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PERIGOSAS

O CAPO
Box Set

AVA G. SALVATORE

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O CAPO Box Set


Copyright © 2018 by Ava G. Salvatore

Edição e Formatação por


Angelica Oliveira

Design de capa por


KAOA PUBLISH

Todos os direitos reservados. Não é permitida a reprodução desta obra


sem a permissão por escrito da autora, exceto por um revisor que pode citar
passagens breves apenas para fins de revisão.

Este livro é um trabalho de ficção. Nomes, personagens, lugares e


incidentes são produtos da imaginação da autora ou de forma fictícia.

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DEDICATÓRIA

Para todos os meus leitores maravilhosos. Obrigada por tanto amor e


carinho. Eu sempre serei eternamente grata por tudo.

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Sumário

DEDICATÓRIA

CAPÍTULO 1
CAPÍTULO 2
CAPÍTULO 3
CAPÍTULO 4
CAPÍTULO 5
CAPÍTULO 6
CAPÍTULO 7
CAPÍTULO 8
CAPÍTULO 9
CAPÍTULO 10
CAPÍTULO 11
CAPÍTULO 12
CAPÍTULO 13
CAPÍTULO 14
CAPÍTULO 15
CAPÍTULO 16
CAPÍTULO 17
CAPÍTULO 18
PERIGOSAS
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CAPÍTULO 19
CAPÍTULO 20
CAPÍTULO 21
CAPÍTULO 22
CAPÍTULO 23
CAPÍTULO 24
CAPÍTULO 25
CAPÍTULO 26
EPÍLOGO
AGRADECIMENTOS
NOTA DA AUTORA

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CAPÍTULO 1

Emma

Algumas pessoas se apaixonam pela pessoa certa, uma minoria para


ser mais exata. E outras apenas cometem o maior erro de sua vida. Bem, eu
não sou diferente da maioria das pessoas.
O que era para ser o melhor dia da minha vida tornou-se o maior
pesadelo da minha vida. Na minha noite de núpcias eu descobri que meu
marido era um criminoso, um membro de uma máfia irlandesa em Nova
Iorque.
Bom, o que dizer? Eu era jovem e ingênua. Eu não era inteligente o
suficiente para conhecê-lo melhor, em seguida, para perceber.
Eu o ouvi e seu pai conversando e quando eu o confrontei ele não me
negou. O meu mundo simples e tranquilo veio abaixo. Então, eu corri, eu
corri para longe de tudo e de todos ao redor dele.
Eu não tive tempo para arrumar as minhas coisas ou para me despedir
da minha mãe ou pai, apenas corri e peguei o carro mais próximo. Eu não
tinha dinheiro comigo, então eu fui até o meu apartamento e recolhi algumas
coisas para poder fugir para longe dele.
Eu sabia que não seria fácil fugir de um marido mafioso, mas eu vi
nos seus olhos o quanto ele não se importava que eu fosse embora. Ele me
deu uma vantagem e aproveitei.
Eu dirigi para fora do estado, parei em alguns hotéis ao longo dos
dias, mas a adrenalina ainda corria nas minhas veias. Eu tinha medo de
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permanecer por muito tempo em algum lugar e ele me encontrar e me levar


de volta.
Eu amava Nick com todas as minhas forças, mas eu não poderia viver
com um criminoso. Durante todas as noites durante três anos eu chorei até
dormir. Não era só a saudade que machucava, mas o fato dele ter me
conquistado, quando sabia que não me merecia. Ele me fez acreditar em um
conto de fadas que não existe.
Eu liguei para a minha mãe depois de dois dias na estrada e contei o
que aconteceu. E para a minha surpresa ela não estava chocada como eu
pensei que ficaria. Já o meu pai queria matar Nick, por me esconder toda a
verdade.
Aparentemente todos tinham uma ideia de quem Dominik Cathal e
sua família era e não se importaram em me falar. Minha mãe jura que não
sabiam de nada, mas que sempre suspeitaram que eles tivessem algo com a
máfia irlandesa.
Nick deixou mensagem no correio de voz pedindo para eu voltasse
para casa, para que ele pudesse explicar o que aconteceu, mas ele não parecia
muito convincente de que me queria de volta em casa.
Não impediu que o babaca, no entanto me procurasse. Ele manteve
os seus capangas me perseguindo por meses até que eu finalmente cansei de
correr e me estabeleci.
Eu me mudei para a Inglaterra e alterei o meu nome, apenas para que
dificultasse a sua busca. Durante esses quatro anos, ele me perseguiu e quase
me pegou, mas aqui estou eu de volta a Nova Iorque.
Meu nome ainda é Emma Cathal, mas meu sobrenome não é mais
Taylor ou Smith, que era meu nome de solteira. É agora Emma Taylor
Cathal, que não foi fácil de fazer. É complicado, mas é legal.
Legal porque eu ainda estou casada com aquele pedaço de merda. O

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que me traz de volta para o aqui e agora. Eu não quero ser casada com ele.
Passando por todas as besteiras de viver em um país estrangeiro, declaração
de impostos e, todas essas coisas.
Levei meses para querer olhar para um homem. Mesmo assim, eu
apenas tive dois encontros, nada sério. Meu corpo constantemente se sentia
mal em estar perto de qualquer outro homem. Até que eu conheci Jason
Carter.
Jason é um jogador de rúgbi. Nós nos conhecemos em um bar local,
ele estava comemorando com a sua equipe e eu estava lá com a minha amiga
Tera.
Eu o observei, e apenas soube que ele era uma boa escolha. Embora a
minha escolha para homens não tivesse sido muito inteligente, Jason era um
grande homem, sem trocadilhos.
Enquanto eu me dirigia até o banheiro, eu caí acidentalmente bem em
cima dele. Eu ri junto com ele, pela primeira vez em anos. Eu tinha esquecido
como é bom rir.
Eu perdi. Eu perdi o desejo de olhar para um homem. O sentimento de
ser acarinhada. Um simples toque, um beijo, tudo isso. Jason deu-me todos
aqueles, e muito mais.
Depois de passar por vários meses, ele me disse que me amava. Ele
queria que eu morasse com ele, queria casar. Mas como alguém pode se casar
quando ainda está casada com outra pessoa?
Ele estava de coração partido quando eu disse a ele. Quem poderia
culpá-lo? Eu nunca mais quero ver o olhar no rosto de outro homem como o
de Jason na noite que eu lhe disse sobre Nick. Eu o feri por mentir e o trai de
uma maneira baixa.
Nunca mais. Nick não vale a pena.
Você continua dizendo que não vale a pena. Por que você não fez

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nada sobre isso antes? Por que você esperou até que um bom homem entrou
em sua vida para obter um divórcio? - sussurra o encantador diabinho no meu
ombro.
Estou com 23 anos de idade e cansada de viver uma mentira. Eu
quero viver, ter uma vida real, uma vida honesta. Eu também quero terminar
a faculdade de designer, seguir em frente e esquecer-se sobre Nick uma vez
por todas.
Eu o persegui também. Ele foi embora para a Irlanda meses depois
que eu fugi. Ele é agora o capo da sua máfia, os Cathal Ruthless. Eles estão
envolvidos em atividades ilegais em todos os sentidos da palavra.
Nick mudou muito. Ele não é de todo o homem que eu esperava que
ele fosse, e eu não quero ser parte da vida fodida que ele criou para si mesmo.
Fotos dele e seus clubes estão por toda parte em toda a Internet. Ele vive e
respira por sua família e seus negócios. Ele é intocável, eles dizem.
A única coisa que não mudou muito sobre ele é sua aparência. Ele
ainda se parece com o jovem que eu me apaixonei todos esses anos atrás.
Cabelos escuros, um corpo sólido e opulento.
Eu olhava para aqueles olhos durante horas no meu computador,
rezando para que ele estivesse vivendo em uma fossa de arrependimento nos
mais escuros do inferno por arruinar a minha vida.
Porra. Eu o odeio.
Puxando de volta para o tráfego, o meu ritmo cardíaco acelera quando
eu pego a interestadual para ir a um lugar que eu temo mais do que qualquer
coisa. Uma parte de mim queria que ele não estivesse lá, a outra parte de mim
estava esperando que ele esteja apenas para que eu possa enfiar esses papéis
em seu rosto.
- Mantenha-se dizendo que você o odeia, Emma. Lembre-se ele é um
criminoso. - Diz o anjo no meu ombro.

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- Mas você o ama muito mais. – Diz o diabinho no meu outro ombro.
Eu tapo os meus ouvidos, pois não preciso disso agora.
Eu chego ao Brooklin. Estaciono por alguns minutos, minha
respiração é irregular. Minhas mãos estão tremendo. Eu posso fazer isso. Eu
tenho que fazer isso por mim mesma.
E se ele estiver com outra pessoa e eu encontro ele transando com
ela? E se ele estiver usando drogas? Todos os tipos de merda começam a
passar pela minha cabeça. Talvez eu devesse ir buscar o meu pai. Ele teria
muito prazer em empurrar esses papéis na cara de Nick.
- Não, Emma. Você consegue fazer isso. Basta andar por aí e ser
agradável. Ele tem que querer isso também.
O som da minha própria voz e as palavras me acalma. Eu olho para
mim mais uma vez no espelho. Meu cabelo longo e escuro em linha reta.
Meus olhos azuis esverdeados são como um olhar sensual, minha apertada,
saia lápis cinza e camisa abotoada branca sem mangas faz-me sentir como
uma mulher forte.
Como da última vez, eu puxo até o portão, que é fortemente vigiado.
Meus olhos se arregalam quando o maior homem que já vi bate uma arma na
minha janela. Há tatuagens de cima e para baixo em seus braços, e uma
tatuagem de dragão ao redor de seu pescoço, a boca cobrindo sua face direita,
entreaberta como se estivesse pronto para atacar.
Eu estou tão assustada que eu sou incapaz de me mover. Estou
estudando para ser uma designer, não uma policial. Eu deveria saber que isso
iria acontecer, mas eu não gosto da sensação profundamente enraizada na
boca do estômago de que algo está terrivelmente errado por aqui. O que
diabos Nick fez com este lugar?
Eu salto para fora do meu assento quando sua voz grave fala através
da minha janela, como se estivesse ao meu lado.

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- Este não é um estacionamento. Dá o fora daqui.


Ele bate na minha janela mais uma vez, em seguida, vira a sua arma
para longe de mim. Minhas mãos continuam a tremer quando eu abaixo a
janela só uma fresta.
- Estou aqui para ver Dominik. - Eu falo.
Ele para, mas nunca se vira.
- Ora, ora. O chefe foi e conseguiu uma prostituta de alta classe em
vez de mergulhar o pau em que prostituta barata, hein? Bem, ele nunca me
falou de você... Então, como eu disse, da o fora daqui.
Ele dá dois passos e isso é tudo para que o meu medo se transforme
em raiva.
- Olha, seu filho da puta. Eu não sou uma prostituta. Agora faça o
favor de dizer-lhe que a sua esposa está aqui.
- Que porra é essa? - Ele sacode a cabeça para trás.
- Você me ouviu, você idiota maldito. Agora vá chamá-lo.
Eu cruzo meus braços sobre meu peito, puxando seu olhar
diretamente para lá. - Você é Emma? - Ele pergunta, curioso.
Isso é estranho, e imediatamente eu fico sob a borda novamente.
Como ele sabe o meu nome e quem eu sou? – Sim. - Eu cuspo.
- E como você sabe o meu nome?
- Bem, Jesus Cristo. Eu sou um maldito idiota do caralho. E para
responder a sua pergunta, todos nós aqui sabemos quem você é.
- Como é?
- Olha, mulher. Eu não tenho tempo para ficar aqui e falar com você.
Meu turno é longo. Eu quero uma cerveja gelada e minha esposa. Então, eu
vou deixar você entrar. O chefe deve estar em seu escritório. Ou no bar.
Qualquer coisa que você quer saber que você pode falar com ele, mas...
Ele pisa no meu espaço.

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- Dominik pode ser parecido com um homem doce por fora, mas ele
definitivamente não é o mesmo homem que você conheceu. Ele é um filho da
puta de coração frio. Seja lá o que houve entre vocês anos atrás fez um
número sobre ele. Siga o meu conselho, docinho. As coisas mudaram por
aqui, e este não é o lugar para alguém como você. Agora, isso é tudo que eu
vou dizer.
Ele vira as costas para mim novamente e eu engulo o nó na minha
garganta enquanto suas palavras cruéis sobre Nick dançam na minha cabeça.
Ouço o portão range aberto, e eu grito para ele. - Foda-se você, também.
Estou morrendo de vontade de entregar-lhe o que eu tenho e subir de volta no
meu carro, rezando a Deus para sair desse inferno tão rápido quanto eu possa.

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CAPÍTULO 2

Emma

Eu só estive aqui uma vez. As coisas realmente mudaram. Há pessoas


em todos os lugares. Há um grande edifício com luzes de néon piscando.
Música alta, bebidas, cigarros e as pessoas passeando dentro e fora.
O que é este lugar?
Esta é a vida que Nick construiu para si mesmo. Meus olhos
observam tudo. Eu mantenho meu foco na tentativa de encontrar um lugar
para estacionar e não nos homens cujos olhos redondos eu posso sentir
quando eu chego a uma paragem em frente do edifício, o mesmo onde o
escritório do pai de Nick costumava ser.
Eu não sei se este é o lugar onde Nick está ou não, ou se há outro
edifício em algum lugar. Meus instintos me dizem para ficar no meu carro,
virar e dar o fora daqui, mas há uma força magnética puxando-me para ficar.
Então eu faço. Eu pego a minha bolsa junto com os papéis do divórcio e saio
do carro, bloqueando-o.
Quando eu faço o meu caminho até a porta, eu ignoro os vários gritos
e discursões.
- Eu vou te matar!
- Quando chupar o meu pau, cadela?
Sentindo-me mais chateada do que com medo, eu empurro a porta e
abro, minha boca cai aberta quando eu passo dentro do quarto mal iluminado.

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Meu Deus. Este lugar se transformou em um bar? A internet nunca


mencionou esse fato. O guarda disse que Nick poderia estar no bar, mas
nunca me para mim que isso é o que ele quis dizer.
Isso não é nada parecido com o que eu me lembro. Mesas de bilhar
lado a lado na parte de trás. A pista de dança se encontra deserta na frente de
um palco vazio. A música alta é proveniente do antigo jukebox contra a
parede oposta a mim. O bar em si é longo, que arrasta toda a largura da sala.
Todos os homens estão vestindo coletes de couro pretos, que são
adornados com uma motocicleta na parte traseira e uma caveira com uma
foice, juntamente com o nome do clube Cathal Ruthless. Alguns deles têm
braços drapejados em torno de mulheres que estão normalmente vestidas,
como eu, mas algumas das mulheres quase não têm roupas. Aqui e ali eu vejo
mulheres também vestindo o colete clube.
Meus pés estão profundamente enraizados no local. Ninguém está me
dando atenção, eles estão todos em um círculo no meio do quarto em o que
parece ser algum tipo de reunião. Eu estou observando todos eles, e qualquer
que seja o tema, eles claramente não estão gostando. As veias no pescoço dos
homens estão esbugalhadas, e muitas mãos são cerrando em punhos.
E então eu o vejo, meu querido marido, no centro de tudo. Seu braço
está oscilando em torno do pescoço da puta cujo rosto eu nunca vou esquecer.
Flui seu cabelo longo e escuro em ondas, seu rosto muito bem cuidado. Ela é
a única que não está prestando atenção ao que Nick está dizendo. Em vez
disso, sua cabeça se inclina para o lado, ela me vê e sabe quem eu sou o
reconhecimento está escrito em seu rosto. Eu observo atentamente como ela
coloca o braço em torno de sua cintura, me mostrando que ele é seu.
Eu levanto uma sobrancelha, sorrindo de volta. Você não tem
absolutamente nada para se preocupar, querida. Ele é todo seu.
Eu olho para Nick. E vejo que as fotos na internet não lhe fizeram

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justiça em tudo. Ele ainda está muito bonito e sexy. E se ele fosse um
estranho, eu acredito que eu iria cair totalmente em seus encantos e esquecer
o meu próprio nome maldito.
Ele faz contato visual com cada membro do círculo como ele continua
a falar, sua voz muito baixa para que eu possa compreender exatamente o que
ele está dizendo. Eu dou um pequeno passo para frente e o movimento atrai
sua atenção.
De repente, seus olhos encontram os meus, soltando o braço ao redor
da sua vagabunda enquanto seus olhos procuram o meu rosto quase como se
ele estivesse tentando descobrir se ele realmente está me vendo. E então seus
olhos azuis profundos viajam para aquele lugar mágico no meu pescoço,
onde ele sabe que eu costumava amar ser beijada por ele.
Um gemido ameaçador me escapou quando as memórias ressurgiram
da forma como a sua boca quente costumava ficar lá. Meus mamilos
endureceram e minha abertura quente me fez necessitada, apenas com um
olhar, mas eu me recuso a deixar os meus próprios olhos vaguear pelo seu
corpo, com medo que eles iriam me trair como o meu corpo está fazendo
agora.
Eu fico lá, observando-o atentamente enquanto continua sua excursão
pessoal, demorando em meus seios antes de se dirigir para o sul. Seus olhos
escurecem quando param em minhas pernas, onde eu estou usando um lindo
Louboutin preto.
A sala de repente fica tranquila, cabeças giram para ver o que o seu
chefe está olhando para.
Sussurros começam a ecoar. - É ela, não é? - Várias mulheres
perguntam.
Ninguém responde. Nick se move em minha direção e o grupo se
divide como se ele fosse um deus, deixando-nos apenas examinando

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abertamente um ao outro, quando ele faz o seu caminho. Raiva e


desaprovação exalam por todo o seu corpo.
Em circunstâncias normais, as vibrações que irradiam dele podem
fazer uma pessoa desconfortável, mas eu não. Ele está acostumado a fazer as
pessoas se sentirem assim. Eu posso sentir isso. Ele não é mais um menino,
mas quando eu olho para ele, realmente olho, eu posso ver os vestígios de um
Nick mais jovem por trás daqueles olhos frios.
Ele se aproxima de mim, parando ao meu alcance. Meus instintos
chutam. Eu estou aqui por uma única razão, e eu não vou reverenciar a ele. O
que eu quero fazer é estender a mão e dar uma tapa no rosto do maldito
arrogante.
Palavras não são faladas por vários minutos, até que uma voz irritante
cede.
- O que você está fazendo aqui? - Ela sussurra maliciosamente.
- Cale a boca, Lena.
O som da voz de Nick me assusta. Tão profunda e masculina muito
diferente do jovem que eu conheci antes.
- Todo mundo para fora. Agora! - Ele ordena.
Os membros do clube fazem exatamente o que é dito por seu líder.
Cada homem que passa por ele lhe dá uma tapa em seu ombro, enquanto cada
mulher olha para mim com malevolência como se eu tivesse vindo aqui para
marcar uma posição.
Eu rolo os olhos para alguns deles, dizendo-lhes silenciosamente para
irem se foder.
- Isso significa que você, também. - Ele late para Lena.
- De jeito nenhum! Eu não vou deixar você sozinho com ela.
Suas palavras me fazem cuspir fora uma risada baixa.
- Não se preocupe, querida. - Eu digo condescendente. - Ele é todo

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seu. Eu só preciso de alguns minutos de seu tempo e você pode continuar


com o que quer que seja o seu negócio.
Faço um gesto com as mãos para ela sair. Ela torce o nariz, apontando
seu dedo indicador para o meu peito.
- Você puta! Como se atreve a vir aqui com suas roupas extravagantes
e sapatos caros e achar que tem direito a alguma coisa? Você não sabe nada
sobre mim ou o que é que eu faço!
Eu sou um pouco rápida demais para ela. Segurando-a pelo pulso, eu
torço ao redor, puxando o braço por trás dela.
- Escute aqui, meu bem... Eu sei tudo que eu quero saber sobre você. -
Eu podia sentir a raiva eclodindo de seus poros. - Agora eu preciso de alguns
minutos com seu amigo de foda aqui e então vocês dois podem voltar a fazer
qualquer merda que você quiser, mas até então, você vai me dar um tempo.
Eu libero o braço e dando-lhe um pequeno empurrão extra.
- Basta ir, Lena. Estou curioso para saber o que minha esposa tem a
dizer.
- Tudo bem!
Ela sai como um furacão, batendo a porta atrás de si. De repente eu
estou pirando, agora que Nick e eu estamos inteiramente sozinhos. Um de
nós tem de quebrar o silêncio nesta sala estranhamente quieto.
Os olhos frios de Nick me encaram, eu tomo uma respiração afiada
antes de falar. Ele está olhando para mim como se ele não pudesse decidir se
ele quer me beijar ou me machucar.
Foda-se ele e seu olhar mortal. Eu não estou recuando. Ele é o único
que me transformou na cadela de coração frio que eu sou hoje. Aquela que
nunca vai confiar em outro homem para o resto da minha vida.
- Eu quero o divórcio. Eu tenho os papéis aqui para você assinar, e
depois vou embora.

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Alcançando dentro da minha bolsa, eu os tiro da minha bolsa e


empurro-os em sua direção. Ele não move um músculo para segurá-los. Ele
nem sequer piscar.
- Merda, Nick. Basta pegar e assinar.
Eu empurro para ele de novo. Desta vez, ele pega da minha mão e os
rasga, espalhando-os por todo o chão.
- Jesus! O que você está fazendo?
Eu me movo para recolher os papéis. Seus braços me impedem,
segurando meu braço, puxando-me diretamente para ele, assim nossos corpos
estão pressionados um contra o outro. Eu posso sentir o cheiro do álcool em
seu hálito.
O meu corpo traidor está me pedindo para mergulhar para frente e
esgueirar-me uma pequena amostra do seu perfume, picante.
Traidor do caralho!
Nick continua me olhando. A maneira como seu corpo está
pressionado contra o meu, eu posso sentir a firmeza do seu peito e o
comprimento de sua ereção no meu estômago.
Eu não gosto de ser maltratada e eu com certeza não gosto do homem
que está tão perto de mim. Ele está me irritando.
- O que você está fazendo aqui? – Ele rosna, e me pega pelo braço.
- Solte-me agora, Nick. Eu não estou brincando, e para responder a
sua pergunta caramba, eu estou aqui porque eu quero o divórcio. Isso nunca
foi um casamento para começar e agora eu quero ser livre. Você pode apenas
assinar os papéis? Por favor?
De repente eu me tornei muito consciente do tipo de homem que ele
se tornou quando ele muda nossa posição, apoiando-nos até que a minha
espinha está firmemente apoiada na parede atrás de mim.
- Isso é o que você realmente quer?

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- Sim. Eu estou noiva. - Eu minto, esperando que ele não perceba a


minha mentira. É a primeira coisa que me veio à mente.
- Você está mentindo.
Ele mergulha o rosto mais perto do meu. Ele ainda tem o mesmo
cheiro. Todo homem. Intoxicante. Viciante. Eu preciso ficar longe dele. Eu
estou na borda.
- Eu não estou. Já se passaram quatro anos, Nick. Além disso, mesmo
se eu não estivesse noiva, quem diabos você acha que é para me prender em
um casamento que nem mesmo queremos?
- Quem disse a você que eu não quero? Eu não vou assinar Emma.
Nunca!
Num impulso minha mão livre o empurra de volta, mas ele está
firmemente enraizado no lugar, não se mexe um centímetro. Ele traz uma de
suas pernas entre as minhas, cutucando-as. A fenda na saia ameaça começa a
ceder.
Como ele ousa tentar me ligar? Como se atreve a minha buceta
apertar com uma dor familiar? Como se atreve meus olhos quererem desviar
para baixo para o seu pau? Eu estou tão irritada com o meu corpo por ser um
pequeno vagabundo desleal, perto de Nick.
- Você não me conhece mais. Eu não sei nada sobre você. Você é um
criminoso. Um traficante de drogas.
Um traficante de armas. E a porra de um covarde. Eu não quero ter
nada a ver com você. Eu te odeio. Maldição! Fique longe de mim! - Eu grito.
- Cale-se.
Ele reúne as minhas mãos e as levanta sobre a minha cabeça. Eu
balancei minha cabeça para trás e para frente, meu cabelo solto pelos ombros.
Estou prestes a ficar uma louca delirante com o seu cheiro. Faz muito tempo
desde que ele me tocou. Suas mãos ásperas sentem o mesmo. Eu estou à beira

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de pedir-lhe para me tocar aqui ou me beijar lá. Ele enfia os dedos juntos e eu
reprimo um gemido. Por que depois de todo esse tempo que ele está fazendo
isso? Será que ele não quer sua liberdade, também?
- Emma.
O som do meu nome saindo de sua boca, tão gentil e suave como
costumava ser, é a minha perdição. Minha mente tenta em vão bloquear o
quanto eu perdi, seus lábios estão apenas a uma pequena distância dos meus.
Uma lágrima desliza do canto do meu olho. Eu não quero que ele pense que
eu sou fraca. Quando ele fala de novo, minha cabeça está para baixo. Eu
mantenho-a desta forma e fecho os olhos.
- Você nunca vai se casar com outro homem, não enquanto eu estiver
vivo. Você é minha, Emma. Esperei por muito tempo para você voltar para
mim, e eu vou ser amaldiçoado se você sair daqui sem me ouvir.
O homem diante de mim mudou muito. Posso dizer que ele está
acostumado a conseguir o que quer, e ele pode ser o chefe por aqui, mas não
há nenhuma maneira maldita que vou deixar que ele me toque depois do que
ele fez. Ele jogou fora seus direitos o dia ele decidiu se juntar à máfia.
- Eu não quero mais estar casada com você. Eu só quero ser livre. Eu
não sou sua. Eu nunca fui. Você provou isso, seu bastardo, na noite que você
me trocou pela máfia. Então, não, seu filho da puta egoísta. Eu pertenço a
mim mesma. Agora vá para o inferno longe de mim e assine aqueles papéis.
Ou não. De qualquer forma, eu vou encontrar uma maneira de me divorciar
de você.
Os cantos de sua boca transformam-se em um sorriso maroto.
- Será que Lock a deixou passar no minuto em que você disse a ele
quem você era? - Ele pergunta, ignorando completamente a minha declaração
anterior. A pergunta me deixa intrigada.
- Que raio de pergunta é essa? Claro que ele fez. Ele disse que sabia

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quem eu era antes mesmo que eu pudesse falar o meu nome. E pelo visto,
todo mundo aqui sabe.
Eu ergo as minhas sobrancelhas, tentando obter alguma clareza a
respeito do que ele está falando.
- Você não tem ideia do que na real significa tudo isso. É uma coisa
muito boa que você esteve no na Inglaterra durante todos esses anos. Melhor
ainda, você foi inteligente o suficiente para mudar o seu nome, embora
quando eu finalmente descobri onde você estava ele não me deixou ir atrás de
você e trazê-la de volta para onde você pertence.
Ele soa quase magoado, mesmo arrependido. Eu não estou comprando
sua besteira. Um sentimento inquietante começa a brotar dentro de mim. Ele
me encontrou, e ele nunca veio para mim?
- Você, você sabia onde eu estava?
- Foda-se, claro que eu sabia onde a minha mulher estava. Eu sei tudo
sobre você. Eu sei quantos homens você fodeu. Eu sei onde você foi para a
escola. Eu até sei onde você compra todas aquelas malditas lingeries sexy,
que você tem fetiche. Você é minha mulher maldita, então sim, eu sei que
cada coisa sobre cada filho da puta. E para responder a sua outra pergunta,
todos eles sabem que eu sou casado. Alguns deles até mesmo sabem como
você se parece.
Seu corpo empurra para o meu, sua boca persistente na base do meu
ouvido. Oh, meu Deus.
- Eles sabiam que no minuto que você aparecesse aqui, que era para
deixá-la entrar.

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CAPÍTULO 3

Emma

- O quê você quer dizer?


