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Parceria R&L e F.

L Traduções

Tradução: Paulinha
Revisão Inicial: Mara Oliveira
Revisão Final: Jaqueline
Máximo Leitura: Socorrinha
Formatação: Fanny L.
Brooke Blaine
Ella Frank

Fantasias - todos nós temos.

Para alguns é o trabalho dos seus sonhos; outros querem


o casamento, ou duas crianças, e uma cerca branca.
Minhas fantasias sã o um pouco mais... depravadas.
Escuras e pecaminosas, elas destruíram relacionamentos e meu
ganha-pã o, ainda assim eu me submeto a elas como um escravo.

Sexo.

Para a maioria, é uma expressã o natural de amor, carinho ou


luxú ria.
Mas há aqueles de nó s que nã o conseguiram parar uma vez que
tiveram um gosto.
Aqueles de nó s que nã o querem.
E a vergonha desse ciclo sem fim nos comerá vivos...

Meu nome é Evan James,


e eu sou um viciado em sexo.
“A droga mais forte que existe para um ser humano é outro
ser humano.”

- Anônimo.
Capítulo Um

— Vem cá !
Evan James entortou seu dedo para a loira, olhando atentamente
para seu vestido preto, minú sculo e apertado. O mesmo que ela tinha
usado ontem à noite e que tinha o chamado como uma sereia, fazendo
seu pau ficar duro no meio do clube mal iluminado.
Ela olhou-o com olhos e pá lpebras pesadas e segurou o vestido
ainda em torno de sua cintura. Seus olhos ampliaram sobre os seios
impressionantes, transbordando para fora do sutiã preto. Os cobrindo,
mas nã o o suficiente.
Sua boca encheu de á gua e ele queria arrastá -la de volta para a
cama, tomar posse de seu mamilo antes de puxar o tecido para baixo e
tomá -lo totalmente em sua boca novamente.
Depois de tomá -la muitas vezes nas ú ltimas horas, ela teria sem
dú vida um gosto em cada polegada de sua pele macia. Ele gostava
disso. Antes, ela tinha um cheiro de baunilha, uma fragrâ ncia que ele
nã o era excessivamente afeiçoado. Tinha feito um trabalho rá pido e
sujo nela, marcando e deixando seu perfume com seus lá bios, seu sexo,
seu gozo, e achou que uma ú ltima vez antes de mandá -la embora, iria
suprimir seu desejo pelo menos por um par de dias.
Ele esperava. Seu apetite era voraz.
— Nã o pode obter o suficiente, você pode?
Ela se inclinou sobre a borda da cama, lhe dando uma vista ampla
sobre o que ele queria. Agora.
Ele estreitou os olhos.
— Nã o brinque comigo.
A loirinha fez um som de desdé m, colocou os joelhos no colchã o, e
engatinhou em direçã o a ele.
— Oh, baby, eu lhe disse que você nunca mais gostaria de sair
depois de entrar.
Ela estava certa sobre isso. E muito! Se pudesse viver em uma
buceta, ele o faria. Era sua fraqueza, seu vício. A ú nica coisa que o faria
desistir de tudo. E ele quase o fez.
Felizmente, ele ainda tinha boa aparência e nã o era obrigado a
pagá -la. Duvidava que os cem dó lares na carteira cobririam o custo do
sexo oral hoje em dia. Pelo menos, nã o de algué m do seu calibre.
Nã o que ela nunca teria imaginado, ele desempenhava bem o seu
papel.
Se inclinou contra a cabeceira da cama, deixando ela vir até ele.
Colocou um lençol branco ao acaso sobre seus quadris. Ela montou
uma das suas coxas, abaixou-se e afastou-o com os dentes. Liberou seu
pau rosa, os longos cabelos tocando levemente contra ele, o deixando
duro, com apenas um toque.
Oh sim! Ele a tinha, seus dedos tocando os fios loiros, colocando a
mã o sobre a parte traseira de sua cabeça. Sua boca pairou ao longo de
seu comprimento, como uma provocaçã o, e quando o seu punho
apertou, ela deu um sorriso indecente e beijou a ponta do seu pau.
Se afastando, olhou-o novamente, e ele resmungou, empurrando o
quadril para cima em direçã o a sua boca. Ele precisava desses
deliciosos lá bios deslizando até o fim, tomando todas as polegadas que
tinha.
Ela entendeu a dica. Sem perder mais tempo, agarrou a base de
seu eixo com uma mã o e as bolas com a outra antes de colocá -lo de
volta na boca, sua língua contra a parte de baixo, chupando
vigorosamente.
O maldito vivia para isso. O ajuste apertado, molhado de uma boca
em torno do seu pau, seguido de uma doce buceta apertada e molhada.
Nã o havia coisa melhor neste mundo e ele nunca iria se fartar.
Queria viver lá . Morrer ali.
— Boa garota. — Falou quando ela o levou mais profundo. — Sexy
pra caralho com este vestido para cima em torno de seus quadris...
Parou quando um calor inundou atravé s dele, e teve que se
concentrar para nã o gozar. Ia guardar isso para sua boceta deliciosa.
— Mas eu preciso que você o tire. Agora!
O tom de sua voz teve ela tirando o sutiã e despindo o vestido em
tempo recorde.
— Você me quer aqui? — ela falou, abarcando seus quadris sem
esperar por uma resposta. A boceta dela nua, brilhando com
necessidade. — Eu por cima, montando... você ?
Envolvendo ambas as mã os pequenas em torno dele, ela apertou,
lentamente girando em seu comprimento. Ele a assistiu. Seu sorriso
descontraído, seu interior pegando fogo enquanto ele tentava se segurar,
deixando ela provocá -lo, acariciá -lo.
Ela moveu as mã os para a frente de seu eixo e inclinou-se,
empurrando-o contra ela. Esfregando seu calor liso para cima e para
baixo em seu pau, revestindo-o com seus sucos, pressionando contra o
clitó ris, dando prazer a si mesma com ele.
Deus, ela era uma vista! Ela estava deixando-o ao longo da borda.
E ele nã o aguentava mais.
Suas costas arquearam e um rugido foi arrancado dele. Ele agarrou
seus quadris, a levantando e puxando para baixo antes de preenchê -la
completamente.
Ela engasgou com a invasã o dura, o fazendo a amaldiçoar e
forçando-a a levar seu entusiasmo leve. A sedutora nã o estava
facilitando para ele ir devagar. Ele queria fodê -la, tê -la, devorá -la, por
apenas alguns minutos.
Ele era um homem enlouquecido.
Se inclinando, ele agarrou sua cintura, ficando dentro dela
enquanto trocava de posiçã o. As mã os dela agarraram seus bíceps, e
ele chegou até segurar seus pulsos antes de colocá -los acima de sua
cabeça na cama. Com um ousado olhar em seus olhos escuros, ela
tentou se mover, mas ele a empurrou para baixo com mais força e um
impulso mais profundo. Ela fechou os olhos e deu um gemido gutural.
Ele bombeou dentro dela, e quando sua cabeça rolou para o lado,
se abaixou e lambeu um caminho ao longo do pescoço dela.
Estava certo. Ela tinha fracamente o doce e salgado gosto de seu
sexo. Os dentes dele passaram de raspã o sob a orelha dela antes de
morder a pele lá . Ela engasgou novamente em surpresa e lutou contra
seu domínio, mas o manteve, usando seu corpo para aliviar a dor. Ela
os assistiu atravé s de olhos semi-cerrados, seu sexo apertando
violentamente, fazendo seus suspiros e gemidos cada vez mais altos e a
respiraçã o mais rá pida.
Foda-se! Era a coisa mais apertada que tinha estado dentro em
meses e tinha estado dentro de mais do que ele podia contar. Ela
estava à beira, e nã o demoraria muito mais para empurrá -la sobre a
borda.
Ele se inclinou, liberando seus pulsos e colocou cada perna longa
sobre seus ombros.
Puta merda. Esse â ngulo o espremeu como um punho.
A loira estava ofegante agora, e ele lhe dava pequenas estocadas
rá pidas vá rias vezes no local, que sabia que iria fazê -la explodir. Com
um grito, ela gozou e o latejar de seu clímax em torno do pau dele, era
tudo que precisava para voar.
— Maldiçã o! — ele rosnou, segurando suas coxas com uma
puniçã o, quando o orgasmo o rasgou.
A inquietaçã o que tinha crescido acostumado, estava tranquila
quando ele se esvaziou dentro dela. A paz nã o duraria muito. Mas ele
seria deliciado por alguns momentos, lembrando um tempo quando
isso teria sido suficiente.
Evan abriu os olhos e olhou para os olhos marrons agora saciados.
Algo no olhar dela o irritou, mas tã o rapidamente quanto ele pensava,
passou, e assumiu uma expressã o confiante.
— O inferno de uma despedida! — ela disse com um sorriso.
— Você estava pedindo por isso com esta coisinha preta que você
chama de vestido. — Ele disse, dedilhado o material agrupado ao redor
de sua cintura. Um pequeno sorriso tocou seus lá bios, quando ele saiu
dela e abaixou suas pernas na cama.
As mã os dela foram para seus quadris, esfregando de volta nele, e
todas as perguntas que estavam em sua cabeça desapareceram. Ela
fazia pequenos círculos no topo das coxas, e quando ele se sentou ali,
observando, ainda entre as pernas dela, ela casualmente escovou os
dedos contra seu clitó ris inchado.
Sabia que, se ela continuasse, ele teria que tê -la novamente.
Como se pudesse ler sua mente, os movimentos dela pararam.
Entã o ela empurrou para cima de seus cotovelos, balançou uma perna
sobre ele para o outro lado e ficou lá graciosamente. Os dedos dela
habilmente prenderam o comprimento de seu cabelo em um nó ,
revelando as fracas marcas por toda a extensã o de seu corpo de
marfim. Suas marcas.
O visual atenuou a parte de dentro dele, o desejo que insistia de
chegar e levar. E levar. E levar. Nunca satisfeito. Sede nunca saciada.
Ela se colocou naquele vestido minú sculo novamente, passando as
mã os em seus seios antes de colocá -los para dentro, nem mesmo
incomodada com o sutiã . Ela ofereceu a ele o sutiã , que agora estava na
ponta do seu dedo.
— Uma lembrança, Sr. Alto, Escuro e Bonito. — Ela disse.
Ele o agarrou antes que seu cé rebro pudesse lhe dizer para ir a
merda. Esta era uma mulher que conhecia o poder que poderia exercer
sobre um homem.
Nã o com ele. Nã o que ele alguma vez fosse deixá -la. Ou algué m.
Ele a conduziu até a porta de seu apartamento e, ao invé s de abri-
la, nã o conseguiu se impedir de pressioná -la contra ela, segurando sua
firme bunda em suas mã os e saborear uma ú ltima vez.
Isso nã o era como ele. Para demorar, para segurar uma maldita
lembrança.
Ele queimaria esse sutiã mais tarde - apó s ele cobrir cada polegada
com sua porra.
Capítulo Dois

Ele parecia o inferno.


Tã o ruim, de fato, que ele estava evitando espelhos, nã o querendo
ver a retraçã o progressiva de seus problemas emocionais que já estavam
visíveis fisicamente nele. Mas esta manhã , ele acidentalmente teve um
vislumbre, e isso assustou a merda fora dele.
Sabia que ele era um cara atraente, e a ú ltima vez que se olhou
enquanto se barbeava, havia confirmado que ainda nã o tinha perdido
essa parte de si mesmo. Tudo na sua vida, sim, mas isso nã o.
No entanto, agora... a expressã o abatida, as bolsas sob os olhos, as
vertentes mais do que usual de seus cabelos castanhos descontrolados,
a barba crescendo... Essas coisas nã o estavam lá dias antes.
A loirinha nunca teria ele duas vezes. Aquela mulher...
Passaram dois dias, quatro horas, e vinte e seis minutos... desde
que ela o tinha deixado.
Ele se lembrou dela nã o porque tinha sido a buceta mais deliciosa,
que tinha devorado em sua memó ria mais recente. Nã o, ele se lembrou
porque fazia um tempo que nã o encontrava outro buraco quente para
seu pau. Pelo menos é o que disse a si mesmo.
— Cristo!
Ele esfregou o cabelo cobrindo o maxilar e abriu o armá rio de
remé dios, deixando-o aberto para nã o ter de olhar para seu reflexo triste
novamente. Deve ter uma garrafa extra de lubrificante lá . Ontem à
noite, ele tinha acabado com a loçã o que guardava em sua gaveta de
cabeceira, e nã o havia como o pau dele lidar em ir a seco com isso, de
tã o sensível como estava das horas de tortura que ele tinha infligido a
ele.
Mas... foda-se! Nã o estava lá . Eu usei?
Nã o se lembrava, e a dor e a saudade, abaixo da sua cintura
estavam começando a subir. Se ele tomasse banho, perderia o cheiro
dela, que havia lhe enviado em um clímax aparentemente interminá vel,
de dias de duraçã o.
Em algum lugar no fundo da sua mente, ele podia ouvir a voz da
razã o dizendo para parar, dizendo que teve sua açã o. Poré m o corpo dele
dizia o contrá rio.
O som do seu telefone celular tocando o trouxe fora de seus
pensamentos. Ele nã o tinha se incomodado com isso em dias, e se
surpreendeu de que nã o estava morto.
Indo para o corredor, o achou no ú ltimo lugar que tinha deixado.
No bolso de trá s da calça que ele usou na noite em que a loirinha tinha
quebrado o zíper em sua pressa para tirá -la dele. As mã os dela estavam
ansiosas, e sua boca gananciosa nã o queria esperar para entrar no
quarto antes de consumi-lo.
Pare. Pare de pensar nela, a menos que tenha o seu pau na mã o.
Ele aperta o botã o de resposta no celular sem se preocupar em olhar
para a tela.
— Estou falando com o Sr. Evan James? — Perguntou uma voz
feminina, acelerada.
Entã o olhou para o ID da chamada, nã o reconhecendo o nú mero.
Nã o estava ainda na miséria, entã o achou que nã o fosse um cobrador.
— É ! — a voz á spera, rouca e nã o utilizada. Ele limpou e respondeu
novamente.
— Sim, é Evan James.
— Sr. James, estou ligando em nome da Corporaçã o Kelman. Eles
receberam seu currículo e gostariam de agendar uma reuniã o para
amanhã à s nove.
Ele pensou nas dezenas de currículos que tinha enviado há meses,
quando tinha dado a mínima. O nome da empresa era familiar. Se
lembrou que eles realizavam planejamentos financeiro para vá rias
empresas da Fortune 500, mas ele nã o podia ter certeza sem olhar em
suas notas. Tinha estado tã o focado nas outras questõ es à mã o, que
adquirir um trabalho tinha escorregado para o fundo da lista.
Evan chutou a calça em uma pilha no canto do corredor e fez uma
careta. Ele sabia que seria um tolo por pensar em nã o levar uma oferta
em potencial, mas ultimamente, tinha sido acusado de ser muito pior.
Quando ele imediatamente nã o respondeu, ela disse.
— Este é o Evan James que enviou?
— Sim, sim! — ele interrompeu, esfregando a testa. — Nove
amanhã , seria ó timo!
— Bom. Você vai se encontrar com o Sr. Kelman e a Sra. Spencer.
Um crachá será deixado para você no check in na recepçã o de
segurança, que vai direto para o nosso escritó rio no 12º andar.
Estamos ansiosos para vê -lo amanhã de manhã .
— Eu agradeço.
Ela desligou antes que pudesse confirmar que ele estaria lá .
Ah, merda!
Jogou o telefone no sofá e começou a andar em círculos, com os
punhos em seu cabelo. Isto era o que ele queria. Nã o era?
O que ele estava tentado voltar à pista nos ú ltimos oito meses.
Grato.
Isso é como ele deveria ter se sentido naquele momento. Grato
alé m da crença que qualquer pessoa gostaria que ele se juntasse a eles,
mesmo com a bagunça que fez. Ele tinha arruinado a sua vida, sabia
disso. Deveria estar de joelhos rezando Ave-Marias, ou qualquer que seja
que as pessoas religiosas rezam.
Mas seu primeiro pensamento nã o foi de gratidã o. Nã o, a primeira
coisa que correu atravé s de sua mente foi, quantas vezes seria capaz de
se conter. Ele teria que encontrar algué m.
Se fosse honesto consigo mesmo, ele estava muito exausto. Mas
sabia que nã o seria o suficiente para parar de repetir o ciclo.

***

Esperou até depois de escurecer, até o ú ltimo momento possível,


antes de tomar banho. Lentamente e com pinceladas leves no início.
Entã o, mais vigorosamente, esfregando a pele crua. Ele nã o precisava
de nenhum vestígio da ú ltima mulher a tocar seu corpo quando
procurasse se marcar com a pró xima.
Uma vez que estava satisfeito, ele desligou a á gua e envolveu uma
toalha na cintura. Nã o demorou muito para o sentimento de isolamento
envolvê -lo como um punho frio ao redor de seu coraçã o. Entã o, vestiu
um par de jeans escuro e uma camisa preta, pronto para a açã o e fez o
seu caminho para fora da porta depois das 22:30h.
A noite estava quente, um fraco gosto do oceano no ar, quando ele
andou os trê s quarteirõ es para pegar o metrô indo em direçã o a East
Village. Com uma abundâ ncia de bares, era o bairro para quando ele
estava procurando uma soluçã o rá pida.
Ele escolheu o ú ltimo vagã o do metrô , como sempre fazia quando
estava à procura. E como estava segurando a barra de cima, pegou o
reflexo do homem olhando para ele atravé s das janelas cobertas de
sujeira.
Seu rosto tinha um olhar imprudente. Imprudente, mas
empolgado. Uma energia ansiosa estava se construindo em suas veias,
se preparando para a caça, pronta para conquistar. Ele fechou os olhos,
imaginando sua cabeça mergulhando entre as coxas e sentiu o seu pau
ficar duro.
Nã o demoraria muito tempo agora. Ele podia esperar. A menos
que...
Os olhos dele se abriram e viu o vagã o quase vazio. Talvez ele nã o
precisasse ir muito longe. A mulher solitá ria a bordo parecia estar perto
dos quarenta e absorta em um romance, nã o se preocupava em olhar,
mesmo que tivesse certeza de que ela poderia sentir os olhos nela.
Quando o trem parou, ela se levantou, com nada mais que um olhar
quando passou por ele e saiu.
Ele suspirou e olhou ao redor novamente, esperando que algué m
novo entrasse no vagã o. Um cara jovem, no canto, chamou sua atençã o.
Obviamente tinha observado sua avaliaçã o. Ele fechou os olhos por um
momento, e Evan brevemente considerou que o cara assumiu o
desafio. Evan nunca tinha estado com um homem, nunca precisou, mas
ele nã o estava olhando para foder esta noite. O cara tinha mã os e uma
boca, e era mais que o suficiente para aliviar a dor em suas bolas.
Mas tã o rapidamente como esse pensamento entrou em sua
cabeça, a sua voz interior da razã o o jogou fora. Ele nã o estava assim
tã o desesperado. Ainda nã o. Havia um mundo de buceta lá fora e nã o
seria difícil encontrar uma mulher para ficar de joelhos.
Quando o trem chegou a sua parada, ele deu um ligeiro aceno de
cabeça para o cara antes de desviar o olhar e sair do vagã o.

***

Mesmo para um dia de semana, o bar estava lotado. Era um dos


lugares baratos na esquina. A clientela era de um tipo mais á spero, e
era só lá que a cerveja custava 2 dó lares e luta de bar era bem
ocasional.
Nã o se preocupou em pegar uma bebida. Á lcool só enevoava a sua
mente, e ele gostava de manter as suas memó rias, entã o poderia usá -
las mais tarde. També m nã o estava a fim de perder tempo. Nã o haveria
nenhum quarto de hotel, nã o traria ningué m de volta ao seu lugar. Uma
boca ou uma mã o seria suficiente, e neste momento, nã o se importava
se acontecesse bem aqui, no meio do bar.
Ele fez seu caminho para o velho jukebox no canto de trá s da sala,
que era um bom lugar para observar. Mulheres solteiras e solitá rias
adoravam despejar seus coraçõ es atravé s de seleçõ es de mú sicas,
tornando-se o primeiro ponto e era exatamente o que ele estava
procurando.
Havia algué m lá agora. Era pequena, perfeita para a posiçã o que
tinha em mente e dizer que ela estava cheia de curvas era um
eufemismo. O cabelo preto estava em um severo corte que parava
acima dos ombros, ela usava um tipo de top rasgado que usava apenas
com um sutiã por baixo.
Era uma mulher que estava implorando por um pau na garganta
dela. Ele quase se perguntou se deveria encontrar algué m um pouco
mais desafiador, mas o pulsar insistente nos seus jeans provou que ela
seria suficiente.
Empurrou as mã os nos bolsos, reorganizou o pau antes de parar
logo atrá s dela.
— Interessante escolha. — Ele disse, espreitando por cima do
ombro dela e olhando para sua seleçã o. Uma melodia melodramá tica
que só podia significar uma coisa.
— Separaçã o ruim?
Ela se virou com um foda-se na ponta da língua, mas engoliu
quando deu uma olhada na cara dele. Ele viu quando ela se endireitou.
Os olhos dela rapidamente, olhando-o para cima e para baixo quando
ela a puxou a bainha da blusa para baixo.
— Talvez eu só goste da mú sica.
— Ou talvez algum idiota partiu seu coraçã o.
Um blush cruzou as bochechas dela quando ele mostrou o que
esperava ser um sorriso encantador.
— É tã o ó bvio?
— Uma cançã o chamada “Love Hurts1”? Nã o. Nã o ó bvio para todos.
Quando ela riu entã o, sabia que a tinha. Ele nem precisaria se
preocupar com a formalidade de lhe pagar uma bebida, mentalmente
se acariciou na parte de trá s.
— Ele deve ser um cara idiota. — Ele se inclinou para baixo mais
perto de sua orelha para parecer mais provocador. — Você é sexy pra
caralho! — disse, puxando para fora a ú ltima palavra, deixando o nariz

1
O Amor Machuca.
passar ligeiramente no seu pescoço antes de se retirar para ver a reaçã o
dela.
Sua respiraçã o estava profunda, e com a maneira que o peito dela
estava arfando, ele teria apostado seu apartamento que estava
imediatamente molhada.
Oh sim! Mãos na massa.
Dez minutos depois, ela tinha o seguido para fora no beco ao lado
do clube, segurando firmemente a parte de trá s do seu cinto. Luxú ria
deve ter bloqueado seu cé rebro, porque seguir um estranho em um beco,
era uma estupidez da parte dela. Mas ele era grato por isso neste
momento.
Ele foi mais para baixo, onde havia uma lixeira que serviria muito
bem para bloqueá -los de curiosos andando pela rua. Nã o que ele teria
dado a mínima para quem visse o que estava prestes a acontecer. Ou
melhor, quem.
Puxando ao redor na frente dele, agarrou a bunda dela em suas
mã os e ela andou para trá s. Ela suspirou de prazer... uma brisa soprava
o beco e o fedor do lixo passou flutuando. Entã o ela agarrou seus
braços e olhou em seus arredores, a expressã o dela, virando-se para
um de nojo. Garrafas de cerveja quebradas, preservativos usados e
embalagens de alimentos alinhados no beco, mas mal deu um olhar,
muito empenhado em satisfazer sua fome.
— Tem certeza de que nã o podemos esperar o banheiro? — ela
começou a dizer, mas parou quando suas costas bateram na parede de
tijolo, onde ele tinha acabado de apoiá -la.
— Mal pude esperar por você esse tempo todo! — ele disse,
esfregando-se contra ela, deixando-a sentir quã o duro estava. Seus
protestos cessaram imediatamente.
— Oh... foda-se! — ela gemeu quando ele chupou seu pescoço e
mudou uma de suas mã os para o peito dela. Ela tinha mais que um belo
par de peitos, e embora ele nã o tivesse intençã o disso hoje à noite, nã o
resistiu e puxou sua camisa para tomar um mamilo duro em sua boca.
Unindo a respiraçã o, uma das mã os surgiu para segurá -lo lá ,
incentivando-o a continuar sugando o mamilo dela, mas nã o queria
deixar ela tomar o controle. Agarrando a outra mã o, ele a colocou para
cobrir seu comprimento só lido, lhe mostrando exatamente o que ele
queria. Ela esfregou a palma da mã o para cima e para baixo. Mantendo
a pressã o constante, ele jogou seu mamilo com a língua. Quando ela
gritou, apertou o pau dele, e ele quebrou o contato e puxou para
desapertar a calça jeans.
— Ponha a mã o na sua calcinha. — Falou, tirando seu pau de
sua calça.
Ela olhou para a mã o que estava em seu pau e depois de volta para
ele confusa.
Ele trouxe seu rosto mais perto dela.
— Eu quero os seus dedos em sua boceta. — Disse em voz baixa.
— Tenha-os bem e fodidamente molhados. E entã o eu quero eles em
torno do meu pau.
Ela apertou os dedos quando começou a mexer em sua saia, se é
de nervoso ou antecipaçã o, ele nã o se importava.
Quando a saia dela subiu, ele notou que suas coxas grandes
estavam nuas, cobertas apenas por uma tatuagem de pardal que
começava no seu quadril e fazia o seu caminho em torno de suas pernas.
A saia continuou a subir até que ajuntou em seu quadril, deixando a
calcinha de algodã o exposta. Isso nã o era provavelmente a coisa menos
atraente que ele já tinha visto. Só se preocupava com o fato de que essas
calcinhas cobriam algo que ele gostava muito. A mã o mergulhou dentro
do tecido, e seus olhos nunca deixando o rosto dele.
Lambendo seus lá bios em antecipaçã o, ele momentaneamente
parou de acariciar-se para que ele pudesse puxar os lados da calcinha
para baixo. Ele queria assistir.
Ela esfregou a palma da mã o sobre sua fenda.
— Assim? — ela gaguejou.
Ele acenou com a sua aprovaçã o.
— Agora coloque um dentro.
Empurrando o dedo indicador tanto quanto isso poderia ir, ela
obedeceu a seu comando.
— O outro.
Em seguida, o dedo mé dio afundou-se profundamente em seu
buraco molhado.
Ele engoliu em seco.
— Outro.
Agora, ela estava respirando pesadamente, o quadril se mexendo
lentamente quando inseriu um terceiro dedo.
— Boa garota! — elogiou, ardentemente, vendo quando ela começou
a merda, seu polegar rolando em círculos contra o clitó ris. Estava tã o
excitada que ele poderia ouvi-la.
Mas ele nã o veio aqui para tê -la toda a noite.
— Agora ponha a mã o em volta do meu pau.
Segurando seu eixo para ela, ele mal podia conter o quanto ele
precisava de um punho diferente do seu pró prio para foder.
Depois que ela puxou os dedos para fora, enrolou a mã o ao redor
da cabeça em um aperto escorregadio antes de lentamente, mas
firmemente deslizar para baixo. Com isso, ele deu um tremor violento.
Suas mã os bateram contra o tijolo em ambos os lados da cabeça dela.
Com cada deslize, o cheiro de sua excitaçã o aumentava, revestindo cada
polegada dele.
Lutando para tirar um pouco mais o prazer, ele manteve as mã os
onde estavam, empurrando na parede á spera, sentindo raspar as
palmas das mã os, quando ele balançou seu corpo acima e para baixo,
dentro e fora de seus dedos cerrados com tanta força.
— Merda, merda, merda!
Ele gemeu, jogando a cabeça para trá s, divertindo-se com o á pice e
deixando-a levá -lo lá .
— É isso mesmo! Quente! — ele ouviu-a dizer, antes dela tirar a
mã o.
Ele olhou para baixo para ver quando ela caiu de joelhos. Tã o presa
em assistir ao prazer que proporcionava para ele, que ela nã o deu
qualquer pensamento para o lixo onde tinha se ajoelhado. Sua boca se
abriu, segurando a base do seu eixo e levando-o entre os lá bios.
Ela foi á spera em sua â nsia de agradar, esbarrando com as bordas
dos dentes, um movimento que só pode significar a inexperiê ncia, e
fazendo com que seus quadris se mexessem. Recebeu a dor, embora.
Ele sabia que merecia e nã o se incomodou em mover as mã os da
parede para guiar a cabeça dela.
Mais rá pido e com intensidade, ela chupou, e quando seus quadris
faziam um vai e vem em sua boca, ele imaginou um cabelo loiro
balançando contra suas coxas em vez de um cabelo negro, que
verdadeiramente estava baixo dele. O visual causou um inesperado
orgasmo nele.
Para seu cré dito, sua boca gulosa bebeu cada pedacinho que ele
deu a ela, lambendo e limpando até que nã o houvesse mais nada para
engolir.

***
No trem de volta para casa, ele sentou-se no ú ltimo vagã o
novamente, os cotovelos sobre os joelhos, a cabeça nas mã os. A
excitaçã o só durou um tempo, antes da ná usea e a auto-aversã o chutar
a cara dele. Olhou para cima, forçando-se a ver seu reflexo na janela de
frente a ele quando o metrô de Nova York passava por trá s dele. O
homem que observava era nada como o que ele tinha visto uma hora
atrá s. Aquele cara tinha sido confiante, motivado. Nada como o ar
paté tico de desespero emanando da pessoa olhando para ele.
Por quanto tempo mais ele faria isso? Este ciclo interminá vel de
merda que ele nã o conseguia parar. Ele deixou cair o seu rosto em suas
mã os mais uma vez, incapaz de continuar a olhar para aquilo que ele
odiava.
Capítulo Três

Porra, eu odeio entrevistas de emprego! Elas eram um desperdício


de tempo. Ningué m nunca apresentava suas identidades para
conseguir um emprego, e tudo o que disse dentro do prazo estipulado
era uma mentira. Havia apenas uma coisa a realizar para ser o maior
mentiroso de todos.
Quando ele ficou parado em terno e gravata, sentiu que tinha
mentido para si mesmo e todos os outros, se eles pensam que isto é
quem ele realmente era. Nã o, seu verdadeiro eu, agora, era o animal que
tinha fodido o cé rebro fora numa terceira categoria, pegando uma boceta
disponível no meio da noite anterior em um beco de resíduos.
Apó s pisar fora do elevador, abotoou seu paletó quando examinou
o vestíbulo. A versã o atual do Evan James iria tentar estar no seu
melhor comportamento e se ele poderia manter seu zíper fechado, com
seu pau dentro das calças. Mas com um olhar para a recepcionista
alegre, jovem, sentada atrá s da recepçã o, essa noçã o foi rapidamente
fechada.
— Bom dia! — ela cumprimentou. — Posso ajudá -lo?
O sorriso brilhante, ela apontou o caminho que o fazia pensar em
vá rias maneiras que ela poderia ajudá -lo, nenhum dos quais seria
apropriado para um escritó rio.
— Oh, tenho certeza que pode. Mas estou aqui para uma
reuniã o. Evan James. Eu tenho uma á s 09:00 com Sr. Kelman e Sra.
Spencer.
O sorriso da recepcionista ficou no lugar, mas retransmitia pouco
interesse em seu comentá rio sugestivo.
— É claro! Um momento.
Ela se levantou de sua mesa e caminhou até uma porta fechada
que ele assumiu que levava aos seus escritó rios. Quando ela
desapareceu atravé s da porta, seus olhos nã o se afastaram de sua
bunda redonda, que estava espremida em uma saia.
Pare de pensar com seu pau.
Ele olhou ao redor antes de chegar para baixo para ajustar sua
ereçã o crescente. Só tinha de aguentar uma hora de reuniã o, na melhor
das hipó teses, reunindo-se sem foder as coisas. Mesmo ele poderia
fazer isso. Esperava que Sra. Spencer fosse uma velha com um pescoço
de galinha.
— Sr. James?
Virou-se para ver que a recepcionista tinha reaparecido e estava
esperando até que ela teve a sua atençã o.
— Eles estã o aqui agora. — Ela inclinou a cabeça em direçã o a
porta, indicando que deveria segui-la.
Desta vez, manteve seus olhos fora da mulher na frente dele e
focado em seu entorno, enquanto andava pelos corredores largos das
corporaçõ es Kelman.
Ela o levou num corredor escuro-arborizado, as paredes
revestidas com molduras douradas, das realizaçõ es da empresa e
passando uma alcova que contava como uma á rea de estar com uma
pequena mesa adornada com um elegante arranjo de lírios frescos e
uma cadeira de couro de costas altas.
— Você pode esperar aqui. A Sra. Spencer sairá em breve.
Ele assentiu com a cabeça.
— Obrigado. — Sentou-se, mantendo os olhos no chã o e nã o sobre
a figura andando longe dele.
Apenas uma hora. Que porra tem isso?
Seria bom realmente ter um trabalho novo e nã o se preocupar sobre
ter que vender seu Range Rover, que estava atualmente sendo ú til lá
em baixo. Seu lugar e alguns ternos de negó cio eram tudo o que tinham
restado de sua antiga vida, e ele tinha guardado como uma tá bua de
salvaçã o. Precisava deles para manter-se com sua fachada de playboy.
Ele tinha regiamente ferrado duro com uma carreira que amava e nã o
no bom sentido. Esta era sua ú ltima e ú nica chance.
Em sua cabeça, passou um a um seus destaques da carreira,
lembrando a tarefa em mã os. Ele vinha de uma família de gestores
financeiros e queria este trabalho. A ironia de estar quebrado,
enquanto ajuda os outros com seus investimentos nã o foi perdido nele,
mas sabia que, quando estava ligado e focado, era um dos melhores no
ramo.
A porta no final do corredor se abriu, e quando seu olhar derivou-
se, a primeira coisa que reparou caminhando em direçã o a ele em
saltos altos foi um par de pernas longas e bem torneadas. Pernas que
nã o trazia à mente as palavras 'velha' e 'bruxa'.
Foda-me se isto é a Sra. Spencer!
Quando os olhos dele continuaram sua leitura ascendente,
levaram para uma figura em uma saia vermelha que batia pouco acima
do joelho e se agarrava bem em suas coxas e quadril estreito, antes
de chegar
acima da cintura dela. A blusa preta que ela usava parecia sedosa ao
toque e fez seus dedos formigarem com a necessidade de tocar.
— Olá novamente, Sr. James.
A voz de veludo que saiu, nã o era o que ele esperava, nem o rosto
que o cumprimentou. Ela estava olhando para ele com um sorriso no
rosto - uma que dizia que ela nã o estava surpresa de vê -lo. Na verdade,
a Loirinha parecia... orgulhosa de si mesma.
Bem, eu serei amaldiçoado...
Seus longos cabelos estavam presos hoje, nã o deixando nenhum
vestígio do sexo quente que tinha feito há dias atrá s, em que a deixou
com a maquiagem borrada e com os cabelos descontrolados, coberta
da porra dele.
Ele pensou naquela noite e tentou nã o se lembrar dela
mencionando nada alé m do quanto adorava foder o pau dele, mas nada
veio à mente. Especialmente nada ao longo das linhas do que ela fazia
para ganhar a vida. Inferno, ele nem sabia o nome dela, nã o tinha
incomodado fazê -la repetir quando tinha se perdido no barulho na
pista de dança na primeira vez que ela disse isso.
Evan ficou segurando seu portfolio e limpou a garganta.
— Sra... Spencer, nã o é ?
Os lá bios dela formaram um sorriso de canto de boca, fazendo-o
pensar em como tinha os envolvido em seu pau.
— Sim, isso mesmo. Venha, me siga. O Sr. Kelman espera no
escritó rio dele.
Quando ela andou pelo corredor à frente dele, observou a maneira
como seus quadris balançavam de um lado para o outro e amaldiçoou
sua má sorte da porra. Como é que ele ia sentar-se atravé s de uma
entrevista, em frente de uma mulher que tinha fodido? Repetidamente?
Ele respirou fortemente e seguiu atrá s da Sra. Spencer. Depois de
empurrar a porta que veio, ela segurou aberta como um convite. Em
seguida, deu um sorriso para ele que só poderia ser interpretado como
profissional, se o brilho de conhecimento na porra dos olhos dela nã o
fosse adicionado.
Evan sabia que ela estava brincando.
Com uma vontade de aço, ele retribuiu seu sorriso enquanto
caminhavam para entrar na sala. Ele poderia jogar esse jogo també m.
— Você deve ser Evan! — chamou uma voz jovial.
Ele assistiu ao homem atarracado com elegante cabelo cinza que
vinha ao redor da mesa de mogno maciça para saudá -lo. Um andar
manco marcava seu caminhar, mas nã o diminuía seu entusiasmo
quando ele estendeu a mã o para apertar. Seu aperto foi forte, contrá rio
à sua aparê ncia, e Evan esfregou os cortes na palma da mã o da façanha
da noite passada. Provavelmente precisará de tomar algo mais tarde
contra té tano.
— Sr. Kelman, é bom finalmente conhecê -lo.
Tempo para colocá-lo na espessura.
— O senhor é um nome lendá rio neste negó cio.
Sr. Kelman lhe deu uma piscadela e um sorriso saudá vel.
— Oh, nã o precisa bajular minha bunda, filho, mas obrigado de
qualquer forma. E me chame de Cledus.
— Senhor?
Ele bateu-lhe nas costas.
— Nã o, estou brincando! Era o nome do meu ex-padrasto. Que o
bastardo descanse em paz. Bill é meu nome.
Ele acenou para a sala de estar casual na frente dele.
— Sente-se!
Evan olhou atravé s da Loirinha, ou melhor, Sra. Spencer, que
estava sentada em uma das cadeiras que circulavam um stand
elaborado com um globo de madeira em cima dela. Quando ele a viu
olhar com carinho para o velho, mudou-se para tomar o lugar vazio do
outro lado.
Algué m está muito feliz, especialmente tã o cedo de manhã , o que o
fez desconfiado.
— Vejo que você conheceu Reagan. Ela é um verdadeiro foguete,
entã o tenha cuidado.
Reagan. Entã o, esse era seu nome? Foguete? Sim. Entã o ele tinha
notado quando ela tinha saído com um estrondo entre os lençó is.
— Obrigado pelo aviso, Senhor.
— Pare com o “Senhor”! Me chame de Bill. Deseja uma bebida?
Ele caminhou até o globo e levantou a tampa meio aberta,
revelando uma garrafa de uísque.
Ah! Meus nervos estão uma merda. O que? Hã?
— Sim, aceito!
Se isto foi um teste, teria apenas falhado.
Bill parou o que estava fazendo, virou-se para ele e deu uma risada
alta
.
— Ahh, bom homem. Bem. Reagan?
— Eu geralmente espero, até que eu tenha minha segunda xícara
de café , mas obrigada. — Ela respondeu.
Bill deu a Evan um copo e agarrou seu pró prio antes de fechar o
globo.
— Claro, claro. Vamos a isso, certo?
Ele pegou um assento ao lado de Reagan e a expressã o amigá vel
de mais cedo foi substituído por um semblante pensativo e um olhar
inteligente.
Reagan estava olhando o arquivo que ela segurava nas mã os, o que
Evan presumiu que fosse dele. Quando ela folheou, um ligeiro sulco de
concentraçã o se formou entre suas sobrancelhas antes de reunir os
papé is dentro e recolocá -los ordenadamente juntos. Quando ela cruzou
as pernas e voltou sua atençã o para ele, o quarto finalmente assumiu
um silê ncio. Um estranho silê ncio que normalmente era precedido de
uma entrevista, antes da rodada de questionamento começar.
Ele tomou um gole de uísque.
— Vamos lá despachar isto.
— Sr. James... — ela começou.
— Evan está bem.
— Sr. James, você começou sua carreira no Smithson Greene. Nã o
é uma tarefa fá cil para algué m que acabou de sair da faculdade. Se
importa de nos dizer como conseguiu isso?
— Eu estagiava lá enquanto estava na escola. Quando tive meu
diploma me foi oferecido um cargo permanente.
Ela levantou uma sobrancelha.
— Isso é um grande feito. Smithson Greene geralmente nã o
recruta no nível universitá rio. Você deve ter sido muito
impressionante.
— Eles seriam tolos em me deixar passar. Eu era o melhor.
Balançando a cabeça, ela disse.
— Você foi, de fato.
Algo na forma como ela tinha olhado para ele, quando disse isso o
fez pensar que nã o tinha falado sobre seu desempenho no trabalho.
Ela limpou a garganta e examinou seu arquivo novamente.
— Pelo menos, de acordo com suas primeiras cartas de
recomendaçã o.
— Obrigado! — reconheci.
— Eu vejo aqui que, apó s cinco anos, deixou Smithson Greene e
trabalhou para Hedge & Companhia, outro estabelecimento altamente
cobiçado. É listado como seu ú ltimo local de trabalho até há cerca de
oito meses. Por que o longo período sem trabalho?
Não é da sua maldita conta.
Evan trocou olhares com ela e teve a sensaçã o de que ela sabia
muito bem por que ele tinha sido dispensado. Nã o era como se fosse
um segredo. Ele se perguntava se ela estava ganhando algum tipo de
chute da posiçã o de poder que tinha sobre ele. Mas como ela sentou lá ,
nã o deu nenhuma indicaçã o.
Em vez disso, ela gesticulou sua mã o com uma bela cara de poker.
Ele, por outro lado, começava a suar. A vergonha de seu passado
rastejava como videiras, seu corpo estava o sufocando. Ele podia sentir
a raiva em sua pergunta apodrecendo sob a superfície.
— Reagan, pare de interrogar o pobre homem! — Bill cortou apó s
um silê ncio desconfortá vel. — Todos nó s sabemos os porquê s e como do
cená rio de Evan, entã o vamos direto ao assunto. Filho, você é um
gerente de alto nível, com um olho afiado para este negó cio. Eu poderia
usar algué m assim na minha equipe, e sei que Reagan concorda. Agora,
vou ser direto aqui, porque eu acho que é a ú nica maneira de estar
nesta situaçã o. — Ele inclinou-se e colocou seus braços sobre os
joelhos. — Preciso saber se você pode se concentrar e fazer o trabalho
sem trazer sua vida pessoal para o escritó rio. Acho que eu estou
perguntando aqui se... você consegue manter essa cobra presa nas
calças.
Que merda?
O velho divagava.
— Você nã o encontrará nenhuma distraçã o aqui, enfim. Minha
esposa nã o conta, embora se você quiser a ex que levou metade da
minha fortuna e fugiu para os Hamptons, pode ficar com ela. E Amy,
nossa recepcionista... Ela é uma espé cie que ama as mulheres, entã o
aquela, está fora de sua lista. Até mesmo sua beleza e encanto juvenil
nã o conseguirá persuadi-la a fazer uma viagem para o zooló gico.
Isso tem que ser uma piada.
— Esta aqui... — Bill fez um gesto para Reagan com o polegar.
— Ela nã o vai estragar sua carreira só por uma rapidinha com
você. Entã o esqueça isso. — Ele olhou para Reagan e Evan seguiu a
direçã o.
— Estou certo?
A expressã o dela permaneceu impassível quando respondeu.
— É claro!
É claro! Ela já tinha fodido com ele! E com a sua possibilidade de ser
contratado, então, será que ela se importa?
— Bem, — Disse Bill, batendo as mã os nas suas coxas. — Se isso
tudo está resolvido, está bom para mim. Reagan aqui vai discutir o
salá rio com você . O que você acha de tudo isso?
Jesus! Será que me dá um segundo para digerir?
Evan sentou-se ali, nã o tendo certeza do furacã o que ele só foi
pego. Bill estava em todo lugar. Entã o... era isso? Ele mal tinha dito
duas palavras... E estava sendo oferecido a ele o emprego? Ele deu um
longo gole de seu uísque antes de responder. Se estavam distribuindo
empregos numa bandeja de prata, ele deveria querer ir junto com isso.
— Acho que eu diria que você tem um negó cio.
— É assim mesmo! Eu sabia que podia contar com você !
Bill tomou o oferecido braço de Reagan quando se levantou e
pressionou uma mã o em sua coxa, esfregando-a. Entã o ele notou Evan
observando seus movimentos.
— Oh, só fica um pouco duro depois de um tempo.
Os olhos dele deslocaram para a mulher que lhe deu uma mã o e o
ajudou.
Assim como o meu pau. Ela vai me ajudar com isso também?
Bill caminhou até onde Evan estava sentado e enfiou a mã o para
fora. Evan pegou e a sacudiu em um acordo nã o-verbal. Os olhos
afiados do homem advertiram com um nã o foda isso, e ele deu um
ligeiro aceno.
— Nã o me decepcione!
Evan viu Reagan aproximando-se logo atrá s do ombro do Bill.
— Se estamos conversados, preciso que venha comigo2. — Ela
disse.
Embora as palavras foram entregues com nada alé m de
profissionalismo legal, seu pau nã o recebeu o memorando, porque
subiu à atençã o quando ela disse essas palavras e se lembrou dele
com as
2
Isso é um trocadilho com as palavras rsrs, no original em inglês é usado “to come” que pode tanto significar vir/gozar 😉
bolas profundamente em sua boceta doce. Ele ficou agradecido naquele
momento que Bill nã o pudesse ler sua mente.
— Sim. Vá com Reagan. Ela vai cuidar bem de você, ter tudo
resolvido.
Ele imaginou que agora nã o era o momento de deixá -lo saber que
ela já tinha tomado conta dele. Vá rias vezes.
Quando ela fez seu caminho ao redor deles e para a porta, Evan
virou em sua direçã o, querendo saber se era seguro para ele ficar
sozinho com ela, com os pensamentos correndo pela cabeça dele.
Quando ela parou na porta e olhou para ele, chutou seu pró prio
traseiro no pensamento. Porra! muito rá pido.
O escritó rio dela tinha uma vista da esquina do centro da cidade, e
ao contrá rio da madeira aconchegante e escura cobrindo a extensã o da
maioria das salas, o dela era elegante e moderno. A decoraçã o foi
subestimada e nã o exagerada. Tinha tapetes brancos espalhados ao
longo do chã o e luminá rias pretas que adornavam as paredes.
A mesa dela era uma combinaçã o de dois tons e alé m disso, no
canto mais distante, algo chamou a sua atençã o. Um flash de cor no
ambiente, que era uma espreguiçadeira de veludo vermelho. Pareceria
fora de lugar aqui em um cená rio tã o profissional. Mas era quase como
se sua vida sexual tivesse penetrado, a sua maneira, em seu espaço de
trabalho.
Depois que ele entrou, Reagan fechou a porta atrá s dele. Quando
ela se virou, passou em frente a ela, bloqueando seu caminho.
— Claro que é uma forma criativa de me ver novamente, Reagan.
Você poderia ter ligado.
Os olhos dela brilharam.
— E por que acha que eu queria te ver de novo?
Evan deu um sorriso arrogante e inclinou-se um pouco.
— Bem, estou aqui, nã o é ? Em seu escritó rio, de todos os lugares.
Ele olhou mais para o canto onde a espreguiçadeira estava e um
sorriso completo espalhou pela sua boca antes de olhar para ela.
— Boa configuraçã o que você tem aqui. Seu sofá parece confortá vel.
Os olhos dela vibraram, e se moveu para mais perto, inclinando a
cabeça para o lado para que ele pudesse sentir o há lito em seus lá bios.
Em seguida, o olhar dela viajou até o seu pau, e ela passou a língua em
seu lá bio inferior.
— Ah! É muito! — disse a ele enquanto andava em direçã o a sua
mesa.
— Por que você nã o se senta, Sr. James? — e quando ele fez um
movimento em direçã o a espreguiçadeira, ela disse:
— Uma das cadeiras vai servir para o que eu tenho em mente.
Ela fez um gesto para as cadeiras na frente de sua mesa e quando
ele foi para tomar uma, ele observou a maneira que os olhos dela o
seguiram do outro lado da sala. Ela estava tã o calma, tã o certinha, era
irritante. Piscou os olhos cor de café , quase desafiando-o a dizer algo
que nã o deveria. Mas ele manteve a boca fechada. Em vez disso,
desabotoou seu paletó e quando sentou-se, cruzou uma perna sobre a
outra.
Os olhos dela desviaram para o movimento, e tã o rapidamente, ela
afastou o olhar e caminhou em torno da mesa para entregar algo a ele.
— O montante superior à sua oferta de salá rio, e abaixo, você verá
a lista de benefícios. Se aceitar os termos, assine com a data no final e
pode começar. O resto é papelada.
Olhando para o valor listado, ele foi pego de surpresa ao ver um
nú mero ligeiramente menor ao que tinha se acostumado. As
sobrancelhas dele subiram.
— Eu sei que parece que nó s estamos rebaixando você . — Ela
disse como se lendo os pensamentos dele.
— Você s estão me rebaixando.
— Bem, isso é o que acontece quando você traz suas bolas na
mistura.
Ele levantou a cabeça depois desse comentá rio.
— Com licença?
Ela se inclinou de volta contra a sua mesa e cruzou os braços.
— Sua maior realizaçã o de tarde nã o tem nada a ver com suas
habilidades em finanças e tudo a ver com suas atividades
extracurriculares, que afetaram as empresas que você já trabalhou.
Nã o fique tã o chocado. Você sabe disso, eu sei disso e o Bill. O nú mero
que você vê é apenas o salá rio inicial durante seu período de está gio,
que vai estar sendo supervisionado. Depois disso, nó s vamos
renegociar seus termos. É uma grande oferta, entã o nã o seja orgulhoso
demais para recusar.
Ele tocou a caneta contra o papel e tentou morder a língua. Ela
estava o provocando. Nã o só com as suas palavras, mas també m com o
calor que tinha começado a encher as bochechas dela, fazendo com que
a pele ruborizasse e seu pau subisse de frustaçã o.
— Entã o, se eu assinar aqui, isso faz de você minha chefe por
agora, correto?
Ele parou de tocar a caneta e a olhou com um olhar aquecido.
— Isso nã o será um conflito de interesse para você ?
Sua mente piscou de volta para aquela noite e a forma como ele
deixou ela tomar as ré deas, algo que nunca fez. O controle sobre a outra
pessoa, era algo que ansiava demais. Mas com ela, ele nã o tinha sequer
pensado nisso. Nã o quando ela o tinha perseguido e quando ela rebolou
com ele profundamente dentro dela, com unhas cavando em seu peito.
Talvez ele tenha gostado de ela estar no comando...
— É apenas durante o período experimental.
— E depois disso? — ele interrompeu, curioso para saber se ela
tinha algum pensamento travesso em mente sobre sua noite juntos.
— Depois disso, ainda nã o será um problema. Saiba que nã o faço
repetiçõ es, entã o, nã o, nã o há nenhum problema.
Certo. É claro. Balançou a foto dela nua fora de sua mente e tentou
se sentir aliviado com essa confissã o. Ele nunca fazia repetiçõ es
també m. Nã o precisava em uma cidade tã o grande como Manhattan,
com uma superabundâ ncia de mulheres dispostas. Esse pensamento
teve seu pau se recuperando de volta novamente. Talvez a picada que
sentiu no seu desligamento, era simplesmente seu orgulho.
— Okay, entã o, nó s dois concordamos. — Entã o ele assinou e
devolveu a ela. — Quando começamos, chefe?
Capítulo Quatro

No momento em que ele pisou dentro, sabia que era um erro.


As paredes cinzas pareciam fechar nele enquanto seguia o oficial
pelo corredor estreito e sentiu suar, apesar da temperatura amena.
Quando uma onda de repulsa correu atravé s dele, estendeu a mã o para
firmar-se, tomando um ar instá vel. O ar estava obsoleto, a pintura sob
seus dedos estava descascando, e ele brevemente pensou em virar e
cair fora de lá . Os olhos brilhantes do guarda que se virou quando ele
parou, no entanto, o fez mudar de ideia.
— Há algum problema? — sua voz cresceu, ecoando pelas paredes.
Evan passou sua mã o sobre o rosto e balançou a cabeça,
empurrando contra a parede.
A figura intimidante em frente o olhou antes de voltar ao fundo do
corredor. Evan colocou isso para trá s. Pegou outra respiraçã o profunda
e sacudiu o sentimento doente no seu estô mago.
Lar doce lar. Bem, do seu pai de qualquer maneira.
O Instituto Correcional Federal em Otisville era mais familiar para
ele do que a casa em que tinha crescido. Ele tinha ido lá desde que era
um menino.
Enquanto o oficial lhe entregava uma prancheta para assinar, Evan
sentiu um ligeiro momento de orgulho por conseguir um trabalho,
antes de se mudar para uma desilusã o.
A quem ele estava enganando?
Nã o importa quanto dinheiro fizesse ou que tipo de carro que
dirigisse, ele ainda seria o filho do seu pai.
— Você pode esperar ali. — O guarda apontou para a sala grande,
retangular, com vá rias cadeiras e mesas.
— Eles estarã o lá em breve.
Andou até o canto distante, na esperança de ser tã o discreto
quanto possível, ficando em um lugar de frente para a porta segura de
que seu pai entraria. Porra, ele odiava esse lugar! Tudo o que ele
pretendia fazer na hora e meia que levou para chegar aqui,
desapareceu assim que ele entrou pelas portas de aço.
Ele viu quando mais visitantes passavam pela entrada que veio. Os
olhares em seus rostos tã o cruel como o seu. Agora que estava aqui,
queria acabar logo com essa merda. Olhando para o reló gio,
impacientemente batia o pé no chã o, odiando o quanto ele estava
ansioso.
Nã o foi até que ele ouviu o barulho:
— Lá está o meu garoto! — que percebeu que seu pai estava sendo
escoltado até chegar a ele. Sempre se espantava que, mesmo vestido
com um macacã o laranja, o homem conseguia olhar como 1 milhã o de
dó lares.
1 milhão de dinheiro de outra pessoa.
Ele nã o tinha mudado muito nos meses desde que o tinha visto
pela ú ltima vez. Mesma cabeça cheia de cabelos prateados, mesma
postura confiante, como se ele estivesse trabalhando em uma sala de
reuniõ es com executivos, em vez da sala de visitas em uma prisã o de
Otisville. Parecia que ele tinha perdido um pouco de peso, mas isso nã o
diminuía a sua presença, isso só o fazia parecer mais como ele era. Uma
figura astuta.
Evan ficou parado quando ele se aproximou, e quando seu pai
abriu seus braços, como se esperasse um abraço, ele permaneceu
exatamente onde estava. O pai dele, no entanto, sempre se colocando a
frente, entã o, ao invé s de deixar a postura de Evan intimidá -lo,
continuou chegando bem perto para sussurrar em seu ouvido.
— Você veio até aqui. Pelo menos finge que está feliz em me ver.
Indiferente a postura de Evan, seu pai o abraçou. Quando ele
finalmente foi solto, viu seu pai olhar ao redor para os outros
ocupantes na sala. Como Evan suspeitava, seu pai estava mais
preocupado com as reaçõ es das pessoas do que com ele.
Sentou-se e esperou por seu pai para fazer o mesmo, e quando ele
se sentou, ficaram olho-a olho. O encantador desgraçado teve a
coragem de sorrir para ele.
— Já estava na hora de você voltar para me ver. Quanto tempo faz?
Oito meses?
— Nove.
— É verdade. — Os olhos do pai astuto passaram por cima dele. —
Você parece uma merda, filho! O mesmo da ú ltima vez que te vi.
A cadeira de Evan raspou o azulejo quando ele se levantou, com a
intençã o de sair.
— Oh vá lá ! Nã o precisa ser tã o sensível. Sente-se.
Com a mã o hesitando na parte de trá s da cadeira, Evan olhou para
ele.
— Dê ao seu velho um intervalo. Me anime pelos pró ximos minutos.
— Nã o estou aqui para jogar os seus jogos.
— Entã o por que está aqui? O que o traz a minha ilustre morada?
Depois de sentar em sua cadeira, Evan cruzou os braços sobre o
peito.
— Okay! Que tal eu começar... já que você parece... zangado com
alguma coisa?
— Com alguma coisa? Poxa... — Ele olhou para seus arredores
antes, o fixando com um olhar irritado.
— Gostaria de saber o que poderia ser.
Seu pai se recostou na cadeira e cruzou a perna no tornozelo.
— Como você pode ver, as condiçõ es ainda sã o luxuosas. Fui
promovido para a elé trica em vez da cozinha, que é responsá vel pelo
meu bem-estar físico. — Ele disse, acariciando sua barriga firme. —
Aparentemente, eu sou bom com as minhas mã os, mas talvez, nã o tã o
bom quanto você . — Ele fez o estô mago de Evan revirar.
— Corta essa! Você vai continuar com isso?
— Bem, fale! Eu vou parar.
Evan, relutantemente se deslocou para a frente em sua cadeira,
colocando seus braços em cima da mesa, na frente dele.
— Na verdade vim aqui te dizer que arrumei um trabalho hoje.
Seu pai parecia animado com essa notícia.
— Já era tempo. Entã o, qual é ? L & P?
— Nã o.
— Reiner-Wallace?
Evan sacudiu a cabeça.
— Nã o.
Seu pai franziu a testa.
— Mas ainda em finanças, certo? Baumgard?
— Eu decidi ir para a Corporaçõ es Kelman.
Algumas batidas passaram quando seu pai olhou para ele, antes de
ficar atordoado. Ele ficou perplexo e ele começou a rir.
— Puta merda! Por um segundo, pensei que estivesse falando sé rio.
— Ele disse, enxugando as lá grimas de seus olhos.
— Eu falei sé rio.
— Nã o! — ele disse, olhando Evan. — Nã o, você nã o pode estar
falando sé rio! Corporaçõ es Kelman? Como Bill Kelman? Por quê ?
Sentindo-se na defensiva, Evan endireitou-se na cadeira e olhou
para seu pai.
— Porque é isso que eu escolhi.
— Oh, vá lá ! Ningué m iria escolher trabalhar para Bill “Perna boba”
Kelman.
— Bem, eu fiz.
— Humm.
Evan sentiu sua pele formigar. Uma coisa sobre o homem, era que
ele tinha uma forma estranha de ler as pessoas. É o que tinha feito dele
um dos mais bem-sucedidos gestores financeiros do mundo e o mais
notó rio.
— Nã o acho que você escolheu ele em tudo.
— Com licença?
Seu pai se inclinou, descruzando as pernas e colocando as mã os
sobre a mesa.
— Acho que depois que você fodeu seu caminho atravé s de
Manhattan, nã o tinha nenhuma outra opçã o alé m da Corporaçõ es
Kelman.
— Você nã o sabe o que está falando.
— Sim, eu sei! — disse com naturalidade. — Você vem até aqui com
uma boa vestimenta, tem o acontecimento e um corte de cabelo estiloso.
Tenho certeza de que você tem estacionado um carro agradá vel e
brilhante. Mas isso é só uma fachada, nã o é , Evan? As bolsas sob seus
olhos, o olhar dentro deles... Rapaz, você está mais viciado do que eu já
vi. Nã o tente escondê -lo.
— Para sua informaçã o, seu “pequeno” negó cio representa vá rias
empresas da Fortune 500.
— Essa empresa representa o fundo do barril, e você sabe disso. —
Seu pai interrompeu.
— Sabe, isso é engraçado vindo de você. Veja como você é a
epítome do fundo do barril, porra!
Um sorriso manhoso cruzou lentamente o rosto do seu pai.
— E sua mã e? O que ela tem a dizer sobre esta maravilhosa notícia?
Evan se deslocou desconfortavelmente em seu lugar, antes de
responder.
— Ela foi transferida para uma instalaçã o na Carolina do Norte.
Nã o tive a chance de vê -la ainda.
— Bem, eu acho que você deveria. Tenho certeza que ela adoraria
ver como seu filho foi mole.
— Nã o fui mole.
— Bem, vamos esperar pelo amor de Michele, que isso seja
verdade. O que ela pensa sobre tudo isso?
Evan sentiu a pressã o do sangue começar a subir enquanto estava
lá sentado, sendo interrogado por seu pai preso. Por que ele sempre o
fazia se sentir inferior a ele estava alé m da compreensã o, quando, era
ó bvio que o pai era quem devia sentir vergonha.
— Eu nã o estou com ela mais.
— Oh, isso é muito ruim. Você s tiveram um desentendimento?
Teve outro algué m na cama?
— Você sabe, apó s a humilhaçã o pú blica que todos nó s sofremos
à s suas custas e os vinte e dois anos gastos aqui, achei que você seria
um pouco menos crítico.
Os olhos do pai se estreitaram-se nele.
— Eu acho que você sabe melhor do que a maioria, que as pessoas
nunca mudam.
— Isso é o que meu avô costumava dizer sobre você .
— Provavelmente é a ú nica coisa que aquele maluco estava certo.
Tornando-se frustrado, Evan mordeu o comentá rio cá ustico que
queria dizer e em vez disso, perguntou.
— Por que tem que falar deles assim? Eles contribuíram onde você
e a mamã e falharam.
Seu pai bufou.
— Se quer dizer falidos como uma piada e criando um viciado...
— Basta! — Evan bateu as mã os sobre a mesa, fazendo com que as
conversas em torno deles parassem. — Já chega!
— Fale baixo! — seu pai assobiou.
— Nos dez minutos que desperdicei com você , você me insultou,
insultou meu trabalho e insultou as ú nicas pessoas no mundo que
deram a mínima para mim.
O pai olhou para ele e apontou para o assento.
— Filho.
— Pare de me chamar assim.
Evan podia sentir suas mã os trê mulas e as fechou em punhos
apertados, recusando-se a deixá -lo ver qualquer sinal de fraqueza.
— Você perdeu esse direito há muito
tempo. Ele inclinou a cabeça.
— Entã o por que está aqui?
Porque sou um otário.
— Você sabe o quê ? Nã o tenho ideia de merda nenhuma... Eu estou
feito!
— Quanto tempo você ficará fora desta vez? Meses? Anos?
— Quanto tempo você ainda tem aqui?
— Vinte se eu for um bom rapaz.
— Muito tempo.
— Rockwell! — o guarda chamou da porta. — O tempo acabou.
Com o som de seu antigo nome ecoando por toda a sala, Evan
observou seu pai, mas descobriu que nã o tinha nada a dizer.
— Vou ver você em poucos meses, Evan. — Ele disse, alisando sua
camisa para baixo como se fosse um Charvet sob medida em vez do
uniforme barato da prisã o. Entã o ele acertou Evan com um olhar
endurecido. — Você nunca poderá ficar afastado.
Ele nã o disse nada quando seu pai andou para longe dele, mas fez
uma promessa a si mesmo desta vez que, quando ele saísse, nã o
voltaria.
Quando ele andou para fora da instalaçã o e ao longo de seu carro,
percebeu como as luzes de estacionamento brilhavam no exterior
polido de seu carro e pensou sobre o que o seu pai tinha dito.
Entrando, se acomodou nos confortá veis assentos de seu Range Rover
preto e ligou o carro antes de baixar as janelas.
Ele finalmente sentiu que ele podia respirar novamente.
Cristo, o homem tinha uma forma de enfurecê -lo! Tinha sido tanto
tempo desde que ele tinha o visto pela ú ltima vez, que tinha esquecido
o quanto nã o gostava dele.
Se isso era porque ele odiava a pessoa que seu pai se tornou, ou o
fato de que ele só nã o gostava dele, nã o queria pensar. Em alguns
aspectos, sentiu que ele estava constantemente buscando a aprovaçã o
desse homem, que considerando as circunstâ ncias, parecia ridículo.
Nã o precisava da aprovaçã o dele. Ele era um homem crescido,
pelo amor de Deus!
O que ele precisava era se lembrar do mundo ao qual pertencia, que
ele ia lutar seu caminho de volta e subir ao topo mais uma vez.
Ele era Evan James. Nã o o Evan Rockwell que viveu na sombra da
desgraça do pai. E desta vez, ele faria as coisas a seu modo.
Capítulo Cinco

Tentando colocar distâ ncia da sujeira da prisã o, ele saiu à noite,


parando para um corte de cabelo e tirando a barba antes de colocar seu
melhor terno. O bar que ele tinha escolhido estava longe de ser
parecido com o que ele tinha escolhido para seu ú ltimo encontro
amoroso. Mas esta noite, queria algo diferente. Ele nã o queria uma foda
suja em um beco. Ele queria um caso de alta classe. Algué m de boa
aparê ncia, cheirosa e com um gosto ainda melhor.
Mereço isso.
O interior intimidante e iluminado do Novo lugar o acolheu. A
madeira polida e os lustres maciços pendurados irradiavam sofisticaçã o,
e ele levou um momento para respirar o mix de perfume doce,
charutos... e dinheiro.
Esta era mais sua cena, mais a vida que ele tinha crescido e
acostumado antes que o mundo fosse à merda. E era um mundo que
pretendia recuperar.
Ele andava atravé s da sala com uma confiança arrogante,
permitindo que os olhos dele fizessem contato com as mulheres
enquanto passava. Amava a faísca de interesse que as iluminava, e
també m o fato de que ele era o ú nico com o jogo. Passando por todas
elas, fez seu caminho para o bar, deixando-as seguirem seu rastro. Se
tivessem a coragem de se aproximar, valeria a pena. Ele sabia disso.
Vestido como estava, olhando como ele olhava, nã o seria uma tarefa
fá cil para uma mulher fazer um movimento. Mas se ousassem, seria
algué m que valeria a pena. E ele iria torná -lo mais do que agradavé l
para ela.
— Uma bebida para o senhor?
Era a voz da bartender sobre a conversa na sala. Ela era uma coisa
fofa, mesmo estando completamente vestida em sua calça e camisa de
colarinho. Os seios dela, que estavam esforçando-se contra o material e
causando estresse nos botõ es, chamaram a atençã o dele.
— Se você conseguir, absolutamente.
Olhou para ela sorrindo, e ela mordeu o lá bio de forma cativante
que nã o parece se encaixar perfeitamente ao estabelecimento. Ela
aparecia... tímida. Entã o, quando ele observou por uma segunda vez,
observou que ela parecia bem jovem. Um punhado de sardas cobriam
suas bochechas e seus olhos nã o mostrava nenhum vislumbre
de corrupçã o.
— O que você gostaria?
Você em cima da minha cama com as pernas abertas, esperando
por mim.
— Talvez você poderia me fazer o especial esta noite?
Ele se inclinou no balcã o e envolveu seus dedos em torno de um
de seus cachos vermelhos.
— Algo que ateie fogo em mim.
A garota limpou sua garganta e olhou ao redor, quase como
verificando que era a ú nica com quem ele estava falando, mas quando
os olhos dela voltaram ao seu... e ele ainda estava concentrado nela,
percebeu que era com ela.
Colocando o cacho de cabelo atrá s da orelha, ela disse:
— Bem, posso fazer algo rá pido e fá cil com uma dose de uísque para
combinar com seus olhos... — ela parou, envergonhada e nervosamente
mastigou seu lá bio.
— Ou, uh... talvez algo mais elaborado... Vou lhe fazer um Smoky
Sour.
Chegou para mais perto dela, com ela imitando seu movimento.
— Rá pido e fá cil é subestimado, nã o acha?
— Oh meu Deus! Nã o assuste a pobre garota. — Uma voz forte
veio de seu lado direito. Virou-se para ver a Loira... Reagan ali,
revirando os olhos para ele. Ela se concentrou na bartender, que agora
estava com o rosto em um profundo tom de vermelho combinando
com o cabelo.
— Ele vai ter um Manhattan Rocks. Mas você pode fazer a minha
um pouco mais leve.
Ela se voltou para ele, sorrindo.
— À espreita?
— Você parece gostar de fazer perguntas que nã o sã o da sua conta.
Quando ela pegou o assento ao lado dele, ele percebeu que nã o
era o ú nico que tinha saído para algo a mais naquela noite. O cabelo
dela estava solto, em cascatas de ondas sobre os ombros e o V
profundo do vestido mostrava seu decote amplo. Seus lá bios carnudos
foram pintados de carmesim, combinando com o vestido apertado que
deixava pouco à imaginaçã o.
— Nã o precisa ficar na defensiva. Somos velhos amigos, certo? Ah,
nã o se importa se eu sentar aqui, nã o é? Nã o se preocupe. Nã o vou
interferir em sua tentativa de pegar uma garota que mal saiu da
escola... Se você está afim de um corpo macio, essa é uma.
— Só tendo uma conversa amigá vel. — Respondeu ele. — Uma
habilidade que você obviamente nã o domina.
— Se me lembro bem, nã o eram minhas habilidades de
conversaçã o, que você queria.
— Nã o, sua boca é muito mais atraente quando ela está cheia.
— Eu vou levar isso como um elogio. Demorei longas horas
torturantes para aperfeiçoar essa habilidade. — Ela disse com um
largo sorriso.
— Duvido que fosse uma tortura. Parecia que você gostava muito
de estar de joelhos.
A bartender escolheu aquele momento para trazer suas bebidas
em guardanapos na frente deles, um pouco instá vel quando ela pousa o
copo de martini, que causou um pouco de líquido derramando sobre a
borda e na mã o estendida de Reagan.
— Oh Deus! Me desculpe! — a menina se desculpou, agarrando
guardanapos para limpar a bagunça.
— Eu vou fazer outro. — Ela saiu antes que qualquer um deles
pudesse dizer qualquer coisa.
Trazendo a mã o para a boca, Reagan lambeu o líquido de seu
polegar e levantou uma sobrancelha perfeitamente arqueada para ele.
— Inexperiente e desastrada. Tem certeza que quer ir lá ?
— Ir para onde? Nó s está vamos conversando. Você sabe,
faculdade, quantos gatos que ela tem, se ela gosta mais na sua buceta
ou bunda...
Sem mover um cílio, Reagan trouxe o copo para a boca e tomou
um gole. Quando ela baixou o copo, perguntou:
— E qual foi a resposta para estas... perguntas suas?
— Vanderbilt3, dois gatos e qualquer porra onde queira colocar.
— Bem, inexperiente ela deve ser, porque nenhuma mulher
experiente admite a um homem que possui dois gatos.
Ele tomou um longo gole de sua bebida.

