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Layla Preston acabou de sair de um relacionamento duradouro que terminou

com uma traição.


A vida de Layla não 9icou fácil depois da morte dos seus pais. Ela investiu tudo
que tinha em um relacionamento que não valia a pena.
John Osher é um bilionário lindo e sexy.
John e Layla se conhecem quando ela se hospeda no seu hotel. A química entre
os dois é inegável.
John tem um lado sombrio e dominante, mas será que isso é o que Layla
precisa no momento?
Capítulo 1

Tudo o que eu precisava nesse momento era de uma bebida muito


forte. Não qualquer bebida, eu precisava de Tequila. E eu estou disposta a
arcar com a terrível ressaca que virá na parte da manhã.
Eu tinha viajado mais de vinte e seis horas, e eu precisava esquecer
tudo o que aconteceu. Eu tomei um táxi até o hotel mais próximo do
aeroporto, eu não queria andar muito para deixar minhas coisas, antes de
me afogar na bebida.
Eu precisava esquecer.
Eu fiz o meu check-in, e depois de guardar a minhas coisas no
quarto, desci para o bar do hotel. Eu precisava de uma bebida urgente.
Eu caminhei para o bar, ignorando as pessoas ao redor. – Tequila, ou
a sua Vodca mais forte, rápido. – Eu disse ao barman, que me olhou com
espanto. E eu tenho certeza de que ele sentiu pena do que viu.
Eu estava uma merda e sabia disso.
- Dia difícil? – Ele perguntou, enquanto despejava o líquido em meu
copo.
Eu engoli todo de uma só vez. Nem mesmo tossi ao engolir.
- Você não tem ideia. – Eu acenei para ele reabastecer o meu copo.
- Você deveria pegar leve com a bebida. – Ele brincou ao encher o
meu copo.
- Eu não pedi a sua opinião. – Eu rosnei frustrada, mas logo me
arrependi, ele não era a causa do meu mal humor.
O seus olhos me olharam com preocupação, e eu me senti uma
cadela por ter sido tão grosseira.
- Eu sinto muito, eu não queria ser uma cadela. Tem sido um inferno
de semana.
- Eu entendo. – Ele disse com os olhos gentis.
- Eu pequei o meu noivo na cama com o meu melhor amigo e a sua
namorada. Eles estavam tendo uma festinha bissexual, e o nosso casamento
estava marcado para hoje.
- Eu sinto muito. – Ele disse suspirando.
Eu acenei, e ele encheu o meu copo mais uma vez.
- Não sinta. Eles não valem a pena, melhor eu descobri agora do que
depois de estar casada.
- Isso é verdade, mas ainda é uma merda. – Ele respondeu.
- Sim, eu acho. Eu sou Layla. – Estendi a mão para cumprimentá-lo,
se eu pretendia passar a noite enchendo a cara, eu tinha que ser amiga do
barman.
- Vince. – Disse ele, em seguida encheu mais uma vez o meu copo.
- Prazer em conhecê-lo, Vince.
- O prazer é todo meu. – Ele sorriu. – A bebida é por conta da casa.
- Não, está tudo bem, eu não preciso da sua pena.
- Não é pena, e sim solidariedade de quem também já foi enganado.
- Se você for me dar bebidas grátis, eu vou falir o seu bar, e o seu
chefe não vai ficar muito feliz.
- Nada, eu tenho um grande desconto por trabalhar aqui.
Eu ri. – Obrigada, Vince, mas eu prefiro não extorquir o eu mais novo
amigo.
- Você é uma mulher teimosa, Layla.
- Você poderia dizer isso. – Eu acenei para que ele enchesse o copo.
- Que tal você pagar as cinco primeiras, e eu pago o restante?
- Você já bebeu quatro, quantas planeja beber?
Eu dei de ombros. – Quem sabe?
Ele riu, sacudindo a cabeça. – Tudo bem. Você acabou de chegar à
Miami?
- Como você sabe? – Perguntei curiosa.
- Você tem um sotaque estrangeiro e características distintas que eu
ainda não identifiquei a origem.
Eu sorri com a sua observação. Vince era um homem muito
perspicaz. – Você não ia conseguir identificar, porque é uma mistura muito
exótica. Eu sou italiana, filha de mãe suíça e pai americano. Com
descendências francesa e germânica.
- Nossa! Você tem um pouco de cada continente. – Ele sorriu.
- Você poderia dizer que sim. – Eu sorri de volta.
Eu estava prestes a pedir mais uma bebida quando o acento ao meu
lado foi ocupado por um homem.
- Merda. – Eu falei silenciosamente para mim mesma. Cabelo escuro,
terno elegante e caro, o homem era impressionante.
Eu respirei profundamente, e ele olhou para mim, seus olhos azuis,
travados nos meus.
- Boa escolha. – Ele acenou para a bebida no meu copo.
Eu ergui as sobrancelhas em confusão. – Obrigada.
Vince se aproximou e acenou para o homem ao meu lado. Os dois
pareciam se conhecer, mas não era o meu negócio. Eu estava aqui para
encher a cara e esquecer tudo que tinha acontecido.
- Desilusão amorosa? – O homem bonito perguntou.
Lentamente eu virei minha cabeça. – Sim, você poderia dizer isso.
- Essa é uma boa forma de encarar o problema, mas não vai resolver
a situação.
Sério? Qual o negócio desse cara? Quem ele pensa que é para me
dizer isso?
- Foi um dia ruim, uma semana ruim, uma década ruim. E eu preciso
de algo para me ajudar a esquecer da desgraça que é a minha vida. Agora se
você me der licença, eu vou voltar para a minha bebida.
- Eu sinto muito, não quis ofender. – Ele sorriu polidamente e então
voltou para a sua bebida. Ele estava bebendo um uísque caro.
Eu acenei com a cabeça. Eu não conseguia parar de pensar em
quanto tempo da minha vida eu tinha perdido com alguém como Alex. O
meu coração começou a bater mais forte e minha pele a arrepiar.
Eu precisava de algo maior para me fazer esquecer o qual triste era
a minha vida. E a noite estava apenas começando.
Capítulo 2
Vince encheu o meu copo mais uma vez, e eu agradeci com um
sorriso. Ele estava ocupado atendendo outros clientes, mas sempre que
nossos olhos se encontravam ele sorria, e eu soube que tinha acabado de
encontrar um amigo.
- Obrigada. – Sorri.
Eu não perdi tempo e engoli todo o líquido do copo. Eu precisava
disso mais do que tinha imaginado. Os meus olhos estavam coçando e
ardendo por conta do choro, mas só agora eu tinha começado a sentir os
efeitos.
- Você estava chorando? – O homem quente ao meu lado perguntou
com a mandíbula travada, como se estivesse chateado por eu ter chorado.
- O que te faz pensar isso? Eu perguntei curiosa com o seu
questionamento.
- O seu rosto está inchado, e os seus olhos estão bastante vermelho.
- E porque você acha que é de choro? Poderia ser a bebida, ou outra
coisa.
- Eu sei o que eu estou vendo. E isso não me parece bebida ou até
mesmo outra coisa. – Ele rosnou.
Suspirando, eu me mexi no meu lugar. Ele estava certo, mas eu não
queria admitir. Quem ele pensa que é para se meter na minha vida? Eu nem
o conheço. Sem nenhuma palavra, eu me levantei e ui até o banheiro. Ele
estava certo, o meu rosto estava muito inchado e os olhos vermelhos.
Parecia que eu tinha chorado por horas sem parar. Depois de lavar o rosto
com bastante água, eu apliquei um pouco de corretivo e defini uma
maquiagem suave para disfarçar o inchaço. Foi o melhor que pude fazer no
momento, mas ficou bom.
Eu saio do banheiro, e o homem misterioso continuava sentava no
mesmo lugar.
- E agora? – Falei sarcasticamente.
Ele me deu um pequeno sorriso sincero. – Nada, apenas observando
o quanto você é linda.
O meu coração disparou. Eu não esperava que as palavras de um
completo estranho me afetassem tanto quando fizeram.
- Então, você está aqui a negócios ou laser? – Ele perguntou.
- Definitivamente laser. – Eu respondi. – E você?
- Um pouco dos dois.
- Tudo bem.
Eu sinalizei para Vince, que me deu um sorriso largo e encheu o meu
copo. Eu estava exausta, mas queria esquecer todas as coisas ruins que
tinham me acontecido nos últimos dias. A minha mente não estava fazendo
um trabalho muito bom, e nem a bebida.
Uma lágrima desceu pela minha bochecha. Eu não sabia por que
tinha perdido tanto tempo da minha vida com alguém tão insignificante
como o meu ex. Eu nunca estive apaixonada por ele, mas isso não me
impediu de dizer sim para o seu pedido de casamento. E isso é o que mais
me dói. E se eu não tivesse descoberto a traição? E se ele fizesse isso muitas
vezes depois de casados?
Eu sou uma idiota.
- Aqui. – O homem bonito me ofereceu um lenço.
Eu o encarei. – Obrigada.
- Você é muito bem-vinda. Além do mais, você fica mais bonita
quando sorri.
Um sorriso se espalhou pelo meu rosto. O seu comentário me fez
sorrir amplamente, e eu amei a sensação.
- Você não desiste, não é?
- Não sei do que você está falando. – Ele piscou com um sorriso
indulgente.
- Sei.
- Você já comeu?
- Não, mas eu estou bem.
- Eu sou John Osher. – Ele estender a mão.
- Prazer em conhecê-lo, John. Eu sou Layla Preston. – Eu apertei a
sua mão.
- Um nome bonito para uma menina bonita.
Eu podia sentir o calor subir pelas minhas bochechas e pescoço. Ele
tinha um jeito com as palavras, que me deixava desconcertada.
- Bom, eu acho que eu já tive a minha cota. – Eu falei acenando para
Vince trazer a minha conta.
Ele se aproximou e piscou para o homem que estava ao meu lado. –
É por conta da casa, querida.
Eu olhei espantada. Eu não poderia deixar que ele pagasse centena
de dólares em bebidas para uma estranha. – Eu não penso assim, Vince.
Isso não foi o que nós combinamos.
- Eu sei, mas o patrão não quer que moças bonitas paguem essa
noite, então aproveite. – Ele sorriu.
Eu fiz uma careta. – O seu patrão vai falir se resolver pagar bebidas
para todas as mulheres bonitas que vierem beber aqui.
- Ele tem um gosto bem peculiar. E nem todas se encaixam. – Ele
falou e sorriu olhando para o homem bonito ao meu lado.
Eu dei de ombros e agradeci. E me virei para John. – Foi bom te
conhecer, John.
- O prazer foi todo meu, Layla. Aproveite a sua estadia. – Ele
estendeu a mão para mim.
- Obrigada. – Eu apertei sua mão. – Eu te vejo por aí.
- Pode apostar com isso. – Ele sorriu.
Eu me virei e caminhei para fora do bar. Eu não estava bêbada, mas
definitivamente tonta. Não sei como eu consegui chegar ao quarto, mas
tudo que eu lembro foi do sorriso bonito de John me desejando uma boa
noite.
Eu desejei que tudo que aconteceu fosse um pesadelo. E que quando
eu acordasse na manhã seguinte tudo seria diferente.