Eu estou paralisada pelo horror. Nick está fora de sua maldita mente,
se ele acha que eu vou ficar aqui no seu covil de atividade ilegal. Eu saio de
seu aperto firme e o esbofeteio no rosto, o som ecoa alto na sala. Ele recua
um pouco, dando-me espaço suficiente para respirar. Meu peito se ergue para
cima e para baixo com respirações irregulares.
- Você não pode me manter aqui contra a minha vontade, Nick. O que
está errado com você? Meu Deus, você tem feito as drogas que você vende?
Porque você está fodido na cabeça, se você acha que eu vou ficar aqui com
você, enquanto toda essa merda acontece bem em frente de mim. Além disso,
meu pai vai me procurar em breve. Estou cansada de falar com você. Estou
indo embora.
Ele agarra meu braço, dobra, e me iça para o ar, a outra mão
firmemente plantada na minha bunda enquanto ele me joga por cima do
ombro.
- Coloque-me no chão! - Eu grito, chutando e fazendo o meu melhor
para infligir danos com meus saltos enquanto estou pendurada de cabeça para
baixo.
- Cala a boca, Emma.
Ele é muito forte para mim. Eu ainda tento me desfazer do seu aperto,

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mas é inútil. Seus passos são rápidos quando ele caminha para fora.
- Nick, não faça isso. Você não tem direito!
Eu vejo quanta gente está ao redor, observando o show que estamos
dando. Ele não está recebendo nada de mim, além de um pontapé em suas
bolas malditas quando ele me colocar para baixo. Estou ficando atirada por
estar como uma boneca de pano.
- Ajudem-me, estúpidos! - Eu grito. Nick ri.
- Ninguém vai ajudá-la. Agora cale a boca, ou eu vou amarrá-la e
amordaçá-la na porra da minha cama até que você se controle.
Antes que eu possa responder, ele para abruptamente ao som de uma
voz estridente atrás de nós. - Nick, o que diabos você está fazendo?
Lena. Mesmo que eu esteja pendurada de cabeça para baixo, eu sei
que é ela pelo desespero em sua voz. Eu sinto Nick girar ao redor.
- Alguém tire está boceta daqui?
- Não! - Ela grita. - Droga, Nick, que está acontecendo?
- Não me diga o que diabos fazer. Não é da sua maldita conta. Agora
porra saia antes que eu mesmo a coloque para fora.
Oh, meu Deus, se eu não o odiasse tanto, eu poderia sentir pena da
cadela. Sem outra palavra para ela, Nick vira as costas, deixando-a ali
gritando e xingando a nós dois.
Eu não tenho ideia para onde estamos indo até que ele sobe alguns
degraus. O pânico se instala.
Memórias inundam a minha mente. Eu começo a bater em suas costas
com tudo o que eu tenho para me libertar.
Ele continua andando, ignorando as batida que estou infligindo nele.
Assim que estamos dentro, ele pisa até as escadas. Meu coração está batendo
freneticamente. Finalmente, eu cedo às minhas emoções, e eu começo a
chorar.

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- Por favor, Nick, não faça isso. Eu vou implorar se eu precisar.


Ainda nada dele. Eu guincho através das minhas lágrimas quando ele
me joga em sua cama. Ele puxa meus sapatos, atirando-os atrás das costas.
Estou chorando agora, e com medo.
- Pare de chorar. Eu não vou te machucar.
Ele é gentil quando ele agacha-se na minha frente. Recuso-me a olhar
para ele. Minha raiva de mim mesma por ser tão fraca me consome.
- Deixe-me ir, Nick. Você não me quer aqui mais do que eu quero
estar.
A cama muda quando ele se senta ao meu lado. Eu ainda fico. E pela
primeira vez eu estou com medo de Dominik Cathal.
Todos os tipos de cenários fodidos estão invadindo a minha cabeça.
Eu deveria ter trazido meu pai comigo. Ninguém sabe onde diabos eu estou.
- Você está tremendo.
Uma áspera, mão quente, calejada se instala no meu joelho. Eu recuo
a partir do contato. - Ouça-me por apenas um minuto. Há algumas coisas que
você precisa saber.
Eu mantenho a minha cabeça inclinada para baixo, meu cabelo
protegendo-o de ver meu rosto, enquanto eu assisto as lágrimas caírem, uma
por uma.
- Foda-se. A última coisa neste mundo que eu sempre quis foi te
machucar de novo, querida. Antes de eu dizer qualquer coisa, eu preciso que
você saiba disso.
Eu fecho meus olhos. A mágoa daquela noite horrível vem correndo
de volta. E ouvi-lo me chamar de querida está me quebrando de novo.
- Eu tinha que fazer isso, Emma. Meu pai não me deixou escolha.
Minha cabeça se ergue com a menção de seu pai. - O que quer dizer,
você não tinha escolha?

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Ele suspira, puxando sua mão para longe do meu joelho. Eu evito
olhar nos olhos dele, mas ainda posso sentir o calor de sua pele na minha.
- O dia em que nós nos casamos, eu estive aqui e disse ao meu pai
sobre nós. Mas não foi como eu esperava. Ele estava chateado, começou a
dizer merda que eu não tinha ideia. Eu nunca soube o que realmente era o
negócio da família, até que eu vim aqui.
Ele solta um suspiro de frustração.
- Ele me contou tudo. Acredite em mim, eu fiquei chocado pra
caralho. Ele esteve mentindo para mim para malditos anos. Na época, eu
estava cego para tudo. Minha mente estava obcecada por você.
Sento-me aqui incapaz de mover qualquer parte do meu corpo, exceto
os olhos. Nick olha para frente, respirando pesadamente. Eu quase sinto pena
dele.
- Antes que eu continue, eu preciso que você acredite em mim.
Quando nós estávamos juntos eu não tinha ideia do tipo de merda meu pai
estava envolvido. Todo o clube era uma farsa. Ele mentiu para mim, também.
Você acredita em mim?
Um tenso silêncio enche o quarto lentamente até a minha ira
desaparece. Nick nunca quis essa vida para si mesmo, ele nasceu para isso, e
obviamente foi treinado para liderar este clube antes de seu pai fosse morto.
Algo que eu aprendi na vida é que, quando você quer saber se uma
pessoa está mentindo ou dizendo a verdade, a sua voz é suave, assim com o
seu rosto. Analisando Nick agora, meu instinto diz que ele está falando a
verdade.
Meu coração, por outro lado, quer enrolar e morrer. Para parar de
bater. Perdê-lo foi de longe a experiência mais traumática da minha vida.
Senti-me sem sentido sem ele. Eu não desejaria este tipo de dor para o meu
pior inimigo. Acima de tudo isso, os meus pais sabiam? Eles sabiam esse

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tempo todo e nunca me falaram?


- Eu não tenho certeza se eu acredito que você ou não. - Eu digo
lentamente.
- Isso é o melhor que eu tenho para você agora. Minha mente está
tentando absorver um monte aqui.
Eu realmente não sei se eu acredito nele ou não. O que eu sei é que as
minhas palavras devem acalmá-lo até que eu descubra. Eu indico com a
minha mão para ele continuar com a sua história.
- Meu pai me disse que eu tinha que fazer tudo o que fosse necessário
para tomar conta do negócio da família. Ele estava sendo ameaçado, por
homens perigosos. E não estamos falando de ameaça de surra ou qualquer
outra coisa leve, mas sim, de morte. Eles ameaçaram matar todos nós,
inclusive você e a sua família. Eu não podia deixar isso acontecer.
Nick abaixa a cabeça por um momento antes de olhar de volta para
mim.
- Eu não posso mudar o que eu fiz, e como eu agi deixando você no
dia do nosso casamento para me juntar a máfia, mas no momento, eu
acreditava que meu pai e eu poderíamos intervir e não deixar que nada de
ruim acontecesse.
Eu não sei o que pensar. Pois hoje eu vejo que Nick sentiu a mesma
dor que eu senti, e não é apenas um truque para me fazer acreditar ele. Eu
conheço Dominik mais do que ele mesmo. Sua linguagem, sua postura, e do
jeito que ele não olha para mim quando ele está me dizendo tudo isso, me
mostra o suficiente para acreditar nele. Nossa dor foi compartilhada, mas ele
optou por se distanciar de mim em vez de lutar por nosso amor, nosso
casamento.
- Eu acredito em você. - Eu digo-lhe em voz baixa. Ele se vira para
mim com um sorriso cauteloso em seus lábios, que se desvanece em minhas

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próximas palavras.
- Mas... Eu não posso te perdoar, pelo menos não agora. Eu
simplesmente preciso de tempo para absorver tudo isso, e ainda tem toda essa
situação que você vive hoje.
Ele permanece impassível durante vários minutos antes de falar
novamente.
- Eu não posso deixar você sair daqui, Emma. No momento que você
pisou os pés aqui no complexo, você se tornou um alvo. E eu não vou correr
esse risco com você. Suas palavras me deixaram mais frustrada. De pé, eu
disparo: - Você não pode me manter presa aqui, isso é ilegal. Que parte do eu
não quero nada a ver com isso você não entende?
Meu Deus, eu disse que acreditava em você. Ambos podemos seguir
em frente. Você pode estabelecer-se com Lena ou Deus sabe com quem, isso
para mim não importa.
Eu não tenho vontade de ser forte por mais tempo. Tudo é muito
intenso quando estou perto de Dominik, eu me perco em seus olhos e seu
corpo. Vê-lo novamente depois de todo esse tempo, observando todas as
mudanças em seu corpo me fazem mais fraca. Meu corpo mole cede para o
chão e eu choro. Eu grito porque isso está me matando. Eu choro porque o
homem que uma vez eu amei está bem na minha frente, mas ele não é meu
mais.
Eu não sei quanto tempo passa, mas de alguma forma eu levanto a
minha cabeça e encontro os olhos do homem que eu abandonei. O homem
que desistiu do nosso casamento para ser líder da máfia.
- Você é um covarde! - Eu grito.
- Não, eu sou um bastardo egoísta. Mas não quando se trata de você.
Quando se trata de você, eu não me importo em ser. Agora veja, eu sei que
você está confusa. Mas eu juro para você, se eu deixar você sair daqui, você

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não vai conseguir ir muito longe, eles não vão hesitar em colocar uma bala na
sua cabeça. Esta não é uma porra de brincadeira.
- Eu não vou discutir isso com você, até que essa guerra esteja
acabada você ficará aqui comigo.
Eu arqueio uma sobrancelha para ele.
- Eu não tenho nada a ver com essa guerra estúpida de vocês. Você é
o único que escolheu esta vida, não eu. Então, por que alguém iria querer
colocar uma bala na minha cabeça?
Em vez de responder, ele faz uma carranca.
- Porra! Quanto menos você souber, mais segura você estará.
Eu deixo escapar um riso amargo. Isso é loucura. Eu vim aqui para ter
o meu divórcio, e agora eu estou sendo refém do meu próprio marido.
- Não sei o que você acha tão engraçado, querida. Gostaria de
compartilhar? - Eu olho para ele com espanto.
- Você não acha isso engraçado? Depois de todos esses anos, eu
finalmente decidi que quero a minha liberdade de um casamento que nem foi
real. Eu vim aqui com a expectativa de obter exatamente uma conclusão e
agora você quer me prender aqui como uma criminosa, alegando que é para
salvar a minha vida. Tudo essa fodida situação é muito engaçada.
De um solavanco eu pulo da cama. – Eu vou embora.
E antes que eu possa ir muito longe, mãos me agarraram pela cintura
por trás. Deixei escapar um grito quando eu fui levantada.
- Droga! Seu estúpido! – Você não vai a lugar algum, querida esposa.
- Ele late, me jogando de volta na cama.
Eu começar a chutar e espernear. Ele rosna quando um dos meus
sapatos atinge o seu braço. O salto é muito fino e pode fazer um bom estrago.
Suas mãos fortes me agarrar os meus tornozelos me puxando para a beira da
cama. Dominik isto é sequestro. Deixe-me ir! - Eu exijo.

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- Foda-se. Eu tentei ser bom. Para tratá-la gentilmente. Você não me


deixa outra escolha.
Num piscar de olhos, ele me vira e todo o seu peso cai para baixo em
cima de mim, prendendo-me para baixo com ambas as mãos e seu olhar. Eu
inalo uma respiração muito necessária. Meu corpo traidor aquece quando eu
sinto a sua ereção contra o meu corpo. - Ele sorri um sorriso arrogante.
- Você se lembra da nossa primeira vez? Você gritou o meu nome tão
alto quando eu comi a sua buceta virgem pela primeira vez?
De repente, a mulher que eu costumava ser diante de Dominik
retorna. Ele me faz fraca e necessitada, mas não posso deixá-lo ver isso.
- Vamos esclarecer uma coisa, querida. - Diz ele asperamente. - Você
não está indo embora até que eu diga que você pode. Este é o meu clube, a
minha casa, e minhas malditas regras. Você vai ficar em minha casa, você vai
fazer o que eu digo, e você vai dormir na porra da minha cama. Você vai ficar
bem. Agora, eu fui claro? Porque eu tenho muito que fazer, e embora esta
tenha sido uma surpresa agradável surpresa, eu estava no meio de uma
reunião que eu preciso terminar.
Ele sai de cima de mim, seu olhar letal e francamente aterrorizante.
- Fique aqui! - Ele comanda, apontando o dedo para mim como um
cão. - E só para esclarecer, não somos uma gangue. Este é um clube e um bar.
Nós não traficamos drogas. Nunca.
Com isso, ele se vira e sai me deixando sozinha e atordoada.
Droga.

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CAPÍTULO 4

Dominik

Por mais que eu me arrependesse de ter sido um idiota com Emma, eu


não vou arriscar quando se trata de sua segurança. Os meus inimigos estão lá
fora prontos para atacar e ela seria um alvo fácil.
Durante todos os anos que ela esteve fora meu amigo e conselheiro
Radu esteve de olho nela, se certificando de que nada de mal lhe acontecesse,
mas agora que ela caiu de bunda no meu clube não posso soltá-la para os
leões. Mesmo que isso a faça me odiar ainda mais.
Emma está ainda mais linda do que eu me lembrava. O seu corpo
perfeito, curvas em todos os lugares certos. O meu pau ficou duro no
momento e que coloquei os olhos nela, e ainda está duro como pedra. Tudo
que eu mais queria era me enterrar na sua buceta apertada e fazer gritar o meu
nome mais e mais. Mas isso não será uma tarefa fácil. Emma Tem muita
força e determinação, ela não vai ceder tão fácil, mas eu pretendo trabalhar
duro para ter a minha mulher de volta.
Suas longas pernas, e aqueles peitos enormes. Porra! Estou morrendo
só de pensar em colocar minha boca neles. Eu nunca esqueci o seu gosto ou
os seus sons quando eu fazia gozar. O quão apertado a sua buceta prendia o
meu pau.
Emma acha que sabe quem eu sou ou o que eu faço, mas a verdade é
bem mais escura do que parece. No meu mundo não há príncipes encantados,
nós somos todos bandidos. Eu não sou bom, e me tornei ainda pior quando
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ela fugiu, mas vou mantê-la à margem de toda essa sujeira.


Eu sou um filho da puta egoísta e não vou deixá-la ir de novo. Ela
pertence ao meu lado e é assim que ela vai ficar. Ela é minha e eu protejo o
que é meu.
Com a vida que eu escolhi, eu destruí o que tínhamos, mas eu não tive
escolha. O meu pai me jogou nesse mundo sem volta e eu não tenho como
reparar o que eu fiz apenas tentar amenizar os danos.
Foda-se! Eu gostaria de me perder nela. Levá-la para longe de tudo
isso, e vivermos onde nada mais além de nós existisse. Eu não esperava que
ela viesse hoje, e agora eu preciso de um pouco de espaço para poder pensar
um pouco.
Ela é a minha única fraqueza, e não posso deixar transparecer isso.
Tudo que eu queria era abraçá-la e dizer-lhe que eu nunca deixei de
amá-la, mas por enquanto tudo que eu posso é ficar longe dela, para o nosso
bem.
O clube está apreensivo com todos os ataques. O rato que vem dando
informações para o inimigo ainda não foi descoberto, mas eu vou acha-lo e
ensinar-lhe a não mexer com os Cathal.
Eu nunca quis ser da máfia, muito menos ser o chefe, mas graças às
merdas do meu pai, aqui estou. Durante esses anos de escuridão o que me
manteve firme foi pensar em Emma. Ela foi a minha salvação. Toda vez que
a escuridão me cobria, o seu sorriso me iluminava e me trazia um pouco para
fora. Eu não sou bom, matei vários homens, mas não tive escolha. Nunca há
nessa vida.
Toda mulher que eu toquei ao longo dos anos que fingi estar com
Emma. Eu guardei o seu cheiro, o seu gosto, os seus sons em minha mente.
Eu nunca fui para baixo em outra mulher, além de Emma. Nenhuma delas viu
ou chupou o meu pau.

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Lena se aproxima e estende a mão para me tocar. – Dominik, fale


comigo, por favor.
- Vá para casa, Lena. Eu não quero você aqui. – Falo e saio em
direção ao meu escritório fechando a porta com tanta força que as paredes
estremecem. Enquanto eu me sirvo de um copo de uísque, o meu melhor
amigo Radu entra.
- Alguma novidade, irmão? – Pergunto enchendo um copo para ele.
- Nada, ainda, mas nós vamos pegá-lo. – Ele fala puxando a cadeira
para sentar.
- Então, a patroa está de volta, não é?
- Você deveria ter me avisado antes dela aparecer aqui.
- Desculpe, mas a porra do celular descarregou e eu fiquei preso no
trânsito. Só consegui descobrir uma hora depois quando verifiquei o GPS que
eu coloquei em seu carro.
- Ela quer o divorcio. Eu não estou lhe dando, mas preciso que ela não
me crie problemas enquanto nós resolvemos essa situação com o clube.
- Ela não vai lidar muito bem com isso, e você sabe.
- Eu sei, mas quanto mais ela pode me odiar? Eu prefiro que ela me
odeie viva a morta. Eu esperei muito tempo para tê-la ao meu lado de novo, e
não vou deixá-la ir.
- Você é um bastardo doente.
- Eu sei, mas quando você encontrar uma mulher que te faça pensar
da mesma forma ai nós vamos conversar de novo.
Radu não precisa falar mais nada. Ele tem sido muito mais do que um
amigo e conselheiro durante esses anos. Ele me entende e sabe o que Emma
significa para mim.
Nós mudamos de assunto e continuamos nos embebedando. Quando
eu saio, Lena avança sobre mim como erva daninha. Eu quero rasgar a minha

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pele fora quando a sua pele toca a minha. O seu toque me faz mal, ofende a
minha mulher, mesmo que ela se recuse a ficar comigo.
- Tire suas mãos de merda de cima de mim, cadela. – Rosno
empurrando-a. – Eu pensei ter dito para você ir embora. Você não é bem
vinda, Lena. Nunca foi.
Eu agarro o seu braço e levo-a para o meu escritório. Ela não sabe,
mas seus dias nesse clube estão acabados. O sorriso satisfeito que ela ostenta
no rosto agora se transformará no minuto que atravessarmos a porta do meu
escritório.

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CAPÍTULO 5

Emma

Olhando para o nada eu me castigo por ter sido tão estúpida. Eu


deveria saber que alguém como Dominik não seria fácil de lidar. Eu pensei
que eu tinha seguido em frente, mas quando ele me tocou tudo o que eu podia
pensar era em como eu me sentia bem com o seu toque. O meu corpo traidor
nunca sentiu o mesmo por ninguém além de Dominik. E ansiava por ele,
mesmo que o meu cérebro dissesse outra coisa.
Estou tão confusa. Estar de volta a esse lugar me traz muitas
lembranças, muitas boas e algumas muito ruins.
Dominik me deixou com muitas perguntas e nenhuma resposta. Sei
que ele não vai me dar o divórcio de forma amigável. E quem são essas
pessoas que querem lhe fazer mal? Eu sei que o mundo da máfia é sujo e
cruel, mas não imagino o Dominik que um dia eu amei sendo um Capo. E
porque eles iriam querer me fazer mal? Eu não sou nada para Dominik, ele
deixou isso bem claro antes de jogar nosso casamento fora para ser líder da
máfia mais cruel de New York.
Quando mais eu penso sobre tudo isso, mas irritada eu fico. Os meus
pais sabiam quem ele seria, e optaram por me esconder. Isso foi uma grande
traição da parte deles, mas eu já consegui perdoá-los, apesar de tudo eu
entendi o lado deles. Mas com Dominik é diferente, eu não sei se um dia
poderei perdoá-lo.
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Ele falou que sabia tudo sobre mim. Será que ele tinha alguém me
vigiando? Ele deve saber sobre Jason, mas porque será que ele não fez nada?
Perguntas.
Dominik sempre foi musculoso, mas não do jeito que ele está hoje. O
tempo lhe fez muito bem. Eu senti o seu peitoral sobre a sua camisa, seu
estômago com gomos bem definidos. O homem era o sexo com pernas.
Droga. Porque eu tenho que pensar nele assim?
Como ele se atreve a me deixar aqui, neste quarto como uma
prisioneira. O quarto onde muitas vezes nós estivemos juntos.
Eu preciso achar uma maneira de sair daqui. Preciso encontrar a
minha bolsa e chamar o meu pai. Ele pode me tirar daqui. Decido me
aventurar para fora do quarto. Abro a porta e desço as escadas. Não há
ninguém vigiando o quarto, sorte a minha.
O dia está quase no fim, já está escurecendo lá fora. O ar da noite me
cumprimenta, e de repente eu me sinto com frio.
Há pessoas por todas as partes. O som do bar está bastante alto.
Pessoas conversam, dançam, bebem e nem notam a minha presença, ou
optam por me ignorar. Nenhuma delas pode me ajudar a escapar, esse é o
território de Dominik. Ninguém vai trair o seu Capo.
Dominik está longe de ser visto. Eu caminho em direção ao seu
escritório, quando ouço alguém chamar o meu nome. E antes que eu possa
me virar, alguém agarra o meu braço me fazendo saltar de susto.
- Droga! – Eu grito.
- Emma? – O estranho segurando o meu braço fala e eu o encaro.
- Porra, Radu! Você assustou a merda fora de mim. – Eu falo tentando
recuperar o fôlego.
- Sinto muito, não queria te assustar, mas você não me ouviu. Tem
sido muito tempo, Emma. Como você está?

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- Bem, pelo menos estava antes de vir para cá. E você?


- Eu estou indo. O clube está com problemas e estamos tentando
resolver umas coisas, fora isso tudo está do mesmo jeito.
- Onde está o chefe?
- Eu não sei. Ele me trancou dentro do quarto e sumiu. Eu preciso dar
o fora daqui o mais rápido possível, Radu.
- Olha, Emma. Eu sei que é uma situação difícil para você, mas você
não pode sair. Não agora. O clube está em guerra e precisamos manter todos
seguros.
- Eu não tenho nada com esse clube ou essa guerra.
- Sim, você tem. Você é a esposa do Capo, e isso é grande coisa aqui
e para os nossos inimigos. E você será um alvo fácil lá fora.
E antes que eu possa falar alguma coisa ele continua. – Tem sido ruim
desde que você fugiu. Ele nunca mais foi o mesmo. O homem foi ao inferno
várias vezes. Eu o vi se destruir a cada dia que você não estava ao seu lado,
mas você tem suas razões também, só peço que tente ouvi-lo. Ele tem muito a
dizer. Essa não era a vida que ele queria, mas ele não teve escolhas. O seu pai
o empurrou para isso, e ele não teve como voltar atrás.
Ouvir Radu falar que Dominik ficou mal derrete uma das geleiras do
meu coração. Eu não estou pronta para perdoá-lo, mas não sou uma cadela
insensível também.
- Quem são essas pessoas que declararam guerra contra vocês?
- É a máfia rival. O seu Capo é o ardiloso Amuh. O cara é um maldito
psicopata. Ele mata todos que entram em seu caminho, mulheres, homens,
crianças, idosos, policiais. Ele não tem escrúpulos e está tentando tomar o
domínio de New York, mas Dominik não vai deixar. Nós não vamos deixar.
Eu sinto que Dominik tenha enfrentado uma vida tão difícil, mas a
minha também não foi fácil. Eu sinto muito por ele e por nós também.

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- Isso não tem nada a ver comigo. Eu não faço parte desse mundo,
Radu.
Radu ri e isso me deixa irritada. Ele tem o mesmo sorriso arrogante de
sempre.
- Você é ainda mais teimosa do que eu me lembrava.
- Que bom que você lembra. Agora me diga o que diabos eu devo
fazer nesse inferno?
- Você deve falar com o seu homem.
- Ele não é meu homem.
- Continue dizendo isso a você mesma, talvez você acredite.
- Não era para eu estar te contando isso, mas eu só quero que você
entenda a gravidade do problema. A Matza que é a máfia inimiga pegou um
dos nossos e o torturou para conseguir informações, mas acho que eles não
tiveram muito sucesso, porque dias depois ele foi encontrado dentro do rio
Hudson. Ele estava em uma parte rasa e estava de pé dentro do rio. Os seus
olhos, língua e mãos foram arrancadas. E os seus pés estavam presos com um
bloco de cimento, que o mantinha firme na beira do rio.
- Deus!
- Sim. Eles fizeram isso para mostrar o quão perto eles estão, mas nós
não vamos recuar. Dominik está lutando para acabar com todos eles, e
quando esse da chegar não será bonito.
Meus olhos estão arregalados. Eu nunca ouvi nada parecido na minha
vida. Que mundo é esse que Dominik vive?
- Você precisa de uma bebida?
Balanço a minha cabeça lentamente.
- Não. Eu preciso estar sóbria para isso. Eu não consigo respirar. Tudo
isso é demais para mim. Essa não é a vida que eu quero viver. E de repente
algo desperta a minha atenção. Quem Dominik colocou para me vigiar? E

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será que esses bastardos sabiam onde eu estava e quem eu era?


Vendo a minha expressão de terror, Radu explica. – Não. Eles não
chegaram nem próximo de você. Dominik tem conexões em todos os lugares
e nós cuidamos dos nossos.
- Eu não sou uma de vocês.
- Sim, você é.
Eu zombo da sua afirmação.
- O seu homem é louco, mas ele sabe o que faz. Ele é muito bom na
chefia.
- Eu aposto que é.
- Ele nunca deixou que nada lhe acontecesse. E isso deve significar
alguma coisa, mesmo que você não queira admitir.
- E como você sabe disso?
- Vamos dizer que um passarinho me contou.
- Seu filho da mãe mentiroso. Era você, não era?
- Você nunca suspeitou, e eu não estava seguindo, mas protegendo a
curta distância.
Mesmo que a ideia de ser seguida a todas as partes me irrite, eu estou
feliz que Dominik não deixou que nada acontecesse comigo quando eu estava
longe. Parece insano, mas é a verdade.
- Você sabia sobre Jason?
- Sim.
- E ele?
- Também. O filho da puta maldito queria arrancar a cabeça dele com
as próprias mãos. Não foi uma tarefa fácil fazê-lo mudar de ideia. Você não
quer enfrentar Dominik em um dia ruim, ele fica muito puto.
- Eu estive pensando em vir já faz um tempo. Mas se eu soubesse que
isso iria acontecer, eu teria enviado o meu Advogado. Eu só quero a minha

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vida de volta. Eu preciso seguir em frente, e Dominik me deve isso.


Ele dá de ombros. – Isso é entre vocês. Sua família sabe que você está
aqui?
Balanço a minha cabeça negativamente.
Não. Eles estão viajando pela Europa. Ninguém sabe onde eu estou,
mas eles vão me ligar para saber como eu estou. E eu preciso do meu telefone
para atendê-los.
- Dominik dará um jeito.
- Eu odeio isso.
- Eu sei menina.
- Obrigada por ter cuidado de mim. – Não deve ter sido fácil desistir
da sua vida para cuidar de outra pessoa.
- Não por isso. Eu fiz o que precisava ser feito. Como eu já disse, nós
cuidamos dos nossos.
- O que aconteceu com aquele cara, Jason?
Eu suspiro pesadamente antes de responder. Falar sobre Jason corta o
meu coração. Eu sei que eu destruí a sua vida de alguma forma. Parti o seu
coração, mas eu não queria ter feito isso. Eu nunca vou esquecer o seu rosto
quando eu recusei o seu pedido de casamento.
- Nós terminamos. Ele queria dar o próximo passo, e eu não podia lhe
dar isso.
- Não deve ter sido fácil.
- E não foi, mas tinha que acontecer. Jason é um homem incrível e
merece alguém que possa lhe dar toda a felicidade do mundo.
- Você sabe que não teria dado certo, não é.
- Como assim? – Perguntei, fingindo não entender o que ele estava
insinuando.
- Nós só amamos realmente uma vez na vida. E você já teve o seu, e

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não era ele. Vocês seriam infelizes.


- Não é verdade. – Eu protestei, mesmo sabendo que ele estava certo.
- Como você queira.
- Dominik e Lena são como um casal?
- Com ciúmes? – Ele ri.
- Claro que não.
- Eles costumavam ter uma coisa, mas nada sério. Dominik sempre
deixou claro que era apenas sexo, mas ela é uma cadela louca e não sabe lidar
bem com a rejeição. Então ela se mantém ali no seu pé, esperando a hora que
Dominik vá reivindicá-la como sua. O que nunca vai acontecer.
- Eu tenho pena dela.
- Não tenha. A cadela não vale nada.
- Você fala como se ela fosse um monstro.
- Ela não é um monstro, mas é uma vadia ardilosa que faz de tudo
para conseguir o que quer. Não importam as consequências dos seus atos.
- Nossa.
- Sim. Você deve dar uma chance para que o chefe se explique. Ele
merece isso. Vocês viveram muita coisa e precisam acertar essa merda. Eu
sou seu amigo também, não pense que eu tenho sido sempre do lado de
Dominik, mas o que eu não posso negar é que o cara ainda é louco por você.
Eu suspiro. As palavras de Radu rodam na minha cabeça. Toda essa
situação é muito bizarra. Eu odeio estar aqui contra a minha vontade, mas
talvez Radu tenha razão. Nós precisamos resolver essa merda logo. Os meus
olhos vagueiam pelo clube e encontram Dominik. Ele está em seu escritório e
não está sozinho.