3
Universidade Vanderbilt (Vanderbilt University, em inglês) é uma instituição de ensino superior privada situada em
Nashville, Tennessee, nos Estados Unidos.
— Nunca se pode ter bocetas suficientes.
— Droga, eu passei nessa.
— Você deveria provavelmente trabalhar um pouco mais sobre
essas habilidades de conversaçã o que mencionei anteriormente.
— Hmm.
Ela virou a cabeça e varreu a sala com uma rá pida olhada antes de
olhar de volta para ele.
— Você deve ter razã o. Na verdade, eu vejo algué m lá que eu
gostaria de conversar.
Ela se levantou e derramou o resto de sua bebida, assim que a
bartender voltou com o outro. Arrumando seu decote, ela andou
enquanto olhava para ele.
— Eu tenho isso.
Entã o ela pegou o copo e passeou o seu caminho atravé s da
multidã o para o lado oposto do bar.
Cristo! A mulher era uma coisa! Ela se parecia com classe e sexo.
Tudo ordenadamente embrulhado em uma sirene em forma de vestido
vermelho. Se o pau dele já nã o tivesse feito uma turnê de tudo que ela
tinha para oferecer, com certeza teria se ressentido com o cara que ela
tinha acabado de parar na frente. Mas como era, ele já tinha feito um
passeio lá , e ele nã o fazia repetiçõ es. Pelo menos é o que ele estava
tentando dizer a mesmo. Outra vez.
— Eu sinto muito. Espero que eu nã o... tenha estragado nada.
O vermelho de seu rosto era tã o sincero, que o pau dele se sacudiu
em resposta. Ele pegou o dinheiro que Reagan tinha deixado no balcã o
e colocou na palma de sua mã o antes de colocar a mã o sobre a dela.
— Você nã o estragou nada. Ela é um pouco azeda para o meu
gosto. Você , por outro lado...
Ele pegou seu copo e bebeu, notando que seus olhos observavam
sua boca, enquanto a língua dele lambia uma gota do seu lá bio inferior.
— Porra delicioso!
Ela engoliu, seus olhos largos, claramente intimidados, mas ainda
nã o assustados. Entã o ela rapidamente olhou para baixo, longe da
intensidade do seu olhar e notou que a bebida estava acabando.
— Há alguma coisa que você gostaria?
— Nã o agora. Mas quando você voltar e meu copo estiver vazio, eu
vou te dizer exatamente o que eu quero.
Quando ela levantou os olhos para o comentá rio sugestivo, ele
nã o escondeu a maneira ousada que olhou para ela, deixando-a mais
do que ciente do que ele estava insinuando.
— Okay!
Por alguma razã o que ele nã o conseguia identificar muito, o ligeiro
tremer na voz dela fez seu pau mais duro. Ela seria uma boa recompensa
apó s um dia longo e difícil. Uma coisa jovem, saudá vel, sempre tinha
um buraco apertado e uma vontade de aprender.
Sim, afundando o pau no que seria uma merda de um presente
para si mesmo, pensou enquanto observava ela atender outro cliente.
Ela iria servir o pau dele mais tarde se ele tivesse o seu caminho. E seu
pau sempre tem sua maneira.
Pegou o seu copo, virou-se para observar os outros fregueses se
misturando. Ele mesmo disse que estava passando o tempo, mas
quando seus olhos imediatamente encontraram a loira que tinha
deixado seu lado apenas alguns minutos antes, ele sabia o que ele
realmente estava fazendo.
Ele estava observando ela e porra, que o irritou.
Ela estava do outro lado, rindo de algo, que um cara de terno caro
estava dizendo. Se ele fosse sincero, ele nã o era um cara feio, mas
depois dela tocar ele, aqueles dedos longos e elegantes passeando em
sua manga, Evan pensou que nã o se importaria de socar o cara com seu
punho.
Por que diabos ele se importava, ele nã o tinha ideia. Mas quando
ele alisou a mã o dela mais longe no seu braço e deu a porra de um
aperto, ele teve que se segurar para nã o ir até lá e rasgá -lo.
Em vez disso, virou o rosto e forçou a olhar para algué m ou
ningué m. Reagan à espreita era letal. Ela caçava, perseguia e entã o
consumia.
Assim como eu, ele percebeu. O pensamento o tinha em conflito. Por
um lado, ele admirava a sua confiança e abordagem ousada para
conseguir o que ela queria. Mas por outro lado...
De repente, ele ouviu a risada sedutora de onde ele estava e isso
fez com que seu corpo endurecesse.
Cada parte do seu corpo.
Nã o. Ele nã o tinha que pensar sobre o outro lado. Bebendo o resto
de sua bebida se virou de volta para o bar.
***

Evan olhou para baixo para o rabo à mostra quando ele se


apoderou dos lados dos quadris dela e empurrou seu pau dentro dela.
O cabelo da bartender estava solto em ondas vermelhas. Estendeu a
mã o e os pegou, puxando sua cabeça para trá s.
Ele a seguiu para o banheiro privado quando ela tinha ido na sua
pausa. Ela trancou a porta atrá s dele. Entusiasmada, seria um
eufemismo. Caiu de joelhos no chã o e chupou o pau dele como se ela
tivesse algo a provar.
Agora, ela gemia toda vez que ele entrava em seu canal apertado.
Ele virou a cabeça dela para encará -lo, assim entã o ele poderia cobrir a
boca dela com a sua, absorvendo seus gemidos. Ela tinha gosto de
pirulito, e ele se perguntou se a buceta dela seria tã o doce. Estendeu a
mã o para tocar o clitó ris dela, sentindo seu corpo bater em seus braços,
quando ele colocou mais pressã o sobre ela. Quando ela engasgou, ele
aliviou, deslizando os dedos para baixo em sua fenda para se cobrir de
seus sucos, esfregando e provocando antes de subir de volta para seu
ponto sensível. Ele podia sentir os mú sculos dela apertarem contra o
pau dele.
Trazendo os dedos até os lá bios, ele sentia o cheiro da excitaçã o
dela antes do sabor envolver a língua dele. Ele lambeu o dedo da raiz à s
pontas antes de empurrar o outro profundo em sua boca. Ele gemeu, e
quando abriu os olhos novamente, ele pegou ela o olhando pelo
espelho. Choque cruzou o rosto dela, e ele deu um sorriso depravado.
— Eu te disse. — Ele disse. — Porra deliciosa! Agora, espere.
Ela reajustou seu aperto na borda da pia, enquanto ele batia na
sua boceta encharcada. Seu corpo ganancioso chupou seu interior e ele
tinha razã o. Era um inferno de um ajuste de merda. Empurrar dentro
dela tinha sido puro prazer. As paredes dela eram como punhos, mais
apertado do que qualquer coisa que ele poderia se lembrar, e toda vez
que ele tentava puxar para fora, ela o agarrava como se ele nunca mais
fosse ficar livre.
O que era bom para ele. Ele queria ficar exatamente onde ele estava,
até conseguir o que ele veio buscar. Que estava chegando alto, ele podia
sentir.
Como seus gemidos ficando mais alto, uma batida soou na porta, e
ele bateu sua mã o sobre sua boca antes de encontrar seus olhos no
espelho.
— Shh! — ele instruiu, sua voz um rugido baixo. — Foda-me!
Ela assentiu com a cabeça e empurrou os quadris dela, os
pressionando. Os dedos dele chegaram para o clitó ris dela novamente,
fazendo com que seu corpo tremesse enquanto ela se aproximava de
climax. Entã o ele fechou os olhos e se deixou aproveitar esses ú ltimos
momentos quando seu pau levou o seu prê mio.
Ele estava no jogo. Ele tinha conseguido o emprego... Reagan era
sua chefe...
Reagan. Claro que sim, isso aí...
Ele agarrou o cabelo da ruiva com força, torcido em seus dedos e
com o pensamento da elegante profissional, Sra. Spencer observando-o
em seu escritó rio, ele veio como um gê iser de merda.

***

Ele jogou fora a camisinha e dobrou sua camisa enquanto


observava a bartender tentar se recompor. Sua pele pá lida estava
rosada, um efeito do sexo que nã o iria embora tã o cedo. Nã o importa
como impecá vel o resto dela estava.
Dando-lhe um leve beijo na bochecha, disse que poderia vê -la no
bar, uma mentira, obviamente, mas uma maneira rá pida para
apaziguar qualquer culpa que ela estaria sentindo sobre sua rapidinha.
Entã o ele abriu a porta, estava pronto para dar o fora daquele
banheiro. Mas ali, com seus braços cruzados e com um olhar em seu
rosto de eu sei o que você estava fazendo, estava Reagan.
— Jesus! Você está por toda parte! — ele disse, instantaneamente
irritado de vê -la ali.
Os olhos de Reagan olhavam sobre seu ombro na ruiva que ainda
estava se ajeitando atrá s dele.
— Nã o em todo lugar. Graças a Deus!
A visã o dela estava embaçando qualquer prazer que ele havia
ganhado daquele encontro, se transformando em raiva e, sim, uma
pena. Ela estava começando a deixá -lo louco.
— Tenho que dizer, estou feliz que você me levou para sua casa.
Uma foda rá pida nunca esteve na minha lista de afazeres. Eu prefiro
um par de horas pelo menos... mas você já sabe disso, nã o é , Ev?
Ela olhou ao redor dele novamente e perguntou:
— Já acabou? Alguns de nó s realmente precisamos usar
adequadamente as instalaçõ es.
Ele pisou em sua direçã o.
— Nã o me chame assim, Loira. E nã o venha com essa porcaria de
ser muito boa para uma transa no banheiro. Se eu quisesse você lá ,
teria você lá . Alé m disso, você nã o está na lista, entã o nã o há nenhuma
razã o para você estar me seguindo.
— Nã o tenho uma lista. — Ela fez um pequeno show de cheirar o ar
ao seu redor.
— Oh, ela era muito doce, nã o era?
— Bem doce!
A ruiva escolheu esse momento para sair do banheiro, e ela parou
quando viu a cena na frente dela. Seu rosto era um de horror por ser
pega.
— Nã o é o que parece. — Disse ela, tropeçando em suas palavras,
quando tentou se explicar.
Reagan só balançou a cabeça.
— Na verdade, querida, é exatamente o que parece. Nã o que eu te
culpe, nem um pouco. Ele pode ser bastante convincente.
Ela empurrou-se da parede, em direçã o ao banheiro, mas quando
ela passou pela ruiva, parou e entã o Evan teve que ouvir o que ela
disse para a menina.
— També m ajuda ele ter um pau grande.
Ela piscou e entrou no banheiro. A porta fechada firmemente atrá s
dela, deixando a ruiva chocada e ele... estranhamente lisonjeado.
Ele estava irritado. Irritado com a mulher que tinha mais uma vez
ficado sob sua pele. Era como se ela ganhasse algum tipo de prazer
perverso dele, mas ele nã o tinha certeza se ela sabia o que estava
fazendo com ele.
Ela estava tentando o animal, o que ele tentou e sempre falhou em
esconder e com cada palavra e cada gesto, incitava a fome, a dor que ele
sentia profundamente em seu estô mago.
Ela nã o queria ele. Tinha deixado isso muito claro.
E por falar nisso, ele nã o queria ela també m. Entã o, porque nã o
conseguia tirar ela da cabeça?
Capítulo Seis

Na segunda-feira seguinte, houve uma batida na porta do escritó rio


de Evan enquanto ele arrumava a mesa, e Bill apareceu na porta.
— Deixando tudo arrumado? — ele perguntou antes de empurrar a
porta aberta e entrar.
— Sim. Este computador é um imbecil embora.
Bill riu.
— Tenho certeza de que é . Eu odeio tecnologia. É por isso que eu
passo por ela.
Ele se inclinou contra uma das cadeiras de visitante.
— Temos uma reuniã o hoje com um dos nossos maiores clientes e
quero que você assuma sua conta.
Ele estreitou os olhos.
— Por que eu acredito que eu estou perdendo alguma coisa?
— Bemmm... — disse Bill, coçando a nuca como se tivesse que
desenhar a palavra.
— Acredito que é uma empresa que você conhece muito bem.
— Quã o bem?
— Ah... Eu diria que já esteve perto, e teve relaçõ es pessoais com
este estabelecimento. Talvez você possa levar Reagan junto. Deixe todo
mundo ver que você está no jogo.
Com a mençã o da Sra. Spencer, o pau do Evan tomou
conhecimento e se lembrou, que nã o é uma opçã o.
— Eu aguento sem a Sra. Spencer. Tenho certeza que ela tem muita
coisa para fazer.
Incluindo o pau do idiota da outra noite.
— Nã o duvido disso, mas eu gostaria que ela lhe mostrasse as
cordas.
— Se você acha que é melhor...
Bill assentiu com a cabeça.
— Eu faço. A reuniã o é à s onze. Boa sorte com a sua, hum...
situaçã o de tecnologia. Se precisar de ajuda com isso, nã o me chame.
Uma hora depois, havia uma batida muito mais superficial na
porta dele, e antes que ele pudesse dizer: "Entre", a porta se abriu e
Reagan entrou.
— Está pronto?
— Disseram-me para estar. Eu posso seguir ordens simples.
— Me lembro. — Ela disse conscientemente. — Embora você
coloque uma boa luta.
Ele vestiu seu paletó e agarrou sua pasta.
— Sabe, naquela noite, pensei que você fosse um presente enviado
para aliviar todos os meus impulsos sexuais. Por algumas horas, de
qualquer forma. Mas agora, eu percebo que você é apenas uma
semente do demô nio enviado para tornar minha vida um inferno!
— Ah, você é um bajulador! Que mal eu fiz? Um esforço. Mas agora,
irei me certificar de dar um pontapé . Vamos lá ?
Ela nã o esperou por ele para segui-la antes de ir ao fundo do
corredor.
Caminhar atrá s desta mulher estava se tornando um há bito para
ele. Mas tinha que admitir que se ele fosse seguir algué m ao redor,
Reagan seria sua primeira escolha. A mulher tinha uma bunda
espetacular!
Ela apertou o botã o do elevador, e quando aberto, entraram e
ambos se certificaram de ficar em lados opostos do espaço vazio.
Quando as portas se fecharam, o ar dentro cantarolava com tensã o.
— Nã o tenha ideias sobre este elevador. — Ela disse, olhando para
ele pelo canto do olho.
Com esse comentá rio, ele podia sentir as palmas das mã os suando
com a vontade de tocá -la, tornando um exercício de contençã o.
— Ideias... como? Suas pernas envoltas em torno da minha cintura?
— Ele deu um passo em sua direçã o. — Meu corpo suado fixando você
na parede para você moer contra meu pau? — mais um passo. — Sim,
pode deixar! Nã o terei essas ideias.
Reagan inclinou o queixo para ele e baixou seus cílios como se
estivesse contemplando a sugestã o dele.
— Normalmente, eu nã o diria nã o para uma rapidinha de elevador,
mas... — ela colocou a palma da mã o na lapela dele, mas antes que ela
pudesse fazer alguma coisa mais, ele estendeu a mã o e cobriu a dela,
prendendo-a contra o peito.
— Diga a palavra e eu aperto o botã o de emergê ncia.
O tempo pareceu parar enquanto ficavam ali, sem ningué m
fazendo o primeiro movimento, e assim quando ele estava prestes a
dizer foda- se e se perder nela, o elevador parou.
Reagan puxou sua mã o, um olhar quase decepcionado na cara dela.
— O tempo acabou.
— Salva pelo gongo? — ele perguntou quando as portas correram
abertas.
— Salva do quê ? — ela seguiu para o saguã o e virou quando ele
nã o a seguiu imediatamente. — Você nã o me assusta, Evan.
Ele pensou sobre isso enquanto saia do elevador e caminhava em
direçã o a ela. Quando eles estavam olho no olho, ele declarou:
— Talvez seja melhor.

***

— Evan James? — Ron Whitehead, o CEO da International


Whitehead, disse incré dulo quando ele os encontrou. A expressã o dele
mostrava seu desprezo para o homem na frente dele. — Eu pensei que
você estivesse fora do negó cio.
Evan baixou sua mã o estendida e enfiou no bolso. Nem dois
segundos na porta e ele foi sendo colocado na defensiva.
— Tenho certeza que em “espera” parece mais certo. — Ele
respondeu causticamente.
— Aquela sua pequena proeza custou ao meu vice-presidente
metade de sua aposentadoria no divó rcio.
— E como está Amy?
— Seu merdinha...
— Evan... rapazes, rapazes... — Reagan se meteu. — Estamos aqui
para negó cios. Nã o para relembrar o passado. Você s acham que ambos
poderiam conseguir colocar esses problemas de lado por pelo menos
meia hora?
— Se você pensa por um minuto que algué m neste escritó rio,
especialmente eu, vou confiar nossos investimentos a ele, você deve
estar louca. E Bill també m.
Ele tinha se perguntando a mesma coisa durante toda a manhã .
Ele nã o esperava ser perdoado pelas suas transgressõ es, mas havia
uma
parte dele que estava à espera que as pessoas começassem a esquecer.
Que, vindo dele, era hipó crita, porque se havia uma coisa que ele tinha
aprendido na infâ ncia, era que ningué m realmente se esquecia quando
eles tinham sido injustiçados.
— Sr. Whitehead, Ron. — Reagan persuadiu e deu um passo em
direçã o a ele. — Kelman e Whitehead tiveram uma relaçã o tã o
maravilhosa ao longo dos ú ltimos anos. Nó s só queremos continuar
isso. Evan está provando ser capaz de prever onde as margens de lucro
virá quase ao dó lar. Ningué m no histó rico é melhor que ele.
O homem ficou em silê ncio, e a raiva parecia estar desaparecendo
do seu rosto e pescoço. Reagan colocou a mã o no braço de Ron e lhe
disse com um sorriso confiante.
— Alé m disso, eu vou estar trabalhando ao lado dele o tempo todo.
Você está fazendo um negó cio de dois-para-um. — Ela piscou o olho.
Ron exalou e acariciou a mã o dela, mas ainda visando um brilho
sobre Evan, que manteve seu olhar sem vacilar. Depois de algumas
batidas, Ron deu um aceno curto e fez um gesto para eles seguirem ao
seu escritó rio.

***

— Isso foi bom! — Reagan disse quando eles andaram para fora do
prédio. — Bem, tirando o comentá rio de “dormir com a mulher do VP4.”
— Você está falando sé rio?
Ele parou na calçada e se virou para encará -la.
— Este é o tipo de merda que eu vou ter que lidar toda vez que for
a uma reuniã o? Quero dizer, Jesus! Por que você e Bill nem se
incomodam?
— Nó s nã o nos incomodamos, porque você é bom no que faz.
Soltando um suspiro revoltado, ele correu uma mã o em seu rosto
e atravé s de seu cabelo.
— Eu sabia que isso nã o seria fá cil, mas foda-se!
— Ei, você tem uma oportunidade aqui. Nã o deixe ningué m te
assustar.

4
Vice-presidente.
— Eles nã o me assustam. Eles me tiram do sé rio. Nã o fiz aquelas
mulheres abrirem as pernas. Elas porra imploraram por isso.
— Sim, eu posso ver porquê . — Ela disse enquanto tirava os fios de
cabelo que foram chicoteados pelo vento, no rosto dela. — Você é tã o...
encantador!
— Funcionou para você .
— Nã o vou negar isso.
— Entã o saia da minha bunda!
Ela inclinou-se para o lado, dobrando a cabeça dela como se fosse
para dar uma espiada no seu traseiro. — Mas você tem uma bela
bunda...
— Você está fazendo isso realmente muito difícil para me
comportar. — Disse ele, apontando acusadoramente para ela. — Entã o,
a menos que você queira que eu te puxe para dentro do hotel mais
pró ximo para pagar a minha frustraçã o, pare de tentar flertar comigo.
— Okay, okay! — ela cedeu. — Eu estava apenas tentando alegrar
o ambiente.
— Me provocando? Nã o comece qualquer coisa que você nã o
pretenda seguir.
Ela estreitou os olhos.
— Acho que ambos sabemos que eu nã o tenho um problema com
cumprimento.
— Eu notei, e assim todos os outros homens que já colocaram os
olhos em você . É difícil nã o ser atraído por algué m como você . Femme
fatale. Isso é o que te torna tã o perigosa.
Um sorriso de bruxa espalhou os lá bios de Reagan.
— Oh, você tem que parar com os elogios hoje. Primeiro, eu sou o
diabo e agora, uma femme fatale? Eu estou começando a achar que
gosta de mim.
— Eu nã o gosto de ningué m. — Ele sorriu. — Pelo menos, nã o por
mais de uma noite.
Ela soltou uma gargalhada alta.
— Você é um merda, Evan James! Mas vou deixar que continue
com essa arrogâ ncia no caso de algué m tentar superar isso.
— Gentileza. — Ele resmungou, passando por ela, que continuou
parada.
— Ouça, — disse Reagan, alcançando ele. — Claro que Ron ainda
está amargo sobre o que aconteceu. Seu VP era como um irmã o, e
depois que tudo desceu, ele tirou algum tempo. Um monte de tempo
livre e os seus lucros tiveram uma queda livre. — Ela fez uma pausa e
ele esperou para ver o sá bio conselho que estava prestes a dar. —
Talvez isso possa ser o seu momento para... se redimir. Tenho certeza que
ele vai ser muito mais fá cil, uma vez que você fizer duas vezes o que ele
perdeu.
Quando cutucou ele divertidamente, olhou para ela com uma
expressã o cé tica.
Talvez ela tivesse razã o. Era uma chance de se redimir, em ambos
os mundos, empresarial e pessoal. Ele tinha que começar em algum
lugar, por que nã o o mais fá cil dos dois?
Capítulo Sete

— Eu vejo que você sobreviveu a seu primeiro dia.


Evan olhou por cima da pasta que estava em sua mã o, para ver
Reagan em pé na porta de seu escritó rio.
— Mal.
— Você parece um pouco pior pelo desgaste. Mas pelo menos você
nã o perdeu um contrato.
Quando ele ergueu as sobrancelhas, ela apontou de volta para si
mesma.
— Sim. Meu primeiro dia e apenas trê s horas depois.
Ele olhou para ela, querendo saber por que ela se preocupava com
a conversa fiada. Ele nã o queria falar. Os olhos dele se concentraram
em seus lá bios gordos e vermelhos. Nã o, a fala era superestimada.
Ela limpou a garganta, entã o seus olhos encontraram os seus
novamente.
— Bem, tenha uma boa noite. — Ela se virou e saiu atrá s da porta.
Fez questã o de tirar uma foto mental da forma como o terninho
preto, de alta costura abraçava suas curvas.
— Noite. — Disse ele baixinho, muito tempo depois dela
ter desaparecido.
Com o silê ncio do escritó rio envolvendo ele, sentou lá
se perguntando sobre a mulher que tinha acabado de sair.
Reagan Spencer. Ela era como um enigma.
No trabalho, ela interpretava a mulher de negó cios consumada, e
fora dele, a megera confiante que ele teve uma vez na sua cama. Nã o
pô de evitar a curiosidade que estava lhe devorando, descobrir qual
personalidade dela era de verdade, ou se era uma combinaçã o dos dois.
De qualquer forma, havia algo sobre a Sra. Spencer. Ele só nã o
podia mexer.
Talvez pudesse, se ele tivesse um vislumbre de quem ela era, de
onde veio... Algo, qualquer coisa para desligar seu cé rebro da obsessã o
por ela.
***

Ele tinha chegado em casa mais rá pido do que esperava. Depois


de retirar o seu paletó , ele soltou a gravata e desabotoou a calça e os
botõ es superiores de sua camisa branca. Sentindo um pouco menos
restrito, foi para o bar, onde derramou uma bebida forte.
Foi para seu quarto e sentou-se em frente ao seu computador,
decidindo que certamente uma pesquisa rá pida nã o poderia machucar.
Depois de tomar um gole de á lcool, entã o Evan colocou a bebida sobre
a mesa e digitou o nome de Reagan na barra de busca. A primeira coisa
que apareceu foi o website da Corporaçõ es Kelman.
Legal. Exatamente o que eu não estou procurando. No entanto...
Quando ele viu uma imagem em sua biografia - perfeita, cabelo
louro, um belo conjunto de lá bios curvos em um sorriso recatado e um
colar de pé rolas bem drapejado em torno de seu pescoço elegante, seu
pau se agitou entre as pernas e ele se deslocou em seu assento. Nã o
estava fazendo essa pesquisa para ter esse tipo de reaçã o, mas apenas
um olhar em sua boca suculenta, e nã o havia como ele nã o pensar nela
em torno do seu pau duro.
Decidiu tentar, e continuou a pesquisa clicando fora do site.
Talvez, se ele encontrasse alguma informaçã o sobre ela, esta fixaçã o
sairia de sua cabeça.
Rolando a pá gina para baixo, ele viu um artigo da NYU Leonard N.
Stern School of Business com destaque no nome dela. Clicou nele,
abrindo uma pá gina que exibia fotos de estudantes que tinham viajado
para o exterior, e, mais uma vez, havia Reagan. Ela estava em frente ao
Taj Mahal5, envolto em um sari de safira deslumbrante, e ela parecia
jovem - provavelmente, aos vinte e poucos anos, se ele tivesse que
adivinhar.
Voltou e clicou nos pró ximos links. Ela nã o parecia ter qualquer
perfil em mídias sociais e nã o havia nada que fosse mais longe que seus
anos de faculdade. Entã o ele digitou na busca, tentando encontrar uma
pista de onde a mulher tinha vindo. Sua pesquisa se tornou mais
frené tica ao passar das horas, a frustraçã o começou a subir.
Cristo, nã o havia nada. Era como se ela viesse a existir com a idade
de dezenove anos.

5
O Taj Mahal é um suntuoso mausoléu localizado na Índia. A construção foi eleita patrimônio mundial pela Unesco em 1983
e também está na lista de uma das sete maravilhas do mundo moderno, desde 2007.
Isto é inútil, ele pensou quando pressionou a palma da mã o no seu
pau latejante. Deixou o foco do cursor sobre o botã o que tinha tentado
evitar, mas como ele nã o havia chegado a lugar nenhum em sua rota de
viagem intelectual, entã o imaginou que pudesse ter algum prazer com
todo esse trabalho.
Uma vez que ele tinha clicado em 'imagens', assistiu as fotos
coloridas de Reagan apareceram junto com vá rias em preto e branco.
Seus olhos vagaram sobre elas como um homem faminto, e quando ele
rolou para baixo, avistou uma imagem que finalmente o tinha feito
abrir o botã o da calça. Clicou na foto, e quando ele encheu a sua tela,
seu zíper desceu també m.
Jesus Cristo! A mulher dizia foda-me.
Ele sabia, desde a primeira vez que haviam se conhecido,
especialmente depois que tirou aquele vestido preto dela. Mas esta
fotografia era outra coisa. Era sexo sofisticado. O tipo que fez o seu pau
mais duro do que qualquer outra coisa.
O cabelo dela estava varrido para longe do seu rosto e a cabeça
estava inclinada em direçã o à câ mera. Tinha visto muitos olhares de
foda-me em seu tempo, mas a maneira que o olhar dela pegou ele
atravé s da tela, atingiu um nervo.
Ela era o tipo de mulher que você quer no seu braço em uma funçã o
de negó cio e quando olhasse para ela, tivesse um objetivo, e o objetivo
era passar a noite assim que pudesse levá -la para casa e afundar seu
pau dentro dela, enquanto ela estava sob você , implorando por mais.
A mã o dele em seu pau deu um aperto firme. Entã o deixou seus
olhos rastejarem no resto dela, quando esfregava seu pau.
Seus seios estavam ao longo dos limites do vestido e pareciam que
eles estavam prestes a derramarem para fora, para que todos pudessem
ver, o que fez se perguntar se os homens que estava ali na frente dela,
estariam no mesmo estado que ele estava agora.
Foda-se. Nã o adianta fingir que isso nã o estava indo para onde
estava.
Ele rapidamente levantou-se da cadeira e empurrou suas calças e
cuecas boxer em volta dos tornozelos, tirando os sapatos e os chutando
de lado.
Quando ficou na frente do computador, a luz da tela brilhou sobre
ele, e quando olhou para baixo para pegar o seu pau, pode ver o pré -
sê men já saindo.
Espalhou o pré -sê men que estava brilhando na ponta de seu pau
em todo o comprimento duro, se acariciando mais e mais. Ele nã o estava
afim de arrastar isto. Ela o deixaria louco por todos os dias e agora, ele
iria usá -la da maneira que queria desde que ela tinha empurrado sua
paciê ncia na rua, horas mais cedo. Ela o tinha tentado e o atormentado
de propó sito. Ele sabia que tinha. E nã o havia nada que ele queria mais,
naquele momento, do que colocá -la de joelhos e marcá -la com seu gozo
por todo o seu rosto bonito.
Ele colocou a outra mã o para baixo em suas bolas, agarrando-as
firmemente em concha, empurrando contra seu corpo. A cabeça dele
caiu por um segundo e ele fechou os olhos, tendo prazer nos
sentimentos que o estavam percorrendo. A pressa da adrenalina que
fluía atravé s do seu sangue, teve seus olhos abrindo e focando de volta
na mulher da tela, a mulher que o levou a fazer isso.
Ele aumentou seu ritmo, puxando mais forte desta vez, quando viu
o olhar nos olhos dela novamente. Me foda! Eles diziam isso. Use-me!
Um rosnado rasgou seu corpo quando ele foi mais duro em direçã o
à beira do orgasmo.
— Maldiçã o! — ele disse, se esforçando para a liberaçã o, mas
sentindo começar a recuar.
Quando ele largou o pau em sua frustraçã o, caminhou para a
ampla extensã o da janela que ladeava uma parede inteira de seu
quarto, abrindo as cortinas. Ele pressionou a mã o contra o vidro e
observou a vista da cidade enquanto segurava sua ereçã o com a outra.
Ao fazer a varredura dos pré dios nas proximidades, se acariciou,
querendo sentir os olhos de um estranho nele enquanto fodia sua
mã o.
Seu olhar vagou até parar em um quarto bem iluminado no edifício
em frente a ele. De pé lá dentro, tinha uma mulher em um vestido abaixo
dos ombros, e quando ela olhou para trá s, Evan deixou seu olhar ir pra
lá també m. Seus olhos foram para a porta de entrada do quarto dela e
viu um homem fazendo o seu caminho em sua direçã o enquanto puxava
a camisa de suas calças e desabotoava ao longo do caminho.
Oh porra sim, isso vai funcionar.
Ele ficou concentrado na cena se desdobrando diante dele,
enquanto constantemente bombeava seu sexo. Estranhos aleató rios
fodendo para seu benefício era algo que ele definitivamente poderia
desfrutar.
O vestido da mulher agora estava no chã o, chutada à parte. A
camisa do homem tinha desaparecido e as calças desfeitas. Entã o o
homem puxou a alça do sutiã para baixo e mostrou um seio para
ambos,
sem o conhecimento dela. Quando ele se inclinou para baixo para
chupar o mamilo na boca, Evan soltou um gemido, desejando que ele
estivesse no quarto, assim poderia apreciar o cheiro de sexo que sabia
cercá -los. Ele continuou observando com o pau na mã o, pronto para
explodir as bolas.
Ofegante, estava tã o excitado que sua respiraçã o embaçou o vidro,
mas ele nã o podia chegar ao ponto de lançamento. Deixando cair a
cabeça sobre o antebraço pressionado contra a janela, ele amaldiçoou,
tentando desesperadamente aliviar a dor dentro dele. Suor escorria em
seu rosto quando ele olhou para o casal novamente. Agora, ela estava
de barriga para baixo, a bunda dela para o alto, e ele estava dirigindo
cada polegada de si mesmo dentro dela em um ritmo frené tico. Evan
tentou combinar seus pró prios impulsos com o deles, segurando seu
eixo mais apertado, vendo como eles fodiam um ao outro até que ambos
entraram em um colapso de exaustã o saciados. Mas ainda assim, ele
permaneceu insatisfeito.
Frustrado, ele afastou-se da janela e se virou, segurando o cabelo
em suas mã os e olhando ao redor da sala. Ele tinha feito isso muitas
vezes antes, se metido a um estado onde estava procurando por alguma
coisa que possivelmente poderia usar para se libertar. E embora
soubesse que era o nível mais baixo, a cama dele o chamava.
O colchã o king-size era grande e ocupava a maior parte do espaço.
O computador estava em uma mesa contra a parede, lançando uma luz
baixa nos lençó is brancos. Ele sabia que seria um jeito de aliviar a
tensã o que havia se construído dentro dele, e enfiar o pau entre
qualquer coisa que fosse diferente de seu punho apertado neste
momento, parecia uma opçã o estelar.
Caminhou até o banheiro e pegou um pequeno pote de vaselina
antes de ir para a cozinha pegar um saco plá stico. Quando se dirigia de
volta para o quarto, ele olhou para a tela do computador e o pau dele
saltou à vista dela.
Ele se ajoelhou ao lado da cama, abriu o frasco revestindo uma
espessa camada ao redor de sua ereçã o semi-dura e suspirando com o
atrito. O bá lsamo aliviava sua pele crua. Entã o, colocou o saco plá stico
ao longo de seu comprimento e levantou seu colchã o ligeiramente.
Posicionando o pau na abertura entre os dois colchõ es, deslizou uma
polegada e entã o soltou seu domínio sobre a camada superior,
permitindo que o seu peso pressionasse firmemente contra ele quando
empurrou mais para dentro.
Ele agarrou a borda da cama até seus dedos ficarem brancos e
fechou os olhos. O puro alívio de ter um fecho tã o restritivo em torno do
seu pau foi o suficiente para tê -lo duro totalmente. Quando puxou
lentamente os quadris de volta, a forte pressã o o fez lembrar dos tempos
que ele tinha procurado esse tipo de efeito cru antes.
Quando menino, descobriu que, caso ele se ajoelhasse em frente a
cama e enfiasse seu pau entre o colchã o, podia foder em um frenesi e
ainda estar escondido se algué m entrasse pela porta. Como um adulto,
a atividade nã o era sobre se esconder, era muito mais picante do que
isso. Era sobre a necessidade que se formava em seu estô mago, que
descia e o agarrava pelas bolas, lhe exigindo foder tudo o que ele
poderia encontrar para se libertar, que passou a ser o seu colchã o, e
isso era o que iria usar. Ele moveu seus quadris de volta, bateu com
eles contra o lado da cama, o pau deslizando dentro do saco coberto de
vaselina, e imaginava que era uma boceta quente e molhada em vez
disso.
Porra, isso era bom!
Empurrou com mais força antes de puxar para fora e
gradualmente empurrar para dentro. O movimento lento, torturante, o
fazendo tremer em antecipaçã o. Ele ficou lá , empurrando contra a
cama. Empurrava seus quadris para a frente e para trá s em estocadas
rasas. A tensã o estava subindo e sua cabeça caiu para trá s, abrindo-se
para a enxurrada de ê xtase, que ele sabia que estava chegando. Seus
olhos vidrados com o prazer faziam a cabeça dele ferver e ele piscou
vá rias vezes, tentando limpá -la para que pudesse vir tã o duro antes de
desmaiar, porra!
Foi quando a viu, acenando-lhe do canto do olho e ele vacilou
brevemente antes de pegar o ritmo. A imagem na sua tela de computador
o insultava enquanto continuava a esmurrar o colchã o. As bochechas
da bunda apertadas com cada bater de seus quadris.
Fode-se ela, ele pensou quando bateu entre o ajuste apertado,
rasgando os olhos dele. Tinha perseguido o orgasmo, mas desapareceu
lentamente. Balançando a cabeça, ele agarrou a cama até machucar os
dedos.
Não, não, não!
A pressa que ele tinha apenas a alguns segundos antes do orgasmo
vir, fez com que dor rasgasse seu pau. Ele gemeu.
— Foda-se! — ele gritou quando bateu seus quadris contra a cama.
A dor aguda o fez estremecer, mas ainda assim, ele tentou de novo,
olhando para ela xingando.
— Porra!
O sorriso que uma vez o tinha convidando, agora fazia seu tesã o
diminuir. Tentou desesperadamente bloqueá -la em sua cabeça para
voltar ao caminho do orgasmo, mas ele se foi. Foda-se, foi embora.
— Puta que pariu! — ele rugia, cerrando os lençó is em suas mã os
os arrancando da cama, tirando seu pau já mole de entre os colchõ es.
Ele se levantou e rasgou o resto do lençol fora da cama antes de jogá -lo
pela sala, derrubando uma lâ mpada no caminho.
— Foda-se!
Ele estava ofegante curvado sobre o colchã o com as mã os em cima
da cama, encharcado de suor e tremendo de frustraçã o. Levantou e
tropeçou esbarrando na mobília antes de se afastar do objeto e lhe dar
um fim. Entã o olhou para a imagem mais uma vez, e se perguntou o
que ela tinha feito com ele.
Nunca ele tinha sido incapaz de encontrar algum tipo de satisfaçã o
de merda. Nunca foi atraído para algué m como ele parecia ser atraído
por ela. E quando ele deslizou para baixo na parede, abatido e exausto,
tentou identificar a razã o exata para sua obsessã o crescente. Seus
truques habituais, nã o estavam funcionando, e sabia que, de alguma
forma, ela era a fonte de sua incapacidade de encontrar satisfaçã o.
Ela era uma mulher linda, mas ele tinha tido muitas mulheres
lindas.
Será que era um desafio agora, apó s a firme negaçã o dele? Era
porque ele sabia que ela estava fora dos limites, senã o ele perderia seu
emprego? Ou ele estava simplesmente tentando trocar um vício por
outro?
Esfregou a nuca em confusã o. As luzes da cidade pareciam brilhar
nele agora como um lugar ao sol quando ele puxou os joelhos até o
peito. Manteve os olhos na face agora dolorosamente familiar olhando
para ele e embrulhando seus braços ao redor de seus joelhos,
incapazes de parar a vergonha que começou a pingar dentro das
rachaduras da armadura dele bem estabelecida.
Onde ele tinha originalmente desejava os olhos de uma pessoa de
fora para aumentar a sua libertaçã o, os olhos de uma imagem está vel
agora eram mais do que ele podia suportar.
Capítulo Oito

Se ele tivesse que ver a bunda muito empinada de Reagan fora de


seu escritó rio mais uma vez naquele dia, ele ia perder a merda dele. Ele
se deslocou desconfortavelmente na cadeira de couro, estremecendo
ligeiramente do tiro de dor que veio de sua virilha devido ao abuso da
noite passada.
Ele olhou para a porta novamente. Ela viria atrá s dele em cinco
minutos. Como ela tinha feito todos os dias, torturando seu pau, toda
vez que ele tinha que olhar para ela, um lembrete do quã o desesperado
estava por ela.
Repugnâ ncia se estabeleceu em seu estô mago, toda vez que a via, e
estava começando a irritar seus nervos. Foi ruim o suficiente para que
ele tivesse que fazer o show da porra de sua vida hoje, andando ao redor
do escritó rio, como se ele estivesse perfeitamente bem. Mas para vê -la
toda polida e profissional como sempre, o fez querer colocar o punho
atravé s de uma parede.
Pensando que nã o seria a melhor ideia, decidiu que era hora de
fazer uma saída rá pida. Se ele pudesse arrumar as coisas e chegar até
a porta antes que ela o visse, talvez este dia pudesse terminar sem...
Reagan abriu a porta sem bater e caminhou para dentro, os olhos
dela ainda olhando para baixo em uma pasta aberta em seus braços.
— Ei, eu estava pensando que poderíamos pedir comida ou algo
desde que parece que vai ser uma noite longa.
Quando ele nã o respondeu imediatamente, ela o olhou. — O quê ?
Evan se curvou para baixo para pegar a maleta, que estava sobre a
mesa colocando o trabalho que ele precisava para levar para casa dentro
dela.
Ela franziu a sua testa. — Indo a algum lugar?
— Nã o acho que jantar no escritó rio seja uma boa ideia, nã o é ?
— Nã o, normalmente nã o à s terças, mas que tal fazermos uma
exceçã o só dessa vez? — ela deu-lhe um sorriso insolente.
— Acho que nã o.
— Evan. — Disse ela, caminhando para ficar diretamente na frente
de sua mesa.
A parte superior de suas coxas estava pressionada na extremidade
da mesa, e o primeiro pensamento que passou pela sua cabeça era que
ela estava no â ngulo perfeito para inclinar e levá -la a...
— Evan! — ela disse novamente, mais alto desta vez, levando-o a
tirar os olhos longe de sua saia azul, que abraçando sua figura e
terminava em suas pernas bem torneadas, para olhar nos olhos dela.
— Prazos. Trabalho. Jantar. Fim. Qual é o problema?
Fechando a pasta com um clique retumbante, Evan a pegou da
mesa com um pouco mais de força do que o necessá rio. Entã o ele
andou ao redor para onde ela estava e ousou pisar um pouco mais
perto do que se deveria com sua chefe.
— O problema é que, depois de horas estando aqui eu e você com
todas estas superfícies planas... Você acha que esqueci o que está sob
essas suas roupas formais?
Pela primeira vez, desde o dia em que ela o tinha entrevistado, ele
pensou ter visto um flash de atraçã o nos olhos dela, quando estavam
agora olho a olho.
— Nã o chamaria uma noite de nú meros e grá ficos e comendo fast
food de um encontro, mas...
— Eu chamaria de provocaçã o! — ele disse, cortando-a. — É como
acenar uma bandeira vermelha na minha frente e me desafiar a nã o
pegar o que eu quero!
Seus olhos se arregalaram, mas ela nã o se afastou, ainda de pé tã o
perto dele que podia sentir sua respiraçã o acelerar. Se perguntou o que
ela faria se ele a tocasse agora. Se ele dissesse exatamente o que estava
pensando. Foda-se.
— Talvez seja o que você queira — disse, sua voz baixa e sedutora
como um vampiro, obrigando suas presas. Ela nã o estava se mexendo,
entã o ele tomou isso como um sinal para continuar. — Talvez você
goste da ideia de caminhar nessa saia apertada, talvez gostaria que eu
te dobrasse sobre minha mesa e enfiasse meu pau dentro de você . —
Ele fez uma pausa e se inclinou um pouco mais perto. — Assim como
eu tenho imaginado o dia todo.
A ponta da sua língua lambeu seu lá bio inferior e nã o havia como
no inferno ele nã o deixá -la saber que ele notou isso. Ele queria ver o
quã o longe poderia empurrá -la...
— Ou talvez você goste de uma posiçã o mais familiar: você de
joelhos com meu pau em sua boca?
— Evan... — ela tentou intervir, mas sua respiraçã o parou quando
ele levantou uma sobrancelha.
— Negue. Continue.
Enquanto olhava para ele, seus dentes brancos mordia o lá bio
cereja, quando ela ficou lá , nã o dizendo uma palavra.
— Isso é exatamente porque eu nã o vou ficar. — Disse ele,
deixando seu olhar ir para baixo de seu corpo antes de sair pela porta,
deixando ela sem palavras atrá s dele.

***

Evan bateu na porta do escritó rio de Reagan e esperou que ela


respondesse. Passaram uns dias desde o confronto, e ele tinha notado
que ela tinha lhe dado um espaço mais amplo do que o habitual. Estava
bem para ele, desde que tinha desenvolvido uma obsessã o doentia com
zoom na mulher toda vez que ela estava por perto. Ele nã o estava
orgulhoso do fato. Entã o se ela queria manter a distâ ncia, entã o lhe
fazia um favor de certa forma. Embora o pau dele nã o concordasse.
— Entre. — Ela falou por detrá s da porta fechada.
Apó s empurrá -la aberta, ele fez seu caminho dentro com as
informaçõ es que ela tinha pedido.
— Você estava certa sobre Stein. — Ele disse. — Se eles estã o
dispostos a renunciar o ponto do preço em seus produtos principais,
entã o provavelmente aumentará suas vendas.
Parando atrá s de uma das cadeiras em frente à mesa dela, ele
franziu a testa.
— A parte mais difícil será os fazer ver dessa maneira.
Reagan se recostou na cadeira dela e apertou as mã os juntas. Ela
contemplou suas palavras por um momento e entã o deu um sorriso
arrogante quando deu de ombros.
— Nã o tenho que fazê -los ver. Eu vou lhes dizer os nú meros e
mostrar as estatísticas, e eles nã o tê m nenhuma opçã o melhor do que
baixar os preços. Ganha-ganha, se você me perguntar.
Ele deu um ligeiro aceno e se virou para sair, mas a voz dela o
parou.
— Espera só um segundo. Senta.
Olhando por cima do ombro para ela, ele tentou avaliar o que a
mudança no tom dela sinalizava.
Ela inclinou a cabeça. — Por favor?
Relutantemente, Evan fez o seu caminho para um dos assentos em
frente ela e se sentou. Entã o descansou os cotovelos nos braços da
cadeira com os dedos na frente dele, quando esperava ela falar.
Ela cruzou uma perna sobre a outra, mas ele se recusou a
permitir- se olhar. Ele nã o sabia se estava brincando com ele ou se era
só ela, mas cada pequena coisa que fazia o provocava. Nem a caneta
que ela rolava entre os dedos trouxe à mente as mã os nele.
— Evan. — Ela disse. — Eu queria perguntar como você está se
adaptando.
Nã o esperava ela perguntar isso, mas quando ele se sentou em
linha reta e baixou as mã os, viu os olhos dela irem até onde repousava
as mã os sobre as coxas dele antes de olhar em seus olhos.
— Até agora tudo bem, eu acho. — Ele parou por um momento e
depois se atreveu a perguntar. — Como minha chefe, como você avaliaria
meu desempenho até agora? Que, afinal de contas, é o que conta, nã o
é ? Que você esteja satisfeita?
Ele viu quando ela colocou a caneta que ela girava entre os dedos
na boca. Ela mordeu o final da tampa da caneta enquanto o avaliava.
— Eu diria que nã o tenho queixas. — Ela disse, um sorriso lento,
cruzando o rosto dela.
Evan franziu a testa.
— Isso nã o é um bom comentá rio, Sra. Spencer.
Ela balançou em sua cadeira, seu sorriso crescendo mais amplo
quando deslizou a caneta em seu lá bio inferior.
— Ok... — ela disse lentamente. — Eu diria que seu desempenho
no trabalho tem sido... adequado.
— Adequado? — ele disse, confuso. — Eu acho que nó s dois
sabemos que minhas aptidõ es sã o muito acima do nível do 'adequado'.
— Hmm. — Ponderou ela. — Bem, suas habilidades sociais
precisam de um pouco de trabalho. Mas você parece ser extremamente
motivado a agradar, altamente produtivo, e seu foco de trabalho é
inabalá vel. Acho que eu estou adiando o julgamento até que eu veja
como fecha o negó cio.
Evan tinha um pressentimento, que a conversa tinha se desviado
da linha profissional de questionamento direto, depois que ela o pediu
para se sentar.
Ele tinha tentado descobrir o que estava diferente nela hoje. Desde
que começou na Corporaçõ es Kelman, ela tinha sido nada alé m de
profissional, e cada dia que ele tinha estado lá , ela tinha demonstrado
uma é tica de trabalho admirá vel. Hoje estava diferente. Ela estava mais
relaxada do que ele tinha visto antes. O cabelo dela era ainda
perfeitamente estiloso, sua maquiagem impecá vel, mas foi seu
comportamento e... a blusa dela.
Ele nã o a olhou até entã o, mas quando deixou seus olhos irem
para baixo sobre a clavícula, viu que a respeitá vel Sra. Spencer tinha
deixado alguns botõ es extras abertos. Ela provavelmente nã o achava
que ele notaria algo tã o inconsequente, mas quando você tinha se
masturbado a ponto de machucar a si mesmo enquanto olhava para
um conjunto de pé rolas no pescoço dela, porra, você logo prestava
atençã o quando ele estava à mostra para você .
— Minhas habilidades sociais estã o faltando, você disse?
Ela inclinou-se na cadeira dela e deixou cair a caneta sobre a mesa,
descansando seus cotovelos sobre ela, permitindo sua camisa abrir um
pouco mais.
— Bem, é compreensível que esteja um pouco relutante em se abrir.
Sua sobrancelha subiu quando ele olhou para baixo para dar uma
espiada no sutiã antes de voltar para o rosto dela e afirmar: —
Considerando que você parece mais do que feliz para....
— Para. ?
Ele balançou a cabeça.
— Nada. — Olhando ao redor, ele notou os diplomas pendurados
na parede. — NYU6, hein?
Ela seguiu seu olhar e assentiu com a cabeça. — Sim.
Meu mestrado.
— E antes disso?
— Antes de quê ?
— Antes da NYU. Qual a sua histó ria?
Ela deu de ombros e se endireitou na cadeira dela.

6
A Universidade de Nova Iorque (NYU) é uma universidade de pesquisa privada sem fins lucrativos sediada na cidade de
Nova Iorque. Fundada em 1831, a NYU é considerada uma das universidades de pesquisa mais influentes do mundo.
— Estamos jogando vinte perguntas agora?
— Vai responder a cada pergunta com outra pergunta?
— Nã o é importante.
Evan a estudou cuidadosamente.
— Bem, isso nã o parece justo. Você sabe tudo sobre mim.
— Sim, mas nó s que te contratamos. É meu dever saber quem
trabalha comigo.
— Entã o, seu restaurante favorito enquanto crescia...?
Ela riu e balançou a cabeça.
— McDonalds.
— E os nomes de seus pais sã o...?
Reagan revirou os olhos e apontou para a porta.
— Volte ao trabalho.

***

— Fazemos uma boa equipe. — Reagan disse na semana seguinte,


enquanto caminhavam fora da sala de conferê ncia e através do lobby.
Eles tinham acabado de apresentar o seu projeto colaborativo de fusã o,
e havia ido surpreendentemente bem.
— Francamente, estou um pouco chocada.
— Ah sim? Você estava duvidando da minha capacidade?
Quando ela abriu as portas para a rua, atirou-lhe um olhar que
dizia, realmente? E ele riu.
— Tudo bem, tudo bem! Formamos um time muito bom nos
negó cios. Estou de acordo.
— Viu? Foi tã o difícil assim?
Enquanto ele caminhava ao seu lado pela rua, balançou a cabeça.
— Orgulhe-se de mim. Eu estou mantendo meus lá bios fechados.
Ela bufou.
— Sim, é a ú nica coisa que quero que você mantenha fecha... — ela
se parou antes que pudesse terminar a frase.
— Ei, estou tentando aqui.
— Você está certo. Me desculpe.
Você não se desculparia se soubesse todas as posições, que eu
pensei em transar com você.
Ele sentiu uma peculiaridade no sorriso quando eles continuaram
para o escritó rio em um silê ncio confortá vel, até roncar o estô mago dela,
que o fez parar.
— Almoço?
Ela colocou uma mã o na barriga dela e olhou de relance sobre ele.
— É luz do dia, entã o comer juntos é permitido agora, hein?
Quando ele assentiu com a cabeça, ela apontou para um
restaurante tailandê s do outro lado da rua.
— Isso funciona para você ?
— Estou sempre bem para quente e picante.
Ela revirou os olhos. — Tenho certeza de que está .

***

Ele sentiu o olhar de Reagan nele quando comia sua segunda


porçã o de Pad Thai7. Abaixando o garfo, ele levantou seus olhos para
encontrarem os dela.
— Eu pensei que gostava de quente e picante! — ela comentou,
pegando outra garfada de frango de caril vermelho. — Que nã o é isso!
— Eu gosto de trocar. Eu fico entediado quando como o mesmo
prato sempre.
— Hmm. Isso é interessante. Diz muita coisa sobre você .
— O que posso dizer? Eu gosto de variar de vez em quando.
Falando nisso... — limpou a boca e colocou o guardanapo no colo dele.
Quando ele falou novamente, sua voz tomou um tom mais só brio. —
Obrigado. Você sabe, com o trabalho, esta conta... tudo, realmente.
Muitos nã o me deram uma chance, e eu tinha merecido isso. Entã o...
Agradeço muito.
Ela parecia pensativa, a cabeça inclinada para o lado.

7
— Todo mundo comete erros, Evan. É como você lida com as
consequê ncias que conta.
Tenho quase certeza que ela não concorda com quaisquer dos meus
métodos.
Esfregando o queixo, ele disse: — Nã o acho que fiz um bom trabalho
em lidar com qualquer coisa ultimamente.
Ele olhou para ela com os olhos assombrados, a voz dele caindo
para quase um sussurro:
— Nã o sei como... — ele pô s para fora, perdendo a coragem.
— Você nã o sabe como o quê ? — ela perguntou.
Ele se concentrou nela e decidiu que talvez fosse a hora de se abrir
com algué m.
— Como parar. Eu só nã o sei como parar.
— Estou curiosa. — Ela disse antes de tomar um gole de sua á gua.
— Você tem um saudá vel apetite, isso é ó bvio, mas, entã o, um monte de
gente també m tem.
— Se incluindo?
Os lá bios dela levantaram em um meio sorriso, e ela acenou com a
cabeça.
— Eu inclusive. Entã o qual é o ponto de inflexã o?
— O ponto de inflexã o?
— Sim. O que faz ele ficar fora de controle?
— Nã o acho que você queira saber.
Ela deu-lhe um olhar que deixou bem claro o que pensava, mas
no caso dele nã o ter percebido, disse-lhe: — Eu sou bem grandinha,
Evan. Eu posso lidar com isso.
Ele sabia o que ela estava pedindo, mas nã o sabia se ela poderia
lidar com isso. Como poderia algué m entender o que ele fazia quando
pensava que ningué m estava assistindo?
Ela esperou, um olhar expectante no rosto, e ele sentiu suas
defesas lentamente desmoronando. Deslocando-se no lugar, entã o ele
estava encostado no outro lado da mesa, abaixou a voz e trocou olhares
com ela, nã o lhe dando qualquer chance de escapar da intensidade que
ele sabia que estava em seu pró prio.
— Você alguma vez quis tanto algo que faria qualquer coisa para
obtê -lo?
— É claro!
— E se isso significasse desistir de tudo de bom na sua vida por
isso? Por um orgasmo que dura apenas minutos antes de você persegui-
lo novamente? Quando você está com os ú ltimos dó lares em sua conta
bancá ria e preferisse fazer uma ligaçã o de sexo em vez de comer, pois
sua mã o simplesmente nã o está ajudando, e o pensamento de passar
mais um minuto sem gozar é o que você acha que iria matá -lo. Quando
seu primeiro pensamento depois de finalmente conseguir um trabalho
novo, nã o é que você possa pagar suas contas, mas que você possa
finalmente pagar a prostituta de alta classe com a boceta mais apertada
em Manhattan para fodê -lo em vez disso? Essa é a linha... Essa é a
diferença.
Os olhos de Reagan tinham aumentado ao longo de seu discurso, e
quando ela ficou lá , olhando para ele com a boca ligeiramente aberta, se
perguntou o que ela estava pensando.
— Ei! — ele disse a ela e reclinado de volta com um encolher de
ombros, tentando parecer indiferente. — Você pediu.
Alguns segundos se passaram antes dela assentir com a cabeça e
conseguir se recompor o suficiente para perguntar:
— Você já tentou parar?
Ele colocou o guardanapo na mesa e voltou a olhar, recusando-se
a sentir qualquer humilhaçã o mais do que ele já fez.
— E como você sugere que eu faça isso?
— Você já conversou com algué m?
— É claro!
— E obviamente a abstinê ncia nã o funciona.
— Obviamente.
Seus lá bios curvaram em um sorriso insolente quando ela sugeriu:
— Pode parecer loucura, mas sobre a monogamia?
Essa sugestã o, ele estourou uma respiraçã o.
— A ú ltima mulher que namorei disse que queria que eu caísse no
lago Kaptai e que meu pau fosse comido por um enxame de piranhas
famintas. Entã o, nã o, isso nã o acabou bem.
— Lago Kaptai?
— Exatamente. Tive de procurá -lo. Lembre-me de nunca ir a
Bangladesh.
— Bem, merda.
Ele soltou uma risada sem graça e a viu bater a unha bem cuidada
contra seu lá bio.
— Bem, olhe. Você tem o trabalho. Só nã o foda tudo, ok? Sem
trocadilhos.
— Eu estou tentando. Mas tenha em mente: prometi minha família
a mesma coisa há anos, e se eu nã o consigo fazê -lo direito para eles...
— ele ficou confuso quando viu uma expressã o em flash atravé s de
seus olhos. Interesse? Nã o... mas alguma coisa.
— Quase nã o fala deles. Vivem por aqui?
— Nã o. — Ele respondeu, mas nã o deu nada mais. Sua família, nã o
era um tó pico que pretendia discutir.
Ele a observava pelo canto do olho. Se foi surpreendida pelo que
ele disse, ela nã o estava mostrando. Ela parecia ter pego a dica e voltou
a comer sem dizer mais nada.
Mas quando ele pegou seu garfo e apanhou um pedaço do frango
de caril vermelho, ela olhou-o surpresa.
— O quê ? — ele perguntou, uma inocente expressã o no rosto. —
Eu queria quente e picante, afinal de contas.