Capítulo 3
Os raios de sol estavam penetrando pelas brechas das janelas,
anunciando um dia quente e brilhante.
Eu me alonguei e me levantei. A minha cabeça estava martelando.
Eu preciso de um bom café, e uma aspirina. Mas antes eu vou tomar um
banho.
Depois que eu tomei banho, me sentindo mais humana. Eu optei por
usar um vestido de verão florido e uma sapatilha, e desci para tomar café
no restaurante do hotel.
Quando eu entrei, eu vi John sentado em uma mesa vestido como
um homem de negócios, e lendo o jornal, ao seu lado estava uma mulher
muito bonita que sorria amplamente para o telefone.
A anfitriã me levou para a minha mesa, que ficava do outro lado do
restaurante. O que me dava uma boa visão dos dois.
Depois de fazer o meu pedido, eu encontrei John me encarando com
um grande sorriso em seu rosto.
Eu sorri de volta e ele acenou.
O meu café chegou, e eu aproveitei para tirar os meus olhos dele. Ele
estava acompanhado, e eu não sou esse tipo de garota que cobiça o homem
das outras.
Eu estava quase terminando quando vi pelo canto do olho John e a
mulher bonita se levantarem da sua mesa. John estava com a mão na parte
de trás das costas da mulher, e isso me deixou um pouco ciumenta. Mas
logo afastei o sentimento bobo da minha cabeça.
John não me pertencia, e eu não tinha o direito de estar com ciúmes
dele.
Ignorando esses pensamentos indesejados eu terminei o meu café, e
paguei a conta. Quando eu estava saindo do restaurante, eu dei de cara com
John e a mulher bonita.
- Oi. – Eu sorri timidamente.
- Olá, Layla. Como você está? – Ele perguntou com um sorriso.
- Melhor agora, obrigada.
- Por que você não se junta a nós para o jantar hoje a noite? – A
mulher bonita falou.
Merda. Realmente?
- Não. Na verdade eu não tenho nenhum plano.
– Eu sou Amy. – Ela estendeu a mão.
- Prazer em conhecê-la, Amy.
- Excelente. John e eu adoraríamos que você se juntasse a nós.
- Eu não quero incomodar.
- Não seja boba. – Ela sorriu. – Ás 19h00minn está bom para você?
- Parece perfeito.
- Perfeito. Vamos vê-la as sete.
- Aproveite o seu dia. – Eu sorri enquanto me afastava.
Eu não tive coragem de recusar o convite. Amy foi tão educada, mas
eu não poderia parar de pensar em John. Ele parecia ser um homem tão
intenso. E aqueles olhos azuis que não deixaram os meus nem um só
segundo. Parecia que ele estava me bebendo. E eu senti o meu corpo
aquecer sobre o seu olhar.
Eu estava tão encrencada.
******
Eu decidi explorar a cidade.
Eu chamei um táxi e fui dar uma volta para conhecer o lugar.
O táxi me deixou em um shopping, e eu fui passando de loja em loja
procurando algo para vestir hoje à noite.
O dia estava ensolarado e bom para um mergulho, mas eu optei por
gastar o meu dia de hoje indo às compras.
O lugar era muito bonito mesmo.
Eu andei pelas lojas até encontrar o que eu estava procurando.
Depois de encontrar o que eu queria, eu me aventurei a ir até a praia
que ficava do outro lado da rua.
Com as sacolas na mão, eu tirei a minha sapatilha e caminhei pela
areia quente. O sol não estava muito forte, o que foi muito relaxante.
A brisa do mar soprando no meu cabelo. O cheiro do mar
penetrando nos meus poros. Essa era definição de paz.
Eu caminhei por mais alguns minutos, e voltei para o hotel. O meu
humor definitivamente tinha melhorado. Esse era o efeito de estar na
Califórnia.
Quando cheguei ao hotel fui direto para o meu quarto tomar um
banho e dormir um pouco.
Eu precisava de um pouco de sono para recuperar as energias.
******
Eu acordei com o barulho do despertar. Eu tinha comprado um novo
celular esta tarde. O meu antigo ficou na privada do meu antigo
apartamento na Itália.
Eu não precisava de um celular. Todas as pessoas que eu conhecia
estavam mortas, ou eu as tinha considerado assim. Então não fazia sentido
ter um celular quando não se tem para quem ligar. Mas mesmo assim eu
comprei.
Eu levantei e vi que eram quase 18:00, e eu precisava ficar pronta
para jantar com John e Amy.
Por que eu concordei com isso?
Eu tomei um longo banho de banheira. Raspei todos os lugares. Não
me pergunte por que, mas eu fiz.
Chame de intuição.
Eu fiz o meu cabelo e maquiagem. E coloquei o vestido que eu tinha
escolhido para usar essa noite.
O modelo era um vestido tubinho preto simples, porém era sensual.
E não era muito curto. O que abraçou todas as minhas curvas
perfeitamente.
Eu fiquei em frente ao espelho, e corri as minhas mãos pela minha
roupa. Coloquei o meu sapato Louboutin preto, e dei os toques finais no
meu cabelo. Ele estava solto em cachos suaves, com uma maquiagem suave,
e uma boca vermelha.
O meu estômago começou a remexer. Eu não tinha nada para ficar
nervosa. Eu estava indo jantar com duas pessoas que eu mal conheço, e isso
não era motivo para ficar tão ansiosa.
Uma batida na porta me assustou, mas eu reergui e fui atender.
- Uau! – Amy falou assim que me viu.
- Obrigada. – Eu sorri timidamente. – Você também está muito
bonita, Amy.
- Obrigada. Você está pronta?
- Oh, sim. Deixe-me pegar a minha bolsa. Eu já volto.
John estava parado se boca aberta. Ele parecia em choque. – Olá,
John.
- Layla. – Ele engoliu nervosamente.
Eu ignorei a sua falta de palavras e peguei a minha bolsa para
saímos.
******
Amy era mulher vibrante e positiva.
Eu conseguia entender porque John estava com ela.
O restaurante estava praticamente lotado.
Quando nós entramos a anfitriã rapidamente nos levou para a nossa
mesa na parte de trás. O lugar era tranquilo e dava para ver todo o
restaurante.
O garçom veio logo em seguida anotar os nossos pedidos para
beber. Ele parecia nervoso. Assim como a anfitriã. Eu não conseguia
entender por que, então deixei para lá.
- Eu quero um suco se laranja, por favor. – Falei.
- O quê? Sem bebida de adulto? – Perguntou Amy com uma
sobrancelha arqueada.
- Eu tive a minha cota na noite passada. E o resultado foi uma
ressaca monstruosa.
- Você não deve ter se alimentado direito. – Resmungou John.
- Talvez. – Retruquei.
John pediu um uísque, e Amy pediu um vinho branco.
- Então, Layla. O que te trouxe a Califórnia? – Amy perguntou.
- Você não acha que está sendo muito intrometida? – John
interrompeu.
- Não. Eu estou apenas querendo conhecê-la.
- Está tudo bem. – Eu sorri. – Eu precisava respirar novos ares. E a
Itália já não parecia tão interessante.
- Você vivia na Itália?
- Sim. É uma longa história. – Eu suspirei não querendo entrar em
detalhes.
- Tudo bem. – Ela falou, e quando pensei que ela tinha terminado o
interrogatório, ela me surpreende. - O que você faz da vida, Layla?
Eu sorri. – Eu sou Designer de interiores. E você?
- Eu sou Relações Públicas. E John é o senhor do universo. – Ela
piscou para ele.
- O que quer dizer? – Perguntei confusa.
- Ela está tentando ser engraçada. Eu sou empresário. – John cortou.
- Ele é viciado em trabalho. Isso sim. – Retrucou Amy.
- Há quanto tempo vocês estão juntos? – Perguntei corajosamente.
Os dois se olharam e desataram a rir. Eu fiquei sem entender, mas
eles continuaram a rir como se eu tivesse dito a coisa mais engraçada do
mundo.
- O quê? – Perguntei.
- Oh meu Deus. Você é tão engraçada. – Amy ria sem parar, assim
como John.
Eu estava constrangida. E gostaria de não ter feito tal pergunta, mas
John resolveu me tirar da minha miséria. – Nós não estamos juntos. Não no
sentido que você está sugerindo. – Ele falou, mas me deixou mais confusa
ainda.
- O que ele quer dizer é que somos irmãos. – Amy disse entre o riso e
as lágrimas. Ela estava chorando se tanto rir.
- Irmãos? – Perguntei.
- Sim. Amy é a minha irmãzinha caçula. – John falou.
- Oh! – Foi tudo que eu consegui dizer. E comecei a encontrar as
semelhanças. Eles tinham a mesma estrutura facial, mas ela era loira com
olhos escuros. E John era moreno com olhos muito azuis. Mas eles tinham a
mesma covinha quando riam.
Eu não sei por que, mas de repete foi como se um peso tivesse sido
retirado das minhas costas. E eu pude respirar novamente.
Eu sorri como uma boba, e felizmente o garçom apareceu para
anotar os nossos pedidos.
O jantar correu muito bem. Eu tive a oportunidade de conhecer Amy
melhor. Ela era uma mulher vibrante. E John parecia muito orgulhoso dela.
E isso me deixou muito feliz. Saber que ele era capaz de sentir tanto amor
por alguém.
O Telefone de Amy tocou quando estávamos prestes a sair, e ela
atendeu sorridente.
- Então, quanto tempo você pretende ficar em L.A.? – Perguntou
John.
- Eu ainda não sei. Não é como se eu tivesse alguém me esperando
em casa. E eu não tenho pressa.
- Isso é uma coisa boa de ouvir. – Ele sorriu.
- É mesmo? – Perguntei curiosa com a sua linha de pensamento.
- Gente, eu peço desculpas, mas eu tenho que sair para resolver um
problema que surgiu. – Amy fala.
- Problema? – John ergue as sobrancelhas como se não acreditasse
no que sua irmã estava contando.
- Sim. Tyler ficou preso com algumas coisas no consulado, e ele
precisa de mim.
- Eu sei que tipo de coisas, Tyler precisa de você, mas está tudo bem.
Eu acompanho a Layla até a sua suíte.
- Você tem certeza?
- Claro. Vá e cuidado. – John abraça a sua irmã carinhosamente, e eu
confesso que senti um pouco de inveja da conexão que eles compartilham.
No bom sentido, é claro.
- Você é o melhor. – Ela sorri.
- Eu sei. – John sorri.
- Convencido. – Amy atira a língua para fora em um tom de
brincadeira, e eu não posso deixar de rir com a troca entre os irmãos.
- Eu sinto muito, Layla, mas eu vou encontra-la amanhã para irmos
às compras. Que tal?
- Parece perfeito. Obrigada.
E com isso ela saiu sorridente. Essa menina era grande.
- Você não precisa me acompanhar. – Eu falo para John, não
querendo ser um incomodo.
- Besteira.
Nós saímos do restaurante, e John colocou a mão atrás das minhas
costas. O que acendeu todo o meu corpo. Foi como se uma corrente elétrica
estivesse percorrendo o meu corpo, com um simples e inocente toque.
Eu tentei afastar os pensamentos indesejados, mas não obtive muito
sucesso.