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CAPÍTULO 6

Emma

Eu estou cansada de segurar as minhas emoções.


- Que porra, é essa? – Dominik rosna quando entro como um furacão
em seu escritório, onde ele está muito bem acompanhado da sua puta.
Dominik está além de furioso. Os seus olhos estão vermelhos e suas
mãos estão em punhos, como se estivesse pronto para matar qualquer um.
Pelo canto do olho eu vejo Radu logo atrás de mim. Dominik olha
para ele com um olhar assassino e ele apenas encolhe os ombros em sinal de
desculpa.
- Eu preciso falar com você. – Eu cuspo antes que ele me coloque
para fora, não me importando a sua fúria evidente, ou quem está com ele.
Lena está a sua frente com um sorriso em seu rosto de quem ganhou a
luta, mas ela não poderia estar mais errada. Eu não quero Dominik de volta,
mas se eu quisesse ele seria meu.
Eu odeio essa mulher.
Lena se aproxima de Dominik e passa as mãos pelo seu peitoral. –
Vamos, querido. Tem muita gente, e não queremos um público, ou
queremos?
Eu poderia matá-la agora, e arrancar suas patas sujas de cima de
Dominik, mas eu me seguro e não faço nada. Dominik por outro lado a
empurra. – Tire suas mãos de merda de cima de mim, Lena. Nós já falamos

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sobre isso. Vá embora procurar outro para foder, porque nada para você aqui.
Nossa! Essa doeu até em mim.
- Você não pode estar falando sério. Depois de tudo o que passamos
juntos, você vai apenas me chutar de lado? Você acha que ela se encaixa
aqui?
- Eu não estou nem ai para o que você pensa. E pare de torcer as
coisas antes que eu faça você se arrepender.
Eu não deixo escapar o fato dela estar tentando insinuar que estava
acontecendo algo antes de eu entrar aqui. E eu costumo dizendo a mim
mesma que eu não me importo, mas a verdade é que dói e muito.
Admitir para mim mesma que Dominik ainda tem efeito sobre mim
dói muito mais do que eu poderia imaginar. Eu não quero sentir essas coisas,
não por ele. Ele não merece.
- O que você acha que ganha voltando aqui, sua cadela estúpida? –
Lena grita para mim. – Ele é meu!
Eu não deveria responder a sua provocação, mas é mais forte do que
eu. – Eu não tenho que dar explicações da minha vida para você. E só para
você saber, ele não é seu. – Eu provoco-a.
- Sua puta! – Ela corre para me bater, mas eu seguro o seu braço e
torço para trás fazendo-a gritar de dor. Com a outra mão, eu seguro o seu
cabelo e puxo com força nivelando o seu rosto ao meu. – Você não vai querer
brigar comigo.
- Fora daqui, Lena. – Berra Dominik ao meu lado. Não sei se ele quer
apenas salvá-la ou mandá-la embora.
Liberando-a do eu aperto ela se levanta e rasteja para fora com ódio
gravado até os ossos.
Os meus olhos encontram os de Dominik e eu vejo que algo brilha em
seus olhos escuros, não sei se orgulho ou luxúria. Eu não deveria ter feito

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isso, agora ele vai pensar que eu o quero de volta.


Bastardo arrogante.
- Você deveria ensinar modos as suas cadelas. – Eu falo olhando em
seus olhos sombrios.
- Ela não é minha cadela.
- Seja como for. Eu quero ir embora, Dominik. Você não pode me
manter aqui contra a minha vontade.
- Sem chance. E sim, eu posso quando a sua vida está em risco. – Ele
fala contornando a sua mesa e sentando na sua cadeira.
- Você não pode me manter aqui, Dominik. Não é certo.
- Eu já falei que não é seguro, Emma. Não teste a minha paciência. –
Ele rosna.
- Eu nunca deveria ter vindo aqui. – Eu falo, e as lágrimas que eu
tanto segurei agora estão caindo como gotas de chuva em uma tempestade.
Radu vem em meu socorro e me ajuda a sentar em uma das cadeiras,
sua mão apertando o meu ombro em sinal de consolo. Ele sempre foi um bom
amigo. Mas em seguida Dominik levanta como um touro furioso em vem em
nossa direção.
- Tire suas mãos de merda de cima dela, Radu. – Dominik fala em um
tom grave e assassino. E eu sinto a minha espinha enrijecer.
- Calma, chefe. – Ele fala. O chefe está certo, Emma. Não é seguro. –
E eu vejo os músculos da face de Dominik estremecer. Ele está prestes a
matar alguém. Os seus olhos estão escuros e suas mãos estão em punhos
apertados.
- Emma, você está vindo para casa comigo, e fim da história.
Isso eleva a minha raiva ainda mais. Quem ele pensa que é para me
dar ordens? Eu não quero ir a qualquer lugar com Dominik.
- Se eu vou ficar aqui, então eu quero ficar com o Radu.

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- Nem fodendo. – Dominik ruge.


- E qual é o problema? – Eu falo inclinando a cabeça para o lado para
encará-lo. – Não é como se eu fosse ficar com você e a sua puta.
- Ela não é a minha puta. – Ele grita, e eu estremeço.
Dominik dá um passo para perto, seu corpo está vibrando e eu sei que
ele está se segurando. Mas não posso ceder as suas demandas, ele não manda
em mim.
- Você não vai querer discutir comigo, Emma – Ele fala caminhando
para mim, e Radu interfere colocando a mão para pará-lo. – Calma, chefe. Ela
é sua mulher. Mas vocês precisam entrar em um acordo antes que alguém se
machuque.
Dominik puxa uma respiração forçada. E eu fico lá apenas vendo
como um leão pronto para atacar a sua presa recua. As palavras de Radu
parecem ter efeito sobre ele, porque Dominik parece relaxar um pouco. E eu
não posso envolver Radu nessa bagunça. Isso é entre Dominik e eu.
- Eu sinto muito, Radu. Obrigada por tudo, eu vou com ele. – Eu falo
para ele que pisca o olho em reconhecimento.
Virando para Dominik eu falo: - Eu não vou ficar no mesmo quarto
que você fodeu as suas cadelas.
Radu balança a cabeça e rindo, e depois sai me deixando sozinha com
o meu marido criminoso.
Dominik dá mais um passo em minha direção, ficando na minha linha
de conforto. - Se você algum dia falar comigo assim novamente na frente de
um dos meus irmãos, a merda não vai ser boa, Emma. Eu sou o chefe aqui, e
você assim como todos tem que me respeitar.
- Porque, você vai me bater? Então, além de criminoso você também
bate em mulheres indefesas?
- Você não é indefesa. E quem falou em bater? Eu tenho outros

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métodos de fazê-la pagar, querida esposa. – Ele me dá um sorriso sombrio, e


eu tremo.
Eu fico momentaneamente imóvel apenas olhando para o homem que
um dia eu amei e entrei tudo o que eu tinha de melhor. – O que aconteceu
com você, Dominik?
- A vida aconteceu, Emma.
- Se você acha que vai encostar suas mãos imundas em mim está
muito enganado. – Com isso Dominik agarra o meu braço e me arrasta para
fora do escritório. As pessoas ao redor estão apenas olhando o espetáculo. O
seu chefe dando uma lição na sua mulher teimosa. Eu estou mortificada, e
tento me livrar do seu aperto, mas ele é muito forte.
- Dominik, me solte! Você está me machucando. – Ele não para.
- Me solta, sue estúpido grosseiro. – Eu grito e consigo me libertar do
seu aperto apenas para cair de cara no chão.
- Foda-se! – Dominik ruge tentando me levantar.
- Tire suas mãos de cima de mim. – Eu tento fugir do seu alcance,
mas ele é mais rápido e me pega, colocando-me sobre os ombros.
Dominik me carrega como se eu não pesasse nada. Nós paramos em
frente a uma casa bonita, com um jardim bem cuidado. Ele abre a porta e me
coloca no chão. Está escuro e eu mal posso ver ao meu redor.
Dominik acende as luzes e meus olhos piscam tentando se ajustar a
claridade. Os seus olhos estão presos ao meu corpo, e eu olho na direção em
que seus olhos estão para ver o que chamou a sua atenção. Há arranhões em
meus joelhos e mãos e o meu braço tem as marcas dos seus dedos.
- Porra. – Dominik rosna, e vai para o outro cômodo que eu creio ser a
cozinha. Ouço o barulho de portas abrindo e fechando. Ele está procurando
algo, e só então me permito dar uma olhada ao redor. A casa é muito bonita.
As paredes são de um tom de cinza claro, como gelo. Os móveis são todos

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modernos e muito caros. Há um sofá gigante em forma de L, uma mesa de


centro com algumas revistas de motociclistas. Um painel com uma televisão
gigante. Alguns quadros com figuras abstratas. O cômodo em si é muito
elegante e limpo. O piso é de madeira, mas entre o sofá há um tapete preto
muito bonito. Dominik volta com um kit de primeiros socorros em suas
mãos. – Sente-se. – Ele comanda puxando uma das cadeiras ao lado para ficar
na minha frente. Eu hesito um pouco antes de fazer o que ele mandou, eu não
obedeço as suas ordens, e ele tem que entender isso.
O meu corpo está cansado, dolorido e sujo. Eu preciso de um banho.
As mãos quentes de Dominik tocam a minha pele e o meu corpo estremece.
Ele limpa as feridas e depois passa um antisséptico para não inflamar. Depois
colocar um curativo e me entrega dois comprimidos e um copo de suco.
Eu olho para os comprimidos e suco antes de aceitar. – Beba, são
apenas analgésicos para dor.
Eu tomo os dois e agradeço. – Obrigada.
Esse gesto simples, porém atencioso fez com que eu me lembrasse do
homem por quem eu estive apaixonada. O homem a quem eu entreguei o meu
coração e ele apenas pisou e depois jogou fora. É difícil descrever o que eu
estou sentindo no momento. Eu não esperava que ele ainda tivesse esse lado
gentil e doce, mesmo que por cima de um criminoso impiedoso. Estou tão
dividida. A expressão atormentada em seu rosto me faz querer consolá-lo,
mas também me faz querer arrancar os seus olhos pelo que ele me fez. Nos
fez. Nós poderíamos ter sido muito felizes. Mas isso é algo que nós nunca
saberemos.
- Eu sei que você me odeia, mas me deixe resolver isso para que você
possa ir embora. – Ele pede suplicante.
Eu não sou burra, e eu sei que um homem como Dominik jamais pede
algo, ou suplica. Então, eu não tenho muita escolha a não ser confiar nele e

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aceitar o que ele me pede. Apesar de tudo eu sei que ele nunca me faria mal.
Não intencionalmente. Eu posso ver a luta nos seus olhos. Eu deveria mandar
ele se danar, mas algo me diz para confiar nele, e assim eu faço. Eu escolho
acreditar nele, mesmo que isso vá contra tudo que eu tenho lutado. Eu apenas
aceno em concordância.

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CAPÍTULO 7

Dominik

Eu não sou uma pessoa boa, mas foda-se. Eu odeio ter que machucar
Emma. Odeio ter que fazer isso com ela, mas não tem jeito. Amuh está lá fora
esperando apenas uma oportunidade para me ferrar, e eu sei que ele não
hesitará em pegar Emma.
O rato infiltrado em nosso clube já deve ter avisado da sua chegada, e
eu não posso correr esse risco. Eu prefiro morrer a deixá-la nas mãos daquele
desgraçado. Ela está machucada e chorando de novo, e eu me sinto como um
filho da puta por ser o responsável. Eu sempre a amei com todo o meu
coração, apenas de parecer não ter um. Ela sempre foi tudo na minha vida. E
a pior decisão que eu já tomei foi deixa-la ir, mas agora que ela está aqui eu
não vou perdê-la.
Eu sei que ela me odeia ainda mais do que nunca, mas preciso que ela
me escute e faço tudo que eu mando. Sei que não será fácil para ela. Emma
sempre foi uma mulher forte, decidida e muito teimosa. Mas ela não tem
escolha a não ser obedecer, para o seu bem e nosso.
Olho para o seu corpo tremendo e desejo poder tocá-la. Acalmar o seu
coração esmagado, mas eu sei que não posso. Pelo menos não agora. Eu
queria correr as minhas mãos pelo seu cabelo sedoso, e puxá-los ao a ouvi-la
gritar o meu nome mais e mais enquanto eu a fodo com força. Ver o meu pau
completamente enterrado na sua buceta gostosa. Sentir o seu gosto enquanto

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ela goza por toda a minha cara. Passar a minha língua por suas dobras
rosadas, ouvindo os seus gemidos.
Porra! O meu pau está prestes a arrebentar através da minha calça. Eu
preciso sair daqui, ou eu não serei capaz de me segurar. Ela é minha, mas não
posso abusar da minha sorte.
Eu amo essa mulher e farei de tudo para reconquistá-la. Eu nunca quis
nada na vida como eu queria ser o seu marido. Ser o homem que a ama e
abraça todas as noites depois de fazer amor, e o que acorda todas as manhãs
com ela em meus braços. Eu olho para o seu corpo, e me sinto como merda
por fazê-la sofrer. Ela merece algo melhor do que um bastardo como eu, mas
eu sou egoísta demais para deixá-la ir.
Queria poder chegar em casa depois de um dia cansativo e vê-la em
nossa casa, ouvindo-a perguntar como foi o meu dia, e me falar sobre o seu.
Poder dizer Eu te amo e ouvir a sua risada ao fazer cócegas. Esses são os
meus desejos, mas eu sei que nada será tão fácil. E eu tenho que convencer a
todos os meus irmãos que eu não me importo com ela o suficiente, para não
fazer dela um alvo fácil. Preciso continuar tratando-a como merda para salvar
a sua vida. Emma precisa me ajudar a manter a farsa, ou melhor, me odiar
como sempre, mas em um nível mais baixo. Ela precisa ter medo de mim.
Quando ela torceu o braço de Lena e puxou os seus cabelos fez o meu
pau endurecer na hora. A mulher me deixa maluco de todas as formas. Ela
sempre foi forte, e sabe como ninguém se defender. Eu queria dobrá-la sobre
a minha mesa e fodê-la sem fim, mas eu não podia. Se eu a quero de volta
vou ter que trabalhar muito, mas indo devagar. Não posso assustá-la. E eu
vou matar qualquer um que ousar tocá-la.
Lena tem essa ideia fixa de que pertenço a ela. Eu sempre fui de uma
única mulher, e ela está bem na minha frente agora. Emma é minha e eu sou
dela.

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- Você precisa me ouvir, Emma. Se você fizer exatamente o que eu


digo será mais fácil para ambos. Eu sei que não será uma coisa fácil para
você, mas tente, por favor. Os inimigos do clube farão de tudo para colocar as
mãos em você, e eu vou matar qualquer um que tentar, mas você precisa me
ajudar também.
Ela balança a cabeça em concordância e eu posso solto um suspiro
aliviado. Pelo menos por enquanto. Eu toco o seu ombro quando os seus
soluços aumentam e ela recua como se eu fosse contagioso, isso dói, mas não
posso culpá-la.
- Você é uma mulher muito forte, Emma. E vamos passar por isso
para que possamos falar sobre nós. – Eu tento quebrar um pouco da tensão
entre nós. E eu me preparo para contar o máximo que eu posso sobre a
gravidade da situação. – O homem que declarou guerra ao nosso clube quer o
controle geral da cidade de New York. E ele não vai descansar enquanto não
acabar conosco. Ele é pior do você pode imaginar de um criminoso. – Eu
falo, e um riso sem humor escapa dos seus lábios.
Eu sei que ela deve estar pensando, qual é a diferença?
- Eu sei que você não acredita muito nisso, mas é a verdade. Eles são
bastardos traficantes de seres humanos. – Seus olhos encontram os meus e eu
vejo surpresa e medo em seu olhar.
- Sim. Eles sequestram homens e mulheres para vender no mercado
negro. Muitos deles são usados apenas para retirada de órgãos para vender a
preços milionários. E descobrimos que eles têm algumas informações sobre o
nosso clube. Há alguém aqui infiltrado passando essas informações. E até
isso tudo acabar, lá fora não é seguro. Eles sabem quem você é, Emma. E não
hesitaram em matá-la ou feri-la. E eu não posso deixar isso acontecer. – Ela
abre a boca e fecha novamente.
O seu olhar encontra o meu e eu vejo o desgosto, o medo, a raiva

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neles. – Eu sei que você sabe sobre Radu, mas eu tinha que protegê-la, e eu
não vou me desculpar por isso. Eu fiz o que tinha que fazer.
Emma fica quieta, apenas olhando para os seus pés. Eu queria que ela
soubesse a verdade. Bem, a verdade que eu posso contar, o resto é apenas
mais sombrio e ela não precisa ouvir essa merda.
- Você deve estar louco. – Ela enruga a sobrancelha irritada.
- Foda-se, Emma. É disso que eu estou falando. Você não pode bater
de frente comigo, pelo menos não na presença das outras pessoas.
- Nós estamos sozinhos aqui, então não vejo qual é o problema de ser
eu mesma? Você diz que o seu clube é respeitador, e as mulheres tem os
mesmos direitos que os homens? Ou será que elas só servem para abrir as
pernas?
- Eu não me importo se estamos sozinhos ou não. Você não tem ideia
de onde se meteu. Você nunca deveria ter vindo. Deveria ter esperado eu te
chamar.
- Chamar-me/ E quem é você? Algum tipo de Deus? Você não manda
em mim, eu faço o que eu quero. Eu não tenho medo de você. E eu quero ir
embora.
Emma sabe fodidamente quais botões apertar para me tirar do sério.
Eu levanto abruptamente, com toda a fúria que eu posso reunir. O seu rosto
empalidece e vejo o pânico neles. Agarro o seu cabelo e dou um puxão para
trás, fazendo-a ficar ao nível do meu rosto. – Você não brinque comigo,
Emma. Eu estou fazendo tudo que eu posso para manter todos salvos, mas
não me teste. O seu telefone já era, ele tem GPS e não posso arriscar. Se você
não fizer o que eu digo, eu serei obrigado a amarrá-la e trancá-la. Acho que
você não vai querer isso, ou vai?
- Você é um idiota. – Ela cospe.
- Eu já fui chamado de coisas piores, querida.

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- Foda-se!
- Isso é um convite? Porque eu adoraria fodê-la muito. Talvez eu
devesse começar agora, o que acha? – Ela recua com seus grandes olhos
arregalados.
A sua boca está a meros centímetros dos meus lábios, e eu não quero
nada mais do que saquear essa boca gostosa. Sem perder tempo eu bato a
minha boca na sua, minha língua pedindo passagem. Exigindo que ela me
beije de volta. Mas ela não faz, e eu sinto as lágrimas caindo em meu rosto.
Eu me afasto e vejo a dor em seus olhos. Eu odeio machucá-la, mas continuo
fazendo uma e outra vez. Eu sou um idiota.
Emma merece mais do que isso. Ela merece ser amada e tratada como
uma rainha, mas não posso negar o que eu sinto. Eu descanso a minha cabeça
na sua e fecho os meus olhos. Ela não me afasta, e ficamos assim parados por
alguns minutos antes que eu me afaste dela.
- Eu sinto muito, Emma.
- Eu não sou mais aquela garota, Dominik.
- Não, você não é. E eu não sou o mesmo, mas o que eu sinto por
você não mudou. Eu não quero machucar você, mas não consigo ficar longe.
A verdade é que sem ela a minha vida não tem mais sentido. Eu vivi
todos esses anos esperando que ela voltasse para mim. Agora não quero e não
vou deixar a oportunidade escapar porta a fora.
- Eu vou encontrar algo para você comer. Você provavelmente vai
querer tomar um banho e descansar. Eu vou lhe mostrar onde fica o quarto.
- Essa é a sua casa?
- Sim. Eu a construí depois que o meu pai morreu. Ninguém nunca
veio aqui. Você pode ficar a vontade. O quarto fica no final do corredor, é a
primeira porta a direita.
- E para você saber, nós somos um clube e a maioria de nós respeita

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as suas mulheres, mas eu não posso interferir na vida pessoal dos que não
fazem. Isso não é um problema meu. Ela fica olhando para mim antes de
perguntar: - O que você faz, Dominik?
Eu não posso lhe dizer tudo o que eu faço, mas opto por falar o que é
verdade. – Eu sou o chefe.

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CAPÍTULO 8

Emma

Eu sabia que era um erro voltar aqui. E agora eu não tenho muita
escolha, ou fico e obedeço a Dominik, ou saiu e caio nas garras desse
psicopata que trafica seres humanos que quer acabar com o meu marido.
Dizer que isso é injusto é eufemismo. A verdade é que eu tenho medo
de estar perto de Dominik. Não medo do seu lado sombrio, mas sim de cair
nos braços dele novamente e me machucar mais uma vez. Dominik jogou
fora o nosso casamento e eu não confio nele.
Charme sempre foi uma coisa que ele dominou. Dominik sabe que é
bonito, e o que ele pode fazer para mim, mas eu não quero que ele me toque,
ou não serei capaz de ser forte o suficiente. Será um inferno não pular em
cima dele toda vez que estivermos próximos. O seu corpo está mais bonito do
que nunca. Os seus grandes braços musculosos.
Deus! Se controle Emma.
Dominik e eu temos muito que falar, e parte de mim quer acreditar
nele, mas eu sei que ele não está me contando tudo.
Olhando para ele parado na minha frente me faz querer envolver as
minhas mãos em seu cabelo, e puxá-lo para um beijo. Seus lábios estão me
deixando louca. Faz tanto tempo que eu o beijei, mas ainda posso sentir o
gosto deles. Ele cheira ao seu perfume de madeira envelhecida e uísque.
Muita coisa ele manteve pelo o que posso ver.

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Eu balanço a minha cabeça para espantar os pensamentos indesejados.


Não posso ser tão óbvia. O meu corpo anseia por ele. Corpo traíra.
- Há uma banheira e você pode relaxar um pouco enquanto eu vou
buscar o seu jantar. Sinta-se em casa. Nada dentro desta casa foi usado, então
você será a primeira e única.
- O quê? – Eu pergunto confusa. - Como assim ninguém nunca esteve
aqui? E Lena?
Dominik parece surpreso com a minha pergunta. E o seu rosto se
transforma em uma máscara sombria. – Nenhuma cadela esteve aqui,
inclusive ela.
- Eu não entendo. – Porque ele nunca trouxe nenhuma mulher aqui?
- Lena não significa nada para mim. Pode parecer cruel, mas é o que
é. Ela sempre foi apenas uma buceta para aliviar a tensão e nada mais. Eu
tenho as minhas razões que em breve você saberá, até lá apenas acredite no
que eu digo. – Ele se vira e vai embora batendo a porta atrás dele.
Eu fico lá parada vendo a sua bunda apertada desses jeans escuros
desaparecer. Eu não deveria estar olhando, mas é quase impossível resistir.
Dominik sempre foi muito bonito e bem construído, mas o tempo lhe fez
muito bem. Ele está ainda mais bonito do que eu me lembrava.
Eu tentei namorar alguns caras, mas não deu muito certo. Jason foi o
único além de Dominik que eu me interessei, e na verdade eu gostava muito
mais dele como amigo do que como um amante. Dominik me arruinou para
todos os homens. Eu nunca senti nada parecido com o que eu senti ou ainda
sinto por Dominik.
Eu ponho esses pensamentos de lado e caminho na direção que ele
indicou. Estou muito cansada, suja e dolorida. Tudo que eu mais quero nesse
momento é tomar um banho e dormir até o meu corpo descansar. Toda essa
agitação me deixou exausta.

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O quarto é bastante grande. Há uma cama enorme, com móveis


decorando o ambiente. Ele deve ter gastado uma fortuna para decorar e
mobilhar toda a casa. Os móveis são de tons brancos, com alguns detalhes em
preto. Há duas portas do lado oposto da cama. E também uma lareira. Eu abro
a primeira porta e descubro que e um closet, que por sinal é muito grande.
Está com algumas roupas de Dominik, mas ainda tem muito espaço aqui para
colocar muita coisa.
Seguindo para a outra porta eu encontro o banheiro, mas ele não é
nada como eu esperava. O banheiro é gigante e muito luxuoso. O Box onde
está o chuveiro é de um vidro preto, há um chuveiro é quadrado e tem uma
luz de LED. Os balcões são de pedra branca com preto, pia dupla, duas
gavetas e duas portas. E no final do banheiro há uma banheira de
hidromassagem, de última geração que tem a função de jacuzzi.
- Oh meu Deus! – Eu suspiro.
Eu poderia viver dentro desse banheiro. É perfeito. Dominik deve ter
gastado uma quantia exorbitante para poder decorar toda essa casa. Eu me
pergunto por que ele fez tudo isso? Se ele falou que ninguém vive aqui. Ou
para quem?
Rapidamente eu tiro as minhas roupas. Eu ligo a água para encher a
banheira, e coloco um pouco de sais de banho que encontro dentro do
armário, tem aroma de jasmim. É delicioso.
A água está na temperatura perfeita. Eu entro e os meus músculos se
contraem. – Oh meu Deu! – A sensação da água contra a minha carne
dolorida me faz gemer em gratidão. Nada melhor do que um banho para
relaxar.
Eu fecho os meus olhos e por um momento esqueço onde eu estou, e
tento aproveitar o silêncio que me rodeia. Eu sempre fui uma pessoa que
amou o silêncio. Acalma-me, me relaxa e me fortalece. A pressão da água

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trabalha em meu corpo atingindo as partes mais doloridas. Os locais onde


estão feridos ardem um pouco, mas logo relaxam.
Não sei por quanto tempo eu fico assim, mas eu sinto a sua presença
mesmo antes de abrir os meus olhos. O meu coração acelera e de repete eu
não posso respirar. Eu tomo coragem e abro os olhos, e vejo Dominik ali
parado de pé na borda da banheira.
- O que você está fazendo aqui, Dominik? – Eu peço.
O meu corpo está completamente visível aos seus olhos. Eu sei que
ele pode ver tudo, mas eu não consigo me mover. Estou presa no seu olhar.
Ele continua me olhando como se eu fosse a coisa mais linda que ele já viu, e
isso provoca arrepios em minha espinha dorsal. Saindo do seu encanto, eu
tento me cobrir, mas é em vão.
- Foda-se! Emma, você é a mulher mais linda que eu já vi. – Ele fala
como se lesse os meus pensamentos.
Trago os meus joelhos para perto do meu peito e tento esconder o que
ele conhece tão bem.
- Vá embora, Dominik. – Eu estou ofegante e pronta para deixá-lo
fazer o que quiser com o meu corpo. Deus, as suas grandes mãos deslizando
pelo meu corpo.
- Essa era a sua jogada para me ter nua bem diante dos seus olhos? –
Eu acuso, mas ele não fala nada. O seu olhar permanece no meu corpo, como
se estivesse memorizando ou recordando tudo de novo.
A tensão sexual dentro do banheiro é muito forte, e eu sei que estou
perdida. Se ele me tocar vai saber o quanto eu o desejo, apesar de odiar o que
ele nos fez.
Dominik dá um passo para mais perto e os meus olhos traidores
viajam para baixo. Sua ereção está lutando contra os seus jeans. Eu não
consigo evitar olhar, é mais forte do que eu. Eu quero levá-lo na minha boca,

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sentir o seu gosto almiscarado. O seu comprimento rígido pulsando em minha


mão. Ouvir os seus sons, enquanto eu o levo em toda a minha boca.
Ele se abaixa, e sua mão me puxa para a borda da banheira. O meu
corpo espirra água por todo lado, mas ele nem pisca. Seus olhos agora estão
travados nos meus lábios.
- Estou cansado de me segurar, Emma. Você é minha mulher. E eu
quero foder essa linda buceta rosada. Ouvir os seus gritos, enquanto o meu
pau está completamente enterrado dentro de você. Sentir o seu gosto quando
você vier em todo o meu rosto. Eu quero tudo, Emma. E você não pode negar
que não quer a mesma coisa. Eu posso ver isso nos seus olhos.
Eu engulo em seco, mas não falo nada. Ele tem razão. Eu o quero
tanto quanto ele me quer.
- Eu tenho estado duro desde o momento que eu coloquei os meus
olhos em você. Agora deixe de merda e me beije.
Um som gutural escapa da minha garganta. A minha buceta está em
chamas. Tudo o que eu posso pensar agora é em seu pau dentro de mim. Me
fodendo como nunca, e sem pensar eu o agarro e beijo-o. O beijo é feroz,
primitivo. Nós estamos fodendo com a boca. O seu gosto é incrível, assim
como o seu cheiro. Passando as minhas mãos pelo seu cabelo, puxando-o
para mais perto. Eu não posso ter o suficiente dele.
- Oh meu Deus, Dominik. – Eu suspiro.
Dominik me pega de dentro da banheira. Eu aperto as minhas pernas
ao redor da sua cintura. A minha buceta esfregando contra a sua ereção
criando um atrito. A sensação é deliciosa. Eu poderia gozar assim.
- Porra! – Ele ruge.
Caminhando em direção ao quarto nós continuamos nos beijando
como se o mundo fosse acabar agora. Há tanto nesse beijo. Promessas não
ditas, e eu quero acreditar em tudo, mas não sei se sou capaz de passar por

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tudo o que eu vivi novamente, e confiar no homem que desistiu do nosso


casamento para ser um criminoso. O nosso beijo termina e nos afastamos
ofegantes. Os seus olhos sempre nos meus. Ele me coloca sobre a cama, e
apenas fica me olhando. O desejo em seus olhos é a coisa mais primitiva que
eu já vi na minha vida.
- O quê? – Eu quebro o silêncio.
- Você é tão linda. Eu esperei tanto tempo para ter você em meus
braços novamente, que parece um maldito sonho.
Suspiro com a sua honestidade.
- A sua buceta é tão perfeita quanto eu me lembrava. E eu vou
saborear cada pedacinho do seu corpo.
- Eu mordo o meu lábio para não gemer novamente. Eu estou uma
bagunça excitada. Dominik quebrou totalmente as barreiras de gelo que eu
ergui durantes todos esses anos.
Dominik cai de joelhos na minha frente, e sua cabeça fica entre as
minhas pernas. A sua respiração fazendo cócegas na minha abertura. Eu
quero que ele me toque, eu preciso que ele me toque.
Eu sinto quando ele passa o nariz pela minha entrada. Inalando o meu
cheiro, e eu estou completamente perdida. Levanto as minhas costas para
encontrar o seu rosto.
- Eu espero que você esteja pronta para ser fodida. Por que eu não vou
conseguir parar, querida. Eu estou reivindicando o que é meu para sempre.
Você é minha e só minha.
E eu não tenho como negar.

