felizes se
ficarmos apenas com Caleb. Não é como se nós fossemos nos
transformar em uma grande família durante a noite.

Roman me lançou um olhar como se eu tivesse acabado


de dizer que o céu era cor de rosa.

— Baby, isso está acontecendo muito mais rápido do que você


pensa. Nós vamos nos ajustar. Vamos ter a maior família desta
cidade.

Eu ri, embora eu soubesse que ele falava sério. Droga, por


isso eu ri. Ele descobriria em breve a surpresa que estava a
sua espera. Peguei sua mão e apertei, balançando os dedos
contra o seu.

O amor pode ser uma coisa poderosa. Aqui, foi tão potente
que eu realmente tentaria lhe dar o maior número de crianças
como ele queria. Ele já salvou nossas vidas várias vezes, e
parecia certo que ele tivesse que tomar conta de mais alguns.

— Inacreditável!— Rabid se aproximou com Christa ao


seu lado, empurrando o VP de lado, agarrando a mão de
Roman entre as suas e apertando como um louco. — Você é
um homem casado! Você tem alguma idéia do que isso
significa?

Roman riu.

— Eu acho que eu faço depois de estar aqui em cima no


altar. Você é o próximo na linha, irmão.
Ele olhou para Christa. Ela desviou o rosto cheio de
cicatrizes, mas algo sobre o brilho em seus olhos me disse que
ela queria.

— Isso vai acontecer em breve. — ele rosnou, puxando


sua mão. — Droga, é tudo rosa a partir daqui, não é? O cartel
está do nosso lado e o negócio está pronto para crescer!
Estamos finalmente vivendo o sonho, mano. Finalmente porra.

Eles compartilharam um olhar longo, intenso, e foi como


se eu pudesse ver uma centena de terríveis batalhas se
desdobrando em seus olhos. Batalhas vencidas e enterradas,
mas nunca esquecidas.Todo o suor, todo o sangue, toda a dor
os unia.

Então alguém começou a puxar minha saia, e eu me virei.


Uma pequena bola de excitação levantou-se e jogou os braços
em volta do meu pescoço.

— Minha filha! Bem-vinda à família! — Julie Forker quase


deixou seu filho envergonhado com o estrangulamento que ela
me mantinha.

Eu quase tropecei e cai. Roman percebeu no último


segundo e me puxou pela cintura, afastando as mãos
gananciosas de sua mãe.

— Calma, ma! Deixe-a respirar.

— Estou tão animada! Alguém me belisque! — Ela gritou.


— Eu nunca pensei que veria meu filho... casado.
— Bem, você teve um neto mais rápido também, ma, e
Caleb vai ser o primeiro de muitos. Espero que você esteja
pronto para ele esta noite.

— Oh, onde está o pequeno anjo? Quero levá-lo agora, se


estiver tudo bem. Eu prometo que vou mantê-lo alimentado e
feliz enquanto você estiver fora na próxima semana. Eu criei
você, não foi?

Algo sobre seu sorriso me fez rir. Roman apertou o


maxilar, suprimindo um sorriso, e apontou para o bebê nos
braços de Missy.

— Ele está ali. Vá pegá-lo, vovó.

Ela deu alguns passos rápidos, e, parou e olhou para nós


por cima do ombro.

— Uau. Gostaria que o seu pai pudesse ver tudo isso,


filho.

— Eu também. — disse Roman, quase um sussurro.

Roman olhou para mim. A próxima coisa que eu senti,


foram aquelas enormes mãos me levantando. Eu gritei e
segurei meus saltos, tentando não perdê-los.

Ele me carregou até o final da multidão. Eu estendi a mão


e segurei as suas, olhando para alguns rostos sorridentes, e as
mulheres com lágrimas nos olhos. A gaiola de arame que Norm
ainda usava em volta da cabeça dele balançou, e ele também
colocou a mão na minha. Eu sorri quando vi a felicidade
genuína em seus olhos, a faísca vertiginosa e orgulhosa que
dizia, parabéns, prima.

— Hey, hey! Não tão rápido. Você não quer rasgar essa
coisa, não é? — Eu sussurrei no ouvido de Roman.

— Baby, é melhor irmos para o carro agora, ou então eu


vou arrancá-lo e transar com você no chão. Não é mentira.