Quando tomamos o elevador, John estava calado e pensativo.
Parecia perdido em seu próprio mundo.
- Obrigada pelo jantar. – Eu falei para quebrar o silêncio.
- O prazer foi todo meu, acredite. – Ele olhou para mim com desejo, e
algo dentro me tocou profundamente.
Eu não sei como, mas ele colocou a mão na minha bochecha, e alisou
a minha pele. O seu toque era tão bom.
- Você é tão linda, Layla. – Ele falou com a cabeça bem perto da
minha. Os nossos lábios estavam praticamente se tocando.
Eu engoli em seco.
- Obrigada, John. – Eu respirei.
O elevador parou no meu andar, nós tirando da névoa que
estávamos envoltos.
Eu alcancei a minha chave na bolsa, tentando recuperar alguma
compostura. Eu estava ofegante, e eu sei que ele podia sentir o cheiro da
minha excitação.
- Você quer entrar para uma bebida. – Eu me aventurei.
- Você não está cansada? – Ele perguntou, enquanto eu abria a porta
do quarto dando-lhe passagem.
- Não mais. – Eu engoli em seco.
- Tudo bem. – Ele falou e entrou.
Eu coloquei a minha bolsa sobre o sofá, e fui preparar uma bebida
para nós.
- Uísque?
- Sim, por favor.
Eu preparei a nossa bebida, e quando eu entreguei o seu copo, os
seus olhos me olharam com desejo. Eu queria que ele me beijasse. Eu
queria saber qual era o gosto dos seus lábios macios. E qual bom eles eram.
E como se ele pudesse ler o meu pensamento. John tomou os copos da
minha mão, e os colocou sobre a mesinha de centro, e me puxou para o seu
peito firme.
Eu estava nervosa. Mas quando os seus lábios tocaram os meus, eu
perdi todo o nervosismo ou compostura, como queira chamar. Um beijo se
transformou em dois, e quando dei por mim, estávamos de frente para a
cama.
Eu podia sentir a sua ereção contra as suas calças. E ele era enorme.
Grosso e longo.
O calor da sua pele misturado com o meu, deixando-nos selvagens.
- Eu tenho gostos peculiares quando se trata de sexo, Layla.
- O que você quer dizer?
- Você vai descobrir em breve.
- Você é algum tipo de pervertido?
- Alguma coisa parecida. – Ele me dá um sorriso sexy.
- Então, eu não sei se somos compatíveis.
- Nós somos, Layla. Confie em mim quando eu digo isso. E quando eu
amarar você na minha cama e foder todo o seu sentido, você vai entender
quão compatíveis somos.
Oh Deus!
- Você me espancar? – Perguntei confusa e um pouco assustada com
a ideia.
- Só se você me pedir.
As minhas estavam em camisa. Era como se elas tivessem vida
própria. Mas eu não me importei. O desejo e a luxúria falaram mais alto.
Quando estávamos apenas em nossas roupas íntimas, ele me
levantou colocando-me sobre a cama macia.
- Porra! Você é tão linda. – Ele gemeu abocanhando o meu seio. Eu
arquei as minhas costas. A sensação era demais. Retirando o sutiã, John
explorou um, e depois o outro seio, enquanto os seus dedos viajavam para
baixo.
Os meus gemidos eram necessitados. Eu precisava dele dentro de
mim, mas ele estava tomando o seu tempo. Aproveitando cada centímetro
do meu corpo.
Ele estava adorando o meu corpo. E eu amei isso.
John mergulhou um dedo dentro de mim, e minhas costas saíram da
cama. A sensação era muito boa, e eu estava muito perto de gozar.
- John! – Eu implorei.
- Você está tão molhada para mim. Layla.
O meu corpo estava pegando fogo. O homem sabia como usar as
suas ferramentas.
Eu só estive com dois homens, mas eu sabia que John era à exceção
de toda regra. O cara era o senhor do sexo.
Esse sentimento que ele despertou em mim, eu nunca tinha sentido
antes.
A sua cabeça desceu para a minha abertura, e eu senti a sua
respiração fazer cocegas na minha carne em chamas.
- Por favor... – Implorei.
A sua língua acariciou a minha área sensível, e eu quebrei. O
orgasmo me bateu tão fortemente que eu pedir os sentidos por alguns
segundos. E quando eu retornei, ele estava me comendo como um homem
faminto.
- Você é tão gostosa, Layla. Eu poderia comê-la para sempre. – Ele
rosnou contra a minha carne.
Ele se afastou e procurou algo dentro da sua carteira. Eu vi o
pacotinho prateado, e sorri com a ideia de tê-lo dentro de mim. Eu morreria
se ele não estivesse dentro de mim pelos próximos segundos.
- Rápido, John. – Ele me deu um sorriso sexy e abaixou a sua cueca.
- Santa, porra! – Eu gritei, arregalando os meus olhos com o seu
tamanho e espessura.
- Não se preocupe, vai caber. – O bastardo arrogante piscou
divertido.
- John, você é enorme. Não tem como essa coisa caber dentro de
mim.
- Apenas relaxe. – Ele falou enquanto colocava o preservativo.
Eu estava um pouco assustada como o tamanho do seu pau, mas
também com água na boca. Eu queria levá-lo em minha boca, e saborear o
seu gosto.
John viu o meu desejo e sorriu. – Mais tarde, querida.
A sua boca explorou o meu abdômen, indo para os meus seios.
O seu pau duro e grosso contra a minha entrada. Eu me contorci
quando ele mordiscou o bico do meu seio, e isso criou uma fricção da
minha buceta com o seu pau, fazendo-o gemer.
Os seus olhos encontraram os meus. Ele guiou a sua ereção na
minha entrada, e lentamente deslizou para dentro de mim.
Ele era gigante.
Ternamente ele me segurou enquanto eu tentava me ajustar ao seu
tamanho. Os seus olhos nunca deixaram os meus. Eu balancei a cabeça, e
ele começou a se mover lentamente dentro de mim.
A sua ereção não estava completamente dentro de mim, eu podia
sentir isso, então ajustei a posição, o que lhe deu um ângulo melhor, e ele
deslizou completamente dentro de mim.
Eu não iria durar muito tempo. Ele estava tocando o meu ponto
doce, sem mesmo se mover.
Deus como é bom.
Eu inchava em torno dele, fazendo-o gemer, e bater mais forte
dentro de mim. Eu estava louca. A luxúria me tomou completamente.
As minhas unhas cravadas em sua carne incentivando-o a ir mais
rápido, mas fundo dentro de mim.
Eu não demorei muito, e caí no abismo do prazer. O meu corpo
convulsionou e ele me segurou. Os seus lábios encontraram os meus, e ele
encontrou a sua libertação com um rugido.
John era um homem muito bonito, mas quando gozava, ele parecia
perfeito.
Cru.
Selvagem.
Enlouquecedor.
Nós atingimos o êxtase juntos. Quando terminou, ele caiu ao meu
lado entrelaçando os nossos dedos. Estávamos ofegantes e tentando
recuperar algum oxigênio.
- Oh meu Deus!
- Foi incrível.
- Você quer que eu vá? – Ele perguntou.
- Eu quero que você fique. Eu ainda não acabei com você.
John jogou a cabeça para trás em uma risada gostosa, e ele me
apertou contra o seu corpo. Os seus lábios roçaram os meus suavemente.
Isto não era para acontecer, mas eu não me arrependo.
Eu me enrolei em seu corpo, e deixei que a razão tomasse uma folga.
John me segurou como se a sua vida dependesse disso, e eu deixei.
Senti-me segura em seus braços.
Parecia malditamente certo.
Era como se eu tivesse encontrado o meu lugar no universo.
E eu não pude conter o sorriso que estampou o meu rosto antes de
adormecer nos braços desse homem maravilhoso.
Capítulo 4
Na manhã seguinte, eu acordo com o som do telefone de John
tocando. Os seus braços estão me apertando contra o seu peito forte.
Eu respiro o seu cheiro, e sorrio.
Eu me viro e encaro as duas piscinas azuladas olhando para mim.
- Bom dia. – Eu sorrio.
- Bom dia, linda. Eu sinto muito ter te acordado, mas eu tenho que ir
para o aeroporto.
- Algum problema?
- Apenas trabalho. Eu vou voltar daqui a dois dias.
- Ok, Sr. Big. – Eu sorrio maliciosamente, e pisco.
- Sr. Big, é? – Ele me agarra, e começa a fazer cócegas.
- Não John. – Eu rio, tentando me livrar do seu agarre.
- Eu vou te mostrar quão grande eu sou.
E ele me mostra uma e outra vez antes de sair. Nós trocamos
telefones, e eu fiquei de jantar com ele em dois dias.
Tudo estava acontecendo muito rápido, mas eu não iria pensar nisso
agora. Durante toda a manhã eu não consegui tirar o sorriso bobo que eu
ostentava.
Ao meio dia, Amy me convidou para almoçar e aproveitar o dia na
piscina do hotel. Eu adorei a ideia. Um dia de sol para por em dia o meu
bronzeado não iria cair mal.
Meia hora depois Amy estava batendo na minha porta vestida em
um vestido de verão florido, e um biquíni por baixo.
- Pronta?
- Sempre. – Eu sorri e fechei a porta atrás de mim.
Eu tinha escolhido usar um short e uma regata, e por baixo o meu
biquíni amarelo vibrante que realçava a minha cor.
******
- Então, o que está rolando com você e o meu irmão? – Amy
perguntou.
- O que quer dizer? – Tentei soar indiferente, mas Amy não era boba.
- Não se faça de boba, Layla. Eu sei o que eu vi. E você e meu irmão
praticamente exalam sexo quando estão perto um do outro.
- Você está exagerando, Amy. – Eu corei escarlate.
- Olha, eu sou totalmente a favor. O meu irmão já teve a sua cota de
mulheres que não o mereciam. E você é a primeira que sei que é boa para
ele.
- Você nem me conhece ainda, Amy.
- Eu conheço o suficiente para saber quando alguém tem caráter. E
você minha amiga se encaixa perfeitamente no papel de cunhada.
Eu ri. – Você é maluca.
- E quem não é. – Ela riu junto, e nós chegamos à piscina do hotel.
Como eu tinha dito. O dia estava lindo. Havia poucas pessoas na
piscina. Amy e eu ficamos na ala sul, onde ficava o bar.
- E você como foi o seu encontro da noite passada? – Perguntei, e vi
o seu rosto se iluminar.
- Foi tudo muito bem. Tyler estava com alguns problemas no
consulado, mas conseguimos resolver.
- Tyler é daqui como vocês?
- Não. Ele é americano.
- Interessante.
- Tyler é apenas um amigo. Bem pelo menos ele só me vê dessa
forma. – Amy suspirou pesadamente.
- E o que você está esperando para fazer a sua jogada?
- Eu não quero assustá-lo. A sua amizade significa muito para mim.
- Eu entendo. Eu sei como é ter expectativas maiores do que elas
realmente são.
- É sim, mas vamos mudar de assunto. Você pretende ficar em Los
Angeles por muito tempo?
- Eu ainda não sei. Eu acho que poderia me estabelecer aqui, mas
ainda é tudo muito novo. Eu só quero aproveitar um dia após o outro.
- Eu sei como é.