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CAPÍTULO 9

Dominik

Eu ansiava pelo gosto da minha mulher há muito tempo. Agora que eu


a tenho em meus braços não posso deixar que ela me escape. Emma está
deitada toda exposta para mim. A sua carne rosada me dando um vislumbre
do que eu tenho perdido esses anos longe dela. Nada parece tão certo e tão
bom quanto tê-la aqui deitada na minha cama. Onde ela deveria ter estado
sempre.
Inalo o seu cheiro, passando a minha língua nas suas dobras e clitóris.
Ela tem um gosto incrível. O seu corpo estremece e eu entendo isso como um
pedido para continuar a minha exploração. Eu preciso saborear cada
pedacinho do seu corpo. E não tenho pressa.
Eu nunca me preocupei em fazer isso para outra mulher. Para mim
não fazia sentido, desde que eu não tinha a que eu queria. Emma se contorce
e os seus quadris levantam para encontrar o meu rosto.
- Oh meu Deus! – Ela geme.
O meu ataque a sua buceta é impiedoso. Eu lambo, chupo, sugo e
mordisco toda a sua cavidade. A cada movimento da minha língua contra a
sua carne, Emma grita desesperada para ter a sua libertação. Mas eu ainda
não estou pronto para deixar que ela goze.
Ver a minha mulher sentada no meu rosto, montando-o como se a sua
vida dependesse disso é visão do paraíso.
Mergulho a língua mais fundo na sua cavidade, e suas mãos apertam o
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meu cabelo, cravando as unhas no meu couro cabelo. Dói, mas por nada no
mundo eu vou parar antes de ver ela se desfazer na minha boca.
Porra! Eu amo os sons que ela faz.
Eu sei que ela está muito perto, agora. Com um último ataque, eu
sugo o seu feixe de nervos e ela não aguenta. Os seus olhos encontram os
meus. E o meu olhar segura o seu. Emma vem em toda a minha boca,
gritando o meu nome enquanto o seu corpo treme com a explosão do seu
orgasmo.
- Oh meu Deus, Dominik! – Ela cantarola, e os seus sucos enchem a
minha boca. Eu tomo tudo, limpando cada gota que ela derrama. Eu nunca
provei nada tão malditamente bom na minha vida.
Os tremores do seu corpo diminuem, e o seu rosto está de um tom
vermelho. Ela parece tão linda, mesmo assanhada e sem foco. O seu corpo
está mole e ela está completamente relaxada. Mas eu ainda não terminei com
ela. Estou apenas começando.
Livrando-me da minha calça e camisa. Eu subo na cama entre as suas
pernas. O seu peito subindo e descendo, ela está tão afetada quanto eu. E
preciso dela assim, com nada além de nós dois em sua cabecinha linda. Não
será uma tarefa fácil tê-la de volta, mas eu serei condenado se não tentar.
- Não se mova, querida.
O meu pau está uma rocha, duro como um concreto. Está escuro
dentro do quarto, mas a luz que vem pela janela dá para iluminar o suficiente.
Eu vejo os seus olhos indo para a minha ereção. Ela lambe os lábios e depois
seus olhos voltam para os meus. Emma parece à deusa do amor e da
sensualidade. A mulher é um maldito nocaute em cada porra de homem, e até
mesmo as mulheres enxergam isso.
- Dominik. – Sua voz sai em um sussurro. – Nós precisamos
conversar.

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- Não. Nós estamos fazendo isso, e depois nós falaremos sobre o que
você quiser, mas agora que vou foder essa doce buceta, e não vai ser suave.
Eu tenho esperado esse dia por anos. Eu não poderei me conter não dessa
vez.
Ela tenta falar, mas antes que ela tenha a oportunidade a minha boca
ataca a sua. O beijo não é gentil, é exigente, possessivo, primal.
A minha língua desliza em sua boca, e eu me perco em seu gosto.
Minhas mãos em seu cabelo, puxando-a mais para perto de mim. Deslizo
para o seu pescoço, plantando beijos no seu ponto sensível. O seu corpo
responde automaticamente. Suas unhas cravam na minha pele, e eu sei que a
tenho.
- Dominik...
Os seus mamilos rosados empinados, pedindo atenção. O seu corpo é
divino. Eu lambo ao redor deles, amassando-os com as minhas mãos,
esfregando os bicos dos seus peitos perfeitos. Emma se esfrega contra o meu
corpo. E eu sei que ela precisa de mais, e eu aumento a pressão nos seus
bicos, fazendo-a gemer.
O seu corpo é como um instrumento musical, eu tenho apenas que
tocar a melodia certa. Eu nunca terei o suficiente dela, ela é como um vício,
que eu não quero me curar nunca. Alguém pode me achar fodido, mas é o que
sinto. O mundo em que eu vivo não é para ela, mas eu sou egoísta demais
para deixar que ela se vá.
- Você gosta disso?
- Sim! Deus, eu amo isso.
- Você é tão linda. – Eu falo deixando a minha marca em seu pescoço.
Eu deslizo uma mão ao longo das suas costas, parando em seu rabo
empinado. Emma fica tensa e sua respiração entrecortada. O meu dedo
alcança o buraco enrugado e ela tenciona em meus braços. Circulo o seu

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buraco apertado, e ela suspira.


- Dominik. – Ela pede, e eu sei o que ela precisa.
- O seu corpo é fodidamente lindo, Emma. Cada parte dele pertence a
mim. E eu vou explorar com muito prazer.
- Sim. Deus, sim!
As nossas bocas se encontram novamente. Suas mãos arranham a
minha pele, puxam o meu cabelo, enquanto uma das minhas esfregam os seus
seios, e a outra empurra um dedo dentro seu buraco apertado. O seu corpo
fica tenso com a invasão, mas logo relaxa quando eu movimento-o dentro e
fora.
Ela morde os meus lábios choramingando quando eu aumento o
aperto nos seus bicos, e dentro da sua bunda. – Bom? Você gosta de ser
fodida pelo meu dedo, querida?
- Sim. Eu quero tudo, Dominik. – O seu desespero está deixando o
meu pau arrebentando. Eu prestes a vir antes mesmo de estar dentro dela. O
que seria muito embaraçoso. Aproveitando que ela já se acostumou com o
meu dedo, eu insiro um segundo dedo. Eu sei que vai doer quando eu comer a
sua bunda deliciosa. Preciso que ela se acostume com a intrusão indesejada.
Eu irei mostrar quanto prazer o seu corpo pode receber. Mas por hora, eu
quero apenas estar dentro dela.
- Eu preciso estar dentro de você, querida. – Eu me afasto, e olho para
o amor da minha vida deitada na minha cama. Nua e linda apenas para o meu
prazer.
Emma está tão ligada quanto eu estou. E antes que eu possa me mover
ela me agarra e ela está em cima de mim. Suas mãos acariciando o meu pau
para cima e para baixo. Estou prestes a vir em suas mãos quando ela me
monta, empalando o meu pau na sua buceta deliciosa. Nós gememos em
uníssono.

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A visão dela em cima de mim é de longe a coisa mais linda da porra


desse mundo. Ela desliza sobre o meu pau para cima e para baixo. Não há
como descrever o que eu estou sentindo. O calor de sua buceta envolvendo o
meu pau como uma luva, os seus sucos revestindo o meu pau, me deixando
louco.
Os nossos olhos estão colados. A sua buceta aperta o meu pau
extraindo tudo de mim. Suas investidas aumentam, e ela começa a se mover
mais rápido em cima de mim. Suas mãos estão no meu peito para se
equilibrar. Ela me monta com tudo que tem.
Emma mói contra mim cada estocada controlada, ela diminui e
acelera os movimentos fodendo os meus miolos. Eu queria colocá-la em um
lugar e mantê-la a salvo de tudo e todos.
- Porra! É isso aí, querida. Monte o meu pau, foda-me com a sua
buceta gulosa – Empurro os meus quadris para encontrar os seus
movimentos. Eu quero tudo dela.
As minhas bolas estão doloridas, prontas para esvaziar dentro dela. Eu
seguro a vontade e vejo a minha mulher tomar tudo que ela quer. O seu rosto
brilha e eu sei que ela está chegando. Estou preso, hipnotizado em seu feitiço.
- Estou vindo, Dominik! – Ela grita.
- Sim, querida. Venha para mim. – Os seus olhos estão selvagens, e
ela parece uma deusa.
- Oh meu Deus! Oh meu Deus! – Ela grita saltando uma última vez
antes do seu orgasmo rasgar através dela. Eu não consigo segurar e venho
junto. Nós balançamos juntos, ambos caímos no colchão.
Eu estou esgotado, acabado. Emma me drenou completamente, mas o
meu pau discorda disso, pois já está pronto para uma nova rodada.
Os olhos de Emma estão desfocados, ela está esgotada também, e
deve estar faminta. Pela sua cabecinha deve estar passando mil coisas, mas eu

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preciso que ela não pense em nada, apenas em nós.


- Querida pare de remoer as coisas.
- O que nós fizemos?
- Não faça isso, Emma.
- Fazer o que?
- Não pense demais.
- Você se arrepende?
- Não, mas nós precisamos... Eu não sei...
- Não sabe o que?
- Nós temos muito que conversar, e não deveríamos ter feito sexo.
Sexo complica tudo. E além de tudo, nós fizemos sexo sem proteção,
Dominik. Eu não estou tomando pílulas, nem qualquer outra coisa para
controle de natalidade. Sem contar que outras coisas. – Ela dá de ombros.
- Querida nós vamos conversar. E quanto a isso não precisa se
preocupar. Eu estou limpo e se você ficar grávida será o dia mais feliz da
minha vida. – Ela me olha com os olhos arregalados.
- Não é engraçado, Dominik. Nós não estamos preparados.
- Eu sei, mas não vamos estragar esse momento brigando por coisas
que nem aconteceram. Amanhã eu chamarei um médico para uma consulta,
porque não há nenhuma maneira no inferno que eu vou estar dentro de você
com algo entre nós.
Emma sorri com os olhos vermelhos, cabelo assanhado de quem
acabou de ser bem fodida. Ela é tão linda. Eu não me canso de olhar para ela.
Ela é minha e apenas minha.
- Você não acha que estamos indo muito rápido? Nós estamos
separados há muito tempo, e temos muito que descobrir do outro. E você tem
a Lena.
- Eu não tenho nada com ela. Na verdade eu nunca tive. Ela sempre

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foi apenas uma buceta que eu usava para aliviar a tensão. Parece feio, mas é a
verdade. E eu nunca a enganei. Eu não toquei em nenhuma mulher já faz
mais de seis meses. Você é a única que eu sempre desejei ter em meus
braços.
Emma suspira, e se aninha em mim. Eu queria poder ficar nessa cama
para sempre, mas eu sei que ela está com fome e preciso alimentar a minha
mulher. Ela merece ser tratada como uma rainha.
Eu vou acabar com todos os desgraçados que tentarem tirar ela de
mim. E então nós poderemos ser felizes. Nada e nem ninguém vai nos separar
novamente.

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CAPÍTULO 10

Emma

Eu estava tão fora da minha mente. Nada poderia ter me preparado


para isso.
Dominik sempre foi um ponto franco para mim. Eu consegui resistir
por anos aos seus encantos, mas esta noite não mais.
Eu quero acreditar que há algo para nós. Nós fomos privados da
felicidade anos atrás, mas o destino nos juntou mais uma vez. A dor e a
desconfiança gritam juntas para não ceder aos seus encantos. Mas será que eu
quero viver assim?
Eu estou deitada com o corpo mole. Dominik sugou toda a energia
que eu tinha. Estou com fome e cansada. Os meus pensamentos se misturam
na minha mente perturbada. Eu realmente não sei o que fazer, mas quando
Dominik sai do banheiro vestindo apenas uma toalha na sua cintura, eu não
consigo pensar em mais nada. Eu quero lamber as gotas de água que estão
caindo do seu corpo. Passar a mão pelo seu cabelo molhado. O bastardo é
perfeito e sabe disso.
- Eu pensei ter dito para você parar de pensar, Emma. Isso só vai
perturbar a sua cabecinha. E eu quero a sua mente limpa para que você possa
pensar apenas no que eu vou fazer para o seu corpo. Eu quero comer você de
todas as formas e em cada canto dessa casa. Nós teremos muito trabalho para
fazer, mas primeiro eu vou buscar a nossa comida.

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Eu suspiro afetada. Deus, ele sabe como me deixar louca apenas com
palavras. Sem nenhuma vergonha ele deixa a toalha cair mostrando a sua
bunda perfeita. Eu sei que parece estranho, mas eu tenho um fetiche por
bundas masculinas. E a de Dominik é a mais bonita que eu já vi na minha
vida. Não que eu tenha visto muitas antes. Ele é bem cuidado, o seu corpo
tem mais massa muscular do que costumava ter. Está bem mais construído.
Perfeito.
Desaparecendo no closet, ele volta segundos depois vestindo uma
calça de moletom e uma camiseta branca, e em suas mãos estão uma camisa
preta que ele atira para mim.
- Vista. Eu amo ter você toda nua, mas preciso alimentá-la e você
precisa cobrir o seu corpo para que eu consiga comer também.
- E você não pode fazer isso se eu estiver nua? – Pergunto divertida.
- Claro que não. Com você nua na minha frente, a única coisa que eu
terei vontade de comer será você.
- Você é tão romântico.
- Eu não tenho tempo para ser romântico não, querida. – Eu sorrio
divertida.
A camiseta tem o seu cheiro, e é enorme. Mas eu amo isso. É como
ter a sua pele sobre a minha.
- Você fica muito linda na minha camisa.
- Obrigada. – Sorrio.
- Eu vou pegar a nossa comida. – Ele desaparece.
Eu não estou com forças para me levantar, mas conhecendo Dominik,
ele vai me fazer sair da cama assim que voltar. O meu corpo está dolorido em
todas as partes. Dominik não perdeu o jeito da coisa. Ele continua tão bom,
ou melhor, do que antes.
- Jantar, querida! – Ele grita da cozinha e eu sorrio. Arrasto-me para

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fora da cama e me junto a ele na sua cozinha luxuosa. Na verdade tudo nessa
casa grita riqueza. Eu nunca passei necessidade, mas Dominik sempre foi
muito rico, e ele nunca cansou de me presentear com tudo de melhor que
existia. Essa casa não é diferente.
- Nós temos comida chinesa, hambúrguer e fritas, e também pizza.
Fique a vontade. Os pratos estão na terceira porta do segundo armário à sua
esquerda.
- Obrigada. – Eu tiro os pratos e ele me mostra onde está o resto das
coisas.
Nós comemos em silencio por um tempo até que eu quebro o silencio.
–Você tem muita gente para controlar?
- Sim, e não. Eu dou bastante autonomia para os meus homens. Eles
têm apenas que reportar a mim, mas todos sabem o que tem que fazer.
- Então você é apenas uma espécie de Deus para eles?
- Não. Eu sou o chefe, Emma. E quem não faz o que eu digo não tem
a chance de repetir. – Eu engulo em seco com o seu comentário. Eu sei que
ele nunca me machucaria, mas ele também é um criminoso. Ele mata pessoas,
e não pensa duas vezes antes de fazer. E isso me assusta muito. Saber que o
meu marido é capas de algo tão terrível.
- Não tenha medo. Eu nunca faria nada que pudesse lhe machucar. –
Ele fala ao ver a expressão no meu rosto.
- Eu sei. É que tudo isso é muito para absorver em apenas um dia.
- Tudo bem.
- Você tem alguma escova de dente para me emprestar? – Eu
pergunto depois de colocar os pratos na máquina.
- Sim. Tudo o que você precisa pode encontrar nos armários do
banheiro.
- Eu já volto. Caminho em direção ao quarto e sinto o seu olhar

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queimando atrás de mim.


Depois de terminar de escovar os dentes eu volto para o quarto e
encontro Dominik esparramado na cama. Ele está completamente nu e
sorrindo para mim.
- Você está pronta para a segunda rodada?
- Você é um porco. – Sorrio.
- Eu só quero o que é meu, e vou tomar tudo até que nós estejamos
desmaiados nessa cama.
- Promessas, promessas. – Eu falo e grito quando ele salta da cama
para me pegar.
A noite está apenas começando.
******
Acordo com os raios de sol no meu rosto. Eu estou sozinha na cama.
Dominik saiu há pouco tempo, porque o lado que ele dormiu ainda está
quente. Eu sorrio e absorvo os raios de sol me cumprimentando.
Dominik fez vale cada minuto da noite e madrugada passada. Ele me
fodeu de todas as formas humanamente possíveis. Estou completamente
esgotada. E não sei se terei forças para sair da cama.
Ouço vozes vindas da sala, e decido ver o que é. Primeiro dou uma
passada no banheiro para fazer xixi e escovar os dentes.
Eu olho para o meu reflexo no espelho e faço uma careta. Eu pareço
como o inferno. Cabelo assanhado, o rosto cheio de marcas do lençol, e cheia
de chupões que Dominik me presenteou.
- Foda-se. Dominik me marcou em todos os lugares. Bastardo
arrogante.
Caminho em direção à sala e ouço Radu e Dominik cochichando. –
Você não pode esconder isso dela para sempre. – Radu fala para Dominik
que está de costas para a porta.

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- Eu sei, mas ela não precisa saber de toda essa merda fodida. Emma é
uma mulher doce e não precisa se preocupar com coisas assim. Ela é minha
responsabilidade, e eu farei de tudo para protegê-la. Sempre.
- Você está subestimando-a. Emma é uma mulher muito doce, mas ela
também é muito forte. E você precisa dela ao seu lado.
- Eu não quero mais falar sobre isso. Como foi a corrida de ontem à
noite?
- Foi tudo tranquilo. Mike e Denny fizeram o acordo com o quartel
Luzzy.
- Bom. Isso é um começo. Nós vamos acabar com aquele filho da puta
doente. Ele não vai durar muito tempo.
Eles conversam mais sobre os negócios do clube, e eu desisto de
esperar que ele continue a conversa sobre o que ele esconde de mim, mas ele
não faz e eu saio para encontrá-lo.
- O que vocês tanto cochicham? – Eu falo abraçando Dominik por
trás.
- Nada para preocupar a sua linda cabecinha. – Ele me puxa para sua
frente.
- Bom dia, Radu.
- Bom dia, Emma. Você parece muito bem.
- Foda-se, Radu. Você está falando da minha mulher.
Radu levanta os braços em sinal de redenção e sorri. – Calma homem,
eu estou apenas elogiando a sua mulher, nada mais.
- Eu não quero que você elogie a minha mulher. Foda-se com os seus
elogios.
- Dominik pelo amor de Deus. Ele não fez nada de mais. – Eu saio em
defesa de Radu que continua rindo como se tudo isso fosse muito engraçado.
- Você não defenda esse filho da puta. Ele não merece a sua bondade.

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- Bem, eu vou deixar os pombinhos a sós. Eu vejo você mais tarde,


Emma.
- Até mais tarde, Radu.
Dominik ruge atrás de mim. E eu paro para encará-lo. – Você deve
estar fodidamente brincando comigo. Radu não disse nada demais para você
tratá-lo assim.
- E você não deveria ter saído nua do quarto. Que porra, Emma! – Ele
grita exasperado.
- Você está louco. – Eu caminho para a cozinha. E ele vem logo atrás
de mim.
- Sim, eu sou louco por você. E não quero nenhum filho da puta
cobiçando a minha mulher.
Eu paro no meio da cozinha e olho para ele todo estressado na minha
frente. Caminho até ele, eu coloco as duas mãos em seu rosto e o beijo com
todo o meu amor.
- Não precisa se preocupar com isso. Eu sou apenas sua, e não quero
mais ninguém seu bobo.
- É melhor mesmo, ou eu matarei qualquer um que tentar tomá-la de
mim.
- Venha cá, vamos batizar a sua cozinha?
- Parece uma oferta tentadora, mas antes eu quero dizer que já
consegui algumas coisas para você vestir. Está no meu escritório, e eu vou
trazer mais tarde.
- Obrigada. – Eu o beijo.
Dominik geme e me agarra possessivamente. –Você é a minha
perdição, Emma. Eu nunca terei o suficiente de você.
- Faça amor comigo, Dominik. – E ele faz.
Eu vim aqui procurando um encerramento para o que começamos

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anos atrás, mas agora tudo o que eu posso pensar é que eu o amo e o odeio na
mesma intensidade. Todos dizem que o amor e o ódio andam juntos, e agora
eu acredito. Eu nunca poderei esquecer o que eu sofri quando descobri o que
ele tinha feito, mas também descobri que a minha vida com ele é mais
colorida. Dominik me ama e me sufoca na mesma medida. Ele é um
criminoso, um mafioso, mas é o meu mafioso. Eu sei que ele está escondendo
coisas de mim, mas também sei que ele jamais me machucaria. Eu vou
conseguir a sua confiança e juntos, vamos fazer esse casamento dar certo.

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CAPÍTULO 11

Dominik

O meu telefone toca ao lado da cama, e eu o pego para atender. Não


sei quanto tempo dormi, mas já é de manhã. Emma está deitada enrolada ao
meu corpo, e não há nada nesse mundo mais bonito do que vê-la tão pacífica.
Ter Emma de volta na minha vida foi a pior e a melhor coisa que já
me aconteceu. A pior, porque eu tenho sérios problemas para resolver e não
quero colocá-la na linha de fogo dos nossos inimigos. E a melhor coisa,
porque ela é tudo que eu sempre sonhei.
Eu olho para a tela e vejo que é Meg a minha contadora. – Sim? – Eu
respondo.
- Você precisa assinar alguns papéis para que eu possa enviar para o
banco, e depois para o fornecedor. – Meg fala.
- Tudo bem. Eu já estou indo. – Eu desligo o telefone e volto os olhos
para Emma que agora está acordada olhando confusa para mim.
- O que aconteceu? – Pergunta ainda sonolenta.
- Nada, querida. Apenas negócios do clube. Eu tenho que sair, mas eu
volto logo. Vou enviar alguém para pegar as suas coisas e depois trazer para
você.
- Você sabe onde eu moro?
- Claro que eu sei, querida. – Sorrio e dou-lhe um beijo rápido. –
Volte a dormir, ainda é muito cedo.
- Tudo bem. – Ela rola para o outro lado e eu sei que em poucos
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minutos ela estará dormindo novamente. Emma nunca foi uma pessoa da
manhã. Ela sempre odiou acordar cedo e isso me deixa mais do que feliz
agora. Eu tenho muita coisa para resolver antes de poder voltar para ela. E
que Deus me ajude, porque eu já estou duro como pedra.
Depois de me vestir eu saio para o meu escritório onde Meg está me
esperando. Nós somos criminosos, mas organizados. Nada nesse clube deixa
de ser documentado, com exceção das armas, é claro.
O ar frio da manhã me cumprimenta. Eu ando até o complexo e vejo
que os caras já estão prontos para sair e fazer as suas merdas. Cada um sabe a
sua missão, e eu não tenho que ficar repetindo tudo sempre. Mudanças são
feitas apenas quando há algum imprevisto, mas a não ser tudo ocorre do
mesmo jeito.
Meg já tem tudo preparado e um dos homens pronto para levar os
documentos para o banco.
- Dia. – Falo para eles quando entro.
- Bom dia. Como está a sua mulher? – Meg pergunta com um sorriso.
- Muito bem. Agora, o que era tão urgente que não poderia esperar?
- Eu preciso da sua assinatura nesses documentos para que Bob possa
levá-los ao banco. – Meg responde com um sorriso. Ela é uma boa mulher.
Muito doce, e inteligente. Ela está com Radu que é o meu braço direito, e em
quem eu confio a minha vida. Ambos se tornaram a única família que eu
tenho.
Depois de assinar todos os documentos, Bob se vai e me deixa com
uma Meg sorridente.
- O quê? – Pergunto.
- Nada. É só que, você está diferente. Parece mais relaxado. – Ela
responde.
- E eu estou.

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- Ela vai ficar? Vocês se acertaram? – Ela pergunta curiosa, e foda-se


ela parece à porra do Radu com tantas perguntas.
- Cai fora, Meg. Você tem mais alguma coisa para mim?
- Ah, qual é? Uma garota precisa saber das novidades. E se o chefe
está feliz. – Ela me dá um sorriso gigante.
- Sim. Ela vai ficar. E, sim, nós estamos nos entendendo. Satisfeita,
agora?
- Muito. Eu não posso esperar para conhecê-la.
- Isso será uma boa ideia. Emma não é está acostumada a essa vida, e
ela vai precisar de alguém para conversar além de mim. Você pode fazer isso
por mim?
- Claro que sim. Será um prazer conhecer a mulher que chutou a
cadela da Lena para fora.
- Sim. Que seja. E quem colocou Lena para fora fui eu. Embora
Emma tenha sido a maior razão.
******
Eu envio Radu para recolher algumas coisas para Emma. O seu
apartamento fica em um condomínio de luxo no centro da cidade. Não vai ser
difícil Radu entrar, porque eu tenho um apartamento logo acima do dela. Eu o
comprei logo que ela se mudou para lá. Radu precisava manter um olho nela.
E ele não poderia fazer isso da rua. Eu sou um bastardo doente, eu sei, mas eu
não ligo. Quando se trata de Emma eu não posso pensar direito.
O dia passa tão rápido quem nem percebo até que vejo Radu entrando
pela porta do meu escritório. Eu quase não comi o dia todo, apenas focado
em algumas estratégias para pegar o rato que anda nos traindo.
- Ainda aqui, chefe?
- Eu preciso encontrar esse filho da puta antes que ele faça mais
estragos do que já fez.

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- Eu trouxe tudo que você pediu para Emma e deixei na casa. Ela não
estava em nenhum lugar à vista, mas a encontrei no bar conversando com
Meg.
- Bom. Eu preciso que ela se sinta confortável aqui, ou se não teremos
um problema. Emma é volátil e ela não faz o que não quer. E isso me deixa
louco.
- Ela é fogo, mas é uma boa mulher. – Radu responde.
- Sim, ela é. Você está pronto para está noite? – Pergunto já sabendo a
resposta.
- Inferno, claro que sim. O carregamento chega às onze e meia.
- Eu vou enviar mais homens com você para cercar o perímetro. Eu
não quero nenhuma surpresa.
Eu sei que não preciso enviar mais homens para dar cobertura a Radu,
mas eu quero. Eu não quero que nada de ruim aconteça com ele ou com
algum dos caras. Cada carregamento que chega é uma nova oportunidade
para os inimigos nos atacarem, mas eu gosto de estar sempre preparado.
Eu volto para casa e encontro Emma na cozinha preparando algo que
cheira muito bem. Ela se vira e sorri. – Olá, como foi o seu dia? –Ela
pergunta.
- Cansativo. E você, o que fez o dia todo? – Pergunto caminhando
para lhe dar um beijo. Eu amo a sua boca rosada.
- Hum... Depois que você saiu eu voltei a dormir e acordei era meio
dia. Eu fiz café e arrumei a sua casa. Não tinha nada para fazer aqui, e eu
estava entediada.
- Porque não foi me ver? – Acuso-a.
- Porque você estava trabalhando, e eu não queria atrapalhar. – Ela
responde ofegante, quando eu começo a beijar o seu pescoço.
- Você nunca me atrapalha. – Eu beijo o caminho ao longo do sei

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pescoço, e ela geme.