***

Evan levou seu SUV para a rua escura e familiar, iluminada apenas
por um poste de luz e abriu a janela. A noite estava pegajosa com a
umidade, e as calçadas pareciam estar abandonadas em favor de ar
condicionado. Isso ou os negó cios eram bons.
Ele viu um par de figuras sombrias em saltos de pé na esquina, e
ele apagou suas luzes enquanto abrandava seu Range Rover em suas
direçõ es. Uma das mulheres era alta com a pele da cor do rico café e a
outra ruiva magricela. Ambas estavam vestidas da mesma forma em
minú sculas minissaias e saltos mais altos que já tinha visto, nã o
deixando nenhuma dú vida sobre exatamente o que era que estavam
fazendo na rua depois de escurecer.
Ele nã o tinha imaginado que as coisas chegariam a este ponto. Mas
tinha sido fodidamente duas semanas desde que ele gozou, e se ele nã o
tivesse um alívio em breve, nã o saberia o que iria fazer.
Quando abrandou até parar na frente das mulheres, elas viraram
e passearam em sua direçã o. Tã o perto, ele nã o estava completamente
certo de que a ruiva nã o fosse um cara e, apó s a inspeçã o, ainda mais,
ele ainda nã o estava positivo, entã o olhou para trá s para ver se sua
regular estava nas proximidades.
— Está procurando por alguma coisa doce? — a mulher mais alta
perguntou quando ela puxou ainda mais para baixo a parte superior da
blusa para mostrar seus seios. Eles nã o eram nada espetaculares.
— A Layla está por aqui?
A sobrancelha da mulher ficou arqueada, e entã o ela cruzou os
braços, aparentemente colocando para fora que ele havia pedido algué m
que nã o era ela.
— Layla já está ocupada pela noite. Está tarde demais para aquele
pedaço de bunda, querido.
Evan apertou as mã os em volta do volante quando pensou sobre
as suas opçõ es. Entã o ele olhou de volta para a mulher cujo quadril
estava descansando contra o lado da porta do seu carro.
Foda-se.
— Você . Qual é seu nome?
Ela se inclinou e ficou cara a cara com ele, os seus lá bios pintados,
ela disse:
— Violet.
Seus olhos se dirigiram para onde a ruiva estava se afastando
depois de perceber que ela, ou ele, obviamente nã o era quem ele estava
interessado.
O fato era que nã o estava interessado em qualquer uma delas. A
mulher que ele estava obcecado estava fora dos limites. Era melhor
saciar seu desejo aqui, do que correr o risco de perder o emprego por
encurralar a chefe e fodê -la por algum tipo de liberaçã o de merda.
— Ok, Violet. Entre!
Ele empurrou o encosto quando ela abriu a porta e entrou,
dobrando as pernas longas em direçã o a dele. Imediatamente, ela
estava sobre ele, executando suas longas unhas sobre o peito quando
ele abaixou a janela e dirigiu para a esquina.
— O que vai ser querido? Você é um homem de cu? Ou talvez
prefira uma foda nos meus peitinhos?
Ela removeu as mã os e agarrou seu pau, massageando enquanto
lambia os lá bios.
Olhando brevemente para seu movimento, ele bufou.
Não seria o suficiente a porra dos peitinhos.
Ela parou de esfregar e se afastou dele.
— Entã o o que vai querer, pau elegante? Você me pegou, lembra?
Ele puxou o carro para um beco mal iluminado e desligou a
igniçã o.
Nã o havia nenhuma maneira no inferno de levar uma prostituta para
casa, e ele certo como a porra nã o gastaria seu dinheiro em um quarto
de hotel para um trabalho de cinco minutos.
Ele abriu a calça e empurrou para baixo, puxando seu pau para
fora. Ele tinha ido ao comando para facilitar o acesso, e mesmo sem
estar duro, os olhos dela inflamaram com interesse.
— Acho que só uma masturbaçã o vai funcionar hoje à noite, Violet.
— Ele disse ao empurrar seu assento para trá s.
Fechando os olhos, ele tentou imaginar que estava em qualquer
lugar exceto no carro com uma prostituta. Quando os dedos dela
enrolaram na raiz do seu pau, ele murmurou algo sobre ter algué m que
nã o seja ele mesmo tocando seu pau.
Naquele momento, ele nã o se importava quem ela era ou como
ficava. Nada importava. Apenas o fato de que ela estava apertando o
pau dele.
Enquanto ele empurrava seus quadris do assento, ouviu ela gemer
em seus movimentos, mas nã o estava interessado no prazer dela. Ele
estava interessado em seu pró prio. E quando os dedos dela começaram
a acariciar seu comprimento, sua ereçã o começou a tomar
conhecimento.
O movimento seco nã o iria funcionar por muito tempo, entã o ele
abriu os olhos e perguntou.
— Lubrificante?
Ela deu-lhe um sorriso safado e flexionou os dedos, fazendo do
punho de sua mandíbula.
— Isso custa extra.
— Eu tenho dinheiro.
Ela mordeu os lá bios e olhou para baixo no pau dele, antes de
retornar o foco para ele.
— Nã o quer minha boca em vez disso?
Descendo, ele aperta a mã o ao redor dela.
— Lubrificante. Só isso.
— Ok. — Ela cedeu e trouxe sua mã o livre para o lado da saia.
Entã o ela escorregou os dedos por baixo... e tirou um pacote pequeno.
Aparentemente, ela é uma maldita escoteira. Sempre preparada.
Depois, enfim, o lubrificou e ela foi para trabalhar, firmemente,
apertando-o da raiz à s pontas, torcendo as duas mã os em torno do seu
pau e esfregando-o com atençã o. Ele bombeava os quadris acima em
um ritmo constante, atravé s de suas mã os cerradas e tentou nã o
pensar sobre qualquer coisa, mas como era bom. Os tremores do início
da corrida correram atravé s dele, mas tã o rapidamente, eles tinham
ido embora.
— Nã o! Foda-se! — cuspiu, agarrando seu cabelo em frustraçã o
quando sentiu sua ereçã o começar a diminuir.
Ela també m sentiu e moveu as mã os mais rá pido, tentando outra
posiçã o quando ela começou a ronronar sedutoramente. Isto nã o podia
estar acontecendo. Outra vez nã o. O que diabos estava acontecendo?
Entã o ele procurou imagens de Reagan, e agora, de repente, ele nã o
conseguia mais achá -las? O que era isso? Algum tipo de culpa de
merda? Ele sabia que ele nã o poderia tê -la, e desde entã o secretamente
se masturbava para ela, nã o podendo salvar a si mesmo.
Foda-se essa merda.
Ele se sentou e empurrou as mã os da prostituta de seu corpo inú til.
— Pare! Apenas pare.
— Algum problema querido?
Ele atirou um olhar que estava cheio de raiva e frustraçã o, indo
para a carteira dele, que estava no bolso da calça que estavam
atualmente em volta dos tornozelos. Puxando um par de notas, as
atirou atravé s do console para ela e disse-lhe friamente.
— Apenas saia.
As sobrancelhas dela subiram.
— Com licença?
Ele apertou um botã o para destravar as portas, estendeu a mã o
para abri-la.
— Saia!
— Você é um filho da puta torcido, me deixando no meio de um
beco quando o mínimo que poderia fazer é me levar de volta dois
quarteirõ es...
— CHEGA! FORA!
Sua voz vibrou pelo ar e a fez pular fora do carro.
Ela limpou as mã os nas laterais do vestido escasso, gritando
obscenidades. Ele se inclinou e puxou a porta do passageiro.
— Nã o se preocupe em voltar aqui! Você ou seu pau mole! — ele
podia ouvi-la gritar quando saía fora do beco.
Ná useas torciam seu intestino e a picada das lá grimas queimou
seus olhos. Ele odiava estar assim. Odiava, mas nã o conseguiu escapar.
Ele nã o conseguia decidir qual dor era pior: a agonia física, fodido
como ele tinha usado e descartado outro ser humano, ou a culpa e a
humilhaçã o de ter de reconhecer quem ele era.
Capítulo Nove

Evan nã o se mexeu. Ele apenas se sentou na cadeira da sala de


reuniõ es, assistindo e ouvindo Bill falar os destaques da semana e o
que eles precisavam realizar para pró xima segunda-feira.
Ou pelo menos era o que ele assumiu que estava acontecendo ao
observar os lá bios se movendo de Bill. Ele nã o podia ouvir nada alé m
do sangue batendo na cabeça dele, cada batida um lembrete de que ele
nã o estava mais no controle de seu corpo indisciplinado, que era dele
para controlá -lo.
Estava tomando cada grama de força de vontade para se manter.
Se ele se mexesse, ele quebraria, e essa fissura se espalharia até se
desmoronar completamente e irrevogavelmente. Entã o ele se sentou ali,
os olhos colados à frente, as mã os no colo e esperava que a expressã o
no rosto dele fosse agradá vel.
Ela estava sentada em frente a ele, um fato que se tornou ciente
no segundo que ele tinha entrado na sala. Ele tinha decidido que a
melhor maneira de lidar com isso seria por nã o lidar em tudo, por
ignorar tudo.
— Isso é tudo de mim por agora.
Bill disse ao fechar a pasta de couro que tinha sobre a mesa na
frente a ele.
— Tenho certeza de que estã o ansiosos para sair daqui e aproveitar
o fim de semana. Entã o lembrem-se o que eu disse, os nú meros desta
semana foram bons, mas nã o bons o suficiente para gastar suas
economias. Entã o calma, relaxem e voltem prontos para ganhar ainda
mais dinheiro.
Houve murmú rios baixos ao redor da sala quando as pessoas
guardavam suas coisas e saíam. Evan esperou todos eles saírem, e
entã o se levantou a seus pé s, pronto para sair sem ter que se envolver
em uma conversa com algué m. Ele estava quase à porta quando ele
ouviu o seu nome no fundo da sala.
— Ei, Evan! Pode esperar um minuto?
Porra.
Ele estampou no rosto a cara de poker quando sua guarda subiu.
Entã o se virou para encarar Bill. Havia uma expressã o que Evan nã o
gostava nos olhos dele. Parecia algo semelhante a preocupaçã o de
merda. Esperava que nã o viesse com um sermã o de Deus ali na sala de
reuniõ es. Ele seria tentado a se atirar pela janela.
O homem se baixou para pegar um envelope pardo e estendeu a
ele.
Evan olhou em confusã o por um momento antes de pegá -lo.
Bill riu.
— Sã o apenas os nú meros que Reagan me deu para olhar na conta
de Whitehead, nã o sua demissã o.
Quando Evan acenou a cabeça dele, Bill continuou.
— Você olhou para ele como se ele fosse morder sua mã o. Nã o há
necessidade... Você parece estar voltando as coisas muito bem, filho.
Contas boas, e Reagan deu o seu louvor. — Ele se inclinou mais perto
e disse num sussurro conspirató rio. — Mas nã o diga que eu te disse,
claro.
Ele pegou o envelope de Bill e deu um aceno rá pido. Neste ponto,
era a ú nica reaçã o que confiava em ter, enquanto o homem o olhava
tã o atentamente.
— Ela saiu antes que eu pudesse devolvê -los e ela precisa deles
para seu relató rio final. Pode levar a ela antes de sair hoje?
Não, eu não posso, era o que ele queria dizer.
Mas em vez disso, ele conseguiu um educado.
— Sem problema. — Ele começou a se afastar.
— Ah, e Evan?
Ele congelou e agarrou o relató rio mais apertado, esperando o
machado cair.
— Você está bem? Você parece um pouco distante hoje?
Ele esfregou uma mã o sobre o queixo, ele sabia que nã o enganaria
Bill por um segundo, com os olhos perceptivos dele vigiando qualquer
indicaçã o.
— É . Nã o estou dormindo bem. Acho que finalmente está
alcançando a mim.
Bill tocou os dedos em cima da mesa na frente dele e assentiu com
a cabeça de acordo.
— Sim, tente fazê -lo. Tente se recuperar este fim de semana, sim?
Nã o podemos ter um dos nossos principais gerentes parecendo como
se ele precisasse de uma semana de fé rias. Precisamos de você alerta,
filho. Você sabe, para dar confiança.
Evan forçou um pequeno sorriso.
— Claro! — ele disse... e caminhou rapidamente de volta ao seu
escritó rio.
Uma vez lá , ele fechou a porta e se inclinou contra ela, rapidamente
afrouxou a gravata que o estava sufocando. Ele respirava fundo, mas
nã o foi suficiente. Depois de tirar fora o seu paletó , ele o jogou em uma
cadeira junto com o envelope e se inclinou contra a porta, deixando o
frescor da madeira escoar atravé s de sua camisa ú mida. Ele ainda nã o
tinha percebido que estava suando, o esforço de tentar ser normal e
presente no escritó rio obviamente tomava um pedá gio físico no corpo
dele.
Passando os dedos pelo seu cabelo, ele deu novamente uma
respiraçã o profunda para acalmar seu coraçã o que estava martelando.
Nã o sabia como aliviar o seu sofrimento, e isso é o que estava o
mandando sobre a borda. Ele tinha tentado tudo de seu costume para
ir, mas nada adiantava.
O vício que tinha uma vez arruinado toda sua vida, estava o
arrastando de volta novamente. Se ele nã o obtivesse um controle sobre
isso em breve, iria se afogar. Olhou para suas mã os tremendo e se
lembrou do catalisador de sua espiral descendente - Reagan.
Foi por causa dela que começou nesta busca interminá vel de tirar
suas rochas, e sabia profundamente em seu estô mago que por causa
dela, ele nã o conseguia. Exasperado, mudou-se para onde a pasta dele
estava, sentando na mesa. Ele precisava acabar logo com isso e ir para
casa.
Uma batida soou na porta dele, enquanto reunia suas coisas, mas
ignorou, nã o querendo lidar com ningué m no momento. Ele precisava
esperar até que toda a gente desaparecesse antes de sair. Nã o há
necessidade de outros testemunhá -lo no fundo do poço em que estava
chafurdando.
A batida soou novamente, mas desta vez, uma cabeça espiou em
volta da porta. Uma cabeça loira. Uma cabeça loira muito atraente, mas
indesejá vel.
Enquanto Reagan tomava seu estado de desvantagem, sua
expressã o era de perturbado. Ela entrou no escritó rio e fechou a porta
atrá s dela. Nenhuma palavra foi trocada enquanto ela olhava para ele,
seus olhos transmitiam compreensã o. Compreensã o e... porra
compaixã o. O olhar o deixou doente, e ele se virou em desgosto de si
mesmo.
— Por favor, saia.
Sua voz era tranquila quando ele fechou os olhos com os dedos em
punhos sobre a mesa de madeira.
Nã o era um homem de oraçã o, mas faria uma agora se ela
desaparecesse. A corda que unia o corpo dele estava surrada, e se ele
falasse, nã o tinha certeza do que seria capaz. E ele só nã o podia deixá -
la ver isso. Ela nã o.
— Ev...
— Eu disse... — ele a cortou sem olhar para trá s. — Por favor, saia.
Há um envelope na cadeira para você . Apenas pegue e vá !
O silêncio que tomou conta da sala era grosso quando ambos
ficaram congelados onde estavam. Ele estava esperando ouvir os
passos dela levá -la para fora da porta e para longe dele. Longe do
inferno que o deixava apenas sob a superfície. Mas ele nã o podia ouvir
nada. Absolutamente nada.
Ele fecha os olhos e apertou as mã os em punhos até doerem.
— Evan.... — sua voz era macia, persuadindo desta vez, como se
ela estivesse pisando cuidadosamente ao redor de um animal selvagem
na sala, e realmente, com o que ele sentia, ela foi esperta em ser
cautelosa.
— Evan, olha para mim. Por favor?
E não é esse o problema? Não quero parar de olhar para ela.
Ele balançou a cabeça, e assim como ele, os passos
se aproximaram.
— Pare! — ele gritou, e seus passos pararam.
— Nã o vou embora. — Ela disse, sua voz desafiadora.
Ele imaginou que caso se virasse, entã o, veria seus braços cruzados
e sua cabeça inclinada para cima. Esse visual, confiante e mandona
como o inferno, quase o fez girar em sua direçã o. Ela nã o permaneceria
tã o arrogante por muito tempo, se conseguisse o seu caminho. Ele a
teria prensada na parede com a mã o por baixo de sua saia em cinco
segundos.
— Entã o você está procurando por problema. Eu disse para sair.
— E eu disse que nã o vou a lugar nenhum.
A voz dela havia subido de volume quando teimava em nã o sair.
— Agora, vire-se e diga-me o que no inferno você tem. Está uma
bagunça o dia todo.
Ele riu, entã o. A histeria dentro borbulhando e forçando seu
caminho para fora em um som sem senso de humor. Deus, ela estava
testando sua paciê ncia, e foda-se estava quase perdendo-a.
Lentamente, ele girou em seus calcanhares, e quando finalmente
estava de frente para ela, ergueu os olhos para bloquear com os seus
castanhos.
— Ok, Reagan. — Sua voz era baixa, e quando ele disse o nome
dela, viu o jeito que ela mudou de onde estava. Nã o tã o confiante agora
que ela estava cara a cara com um homem que claramente estava
agarrado por um fio.
— Agora o quê ?
Os olhos dela estavam vigiando cuidadosamente sua açã o a cada
movimento, e quando ela pegou uma lufada de ar e empurrou o cabelo
atrá s da orelha, ele percebeu que seus seios testavam a restriçã o da
camisa.
Ela deu um passo em direçã o a ele, e Evan nã o pô de deixar de
pensar que ela era corajosa ou incrivelmente tonta quando perguntou:
— Agora me diga o que está acontecendo... Seus olhos inchados nã o
estã o enganando ningué m. Aconteceu alguma coisa?
Ele agarrou os lados da mesa por suas coxas e focou em seu lindo
rosto diante dele, sentindo o lá bio enrolar em um sorriso irô nico.
— Você aconteceu, porra!
Ela estremeceu com o tom ameaçador de suas palavras.
— Eu?
Quando Evan nã o respondeu, ela ficou na defensiva. — E o que
exatamente quer dizer com isso?
Seus olhos vagavam pelo corpo palmo a palmo, levando-se em
toda a ela. Ele nã o achava que já tinha visto uma mulher mais sexy em
sua vida. Foi entã o que percebeu que seu pê nis dormente tinha tomado
interesse.
Claro que sim!
Reagan parecia imaculada. Seus cabelos loiros, estilizado em
ondas suaves, repousavam suavemente contra a seda da camisa dela.
Era uma cor creme com botõ es pretos que atropelavam o centro entre
dois dos mais espetaculares peitos que ele poderia se lembrar de
alguma vez ter visto.
As curvas de seu corpo, eram destacadas em uma maneira de bom
gosto sob a saia lá pis preta. Mas a maneira como a camisa estava
dobrada, mostrando sua minú scula cintura e a batida de seus quadris,
fez com que ele quisesse agarrá -la e levantar sua saia para ver que tipo
de renda estava por baixo dela.
E ela era do tipo que usava renda. Ele sabia disso porque se
lembrava com detalhes de assistir ela despir seu magnífico corpo uma
vez. E maldito inferno, que era o que ia tirá -lo do lançamento que tinha
perseguido agora.
— Ei! — ela abriu os dedos para chamar a atençã o de novo. — O
que diabos está acontecendo com você ? Eu nã o vou perguntar de novo.
— Oh... Entendo. Estamos jogando pelas regras da Reagan,
estamos? — ele se atirou para fora da mesa e começou a circulá -la
lentamente. — E quando você receber sua resposta, o que você fará ?
Duvido que é algo que você queira ouvir... — ele disse, parando atrá s
dela.
A parte de trá s dela, era apenas tã o atraente como a frente, e ele
teve que se esforçar, para nã o empurrá -la para a frente e em cima da
sua mesa. Como os olhos dele pararam em seu traseiro amplo, ele
percebeu sua ereçã o crescente e deu um passo mais perto. Ela
estremeceu quando a respiraçã o dele esfregou o seu pescoço, mas ela
nã o se afastou.
Isso o surpreendeu. — Nã o vai fugir esta noite? — ele perguntou
em voz alta. — Isso significa que eu posso te tocar?
Ele correu os dedos ao longo da coluna vertebral, e desta vez, ela
empurrou longe e se virou para encará -lo.
Os olhos dela brilharam quando sussurrou:
— Nã o! Você nã o pode me tocar!
— Eu vejo. — Reconheceu quando ela mudou para mais longe dele,
sem dú vida, tentando criar mais distâ ncia entre os dois.
— Devia ter ido quando eu disse, em vez de me cutucar para
respostas de merda.
Ela olhou como se tentando decidir o melhor curso de açã o. Entã o
ela cruzou os braços sobre o peito e afirmou claramente.
— Eu ainda estou esperando uma resposta, Evan, pare de tentar
me intimidar e responda a pergunta.
Ele deu um passo em direçã o a ela, e deixou seu olhar ir para os
seios, atrá s do cetim da blusa. Estavam esticando os botõ es e ele queria
abrir com os dedos ou dentes, e quando ele estava finalmente perto o
suficiente para que pudesse ver o laço do sutiã entre os botõ es, moveu
os olhos para os dela, e a prendeu onde estava.
— Você é o problema, porque nas ú ltimas duas semanas, eu tive
uma porra de ereçã o que nã o consigo me livrar. Dia apó s dia, eu vi você
andar por aí, fazendo a porra do meu pau doer para afundar-se dentro
novamente, e você sabe o quê ? Estava no meu melhor comportamento.
Já olhei..., sim. Nã o vou mentir. Mas toquei? Nã o... Eu fui para casa e
tentei esquecer. Tentei aliviar de alguma forma esse desejo que você
construiu dentro de mim, mas eu acho que finalmente descobri... —
seus olhos foram para baixo do pescoço, observando seu pulso bater
rapidamente quando ela baixou os braços na mesa para se firmar.
— É você ! Eu quero você !
Reagan pareceu surpresa por sua admissã o.
— Mas... isso nã o é verdade. Eu sei o que você é , Evan. Sei que
nã o é sobre mim.
Ele levantou suas sobrancelhas.
— Nã o é ? O que se trata entã o? Por favor, esclareça-me.
— É porque você nã o repete. Você é um viciado. Eu fui apenas uma
soluçã o rá pida para você . — Ela parou e pensou. — Bem, talvez nã o tã o
rápida.
— Definitivamente não uma soluçã o rá pida.
— Nó s dois concordamos que foi uma vez só . O que mudou?
Evan soprou uma respiraçã o pesada, quando passeava pela sala e
agarrou a parte de trá s do pescoço.
— Eu nã o sei. Eu nã o sei.
Ela o olhou com cautela.
— Sim, mas de alguma forma acha que eu sou a resposta? Nã o
pareceu ter quaisquer problemas na nova garota, na outra noite.
— Jesus Cristo! Porque pensei em você! — ele explodiu, parando
em suas trilhas. — Você entrou na minha vida, e você fodeu a merda
fora dela! Nã o consigo gozar sem você . Vê o que está fazendo comigo?
Você fica perguntando o que está errado. Agora você vê isso?
Sabia que ele estava perdendo. Sabia que ele estava indo longe
demais, mas nã o podia parar agora. O pulsar de seu pau era insistente
e ele pegou seus olhos na sua ereçã o antes dela rapidamente desviar o
olhar. Descendo, ele esfregou a mã o aberta sobre suas calças e se sentiu
crescer com mais força.
Foi entã o que as luzes do escritó rio principal desligaram para o fim
de semana, a sala escureceu, exceto pela luz ofuscante da mesa dele e
a lasca de luz da cidade que espreitava por entre as cortinas. O quarto
era tensã o sexual pura, e da forma como ela se segurava na mesa dele,
tinha a sensaçã o de que nã o era somente ele.
— Reagan... — sua voz era como cascalho, quando ele tentou
abrandar. — Diga-me que você quer isso. Diga-me que você vai me
deixar te ter.
Ela pegou um fô lego quando ele desabotoou as calças,
desaparecendo dentro para continuar se acariciar com a mã o dele.
— Nã o posso. — Sua voz era quase um sussurro, mas os olhos dela
já nã o lutavam contra o desejo de ver seus movimentos.
— Sim, você pode! — ele persuadiu, dando um passo em sua
direçã o. Com cada pulsar do seu pau, ele estava crescendo mais difícil
para ela, mais desesperado. — Só desta vez. — Ele se mudou
novamente para ficar apenas meras polegadas dela. — Me deixe te
foder Reagan. Aqui, na minha mesa. Me deixe....
Reagan o olhou nos olhos.
— E se eu fizer... o que acontece entã o? Que tal na pró xima
semana, quando alguma garçonete nã o puder te satisfazer? Vai vir
correndo para mim...
Ele deixou cair a cabeça para a frente, olhou para baixo para a mã o
que estava usando para massagear a si mesmo e abanou a cabeça.
— Eu nã o sei. Eu nã o sei... — ele cerrou os dentes, depois arrastou
seu olhar embaçado para ela e implorou:
— Por favor Reagan. Você nã o entende o quanto eu preciso disso.
Ela levantou sua mã o e a colocou em seu peito, e se ele nã o tivesse
realmente testemunhado a açã o, nã o teria acreditado que ela
finalmente estava tocando nele. Entã o entendimento ocorreu no rosto
dela e ela parecia estar pensando sobre suas palavras cuidadosamente
antes de falar.
— Aqui está o que vai acontecer, e desde que eu sou a chefe, por
agora você vai me ouvir. — Quando ela gentilmente o empurrou para
longe dela, o coraçã o do Evan bateu duro dentro do seu peito. Entã o ela
disse suavemente:
— Você vai ficar aqui onde eu possa te ver. Você acha que sou eu,
o pensamento de mim, que te excita? Entã o você nã o deve precisar me
tocar para conseguir isso, nã o é ?
Ele se afastou quando mudou para o lado. Ela caminhou até onde
sua cadeira estava pressionada na mesa. Se sentou cruzando as pernas
e colocando os cotovelos nos braços da cadeira quando ela rolou os olhos
para baixo.
Ela lambeu os lá bios cheios e lhe disse:
— Agora o que você quer Evan?
Quando a viu sentada em sua cadeira e dando ordens como uma
dama, ele se perguntou se ela pensava que ele iria mudar de ideia e
deixar isso passar. Se fosse esse o caso, ela estava prestes a entrar em
um inferno de uma surpresa.
— Quero que desabotoe sua camisa.
Ela nã o hesitou, seus dedos agilmente abriram os botõ es de sua
camisa até a cintura dela.
— Tire-a. E entã o a deixe na minha mesa.
Reagan sempre com os olhos nele, quando ela obedeceu seus
desejos tirando sua camisa de dentro de sua saia, abrindo os botõ es
restantes antes de deslizar fora de seus ombros e mostrando o sutiã de
renda creme por baixo.
Deus todo-poderoso.
A visã o dela sentada lá com seus seios derramando sobre as bordas
do sutiã tinha ele gemendo, mas antes de chegar a sua calça para se
aliviar, ela chamou o seu nome.
— Espere! — ela disse se levantando e caminhando de volta. — Nã o
posso ver de lá depois de tudo.
Ela se sentou em uma das cadeiras de visitante na frente de sua
mesa, e quando ele se virou para encará -la, ela agarrou a mã o dele. A
língua dela foi para o comprimento da palma da mã o, antes dela colocar
dois dedos em sua boca e sugar.
Porra, todo o seu corpo tremeu no calor quente e molhado dela, e
quando ela tinha acabado, agarrou as bordas de sua calça e puxou
juntamente com suas cuecas boxer todo o caminho. Ele os tirou e
tomou conta de seu pê nis, bombeando atravé s do deslize liso de seu
punho.
A mã o de Reagan chegou a deslizar as alças do sutiã para baixo e
ele acenou com a cabeça e resmungou.
— Fora.
Ela obedeceu, abrindo pelas costas e deixando o sutiã cair no chã o.
Seus mamilos estavam duros e foda-se que nã o o fez empurrar a mã o
mais forte.
Os olhos dela estavam atentos nele, nã o mostrando qualquer
desconforto sobre o fato de que ela estava sentada em topless no
escritó rio dele, enquanto ele se masturbava. Foi quando, em negrito,
como sempre, ela inclinou a cabeça e lambeu seu lá bio inferior. Evan
soube entã o que ele nã o faria nada para foder isso.
— E agora, Evan?
Seus lá bios se separaram quando ela disse o seu nome, ele
começou a caminhar para ela até que ela abanou a cabeça.
— Nã o, nã o. Sem me tocar. O que vem depois?
— Porra! — ele rosnou quando apertou a mandíbula e trouxe sua
mã o de volta para bombear seu pau com mais força. Ele deixou seus
olhos caírem para os seios dela e a pele macia de seu estô mago, e disse:
— Tire a saia.
— Nã o. — Ela disse e deu um sorriso pecaminoso. — Eu nã o vou
tirar minha saia. Pró ximo?
Suas narinas alargadas em frustraçã o quando ele olhou para a cara
dela "sexy" e disse.
— Suba.
— Minha saia?
— Sim, a porra da saia! — ele gemeu.
Ela chegou para baixo para ambos os lados de suas coxas, mas
sempre com os olhos nele quando ela começou a subir por suas pernas.
— Mais! — ele disse quando ela parou logo abaixo do alto de suas
coxas.
Reagan a subiu mais até a sua calcinha creme que combinava com
o sutiã , entrando em modo de exibiçã o. Ele queria desfalecer quando
percebeu que ela estava molhada atravé s dela.
— Puta que pariu, Reagan! — ele disse, e ela franziu sua testa.
— Vê algo que você gosta? — ela perguntou e jogou uma das
pernas sobre o braço da cadeira.
Claro que sim!
— Você sabe que eu gosto disso.
Ele confirmou e ela arqueou os quadris em sua direçã o, e ele
apertou seu comprimento mais duro.
— Porra, anseio por isso! Jesus, Reagan! Você está encharcada!
Diga que nã o está morrendo para eu transar com você agora. Bem aqui
no chã o!
Ela segurou os lados da cadeira em que estava sentada e ele
assistiu a tensã o dos mú sculos de suas coxas quando curvou as costas.
Estava tentando empurrar contra algo, buscando a pressã o que ele
sabia que o seu pau poderia dar a ela.
Ele chegou mais pró ximo a ela, como um homem morrendo de sede
e que finalmente tinha visto um oá sis no deserto, e quando estava perto
o suficiente para que o cheiro de sua excitaçã o atingisse o nariz dele,
mostrou os dentes e exigiu a ela.
— Por que negar a si mesma?
Quando ela olhou para ele, a fome em seus olhos era evidente, mas
també m o controle que ele sabia que ele estava faltando. Em vez de
responder, ela tocou seus mamilos, atraindo sua atençã o para a tarefa
em questã o. Ela segurou-se, empurrando sua carne arredondada para
cima e apertando a tempo de cada curso que ele fazia.
Foda-se! Quase... Eu só preciso... algo mais.
Ele estava ofegante, entã o perto, ele sabia que estava chegando.
— Eu quero... — ele começou.
— Diga-me.
Evan se inclinou sobre ela e pegou a parte de trá s da cadeira,
apenas polegadas entre eles. Com a boca pairando sua orelha, disse-
lhe.
— Eu quero gozar em seus peitos, porra!
Ela lhe deu um sorriso tã o maroto que tinha seu interior torcendo
quando sussurrou.
— Faça!
Deus, eu quero beijar esse maldito sorriso da boca dela, ele pensou,
mas isso nã o fazia parte do negó cio.
Em vez disso, ele agarrou a parte de trá s da cadeira e se mudou
entre as coxas dela, se inclinando. Ela ainda tinha a perna pendurada
sobre o braço da cadeira, entã o estava agradá vel e ampla para ele. Entã o
ele começou a bombear seu pau, olhou para baixo para vê -la olhando
com atençã o absoluta e com a boca ligeiramente aberta.
Porra, ele estava preparado. O cheiro dela, o olhar devasso, e o fato
dela deixá -lo fazer isso, estava construindo dentro dele um clímax que
nã o podia esperar para pintar a pele.
Seus olhos desviaram até ele, debaixo de cílios longos, quando ela
repetiu: — Faça! — ele perdeu sua maldita mente.
Seu olhar nunca vacilou com o dela, quando as reprimidas horas
de agonia desencadeavam de forma espetacular no seu peito. Nunca
sentiu um lançamento neste nível antes. Sentiu como se ele estivesse
descarregando um pesado fardo de seus ombros, e quando seu clímax
diminuiu, o aperto no peito diminuiu.
Ela nunca tirou os olhos dele, e se perguntou o que ela viu. Um
homem desesperado, mais prová vel. Um tã o profundamente enraizado
na profundidade de seu vício que o ú nico alívio que ele tinha sido
capaz de encontrar era a mulher abaixo dele, coberta de seu gozo. Ela
se tornaria sua fantasia mais suja.
Ele se afastou dela, suas mã os tremendo quando a enormidade do
que tinha acabado de acontecer entrou. Ele só gozou nos peitos de sua
chefe.
Puta que pariu! O que eu fiz?
Ela deslizou a perna abaixo do braço da cadeira, e Evan a
observava em silê ncio enquanto ela virou e pegou um par de lenços de
papel da caixa em sua mesa e se limpou.
Eu preciso dizer alguma coisa... mas merda. O que você diz depois
disso?
Ela nem deu um olhar de passagem quando se levantou e andou
em torno de onde deixou o sutiã dela, jogando os lenços no lixo. Quando
ela colocava sua roupa em silê ncio, ele chutou a bunda dele na
engrenagem e fez o mesmo.
Antes que ele pudesse oferecer uma palavra de desculpas, ela veio
ao redor da mesa, olhou e alisou as mã os embaixo da saia dela.
— Entã o, eu vou ver você na segunda-feira?
“...Eu perdi minhas ilusões em uma chuva negra de
amargura... agora o que vê nos meus olhos? Como você
ainda pode me amar? Como é que pode ser sensível?...”

- John Geddes
Capítulo Dez

Os olhos de Reagan abriram dois minutos antes do alarme


disparar. Ela nã o sentia o pâ nico no estô mago ao acordar mais, embora
os sonhos que a tinham assombrado por semanas estavam se tornando
mais vívidos.
Quando os restos da memó ria ainda se dissipavam, o homem
deitado ao lado dela entrou em foco. O cabelo castanho despenteado que
ela lembrava, esvaeceram um loiro sujo.
Pegando o celular ainda na mesa de cabeceira, ela olhou para a
hora e rapidamente desativou o alarme antes que pudesse acordá -lo. A
ú ltima coisa que precisava era de uma audiê ncia para a caminhada da
vergonha, e ela já mentalmente estava se chutando por passar a noite.
Cautelosamente levantando o lençol, ela escorregou para fora da
cama na ponta dos pé s, andando ao redor da sala coletando as coisas
dela. Em seguida se vestiu calmamente, grata que tinha saído na noite
anterior em um par de jeans em vez de algo mais chamativo. Vestidos
apertados à s 07:00 eram chamativos para o seu gosto.
Seus saltos estavam longe de ser encontrados, entã o ela caiu de
joelhos ao longo do chã o indo procurar debaixo da cama, congelando
cada vez que a madeira rangia e verificando-se para nã o acordar Tom...
err... Ted? Travis? Bem seu nome nã o importava.
Essas malditas devem ter sido arrancadas com pressa. Ela teve
que se esquivar por de baixo da cama para alcançá -los. Conforme ela
tentou voltar para fora, sua cabeça bateu contra a estrutura em um
som alto, e ela parou de respirar quando o homem acima gemeu e se
mexeu antes de ficar em silê ncio novamente.
Uma sequê ncia de maldiçõ es atravessaram sua mente quando ela
conseguiu sair se espreitando sobre a borda da cama para se certificar
que estava livre para uma fuga. Uma vez que estava completamente
fora, saiu nã o olhando para trá s. Quando fechou a porta do
apartamento atrá s dela, suspirou de alívio e continuou em seus
calcanhares. Ela nã o cometeria mais um erro desses assim novamente.
Retirando o celular, abriu seu calendá rio e gemeu quando ela
percebeu que Bill tinha marcado uma reuniã o para à s 08:00 naquela
manhã . Ela nem teria tempo para correr para casa.
— Grande!
Ela murmurou dobrando seu telefone no bolso. Se ela se
apressasse, poderia se refrescar no escritó rio, e felizmente, ela sempre
mantinha um par de ternos de negó cio lá só para o caso. Embora por
"apenas no caso", significava caso ela derramasse café em sua camisa,
e nã o no caso de uma noitada.
Uma vez lá fora, entrou num tá xi e pulou para dentro antes de
arrancar sua bolsa de maquiagem pequena e arrumar o rímel sob os
olhos. Nenhuma quantidade de pó iria esconder o fato de que suas
noitadas começavam a alcançá -la.
Aquelas que deveriam parar. Ela nã o se deixou pensar sobre as
consequê ncias das suas açõ es, mas no fundo, sabia que a noite no
escritó rio do Evan a trê s semanas atrá s, tinha deixado uma marca
inesquecível. Um que nã o estava preparada para admitir para si
mesma e certeza nunca o deixaria ver.
Depois daquela noite, ele parecia... diferente. Menos ansioso,
como se a bobina de tensã o que estava enrolada tã o firmemente dentro
dele tivesse se soltado. Evan estava recuperando um pouco de controle
em sua vida, e parecia que ela é que estava começando a ficar fora de
controle.
Reagan olhou pela janela quando o tá xi manobrava atravé s do
trá fego. Ela sabia que teria, eventualmente lidar com o que tinha
permitido acontecer naquela noite, mas no fundo de sua mente, estava
ciente de que nã o seria a ú nica coisa que teria de enfrentar quando
encontrasse Evan James. Quando Bill tinha finalmente lhe dito que
estava pronto para conduzir Evan, apó s meses de manter abas sobre o
homem, ela achou que estava pronta para lidar com isso. Como eu
estava errada?
O tá xi puxou para uma parada abrupta na calçada do pré dio que
abrigava as Corporaçõ es Kelman. Ela foi atravé s de sua bolsa para
algum dinheiro, puxando para fora um par de notas, entregando e
saindo do carro antes de fechar a porta atrá s dela. Olhou para baixo
para seu telefone novamente e notou que tinha alguns minutos de
sobra. Tirando os cabelos longe do rosto e dobrando atrá s da orelha,
ela ergueu a cabeça e caminhou para a entrada do edifício.
Vê, ninguém será o mais sábio.
Acreditando que estava livre, ela nã o percebeu até chegar a porta
que uma pessoa estava ao lado dela.
— Pode deixar. — Disse uma voz profunda, familiar e estendeu a
mã o para abrir a porta antes que ela pudesse. Interiormente, ela
gemeu
quando Evan lhe deu uma olhada e um sorriso sabedor cruzou seu
rosto bonito. Antes que ele pudesse falar, ela levantou a mã o.
— Nã o diga uma palavra! — Ela resmungou.
Passando por ele, ela fez seu caminho ao longo para o elevador e
bateu o botã o para cima até que as portas se abriram. Pisando no
interior, ela se mudou para o canto de trá s e se inclinou contra a
parede, observando Evan equilibrar uma bandeja de café na mã o
esquerda entrando no elevador, pressionando o botã o com a outra.
Quando as portas se fecharam, ele a olhou com uma careta fingida.
— Entã o, você nã o quer cafeína?
Ele deu um passo mais perto da parede ao lado dela. Ela podia
sentir o cheiro forte de café flutuando nos copos, e ela quase... quase
disse nã o. Entã o ela se virou e pegou seu olhar de você-sabe-que-quer.
— Tudo bem, me dê isso!
Ele segurou a bandeja para ela, e quando ela viu o copo escrito
"Chefe" escrito do lado, teve que lutar contra seu pró prio sorriso. Ela
alcançou e antes que pudesse levá -lo, ele afastou bandeja e disse-lhe
em um tom mais sé rio.
— Você poderia ser mais agradá vel. Eu esperei em uma fila muito
longa por esta bebida.
Reagan estreitou os olhos para ele e entã o olhou para os copos.
— Você está sendo um pouco impertinente com a sua chefe, nã o
acha?
O meio sorriso no lá bio de Evan estava se tornando familiar, e era
uma característica que ela estava descobrindo que gostava de ver. Ele
inclinou a bandeja ao redor e olhou para o copo e depois volta para ela.
— Oh, nã o! Esse é o meu! Parece que a barista achou que eu era
algué m importante.
Levantando uma sobrancelha, esticou a mã o para agarrar o outro
copo na bandeja. Quando ela trouxe aos lá bios, os olhos dela foram
para o marcador preto que tinha "Bob" rabiscadas em todo o lado, e ela
lhe deu um olhar aguçado. Evan deu de ombros.
— O que? Nã o é muito inteligente me parecer importante e em
seguida, pedir um café para uma mulher. Entã o, hoje, você é o Bob, e
eu sou o chefe.
— Poderia pelo menos ter me dado um nome melhor, como
Jackson.
— Ela disse fazendo beicinho antes de tomar um pequeno gole. Quando
o café expresso cremoso bateu na língua dela, olhou em surpresa.
— Como sabia que gosto...
— Um grande cappuccino molhado de soja? Eu presto atençã o.
Ele acenou com a bebida na mã o.
— Você sabe, a maioria das mulheres gostam de um pouco de
sabor neles. Mocha ou baunilha, alguma merda. Mas você ... você gosta
de reto e direto ao ponto, nã o é?
— Eu gosto de meus estímulos rá pidos e duros, e isso inclui minha
cafeína.
Evan assobiou, quando as portas se abriram e ele a seguiu ao sair
para o saguã o, onde foram recebidos por Amy na recepçã o antes de se
dirigirem ao escritó rio de Reagan. No meio do caminho já entrando em
sua sala, ela ouviu a porta se fechando e sabia que Evan estava lá , por
seu acordo, para lhe dar o resumo na sua ú ltima sessã o de terapia. O
ú nico problema era que esta manhã ela precisava... bem, trocar de
roupa.
Colocando o café na esquina da mesa dela, voltou para encará -lo
onde ele estava.
— Ok, olha... Claramente eu preciso mudar de roupa e me preparar
para esta reuniã o com Bill em... — ela deu uma rá pida olhada no o
reló gio na parede. — Quinze minutos. Entã o porque nã o senta nesta
cadeira e começa?
Evan parou no centro da sala.
— Você está falando sé rio?
— Sim. Só sente naquela cadeira ali... Ah pelo amor de... — Ela deu
um passo à frente e rodeou a cadeira em volta dele e apontou. — Sente!
A cara de Evan era algo entre o choque e diversã o.
— Sim, senhora!
Ele caminhou até a cadeira e colocou a pasta para baixo, no chã o.
— Tem certeza que eu nã o posso ficar aqui e assistir?
— Enquanto falamos sobre sua terapia de vício sexual? — a voz
dela subiu duas oitavas. — Acho que nã o. Agora sente-se.
— Obrigado. — Ele se sentou balançando a cabeça, e ela abriu a
gaveta da mesa e puxou para fora uma de suas saias de "emergência" e
uma camisa. Quando ela desabotoou suas calça jeans, fez uma pausa e
gritou.
— Eu nã o estou ouvindo nada, Evan!
— Desculpa, eu estava visualizando. Nã o ouvi um zíper ainda. —
Ele disse e começou a girar na direçã o dela, até que os gritos dela
pararam ele. Rindo, ele voltou ao redor.
— Entã o esta semana nas aventuras de Evan James e Dr. Glover,
discutimos prá ticas masturbató rias.
Reagan tropeçou em sua mesa enquanto ria com suas calças para
baixo em torno de seus tornozelos. Ela segurou à borda enquanto
tirava uma perna de cada vez.
— Dele ou sua? Comparando notas agora?
— Para um cara que provavelmente já ouviu de tudo, eu acho que
choquei ele.
— Como você sabe?
— As sobrancelhas se contorceram. Isso foi a maior reaçã o que vi
nas ú ltimas trê s semanas. Quase caí do sofá .
Ela respirou quando entrou em sua saia, puxando ela remexendo o
quadril antes de puxar a blusa enrugada sobre sua cabeça.
— Entã o o que disse o sá bio doutor? Esta é a parte onde se jura
celibato?
Reagan estudou a nuca de Evan e encontrou-se segurando a
respiraçã o enquanto esperava por sua resposta.
Por que esta resposta em particular era tã o importante, que ela
nã o queria analisar. Mas foi.
— Bem, ele me disse que nã o devia definir metas para mim, que eu
sei que vou quebrar, porque isso só leva a um ciclo de me sentir um
fracasso. E vamos enfrentá -lo... Tenho certeza de que o celibato pode me
matar. Você se lembra quando foi a ú ltima vez e depois veio aqui com...
— Sim, sim. — Ela o cortou. Nã o o queria para lembrá -la daquela
noite. — Eu me lembro. Entã o o que ele aconselhou em vez disso?
— Posso virar?
Evan tinha pedido com sua cabeça virada na direçã o dela.
Felizmente para ela, estava vestida, tudo em ordem.
— Estou tã o feliz que esperou pela minha resposta.
Sua resposta foi divertida quando seus olhos castanhos passaram
por cima dela.
— Eu estaria mentindo se eu dissesse que nã o estava esperando
para pegar você ainda terminando.
— Foco, Evan. — Ela instruiu e entrou em seus saltos. — O que ele
disse a você ?
Evan girou a cadeira ao redor antes de voltar para enfrentá -la.
— Ele disse que posso praticar sexo em um ambiente saudá vel,
normal.
Ela franziu a testa para ele enquanto andava para a frente de sua
mesa e inclinando-se de volta contra ele, cruzando os braços sobre o
peito dela.
— Eu pensei que está vamos discutindo sobre se masturbar?
— Você disse isso com uma cara tã o sé ria!
O comentá rio teve os lá bios dela se contraindo.
— Bem, é um assunto sé rio, e ainda nã o me respondeu.
Ele desabotoou seu paletó , quase como se a conversa estivesse
começando a fazê -lo desconfortá vel, e entã o respondeu.
— A resposta dele foi a mesma coisa. Ele só me aconselhou a
cortar e mantê -lo manso. E nã o fazer nenhuma loucura.
— Nenhuma loucura. — Repetiu com um sorriso. — E você acha
que... parece factível?
O olhar dele derivou para baixo sobre ela, e ela percebeu que o
tecido fino da camisa provavelmente nã o estava cobrindo o suficiente.
— Nã o particularmente neste momento. — Ele disse quando seus
olhos se encontraram novamente.
Seu coraçã o gaguejou em seu peito com suas palavras. Ela revirou
os olhos quando pegou um paletó fora do gancho, o vestindo antes de
se virar. Ela estava achando imperativo manter uma fachada forte
quando se tratava de Evan James, porque o homem era charmoso o
suficiente para fazer você esquecer que nã o quer se envolver.
— Seu terapeuta parece estar lidando com você , pelo que posso
ver. Evan levantou-se da cadeira e se virou para onde ela estava
de pé .
— Sejamos claros, ele nã o está cuidando de mim. Ainda nã o estou
assim tã o desesperado.
— Evan, quando vai parar com as piadas?
— Ok! — Ele cedeu com um suspiro quando se abaixou para
recuperar a maleta. — Ele tem sido bom até agora. Nã o esperava
milagres e ele parece saber o que está fazendo.
Reagan franziu os lá bios, enquanto pensava e entã o deu um aceno
rá pido.
— Eu concordo. Você parece muito mais relaxado desde que
começou a vê -lo.
Quando Evan caminhou em direçã o ela, ela levantou sua cabeça e
encarou seu olhar.
— Acho que ambos sabemos que isso é apenas uma pequena parte
do que ultimamente tenho contido. — Ele disse, esse brilho diabó lico
provocador em seus olhos.
Uma coisa ela sabia lá no fundo na sua alma, era que se nã o
mantivesse um apertado controle em torno deste homem, provavelmente
seria sugada para dentro do vó rtice escuro em espiral para baixo.
Embora fosse prazeroso no momento, Reagan sabia que nã o ia acabar
bem. E ela gostava muito de sua amizade crescente.
Ela ignorou suas insinuaçõ es, deu-lhe um tapinha no braço.
— Isso é bom. Ó tima conversa. Agora, se você me der licença,
tenho de ir a uma reuniã o.
Eu acabei de lhe dar uma palmadinha como eu daria no meu avô?
Jesus.
Evan riu a trazendo de seus pensamentos.
— Obrigado por me ouvir, Reagan.
Ela andou em torno dele para pegar seu café e um bloco de notas e
acenou uma mã o acima ao lado dela como se ela estivesse muito
ocupada.
— Bom, mas agora é hora de ir. Entã o, xô , você tem trabalho a
fazer, certo?
Quando ele chegou para a maçaneta da porta fez questã o de
salientar.
— Bem, você é a chefe.
— Nã o é isso que diz no meu copo. — Ela jogou nele.
— Ok, entã o... Bob. Mais uma coisa. — Ele disse dando de uma
ú ltima leitura. — Nã o ouvi você colocar qualquer coisa por baixo da
saia.
Quando ela piscou para ele em surpresa, ele continuou: — Eu te
disse. Eu presto atençã o.
Capítulo Onze

— Entã o... Bob. — Bill disse quando ele olhou para baixo para o
copo na mã o de Reagan antes de sentar em uma das cadeiras de couro
em seu escritó rio.
— Eu preciso atualizar seu arquivo pessoal? Quero que saiba que
apoiamos totalmente qualquer tipo de... mudança que você pode estar
passando.
Reagan sentou em frente ao seu chefe e cruzou as pernas dela
antes de suavizar uma mã o sobre a saia dela.
— Acredite ou nã o, isto é cortesia de Evan.
— E Evan está sob a crença equivocada de que seu nome é Bob?
— Nã o, ele estava tentando pegar a barista local, e achou que o
amigo dele Bob, nã o seria um bloco de pau.
— Entã o, a terapia está indo bem?
Acenando ela disse.
— Parece estar ajudando. Ele é muito aberto sobre o que se passa
nessas sessõ es, e ele nã o tem nenhum problema dizendo-me cada
detalhe escabroso.
— Devo estar preocupado com isso?
Inferno sim.
— De modo nenhum. Ele é um cara interessante, e eu posso dizer
que ele está tentando.
Tentando constantemente entrar nas minhas calças.
Bill colocou os dedos sobre o braço da cadeira.
— Isso é tudo o que podemos pedir entã o, nã o é ? Mas me avise se
ele tentar alguma gracinha com você , ok?
A testa de Reagan se franziu, e ela riu.
— Alguma gracinha? O que, estamos na dé cada de 1950? Confie
em mim, eu posso lidar com Evan.
— Talvez isso é o que me preocupa...
— Bill, você tem muito que se preocupar já . Isto nã o é algo para se
preocupar.
Inclinado para a frente, ele colocou os cotovelos sobre os joelhos e
esfregou a testa.
— Quando nó s concordamos com isso, foi com a compreensã o
clara de que você nã o iria se meter em confusã o. Eu prometi a sua...
— Eu sei. — Ela interrompeu. — Pretendo ficar longe de encrenca.
Nã o quero que meu pai te mate. Eu gosto de você .
— Isso é reconfortante, mas estou falando sé rio. Algo parece um
pouco fora com você ultimamente, e só quero ter certeza de que esta
situaçã o com o Evan nã o esteja lhe afetando. Pessoalmente ou
profissionalmente. Nó s sempre fomos abertos e honestos uns com os
outros, entã o se houver alguma coisa que você precisa falar sobre, você
sabe que estou aqui.
Levando o copo aos lá bios, ela levou um pequeno gole e depois outro
quando ela empurrou de volta a culpa que estava tentando forçar para
fora em confissã o. Ela sempre tinha dito tudo a Bill. Diabos, era
praticamente seu segundo pai, mas ela nã o podia fazer-se a admitir
que as coisas com o Evan tinham ido longe, diferente do que eles
haviam planejado.
— Estou bem, realmente. Pare de se preocupar. Você saberia se eu
tivesse um problema, eu lhe diria, mas as coisas estã o indo bem, e Evan
está fazendo um bom trabalho. Você está feliz com seu desempenho no
trabalho até agora, certo?
Bill sentou e apertou as mã os juntas.
— Bem, sim. Nã o tenho queixas com o trabalho que está fazendo, e
sei que muito disso tem a ver com sua supervisã o.
— Nã o, isso tem a ver com ele. Você estava certo em trazê -lo. Ele
tem grandes instintos.
Reagan fez uma pausa por um momento e correu uma unha
pintada em torno na borda de seu copo de café .
— Talvez você precise ter um pouco mais de fé nele.
— Profissionalmente, isso nã o é um problema. No que diz respeito
à sua vida pessoal, o jú ri ainda é contra. Mas eu tenho grandes
esperanças para o Evan, como eu faço por você . Cuidado, Rae.
— Sempre. — Disse ela levantando-se de sua cadeira e inclinando
para beijar o topo da cabeça de Bill.
Enquanto caminhava em direçã o à porta, ela só esperava que ela
pudesse viver de acordo com suas altas expectativas.
***

Reagan abriu a porta do Café 24hs e correu para dentro, até que
ela avistou os familiares cachos avermelhados. Ela rapidamente se
aproximou de sua amiga e se abaixou para dar um abraço antes de se
sentar no estande em frente a ela.
— Desculpe, estou atrasada. Fiquei presa em uma reuniã o.
— Eu tenho um martini, meu telefone, e está fabulosamente com
19 graus lá fora, assim, você chegar atrasada nã o é algo que esteja me
incomodando. Embora eu esteja ficando com fome, e todos sabemos
como fico quando nã o como.
Reagan olhou ao redor para um garçom e acenou-lhe.
— Por favor, consiga um menu antes que ela machuque algué m
aqui.
Depois de agarrar um par de menus de reposiçã o da mesa atrá s
delas, ele entregou uma antes de sair correndo.
Crystal riu. — Jesus, ele nã o precisava correr. Eu nã o estou me
sentindo tã o esfomeada ainda.
— Nã o sei. — Reagan disse quando ela deu uma olhada rá pida. —
Seu rosto certamente diz o contrá rio.
— E seu rosto está gritando outra noite de conquista. Derrame.
Suspirando, ela agarrou o martini de Crystal e tomou um gole antes
de dizer.
— É tã o ó bvio, né?
— Sim. — Sua amiga enrugou o nariz com aversã o.
— Se eu me lembro corretamente, você está vestindo suas roupas
de emergê ncia, as que você manté m em sua gaveta no trabalho, e você
tem um olhar culpado de vergonha sobre você .
Quando Reagan colocou a bebida de Crystal de volta para baixo na
frente dela, a mulher abanou a cabeça e empurrou de volta.
— Oh nã o, você fica com este. Nã o se sabe onde foi parar essa boca
imunda.
— Nã o sei por que tenho amigas como você . — Reagan disse quando
ela arranhou sua testa com o dedo mé dio. — Como diabos sabia que
estas eram as minhas roupas de emergência?
— Esse enorme amaçado que escorre de sua camisa definitivamente
nã o é uma denú ncia.
Reagan olhou para baixo para o centro da blusa dela e entã o de
volta para os olhos apertados em Crystal.
— Bem, nó s todos nã o podemos ser tã o imaculados quanto você .
— Bobagem. Geralmente você está colocando tudo junto, até a cor
do seu esmalte corresponde ao seu batom... mas nã o hoje. Hoje parece
que você comeu e fugiu.
— Na verdade, era mais como engatinhar e rastejar para fora da
porta.
Sua amiga inclinou-se sobre a mesa, olhos bem abertos.
— Por que? Ele foi tã o mal?
— Nem lembro! Isso te diz alguma coisa? Alé m disso, eu fiquei a
noite. E eu nã o faço isso desde... — interrompeu-se antes que
derramasse o nome de Evan, mas nã o antes da amiga pegar algo.
Com um sorriso largo, Crystal sentou e cruzou os braços sobre o
peito dela.
— Oh, eu sei o que você quer dizer. Alto, moreno e bonito. Já
descobriu o nome dele?
Sim, e ele trabalha abaixo de mim... bem, não abaixo de mim,
embora eu saiba o quão incrível... não, não, não.
— Nã o.
Crystal estreitou os olhos. Mas antes que pudesse dizer alguma
coisa, o garçom veio, pausando sua conversa para fazer seus pedidos de
saladas e mais uma rodada de martinis.
Depois que ele estava fora de alcance da voz, Reagan tentou
mudar de assunto.
— Entã o, como correu com o comprador da Saks? Ele está
interessado em...
— Nã o. Nã o. Vamos retroceder um pouco, porque por alguma
razã o, eu acho que você está escondendo algo de mim. — Curiosa, seus
olhos estudaram Reagan debaixo dos cílios mais longos que ela já tinha
visto, e entã o veio a compreensã o.
— Descobriu o nome dele, nã o é? Espere! É ele o verme que você
rastejou esta manhã ?
Balançando a cabeça, Reagan disse.
— Claro que nã o. Você sabe que te digo todos os meus segredos
sujos. Se eu tivesse visto novamente, você saberia.
Sua consciê ncia lhe incomodava, ela mentiu duas vezes esta
manhã sobre seu envolvimento com Evan para as duas das pessoas
mais pró ximas na vida dela, mas rapidamente colocou o pensamento
de lado.
— Alé m disso... — ela disse conforme ela removia o palito de
azeitonas de seu copo e deslizou um entre os dentes. — É provavelmente
uma coisa boa nã o o ver novamente. O cara era lindo, mas um bad boy
total, duas coisas que eu sei que você nã o pode resistir, e eu odiaria ter
que chutar seu traseiro magro. Mais uma vez.
— Ah, Deus! — Crystal revirou os olhos. — Em primeiro lugar,
você nã o me daria uma surra e nem pode. E em segundo lugar, nó s
concordamos depois daquela noite que nã o haveria mais nenhuma
briga por um cara.
— Eu nem lembro mais como parecia aquele cara.
— Oh, sim. Ele estava em um terno caro e tinha tatuagens
espreitando em torno de seus pulsos. Tenho certeza que provavelmente
ele tinha um anel de casamento em seu bolso, entã o em retrospectiva,
nó s definitivamente evitamos uma bala.
— Eu pensei que você fosse uma qualquer tentando roubar minha
conquista.
— Sua potencial conquista. — Crystal a corrigiu.
— Todos sabemos que se eu quisesse, teria ganho aquela batalha.
Reagan acenou com a cabeça. — Em vez disso, você tem a mais
fabulosa amiga que poderia pedir. Nã o é uma vadia de sorte?
— Isso é verdade. Eu tenho uma amiga fabulosa, mas també m
tenho uma que está mantendo segredos.
A negaçã o estava bem na ponta da língua de Reagan, quando o
garçom parou em sua mesa e baixou uma salada gigantesca na frente
de cada uma delas.
— Caramba, eu pensei que uma salada... iria ser uma opçã o
saudá vel.
Crystal disse ao olhar a montanha de frango, alface e parmesã o na
frente de Reagan.
— Nã o há nenhuma maneira de eu ser capaz de comer tudo isso.
— Tenho certeza de que você engoliu mais do que isso em uma
sessã o antes.
Crystal pegou o garfo e apontou em direçã o a Reagan.
— Vai saber... — Ela pausou e olhou para o prato dela e entã o de
volta sobre Reagan antes de encolher os ombros. — Quem estou
tentando enganar? Você está certa.
Reagan sorriu, e quando colocou o guardanapo no colo, o telefone
que ela tinha deixado em cima da mesa começou a tocar. Quando o
nome e nú mero de Evan apareceu na sua tela, ela pegou rapidamente.
Aceitando a chamada, ela trouxe a orelha e levantou um dedo para sua
amiga, fazendo-a entender que era "trabalho."
— Hey Bob!
A saudaçã o do Evan teve ela gemendo de frustraçã o.
— Sé rio? Eu pensei que esse nome estivesse se aposentado já .
— Claro, Bob. Entã o, eu estava fora e nã o tinha certeza se você
estava em uma reuniã o ou nã o e queria saber se você necessita de
sustento.
— Sustento?
— Sim comida. Você sabe, nó s humanos comemos para sobreviver.
— Por que está puxando meu saco? Nã o vai ter um aumento tã o
cedo.
Evan tossiu ligeiramente e baixou a voz dele.
— Eu te disse Reagan, meu terapeuta me disse para fazer coisas
novas e ú teis para as mulheres ao meu redor. Você sabe, em vez de
apenas os sexualizar. Usar palavras como "puxar" em sentenças
relativas a si mesmo nã o é muito... benéfico para o meu sucesso.
— É també m por isso que você está persistindo com esse nome
ridículo que você me deu?
— Nã o. — Ele disse e ela quase podia ouvir o sorriso atravé s do
telefone. — Faço isso porque irrita você , que faz com que suas bochechas
fiquem vermelhas. Nã o estã o agora?
Reagan podia sentir o calor por todo pescoço até o caminho de
suas bochechas, e ela olhou para cima para ver que as sobrancelhas de
Crystal subiram e ela a observava atentamente.
— Nã o. — Ela disse.
A risada que atravessou a linha teve ela franzindo a testa, assim
como a resposta.
— Mentirosa.
— Há algo mais, Sr. James?
— O que faz agora? Eu nã o estou interrompendo, estou? — Ele
perguntou. Seu tom indicando claramente que nã o ligava de uma
maneira ou outra.
— Se isto nã o é uma chamada de trabalho, entã o podemos ter esta
discussã o quando voltar ao escritó rio.
— Oh, eu vejo — Ele disse. — Você está em um encontro?
— Nã o é da sua conta.
— Comprando calcinhas? Porque nó s dois sabemos que você nã o
está vestindo uma.
— Se isso é tudo, vou desligar agora.
Entã o ela terminou a chamada colocando o telefone dentro de sua
bolsa antes de chegar para seu martini e drená -lo em segundos.
Um sorriso apareceu na face de Crystal quando ela disse:
— Algué m está atrapalhada e com sede?
— Apenas uma chamada de trabalho. Temos um novato a bordo, e
ele é um pouco... carente.
— Ah, sim! — A amiga dela disse conscientemente quando ela
esfaqueou o outro pedaço de frango com o garfo. — Ou talvez, algué m
tem se sentido um pouco... carente?
Reagan queria negar essas palavras, mas em vez de mentir pela
terceira vez hoje, ela respondeu.
— Cale-se e coma a maldita salada.
Capítulo Doze

"PARE!" Ela gritou quando a água gelada bateu no meio das costas.
Girando em seus pés, ela viu dois sorrisos amplos em diversão entre o
irmão e do amigo dele quando levaram a mangueira na direção dela.
O pai dela tinha lhe lembrado no início do dia que se eles quisessem
a mesada deles, então era melhor lavar o seu carro até o final do dia.
Geralmente, era uma tarefa que passava sem incidentes, mas com o
amigo de seu irmão envolvido, transformando em horas para Jennifer.
Ela se esquivou de outro spray em sua direção e correu para o lado
do carro para se esconder. Agarrando uma esponja do balde com água e
sabão ao lado dela, olhou sobre o capô e avistou a cabeça de Troy. O
atingiu no nariz, o que o fez gritar enquanto Rocky ficou lá, rindo de seu
amigo.
— Bom arremesso, Jen! — Rocky gritou para ela.
Jennifer se escondeu para baixo quando ele sorriu na direção dela.
Constrangimento, causaram uma onda de calor em sua pele, ao mesmo
que ela tremia de frio. Ela tinha uma queda por ele, desde a primeira vez
que ele foi para casa com o irmão dela depois da escola, um par de anos
atrás... não que ele saiba...
— É melhor se preparar para correr, J.
Avisou seu irmão, que agora estava olhando através do pátio para a
árvore grande com a escada de corda. Realisticamente, se ela chegasse
a tempo, ele ainda seria capaz de pegar no seu tornozelo e, com a ajuda
de Rocky, fixá-la no chão. Então, isso não era uma opção. Os olhos dela
então mudou-se para a porta dos fundos que estava entreaberta, e ela se
perguntava se teria tempo para travá-la.
— Você sabe que nós vamos te pegar, então você pode vir para fora.
Optando pela porta, se virou e fez uma corrida para ela. Ela estava
a meio caminho através do gramado, quando sentiu alguém agarrar sua
cintura e derrubá-la na grama. Caiu para baixo com um "glamour". Ela se
contorceu debaixo do corpo que caiu por cima dela e rolou. Rocky estava
rindo enquanto ela empurrava contra seu ombro.
— Saia de cima de mim, seu bobo!
Enquanto ele a segurava para baixo, ela viu Troy vindo com a
mangueira na mão.
— Não se atreva! — Ela disse, se contorcendo para fugir. — Eu vou
contar para a mamãe!
— É só um pouco de água. — Troy disse com um sorriso travesso no
rosto.
Voltando sua atenção de volta para o menino acima dela, ela
implorou com os olhos amplos e esperava parecer um olhar inocente.
Seu riso parou quando viu a expressão no rosto dela, e ele suspirou,
deixou-a ir com uma mão tirando seus cabelos castanhos de sua testa.
Ela se aproveitou da sua posição, empurrando contra ele com toda sua
força e lhe empurrando para trás antes de se ajoelhar no seu peito e
gritar, "Hah!" em seu rosto. No seu olhar de surpresa, ela rapidamente
saltou fora dele e correu com sua vida, rindo o caminho inteiro.
Ela fugiu pela porta, se virando para fechar atrás dela, clicando a
fechadura no lugar. A janela de vidro lhe proporcionou a oportunidade de
testemunhar a expressão chocada do irmão em descrença, enquanto o
garoto atrás dele passou uma mão pelo cabelo dele e olhava com um olhar
de admiração.
Ela não tinha certeza de como sabia, mas naquele momento ela
estava certa de que ele ficou impressionado.

— Eu vou pegar você !


Os gritos de voz jovem tiraram Reagan de seu devaneio, e ela
olhou do parque ao lado dela para a fonte. Um grupo de meninos e
meninas estavam perseguindo uns aos outros brincando, enquanto os
pais ficavam nas proximidades batendo papo e comendo pipoca do
vendedor de rua nas proximidades. A menina com rabo de cavalo
castanho a lembrava de si mesma, quando ela era mais jovem, e
quando ela bateu em um dos rapazes antes de fugir, Reagan sorriu
para si mesma e puxou sua câ mera para tirar uma foto.
Depois de uma longa semana, ela encontrou seu lugar feliz sobre
os bancos do parque de Manhattan, observando as pessoas ao seu
redor, tirando fotos, e sonhando com histó rias sobre aqueles que ela
assistia. Com a alça da câ mera ao redor do pescoço, ela levantou e
caminhou ao redor da periferia do parque. O sol estava quente e ele
brilhava baixo. Com o sol no rosto apreciava os raios contra sua pele.
Ela vivia para dias como este. À s vezes quietos, onde ela poderia
sair do escritó rio e imergir-se na cidade que ela amava.
Quando ela fez seu caminho de volta para a rua, um edifício
clá ssico, do outro lado chamou a atençã o dela. A cerca de ferro que
cercava a entrada do porã o estava coberta de hera que subia a escada e
cobria o lado esquerdo do edifício. As portas duplas estavam lindas,
com punhos de bronze e painé is de vidro que permitiam que um
transeunista visse um vislumbre do jeito que a elite poderia viver na
cidade que nunca dormia.
Sentindo a necessidade de capturar tanta beleza na foto, Reagan
levantou a câ mera e colocou o olho no visor, ajustando a lente para
obter a imagem exatamente onde ela queria. Ela levou vá rios tiros, o
obturador clicando, com cada estalar de dedos e quando ela mirou
dentro daquelas portas impressionantes, uma delas abriu, e um
homem saiu para o alpendre.
Intrigada com a aparê ncia do proprietá rio, ela deu zoom nele,
esperando por ele aparecer na direçã o dela. Ele estava bem vestido, e
ela teve que admitir que a vista traseira era impressionante. Quando
ele puxou a porta fechada, se virou e Reagan percebeu que, o rosto
atraente que agora se destacava, atravé s de sua lente era do... Evan
James.
Ela amaldiçoou e abaixou a câ mera antes que pudesse olhar na
direçã o dela e a pegasse tirando fotos como um perseguidor. Quais
eram as chances de que eles estivessem ambos, no mesmo lugar em
Manhattan, em uma manhã de fim de semana preguiçoso? Espera, nã o
era o apartamento dele que ele estava saindo.
Ah, inferno.
Ela olhou ao redor para se esconder atrá s de alguma coisa, mas
nã o havia nada. Apenas uma passarela bem aberta, a menos que
quisesse pular no Rio Hudson. O que ela nã o queria. Absolutamente.
Ela andou pela rua, puxando sua câ mera de volta para tirar uma
foto de...
— Reagan? — Evan a chamou.
... absolutamente nada.
— Reagan. — Ele disse novamente, e desta vez ela se virou para ver
Evan. Seus olhos vagando sobre ela de modo que ela se sentia nua em
vez de completamente coberta com uma camisa de manga comprida e
calças de ioga.
Interiormente ela gemeu, odiando que ele parecia tã o bem em seus
jeans escuros e camisa de botã o. Enquanto ela estava daquele jeito.
Nã o que ela o deixasse ver aquele pedaço de insegurança sair.
— Evan? — Ela perguntou, confusa, mascarando o rosto quando
ela entrou em uma versã o mais serena de si mesma. Uma que nã o fosse
incomodada por sua aparê ncia desleixada. Entã o ela notou a maneira
que seus olhos ainda estavam a bebendo...
— Perseguir ainda é ilegal em todos os cinquenta Estados, você
sabe. — Ela disse-lhe quando ele chegou a ela.
— Estou contente que esteja ciente de que você está cometendo
crime.
Reagan colocou uma mã o no peito dela.
— Eu?
— Bem, você está de pé em frente ao meu terapeuta. Estava tirando
fotos de vigilâ ncia para o Bill? — Evan acusou.
Reagan sentiu a boca dela cair aberta para a acusaçã o, mas ela
estava secretamente satisfeita que ele nã o estava deixando a cena de
uma noite de conquista. Tã o rá pido quanto podia, ela se recompô s e
deu de ombros.
— Nã o seria a pior ideia. Como sabemos que nã o está inventando o
Dr. Amante?
Evan olhou para trá s por cima do ombro para o apê e voltou seu
foco para ela.
— Quer encontrá -lo?
— Nã o. — Respondeu ela, horrorizada. — Nã o estou aqui
checando você . Nã o seja ridículo. Esta é apenas uma coincidê ncia
estranha.
— Ou uma feliz?
Reagan franziu os lá bios como se pensando nisso.
— Talvez, Sr. James. Talvez.
Ele olhou para a câ mera pendurada no pescoço e entã o trouxe seus
olhos para os dela.
— Você gosta de fotografia?
— Nã o, só ando com isto ao redor. Assim os homens vã o olhar
para os meus seios.
Ele lhe deu um sorriso desarmante.
— Boa notícia, funcionou!
— Os olhos aqui, senhor. Você só deixou seu terapeuta.
— E encontrei você . Ou algué m lá em cima está brincando comigo,
ou isso é um sinal.
Com uma risada, Reagan encontrou-se chutando uma pedrinha ao
redor sob os pé s, tentando se lembrar que ela era uma mulher adulta e
nã o a menina de oito anos de idade que ela tinha se lembrado antes.
— Vai para onde? — Ele perguntou, e Reagan levantou os olhos
para seus queridos olhos de cor â mbar.
— Nenhum lugar em particular. Saí apenas para tirar algumas
fotos.
— Entã o você faz isso por diversã o?
Reagan deu um lento aceno.
— Eu faço. Há algo de libertador sobre isso.
Evan nã o disse nada por alguns momentos, ele só ficou parado, e
Reagan teve a impressã o que ele estava tentando ver mais do que o
que ela estava disposta a mostrar.
— Você é difícil de desvendar Reagan Spencer.
— Eu sou?
Ele escorregou suas mã os em seus bolsos e assentiu com a cabeça.
— Sim. Eu nunca imaginei você como fotó grafa. Você nã o tem
imagens em seu escritó rio.
Reagan olhou para fora, para o outro lado do rio e respondeu
baixinho: — Algumas coisas sã o pessoais.
— E suas fotos sã o uma dessas coisas?
Ela olhou sobre onde ele tinha se movido ao lado dela e disse.
— Sim, elas sã o.
Os olhos dele estreitaram-se ligeiramente, e apó s alguns segundos
intensos, ele piscou um sorriso e bateu no ombro dela.
— Bem, já que somos amigos íntimos, pessoais, talvez você vá me
deixar ver alguns?
Quando ela nã o respondeu, exceto por um olhar que gritava inferno
não, ele riu e disse.
— Okey, okey.
— Nã o é nada contra você, é que eu nunca deixei ningué m ver
minhas fotos.
O olhar dela viajou sobre a á gua, descuidadamente assistindo os
remadores passarem.
— Elas só contam histó rias.
— Que tipo de histó rias?
— Aqueles que compõ em.
Quando Evan ficou em silêncio, ela se virou para enfrentar o
parque, olhando ao redor, antes de avistar um velho sentado no meio-
fio alimentando os pombos espalhados sobre ele.
— Como ele. Imagino que ele já foi muito bonito e incrivelmente
rico, mas casou com uma mulher que sua família nã o aprovava e
perdeu sua herança. Ele viveu sua vida como um homem pobre mas
feliz até que sua esposa faleceu recentemente, e em vez de gastar seus
dias sozinhos em seu pequeno apartamento no Queens, ele preferiu
viver com outros seres vivos, nã o importando a dor.
Nada foi dito enquanto eles assistiam o homem em silê ncio, juntos.
Finalmente, Evan calmamente perguntou.
— Me acompanha?
Ela lhe deu um pequeno sorriso e acenou com a cabeça.
— Claro.
Caminhando, ela caiu no passo com ele enquanto percorriam ao
longo da margem do rio.
— Eu teria medo do que você veria se você olhasse para mim atravé s
de sua lente. — Admitiu.
— Nã o.
Evan zombava e passou os dedos pelo seu cabelo.
— Eu nã o posso imaginar que há muita coisa boa lá ...
— Você ficaria surpreso com o que eu vejo.
Esse comentá rio o fez parar.
— Ficaria?
— Sim.
— Okey. — Disse ele e começou a andar novamente. — Diga-me o
que vê .
Reagan deslizou seus polegares abaixo das alças de sua câ mera e
engatilhou a cabeça, olhando-o por cima.
— Eu vejo um homem de sucesso. Que se veste bem, mesmo em
uma manhã de sá bado... Entã o, indicaria para mim que ele tem orgulho
da sua aparê ncia. Talvez se preocupe com o que os outros pensam
també m. O fato de que você estava deixando o consultó rio de um
terapeuta, me faz pensar que você é um homem, com alguns problemas,
mas també m um homem que está disposto a trabalhar atravé s deles.
Novamente, de volta à soberba. Você parece ser capaz de engolir seu
orgulho quando necessá rio.
Evan franziu a testa, mas ele nã o disse nada. Ela continuou:
— També m tem um certo ar sobre você . É da maneira que você se
move. Você é confiante, mas ao mesmo tempo, quando você pisca esse
sorriso, a arrogâ ncia desaparece, e você se parece com o menino que
costumava ser.
O sorriso sob a discussã o apareceu, e Evan perguntou: — Como
você sabe que tipo de menino que eu costumava ser?
— Ei! Esta é minha histó ria. — Reagan o lembrou antes dele
continuar a fazer perguntas que ela nã o estava disposta a responder.
— Oh, minhas desculpas, pensei que de alguma forma me
envolvesse.
— Ela faz, mas você está no lado de fora ouvindo, entã o shh. Você
pediu, lembra?
Com uma cara sé ria, ele acenou com a cabeça. — Você está certa.
— Okey. Agora eu perdi o fio da meada.
Evan riu.
— Bem, é provavelmente melhor que você nã o mencionou
qualquer um dos meus atributos desagradá veis.
— Falando de... — Ela disse e se virou para andar para trá s, de
frente para ele. — Como a sessã o correu hoje?
— Muito bem. Houve uma orgia, uma amostragem de brinquedos
sexuais, e um buffet de sobremesas depois. Muito gratificante.
— Evan....
Ele respirou fundo e esfregou a nuca.
— Foi bom. É sempre bom. Hoje, Dr. Glover trouxe disparadores
de comportamento, e ajudou a descobrir onde começou toda esta
confusã o.
Curiosa, ela perguntou.
— E onde foi isso?
— Nã o foi qualquer evento. Foi a alta força que recebi de meu
trabalho, foi estar em um relacionamento doentio... o falecimento dos
meus avó s... a preocupaçã o sobre eu seguir os passos dos meus pais.
As coisas saíram do meu controle, mas eu ansiava o controle em outras
partes da minha vida. Bem, uma muito específica parte da minha vida.
— Ele olhou para ela antes de continuar. — É ó bvio que, é a versã o
condensada, mas... Acho que isso ajuda. Sabendo dessas coisas e
espero ser capaz de detê -los no futuro.
— Mas o desejo nã o foi embora?
O olhar dele era assombrado quando ele respondeu.
— Nã o. Nã o, ele nã o desapareceu.
— Entã o... o que ele sugeriu esta semana?
— Ah... — Evan disse, puxando para fora um folheto colorido do
bolso de trá s. — “Amor à primeira vista” um encontro social para aqueles
que procuram conhecer uma pessoa especial e encontrar o verdadeiro
amor.
— E o que diabos isso vai ajudá -lo? Eu pensei que nã o era suposto
levar mulheres de bar para casa?
— Isso nã o é tecnicamente verdade, nã o tenho que ser
completamente celibatá rio. Mas nesta da liçã o de casa, eu devo falar
com as mulheres sem segundas intençõ es. Nem sei se isso é possível.
— Entã o você quer dizer que você tem que fingir que se importa?
— Em um modo de falar...
— Espere, você nã o estava apenas...
— Nã o. — Ele interrompeu. — Eu realmente quero saber sobre você .
— Reconfortante. — Ela resmungou quando pegou o folheto dele.
Entã o ela olhou a data e a hora e olhou para ele.
— É hoje.
— Sim. — Ele assentiu. — Nã o consigo pensar em uma maneira
melhor de gastar meu sá bado, você pode?
Ela estava prestes a entregar o panfleto de volta e dizer que nã o, e
boa sorte com isso, quando ele pegou o braço dela e ela parou.
— O que tem pra fazer hoje à noite?
— Ah nã o! Nã o. Nem pense nisso.
A boca de Evan curvou em uma maneira que tornava difícil de
desviar o olhar.
— Tarde demais. Venha comigo!
— Você está louco? Nã o se leva um encontro para encontros
rá pidos.
Ele deu um tapinha no braço dela, assim como ela tinha no início
da semana, e ela ficou irritada com o aborrecimento dela... Ela nã o
queria que ele a tratasse como...
— Minha ajudante, nã o meu encontro.
Tentando nã o ser ofendida pelo pensamento, Reagan piscou a
ideia na cabeça dela.
— Primeiro, eu seria seu quebra-galho. Em segundo lugar, se eu
fizer isso, eu gostaria que fosse interessante, você sabe, para mim
també m. — Ela empurrou o panfleto de volta contra o seu peito e
disse:
— Vamos fazer uma aposta.
— Uma aposta?
— Sim. Aposto que se eu conseguir tudo feito e suceder esse
negó cio de “Amor à primeira vista” vou sair com mais nú meros de
telefone que você .
Evan pegou o panfleto da sua mã o e olhou para ele mais uma vez.
Ela podia vê -lo pensar antes dele levantar seus olhos para os dela e
perguntar:
— O que está em jogo?
— Hmm. Quando eu ganhar, você tem que me trazer café todos os
dias na pró xima semana com o meu nome nele.
Ele esfregou sua sobrancelha direita com o dedo indicador e entã o
apontou para ela.
— Você entendeu. E quando eu ganhar, eu quero um encontro, um
encontro de verdade, com você.
— O que? Nã o. Nã o era...
— Um encontro, Reagan. Se você está confiante em sua... — o olhar
dele viajou para sua boca — habilidades, entã o isso vai ser uma vitó ria
fá cil para você .
Ela balançou a cabeça.
— Isso é uma jogada suja, Evan.
— Eu sou um menino sujo. Temos um acordo?
Contra toda sensibilidade que estava gritando no aviso,
ela estendeu a mã o para ele.
— Temos!
Capítulo Treze