O garçom trouxe as nossas bebidas e nós conversamos mais sobre o
seu trabalho e sua família. Eles pareciam ser pessoas maravilhosas. E eu
não deixei de pensar nos meus pais. E na falta que eles me fazem.
Depois da piscina nós tomamos banho e fomos ao shopping. Amy
tinha que pegar uma bolsa que ela tinha encomendado e não queria esperar
para ser entregue em casa.
A nossa tarde foi preenchida com muito riso. Amy é uma das
pessoas mais divertidas que eu já conheci em toda a minha vida. E eu
estava mais do que feliz em tê-la conhecido.
À noite eu estava muito cansada. Depois de um dia muito agitado,
tudo que eu precisava era de um banho quente, e uma cama.
Eu chequei o meu telefone, mas não havia nada de John. Eu tentei
ignorar a decepção que se instalou no meu peito, mas não estava obtendo
sucesso.
Eu sabia que não era uma boa ideia me envolver com alguém,
mesmo para um sexo casual. Eu nunca fui esse tipo de garota, e agora eu
estou pagando o preço.
Eu sinto a sua falta. E queria que ele estivesse aqui comigo. Eu só
conhecia John a menos de uma semana, e ele já tinha um lugar especial na
minha vida. Isso deve ser efeito da minha carência. Terminar o meu
noivado foi fácil. O difícil foi será esquecer a traição.
Eu nunca poderia esquecer o que as pessoas que eu considerava
minha família fizeram comigo.
Isso é algo que não se pode esquecer jamais.
Eu terminei o meu banho e vesti uma camisola de seda. Eu estava
terminando a minha leitura quando o meu telefone acendeu mostrando que
uma nova mensagem havia chegado.
Eu sorri quando vi quem a tinha enviado, e abri para ler.
Eu sei que é muito cedo, mas eu sinto a sua falta como um louco.

Gostaria de estar aí para fazer você vir gritando o meu nome para
todo o hotel ouvir. Boa noite, Layla. Sonhe comigo.
Com amor, Sr. Big.
Eu dormi como um bebê. E sonhei com o Sr. Big cumprindo a sua
promessa.
Capítulo 5

Eu não tinha muita certeza do que aconteceria entre mim e John,


mas decidi deixar as coisas rolarem naturalmente.
Fazia duas semanas que eu estava hospedada em seu hotel, mas eu
precisava de um lugar para ficar em tempo integral.
Eu precisava de um lar.
Eu nuca pensei em viver na Califórnia, mas uma coisa que eu
aprendi na vida é que nada é certo. A mudança é constante, então eu prefiro
aproveitar o momento.
Eu visitei algumas empresas de Designer de interiores. Eu precisava
ocupar a minha mente com coisas produtivas. E nada melhor do que fazer
isso da melhor maneira que eu sei, que é decorar.
De todas as empresas que eu visitei, uma me chamou muito atenção.
Ela não era uma empresa de grande renome, mas o seu potencial estava
muito além da compreensão dos leigos.
A Bali foi fundada há quinze anos pela Designer Rita Kavinsth. Rita
tem um grande olho para o negócio, ela consegue enxergar a verdadeira
essência de ser um Designer. E eu me apaixonei pelo ambiente de trabalho.
Todos me receberam de braços muito bem. Eu me senti em casa.
Eu trabalhei com artistas renomados de Roma, vi e ajudei a criar
ambientes incríveis, mas nunca senti que tinha encontrado um lar.
A Bali me passou essa sensação. E quando Rita me convidou para
trabalhar com ela, eu não pensei duas vezes.
Eu não precisava do dinheiro. Os meus pais me deixaram uma
grande herança. E eu poderia ficar sem trabalhar pelo resto da minha vida
se quisesse, mas eu nunca fui esse tipo de pessoa.
Eu sempre amei fazer algo produtivo. Isso nos mantém vivo.
******
- Ei o que você vai fazer hoje à tarde? – Perguntei a Amy quando ela
atendeu.
- Nada. Hoje é o meu dia de folga. O que você tem em mente?
- Eu estava pensando em procurar um apartamento. Você gostaria
de me ajudar?
- Hum, parece ótimo, mas deixe-me dizer que John não vai ficar feliz
quando souber que você está indo embora do seu hotel.
- Eu não posso morar em um hotel para sempre. E John não é o meu
dono, Amy. – Eu falo exasperada.
- Diga isso para o homem louco. – Ela brincou. E eu sei que ela tinha
razão. John e eu estávamos muito próximos nos últimos dias. E ele não
levaria numa boa a ideia de eu me afastar da sua vista.
- Ele vai superar. Então, você vai ou não?
- Claro que eu vou. Quem mais seria sua parceira de crime?
Eu ri. – Ninguém.
- Vejo você em meia hora, cadela. – Ela falou e desligou.
Quarenta e cinco minutos depois Amy e eu estávamos saindo para
procurar um apartamento. John estava em Chicago a negócios e chegaria
hoje à noite. Ele me pediu para ir com ele, mas eu tinha algumas coisas para
fazer, então deixei para outra vez.
- Então, o que você está querendo? Um bangalô, ou um apartamento
de luxo? – Perguntou Amy assim que chegamos à imobiliária.
- Eu não gosto de nada extravagante, mas eu poderia viver em lugar
agradável.
- Você poderia ficar comigo.
- Como assim? Você não vive com os seus pais?
- Claro que não. Quantos anos você acha que eu tenho, Layla? Eu sou
uma menina adulta. – Ela estirou a língua para mim.
- Eu diria que você é muito velha para dar a língua. – Falei
empurrando o seu ombro.
- Eu estou falando sério. O meu apartamento é bastante grande, e
com certeza cabe mais uma pessoa. Eu adoraria dividir com você.
- Parece ótimo, mas você tem certeza?
- É claro que eu tenho certeza, Layla. Eu sei que você é encanada
com essa coisa de tempo, mas eu não tenho nenhuma dúvida de que você e
eu seremos grandes amigas para sempre.
Eu sinto o meu coração inchar.
Eu não estava pronta para esse tipo de coisa.
Eu tive uma melhor amiga, e ela quebrou o meu coração quando
transou com o meu noivo, mas Amy era diferente.
- Obrigada. – Eu a abracei apertado.
- Oh, querida. Não chore, por favor. – Ela me abraçou de volta.
- Eu sinto muito. Eu estou sendo emocional. – Eu falei enxugando as
lágrimas do meu rosto.
- Então, vamos comprar algumas coisas. O meu quarto de hóspedes
precisa de uma grande decoração.
- Que bom que eu conheço uma. – Eu falei sorrindo.
******
- Olá. – Uma jovem sorriu para nós enquanto caminhávamos pela
porta.
- Oi.
- Posso ajudá-la?
- Nós estamos mobilhando o meu quarto, e eu gostaria de alguns
móveis modernos e com muito estilo para dar um toque a mais.
- Excelente. Eu tenho o que você precisa. Acabamos de receber uma
nova coleção de um designer exclusivo. Eu acho que se encaixa no seu
estilo.
- Perfeito.
- Eu sou Elise. – Ela estendeu a mão educadamente.
- Eu sou Layla, e essa é a minha amiga, Amy.
- Prazer em conhecê-las, senhoras. Vamos começar?
- Claro. – Eu sorri.
- Vocês aceitam algo para beber?
- Eu quero uma água. – Eu falei.
- Eu quero uma mimosa. – Amy falou, e eu ergui as sobrancelhas em
confusão.
- O quê? Vai ser um longo dia, e eu preciso de uma mimosa para
começar bem.
Eu balancei a cabeça e sorri. Essa era Amy.
Uma cama chamou a minha atenção rapidamente. Era uma cama de
trenó em um tom de carvão muito bonito. Eu amei a cama logo de cara.
- Você não acha que é muito masculina, não? – Amy perguntou
tomando um gole da sua bebida.
- Eu sou meio menino. Eu adoro as cores escuras. Elas demonstram
personalidade forte.
- Tudo bem, senhorita designer. – Ela sorriu.
- É uma excelente escolha. – Elise falou. – Esta é a nossa nova
colação Buete.
- Eu sei de alguém que vai adorar essa cama. – Amy sorriu quando
olhou para mim.
De repente, visões da minha noite com John encheram a minha
mente.
- É mesmo? – Perguntei, tentando soar indiferente ao seu
comentário.
- lembre-me de comprar protetores de ouvidos. – Ela piscou com um
sorriso insolente.
- Você é uma idiota. – Eu sorri também.
- E você me adora.
- É verdade, mas vamos voltar às compras, senhorita tarada.
Capítulo 6
Eu me mudei para o apartamento de Amy há dois dias. E como era
de se esperar, John ficou muito irritado com a ideia de eu deixar o hotel.
- Eu não quero que você saia daqui. Mas se você quer uma casa, você
pode ir morar na minha. – Ele falou quando estávamos discutindo.
- Você deve estar louco.
- Por quê? É tão absurdo assim eu querer você comigo? – Ele
perguntou um pouco ferido com a minha reação.
- Não. Não foi isso que eu quis dizer. Apenas é muito cedo para algo
tão grande como morar juntos, John.
- Eu não me importo. Eu sei o que eu quero, e eu quero você.
- Eu também quero você, mas vamos dar um passo de cada vez. Eu já
confiei uma vez antes, e terminei sem noivo ou amigos. Eu não quero me
precipitar novamente.
Ele suspirou cansado, mas cedeu. – Eu entendo, mas eu vou lhe dar
isso por agora. Eu não vou desistir, Layla.
Eu sorri e o beijei. – Obrigada. – Apesar de estarmos juntos há pouco
tempo, eu sentia que conhecia John há muito mais tempo. Ele me fazia
sentir bem, e isso era tudo que eu poderia pedir de um homem, além de
fidelidade, é claro.
A minha mudança foi muito rápida, visto que eu só tinha algumas
malas e nada mais.
A loja entregou os móveis que compramos no dia seguinte. Tudo já
estava montado e arrumado quando eu cheguei. E para a minha surpresa,
tinha sido Amy quem decorou tudo. Ficou tudo muito bonito.
Eu desço as escadas e encontro Amy na cozinha tomando uma xícara
enorme de café.
- Ressaca? – Pergunto.
- A pior de todas. Eu nunca mais vou beber. – Ela resmunga e eu rio.
- Eu vou fingir que acredito nisso. – Eu falo pegando uma maçã, e um
suco de laranja da geladeira.
- Você é uma péssima amiga. Por que você me deixa beber? – Ela
geme em desgosto, e continua tomando o seu café.
- Eu tentei, mas você é a porra de bêbada mais chata do mundo. – Eu
brinquei.
- Você não está atrasada para o trabalho? – Ela pergunta, inclinando-
se contra o balcão da cozinha.
- Não. Eu só começo as dez. Essa é a melhor empresa que eu já
trabalhei na vida.
- Divirta-se, rock star. – Ela grita.
- Obrigada. Você também. – Eu falo batendo a porta atrás de mim.
Uma das coisas que eu comprei foi um carro. Eu não poderia usar o
de Amy todo o tempo. Então eu decidi comprar um Prius vermelho muito
bonito e confortável.