- Dominik... – Meu nome sai com um sussurro.
- Sim?
- Por favor... – Ela pede suplicante.
- O que você quer?
- Você.
- E você me quer onde, querida?
- Dentro de mim. – Ela responde e eu a levanto, colocando-a sobre a
mesa para que eu possa ter um maior acesso ao seu corpo.
- Oh Deus. – Ela geme quando eu levanto o seu vestido e rasgo a sua
calcinha. A sua buceta está encharcada, ela está tão pronta para mim. O meu
pau dá um salto dentro das minhas calças.
A pele dele é tão macia. Pura. Requintada.
Os seus olhos estão fechados. Ela está absorvendo o meu toque. E
isso me deixa louco. Eu estou prestes a gozar como um adolescente.
É demais.
Nunca é o suficiente com Emma.
Eu quero sempre mais e mais. Sou ganancioso e quero tudo que ela
possa me dar. Quero protegê-la, amá-la, e mantê-la para sempre.
Eu beijo cada parte do seu corpo, beliscando a sua carne quente.
Agarro as suas pernas, empurro-as afastadas, forçando seus joelhos contra o
meu peito, e empurro dentro dela, e ela chora. Eu nem mesmo sei como eu
tirei a minha roupa. Emma me deixa cego, louco de tanto desejo. Tudo que eu
posso pensar é estar dentro dela, sentir o seu calor, a sua buceta me
apertando.
- Eu vou foder cada pedaço do seu corpo. – Eu saio de dentro dela, e
depois empurro de volta, provocando gritos dela. Suas costas batem contra a
mesa de mármore.

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Ela olha para mim, seus olhos cheios de desejo. Estou batendo nela
tão forte que cada estocada faz a mesa balançar. Ela tenta abafar os seus
gritos, mas é em vão. Os seus gritos e gemidos provocam o meu lado
selvagem. Eu posso senti-la me apertando, sua buceta ordenhando o meu pau.
Eu chupo e mordo o seu pescoço.
Emma é uma linda mulher, e ela toma tudo que eu dou a ela sem
recuar. Seus gemidos tornam-se mais altos, e eu sinto os músculos da sua
vagina tensos. Ela está perto, o seu orgasmo está chegando com força, e eu
não poderei segurar o meu também.
Eu posso sentir as marcas de unhas nas minhas costas queimando, o
suor escorrendo dos nossos corpos.
Eu sinto o seu corpo ficar tenso debaixo de mim. Ela prende suas
pernas ao redor da minha cintura. Eu não paro. E com um rugido eu venho
dentro dela. Emma segue o mesmo caminho e deixa que o seu orgasmo lave
através dela.
Nós somos uma bagunça suada em cima da mesa, mas eu não poderia
estar mais feliz.

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CAPÍTULO 12

Emma

Quando acordei na manhã seguinte, Dominik já tinha ido embora.


Não havia nenhum bilhete, então entendi que ele teve que sair rápido.
Empurrei os cobertores. Eu não tinha nada para fazer nesse complexo, mas
não ia passar o dia todo dentro de casa. Estava sol lá fora e pensei em dar
uma volta.
Eu tinha passado muito tempo aqui no passado, mas agora tudo estava
diferente. Havia várias casas ao redor e isso parecia mais com um
condomínio do que um complexo de mafiosos. Quem vê de fora não imagina
o que realmente se passa aqui.
Depois de tomar banho, eu uso uma das camisas de Dominik que
estão no armário e uma calça de moletom dois tamanhos maior que eu uso.
A cozinha de Dominik é muito bem equipada. Eu decido preparar um
café, estou morrendo de fome. Encontro todos os ingredientes para fazer um
café dos campeões. Faço algumas panquecas, ovos e bacon fritos. Quando
estou terminando o meu café, a porta da frente se abre e eu corro para ver se é
Dominik, mas encontro uma mulher pequena, com os cabelos escuros e
carregando algumas bolsas.
- Quem é você? – Eu pergunto, e ela dá um pulo de susto. Acredito
que ela não esperava me encontrar aqui.
- Olá. Eu sinto muito, você me assustou. O chefe me falou que você
estava dormindo e eu não queria acordá-la. Eu sou Meg. – Ela estira a mão
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para mim com um grande sorriso no rosto.


- Emma. – Eu aceito a sua mão.
- Radu trouxe algumas coisas suas e me pediu para trazer para você. –
Ela apontou para as bolsas.
- Oh, obrigada. Onde está Dominik?
- Eles foram resolver algumas coisas do clube, mas se você precisar
de algo pode contar comigo.
- Obrigada. Você quer algum café, eu fiz muito e não quero
desperdiçar.
- Claro. Desculpa não ter trazido as coisas mais cedo. Radu me
entregou ontem de tarde e eu não tive como trazer para você, então deixei
para hoje.
- Está tudo bem. – Eu falo caminhando para a cozinha.
- Então, o que você faz aqui, Meg?
Ela ri e puxa uma cadeira para sentar. – Eu sou contadora do clube.
- Oh, e você gosta de trabalhar aqui?
- Sim. O chefe é um homem muito bom, e ele trata todos nós como
família. Eu cresci na máfia. Está no meu sangue. O meu pai era um dos
homens do seu sogro. E essa é a única família que eu tenho.
- E qual é a sua relação com Dominik? – Eu pergunto não me
preocupando em ser intrometida. Eu preciso saber se ela e Dominik estiveram
juntos.
- Eu estou com Radu. E o chefe sempre foi como um irmão mais
velho para mim.
- Eu não me lembro de você quando eu vinha aqui.
- É porque eu estava morando fora com a minha tia, mas eu me mudei
para cá depois que vocês se casaram.
- Oh, entendo.

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- Eu tenho que ir, mas eu vou passar mais tarde para ver como você
está, e quem sabe dar uma volta pelo complexo.
- Eu adoraria, Meg. Obrigada.
Meg saiu e eu fui para as minhas coisas. Radu trouxe bastante coisa,
inclusive o meu Kindle e notebook. Vou me lembrar de agradecê-lo depois.
Não sei como ele conseguiu entrar no meu apartamento, mas acredito que não
foi difícil para um cara da máfia.
Eu passei o restante do dia organizando as minhas roupas no closet de
Dominik e colocando algum trabalho em dia pelo meu computador. Não era o
que eu pensava quando decidi vir aqui e procurar Dominik, mas eu não posso
ignorar o fato de que o meu coração começou a bater mais forte quando eu o
vi novamente.
As pessoas sempre falam que o primeiro amor é inesquecível. Eu
passei muito tempo em negação. Eu me recusava a aceitar que o que eu sentia
por Dominik seria algo que eu jamais esqueceria ou sentiria por alguém, eu
só não tinha encontrado a pessoa certa. Mas eu estava enganada. Dominik é
único. Eu nunca consegui esquecê-lo, ou amar outro como eu o amei. Ainda
não estou pronta para confiar nele, mas vou nos dar o benefício da dúvida.
******
Dominik chegou em casa mais cedo. Ele parecia acabado. A
expressão no seu rosto não mentia.
- Dia difícil? – Pergunto.
- Você não imagina o quanto. Eu quero que você se vista para
jantarmos fora.
- Você tem certeza? Parece cansado e eu não quero correr o risco de
sermos atacados pelos seus inimigos.
- Nada de mal vai acontecer. E nós vamos jantar em um dos meus
restaurantes no centro.

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- Você tem um restaurante? – Pergunto confusa.


- Tenho alguns, mas esse é o meu favorito. E estaremos seguros lá.
- Tudo bem. Eu não vou demorar.
Enquanto eu trocava de roupa e me arrumava, Dominik tomava banho
na porta ao lado. A vontade de me juntar a ele na banheira era muito grande,
mas eu não queria molhar toda a minha roupa e desfazer todo o trabalho que
eu tive com o cabelo e a maquiagem.
- Você está maravilhosa. – Dominik fala quando paramos em um sinal
vermelho.
- Obrigada. Você também não está nada mal.
Dominik veio dirigindo, mas dois carros com seus homens estavam
nos seguindo. Ele estacionou na frente do restaurante. Dominik saiu primeiro
do carro e abriu a porta para mim. Eu fiquei um pouco atordoada, mas entrei
no restaurante que estava lotado.
O anfitrião veio nos receber, e nos levou para a parte de trás do
restaurante. O nosso lugar era bem privado e longe dos olhos curiosos, mas
ainda dava para ver tudo o que acontecia no restaurante. Sentei e Dominik
puxou sua cadeira ao meu lado. Todos no restaurante estavam tensos. Os
garçons pareciam que estavam vendo um fantasma. Isso é o efeito Dominik
Cathal.
- Você está quieta. – Disse Dominik após o garçom anotar os nossos
pedidos de bebidas.
- Apenas pensando em como você causa tanto medo às pessoas.
- É o meu trabalho, mas eu não causo medo a todas as pessoas. Você
não tem medo de mim. – Respondeu ele.
- Não, eu não tenho. – Eu fiz uma careta.
- Há quanto tempo você possui esse lugar?
- Há dois anos. Foi um dos melhores investimentos que eu fiz.

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- Ele é muito bonito e requintado.


- Sim. Eu gastei uma boa grana para reformar e deixar como ele
precisava ser. E hoje estou recebendo os lucros do meu investimento.
Dominik sempre foi bom com os negócios. E ele tem razão, o lugar é
espetacular. Não há nenhum indicio de que ele pertença à máfia. Tudo aqui
grita luxo e riqueza. E não o lado obscuro que compõe a máfia.
- O que você costuma pedir?
- As lulas são uma boa pedida, mas como eu sei que você não é fã de
frutos do mar, eu optaria pelo ravióli à bolonhesa.
- Parece muito bom. Eu vou experimentar.
O garçom voltou e tomou os nossos pedidos. A noite estava tranquila.
Dominik estava um pouco distante. E eu sabia que estava relacionado com o
rato infiltrado no clube.
O nosso pedido chegou e comemos em silencio. O jantar estava
delicioso. Difícil não amar um bom prato italiano. Fiquei grata por ele ter me
mostrado esse lugar. Isso me deu um pouco de esperança. Talvez ele não
fosse tão ruim como eu pensava. Quero dizer, o homem que eu amei era
exatamente assim, calmo e bastante descontraído.
******
Eu estava muito excitada quando voltamos para casa. Dominik foi um
completo cavalheiro durante o nosso jantar, mas no caminho de volta para
casa ele não perdeu tempo e me excitou o quanto pode. Apesar de estar
dirigindo, Dominik teve muita facilidade em por a mão dentro da minha
calcinha e acariciar o meu ponto sensível.
A sensação da sua mão me esfregando me rendeu dois orgasmos. Eu
tinha esquecido o quão determinado ele é quando quer algo. Eu queria
retribuir o favor, mas antes que eu tivesse a chance, nós chegamos ao
complexo.

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Dominik praticamente me arrastou para dentro de casa. Eu estava me


divertindo com o seu desespero. Ele ostentava uma barraca dentro das suas
calças. E isso me excitou ainda mais.
Quando chegamos ao quarto, Dominik tirou nossas roupas com uma
rapidez impressionante. Eu estava atônita, quase sem palavras quando dei
uma boa olhada no glorioso pau de Dominik. Parecia maior do que
costumava ser, e eu queria explorar cada parte dele. Lambê-lo. Sugá-lo.
Devorá-lo.
Eu não sou uma vadia. Eu só estive com dois homens, e um deles
incluía Dominik. Eu caio de joelhos na sua frente, e agarro o seu pau.
Dominik geme. Eu começo com a ponta, colocando pequenos beijos ao redor
do seu pênis. Dominik sempre foi um homem muito bonito, e foi muito difícil
para eu acreditar que ele não tinha para baixo em outra mulher, além de mim.
E eu tenho que dizer que isso me surpreendeu bastante. Ele sempre foi
dominante e muito apaixonado, mas em nenhum bilhão de anos eu imaginaria
que ele estava se guardando apenas para mim. Era como se ele soubesse que
voltaríamos. Na verdade, ele confessou que isso era um fato, e que mais cedo
ou mais tarde eu cairia em mim.
Bastardo presunçoso.
Eu giro a minha língua para cima e para baixo, lambendo a fenda da
sua cabeça alargada. Dominik suspira e sinto o seu corpo tremer, e sei que ele
está gostando. Suas mãos estão firmemente no meu cabelo. O seu aperto
trazendo lágrimas aos meus olhos, mas eu não me importo. Tudo o que eu
quero é ver esse belo homem quebrar sob o meu toque.
- Porra! Eu amo isso. – Ele geme incoerentemente.
Eu nunca quis nada na vida como agradá-lo nesse momento. Eu o
chupo como se dependesse daquilo para viver. O seu pênis é macio e suave,
deslizando por entre os meus lábios. E eu posso sentir o gosto do pré-sêmen.

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Eu estou tão molhada, e quero tanto senti-lo dentre de mim, agora. Mas isso é
tudo sobre ele.
Eu envolvo a minha mão envolta do seu eixo e inalo o seu cheiro. Ele
é tão grande e grosso, que é quase impossível leva-lo todo na minha garganta.
Relaxo os músculos da face e o levo mais fundo quanto posso na minha
garganta.
- Foda-se! – Ele assobia.
Dominik está ofegante. Os seus olhos estão escuros, e eu posso ver o
desejo e a luxuria neles. Eu não paro de sugar e aperto as suas bolas. A
sincronia dos movimentos o deixa tenso, e eu sei que ele é um caso perdido.
- Emma... Porra! – Dominik grita jogando a sua cabeça para trás.
Dominik. O Capo. O mafioso. Ele se desafaz na minha boca. Eu
chupo mais forte e recebo o primeiro jato do seu gozo. Ele é tão lindo.
Engulo tudo, lambendo todo o caminho até a ponta, mergulhando a minha
língua no pequeno orifício. Seus olhos se abrem, e ele me observa. Um
sorriso em seus lábios.
- Merda, mulher. Melhor maldito boquete da porra. Eu amo a porra da
sua boca. – Ele me puxa para um beijo possessivo. E antes que eu possa
processar algo, estou sendo colocada sobre a cama. Ele é um homem com
uma missão. Eu posso sentir a dor entre as minhas pernas.
- Abra. – Ele ordena.
O meu corpo age por conta própria. É como se ele tivesse todo o
comando dele. E eu sei que tem. Eu me abro para ele, completamente exposta
para ele.
- Você é tão fodidamente linda, Emma.
- Você está me matando aqui, Dominik. – Eu gemo.
Dominik sobe na cama e pega um punhado do meu cabelo, inclina a
minha cabeça para trás e saqueia a minha boca. Minhas mãos vagueiam pelo

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seu corpo. Ele é todo músculo, todo macho alfa. E todo meu.
As minhas pernas se abrem mais para recebê-lo. Um sorriso se
espalha pelo seu rosto quando ele vê o quanto eu estou desesperada para tê-lo
dentro de mim. Ele coloca um dedo dentro de mim, e me encontra pingando
para ele. Dominik agarra os meus pulsos acima da minha cabeça. O seu pau
está cutucando a minha entrada. Eu gemo de frustação. Mas ele não me dá o
que eu quero. Ele se esfrega contra as minhas pregas doloridas.
- Você precisa de algo, esposa?
Dominik acaricia o seu pênis. Eu ergo minha cabeça para ver. Ele
parece maravilhoso assim. Cru. Selvagem.
- Você. Eu quero você. – Sussurro.
- Eu sou todo seu, mas eu ainda estou com fome.
A sua cabeça desaparece entre as minhas pernas. E lá está ele de novo
comendo a minha buceta. Eu não vou durar muito tempo. É tão malditamente
bom que nem consigo ver direito.
Ele me provoca com beijos e chupões na minha carne aquecida. Eu
estou desesperada pela minha libertação, mas ele não vai me dar isso tão
fácil.
Estou começando a tremer. O bastardo sabe o que está fazendo para
mim, e não pode esconder o maldito sorriso em rosto.
- Dominik, por favor.
- Paciência.
- Bastardo.
Ele puxa o meu corpo para ele, seu pau está quase entrando em mim.
Em seguida, ele bate dentro de mim. Minhas costas saem da cama, a sensação
é maravilhosa.
- Você é tão apertada.
Eu posso ouvir o meu sangue correr pelo meu corpo. Dominik se

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move dentro de mim lentamente. Eu sinto o meu orgasmo chegando.


- Oh meu Deus!
- Você é tão linda. Eu adoro ver você gozar. É uma das minhas coisas
favoritas no mundo. – Ele bate dentro de mim mais forte e eu arfo. A minha
libertação vem como um raio. O meu corpo treme e ele bate mais e mais
forte. Minha buceta aperta o seu pau e ele geme palavras incoerentes. Sua
mão encontra o meu mamilo, e ele começa a esfregar.
- Tão perfeita. Venha, Emma. Venha para mim.
Eu venho mais e mais. Minhas costas para fora da cama, minhas
unhas cravadas nas suas costas. Eu posso sentir o seu pau fundo. E ele me
acompanha, sinto o seu calor de sua libertação. Viemos juntos como deveria
ter sido, sempre.
- Melhor jantar da minha vida.
******
Quando acordei na manhã seguinte, eu estava sozinha na cama.
Sentei-me, lamentando ficar mais um dia sozinha. Saí da cama e a porta do
quarto se abriu. Dominik entrou já vestido, com um coldre na cintura e duas
facas. – Você já vai?
- Amuh pegou outro dos nossos. E eu preciso sair para resolver
algumas coisas. – Ele fez uma careta.
- É muito perigoso.
- Sempre foi. Eu vou tentar voltar mais cedo para casa, tudo bem? –
Ele segurou meu rosto.
Eu balancei a cabeça. E seus lábios roçaram os meus. O beijo foi
suave. Eu vi quando ele deu as costas e deixou o quarto. Eu peguei o meu
computador e enviei um e-mail para a minha mãe.
Depois de enviar o e-mail para minha mãe informando que eu estaria
fora pelos próximos dias a trabalho, ela me enviou outro em resposta dizendo

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que estava tudo bem. Eu não queria correr o risco de meus pais surtarem ao
saberem onde eu estou e com quem. E minha mãe sabia que quando eu estava
trabalhando eu não usava o telefone, a não ser que fosse um caso de vida ou
morte. Eles já estavam acostumados com isso.
Eu tomei um banho e coloquei um jeans e uma camiseta. O dia estava
bem ensolarado e eu poderia ler um pouco lá fora. Quando entrei na sala, a
mesa de jantar estava cheia de comida. Havia um verdadeiro banquete sobre a
mesa. O meu estômago roncou, e eu sentei para tomar o meu café.
Dominik tinha uma vida muito arriscada. Tudo aqui gritava perigo,
mas eu já não posso ficar longe dele de novo. Eu o odeio por ter seguido os
passos do seu pai. A máfia não é um lugar seguro. Mas eu o amo, e não posso
deixá-lo, de novo.

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CAPÍTULO 13

Dominik

Estou sentado no meu escritório tentando decifrar alguns códigos que


conseguimos colher dos homens de Amuh. O cerco está se fechando, e eu
preciso deter esses bastardos antes que eles nos alcance.
Radu entra e joga mais papéis sobre a minha mesa.
- O que é isso? – Pergunto franzindo a testa para os seus modos.
- Mais códigos. Matamos cinco, e não perdemos nenhum.
- Bom. Reúna alguns homens e vá até o píer. Mais um carregamento
chega está noite, e eu não quero correr o risco de sermos atacados.
- Pode deixar, chefe.
Eu passo para Radu mais algumas orientações, e então ele se vai.
Radu é o meu homem de confiança. Eu sei que ele pode resolver tudo sem
problema algum, mas às vezes eu me preocupo com o meu amigo. Eu sou o
Capo, mas isso não significa que eu não me preocupe com os membros da
minha família, apenas não demonstro.
O homem quase não vê a sua mulher, e eu sei que isso é uma merda.
Eu sei o quanto custa ficar longe da mulher amada. Quando Emma se foi, eu
estive no inferno. E darei tudo para não voltar lá. Eu não sou um homem
bom. Não mais. Eu mato pessoas, e não tenho nenhum arrependimento nisso,
embora o tipo de pessoa que eu mate não seja o melhor, mas ainda sim.
Eu preciso de uma bebida e da minha mulher. Eu saio para ir para
casa. Caminho para dentro e paro quando vejo Emma de pé na cozinha, em
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frente ao fogão. Ela está quase nua, vestindo apenas uma camisa minha e
nada por baixo. Eu posso ver isso quando ela abaixa para pegar a colher que
caiu da sua mão. E porra! Eu posso ver o seu traseiro rosado empinado para
mim. O meu pau dá um salto, e eu ofego alto.
- Porra! Você quer me matar, mulher!
Ela pula, e a colher cai de novo no cão. – Seu idiota! Você quase me
matou de susto! – Ela grita, colocando a mão sobre o coração.
- Desculpe, mas você estava aí mexendo o seu rabo doce para mim, e
eu não resisti. – Enrolo os braços ao redor da sua cintura, e minhas mãos
passeiam por dentro da blusa, encontrando os seus mamilos nus também.
- Pare! – Ela ri, saindo do meu agarre.
- Eu quero você.
- Eu estou preparando o jantar.
- Eu estou com fome de outra coisa.
Eu nunca quis tanto foder a bunda de alguém como eu quero a de
Emma. Ela é tão linda e perfeita. Minha outra mão desce pelo seu estômago
até o seu ponto doce. Encontro o seu clitóris inchado e começo a esfregar.
Emma se contorce nos meus braços, ela moi contra o meu pau enquanto eu
belisco o seu mamilo e esfrego a sua protuberância. Ela parece tão sexy
agora.
- Dominik...
- Sou eu, querida.
Os seus olhos estão fechados, mas ela os abre e desliga o fogão antes
de se virar para mim. Eu aperto os seus seios, empurrando o seu cabelo para o
lado, eu beijo o seu pescoço.
- Por que você está nua na cozinha? – Eu mordo o seu pescoço, e ela
geme.
- Eu queria que você me pegasse assim.

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- E se alguém tivesse visto? – Acuso.


- Ninguém viu nada. Só você. – Essa mulher ia ser a minha morte. Ela
planejou isso. Ela sabe que eu não resisto a ela.
Eu mordo mais o seu pescoço, deixando a minha marca nela. Eu sei
que parece animalesco, mas isso sou eu. Emma é minha e ninguém, ninguém
vai tirá-la de mim.
- Eu quero foder a sua bunda doce. Você confia em mim?
Eu sinto o seu corpo tremer. Ela hesita um pouco, mas concorda. –
Sim. Eu quero dizer, eu nunca fiz isso, Dominik.
- Bom. Por que não haverá outro, querida. Você é minha e só minha.
– Esfrego o seu clitóris e ela se esfrega mais contra o meu pau.
- Sim. Apenas sua. Para Sempre. Foda a minha bunda, Dominik. – Ela
exala.
Inferno sim! Isso é tudo que eu preciso para agarrá-la e levá-la para o
nosso quarto.
As suas pernas se prendem a minha cintura e eu a levo para a nossa
cama. A minha boca encontra a sua e tudo o que eu posso pensar agora é em
estar dentro do seu rabo apertado.
Eu a coloco sobre a cama. – Você tem certeza?
- Sim. Eu quero isso, Dominik. Me foda.
- Porra, mulher! – Eu a viro de quatro sobre a cama. Não tenho
certeza de quando eu tirei as nossas roupas, mas estamos nus e famintos um
pelo outro. Eu posso sentir o cheiro da sua excitação. Ela está pingando para
mim. Ela rebola o seu rabo para mim, e eu posso ver a sua buceta rosada me
cumprimentando. O meu pau está gritando para estar dentro dela. Bunda ou
buceta, contando que seja dela.
Eu passo a mão pelas suas costas, e o seu corpo arqueia para receber o
meu toque. Ela parece tão bonita. Os seus olhos estão cheios de luxuria e

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desejo. Sua mão desliza entre as suas dobras, e ela começa a se acariciar. Eu
acho que vou explodir como a porra de um adolescente, antes mesmo de estar
dentro dela.
- Não! – Eu ordeno, mas ela continua se dando prazer com a mão. Eu
agarro a sua mão e ela me olha aborrecida.
- Esse é o meu trabalho, querida.
Emma não discute, e empina mais o rabo para mim. Eu não resisto e
dou-lhe uma tapa. O seu corpo estremece, e seus olhos encontram os meus
por cima do seu ombro. Eu acaricio o local e o beijo, então lhe dou outro, e
outro, fazendo-a gemer e se contorcer buscando o meu toque.
- Você gosta disso?
- Sim.
Eu continuo batendo na sua bunda lisa. E sua buceta está pingando,
pronta para ser fodida. – Você está tão molhada para mim, querida. – Eu aliso
as suas pregas, e ela grita buscando a sua libertação.
- Ainda não, querida.
- Eu preciso de você, Dominik. – Ela declara com luxuria.
E isso estala algo dentro de mim. Essas são umas das mais belas
palavras do mundo. E eu não me importo se alguém me chamar de buceta.
Ouvir a sua mulher dizer que precisa de você é uma das melhores coisas do
mundo. Nada mais importa.
Eu sempre soube que ela era a única. Eu não sou um homem bom, e
com certeza ela merece alguém muito melhor do que eu, mas eu sou muito
egoísta para deixar que ela se vá outra vez. O seu lugar é ao meu lado. E eu
não poderia deixar que nada de mal lhe acontecesse. Nunca. E que Deus me
ajude se alguém tentar nos separar.
Eu seguro os seus quadris e a puxo para mim. Eu preciso deixá-la
relaxada ou então vai doer muito mais do que o normal. Eu tenho um pau

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muito grande e grosso, e isso não vai caber fácil no seu buraco enrugado.
Enfio um dedo na sua buceta molhada, e outro na sua bunda. O seu
corpo fica tenso com a invasão, mas logo relaxa quando eu começo a mover
dentro e fora de ambos os buracos.
Ela parece tão linda assim para mim. O meu pau está vazando, e eu
estrou prestes a gozar só de vê-la montar os meus dedos. Eu removo os dedos
quando sinto o seu orgasmo se aproximar. Sua cabeça cai para o travesseiro.
Eu alinho o meu pau no buraco enrugado e pouco a pouco eu entro nela. Ela
contrai e choraminga com a invasão.
- Shh! Relaxe, apenas relaxe. – Eu aliso as suas costas. Dou-lhe um
tempo para se acostumar com a intrusão.
- Diga-me se for muito, querida. – Ela se contorce, e meu pau fica
mais duro.
- Não pare, Dominik. Foda a minha bunda. – Ela sussurra.
- Eu te amo, Emma. – Eu dirijo para dentro dela. Eu nunca senti nada
tão bom na vida. A sensação dela me apertando é quase demais para suportar.
Eu me movo mais rápido dentro dela, e brinco com o seu clitóris
fazendo-a se mover para encontrar os meus movimentos.
- Você é tão fodidamente apertada, Emma. – Eu falo a cada estocada.
- Dominik! – Ela grita quando o orgasmo a atinge.
Eu esfrego o seu feixe de nervos mais rápido, e o coloco o dedo
dentro do seu bichano. Ela me aperta de ambos os lados. A sensação é
incrível. Eu bato dentro dela mais e mais, e sinto o seu corpo desabar sobre o
colchão. Ela treme e grita quando o orgasmo a possui. E eu venho junto com
ela. Agarro os seus quadris enquanto liberto toda a minha semente dentro
dela com um rugido animal.
Nós estamos suados e exaustos. Eu caio sobre as suas costas. A minha
respiração está ofegante, e eu não consigo me mover.

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Tudo o que eu preciso está aqui comigo. E eu nunca mais quero sair.

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CAPÍTULO 14

Emma

Eu acordei sozinha novamente. Dominik deixou uma nota informando


que tinha negócios fora do complexo e iria demorar. Eu tomei café e sentei na
frente da casa olhando o movimento do complexo. Havia de um tudo um
pouco. Alguns caras gostavam de brigar um com os outros, enquanto outros
descarregavam carregamentos que chegavam a cada hora. Não dava para ver
o conteúdo das caixas, mas deveria ser algo para o bar, caso contrário, não
estaria sendo descarregando a luz do dia e na frente de todos.
Já tinha se passado algumas semanas desde que eu tinha
chegado aqui. E quanto mais tempo eu ficava mais eu me sentia familiarizada
com o local. Os homens me respeitavam. Alguns me olhavam de cara feia,
mas nada de ruim era dito ou mesmo demostrado para mim. Tenho certeza
que Dominik tem um dedo nisso. Eu sei muito pouco sobre o mundo da
máfia, mas o que eu sei é que eles respeitam demais os seus Capos. E a
família vem sempre em primeiro lugar, não importa o que.
Quando o ar ficou mais frio eu decidi entrar. O tempo estava
mudando e iria chover em breve. Coloquei uma camisola, e me enrolei no
sofá para ver um pouco de TV. Eu devo ter adormecido, porque acordei
sendo transportada nos braços de alguém. Os meus olhos se abriram e eu
olhei para o rosto de Dominik. Tudo estava escuro. – Dominik? – Murmurei.
Ele não disse nada, e continuou me levando para o quarto. Eu
coloquei a mão no seu peito e a cabeça no seu ombro. Eu senti o seu corpo
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estremecer, e sabia que algo estava errado.