Eu me inclinei e nós compartilhamos outro longo beijo.


Honestamente, sua sugestão grosseira não soava ruim.

Tão bonito quanto este vestido branco marfim com os


saltos poderia ser, ele estava começando a parecer um
espartilho apertado, e estava definitivamente saindo hoje à
noite, de um jeito ou de outro.

A limusine parou em nossa frente cerca de dez minutos


depois, rodeado pelo rugido de nossa escolta dos irmãos em
suas motos. Blackjack andava na frente, e todos os outros,
atrás dele, formando uma longa fila para a pousada de luxo
nos arredores de Redding.

Eu assisti Roman beber uma taça de champanhe de uma


só vez, enquanto eu mal toquei a minha.

— Uh, você sabe que deveria sentir o sabor, certo? Essa


coisa custa três centenas de dólares por garrafa!

Ele riu.

— Tanto faz. Não fica tão gostoso como Jack.


— Me dê uma chance. Eu deixarei você um pouco mais
civilizado, agora que você é meu marido. — eu disse com uma
piscadela, degustando a bebida. As doces e efervescentes
bolhas rodaram na minha boca, misturando-se ao seu gosto
persistente, deliciosamente agradável.

— Guarde isso querida. — disse ele, soltando o cinto de


segurança e me puxando para o seu colo. — Você acha que eu
não tenho gosto? Que eu não sei como saborear nada? Vou te
mostrar agora como você está errada. Só porque estamos
casados não significa que você sabe tudo sobre mim, mulher.

Puta merda. Eu tentei proteger meu vestido quando ele


se aproximou, com a mão áspera em minha coxa, passando
por cima das meias brancas elegantes. Ele foi direto para a
minha calcinha, e a tirou em um puxão áspero.

— Deite-se. Coloque as pernas para cima. — Ele


empurrou dois dedos dentro de mim, e eu gemi, tentando
fechar as minhas coxas e falhando completamente.

— Roman! O motorista... não vai demorar tanto tempo


para chegar também. Você realmente acha que isso é uma boa
idéia?

Você realmente acha que isso não está acontecendo? O


olhar que ele usava me disse.

— Abra-se, Sally, e continue a beber de sua taça. A menos


que você queira que eu mantenha isso no meu bolso durante
toda a recepção. — Ele segurou minha calcinha, enrolada em
sua mão, o laço branco, que já estava encharcado.

Eu quase morri com o pensamento. Minhas pernas


trêmulas se separaram, e suas mãos em minha bunda,
apertando-me e me arrastando para seu rosto.

Eu rezei para que o motorista não pudesse nos ver atrás


do vidro escuro da privacidade. Eu também desejei que os céus
se abrissem e explicassem como ele me fazia sentir como uma
virgem corada o tempo todo, mesmo depois de termos transado
perto de uma centena de vezes.

Sim, eu continuei contando também. Esta noite,


estaríamos no número oitenta e sete, e bem acima da marca
de cem quando a semana terminasse.

Eu conhecia seus apetites. Ele conhecia o meu. E agora,


ele cavou, forçando seu rosto áspero entre as minhas pernas,
passeando sua língua para cima e para baixo nas minhas
dobras. Seus dentes encontraram meu clitóris, apertaram-no
e todas as minhas preocupações sumiram. O tempo parou
enquanto sua língua trabalhava em mim, levando-me cada vez
mais perto do clímax. Não demorou muito tempo. Eu nunca
me canso da boca deste homem no meu clitóris.

Algo sobre vê-lo naquele terno, empurrando contra mim


com o mesmo vigor louco, que ele sempre teve, me enviou ao
limite.

Eu vim quente, rápido e duro.


Estendi a mão, colocando meu punho em minha boca.
Era tudo que eu podia fazer para não gritar.

Roman não se importava em ficar em silêncio. Ele


resmungou a sua satisfação enquanto meus músculos
convulsionavam, enviando-me ao êxtase, fazendo me contorcer
contra o seu rosto. Suas mãos me segurando, me abrindo,
matando o prazer vindo forte.

Demorou o que pareceu uma eternidade para sair do


calor branco. Quando eu fiz, um fogo insaciável rasgou em
minhas veias. Eu queria ele dentro de mim. Em minha boca,
minha boceta, minha bunda. Qualquer coisa era jogo. Tudo
pertencia a ele agora, e eu queria me dar a ele.