Hoje era o meu primeiro dia na Bali, e eu estava ansiosa para
trabalhar com a Rita. Ela era uma mulher incrível. Nós passamos horas
falando sobre designers outro dia. E eu queria fazer parte dessa família que
ela criou na Bali.
******
Eu dirijo o meu Prius para o escritório.
O trânsito é sempre melhor nessa hora da manhã.
Eu entro na Bali e olho para o relógio. São nove e meia. Eu ainda
tenho meia hora para me organizar, antes de começar o meu dia de
trabalho.
E vou para a minha sala, e noto que há um lindo buquê de lírios
brancos na minha mesa.
- Bom dia, Layla. – Anne aparece atrás de mim. – Que flores lindas. –
Ela fala.
- Bom dia, elas são sim. – Eu pego o buquê e cheiro. Tem um cheiro
divino.
- Um admirador? – Ela pergunta curiosa.
Eu rio não querendo entregar tudo. – Apenas um amigo.
- Um amigo muito atencioso, eu suponho.
- Você poderia dizer isso. – Eu coloco a minha bolsa sobre a mesa e
ligo o meu computador.
- Ansiosa para o primeiro dia?
- Muito. Eu estou muito feliz por trabalhar com vocês.
- Nós também querida.
- Onde estão todos? – Pergunto.
- Reed e Ella foram visitar um cliente em Miami. Rita está em uma
reunião com alguns investidores e seremos você e eu durante todo o dia na
Bali.
- Oh! – Eu faça uma careta simpática.
- Eu tenho um compromisso ao meio-dia no hotel Lux. Você acha
que pode ficar bem o dia todo?
- Claro. Não se preocupe. Qualquer coisa eu te ligo.
- Tudo bem. Vejo você mais tarde, Layla. – E com isso ela sai.
Eu conheci Anne no dia que eu vi para a entrevista. Ela é um bocado
para lidar, mas é uma boa pessoa.
Ao meio-dia Anne sai e a recepcionista me avisa que há um cliente.
Eu peço que ela mande-o entrar.
O meu dia é preenchido com ideias para expandir um apartamento
de luxo. O cliente é muito exigente, mas o seu gosto é bastante peculiar. O
que me traz um enorme desafio no meu primeiro dia de trabalho.
Eu estou bastante orgulhosa no final do dia quando consigo fechar o
meu primeiro grande negócio para a Bali.
A vida finalmente está sorrindo para mim novamente.
Tudo que eu quero é tomar um banho relaxante e dormir cedo. Eu
tenho festejado muito nos últimos dias. E eu preciso de uma folga.
Dividir o apartamento com Amy não é uma tarefa fácil. A menina é
uma bomba de adrenalina. Ela me arrasta para todo lado. Eu não estou
reclamando, mas uma garota precisa de um dia de descanso e uma boa
noite de sono para funcionar melhor.
Eu verifico o meu celular e há duas mensagens de John.
J - Como foi o seu primeiro dia na Bali?
J - Você gostou das flores?
Sorrindo eu envio uma resposta:
L- O meu dia foi maravilhoso. Eu fechei um grande contrato. E
as flores são lindas, obrigada.
A sua resposta veio quase imediatamente:
J - Muito feliz por você, querida. Eu sinto sua falta.
L – Eu também. Boa noite.
Capítulo 7
- Você disse que era uma casa simples. – Eu disse com os olhos
arregalados enquanto atravessávamos os portões para a mansão
imponente de John.
- Para mim é. – Ele fala com desdém.
- Você é maluco. Essa casa é a maior mansão que eu já vi na minha
vida.
- E eu vou foder você em cada maldito canto dela. – Ele disse com
um sorriso.
O meu corpo vibra com as suas palavras grosseiras. E eu sinto minha
calcinha molhada.
John para em frente às portas de madeira nobre, e sai do carro. Em
um gesto cavalheiro, ele abre a porta do carro para mim.
- Obrigada. – Sorrio.
- O prazer é todo meu, querida.
John tinha me convencido a passar o final de semana com ele. Eu
estava um pouco relutante no começo, mas ele tem técnicas muito eficazes
com a boca, e mãos para me fazer dizer sim.
Ele pega a minha mala, e entrelaça os dedos nos meus.
O seu jardim é muito bem cuidado. Há muitas árvores e plantas em
formas de animais espalhadas pela enorme propriedade.
O interior da casa é ainda mais impressionante. Não que eu tivesse
alguma dúvida. Havia uma mesa com um grande jarro de flores perto da
escada que levava ao andar superior.
- Lá é a sala de estar, seguido pela sala de TV. – John apontou para o
meu lado esquerdo onde portas francesas estavam localizadas.
- Tudo parece tão impressionante. – Eu falo admirada.
- Eu vou te dar um tour mais tarde, mas agora nós temos coisas
melhores para fazer. Você está com fome?
- Não.
Ele me puxou para o andar de cima. E quando chegamos ao quarto o
meu queixo caiu.
O quarto era maior do que o apartamento que Amy e eu vivíamos.
No centro havia uma cama de dossel, em madeira escura. Nas paredes
havia chicotes de todos os tipos pendurados. Ganchos nas paredes para
pendurar cordas, ou pessoas.
O quarto era muito bonito em tons de preto e branco, mas com o
toque ousado.
- Esse é o meu santuário. E eu quero que você se sinta a vontade. – A
sua voz era suave contra o meu ouvido.
Eu estava um pouco em choque. Eu sabia que John estava nessa
coisa de BDSM, quando ele me disse que tinha um gosto peculiar no sexo,
mas isso era bem diferente do que eu estava imaginando.
- Você quer sair correndo? – Ele perguntou quando eu não disse
nada.
- Talvez. – Eu encontrei as palavras para falar.
- Não se assuste. Tudo é para o nosso prazer. – Ele sussurrou.
Ele correu a mão ao longo do meu ombro e pescoço. Eu tremia ao
seu toque. Excitação apertando o meu estômago. As minhas bochechas
estavam coradas, e eu estava malditamente excitada com a ideia dele bater
em mim enquanto me fodia.
- Eu quero você, Layla. – Sua voz era baixa, e rouca.
Foda-se!
Essa deveria ser a hora que eu sairia correndo, mas eu não podia.
Tudo isso me excitava e me instigava mais.
- Eu quero você. – Ele repetiu. A sua voz hipnotizante despertando
todos os meus desejos mais ocultos. Eu quero colocar o mundo aos seus
pés, Layla. E você vai gostar.
- Eu não sei. – Eu respondi honestamente.
Tudo isso era muito novo para mim. Eu nunca me envolvi tão rápido
com uma pessoa assim. E isso me assustava um pouco. Eu nunca fui à
garota de uma noite apenas.
John parou de me tocar e deu um passo para trás. Eu senti a
ausência do seu toque. Eu me virei e fiquei cara a cara com ele.
- Mas eu quero tentar.
John olhou para mim com algum tipo de emoção em seus olhos. Por
um momento eu estava preocupada que tinha o empurrado para longe, mas
ele se aproximou, e me beijou.
Os seus braços firmes em torno de mim, me segurando. As suas
mãos percorrendo o meu corpo.
Eu fiz um som como um gemido, quando a sua língua deslizou na
minha boca. John me levou para trás em direção à cama, puxando o meu
vestido do corpo.
Quebrando o nosso beijo, ele arrancou o vestido do meu corpo de
um puxão, e jogou-o no canto do quarto. Ele passou a mão pelo meu cabelo,
e segurou com força, me forçando a curvar-me. Os seus olhos nunca
deixando os meus.
- Eu quero você, e só você. – Seus olhos estavam escuros. – Você é
minha, e eu vou fodê-la de uma forma que você nunca imaginou.
Eu podia jurar que um gemido gutural saiu da minha garganta, mas
eu estava muito ocupada observando esse homem lindo tomar o meu corpo
como se fosse seu.
John começou a me beijar novamente. A sua boca estava por toda
parte. Em meu queixo, pescoço. Eu não tinha certeza de quando ele tinha
me deitado na cama, mas senti quando suas mãos habilidosas estavam sob
o fecho do meu sutiã.
John ainda estava completamente vestido, enquanto eu era um
bagunça nua em seus braços.
Eu podia sentir cada polegada do seu corpo musculoso contra o
meu.
Em um movimento rápido ele arrancou as suas próprias roupas. Os
seus polegares estavam no cós de sua cueca boxer branca. Eu estava
hipnotizada.
John era o homem mais lindo que eu já vi no mundo.
Eu lambi os lábios quando ele empurrou a sua cueca para baixo,
liberando o seu pau enorme. Calor encheu as minhas bochechas. Ele
acariciou o seu pau muito duro enquanto eu assistia com água na boca.
Agarrando os meus tornozelos, ele subiu em cima da cama, e abriu
as minhas pernas. Ele se inclinou para baixo contra a minha entrada. A sua
língua dançou para fora sobre a barreira de renda fina entre as minhas
pernas.
Eu arqueei contra ele, os meus dedos enterrados no seu cabelo.
Afastando a calcinha de lado, ele provocou à pele sensível a língua.
Os meus olhos rolaram, eu tentei mantê-los abertos, querendo ver como ele
me devorava lá embaixo, mas a sensação era quase demais para suportar.
A sua língua rodou em minha carne sensível, e ondas de prazer
percorreram o meu corpo como um raio. A minha cabeça pendia de um
lado para o outro no travesseiro, enquanto John me comia com a sua boca
magistral.
Eu estava quase lá, caindo sobre a borda, empurrando para
encontrar a sua boca. Os meus dedos apertando o seu cabelo, eu sabia que
isso deveria doer, mas ele não pareceu se importar. As suas lambidas
aumentavam de acordo com o meu aperto.
John se mudou para cima. O meu corpo trêmulo grudado ao seu. Os
nossos olhos se encontraram. Ele rolou por cima de mim até a mesinha de
cabeceira. A princípio eu estava confusa, mas quando ele pegou um
pacotinho prateado (preservativo), eu entendi.
Estabelecendo-se entre as minhas pernas, ele colocou o preservativo
no seu membro ereto.
Deus! Eu nunca me canso de olhar para o seu pênis. É tão grande e
grosso. A minha boca enche de água. Eu queria sentir o seu gosto, mas John
tinha outros planos.
Eu o senti escovar contra a minha entrada. Ele estava me
provocando. Eu levantei os meus quadris, ansiosa para tê-lo dentro de mim,
mas ele apenas riu e se afastou.
- Ainda não, princesa. – Ele murmurou, e me beijou
apaixonadamente.
- Eu preciso de você dentro de mim. – Implorei.
- Eu sei, mas eu preciso de alguns minutos ou eu vou gozar como um
adolescente.
- John! – Eu gemi desesperada.
- Eu sei o que você precisa, princesa. E eu vou te dar. A sua buceta
gulosa vai ordenhar todo o gozo do meu pau.
Uma emoção passou por mim.
Esperança.
Confiança.
John estava ganhando mais espaço na minha vida.
Os seus dedos acariciando a minha pele. O toque suave contra os
meus seios, e logo um beliscão nos meus bicos dos seios, fazendo-me gritar.
-Por favor. – Implorei.
- Eu vou cuidar de você querida.
Quando ele deslizou para dentro de mim, eu quase chorei. Felicidade
pura preenchendo o meu ser. Esticando-me. John ajustou o seu corpo de
modo que estávamos tão unidos como se fôssemos apenas um.