Reagan parou no meio-fio, quando o tá xi amarelo brilhante,


estacionou ao lado do pré dio dela. Uma hora antes disso, o cé u abriu e
decidiu despejar bastante á gua que praticamente havia um có rrego
correndo pela calçada. Xingando, ela retirou seu guarda-chuva rosa e
preto, abriu a porta e mergulhou para dentro, tentando salvar o
penteado que, ela tinha passado a ú ltima meia hora aperfeiçoando.
— Droga.
Ela apertou o guarda-chuva, as gotas de á gua caíram no assento
de plá stico, onde ela estava grudada.
— Perfeito! Isto é perfeito! — Suspirando, ela olhou para os olhos
no retrovisor e disse.
— Trinta oito com a cinco, obrigada.
O motorista deu um ligeiro aceno, e quando ele puxou para o
trá fego, Reagan descompactou a bolsa dela e vasculhou dentro à
procura de seu pó compacto, mas entã o lembrou que ela tinha deixado
na pia do banheiro. Encostando no banco do carro ela gemeu.
Como na terra ela iria ganhar essa aposta estú pida, se ela parecia
como um rato de esgoto de Nova York se afogando?
A resposta era simples, ela nã o iria, e isso significava que Evan
ganharia.
Ganharia um encontro comigo.
Isto nã o foi uma boa ideia. Ela soube no segundo em que ele abriu
a boca e sugeriu isso. Mas em vez de dizer nã o, o que deveria, ela tinha
feito o que ela sempre parecia fazer, quanto a Evan James... ela tinha
cedido. E talvez apenas uma pequena parte dela queria que ele
ganhasse.
Agora isso é uma ideia estúpida.
Mas nã o se pode negar, que mesmo que ela sempre tivesse a mã o
superior quando se tratava de homens, Evan estava ficando sob sua
pele em uma maneira grande. Foi difícil o suficiente tentar nã o admitir
isso para si mesma, mas tornou-se cada vez mais difícil nã o o mostrar.
Ainda nã o ocorreu-lhe até agora que eles iriam a um bar. Para
conhecer outras pessoas. Pessoas alé m de uns aos outros.
O que nã o era nada. Realmente. Nã o é como se eles nã o
conhecessem outras pessoas o tempo todo. Isso seria fá cil, certo?
Certo.
Enquanto eles se aproximavam do bar, ela ajeitou o cabelo ao redor
de seus ombros e em seguida reajustou os seios, entã o eles estavam de
forma espetacular.
Toma essa, Evan James! Seu traseiro está indo para baixo. Mesmo
que isso seja possivelmente sobre mim... não, cale-se. Não pense nisso.
Ele vai apenas estar me trazendo café todos os dias durante uma
semana. Sem orgasmos. Sem orgasmos.
O tá xi puxou para uma parada em frente ao bar, e Reagan
entregou-lhe uma nota de vinte, abriu seu guarda-chuva e empurrou a
porta larga. Ela foi para a calçada, e observou a multidã o, que
movimentava debaixo da cobertura. Nã o demorou mais que, alguns
segundos, para os olhos darem um zoom em calças apertadas
abraçando uma bunda perfeita, uma cintura delineada por uma camisa
preta meio apertada e aqueles ombros largos, envolvidos em uma
jaqueta. Foram apenas semanas desde que ela tinha escavado as
unhas? Em seguida, virou-se para enfrentá -la.
Oh, quem estou tentando enganar? Se ele está dando orgasmos...
— Loirinha! — Ele gritou e levantou a sua mã o em um aceno.
Ela, frustrada, embaixo da chuva, baixou o guarda-chuva quando
parou na frente dele. Seus olhos automaticamente foram para os seus
seios que estavam para cima, e o primeiro pensamento que passou
pela sua cabeça foi: um ponto para mim.
Um pouco juvenil, talvez, mas, um pensamento muito mais
adequado do que o que ela teve antes de sair do tá xi.
— Eu nã o tinha certeza que você enfrentaria o clima esta noite.
Pensei que acabaria por estar sozinho.
Agitando o guarda-chuva, Reagan trouxe os olhos dela até os seus
e deixou sua boca enrolar em um sorriso perverso.
— Por favor, estou no meu melhor quando estou molhada.
Os olhos do Evan aqueceram quando ele parecia morder a língua.
— Já puxando a artilharia pesada, eu vejo.
— Oh nã o querido, eu ainda nem comecei. Estou guardando meu
verdadeiro arsenal para os homens que contam.
Evan inclinou a cabeça para o lado, mas nã o parecia ofendido
quando um pequeno sorriso puxou seus lá bios.
— Eu vejo como é .
— Você ?
— Sim. Você vai toda gatinha do sexo, e eu vou ficar perguntando
sobre sentimentos de merda.
Quando eles se mudaram em direçã o à porta, e Evan chegou para
a alça e a puxou aberta, Reagan parou e olhou para ele.
— Você sente, nã o é Evan?
Ele se inclinou para baixo até que sua boca estivesse em seu
ouvido e sussurrou.
— Eu estou tendo uma sensaçã o muito forte neste momento.
O estô mago de Reagan capotou, e ela ignorou a vontade de flertar
com o homem sorrindo para ela. Em vez disso, zombou antes de
acariciar o braço.
— Bem, você deve se certificar de dizer isso à primeira jovem com
quem se sentar.
— Se ela for uma senhora, eu estou pensando que ela nã o vai
gostar desse sentimento em particular.
— Entã o o que isso me faz?
Ao passar por ele, ela sentiu a mã o contra o quadril atravé s do
material apertado do vestido. Ela nã o precisava ter olhos atrá s da cabeça
para saber que ele estava olhando a bunda dela.
— Isso é perigoso.
Parando em frente a uma mesa cheia de ró tulos e marcadores
pretos, ela deu-lhe um olhar sensual e pegou um adesivo. Ela rabiscou
o nome dele e o colocou em seu peito. Em seguida, ela escreveu o dela,
trocaram olhares e colou ao seu peito antes de alisar a mã o dela sobre
ela... lentamente.
— O jogo, Sr. James.
Ela se afastou da mesa, entã o olhando ao redor da sala viu os
homens de um lado e as mulheres do outro.
— Parece que nos separamos aqui. Nã o se esqueça de perguntar
sobre quantos filhos gostariam de ter um dia e como seria o seu
casamento dos sonhos. As mulheres adoram esse tipo de coisa.
— Mal posso esperar. E qual é o seu plano, Sra. Spencer?
Reagan se virou e lhe deu um sorriso travesso por cima do ombro.
— Sinta-se livre para assistir.
Com isso, ela se juntou as outras mulheres do lado direito da sala
e, pelo canto do olho viu Evan caminhar para a multidã o de homens à
esquerda. Entã o ela percebeu que nem tinha notado como qualquer um
dos caras eram, logo ela fez contato visual com cada uma das mulheres.
Evan parecia estar fazendo amigos, conversando com a sua
concorrê ncia no bar. Bastardo arrogante.
Olhando ao seu redor, ela notou uma mistura de mulheres, de
vinte e para o que ela diria que estava no final dos cinquenta, todas elas
perfeitas, apesar da chuva.
— Bem-vindo ao Amor à primeira vista.
Uma voz masculina cresceu atravé s de um microfone, deixando a
sala quieta e levando a atençã o de todos para um homem incrivelmente
vestido, à frente do corredor longo.
— Onde você pode tomar sua primeira dose em direçã o ao seu
futuro.
Reagan nã o tentou rolar os olhos quando ela olhou para Evan para
encontrá -lo levando uma dose. Ela provavelmente deveria ter seguido a
liderança nessa.
— Entã o, como vocês podem ver... — O homem continuou — nó s
temos os assentos do amor. Tudo preparado para vocês aqui. Senhoras
sentadas à direita, e os senhores irã o rodar as cadeiras do lado
esquerdo, cada vez que o sino soar. — Ele fez uma pausa quando a
mulher atrá s dele tocou-o e entã o disse. — Você terá três minutos para
fazer seu jogo. Deixamos canetas e papel nas mesas, caso queiram
trocar informaçõ es de contato, ou você s podem optar por ficarem juntos
depois de se misturarem no bar. Você s estã o prontos para encontrar o
amor na cidade de Nova York?
Alguns aplausos envergonhados apareceram, e ele tentou
novamente.
— Eu disse, você s estã o prontos para encontrarem o verdadeiro
amor na cidade de Nova York?
Desta vez, Reagan olhou para Evan com um sorriso confiante e
piscou antes gritar "hell yeah" com a multidã o. Ela voltou o olhar, e
tirou um assento em uma das cadeiras abertas e esperou por sua
primeira vítima.
O homem que sentou à sua frente era bastante atraente. Ele estava
vestido de jeans escuro e um pulô ver de gola V leve, azul. Ele sorriu para
ela e puxou a cadeira para fora, tropeçando um pouco quando se sentou.
Rindo, ele endireitou-se no banco e disse.
— Bela maneira de fazer uma boa primeira impressã o, hein?
Reagan sorriu para ele, percebendo seu nervosismo, mas percebeu
que ela també m poderia colocá -lo à vontade... afinal de contas, o
primeiro sempre era o mais difícil. Por que não fazer esta memorável para
ele?
Inclinando para a frente, ela apoiou o cotovelo na mesa, sabendo
muito bem que isso empurrava seus seios juntos lhe dando um decote
incrível, mas a seu cré dito, os olhos do Sr. Tropeço permaneceram no
rosto dela.
— Entã o... — ela demorou, perguntando que se talvez ela, sim,
acariciasse um dedo ao longo de sua clavícula exposta seu interesse
seria despertado. — Sou Reagan.
Ela achou que ele pegaria a ideia. Mas, aparentemente ele era bom
em manter os olhos acima do seu pescoço. Caramba, agora ela tinha
que falar.
— E você é ... — Ela deixou cair os olhos para o seu crachá . — Scott.
— Isso.
Sua resposta curta fez Reagan começar a se preocupar um pouco.
E se isso fosse mais difícil do que ela pensava?
Ela olhou para onde Evan estava sentado, trê s mesas de distâ ncia
e a morena com ele era o oposto, era só sorrisos e flertes. Ela se
inclinou e tocou a mã o dele.
Houve uma ligeira tosse na frente dela, e ela percebeu que tinha
ignorado completamente a pergunta que tinha sido dirigida a ela.
— Me desculpe. O que você disse?
Sr. Tropeço olhou para baixo na direçã o que ela tinha olhado, em
seguida voltou para ela.
— Perguntei o que você faz para viver.
Realmente? É com isso que ele vai?
Nã o entendia por que este homem nã o era nem remotamente
interessado em suas meninas, ela franziu a testa e disse:
— Eu sou uma modelo de lingerie.
Lá , isso deve chamar a atençã o dele.
Ela esperou por ele lhe dar uma revista minuciosa, para ver se ela
na verdade era capaz de modelar os acanhados itens que dizia, e o que
ele fez? Estava olhando para a maldita toalha!
Ah sério...
Depois de mais alguns momentos de silê ncio constrangedor, ela
ouviu.
— Okey pessoal. Trinta segundos até a troca.
Reagan nã o podia acreditar que sua primeira atacada fora do portã o
era um cavalo manco, mas entã o ela lembrou a si mesma que isso era
sobre ganhar uma aposta, nã o recebendo um encontro.
Então... que diabos.
— Eu adoraria me encontrar com você novamente. — Ela mentiu.
— Gostaria de trocar nú meros?
Ele olhou para baixo na direçã o do Evan, provavelmente querendo
sua pró pria chance com a morena e entã o voltou para ela.
— Nã o, está bem.
Com esse comentá rio de despedida, a boca de Reagan caiu aberta,
e a campainha tocou. Os homens estavam seguindo em frente, e ela
notou a morena pelo canto do olho dela passar para o Evan o que tinha
que ser... seu maldito nú mero.
Bem, inferno. Evan, 1. E eu? Um grande gordo 0.
Endireitando os ombros e colocando um sorriso no rosto, ela
cumprimentou o pró ximo cara que se sentou diante dela.
Charles de Charleston tinha quarenta e dois e nunca se casou, mas
estava realmente procurando uma garota pé no chã o para trazer para
casa de seus pais. Ele també m amava ruivas e pesca com mosca e
desprezava Manhattan.
Os três minutos mais longos da minha vida.
Reagan acenou distraidamente enquanto ela o escutava, e incapaz
de obter uma palavra adequada. Quando ele fez uma pausa para tomar
um gole de sua bebida, ela abriu a boca para dizer alguma coisa, mas
só entã o o sino soou, e ele se levantou rapidamente.
— Prazer em conhecê -la! — Ele disse e voltou sua atençã o para a
pró xima mulher na linha.
Okey, o que diabos está acontecendo...
Ela pegou uma colher e trouxe para verificar o reflexo dela. Nada
fora do lugar. Mesmo suas ondas que de alguma forma havia
sobrevivido a umidade. O vestido que ela tinha escolhido para esta
noite tinha trabalhado tã o bem no passado quando caçava, que ela
agora só trazia para fora para ocasiõ es especiais.
Bem, nã o que isto fosse uma ocasiã o especial ou qualquer coisa.
Ela só precisava de nú meros. E precisava deles agora mesmo.
Evan teve um lugar na mesa ao lado dela. Seu encontro de trê s
minutos era um par de dé cadas mais velha que ele, nã o que ele
parecesse se importar. Ele escorria dinheiro, sexo e sofisticaçã o, trê s
coisas que nenhuma mulher nesta cidade podia resistir, e o sorriso que
deu a essa mulher, provavelmente ela estava pronta para arremessar
sua calcinha para ele em sinal de rendiçã o.
Jesus Cristo.
— Entã o você deve ser Reagan.
O homem em frente ela disse ao se sentar a olhando atentamente.
Levando sua mã o a ela, ele disse.
— Eu sou o Mike.
— Eu mesma. Muito prazer Mike. — Ela disse, balançando a sua
mã o e suspirando com alívio que nem todo cara aqui estava alheio a ela
esta noite.
— Isso é um vestido. — Ele disse, segurando a mã o dela ainda.
Reagan inclinou-se para colocar um dos seus cotovelos na mesa,
fazendo com que seus seios fossem uma polegada ainda mais fora de
seus limites.
— Estou feliz que você gosta.
— Oh, eu gosto! — Ele disse e entã o olhou para a esquerda.
Ela seguiu seu olhar e notou os olhos de Evan em suas mã os
entrelaçadas. Imediatamente Mike se afastou. Olhando para Evan, ela
viu que ele tinha voltado para sua conquista, enquanto o cara na sua
frente tinha liberado sua mã o e estava olhando por toda parte, menos
para ela.
O que é isso, Evan?
— Entã o, Mike... — Ela colocou seu queixo em cima de suas mã os
entrelaçadas e olhou para ele em seus cílios. — Você é obviamente um
homem atraente, e tenho certeza que nã o tem nenhum problema com
as mulheres, estou curiosa... o que te trouxe aqui esta noite?
— Eu poderia perguntar o mesmo.
Antes que ela pudesse responder, a campainha tocou, e Evan
estava deslizando um papel em seu bolso e tirou o Mike da cadeira.
— Okey, mexa-se! Acabou o tempo. — Ele disse, um pouco forçado,
fazendo Mike segurar as mã os em um gesto defensivo antes de passar
para a pró xima mesa. Evan sentou-se em frente a ela, desabotoou seu
paletó e estendeu-se com um sorriso no rosto.
— Como vai, Loirinha?
Reagan estreitou os olhos e se inclinou sobre a mesa.
— Você é um idiota traidor, sabia?
— Os encontros nã o estã o indo bem?
— O que você fez?
— Bem, eu tenho trê s nú meros e contando, entã o eu diria que eu
estou indo muito bem. E os seus nú meros estã o em seu decote?
— Esses caras estã o me evitando como uma praga, e há apenas
uma razã o que eu possa pensar que isso ia acontecer.
— Perfume ruim?
— Evan....
— Nã o gostam de loiras? Ou talvez você seja muito... — ele olhou
para o peito dela — “por aí”?
— Desde quando essas coisas sã o um problema quando você está
procurando uma foda rá pida?
— Oh nã o, nã o. — Evan disse, balançando a cabeça. — Nã o há foda
rá pida aqui. Estamos aqui para dar o primeiro passo em direçã o a
nosso futuro. Talvez você deva reajustar sua atitude.
— Ah sim? — Ela disse, começando a ferver o sangue. — Talvez você
devesse...
A campainha tocou e Evan se levantou, piscando para ela.
— Boa sorte, Reagan. Você deve provavelmente começar a pensar
onde gostaria de ir na pró xima semana.
Encontros seguintes passaram em grande parte da mesma forma
que o primeiro. Uma pequena conversa e um monte de correr. Ah! E
nenhum maldito telefone. Ela nã o se sentia fora de jogo, mas
claramente havia algo de errado esta noite.
Quando soou a campainha final e todos foram em direçã o ao bar,
ela ficou sentada e tomou o resto do cocktail dela. Ela já nã o estava a
fim de socializar, amuada, ocupada demais sobre o que ela sabia que
era uma perda. Se pudesse matar, cada um desses caras idiotas teriam
uma bala em sua cabeça.
O cheiro do perfume de Evan encheu o nariz dela antes que o visse.
Ele se sentou na cadeira ao lado dela colocando o braço sobre o encosto
da sua cadeira.
— Certo, Spencer. Mostre-me sua mã o.
Reagan deixou seu copo e levantou o dedo mé dio na sua frente.
— Aí está !
Evan riu.
— Isso nã o foi muito desportivo.
— Caso você nã o tenha notado, juntamente com todos os outros
neste bar estú pido, eu nã o sou um homem.
— Oh, todos percebemos. Confie em mim.
— Entã o, que diabos?
Mike, o ú ltimo cara - apague isso, o único cara - que tinha
mostrado uma centelha de interesse escolheu aquele momento para
aparecer, e quando ele a avistou, ele parou.
— Você sabe... — disse ele, olhando para a frente e para trá s entre
ela e Evan. — Eu nunca teria imaginado você s como irmã o e irmã . Prazer
em conhecê -los!
Reagan sentiu calor inundar as bochechas dela quando ela virou
lentamente a cabeça para fixar Evan com um olhar que gritou, está
brincando comigo?
— Ah, olha a hora! — Evan disse olhando para o reló gio dele e
levantando para longe da mesa.
Ela o seguiu, quente nos saltos dos sapatos, quando ele caminhou
em direçã o a saída e nã o parou até mesmo quando a chuva bateu ela
na cara.
— Nã o ache que você ganhou esta rodada, idiota!
Evan se virou para enfrentá -la.
— Ganhei honestamente. Nunca dissemos que nó s nã o podíamos
jogar sujo. Só os ameacei dentro de uma polegada de sua vida se
tocassem minha irmã .
— Isso é mentira!
— Bem eu nunca ganharia com você vestida desse jeito.
Os olhos dela percorriam avidamente, e ela percebeu que cada
polegada dela estava molhada e provavelmente transparente. Lutando
com o guarda-chuva, ela tentou empurrá -lo aberto, mas a coisa estava
presa em algum lugar, entã o ela o jogou em frustraçã o.
— Se sente melhor agora?
— Nã o! — Exclamou ela, sentindo a á gua no seu pescoço e em seu
decote.
Ele deu um passo mais perto, tã o perto, que ela podia ver as gotas
de á gua molhando seus cílios.
— Eu já te disse antes, eu tenho o que quero. Mas a noite nã o foi
um desperdício total...
Ele tirou um pedaço de papel do bolso e segurou-o em seu punho
antes de lhe dizer.
— Aqui está o nú mero de um cara que quer saber como seria seu
casamento dos sonhos, e quantos filhos você quer ter. Quatro? Dez?
Um time de futebol?
Ela pegou o papel encharcado de seu alcance o colocou na bolsa.
— Você trapaceou. — Ela disse fazendo beicinho. — Eu tinha isso
fá cil.
Evan disse:
— É por isso que eu ainda vou levar café com seu nome nele todos
os dias na pró xima semana.
— Nã o há mais Bob, hein? Você nã o é doce?
— Nã o deixe o exterior simpá tico enganá -la. Os meus motivos
nunca sã o tã o puros, especialmente quando me deparo com uma
mulher quente, molhada, e que eu quero afundar meu pau.
Evan olhou por cima do ombro e levantou o braço para chamar o
tá xi vazio descendo a rua. Quando parou, ele abriu a porta e lhe disse:
— Entre. Vá para casa. E tire esse vestido sozinha.
Ela nã o disse nada quando deslizou para dentro do banco de trá s,
mas quando ele fechou a porta e o motorista se afastou do meio-fio, ela
se virou para assistir Evan ali parado. Quando correu a mã o pelo
cabelo, observando-a, ele nunca tinha se parecido tanto com o menino
que se lembrava.
Capítulo Quatorze

Reagan puxou seu carro alugado na garagem da casa térrea de tijolo


no tranquilo bairro suburbano onde ela cresceu e desligou o motor. Ela
nã o conseguiu ir para o almoço de domingo tã o frequentemente como
ela costumava, mas com a forma como as memó rias de seu passado
estavam surgindo, ela sentiu vontade de ver sua família.
Ziggy saiu de casa antes que Reagan tivesse uma chance de sair
completamente do carro. Ela tropeçou contra o lado dele, quando as
patas enormes dele saltaram para fora em seu peito.
— Ohh, ei Zig! — Ela disse colocando um braço em torno dele e
fazendo carinho na cabeça com a outra. Ele deu beijos babados,
familiares, em troca, e ela riu quando tentou empurrá -lo fora dela.
— Okey, okey, é bom ver você també m. Vamos ver o que Troy está
fazendo.
O pastor alemã o pulou para baixo e a seguiu até a calçada,
passando os canteiros bem conservados carinhosamente por sua mã e,
até a porta da frente. Ela abriu sem se preocupar em bater,
caminhando para dentro e gritou.
— Mã e? Pai?
— Ei, Ei, maninha. — Seu irmã o disse aparecendo no canto da
cozinha e ela o recebeu em um grande abraço de urso. Era o seu jeito,
aqueles abraços de urso, e embora ela nunca pudesse respirar quando
era envolvida em um, ela os amava da mesma forma.
— Troy! — Ela se engasgou para fora e quando ele a soltou, ela riu.
— Você está mais forte? Acho que você esmagou uma costela ou duas
agora.
— Eu nã o fiz. Mas nã o seria difícil. Você també m está muito magra
Reagan.
— Eu nã o estou. Estou em forma. Há uma diferença.
Ele deu-lhe um olhar, Sim certo, mas antes que ele pudesse dizer
nada alé m disso, ela acrescentou.
— Você sabe o quanto eu malho para ficar desta forma?
— E quantos hambú rgueres deve perder....
— Oh, Cale-se. Eu como hambú rgueres e batatas fritas e à s vezes
até como sobremesa.
Troy pegou na sua mã o a e puxou para o fim do corredor.
— Vamos, mamã e e papai estã o esperando você por toda a manhã .
Faz muito tempo desde a ú ltima visita.
— Eu sei, eu sei. Tem sido tã o agitado no trabalho com o
treinamento... — Reagan se pegou antes que dissesse o nome dele, mas
o seu irmã o nã o perdeu nada. Ele parou de andar e olhou para ela.
— Com o treinamento de Evan? Sim... você e eu vamos ter uma
conversa sobre isso.
Que é uma das muitas razões que evitei vir aqui nas últimas
semanas.
— Isso realmente nã o é necessá rio.
— Sim, é . Agora vamos! Wendy e os garotos estã o lá atrá s.
Ela seguiu seu irmã o pelo corredor e sorriu quando ela passou por
suas fotografias de ensino mé dio sê nior penduradas na parede. O que
parecia um longo tempo atrá s. Outra vida realmente, ela supô s, porque
a pessoa nessas fotos era praticamente uma desconhecida.
Ela continuou até a porta da cozinha, e quando entrava por ela viu
sua mã e de pé perto do fogã o e seu pai.
— Ahh, Jenny! — Ele disse caminhando para ela com os braços
abertos.
Reagan deu-lhe um sorriso quente, quando ele a levou em seus
braços e beijou o lado de sua cabeça.
— Ei, pai!
Ela nã o tinha certeza do porquê, mas ela sentia a necessidade de
envolver seus braços em torno dele por um momento e nã o deixar ir.
Ele a deixou ficar ali, pelo tempo que precisava, e quando ela
finalmente o libertou e se afastou, a olhou e disse: — Você continua
ficando mais loira, Jen. Sinto falta do castanho... muito mais você.
— Papai... — se queixou sem rodeios. Eles estavam tendo esta
conversa desde a primeira vez que tinha mudado o cabelo de cor e
mudou o nome na faculdade, em uma tentativa de colocar o seu passado
para trá s.
— O que? É um crime, que eu queira ver minha filhinha se parecer
com sua bela mã e?
— Eu ainda me pareço com ela. — Ela brincou. — Eu nã o posso
mudar a gené tica, apenas minha cor de cabelo.
— Falando em cabelo, me faz lembrar de marcar hora no salã o para
esta semana. — A mã e dela disse, limpando as mã os em um pano e
dando um beijo na bochecha de Reagan.
— Me desculpe ter que dizer que aquele cinza é genético també m,
mas é por isso que o Senhor inventou a tintura de cabelo, para que
ningué m jamais possa vê -lo.
— Muito verdadeiro. Posso ajudá -la com alguma coisa?
— Você pode pô r a mesa e avise a Troy que o almoço está pronto.
Reagan pegou uma pilha de pratos e entã o puxou a gaveta de
talheres, pegando bastantes utensílios para os sete deles antes de ir
para a sala de jantar para colocar os itens ao redor da mesa.
Ela nã o se lembrava de um tempo quando eles nã o tivessem aqui
reunidos aos domingos, o ú nico dia que o pai dela era capaz de está lá ,
por causa de seu horá rio de trabalho incessante. Agora era o dela que
interferia, mas a culpa dela foi diminuída pelo fato de que seu irmã o e
sua família viviam por perto. Assim que passou pela sua cabeça, Troy
abriu a porta traseira e entrou.
— Precisa de ajuda?
Ela balançou a cabeça quando terminou de arrumar a mesa.
— Vá avisar a todos que está pronto.
— Rae... — Disse ele e entã o voltou para fechar a porta antes de
começar novamente.
— Você sabe que eles vã o querer saber o que está acontecendo.
— Eu sei.
— Você está bem?
Claro. Tenho um encontro com Evan para ir. Não é grande coisa.
— Estou bem.
— Entã o por que você está evitando todos desde que você e Bill o
levaram?
— Nã o estou evitando. Tem sido um tempo ocupado, e temos
muito no nosso prato com alguns contratos novos que entraram. Você
sabe que se eu pudesse, estaria aqui.
Os olhos de Troy permaneceram desconfiados, mas quando a porta
de trá s abriu novamente e os filhos dele entraram, ele deixou para lá .
— Sim. Okey.
— Tudo bem, pessoal.
Reagan disse puxando os olhos dos seus.
— Sentem-se. Nana tem a comida pronta, e você nã o vai querer
perder.
Quando as crianças se esforçavam em torno da mesa, a mã e dela
empurrou a porta com o ombro, carregando uma cesta de frutas, e o pai
dela veio por trá s com um prato cheio de waffles.
— Troy, vá pegar os ovos e o bacon, você pode? — O pai dela
perguntou quando ele chegou a mesa e colocou o prato para baixo.
— Sammy, pare de puxar o cabelo de sua irmã .
Reagan sorriu para Wendy quando ela també m veio andando.
— Ei, Reagan, você está fantá stica!
— Finalmente, algué m com um pingo de estilo. Eu vou levar sua
opiniã o, nã o a opiniã o de que estou muito magra e que meu cabelo está
mais loiro.
Ela disse quando se virou para colocar a língua para fora em direçã o
a seu irmã o, que agora se dirigia para a mesa com dois pratos, cheio de
ovos macios, o outro com batata frita e torresmo de toucinho.
Ela tomou seu assento e imediatamente avançou para o prato de
bacon.
— Vê , nada de errado com meu apetite.
Ela colocou trê s peças no prato dela e entã o passou a Wendy, que
deu um riso rá pido.
— Oh, nã o dê ouvidos aos homens, o que eles sabem? Droga,
depois de dois filhos, eu mataria para ter seu corpo, e Troy adoraria se
isso acontecesse.
O irmã o dela que estava com uma uva na boca, balançou a cabeça.
— Isso nã o é verdade! Eu te amo do jeito que você é .
— Oh, Deus! — Reagan disse quando revirou os olhos.
— Ei, é a verdade. Agora me passe o bacon, por favor?
Ela franziu a testa em direçã o ao irmã o dela e entregou o prato
gorduroso de bondade.
— Entã o, Jenny... — o pai dela disse ao se estabelecer em seu
assento na cabeceira da mesa.
Aqui vem...
— Como tem sido o trabalho?
Sem rodeios, pai.
Ela pegou o prato de ovos em uma dose saudá vel, juntou em seu
prato. Se ela nã o podia evitar esse problema, ela també m podia comer
o seu caminho atravé s disso.
— Tem sido... interessante.
A mã e dela pegou um guardanapo e sempre tã o educadamente,
colocou sobre seu colo.
— Interessante, querida? O quê ?
— Você sabe, é apenas uma circunstâ ncia incomum, isso é tudo.
— ... Ele está indo bem lá ? Nã o parece ter os genes de Rockwell em
relaçã o as finanças, nã o é ?
— Nã o. — Ela disse com a boca cheia de ovos e depois engoliu. —
Ele é realmente ó timo no que faz e parece ser um bom ajuste para a
empresa. Bill foi esperto em trazê -lo.
— Isso é bom, isso é muito bom. E seus... — o pai dela disse e entã o
parou como se tentando descobrir qual palavra ele deveria dizer. —
Problemas pessoais? Eles nã o estã o afetando você , certo?
Reagan acenou com a cabeça, mas manteve seu foco na montanha
de waffles no prato dela.
— Ele se manté m profissional.
— Você nã o acha que ele tem alguma ideia de quem você é ? —
Perguntou a mã e dela.
Não no sentido que você quer dizer.
— Nã o. Wendy, passe o molho, por favor?
— Acho que é bom Bill ter trazido Rocky. Deus sabe que o coitado
já sofreu demais. Está na hora dele ter um modelo decente em vez dos
criminosos terríveis que ele tem como pais.
Reagan manteve seus olhos para baixo, quando sua família
começava a falar sobre os pais de Evan. Nã o se sentia à vontade para
discuti-lo, quando sabia que ela teria que vê -lo logo amanhã de manhã .
Quando Bill tinha dito algo sobre trazer Evan, ela ficou apreensiva
com a situaçã o. Ela entã o teve que pesquisá -lo, para saber se o rapaz
do passado dela iria reconhecê -la. Mas quando ela percebeu que,
nenhum flash de reconhecimento tinha passado por ele, ela disse a Bill
para ir em frente com o que ele tinha planejado. Ela podia fingir
indiferença e total ignorâ ncia.
Ela foi trazida para fora de seus pensamentos pelo chute debaixo
da mesa por seu irmã o. Ela olhou em direçã o de Troy.
— Tem alguma coisa que você quer dizer?
— Você ? — Ele sussurrou de volta.
— Nã o.
— Você está mentindo, Reagan. Seu pescoço está todo vermelho.
— Cala a boca. — Ela disse antes do seu pai dizer.
— O que os dois estã o resmungando aí?
— Nada.
— Waffles.
— É tã o bom ter a família toda junta novamente. — A mã e dela
disse quando sorriu para baixo da mesa.
— Entã o mã e, como está indo o novo semestre?
Reagan perguntou, ansiosa para mudar de assunto para algo
diferente de Roc... Evan.
— Achei que esse bando de alunos do primeiro ano seriam meu
sonho, mas nunca! Tenho o jovem mais novo de Don Riley, e te digo,
nã o sei como sua esposa faz....
A mã e dela continuou e Reagan se encontrou acenando ao longo. O
resto de sua família falou sobre seus trabalhos e as atividades das
crianças. Sua mente vagava de volta para Evan, e ela se perguntava
como seria tê -lo sentado com eles para o almoço de domingo.
Seria quente e familiar? Ou talvez, ele estivesse tã o distante do
menino que todos conheciam que seria como se fosse um estranho em
seu meio? De vez em quando, ela pensou ter visto vislumbres, nas
ocasiõ es em que ele deixava sua guarda baixa. Mas depois do que ele
tinha passado, ela nã o podia culpá -lo por seu exterior aparentemente
sem escrú pulos.
Evan teve muito mais do que qualquer pessoa merecia, por isso
nã o foi uma grande surpresa que ele nã o tivesse ido embora incó lume.
O fato surpreendente foi a maneira que ela se sentia sobre ele, quase
impressionada com a tenacidade com que ele estava vivendo sua vida.
Claro, todos incluindo os pais dela, sabiam que ele tinha ido ao
fundo do poço, mas isso nã o o impediu de arranhar seu caminho de
volta. Ele estava quebrado, mas ele nã o era inflexível, o que deu
esperança a ela. Esperança para o rapaz que se lembrava de tanto
tempo atrá s.
Quando a conversa continuou em torno da mesa e ela pensou
sobre as ú ltimas semanas e entã o sobre ontem à noite... Reagan sabia
que ela ia ter que obter suas emoçõ es presas, se fosse ter um encontro
com ele na pró xima...
— Ei, Rae?
A voz do irmã o dela interrompeu o seu pensamento, e quando ela
se virou para encará -lo desta vez, notou em seus olhos uma pitada de
preocupaçã o. Ele tocou o braço que ela tinha sobre a mesa.
— Tenha cuidado! Você terá ?
Ela sabia exatamente sobre o que ele a estava advertindo, sem
qualquer detalhe adicional, e quando ela colocou uma mã o sobre a sua,
deu-lhe um sorriso apertado e um aceno rá pido, assegurando que teria.
Ela tinha que se convencer primeiro.
Capítulo Quinze

Reagan nem mesmo chegou até sua mesa no dia seguinte, quando
Evan entrou estourando em sua sala, com um enorme sorriso em seu
rosto e um copo de café em sua mã o.
— Um grande cappuccino ao molho de soja para a senhora. Oh! —
Ele disse e mostrou a mã o escondida atrá s das costas para revelar um
saco de papel pequeno.
— E Pain au Chocolat 8 . Seu café favorito com minha massa
favorita. Uma combinaçã o deliciosa, se eu posso dizer.
— Entã o nã o é uma tentativa de me deixar gorda? — Perguntou,
recebendo o saco dele, mas antes que ela pudesse envolver a mã o em
torno do copo, ele puxou para trá s.
— Esqueci uma coisa. — Ele disse, puxando do bolso um papelã o-
de-segurar9. Ele segurou a bebida de novo, e desta vez, ela viu um
punhado de escrita do lado, que foi rapidamente coberto quando ele
dobrou o papelã o. Olhando para cima, ela o viu piscar e entã o ele se
afastou com um sorriso ainda no rosto.
O que ele está fazendo?
— Tenha um bom dia, Sra. Spencer!
Assim que ele estava fora da porta, ela nã o perdeu tempo em
desdobrar o papelã o para ver qual era a mensagem que tinha nela.
Se nã o fosse tã o chocante, Reagan tinha certeza que ela estaria
rindo de sua audá cia, mas o fato era que a mensagem do Evan teve o
efeito oposto. Ela sabia que aquelas poucas linhas eram em referê ncia
ao seu “encontro”, e que era apenas pra adicionar mais algumas
dinamites a uma situaçã o que já estava prestes a ser explosiva.
Mais uma vez, ela leu as palavras:

Loira, você acha que poderia encontrar


um vestido semelhante ao último que tirei de você?

8
O pain au chocolate é um clássico na França dos pães doces como o croissant. Ele é delicioso, suave, equilibrado e crocante
com um sabor a manteiga e de chocolate belga.

9
No Original Cup Sleeve. Que serve para segurar o copo para não se queimar.
Se assim for, eu te recompensarei.

Ela dobrou, batendo-o contra sua coxa, antes de fazer seu caminho
de volta para sua cadeira. Rolando para fora, ela ligou o laptop e
sentou- se. O sorriso que estava rastejando atravé s de seus lá bios nã o
podia ser escondido quando ela mais uma vez se encontrou lendo a
mensagem.
Ela sentou lá tentando decidir como responder, ou se deveria
responder as tá ticas de seduçã o de Evan. Quando ela escorregou o
copo no papelã o mais uma vez e se recostou na cadeira dela, ela bateu
o pé no chã o e pensou, que diabos...
Ela conectou ao seu sistema e abriu o e-mail dela. Rolando atravé s
do diretó rio de nomes até que ela encontrou o dele, ela abriu uma caixa
de mensagem e começou a digitar.

Prezado Sr. James,


Eu aprecio o impulso de cafeína esta manhã, mas por favor, note que
suborno não tem negócio no local de trabalho. Todas e quaisquer
recompensas serão provenientes de dedicação e trabalho árduo. Ficaria
mais que feliz em discutir se você tiver outras preocupações.

Sra. Reagan Spencer


Gerente sênior de finanças
Kelman Corporações

Ela levantou seu café para os lá bios e tomou um gole do


cappuccino cremoso enquanto relia as palavras e depois enviou, antes
que pudesse mudar de ideia.
Nem um minuto mais tarde, uma resposta apareceu no canto do
seu computador. Assim que ela viu o endereço do remetente, as
latentes borboletas no seu estô mago começaram a tremer, e ela clicou
para abrir.

Querida Sra. Spencer,


Por favor, aceite minhas desculpas. Não estou sob ilusões de que eu
deveria ser recompensado por nada além de persistência e superando
expectativas. No futuro, me esforçarei para ser mais claro sobre as
minhas intenções.
Evan James

Mais claro do que lhe dizer que ele gostaria de tirá -la de um vestido?
Ela estava quase com medo de pensar o que traria o resto da semana...

~ Terça-feira ~

Loirinha, (Pelo seu pedido para ser mais claro)


Eu preciso de um vestido sem alças que eu possa puxar sobre
os seios lindos antes deixá-lo em uma pilha aos seus pés.
Por favor.

Prezado Sr. James,


Embora você tenha demonstrado avanços na intensificação do seu
jogo no local de trabalho, e sua atenção aos detalhes ser um dos seus
pontos fortes, temo que seu foco possa ser muito estreito.
Por favor, amplie sua proposta.

Sra. Reagan Spencer


Gerente sênior de finanças
Kelman Corporações

~ Quarta-feira ~

— ...Entã o eu acho que ele está dizendo aqui é que ele gostaria de
mesclar com Bridlewood em vez de...
Uma batida na porta cortou Bill, e ele gritou para a pessoa entrar.
— Me desculpe senhor, eu pensei que poderíamos usar um
estimulante no meio da semana. — Evan disse andando com uma
bandeja com xícaras de café.
Bill sorriu e o apontou para dentro.
— Nã o acho que qualquer um de nó s recusaria. Obrigado filho.
— Ouvi dizer que você é um fã de caramelo. — Evan disse e
entregou a Bill o primeiro copo. — Senã o, você vai ter que culpar a Sra.
Spencer aqui.
Reagan sentiu o rosto dela pegar fogo quando ela percebeu que seria
forçada a ver qualquer obscenidade que Evan tinha decidido escrever
no copo naquela manhã na frente de Bill. Ela mal olhou quando Evan
estendeu o café para ela.
— Cuidado, está super quente. — Seu comentá rio sugestivo e uma
rá pida olhada sobre o copo, tinha quase o soltado.

Loirinha, aqui está o meu adendo


A referida proposta:
Sem calcinha.

Os olhos dela voaram até os seus entã o e um sorriso cruzaram


seus lá bios.
— Eles també m me deram estes... — ele disse, puxando um par de
papelã o-de-segurar do bolso dele. Entã o, entregou uma para Bill, e
quando ofereceu outro a Reagan, ele disse:
— Entã o, assim você nã o se queima.
Bill levou o dele, escorregando o copo, enquanto Evan mantinha os
olhos nos dela com uma expressã o que só pode ser considerada... voraz.
— Você nã o tem uma reuniã o para ir esta manhã Sr. James? Ou
emails para responder? — Reagan falou escassamente, enquanto os
olhos dele praticamente a despiam onde ela estava.
— Agora que você mencionou, eu devia ir e ver a minha caixa de
entrada. Ultimamente tenho recebido spammers 10 me enviando
inapropriados...
— Evan. — Reagan ficou positiva que ela estava prestes a ser
exposta, demitida, ou iria apenas entrar em combustã o espontâ nea no
local com a maneira que ele ainda estava olhando para ela. — Eu estou
trabalhando nisso. Agora, se você vai nos dar licença, precisamos
acabar com isso.

10
Aquele(a) que envia Spams (propraganda eletrônica não solicitada, geralmente maliciosa).
— Reagan... — Disse Bill rindo, olhando entre os dois.
— Desculpe, Bill, mas eu tenho outra reuniã o, preciso chegar lá em
quinze minutos.
— Okey, okey. — Ele deu um aceno a Evan. — Obrigado pelo café .
Aparentemente Reagan precisa de um pouco mais do que sabíamos esta
manhã .
Evan finalmente tirou os olhos dela e foi em direçã o a porta com
um sorriso de bom e velho menino para Bill.
— À s vezes, nã o temos ideia que precisamos até que algué m nos
mostre.
Ele abriu a porta e saiu, deixando-a com a língua presa, ao lado de
Bill, seu chefe e amigo da família há muito tempo. Ele se virou para ela
e inclinou a cabeça para o lado.
— Quer explicar o que foi aquilo?
— Oh, nada! — Ela disse, mas Bill nã o comprou.
— Nada? Claro que parecia algo. Por que Evan nos trouxe café ?
Reagan vasculhou o seu cé rebro, tentando pensar na resposta
mais plausível para dar que nã o soasse como se... bem, como se ela
quisesse Evan e dane-se tudo. O homem estava a enlouquecendo, e ele
nem mesmo tinha tocado nela.
— Ele está sem dú vida, pronto para um aumento. Ele sabe que nó s
o rebaixamos quando assinou com a gente, e tenho certeza que sente
que já provou ser capaz até agora.
— E você? — Bill perguntou. – Sente que ele já provou ser capaz?
Ele parece obcecado em mostrar que ele mudou para entrar na minha
cama.
— Reagan?
Se concentrou na pergunta de Bill, e ela inventou uma histó ria e
deu um aceno ausente.
— Acho que ele está chegando lá . Talvez mais algumas semanas e
nó s podemos reavaliar.
Bill trouxe o arquivo que estava na mã o dele e entregou para ela.
— Okey. Você é a chefe quando se trata de seu período de está gio.
Só me avise.
Jesus Cristo, agora realmente me sinto uma merda por ter mentido.
— Sim, Bill. Agora tenho esta chamada de conferê ncia com
Bridlewood. Havia mais alguma coisa?
Bill olhou nos olhos dela de uma forma que a fez se sentir
desconfortá vel, quase como quando ela tinha dito uma mentira quando
criança. Ela se sentiu culpada, como se soubesse que estava mentindo,
mas ele nã o ia chamá -la para fora. É mais prová vel ele esperar até que
ela caia de cara primeiro, e depois dizer: eu te avisei.
Mas, como qualquer pessoa culpada e sabia disso, ela segurou seus
cartõ es e balançou a cabeça.
— Nã o, isso é tudo.
Ela se virou para fazer o seu caminho para fora da porta, e pouco
antes dela fechar, o ouviu gritar.
— Tenha um bom dia, Reagan!
Sim, feliz dia de merda para mim.

~ Quinta-feira ~

Loira, olhe sua gaveta de baixo.

Minha gaveta de baixo?


Reagan empurrou sua cadeira de escritó rio e com seus dedos
alcançou com mã os hesitantes em direçã o a gaveta que ele indicou. Ela
parou por um momento, imaginando se deveria continuar jogando este
jogo com ele, embora provavelmente nã o fosse esperto jogar, em primeiro
lugar. A cabeça dela sabia disso. O resto dela estava ansioso por ele, sua
atençã o, suas palavras e ela nã o conseguia parar a si mesma...
Sem mais um segundo de hesitaçã o, ela puxou a gaveta aberta
para ver outro bilhete grudado em um saco pequeno de presente.

Você deixou isso como uma lembrança,


Mas não cheira mais a você, espero isso de volta.

Reagan já sabia o que era quando tirou o saco, que ela iria
encontrar um certo item. O sutiã preto de seu primeiro encontro, o que
ela tinha dado a ele como um presente depois de uma noite cheia de
orgasmos mais do que podia contar.
Ela estava em apuros, e sabia disso. Esta aposta com Evan a tinha
atingido, esse encontro que ela deveria ir, tinha PERIGO escrito por
todo o lado.
No começo ela pensou; que com certeza, que poderia lidar com uma
noite fora. Talvez um jantar e, em seguida, ela iria para casa. Mas
enquanto a semana progredia, e as notas em cada café que ele tinha
dado a ela tornaram-se muito mais sugestivas, Reagan sabia que ela
estava com sé rios problemas.
Ela enfiou o sutiã no saco de presente e colocou de volta na gaveta
e a fechou. Talvez se ela nã o olhasse para ele, nã o se lembraria como
tinha sido bom ter suas mã os em seus seios nus, quando ela subia e
descia ao longo de seu pau duro.
Sim, porque tenho certeza de não pensar nisso agora...
Clicando em abrir o email dela, ela clicou no nome dele e escreveu:

Prezado Sr. James,


Obrigada por devolver o item que você pegou emprestado, ao seu
legítimo dono. Mas talvez no futuro, você deva se lembrar que é sempre
melhor dar, sem a expectativa de receber algo em troca.

Sra. Reagan Spencer


Gerente sênior de finanças
Kelman Corporações

Querida Sra. Spencer,


Por favor, entenda que eu não estava retornando um item
'emprestado'. Apenas estava compartilhando com você um presente que
foi originalmente me dado como sinal de gratidão por um trabalho bem
feito. Nunca me atreveria a dar com a expectativa de receber, embora o
reconhecimento é sempre apreciado. Você deve saber disso melhor do
que os outros, desde que você assistiu meu... progresso.

Evan James
Prezado Sr. James,
Seus comentários têm sido devidamente anotados. Sobre seu
desenvolvimento, posso dizer que eu vi progressos notáveis, mas
continuarei a acompanhar de perto seu desempenho.

Sra. Reagan Spencer


Gerente sênior de finanças
Kelman Corporações

~ Sexta-feira ~

Foda-me sexta-feira.
Reagan tinha um pressentimento que seria o tema do dia e da noite,
se Evan James tivesse alguma coisa a ver com isso. E como nã o poderia?
Desde a primeira vez que ela tinha o conhecido no bar do Chelsea todas
aquelas semanas atrá s, ele tinha sido constante em seus pensamentos.
O que começou como curiosidade pelo homem que tornou-se sua paixã o
de infâ ncia, tinha se tornado algo mais do que ela jamais esperava.
Dentro das agitaçõ es da luxú ria, sentia-se sempre, e cada vez que seu
nome era mencionado, havia uma pontada de algo mais... algo perigoso
e quanto mais ela caía, mais ela nã o conseguia parar.
Na frente dos bancos do elevador, Reagan batia o pé , enquanto
esperava impacientemente por um elevador chegar no andar té rreo. Ela
estava entre uma multidã o de homens e mulheres de negó cios, ansiosos
para começar o seu dia para que eles pudessem desfrutar da cidade no
fim de semana. As luzes de sobrecarga indicaram que o elevador estava
descendo, e assim que ele tocou e abriu as portas, ela sentiu algué m
intervir por trá s dela.
— Bom dia, Sra. Spencer.
Ela nem tinha que virar para ver quem estava ali. O corpo dela já
sabia... Sem dizer uma palavra, ela entrou com o resto do grupo e foi
para o canto traseiro, Evan logo atrá s em seus calcanhares. Quando ela
finalmente olhou para ele, ela se preparou para o que ela veria. Ela
estava certa em fazer, porque o olhar que ele estava apontando,
praticamente desintegrou a pequena tanga que ela tinha posto mais
cedo naquela manhã .
— Bom dia.
Os olhos dele seguiram um caminho aquecido para baixo de seu
corpo, e quando eles finalmente voltaram para pousar no rosto dela,
ela praticamente perdeu a vontade de abrir a boca e interromper essa
expressã o quente como o inferno.
— Você está linda hoje de manhã , como de costume. — Disse a ela,
e em seguida levantou o copo de café que ele tinha na mã o em sua
direçã o. — Eu acredito que lhe devo mais um destes, e entã o nó s vamos
estar prontos para partir... para o meu lado, pelo menos.
O homem parado na frente deles, vestindo um terno engomado e
segurando sua mala, olhou por cima do ombro em direçã o a eles, e
antes que ela pudesse explicar, Evan disse:
— Eu perdi a aposta do escritó rio na semana passada.
O homem deu um sorriso de camaradagem, e quando Evan olhou
para ela, Reagan nã o se sentia nem um pouco amigá vel, ela se sentia
indecente como o inferno.
Que tipo de pessoa era ela, que estava ali, mentindo para este
homem, e ainda ao mesmo tempo querendo bater o botã o de emergê ncia
e exigir que ele colocasse um fim a esta frustraçã o, que ele tinha
construído dentro dela durante toda a semana?
Ela estava quase com medo de ler o que estava no copo.
Ela pegou o café com uma mã o hesitante e olhou em seus olhos.
Seus olhos pareciam brilhar para ela, e ela nã o podia deixar de
agradecer pelo café , mesmo que o meio-sorriso no rosto, nunca fosse
embora.
Casualmente, ela puxou o papelã o para baixo para ver a
mensagem que ela precisava para refutar hoje, mas nã o tinha nada
escrito lá . Suas sobrancelhas se juntaram, ela girou o copo e encontrou
o resto em branco també m. Ao lado dela, sentiu os ombros de Evan
começarem a tremer e, nã o querendo lhe dar a satisfaçã o de mostrar
que ela se importava com suas mensagens bobas, tomou um gole longo
antes de quase cuspir o café preto quente que obviamente nã o era o
dela, descer pela sua garganta abaixo.
— Você pegou o meu por engano? — Evan disse. — Me desculpe!
Parece que este é seu.
Reagan olhou acima para seu rosto sorridente, antes de pegar o
café da mã o dele e empurrando a mistura nojenta que ela tinha sido
forçada a beber.
Os lá bios dele encontraram a orelha dela, e sempre tã o calmo ele
disse:
— Eu só queria provar seu molhado... — ele olhou para baixo para
a boca dela antes de olhar nos seus olhos — cappuccino.
Um arrepio correu através dela e quando o elevador abriu as portas
no seu andar, ela empurrou seu caminho passando as restantes pessoas
dentro, tentando colocar um pouco de espaço entre ela e o arrogante
homem atrá s dela. Reagan esperou até que estivesse em segurança
dentro de seu escritó rio, longe do olhar penetrante de Evan, para baixar
a proteçã o de papelã o.

Mas esta noite...


Prefiro provar sua buceta molhada.
Vejo você às 7h, Loira.

Com um movimento visto pelo canto do olho, ela viu Evan na porta
olhando para ela. Ele provavelmente tinha a observado o tempo todo.
Droga!
— Certifique-se de incluir seu endereço no e-mail de retorno rá pido.
Ele disse e desapareceu antes que ela sequer pudesse começar a
formular uma resposta.
Capítulo Dezesseis

Reagan torcia a mecha de seu cabelo loiro comprido habilmente


em torno da chapinha e segurou lá por alguns momentos antes de
deixá -lo cair em um anelzinho saltitante em seu peito. Ela nunca usava
o cabelo assim, preferia um penteado elegante ou ondas para baixo,
mas ela estava se sentindo um pouco nostá lgica apó s os constantes
sonhos que tinha esta semana.
Nã o a surpreendeu que Evan nã o tivesse ideia de quem ela era.
Ele era, afinal de contas, sua paixã o de infâ ncia, e sendo a irmã mais
nova de seu melhor amigo, tinha sido invisível na maioria das vezes.
Sem mencionar que ela mal se assemelhava a garota que costumava
ser. Aquela garota tinha cabelos de chocolate e um sorriso
descontraído, ainda inocente à maneira como o mundo funcionava.
Até que...
Reagan abaixou a chapinha e correu os dedos atravé s dos cachos
para amaciá -los um pouco, lembrando quando o mundo inteiro tinha
ruído a uma semana antes do seu oitavo aniversá rio.

— Troy!
Jennifer ouviu seu pai chamar por toda a casa quando ela estava na
frente do espelho do banheiro, preparando-se para a escola. Ela estava
esperando sua mãe vir e ajudá-la com seus cachos, que ela começou a
usar depois de ver sua estrela favorita de TV com a cabeça cheia de
cachos.
— Troy!
Quando o pai dela chamou de novo, ela fez seu caminho até a porta
e olhou para baixo das escadas para onde ele estava olhando para ela.
— Ah, Jenny. O seu irmão está aí em cima?
Com uma rápida agitação de cabeça, ela franziu a testa para o pai
quando ele murmurou sob sua respiração e disse-lhe:
— Você não vai à escola hoje. Sua mãe e eu precisamos falar com
você, mas primeiro... Troy! Onde está esse menino?
Ele virou e saiu fora, presumivelmente para rastrear seu irmão
desaparecido, deixando-a ali, se perguntando o que estava acontecendo.
Calmamente, ela caminhou pelo corredor, com cuidado para não
fazer barulho, quando se aproximou da porta do quarto dos seus pais.
Estava aberto apenas por uma brecha, e quando ela se aproximou, pôde
ouvir um fungar macio - o som de alguém chorando.
Com uma mão trêmula, Jennifer chegou para a porta e a empurrou
para abrir um pouco, achando a mãe sentada na beira da cama. A
cabeça dela estava dobrada, as mãos estavam cobrindo o rosto, e parecia
estar perdida no seu desespero.
— Mãe... — A voz de Jennifer saiu fraca quando ela tentou falar
através da pequena brecha.
A mãe olhou para cima e quando seus olhos vermelhos encontraram
os dela, ela levantou a mão em sua direção.
— Jenny.
Jennifer deu um passo tímido para a frente.
— O que está acontecendo? Papai está chateado também.
Sua mãe limpou uma lágrima da bochecha antes de dar tapinhas na
cama ao lado dela.
— Vem cá, menina.
Ela foi para o lado da cama e se sentou ao lado de sua mãe, suas
pernas balançando do chão, enquanto brincava com as mãos no colo.
— Hoje tivemos más notícias e precisamos falar com você e Troy
sobre isso antes de vocês... bem, antes de outras pessoas. Isso é tudo.
Confusa, ela perguntou:
— O que você quer dizer?
A mãe dela tomou as suas mãos e a puxou antes de acariciar uma
mão no cabelo dela.
— É sobre a família do Rocky, Jenny.
Ela tentou juntar as peças sobre o que sua mãe queria dizer, mas
nada veio.
— Não vamos vê-los mais.

— Ow, merda!
Reagan amaldiçoou quando sua mã o acidentalmente escovou o
ferro quente. Depois de ligar a á gua fria, ela enfiou a mã o por baixo,
estremecendo ligeiramente na dor inicial. Olhando para o celular, ela
percebeu que estava ficando perto da hora em que planejava encontrar
Evan. Entã o, com uma passagem final sob a á gua, ela desligou a
torneira e agarrou o Neosporin (pomada) do armá rio de remé dios.
Depois ela aplicou um pouco e deu uma ú ltima olhada no espelho.
Mesmo que nã o tivesse prometido obedecer aos "Comandos do
Copo" de Evan, nunca teve qualquer intençã o de nã o cumprir. Em
qualquer contagem.
Seus saltos eram altos, a calcinha era inexistente, e o vestido preto
estonteante e sem alças era curto o suficiente para ser indecentemente
sexy, mas nã o o suficiente para se passar como uma prostituta de rua.
A ú nica coisa que ela nã o conseguiria colocar era o sutiã que ele
tinha lhe dado, mas só porque era impossível vestir por baixo do
vestido especial. Ela pulverizou o sutiã com seu perfume favorito e
enfiou na bolsa dela, caso ele a acusasse de renegar a sua aposta.
Tudo bem, Evan James. Manda ver!