A sua respiração estava contida. Os batimentos do seu coração
calmo. Mas ele parecia perdido. Eu nunca tinha o visto tão pacífico. Ele me
colocou sobre a cama e retirou as suas roupas lentamente. Estava tudo escuro,
mas eu podia ver através da luz da lua que entrava pela janela. Esticando-me
eu procurei o interruptor ao lado da cama. As luzes se acenderam e eu
encontrei um Dominik sombrio. Ele estava olhando para mim com os olhos
escuros, a mandíbula trincada, mas ele não parecia em nada com o meu
Dominik. Havia algo de muito errado e eu não conseguia entender o que era.
- Dominik?
Ele não falou nada apenas me olhou por mais um tempo antes de
subir na cama. Eu nunca tive medo dele, mas nesse momento ele estava um
pouco assustador. Seus olhos estavam desfocados. Eu levantei a minha mão e
acariciei a sua bochecha. Os seus olhos se fecharam, e sua expressão mudou.
Ele pareceu relaxar sob o meu toque, mas ainda havia algo o perturbando. Ele
respirou profundamente.
- O que houve? – Perguntei suavemente.
Ele saiu da cama e foi para o banheiro. Eu deixei escapar uma
respiração que nem sabia que estava segurando. O chuveiro foi ligado e eu
me deitei no meu lado. Pouco tempo depois aporta se abriu e Dominik entrou
no quarto. Ele caminhou em direção à cama, levantou as cobertas e subiu na
cama. Eu podia sentir a tensão que emanava do seu corpo. Dominik me
puxou para perto dele, o seu corpo estava molhado e frio.
Ele estava meio assustador. E ainda não tinha pronunciado nenhuma
palavra. Ele agarrou a barra da minha camisola e a puxou para fora de mim.
Eu estava apenas de calcinha, mas isso não durou muito tempo. Porque ele
rapidamente a rasgou, me deixando completamente nua e a sua mercê. Minha
mente estava gritando comigo para detê-lo, mas no fundo eu sabia que ele

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não me machucaria.
Os seus olhos encontraram os meus. Havia muita escuridão neles, e eu
queria nada mais do que arrancar isso dele. – Eu preciso abraçar você. – Ele
falou quebrando o meu torpor, e me assustando um pouco. E meu corpo
relaxou contra o seu. Eu queria muito mais do que abraçá-lo nesse momento,
mas não seria o certo. Ele não confiava em si mesmo para me tocar, e eu não
iria empurrá-lo.
- O que aconteceu?
Ele se inclinou e me deu um beijo suave. – Falaremos sobre isso
amanhã. – Ele continuou me beijando. Parecia que ele estava fazendo amor
com a minha boca. Eu estava completamente encantada. Eu sempre amei esse
lado doce dele, embora o seu lado selvagem me faça perder a cabeça, em
ambos os sentidos.
******
Quando eu acordei na manhã seguinte. Eu estava deitada no peito de
Dominik, meu corpo nu encaixado no seu. Parecíamos duas obras de arte
esculpidas por um artista grego. Eu me mexi com cuidado para não acordá-lo.
Eu queria fazer o seu café enquanto ele descansava.
Eu consegui sair da cama sem que ele acordasse. Coloquei a sua
camisa e fui para a cozinha. Quando estávamos namorando, eu adorava fazer
o café para ele. Eu sempre amei cozinhar, mas eu perdi um pouco disso
quando eu fui embora. Acho que era difícil relembrar tudo o que eu tinha
perdido.
Depois que eu tenho tudo preparado, Dominik aparece vestindo uma
calça de moletom e sem camisa. E eu não posso deixar de babar um pouco.
Ele é perfeito. O seu peitoral bem definido. Eu poderia contar todos os gomos
da sua barriga sarada. O homem é um verdadeiro pecado. E é todo meu.
- Os meus olhos estão aqui em cima, querida. – Ele zomba de mim, e

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eu atiro-lhe uma maçã.


- Você é tão esnobe.
- Não. Apenas sendo honesto.
- Você está bem? – Pergunto, mudando o rumo da conversa. E sinto o
eu corpo ficar tenso imediatamente.
- Sim.
- O que aconteceu ontem, Dominik?
- Problemas com Amuh. Nós perdemos mais cinco homens ontem. E
eu não sei como parar essa maldita guerra.
Eu dou a volta na mesa e paro na sua frente. – Você vai descobrir.
Agora você precisa comer um pouco. – Eu o puxo para sentar-se à mesa
comigo. Dominik pode não ser o melhor dos homens, mas ele é o homem que
eu amo. E eu pretendo estar ao seu lado em todos os momentos.

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CAPÍTULO 15

Dominik

- Então esse é o bastardo que tem nos traído? – Eu sorrio para o rato
que acabamos de descobrir. Camil não era um novato, mas ele também nunca
foi muito apreciado. Eu sempre achei que ele tinha algo a esconder, mas o
meu pai o aceitou e eu não queria desperdiçar o meu tempo fazendo uma
faxina.
E aconteceu desse mesmo infeliz ser o rato que estava nos delatando
para Amuh. Ele parece tão fraco, e sem valor, aqui nesse galpão sujo que nós
usamos para fazer a limpeza. E por limpeza eu quero dizer, limpeza mesmo.
Nós retiramos os bastardos imundos que não são dignos de viver.
- O meu pai acreditava que tínhamos a sua lealdade, Camil. Eu
acreditei nisso também. – Eu disse puxando a mordaça da sua boca. – Eu
pensei que você estava protegendo a sua família, mas tudo isso foi apenas um
engano.
- Você acha que eu poderia viver aqui sem reconhecimento? Eu
sempre fui leal ao seu pai, e onde isso me levou? – Ele cuspiu para fora.
- E você queria o que? – Eu perguntei a ele enquanto puxava a minha
faca. – Você queria ser visto? – Eu zombo.
Camil sorriu. – Seu idiota, Amuh vai acabar com você e toda essa
família que você tanto luta não será mais que poeira no chão. – Ele falou, mas
antes que ele pudesse falar mais alguma coisa eu puxei uma de suas mãos e
arranquei os seus dedos de uma vez só. Essa era a grande vantagem de se
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usar uma faca. Elas nunca decepcionam.


O porco imundo gritou e entrou em choque, desmaiando aos meus
pés. – Tão rápido? Eu acho que não. – Eu chutei o seu corpo antes de me
afastar. – Acorde ele, nós ainda temos muito papo para bater.
******
Matar Camil me deixou mais relaxado, mas muita coisa ainda me
incomodava. O desgraçado não falou muito, mas precisávamos agira antes
que Amuh conseguisse chegar perto.
Quando todo mundo saiu, apenas Radu e eu permanecemos no galpão
sujo e abandonado que utilizávamos sempre que precisávamos.
- Eu quero que você cheque todas as ligações entre Camil e Amuh. –
Ordenei. – E não pare até encontrar algo que realmente sirva.

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CAPÍTULO 16

Emma

Um estrondo soou dentro de casa vindo da sala. Ouviam-se também


vozes irritadas.
Dominik tinha saído para resolver algumas coisas do clube, mas não
me disse que horas voltaria. Eu tentei esperar por ele, mas acabei
adormecendo.
Eu ainda estava vestida, o que era bom porque eu não teria que me
trocar antes de ver o que estava acontecendo.
Estava escuro. Apenas a luz do abajur na sala iluminava o local. Dei
um passo para mais perto da sala, e quase engasguei com o que eu vi.
Dominik tinha um homem segurado pelo pescoço. O homem estava
desesperado dava para ver o medo no seu rosto. E eu me perguntei do que
realmente Dominik seria capaz.
Dominik estava furioso. O seu rosto era tinha uma sombra negra. Ele
parecia um monstro. E eu dei um passo para trás. Mas os apelos do homem
me fizeram firme no lugar.
- Eu jamais trairia a Família. – O homem suplicou. – Eu daria a minha
vida pelo clube, chefe.
Dominik pareceu sair do seu torpor, e afrouxou, o homem caiu aos
seus pés, tentando obter um pouco de oxigênio.
- Se eu descobrir que você está mentindo. Eu vou arrancar cada
membro do seu corpo com você assistindo. Agora, saía! – Dominik rosnou
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para o homem, que tentou se levantar, mas não conseguiu e saiu


cambaleando.
Dominik se virou para mim. A fúria ainda estava gravada em seu
corpo. Ele apenas me olhou por alguns segundos antes de falar.
- Isso é o que eu sou! – Ele rugiu. – Eu sei que você está com medo,
mas eu não vou te machucar. Não do jeito que você está pensando.
- Você está bem? – Eu consegui reunir forças para falar.
Ele balançou a cabeça em concordância, mas não se moveu. Eu me
aproximei lentamente. Apesar de ainda estar assustada com a sua explosão,
eu caminhei em sua direção. Mas antes que eu o alcançasse, ele me agarrou e
me colocou abaixo dele. Eu dei um grito surpreso. Eu não esperava isso.
O seu corpo pressionado contra o meu no tapete da sala. Então os seus
lábios bateram contra os meus. A sua língua procurou a minha, em uma
dança furiosa.
Eu não sei como, mas as minhas roupas foram retiradas. O seu olhar
faminto viajando para cima e para baixo no meu corpo nu.
Dominik beijou todo o caminho ao longo do pescoço e desceu para os
meus seios, tomando um na boca. Eu engasguei quando ele mordeu
levemente o bico do meu seio, me causando dor e excitação ao mesmo
tempo.
Eu deveria ir embora. Esse não era o homem por quem eu me
apaixonei. Não era o homem que eu me casei. Mas eu não poderia. Ele me
consumiu de uma forma que eu jamais imaginei.
Dominik não era o mesmo. Eu não era a mesma. E nossas vidas agora
eram diferentes, mas será que isso será o suficiente?
Ouvi Dominik abrir o cinto e a calça, e tremi de excitação. Dominik
passou o seu pau duro contra as minhas dobras doloridas, que agora estavam
encharcadas, e sem aviso, ele entrou em mim.

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Eu gritei, mas ele não hesitou. Ele estava faminto, e começou a bater
em mim como um homem possuído.
Eu mordi o meu lábio para me impedir de gritar, mas a construção de
um orgasmo explosivo estava me deixando no limite.
Toda vez que ele empurrava dentro de mim, atingia o meu ponto
doce, e enviava faíscas de prazer pelo meu corpo.
Eu estava tão perto.
Dominik se afastou e juntou as minhas pernas, fazendo com que ele
atingisse mais fundo dentro de mim. A posição era quase demais para mim,
mas eu não pediria para parar. Eu o queria de todas as formas.
O seu hálito quente contra a minha pele. Eu chorei e engasguei
quando ele foi mais fundo. Dominik estava perto também. Os seus dedos
torceram os meus mamilos, me deixando mais pronta. Então, ele mordeu o
lóbulo da minha orelha, e eu me perdi.
Eu explodi gritando o seu nome uma e outra vez enquanto eu tremia
com o meu orgasmo, mas ele não diminuiu o ritmo, e continuou batendo em
mim ferozmente.
Enquanto eu me recuperava de um orgasmo ele já estava planejando o
segundo. Esfregando o meu clitóris implacavelmente, e eu vim novamente.
As minhas pernas viraram gelatina. Eu estava uma bagunça suada.
Dominik bateu mais duro dentro de mim. Os meus olhos rolaram para
trás da minha cabeça, as minhas paredes se apertaram novamente, e eu senti
quando ele encontrou a sua própria libertação.
- Porra! – Ele rugiu e se derramou dentro de mim. Eu vim pela
terceira vez, apenas observando esse homem lindo se desfazer em meus
braços.
Ele me fodeu como se não existisse o amanhã. Eu estava em uma
névoa de prazer. As minhas pernas estavam moles, mas eu estava feliz.

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Feliz por estar finalmente em casa.

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CAPÍTULO 17

Dominik

- Rick chamou. – Radu diz isso entrando no meu escritório. – Ele


disse que quer ajuda para manter Amuh afastado e eu disse a ela que você
falaria com ele.
- É uma boa ideia. Os Bellines são os melhores quando se trata de
tirar o lixo. E Amuh já fez demais, é hora dele sair da nossa cidade.
Rick é o presidente dos Bellines. Eles são os mais antigos mafiosos
que vieram da Itália para New York. E eles são uma força a se considerar.
Todo o apoio para eliminar Amuh será bem vindo.
- Eu acho que Amuh está armando alguma coisa. Ele anda muito
quieto. Não o subestime chefe.
- Eu sei. Cuide para que os Bellines entrem sem nenhum problema,
mas alerte os homens. Eu não quero ser pego de surpresa.
- Pode deixar.
- Eu preciso que todos estejam aqui. O complexo é mais seguro, e eu
não quero que Amuh ataque qualquer um dos nossos. Ninguém sai sem o
meu conhecimento.
Eu não sei o que Amuh está planejando contra nós, mas algo bom não
é. Então precisamos estar juntos e bem armados.
Emma entra, parecendo o inferno de gostosa, vestindo uma de minhas
camisas.
- Bom dia. – Eu sorrio, e ela vem e se senta no meu colo, enterrando o
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rosto no meu pescoço.


- Bom dia. – Ela ronrona, e se aconchega mais contra o meu corpo. E
essa é a deixa para Radu nos deixar a sós. O bastardo sai com um grande
sorriso no rosto.
- Bom dia, Emma. – Ele ri e sai.
- Bom dia, Radu. – Ela fala sonolenta.
- Porque você levantou? Ainda é muito cedo.
- Você não estava lá. – Ela resmunga.
- Sinto muito. Eu tinha umas coisas para resolver. E você não deve
andar pelo complexo, vestida assim.
- Ninguém me viu. E eles não seriam tolos de cobiçar a mulher do
chefe.
- Isso é verdade, mas esses filhos da puta não são cegos. E você é
muito bonita e gostosa. Então não me faça chutar algumas bundas.
- Eu quero contar aos meus pais sobre nós. – Ela fala.
- Se é o que você quer, então nós faremos. Mas eu preciso resolver
umas coisas antes de chamá-los aqui.
- Ok. – Ela murmura.
Emma sempre foi à mulher da minha vida. E tê-la de volta ainda
parece surreal. Ela se mexe no meu colo e eu sinto o meu pau despertar. As
minhas mãos percorrem o seu corpo delicioso. E descubro que ela não está
usando nada por baixo da minha camisa.
- Porra, mulher! Você quer me matar? – Eu gemo.
Ela sorri e planta beijos ao longo do meu pescoço. – Eu não tive
tempo para por nada. – Ela ronrona.
Eu amo que ela se sinta livre aqui no meu lugar. Eu não pensei que
ela fosse se acostumar, mas eu tinha esquecido como a minha mulher pode
ser maravilhosa.

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- Você está me provocando, querida. – Esfrego o meu dedo contra o


seu botão inchado.
Ela arfa e se esfrega mais contra o meu pau. Eu removo o meu pau
pelo zíper, e continuo a esfregar o seu clitóris inchado. – Você é uma menina
safada.
- Eu preciso de você dentro de mim. – Ela geme.
- Curve-se para mim. – Eu digo, colocando-a enganchada em minhas
pernas. E ela faz o que eu digo. As suas costas batendo contra a minha mesa.
Ela está tão molhada para mim, eu posso ver a sua essência escorrendo pelas
suas pernas, e o meu pau está pronto para se perder dentro do calor da sua
buceta.
Eu brinco com o seu clitóris enquanto eu deslizo o meu pau dentro
dela suavemente. Ontem à noite eu fui muito duro com ela, mas eu não pude
me segurar. Agora eu quero tomar o meu tempo.
Eu beijo a sua boca, e continuo entrando e saindo dela lentamente.
- Sim, Dominik. – Ela geme, empurrando para trás e para frente no
meu pau.
Eu dou-lhe o que ela quer, até que ela está gritando o meu nome sem
parar quando um orgasmo há atinge.
Vê-la se perder nos meus braços, e gritando o meu nome faz-me sentir
como um homem das cavernas. E eu amo a sensação de tê-la completamente.
A sua buceta gulosa me prende. E eu não posso mais segurar. Eu
venho logo em seguida gemendo o seu nome contra os seus lábios.
Emma cai contra mim, enquanto recupera um pouco de ar. E eu me
pergunto como eu consegui viver, todos esses anos sem ela. Eu nunca quis
nada na minha vida, como eu a quero.
- O que você está pensando? – Ela pergunta, me estudando.
- Eu estou pensando o quanto eu sou um filho da puta sortudo, por ter

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você na minha vida.


- Isso você é. – Ela diz em um tom brincalhão. – Eu não queria vir
aqui, Dominik. Eu estava com medo do que eu poderia encontrar, mas agora
eu não quero te deixar nunca mais.
- O seu lugar é ao meu lado. Sempre. – Eu falo beijando a sua testa.
- Vamos. Eu preciso cuidar da minha mulher. – Eu falo me
levantando com ela nos meus braços.
- Eu posso andar.
- Eu sei, mas que graça teria?
Eu atravesso o complexo em direção à nossa casa, e a levo para o
quarto onde eu mostro o quanto eu a amo. E como eu estou feliz em tê-la na
minha vida.

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CAPÍTULO 18

Emma

Eu me sinto exausta.
Mentalmente e fisicamente.
Eu não tenho nada para fazer aqui no clube, exceto trabalhar em
alguns casos, mas pelo computador, o que não é a mesma coisa. Dominik diz
que não é seguro sair para voltar a minha rotina normal, mas eu acho que
estou ficando louca presa aqui dentro.
Eu liguei para os meus pais, mas eles não atenderam. Eu estava
ficando preocupada. Então Dominik mandou alguém saber o que estava
acontecendo, mas eles apenas tiveram que ir visitar a vovó Carmen em
Boston – MA.
Uma batida na porta me trás de volta do meu devaneio. Eu levanto do
chão onde eu estou esparramada com o meu laptop e alguns documentos e
vou atender. É Meg a mulher de Radu.
- Oi, eu vim ver como você está. Eu sei que pode ser cansativo viver
trancada aqui dentro. – Meg fala.
- Oi, é frustrante. Eu estou ficando louca. – Eu abro a porta para
deixá-la passar.
- Eu sei como é. O confinamento pode ser excessivo quando estamos
em guerra, mas você pode se divertir aqui também.
- Como? Eu não conheço ninguém, além de Dominik e Radu.
- Você me conhece também. E até onde eu me lembro, eu sei como
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fazer um grande barulho nesse complexo.


Eu sorrio com esperança. Meg realmente parece ser uma boa pessoa.
Ela é divertida e muito alto astral.
- O que você tem em mente? – Pergunto curiosa.
- Uma noite de garotas.
- E aonde vamos?
- Beber dançar na boate do clube.
- Eu nunca estive lá. Onde é?
- Fica aqui mesmo na sede, no lado sul do complexo. Dominik tinha
um galpão vago, então ele transformou em uma boate para quando nós
estivéssemos confinados.
- Vocês pensam em tudo. – Eu sorrio.
- Claro, menina. Nós também precisamos de diversão. – Ela pisca
sorridente.
- Parece uma boa ideia. Eu vou falar com Dominik.
- Tudo bem, mas não deixe que o seu homem te prenda muito. O
chefe pode ser um homem das cavernas louco quando se trata de você.
- Eu não vou. – Eu sorrio.
- Sim, tudo bem. Vou enviar uma mensagem para as outras mulheres
e deixá-las saber.
- Será que elas vão me aceitar? – Pergunto receosa.
- Você se encaixa perfeitamente. Não se preocupe. Elas são muito
legais. E elas vão adorar conhecer a mulher do chefe.
***
- Porra! – Dominik murmura quando eu saio do quarto, vestida e
pronta para uma noite só de garotas.
- O que? Está demais? Eu posso trocar se não estiver bom. – Eu falo
olhando para a minha roupa em couro que Meg conseguiu para mim.

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- Você está fodidamente incrível, querida. – Ele se aproxima, e corre


as mãos pelo meu corpo.
- Obrigada. – Eu respondo, me sentindo atordoada com a intensidade
do seu olhar sobre o meu corpo. Ele parece querer me rasgar ao meio. E eu
sinto a sua respiração afetada tanto quanto a minha.
- Tem certeza de que quer sair mesmo? Nós poderíamos rasgar essas
sua roupa em dois segundos e brincar até tarde.
- Eu preciso de uma noite de garotas para conhecer as mulheres do
seu clube. E quando eu voltar, eu prometo recompensá-lo. – Eu digo,
lambendo meus lábios.
Dominik geme e esfrega o polegar ao longo do meu lábio. – Eu não
posso esperar para você voltar, querida.
Eu levanto na ponta dos pés, e o beijo profundamente.
O meu telefone acende com uma mensagem. É Meg dizendo que
estará aqui em cinco minutos. Eu vou para o banheiro e retoco a minha
maquiagem. Dominik apenas me observa atentamente.
Quando termino Meg bate na porta. Dominik vai para atender. E uma
Meg sorridente entra no quarto.
- Você está pronta? – Ela pergunta.
- Sim. – Eu me viro, e sorrio.
- Você fica muito bem em couro, mulher. – Ela fala.
- Obrigada.
***
Meg tinha razão. As outras mulheres do clube eram muito legais. E
elas me receberam muito bem.
A música alta está tocando, e nós estamos dando um show de dança.
Eu não parei de dançar um só minuto desde que chegamos. Eu me sinto livre
quando danço. E pela primeira vez desde que cheguei aqui, eu não me sinto

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fora de lugar.
Eu sei que muito ainda há para ser feito. E que a vida de Dominik é
bem mais complicada do que a de um homem comum, mas eu não posso me
imaginar viver longe dele. Não mais.
Meg agarra o meu braço e me puxa para uma dança sensual. As
meninas gritam e batem palmas. Meg é muito divertida. Eu tenho certeza de
que vamos nos tornar grandes amigas.
Meg e eu dançamos ao som de Sorry, de Justin Bieber. E eu a
acompanho nas coreografias. A mulher sabe dançar.
Eu não sei quanto tempo ficamos assim, mas canção após outra passa,
e nós continuamos balançando e rindo sem parar. Até que braços passam ao
redor da minha cintura, e me puxam para trás.
Eu bato contra um peito firme, e sorrio. Eu não preciso me virar para
saber a quem pertence esse corpo. O meu corpo o reconhece. E eu posso
sentir o seu cheiro viril.
Dominik beija o meu pescoço e sussurra. – Você está muito gostosa
dançando assim.
Eu sorrio e me viro para encarar o meu homem. – Você vai dançar
comigo? – Pergunto esfregando os meus quadris contra a sua ereção
evidente.
Ele me beija profundamente. Tirando todo o ar dos meus pulmões, e
nos conduz para a pista de dança. 50 Cent está cantando, Candy Shop.
Eu seguro a sua camisa, e começo a fazer movimentos sensuais ao
ritmo da música. Ele geme em meus lábios. E eu sei que ele aprova. O nosso
beijo se transforma em pura luxuria, e eu não posso mais resistir.
Eu o quero, agora.
Dominik me leva para o outro lado da boate. Há um corredor com
várias salas. Ele abre um e me arrasta para dentro. Eu não posso respirar. Eu

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preciso tê-lo dentro de mim urgente.


Dominik sorri, e dá um passo para frente. Ele me agarra e me puxa
contra o seu peito duro. Ele move o meu cabelo para o lado e começa a beijar
o meu pescoço. Eu coloco minha mão em sua calça, onde eu posso sentir a
sua dureza lutando contra o jeans.
Em um movimento rápido, eu fico de joelhos, o tempo todo olhando
em seus olhos escuros. Eu desfaço o botão da sua calça, e puxo o seu jeans
para baixo. O seu pau grosso salta livre. Eu lambo os meus lábios antes de
levá-lo à minha boca.
Dominik geme, e suas mãos agarram os meus cabelos, me
encorajando a levá-lo mais fundo na minha garganta. E eu o faço.
Dominik começa a fazer ruídos baixos, que está me deixando cada
vez mais excitada. Eu estou tão molhada para ele. Eu o levo mais fundo e o
solto com um estalo. Dominik rosna, e me puxa para cima, onde ele abaixa a
minha calça e calcinha de uma só vez, e entra em mim furioso.
Eu grito enquanto ele bate em mim duro e rápido. As minhas costas
batem na parede, mas eu não me importo. Tudo o que eu quero é que ele vá
mais forte.
Eu preciso dele mais forte.
Eu enrolo as minhas pernas na sua cintura, e gemo quando ele vai
mais fundo. A minha buceta está latejando. Eu não vou durar muito tempo.
Eu posso sentir as minhas paredes envolvendo o seu pau.

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CAPÍTULO 19

Dominik

Eu estou completamente enterrado dentro dela.


O meu rosto enterrado em seu pescoço. Eu não podia ter o suficiente
dela. Emma sempre foi a minha fraqueza. Eu não posso resistir a ela. E não
quando está vestida em couro.
As suas unhas rasgam a minha pele, ela geme enquanto eu bato dentro
e fora dela furiosamente. Eu posso sentir os espasmos da sua buceta em volta
do meu pau.
- Dominik. – Ela geme ofegante, fechando os olhos. E todo o seu
corpo treme quando ela atinge o êxtase.
Eu gozo logo depois, beijando a sua boca e batendo forte dentro dela.
Alguns segundos se passam antes dos nossos corpos se acalmarem. Eu puxo
para trás e olho para o seu rosto bonito. Emma tem aquele olhar sensual e
saciado.
Os seus lábios estão inchados, o seu cabelo está uma bagunça, mas ela
tem um lindo e grande sorriso no rosto. Ela nunca pareceu tão bonita.
- Deus. – Ela sussurra, sorrindo.
- Deus, não querida. Apenas me chame de Dominik. – Eu sorrio e
beijos os seus lábios, docemente, e descanso a minha testa contra a dela.
- Todo mundo vai saber o que fizemos aqui. – Ela diz encolhendo-se.
Eu puxo para fora dela, e a coloco de volta no chão. Ajusto a sua
roupa e depois me recomponho também.
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- Eu não estou nem aí para o que eles vão pensar. – Eu rio e descanso
a mão sobre o seu rosto. – Não se preocupe com isso. Não há julgamento
aqui, Emma. Eles vão nos dar merda, mas nada mais que isso. Confie em
mim quando eu digo isso.
- Ok. – Ela responde sorridente.
- Bom. Agora, vamos voltar para a festa. – Entrelaço nossas mãos e
saímos para o salão. Quando chegamos à pista, Meg vem e a puxa para
banheiro das mulheres.
Eu vou para o bar e peço uma cerveja e observo a minha gente tendo
um bom tempo. Eu nunca pensei que fosse gostar de viver aqui, mas hoje não
posso me imaginar fazendo outra coisa.
Eu sei que Emma merece muito mais do que uma vida de perigo em
um clube mafioso, mas eu sou um bastardo egoísta, e não pretendo deixá-la ir
há qualquer lugar longe de mim.
Nunca.
Emma e Meg saem do banheiro rindo, e vão para a pista de dança.
Radu caminha até mim, com um grande sorriso no rosto. O cara está
malditamente tomado também. E eu não posso culpá-lo. Meg é uma grande
mulher, e eles merecem esse tipo de felicidade.
- Você não pode tirar as mãos da pobre mulher. – Ele fala, e senta-se
ao meu lado.
- Olha só quem fala. – Eu respondo, sorrindo enquanto tomo um gole
da minha cerveja.
- Quantos quartos estão livres? – Pergunta.
- Não sei ao certo, mas acho que os do lado direito do corredor estão.
– Eu falo sorrindo.
Radu sorri, e se levanta. O bastardo não vai perder tempo. Ele puxa
Meg para a sala, e eu vejo Emma olhar para mim com um bico. Eu sorrio, e

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me aproximo.
- Eu perdi a minha parceira de dança. – Ela resmunga.
- Eu posso ser o seu parceiro. – Eu falo e a puxo para os meus braços.
- Obrigada. – Ela diz sobre a música.
Nós dançamos por algumas horas antes dela pedir para ir para casa.
Eu não ia dizer, mas estava porra de grato por isso. Eu queria a minha mulher
na nossa cama, deitada e nua, em todas as posições possíveis.
As outras mulheres, agora estavam cada uma com seus respectivos
homens. E eu não tive que me preocupar em escoltar cada uma para casa.
Quando chegamos em casa, tomamos um longo banho de banheira,
onde eu a lavei em todos os lugares, até nos que não estavam sujos, mas era
tudo uma desculpa fajuta para tocá-la em todos os lugares.
Depois do banho, nos secamos e fizemos amor até o amanhecer. Eu a
abracei contra o meu peito, e dormi como a porra de um bebê.
Eu não poderia ser mais feliz.