A sua mão acariciou o meu cabelo, seus olhos me prendendo aos
seus. E ele começou a se mover dentro de mim com impulsos profundos. Eu
podia sentir cada polegada dele dentro de mim.
A sua boca procurou a minha. Era uma sinfonia de sons. Os nossos
corpos se tornaram um. Parecia que tínhamos sido feitos um para o outro.
O meu corpo estava em chamas. Eu encontrei os seus movimentos, e
comecei a me mover em sua direção.
A pressão dentro de mim aumentou, e eu o senti endurecer dentro
de mim. Com um grito eu vim chamando o seu nome.
Capítulo 8

Dedos estavam traçando padrões ao longo da minha coluna, e


descendo para o meu quadril.
Os meus olhos se abriram, e eu encontrei um Johnny muito
sorridente me encarando.
- A bela adormecida acordou.
- Olá. – Eu sorri e me virei para ficar de frente para ele.
- Layla, quantos namorados você já teve? – Ele perguntou sem filtro.
A pergunta me pegou de surpresa, e eu o encarei tentando decifrar
aonde ele queria chegar com isso.
- O quê?
- Eu preciso saber.
Eu rolei para fora do seu alcance e me levantei indo em direção ao
banheiro. Mas ele me seguiu.
- Eu não quero ser inconveniente, mas é algo que eu preciso saber.
- Eu não entendo o que isso tem a ver com a gente. E você, vai me
dizer com quantas mulheres você já esteve?
- Amantes ou submissas?
- E há uma diferença?
- Claro. Eu não tive namoros convencionais como você. Mas eu tive
algumas submissas e muitas amantes. Mulheres com quem eu tive um
breve envolvimento.
- John, isso não importa.
- O fato de que você não está me dizendo quer dizer algo. – Ele falou
sem emoção.
- Não é bem assim. Eu não tive grandes aventuras sexuais, se é isso
que você quer saber. Diferente de você que teve amantes e submissas.
- Para algumas pessoas, o sexo é apenas um ato físico. Não emoção
ou um envolvimento mais profundo. O ato em si é o mais importante.
- Você está me dizendo que nunca se apaixonou? – Perguntei.
- Eu nunca me apaixonei, Layla. – Ele repetiu.
- Como? – Perguntei incrédula.
Eu não podia acreditar. John era um homem muito bonito,
inteligente, com um humor interessante. Não consigo entender como ele
nunca foi fisgado por nenhuma garota bonita.
Os seus olhos brilharam, e ele sorriu. – Eu não sou um caso de
caridade, Layla. Não precisa ter pena de mim.
- Eu não estou com pena, apenas surpresa.
Eu lavei o meu rosto e escovei os dentes, enquanto ele me olhava.
- Eu só estive com dois caras. O meu ex-noivo e o garoto que eu
perdi a virgindade. Com exceção de você, é claro.
- Obrigado. – Ele suspirou e andou até mim.
- Não tem de que. Feliz, agora?
- Muito. – Ele sorriu e me abraçou.
- Eu posso saber por quê?
- Eu precisava saber o quão experiente você era no sexo.
- E o que isso tem a ver?
- Eu quero ser o único a dominar o seu corpo. Eu quero ser o senhor
do seu prazer. Você não vai gozar até que eu permita. O seu corpo agora me
pertence, e eu vou fazer coisas muito boas para você.
- Oh! – O meu corpo estremeceu com as suas promessas.
John me arrastou para o quarto e me mostrou como ele poderia me
dar prazer de todas as formas possíveis.
******
Quando eu acordei, John não estava mais na cama.
Eu senti o cheiro de bacon e ovos fritos, e o meu estômago roncou.
Eu estava faminta. As nossas atividades da noite passada me
deixaram com muita fome.
Depois de usar o banheiro, e escovar os dentes, eu desço para
encontrar John cozinhando o nosso café.
Eu sorri com a visão dele usando apenas uma cueca boxer preta e
nada mais, enquanto cozinhava. E eu estava com água na boca, por ambas
as coisas.
- Você dormiu bem, querida? – Ele perguntou sorrindo quando se
virou para mim.
- Maravilhosamente bem, obrigada. – Eu sentei no banco da ilha.
- Está com fome?
- Muita. Eu não sabia que você cozinhava.
- Eu tenho muito talentos, Layla. – Ele piscou um sorriso travesso.
- Oh, acredite em mim, eu sei. – Eu sorri.
- Minha mãe nos ensinou a cozinhar. Ela não queria que
crescêssemos sem saber o básico para sobreviver. Então nós aprendemos
muita coisa como: cozinha, lavar e passar, tivemos aula de defesa pessoa,
entre outras coisas.
- Nossa! A sua mãe parece ser uma mulher incrível.
- Ela é. Amy se parece muito com ela. Ela vai adorar conhecer você.
- O que? Você vai me apresentar para a sua mãe?
- Querida, você é minha namorada. E eu pretendo apresenta-la para
o mundo. Eu quero que todos saibam o quão feliz eu estou.
- Oh, John. Isso é lindo, mas você não acha que um pouco cedo para
isso?
- Eu não quero me esconder. Você não quer isso? Quero dizer, nós? –
Ele falou um pouco apreensivo.
- Não é isso. É que...
- Eu entendo, mas prometa-me que vai pensar sobre isso.
Eu sorri. – Eu prometo.
John nos serviu, e eu provei a sua deliciosa refeição. O homem sabia
cozinhar.
Nós conversamos e rimos sobre fatos da nossa infância. E eu
descobri que John era muito próximo da sua outra irmã. Na verdade eles
eram gêmeos. E eu estava louca para conhecê-la.
Amy e eu conversávamos sobre muita coisa, mas ela nunca havia me
dito que John tinha uma irmã gêmea.
Depois do café John me arrastou para o quarto e nós passamos todo
o dia de sábado na cama.
O homem era insaciável, mas eu não estava reclamando.
Capítulo 9
O sexo com John era maravilhoso, mas eu estava esperando que ele
fizesse algum movimento com o seu lado dominante.
Eu nunca estive com alguém assim, e isso estava me deixando cada
vez mais curiosa.
Estávamos deitados de conchinha. John tinha a cabeça enterrada no
meu pescoço. A sua respiração fazendo cócegas no meu ouvido.
- Você vai me ensinar. – Eu perguntei corajosamente.
Ele sorriu contra a minha pele. – Você está pronta para aprender?
Eu me contorci e virei para ele, os meus mamilos apertados contra o
seu peito duro. A minha respiração estava ofegante, e eu podia sentir o meu
corpo todo aquecer com desejo.
- Sim. – Foi tudo que eu respondi.
- Tudo bem. – Ele me beijou e se afastou da cama.
John entrou em seu closet e ficou lá por alguns segundos, antes de
voltar com uma corda. – Então vamos começar.
Excitação tomou conta de mim. Eu não sabia o que esperar. Eu tinha
lido vários livros sobre esse tema, mas nada tinha me preparado para a
coisa real. Eu não sabia se ele seria agressivo, ou se eu iria gostar.
John percebeu a preocupação gravada no meu rosto e tentou me
tranquilizar.
- Não se preocupe, eu não vou fazer nada que você não queira, ou
que te deixe desconfortável.
- Ok.
- Vamos começar escolhendo uma palavra segura para você usar.
- Fermasi.
- O que?
- Fermasi, é a minha palavra segura.
- Tudo bem. O que significa?
- É pare em Romeno.
- Fermasi, então será. Eu quero que você deite no centro da cama, e
estenda os braços para frente.
Eu fiz o que ele pediu, e ele me amarrou as minhas mãos com a
corda, prendendo-as em um gancho que havia escondido atrás da cabeceira
da cama.
Eu não tinha visto quando chegamos, estava bem escondido
propositalmente apenas para usos exclusivos.
- Muito conveniente. – Eu sorri.
- Você vai descobrir muitos desses espalhados pela casa. – Ele
piscou.
Eu estava um pouco nervosa e assustada ao mesmo tempo.
Depois de amarrar as minhas mãos, ele tirou a sua cueca e se
posicionou em cima de mim acariciando o seu pau já duro.
- Abra a boca. – Ele comandou.
Eu fiz o que ele me pediu, então ele deslizou a ponta do seu pau
entre os meus lábios. Eu o queria todo dentro da minha boca, mas John
tinha outras ideias.
- Eu quero que você sugue suavemente, como se estivesse chupando
o seu sorvete favorito.
- Você está me matando. – Eu gemi quando ele puxou para foda da
minha boca quando eu aumentei as investidas contra o seu pau.
Era frustrante. Ele estava inserindo um pouco mais a cada vez que
eu o lambia e sugava o seu pau. Ele tinha um gosto divino, salgado e
almiscarado.
Cheirava a sexo e banho fresco.
Usando o meu cabelo para me guiar, e eu o levei mais fundo na
minha garganta.
Eu podia ver que ele estava se segurando, uma parte dele queria se
enterrar profundamente na minha garganta, mas ele queria manter o
controle, fazendo-me levar um pouco de cada vez.
As minhas coxas estavam lisas com a minha excitação, a minha
buceta estava pulsando com cada gemido que saia da sua boca.
John era um dominante nato, e eu acabei me descobrindo como uma
submissa também. Era uma reação natural.
Ele apertou o meu cabelo mais forte, e eu senti o meu couro cabelo
arder. Ele puxou para fora, e eu lambi os meus lábios.
Os seus olhos estavam sombrios. Ele estava por um fio, eu podia ver
isso. Então ele me virou, colocando-me de bunda para cima. Eu podia sentir
a sua respiração na minha entrada, e eu arfei.
Eu gritei quando a sua mão bateu contra a bochecha da minha
bunda, e depois alisou.
- Você é tão perfeita. – Ele gemeu contra a minha carne, e eu me
contorci procurando o seu contato. Eu estava desesperada para tê-lo
dentro de mim.
Os meus mamilos estavam sensíveis contra o lençol, e eu podia
sentir a minha umidade escorrer pelas minhas pernas.
Todos os meus sentidos estavam sobrecarregados. Eu não conseguia
pensar. Tudo que eu queria era que ele me tocasse, mas ele continuou
apenas me olhando.
- Por favor... – Implorei.
- A sua mão bateu contra a minha bunda novamente, mas dessa vez
foi mais forte. E eu gritei com o choque. - Eu não lhe dei permissão para
falar.
Merda.
Ele estava certo.
Outra palmada veio logo em seguida me fazendo saltar. Cada uma
mais forte que a outra.
O meu corpo estava em choque. Eu estava com dor e excitada ao
mesmo tempo. Eu não sabia o que pensar.
Ele bateu mais umas cinco vezes, cada uma mais forte que a
anterior. Eu me contorcia. A minha bunda estava em chamas, mas eu estava
muito excitada. E então sua mão deslizou entre as minhas pernas, e ele
mergulhou um dedo dentro de mim.
- Porra! – Eu gritei desesperada pelo seu toque.
- Você está tão molhada, Layla.
- John! – Eu gemi incoerentemente.
- Shh! – Ele moveu o seu dedo dentro e fora na minha buceta.
- Você gostou? – Ele perguntou.