***

O carro à sua espera na porta do seu pré dio, tinha sido uma
surpresa. Embora ela tenha se recusado a lhe dar o endereço e tinha
dito que iria encontrá -lo no local, ele tinha conseguido encontrá -la de
qualquer maneira e tinha um transporte esperando para escoltá -la até
lá , sozinha.
Ela sorriu enquanto olhava para o rio abaixo, observando as luzes
da Ponte do Brooklyn dançarem pelo topo da á gua enquanto passavam
por ela, deixando a cidade atrá s deles. A vibraçã o em seu estô mago fez
com que ela sentisse ter oito anos de novo, vertiginosa e animada por
ver o rosto bonito de Evan. Para todos os seus defeitos, e ela estava bem
ciente deles, ele realmente era encantador, quando queria ser.
O cabelo castanho indisciplinado, o que ele nunca tinha sido
capaz de domar naquela é poca estava um pouco mais administrá vel
agora, e seu rosto tinha tomado um aspecto robusto, má sculo,
apagando suas feiçõ es de menino, mas os olhos dele, os olhos dele
eram a constante. Eles eram da cor de Whisky envelhecido, mas
naquela é poca, ela sempre os comparava com o mel que a senhorita
Rodgers, sua vizinha, tinha engarrafado e enviado para sua casa em
todos os anos. Mas nã o, Evan certamente nã o era doce como mel. Ele
era mais a picada quente deixada pela abelha.
Quando o carro parou em frente a um caminho de
paralelepípedos, Reagan olhou para fora, para ver luzes cintilantes
espalhadas por todo os ramos em um arco em cima da passarela. As
plantas e flores, alinhadas ao chã o, foram també m iluminadas por
holofotes de jardim, adicionando um ambiente româ ntico ao lugar. Ela
abriu a porta do carro e saiu para a calçada.
Olhando para o seu entorno, Reagan tinha que conscientemente
manter sua boca fechada para nã o cair aberta.
O lugar era deslumbrante. Impressionante, na verdade, e nã o
havia nenhuma maneira no inferno de que isso pudesse ser confundido
com qualquer coisa alé m de uma peça para impressionar.
E um ponto para o Evan. Estou impressionada.
Segurando a bolsa ao lado dela, ela de repente se sentiu como uma
pilha de nervos. Sem dú vida, graças ao carro que foi buscá -la, o
restaurante e...
— Reagan?
... o homem.
Virando a cabeça, ela o viu de pé do lado da entrada,
imaculadamente vestido em um terno preto, gravata preta, e
adaptados na camisa branca, no bolso esquerdo do casaco tinha um
lenço dobrado ordenadamente. Ele nunca pareceu mais sexy.
Ela engoliu os nervos e també m se lembrou de nã o pensar sobre o
quã o quente... ele estava, porque Olá! — sem calcinha.
Ela fez seu caminho para onde ele estava em pé e nã o perdeu um
segundo a maneira como os olhos dele a comeram a cada passo que
deu.
Aparentemente ela tinha o prazer dele, porque quando ela parou na
frente dele e levantou os olhos, ele passou sua língua ao longo de seu
lá bio inferior e disse:
— Entã o... Vejo que você sabe como seguir ordens. Embora eu
tenho que dizer, você excedeu em muito as minhas expectativas.
Com um piscar de olhos sedutor, inclinou-se e colocou uma mã o
na lapela do casaco dele e disse.
— Obrigada. E só para ficarmos claros, segui cada ú nica ordem, até
mesmo a essencial.
Os olhos de Evan vagaram pelo seu corpo, como se ele fosse capaz
de ver atravé s de seu vestido e entã o rapidamente encontrou o olhar
dela novamente.
— Você quer dizer...
— Ah, sim, quero dizer, nua.
— Foda-me! — Ele disse sob sua respiraçã o.
Quando o olhar dele fez o seu caminho de volta até o dela, o olhar
nos olhos dele quase roubou o ar de seus pulmõ es. Ela nã o podia se
mover por um longo instante, e entã o, finalmente, ela desviou o olhar
auto-consciente e decidiu quebrar a tensã o no ar.
— Mas você ainda nã o me comprou o jantar. — Ela brincou.
A expressã o dele ficou sé ria quando chegou para sua cintura e a
segurou perto o suficiente, que ela podia sentir sua respiraçã o em seus
lá bios.
— Está linda! — Ele sussurrou.
Embora ela nã o conseguisse encontrar as palavras para
responder, um sorriso varreu o rosto dela, e a mã o na cintura se
mudou para agarrar a sua mã o.
— Vamos? — Ele perguntou, e ela juntou seus dedos ao dele,
apertando em reconhecimento.
Ele a levou para dentro do espaço íntimo, e a primeira coisa que
notou foi o vidro da parede e o assoalho no lado esquerdo da sala,
mostrando o horizonte de Manhattan. Era espetacular.
Sua mesa estava situada diretamente na frente do vidro, adornada
com um novo buquê de rosas, velas intrincadamente talhadas e cá lices
de vinho, no canto da sala tinha um grande piano, de onde vinha sons
suaves. Sentando na cadeira que Evan puxou para ela, ela quase se
beliscou, para ter certeza que estava aqui, agora, com ele.
Nã o tendo certeza de onde começar, ela olhou para baixo para a
toalha de mesa branca, olhando para os guardanapos e, nã o tinha
talheres, apenas guardanapos.
Olhando do outro lado para onde Evan se sentou, ela viu um
sorriso astucioso puxar atravé s de seus lá bios.
— Procurando por algo?
Ele perguntou quando ela se virou para olhar para as pessoas
sentadas ao lado deles. Nã o foi até aquele momento que ela percebeu
que eles estavam comendo com... seus dedos.
Girando para enfrentá -lo, ela estreitou os olhos e perguntou: —
Cadê os talheres de prata?
Evan riu, e ela tinha um sentimento de que isso estava divertindo
ele grandemente.
— Oh, eu esqueci de te dizer? Este é um restaurante requintado de
dedo na comida. Assim, significa que posso sentar aqui e ver você
chupar e lamber esses seus dedos longos e elegantes, e nã o tem nada a
ver com sexo... é puramente para fins nutricionais.
Reagan lambeu os lá bios em seguida e teve que admitir que ela
amava este lado sorrateiro, e atrevido de Evan. Ele apelou para ela em
todos os sentidos imaginá veis.
— É mesmo? Você realmente escolheu um lugar onde estarei
sentava ao seu lado e basicamente vou te estimular a noite toda pelo
preço de uma refeiçã o? É melhor que seja bom, Evan.
Ela disse e esperava no fundo de sua mente que ele estivesse se
excitando com os olhares e a conversa, como ela estava.
— Tenho a sensaçã o que vai valer a pena o desconforto de uma hora
ou duas, para dizer o mínimo.
Sentindo-se um pouco menos fora do lugar e muito mais
convencida em sua admissã o, Reagan pegou um menu. Lendo sobre as
escolhas, ela sentiu um sorriso insolente atingir seus lá bios enquanto
ela levantava os olhos e o derrotou com um olhar derretido.
— Este camarã o rei parece bom, e o molho parece delicioso.
Quando os olhos de Evan encontraram os dela, ela nã o pô de deixar
de acrescentar...
— Quero dizer, quem nã o gosta de um bom molho?
Evan sorriu com um brilho travesso nos olhos dele, e assentiu.
— Eu sempre fui fã de um delicado molho de nata... do tipo que
derrete na boca. Devemos pedir dois.
— Ganancioso. — Ela comentou e ambos olharam para cima
quando o garçom veio para lhes dizer os especiais. Tudo parecia
incrível para ela, entã o ela foi em frente e fez seu pedido e entã o
assistiu Evan fazer o mesmo.
— Vinho tinto para você ? — Ele perguntou, virando sua atençã o
de volta para ela.
— Perfeito!
Uma vez que ele tinha feito seus pedidos, pegou o guardanapo da
mesa e o colocou no seu colo, e ela se certificou de que ele percebeu
que ela seguia essa jogada.
— Vê algo que gosta?
Ele perguntou, seus lá bios com um sorriso em diversã o.
Algo sobre a noite estava fazendo ela se sentir mais ousada do que
o habitual. Nã o que fosse uma mosca morta, mesmo que ela estivesse
sempre no controle, aqui ficou bastante claro que nã o era o caso. Ela
nã o poderia dizer sobre essa mudança, mas mesmo sem aquela
sensaçã o de poder, de repente se sentiu sem medo, como se nã o
houvesse consequê ncias de seus atos e sem medo de cair.
Bem, a ú ltima parte nã o era verdade — ela definitivamente estava
caindo.
Olhando para ele, ela disse:
— Eu acho difícil ver algo que eu não goste.
Algo no tom dela deve ter transmitido sua seriedade, porque o
sorriso que tinha começado a se formar na boca dele, desenhou em uma
linha apertada em vez disso.
— Bem, nã o olhe muito de perto.
Reagan certificou-se de que ela tinha toda a sua atençã o quando
deixou seus olhos vaguearem sobre tudo que ela podia ver.
— Eu estive olhando você durante as ú ltimas semanas, e eu tenho
que dizer, Sr. James, eu claramente gosto do que estou vendo.
Pareceu ligeiramente balançado pelo seu comentá rio, e ela se
perguntava o que ele estava pensando quando ficou lá , toda a facilidade
o deixando.
— Ora, você tem que saber que está melhorando. — Acrescentou
ela, percebendo que de alguma forma seu comentá rio tinha alterado o
humor na mesa de glamour para solene. Ele olhou como se estivesse a
dois passos de se levantar e sair.
— Vamos mudar de assunto entã o. — Ela disse, na esperança de
obter algum tipo de resposta que nã o seja a expressã o estoica, que ele
estava usando no momento.
— Entã o, para nosso primeiro encontro, você me leva a um
restaurante no.... Brooklyn. Nã o me entenda mal, é lindo e tudo mais,
mas vamos lá , você pode derramar... — Ela se inclinou sobre a mesa e
se certificou de que ela tivesse toda a sua atençã o quando sussurrou.
— É porque você é bom com os dedos, certo?
Assim como ela esperava, Evan nã o podia se ajudar, a risada
escapou dele ao tom provocativo dela.
— Você é bem atrevida Sra. Spencer. Uma pequena atrevida
impertinente.
Ela passou a língua ao longo de seu lá bio inferior brilhante e
sentou lentamente, feliz em ver que ele tinha saído para jogar.
— Como você para uma conversa.
O garçom chegou na mesa deles antes de Evan poder responder.
Ele colocou suas refeiçõ es para baixo para cada um deles, e um copo de
vinho tinto. Enquanto ele ia embora, Reagan chegou para seu copo de
vinho e distraidamente correu o dedo indicador ao redor do topo da
borda antes de levantar os olhos para o homem sentado em frente a
ela.
Ele estava olhando para ela com um olhar que ela nã o conseguiu
decifrar. Nã o era a expressã o sé ria de momentos atrá s, e certamente
nã o era o Evan lú dico que ela se acostumou. Nã o, isso foi um olhar de
reconhecimento, quase como se...
— Huh. Eu juro que só me fez ter algum tipo de dé jà vu. Você com
seus cachos e aquela coisa que fez com o copo.
Ele gesticulou com um aceno, e Reagan imediatamente afastou a
mã o dela.
Foda-se. Ela nã o percebeu que tinha feito isso.
— Tique nervoso?
Colocando as mã os embaixo da mesa para mantê -las fora de
problemas, ela balançou a cabeça e sentiu seus malditos cachos
escovarem as bochechas dela. O que ela estava pensando em usar o
cabelo assim?
— Nã o. — Ela disse rapidamente. — Nã o tenho nada para ficar
nervosa... tenho?
Evan deu de ombros e felizmente deixou ir.
— Nã o que eu saiba. Você é uma das mulheres mais evoluídas que
já conheci. E uma das mais sexy.
Reagan pegou um de seus camarõ es e entã o deu um sorriso
indecente em direçã o a Evan, quando ela mergulhou no molho e o trouxe
até a boca.
Ele a observava com foco intenso quando ela separou os lá bios e
deslizou o suculento pedaço de camarã o entre os dentes, deslizando o
marisco da boca e chupando o molho cremoso em sua carne.
— Quanto de camarã o tem?
Evan perguntou quando ele olhou para baixo no prato dela.
Ela deu uma risada suave e contou.
— Parece oito... a menos que você queira compartilhar o seu
comigo.
Ele pegou um dos seus pró prios camarõ es e mergulhou no molho
antes de dizer a ela: — Chupa o seu e eu vou chupar o meu.
— Hmm, acho que você realmente quer dizer vice-versa. Talvez você
possa chupar o meu, e eu poderia...
Evan tossiu ainda mastigando e depois engoliu a seco antes de
responder.
— Jesus Reagan, você nã o pode dizer essa merda comigo aqui.
— Por que nã o?
— Porque eu estou tentando jantar com você , mas se continuar
com esses comentá rios, nã o terá sua sobremesa.
— Oh, estou pensando em ganhar sobremesa.
— Reagan... — Evan rosnou, cerrando o guardanapo na mã o.
Os olhos de Reagan se arregalaram inocentemente quando ela
pegou seu copo de vinho e olhou para o Rio East.
— Vista deslumbrante, nã o é ?
Pelo canto do olho, viu Evan balançar a cabeça antes de seguir o
olhar dela.
Era realmente bonito. As luzes da cidade se destacavam em
contraste contra a mistura de um cé u manchado de tinta, e ela se
encontrou dizendo:
— Obrigada.
Ela podia ver a perplexidade no rosto de Evan em seu reflexo, e ele
respondeu: — Obrigada?
— Escolheu um lindo lugar para nó s jantarmos. Entã o, obrigada.
Mas se você nã o se importar... — ela olhou para ele com a sobrancelha
levantada — Gostaria de escolher onde teremos a sobremesa.
Capítulo Dezessete

Depois que eles tinham apreciado sua deliciosa refeiçã o, Reagan


realmente levou Evan para o seu local onde tinha sua sobremesa
favorita, o terceiro andar de um apartamento em Hell’s Kitchen.
Tinha sido torturante passar pelas ú ltimas duas horas, se
certificando que ela tinha pego cada gota em seus dedos, e a forma como
ele sugava o lá bio inferior para pegar a ú ltima gota de molho do seu
camarã o. Claramente, o local tinha sido escolhido com grande propó sito
— nã o que ela estivesse reclamando.
Ela tinha sido sé ria quando disse a Evan que nã o fazia repetiçõ es.
Mas o homem com quem ela tinha ido para casa todas essas semanas
atrá s, nã o era o mesmo que a seguiu para dentro de seu apartamento
agora.
Desde aquela noite, a cabeça dela entrou em guerra com o coraçã o,
sobre como lidar com as emoçõ es polares que sentia cada vez que ele
estava por perto. Inferno, ela até sentia toda vez que ele nã o estava por
perto.
Antes de sua pequena aposta, ela estava firme do lado de "nada
mais do que uma associaçã o profissional com Evan, com uma pitada de
amizade boba." Eles trabalham juntos, ela lhe daria uma ajuda quando
ele precisasse...
Que no entanto, havia se tornado impossível manter, apó s esta
semana. Seu exterior cuidadosamente guardado, desintegrava com
cada sorriso de seus lá bios e todas as mensagens inapropriadas no café
dela. A cabeça de Reagan sabia o que aconteceria agora, o que a levaria
ao desastre, mas ela era egoísta o bastante para ignorar o aviso.
Ela o queria. Ela sempre o quis. Como poderia possivelmente
afastar a chance de estar com ele, nã o importando o que implicava?
A resposta veio mais fá cil do que a sua pró xima respiraçã o — ela
nã o podia.
— Tenho que dizer... — Evan quebrou o silê ncio quando Reagan
deixou as chaves e a bolsa em cima da mesa do hall de entrada — Eu
nã o esperava um convite para sua casa quando você mencionou
“sobremesa."
— Nã o? — Ela perguntou quando o olhou por cima do ombro.
Ele tinha virado para fechar a porta atrá s dele, e quando olhou de
volta para onde ela estava, ela sentiu suas coxas apertarem no calor a
caminho.
— Nã o. Mas isso nã o quer dizer que estou decepcionado.
Seus saltos batiam contra o piso de madeira, quando ela fez seu
caminho para o espaço aberto. Evan nã o estava longe, ela poderia
dizer, porque ultimamente parecia pegar cada pequena coisa que ele
fez, e agora, ela sabia que ele tinha parado perto da entrada para olhar
suas fotografias em preto e branco — as que ela tinha tirado quando se
mudou para a cidade há vá rios anos.
— Eu realmente amo estas. — Ele disse, sua voz mais grave do que
ela tinha ouvido antes. — Você as tirou?
— Sim. — Ela respondeu, nã o oferecendo mais, quando empurrou
um cacho atrá s da orelha.
— Você é realmente privada sobre sua arte, nã o é Reagan?
Evan perguntou quando ele deslizou uma das mã os em seus
bolsos e começou a caminhar em direçã o a ela.
Com calma, ela deu um encolher de ombros rá pido, mas també m
disse:
— Eu te disse na semana passada. É apenas um hobby que eu gosto
de fazer no meu tempo livre.
— Sim, aquele em que você inventa histó rias, acredito que tenha
mencionado.
— Está certo.
Ela o viu olhar para alé m de seu ombro, para as estantes atrá s
dela, e quando sua boca se curvou em um sorriso perverso, ela se
perguntou o que exatamente ele estava pensando. Dirigiu-se ao redor
dela, e ela girou em seus pé s para vê -lo indo para o local onde manteve
suas câ meras, tripé s, sacos e filme.
— Claro... sinta-se livre para olhar ao redor, Evan.
Sem mesmo lhe poupar um olhar ele disse:
— Ei, você é quem me convidou para entrar.
Franzindo a testa, esperou para ver o que ele faria. Quando ele
chegou para a câ mera Polaroid na segunda prateleira e se virou para
enfrentá -la, Reagan de repente teve um flash dele, sem roupa,
descansando em sua cama, e ela tirando todos os cliques de "cená rios".
— Agora, isso... isso é interessante. — Comentou.
Decidindo que agora nã o era o momento de ser tímida, Reagan
levantou uma sobrancelha antes de responder.
— É uma Polaroid. Tenho certeza que já viu uma dessas antes. Lhe
dá uma foto instantâ nea.
Evan lambeu seu lá bio inferior, quando ele deixou seus olhos irem
para baixo sobre ela e entã o disse:
— Eu gosto de gratificaçã o instantâ nea...
— Você ? Isso é chocante, senhor James.
Segurando o visor até o olho dele, ele tirou uma foto dela e
rapidamente atingiu em torno de agarrar a película impressa. Ele
acenou com a fotografia para trá s e para frente, para acelerar o processo
de revelaçã o, mas Reagan bateu e caminhou até pegar a foto dele.
— Você nã o tem que trabalhar tã o duro para obter a imagem... —
Ela disse, olhando para ele sob seus longos cílios. — Isso vai se revelar
naturalmente. — Disse. Nã o tirando os olhos do seus, e ajustou a foto
na barra superior. — Agora esperamos.
O calor no olhar de Evan fez seus joelhos fracos quando ele
respondeu:
— Eu nunca fui um homem paciente quando se trata de conseguir
algo que eu quero.
Sua mã o veio até o lado de seu pescoço, até que ele seguiu
lentamente, até os dedos passarem por sua clavícula, entã o mais
distante sobre as ondas de seu peito.
Um arrepio correu atravé s no calor do seu toque, e a respiraçã o
acelerou quando ela deu um passo para trá s. Ele respondeu e ela
tomou outro. E depois outro. Com cada movimento que ela fazia, ele a
perseguia, como um animal selvagem caçando sua presa, esperando o
momento certo para atacar. Quando suas costas encontraram o tijolo
exposto frio, ela nem tentou se mover. Em vez disso, o assistiu quando
a rondava mais perto, com um olhar selvagem em seu rosto, tã o perigoso
quanto desejava.
Uma mã o bateu na parede ao lado de sua cabeça, a outra ficou de
lado, segurando a câ mera. O peso dele pairava pesadamente sobre ela,
mesmo sem tocar. Sua estrutura poderosa e o perfume inebriante
masculino dele, a envolvia, atirando um rastro de fogo para baixo entre
suas coxas.
Com os olhos a fixando no lugar, ele trouxe a câ mera entre eles,
colocando a lente debaixo da saia dela e deu um clique.
— O que será que a histó ria vai me dizer?
Ele levantou a Polaroid quando o retrato deslizou para fora e disse:
— Você quer fazer as honras ou eu faço?
Nã o acreditando no que ele só tinha feito, os lá bios de Reagan se
separaram, mas nã o saía nada.
— Oh, okey, você me convenceu. Eu vou olhar.
Ele se afastou da parede e puxou a fotografia do pequeno quadrado
e desta vez em vez de acená -lo, ele trouxe perto de sua boca, mantendo
os olhos nela e assoprou.
— Se você for legal... e nã o, má para mim, — ele disse, sua voz
pingando com magia negra. — Eu vou lhe dar esse mesmo tratamento.
Decidindo tomar as ré deas, ela deu um passo para frente e pegou a
câ mera dele.
— Eu acho que você pode ter esquecido, mas nesta casa, eu sou a
fotó grafa. Talvez se você for bom para mim, eu vou soprar em você mais
tarde.
Evan olhou para a foto na mã o e em seguida, levantou os olhos para
o dela.
— Tenho que dizer, esta foto está me dizendo algo muito
específico, Sra. Spencer.
Ele fez um show em estudá -la em grandes detalhes antes de
apontar seus olhos até a bainha de seu vestido.
— Acho que eu poderia chegar mais perto?
Reagan levantou a câ mera entre eles e disse: — Talvez. Mas
primeiro, tire o casaco.
Evan inclinou sua cabeça ligeiramente, e suas sobrancelhas
quando ela continuou a vê -lo com foco inabalá vel.
— Só meu casaco?
— Isso é o que eu disse.
Ele assentiu, e quando ele começou a desfazer os botõ es, ela deu
um clique. Em seguida, parou os seus movimentos, seus olhos
estreitando nela quando ela tirou a foto e apontou novamente.
— Por que parou?
— O que está fazendo? — Ele perguntou.
Ela lambeu os lá bios quando o olhou, e entã o disse:
— Eu vou contar uma histó ria muito impertinente. Agora, continue
Evan.
Ele desabotoou e encolheu os ombros para tirar o casaco, quando
ela tirou vá rias fotos instantâ neas, cada uma representando cada
pequeno movimento, e quando eles revelavam um por um, ela os deixou
cair, espalhando no chã o.
Quando ele estava de pé diante dela em sua camisa, calça e
gravata, ela levou a sua medida, tentando decidir o que queria a seguir,
mas Evan tinha suas pró prias ideias.
Ele desapertou o cinto a assistindo constantemente quando ele
puxou livre e deixou cair para baixo por sua coxa. Ela apertou os dedos
em torno do couro e sentiu sua buceta pulsar em resposta para o mero
pensando dele usando isso como uma restriçã o na cama.
Snap.
— Quer se aproximar, Reagan?
Abaixando a má quina, ela sabia que o olhar que deu a ele estava
cheio de desejo, que ela podia sentir percorrer.
— Eu pretendo. Mas por agora, que tal você tirar essa gravata?
— E entã o? — Ele perguntou quando as mã os dele foram para o nó
na base da garganta.
Snap.
— E entã o o quero ali.
Ela apontou para a cama dela, e com um brilho selvagem nos seus
olhos, ele começou a andar para trá s nessa direçã o. Afrouxando a
gravata, tirou por sua cabeça...
Snap.
...e Reagan caminhou um passo para a coisa real.
Parte de trá s dos seus joelhos acertaram a borda da cama dela, e
quando ela o mandou se sentar na cama, ele obedeceu.
Snap.
— Nã o perca essa gravata. — Ela avisou, aproximando-se e
jogando a imagem pouco desenvolvida na cama ao lado dele.
Evan moveu a gravata para o travesseiro e depois se estendeu para
baixo para desatar a camisa.
— Pare! — As mã os dele congelaram, e seu olhar foi ao redor do
visor.
— Eu disse para fazer isso?
Um sorriso de entendimento cruzou seu rosto, e ele abanou a
cabeça.
— Desabotoe primeiro. Desde o início.
Com uma mã o, começou a desfazer o botã o branco, se certificando
que seus movimentos fossem lentos e provocantes.
Snap.
— Eu gosto disso. — Ela sussurrou, mantendo uma mã o para tirar
as fotos e deixando a outra para baixo, na borda de sua saia.
Quando ele pegou o seu movimento, sua mã o ficou mais rá pida,
agitada e tentando arrancar os botõ es.
Snap.
Reagan colocou um joelho na cama do lado de fora dele, deixando
os dedos subirem um pouco mais por baixo da saia dela.
— E você? — Ela perguntou. — Você gosta do que vê ?
— Foda-se! Você sabe que sim.
Ele gemeu, sua mã o se movendo da camisa para alcançar a coxa
dela, mas ela puxou os dedos debaixo de sua saia e bloqueou sua
tentativa.
Snap.
Se inclinando em seu pescoço, ela disse:
— Nã o toque.
Depois de puxar para fora o retrato e arremessa-lo ao lado deles,
ela se elevou sobre ele para que ele tivesse uma visã o ampla de seus
seios e colocou o outro joelho por fora em uma posiçã o de
estrangulamento. Sua respiraçã o foi fantasmagó rica sobre seu decote
exposto, quando ele a observava, esperando a permissã o.
Snap.
— Desde que eu nã o posso te tocar, é apenas justo ser eu a tirar as
fotos agora. — Evan disse, sua respiraçã o quente, deixando um rastro
de arrepios em toda a sua carne.
Com um sorriso sedutor, ela passou a língua em todo o lá bio
superior e depois admitiu, entregando a câ mera.
— Combinado.
Ao se endireitar, ela pegou seu braço para se firmar e depois
puxou a unha pintada para baixo da borda da camisa antes de deslizar
e a empurrar do seu ombro.
— Hmm, quero olhar para você . — Ela ronronou, deixando que o
material deslizasse para baixo do braço dele.
Com a outra mã o, ele inclinou a câ mera para ela e tirou uma foto
antes de dizer: — Eu espero que você faça mais do que olhar.
Seus mamilos endureceram sob o olhar intenso e focado nela e o
pensamento do que ela estava prestes a fazer a seguir. Ajoelhando-se,
entã o os seios dela estavam em conformidade com os lá bios de Evan.
Ela sorriu para baixo para ele, quando chegou para o material elá stico
e lentamente o afastou, expondo-se a ele.
— Maldiçã o, Reagan. — Ele disse.
Snap.
— Oh... Me desculpe! Eu sei que nã o segui esta ordem específica.
Meu sutiã está em minha bolsa para você .
— Foda-se a ordem. — Ele disse a ela, lambendo os lá bios como
um homem faminto.
— Bem, se é tudo a mesma coisa, prefiro que você me foda...
quando eu estiver pronta.
Ela viu a mã o dele se movem ao longo da colcha, e quando ele
levantou a mã o, ela deixou os olhos caírem de forma acusató ria.
— Uh uh! Sem tocar.
Sua boca desenhou em uma linha fina, e quando a mandíbula
apertou, ela sabia que ele estava tendo problemas com a ordem.
Com dedos há beis, baixou para a bainha da saia dela e ele avançou
até as suas coxas. Evan deixou escapar um gemido baixo, quando os
olhos dele caíram para baixo, para o que ela estava fazendo e depois...
Snap.
A câ mera produziu outra imagem eró tica para adicionar à pilha
crescente em torno deles. Quando ele a jogou para o lado, indiferente de
onde caiu, ela assistiu os dentes dele afundarem em seu lá bio inferior,
e isso a fez empurrar um pouco mais duro.
Ela queria explodir sua mente, e sabia exatamente como fazê -lo.
Esticando um dedo, Reagan inclinou seu queixo para cima para que
ele olhasse diretamente para ela, e depois seguiu o dedo até a boca e lhe
ordenou:
— Chupa.
Evan separou seus lá bios e chupou o dedo profundamente na
reentrâ ncia quente da boca, agitando a língua em volta, bonito e
molhado. Ela nã o podia se ajudar, quando um gemido suave escorregou
de seus pró prios lá bios, seus joelhos apertaram em torno dele e sentiu
o calor liso entre as pernas dela aumentar.
Quando ela puxou o dedo livre, desenhou para baixo entre seus
seios e entã o baixou a mã o e perguntou: — Você acha que estou
pronta, Evan?
Os olhos dele estavam colados a mã o dela, onde pairou entre as
coxas. Quando ela repetiu seu nome, ele olhou para ela e disse:
— Claro.
Snap.
Avançando a saia acima para que ele pudesse ver, ela traçou seu
dedo lentamente para baixo em seu osso pé lvico antes de deslizar sobre
o clitó ris inchado, deixando escapar um suspiro na sensaçã o, e tirou
outra foto quando ela se tocou lá . Ela espalhou seus lá bios separados,
o deixando ver o quã o molhada ela estava...
Snap.
...esfregando seu caminho para baixo e deslizando o dedo lá dentro.
O som que emanava de Evan era de um homem em dor física, e
isso só a estimulou para ir ainda mais longe. Ela abriu as pernas e,
quando afundou, empurrou o dedo dentro dela tanto quanto
conseguiu. Sua mã o livre correu até o lado dela, segurando o peito cheio e
massageando, quando Evan rasgou em um rosnado.
— Jesus Cristo, Reagan, me deixe...
Ela o calou, puxando o dedo de dentro dela e colocando em sua
boca.
— No espírito da refeiçã o desta noite de petiscos requintados,
achei que você gostaria da sua sobremesa da mesma forma. — Ela
disse.
Ele gemeu ao redor do dedo dela, e entã o ela deslizou livre. Indo
até ele, ela colocou seus lá bios contra os dele, sussurrando em sua
boca.
— Eu estou pronta.
Quando ela colocou a câ mera em cima da cama, levantou a cabeça
e sentiu duas mã os apertando seus quadris. Seus dedos cavaram sua
carne nua e flexível, quando ele a empurrou para cima usando suas
coxas fortes e os girou ao redor, colocando ela de costas, entre o mar
de
imagens eró ticas. Enquanto estava deitada lá , olhando para ele, ela
assistiu com olhos á vidos ele desabotoar as calças e tirar.
Ela se contorceu em seu vestido para baixo de seu corpo, e os
olhos dele acenderam nela quando levantou os quadris e rebolou para
tirar seu vestido. Quando chegou a seus pé s, sua calça e cueca tinham
desaparecido, ela levantou sua perna esbelta no ar e deixou o vestido
pendurado no seu tornozelo.
— Acho que você pediu isto.
Evan saiu fora de sua camisa aberta e, entã o pegou seu vestido,
trazendo até seu rosto e respirou profundamente.
— Você trocou seu cheiro. — Ele disse a ela e entã o, jogou o
vestido na cama, trazendo um pacote de camisinha na boca para abrir.
— Nã o. — Ela disse balançando cabeça contra o colchã o enquanto
o observava proteger os dois. Ele entã o pegou seu tornozelo na mã o,
tirou o primeiro sapato e deixou cair no chã o.
— Oh, sim. É impossível que você tivesse esse cheiro delicioso
naquela primeira noite. Você me lembrou um maldito biscoito de açú car.
A boca de Reagan se abriu quando ele desenhou um arco acima do
pé dela.
— Nã o — Ela suspirou quando ele colocou o seu pé na cama e
chegou para o outro. — Eu tinha ido na Macy’s no caminho para casa e
uma mulher no balcã o de cosmé ticos me atacou com seu spray. Eu nã o
pude tirar aquele cheiro por dias.
Evan removeu o segundo salto, deixou cair no chã o e entã o
abaixou a perna dela.
— Reagan? — Os olhos dela fecharam e seu coraçã o quase parou
quando ele disse a ela.
— Pare de falar.
Fechando a boca, ela apertou os dentes em seu lá bio inferior e
baixou os olhos para o pau que Evan estava acariciando.
— Abra as pernas. — Ele instruiu quando foi para o final da cama.
O tempo para jogos claramente acabou.
Sem nem mesmo uma dica de hesitaçã o, Reagan dobrou as pernas
até os pé s dela estarem planos e separou suas coxas.
— Quero que use seu dedo sobre si mesma, assim como fez há um
minuto atrá s, mas desta vez... desta vez eu vou assistir. E entã o,
Reagan... entã o eu vou devorar você e a sua querida bucetinha.
Simmm...
Quando ela começou a mover a mã o para baixo de seu corpo, ele
disse para parar. Ela ficou confusa, até que o viu pegar a câ mera deitada
ao lado na cama.
— Nã o resisto a você porra, assim aberta para mim.
Snap.
Com um sorriso sensual, ela deixou sua mã o continuar sua trilha
sobre a superfície plana do seu estô mago, seus dedos rastejando
lentamente em direçã o a boceta nua. Quando ela estava pronta para tê -
lo dentro, ele nã o resistiu de torturá -lo primeiro para que ela pudesse
ver a frustraçã o do quanto a queria. Esse pensamento apareceu tantas
vezes nas ú ltimas semanas que ela perdeu a conta.
Saber o quanto ela o deixava excitado, a excitava, e ela nã o achava
que pudesse ter o suficiente dele.
— Você quer me tocar aqui? — Perguntou, esfregando o dedo mé dio
no centro da sua buceta. Quando ele assentiu com a cabeça, ela correu
círculos ao redor de seu clitó ris e arqueou na cama de volta.
— Que tal aqui? Eu estou tã o molhada, Evan. Nã o quer sentir?
Tal como ela começou a deslizar seu dedo lá dentro, sentiu fortes
mã os agarrarem seus tornozelos e puxa-la até a borda da cama.
Evan estava entre as coxas dela antes que tivesse a chance de
levantar a cabeça. As pernas sobre seus ombros, uma vez que ele caiu
de joelhos. O aperto que ele tinha em seu quadril era inflexível, a puxou
tã o perto que ela podia sentir seu há lito.
— Eu prefiro ter um gosto.
Foi tudo o que ela ouviu antes da boca dele estar nela.
Seus quadris contraíram em surpresa, mas ela nã o podia ficar
longe dele, nem se quisesse. E foda-se, ela nã o queria.
A língua dele correu subindo e descendo em sua fenda, lambendo
e chupando cada gota de excitaçã o antes de empurrar para dentro. Ela
nã o conseguia parar o grito que escapou e estendeu as mã os para baixo
para passar os dedos pelo seu cabelo. A intensidade era quase
demasiada, mas quanto mais ela tentava empurrá -lo, mais ele a
manteve, nunca diminuindo a língua dele.
Entregando-se ao prazer, ela levantou as mã os sobre a sua cabeça,
e estendeu seu corpo para ele fazer o que gostava. Quando as palmas
das mã os quentes se moveram sobre seus lados, ela arqueou. Um
gemido escapou de sua garganta com a pura satisfaçã o de ser devorada
de tal forma. Sua língua era egoísta, lambendo o clitó ris inchado, e ele
lambia e chupava, fazendo com que todo o seu corpo tremesse.
Um baixo e gradual ruído veio de Evan quando ele continuava a
devorá -la como se fosse a coisa mais deliciosa que ele tinha colocado a
boca naquela noite, e quando suas mã os foram em concha nos seios
dela e beliscou seus mamilos, Reagan quase perdeu a cabeça.
— Evan... — ela gemeu e quase nã o reconheceu a pró pria voz vindo
de sua boca. Ela nunca implorou, mas foda-se, estava pronta para
vender sua alma para levantar seu corpo e deixar seu pau ir bem fundo
dentro dela.
Sua boca deixou sua carne sensível, e quando ela levantou a
cabeça para olhar para baixo em seus lá bios brilhantes e molhados,
sabia que nã o era apenas ela ou seu corpo naquele momento, mas era
entã o o coraçã o dela. Ela queria este homem como um menino - uma
paixã o que ela nunca pode esquecer - e como um homem, ela estava
desesperada por ele.
Trazendo as mã os para baixo, onde a dele ainda estava moldando
os seios, ela se espremeu contra seu peito e lhe disse com ousadia.
— Preciso de você dentro de mim.
O olhar intenso de Evan percorreu por toda ela. Ele começou a
rastejar na cama, e Reagan bateu a cabeça no travesseiro.
Naquele momento, o brilho nos olhos de Evan escurecera,
totalmente focado e determinado. Foi quando ela se lembrou que por
baixo da frente sofisticada que ele apresentava ao mundo, residia um
homem que sempre foi um escravo para o seu lado devasso.
Quando ele pairou sobre ela, com seus rostos apenas polegadas de
distâ ncia, ela o assistiu lamber seus sucos em seu lá bio inferior e deu
um sorriso desviante.
— Entã o você quer que eu... — Ele fez uma pausa e quando ela
sentiu a ponta de seu pau contra seu nú cleo encharcado, os olhos dela
vibraram fechados e estendeu a mã o para segurar os braços dele. —
Aqui?
Ela mordeu o interior da bochecha, tentando segurar um grito de
frustraçã o, e quando ele se moveu por causa dela, deslizando seu
comprimento contra seu clitó ris, ela nã o poderia se ajudar, mas sim se
curvar na cama e empurrar o corpo dela contra ele.
— Eu nã o te ouvi, Reagan.
Ela abriu os olhos, e antes que ela pudesse dizer Sim a ele ou,
agora, ele baixou o rosto para a dobra do pescoço dela e mordeu o
ló bulo da orelha.
— Eu vou foder você tã o forte, Sra. Spencer, que na segunda-feira,
você nã o vai ter nenhum problema em se lembrar que eu dei a você
sem qualquer expectativa de receber em troca.
Quando suas palavras explícitas filtraram atravé s de sua mente,
ela lembrou das respostas de e-mails "profissionais" na semana
passada. Ela virou a cabeça no travesseiro, prestes a dar uma resposta,
quando ele a virou de barriga para baixo, suas mã os deslizando contra
as impressõ es espalhadas debaixo dela.
Oh merda...
Ele agarrou a cintura dela e a puxou para suas mã os e joelhos.
— Você pode querer agarrar a sua cabeceira de cama.
Reagan chegou para a parte superior da cabeceira da cama, e
envolveu suas mã os firmemente em torno dela antes de empinar sua
bunda para fora em direçã o a Evan.
— Faça o seu pior.
Houve uma picada de dor na sua ná dega direita quando Evan pô s
sua mã o para baixo, antes da língua dele varrer em seu clitó ris inchado.
Mudou a mã o entre as pernas dela, e ele molhou os dedos com seu calor
liso antes de escorregar um lá dentro. Reagan apertou em torno de seu
dedo e empurrou para trá s contra ele.
— Mais.
— Tã o malditamente gananciosa. — Ele murmurou contra ela,
antes de morder e ao mesmo tempo deslizar um segundo dedo dentro
dela.
Quando ela empurrava em seus dedos, ele lambeu uma trilha até o
corpo dela — a bunda dela, seus quadris, a parte inferior das costas,
seguindo a coluna dela todo o caminho até ao pescoço, onde ele
mordeu suavemente a pele com os dentes.
— Como pode algué m tã o impertinente ter este sabor incrível,
porra?
Reagan gemeu, e liberou a mã o esquerda da cabeceira da cama
para pegar e tocar forte em seu peito enquanto seus dedos se moviam
dentro dela. A cabeça dela caiu no ombro dele, e a mã o dele saiu de sua
boceta para ser substituído pela a ponta do pau dele, provocando seus
lá bios inchados.
— Sim. — Ela disse, sem fô lego e impacientemente empurrando
contra ele. — Eu pensei que você ia dar isso para mim. Me fode, Ev...
Antes que ela pudesse terminar sua frase, ele empurrou duro
dentro dela, fazendo-a gritar e colocar as duas mã os na cabeceira da
cama. Um de seus braços estavam envolvidos em torno de sua cintura,
segurando seu corpo contra ele, enquanto o outro beliscava seus
mamilos endurecidos com cada impulso que ele dava.
Reagan mordeu o lá bio, tentando segurar o grito que sentiu se
construir dentro dela, e toda vez que o pau dele deslizava para fora do
corpo dela, sentia sua buceta apertar ao redor dele, em um esforço para
fazê -lo ficar.
Evan colocou a boca em sua orelha, e quando sua língua atingiu o
ló bulo de sua orelha, ela levou uma mã o para acariciar o clitó ris. Ela
estava tã o perto, podia sentir seus joelhos tremerem com cada
estocada, e quando ele sussurrou em seu ouvido:
— Sua boceta está praticamente estrangulando meu pau, Reagan.
— Ela sentiu um sorriso perverso aparecer no canto de sua boca.
Ela mergulhou os dedos mais embaixo, e desta vez quando ele tirou
dela, seus dedos escovaram o lado inferior dele, fazendo-o gemer no
ouvido dela.
— Foda-se! — Ele disse e bateu de volta nela antes de falar. — Use
as unhas.
Conhecendo-o tã o bem como ela fazia, Reagan nã o estava chocada
que ele queria sentir dor com seu sexo - inferno, bem, entã o ela fez isso
- entã o desta vez quando ele tirou dela, usou as unhas nele conforme
solicitado.
— Sim. — Ele gemeu e depois afundou nela mais uma vez. — Outra
vez.
Ela repetiu o movimento e continuou até que ele pegou o ritmo e
ela já nã o podia se suportar com um braço.
Agarrando a cabeceira da cama, ela sentiu suas mã os se moverem
na sua cintura e seus lá bios deixaram a orelha dela, quando ele
começou acariciar ela. Uma de suas mã os acariciou suas costas e foi
para o seu ombro, onde ele agarrou e a segurou no lugar certo antes que
sua boceta o apertasse e atingisse o seu orgasmo, fazendo-a gritar o
nome dele tã o alto, que provavelmente seu vizinho ouviu.
Mas ele nã o estava feito, e quando ela estava se acalmando, ele
puxou dela e ela se virou.
— De costas.
Sem hesitaçã o, ela deitou, as imagens abaixo dela agora colavam
em sua pele ú mida, ele foi um pouco para baixo da cama, rolando a
camisinha fora. Uma vez que ela estava no lugar, ele se deslocou entre
suas coxas e se estendeu para mergulhar os dedos em seus sucos.
Reagan abriu a boca em um suspiro com o toque em sua carne
sensível e viu quando ele enrolou os dedos encharcados no pau dele e
começou a se acariciar. Ele olhou para a cara dela atentamente quando
bombeava seu pê nis em seu punho fechado.
Ela se abriu e continuou a assistir, arrebatada pela crueza do
momento. Ele era um homem desesperado por libertaçã o, e ela queria
ser a ú nica a lhe dar.
Os mú sculos em seus braços estavam tensos e as veias de seu
pescoço se destacavam, quando ele cerrou os dentes e, com um grito,
veio espetacularmente em seus peitos e estô mago.
Quando ele olhou para baixo, correu os dedos sobre o líquido
pegajoso no corpo dela e depois ela deu um sorriso arrogante como o
inferno.
Nesse momento, ela sabia que, independentemente do que a mente
dela estava dizendo, iria continuar a empurrar esses avisos para o lado
e se deliciar com Evan James - seu pró prio prazer culpado.
Capítulo Dezoito

Ela acordou no peito de Evan com seus braços envolvidos em


torno dela. Ela deveria se apavorar. Nunca trouxe um homem para
casa, muito menos tiveram uma festa do pijama.
Mas ela estava com ele - sua pele quente sob a sua bochecha e a
constante ascensã o e queda do peito dele a fez voltar a dormir. Seu
primeiro pensamento ao acordar foi se era um sonho ou um pesadelo.
Provavelmente porque ele é as duas coisas, todo emaranhado em
meus lençó is.
Reagan pensou por algum tempo, se deixando imaginar que se
tratava de uma ocorrê ncia comum. Que ele era dela, que ela sempre
acordava ondulada contra ele. Seu rosto parecia tã o calmo quando ele
dormia, e ela ficou lá deitada deixando suas fantasias assumir.
Mas quando o sol começou a filtrar atravé s das cortinas, a
realidade apareceu. Ela nã o podia se deixar apegar muito, mas temia
que já estivesse.
Ele ainda ia dormir por mais algum tempo, e ela calmamente foi
tomar um banho, totalmente esperando que ele já tivesse ido embora
quando saísse. Para sua surpresa, nã o só ele ainda estava lá , mas ele
estava apenas com sua calça e em pé na cozinha dela, casualmente
bebendo café .
Com apenas uma toalha enrolada em torno, ela saiu, e como ontem
à noite, seus olhos rastrearam sobre ela. Ela olhou para a caneca na
mã o dele, e viu que ele colocou uma no balcã o para ela.
— Você me fez café ?
— Bem, eu nã o poderia deixar a bola cair mesmo em um fim de
semana, agora eu posso?
Ele sorriu para ela antes de levantar a caneca de volta para seus
lá bios. Ela deixou seus olhos rastejaram sobre seu peito e seu abdô men
incrível e quando encontrou suas calças desabotoadas, ela
rapidamente trouxe os olhos de volta até os seus.
Jesus, ele é ainda mais sexy logo pela manhã.
Ela fez seu caminho pelo balcã o, ainda segurando a toalha no lugar
e derramando um pouco de café em seu copo. Voltando para enfrentá -
lo, ela disse:
— Você nunca deixa de impressionar, Sr. James.
— Você nã o precisa segurar isso. — Disse ele, olhando para o
firme aperto que ela dava no topo de sua toalha. — Nã o reclamaria se
isso caísse.
Ele abaixou sua caneca e caminhou até ela antes de colocar as
mã os em cima do balcã o, em ambos os lados dela.
E de repente, ela estava nervosa. Ele estava perto demais, muito
bom... foda-se, era també m de dar á gua na boca. Ela nã o esperava por
esta versã o do Evan apó s sua noite juntos, e alguma parte dela sabia
que se deixasse a guarda baixa agora, ela nunca recuperaria a inevitá vel
desilusã o.
Ela limpou a garganta e disse:
— Bem, eu tenho um lugar para ir, por isso é provavelmente melhor
eu manter isso aqui.
— Ah. — Ele assentiu com a cabeça, mas entã o se inclinou em seu
pescoço e sussurrou:
— Eu vou deixar você fazer isso comigo outra vez. Eu quero você
molhada e desse jeito. Porque você está sexy pra caralho nessa toalha.
Ele se afastou dela entã o piscou antes de se vestir e ela
rapidamente pegou um jeans e um top antes de tomar um assento da
banqueta para vê -lo.
Ele encolheu os ombros em sua camisa branca, e ela percebeu que
o corpo dele havia mudado ao longo dos ú ltimos meses. Ele tinha sido
muscular antes, mas seus ombros agora estavam mais amplos do que
ela se lembrava, e seus mú sculos també m estavam mais definidos.
Caramba, mas ela queria dizer foda-se e empurrá -lo na cama para
ter ele novamente. Se ela fizesse isso, no entanto, ela nã o pararia.
Depois que ele pegou seu casaco, foi para a porta, e ela o seguiu
para vê -lo.
— Você sabe, há apenas uma coisa que tem estado em minha
mente esta manhã . — Ele disse, se virando para enfrentá -la.
— Alé m de mim na minha toalha?
— Mhmm... — ele murmurou, e deu um passo para perto, entã o
ela teve que olhar para ele. — Na nossa pressa de... comer sobremesa,
nã o consegui algo que eu realmente queria. Nã o consegui meu beijo de
boa noite, Reagan. E eu realmente... — ele inclinou-se para ela. —
Realmente. — Mais perto. — Realmente gostaria de um antes de eu ir.
Antes que ela pudesse pensar duas vezes, ela tinha-lhe empurrado
contra a porta com a boca na dele.
Seus lá bios se separaram imediatamente, e ela deslizou a língua lá
dentro. Ela nã o estava indo provocá -lo esta manhã , porque Deus sabia
que se ela fizesse isso, só ficaria mais louca.
Não, melhor ir para a morte.
As unhas dela agarraram a camisa dele quando o sabor do café
atingiu seu paladar. Ele gemeu e trouxe as mã os até as bochechas dela,
segurando a cabeça no lugar quando ele enroscou a língua na dela,
destruindo quaisquer cé lulas cerebrais que restaram depois da noite
passada.
Evan James tinha pegada quando se tratava de um beijo.
Ele nã o era tímido. Era um homem que estava confiante com que
estava fazendo - e nã o havia nada mais sexy do que algué m que sabia
que ele poderia ter você desfrutando de um orgasmo só por um olhar
ou por beijar, se ele quisesse você desse jeito.
Sabendo que ela precisava parar, para que de alguma forma
recuperasse a vantagem, Reagan empurrou longe dele, mas nã o antes
de deixar um suave suspiro quando os dentes dele passaram de raspã o
sobre o seu lá bio inferior.
— Aí. — Ele disse, quando passou um polegar para baixo em sua
bochecha e queixo e depois deu um leve apertã o. — Agora posso ir para
o meu fim de semana sabendo que meu encontro está completamente
satisfeita com sua noite.
Reagan olhou para ele, e nã o conseguiu encontrar uma coisa para
dizer, quando tentou lutar contra a excitaçã o que, ele tinha mais uma
vez inflamado nela. Mas quando ele abriu a porta, ela nã o podia evitar
de virar para vê -lo ir. Quando ele fez seu caminho para a escada, olhou
para ela e deu uma piscadela, acrescentando.
— Muito fodidamente satisfeita. — E ela sabia que ele estava certo,
e assim como seu corpo traidor.

***

Quanto aos sá bados, este foi bastante típico. Ela se encontrou com
Crystal em seu apartamento para um lanche e captar algo que pode ou
nã o pode ter acontecido na sexta à noite.
No caso dela, o que definitivamente aconteceu na sexta à noite.
Ela tinha praticamente corrido para casa de Crystal, precisando de
algué m para contar todos os detalhes sujos. Mas primeiro, Reagan
sabia que ela teria de dar algumas explicaçõ es. Armada com mimosas e
uma quiche de sua padaria favorita, ela foi para o condomínio de
Crystal com a consciê ncia pesada e uma necessidade de descarregar.
Mas també m sabia no fundo da sua mente que, isto era apenas a versã o
condensada da verdade.
Ela queria garantias do que estava fazendo. Precisava saber se
estava louca por deixar Evan perto dela novamente, quando ela nã o fazia
repetiçõ es, e como de costume, sua amiga foi bem direta.
— Sim, você está . Mas se ele é tã o quente assim... jogue o maldito
livro de regras pela janela.
Sim, realmente útil, Crystal...
As mimosas tinham ajudado embora, e ela estava se sentindo
muito bem quando ela sentou na parte de trá s do tá xi mais tarde
naquela noite, observando as pessoas nas ruas quando elas passavam.
Talvez Crystal tivesse razã o. O que importa sobre regras e as
repetiçõ es se você estivesse realmente afim de algué m? Se você nã o
conseguisse parar de pensar sobre ele, entã o por que importa se você
já esteve lá e fez isso antes?
Com um sorriso, ela se recostou no banco do tá xi e pensou que era
na verdade, uma boa razã o para repetir. E Evan parecia interessado em
prosseguir com o que quer que seja isto entre eles.
Hum... talvez...
— Com licença. — Ela disse para o motorista de tá xi, e quando ele
olhou por cima do ombro, ela pensou por um segundo, eu vou realmente
fazer isso? Antes que pudesse mudar de ideia, disse o endereço de Evan.
Quando o taxista mudou de direçã o, se sentou ali tentando se
acalmar, como aqueles tempos quando Rocky viria à sua casa para
visitar. O coraçã o dela estava martelando no peito.
Cristo, eu me sinto como uma criança com uma paixonite de novo.
Ela sorriu, se lembrando daqueles dias e queria saber se Evan
lembraria da jovem que o vigiava com um sorriso bobo. Quando ele
mencionou ontem à noite que ela o fazia lembrar de algué m, ela tinha
tido a noçã o insana de que ele tinha descoberto, mas logo mudou de
assunto e nã o falou mais disso desde entã o. Entã o, talvez fosse ilusã o
da parte dela, que de alguma forma havia reunido tudo e percebeu que
devia separar e reunir novamente.
Deus, que tipo de seiva que eu sou? Ela riu de si mesma quando o
tá xi virou na rua de Evan.
Quando o carro foi para parar na curva, ela viu Evan caminhar fora
do seu edifício e entrar em seu SUV.
Por um momento, ela hesitou. Metade dela percebeu que ele tinha
planos e ela provavelmente deveria ir para casa. Mas a outra metade,
achava que ele estava indo provavelmente a um bar para relaxar, como
tinha ido ultimamente, e talvez ele gostaria de uma pequena surpresa
para levar para casa mais tarde.
— Pode seguir esse Range Rover, por favor? — Perguntou ao
motorista. Percebendo que deveria ter soado como uma perseguidora,
ela disse: — Se você nã o fizer perguntas, eu vou te dar uma gorjeta
extra.
O homem apertou os lá bios e esperou por Evan para puxar para a
rua antes de seguir alguns carros para trá s. Ele manteve o ritmo,
mesmo atravé s da multidã o de sá bado à noite e continuou a seguir
quando as os pré dios brilhantes e iluminados desvaneceram-se por
trá s deles e as ruas se tornaram cada vez mais escuras e menos
povoadas.
— Ei, senhora! — O taxista disse, olhando para ela no espelho
retrovisor. — Você quer que eu continue?
Sua testa franziu.
— Por que nã o?
— Eh... Nã o é um bom bairro para uma beleza como você.
Olhando pela janela novamente, ela notou que os edifícios eram
um pouco mais degradados e os postes da rua pareciam cintilar com
uma má recepçã o.
— Tenho certeza de que é só um atalho. — Ela murmurou metade
para si mesma, se perguntando onde diabos Evan estava indo.
O homem deu de ombros e continuou dirigindo, levando-os ainda
mais para baixo em uma á rea que, no fundo do estô mago, Reagan sabia
que nã o podia ser nada de bom. Ela sentiu um mal-estar roendo e se
remexeu em seu assento, esperando como o inferno, que a qualquer
minuto, Evan iria para a rua principal, ou voltaria para o apartamento
dele.
— Senhora, nã o acho que você queira ir por este caminho.
— É apenas um caminho.
— Bem, — ele disse, esfregando a parte de trá s do pescoço — nã o é
da minha conta, mas você está seguindo este cara, e acho que nã o vai
gostar do que vai ver.
— Nã o te pago para dar conselhos. Por favor dirija o tá xi! — Ela
surtou, a ansiedade tomando conta.
Foda-se, isso é uma má ideia. Ela sabia disso, mas nã o podia parar
agora. Ela tinha que saber.
Seu intestino agitou quando ela assistiu Evan parar seu SUV
lentamente à frente e puxar ao lado de uma calçada onde se reunira um
grupo de mulheres. Cada uma delas usava vestidos apertados que nã o
podiam nem mesmo ser chamados assim. Restos eram o que pareciam.
Mesmo na luz fraca, ela podia ver os quilos de maquiagem em seus
rostos e suas expressõ es motivadas ao verem o carro parar.
Uma mulher se adiantou na parte de trá s, quase como se ela
tivesse sido chamada, e o sangue de Reagan ficou frio. Ela tinha longos
cachos escuros em uma espiral para baixo, e ao contrá rio das outras,
ela nã o parecia como uma prostituta. Seus saltos eram tã o altos quanto
das outras, mas o vestido dela era menos revelador, quase como se ela
fosse a um bar em vez de trabalhar numa esquina. A janela de Evan
desceu, e a mulher se inclinou, deixando seus cotovelos descansarem
contra a lateral do carro.
O coraçã o de Reagan afundou, enquanto o observava tocar um de
seus cachos enquanto eles falavam e a ná usea que ela sentiu em seu
estô mago quase fez o seu caminho até a garganta dela. Ela tentou
empurrar de volta, nã o querendo abrir a porta e vomitar, se expondo a
Evan e a sua puta.
Tomando uma respiraçã o profunda atravé s do nariz, ela disse: —
Vai! — e o motorista teve o bom senso de nã o comentar ou fazer
perguntas quando ele puxou para a rua e acelerou.
Que idiota que eu sou, pensou quando apertou os olhos fechados e
tentou se livrar das imagens queimando dentro de suas pá lpebras. Que
maldito!
Capítulo Dezenove

Era oficial. Reagan tinha desligado.


Assim que ela chegou em casa no sá bado à noite, desligou o
telefone e se amassou em uma bola no sofá e ficou lá até segunda de
manhã . Nã o havia como ela estar pronta para enfrentar ainda o
apartamento dela. Entã o ligou para Bill dando umas tosses
lamentá veis, se escondeu debaixo do cobertor e tentou dormir fora de
sua realidade.
Quando o sol nasceu na manhã de terça-feira, Reagan finalmente
rastejou até o chuveiro, esperando que pudesse lavar seus
pensamentos sobre Evan tã o facilmente como poderia limpar as trilhas
secas de rímel em suas bochechas. A á gua quente era revigorante, e
depois disso, conseguiu comer algumas torradas, embora ela optou por
nã o fazer qualquer café , uma vez que a lembrou de Evan de pé lá em
sua cozinha casualmente, como se ele pertencesse ali.
Talvez ela mudaria para o chá .
A cama ainda estava como eles tinham deixado apó s sua noite
selvagem, fotos espalhadas em todo o quarto e o cheiro em cada
polegada de merda. Ela pegou as fotos. Pretendia jogá -las na lixeira e
tacar fogo, mas uma foto a impediu.
Evan estava sentado na cama, olhando-a quando montou sobre ele,
e o olhar dele estava com tanta fome, tã o... reverente. Segurando mais
de perto, ela se perguntou como tinha perdido aquela dica de
vulnerabilidade debaixo do exterior do Deus do sexo. Ele estava olhando
para ela com uma expressã o mais do que a luxú ria, e isso fez o coraçã o
dela doer.
Por que ele tinha que foder com tudo?
Nã o sendo capaz de se desfazer da foto, ela caminhou até a mesa
de cabeceira e colocou a foto entre as pá ginas de um livro de capa dura
e em seguida voltou para enfrentar a cama. Ela colocou todas as fotos
no lençol da cama, fez uma bola com o lençol, mantendo as fotos dentro
e depois pegou um saco de lixo.
Depois de colocar o lençol dentro do saco, ela amarrou um nó
duplo em torno da extremidade, como se isso ajudasse a manter as
memó rias de escapar dos limites. Mas nã o adiantou. A noite explosiva
estava gravada dentro de sua mente para sempre - infelizmente, entã o
era a imagem do que veio depois.
Maldito seja ele.
Ela chutou o saco no canto do quarto dela e olhou para seu colchã o
agora sem nada.
Ela nunca deveria ter convidado ele para estar aqui. Nã o na casa
dela, nã o para a cama dela e nã o para dentro de seu coraçã o.
O pior de tudo, poré m, era o fato de que ela nã o tinha ningué m para
culpar, alé m de si mesma. Evan nunca mentiu para ela, quando veio a
lhe dizer quem ele era. Contou a ela vá rias vezes por que ele nã o era
bom. Ele estava em terapia por causa dos problemas dele, pelo amor de
Deus...
Mas não...com um estúpido complexo de Salvadora, eu pensei que
minha boceta mágica pudesse mudar isso.
Como diabos ela iria encará -lo novamente? Nã o só isso, mas enfrentá -
lo, e agir como se ela nã o tivesse o seguido como uma louca, e o visto
conversando e Deus sabe mais o quê com uma prostituta.
Quando essas palavras rolaram pela sua cabeça, a ná usea começou
de novo.
Precisava recompor as coisas. Ela era Reagan Spencer, tinha uma
carreira foda, e comia homens no café da manhã . Nã o era uma flor
murcha, apaixonada que ficava em casa comendo sorvete por causa de
um cara...
Bem, pelo menos por ontem foi verdade.
Ela caminhou até o armá rio e olhou no espelho seu reflexo triste,
determinada a dar a volta por cima. Ela nã o deixaria Evan James
controlar suas emoçõ es por mais tempo.
Decidiu que um dia no spa poderia ajudar em reformular sua
atitude geral, positiva e com uma coisa em mente. Era hora de parar de
se esconder de seu passado, de quem ela realmente era, e a primeira
coisa que tinha que ir era a mulher que tinha tomado Evan na casa dela
e na cama dela na noite de sexta-feira passada.
Era hora de um novo começo.

***

— Uau, Sra. SPENCER, você está ó tima! — Amy disse quando


Reagan passeou por dentro do saguã o da Kelman Corporaçõ es na
manhã de quarta-feira. Com um tratamento facial e um novo visual, ela
se sentia confiante e energizada. Pelo menos do lado de fora. Ela ainda
estava esperando por dentro para apanhar um pouco, mas planejou
fingir até que ela fez.
— Obrigado, Amy. E Bill já está aqui?
— Sim, senhora! Ele chegou há cerca de vinte minutos.
Reagan deu um sorriso e foi para a entrada principal, nã o se
preocupando em deixar suas coisas em sua sala antes de bater na porta
do escritó rio do Bill.
— Entra! — Ele gritou.
Quando ela entrou, Bill olhou para cima e deu um assovio
apreciativo.
— Agora esta é a Reagan que nã o vejo há anos.
— Bem, eu pensei que era hora de mudar. Você gostou?
— Eu faço. A loira era boa, mas você sabe que eu sou louco por
morena.
Ele piscou e pousou sua caneta.
— Está se sentindo melhor?
Tomou um assento em uma das cadeiras na frente de sua mesa,
abaixou sua bolsa e disse:
— Estou sim. Só um pouco resfriada. Fiquei nebulosa por alguns
dias.
— Eu vejo.
Ela cruzou as pernas e dobrou as mã os no colo, escolhendo
cuidadosamente suas pró ximas palavras.
— Eu só queria falar com você sobre o treinamento do Evan. Você
disse que achava que ele está pronto para voar solo. Acho que agora é o
momento perfeito.
Bill levantou suas sobrancelhas.
— Sem dú vidas sobre sua capacidade de fornecer desempenhos
superiores sem sua supervisã o?
Ah, não tenho dúvidas nenhuma sobre suas performances sem
supervisão, sem mim.
— Nenhuma.
— Hmm. — Bill inclinou para trá s, balançou em sua cadeira e
Reagan se esforçou para manter seu rosto indiferente sob seu controlo.
— Falei com vá rios dos clientes de alto perfil que ele tem trabalhado
durante seu tempo aqui e mesmo aqueles que deixou em condiçõ es
desagradá veis, todos concordaram que ele provou ser mais do que capaz
de lidar com suas contas.
— Entã o, é hora de tirá -lo do ninho e ver como voa.
Oh, tudo bem, eu adoraria ir para chutá-lo.
— Acho que é melhor para todos.
Estreitando os olhos, Bill perguntou:
— E isso é o melhor para você també m?
— Nã o acho que Evan precisa que vigiem seus movimentos mais, e
sinceramente, eu tenho um prato cheio. Ele vai ficar bem.
Passaram alguns momentos em silê ncio, e entã o Bill inclinou a
cabeça.
— Eu vou ter a documentaçã o elaborada hoje e vou deixá -lo saber.
Ela levantou, pegou a bolsa e foi até a porta. Quando abriu, ela
voltou e viu Bill dando-lhe um sorriso de carinho.
— Eu realmente gosto do cabelo. E seu pai vai adorar.
Com um riso suave, sabendo que ele estava certo, ela acenou e saiu
pela porta.
— Obrigada, Bill.

***

Quinze minutos mais tarde, Reagan estava sentada em sua mesa


verificando sua caixa de entrada. Sua primeira tarefa tinha sido excluir
os e-mails do Sr. James da semana passada. Nã o havia necessidade de
mantê -los por ali como prova de sua falta de juízo.
Entã o, ela mudou para a enorme quantidade de lixo que tinha para
peneirar. Essa era a desvantagem de tirar dias de folga, a tarefa
monumental para pô r em dia. Depois de apagar o que nã o era
necessá rio, ela estava prestes a clicar para abrir uma solicitaçã o de
reuniã o de seus clientes sobre a Whitehead International, quando
algué m bateu na porta do seu escritó rio.
Ela gritou para a pessoa entrar e pegou o telefone para discar o
nú mero da empresa.
Quando Evan entrou, ele parou seus passos quando a viu, e entã o
olhou ao redor da sala antes de deixar seus olhos irem sobre ela.
— Oh... Me desculpe, eu estou procurando a Sra. Reagan Spencer.
Você a viu?
O humor na voz dele cercou ela, e quando Reagan olhou para onde
ele estava, se preparou para o que estava por vir. Sem quebrar um
sorriso, ela olhou para o telefone e lhe disse: — Ela está ocupada. Precisa
de algo, Evan?
Ela sabia que parecia perversa e odiosa. Nã o que ela nã o pudesse
jogar limpo, mas no minuto em que tinha visto suas intençõ es, a mulher
que nã o se importava voou pela janela.
— Posso voltar. — Ele disse, e ela o ouviu entrando mais para
dentro o escritó rio.
— Vou estar amarrada o dia inteiro hoje. Há algo específico que você
queria?
— Falando de amarras...
— Nã o estamos falando sobre amarras.
Quando ele parou em frente de sua mesa, ela colocou no rosto o
melhor e o mais imparcial olhar, e olhou para ele.
— Okey... bem, para responder à sua pergunta inicial, nã o preciso
de nada em particular, nã o. Mas tenho tentado falar com você nos
ú ltimos trê s dias e tudo que consegui foi seu correio de voz. Se você
nã o tivesse vindo hoje, iria enviar uma equipe de busca.
Ela empurrou um pedaço de cabelo atrá s da orelha e explicou
rapidamente e mais anô nimo quanto possível.
— Estive doente. Eu dormi nos ú ltimos dias. Isso é tudo.
— Doente, hein? Bem, para algué m que tem estado doente como
um cã o, você está deslumbrante, porra.
Ela tentou deixar seu elogio nã o ir mais fundo do que a superfície,
mas podia sentir escorrer pelas frestas de sua determinaçã o. Ela
precisava se afastar dele, agora.
— Obrigada. Apenas pensei em mudar um pouco as coisas. Se isso
for tudo...
Ela podia ver nos olhos dele, que estavam girando rodas em sua
mente, tentando descobrir por que ela estava fazendo tudo o que podia
para se livrar dele, mas em vez de perguntar, ele deu um ligeiro sorriso
e começou a se afastar.
— Okey, eu entendi. Mas só pra constar, seu cabelo está lindo
assim escuro. Realmente combina com você .
Quando ele saiu do escritó rio e fechou a porta com um clique
suave, ela teve que se perguntar se ele percebeu que já tinha a visto e o
seu cabelo dessa forma muitas vezes antes.

***

No meio da tarde, Reagan andava pelo corredor na direçã o do


escritó rio de Katrina com os arquivos que ela havia solicitado do cliente
que tinha encontrado ontem. Ela estava quase lá quando Evan saiu de
seu escritó rio, fechou a porta atrá s dele e veio com um sorriso a
caminho.
— A senhora é quem eu queria ver. Eu estou saindo para almoçar.
Você gostaria de se juntar a mim? Prometo que podemos comer com
talheres desta vez.
Com a lembrança de seu encontro de frente e no centro, Reagan se
encontrou perto e impossível de se manter neutra quando ela abanou a
cabeça.
— Nã o, estou bem. Só nã o vou sair para comer hoje.
O sorriso do Evan desapareceu com sua recusa, e quando ele
tomou um passo em sua direçã o, ela reiterava repetidamente em sua
mente.
Não volte lá, não faça back-up. Se mantenha firme.
— Entã o que tal eu pegar uma sopa de macarrã o e galinha? Você
ainda parece um pouco... — Ele fez uma pausa e uma carranca formou
entre suas sobrancelhas. — Doente.
— Estou bem. — Ela explodiu, e quando seus olhos se arregalaram,
ela andou ao redor dele e murmurou. — Estou ocupada.
Ela nem sequer olhou para trá s. Em vez disso, escolheu andar e
entrar sem bater no escritó rio de Katrina, no momento, seu santuá rio.
Foda-se, mas por que ele estava tentando ser legal com ela hoje?
Ela nã o precisava dele sendo bom. Ela precisava do Evan idiota, agindo
assim com ela, para que nã o pudesse sentir a culpa que tentava invadir
seus pensamentos. E porque raios é que ela se sentia culpada afinal?
Ele era o imundo e imbecil aqui. Ela nã o havia feito nada de errado,
exceto cair no clichê de se apaixonar por um bad boy irresgatá vel,
estereotipado.
Se alguma vez houve prova de que a regra de "nã o repete" era vá lida,
era por açõ es que tinha feito com Evan naquele fim de semana. Esta
noite, ela iria sair e encontrar algué m para se distrair do ú ltimo homem
que tinha estado dentro dela e para recuperar seu ú nico e fabuloso
estado de merda.

***

A noite caiu e Reagan estava ainda no escritó rio.


Apesar de ter a intençã o de sair naquela noite, ela tinha ficado
bem ocupada, e faltar dois dias de trabalho tinha atrasado mais do que
ela esperava.
Nã o era de grande ajuda, ela nã o conseguia se concentrar.
Em vez disso, ela se afastou de sua mesa, virando para a grande
janela de vidro que negligenciava a cidade. À distâ ncia, podia ver a ponte
do Brooklyn, com as luzes brilhantes por ela, que há poucos dias
pareciam dançar no cé u, mas agora pareciam relutantes piscadelas.
Ela sentou lá , batucando as unhas contra o braço da sua cadeira e
perdida em seus pensamentos, o que poderia ter sido minutos ou
horas. Nã o foi até que uma batida na porta sacudiu fora de seus
pensamentos que ela olhou para a hora. Era bem depois que todo
mundo deveria ter saído do pré dio e ela tinha a impressã o que estava
lá sozinha.
A batida soou novamente e entã o a porta abriu e Evan olhou da
porta, surpreso quando a viu sentada ali.
— Eu pensei que você tivesse saído há horas. — Ele disse
enquanto caminhava para dentro, seu casaco pendurado sobre a
dobra do braço e a pasta na mã o.
Ela inclinou a cabeça para o lado, estudando seu rosto. Por que ele
teve que ter um rosto tã o bonito? Ele era, aos trancos e barrancos, o
homem mais deslumbrante que já tinha visto... e ele foi danificado alé m
do reparo.
O que teria acontecido se os pais dele nã o tivessem ido embora? Se
ele tivesse tido uma infâ ncia normal, se tivesse contado com boas
influê ncias na vida, se tivesse sido cercado por pessoas que amavam e
gostavam dele e tinham as melhores intençõ es no coraçã o? Ele seria o
mesmo homem de pé diante dela, ou ele seria mais forte?
Todas as perguntas, eram irrelevantes para se pensar naquele
momento, mas ela se perguntava mesmo assim.
Suspirando, ela abanou a cabeça. Nã o tenho razã o para isso de
qualquer maneira.
— Bem, você está evitando minha boa aparê ncia o dia todo, entã o
achei que talvez nã o tivesse se sentido bem e ido para casa.
— Eu pareço tã o ruim? — Ela surtou. Quando as sobrancelhas de
Evan subiram, ela continuou. — Você continua dizendo que nã o estou
me sentindo bem. Pare de dizer isso!
As mã os dele subiram em um gesto defensivo.
— Bem, você mencionou que estava doente, e você nã o atendia seu
tele...
— Eu nã o estava doente! — Ela gritou, se levantando a seus pés tã o
rá pidos que sua cadeira foi derrubada atrá s.
— A menos que você considere ficar enjoada por dias pelo o que eu
vi neste fim de semana, entã o sim, eu estava doente. Feliz?
O olhar no rosto do Evan era um de perplexidade e ele abriu e
fechou a boca diversas vezes antes de dizer.
— Estou um pouco confuso, entã o me perdoe por tentar te
acompanhar.
Largou seu casaco e pasta em uma das cadeiras na frente de sua
mesa e passou a mã o pelo seu cabelo.
— Nó s saímos sexta-feira, e eu tive a melhor sobremesa da minha
vida. Desde que eu nã o vi nem ouvi de você até que decidiu reaparecer
hoje, nã o faço ideia da porra do que está falando. Se importa de me dar
uma pista Reagan?
Ela podia sentir o seu sangue começar a ferver quando o coraçã o
dela batia no peito. Queria saltar do outro lado da mesa e bater na sua
cara mentirosa, e ao mesmo tempo, se odiava por esse impulso.
— Diga-me, Evan, já que nã o conseguimos uma chance de rever a
sua sessã o de terapia esta manhã , você e Dr. Glover tiveram uma visita
prolongada este fim de semana? Tenho certeza que apó s muitas das
suas escapadelas de fim de noite, você deveria ter vá rias coisas que
precisava desabafar.
Como as palavras voaram da boca de Reagan, viu seus olhos
estreitos nela, como se ele estivesse tentando adivinhar exatamente o
que ela estava se referindo.
Sim, Deus me livre que você acidentalmente admita que transou com
uma prostituta na noite anterior.
Ele colocou as mã os na parte de trá s da cadeira na frente dele e se
inclinou antes de dizer, em um tom que indicava claramente que estava
se tornando extremamente agravado.
— Eu vou perguntar de novo, já que você parece estar rodeando
com o quer que seja que realmente queria dizer. O que diabos você está
falando, Reagan?
Qualquer autocontrole que ela tinha, foi embora naquele momento
quando decidiu esclarecer para ele. Por que ela se importava em
desabafar com ele? Foi ele quem...
— Eu te vi. — Ela cuspiu para fora antes de perder a coragem.
Evan inclinou sua cabeça para o lado e, com uma voz
irritantemente calma, perguntou: — Você me viu onde?
Ele vai me fazer dizer isso? Dane-se, caso ele ache que eu não vou.
— Cinco com a Sete, morena com um vestido vermelho na esquina
da rua Smith. Lembra, Evan?
Suas mã os flexionaram a cadeira que ele antes calmamente
segurava e afirmou.
— Você me seguiu.
— Isso importa? Eu te vi, doze horas depois de deixar a minha
cama, tentando pegar uma prostituta.
— Entã o, deixe-me ver se entendi: você ficou se martirizando sobre
esse 'segredo' meu nos ú ltimos trê s dias, e hoje, você mal disse duas
palavras comigo por causa disso? — Ele se endireitou e largou a cadeira
para esfregar uma mã o sobre seu rosto. — Wow! Isso é ter nervos.
— Eu tenho nervos? É sé rio?
Ela nã o podia acreditar que ele nã o estava nem tentando negar.
— Você nã o só , nã o se incomodou em me perguntar se é verdade,
só apenas assumiu o pior, mas talvez també m devêssemos reconhecer
que nã o sou o ú nico aqui a manter segredos de merda.
Cada argumento que ela tinha desapareceu em sua cabeça naquele
instante.
O que diabos ele está falando?
— O cabelo castanho é um toque agradá vel, embora nã o tã o
encaracolado como eu me lembro. Eu tenho que dizer, eu tinha minhas
suspeitas, Jen, mas quando entrou esta manhã tudo se encaixava.
Reagan abriu a boca, sobre calorosamente negar o que ele estava
dizendo, mas quando ele começou a andar em sua direçã o, ela decidiu
mudar o que embora fosse uma ideia melhor.
— Sim... Eu tinha minhas dú vidas. Nã o parava de pensar, por que
a pequena Jenny Spencer tentava tanto esconder a verdade de um
velho amigo?
Quando a mente de Reagan, viram as novas informaçõ es sendo
lançadas a caminho, nã o sabia que ela tinha chegado a parede até sua
bunda bater nela, e ainda, Evan continuou vindo.
— Mas entã o eu comecei a lembrar... naquela é poca é ramos jovens,
e havia um monte de detalhes e fatos que estavam na minha cabeça,
mas uma coisa que nunca vou esquecer, foi o ano em que meus pais
arruinaram a minha vida, eles també m destruíram a família do meu
melhor amigo. Aqueles que me tinham levado e se importavam comigo,
mais do que minha pró pria familia. Como está o Troy a propó sito?
Ah Deus. Oh, merda, merda....
— O que? — Ele falou. — Nada a dizer agora? Diga-me Reagan. —
Ele parou na frente dela, e quando ela nã o encontrou os olhos dele, ele
inclinou seu queixo até mais ou menos. — Você ia me dizer? Ou é
algum tipo de retaliaçã o doente há muito tempo na linha para ser
lançada?
— Nã o. — Disse ela, sacudindo a cabeça.
— Nã o, o quê ? Nã o, você nunca ia me dizer, ou nã o, você nunca
consideraria a possibilidade de arruinar minha vida, pelo o que meus
pais fizeram para a sua família?
— Como pode você pensar isso? Nó s amá vamos você !
— Entã o por que o ardil?
— É complicado. — Ela começou e desviou o olhar.
— Nã o, nã o é. — Ele disse, puxando seu queixo para enfrentá -lo.
— Pelo menos olhe para mim quando você mente.
Ela podia sentir a picada de lá grimas nos olhos, mas ela lutou.
— Nã o é minha histó ria para contar.
— E o Bill? Onde ele se encaixa com tudo isso? É uma peça que nã o
consigo descobrir.
Sua boca apertou fechada quando seus olhos encaravam os dela, e
ele esperou por uma resposta. Ele nã o teve uma.
— Ah. Mais segredos.
Ele soltou seu queixo. A expressã o vulnerá vel da foto que ela tinha
guardado cruzou seu rosto em seguida. Sua voz era tranquila quando
ele perguntou: — Nada disso foi real?
Tentando falar alé m do inchaço na garganta dela, conseguiu
responder. — Eu pensei que fosse.
— E por causa de algo que acha que viu, você mudou de ideia?
— Eu sei o que eu vi.
Sua mandíbula apertou e entã o ele deu um aceno lacô nico.
Virando, ele pegou seu casaco e a pasta e caminhou até a porta,
parando quando chegou a porta.
— Você sabe, Reagan, — disse ele, olhando por cima do ombro —
mesmo depois de eu perceber quem era, e mesmo com todas as
possibilidades de porque você mentiu para mim.... Eu ainda te dei o
benefício da dú vida. Quem me dera que pudesse ter tido o mesmo
respeito por mim.
E entã o ele se foi.
As mã os de Reagan voaram até sua boca, quando tentou abafar os
gritos, e ela sentiu seus joelhos começam a fraquejar. Se afundando no
chã o, ela cedeu para a dor esmagadora e deixou a cabeça cair nas mã os.
Quando ela tomou uma respiraçã o tremendo, ouviu passos longe dela.
— Reagan?
Quando o som da voz de Bill, nã o de Evan, chegou as suas orelhas,
o coraçã o dela parou de bater e ela olhava para o rosto do homem que
jamais queria que a visse para baixo. O homem olhando para ela agora
com olhos tristes, desapontados.
— Ah, Reagan. O que você fez?
“O mundo quebra todo mundo, e depois disso, muitos são
fortes nos lugares quebrados.”