Eu estendi a mão entre as minhas pernas e senti a


protuberância maciça sob suas calças. Mudei minhas pernas,
mexendo com seu zíper.

— Querida, estamos quase lá...— Roman olhou para fora


da janela.

Olhei para ele e pisquei.

— Eu sei o que você precisa. Agora, quem está ficando tímido?

Jesus, ele estava duro como o aço, quente, e eu queria


que ele dentro de mim. Eu trouxe meus lábios aos dele,
sacudindo a minha língua em sua boca, abrindo o zíper.
Em seguida, houve um som de clique, e fomos banhados
pela luz da noite. O homem bem vestido que foi contratado
como motorista tossiu desconfortavelmente.

— Puta que pariu. — Roman gentilmente me empurrou,


e entregou a minha calcinha. — Coloque de volta, querida.
Você ganhou. Temos que ir.

Quando saímos do carro, ele se inclinou para mim e


sorriu.

— Melhor ele do que os irmãos. Eles nunca parariam de


tirar onda comigo por te foder no banco de trás em uma viagem
de dez minutos. Não que eles fizessem melhor quando
finalmente se casarem.

De braços dados, sorrimos para os irmãos e as senhoras


tirando fotos e entramos.

Nosso primeiro jantar como casal se passou em um


borrão. Os homens estavam ficando barulhentos no final,
batendo na pista de dança com suas garotas.

Até mesmo as prostitutas como Twinkie entraram em


ação, dando voltas e rindo enquanto Asphalt a arremessava ao
redor, puxando-a para perto para um beijo espesso e
bêbado.Todo mundo nos felicitou novamente.

Esperamos que a bebida continuasse fluindo para que


pudéssemos tornar nossa saída invisível. No final, as coisas
estavam se tornando realmente selvagens. O riso dos
motociclistas cortava a música, e em todos os cantos escuros
haviam casais, desabando na paixão. Eu assisti Roman tomar
um ultimo gole de sua cerveja, antes de pegar minha mão e me
inclinar.

— Hora de ir, querida. Deixe todo mundo ter a sua diversão, e


nós teremos a nossa. Sem besteira, eu vou te foder até o sol
nascer, até você gritar,até que a condenada cama inteira esteja
encharcada.

Sua mão alcançou minha coxa, apertando-a através do


meu vestido. Eu tinha certeza de que meu doce vestido de
noiva iria entrar em combustão.

Ele não precisava pedir duas vezes. Com um gemido, ele


me agarrou e me carregou por cima do ombro todo o percurso
até o hall dos elevadores. Nosso quarto era no último andar. O
lugar tinha uma vista incrível, Rabid e Christa nos contaram
sobre quando ficaram aqui no verão.

Mas no momento em que entramos para o nosso quarto,


a única visão que me importava era a pessoa na minha frente.
Roman me jogou na cama e me prendeu, me sufocando com
os seus lábios, dando beijos ardentes no meu pescoço.

Seus dedos foram direto entre as minhas pernas, me


segurando e sentindo a umidade através de minha calcinha.
Eu não aguentei. Eu não estava mesmo certa de porque eu me
preocupei em colocá-la.

Eu empurrei contra ele, tentando encontrar espaço para


tirar tudo. Cada nervo doía, e o fogo no meu ventre fez meus
dedos mais rápidos. Eu estava meio nua em menos de um
minuto, só parando para lutar com o zíper na parte de trás.

Rosnando, Roman me virou. Eu tremi com prazer quando


seus dedos encontraram o zíper e puxaram para baixo. Ele
agarrou meus ombros e me empurrou, me desembrulhando,
abrindo o presente que ele reivindicou. Suas mãos
escorregavam novamente, segurando meus seios, apertando-
os com tanta força que meus mamilos enrugaram.

— Depressa. — eu implorei. – Eu preciso tirar isso.

— Levante-se e deixe-o cair, querida. Tudo, exceto as


meias e os saltos. É tudo que você vai usar nas próximas vinte
e quatro horas.

Ele se levantou comigo. Eu mal saí do vestido e soltei meu


sutiã, libertando meus seios, antes de ficar paralisada com ele
tirando a roupa.