Eu não podia responder. A sensação era boa demais. E eu não
poderia pensar coerentemente nesse momento. Não quando o seu dedo
estava me levando ao êxtase.
John sentiu a minha resistência, então retirou o seu dedo dentro de
mim, fazendo-me protestar com a ausência.
- Responda-me, Layla. – Ele pediu.
- Sim. – Eu gritei exasperada.
John alisou a minha bunda, e posicionou o seu pau na minha
entrada. Eu estava tão molhada para ele, que deslizou facilmente.
A posição permitiu que ele fosse mais fundo dentro de mim. Eu era
uma bagunça. O seu pau estava cutucando o meu útero, mas eu não poderia
pedir para parar. Eu precisava dela mais fundo.
Ele entrou completamente dentro de mim, e nós arfamos com a
invasão.
- Porra! A sua buceta é tão apertada, querida. – Ele gemeu.
- Big! – Eu gritei quando aumentou os movimentos dentro e fora de
mim.
- Eu não vou durar muito, porra! Você é muito gostosa. – Suas mãos
apertaram os meus quadris, enquanto ele batia dentro de mim como se
estivesse possuído.
O meu orgasmo veio como uma bala. O meu corpo tremeu, e eu
gritei o seu nome sem parar ordenhando o seu pau.
Apesar da posição, eu tive o momento mais alucinante da minha
vida sexual. John me deu o maior orgasmo que eu já recebi, e eu caí mole
contra o colchão.
John seguiu o meu exemplo e veio gritando o meu nome em seus
lábios carnudos. E caiu em cima de mim. O seu corpo estava tremendo.
Depois de alguns segundos eu senti as minhas mãos serem
desamarradas. Ele me rolou para cima, esfregando os meus pulsos e
beijando o local.
John rolou para fora da cama, e depois voltou com uma pomada.
Cuidadosamente, ele aplicou sobre o local onde a corda esteve, e depois me
beijou loucamente.
- Eu peço desculpas. – Ele falou depois de me beijar.
- Pelo que? – Perguntei confusa.
- Por ter sido um pouco bruto para a nossa primeira experiência
BDSM.
- Confie em mim quando eu digo que foi a melhor coisa que eu já
experimentei na minha vida. Foi tão intenso, que eu pensei que ia rasgar ao
meio. – Eu falei tentando fazê-lo entender quão bom tinha sido para mim.
Algo sombrio passou pela sua cabeça, mas ele se recuperou
rapidamente e me beijou. – Obrigado.
- Eu que agradeço, Sr. Big. – Eu provoquei.
- Você me convenceu pequena provocadora. – Ele sorriu. – Agora eu
vou provar a sua buceta doce, e vou fodê-la com minha língua até que você
não possa caminhar em linha reta por uma semana.
Eu engoli em seco.
John foi implacável. Ele cumpriu o que prometeu. Ele chupou e
lambeu a minha buceta me levando a um orgasmo de abalar a terra. Tentei
empurrar a sua cabeça para longe do meu clitóris sensível, mas ele pegou
as minhas mãos e prendeu acima da minha cabeça, e depois me deu mais
outro orgasmo apenas com os dedos.
Eu estava pronta para usar a minha palavra segura. O meu corpo
não podia suportar mais nenhum orgasmo naquele momento, mas ele
afastou os meus joelhos e bateu dentro de mim mais uma vez com o seu
pau gigante. E eu perdi toda a compostura.
John me virou colocando-me em cima dele, e eu o montei como uma
amazona feroz.
A minha buceta estava encharcada com os nossos fluídos, mas ele
não conseguia ter o suficiente de mim. E eu estava na mesma sintonia.
Não sei quanto tempo se passou, mas eu devo ter desmaiado de
tantos orgasmos.
A vida era realmente boa novamente.
Capítulo 10
John e eu passamos a manhã de domingo na cama. Onde ele me
mostrou mais coisas sobre BDSM.
O homem era muito habilidoso com todos os membros do corpo.
Isso eu não poderia negar. Mas eu sabia que ele estava se segurando com
relação ao BDSM.
Eu não sei o que está provocando tão reação, mas sinto como se
estivesse no meio de algo.
Amy me ligou no domingo nos convidando para jantar. John queria
recusar o convite, mas eu o convenci. Eu amo sexo com John, mas ambos
precisávamos de uma pausa para recuperar as forças.
O jantar foi muito bom. Amy levou o seu amigo Tyler e nós tivemos
uma noite bastante agradável.
Hoje era segunda-feira, dia de voltar ao trabalho.
Na noite passada eu voltei para o apartamento de Amy, mas John
não ficou muito feliz. Eu o convenci que seria melhor desacelerarmos, ou
tudo poderia sair dos trilhos.
Não há dúvidas que estamos muito atraídos um pelo outro, mas eu
não quero apressar nada.
-Bom dia. – Eu falei para Anne enquanto seguia para o meu
escritório.
-Bom dia, flor. Você parece radiante. – Ela sorriu de volta.
- Obrigada. Eu estou.
- Já sei, tem homem na jogada. – Ela provocou.
- Nem toda felicidade tem que ser por algum homem.
- Querida, eu conheço essa cara. É a cara de quem teve muitos
orgasmos durante o final de semana, e não tente me enganar.
- Você é impossível. – Eu ri e entrei na minha sala.
******
O meu dia é preenchido com muito trabalho.
Eu verifico e-mails, e dou uma revisada nos projetos que estão em
andamento.
Eu gosto de manter o controle em todos os meus designers. Assim
eu não sou pega de surpresa em algum imprevisto.
Ao meio dia Anne chega com um almoço do meu restaurante chinês
favorito, e eu poderia beijá-la.
Anne é uma grande pessoa. Ela é uma excelente profissional, e uma
boa colega. Na verdade todos na Bali são. E essa é uma das coisas que me
deixa mais feliz por trabalhar aqui.
O meu telefone avisa que um SMS acabou de chegar. Eu verifico
rapidamente, e encontro uma mensagem de Amy.
A - Temos convidados, traga o vinho. X
Eu mordo os meus lábios e envio uma mensagem de volta.
L - Visitas?
A - Sua outra cunhada.
L - A sua irmã está aqui? A propósito, obrigada por me não me
avisar que você tem outros irmãos.
A - Sinto muito. Eu pensei que Johnny tinha dito.
L - Está perdoada. Vejo você mais tarde. X
John me envia uma mensagem informando que está preso em uma
reunião, e que me ligará assim que sair.
Eu envio outra mensagem para que ele não se preocupe. E que vou
encontrar a sua gêmea.
J - Que bom. Você vai adorar Jasmine, ela é linda, inteligente, e é
a única com juízo na família.
L - Ansiosa.
J - Não fique. Falo com você mais tarde, querida. E diga as
meninas que eu mandei um beijo.
L - Eu vou. X
******
Eu saio do trabalho e paro em uma adega no meu caminho para
casa.
Eu não sei que tipo de vinho Jasmine gosta de beber, então eu pego
um branco e um tinto.

Eu entro em casa e encontro uma versão de John feminina. Eles não


são apenas gêmeos, eles são idênticos.
- Olá. – Eu falo um pouco sem jeito. Eu nunca fui boa com essa coisa
de apresentação.
- Então você é a mulher que tem o meu irmão de quatro? – Ela se
levantou do sofá e parou na minha frente com o rosto muito sério.
Eu não sabia o que fazer. Eu queria correr, e ao mesmo tempo
confrontá-la. E quando eu pensei que ela fosse me dar mais uma bronca, as
duas caíram na risada. Amy e Jasmine começaram a rir como se fosse a
coisa mais engraçada do mundo.
- Oh meu Deus. Você precisava ver a sua cara. – Disse Amy rindo.
- Eu...
- Eu sinto muito, querida. Eu não quis assustá-la. Foi tudo ideia da
sua colega de quarto aqui. – Ela apontou para Amy que ainda estava rindo.
- Você é uma idiota. – Eu soltei o ar que não sabia que estava
prendendo e me permiti rir também.
- Eu sinto muito, mas foi muito engraçado ver o pânico no seu rosto.
Parecia que você tinha sido pega por ser uma menina má.
- Vamos deixar ela em paz. Eu sou Jasmine, mas você pode me
chamar de Jaz.
O prazer é todo meu, Jasmine. – Eu sorri.
- Bem, o que temos aqui? – Jaz pegou a minha sacola de vinhos e
levou para a cozinha. Eu tinha esquecido completamente dos vinhos.
- Você é uma idiota, sabia? – Eu joguei uma almofada em Amy, que
não tirava esse sorriso bobo da cara.
- Como foi o trabalho? – Ela perguntou.
- Bom. E o seu?
- Maravilhoso, mas depois eu conto os detalhes. Venha, nós
precisamos nos arrumar. Um amigo de Jaz está dando uma festa e nós
estamos indo.
- Como assim? E o nosso jantar?
- Vai ficar para outro dia. Você vai adorar sair com Jaz. Ela não bebe,
mas se diverte mais do que todo mundo.
- Eu vou enviar um SMS para o seu irmão. A gente ficou de se falar
mais tarde.
- Não precisa, Jaz já falou com ele quando você estava no seu
caminho para casa.
- Oh! Tudo bem.
******
Eu fico pronta para sair em menos de meia hora. O que é um recorde
comparado aos quarenta e oito minutos de Amy, e os cinquenta e dois
minutos de Jaz.
Eu deixei o meu cabelo preso em um rabo de cavalo alto, e optei por
usar um vestido tubinho na cor azul marinho, que se encaixa perfeitamente
no meu corpo. É curto, mas na medida certa.
Eu fiz um olho dramático com os lábios nude, o que me dá um olhar
muito sensual.
Eu entro no quarto de Amy, e ela está reclamando com Jasmine para
fazer ondas em seu cabelo.
- Uau! – Amy fala quando me vê. – O meu irmão vai ter um ataque
quando te vê hoje à noite.
Jasmine se junta a ela na provocação. – O idiota não vai saber o que
lhe atingiu.
- Vocês são loucas. – Eu rio.
O interfone toca e nos informa que o táxi chegou.
As meninas pegam as suas bolsas e nós descemos.
Eu estou ansiosa. Eu nunca fiquei tão ansiosa para encontrar alguém
na minha vida como eu estou para ver John. Eu sei que passamos o final de
semana juntos, mas eu já sinto a sua falta como se fossem anos sem vê-lo.
A festa está a todo vapor quando chegamos. O amigo de Jaz é um
bilionário entediado que decidiu dar uma festa durante toda a semana.
Entramos na mansão, e encontramos alguns amigos de Jaz e Amy.
- Porra, menina! Você está quente. – Um cara fala para Jaz.
- Obrigada, Mark. Essa é a minha cunhada, Layla. – Ele nos
apresentou. – Layla, esse é Mark o dono da festa.
- Oh, prazer em conhecê-lo. Obrigada por nos convidar. A festa está
linda. – Eu falei apertando a sua mão.
- O prazer é todo meu, querida. – Ele ergueu a minha mão e deu um
beijo em um gesto cavalheiresco. E eu corei vários tons de vermelho.
- Você disse cunhada? John ou Damon? – Perguntou.
- John. – Jaz e Amy, responderam em uníssono.