- Ernest Hemingway
Capítulo Vinte

— Entã o, deixe-me ver se entendi.


Dr. Glover levou sua caneta à boca, quando os olhos dele
estreitaram em Evan por cima de seus ó culos.
— A mulher que discutíamos durante as ú ltimas semanas,
finalmente mostrou que ela quer mais, e você a deixou em uma pilha
emocional em seu escritó rio. Eu entendi isso direito?
Evan estendeu suas longas pernas na frente dele. Ela acha que
transei com uma prostituta no dia seguinte que deixei o apartamento dela,
então, sim, é isso mesmo. Suspirando, se inclinou de volta para o sofá
de couro desgastado.
— Deixou de fora a parte sobre ela ser uma mentirosa. E nã o
algué m que conheci nas ú ltimas semanas. Ela tinha um plano.
— Entã o, assim você tinha.
— E o que diabos foi isso?
— Você queria fodê -la.
— Jesus, você vai direto ao ponto, nã o é ?
— Bem, isso é o que você faz. Nã o é ?
Pensei que era, até eu ficar obcecado por uma certa Loira. Evan olhou
para o homem cujos olhos ele jurou que cintilaram. — Mesmo que
fosse, o que os outros terapeutas falariam, ao ouvirem como você fala?
Tenho certeza que nã o te ensinaram isso nas relaçõ es com cliente-
paciente.
— Eu sempre fui um crente firme em nenhuma besteira. Disse a
você no dia que entrou e tentou mentir para mim. Nó s nã o vamos fazer
progresso algum se nã o confiar em mim e eu nã o confiar em você .
— Sim, sim, eu sei. Você é apenas...
— Sim, Evan?
Evan acenou.
— Nada. Acho que ainda estou tentando processar o fato de que
Reagan é aquela menina de há muito tempo. Uma vida inteira atrá s.
Nã o sei, — ele disse, correndo os dedos pelo seu cabelo em frustraçã o
— é desconcertante. Ela me conhecia antes.
— E isso te incomoda.
— Claro que sim, me incomoda. Eu tinha dez anos, a ú ltima vez
que a vi. Inocente. E agora estou aqui.
— Você é muito duro consigo mesmo. Gostaria de saber se está
chateado... sobre o que disse ou sobre Reagan pensando mal de você .
E lá estava. A verdade que ele nã o queria admitir. Reagan, o
acusando de estar com algué m, horas depois de ter estado com ela o
tinha deixado enfurecido. Que era ridículo, porque ele sabia o que era.
Os demô nios que tinha tentado lutar.
Por que ela não disse nada, mas só pensou o pior?
Mas com essa raiva veio o constrangimento e a vergonha. Ele odiava
que ela o tinha visto naquela esquina. Odiava que ela tivesse visto com
Layla. Mas como diabos ele poderia alguma vez convencê -la de outra
forma? E por que ele iria mesmo querer?
— Ela é uma mentirosa. — Ele disse.
— E você é um viciado em sexo. Combinaçã o fantá stica.
— Você nã o está ajudando. O que estou pagando?
— Para ouvir. Para falar com você atravé s de seus sentimentos e
ajudar a compreendê -los.
— Nunca poderia funcionar com a Reagan. — Disse Evan. Seus
olhos estavam no teto, à direita na rachadura enorme que corria de um
lado para o outro. Como muitas vezes em que ele tinha estado lá , a casa
era impecá vel assim como o consultó rio do Dr. Glover, ele nunca tinha
reparado outra falha. Aquela rachadura o deixava louco, ao ponto de
querer pegar uma escada com materiais necessá rio e consertar essa
porcaria.
— Você sabe por que deixo isso aí, nã o sabe?
Dr. Glover falou. Quando os olhos do Evan encontraram os dele,
ele continuou.
— É metafó rico. Você vê uma bela casa, uma bela fachada. Tudo
parece perfeito e no lugar. Mas se você olhar mais de perto, verá que
tudo tem um defeito, Evan. Cada pessoa, cada relacionamento, cada
trabalho. Entã o talvez nã o seja as falhas que nó s deveríamos estar
focalizando, mas a beleza de tudo. No caso de Reagan e eu só posso
supor, claro, mas nã o acho que ela estivesse olhando para suas falhas
quando aceitou um convite para jantar com você . Acredito que ela estava
se lembrando do rapaz que conheceu há tantos anos atrá s. O que me
leva à minha pró xima pergunta. Você disse que nunca poderia
trabalhar com Reagan. O que nã o pode trabalhar com ela? Trabalho?
Sexo? Uma amizade? Ou um relacionamento? Porque até você sabe
disso. Tudo o
que você vai ver quando olhar para uma rachadura no teto é uma
rachadura no teto.
Evan olhou para seu terapeuta, sem palavras. Ele nã o se lembrava
do mé dico ter dito tanta coisa de uma só vez, e muito menos nos dois
ou mais minutos que tinham levado ele para colocar isso tudo na mesa.
— Você está pronto para admitir que Reagan mentir nã o é o maior
problema aqui?
Evan apertou as mã os no colo, tendo algo para fazer alé m de puxar
seu cabelo para fora em pura frustraçã o sobre essas palavras.
— Você sabe que nã o é .
Quando Dr. Glover apenas acenou com a cabeça, Evan explodiu
uma respiraçã o.
— Quem me dera nunca ter cortado os laços com Layla naquela
noite.
— Entã o por que você foi?
— Foda-se. — Ele olhou ao redor da sala. — Por que você nã o tem
qualquer á lcool para estas discussõ es profundas?
— Evan.
— Bem. Havia algo sobre ela...
— Layla?
— Sim. Algo familiar.
— Com quem ela se parecia?
— Ela era, eu nã o sei, estatura mé dia... mas ela usava saltos
arranha-cé us e pequenos...
— Foco Evan, por favor. Que tal lhe parece? Cabelo dela? Cor dos
olhos, esse tipo de coisa.
Evan descruzou as pernas e plantou os pé s lisos no chã o, quando
ele se inclinou para a frente, descansando seus antebraços nos joelhos.
— Ela tinha olhos escuros, e...
— Como Reagan, correto?
— Muitas pessoas tê m olhos escuros.
— Mas a Reagan.
— Certo.
Dr. Glover assentiu com a cabeça e depois fez um gesto com o dedo
para Evan continuar.
— Onde eu estava?
— Layla tinha olhos escuros e.....?
— Ela tinha cachos. Eles eram longos e para baixo sobre
os ombros...
— De que cor?
— Huh?
— De que cor eram os cachos?
Evan franziu a testa e entã o uma luz disparou, e começou a
balançar a cabeça veementemente. — Nã o.
— Nã o o quê ?
— Eu sei o que estou pensando.
Dr. Glover voltou a folhear o caderno nas mã os dele e correu a sua
caneta para baixo na pá gina. Entã o sussurrou e olhou para ele.
— Sua ex-namorada, Michele. Ela tinha cabelo escuro, ondulado e
...olhos escuros. Como...
— Nã o mesmo. A Reagan tinha cabelo loiro quando eu a conheci,
entã o nã o tem nada a ver com isso.
Os olhos do doutor foram para o reló gio pendurado na parede atrá s
dele, e entã o ele deu um indiferente encolher de ombros.
— Okey, bem, acho que é uma coisa boa que você nã o queira
discutir, porque sua hora acabou.
A boca de Evan caiu aberta, sua mandíbula se moveu quando ele
tentou dizer as palavras.
— Espere... o quê ? Você vai me mandar embora depois de soltar a
bomba no meu colo?
Dr. Glover se levantou da cadeira e colocado seu bloco de notas na
grande mesa no canto da sala.
— Bem, você é quem disse que nã o havia nada para dizer. Entã o,
nó s vamos fazer falar na pró xima vez que nos vermos.
— Mas...
— Tenha um bom dia, Evan.
Evan empurrou seus joelhos ficando de pé e falou.
— Você tem uma veia muito sá dica.
— Todos os bons terapeutas tê m.
Talvez por isso eu gosto de você. Nunca fica sem me dar umas boas
chicotadas quando necessário.
Balançando a cabeça, Evan disse adeus e saiu pela porta da frente.
Um vento frio lhe bateu na cara, quando ele saiu do edifício, o fazendo
fechar os olhos. Quando os abriu novamente, seu olhar foi para o outro
lado da rua, o lugar onde Reagan tinha estado, das ú ltimas vezes em
que esteve lá . Ela estava tentando esconder, tirando fotos do Rio East.
Seu coraçã o pulou quando ele a viu, vestida casualmente em calças de
ioga e com uma câ mera pendurada ao pescoço. Aquele dia tinha sido
leve e fá cil que levou para uma noite ainda mais memorá vel no evento
de encontros que tinha trapaceado para ela comparecer.
O que parecia ser uma vida atrá s.
Não há nada leve e fácil sobre onde estamos agora, ele pensou
quando fez o seu trajeto descendo as escadas e para o caminho que
levava ao trem.
E para onde vamos agora?
Ele nã o tinha uma maldita ideia.

***

Reagan estava em seu apartamento, com as pernas balançando em


seu banquinho e deslizou o copo vazio para trá s entre suas mã os. Uma
garrafa de vodka meio vazia estava na frente dela, e perguntava se era
sá bio tomar outro shot.
Ah, foda-se.
Ela pegou a garrafa e virando outra dose no copo. Depois de tomá -
las, ela se encolheu e pegou um punhado de amendoim M&M para
cortar o sabor da vodka ao mínimo. É sé rio. Essa merda tinha gosto de
Aqua Net11.
Nã o era uma coisa muito boa, se sentar sozinha em seu
apartamento e beber os sentimentos dela, mas nã o havia como deixar
o seu santuá rio. Sabendo que com a sorte dela, ia encontrar Evan,
mesmo em uma cidade tã o grande como a Big Apple12, ela ainda iria
conseguir cruzar com ele onde quer que fosse.

11
spray para cabelo dos anos 80.
12
A Grande Maçã (em inglês: Big Apple) é um apelido da cidade americana de Nova Iorque, que se popularizou na década de
1970.
E eu acabaria despejando minha bebida nele de qualquer maneira,
o que seria uma perda de álcool perfeitamente bom.
Pensou enquanto comia outro M&M.
O barulho de uma chave abrindo sua porta da frente, a fez se
sentar reta e em alerta. Logo depois muito lentamente, ela se inclinou
para a esquerda para o taco de beisebol que mantinha em pé contra a
parede atrá s do bar. Ela se apoiou no balcã o com a mã o direita para
nã o cair de bunda no chã o, e quando a maçaneta virou aberta na porta
da frente, chupou uma respiraçã o ansiosa. Ela manteve os olhos na
porta quando foi empurrada aberta, e antes que pudesse pensar
melhor sobre isso, apertou o taco de beisebol bem forte em suas mã os
e gritou para o topo de seus pulmõ es.
— Eu tenho uma arma, e eu nã o tenho medo de usá -lo, filho da
puta!
Entã o se fosse um taco e nã o fosse uma arma? Eles nã o sabiam
disso. Bem, ainda nã o.
Ela escorregou do banco e levantou o bastã o elevado pela orelha e,
por uma fraçã o de segundo, pensou, jogada inteligente, Reagan - e se
eles tiverem uma arma?
E quando esse hit de realizaçã o bateu nela, ela jogou o taco no chã o
e caiu de barriga para baixo atrá s do bar.
— Nã o tenho nenhum dinheiro.
— Bem, isso é mentira. Você tem um apartamento em Nova York.
Ela reconheceu a voz do irmã o dela imediatamente, empurrando
para cima de joelhos e entã o saltou acima em seus pé s.
— Troy? O que está fazendo aqui?
O irmã o dela puxou a chave da fechadura, deu uma volta para
dentro e fechou a porta atrá s dele.
— Aparentemente arriscando minha vida se você tiver uma arma,
pistoleira Annie.
Colocando as mã os em seus quadris, ela tirou um pedaço de cabelo
que tinha caído sobre o rosto, fora do caminho. — Eu realmente nã o
tenho uma arma. Eu tenho um taco. Eu estava tentando ser
assustadora.
— Para quem? Seu ladrã o amigá vel do bairro que tem uma chave
para o seu apartamento?
— Você sabe que eu te dei essa chave só para emergê ncias, certo?
Ela caminhou de volta ao banco e fez um gesto em torno do
apartamento.
— Você vê uma emergê ncia em qualquer lugar?
Troy olhou para ela e, depois, na propagaçã o de copos, bebidas e
alimentos que ladeavam o balcã o superior.
— Alguma razã o para que você esteja bebendo vodka à s... — ele
olhou para o reló gio dele — 03:00 da tarde?
— 05:00 da tarde em algum lugar. — Reagan disse, derramado
outra vez e segurou um copo oferecendo para ele.
— Você deve estar brincando comigo, se acha que eu estou
tomando vodka. Quem faz isso, J?
— Bem, era tudo o que tinha no meu freezer. Nã o é como se eu
fizesse isso regularmente.
— Você está sem enxaguante bucal? Tenho certeza que seria uma
alternativa melhor se você quisesse ficar chapada.
— Quem disse que nã o comecei por aí?
Quando ele levantou uma sobrancelha para ela, ela suspirou. —
Bill mandou você ?
Troy jogou as chaves na mesa da sala de espera e sentou ao seu
lado no bar.
— Nã o posso apenas visitar minha irmã zinha quando dá na telha?
— Nã o.
— Talvez eu tenha vindo porque senti falta de Manhattan.
— Você odeia a cidade.
— Okey, talvez eu tenha vindo, apó s uma pequena mençã o de um
passarinho, de que eu devia pegar um carro e vir vê -la.
— Passarinho? Ou talvez o grande pá ssaro Bill?
— Talvez, sim. — Ele passou a mã o pelo cabelo dela, e ela deu um
tapa em sua mã o.
— Eu gosto do castanho, J. É mais você .
Gemendo, ela colocou a cabeça nas mã os dela.
— Isso só piorou as coisas.
— O que piorou?
— Minha vida. — Ela gemeu.
— Uh... nã o está sendo um pouco dramá tica? Se odeia, muda de
volta.
Ela bateu as mã os em cima do balcã o.
— Nã o é sobre o cabelo. É sobre...
— Ajudaria se você disser Evan.
— Maldito Evan, — ela disse pegando seu copo novamente, mas
Troy agarrou antes que pudesse.
— O que eu disse?
— Oh, nã o diga isso. Nã o jogue isso na minha cara. Se é por isso
que você veio, me faça um favor e marche seu rabo velho e sá bio de volta
ao subú rbio.
Troy girou o copo entre os dedos e tirou um momento para olhar
ao redor de seu pequeno apartamento. Reagan seguiu o olhar dele, e
quando os dela pousaram sobre o saco de lixo no canto ao lado da
cama, ela estremeceu.
— Esqueceu o dia do lixo?
Claro que ele não perdeu o lembrete. Não.
— É na sexta-feira, para sua informaçã o.
— Hmm...
— O que isso deveria significar?
— O quê ? — Ele perguntou, voltando-se para enfrentá -la.
— O hmm?
Ele deu de ombros e em seguida, jogou um dedo sobre um dos
cachos castanhos.
— A bebida, o cabelo, as lá grimas que sinto vindo a qualquer
momento, e o saco de lixo amarrado ordenadamente no canto do seu
quarto. Sim, tem todos os sinais de um verdadeiro colapso clá ssico de
garota, no estilo Jennifer.
— Me desculpe, nã o tenho colapsos de menina. Sou uma adulta.
Eu deixo os homens no chã o, uma “dissolvente” de homens. Merda. Você
sabe o que quero dizer.
— E com essa nota, eu estou invadindo sua geladeira para comida
de verdade.
Troy empurrou o tamborete e voltou alguns segundos mais tarde
com fatias de Peru, queijo e pã o.
— Ainda gosta sem maionese?
Ele perguntou, e ela acenou com a cabeça, antes de dobrar os
braços no balcã o e descansar seu queixo em cima deles. Ela o assistiu
fazer dois sanduíches, extra turkey e entã o ele os aqueceu no micro-
ondas por dez segundos.
— Você se lembra como eu gosto deles. — Ela disse depois de tomar
uma mordida grande.
— Comíamos assim todos os dias depois da escola. Para o que você
acha que irmã os mais velhos servem?
Reagan limpou a boca com as costas da mã o.
— Tenho certeza que resgatar irmã s de envenenamento por á lcool
nã o está no manual.
— Nã o, você nã o é estú pida. Mas espero uma explicaçã o completa
quando você terminar esse sanduíche.
Ela assentiu com a cabeça e deu outra mordida, ambos mastigando
em silê ncio quando os minutos passavam. Finalmente, ela empurrou o
prato fora e chegou os dedos juntos.
— Estraguei tudo, Troy. — Ela suspirou e depois começou a torcer
o anel no dedo mé dio. — Eu pensei que eu poderia lidar com isso...
— Lidar com o que? Evan?
Ela inclinou a cabeça para encará -lo e assentiu com a cabeça.
— Evan, trabalhando com ele, Bill... e tudo. Mas tudo o que eu
acabei fazendo foi feri-los. Ambos.
Troy estendeu a mã o e colocou a palma da mã o nas costas dela,
esfregando de forma suave quando ele disse baixinho: — Tenho certeza
que nã o é verdade.
— Ah, é verdade, tudo bem. Eu menti para Evan do momento em
que o vi novamente. Eu menti para você , quando eu disse que eu
poderia lidar com tudo isso. E a coisa que eu mais odeio, o que eu nã o
suporto, é que eu menti para mim mesma. Eu nunca faria isso. Sempre
fui... Nã o sei, mais esperta que isso.
Troy abriu a boca para falar, mas ela nã o deu a ele uma chance.
— Você nã o precisa dizer que eu te avisei. Eu já sei. E é por isso
que estou tã o malditamente irritada. Eu nã o sou uma dessas mulheres
que se apaixonam perdidamente por um cara e faz toda essa merda
estú pida. Mas aqui estou, bebendo vodka nojenta e pela primeira vez
desde que ele andou de volta à minha vida, eu nã o tenho nenhuma
ideia do que fazer em seguida.
— Bem, — o irmã o dela disse suavemente, quase como se falasse
com um animal selvagem — talvez precise se perguntar o que você
quer que aconteça.
— Nã o sei o que quero que aconteça. Esse é o problema.
— Você sabe o quê ? Eu gostaria de visitar meu velho amigo.
Os olhos de Reagan alargaram quando ela abanou a cabeça.
— Nã o. Absolutamente nã o.
Troy, levantou e levou seu prato vazio, colocando na pia antes de
voltar a vê -la.
— Qual é o endereço dele, J?
— Eu nã o vou dar isso a você .
Troy cruzou os braços sobre o peito e levantou uma sobrancelha.
— Se nã o me der, o Bill vai.
Reagan franziu os lá bios e olhou para ele.
— Golpe baixo irmã o.
— Eu faço o que for preciso.
Ela suspirou, mas caminhou até uma gaveta na cozinha e puxou
para fora um bloco de notas e caneta. Depois de rabiscar o endereço de
Evan, ela arrancou o pedaço de papel e enfiou na palma de sua mã o
estendida. Quando ele fechou os dedos ao redor do endereço escrito,
Reagan olhou nos olhos do irmã o dela.
— Você nã o vai machucá -lo, vai?
Ele esfregou seu rosto antes de lhe dar uma piscadela.
— Nã o muito, eu prometo.
— Troy...
— Você se preocupa demais. — Ele disse e enfiou o papel no bolso.
Arrebatando a garrafa de vodka do bar e esvaziando o conteú do na pia.
— Falando de se preocupar muito... — Reagan disse —
você també m.
Troy pegou as chaves que ele tinha largado na mesa do hall de
entrada e disse por cima do ombro.
— Veja, isso é porque somos muito parecidos. Por isso, você acha
que se esta situaçã o fosse ao contrá rio, o que você faria?
Quando ele abriu a porta e foi embora, Reagan gritou no topo de
seus pulmõ es:
— Isso é exatamente o que me preocupa.
Mas já era tarde demais. A porta já tinha se fechado e Troy já tinha
ido, a deixando para cruzar a porra dos dedos e esperar que Evan saísse
desse encontro vivo.
Capítulo Vinte e Um

— OH Deus, ali.
Uma batida alta soou do outro lado da parede, onde Evan estava
sentado no divã . E depois outro. Olhando para o reló gio, ele observou
que seus vizinhos tinham começado há mais de vinte minutos. Nunca
tinha ouvido eles antes, mas nos ú ltimos dias, era como se tivessem
continuado onde sua relaçã o sexual parou.
— Com força, porra!
— Jesus! — Ele murmurou, aumentando o volume da televisã o e
depois jogou o controle remoto ao lado dele. Isso normalmente lhe
deixaria duro. Mas sua mente estava em outro lugar.
Reagan porra Spencer, ou Jennifer. Fosse ela quem fosse. Ele
continuava tentando consolidá -la em uma identidade, mas era como
enfiar um pino quadrado em um buraco redondo. Nã o se encaixava.
A deusa do sexo em negrito nã o podia ser a mesma menina doce
que ele costumava provocar e perseguir em seu quintal. A mesma que
ele tinha garantido que nã o havia monstros debaixo da cama depois de
uma noite de filme particularmente assustador.
Por que ela tinha que voltar em sua vida agora? Ele havia
mencionado para o Dr. Glover, que ela tinha um plano, mas ele
realmente acreditava nisso? Parte dele fazia. A outra...
Uma batida na porta dele tinha lhe puxado a cabeça naquela
direçã o. Ningué m tinha ido até lá , entã o tinha que ser um vizinho.
Tum Tum. E claramente nã o era o vizinho ao lado atualmente no
fim de um tipo diferente de bater. A batida soou novamente. Evan se
levantou e chutou um par de sapatos fora de seu caminho, quando se
dirigia para a porta da frente.
— Sim, sim, eu tô indo...
Depois de destrancar a corrente, ele começou a abrir a porta. Os
olhos dele ficaram grande, e um "Oh foda-se" deixou seus lá bios antes
de agarrar a porta e tentar fechá -la novamente.
Uma bota com ponta de aço, presa na armaçã o e com uma mã o
firme do lado de fora, empurrou a porta aberta, Evan encontrou-se
cara a cara com Troy Spencer.
— Isso é maneira de receber um velho amigo?
Evan deixou cair sua mã o e se afastou quando Jennifer, não, porra,
irmã o de Reagan entrou.
— Somos amigos? — Evan perguntou, mantendo um olho
cauteloso sobre o homem que ele nã o via há duas dé cadas. — Isso
significa que nã o está prestes a me dar um soco na cara?
Troy parou no final do pequeno corredor e olhou para trá s em sua
direçã o.
— Eu nã o sei, você merece um?
Evan fechou a porta e fez o seu caminho em direçã o a mais um
fantasma do seu passado. Ele reconheceria Troy em qualquer lugar, com
seu cabelo escuro, estreitamente cortado que era quase o mesmo corte
que tinha usado durante a escola primá ria. A ú nica diferença sobre ele
agora era o tamanho do cara. Ele sempre foi alto, mas merda, Evan nã o
se lembrou dele sendo construído como uma casa de tijolos. Onde ele
tinha levado vá rias semanas para juntar os pedaços de quem Reagan
era, um vislumbre de Troy e memó rias vieram caindo de volta.
— Eu nã o sei. Você falou com sua irmã ultimamente? — Evan
perguntou.
— Na verdade, só vindo do apartamento da J.
J.
Quando o apelido familiar ecoou em sua cabeça, foi só mais um
lembrete de que Reagan nã o era, quem ela tinha dito que era.
Decidindo proteger suas apostas, no caso desta ser uma visita
aleató ria, Evan deslizou as mã os em seus bolsos de calças de brim.
— E como está a Reagan?
Ele andou passado por Troy na sua cozinha, tentando parecer
indiferente, quando ele sentiu uma coisa mais.
— Você quer uma bebida?
— Nã o, eu... — Troy parou de falar quando um baque alto atingiu
a parede e um "Sim. Sim. Oh porra" filtrou atravé s de seu apartamento.
— Isso é o que eu acho que é ?
Evan abriu sua geladeira e olhou por cima do ombro para o seu
velho amigo.
— Se você acha que é uma mulher tendo seu cé rebro fodido, entã o
sim, é exatamente o que você acha que é . Cerveja?
O rosto do Troy era cô mico quando seus olhos se arregalaram e sua
boca caiu aberta.
— Uh, nã o, obrigado. Como mora na cidade? Eu juro, este lugar me
deixaria porra louco. Que tal irmos tomar uma cerveja? Tem que haver
um happy hour em algum lugar por aqui, certo?
Fechando a porta da geladeira, Evan fez seu caminho de volta para
onde Troy ainda estava de pé .
— Tem certeza que você nã o vai me levar em algum lugar e dar
porrada?
— Você continua me fazendo perguntas assim, Rocky e eu vou
pensar que fez algo para merecê -lo. Agora, você quer ir tomar uma
cerveja ou nã o?
Agora, se não é um nome que já não ouvia falar por um tempo. Com
certeza se ele estiver revertendo à nostalgia, não está planejando me
esfaquear em um beco. Evan pegou suas chaves no balcã o da cozinha e
deu de ombros.
— Por que nã o?

***

Uma dose de uísque e duas cervejas depois e os ombros de Evan


tinham finalmente relaxado. Eles fizeram um círculo ao redor dos
tó picos difíceis, falaram sobre a ú ltima temporada dos Mets13(veredicto:
mais um ano perdido), discutiram sobre qual á lbum do Pink Floyd foi o
melhor, e a família de Troy. Ele se casou com sua namorada de colegial
Wendy, e tiveram dois filhos. Por alguma razã o, explodiu o pensamento
em Evan, que estava velho o suficiente para realmente ter sua pró pria
família. Um rebuliço de saudade em sua barriga, o fez tomar mais um
gole de sua cerveja. Troy parecia que estava em um bom lugar. Emprego
está vel, uma esposa, dois filhos e a maldita cerca branca.
E onde eu estou? Sentado em um bar, sozinho e me perguntando se
o irmão do meu último encontro está prestes a me bater a qualquer
momento. No lado positivo, pelo menos eu tenho um emprego estável e
não quero levar a garçonete para a parte de trás e fodê-la através da
parede.
— Você deve ter adivinhado por agora, que eu quero falar com
você sobre J.
Não me diga.

13
O New York Mets é um time de beisebol da Major League Baseball, sediado no distrito de Queens, em Nova Iorque.
— Quer dizer que você nã o dirigiu todo o caminho para a cidade
para conversar comigo e relembrar os velhos tempos? Isso dó i, Troy. Dó i
mesmo.
— Sim, dó i tanto que você nã o se preocupou em me ver em mais de
vinte anos.
A medida que as palavras de Troy afundavam, seu passado e os
erros que sua família tinha cometido aos seus amigos, vieram de volta
a mente de Evan. Quando ele foi levado para viver com seus avó s, ficou
chateado por ter que deixar seus amigos para trá s. Mas depois, como
adulto, quando a verdade de que tinha ido para baixo se tornou de
conhecimento pú blico, ele sentiu um profundo sentimento de culpa
sobre a traiçã o dos pais, à queles que ele veio a pensar como uma
segunda família.
Como eu poderia chamá-lo, sabendo o que eu tinha feito? Não, não o
que eu tinha feito. O que meus pais tinham feito.
— As pessoas se separam.
Evan estremeceu ao pensar nisso.
A testa do Troy se franziu e ele levantou a garrafa de cerveja para
tomar um gole.
— Essa é sua histó ria?
— Sim, e eu estou aderindo a ela.
— É justo entã o. — Troy disse e tirou um amendoim da tigela que
tinha entre eles. Ele o colocou em sua boca e entã o virou sua cabeça em
direçã o a Evan.
— Vamos falar sobre J.
E aqui vamos nós...
— Ela estava em muito mau estado quando a vi antes.
Evan amaldiçoou.
— Nunca quis fazê -la chorar.
— Oh. — Troy riu levemente. — Você nã o fez. Quis dizer que ela
estava sentada em casa tomando vodka.
Evan estremeceu com a ideia.
— Pode me dizer o que aconteceu entre você s dois?
— Nã o realmente. — Evan disse e entã o olhou para Troy no canto
do seu olho. — Mas tenho um pressentimento que você nã o vai aceitar
um nã o como resposta.
— Você está certo sobre isso.
Evan brincou com o ró tulo da cerveja dele e em seguida empurrou
para trá s em seu assento.
— Digamos que... Nã o sabia que Reagan era a pequena Jenny
Spencer até muito recentemente.
— E isso faz diferença, porque...?
— Só um pouco desconfiado. Droga, pensei que aquela linda
mulher que levei para o meu apartamento naquela primeira noite fosse
apenas algué m aleató rio, entã o vim a descobrir que era Jen. A garota
da família que meus pais ferraram.
— Espere um pouco... você está me dizendo que você levou minha
irmã para o seu apartamento na primeira noite que você a conheceu?
— O que? Ah... nã o, quero dizer... bem, tecnicamente, mas que nã o
tem nada a ver com o fato de que ela me procurou de propó sito. Ela
sabia quem eu era, arranjou o emprego no Kelman e brincou comigo
durante todo esse tempo.
Troy balançou a cabeça e riu. Tomou um gole de sua cerveja e
depois riu mais um pouco.
— Você está brincando, certo? Você acha que ela tem alguma
intençã o maliciosa aqui? Esta é a garota que seguia você como um
cachorrinho quando é ramos mais jovens. Ela adorava o chã o em que
você pisava. Ainda que provavelmente, mas nã o diga que eu disse isso.
— Uh... você está tentando me dizer que Reagan faz tudo isso para
quê ? Voltar à minha vida? Isso me parece um pouco exagerado.
— Falando de extremistas, nã o quero que pense que esta pequena
conversa que estamos tendo, eu estou lhe dando minha bençã o, ou
qualquer coisa.
Evan franziu a testa e abriu a boca para perguntar por que Troy
pensava que precisava de sua bê nçã o em primeiro lugar, mas seu velho
amigo continuou.
— Eu sei que você tem uma merda de toneladas de bagagem, você
precisa limpar isso, despejar ou fazer seja o que for que você está
fazendo para corrigi-lo. Mas J... ela é uma boa garota, Evan. Ela cresceu
e se tornou uma mulher incrível, qualquer sortudo teria orgulho em
chamar de sua. — Ele fez uma pausa e o avaliou de onde estava, e pela
primeira vez desde que chegaram, Evan se sentia constrangido. — Por
alguma razã o, ela colocou os olhos de volta em você . A questã o é , você
vai ser homem, ou ser um vacilã o e ir embora?
Embora a opçã o vacilã o parecia a maneira mais fá cil de ir, o
pensamento de algué m tocando Reagan, fez Evan querer estrangular o
maldito anô nimo com as pró prias mã os.
— A partir do olhar na sua cara, estou supondo que ir embora é
imprová vel, entã o só vou dizer isto uma vez Rocky. Nã o estrague tudo.
Você machuca minha irmã mais nova, e nã o há doses suficientes de
uísque e cerveja gelada neste mundo para nos fazer ficarmos bem. Me
entendeu?
Evan voltou para terminar o resto de sua cerveja e levantou a sua
garrafa.
— Sim, eu entendo.

***

Reagan atendeu seu telefone no segundo que o nú mero do seu


irmã o iluminou a tela.
— Você nã o o matou, nã o é ? — Ela perguntou, só meio brincando.
Troy riu atravé s da linha.
— Nã o, mas ele está em muito mau estado no beco atrá s do Cedric's
Bar.
— O quê ?
— Relaxe. Ele está bem e em casa.
Ela se afundou em seu sofá e enrolou as pernas por baixo dela.
— Claro que ele está . Onde você está ?
— A caminho de casa. Só queria que você soubesse.
— Espere, espere, espere. Onde você s foram? O que aconteceu?
— Nó s só tomamos umas cervejas e alguns shots de merda. Você
sabe. Coisas de homem.
— Bobagem. O que mais você s falaram?
— Mets.
— E?
— Wendy e os garotos.
— E?
— Pink Floyd.
— Jesus Cristo, Troy! — Ela disse, pronta para atirar o telefone
pela janela. — O que mais?
— Ele mencionou o primeiro encontro de você s, se você quiser
chamar isso de encontro.
— Nosso primeiro encontro? No restaurante no Brooklyn?
— Oh nã o, J. No apartamento dele.
— Seu apar... Oh Deus! — Calor penetrou suas bochechas, e ela
mentalmente amaldiçoou aquele idiota. Puxando o telefone longe da
orelha dela, mordeu o lá bio duro e contou até dez. O que diabos Evan
estavam pensando em falar sobre sua vida sexual?
— J? Jen, você ainda está aí?
Ao som da voz de seu irmã o, teve que colocar o telefone de volta a
orelha.
— Eu estou aqui. E ele deve estar pensando em uma das muitas
outras mulheres que ele leva ao seu apartamento.
— Pare de palhaçada, irmã zinha. Realmente nã o quero ouvir isso.
— Isso faz dois de nó s.
— Você sabe, — disse Troy — foi bom revê -lo. Eu sempre me
perguntei o que tinha acontecido com ele depois que foi embora.
— Troy... — ela disse com um rosnado.
— Sim?
Ela levantou a mã o.
— Ele falou sobre mim? Foda-se, dê -me algo aqui.
— Nã o é tudo sobre você , Jen. — Divertidamente falou o irmã o dela.
— Mas sim, ele pode ter mencionado algo. Nã o posso dizer que, no
entanto, desde que eu jurei pelo có digo dos caras nã o dizer nada.
— O que? O có digo dos caras? Sangue nas veias vale mais que
có digo dos caras.
— Desculpa, meus lá bios estã o selados.
— Vou dizer para a mã e.
— Estou muito velho para palmadas agora. Acho que você vai viver.
— Nã o tenho essa certeza, quando eu terminar com você . — Disse
Reagan, esticando as pernas na frente dela e fazendo beicinho.
— Tive a impressã o de que Evan nã o vai a lugar nenhum tã o cedo.
— Por quê ? — perguntou ela, agarrando-se ao comentá rio como
se ele fosse uma tá bua de salvaçã o. — O que isso quer dizer?
Houve uma longa pausa, e quando ela foi para frente no sofá ,
trouxe uma das mã os para a boca para morde-la.
— Digamos que quando mencionei que você estava indo se afastar,
ele olhou como se quisesse me bater só por eu dar essa opçã o. Nã o sei
tudo o que se passou entre você s dois, mas acho que ele está
começando a perceber o quanto se importa. Aguenta aí, J. O velho
Rocky, ele ainda existe em algum lugar.
Ela abriu a boca para responder, mas antes que conseguisse as
palavras presas como um caroço em sua garganta, Troy já tinha
terminado a chamada.
Capítulo Vinte e Dois

A segunda-feira chegou depois de um dos fins de semana mais


longo que Reagan se lembrava. Apesar de Crystal a forçar sair de seu
apartamento para o que ela chamava de "terapia de compra", tudo o
que conseguia pensar era o que esperava por ela, quando voltasse ao
trabalho. Com isso e verificando seu telefone a cada cinco minutos para
uma chamada nã o atendida ou mensagem, ela tinha praticamente
conduzido a sua melhor amiga a loucura.
Quando ela entrou no elevador do pré dio que abrigava a Corporaçã o
Kelman, a inquietude palpitava no seu estô mago guerrilhando com a
pequena centelha de esperança no peito.
Evan estaria lá hoje. Ele falaria com ela? Olharia para ela? Lhe
daria um olhar de morte e lhe diria o pé ssimo ser humano que ela era?
Ou ele agiria como se nada tivesse acontecido?
Jesus Reagan se recomponha. Pare de cismar.
Pisando no dé cimo segundo andar, ela foi cumprimentada por um
rosto sorridente.
— Bom dia, Sra. Spencer. Ainda amando o seu cabelo. — Disse
Amy quando ela lhe entregou uma pilha de mensagens.
— Sr. Kelman pediu para vê -la assim que chegasse.
— Obrigado, Amy.
Reagan folheou as mensagens enquanto caminhava para o
escritó rio de Bill.
Ela nã o falava com ele desde que a encontrou em um colapso a
alguns dias atrá s em seu escritó rio.
Nada precisaria ser dito, quando arrumava suas coisas, e ele lhe
dizendo para tirar o resto da semana fora.
Ela parou fora de seu escritó rio e hesitou por um momento.
Passando a palma da mã o esquerda pelo lado da saia, ela se endireitou,
mentalmente se preparando para entrar no seu escritó rio com a
cabeça erguida. De jeito nenhum ele ia ver o desastre que tinha
mandado para casa na semana passada. Ela tinha feito tudo que podia
para se livrar daquela versã o e trazer de volta a mulher forte,
profissional, que havia contratado há tantos anos atrá s.
Ela bateu na porta e esperou por ele responder. Ele pediu para ela
entrar, e ela tomou uma respiraçã o profunda antes de abrir a porta e
caminhar para o interior.
— Reagan. Você está adorá vel esta manhã . Entre, entre. Sente-se.
— Bill disse de onde ele estava sentado atrá s de sua mesa.
— Como foi seu fim de semana? — Ele perguntou quando ela
pegou a cadeira em frente dele, e o olhar hesitante no rosto a fez
sorrir.
— Correu tudo bem, Bill. — Ela disse e entã o se inclinou para
sussurrar. — Estou bem també m.
Ele balançava na cadeira e entrelaçando os dedos. Girando seus
polegares, ele atropelou os olhos dela quando tentou adivinhar se ela
estava dizendo a verdade ou nã o. Tendo chegado a alguma conclusã o
interior, ele acenou com a cabeça para ela.
— Bom, bom. Entã o o pequeno visitante improvisado... ajudou, eu
diria?
Reagan sentou e cruzou uma perna sobre a outra.
— Nã o tenho certeza se uma visita de Troy faz outra coisa do que
elevar a minha pressã o arterial, mas neste caso... — Ela fez uma pausa
e pensou no jeito que eles tinham terminado sua chamada na outra
noite. — Nesse caso eu acho que ele poderia ter realmente ajudado.
Entã o, obrigada por ligar para ele.
— Claro, claro. Agora que tudo está bem, e todos nó s podemos
voltar ao trabalho.
A mençã o de nós fez o coraçã o dela começar a bater. Ela sabia
exatamente quem ele falava por nó s e se perguntou se Evan já tinha
chegado.
Era melhor perguntar e se aquietar de vez.
— Ele já está aqui?
Bill nã o precisava perguntar quem, e deu outro rá pido aceno.
— Temos um cliente em potencial, chegando as dez esta manhã e
eu gostaria que você s dois se reunissem com eles. Se você estiver
disposta a isso, é claro.
— Sempre. Eu estou supondo que Evan tem o arquivo?
— Ele tem.
Ela forçou um sorriso... quando ficou de pé e alisou sua saia.
— Bem, acho que vou localizá -lo para que possamos montar o
campo.
Bill se afastou na cadeira.
— Você deveria.
Apesar de sua expressã o estar impassível, ela o conhecia bem o
suficiente para saber que havia algo que ele nã o estava dizendo. O que
ele está tramando... — Há mais alguma coisa?
Quando ele balançou a cabeça, Reagan pegou sua bolsa e se
despediu antes de fechar a porta atrá s dela. Ela parou no seu escritó rio
para deixar seus pertences e em seguida, puxou um espelho compacto
em sua bolsa para se certificar de que seu cabelo e a maquiagem
estavam no local. Entã o, alisou sua camisa, reorganizando seu colar de
pé rolas e forçou algumas respiraçõ es profundas para acalmar o coraçã o.
Pare de enrolar...
Uma rá pida olhada para o reló gio fez suas pernas em movimento.
Eles só tinham um par de horas antes de checar os potenciais clientes,
entã o já era tempo de se familiarizar com essa empresa.
A porta do escritó rio do Evan estava aberta, e ela hesitou por um
instante antes de ir para dentro. Ele estava sentado em uma das
cadeiras na frente de sua mesa, que ele tinha virado para ficar de
frente para a outra, e sua cabeça estava baixa sobre o bloco de notas
que estava rabiscando.
Uma mecha de cabelo caiu na sua testa, e se Reagan estivesse um
pouco mais perto, teria tirado de seu rosto. Ele estava vestido com sua
roupa favorita, um terno azul marinho, nã o que ele soubesse disso. Era
feito sob medida para seu corpo tã o perfeito, e com colete e a gravata
carmesim, o fazia parecer quase um milhã o de dó lares.
Não. Seja profissional. Ele não parece atraente neste terno feio. Não
mesmo.
Batendo de leve na porta, ela esperou um instante na borda de seu
escritó rio até que ele a visse ali. Quando ela entrou, ele se levantou e
acenou para a cadeira na frente dele.

***

Evan assistiu com olhos cautelosos quando Reagan veio ao


escritó rio dele. Ele tinha chegado cedo, querendo se preparar para
quando ela chegasse. Ele precisava de tempo para se entrar no espaço
certo. Tempo para lidar com a realidade de ficar cara a cara com a
mulher que ele agora sabia que era a jovem de seu passado.
Nã o foi o ajuste mais fá cil de fazer, ao pensar na mulher sensual-
como-porra que montou o seu pau, e tirou fotos instantâ neas naquela
noite na cama dela, como a mesma garota que costumava persegui-lo
em torno de seu quintal.
Ele sabia que iria encontrá -la fora do elevador, tropeçaria com ela
uma hora e ele teria que manter as coisas bem. Nã o queria voltar ao
trabalho hoje. Ele precisava das coisas de volta à pista. Esta era sua
chance de reinventar sua carreira, de realmente criar algo de bom em
sua vida. Alé m disso, ele pensou, quando ela sentou na cadeira. Eu sou
um profissional, maldição.
— Bom dia. — Ela disse e olhou para ele com expectativa.
Sente-se, seu retardado mental. Ela está esperando por você para se
sentar.
Evan deu um assento e se certificou de manter os olhos no rosto
dela, quando cruzou as pernas bem torneadas, uma sobre a outra. As
mesmas pernas que tinham enrolado o quadril dele, quando a fodeu
duro em seu colchã o.
Agora fale.
— Bom dia. — Disse ele.
Ele nã o queria ser o primeiro a quebrar o contato visual, entã o
estava feliz como no inferno, quando ela baixou os olhos para o caderno
que tinha na mã o. Ela brincou com a caneta por um momento, batendo-
a contra o papel, o que lhe deu um sentimento de satisfaçã o ao saber
que ela obviamente estava se sentindo tã o desconfortá vel como ele
estava. Nã o que ela nunca iria admitir isso. Nem eu.
— Bill disse que você já tem o arquivo, passei para pegá -lo para a
reuniã o.
Evan mantinha seus olhos nela, deixá -los cair para o elegante colar
de pé rolas drapejado em torno de seu pescoço, e quando ele percebeu
que eram exatamente os mesmos da foto que ele tinha uma vez usado
como... inspiraçã o, a perna começou em um salto nervoso.
Sim, isso é só o que você precisa, seu asno. Se lembrar de uma noite
frustrante com seu colchão e um saco Ziploc.
Ele colocou seu punho em cima da coxa, como se pudesse
fodidamente segurar ainda e em seguida estendeu a pasta de papel
pardo na direçã o dela.
— Sim. Eu dei uma olhada. Tirei algumas notas sobre o que eles
podem querer fazer para maximizar seus lucros.
Reagan chegou para a pasta, e quando nã o imediatamente a
deixou ir, ela olhou para ele e levantou uma sobrancelha.
— Você quer, eu nã o sei, soltar isso, talvez?
Sua escolha de palavras parecia segurar um duplo significado, e
nã o pô de evitar um sorriso quando ele respondeu: — Eu nã o sei. E
você?
Seus olhos castanhos estreitaram nele e ele podia jurar que uma
chama brilhou atravé s deles, quando ela disse:
— Nã o sou eu que estou agarrando coisas. — E tirou sua mã o de
volta, levando o arquivo com ela.
Evan soltou e se sentou, ligeiramente mais confortá vel agora que
ela estava no limite e deu a ela um minuto para folhear o arquivo.
Era ó bvio por suas palavras agora que ela nã o estava sobre os
acontecimentos da semana passada, e esta tentativa educada para
entrar em seu escritó rio, como se nada tivesse acontecido foi uma
grande merda. Graças a Deus, poré m, porque seu ato foi apenas tã o
paté tico.
A quem ele pensa que estava enganando, uma hora de preparaçã o
antes de vê -la nã o fez a mínima diferença?
Ele nã o pensou em nada alé m dela, desde o momento em que ele
saiu do seu escritó rio na semana passada, e nã o havia de jeito nenhum,
uma maneira disso ficar educado ou profissional - mesmo que foi feito
em um passivo-agressivo foda-se, de qualquer maneira.
Ele cruzou a perna sobre o joelho e apertou as mã os juntas, e
quando ela manteve os olhos dela colados aos papéis na frente dela, ele
disse:
— Nã o. Sua especialidade é saltar para conclusõ es erradas, entã o
acho que você deve definitivamente estudar e se certificar de que você
sabe todos os fatos antes de fazer uma avaliaçã o da situaçã o.
A cabeça de Reagan levantou, e parecia como se ela estivesse
prestes a comentar e entã o pensou melhor. Fechando a boca, ela olhou
para o arquivo em suas mã os.
— Eu acho que um ponto de preço mais elevado seria melhor,
tornando-os mais exclusivos...
Quando Evan sacudiu a cabeça, os olhos dela foram até ele.
— O quê ?
— Acho que está na direçã o errada. — Disse ele.
— Você quer ir mais para baixo?
Não responda.
Ele limpou a garganta e tentou pensar em algo nã o-sexual para
dizer, mas quando nada veio à mente, ele foi com uma simples palavra.
— Sim.
— Hmm. — Ela folheou as notas e disse. — Bem, nó s temos algum
tempo, entã o me diga o que você está pensando.
Não temos tempo para o que estou realmente pensando.
Ele aproveitou que seu foco estava em outro lugar e deixou seus
olhos vagarem sobre as ondas dos seios por debaixo de sua blusa
branca. Estava por dentro da saia lá pis apertada que mostrava o
alargamento dos quadris e ele teve que cavar a palma da mã o com as
unhas, para tirar de sua mente o pensamento de despi-la mentalmente.
— Tudo bem. — Disse ele, mantendo os olhos no seu bloco de
notas.
— Vamos fazer.

***

Duas horas mais tarde, chegaram a um acordo. Com uma batida


na porta dele avisando a eles, a chegada do CEO da Allendale. Reagan
levantou e reajustou suas pé rolas. Evan a seguiu até a sala de reuniõ es
e quando eles entraram, ela cumprimentou os senhores antes dele.
— Sr. Blake, é um prazer conhecê -lo. — Ela disse, apertando a mã o
do CEO.
— Já ouvimos que você s dois estã o entre os melhores na sua á rea,
entã o, obrigado por nos encontrar.
O homem sorriu, seu sorriso amassando as linhas profundas ao
redor dos olhos.
— E este é Charles Brigham, meu VP14.
— Obrigado, senhores. — Evan disse apó s saudar os homens. — Se
vocês tomarem um assento, mostraremos como vamos seguir com seu
negó cio.
A testa do Sr. Blake levantou, e ele acenou com a cabeça em
aprovaçã o.
— Eu gosto dessa mentalidade. Presumo que você vai estar
liderando para nó s?

14
Vice-presidente.
Reagan olhou para Evan, esperando para ouvi-lo explicar a eles
como executariam os nú meros, quando eis que o homem teve a
audá cia de dar um tapinha nas costas do Sr. Blake e dizer: — É claro.
Eu tenho algumas ideias que acho que você realmente vai gostar.
Ah, é verdade, Sr. James? Você tem algumas ideias? Você indo
para executar os números... vamos ver sobre isso.
— Com licença, Evan? — Reagan perguntou, a voz bem doce
conforme ela agarrava o braço dele.
— Sim, Reagan?
— Nã o se importa se eu começar, nã o é ? — Ela perguntou quando
levou um assento, se certificando de cruzar suas longas pernas em sua
direçã o.
Uma sombra de luxú ria cruzou o rosto do Evan.
— Damas primeiro.
Típico de homem, deixando sua "cabeça" pensar por ela. Eu vou
tirar vantagem disso.
— Obrigada. — Reagan disse antes de virar para os homens na
frente deles.
— Entã o, senhores. Entendemos que você s estã o olhando para
renovar sua linha de á gua engarrafada de Aqua Cool e estã o
procurando a melhor maneira de obter mais lucro, se me permite, Sr.
James e eu, ambos concordamos que a melhor maneira de fazer isso,
seria aumentar o preço por setenta e cinco centavos, tornando-o
competitivo com as outras marcas no topo.
Podia sentir Evan olhando para ela pelo canto do olho, mas
continuou.
— Para fazer isso, vocês vã o ter que redirecionar, trabalhar com sua
agê ncia de publicidade, possivelmente obter um endosso de celebridade.
A longo prazo, se instituir como uma das empresas de á gua de elite do
mundo, aí ter um ponto de preço mais elevado e mais dinheiro no seu
bolso.
Ao lado dela, Evan tossiu.
— Você tem algo a acrescentar? — Reagan perguntou.
— Eu.... Bem, isso é uma das maneiras que poderíamos ir. —
Evan disse lentamente, como se escolhendo cuidadosamente suas
palavras.
— Ou, para lhe dar outra opçã o, você s podem baixar o preço por vinte
por cento e torná -la competitiva contra as marcas do mercado de massa.
Você s sã o uma marca que as pessoas já sabem e amam. Se algué m
passar por um posto de gasolina e pegar uma á gua, eles vã o para uma
marca que eles sabem de um preço que podem pagar. Alto volume
vezes aumento de vendas é igual a um enorme lucro.
Os dois homens em frente deles olharam entre Reagan e Evan com
expressõ es questioná veis.
— Eu vejo o seu ponto, Evan. — Reagan disse, mantendo o seu
rosto impassível.
— Algumas pessoas sã o mais felizes com um produto de baixo
custo. Mas essa é a luta, é um produto de baixo custo com qualidade de
baixo custo? As pessoas sabem que uma marca mais cara lhes dará
satisfaçã o e sabor superior.
— A á gua é á gua... — ele começou.
— Nã o. É mais do que á gua.
Ela podia sentir a travessia da linha profissional para pessoal, mas
Deus, ela nã o conseguia. Evan James estava fazendo dela uma porra
louca. Depois de passar duas horas pró ximo a ele e mantendo as coisas
estritamente relacionadas com o trabalho, os sentimentos fervendo
sob a superfície foram agora em baixa ebuliçã o na via rá pida.
— Reagan...
— Sim, Evan?
Os olhos dele se estreitaram nela, e ela poderia dizer que ele
estava tentando descobrir o que estava errado com ela. Honestamente,
por uma fraçã o de segundo ela desejava que os outros homens na sala
de conferê ncias nã o estivessem lá , entã o realmente poderia deixá -lo tê -
la. Em vez disso, a profissional legal nela tomou uma respiraçã o calma
e colocou um sorriso cordial no rosto.
Nos pró ximos vinte minutos, ela e Evan remataram seus pontos
como dois profissionais de tê nis em Wimbledon, cada disputa para
marcar o maior nú mero de pontos com seu cliente e sair por cima. Fatos
e nú meros foram estabelecidos, e embora Evan lhe deu uma boa corrida
pelo dinheiro, ela nã o tinha dú vida que a dela era a melhor proposta.
— Cavalheiros. — Ela olhou através da mesa para o CEO e o VP. —
Parece que já demos duas grandes opçõ es esta manhã . Talvez seria
melhor se vocês falassem com o seu departamento de publicidade e
contabilistas da empresa e descobrir qual estraté gia é do seu interesse.
Evan ficou de pé como se ela tivesse acendido um fogo no seu rabo
e entã o se inclinou tã o perto dela que a manga de seu paletó roçou seu
braço nu. Ele virou a cabeça e seu há lito passou sobre a orelha dela, ela
nã o pode conter o arrepio que correu pela sua espinha.
— O que você acha que está fazendo? — Ele sussurrou baixo o
bastante para que só ela pudesse ouvir.
Determinada a nã o ser intimidado por ele, ela se virou para ele
quase fazendo os lá bios se tocarem um ao outro.
— Estou lhes dando o que queriam. Escolha, entã o eles podem
tomar uma decisã o informada.
— Okey, Sra. Spencer. — Disse o CEO. — Charles e eu
concordamos que nos deram duas ideias só lidas aqui. Vamos levar isso
de volta e trabalhar os nú meros e projeçõ es e entramos em contato
dentro de uma semana para que possamos avançar para a frente com
qualquer rota que nó s optarmos por tomar.
Reagan notou a tensã o na mandíbula de Evan quando ele a apertou
fechada, e ela poderia dizer que estava se matando para morder a língua.
Sem dú vida ele foi pior que ela, nã o seguindo o plano original, e em vez
disso, a reuniã o tinha se transformado em uma espé cie de concurso de
ferrada que ela estava muito empenhada em ganhar.
— Parece fantá stico, Sr. Blake. — Ela disse.
— Eu tenho que dizer, você s dois parecem muito apaixonados
sobre seus trabalhos.
Finalmente, Evan falou quando ele apertou as mã os.
— Você está certo sobre isso. Vamos fazer o que Reagan sugeriu e
levar alguns dias. Nó s vamos começar nossas aná lises detalhadas para
você no final do dia, reforçando nossas propostas, e a partir daí você
pode fazer uma decisã o mais informada.
Reagan tinha que se impedir de lhe dar pontapé s nas canelas.
Fazer o que eu sugeri? Quão maldito amável dele.
Ela recolheu a papelada dela quando Evan fez o mesmo, e entã o
ambos silenciosamente fizeram seu caminho ao redor da mesa de
conferê ncia para mostrar ao Sr. Blake e o Sr. Brigham a saída. Quando
eles desocuparam a sala, ela ficou parada ao lado de Evan e contou até
trinta, querendo saber se ele planejava dizer sobre o que tinha
acontecido. Quando parecia que ele era indiferente, esticou a mã o para
a maçaneta da porta.
Ela abriu apenas algumas centímetros, quando ele bateu a palma
da sua mã o na porta, empurrando com força suficiente para que o som
pudesse ter ecoado no corredor. Ela se virou para lhe perguntar o que
ele estava fazendo, mas calculou mal a distâ ncia, pois ele ficou perto o
suficiente, porque quando ele deu um passo para a frente, sua bunda e
costas foram planas contra a porta antes que ela soubesse o que estava
acontecendo.
Seus olhos eram selvagens quando ele abaixou o braço e se
inclinou para a frente. Entã o ela ouviu o clique metá lico alto da
fechadura quando ele trancou a porta.
Capítulo Vinte e Três

A expressã o no rosto dela o divertiria se ele nã o estivesse tã o


irritado. Ela parecia pronta para saltar nele, como uma gata molhada, e
enquanto corria os olhos para os seios dela, ele pensou em sua buceta
molhada.
— Saia do meu caminho, Evan!
Ele sabia que, o tom arrogante na voz dela era para dissuadi-lo,
mas teve o efeito oposto. Isso fez com que o pau dele ficasse duro como
uma pedra.
— Nã o até você me dizer que diabos foi aquilo.
Em sua forma verdadeira de Reagan, ela nã o recuou. Ela inclinou
seu queixo para cima com os olhos irritados.
— O que foi o quê? Cada um de nó s apresentou o nosso lado do
argumento. Nada mais, nada menos.
Ele levantou a mã o que ele tinha ao seu lado e a colocou no lado
oposto da cabeça dela, prendendo-a em onde estava.
— Você está cheia de merda. Sua calcinha está em uma torçã o lá
atrá s?
Os olhos dela piscaram para ele, e caiu de seu olhar para sua boca.
Ela usava um gloss claro nos lá bios hoje, e a maneira como o gloss
deixava sua boca, o fez querer se inclinar e dar uma mordida.
— Nã o estou com minha calcinha em uma torçã o, obrigada, muito
obrigada. O que é totalmente machista. Que, a propó sito, parece ser a
mentalidade de hoje. O que vai ser o pró ximo? Você vai me jogar por
cima do seu ombro e me levar de volta para a caverna onde pertenço?
— Agora essa parece ser uma boa ideia maldita. Talvez isso é o que
você precisa.
Mesmo irritado como ele estava, porque ela desrespeitou os planos
que eles tinham feito no escritó rio, ele nã o conseguia parar o desejo que
assumiu quando estava pró ximo de Reagan, e fodê-la por isso.
Ela estreitou os olhos para ele e se esforçou para ficar livre.
Quando ele nã o se mexia, ela se encostou contra a porta.
— Entã o o que acontece agora?
Ela perguntou e em seguida, baixou sua voz para um sussurro.
— Vai me foder contra esta porta? — A mã o dela percorreu seu
quadril e pairou entre as pernas dela, pressionando contra a saia justa
que usava. — Nã o vamos fazer joguinhos, Evan. Apenas se afaste. E
entã o eu vou deixar você se desculpar.
— Me desculpar? — Ele jogou a cabeça para trá s em uma risada
sem graça e entã o a olhou nos olhos. — Okey, — disse ele se inclinando
mais perto, a voz pingando com desdé m. — Peço desculpas. Sinto
muito que a levei para casa naquela primeira noite. Que eu transei com
você até você mal poder sair de casa. Que já te arruinei para cada outro
pau lá fora. Me desculpe Reagan. Mas acima de tudo eu sinto muito que
você seja uma maldita mentirosa.
— Foda-se! — Ela disse, esforçando-se contra o peito, mas ele nã o
estava prestes a deixá -la ir. Seu sangue estava fervendo na maneira
que só ela parecia provocar.
Ele agarrou suas mã os que estavam empurrando contra ele e os
colocou sobre a cabeça dela contra a porta. Entã o ele deu um passo em
sua direçã o e disse em voz baixa e rouca:
— Está é a segunda vez em menos de minutos que você me convida
para te foder. Talvez eu deveria apenas aceitar a oferta. Ou está
mentindo sobre isso també m?
Ele pressionou seu corpo contra o dela, com seus seios
pressionados contra o peito dele, e seu pau roçando sua saia justa, um
gemido baixo deixou seus lá bios.
— Ahh, entã o isso... — Ele disse, abaixando a cabeça, moendo seu
quadril contra a dela. — Pelo menos sabemos que é verdade.
Ele colocou seus lá bios em sua orelha e quando ele a ouviu puxar
uma respiraçã o instá vel, sussurrou:
— Mas é o seguinte, Reagan, tanto quanto eu gostei de sua
sugestã o sobre transar com você contra a porta, eu tive uma visã o
quando você estava puxando sua princesa esnobe, que tem mais a ver
com você dobrada sobre a mesa.
Ele deu um passo para trá s e puxou seus braços da porta, e assim
quando ele foi para puxá -la para a frente, ela corajosamente se
aproximou dele.
— Como uma de suas putas? — Ela perguntou, o apoiando até sua
bunda bater na mesa.
— Talvez eu deva levantar minha saia e ficar na esquina de uma
rua para chamar sua atençã o? Isso faria você voltar para mais?
Ele rosnou, e ela lhe deu um sorriso malvado.
— Vamos esclarecer uma coisa. Seu pau e eu.... nunca vamos estar
intimamente familiarizados novamente.
Olhando para a ereçã o dentro das calças, ela disse: — Para baixo,
garoto!
Evan sacudiu a cabeça e empurrou a mesa, suas frentes
pressionando um contra o outro, já que nã o estava prestes a recuar.
— Você é um maldita... mentirosa.
— E você é uma merda de homem.
Antes que pudesse parar, ele chegou perto e agarrou a bunda dela,
apertando-a para a frente, assim ela podia sentir sua ereçã o.
— Nunca ocorreu a você que talvez você tenha esse efeito em mim?
— Quem é o mentiroso agora?
As palavras dela lutaram contra ele, mas o corpo dela nã o estava
seguindo. — Nã o finja ser algo especial. — Se inclinando para ele, ela
capturou seu lá bio inferior com os dentes um pouco duro antes de
sussurrar contra sua boca: — Vamos ser honestos sobre o que sou para
você. Sua foda imunda... favorita.

***

Reagan nã o podia acreditar na merda voando fora de sua boca.


Quando Evan os manobrava para que ele pudesse apoiá -la na mesa da
conferê ncia, ela sabia exatamente para onde isso estava acontecendo.
Ela nã o era ingê nua o suficiente para acreditar que isto era coraçõ es e
flores, e era honesta o suficiente para chamar os bois pelos nomes. Isso
era uma foda de ó dio e quanto mais cedo ele tiver as calças para baixo
e seu pau dentro dela, o mais rá pido ela poderia sair e terminar o seu
dia, como planejado.
A bunda dela bateu na mesa primeiro, e ele a levantou ligeiramente,
entã o ela estava empoleirada na beira.
— Nã o pense que isso muda alguma coisa entre nó s. — Ela disse a
Evan quando ele tocou os seus joelhos com os dedos.
— Oh, nã o tenho nenhuma ilusã o sobre o que isso é . — Ele disse
quando os dedos escorregaram sob a bainha da saia dela. — Afinal,
você é a ú nica que me fez lembrar de quem você é... Reagan?
Ela olhou para ele com força o suficiente para que ele estivesse
caído morto no chã o, mas quando ele começou a subir a saia até as
coxas dela, ela lentamente separou as pernas.
Os olhos dele caíram para os seus movimentos, e quando ela
parou, ele a olhou e exigiu. — Mais aberta.
Ela lambeu seu lá bio inferior e colocou as mã os na mesa atrá s
dela, se inclinando de volta ligeiramente e espalhando suas pernas
separadas. As palmas de suas mã os alisavam por cima de suas coxas,
levantando a saia e seus dedos rasparam o laço da calcinha. Ela lutou
para manter os olhos abertos e nele.
— Vai levar o dia todo?
O olhar que cruzou seu rosto era ao mesmo tempo excitante e
alarmante quando ele avisou: — Você pode querer falar baixo, menina
Spencer. Nã o queremos que todos no escritó rio saibam como duro
você pretende trabalhar para o pró ximo...
— Cinco minutos? — Ela interrompeu com seu sorriso mais
inocente.
Ela sentiu as pontas de seus dedos atravé s do material ú mido da
calcinha dela, e quando ele a puxou de lado, prometeu. — Oh, vai
demorar muito mais do que cinco minutos. Você pode parar de fingir
que nã o está morrendo por isso Reagan. Meus dedos estã o
praticamente pingando, e ainda nem os coloquei dentro de sua boceta
doce.
Fode-me, ela pensou, apertando seus mú sculos internos. Evan
estava definitivamente igual a ela. Quando sua boca suja saiu para
jogar, e as palavras caíram da língua dele, ela nã o queria nada alé m de
levá -lo para dentro dela, entã o seu corpo ganancioso teria algo para se
apegar. Ao invé s do pulsar vazio que ela sentia atualmente.
— Você está falando muito, quando você poderia estar colocando
sua boca para melhor uso. — Ela disse.
— E você está fazendo um monte de reclamaçã o para algué m que
está a dois movimentos longe de um orgasmo.
— Cale-se... — Ela disse e cobriu a boca com a mã o. Ele mordeu o
dedo e manteve seus olhos nela, quando os dedos dele roçaram contra
sua fenda molhada.
Droga. Por que ele tem que ser muito bom nisto? E por que seu
corpo a traía toda vez que ela estava com ele? Ela o detestava.
Um dos seus dedos empurraram dentro dela.
Oh foda-se.
Sim... ela o odiava. Detestava-o conforme outro dedo entrou nela.
Quando suas mã os subiram para os seios dela, ela o ouviu gemer.
— Desabotoe. — Ele disse, e seus dedos obedeceram, quando os
dele mexeram dentro dela.
Ela abriu a blusa para revelar uma camisa de seda por baixo, seus
mamilos duros, se esforçando contra o material macio. Sua mã o livre
veio até um dos seios, e ela arqueou em seu alcance.
Deus, nã o demorou muito tempo para ele focar em seu doce ponto,
e quando ele pressionou contra ela, suas pernas começaram a
estremecer e a sua respiraçã o ficou como um nó na garganta. Sua mã o
cobria a dele em seu peito, e ela o apertou, antecipando o lançamento
explosivo que estava prestes a atirar atravé s dela.
— Foda-se. — Ela ofegante, empurrando seu quadril. — Me foda...
— E há o terceiro convite. — Ele disse enquanto removia os dedos
dele, agarrando seu pulso e a tirando da mesa.