A jaqueta caiu, e assim fez o terno, peça por peça. O


menino mau por baixo surgiu em toda a sua glória, a tinta em
todo seu torso ondulando como uma tela na luz da noite.
Quando ele empurrou para baixo sua cueca, seu pênis brilhou,
tornando-se um alvo meus lábios não poderiam resistir mais.

Ele sorriu, observando-me afundar até os joelhos. Enrolei


minha mão em torno de seu comprimento, sentindo sua
dureza, e apertei.

Santo Deus.
Seus dedos alcançaram meu queixo, apertando, e
diminuindo a distância entre minha boca e seu pênis.

— Chupe-me como eu te ensinei, querida. Estes são os únicos


lábios que eu quero sentir em torno deste pau.

Como se eu precisasse de qualquer incentivo. Baixei


meus lábios lentamente sobre ele, provocando, sentindo seu
gosto. Seu perfume masculino acariciou todos os meus
sentidos, uma majestade hipnótica que assumiu cada vez que
eu estava tão perto dele, me deixando mais excitada.

Lentamente, movimentos suaves, rapidamente se


tornando mais ferozes quando o fogo na minha boceta rugiu.
Uma mão se esgueirou e eu brinquei com meu clitóris. Eu
poderia ter morrido com a boca cheia de seu pênis.

O trovão em sua garganta rolou para fora, construindo o


seu prazer. Seus dedos apertaram meu cabelo, me movendo
mais rápido em seu pênis, e seus quadris começaram a
encontrar meus golpes. Enfiei minha língua profundamente
em sua coroa, lambendo-o em seu ponto mais vulnerável,
pedindo-lhe para me encher.

Se ele viesse na minha garganta, então eu gozaria


também.Que diabos estava acontecendo? Por que ninguém me
disse que o sexo ficaria mais quente com o anel na minha mão?

E parecia muito bem enrolado em sua dura rocha. O


enorme peito de Roman inchou, respirando, amaldiçoando
novamente enquanto meus lábios se aceleravam.
— Porra. Merda. Porra, querida. Pare. — Ele não estava
perguntando. Seu punho me puxou para longe, até que seu
pênis saiu da minha boca. — Você é uma boa esposa. Eu quero
ver você foder como uma também.

— Você seriamente não quer gozar na minha boca? —


Mordi o lábio inferior, provocando-o. — Por favor.

Ele fez uma pausa, seus olhos brilhantes, considerando


isso. Então ele balançou a cabeça, dando um puxão no meu
cabelo para me fazer ficar de pé.

— Você tem um mês para sair dessas pílulas malditas,


Sally. Eu não estou indo em qualquer lugar exceto a sua boceta
molhada quente, até que Caleb tenha um irmão ou irmã vindo.
Devemos praticar.

Prática. Sim.

Eu não iria discutir com isso, tão insano quanto parecia.


Droga, eu não estaria discutindo com seu louco desejo de ter
um bebê novamente, em breve. Eu não disse a ele, mas eu já
parei de tomar minhas pílulas dois dias atrás.

As férias eram um bom momento para engravidar, certo?

Eu queria que fosse uma surpresa, uma grande notícia


para acontecer perto do Dia de Ação de Graças ou Natal, para
ele e Julie. Eu também estava com um pouco de medo do que
ele faria comigo quando descobrisse que não havia nada entre
sua semente e meu útero. Eu tinha a sensação de que envolvia
corda, pernas doloridas e semanas de amarras enquanto ele
me fodia e vinha dentro de mim, até que ele reivindicasse meu
útero pela segunda vez.

Ele me empurrou na beira da cama, levantando- se,


enquanto ele empurrou seu comprimento na minha entrada.
Os dedos no meu cabelo ficaram mais suaves, alisando pelo
meu pescoço.

— Porra. Você é a old lady mais quente que um homem


poderia pedir. E eu vou te foder até você acreditar nisso
também, querida.

— Faça.

Era tudo o que precisava para ele empurrar dentro de


mim com um gemido, e depois o ranger constante da cama
colidiu com o prazer fluindo através de meu corpo, abafando
tudo.

Não foi vinte impulsos antes de meu corpo ficar tenso.


Enrolei minhas pernas ao redor dele, agarrei os lençóis e gritei.