- Eu vejo. – O homem sorriu maliciosamente.
- Bem, aproveitem a festa. E Jaz? Guarde uma dança para mim. – Ele
piscou e saiu.
- Oh meu Deus! Ele é tão caído por você. – Gritou Amy para Jaz.
- Não seja boba. É apenas Mark. – Ela tentou disfarçar, mas estava
escrito na sua cara que esses dois tinham uma história.
Amy pediu as bebidas, e nós fomos encontrar um lugar para ficar
perto do DJ.
Conforme a bebida foi descendo, os meus pensamentos ficaram
embaralhados. Eu estava rindo e conversando abertamente com todos. O
álcool me faz mais solta, mas isso não fica muito bom em algumas ocasiões.
Eu podia sentir o meu limite sendo atingido, e decidi parar de beber,
e tomar apenas água.
Eu tenho trabalho amanhã, e não quero ter a maior ressaca do
século.
Amy por outro lado estava muito contente em testar os seus limites.
Essa menina tem uma resistência incrível para o álcool.
- Você combina com o meu irmão. – Jaz grita por cima da música.
Eu sorrio. Eu não tenho certeza se foi à bebida falando, mas gostei
da sua aprovação. – Obrigada. Ele é um homem muito especial. – Falei
tomando um gole da minha água.
- Eu preciso usar o banheiro, você quer vir comigo. – Pergunta Jaz.
- Claro.
Nós avisamos a Amy onde estamos indo, mas ela está muito ocupada
conversando com um cara muito bonito, e não presta muita atenção ao que
falamos.
Depois de usarmos o banheiro, nós encontramos Amy com a boca
colada na do cara que ela estava conversando. Eu não sei qual é o negócio,
porque eu sei que ela está muito afim de Taylor, mas não é o meu negócio
para me envolver.
Um cara se aproxima e Jaz o abraça. – Oh meu Deus! Quando você
chegou? – Ela pergunta ao estranho.
- Eu cheguei semana passada. Como você está pipoca? – O estranho
pergunta para Jaz. – E quem é essa bela mulher?
- Pare! Ela é de John. – Jaz fala para o estranho que sorri como se
tivesse acabado de ganhar o seu presente de natal.
- Interessante. – Ele falou e estendeu a mão para mim. – Prazer em
conhecê-la, belíssima.
Eu aceitei a sua mão, e ele a beijou. – Layla.
- Um nome bonito para uma menina bonita. – Ele falou.
- Obrigada.
- Eu sou Jason. Um velho amigo da família.
- Mantenha suas mãos longe da minha garota, Jason. – A voz aguda
de John rosna atrás de mim, e eu tremo inconscientemente.
- É bom ver você também, John.
John me abraça por trás em um gesto possessivo, e eu fico sem
entender a troca desconfortável entre os homens.
- Eu gosto do seu vestido. – Ele murmura, beijando ao longo da
minha clavícula.
Os meus olhos se fecham ao seu toque. A minha cabeça está girando.
O seu hálito quente contra a minha pele levando toda a minha resistência.
A sua boca encontra a minha. Ele me reivindica.
Eu gemo profundamente embebida em seu feitiço. Eu estou fraca e
desesperada pelo seu toque. As nossas bocas em uma sincronia perfeita.
Ele se afasta me deixando ofegante e necessitada. E eu gemo em
frustação.
- Boa noite, querida. – Ele fala.
- Você demorou.
- Eu sinto muito. - Ele me beija suavemente.
- Vocês são tão fofos. – Eu ouço Jaz suspirar atrás de nós, e sorrio.
- Olá irmãzinha. – John puxa Jaz para um abraço apertado.
Eu fico observando a troca entre os irmãos. Eu sei o quanto John
ama a sua família. Ele já me falou e me mostrou isso em várias ocasiões
com Amy, mas com Jaz eu sinto que há mais do que a coisa de irmãos, e sim
uma ligação compartilhada desde o ventre materno. E eu sinto o meu
coração inchar de felicidade.
- O que vocês estão bebendo. – John pergunta quando se afasta.
- Eu estou bebendo champanhe, e Layla está indo de água.
- Eu vejo. – Ele pisca para mim e sorri. – Onde está Amy? – Pergunta.
- Por aí enganchada na boca de Patrick. – Jaz fala.
John faz uma careta, mas não fala nada.
O DJ começa a tocar músicas alegres e todos se agitam. A música de
Beyoncé agita os altos falantes.
- Vamos dançar? – Jaz me puxa para a pista de dança. E eu vou
sorrindo.
Estou desfrutando da música quando sou agarrada pela cintura por
braços fortes. Eu sinto o cheiro da sua colônia, e sorrio.
- Você está deixando todos os caras de pau duro.
- Eu só quero um deles.
- E esse alguém seria eu?
- Sim. – Eu suspiro.
- Eu deveria dobrá-la aqui mesmo e foder a sua doce buceta
apertada para todos verem e ouvirem você gritar o meu nome quando você
gozar.
Eu engulo em seco.
Ele se move atrás de mim, e eu posso sentir a sua excitação contra a
minha bunda. Ele está muito duro, e eu sinto a minha buceta encharcar.
Eu o quero. Aqui e agora.
- Eu preciso de você. – Eu respiro no seu ouvido.
- Você me tem, querida.
- Eu quero você dentro de mim. – Eu gemo, e me esfrego contra a sua
ereção.
- Hora de ir para casa. – Ele ordena, e eu estou mais do que feliz em
obedecer.
Capítulo 11

Eu não sei como nós chegamos a casa de John.


Eu estava em uma névoa sexual. Perdida no seu feitiço.
John nos moveu em direção ao quarto. Movendo as nossas roupas e
me levou rápido e duro contra a parede do seu quarto. Nós gozamos juntos
tão forte que senti todos os músculos do meu corpo esticarem.
O meu corpo estava mole, mas John me ajudou a tomar banho. Ele
me lavou e depois se lavou. E então nos levou para o quarto.
John começou a me secar. Suas mãos pelo meu corpo. Eu ofeguei
quando o seu dedo pressionou contra o meu ânus.
- Eu quero tudo de você. – Ele murmurou esfregando o buraco
sensível.
- Oh Deus! – Suspirei.
- Vai queimar um pouco, mas eu vou fazer você se sentir muito bem,
querida.
Eu encontrei os seus olhos, e concordei. Eu sabia que ele não me
machucaria. Não fisicamente. E forcei-me relaxar.
John empurrou o dedo dentro de mim. Eu assobie por entre os
dentes. Isso ia doer mais do que eu tinha imaginado.
John se levantou e procurou algo dentro da sua mesinha de
cabeceira, e depois voltou com um vidro contendo algum tipo de óleo.
Ele aplicou o conteúdo nas mãos e esfregou em seu pau ereto. –
Lubrificante. – Ele falou ao observar a minha confusão.
Eu assenti, e ele afastou as minhas pernas com o joelho. Deixando-
me completamente aberta para ele.
- Você já fez isso antes? – Perguntou.
Eu balancei a cabeça.
- Bom. – Ele disse. – Eu quero ser o único a fazer você gozar com
meu pau enterrado em sua bunda. – Ele gemeu contra a minha pele.
Eu não sabia se estava escandalizada ou excitada demais com suas
palavras.
- Nós vamos devagar. – Disse ele se estabelecendo entre as minhas
pernas.
Eu senti o seu pênis na minha entrada e o meu corpo todo ficou
tenso. As suas mãos acariciando a minha pele. Fazendo-me relaxar a
intrusão.
Eu senti a queimação me rasgar de dentro para fora quando ele
deslizou para dentro de mim.
Eu pressionei o meu rosto contra o travesseiro. Os meus dedos
apertando os lençóis.
John sabia que eu estava desconfortável com a dor, então os dedos
encontraram o meu clitóris, acariciando e esfregando o meu broto sensível.
- Será que isso está bom? – Ele perguntou.
- Sim. – Eu me contorci contra os seus movimentos.
O meu cérebro não estava processando o que era dor ou prazer.
Ambas estavam aplicadas em sincronias no meu corpo naquele momento.
- Porra! Você é tão apertada. – Ele gemeu.
Os meus olhos reviraram, e eu me encontrei empurrando para trás
para encontrar os seus movimentos. A queimação e o prazer misturados.
Eu podia sentir o meu corpo esticando a cada estocada.
John aplicou mais pressão no meu clitóris, e eu me desfiz em seus
braços. O meu corpo tremia e balançava com o seu pau enterrado na minha
bunda. Foi um dos orgasmos mais poderosos que eu já experimentei na
minha vida.
Eu estava estreando muitas coisas com John, e a cada nova
descoberta eu sabia que algo estava mudando entre nós. E eu estava com
medo de me machucar mais uma vez. Eu sabia que John não era o meu ex-
noivo, mas ainda assim era difícil.
John encontrou a sua libertação depois de mais duas estocadas. O
seu corpo caiu sobre as minhas costas, me derrubando com ele.
Eu me sentia leve, mesmo que cada membro do meu corpo estivesse
dolorido. Essa combinação só aumentou o meu tesão por ele.
Eu estava viciada em John, e no seu pau gigante. E mais do que isso,
eu estava me apaixonando por ele. E isso não era bom. Não agora.
Eu recuei quando ele saiu de mim, eu estava em uma névoa sexual, e
precisava de um pouco de sono para recuperar as minhas energias.
John se levantou e foi até o banheiro e voltou com um pano úmido.
Eu não me mexi, nem mesmo quando ele começou a cuidar de mim. Ele me
limpou entre as pernas, e ao longo da minha bunda, onde o seu esperma
estava escorrendo.
Foi um gesto muito carinhoso, e eu senti o meu coração apertar.
John era o tipo de homem que eu não estava acostumada. Ele é bondoso,
atencioso. Um amante excepcional. Mas o lado cafajeste do meu ex-noivo
ainda faz estragos na minha mente bagunçada.
Eu o odeio pelo que me fez. Odeio que ele tenha me deixado
encanada. E eu me odeio por não ser capaz de ser tudo o que John precisa.
Então eu fiz o que eu tinha que fazer para salvar o meu coração de ser
machucado novamente.
Eu esperei até que John dormisse para poder sair da sua casa. Eu
precisava clarear os meus pensamentos, e a melhor maneira de fazer isso
era dar um tempo em tudo isso.
Eu me vesti rapidamente, e saí sem deixar nenhum recado. Eu sei
que ele não iria me deixar sair sem uma explicação, mas a verdade é que eu
não tenho uma.
Eu estou confusa, e preciso de um tempo para clarear as minhas
ideias.
Tomei um táxi para o apartamento de Amy, e graças a Deus ela
ainda não tinha chegado. Rapidamente eu fiz uma pequena mala e coloquei
apenas o essencial para passar alguns dias.
Antes de sair eu deixei uma nota para que ela não se preocupasse
comigo.
Eu enviei uma mensagem para Rita informando que eu tinha tido
uma emergência familiar, mas que estaria de volta em alguns dias. Pedi
desculpas, mas disse que explicaria na volta.
Eu enviei uma mensagem para John no meu caminho. Eu precisava
que ele me deixasse ir por esses dias. Então eu fiz o que eu faço de melhor
quando algo de bom acontece na minha vida.
Eu fugi.

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