***

Uma vez que ele tinha Reagan em seus pé s, seus olhos cheios de
luxú ria trancados com o seu, ele nã o pô de evitar o sorriso em seus
lá bios. Com a saia levantada em torno de sua cintura e a blusa dela
aberta, ela parecia uma mulher que tinha sido completamente fodida,
ou estava prestes a ser.
Ele girou a seu redor, e antes que ela pudesse oferecer um som de
protesto, ele colocou uma mã o no seu ombro e gentilmente a
empurrou para a frente. Quando ela inclinou a cintura e colocou seus
antebraços sobre a mesa, a visã o de sua bunda nua, separadas por uma
faixa de renda preta quase teve ele vindo nas calças. Ele chegou para a
fivela do seu cinto e quando se atrapalhou com ele, amaldiçoou e a
instruiu:
— Fique assim.
Ele deu um passo para trá s e tirou seu casaco, o jogando na mesa
ao lado dela. Olhando por cima do ombro para ele, os olhos dela
observava corajosamente, quando chegou os dedos para o cinto dele,
abriu a calça em alta velocidade. Ele colocou seu pau para fora, antes
de pegar a carteira dele no bolso de trá s.
Os olhos dela encontraram com os seus, quando ele a abriu para
retirar a camisinha. Depois de lançar a carteira para o casaco ao lado
dela, ele trouxe o pacote para os lá bios e o rasgou aberta.
— Agora sabemos o quã o vocal você gosta de ser Sra. Spencer.
Você acha que será capaz de manter a boca fechada? Ou precisa de
alguma ajuda na maté ria?
Os olhos de Reagan foram para sua gravata carmesim, e sem lhe
dizer nada, ele chegou para o nó e afrouxou, tirando de seu pescoço.
Quando a tira fina do material escorregou livre, deixou ela raspar por
cima de sua bunda e gemeu quando ela empurrou para trá s, querendo
mais. Ele atropelou um dedo entre suas ná degas. O mergulhou para
baixo entre o material encharcado, cobrindo os lá bios inchados, ele o
empurrou dentro dela.
Ela gemeu, e Evan se inclinou para baixo até que o peito dele
estivesse em suas costas, tirando o dedo para esfregar o material da
calcinha sobre o clitó ris dela. Ele beijou a concha do ouvido dela, e
quando ela se contrariou de volta, ele brincou com ela novamente.
— Eu acho que é necessá rio uma mordaça aqui, nã o é ?
Ela se contorceu contra ele, quando trouxe a gravata na linha de
seus olhos de novo. Ela virou a cabeça para olha-lo, ele levantou a
sobrancelha.
— Nã o fique tã o chocado. Você é o ú nico que sempre grita o meu
nome.
Ele se moveu para colocar o tecido entre os seus dentes, e quando
ela mordeu, ele lhe deu um sorriso perverso.
— Eu tenho que dizer, eu gosto de você com a boca cheia Reagan.
Ele amarrou as extremidades da gravata por trá s da cabeça dela e
entã o rolou seu quadril contra a bunda dela quando ele voltou para
atrá s dela. Ele alisou uma mã o sobre o globo redondo da bochecha a
vista na frente dele, um que ele nunca poderia ter sonhado.
Ela estava deslumbrante enquanto esperava por ele, e mesmo
depois de tudo o que ela tinha feito, ele ainda a queria mais do que a
pró xima respiraçã o. Ele rapidamente empurrou para baixo sua calça e
cueca e enrolou o preservativo no seu pau grosso. Ele o acariciou
vá rias vezes e rosnou quando Reagan balançou os quadris como se ela
nã o pudesse esperar para ele entrar dentro dela. E como ele adorava
torturá - la um pouco mais, nã o conseguia se segurar.
Ele puxou sua calcinha para baixo logo abaixo da bunda dela,
muito impaciente para tirá -la completamente. Espalhando as
bochechas, ele esfregou o comprimento de seu pê nis ao longo de seu
nú cleo molhado, o lubrificando antes e provocando sua abertura com
seu pau. Enquanto ele brincava com ela, ela deu um tapa em cima da
mesa, e a mensagem era muito clara, como cristal.
Sem mais aviso, ele deslizou para dentro dela, sua boceta apertada
como um punho, que teve que arrastar em uma respiraçã o irregular.
— Foda! — Ele disse, fechando os olhos e saboreando a sensaçã o
dela. Quente. Molhada. Uma perfeiçã o. Ele poderia ter vindo logo, mas
se manteve imó vel, colocando sua mã o na sua parte inferior das costas
quando tomava uma respiraçã o profunda.
Reagan, por outro lado, tinha uma ideia diferente. Empurrando
para cima nas mã os dela, ela moveu seus quadris contra ele, e teve que
abrir os olhos e agarrar a cintura dela. Quando ela olhou por cima do
ombro, uma das mã os desceu entre as coxas.. Os dedos dela roçaram a
parte inferior do saco dele, e seu quadril se moveu. Saindo dela e da
porra de seus dedos perigosos, ele a empurrou para baixo novamente,
e desta vez, ela piscou para ele antes de colocar a cabeça em seus
braços. Ele empurrou para dentro dela e envolveu o braço ao redor de
seu quadril para brincar com seu clitó ris, enquanto a outra mã o
manteve um aperto forte na cintura dela. Ela devolvia cada estocada de
seus quadris com os seus pró prios, e ele ouvia o som de seus gritos
macios, por trá s de sua gravata.
O ritmo intensificou quando ele beliscou a carne inchada, que ele
estava esfregando com o dedo, e enquanto se afastava, ele sabia que
nada jamais se compararia à maneira como ele se sentia quando estava
com Reagan. Ela era uma mulher tentadora e ardente, e o apetite dela
combinava com o dele pró prio.
Ele agarrou os quadris com ambas as mã os agora, a usando de uma
forma que foi brutal e lindo e quando seu clímax ameaçou na base da
espinha, ele sentiu seus mú sculos internos apertarem seu pau como
um torno. Ele cerrou os dentes para segurar a maldiçã o que queria
gritar.
Suas mã os se moveram para os lados da mesa, seus dedos brancos
enquanto ela empurrava de volta. O corpo dela estava se movendo para
frente e para trá s na mesa com cada impulso vigoroso, seus sucos lisos
causando um doce deslizamento dentro e para fora. Entã o ela tirou a
gravata de sua boca.
Ela olhou para ele por cima do ombro, baixou-se entre as coxas
dela e disse: — Nem pense em me parar desta vez.
Ele cavou os dedos em sua carne cremosa e pegou o ritmo. Se ela
queria enfiar a mã o, ele nã o tinha nenhum problema com isso. Na
verdade, no momento em que os dedos dela tocaram o pau dele
quando ele deslizou para dentro, ele apertou os olhos fechados e
grunhiu:
— Se apresse Reagan.
Ele ouviu ela gemer e depois empurrou com força quando um
grito suave escapou de seus lá bios, apertando todo o seu corpo,
agarrando- se ao prazer que estava ultrapassando o corpo dela.
A sensaçã o de seu nú cleo apertado, apertando o seu pau, teve seu
pró prio clímax explodindo quando ele mordeu o lá bio tã o forte que tirou
sangue.
Ele questionou o que Reagan tinha dito antes, nã o gostando do
significado por trá s de suas palavras, mas quando ele olhou para baixo
para a mulher que ele estava tã o completamente possuindo, percebeu
que ela estava certa.
Reagan Spencer era definitivamente sua foda imunda favorita, e ela
també m passou a ser muito mais.
Capítulo Vinte e Quatro

Quando Reagan saiu de seu fio-dental e o enfiou em sua maleta,


Evan ficou boquiaberto com ela.
— O que está você fazendo? — Ele perguntou.
— Nã o espera que eu fique aqui o dia todo né ?
Afrouxou a gravata do pescoço, tirou sobre sua cabeça e jogou para
ele.
Evan a pegou e balançou a cabeça.
— Entã o, você nã o pode esperar que eu use isso o dia todo.
— Coloque-a! Você chegou de gravata, entã o seria muito ó bvio se
você deixar a sala sem uma.
— Acho que seria mais perceptível se eu usá -la. Jesus, você deixou
marcas de dentes?
— Se algué m perguntar, diga que eu tentei te estrangular.
Ela lhe deu um tapinha no peito e se dirigiu para a porta, mas Evan
agarrou seu pulso.
— Isto nã o muda nada. — Ele disse.
— Claro que nã o. Ainda é um idiota traidor.
— E você ainda é uma grande mentirosa.
Reagan estreitou os olhos dela e empurrou longe de seu controle.
— Ainda bem que esclarecemos.
Quando ela puxou a porta para se fechar atrá s dela, a realidade lhe
deu uma bofetada na cara.
Oh, puta que pariu, não outra vez.
Pelo menos o corredor estava vazio, e nã o havia ningué m ao redor
para testemunhar sua caminhada da vergonha fora da sala de
conferê ncia.
Melhor não arriscar, porém, pensou enquanto ela caminhava para
o seu escritó rio, rezando todo o caminho para que ningué m a visse. Se
ela encontrar algué m agora, nã o haveria como negar o que aconteceu
entre ela e Evan. As roupas dela estavam de volta à suavidade
imaculada, mas era o seu rosto que a denunciaria.
Deus, o que eu estava pensando? Eu não estava pensando. Mas isso
não significa nada. Eu o odeio. Além disso, uma foda de ódio nunca
machucou ninguém.
Quando ela entrou no seu escritó rio e fechou a porta, seu telefone
celular apitou.
Almoço? Dizia a mensagem de Crystal.
Sim. Papo de garota. Isso era o que ela precisava. E o ar fresco. Ar
fresco era bom.
Diablo’s ao meio-dia. Ela digitou de volta.
Nos vemos então.

***

Evan ficou onde Reagan o tinha deixado há alguns minutos,


olhando para a porta da sala de conferê ncia fechada. Em sua mã o
direita ele segurava a gravata amassada que ela tinha jogado nele,
quando tinha saído da sala.
Maldição, por que sou tão idiota?
Ele ajeitou a calça e jogou a gravata para baixo ao lado de seu
casaco, em cima da mesa. Pegando o casaco, deu de ombros e entã o
parou o colarinho branco da camisa.
E por que fiz isso aqui?
Agora ele nã o seria capaz de assistir a uma reuniã o sem pensar na
Reagan curvada sobre a mesa e o seu pau dentro dela.
Sim, inteligente, filho da puta.
Ele pegou a gravata e deslizou no lugar na base da garganta, e
quando alisou as extremidades no seu peito, se lembrou da mã o
delicada dela acariciando-a com condescendê ncia antes de sair pela
porta.
Jesus, homem. Ela nem gosta de você. E você não gosta dela. Se
controle.
Ele arrumou o colarinho da camisa, pegou sua pasta e a fechou
com mais força do que o necessá rio. Isto nã o era como hoje deveria ter
sido. Ele pró prio disse quando chegou esta manhã , que iria ser
profissional e respeitaria o fato de que Troy tinha ido em sua casa,
dizendo pra ficar longe de sua irmã .
De alguma forma, poré m, ficar dentro de Reagan, depois que ela
começou a falar que ele tinha ultrapassado seu terreno, ficar longe dela
tinha sido a coisa mais distante de sua mente.
Ele olhou para o reló gio na parede oposta e viu que tinha que estar
no escritó rio de Bill em trinta minutos para uma reuniã o de almoço que
havia agendado na semana passada. Nã o havia nenhuma maneira de
sair disso, mas sentado em um escritó rio sob o olhar atento de Bill, que
era praticamente uma figura de pai para Reagan, nã o era uma ideia de
tarde divertida
Talvez eu possa convencê-lo a sair para almoçar.
Ele pegou a pasta, respirou intensamente e se disse para esquecer
que esta manhã tinha acontecido. Mas quando se virou para sair, pisou
em algo duro e olhou para o chã o acarpetado para ver o fio de pé rolas
da Reagan debaixo do seu pé .
Ele se agachou para pegá -los, e quando os correu por entre os
dedos, notou que o pequeno fecho de ouro tinha sido quebrado. Rolando
as pé rolas polidas sobre a palma da mã o, ele se endireitou e entã o
colocou o colar no seu bolso. Ele daria de volta a Reagan, assim ele
poderia olhar para ela novamente sem atacá -la.

***

Reagan chegou no restaurante apenas quando Crystal entrou na


estaçã o da anfitriã . Quando sua amiga se virou para olhar para ela, seus
olhos se arregalaram. — Você teve sexo.
Reagan parou em suas trilhas, quando a multidã o de clientes
esperavam para se sentar e ficou em silê ncio.
— Uh. — Ela disse, tentando manter o rubor que sentia espalhar
pelo seu rosto. Ela tentou um sorriso mas falhou. Horrivelmente. —
Nã o.
Crystal cruzou seus braços sobre o peito dela.
— Você fez. Hoje. Posso dizer.
— Crystal... — Reagan baixou sua voz para um sussurro silenciado
para que a amiga fizesse o mesmo. Mas nã o estava adiantando para a
fofoqueira e agora, lamentava a reuniã o para o almoço.
— Por favor, me diga que nã o foi uma foda gostosa no local de
trabalho com um determinado ex perigoso!
— Oh meu Deus! Podemos sentar em uma mesa antes de falar
sobre a minha vida sexual? E ele nã o é meu ex.
Reagan olhou para os rostos curiosos em torno delas e disse:

— Continuem. Nada para ver aqui.


A anfitriã do restaurante que parecia bem curiosa, pegou dois
menus e rapidamente lhes mostrou a sua mesa.
— Você é uma garota má , Reagan Spencer. — Crystal comentou
depois que elas tinham pedido suas bebidas. — Primeiro dia de volta e
fodendo no escritó rio dele.
Reagan suspirou e colocou a cabeça nas mã os dela.
— Na sala de conferê ncias, na verdade.
— O que? Puta merda!
Quando ela olhou para cima, a boca de Crystal ainda estava em
cima da mesa.
— Eu sei. Eu sou uma pessoa horrível, e eu tomo decisõ es
estú pidas.
— É verdade. — brincou Crystal. — Mas... nã o gostamos dele. Ele
te traiu.
— Bem, eu nã o vi o que aconteceu, mas sim, eu acho que ele fez.
Ele diz o contrá rio.
— Claro que sim. Todos fazem. Quero dizer, eles tê m paus na
cabeça, o que esperar?
E isso nã o era um eufemismo no caso do Evan. — Sim. — disse
Reagan. — Eu só ... Eu nã o sei.
Crystal levantou uma sobrancelha, quando tomou um gole de sua
bebida.
— Você está com dú vidas. Ele está plantando sementes de dú vida,
e digo isso literalmente.
Quando ela piscou, Reagan gemeu.
— Nenhuma semente maldita esta sendo plantada, entã o acabe
com essa merda. E quero dizer literalmente.
Entã o um riso saiu de sua amiga e aliviou a tensã o nos ombros de
Reagan.
A melhor coisa sobre Crystal era que sempre aliviava o humor,
sempre fazendo uma piada ou envergonhando o inferno fora dela.
Fazendo com que seus problemas parecessem nã o tã o ruins, como vida
ou morte que o seu cé rebro estava dizendo que eram.
— Agora estou com fome. — Disse Crystal, olhando o menu, antes
de Reagan olhar por cima do mesmo. — Algumas de nó s nã o tivemos
proteína esta manhã .

***

Evan parou fora do escritó rio do Bill... e com uma olhada final
verificou a si mesmo. Casaco abotoado, gravata em linha reta e o zíper...
Sim, foda-se, se certificou que estivesse zipado.
Uma vez que ele estava satisfeito, bateu na porta e esperou pela
voz de Bill.
— Entra, entra! — Ele ouviu.
Pisando no escritó rio do seu chefe, viu Bill em pé perto do globo que
abrigava seu segredo, ou não-tão-secreto agora, estoque de bebidas.
Evan, fechou a porta atrá s de si e deslizou as mã os em seus bolsos,
quando andou para dentro, parando por uma das cadeiras.
— Ah, aí está você ! — Disse Bill, se virando no suporte de bebidas
com dois copos nas mã os.
— Pode te interessar um estimulante rá pido do meio-dia?
Uma das sobrancelhas de Evan se levantou e ele se perguntou se
parecia que precisava de uma bebida. Inferno, com certeza como foda
que sentia que sim.
— Nã o, acho que vou passar. Você está bem?
Bill colocou um dos copos de volta no suporte, adicionando um
pouco de uísque ao gelo no seu. Evan assistiu Bill fazendo o seu
caminho até ele, compensando a coxa e dependendo mais fortemente
de sua outra perna.
— Sim. Tudo é apenas fino e elegante comigo. E você ?
Bill manteve seus olhos em Evan quando tomou um gole de sua
bebida.
— Estou bem. — Disse Evan. Mas ele nã o sabia como é que
realmente entendeu as palavras.
Os olhos de Bill se estreitaram ligeiramente, e entã o ele olhou para
Evan.
Deus, foda essa merda, ele pensou, e rezou para que ele nã o tivesse
perdido nada ao voltar a se juntar. Nunca mais, ele prometeu. Se eu me
arruinar daqui sem nenhum dano, nunca mais fodidamente.
Evan ficou ali sob observaçã o silenciosa de Bill, e estava perto de
palavrõ es em voz alta quando Bill finalmente trouxe os olhos volta aos
seus.
— Tem certeza? Eu sei que esta ú ltima semana foi... difícil. E entã o
você teve que ir duro com Reagan hoje para tentar ganhar esse
cliente...
Bill continuou a falar, mas de tudo, Evan só ouviu foi, ir duro com
Reagan. Ah, ele tinha ido duro, tudo bem.
— Evan?
— Huh? — Ele disse, se sacudindo para fora da imagem mental em
sua cabeça.
— Perguntei se você quer sair do escritó rio um pouco. Talvez termos
esta reuniã o no Diablos.
Evan quase suspirou de alívio. Era como se Bill estivesse lendo sua
mente. Bem, a parte onde ele queria sair do escritó rio, pelo menos. Foi
muita sorte que ele nã o pudesse ler o resto.
— Sim, isso parece muito bom, na verdade. Eu ia sugerir isso.
Bill terminou sua bebida com um gole rá pido e em seguida, colocou
o vidro para baixo no canto da mesa dele.
— Fantá stico! Eu só vou deixar a Amy saber. À s vezes você só tem
um desejo ardente de molho de queijo.

***

Para algué m que afirmavam estar com fome, Crystal nã o comeu


muito. Mas isso era provavelmente porque Reagan acabou derramando
suas tripas sobre como ela teria conhecido Evan antes, e como nada
sobre seu reencontro tinha sido uma coincidê ncia.
— Se sua mandíbula insistir em ficar na maldita mesa enquanto
estamos aqui, pelo menos me deixe colocar um guardanapo para baixo
primeiro. — Reagan disse.
Crystal abanou a cabeça, como se tentando limpá -la.
— Espera, deixa ver se eu entendi isso direito. Entã o conhecia
Evan quando você era criança, mas depois seus pais roubaram seus
pais, bem como centenas de outros, e quando suas bundas acabaram
na cadeia, Evan desapareceu? Consegui entender?
— Isso seria sobre a essê ncia disso.
— Foda-se. Espera, disse que Troy foi vê -lo? O que diabos
aconteceu? E como Evan nã o foi parar no hospital?
— Troy sempre foi um amante, nã o um lutador. Ele era o melhor
amigo do Evan, entã o eu acho que ele estava curioso para vê -lo
novamente.
— Estou oficialmente sem palavras.
— Que seria a primeira vez. — Disse Reagan com uma risada.
— Okey, entã o... o que diabos acontece agora?
— Essa é a pergunta de um milhã o de dó lares. Nã o faço porra
ideia. Crystal mastigava olhando fundo em seus pensamentos.
— Talvez você pudesse brincar com ele um pouco.
— Acho que fizemos o suficiente hoje.
— Nã o, nã o digo na cama. Ou em salas de conferê ncia. — Disse
Crystal. — O ameace. Mostre a ele a fodona, a mulher confiante que ele
nã o consegue ficar longe.
— Sim, okey, mas e quanto a parte de sentimentos?
— Seu ou dele?
Reagan franziu os lá bios e inclinou a cabeça para o lado.
— Sé rio?
— Sim, realmente. O que quer com isso? Nunca foi um tipo de
relacionamento desde que te conheço, mas tenho a sensaçã o que esse
cara é diferente, nã o importa o tipo de merda que fez. Ou possivelmente
nã o fez, por assim dizer. Entã o eu acho que a pergunta é , você está
disposta a lavar as mã os para sempre, ou você quer ter esse cara de
joelhos implorando para ficar com ele?
— Ele é bom de joelhos... — Reagan disse. Eu sou muito louca por
querer dar outra dose? Provavelmente. Definitivamente.
— Nã o que seja difícil para ele, embora. Você nã o disse que ele fez
algum tipo de mensagens escondidas ou algo assim?
— Mhmm. Em copos de café. Espera! — Ela disse, uma ideia
formando em sua cabeça. Sim, isso é perfeito.
Crystal deu um aceno de aprovaçã o.
— Eu acho que você entendeu. Vá se divertir com ele. E se surgir
uma oportunidade para mais....
Com um sorriso, Reagan entregou seu cartã o de cré dito para o
garçom e sentou-se de volta contra o estande, sentindo uma sensaçã o
de excitaçã o e apreensã o. Talvez as coisas tivessem ficado seriamente
demais. Talvez ela tivesse se apegado demais. Essa parte nã o estava
indo embora, mas era hora de lembrar a parte dela e o relacionamento
de Evan que ela amava. O lado divertido, provocador e despreocupado
que a lembrava do jeito que tinham sido uma vez, há muito tempo.
E entã o ela sentiu. Seu olhar.
Atravessando o estande, ela observou a sala até seus olhos
castanhos e familiares encontrarem com os dela. Ele estava parado na
estaçã o da anfitriã com Bill, uma das sobrancelhas levantadas em
surpresa.
Meu Deus!
— O que está errado? — Crystal perguntou quando bateu em uma
volta até à cabine.
Temendo o inevitá vel confronto com Evan e Crystal, ela gemeu,
querendo bater sua cabeça contra a mesa. Quais eram as chances que
eles teriam todos indo almoçar no mesmo lugar? Quanto a Evan, ele
parecia ter algum tipo de dispositivo de rastreamento, porque estava em
toda parte.
— Foda-se! — Ela disse. — Por favor, promete nã o fazer uma cena.
— Por que eu faria uma cena?
— Promete.
— O que diabos eu estou prometendo?
Crystal se inclinou para fora da cabine e olhou na direçã o da porta
da frente.
— Oh, lá é o Bill. Por que eu faria uma cena sobre... — ela parou
quando a mandíbula dela caiu novamente sobre a mesa. — Oh Santo
Deus! Quem está com ele?
Quando Reagan nã o disse nada, preferindo esconder o rosto nas
mã os dela, Cryistal bateu na mesa com a palma da mã o e gritou:
— Esse nã o é quem eu acho que é . Por favor, por favor, diga que
nã o é Sr. alto, sombrio e bonito.
— Pode ser. — Disse Reagan humildemente.
— Uau!! — Os olhos de Crystal ficaram amplos e ainda olhava na
direçã o de Evan. — Agora tudo faz sentido.

***
Toda a viagem no tá xi, Evan tinha tentado obter Reagan fora de
sua mente. Bill tinha sido uma boa distraçã o, falando com ele sobre
tudo, sobre como o tempo frio faz sua perna doer, e
surpreendentemente, sua mã e.
Ele sempre se esquece que Bill tinha trabalhado com seus pais
naquela é poca, embora isso nã o fosse um choque. Tudo a ver com seus
pais, ele tendia a bloquear fora de sua mente para fins de auto-
preservaçã o. Mas quando Bill tinha lhe perguntado como estava sua
mã e, de um modo impensado, Evan quase se sentiu envergonhado por
ele nã o ser capaz de responder.
Deus, nã o havia nenhum motivo pelo qual ele devesse sentir nada
pelos dois que tinham arruinado a sua infâ ncia. Mas o sorriso que
passou pela boca de Bill fez Evan pensar por um momento, que talvez a
mulher que seu chefe se lembrava ainda estivesse em algum lugar
naquela prisã o.
Talvez eu devesse ir lá vê -la, ele pensou quando seguiu Bill atravé s
das portas do Diablos e parou na estaçã o da anfitriã .
Ele observou o restaurante tentando encontrar a anfitriã e quando
seus olhos foram sobre as mesas movimentadas, ele pegou o vislumbre
de uma morena agora familiar, cujo os olhos castanhos escuros tinham
tentado esquecer desde que havia visto-os cuspindo fogo para ele.
Está brincando comigo, pensou quando Reagan maldita Spencer
olhou para ele. Aparentemente o universo tinha um sentido de humor
distorcido quando se tratava de sua vida, porque nã o importa o quã o
duro ele tente orientá -la em uma direçã o, sempre acabava o desviando
para a villa-de merda-do-Evan.
— Boa tarde Senhores! — Uma ruiva alegre os cumprimentou.
Evan arrancou seus olhos longe de Reagan quando ela parecia
obter sua pró pria sacudida de cabeça, e entã o ele se virou para Bill, que
claro, nã o era o mais sá bio.
— Olá , minha jovem! — Bill cumprimentando, jovial como sempre.
— Sã o só você s dois hoje?
— Sim, sim, só nó s dois.
— Okey entã o, se você s me seguirem, eu os levo para os seus
lugares.
Evan a viu abocanhar um par de menus e esperava como diabo,
que ela nã o estivesse prestes a sair com eles em sua direçã o - Sim, claro
que estava - Reagan.
— Bill... — ele sussurrou sob sua respiraçã o, e quando o patrã o
olhou por cima do ombro para ele como se dissesse, o que? Evan se
encontrou preso por palavras. O que ele ia dizer? Reagan está aqui, e
não quero sentar ao lado dela, como algum tipo de garoto adolescente
estú pido.
— Nã o se preocupe. — Ele murmurou e chutou o traseiro por ser
um idiota.
Nã o, era hora de ser homem. Ele poderia fazer isto. Se Reagan
Spencer poderia sentar em um restaurante no centro movimentado
sem a porra da calcinha, entã o ele poderia muito bem caminhar por ela
como nã o se lembrasse dela enfiando a calcinha na bolsa.
Enquanto ele se aproximava da cabine, notou o segundo ocupante
na mesa de Reagan, olhando para ele com os olhos arregalados e um
choque de cachos ruivos. Ela tinha uma pitadinha de sardas no nariz
empinado, e quando ele chegou mais perto, viu os olhos dela irem em
trilha abaixo de seu rosto no peito dele, e entã o mais embaixo.
Bill estava quase na cabine quando Reagan deslizou fora de seu
assento e olhou Evan em cheio. Ele tinha que dar cré dito a ela. Com
certeza nã o recuava diante de um desafio. E esse lado mal-humorado
dela apelou a ele mais do que imaginava.
— Bill. — Ela disse, ao correr as mã os para baixo de suas coxas,
e Evan quase gemeu na lembrança de como ela estava incrível, quando
ele a tinha curvada sobre a mesa mais cedo. Cremosa, nua e...
— Evan. Quã o inesperado vê -lo aqui...
Bill veio a uma parada e um largo sorriso iluminou seu rosto.
— Reagan. Bem, bem, isso é uma coincidê ncia. De todos os lugares
em uma cidade tã o grande como esta, nó s escolhemos o mesmo.
Ela sorriu para os dois, mas quando os olhos dela se demoraram
nele, Evan jurou que uma faísca travessa penetrou neles.
— É , nã o é ? Mas isto parece acontecer muito comigo e Evan.
Bill riu.
— É?
— Sim. — Reagan respondeu. — Nó s podemos chegar em momentos
diferentes, mas geralmente acabamos no mesmo lugar.
Evan sentiu o pau dele reagir à s palavras de Reagan, como se ela
fosse passar a língua por cima.
Que tipo de jogo está jogando?
— Bem, eu tenho que admitir que a decisã o de hoje foi apenas
minha. Eu tive um desejo para alguns queijos.
Reagan riu, mas Evan ouviu a tensã o por trá s disso. Ela pode tentar
projetar a Miss Legal e Calma, mas estava claro para ele que ela nã o era
nada disso. O que provocou o diabo dentro dele para sair e brincar.
Ele olhou para baixo para a amiga de Reagan, que estava mordendo
o lá bio inferior, como se tentasse manter a boca fechada, e Evan queria
saber quanto ela sabia sobre ele. Porque era ó bvio que ela sabia de algo.
— Gostaria de se juntar a nó s para o almoço, Reagan?
Ele perguntou, voltando seus olhos para ela.
Sua amiga perdeu entã o a risada que ela tinha tentado esconder, e
se transformou em uma tosse em vez disso. Oh Yeah, ela sabe tudo.
— Eu adoraria ficar.
Crystal começou, mas um brilho rá pido de Reagan para calá -la
bem rá pido.
Reagan se virou e sorriu para Bill.
— Na verdade acabamos de terminar e eu tenho que voltar ao
trabalho. Entã o, aproveitem.
— Isso é uma vergonha. — Disse Evan, piscando para Crystal. A
sobrancelha dela se levantou e ela balançou a cabeça antes de deslizar
para fora da cabine.
— É uma pena. — Ela disse a ele quando se levantou. Entã o ela
estendeu a mã o.
— Crystal Smith.
— Evan James.
Ela tinha um aperto firme, e era imediatamente ó bvio que Reagan
se cercava de mulheres tã o obstinadas como ela. Sem dú vida, elas
tinham conversado bastante por agora, se a alegria nos olhos dela
fosse qualquer indicaçã o.
Quando ele a soltou, Reagan envolveu seu braço atravé s do de
Crystal.
— Vejo você no escritó rio. — Ela disse e se afastou com a amiga
antes que a mulher pudesse dizer mais nada.
Algo incriminador, aposto.
Quando Bill deslizou em uma cabine vazia, Evan tomou um assento
do outro lado. Assim quando eles pegaram seus menus, um alto "filho
da puta doce!" se ouvia desde a entrada da frente. Evan se inclinou para
fora para ver o que era a comoçã o, só para notar Reagan empurrando
sua amiga para fora da porta.
Com uma risada, Bill balançou a cabeça com os olhos no menu.
— Você sabe como fazer uma primeira impressã o, filho.
Evan olhava o menu e sentiu que seus lá bios se contorcerem. Sim,
e talvez, se ele estivesse sendo honesto, alguma parte dele estava
esperando para fazer uma permanente com a Sra. Spencer.
Capítulo Vinte e Cinco

~ Terxa-feira ~

Reagan sorriu para si mesma na manhã seguinte, enquanto ela


esperou no elevador, equilibrando uma bandeja de xícaras de café na
mã o. Ela decidiu seguir o conselho de Crystal e clarear um pouco as
coisas. Entã o ela tinha caído por um cara que já conhecia. Grande coisa.
E entã o ele lhe deu orgasmos que destruiriam a Terra. Assim como o
seu vibrador. À s vezes.
Decidindo por uma tré gua, ela parou no Starbucks e se certificou
de que ela tivesse seu marcador permanente à mã o. O qual foi o motivo
para o sorriso dela.
Quando as portas do elevador se abriram, ela acenou para Amy e
foi direto para o escritó rio do Evan. A luz já estava acesa, e ela olhou ao
virar da esquina. Ela se encostou na parede e o observou
silenciosamente. Ele estava sentado em sua mesa com o telefone de
trabalho ao seu ouvido e anotando alguma coisa em um caderno. O
casaco dele já estava fora, as mangas de sua camisa estavam a meio
caminho de seus antebraços bronzeados e musculosos.
Apenas outro corpo. Pensou Reagan. Apenas outro ser humano
extremamente lindo. Nada de especial lá .
Evan desligou o telefone e jogou sua caneta sobre a mesa.
— Posso ajudá -la, Reagan? — Ele perguntou, girando em sua
cadeira para enfrentá -la, seus olhos encontrando com os dela.
— Como sabia que eu estava aqui? — Ela perguntou quando se
empurrou para longe da parede e entrou em seu escritó rio. Os quadris
dela podem estar balançando mais que o normal, mas isso nã o era de
propó sito. Cerrrto.
— Eu sempre posso sentir seus olhos em mim.
Reagan levantou uma sobrancelha e tentou nã o ler muito sobre
isso.
— Isso e seu cheiro.
Ele se recostou na cadeira e colocou as mã os atrá s da cabeça antes
de piscar o olho para ela.
Ela parou em seu caminho...
— Pelo cheiro, espero que queria dizer este delicioso café que
trouxe.
— Oh, é isso para mim?
Evan chegou do outro lado da mesa para a bandeja de café , mas
Reagan levou a bandeja para fora no alto.
— Pensando bem, Amy parecia um pouco com sede esta manhã .
Quando ela se virou contra seu calcanhar para deixar a sala, Evan
disse:
— Eu quis dizer como um elogio, você sabe...Você cheira sempre
muito deliciosa. — Quando ela girou para enfrentá -lo, se inclinou para
a frente e disse num sussurro conspirató rio: — Realmente deveria parar
de usar isso. Poderia atrair atençã o indesejada...
— Tã o doce por estar preocupada com meu bem-estar.
— Eu nã o estava. Eu estava preocupada com o meu.
Filho da puta encantador. Fora! Saia agora...
Reagan colocou a xícara fumegante de café em sua mesa.
— Tenha um bom dia, Sr. James.
Quando ela saiu do escritó rio, nã o parava de balançar seus
malditos quadris novamente. Ela iria culpar o ajuste apertado da saia
lá pis que usava, mas realmente, foi porque seus olhos estavam nela.
Ela podia senti-los.

***

Evan nã o pô de arrancar os olhos da bunda empinada de Reagan


enquanto ela saía de seu escritó rio. Caramba, ela tem um traseiro
espetacular.
E ele sabia disso. Tinha visto ela curvada e nua em mais de uma
ocasiã o. Mas esta manhã ele nã o podia se ajudar, mas achou que o
balanço dos quadris de Reagan e o café que ela tinha depositado em sua
mesa, teve um significado muito mais do que um olá de manhã
cotidiano.
Era como se ela estivesse pedido uma tré gua. Agitando uma
bandeira branca e dizendo que tudo estava bem entre eles apó s o
incidente de sala de conferê ncia, para nã o mencionar a tempestade que
levaram a isso. Ela parecia disposta a largar o que tinha acontecido
entre eles e se pudesse ser madura o suficiente para nã o guardar
rancor, ele també m podia.
Levantando o copo à boca, ele sentou na cadeira e tomou um gole
com cuidado. O gosto amargo do café mais escuro possível bateu na
língua dele. Perfeiçã o. Quando ele colocou a xícara de café para baixo
sobre a mesa, o papelã o-de-segurar escorregou para o fundo do copo. E
lá , em um marcador permanente em negrito tinham algumas palavras.

Aproveite a cafeína matinal.


Um café preto, por um coração preto
Reagan

A Boca de Evan caiu aberta na mensagem espertinha e quando as


palavras e o conteú do do copo fizeram sentido, ele encontrou seus lá bios
se abrindo em um sorriso. Aquela moça é pouco sorrateira. Então ela
quer jogar esse jogo?
Bem, isso estava muito bem para ele. Afinal de contas, ele tinha
sido o ú nico a inventar isso.
Vamos lá, Sra. Spencer. Traga isso.

~ Quarta-feira ~

Evan entrou pela porta da frente do pré dio que abrigava a


Corporaçã o Kelman na manhã seguinte, com uma bandeja de café nas
mã os. Uma guarda de segurança lhe deu um sorriso quente, enquanto
segurava um lado aberto da porta para ele e ele a cumprimentou com
um bom dia e uma piscada rá pida, quando entrou no elevador. Tinha
feito questã o de chegar cedo, assim como tinha chegado nos ú ltimos
dias. Ele queria ir no escritó rio de Reagan antes da gatinha chegar.
Quando o elevador abriu, contornou a recepçã o vazia. Amy nã o
tinha chegado ainda. Ele segurou a bandeja com uma mã o e pegava a
chave do escritó rio que Bill tinha lhe dado com a outra mã o. Uma vez
que abriu, ele fez seu caminho pelo corredor e entrou diretamente no
local de trabalho imaculado da Sra. Spencer.
Ele olhou para o sofá vermelho brilhante que estava alinhado na
parede e se lembrou do primeiro dia que ela o entrevistou.
Que parecia que foi há anos, não meses. Ela tinha sido tão legal
naquele dia, revendo os fatos e números do trabalho dele como se mal o
conhecesse. Mantendo ele no comprimento do braço. Mas pouco sabia o
quão bem o conhecia, depois de tudo. Que reviravolta do destino...
Puxando fora de seu devaneio, ele cruzou seu escritó rio e colocou
um café na mesa dela e entã o escavou no bolso e puxou dois pacotes de
açú car. Ele os colocou para baixo ao lado do copo e sorriu para si mesmo
quando ele recuou.
Ah sim, Reagan, dois podem jogar este jogo.

***

— Allendale disse grandes coisas sobre você e Evan.


Bill disse de onde ele se sentou em frente a Reagan em seu
escritó rio.
Ela ergueu sua testa.
— É isso mesmo?
— Por que esta surpresa?
— Sem razã o.
Que nã o seja o eventual ó dio que tomou o lugar cinco minutos
depois que haviam deixado.
— Eles disseram que terã o uma decisã o dentro dos pró ximos dias
e vã o deixar você s saberem.
— Bom, bom. — Reagan acenou com a cabeça. — Estaremos
prontos para eles.
— Isso é o que eu gosto de ouvir. — Disse Bill.
Entã o ele mudou para a frente em sua cadeira e Reagan
interiormente gemeu. Ele sempre assumiu essa posiçã o quando estava
prestes a dizer algo sé rio. Algo sobre Evan, sem dú vida.
— Entã o, eu notei que as coisas nã o estã o tã o.... pesadas no
escritó rio esta semana. — Ele começou.
Bingo.
— Somos todos profissionais. — Ela disse — Nã o há razã o para
arrastar nossa vida pessoal para o local de trabalho, certo?
Bill inclinou a cabeça para o lado e lhe deu um olhar que dizia que
ele nã o acreditava nem por um segundo. Cara esperto.
Ela levantou as mã os.
— Tudo bem. Sem mais mentiras. As coisas ficaram bagunçadas, o
que foi minha culpa. Nã o esperava me envolver com o Evan, entã o por
isso, peço desculpas. Você nã o precisa se preocupar sobre qualquer
repetiçõ es, prometo.
— Reagan... — Bill disse e entã o balançou a cabeça. Ele ficou em
silê ncio por um longo instante antes de falar novamente — você é
como uma filha para mim, você sabe que...
— Eu sei, e é por isso que me desculpo...
— Eu nã o terminei. — Ele disse e ela apertou a boca fechada. — Eu
só quero o melhor para você . Nã o gosto de te ver triste ou com dor.
Agora, eu nã o sei os detalhes do que aconteceu entre você e o Evan e eu
nã o preciso. Conheço seu passado. Sei que há mais histó ria e sei que o
homem já sofreu mais do que a maioria das pessoas.
Reagan estreitou os olhos dela.
— O que está querendo dizer Bill?
Ele esfregou a ponta de seu nariz e suspirou.
— Você sempre foi uma faísca de uma coisa. E eu acho que...
talvez... que o ajudou... — A voz dele se apagou, e ele nã o precisava
dizer mais nada.
À sua maneira, Bill estava dando sua permissã o para tentar de
novo com Evan, se ela quisesse.
Engolindo o caroço na garganta, ela assentiu com a cabeça.
— Obrigada. — Ela disse, em quase um sussurro de voz.
Bill levantou uma mã o à boca e tossiu um pouco, se deslocando em
seu lugar. Entã o viu os pacotes de açú car fechado na mesa dela.
— Desde quando põ e açú car no seu café? — Ele perguntou,
claramente decidindo que agora era a hora de mudar de assunto.
Uma vez que Evan colocou uma xícara de café na minha mesa esta
manhã afirmando:

Hey, "Chefe" aqui está um par de açúcares extras.


Está claro que você precisa de algo doce.
Idiota.
Mas quando ela pensou em sua mensagem, ela nã o poderia ajudar
a sensaçã o vertiginosa que a acompanhava. Ele estava brincando com
ela, e se havia uma coisa que Evan James era bom é que ele estaria
brincando com você até que ganhasse. E ela tinha que admitir, nã o se
importava com quem vencesse quando se tratava dele.

~Quinta-feira~

QUERIDA SRA. SPENCER,


Fiquei decepcionado ao entrar em uma zona livre de cafeína, esta
manhã. Mas no caso de você se sentir inclinada a corrigir a situação, eu
vou ter o meu pedido "habitual". Se tornando em um grande.
Evan James

Prezado Sr. James,


Meu Deus, meu Deus, não está presunçoso esta manhã? O seu
habitual? Quanto alcatrão você gosta no lugar de um café real? Talvez
posso passar e deixar o açúcar que você deixou para mim. Eles não foram
necessários, você vê, desde que sou doce, já basta. Ou talvez você tenha
esquecido e precisa ter um outro gosto...
Sra. Reagan Spencer
P.S. quanto ao tamanho do seu... café - nunca tive qualquer dúvida
;)

Querida Sra. Spencer,


Você está falando sério???
Evan James

Prezado Sr. James,


Em qual parte?
Sra. Reagan Spencer

Nã o foi nem cinco segundos depois dela clicar em enviar, seu


telefone tocou e ela se recostou na cadeira e cruzou uma perna sobre a
outra. Ela teve um pressentimento do que estava prestes a vir poderia
fazê -la... se contorcer.
Ela pegou o receptor, e assim que foi para a sua orelha, seus lá bios
foram em um sorriso perverso.
— Reagan aqui.
— Eu apreciaria muito se você parasse de enviar tais e-mails
inadequados.
A voz de Evan parecia tensa atravé s do telefone e ela mudou a mã o
até colocar seus dedos sobre suas pé rolas só para notar... Foda-se, onde
estão elas?
Ela bateu uma acima em sua cadeira. — Merda!
— Exatamente! — Evan disse atravé s do telefone.
— Nã o, nã o... — Ela disse, um pouco frené tica quando olhou para
o chã o, tendo esquecido completamente de flertar com Evan.
— Reagan? Qual é o problema? — Ele perguntou, se sentindo em
pâ nico, agora que a linha tinha ido em silê ncio.
— Minhas pé rolas. Perdi minhas malditas pérolas. — Ela disse, a
respiraçã o vinda um pouco mais acelerada, quando se abaixou para
olhar debaixo da mesa. Quando um riso baixo de Evan veio atravé s do
telefone, quase cedeu à vontade de bater o telefone novamente no
suporte. Ela nã o precisava dele rindo dela. Isto era muito sé rio. Sua mã e
lhe tinha dado aquele colar.
— Reagan?
— Hmm... — Ela disse distraidamente.
— Suas pé rolas. Estã o na minha mesinha de cabeceira na minha
casa.
Espera... o que?
Ela se sentou na cadeira e arrancou o cabelo na testa.
— O que quer dizer que elas estã o em sua casa?
Ele riu atravé s da linha e entã o lhe disse com uma voz que
praticamente reacendeu o calor entre as coxas dela.
— Caíram fora do seu pescoço quando transei com você sobre a
mesa na sala de conferê ncia.
Sua boca caiu aberta e a boceta palpitava... Bem, caramba. Eu
perguntei.
— Ah e Reagan...
Ela engoliu e fechou os olhos para a carícia de seda de sua voz.
— Sim.
— Se você quiser, pode vir pegá -las.
Enquanto o telefone ficou mudo, ela olhou para ele e teve dois
pensamentos.
Um, Evan James era um problema com um P maiú sculo.
E dois, nã o havia nada no planeta que iria impedi-la de ir e pegar
suas pé rolas de volta.
Capítulo Vinte e Seis

Reagan o tinha seguido até a sua casa. Evan sorriu para si mesmo,
por ela vir ao seu territó rio por um colar. Oh, que ele estava brincando.
Ele tinha tomado essa porcaria de propó sito, na esperança dela se
aproximar, e parecia que o plano tinha funcionado. Bem, talvez nã o tã o
bem como ele gostaria. Sua bunda teimosa estava ainda no saguã o, se
recusando a subir para o apartamento dele. Ele nã o planejou entregar
a mã o, poré m, entã o, ela acabaria por fazer aquele passeio de elevador.
E enquanto ele esperava, se fez confortá vel.
Apó s se livrar de sua jaqueta e gravata, ele agarrou uma cerveja da
geladeira. Um zumbido soou, ele foi até o interfone, tomou um gole de
sua bebida antes de responder.
— Sim?
— Nã o me diz sim. Desça aqui!
A voz irritada de Reagan o fez rir.
— Veja, isso nã o funciona assim. Você me seguiu até aqui. Seria
uma pena nã o conseguir o que quer.
— Evan...
— Suba Reagan.
— Pare de ser um pé no saco e venha até aqui.
— E qual é a palavra má gica?
— Agora!
— Resposta errada. Vou ver você segunda-feira.
— Bem, — ela disse, irritaçã o clara na voz dela — eu vou subir.
— Até entã o.
Ele soltou o botã o do intercomunicador e tomou mais um gole de
sua cerveja. Quando ele abriu a porta, um alto “Tum” soou da parede
do vizinho. Você deve estar brincando comigo. Os coelhos do sexo da
porra do vizinho tinham um incrível sincronismo.
Se Inclinando contra o batente da porta, ele esperou por Reagan
finalmente fazer sua apariçã o “bis” na casa dele. Quando ela saiu do
elevador, uma expressã o em seu rosto bonito contorceu o seu pau.
Porra, mas ele queria ela na sua cama novamente. Ou
neste corredor. Nã o importava muito o lugar.
— Tudo bem, onde estã o elas? — Reagan disse, estendendo a mã o
quando parou na frente dele.
— Criado mudo. Você se lembra do caminho.
— Nã o vou entrar.
— Isso é muito ruim.
Evan empurrou o quadro e foi para fechar a porta quando a mã o de
Reagan atirou para fora.
Com um brilho, ela marchou por ele para seu quarto.
— Você sabe, se esta é uma tentativa de me levar de volta para sua
cama. Nã o vai funcionar este ti...
Outro alto “TUMP” cortou suas palavras, seguida de gemidos de
prazer. Ela girou ao redor e levantou uma sobrancelha.
— Mú sica ambiente?
Evan entrou no quarto atrá s dela e parou ao pé da sua cama.
— Como pode ser mú sica ambiente quando você apenas me disse
que eu nã o tinha chance de...
— Oh, me foda! — Veio atravé s da parede.
—...fazer com você .
Ele viu os olhos de Reagan vagar para baixo de seu corpo, e quando
ela afundou os dentes no lá bio inferior, droga por Deus, ela nã o ia
facilitar as coisas.
Ela se afastou dele e foi ao lado da cama para pegar as pérolas do
criado mudo. Quando ela voltou em direçã o a ele com seu prê mio na
mã o, ele saiu para o lado, colocado sua cerveja no alto e bloqueou seu
caminho.
— Onde você acha que vai?
— Eu tenho o que vim buscar. Agora me deixe passar, Evan.
Ele baixou os olhos para os delicados dedos segurando o colar e
entã o balançou a cabeça.
— Nã o, eu nã o penso assim. — Ele estendeu a mã o para ela. — Me
deixe ajudar a pô r de volta. Eu odiaria que perdesse novamente.
Ela o olhou com cautela, provavelmente assumindo o pior.
Inteligente ela, realmente, mas, novamente, ningué m poderia chamar
Reagan de tola. Levantando a mã o, ela colocou o colar em sua mã o
estendida, e na boca dele surgiu um sorriso de lado.
— Vire-se. Será mais fá cil dessa maneira.
Ela nã o se mexeu no início, mas ele a viu engolir e lamber os
lá bios, como se estivesse pensando no seu pró ximo movimento.
— Nada de brincadeiras. Okey?
Evan inclinou a cabeça ligeiramente, mas nã o concordou. Em vez
disso, ele repetiu.
— Vira.

***

Reagan apertou seus dedos em punhos em seus lados, tentando


parar de tremer as mã os. Ela sabia que isso era uma má ideia. Uma
monumentalmente ruim, mas em vez de empurrar o homem sexy na
frente dela e correr para a porta, a bunda dela masoquista virou,
conforme suas instruçõ es.
Ela chupou uma respiraçã o rá pida quando sentiu Evan dar um
passo atrá s dela. O calor irradiando a fez temer por suas roupas,
pensando que se ele a tocasse, iria se desintegrar em cinzas. Entã o ele
falou:
— Sabe, a primeira vez que eu vi estas pé rolas, tive uma fantasia
de te ver nelas e nada mais.
Os braços dele apareceram na frente dela, e ela permaneceu
congelada quando as esferas minú sculas tocaram a pele de sua
clavícula. Ela manteve os olhos treinados na parede atrá s da cabeceira
da cama e tentou bloquear os gemidos da mulher do lado oposto. Mas
se ela fosse ser honesta, lhe fazia tã o quente como o homem que estava
por trá s dela, lhe provocando.
Sua boca desceu pelo seu ouvido, sua respiraçã o quente, flutuando
sobre a pele dela enquanto ele continuava a sussurrar palavras que
definiram o sangue dela a ebuliçã o febril.
— O fecho estava quebrado quando encontrei isto. Acho que ele
nã o poderia aguentar os rigores dos seus dias de trabalho, mas nã o se
preocupe. Eu consertei isso para você . É mais resistente, entã o se você
tiver que trabalhar tã o duro novamente, ele nã o deve cair.
Sua respiraçã o vinha com força, sua ereçã o pressionada contra a
bunda dela, e quando os dentes dele roçaram seu ló bulo, ela quase caiu
de joelhos. Os dedos dele seguiam sobre o fecho na nuca de seu
pescoço e entã o correram para baixo da linha de volta à sua cintura.
Abortar. Abortar, ela disse a si mesma quando seu braço forte, veio
ao seu redor. Saia agora, enquanto você ainda pode.
Mas suas pernas nã o se moviam, a voz dela nã o estava
funcionando, e quando o calcanhar de sua mã o aplicou uma pressã o
deliciosa no topo de seu monte, ela cedeu e se inclinou de volta para
ele.
A maneira como os seus dedos estavam mergulhando lentamente
para baixo entre as coxas dela, combinadas com os eró ticos barulhos
vindos da porta ao lado, tinham sua buceta latejando e sua mã o
agarrando a parte traseira de sua cabeça.
Ela empurrou os quadris de volta contra ele, balançando nos
dedos dele, enquanto a outra mã o estava em concha no peito dela. Com
um gemido, a cabeça dela caiu no seu ombro, deixando as mã os dele
assumir o seu corpo.
Isto não deveria ser tão bom. Se é errado, então por que...
Evan tocou no pescoço dela, os lá bios dele escovando a pele
sensível.
— Reagan... — Ele sussurrou.
— Hmm?
As mã os nos peitos dela e entre suas coxas, apertaram
delicadamente antes de deixar ir.
— Tenho que ir.
Os olhos de Reagan rapidamente se abriram.
— O quê ?
Quando ele nã o respondeu, ela se virou para ver se estava falando
sé rio.
Ele estava.
— Seu filho da puta! — Ela disse, o empurrando no peito.
Ele riu e lhe agarrou os pulsos.
— Venha comigo15.
— Eu acredito que é para onde está vamos indo, até que você
começar a falar.

15
Aqui de novo o trocadilho, já que “come” pode significar tanto vir como gozar em inglês, rsrs.
Quando ela lutou de seu aperto, ele a puxou contra ele e envolveu
seus braços ao redor dela.
— Estou falando sé rio. Vem comigo.
Era muito fá cil se perder em seus olhos, é muito fá cil cair em seus
braços musculosos. Havia um aperto sé rio em sua boca, e ela nã o pô de
impedir sua curiosidade.
— E aonde você vai? — Ela perguntou.
— Para um carro.
— Você apenas parou meu orgasmo para dar uma volta?
— É uma longa viagem.
— Para onde? Queens?
— Carolina do Norte.
Reagan riu, pensando que ele estava fora de si, mas quando seu
rosto permaneceu solene, ela parou.
— Você está falando sé rio?
— Sim.
— O que diabos tem na Carolina do Norte?
— Prisã o.
— Ah, claro. Você estará visitando ou fazendo check-in? — Brincou
ela.
— Minha mã e foi transferida para lá . Pensei em ser um bom filho e
me certificar de que ela nã o esteja roubando as outras presas.
Embora ele dissesse isso de uma forma alegre, ela podia ver a dor
em seus olhos. Como ele acabou com duas das pessoas mais coniventes
e egoístas do planeta como pais? Quando ela pensou sobre os muitos
domingos passados à volta da mesa da sala de jantar com sua família,
ela sentiu uma pontada de culpa. Ela só tinha de viajar para o norte
para ver os pais dela, ele tinha que visitar penitenciá rias federais para
ver os seus.
Os braços de Evan apertaram em torno dela.
— Venha comigo.
Ela se inclinou, estudando a sua expressã o.
— Eu.... nã o acho que seja uma boa ideia.
— Por que nã o?
Porque não acho que eu não poderia cair mais ainda por você.
— Nó s mataremos um ao outro.
— Possivelmente.
— Nem mesmo gosto de você
agora. Evan piscou.
— Bem, nó s dois sabemos que você é uma mentirosa.
— Jesus, se eu posso conseguir parar de falar sobre a sua
reconstituiçã o de Uma Linda Mulher 16 em uma esquina, você pode
gentilmente fechar esse buraco no seu rosto sobre minhas indiscriçõ es.
— Vê ? Isto é um progresso.
Reagan acenou com a cabeça.
— Absolutamente, positivamente, nã o vou com você .
Quando Evan levantou uma sobrancelha para ela, ela disse.
— Quero dizer isso. Eu nã o vou.
Quarenta minutos depois, ela estava na calçada fora de seu
apartamento, vendo quando Evan jogou a mala no porta-malas do
carro dele.
Bem, que merda.

16
é um filme de comédia romântica americano de 1990, ambientado em Los Angeles. A história se concentra na prostituta
de Hollywood e de pouca sorte Vivian Ward que é contratada por um rico empresário, Edward Lewis, para ser sua
acompanhante para várias funções empresariais e sociais, e sua relação em desenvolvimento ao longo da estadia de uma
semana de Vivian com ele.
Capítulo Vinte e Sete

Evan tinha se chocado como o diabo quando ele pediu a Reagan


para passar o fim de semana com ele. Nunca passou pela sua mente,
mas quando as palavras caíram de seus lá bios, se sentiu bem. Ele olhou
para ela agora, pernas cruzadas e casual no banco do passageiro de seu
Range Rover. Ela parecia perfeita, como se o carro tivesse sido
projetado com ela em mente. Um bocejo escapou de sua boca entã o, ela
esticou os braços sobre sua cabeça, deixando-os balançar atrá s do
assento.
Ele desviou o olhar, antes que ficasse olhando por muito tempo e
tivesse que ajustar o seus jeans ou a sua camisa fina que tinha
levantado um pouco acima mostrando uma dica de seu estô mago de
marfim.
Ele també m nã o estava pensando sobre a maneira como seu
bocejo nã o era por estar acordada toda a noite debaixo dele.
Nã o, eles estavam pela primeira vez no seu melhor
comportamento.
Pena.
Depois que ele parou no apartamento de Reagan, tempo suficiente
para que ela pegasse uma bolsa de viagem rá pida, eles começaram a
longa jornada para a Carolina do Norte, parando fora de Washington,
para jantar antes de passar a noite em uma suíte com cama de casal no
Hotel Charlton. Deveria ter sido uma tortura, estando tã o perto e nã o
podendo tocar. Mas ela tinha caído no sono facilmente e ele tinha a
observado durante horas, repetindo suas conversas casuais da viagem
de carro e os argumentos sobre qual a estaçã o que ouviriam (ele a
deixaria vencer).
Foi tã o fá cil estar com ela. E mesmo que o desejo de estar dentro
dela nunca vacilasse, ele achou que isso era o suficiente. Apenas estar
ao lado de Reagan, satisfazia o desejo e definia seu corpo à vontade.
Entã o tinha realmente acabado por ser uma coisa boa, que ele
havia pedido Reagan para acompanhá -lo nesta viagem. Ele nã o tinha
visto sua mã e em um tempo e a inquietaçã o e antecipaçã o tinham
achado o seu intestino.
— Parece que é a pró xima saída. — Disse Reagan, verificando as
instruçõ es do seu celular. Apoiando-se no encosto de cabeça, ela virou
a cabeça para olhar para ele.
— Você está bem?
Como é que ela sempre vê através de mim?
— Um pouco ansioso. Entrar em uma prisã o faz isso.
— Ver sua mã e lá , vai fazer isso també m. Quer que eu vá com você ?
— Você faria isso?
Ela olhou longe dele para olhar pela janela, quase como se nã o
fosse enfrentá -lo, mas ficou fá cil de admitir.
— Eu faria por você.
Suas palavras e o tom da voz dela mudou uma emoçã o dentro dele,
que nã o tinha certeza de que ainda era capaz de ter. Esperança.
E como ele deixou seus olhos sobre suas longas ondas morena,
esperou que pudesse ser um homem digno dela.
Ele agarrou o volante e apertou o pé no acelerador quando a luz
ficou verde.
— Nã o vou fazer você passar por isso. Diabos! Nem quero passar
por isso.
Ele pegou seu olhar pelo canto do olho e ela estendeu a mã o para
pô r a mã o sobre a sua no volante.
— Okey. Desde que você saiba que a oferta ainda existe, se você
quiser me levar.
Evan virou sua mã o e, pela primeira vez em todos os seus anos
adultos, entrelaçou os dedos com outro algué m. Ele olhou para a mã o
longa e delgada dele, e se perguntou como que naquele momento, ela
era forte. Ela era a â ncora lhe segurando firme, quando se dirigia em
á guas desconhecidas.
— Muito obrigado. — Ele sussurrou atravé s do console, e nunca na
vida já quis dizer mais essas duas palavras.

***

Trinta minutos mais tarde, Reagan fechava a porta atrá s de Evan


quando ele saiu para visitar sua mã e. Ela caminhou até o frigobar e o
abriu, querendo saber se havia algo dentro e que ela estaria disposta a
pagar seis dó lares apenas para se distrair do que Evan estava prestes a
fazer.
Era muito cedo para o á lcool, e sinceramente, ela nã o estava certa
que uma garrafa desse tamanho iria adiantar alguma coisa, de
qualquer forma.
Hmm, os Snickers pareciam bons, e entã o o M & M també m.
Oh inferno, por que não os dois?
Ela os agarrou fora da geladeira, se recusando a olhar para o preço
"real" e se mudou para a cama. Tirando os sapatos fora, subiu para o
centro e ligou a TV. Nada como um filme de sá bado ao meio-dia para
tirar a cabeça dessas coisas.
Quando um filme dos anos oitenta e casaco rosa pastel com
ombreiras encheram a tela, ela repensou sua ideia original e gostaria
de saber se talvez, uma soneca nã o seria a melhor opçã o. Se lançando
para baixo até que a cabeça dela estava contra o travesseiro, ela
desembrulhou a barra de chocolate e deu uma mordida.
Oh Jesus, isso é bom! Quase suficientemente bom que ela tinha
esquecido o orgasmo que Evan tinha reprimido dela. Bem, quase.
Os olhos de Reagan começaram a ficar pesado quando relaxou no
edredom e quando olhou para o ventilador de teto acima dela, pensou
em Evan estar a caminho de ver a mã e. Ela tentou convencê -lo a
descansar, mas ele disse que estava muito ligado para dormir. Isso era
compreensível. Ela estava nervosa por ele, e nem era a mã e dela. Mas
quando ela colocou o ú ltimo pedaço de chocolate em sua boca, fechou
os olhos e pensou de volta, para a primeira vez que ela já tinha visto a
senhora Rockwell. Foi um momento que mudou a sua vida.

— Jenny!
Jennifer parou de pular corda girando, quando sua mãe gritou seu
nome novamente. Ela correu para a porta de trás e escancarou a tela.
Pisando no interior, ela viu a mãe na metade do caminho para baixo nas
escadas segurando vários rolos na mão.
— Oh bem, aí está você. Você pode deixar a mãe do Rocky entrar?
Acabei de vê- la parar lá na frente, e eu estou um desastre.
Jennifer sorriu para a mãe dela e assentiu com a cabeça.
— Você não é uma bagunça. Você está linda.
— Jen, metade do cabelo está feito, e eu estou de camisola. Mas
obrigada por dizer isso. Você é uma garota doce, doce.
Quando a mãe se virou e foi para o andar de cima, Jennifer foi para
a porta da frente. Seu irmão e Rocky tinham levantado cedo para descer
ao riacho e apanhar peixes. Ela implorou para deixá-la ir com eles, mas
depois da ameaça de sapo jogado e lutas na lama que ela teria,
sabiamente na sua opinião, optou por ficar em casa.
Quando ela chegou à porta da frente, olhou através do painel
estreito de vidro e viu um conversível vermelho brilhante, estacionado
em sua garagem. Ela lembrou do carro de que costumava dirigir com a
Barbie por aí. O que disse a mãe dela, que queria quando crescesse.
Pressionou seu rosto no vidro e a primeira coisa que viu foi um chapéu
preto, de abas largas, correspondentes óculos de sol, de modo que eles
praticamente cobriram metade o rosto da mulher. A porta do carro
empurrado então aberto e uma perna longa e um realmente, realmente
salto alto preto apareceu, para desaparecer quando afundou no cascalho
de sua casa. Em seguida, a mulher saiu do carro.
Os olhos de Jennifer se alargaram na mulher alta e esbelta fechando
a porta do carro atrás dela. Seus cabelos loiros foram puxados na nuca
de seu pescoço, assim o chapéu poderia ficar perfeitamente em cima de
sua cabeça. Ela tinha uma bolsa branca sobre seu antebraço direito e
estava usando um vestido preto e branco geométrico lápis. Nas mãos, ela
usava luvas brancas elegantes, e havia uma pulseira de ouro ao redor de
um de seus pulsos que estava brilhando com o sol.
A senhora era diferente de todas que Jennifer já tinha visto antes. E
naquele momento, queria crescer e ser igual a ela.
Jennifer deu um passo para trás e puxou a porta da frente aberta,
querendo dar uma olhada melhor na mulher andando em direção a
porta da frente. Ela tinha conhecido a família do Rocky, era diferente da
dela, mas ele sempre dizia o quanto gostava da sua. Ela não sabia por
que, se fosse sua mãe, porque tanto quanto ela podia dizer, era linda
como uma estrela de cinema.
— Olá, minha jovem! — Disse Sra. Rockwell, quando ela finalmente
chegou a um impasse na frente dela.
Jennifer tentou abrir a boca e dizer olá de volta. Seus pais sempre a
ensinaram a respeitar os mais velhos e ser educada. Mas quando ela
olhou para a mulher, tudo que podia fazer era olhar. A senhora estendeu
a mão, removeu seus óculos escuros e quando seus olhos castanhos
quentes pareciam sorrir para ela, Jennifer se encontrou transportada de
volta.
— Qual é seu nome?
Jennifer deu uma
risadinha.
— Jenny.
— Jenny, é? — Ela perguntou e então deu uma olhada rápida acima
e para baixo.
— Bem, acho que vou chamá-la de Jennifer. Você me parece uma
mocinha. E todas as moças inteligentes devem ter nomes fortes.
Absolutamente encantada pela mãe do Rocky, Jennifer não pensou
antes de ela deixar escapar:
— Qual é o seu nome?
— Audrey. Audrey Rockwell.
Ela se endireitou e deu uma piscadela, quando começou a tirar as
luvas.
— Lembre desse nome. Vai ser famoso um dia.
Jennifer olhou para a Sra. Rockwell, o sol descendo sobre ela,
parecendo como se estivesse sob um holofote. Tanto quanto lhe dizia
respeito, esta mulher já era uma estrela.