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CAPÍTULO 20

Emma

Falar com os meus pais foi muito mais difícil do que eu imaginei que
seria. Eu sei que eles só querem o que for melhor para mim, mas ainda sim eu
me sinto como se estivesse os traindo.
Durante todo o tempo que eu fiquei fora, eles me ajudaram. E eu não
quero nunca decepcioná-los, mas eu não posso ignorar o que eu sinto por
Dominik. Ele é o meu marido, e eu quero fazer esse casamento dar certo.
Eu sei que os meus pais vão ficar irritados por um tempo, mas eu não
vou mais deixar a minha felicidade de lado. Eu quero ser feliz com o homem
que eu amo, e isso é o que eu vou fazer.
Eu estou voltando da casa de Meg, quando ouço um choramingo
vindo do beco. Eu paro na metade do caminho e vejo uma mulher agachada,
com a cabeça entre as mãos chorando.
Ela tem o cabelo vermelho, e eu nunca há vi antes aqui no complexo.
Mas isso não me impede. – Você está bem? – pergunto me aproximando.
Eu não sei por que eu pergunto isso. É obvio que ela não está bem.
A mulher se move e eu me aproximo dela.
- Não era para você ter voltado. Ele deveria ser meu, e só meu. – A
ruiva murmura em suas mãos.
- Desculpe?
- Não se preocupe, se ele não pode ser meu, então você também não
poderá tê-lo. – Ela diz, e eu estou muito confusa. Eu ignoro todos os avisos
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para me manter longe e me aproximo mais dela.


- Eu não entendo. Quem é você? E o que isso significa? – Pergunto.
- Você não me reconhece? – Ela levanta o rosto, e eu dou um passo
para trás assustada. É Lena. Ela está usando uma peruca vermelha. Ela
também está sorrindo como uma maníaca.
- O que você está fazendo aqui, Lena?
- Eu vim para me vingar. – Diz ela, ficando histérica.
- Vingança? Pelo que? – Eu gaguejo.
- Não se faça de idiota. Você roubou o meu homem, e eu vou fazê-la
pagar por isso.
- Ele não era seu. E eu não o roubei de você.
Ela não responde, ela apenas ri como uma louca. E sua mão
serpenteia e agarra o meu braço. Eu a empurro para trás, e corro, mas ela
agarra o meu cabelo, me fazendo cair no chão.
- Se você fizer qualquer movimento, eu estouro a sua cabeça. – Ela
diz apontando uma arma para o meu rosto.
Eu congelo.
- Agora, levante-se, e venha comigo.
O complexo está calmo. Não há ninguém a vista. Dominik enviou os
homens para fazer alguns trabalhos, e não há ninguém para me ajudar.
Lena mantém a arma nas minhas costas, e me faz caminhar para o
lado da boate. Eu não sei o que ela pretende, mas eu preciso pensar em como
sair dessa viva.
Quando chegamos á boate, ela me empurra para dentro. O lugar está
vazio. Todas as cadeiras estão em cima da mesa. Essa é a hora que eles fazem
a limpeza. Mas em umas das mesas, Jess um dos homens do clube está
bebendo uma cerveja.
Jess vira a cabeça lentamente em nossa direção. E seus olhos

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arregalam quando ele vê a mulher com uma arma apontada para a minha
cabeça.
- Olá, Jess. – Lena ri diabolicamente.
- O que você pensa que está fazendo, Lena?
- Ora, não é obvio. Eu quero que você chame Nick de volta aqui
agora. – Diz ela, empurrando a arma mais forte na minha cabeça.
- Você está louca se pensa que vai sair dessa. – Jess fala, e pega o
telefone.
- Eu não me importo. Eu já dei todas às coordenadas para Amuh, ele
sabe como entrar e sair do complexo antes mesmo que vocês percebam.
- Você é uma cadela louca. – Jess fala ao discar um número no seu
telefone e colocá-lo em seu ouvido.
- Radu, nós temos um problema aqui. Lena está de volta, e está
mantendo Emma sob a mira de uma arma.
Ele fica em silêncio, Radu deve estar dando algumas instruções, e ele
está ouvindo atentamente.
- Certo. Ela quer o chefe aqui e agora. E também disse que deu toda a
planta do complexo para Amuh.
- Diga a ele que Dominik tem cinco minutos para chegar aqui, ou eu
vou fazer um buraco na cabeça da sua puta. – Lena rosna e atira em Jess que
cai no chão. Eu não sei se ela o matou, mas antes que eu tenha a oportunidade
de saber, ela bate o cabo da arma na minha cabeça.
Tudo fica escuro, e eu caio no limbo.

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CAPÍTULO 21

Dominik

A pista que a gente vinha seguindo sobre Amuh era totalmente falsa.
Eu enviei todos os meus homens para fora, e não encontramos nada.
Desde que eliminamos Camil, ninguém sabe o paradeiro de Amuh e seus
homens.
- Mais cedo ou mais tarde eles vão aparecer, chefe. – Sly fala.
- Sly está certo, vamos retornar e encontrar uma forma de surpreendê-
los. – Radu concorda.
O telefone de Radu toca e ele atende antes de subir na sua moto.
- Jess, irmão e aí?
A cor drena de seu rosto, e ele salta de cima da moto.
- Quem? – Ele grita, e olha para mim.
- Radu?
- Temos outro rato no complexo. – Diz ele parecendo doente.
- Porra! – Sly rosna atrás de mim.
- Quem é? – Pergunto rangendo os dentes.
- Lena.
- De jeito nenhum. Essa cadela maldita deveria ter um pouco de
cérebro. – Sly rosna incapaz de acreditar.
- Jess diz que ela tem Emma sob a mira de uma arma, e que quer você
no complexo em menos de cinco minutos, ou ela vai por uma bala na cabeça
de Emma.
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- Cadela maldita!
- Chefe, ela também disse que Amuh conhece a planta do complexo.
Então ele pode nos atacar há qualquer momento.
- Não pode ser. Porra!
Eu não respondo nada. Eu não posso. Tudo que eu consigo pensar é
em Emma. Eu preciso que ela esteja bem. Corro para a minha moto e acelero
para o complexo. Não estamos muito longe.
Um milhão de coisas passam pela minha cabeça durante o trajeto.
Tudo que eu posso sentir é medo. Lena é uma cadela vingativa e louca. Ela
não hesitará em atirar.
***
Nós atravessamos os portões do complexo, e eu estou em meus pés
antes mesmo da minha moto parar.
Eu corro para o bar, mas não encontro ninguém.
- Onde ele disse que estavam? – Pergunto a Radu que vem logo atrás
de mim.
- Ele não disse. Vamos nos separar e procurar.
Eu não sei como, mas algo parecia me puxar em direção à boate. A
noite passada tinha sido memorável. E eu não queria que tudo isso virasse
apenas uma lembrança. Eu preciso da minha Emma comigo. Eu quero fazer
lindos bebês de cabelos loiros e com a sua beleza.
Quando eu chego, eu vejo Emma lá amarrada com Jess em uma
cadeira. Lena tem uma arma apontada para a sua cabeça.
Cada músculo do meu corpo está tremendo. A minha vontade é saltar
em cima dela e estrangulá-la. Eu nunca pensei que ela fosse se virar contra o
clube assim.
- Deixe-os ir, Lena. Eles não têm nada a ver com isso. – Eu tento
parecer calmo, mas a minha vontade é de esfolar a sua pele.

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- Eu não acho isso. – Ela ri. – Eu disse que você iria pagar por me
desprezar. – Ela ri novamente.
- Eu não desprezei você. O nosso acordo sempre esteve claro. Era
apenas só sexo e nada mais, Lena.
- Eu vou matá-la lentamente, para que você tenha uma ideia do que eu
sofri por sua causa.
- Não faça nenhuma besteira, Lena. Nós podemos resolver isso de
outra forma.
- Besteira? Você acha que eu sou idiota? – Ela ri sem emoção.
- O que você quer? – Pergunto tentando manter a calma.
- Eu quero você. – Diz ela.
- Eu estou aqui. Você me tem.
- Não faça isso, Dominik. – Emma chora.
- Cale a boca cadela estúpida. – Lena bate na cabeça de Emma com a
arma.
Radu aparece atrás de mim, e eu sei que os homens estão alinhados
para detê-la. Mas eu não posso arriscar. Lena é louca e ela pode atirar mesmo
sem querer e atingir, Emma.
Eu dou um passo para frente tentando me aproximar o máximo
possível sem obter qualquer reação abrupta dela.
O tempo todo Emma mantém os olhos em mim. Estou implorando
silenciosamente para que ela permaneça forte. Eu lhe disse que ela estaria em
perigo se saísse, mas não cuidei direito da sua segurança no clube. Eu nunca
imaginei que o complexo estivesse tão vulnerável.
Lágrimas escorrem pelo seu rosto, e eu sinto o medo em seus olhos.
Isso esmaga a porra do meu coração. Eu preciso tirá-la daqui.
- Deixe-a ir, Lena.
- Lena você ainda pode fazer a coisa certa. Se você machucar Emma,

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eu não serei capaz de impedi-lo de matar você. – Radu fala atrás de mim.
Pelo canto do olho eu vejo Punk com uma arma apontada para ela.
Ele a tem sob sua mira e é a oportunidade que eu preciso para agir. Eu sei que
ao meu sinal ele vai derrubá-la.
- Eu prometo deixar você ir sem consequências, apenas deixe-a ir. –
Eu peço mais uma vez.
- Foda-se. Você acha que eu sou estúpida? Eu sei que você vai me
matar, mas antes eu vou acabar com a vida da sua preciosa esposa.
Emma choraminga, e é tudo que eu preciso para acabar logo com isso.
Lena foi longe demais. Eu nunca deveria ter a deixado entrar aqui no
complexo. E agora ela passou de todos os limites.
Eu aceno para Punk que reconhece o meu comando. – Abaixem-se. -
Eu grito para Emma e Jess, que obedecem rapidamente.
Lena se vira, mas é tarde demais. Punk acerta uma bala no meio da
sua cabeça. E ela cai no chão.
Eu corro para Emma, e a pego em meus braços. – Você está bem?
Diga-me que está tudo bem. – Eu imploro beijando o seu rosto.
- Eu estou bem. – Emma chora enterrando o rosto no meu peito. –
Jess. Levem Jess, ele está ferido. – Ela pede chorando contra o meu peito.
Eu procuro Radu e o encontro levando Jess. - Não se preocupe, nós o
temos chefe.
Eu a abraço como se não existisse o amanhã. Eu não sei o que eu faria
da minha vida sem ela. Emma é a luz da minha escuridão. A minha força, o
meu refúgio.
Ela é a mulher que eu quero passar o resto da minha vida.
A luta ainda continua, e eu sei que Amuh não vai sossegar enquanto
não eliminar a todos nós. Eu preciso reagrupar o clube, e traçar uma nova
estratégia, mas por agora tudo que eu preciso é cuidar da minha mulher.

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- Vamos para casa. – Eu falo beijando a sua testa.

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CAPÍTULO 22

Dominik

Uma onda eufórica estava correndo por entre as minhas veias. A sede
de fazer alguém pagar por tudo que tinha acontecido estava me consumindo,
e eu precisava manter certa distância de Emma, antes que a minha escuridão
acabasse com a sua pureza.
Emma não merecia essa vida. Ninguém merecia. É escura e sombria,
e cheia de obstáculos, mas eu não posso mudar o passado, o presente está se
desenrolando, e o futuro talvez nem exista.
Tudo que eu quero é que ela esteja segura e feliz, mesmo que seja
longe de mim, e de tudo que eu represento agora.
Eu bato o martelo para baixo e consigo a atenção de todos.
- Eu sei que vocês querem revidar, e eu mais do que ninguém quero
acabar com cada um deles, mas precisamos de um plano, ou acabaremos
todos mortos ou na cadeia. – Eu falo e todos acenam em concordância.
- Amuh não vai parar, chefe. – Radu diz.
- Sim, eu sei. – Suspiro. – Precisamos reagrupar e decidir o novo
passo.
- Precisamos de suprimentos, mas eu posso cuidar disso. – Mike diz.
Eu não precisava mentir para eles. Não seria uma luta fácil, mas eu
também sei que nenhum deles está disposto a desistir. Não quando a vida das
nossas famílias está em jogo.

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- Como Jess está? – Pergunto.


- Ele vai ficar bem, chefe. Mas precisa de muito repouso. – Radu fala.
- Eu acho que estamos descartando que Amuh fará o mesmo para nos
eliminar. Ele não poupará esforços para chegar até nós. O que estamos
fazendo é muito previsível para ele. – Mike diz.
Ele tinha um ponto. Eu estava agindo da forma prevista por todos, e
precisávamos do elemento surpresa, ou seria o nosso fim.
- Mike tem razão. Precisamos de um Cavalo de Tróia.
Todos começaram a dar as suas ideias e as mais relevantes foram
votadas. Vencer Amuh e o seu clube em uma guerra não seria fácil, mas nós
não seríamos pegos de surpresa.
Não desta vez.
***
Emma está acordada.
Eu ouço a música, ela está cantando. Isso significa que ela está
tentando esquecer tudo que aconteceu e viver o presente.
É uma boa maneira de ignorar o fato de que você foi sequestrada e
quase morta por uma louca psicopata, mas não é o certo. Ela precisa se abrir e
colocar tudo que a incomoda para fora.
Não será fácil, mas é preciso.
Eu me movo para o nosso quarto, que é de onde o som está vindo e a
encontro de pé na frente do espelho, parecendo absolutamente perfeita. Ela
está vestindo um short jeans que mal cobre a sua bunda, e eu sinto o meu pau
se agitar dentro das minhas calças. Um top branco, mostrando o seu umbigo,
e ela tem as mãos em seus cabelos, enquanto os coloca em um rabo de cavalo
bagunçado.
O seu olhar encontra o meu no reflexo do espelho e ela sorri.
- Você está de volta. – Ela se vira e corre para os meus braços. Suas

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pernas envolvem ao redor da minha cintura e sua boca bate contra a minha.
- Isso é o que é ser bem recebido. – Sorrio e a beijo de volta.
As minhas mãos em sua cintura, segurando-a contra o meu corpo. Ela
me beija como se não pudesse ter o suficiente de mim. E eu sou o cara mais
feliz do mundo. A minha mulher está excitada e pronta para mim.
Eu sei que preciso que ela se abra para mim, mas nesse momento tudo
que eu quero é estar entre as suas pernas, enquanto ela perfura a minha pele
com as suas unhas, sentindo quão fundo eu vou dentro dela.

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CAPÍTULO 23

Emma

Tem sido muito difícil acreditar que tudo vai ficar bem, e que
Dominik e eu vamos ficar bem.
Eu tenho pesadelo todas as noites com o que aconteceu, e acordo
desesperada. Dominik está sempre lá, segurando-me e me amando. Ele não
pergunta nada, mas eu sei que se preocupa.
Eu não quero viver assim, é por isso que marquei uma consulta com
um terapeuta. Eu quero ser capaz de viver a minha vida sem os fantasmas do
que aconteceu me perturbando a todo o momento.
Eu sei que a vida no clube nunca será fácil. Haverá outras coisas, mas
eu também não estou disposta a desistir do homem que eu amo.
Dominik é o chefe da máfia Cathal, o que faz de mim a sua rainha. E
embora isso seja ilegal, eu não me vejo mais longe daqui.
Quando eu decidi vir até Dominik para pedir que assinasse os papéis
do divórcio, eu não imaginei que acabaria me identificando com algumas
coisas e pessoas que levam esse tipo de vida.
E eu entendo a preocupação e a responsabilidade que Dominik tem
como Capo. Eles são uma família, onde se apoiam e cuidam uns dos outros. E
isso é muito mais do que qualquer família de sangue faz pelo outro.
Hoje eu acordei bem. Algo dentro de mim despertou, e eu não parei
de sorrir desde que abri os meus olhos está manhã.

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A minha relação com Dominik tem crescido cada dia mais forte. Ele
tem divido seus dias entre o clube e eu.
Dominik já tinha saído, mas ele tinha deixado uma nota dizendo que
estaria em uma reunião na sede do clube. O complexo estava vazio,
praticamente todo mundo tinha voltado para as suas casas, com exceção de
Meg e Radu, que estavam cuidando de Jess.
Jess está se recuperando rapidamente. Ele até mesmo insistiu que
poderia andar sem a ajuda da muleta, mas acabou tropeçando e quase caiu.
Depois disso, ele decidiu dar um tempo, e realmente descansar, assim como
foi ordenado pelo médico do clube.
Eu coloco uma música suave e entro no chuveiro. A água está bem
fria, mas é tudo que eu preciso para acordar rapidamente. Quando termino, eu
troco de roupas e decido usar um dos meus looks casuais. Uns shorts jeans
rasgado, e um top branco. E quando eu estou terminando, eu vejo um reflexo
no espelho atrás de mim, e os meus olhos são atraídos para Dominik que
observa atentamente.
Eu sorrio, e me viro, correndo e saltando em seus braços. Eu não lhe
dou tempo de pensar, a minha boca bate na sua, reclamando-o como meu.
As suas mãos correm pelo meu corpo, segurando-me fortemente,
enquanto me beija com paixão.
- Você é a criatura mais linda da face da terra. E eu sou o bastardo
mais sortudo do mundo por ter você. – Ele sussurra.
A minha pele está em chamas. Minha respiração está acelerada, e eu
mal posso pensar direito, quando suas mãos viajam pelo meu corpo, e a sua
boca devora a minha e um beijo feroz.
Agarrando os meus quadris, ele nos gira e nos derruba em cima da
cama. Eu posso sentir a sua excitação enquanto ele se move sobre mim. As
nossas roupas são retiradas do nosso corpo como se fossem uma erva

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venenosa, então ele se inclina e desliza a cabeça entre as minhas pernas,


inalando o meu cheiro, deixando-me ainda mais molhada e pronta para ele.
- Nick... – Eu gemo, fechando os meus olhos.
- Sim, querida? – Ele provoca, enquanto move a sua língua para cima
e para baixo na minha coxa.
- Eu preciso de você dentro de mim. – Imploro.
Ele move a sua boca para o meu feixe de nervos sensível, fazendo o
meu prazer explodir em meu corpo em m nível além do já alcançado.
Tão malditamente bom.
Dominik chupa, lambe e suga toda minha buceta. Ele está tomando o
seu tempo, aproveitando para me deixar ainda mais louca de prazer. Eu posso
sentir o meu clímax se aproximando, mas ele também sente e se afasta.
Eu choramingo, mas antes que eu possa pensar em outra coisa, a sua
boca bate contra a minha, enquanto ele desliza todo o caminho para dentro de
mim, fazendo-me ofegar em sua boca.
Nick se move rápido e feroz dentro de mim. As minhas mãos vão para
as suas nádegas, empurrando-o mais fundo dentro de mim. Eu posso senti-lo
bem no fundo da minha buceta.
- Oh Deus! – Gemo. – Não pare. – Eu exijo, a minha voz sai
estrangulada e necessitada.
Nick se move para os meus seios, ele chupa duro o meu mamilo
direito e faz o mesmo com o outro, enquanto empurra implacavelmente
dentro de mim.
- Foda, sim! – Nick rosna quando eu mordo o seu ombro. Os seus
quadris batem mais forte dentro de mim, fazendo-me ver estrelas.
A minha respiração está irregular e eu mal posso ver direito. Tudo que
eu sei é que não quero que isso pare jamais. Os seus quadris batem mais
forte, e os meus olhos rolam para fora da minha cabeça.

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O pico de prazer se estende pelo meu corpo, enquanto o meu orgasmo


lava através de mim.
Nick bate mais forte, e o meu corpo balança, os dedos dos meus pés
enrolam e eu sinto as paredes da minha buceta apertarem o seu pau, enquanto
um uivo selvagem rasga da minha garganta.
- Dominik! – Eu grito o seu nome, quando o orgasmo me pega.
Dominik goza rapidamente, ao ver a minha ruína. Gemendo e batendo
mais forte dentro de mim algumas vezes antes de cair ao meu lado. Eu olho
para o homem diante de mim e não posso acreditar que ele seja meu.
Eu sei que temos que trabalhar muitas coisas, e que a vida na máfia
não será fácil, mas eu não quero ir a qualquer lugar longe dele.
- Eu te amo. – Eu digo com um sorriso.
Dominik se vira e seus olhos encontram os meus. Ele parece lindo. Os
seus olhos me olham com adoração, e eu sei que ele sente o mesmo que eu.
- Eu te amo mais. – Ele diz, e me puxa para os seus braços.
Esse é o meu lugar feliz no mundo todo.

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CAPÍTULO 24

Emma

O complexo está lotado.


Não somos um clube de motoqueiros, mas funciona bem parecido. As
famílias mais importantes e que estão ligadas diretamente ao clube estão aqui
para um tipo de toque de recolher.
Dominik acredita que Amuh poderá atacar a qualquer momento, e
como Capo dos Cathal, ele não poderia permitir que isso acontecesse.
Eu abro os meus olhos, os raios de sol entrando pela janela, através
das cortinas claras, iluminando o nosso ninho de amor.
Quando eu cheguei ao complexo, eu não me imaginei vivendo em um
lugar assim. Eu repugnava tudo isso e o que ele representa, mas agora eu
tenho uma visão bem diferente daquela de meses atrás.
Eu verifico o meu celular em cima da mesinha de cabeceira e vejo que
já passa das dez. Com um bocejo, eu levanto os meus braços acima da cabeça
e alongo o meu corpo, uma ligeira dor no meu corpo me faz sorrir.
Nick e eu passamos o dia inteiro na cama ontem. Tivemos um sexo
louco e selvagem, então ele me alimentou, e então fodemos novamente.
Tomamos banho juntos e ele me fodeu debaixo do chuveiro e dentro da
banheira, e mais tarde, ele fez amor comigo lento e apaixonado.
O meu corpo estava dolorido e exausto, mas eu estava feliz como
jamais tinha sido. Dominik era o dono do meu prazer. O homem poderia me
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levar a gozar quantas vezes ele quisesse. E apesar de estar sensível, eu não
poderia dizer-lhe que não.
Eu amo a forma como ele conhece o meu corpo.
O seu lado da cama está vazio e frio, o que significa que ele levantou
há muito tempo, ou não dormiu em tudo. O homem é como uma maldita
máquina, quase nunca descansa.
Eu ouço passos dentro de casa, e rapidamente fico alerta. Movo os
lençóis e saio da cama. Eu não estou vestindo nada, então pego uma de suas
camisas que está em cima da cadeira ao lado da cama, e visto.
Os passos ficam mais altos, e eu sinto um arrepio percorrer a minha
espinha. Eu saio do quarto e paro no corredor quando os meus olhos pousam
no homem em pé de frente a mim.
Eu solto um suspiro de alívio ao ver que é o homem que eu amo.
- Você me assustou. – Eu falo quebrando a nossa distância.
Dominik me puxa para os seus braços e me beija. – Sinto muito. Eu
estava tentando ser o mais silencioso possível.
- Está tudo bem? – Pergunto, encontrando o seu olhar preocupado.
- Vai ficar. – Ele me beija novamente e me puxa para a cozinha. –
Como você está se sentindo? – Ele pergunta quando me coloca em cima do
balcão da cozinha, ficando entre as minhas pernas nuas, e sem nada por
baixo.
O seu toque desperta o meu desejo.
- Maravilhosamente bem. – Sorrio e beijo a curva do seu pescoço,
sentindo o seu cheiro viril.
- Ótimo. – Ele sorri e me beija. – Eu não quero que você vá a
qualquer lugar sem mim ou a presença de um dos seguranças. Não é seguro,
Emma. – A sua voz é comedida.
- Eu sei. Eu não vou. Eu prometo. – Eu o tranquilizo.

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- Você é a coisa mais importante na minha vida fodida. E eu não


posso perdê-la. Nunca. – Ele diz muito sério.
- Eu sei. Eu também te amo. – Eu pego o seu rosto em minhas mãos e
o beijo suavemente. – Eu sei que não é seguro, e eu entendo como funcionam
as coisas aqui, mas eu também quero que você fale comigo.
Dominik sorri calorosamente e me beija. Sua barba arranha contra a
minha pele, enviando sensações pelo meu corpo.
Eu o quero.
- Eu vou, obrigado. – Eu falo.
- Eu tenho que voltar ao trabalho. Você está bem para ficar sozinha? –
Ele pergunta, observando-me com atenção.
- Sim. – Sorrio. – Eu vou ficar bem.
***
Depois que Dominik saiu, eu liguei para os meus pais. Eu sei que eles
tinham visto os jornais e sabiam o que estava acontecendo. Eu só não queria
preocupá-los. Apesar de tudo, eu os amo muito.
Eu tinha dado uma pausa na minha carreira, mas estava louca para
voltar a trabalhar. Os meus dias no complexo eram preenchidos com nada
para fazer o dia inteiro. Chega a ser cansativo de tão monótono que é.
Eu limpo a casa, faço comida e depois sento para dar uma olhada em
alguns casos que a firma está defendendo. Mas nada disso se compara a vida
que eu tinha antes. E por mais que eu ame Dominik, eu sinto falta de viajar e
conhecer pessoas. De estar no tribunal e de juntar provas para os meus
clientes.
Eu estava deitada em nossa cama lendo um dos meus livros de
Direito, quando ouvi a porta da frente abrir e fechar com mais força do que o
normal. Então segundos depois ele entrou no quarto parecendo um furacão.
Ele parecia exausto e com raiva.

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- O que aconteceu? – Pergunto.


Eu queria levar embora tudo que estava lhe fazendo mal. Mas ele só
balançou a cabeça e passou por mim sem ao menos cumprimentar-me.
Eu sabia que algo tinha acontecido, mas eu não iria empurrá-lo. Todo
mundo precisa de um pouco de espaço. Depois que ele tomou banho, caiu em
cima da nossa cama e respirou pesadamente.
Os seus olhos estavam perdidos e escuros.
- Dia ruim? – Pergunto colocando o meu livro de lado.
- Perdemos mais dois homens hoje. – Ele falou por entre os dentes. –
Amuh invadiu um de nossos armazéns no Brooklin, mas ele vai pagar por
isso.
- Tem algo que eu possa fazer? – Pergunto suavemente, observando o
seu peito subir e descer.
Ele está muito irritado.
- Eu preciso estar dentro de você.
Eu estava usando uma de suas camisas, com nada por baixo, então
deslizei a camisa para fora e o montei, empurrando para baixo as suas cuecas,
e sua ereção saltou livre e furiosa.
Lambi os lábios.
Dominik me agarra e empurra profundamente dentro de mim. Embora
eu esteja montando-o, ele é quem está assumindo o controle.
Eu lanço a minha cabeça para trás, para absorver o prazer que ele está
me proporcionando.
Eu amo isso.
A sua boca procura a minha com urgência. Os seus lábios tomam os
meus como se não pudesse ter o suficiente. A sua língua é exigente e invade a
minha boca, marcando-me como sua eternamente.
Ele se move lentamente dentro de mim.

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- Mais forte. – Eu peço, movendo-me em cima dele.


As suas mãos agarram os meus quadris e com desespero, ele bate em
mim profundamente. O meu orgasmo borra a minha visão e eu grito o seu
nome enquanto ele bate mais forte dentro de mim.
Dominik bate mais forte dentro do meu calor apertado, as sua boca
devora a minha, e eu me concentro em um novo prazer que está se
construindo. Ele me agarra rudemente e bate ainda mais forte. Em segundos
eu estou gritando entre a dor e o prazer.
- Porra! – Ele rosna quando alcança o seu êxtase.
Os nossos corpos estão acabados. Eu caio ao seu lado e ele me puxa
para os seus braços. Sua cabeça descansa na curva do meu pescoço, enquanto
ele permanece dentro de mim.
- Eu te amo. – Ele sussurra e me abraça mais forte.
Eu fecho os meus olhos e relaxo em seu abraço, porque eu sei que ele
sempre me manterá protegida.

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CAPÍTULO 25

Emma

Algumas semanas se passaram e logo as coisas voltaram ao normal.