Eu vim pela segunda vez naquela noite e depois não


consegui parar. Algo dentro de mim quebrou naquela noite, e
eu estremeci através de três clímax, cada um mais forte que o
anterior. Eu vi estrelas antes que ele viesse, e não apenas em
meus olhos.

Lá fora, a enorme janela mostrava as luzes começando a


brilhar no céu. Ele me empurrou mais para cima da cama e
subiu, jogando minhas pernas sobre os seus ombros, o melhor
para me foder mais forte.
— Você não está feita ainda. Você está vindo comigo desta vez.
Ordenhe cada polegada do meu pau.

Meus olhos se estreitaram e eu tranquei meus braços e


pernas em torno dele, apertado como eles podia. Eu estava
rosnando com ele no momento em que suas estocadas
aceleraram, batendo em mim com tanta força que me sacudiu
como um terremoto, me martelando de dentro para fora.

— Caralho goze dentro de mim, Roman. Eu preciso sentir


o seu calor. Eu te amo, Travis. — Eu parecia desesperada,
como se fosse uma pessoa diferente, sussurrando aquelas
palavras.

Não importava. Eu era a sua esposa, a pessoa que iria


amá-lo mais do que ninguém neste mundo.

Minhas palavras fizeram seus quadris se tornarem


completamente furiosos. Ele me fodeu como um enorme touro,
rosnando, batendo na minha bunda com suas bolas e movendo
meu clitóris.

Não, eu preciso que ele goze desta vez.

Minhas unhas cravaram em sua pele. Sua expressão


combinava com o urso tatuado em seu peito, e ele gritou tão
alto, apunhalando dentro de mim e inchando.

— Aqui está meu pau. Aqui está o meu gozo. Aceite, aceite
e não pare, mulher.
Eu não sonharia com isso. Especialmente quando seu
pau inchou mais do que nunca, e ele correu os dentes no meu
pescoço, me segurando quando ele entrou em erupção.

Nós contorcíamos juntos, trancados em um abraço tão


ardente que nós combinamos com as estrelas da janela,
brilhando no horizonte. Eu gozei com tanta força que eu perdi
o fôlego, minha voz, meu tudo, fundida com o único homem
cujo coração poderia coincidir com o meu.

O anel de casamento no meu dedo virou um aro quente,


e eu jurei que era a única coisa que eu senti quando o meu
corpo tornou-se uma fundição, cada polegada minha
derretendo, desvendando, fundindo-se com ele.

Sua respiração pesada e as cócegas suave de sua barba


me trouxeram de volta à vida. A doce lixa em seu rosto sempre
crescia tão rápido. Não que eu esperava nada menos de um
canhão de testosterona.

— Você sente a batida do meu coração, querida?—


Coloquei minha mão, contra seu peito, a direita sobre o urso
Grizzlies MC. — Esse é o meu amor. Isso é o que vai nos manter
acordados a noite toda. Isso é o que vai sacudir o amanhã e
nos manter sempre.

— Será um lindo passeio. — eu disse, desmaiando um


pouco quando eu nos imaginava montando em sua moto ao
longo das fileiras de árvores. Os prospectos trouxeram sua
Harley para a pousada, tudo o que seria necessário para
desfrutar da nossa semana especial.
— Aqui. — eu sussurrei, puxando os dedos que pairavam
sobre o meu peito. — Sinta o meu. Esta é minha vida. Isso é
tudo o que eu vou manter para você, baby.

— E é melhor mantê-lo por muito tempo, querida. Nós


temos décadas para brilhar. Eu vou aproveitar ao máximo
antes que a porra diminua e nós estamos encarando nossos
netos.

Eu deslizei minhas pernas em suas panturrilhas,


estendendo a mão para seu pênis.

— Você vai ter que me foder mais forte, eu acho.

Ele sorriu, tirando a mão do meu peito para alcançar


minha bunda. Alguns segundos depois, ele me colocou de
quatro, perigosamente perto da segunda rodada.

— Cuidado, querida. — ele retumbou em meu ouvido. —


Você me provoca assim, você pode conseguir tudo o que
sempre desejou.

A piada era sobre ele. Eu já consegui, e o resto de nossas


vidas foram se desenrolando diante de nós como um nascer do
sol em movimento lento.
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