***

A mulher na frente de Evan, na á rea de reuniã o do centro


correcional Federal de Oxford, parecia algo muito como a mulher que
lhe criou, mas nã o havia luz por trá s dos olhos escuros desta mulher,
nem o calor de sua pele. Pá lida e cansada, seu cabelo loiro dourado,
desbotado para um cinza. Audrey Rockwell parou diante dele em um
macacã o laranja, um pouco amarrotado, os braços estendidos
hesitantes como se nã o tivesse certeza de que tipo de saudaçã o que ela
deveria oferecer.
— Oi, mã e. — Evan disse e passou à frente para envolver seus
braços ao redor dela. Quando ela retornou o abraço, a tensã o saiu do
corpo dela, e lhe deu um leve apertã o.
— Você está bem. — Ele disse quando ele puxou de volta.
— E você fala como seu pai. Um mestre mentiroso.
Ele estremeceu quando esperou por sua mã e para se sentar antes
de puxar a cadeira de plá stico do seu lado da mesa. A ú ltima coisa que
ele queria era comparaçõ es ao homem que ele iria cortar laços.
— Bem, eu nã o estou mentindo quando digo que você tem a
melhor configuraçã o do que posso ver. — Evan disse, olhando ao redor
as paredes recé m pintadas e falsos vasos de plantas nos cantos. —
Embora pareça mais como um lar de idosos do que uma prisã o.
— També m é .
A mã e dele disse quando passava suas enormes unhas na mesa.
Ela inclinou a cabeça para o lado, tufos de cabelos caíam por seu ombro
e escovava contra seu pescoço.
— O que está fazendo aqui, Evan?
— Eu pensei em pegar um carro e vir aqui te ver.
Ela assentiu com a cabeça lentamente, como se perguntando se
deveria ou nã o acreditar nele. Avaliando atravé s de seus olhos críticos
ela disse:
— Você parece muito melhor do que a ú ltima vez que te vi. Feliz,
mesmo!
— Feliz...
— Bem? Você está ?
Fazia tanto tempo que felicidade tinha sido uma opçã o, que ele
tinha se esquecido como era. Ele tinha?
— Estou tentando. — Disse ele.
— Sem dú vida trabalhar com Bill ajuda.
Sua sobrancelha arqueou, e ele se inclinou para a frente com os
braços sobre a mesa.
— Como sabia que eu estou trabalhando para o Bill?
— Eu sou sua mã e. Eu sei tudo.
— Entã o agora quem é o mestre
mentiroso? Ela riu, uma longa gargalhada.
— O que você acha que me mandou para cá ? Ser honesta?
— Como sabe sobre o Bill?
— Ele me disse.
Evan olhou para sua mã e, sua sobrancelha levantada.
— Ele disse. O que, durante seu telefonema semanal?
Quando ele começou a rir, ela disse:
— Sim, na verdade.
Seu riso parou.
— O que quer dizer Sim?
— Eu pensei que você já tinha resolvido por esta altura,
trabalhando para sua empresa. Te empregar do nada, te dando uma
segunda chance, nã o questionando a sua linhagem bastante suspeita.
Calor encheu seu rosto quando o cérebro dele se esforçou para
juntar o que ela estava dizendo.
— Você está ... você está me dizendo que teve algo a ver com tudo
isso?
— Claro que nã o.
— Mas? — Ele perguntou, sentindo que havia mais que ela nã o
estava dizendo.
Com um suspiro, ela colocou uma mecha de cabelo atrá s da orelha
e falou:
— Você deve saber que é um mundo pequeno este.
— Referindo-se ao meu trabalho, eu suponho. Nã o aos milhõ es de
pessoas que estou rodeado vivendo em Manhattan. É o seu jeito de me
dizer que você s sã o... o que, amigos? — Ele riu novamente, achando
essa explicaçã o hilariante. — Já ouvi o que seu parceiro no crime pensa
sobre Bill Kelman, entã o sim. Okey, mã e.
— Estou feliz que você acha isso divertido. — Ela disse. — Mas eu
sempre tive uma.... opiniã o diferente da do seu pai quando se trata
dele.
— O que é , uma opiniã o diferente?
— Bill e eu é ramos... pró ximos.
Os olhos do Evan se arregalaram. O que diabos ela está falando?
— O que porra pró ximo quer dizer?
A mã e dele deu de ombros, como se ela nã o estivesse abrindo uma
enorme lata de vermes.
— Se as coisas nã o tivessem ido para baixo da forma como
fizeram, a nossa vida teria sido muito diferente.
— Jesus Cristo, o que significa? E me poupe os enigmas. Nã o dirigi
nove horas para falar em círculos com você .
Mas, toda conversa de círculos foi pela janela quando ela lhe disse.
— Eu acho que talvez você deva discutir isto com o Bill.
Capítulo Vinte e Oito

A expressã o no rosto do Evan quando ele entrou no quarto de


hotel no final da tarde, nã o era a que Reagan estava esperando. Onde
ela achou que ele estaria um pouco para baixo e para fora, em vez
disso, ele era uma mistura de irritado e perplexo.
Ele se inclinou contra a porta, balançando a cabeça e
arregaçando as mangas da camisa de colarinho cinza.
Reagan levantou da cama, onde ela tinha cochilado e esfregou os
olhos.
— Aconteceu alguma coisa?
Evan entrou no quarto, correndo as mã os pelo cabelo. Ele parecia
agitado e nã o estava respondendo. Ela cruzou as pernas por baixo dela
e observou quando ele foi para o fim da cama para se sentar, de costas
para ela, uma parede firmemente no lugar.
Bem, isso é ó timo.
— Evan? — Ela tentou novamente. E ainda ele nã o respondeu.
Reagan foi até ao fim da cama e se sentou ao lado dele, seus ombros e
quadris alinhados um com o outro, e desta vez, quando disse o nome
dele, ela colocou uma mã o sobre sua coxa.
— Evan? O que aconteceu?
Ele levou uma respiraçã o tã o profunda, que ela viu seus ombros
subirem e depois descerem novamente. Ele deve estar cansado, tendo
dirigido por todo o caminho. E onde ela tinha sido capaz de se deitar e
descansar um pouco, ele tinha escolhido ir direto para ver sua mã e.
Ela estava prestes a abrir a boca e tentar de novo, quando Evan
finalmente se virou e falou:
— Só a habitual bobagem quando se trata dos meus pais.
— Fala comigo.
— Você sabia?
— Eu sei?
— Que Bill e minha mã e eram pró ximos.
— Eles sã o... o que? Defina pró ximos.
Evan sacudiu a cabeça.
— Você sabe, em algum lugar no fundo da minha mente, eu
sempre me perguntei como meus avó s pagaram tudo. As escolas
privadas, o carro que eu tive quando passei no meu exame de
conduçã o. Eles nã o eram ricos e o dinheiro da família desapareceu
quando pegaram meus pais. Agora faz sentido.
— Eu nã o estou seguindo. O que isso tem a ver com o Bill?
Os olhos do Evan perfuraram atravé s dela.
— Isso é o que eu pretendo lhe perguntar.
Ele nã o tocou nela, diferente de onde ela tinha a mã o na perna
dele, mas quando ela se mudou para mais perto, ele abanou a cabeça.
— É provavelmente melhor se você nã o...
— Nã o o quê ?
Ela interrompeu, sabendo que ele estava prestes a bloqueá -la.
— Mostrar que me importo? É isso que você estava prestes a dizer?
Evan estreitou os olhos e entã o ele afastou dela.
— Algo assim. Reagan, isto... seja o que for entre nó s, nã o pode ser
o que quer que seja. Eu nã o sou o mesmo menino que eu era naquela
é poca. Estou fodido. Quero dizer, você está sentada em um maldito
quarto de hotel, esperando por mim enquanto eu visito minha mã e na
prisã o.
Ele se levantou e se afastou para a pequena janela.
— O que eles fizeram naquela é poca, para a sua família, inferno,
para todos que confiaram neles, levou seu pedá gio. Levou tudo de mim.
Eu mudei por causa deles e nunca mais pude voltar a ser quem era.
Reagan se levantou també m, pronta para de alguma forma tentar
confortá -lo, dizer que ele estava errado... Mas ele está? Eu sou louca por
pensar que poderíamos ter algo mais do que algumas transas rápidas? E
o nosso passado é demasiado complicado para descomplicar isso?
— Nã o quero o menino daquela é poca. — Ela disse e foi
lentamente em direçã o a ele. Suas costas ainda estavam na frente dela,
e ela se perguntava se era corajosa o suficiente para realmente expor
seus sentimentos para ele ver. Mas se ela pelo menos nã o tentasse, em
seguida, como saberia? Quando Reagan estava atrá s de Evan, com
umas ú nicas polegadas de sobra, ela colocou a palma da mã o nas costas
dele e sussurrou:
— Eu quero o homem que está aqui agora.
— Reagan...
— Diga-me que você nã o pensou em mim.
Um longo silê ncio se passou antes dele falar:
— Nã o menti para você , e eu nã o vou. Agora nã o. E nem nunca.
Reagan recebeu essa mensagem alta e clara. Ele estava dizendo a
ela, que ele nã o tinha tocado ningué m desde a noite em que tinha
estado com ela.
Ela descansou a cabeça dela nos seus ombros e convocou cada
grama de coragem que tinha, para dizer as palavras que ela havia
mantido trancada longe, atrá s de uma parede de autopreservaçã o e
orgulho.
— Por favor, — ela disse, fechando os olhos dela. — por favor, nã o
me afaste.
O há lito dele tremeu na bochecha dela. Foi a ú nica resposta que
ele deu, e quando ela pô s os braços ao redor de sua cintura, sua mã o
agarrou a dela, como se ele fosse fazer exatamente o que lhe pediu
para nã o fazer, afastá -la.
Mas entã o ele suspirou e se virou para encará -la. Seus dedos
seguindo ao lado do rosto dela, e ela se inclinou de volta.
— O que é que você vê ... — ele disse, ecoando as palavras que
tinha falado antes, quando ela tinha olhado-o atravé s da lente da
câ mera.
Ela estendeu a mã o e entrelaçou seus dedos com os dele antes de
beijar suavemente as pontas. Ele olhou para ela com fome em seus
olhos, mas havia outra coisa lá també m. Algo que deveria tê -la
assustado, mas ao invé s disso, tinha o gostinho de quero mais.
Com as mã os, embalando o rosto dela, sempre tã o lentamente pô s
os seus lá bios para encontrarem com os de Reagan. Era suave, sensual,
e quando suas bocas se encontraram, Reagan jurou que seus joelhos
quase cederam. Ela nunca tinha visto esse lado do Evan antes.
Normalmente, quando estavam juntos era rá pido, apaixonado e cheio
de fogo. Mas quando sua língua deslizou entre os lá bios dela e esfregou
contra, ela gemeu na carícia sedutora.
Reagan trouxe suas mã os entrelaçadas, para baixo ao lado dela, e
quando ela soltou os dedos, ele envolveu um braço em volta de sua
cintura, trazendo seu corpo para perto do dele.
— Deus, Reagan... — Ele sussurrou, quando levantou a cabeça
para olhar para baixo, para ela. — Eu preciso de...
Quando ele parou, ela balançou a cabeça e pediu lhe para
continuar.
— O que precisa?
Ele lambeu seu lá bio inferior, e percebeu que estava tentando
decidir o que dizer... Entã o Evan abaixou a cabeça, pressionou um beijo
na orelha dela e disse:
— Ser o homem que você vê , quando me olha, como está agora...
Reagan virou a cabeça e quando seus olhos se encontraram, ela
perguntou:
— E quem seria esse?
— O homem que merece o seu coraçã o.

***

Os lá bios de Evan capturaram os de Reagan, antes que ela


pudesse responder, e quando as mã os dela subiram para cercar seu
pescoço, os seus seios pressionaram contra o seu peito. Ele correu as
mã os pelas laterais e para a sua bunda, e quando apertou e a içou do
chã o, ela embrulhou as pernas na cintura dele.
Os dedos dela passaram pelo seu cabelo na parte de trá s do
pescoço, e quando ela se aprofundou no beijo, nã o pô de evitar o
gemido que escapou de sua garganta.
Foda-se, ela é um doce. Seu gosto, seu cheiro e, acima de tudo, o
coraçã o dela.
Ele virou e a abaixou para a cama e quando seus cachos marrons
espalharam ao seu redor, pensou que ela nunca pareceu mais bonita
do que fazia naquele momento. Ela sorriu e lentamente abriu as
pernas. Entã o, entortou seu dedo para Evan, e o convite era mais do
que ele podia resistir.
Ele entrou entre as coxas dela e colocou um joelho no colchã o.
Entã o ele desceu sobre ela para colocar as palmas das mã os por ambos
os lados da sua cabeça.
— Me beije. — Ela disse e sua boca curvou em um sorriso para
combinar com a dela.
— Qual é a palavra má gica?
Os olhos dela seguravam um brilho travesso quando ele foi para os
seus lá bios antes de subir de volta.
— Agora?
Ele sorriu e deu a seus lá bios um beijo rá pido e disse contra eles.
— Vê , à s vezes suas respostas atrevidas sã o perfeitas.
— Ah sim?
Ele perdia sua língua ao longo de seu lá bio inferior, entã o
respondeu.
— Oh sim!
Evan mergulhou a língua entre os lá bios dela, incapazes de se
impedir da degustaçã o. Uma coisa que eles sempre pareciam ignorar
quando corriam para a linha de chegada, era essa parte. O encontro de
bocas, a mistura de ar e quando ela suspirou e o som à deriva entre
eles, ele pensou, o prazer mú tuo de saborear o outro.
As mã os de Reagan vieram até tocar seus lados, e quando elas
alisaram sua bunda, ele pousou seus quadris para baixo, esfregando
sua ereçã o contra o jeans que ela usava. Os dedos de Reagan puxaram
para baixo e quando ela arqueou para ele, Evan levantou seus lá bios
dos dela.
Os olhos dela estavam dilatados quando os abriu e se
concentraram nos dele e seus lá bios estavam vermelho rubi de seus
beijos. Quando mordeu o lá bio inferior exuberante e perdia seus dedos
pró ximo ao botã o da calça jeans, ele levantou seus quadris em um
esforço para ajudá -la. Ela fez um trabalho rá pido com o botã o e o zíper
antes de abaixar sua calça jeans e cueca boxer, passado por seus
quadris. Ele puxou sua carteira do bolso de trá s e pegou uma
camisinha, em seguida, jogou o pacote em cima da cama e removeu a
roupa que Reagan estava tentando se livrar. Ajoelhado entre suas
coxas, ele começou a desabotoar a camisa dele, quando as mã os dela
foram para a frente de seus jeans. Ele assistiu o botã o abrir e
descompactar lentamente, e entã o ela escovou os dedos sobre a
calcinha rosa que usava por baixo. Quando a mã o de Reagan
desapareceu dentro de suas calça jeans, um rosnado baixo escapou de
sua garganta e ela sorriu antes de puxar a mã o de volta para fora.
Entã o ela sentou e removeu a camisa, deixando o decote amplo de um
sutiã cor de rosa, que deu á gua na boca. Ela moveu as mã os longe de
sua camisa e assumiu o despir, subindo em seus joelhos, entã o eles
estavam nariz a nariz.
Quando ela se inclinou para mais perto e mordeu seu ló bulo, ele
gemeu.
— Reagan...
Suas mã os deslizaram para baixo da cintura dela, empurrando seu
jeans e calcinha para baixo, quando eles continuaram sua trilha por
seus corpos. Depois de ter empurrado a camisa e jogado no chã o, ele
fez
o mesmo com as roupas que cobriam a metade inferior de sua bela
figura. Ela pegou seus lá bios novamente quando se ajoelhou na frente
dele, suas mã os deslizando sob as alças do sutiã antes de removê -lo
completamente. Quando ela estava nua sob suas mã os, a puxou mais
apertado contra ele, a língua explorando cada polegada de sua boca, e
foda-se, ela tinha gosto de céu. Algo que ele já tinha ouvido falar, mas
algo que nunca pensou que seria capaz de conseguir.
Ela puxou os lá bios dele escovando ligeiramente para trá s, e entã o
ela sussurrou:
— Eu quero ser o suficiente para você.
Você é, ele pensou e quando as duas palavras atravessaram sua
mente, levou seus lá bios novamente, desta vez em um beijo cheio de
emoçõ es reprimidas rodando dentro dele. Eles caíram na cama. Ela de
costas, ele se estendeu sobre ela. Depois de pegar o pacote de
camisinha ao lado deles e rasgá -lo com os dentes, se instalou entre as
coxas abertas dela e balançou contra.
Uma das mã os serpenteava por entre eles, mas ele foi mais rá pido,
tomando conta dos dois e colocando por sua cabeça para que ele
pudesse mover todo o seu corpo ao longo dela. Ela se contorcia embaixo
dele, arqueando as costas e ondulando seus quadris em um esforço para
se aproximar.
Os sons sensuais caindo fora de sua língua tentadora tinham seu
pau duro e seus braços tremendo. Nunca na vida ele tinha desejado uma
conexã o maior do que essa. Nã o só queria seus corpos para se tornarem
um, ele també m desejava a emoçã o que estava rodando no fundo dos
seus olhos. Ele precisava saber que ela tinha acabado de abrir seu
coraçã o, e que se seria grande o suficiente para aceitar e compreender
quem ele realmente era, por dentro e por fora. Mas a pergunta que ficava
viajando atravé s da sua mente era - algué m poderia aprender a amar
algué m como ele?
Reagan envolveu as pernas em volta de sua cintura, o puxando
fora de seus pensamentos, quase como se ela sentisse que ele estava
ficando preso dentro deles, e quando a ponta do pau dele roçou sua
entrada molhada, o calor dela teve-o gemendo o seu nome.
Ele nã o tinha certeza de quanto tempo iria durar, uma vez que, se
enterrasse nela. Mas o tempo de espera acabou. Ele precisava ir com
esta mulher, e ele precisava agora.

***
Reagan olhou para cima para o homem sensual, pairando sobre
ela e tentou recordar um momento mais perfeito na vida dela. Desde
que ela se lembrou, este rapaz - nã o, este homem - tinha sido uma
figura em sua mente. Ele era o amigo do irmã o dela, um fantasma do
seu passado, ou o amante provocante que atualmente estava entre as
coxas dela. Nã o importa o que tinha acontecido durante toda sua vida,
Evan tinha estado sempre em sua mente, de alguma forma ou de
outra.
Com as mã os presas pela cabeça dela e a ponta larga de sua ereçã o
raspando o clitó ris dela, a respiraçã o de Reagan ficou bem pesada.
Entã o Evan baixou a cabeça e jogou sua língua sobre a ponta do mamilo
dela e os olhos de Reagan vibraram fechados.
Ah Deus. Isso é muito bom!
Ele em seguida, raspou os dentes sobre a ponta antes de sugá -los
entre os lá bios. Seu quadril mexeu em resposta, e seus braços
esticaram contra seu aperto.
— Evan.... — Ela gritou, esperando para levá -lo a se mover em açã o.
— Você é mesmo linda! Cada polegada de você é ...
— Sua. — Ela gemeu. — Me leve.
Ele soltou um dos pulsos e varreu um fio de cabelo do rosto dela.
— Eu quero ser capaz de ver seu rosto quando estiver dentro de
você.
Sua mã o voltou a agarrá -la, e entã o ela sentiu a cabeça do pau
empurrar lentamente dentro dela. Polegada por polegada deliciosa, ele
deslizou mais profundo, até que estava a enchendo completamente.
Entã o parou, e o olhar que ele apontou para baixo, para ela, era quase
comovente. Estava cheio de choque e pavor, como se ele nunca tivesse
sentido tudo o que estava sentindo e quando Reagan levantou a cabeça
do colchã o e beijou suavemente seus lá bios, ela disse:
— Eu nunca desejei você mais do que eu faço agora.
As palavras dela pareciam acertá -lo em açã o, e ele se retirou dela,
só para empurrar para dentro outra vez.
O movimento era lento no começo, mas quando ela se curvou para
fora da cama para atender a cada um dos seus movimentos, Evan
pegou o ritmo. O peito dele roçou seus mamilos sensíveis quando ele
rolava os quadris sobre os dela, entrando em sua boceta apertada e
latejante. Seu osso pé lvico esfregado sobre o monte e ela nã o poderia
se ajudar, mas pressionou com mais força contra ela, tentando alcançar
esse lançamento indescritível.
— Solta minhas mã os.
Ela implorou, e, surpreendentemente, ele a libertou. Ela as trouxe
até a bunda dele, e entã o ela realmente começou a usar seu corpo para
o prazer dela pró pria. Quando o pau dele deslizava dentro e fora dela, o
clitó ris pressionado contra ele, sabendo que com duas estocadas mais
na posiçã o certa e...
— Ah, foda-se, ali mesmo. Sim, Sim... nã o pare.
Os dedos de Evan agarram o cabelo de Reagan, quando seus
quadris se levantaram, e seu pau foi mais profundo e mais duro com
seus gritos. Seus á pices estavam tã o perto, perseguindo um ao outro
quando uma gota de suor se formou em seu corpo e quando seus olhos
se aprisionaram juntos e ela explodiu em torno de seu eixo grosso.
Evan jogou a cabeça de volta, as veias de seu pescoço esticaram contra
a pele quando ele gritou o seu nome em total satisfaçã o.
Quando eles vieram para baixo, ele caiu para os cotovelos em cima
dela, o balanço de seus quadris diminuindo até parar. Evan descansou
a testa contra a dela, e quando abriu a boca para falar, o coraçã o dela
ficou gago e parou.
— Mais do que suficiente. — Ele disse em uma lufada de ar. — É
muito mais, muito mais.
Capítulo Vinte e Nove

Evan pegou seu MetroCard e empurrando atravé s da catraca,


navegando atravé s da multidã o de passageiros correndo pelo labirinto
subterrâ neo. Seu corpo estava exausto do fim de semana, mas sua
mente estava correndo a uma milha por minuto. E na vanguarda de
seus pensamentos, estava Reagan.
Ele sentia a falta dela, embora tivesse a deixado no apartamento
dela só a meia hora, com promessas de voltar depois que ele tomasse
conta de uma questã o pessoal.
Embora isso nã o fosse falado em voz alta, as paredes entre eles
estavam quebradas, o vínculo entre eles se solidificou em algo mais. Ele
sentiu... sentiu em seu intestino, sabia em seu coraçã o. Ele estava feito.
Esfregando a testa, ele bocejou e se adiantou quando o trem C
diminuiu para uma parada e em seguida, tomou um lugar dentro,
ficando em pé contra as portas opostas.
Reagan porra Spencer. A bomba que tinha assumido o seu cé rebro
nestes ú ltimos meses, a que ele tinha feito de tudo, e ele quis dizer
tudo, para conseguir uma liberaçã o de merda da mulher ardente,
independente, que nã o tinha relaçõ es ou segundos encontros, ou fins
de semana fora com um membro do sexo oposto. E ela era louca por
ele. Queria segurar a mã o dele, enquanto ele dirigia as nove horas de
volta para Manhattan. Queria que ele ficasse em sua cama esta noite.
Estava disposta a tentar com ele, mesmo sabendo cada um de seus
defeitos.
Ele nã o ia reclamar, mas quis saber se talvez ela tivesse perdido o
juízo.
O pensamento o teve sorrindo, e quando ele olhou para cima,
pegou seu reflexo na janela. Tinha uma diferença tã o marcante desde a
ú ltima vez que se lembrou de ver o que ele se tornou atravé s do vidro
sujo de um vagã o do metrô . Ele era realmente o homem olhando para
ele? Aquele que sorri, com um ó timo trabalho, dinheiro no banco e uma
mulher incrível que queria estar ao seu lado? Porra, mas ele queria ser.
Ele esperava que fosse.
O homem quebrado à procura de uma foda rá pida em um beco, era
algué m que ele nã o reconhecia neste reflexo, mas o assustava que
ainda estivesse lá dentro em algum lugar, à espreita no fundo, pronto
para atacar e assumir em qualquer momento.
Foda-se. Um dia de cada vez. Terei um dia de cada vez.
Mas havia algo mais em mente. Ou algum mais, em vez disso.
Havia perguntas que ele nã o conseguia tirar da cabeça e só uma
pessoa poderia respondê -las.
Quando ele alcançou a sua parada, saiu do trem e subiu nas
escadas que leva acima do solo, dois de cada vez. Ele nunca tinha ido
especificamente para este destino, mas estava bastante familiarizado
com a á rea. Esta parte do Brooklyn parecia com os subú rbios, em
comparaçã o com o seu bairro. Era tranquilo aqui. Sobrados arrumados,
com vasos de plantas pelas escadas.
Ele puxou o papel que Reagan tinha escrito o endereço e o nú mero
da casa antes de subir as escadas para o nú mero 1437.
Tomando uma respiraçã o profunda, ele bateu duas vezes e entã o
esperou. Uma inesperada corrida dos nervos atirou atravé s de seu
estô mago.
E quando a porta se abriu, ele ficou cara a cara com o homem que
sabia muito mais sobre ele do que já tinha esperado.
Bill lhe deu um sorriso quente, quando ele abriu a porta da frente.
— Eu pensei que poderia ouvir de você .
— Eu tenho perguntas.
— Entã o queira entrar. — Disse Bill, segurando a porta aberta. —
Eu tenho respostas.

***

Reagan ficou no fundo da escada ampla que levou a um sobrado


mais maravilhosamente restaurado da rua, e olhou para o rio Hudson.
Ela esteve aqui antes. Bem, nã o aqui exatamente, mas ela tinha ficado
do lado oposto da rua, quando viu Evan sair do edifício uma vez antes.
Era lindo e um pouco intimidante, a forma como ele se elevava
acima em direçã o ao cé u. As videiras emaranhadas de heras, seguiam
até o corrimã o da escada, e enquanto ela segurava a alça da bolsa,
respirou bem fundo. Reagan se lembrou que ela estava lá por um bom
motivo. Ela nã o estava sendo intrometida, nem estava sendo invasiva,
na opiniã o dela.
Ela estava lá para se certificar de que o homem por quem tinha
caído no amor, nã o iria quebrar seu coraçã o.
Mas como realista isto é? Posso realmente esperar que o terapeuta
de Evan fale comigo? E se assim for, ele me dirá o que eu quero ouvir?
Estes foram os pensamentos que tinham corrido pela sua cabeça,
na volta da Carolina do Norte.
Seu fim de semana fora com Evan tinha sido esclarecedor.
Esclarecedor e que mudou sua vida. Ela tinha passado de uma
mulher que levava as coisas com calma até chegar em um
relacionamento "mais amigá vel", mas com Evan ela tinha caído de
cabeça sobre os saltos.
Evan James estava em sua alma. Ela tinha tentado em vã o empurrá -
lo de lado, esquecer sobre ele e como a fazia sentir.
Mas depois de 18 horas presa em um carro com o homem, e as
horas que passaram rolando na cama do hotel juntos, nã o adiantou. Ele
sempre estava lá , entranhado. Cada parte dele puxava o coraçã o dela: o
homem angustiado ao longo de sua infâ ncia perdida, o lado escuro,
desesperado que ele tentava esmagar para baixo, e o profissional
encantador que ele era, tudo chamava algo dentro dela.
Algo proibido, que a fazia se sentir tã o carente, como ele sempre
era, quando eles se tocavam.
Ela amava este homem. Quebrado, danificado e ferrado como ele
poderia ser. Ela o amava. E era por isso que ela estava aqui.
Fazendo o seu caminho até as escadas, engoliu o caroço do medo,
que ela podia sentir na garganta e tocou a campainha.
Ela se afastou da grande porta dupla e olhou para o outro lado,
para o lugar da rua onde Evan tinha enganado ela a ir a encontros com
ele. Essa foi a noite que ela tinha visto sob sua escuridã o pela primeira
vez. Ele tinha sido divertido, despreocupado e ainda conseguiu ficar por
cima dela, o que raramente acontecia. Seu encanto juvenil tinha
reaparecido naquela noite, e ela tinha sido impotente contra ele.
O som de uma maçaneta de porta sendo destrancada teve sua
fiaçã o de volta, ao ver um homem em seu início dos anos cinquenta em
pé na soleira da porta aberta. Ele estava vestindo calça casual de cor
clara e uma malha fina preta e seu cabelo escuro estava salpicado com
manchas de cinza. Ele lhe sorriu em saudaçã o, e o calor, fez Reagan
retornar automaticamente o gesto.
— Posso ajudá -la? — Ele perguntou.
Assim que as palavras saíram da boca dele, Reagan lamentou ter
ido até lá .
— Hum... sabe, eu acho que eu apertei na casa errada. — Ela correu
para fora e indo para baixo das escadas.
— Espere... senhorita, só um segundo.
Ela lentamente se voltou para enfrentar o homem no topo da
escada, se sentindo uma idiota.
— Eu te conheço? — Ele perguntou.
— Nã o. Nã o, você nã o me conhece.
— Posso perguntar seu nome?
Reagan hesitou, pensando o quanto ele sabia. Evan tinha
mencionado ela? Estava quase certa que ele tinha. Sim, esta foi uma
decisão estúpida, estúpida.
A testa do homem se levantou, e ele perguntou:
— Você está bem?
Oh foda-se.
— Sim, eu sinto muito. — Ela deu um passo preliminar para a
varanda. — Eu sou Reagan Spencer, e nã o sei o que estou fazendo aqui.
Se o homem estava ciente de quem ela era, seu rosto nã o traiu
esse conhecimento.
— Claro que sabe. Por que nã o entra? Eu fiz um bule de chá quente.
— Quer dizer que você nã o serve á lcool?
— Você sabe, — ele disse — acabei de fazer essa mesma pergunta.
Quando Reagan chegou ao topo da escada, ele estendeu a mã o. —
Michael Glover.
Ela lhe deu um aperto de mã o firme.
— É bom conhecê -lo.
— E é muito bom conhecê -la, Reagan. Pode entrar.
Ele segurou a porta aberta para ela passar e entã o a levou até uma
cozinha arrumada, mais longa do que larga, e acenou para ela se sentar
em uma mesa de vidro circular.
— Creme e açú car, okey? — Ele disse, quando sacou um
ornamentado bule e xícaras correspondentes.
— Sim, obrigado. Lindo conjunto que você tem aí.
— Eles sã o da minha esposa. — Ele disse, despejando um pouco do
líquido fumegante em uma xícara para Reagan. — A roubei da
Inglaterra, mas ela nã o quis sair sem sua porcelana fina. Sem dú vida
ela vai ter um outro jogo, quando voltar da visita a sua família esta
semana. — Ele pousou o pote e tomou o assento em frente de Reagan.
— Entã o, Sra. Spencer. O que te traz por aqui?
Reagan agitou o açú car em sua xícara até que dissolveu e entã o
olhou para cima.
— Você sabe quem eu sou.
Nã o era uma pergunta. Uma declaraçã o.
Novamente, o rosto do Dr. Glover nã o deu nada.
— Por que acharia isso?
— Você nã o vai facilitar as coisas, você vai?
Ele tomou um longo gole de seu chá , e quando o colocou para
baixo, olhou para ela com expectativa.
— Claro que nã o. — Ela disse. — Bem, seu cliente, Evan James,
é ... meu amigo pessoal.
Ele nem pestanejou.
— E eu queria saber. Esperando que realmente, que você poderia...
— Poderia o quê, exatamente? O diabo que eu espero que me diga? Ela
esfregou a testa e estourou uma respiração. — Preciso que me diga que
nã o estou cometendo o maior erro da minha vida, por me apaixonar
por seu cliente.

***

Evan foi para dentro, passando por Bill e fazendo o seu caminho
pelo corredor estreito.
Bill fechou a porta atrá s dele e seguiu, enquanto Evan ocupava o
ambiente acolhedor de uma casa bem vivida.
Quando ele parou na sala de estar e avistou a barra ao lado,
imediatamente se sentiu confortá vel.
Este era o Bill.
Da poltrona bem-vestida, para a lareira com fotos de amigos e...
Espere um momento.
Evan, caminhou até a mantilha de lareira e pegou uma imagem
emoldurada. A mulher olhando para ele, era um fantasma do seu
passado. Ela certamente nã o era a mesma mulher que ele tinha visto
neste fim de semana, mas quando se virou para enfrentar o chefe dele,
Bill lhe deu um sorriso que foi preenchido com tanta alegria como com
tristeza.
— Sua mã e era uma mulher muito bonita.
Evan baixou os olhos para a imagem para ver um jovem Bill, vestido
elegantemente de terno e gravata, com sua mã e na ponta dos pé s,
beijando sua bochecha. O cabelo dela estava livre e corria atrá s dela,
como se o vento tivesse pego isso em seus dedos, e atrá s deles estava a
espetacular vista do topo do Empire State Building. A foto poderia ter
sido profissional, pelo que tã o bem foi capturada, mas de alguma forma,
Evan sabia.
— Meu pai tirou isso?
Bill caminhou ao redor da poltrona e tomou um lugar antes de
responder.
— Sim, ele tirou. Naquela é poca é ramos pró ximos. Seus pais e eu.
As sobrancelhas de Evan se levantaram, quando ele inclinou a
cabeça para o lado.
— Como pró ximos? Quer dizer, estamos falando dos anos setenta
aqui, nã o havia nenhum...
— Nã o, nã o. — Bill riu. — Nã o era assim. Pelo menos, nã o com seu
pai.
O silê ncio que se estendia entre eles era tenso e Evan passou o
dedo
para baixo.
— Ele ainda é meu pai, certo?
Ele estava quase esperançoso por um segundo, que Bill dissesse
nã o.
Sim, porque isso iria facilitar sua vida, seu retardado.
— Sim, sim. Ele definitivamente é seu pai Evan. Sua mã e e eu, só
começamos a ver um ao outro até o ú ltimo par de anos antes...
— Antes que ambos fossem levados para a prisã o? — Evan falou,
quando Bill parecia hesitante em dizer as palavras.
— Sim. Antes disso. Você vê , nó s é ramos muito pró ximos Evan, nó s
trê s. Está vamos falando sobre entrar em parceria um com o outro, mas
seu pai tinha algumas ideias que eu nã o estava a bordo.
— Como saquear seus clientes desavisados.
— Bem, nó s nã o sabíamos sobre aquelas relaçõ es até muito mais
tarde.
— Nó s? Está dizendo que a minha mã e nã o estava envolvida?
Bill estabilizou seu olhar em Evan.
— Nã o estava envolvida.
— O sistema judiciá rio discordou disso.
— Nã o seria a primeira vez que eles erraram. Nã o que ela fosse
inocente no final de tudo. Quando ela descobriu sobre os esquemas que
seu pai havia conduzido pelas nossas costas, ela tentou deixá -lo. Ela
sabia que ele era uma bomba-reló gio e ela nã o queria mais essa vida.
— Mas?
— Mas seu pai pode ser muito... convincente. Quando ele descobriu
que ela estava planejando se divorciar dele, ele fez chantagem para ela
ficar.
— E como ele fez isso?
Bill balançou a cabeça.
— Nã o é aqui nem ali, e nã o me compete dizer.
— Entã o nã o foi porque o meu pai descobriu sobre vocês dois?
— Nã o inteiramente. Embora ele nã o estivesse exatamente satisfeito
quando descobriu.
Evan esfregou os olhos com as palmas da mã o.
Bill, o simpá tico Bill, nã o era tã o inocente como ele teria
imaginado. Sua mente estava girando com as revelaçõ es, mas antes que
pudesse tentar preencher as lacunas na histó ria, Bill continuou.
— Acho que há mais algumas perguntas, que você gostaria de
respostas. Sim, eu ainda falo com sua mã e. Eu estava apaixonado por
ela, entã o, agora ainda estou apaixonado por ela. Ela tem curiosidade
sobre o seu filho, sempre teve, o que eu tenho certeza que você pode
entender. Você nã o fala muito com ela.
— Entã o você está me espionando?
— Cuidando de você seria mais como isso.
Evan zombou.
— Deixe-me adivinhar, você estava por trá s do meu primeiro
carro? As bolsas de estudo que recebi para a faculdade? Você é quem
está me salvando do fundo do poço, me dando um emprego... Obrigado.
Realmente. Obrigado por jogar dinheiro em meu caminho como uma
fada padrinho de merda, mas nunca ocorreu a você que talvez um
pouco de apoio moral seria mais ú til?
— O que eu ia fazer? Um homem estranho vem a você quando você
tem dez, querendo ser uma figura paterna para você ? Te ajudei da ú nica
maneira que sabia como. Você estava em boas mã os com seus avó s.
Suas bolsas eram por você . Diabos, este trabalho é todo seu. Você quer
culpar quaisquer problemas pessoais com algué m, e eu vou bater essa
noçã o bem baixo. Seja responsá vel por suas pró prias escolhas, Evan, e
nã o culpo o caminho que você foi criado sobre os efeitos de má s
decisõ es.
— Parece que eu nã o sou o ú nico que tem feito algumas decisõ es
muito ruins.
Bill franziu os lá bios e assentiu com a cabeça.
— E eu pago por isso todos os dias. Talvez seja hora de começar a
tomar boas decisõ es.
— Como?
— Reagan. Ela é uma das melhores decisõ es que você fez filho.
Foda-se, ele está certo quanto a isso. Parece que ele não acabou de
cuidar de mim ainda.

***

Reagan mordeu dentro de suas bochechas, enquanto ela olhava


para o outro lado da mesa do terapeuta estoico. Ele nã o disse uma
palavra nos ú ltimos cinco minutos, e ela sabia disso porque ela tinha
assistido o reló gio só por cima do ombro.
Bastardo cauteloso.
Ela levantou sua xícara de chá para os lá bios e tomou um gole,
tentando lembrar os modos que a mã e dela tinha inculcado e o fato de
que ela era uma senhora.
Caso contrá rio, ela teria jogado fora em cima da mesa, se levantado
e exigido que ele dissesse o que sabia.
Mas... ela era uma senhora. E ela ia ter à sua maneira, atravé s
desta conversa, como se caminhasse atravé s de um labirinto.
Colocando o copo de volta sobre o pires, se recostando na cadeira,
esperando pela indiferença, pois ela acumulou ideias sobre como criar
um tó pico, que ela sabia que ele nã o tinha permissã o para discutir.
— Entã o. — Ela começou, e aquela maldita sobrancelha de arco, a
travou antes que começasse. — Você é meio intimidante. Algué m já te
disse isso?
— Intimidante? — Dr. Glover disse. — Já me chamaram de muitas
coisas nesta casa, algumas nã o tã o educadas para repetir na frente de
uma dama, mas intimidante, nunca.
Ele se inclinou para o lado, abaixando sua xícara de chá e depois
esfregou seu polegar e o indicador sobre o queixo.
— Por que se sente intimidada? Você nã o é uma cliente minha.
Você pode dizer o que quiser, por favor.
Reagan resistiu ao impulso de rolar os olhos dela. Ele era
tã o...doutor. E ficou claro que ele estava acostumado a falar com seus
clientes em um círculo até que eles confessassem, admitissem, ou que
eles fizessem o que eles vieram para vê -lo.
— Olha, eu sei que você nã o pode me dizer qualquer coisa, mas
nã o quero ser... Ah, eu nã o sei, saltar fora da ponte com algué m que nã o
pode saltar comigo.
Ela parou, pensou nisso e entã o balançou a cabeça.
— Okey, nã o, isso parece errado. Nã o quero Evan... Quero dizer o
seu cliente para saltar edifícios comigo. Mas metaforicamente falando...
— Eu gosto de metá foras. — Interrompeu o doutor.
— Você ? Ah bom. Bem, hum... vamos fingir algo por um minuto,
está bem? Certamente você faz isso aqui o tempo todo.
Quando os lá bios do Dr. Glover se contorceram, Reagan queria
chutar a bunda dela pró pria. Por que tudo parecia ridículo saindo da
sua boca agora?
Porque você está nervosa. Uma nervosa tola e apaixonada.
— Digamos que você seja um veteriná rio, e eu trouxe o meu cã o
para vê -lo. Mas nunca tive um cachorro antes e eu quero saber qual a
marca de raçã o para alimentá -lo. Pergunto com o que você alimenta o
seu cã o, em vez de perguntar a você o que recomendaria, porque eu sei
que você nã o pode me dizer e mostrar o vié s. Entã o, você diria... — Ela
sabia que a expressã o no seu rosto deveria estar em algum lugar entre
esperançosa e ridícula, mas imaginou o que diabos nesta fase.
O doutor se sentou na cadeira e assentiu com a cabeça, quando ele
parecia refletir sobre a sua pergunta.
— Eu vejo. Bem, alimentaria a minha com Dog Science Diet.
— Nã o, nã o. — Reagan suspirou, acenando com a mã o no ar. —
Na verdade nã o quero dizer...
— Sra. Spencer?
Reagan se calou. Ele estava provavelmente prestes a lhe dizer para
parar de divagar sobre comida de cachorro e sair de sua casa.
— Se eu tivesse uma filha e nã o um cã o, e um certo jovem entrasse
na vida dela, e se ela quisesse a minha aprovaçã o para prosseguir, eu
lhe diria para seguir seu coraçã o, mas que usasse sua cabeça.
Reagan se sentou no banco, e sentiu como se o seu coraçã o era o
que realmente estava sob discussã o, o seu pró prio, estava prestes a
bater fora do peito.
— Entã o você acha que há esperança aqui - quer dizer, espero que,
para a sua filha?
Dr. Glover lhe deu um sorriso. Quando ela fez o mesmo, ele
estendeu a mã o para ela e ela aceitou. Os dedos dele quentes, se
envolveram em torno dela, um conforto em suas garras, e quando ele
disse.
— Há sempre esperança.
Reagan acreditou nele.
Capítulo Trinta

Seis semanas mais tarde...

— Nos vemos na pró xima semana, Evan.


Evan jogou seu copo de isopor vazio no lixo, situado no canto da
sala de reuniõ es do centro de artes de Baldwin e olhou por cima do
ombro. Carl Thomas, líder da Sex Addiction Recovery, reuniõ es que ele
participava, todas as manhã s de sá bado, deu um sorriso encorajador.
— Obrigado por compartilhar sua histó ria esta manhã . —
Continuou o homem. — É uma atitude corajosa e vai ajudar os outros
com sua luta.
— É para isso que serve, certo? Eu vou mesmo trazer os biscoitos
na pró xima semana.
Os lá bios de Evan deram um meio-sorriso, e ele acenou um adeus
antes de sair para fora da sala. Nã o teve qualquer cutucada de ningué m
por ele se comprometer a assistir à s reuniõ es semanais com seus
colegas obcecados por sexo. Embora nas ú ltimas semanas o impulso
destrutivo que ele teve ao longo do ano passado ou assim nã o estivesse
presente, ele nã o estava enganando a si mesmo que estava curado, ou
nunca seria. Mas ele estava tentando. Havia muita coisa em jogo para
ele foder as coisas - literalmente.
E quando ele empurrou a porta de saída de vidro, a razã o mais
importante entrou em modo de exibiçã o.
Vestida casualmente em calças de treino de lycra preta e um capuz
com seu longo cabelo marrom, puxado para cima em um rabo de
cavalo. Reagan era uma fodida visã o. Ela sempre foi. Sempre tirou sua
respiraçã o, sempre que ela entrava no modo de exibiçã o.
Ela estava tirando fotos com sua câ mera, a puxando de volta de
vez em quando, para ajustar uma configuraçã o. Evan olhou do outro
lado da rua para os objetos de seu foco. Um senhor mais velho estava
dando dinheiro para um vendedor de cachorro quente, ignorando o que
parecia ser os protestos da mulher ao lado dele.
— E qual é sua histó ria?
Evan perguntou enquanto ele andava em direçã o a ela, com as
mã os nos bolsos.
Reagan olhou para ele e sorriu antes de voltar a atençã o para o
outro lado da rua.
— Ele é um multimilioná rio amá vel, que nã o se veste como um e
ele anda comprando alimentos aleató rios de nova-iorquinos, para os
fornecedores que ele passa enquanto está fora.
— Parece que ele está acumulando um bom carma.
— Mhmm, ele faz.
Reagan largou a câ mera, a deixando pendurada pela alça no
pescoço dela, quando Evan envolveu seus braços ao redor de sua
cintura e se inclinou para um beijo.
— Senti sua falta. — Ele disse contra seus lá bios.
Ela riu e o empurrou.
— Uma hora inteira. Deve ter sido uma tortura.
— Foi. Estou morrendo de fome.
Reagan estreitou os olhos no seu duplo sentido.
— Nã o se atreva. Você acabou de sair de uma reuniã o e já fizemos
planos.
Ela chegou para baixo para a cesta de piquenique e o saco a seus
pé s, mas Evan foi mais rá pido.
— Isso é o que eu quis dizer. Estou morrendo de fome por comida.
Que pensamentos pecaminosos, Sra. Spencer! Há crianças por perto. —
Ele pegou na sua mã o e lhe deu uma piscadela. — Estamos pensando
em Bryant Park hoje?
Reagan mostrou seu sorriso quente para ele.
— Você leva e eu vou seguindo.
— Essas palavras sã o perigosas, nã o acha?
Ela deu uma risada suave quando eles começaram a andar.
— Talvez em algum momento. Mas estou me sentindo muito
confiante nos dias de hoje.
Evan apertou os dedos e sorriu.
— Nã o acho que você alguma vez já faltou confiança Reagan.
Ele se inclinou para baixo e colocou seus lá bios por sua orelha.
— Desde a primeira noite que fomos juntos para casa,
você concordou em me mover para mover.
Ela virou a cabeça, e quando seus lá bios se tocaram, amorteceu
sua língua ao longo de seu lá bio inferior.
— Eu pensei que você estivesse com fome de comida?
Evan beliscou o lá bio dela, e depois arrancou a cabeça. Assim eles
poderiam continuar andando até o parque, mas nã o antes dele dizer:
— Eu sempre pensei que fosse uma vergonha comer sobremesa
por ú ltimo. Talvez pudé ssemos...
— Nã o, nã o, nã o, Sr. James. Nó s estamos comendo
nesse piquenique que eu trabalhei para fazer.
— Hum... Tenho certeza que você escolheu tudo no caminho para
cá .
Reagan parou e colocou suas mã os em seus quadris.
— Você está insinuando que eu nã o sei cozinhar?
— De jeito nenhum. Estou afirmando com naturalidade que nã o.
Ela se virou para ele, e ele nã o pode se ajudar, mas se inclinou
para
baixo e beijou aqueles lá bios doces, e quando ele puxou, ele pró prio se
ouviu dizer.
— Mas eu te amo mesmo assim.

***

Reagan congelou onde ela estava na rua movimentada. Pessoas


correndo por ela, e carros passavam dentro e fora do louco trá fego de
Nova York, e tudo o que ela podia fazer era olhar com olhos
arregalados, para o homem que estava olhando para ela.
Ela lambeu os lá bios e entã o tocou a boca, tentando obter algumas
palavras que nã o saiam, mas quando um largo sorriso atravessou o
rosto lindo de Evan, ela sabia que nã o ouviu mal. O encantador
desgraçado tinha admitido na verdade, que ele a amava.
Ela inclinou a cabeça para o lado.
— Você só me disse que me ama pela primeira vez, por trá s de um
insulto?
A sobrancelha de Evan se levantou, como se nã o tivesse sequer lhe
ocorrido, que tinha dito isso, e entã o riu.
— Talvez. Vai tentar negar que você adorou ouvir?
— Está confiante hoje, nã o é , Sr. James?
Eles começaram a andar de novo e ele balançou as mã os, quando
olhou para ela, e os lá bios de Reagan ameaçavam invadir o maior
sorriso da vida dela. Mas por Deus, ela nã o lhe daria a satisfaçã o.
— Nã o ouço você negá -lo.
— E você nã o. — Ela disse. — Mas nã o precisa ser tã o presunçoso
sobre isso.
Ele cantarolava e trouxe as mã os à boca e pressionou um beijo lá .
— A pequena Jenny Spencer me ama.
— Cale-se, Evan.
— Eu acho que ela sempre me amou.
— Jesus, realmente?
— Sim, realmente.
Ela puxou na mã o, o levando ao longo do caminho em Bryant Park,
e respondeu:
— Bem, gosto nã o se discute.
À procura de um lugar para se sentarem, eles fizeram o seu
caminho a um espaço aberto no interior do verde. Ela espalhou o
pequeno cobertor que tinha trazido com ela, e quando ela se ajoelhou
nele, Reagan o viu fazer o mesmo em frente a ela.
Ele nã o falou desde que eles sentaram lá , e quando ele vasculhou
o cesto, retirando os sanduíches que ela havia pego da padaria da
esquina, ela sabia que ele estava esperando, esperando por ela dizer
isso.
— Evan? — Ela disse, quando chegou para a sacola de lona, que
tinha e sentiu ao redor, as garrafas de á gua lá dentro. Ele olhou para
ela, seus olhos cor de avelã cheios de expectativa.
— Sim, Reagan?
Ela enrolou os dedos em volta do topo do frasco, o puxou para fora
e jogou para ele. Ele pegou e olhou para baixo para o ró tulo. Aqua Cool.
O produto que eles concordaram em discordar bastante,
espetacularmente todas aquelas semanas atrá s.
— Agora essa é uma garrafa de aparê ncia elegante. — Disse ele, a
virando em suas mã os.
— Grita “me compre”, nã o acha?
— Eh, eu nã o iria tã o longe. Eu teria sido feliz só com uma mar...
Ai!
Reagan o bateu novamente.
— Nã o ouse dizer que ficaria feliz com uma marca mais barata, ou
vou despejar minha á gua por todo esse cabelo lindo.
Evan olhou para o frasco novamente.
— Pensando bem, é uma excelente embalagem. — Ele abriu e tomou
um gole. — E um gosto inegá vel. Para saciar a sede de algué m, seria
louco por nã o pagar um dó lar extra para beber isso.
Ela lhe deu um sorriso presunçoso.
— Obrigada. Fico feliz de que você viu que eu estava certa. Vá em
frente e diga. Sim, Reagan, você é um gê nio. Só deve se curvar agora e...
Evan lutou com ela no chã o, e teve a sua respiraçã o saindo de seus
pulmõ es. Ele a prendeu lá , suas mã os em ambos os lados de sua cabeça.
— O que você disse? — Ele perguntou, uma centelha de desejo em
seus olhos cor de avelã .
— Eu disse que você só deve se curvar e aceitar a derrota.
— Eu poderia admitir que... talvez se você deva admitir algo em
troca.
O coraçã o de Reagan pulou no peito, mas nã o havia como ela ceder
tã o facilmente.
— Okey. Eu admito. Você realmente nã o ronca durante o sono,
como eu disse que fazia.
— Reagan...
— E eu posso ter mentido, quando disse que eu amo ovos
Benedict. Eu nã o amo. Eu odeio.
Os olhos de Evan ficaram amplos.
— Eu pensei que nó s te curamos disso.
Ela se contorceu debaixo dele.
— Eu nã o queria ferir seus sentimentos. É tã o bonito, mas há
apenas todo este molho, e eu nã o posso... — Ela torceu seu rosto.
— Eu nã o sei se posso continuar com esta relaçã o. Isso é um
disjuntor do negó cio.
Reagan arrogante, subiu até o cotovelo.
— Mas eu amo seu bife Wellington... e o seu filé mignon com molho
de cogumelos e vinho... e a maneira que seu bacon fica sempre assim...
— Ela beijou seus lá bios — perfeitamente... — outro beijo — cozido.
— Entã o você está dizendo que você ama minha carne.
Ela sorriu com a boca.
— Eu amo sua carne.
Ele levou seus lá bios novamente em um beijo ardente, e ela
deslizou a língua lá dentro. Ela nã o iria admitir isso, mas Evan era
melhor, que qualquer refeiçã o que ele poderia fazer.
— Arranjem um quarto!
Um grito que veio do outro lado, teve ela quebrando longe antes que
quisesse.
— Agora que já trabalhei com a fome, provavelmente devemos
comer. — Ela disse, empurrando contra o seu peito, até que ambos
estavam sentados. Ela tirou dois pratos e desembrulhou os sanduíches
enquanto Evan pegava no interior do cesto e puxou.
— Cookies brancos de macadâ mia. Você é uma deusa!
— Você pode dizer isso outra vez.
— Você é uma deusa.
Reagan riu e entregou-lhe o seu prato.
Os dois se sentaram confortavelmente, mastigando a comida deles,
quando eles olharam um para o outro, pensando mais tarde. Ela amava
momentos assim com ele. Eles se tornaram uma "coisa" para eles. Ele
faria sua reuniã o semanal da tarde, e ela iria aproveitar a oportunidade
para tirar algumas fotos ao redor da á rea, antes de se encontrarem e
irem almoçar. O que a fez olhar para baixo para a câ mera descansando
ao lado dela.
Ela pousou o prato dela e pegou a câ mera, pressionando o olho para
o visor e visando o homem relaxado de volta no cobertor. Era muito
diferente do homem que conheceu quando ele se candidatou pela
primeira vez para o trabalho. Ele tinha mudado, mas, ao mesmo
tempo...
— O que está olhando? — Disse ele, interrompendo a sua linha de
raciocínio.
Ela espiou para fora por trá s de sua lente e sorriu.
— Você .
Ele retirou a tampa da garrafa de á gua e bebeu. Reagan vi seu
pomo de Adã o quando ele engoliu. Droga, ele é um inferno de um cara
sexy.
— Ah sim?
— Sim. — Ela disse, dando zoom em seu rosto. Ele estava vesgo
contra o sol da tarde, e os destaques no cabelo dele brilhavam. Evan era
extremamente atraente, nã o havia como negar, e quando ele dava aquele
sorriso para ela, ela estava totalmente afundada.
— E o que vê quando olha para mim, Sra. Spencer?
Ela levou alguns instantâ neos, clicando e zumbindo de sua câ mera,
a ú nica coisa que ela podia ouvir sobre a batida de seu coraçã o. E
naquele momento sentiu como se toda a gente no parque tivesse
desaparecido.
— Eu vejo um homem que comeu todos os meus biscoitos.
Ela fez uma pausa quando apreciava o ú ltimo pedaço em sua boca.
— E?
— E... — Ela sorriu quando baixou a câ mera — Ele tem sorte de
eu amá -lo.
Capítulo Trinta e Um

Evan explodiu uma respiraçã o em silê ncio enquanto ele percorria


no caminho de neve, que levava até a modesta casa de trê s quartos
dianteiros fora da cidade. Porra, ele estava nervoso. Ele tinha adiado
este momento por tanto o quanto ele podia, mas veja como era o Natal.
Tinha chegado a hora de finalmente superar sua ansiedade.
Ele sentiu o olhar de Reagan nele, e entã o ela disse:
— Você fica bonito quando está nervoso. — As palavras dela saíram
como pequenos sopros no ar frígido. — Mas eles nã o mordem.
— Promete?
— Prometo. Eles nunca morderam algué m que trouxe tantos
presentes.
Ela assentiu com a cabeça para os dois sacos enormes nas mã os
dele e abanou a cabeça.
— Um pouco mais alto, mas é adorá vel.
Evan parou onde ele estava e olhou para as dezenas de presentes.
Ele tinha exagerado um pouco, mas isso nã o era o que fez para
compensar?
Aqui, tendo uma merda de toneladas de presentes e por favor,
tentando esquecer o que minha família fez com todo o seu dinheiro uma
vez. Nã o é grande coisa.
Reagan se virou e voltou a ficar na frente dele.
— Eles estã o ansiosos para vê -lo. Apenas seja o bastardo
encantador, que eu sei que você é , e se certifique de obter uma segunda
porçã o de suflê da mã e. Você vai fazer o ano dela.
Ela lhe deu um beijo rá pido e depois abriu a porta da frente.
— Feliz Natal, — Reagan chamou, e em um instante, toda a família
correu para a porta de entrada, armada com abraços e olá s!
Evan ficou na porta observando a cena feliz. Era tã o estranho estar
lá , e ainda mais estranha era a maneira como todos eles, ainda eram
iguais como se lembrava, alé m de algumas linhas de riso a mais em seus
rostos e o cinza polvilhado atravé s do cabelo do seu pai.
— Evan, bom te ver.
Troy lhe deu um abraço e lhe bateu nas costas.
— Ainda bem que você fez. Esses sã o para mim?
Ele pegou as sacolas das mã os de Evan e piscou antes de carregar
e colocá -los juntos aos outros presentes na enorme á rvore.
— Mã e, pai, se lembram do Evan? — Reagan disse, envolvendo o
braço em volta da cintura dele, o puxando para dentro.
Aqui vamos nós...
Sra. Spencer foi a primeira que deu um passo à frente. Ela abriu os
braços em um gesto de boas-vindas automá tico e as palavras que
saíram da sua boca tinham Reagan rindo por trá s dele.
— Rocky. É tã o bom ver você !
Ele sentiu as mã os de Reagan nas costas dele, quando ela o
empurrou em direçã o a mã e dela, e quando ele apontou um brilho a
caminho a risadinha se transformou em um cheio de riso. Ele foi até a
mã e dela entã o, e quando ela o abraçou, disse:
— Meu Deus! Você ficou tã o alto! — E entã o ela espiou em torno
de seu ombro e disse a Reagan. — E tã o bonito!
— Tudo bem, mã e, mã os fora. — Reagan disse e se mudou para a
frente para resgatá -lo. — Nã o ache que você possa roubá -lo de mim.
Afinal, eu demorei tanto tempo para fazê -lo.
Sr. Spencer enrolou um braço em volta de sua esposa, depois deu
um largo sorriso e segurou a sua mã o para fora, para Evan.
— É tã o bom ter você de volta em nossa casa! Você sempre foi um
membro da família e agora ela está completa.
Evan apertou a mã o dele e deu um aceno rá pido.
— Isso é muito gentil da sua parte, Sr. Spencer.
— Nã o há nada de bom sobre isso, filho. É um fato. E se eu nã o o
aprovasse, você acha que eu seria bom para o homem que Reagan
trouxesse para casa para nos encontrar? Considere-se sortudo que já te
conheço e nã o tenho que te dar o terceiro grau.
Quando o pai de Reagan deu uma risada, ele deu a sua esposa um
aperto e foi em direçã o ao corredor. Evan olhou para Reagan, ela deu
de ombros e disse:
— Veja, o que eu disse a você? Nã o se preocupe... Rocky.
— Okey, você precisa esquecer esse apelido.
Reagan levou sua mã o a dela e o conduziu pela casa e de volta para
a cozinha onde todo mundo estava.
— Oh, nã o sei. — Ela disse. — Tipo, eu gosto. Me lembra de um
rapaz que conheci. Ele era muito querido para mim.
Evan puxou a mã o dela e a puxou para a sala vazia, para lhe dar
um beijo rá pido.
— Ele ainda é querido para você .
— À s vezes... — ela disse e retorcia seus braços de volta ao
pescoço. Ela escovou outro beijo ao longo de seus lá bios, e ele gemeu
quando ela suspirou em sua boca.
— À s vezes ele nã o é tã o querido.
— Quer dizer que estou na lista dos maus este ano? Porque eu
tenho me comportando. — Lembrou a ela.
— Você se comportou com os outros... mas nem tanto comigo.
Ela lhe deu uma piscadela, e ele tossiu um pouco, colocou as mã os
na cintura para empurrar as costas dele.
— Você está louca? Sua família só está naquela porta.
Quando ela deu um passo pró ximo a ele e empurrou os quadris
dela contra o seu, ele sabia que a provocadora brincalhona estava
morrendo para sair e brincar.
— Eu sei. Isso é o que torna isso tã o divertido.
— Reagan... — Ele disse, sabendo muito bem que era quase
impossível resistir a ela quando agia assim.
— O que? — Ela perguntou inocentemente, batendo seus cílios.
Quando a descarga de excitaçã o manchou as bochechas dela, ele quase
cedeu, até que ela cedeu com um suspiro.
— Oh, okey. Sua virtude está segura.
Ela o deixou ir e ele foi tentado a puxá -la de volta. Nã o faça. Você
tem um jantar para passar. Quando ela olhou por cima do ombro e
correu os olhos para baixo de seu corpo, ela disse:
— Por enquanto!
Ele esperava como inferno que tivesse coragem para se segurar.

***

Duas horas e um grande copo de wassail cravado mais tarde e Evan


tinha relaxado o suficiente, ele na verdade, estava se divertindo.
Estar com a família de Reagan era confortá vel e fá cil, e ele nã o sabia
por que tinha temido tanto em primeiro lugar. Eles tinham o acolhido
de braços abertos, fazendo piadas enquanto estavam na mesa de jantar,
tirando sarro do vermelho e verde listrado, no bastã o de doces nas meias
que Reagan tinha sugerido gentilmente que ele usasse, e riu quando
rasgou os presentes que eles lhe tinham dado.
Bill chegou, nã o muito tempo depois que eles fizeram e Evan estava
apenas ligeiramente surpreso ao saber que o homem vinha em todas as
fé rias. Parecia que ele era parte da família de Reagan.
Quando ele olhou para os rostos sorridentes, reunidos em torno
da á rvore, as lâ mpadas coloridas piscando um suave brilho sobre eles.
Reagan estava sentada em frente no chã o. Com as pernas cruzadas, e
ela tinha um chapéu de Papai Noel na cabeça com um presente entre as
mã os.
Em volta do pescoço, ela usava aquele elegante colar de pé rolas, e
ela estava rindo de algo que sua mã e tinha acabado de dizer. Ela nunca
pareceu mais bonita. Quando ela o pegou olhando-a, o brilho travesso
nos olhos dela fez ele querer ir até ela.
Antes que ele tivesse a chance, Bill o bateu na parte de trá s.
— Ainda bem que veio, filho. Mesmo que você tenha deixado sua
mulher te vestir.
— Só as minhas meias, velho. Falando de velhos, como sua perna
está com o ar frio lá fora?
— Oh, ela está bem. — Ele disse, esfregando o joelho. — Foi assim
por anos. Habituado a ele.
— Eu nunca perguntei, mas o que aconteceu?
Bill riu.
— Lembra quando eu disse que seu pai nã o ficou muito feliz
quando descobriu sobre mim e a tua mã e?
— Sim...
Bill massageou o joelho novamente.
— Digamos que ele tem um braço de batedor muito bom.
Os olhos de Evan se arregalaram e ele balançou a cabeça.
— Jesus! E depois dessa, vou pegar outra bebida. Algué m quer
alguma coisa?
Todo mundo balançou a cabeça. Exceto a pequena atrevida no
chã o, que o olhou, quando ele ficou de pé .
— Eu vou com você . Eu nã o sei bem o que estou sentindo.
Ele tinha certeza que seus lá bios se curvaram em um sorriso
sedutor-como-a-porra, que ela sabia exatamente o que queria. Mas ele
estendeu a mã o para ela e sentiu a emoçã o correr em antecipaçã o
atravé s dele quando ela escorregou a palma da mã o na dele. Ela o tem
a seus pé s, em seguida, atando os dedos atravé s dele quando saíram da
sala de estar e fizeram o seu caminho pelo corredor.
Quando eles estavam longe do alcance da voz de sua família, ele
apertou a mã o dela.
— Estou feliz de estar aqui.
Um sorriso brilhante iluminou o rosto de Reagan, e ela beijou seu
ombro.
— Estamos felizes també m.
Quando eles entraram na cozinha mal iluminada, eles foram direto
para o bar no canto.
— Hmm. Parece que temos duas opçõ es. — Evan disse, dedilhado
o topo de um copo vazio e acenando para o wassail no pote de barro.
— Você poderia fazer quente e picante, se é o que você está afim
de....
— Picante é sempre bom. — ela disse. — E eu me sinto um pouco
quente.
Evan inclinou uma sobrancelha.
— Acho que estou afim de algo um pouco mais. cremoso.
— É isso mesmo?
— É.
Quando Evan se adiantou, Reagan se mudou, a bunda dela batendo
na mesa de jantar.
— E enquanto a gemada nã o parece terrível, eu duvido que vá
saciar a minha sede.
— Tem algo mais... específico em mente?
Evan pensou em voltar para onde tudo isso começou. Naquele
momento Reagan tinha pisado de volta para sua vida, foi para casa com
ele e derramou a sua pele, o convidando para ser uma parte da vida
dela mais uma vez. Ele tinha sido um desastre naquela é poca. Uma
concha desesperada do homem, que ele agora estava se esforçando
para ser. Algué m que teria atingido o fundo do poço, e tinha andado à
procura de uma tá bua de salvaçã o para puxá -lo.
Ele olhou para a mulher empurrada para trá s contra a mesa de
jantar dos pais, e sentiu tudo se encaixar. Reagan era para ele. Ela era
a sua tá bua de salvaçã o, era a esperança dele e, quando ela entortou
um dedo acima para ele, o convidando para baixo para jogar, també m
era cada fantasia sua, embrulhada em um pacote delicioso.
Ele se inclinou sobre ela e colocou as mã os por pra trá s, e quando
tocaram suas bocas e um sorriso perverso como pecado atingiu os lá bios
dela, ele sabia que ela estava esperando por ele. Para o mais escuro,
mais depravado lado de sua alma para enfrentar o desafio. Ele adorava
isso nela. Ela amava cada parte dele, e ele sabia que tinha encontrado
o seu par perfeito.
Inteligente.
Sexy.
E suja como o inferno.
Ela era seu igual em todos os sentidos imaginá veis. E ele sabia
exatamente o que ela queria.
Ele pegou na sua mã o... e a trouxe para os lá bios, onde ele beijou a
ponta dos dedos antes de morder delicadamente. Ele entã o começou a
baixá -los entre seus corpos, e lhe dando um sorriso, com um desviante
do seu pró prio. Os olhos dela dilatados e a sua boca se separaram em
um suspiro.
Ah sim, minha foda imunda está aqui para ficar.
— Eu acho que mudei minha opiniã o sobre bebidas. — Ele disse
quando empurrou sua mã o pra baixo e os dedos dela desaparecendo
abaixo da cintura da calça.
— Estou afim de um pouco de comida de dedo...
Epílogo

7 semanas mais tarde...

— Deixe-me ver se eu entendi.


Dr. Glover levantou o fim de sua caneta à boca quando os olhos
dele estreitaram por cima de seus ó culos.
— Você localizou este homem, foi para casa com ele na primeira
noite que o conheceu, ele conseguiu um emprego para trabalhar com
você e mentiu sobre sua identidade para fazê -lo cair no amor por você .
É isso mesmo?
Os olhos de Reagan ficaram amplos e ela olhou para Evan.
— Uh... quando você coloca assim...
— Sim ou nã o?
— Sim?
— E Evan... — Dr. Glover continuou. — Admite ter acessos de
impulsos sexuais incontrolá veis, pensamentos e comportamentos
destrutivos. É isso mesmo?
— Ele é sempre assim?
Reagan sussurrou, e Evan apertou onde a mã o dele estava
descansando em sua coxa.
— Sim. — Ele disse ao Dr. Glover antes de virar a Reagan. — E sim.
— Temos uma mentirosa e um viciado em sexo. Como é que
funcionou para você dois? — O terapeuta de Evan perguntou.
— Bem, eu o mantenho satisfeito na parte do sexo porque,
claramente, eu nã o fui aceita no convento local.
— Amé m! — disse Evan. Mas Reagan continuou como se nã o
tivesse dito uma palavra.
— E desde que foi pega pela primeira vez que escondi a verdade, é
ó bvio que nã o tenho uma boa cara de poker. Entã o você poderia dizer
que está funcionando bem. Certo? — Ela se virou para Evan, que
assentiu com a cabeça.
— Você nã o parece ter se arrependido de ter mentido. — Disse o Dr.
Glover.
— Olhe para ele. Duvido que eu seja a primeira a contar algumas
mentiras brancas para se aproximar dele.
— Realmente. — Evan disse.
Ela se sentou em linha reta e entã o torceu em direçã o a Evan.
— Mhmm. Mas serei a ú ltima. — Ela disse e lhe deu uma piscadela.
Quando um delicioso sorriso se transformou nos lá bios dele, Reagan se
mudou no assento.
— Entã o, Reagan, está orgulhosa por mentir? — Dr. Glover
perguntou.
Reagan ouviu Evan tossir atrá s dela.
— Ele está gostando um pouco demais, nã o acha? Ele é
definitivamente o agitador de nó s dois. Nã o deveria perguntar para ele?
— Oh, eu vou! Mas primeiro, você tem que me responder.
Reagan deu de ombros.
— Eu nã o chamaria de mentir. Eu chamaria de escondendo a
verdade. Mas se você está determinado a usar o ró tulo, entã o inferno,
sim. Eu menti e eu faria de novo.
A risada de Evan ecoou alta nas paredes do escritó rio.
— Entã o sem remorso. — Disse ele. — Apenas admitiu. Você
mentiu para entrar nas minhas calças.
A boca de Reagan caiu aberta, e apontou um dedo acusador para
ele.
— Eu nã o preciso mentir para entrar em suas calças. Obrigada!
Muito obrigada. Lembre-se, estamos aqui para falar com seu terapeuta,
Evan James.
— Que sabe tuuudo sobre suas maneiras sujas.
Reagan soltou um suspiro e olhou para o doutor para ver seus
lá bios se contraindo em diversõ es.
— Estou feliz que você acha isso tã o divertido.
— Eu tenho que admitir, eu faço. É bom ver até onde ele chegou. —
Disse Dr. Glover.
— Agora se nã o se importa, tenho mais algumas perguntas para
você s dois.
— Eu me importo. — Respondeu Reagan. — Isso é mais
estressante do que uma entrevista de emprego.
— A menos que você esteja tentando nã o imaginar sua
entrevistadora nua e se escondendo com você como se fosse a noite
anterior. Entã o é mais duro, e sim, o trocadilho é destinado. — Evan
disse.
Dr. Glover encarou Evan.
— Bem, eu, por um lado, sou grato que você nã o esteja imaginando
isso de mim. Agora, Evan, o que Reagan diria que a ú nica coisa que
você faz, que a deixa louca?
Evan inclinou a cabeça para o lado.
— Eu sou muito fodidamente perfeito, mas se eu tivesse que
escolher algo... provavelmente seria, deixar minhas toalhas molhadas
no chã o do banheiro.
— Errado. — Disse Reagan. — Seria sempre escolher um filme de
terror sabendo que nã o posso suportá -los.
Evan explodiu em risos.
— Há uma boa razã o para isso.
— Eu adoraria ouvi-lo. — Disse Dr. Glover.
— Ela tem medo de ver o filme, entã o ela concentra sua atençã o...
em outro lugar.
— Jesus! — Reagan disse, revirando os olhos.
— O que? É verdade!
— Okey, vamos lá você s dois. — Dr. Glover riu, olhando para ela
atravé s dos ó culos novamente.
— Reagan, que traços diria que Evan admira mais sobre você ?
— Isso seria minha feroz independê ncia e minha mente brilhante.
— Ela respondeu.
— E també m a bunda dela. — Evan tocou.
Dr. Glover parecia irritado.
— Isso nã o é uma característica, Evan.
— Bem, é uma bunda. Mas realmente, eu aprecio o quanto ela é
inteligente. Reagan é uma das pessoas mais inteligentes que conheço.
Ela conduz os negó cios melhor do que qualquer homem que já vi e à s
vezes nã o acredito que é a mesma pequena Jenny Spencer com quem
cresci.
— Ah, isso é tã o doce! — Ela disse e se inclinou para lhe dar um
beijo. E depois outro. E outro.
— Tudo bem, parem com isso. Só temos mais alguns minutos no
reló gio, e entã o eu vou deixar você s pombinhos passearem no pô r do
sol. Reagan, a mesma pergunta para você .
Ela se afastou de Evan e sorriu.
— Sua capacidade de superar adversidades em sua vida. Nã o foi
um caminho fá cil, mas ele leva um dia de cada vez, e eu o respeito por
isso. Eu o amo por causa disso. Ele é mais forte do que qualquer um
que eu sei.
— Você nã o é uma coisa melosa. Esqueceu de mencionar coisas
asquerosas que ningué m sabe.
Evan envolveu seu braço em volta da cintura dela e plantou um
beijo no pescoço.
— Eu acho que isso é ó bvio. — Reagan respondeu.
Dr. Glover abaixou o seu bloco de notas.
— Eu nunca teria imaginado as coisas irem trabalhar desse jeito,
entã o, obrigado. Obrigado por me surpreender.
— Você teve muito a ver em me ajudar a resolver os meus
problemas. Entã o eu agradeço. Mesmo que você seja um bastardo
contundente. — Disse Evan.
— É bom ver que eu estou fazendo algo certo.
Dr. Glover se levantou e acenou para eles fazerem o mesmo.
— Tudo bem, o tempo acabou. Tenho que levar minha esposa para
jantar. O que você s dois tem planejado para o dia dos namorados esta
noite? Ou nã o devo perguntar?
Evan empurrou Reagan em direçã o à porta, com uma mã o
pressionando levemente contra ela de volta. Quando ela pisou atravé s
do alpendre frontal do sobrado, ele olhou para trá s por cima do ombro
e piscou para o doutor. Um sorriso travesso quando ele respondeu.
— Você definitivamente nã o deve perguntar.

Fim.
Agradecemos Pela Leitura 😊

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