Ou tão normal quanto poderia ser na máfia.
Dominik e Amuh ainda são inimigos mortais, mas por agora as coisas
pareciam estar dando uma pausa. Ás vezes ele chegava muito tarde da noite
todo sujo de sangue, e silenciosamente tentava se limpar antes de subir na
cama comigo. Mas eu sempre acabava me levantando e cuidando dele.
Arranhões e contusões enfeitavam o seu rosto e corpo, mas eu cuidei
de todos os seus machucados com muito cuidado. Ele não disse nada, mas eu
sabia que ele estava grato.
Eu sei que ele me ama, mas ele também é muito orgulhoso e teimoso.
Ele nunca irá me pedir para cuidar de um dos seus machucados, porque ele
acha que não merece o meu amor e minha compaixão.
É aí onde ele está errado. Eu sabia no que estava me metendo quando
decidi ficar. E eu vou estar sempre ao seu lado, não importa que ele ache que
não me merece. Porque se tem algo que eu tenho certeza nesse mundo, é o
amor que eu sinto por ele.
O complexo estava vazio.
O sol estava se pondo em Nova York, e eu estava na varanda
observando a gigante estrela descer.
O meu telefone vibrou no meu bolso e eu puxei para ver o que era.
Uma mensagem de Dominik apareceu na tela.
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D: Arrume uma mala pequena, estamos saindo em meia hora.


Eu olhei para a mensagem sem entender o real do motivo dessa
viagem repentina e tão urgente. Então retornei a sua mensagem:
E: O que aconteceu?
D: Nada. Eu só quero levar você para longe por alguns dias.
Isso foi tudo que ele respondeu. E eu suspirei de alívio que não tinha
acontecido nada de mais grave.
Dominik nunca deixava o complexo. E isso era mais do que estranho,
mas eu não estava reclamando. Depois de tantas coisas, precisávamos de um
tempo a sós, para descansar e aproveitar a companhia do outro.
***
Eu não sabia para onde nós estávamos indo, então eu coloquei um
pouco de tudo em uma mala pequena. Casaco e roupa de praia. Vestido e
algumas roupas casuais. Nada exagerado.
Quando eu estava terminando de fechar a mala, Dominik apareceu.
Ele parecia lindo e cansado.
- Você está pronta? – Perguntou.
- Sim. Eu só preciso fechar a mala, e então podemos ir. – Eu apontei
para a mala em cima da cama, e ele se aproximou e com uma mão em cima
dela, forçando-a para baixo, ele fechou com um movimento rápido e a
carregou para fora.
Um bonito Land Rover cinza estava esperando por nós do lado de
fora. Não havia motorista, o que significa que seríamos apenas ele e eu.
- Uau! – Eu falo, olhando para a beleza de quatro rodas a nossa frente.
- Você gosta?
- É lindo.
- Eu o comprei há dois meses. – Ele dá de ombros.
- Eu posso dirigir? – Pergunto sorrindo.

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- De jeito nenhum. – Ele bufa e me ajuda a entrar no carro luxuoso.


Homens e seus brinquedos.
Dominik me dá um sorriso de lobo e dá a volta no carro, subindo no
banco do motorista. Eu olho em volta e não vejo ninguém, e isso me deixa
confusa.
- Onde está todo mundo? – Pergunto.
- Fora. – É tudo que ele diz.
- Para onde vamos? – Insisto.
- É uma surpresa. – Ele sorri e coloca o carro em movimento.
Já está escuro, e as luzes da cidade iluminam o nosso caminho. Essa é
provavelmente uma das piores horas para pegar trânsito, mas Dominik parece
não se importar.
Ele parece até mais relaxado enquanto dirige pelas ruas
movimentadas de Nova York. E eu aprecio isso.
***
A voz suave de Dominik me desperta. Eu começo a abrir os olhos
lentamente e percebo que dormi todo o caminho.
Dominik escova uma mecha de cabelo para trás da minha orelha,
enquanto me olha atentamente.
- Ela está de volta. – Ele sorri.
- Sinto muito. – Eu falo esticando o meu corpo. – Eu dormi todo o
caminho. Deve ter sido muito chato dirigir sozinho. – Eu falo.
- Está tudo bem. Eu gosto de ver você dormir. É terapêutico para
mim. – Ele diz e sai do carro.
Eu olho ao redor e vejo o oceano ao fundo. Há uma casa do meu lado
direito, e mais nada. Dominik dá a volta e abre a minha porta, ajudando-me a
sair.
As minhas pernas estão doloridas de ficar na mesma posição por

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muito tempo, então eu começo a me esticar totalmente.


- Você me trouxe para a praia? – Pergunto com um sorriso.
- Sim. – Ele toma a minha mão e me leva em direção à casa bonita.
Dominik e eu caminhamos pela trilha de cascalho. Não há nenhuma
casa ao redor, o que significa que esta é uma praia exclusiva. Eu me pergunto
de quem será esta casa bonita.
A casa parece enorme. As suas paredes são de um azul turquesa, e o
telhado é de telhas escuras, quase cinza. Há algumas flores ao lado da casa.
Parece linda e acolhedora. E uma imagem vem a minha mente, nossas
crianças correndo soltas pela casa, e em direção ao mar.
Esse seria o lugar perfeito para passar as férias de verão.
Dominik abre a porta, e a minha boca quase caí aberta. Há um lindo e
brilhante lustre pendurado no centro da sala. Uma mesa redonda com um
arranjo bonito em cima, dão as boas vindas. À direita fica um bonito e
espaçoso escritório. Do meu lado esquerdo há uma sala de visitas, preenchida
com um conjunto de sofás muito elegante e luxuoso.
- Você gosta? – Dominik pergunta.
- Oh, é perfeito. Mas de quem é essa casa? – Pergunto enquanto os
meus olhos vagueiam pelo lugar majestoso.
- Nossa. – Ele diz, e os meus olhos se voltam para ele.
A minha boca está aberta. Eu quero falar, mas nada saí da minha
boca. Eu estou muito impressionada e chocada ao mesmo tempo.
- Como assim? – As palavras finalmente vêm.
- Eu comprei está casa há alguns anos. Ela era pequena e estava muito
acabada, mas eu contratei uma boa equipe para reformar e decorar como eu
sabia que você queria. – Ele diz encontrando os meus olhos.
- Dominik, eu não sei o que dizer. – Eu falo olhando ao redor.
Ele deve ter gastado uma boa grana para fazer tudo isso acontecer. E

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algo me intriga.
- Como é que você sabia que eu a queria decorada desta forma? –
Pergunto com as sobrancelhas erguidas.
- Eu falei com a sua melhor amiga. E ela me deu todos os detalhes.
Acontece que a minha bela e teimosa esposa tem esse sonho desde muito
tempo, e eu queria torná-lo realidade, o mais rápido possível. – Ele diz e me
puxa para os seus braços, beijando-me suavemente.
- Eu amei. Obrigada. – Sorrio e o beijo de volta.
- Você é mais do que bem-vinda. Venha, eu vou te mostrar o resto da
casa. E sinta-se livre para mudar o que você quiser. – Ele diz e me leva pelo
corredor que leva em direção à sala de TV e cozinha em conceito aberto.
O lugar é absolutamente incrível. E tem tudo que eu sempre sonhei
em uma casa para dividir com o homem dos meus sonhos, onde criaríamos os
nossos filhos e viveríamos feliz para sempre.
Depois de alguns minutos, Dominik e eu já tínhamos percorrido todo
o lugar luxuoso. A casa tem seis quartos, sendo três suítes e três quartos
simples, mas com banheiros ao lado. Há uma área de descanso no primeiro
andar, onde há uma mesa de sinuca e mais alguns jogos. Do lado de fora, na
parte de trás tem uma piscina enorme. O lugar é absolutamente um sonho.
- Tudo é tão lindo, Dominik. Mas o que você quer fazer com ela? –
Pergunto admirando a vista do nosso quarto. Ela vai dar direto na praia.
- Você e eu vamos nos mudar para cá. – Ele diz simplesmente.
- Como assim? – Eu pergunto ao me virar para encará-lo.
- É isso que você está ouvindo. Você e eu vamos nos mudar para cá e
construir uma linda e grande família. – Ele diz limpando a lágrima que
escorreu pelo meu rosto.
- Você não pode brincar comigo desse jeito. – Eu falo, sentindo o meu
coração disparar a mil.

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- Não é uma brincadeira, querida. Eu quero viver aqui com você, e


construir a nossa família. – Ele diz seriamente.
- Eu não entendo. Mas e o clube?
- Eu já cuidei de tudo isso. – Ele diz, e se inclina para beijar a curva
do meu pescoço.
- Cuidou?
- Sim. O complexo será desativado, e tudo será movido para o nosso
principal armazém em Riverside. – Ele diz, enquanto beija ao longo do meu
pescoço e orelha.
O meu corpo está ligado em segundos. Eu tenho muitas perguntas,
mas por agora tudo que eu posso pensar é em como a sua boca fica boa
contra a minha pele.
Eu quero perguntar mais, mas Dominik me agarra e me joga em cima
da cama suave e macia. Ele puxa sua camisa e calças para fora do seu corpo,
seus músculos flexionando com os movimentos rápidos.
Ele é tão bonito.
- Você parece com pressa, senhor Cathal. – Provoco com um sorriso
insolente.
- Eu estou morrendo de fome de ter você. – Os seus olhos brilham
com desejo e adoração.
As minhas roupas são as próximas. Em um movimento rápido, eu
estou completamente nua diante dos seus olhos famintos. Separando as
minhas pernas bem abertas, ele beija todo o caminho em direção ao ápice das
minhas coxas. As suas mãos estão por toda parte em meu corpo.
O meu corpo vibra em puro êxtase, enquanto Dominik leva o seu
tempo adorando-me. Ele não tem pressa.
Seus olhos presos aos meus todo o tempo.
As minhas mãos vão para o seu cabelo quando ele beija a cima da

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minha buceta. Ele está me provocando. O meu corpo está em completo


êxtase. E eu mal posso pensar direito.
- Tão linda. – Ele diz e passa a língua entre as minhas dobras
doloridas, e eu grito com a onda eufórica que corre pelo meu corpo.
A sua boca me devora. Sua língua corre para cima e para baixo no
meu botão sensível. Eu estou gemendo e gritando palavras incoerentes,
enquanto ele continua o seu ataque.
Dominik me lambe, chupa a minha buceta como se fosse uma iguaria.
E quando eu estou à beira do mais explosivo orgasmo, ele se afasta e eu
gemo em protesto.
- Tão ansiosa. – Ele ri, e seu comprimento cutuca a minha entrada.
Ele aperta o seu pau contra o meu clitóris inchado, fazendo-me ofegar.
Eu jogo a minha cabeça para trás e fecho os meus olhos para absorver
o prazer que ele está me dando.
O meu corpo está implorando para gozar, mas ele está só me
provocando. Minhas mãos agarram a sua bunda, impulsionando-o para dentro
de mim, mas ele é mais rápido e se afasta.
- Nick. – Eu gemo em protesto.
Sem aviso, Dominik empurra o seu comprimento duro para dentro de
mim. Os meus olhos rolam para fora da minha cabeça. E ambos gememos ao
mesmo tempo.
- Tão apertada. – Ele rosna, enquanto toma a minha boca na sua.
A minha boca contra a sua é urgente e necessitada. Eu preciso que ele
se mova dentro de mim, então as minhas unhas perfuram a sua carne,
incentivando-o a se mover. E ele faz.
Dominik se afasta lentamente, e em seguida, empurra com força todo
o seu pau em minha buceta apertada, proporcionando uma onda de prazer
alucinante pelo meu corpo.

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- Oh, meu Deus. – Eu gemo.


As suas estocadas se tornam mais fortes. Levando-me ao mais
delicioso êxtase. Minhas mãos estão em suas costas, empurrando-o mais para
dentro de mim.
Dominik me rola de costas e investe em mim por trás. Nessa posição
ele vai muito mais fundo, e eu posso sentir as paredes da minha buceta o
apertarem mais forte.
Calor envolve os nossos corpos. Dominik segura um punhado do meu
cabelo e puxa de leve para trás, fazendo-me trotar o seu pau.
- Eu amo como a sua buceta é gulosa. – Ele geme e morde o lóbulo da
minha orelha.
O quarto é preenchido com os nossos gemidos e os sons dos nossos
corpos batendo contra o outro.
- É isso aí, querida. Monte o meu pau com força. – Ele rosna, batendo
mais forte dentro de mim. E eu explodo em torno dele. O meu orgasmo lava
através do meu corpo, enquanto eu grito o seu nome sem parar.
O seu corpo enrijece e ele bate mais forte dentro de mim, enquanto
atinge o seu próprio êxtase, enchendo-me com a sua semente.
Dominik cai ao meu lado respirando pesadamente, e sorri. - Porra, eu
amo você. – Ele diz e me puxa para ficar sobre ele.
A minha respiração também está afetada, e eu mal consigo manter

os meus olhos abertos. Estou exausta e feliz. Aos fundos dá para ouvir as
ondas do mar batendo contra a praia. E eu sei que esse éo
meu lugar feliz no mundo todo.
- Eu também te amo, Dominik. – Sussurro.

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CAPÍTULO 26

Emma

Eu acordo com o cheiro do mar e os sons das ondas batendo na praia.


Esse é um dos melhores jeitos de se acordar, e eu quero repetir pelo resto da
minha vida.
Eu sei que Dominik está fazendo tudo isso por minha causa, e eu o
amo mais por ser esse homem altruísta e incrível, mas quero ter certeza de
que ele está fazendo o deseja, e não só porque isso irá me deixar feliz.
Depois de tantos anos separados, eu não quero que lá na frente ele
venha se ressentir por desistir de muita coisa por minha causa. Não seria justo
com ele e nem comigo.
Eu faço uma nota mental para falar com ele mais tarde. Agora eu só
quero aproveitar esse paraíso.
Eu não tinha ideia de que ele queria viver na praia, mas estou amando
tudo isso. Esse lugar é lindo e eu já me vejo vivendo aqui com ele.
Dominik não está mais na cama. O seu lado ainda está quente, o que
significa que levantou há pouco tempo.
Eu afasto os lençóis e me levanto. As cortinas ainda estão fechadas,
mas eu posso imaginar a paisagem que me espera. E ela não me decepciona.
Eu aperto o botão para mover as cortinas e o cheiro de vida sopra
dentro do nosso quarto. O dia está lindo. O sol brilha majestosamente no céu,
abençoando mais um dia que Deus nos permitiu.
- Lindo. – Sussurro para a visão diante de mim.
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- Sim. Muito linda. – A sua voz me assusta, e eu olho para trás para
vê-lo encostado na porta do quarto parecendo delicioso em uma calça de
pijamas com cintura baixa. Os pelos do seu caminho da felicidade me dão
água na boca. E de repente eu sinto os meus mamilos endurecerem com
desejo de levá-lo à minha boca.
- Eu estou falando da vista. – Eu aponto para o mar azul diante de nós.
- Eu também. – Ele diz, seus olhos correndo pelo meu corpo nu. – De
onde eu estou à vista é maravilhosa. – Ele sorri e eu rolo os meus olhos.
- Você não tem jeito. – Eu caminho em sua direção e envolvo os meus
braços ao redor do seu pescoço, beijando-o suavemente. – Bom Dia. –
Sussurro.
- Certamente será. – Ele ri e me agarra e me joga sobre a cama e salta
em cima de mim.
Nós passamos o dia inteiro na cama, saindo apenas para usar o
banheiro e comer alguma coisa, antes de voltar para mais uma sessão de sexo
alucinante. Eu não sei quanto tempo mais vamos aguentar, mas eu não estou
desistindo primeiro.
***
Hoje era sexta-feira, e Dominik e eu estávamos na cozinha luxuosa
preparando algo para comermos. Dois dias inteiros de muito sexo nos fizeram
famintos.
Dominik queria sair e comer fora, mas insisti em ficar. A geladeira e
os armários estavam recheados de comida, então eu não queria gastar tempo
me arrumando para sair e encontrar um lugar para comer, quando poderíamos
fazer isso aqui no conforto do nosso ninho de amor.
- Você pode cortar esse pimentões e cebolas. – Eu falo indicando a
tábua onde eles estão esperando para serem utilizados.
- Você acha que eu só sei cortar? – Ele pergunta brincalhão.

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- Não, querido. Você também é muito bom em outras coisas. – Eu


entro na brincadeira e pisco um sorriso para ele.
Dominik solta a faca e me prende ao balcão. A sua boca ataca a minha
e ele me devora com seus lábios famintos. Eu posso sentir a sua ereção dura
como rocha contra os seus shorts.
O nosso desejo pelo outro não diminuiu com o tempo. Estamos cada
vez mais insaciáveis pelo outro. E quando ele puxa a sua camisa que eu estou
usando, um som estridente interrompe a nossa brincadeira.
É o seu celular.
Dominik para de me beijar imediatamente e corre para pegar o
aparelho que está carregando na sala.
Algo não está certo.
Eu ouço quando ele atende e pergunta o que está errado. Eu não sei
quem está ligando, mas acredito que deva ser Radu. Segundos depois,
Dominik aparece com o rosto pálido como se tivesse visto um fantasma.
- O que aconteceu? – Eu pergunto assustada.
- Temos que voltar. Algo aconteceu. – Ele diz e corre para o quarto.
Eu fico lá em pé por alguns segundos sem entender o que aconteceu,
então eu corro para cima para encontrá-lo verificando uma arma.
- O que você está fazendo? – A minha voz saí estridente.
- Eu quero que você tenha isso com você. E não hesite em usar
quando preciso. – Ele diz muito sério, enquanto me entrega a pistola pequena.
Eu não entendo nada de armas, mas essa eu já vi. É uma pistola
semiautomática. Eu assisti alguns filmes de Ação. E também vi Meg com
uma um dia desses.
- Eu não sei usar isso.
- É só acionar o gatinho e atirar. – Ele diz entregando-me a máquina
mortífera.

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- O que está acontecendo, Dominik? – Peço novamente.


- O complexo foi invadido e Meg e Jess estão mortos. Eles estão com
Radu e mais outros homens em cativeiro, e eu vou invadir o lugar. – Ele diz
calmamente.
O meu corpo começa a tremer e ele vê o desespero gravado em meu
rosto. Segurando o meu rosto com as duas mãos ele tenta me tranquilizar.
- Você é uma mulher forte e eu preciso que você fique segura,
enquanto eu lido com algumas coisas.
- E se eu machucar alguém? – Pergunto com a voz trêmula.
- Essa é a intenção, querida. – Ele diz enquanto carrega outra arma e
coloca no coldre da sua cintura.
Eu não sei o que dizer ou o que pensar. Meg está morta. A mulher que
foi mais do que uma irmã para mim. Quando eu cheguei ao complexo ela foi
muito gentil e paciente comigo, e agora ela se foi. E Jess.
- Oh, Deus. – Suspiro tentando engolir a dor.
Dominik se move rapidamente. E logo estávamos de volta à estrada.
Ele não está falando nada, e isso está me deixando ainda mais nervosa.
Eu não sei se posso fazer isso.
- Você não pode me deixar. – Eu falo, sentindo as lágrimas
escorrerem pelo meu rosto.
Dominik encontra o meu olhar, e eu posso ver o quanto ele está
perdido também. A mulher do seu melhor amigo e braço direito foi morta, e
eu sei que ele está sofrendo também.
- Eu não vou. – A sua voz saí firme, e eu acredito nele.
***
Dominik tinha informações de que Amuh estava com Radu em seus
poderes, embora ainda não saiba como alguém sequestra alguém do tamanho
de Radu, e com a sua força.

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Quando chegamos ao lugar onde Dominik informou ser um dos


armazéns de Amuh, eu senti um arrepio percorrer o meu corpo. O lugar
estava abandonado. Não existia nada além de carros velhos e enferrujados.
Esse lugar deve ser usado para desmanche de carros roubados.
Eu poderia ter recusado, mas eu sabia que não poderia estar em outro
lugar que não fosse perto dele, mesmo que isso custasse as nossas vidas.
Dominik estava ainda dentro do carro. Ele tomou o seu tempo
olhando ao redor e esperando o quer que fosse. Pouco tempo depois, Sly
apareceu no nosso campo de visão junto com outro membro do clube, que eu
não sabia o nome.
- Há cinco deles protegendo o lugar, e mais cinco lá dentro com Radu.
– Sly disse ao se aproximar.
- Ótimo. Eu cuido dos de dentro e vocês dos daqui de fora. – Dominik
disse ao sair do carro.
Eu queria pedir-lhe para não ir, mas seria inútil. Ele não iria me ouvir.
Dominik não escolheu essa vida, mas está em seu sangue, e ele não pode
dominar o lado selvagem por tanto tempo. Ele dá a volta no carro e segura o
meu rosto com as duas mãos antes de falar: – Eu não quero que você saia
desse carro, Emma. Aconteça o que acontecer, lembre-se do que eu disse, não
hesite em atirar em qualquer um que aparecer. E se algo der errado, eu quero
que você abra o cofre e pegue o que tem dentro e fuja para o mais longe
possível.
- Eu não vou deixar você. – As lágrimas estavam nublando a minha
visão.
- Você precisa. Se algo der errado, prometa-me que vai fugir. –
Insistiu, e eu sabia que era uma luta perdida.
- Eu prometo. – Menti.
- Eu te amo muito, Emma. E sempre vou te amar. – Ele falou, então m

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beijou como se fosse o seu último segundo na terra.


O meu coração doeu. A vontade de levá-lo para longe, onde ninguém
poderia nos machucar era muito forte. Mas ele tem um trabalho a fazer e não
há ninguém melhor do que ele.
- Eu também te amo. Volte para mim em segurança. – Falei enquanto
nos afastávamos.
- Eu vou tentar. – Ele falou tristemente e se foi.
Eles desapareceram ao redor e dentro do armazém, e poucos segundos
depois eu ouvi tiros. Eles vinham da parte de trás do armazém, onde Dominik
estava. O meu coração disparou e o desespero tomou conta de mim.
Será que foi Dominik?
Eu sei que lhe fiz uma promessa, mas eu não iria ficar aqui sentada
sem fazer nada. Eu saí do carro e coloquei a arma que ele me deu na minha
cintura. Dando a volta no armazém, eu encontrei corpos sem vida pelo chão.
Em outra situação eu teria ficado aterrorizada, mas isso era uma
questão de vida ou morte. Eu precisava chegar até Dominik e saber que ele
estava bem.
Eu andei ao redor e encontrei uma escadas. Um grito de dor veio do
andar de cima e eu rapidamente corri para as escadas.
Eu avancei para frente e os gritos se tornaram mais estridentes.
Parecia que alguém estava sendo torturado.
- Onde ele está? – A voz de Dominik ecoou pelo lugar abandonado.
Sly e o outro homem estavam longe de ser encontrados. E não dava
para ver quem Dominik estava torturando. Havia muitas portas e o som
estava se propagando por todo o lugar.
- Vai se foder. – O cara gritou, então um tiro ecoou fazendo-me saltar
e quase derrubar a minha arma.
Eu caminhei em direção ao tiro, e quando eu estava me aproximando

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vi uma figura escondida atrás de um dos pilares apontando uma arma em


direção a Dominik. Ele estava alheio ao que estava acontecendo. O homem
de pé era Amuh, e ele estava pronto para matar o meu marido.
Eu não poderia deixar isso acontecer.
Lentamente, eu caminhei em sua direção e levantei a minha arma, os
meus braços estavam tremendo, mas eu não poderia errar ou Dominik e eu
não sairíamos vivos daqui.
- Abaixe a arma. – Eu disse, enquanto apontava a minha arma para a
cabeça dele.
Dominik ouviu e virou ao redor, encontrando o meu olhar. Ele ficou
tenso da cabeça aos pés ao ver o que estava acontecendo. Amuh nem mesmo
se moveu. Então eu apertei o meu domínio sobre a arma e bati contra a sua
cabeça.
- Coloque. A arma. Para. Baixo. Agora. – Eu gritei.
O meu coração estava batendo muito forte, e eu podia sentir o sangue
correndo pelos meus ouvidos.
- Emma. – Dominik disse.
Eu não poderia atender a sua súplica. Se eu retirasse a minha arma,
Amuh o mataria em segundos. E eu não poderia deixar isso acontecer.
- Eu não vou repetir. – Falei por entre os dentes, mas Amuh foi mais
rápido e se virou, fazendo-me me tropeçar. Tudo em seguida foi como um
borrão. Em um segundo eu estava com a arma sob a sua cabeça e no outro,
ele e Dominik estavam lutando. As armas estavam aos meus pés e Amuh
tinha a Dominik preso pelo pescoço. Ele estava ficando roxo. Com um
movimento rápido, eu alcancei a arma e joguei em direção a Dominik. No
mesmo momento, ele se equilibrou e pegou a arma, então disparou contra a
sua cabeça.
Amuh caiu mole. Dominik deixou a arma cair e correu para me

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agarrar. O meu corpo estava tremendo. E quando os seus braços me


envolveram parecia que eu tinha tirado um peso gigantesco de dentro de
mim.
- Oh meu Deus. – Eu gritei entre soluços.
- Shh! Acabou, querida. – Ele tremeu e enterrou a cabeça em meu
ombro.
Lágrimas cobriram o meu rosto, enquanto eu me segurava a ele como
se fosse uma tábua de salvação. Dominik me apertou mais forte e nós
ficamos assim por algum tempo, até que Sly apareceu com Radu e o outro
homem.
Radu parecia drogado e muito mole.
- Eles lhe aplicaram uma dose de leão nele, chefe. – Sly disse,
enquanto segurava um Radu fora de seus pés.
- Vamos para casa. – Dominik disse, e eu estava feliz em podermos
sair daqui vivos. Graças a Deus tinha acabado e estávamos todos a salvo.

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EPÍLOGO

Emma

Três anos mais tarde

Eu me deito na toalha de praia e deixo que o sol beije o meu corpo.


Nada melhor do que começar o dia fazendo o que te faz mais feliz nesse
mundo.
Há três anos nós vivemos o pior pesadelo de nossas vidas. Perdemos
pessoas queridas, e quase morremos. Mas lutamos e conseguimos.
Dominik e eu renovamos os nossos votos e descobrimos que
estávamos grávidos uma semana depois do incidente no armazém de Amuh.
Radu se recuperou e foi embora. Ele estava muito magoado e se
culpava pela morte de Meg. E apesar de saber que ele não teve
responsabilidade nisso, Dominik o deixou partir.
Radu precisava de tempo. Tempo para curar a ferida que a vida na
máfia lhe causou. E eu sei que ele voltará um dia. Eu espero que seja muito
em breve, porque os gêmeos estão loucos para conhecer o seu tio Radu.
Sim. Dominik e eu temos um casal de gêmeos. Eles estão com dois
aninhos e são as melhores coisas que já nos aconteceu.
Castiel e Kiera são incríveis. Eles são bem tranquilos, e são as nossas
alegrias. Como prometido, Dominik desativou o complexo e trouxe todo o
clube para Riverside. Ele hoje conta com a ajuda de Sly para manter tudo no
lugar e ainda estar em casa para o jantar todos os dias.
Dominik também passa muito tempo com as crianças e eles o adoram.

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Principalmente Castiel. Ele vê no seu pai um herói. E eu amo isso.


Nada tem sido o mesmo depois da morte de Meg e Jess, e eu entendo
porque Radu se foi, mas eu só queria que ele voltasse para nós. Aqui é o seu
lugar. Nós somos a sua família. E eu sei que Dominik sente muita falta do
irmão dele.
- Vamos, filha. – Dominik dia a Kiera, tomando a sua mãozinha, e
Castiel corre em direção à praia para chegar primeiro.
- Eu vou ganhar. – Castiel grita, e isso irrita a sua gêmea bonita.
- Papai, podemos ir mais rápido? Eu não posso deixar um menino me
vencer. – Kiera fala com um biquinho.
- Nós não podemos ganhar sempre, princesa. – Ele diz tentando
esconder o riso gravado em seu rosto bonito.
Dominik é um grande pai e eu não poderia estar mais feliz. Os meus
pais estão felizes também. Eles se aproximaram de nós há mais ou menos um
ano. E desde então estão sempre presentes na vida dos gêmeos. O que é
muito bom.
- O senhor sempre diz para ser o melhor em tudo. – Ela distorce as
palavras do pai, enquanto faz o seu lindo biquinho.
- Não, querida. O que eu digo é que, devemos sempre dar o melhor
em tudo que formos fazer. Não importa o que seja. – Ele pisca para ela um
sorriso.
- É a mesma coisa, papai. – Ela é teimosa.
Eu sorrio comigo mesma. Os meus bebês tem a mesma personalidade
forte do pai. E eu mal posso esperar para vê-los em ação.
Será um desafio.
Dominik corre com Kiera para praia e eles alcançam Castiel. Os três
brincam na água e depois de fazer castelinho na areia, então é a hora do
lanche. Enquanto as crianças sentam embaixo do guarda-sol para comer,

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Dominik se aproxima de mim com um sorriso de lobo.


- Você parece tão linda aí. – Ele diz.
- Eu amo ver os meus amores felizes. – Sorrio de volta.
- Bom, eu fico feliz em saber disso. Porque eu quero mais deles. – Ele
aponta para as crianças e os meus olhos se arregalam.
- Você quer mais filhos? – Pergunto, e me levanto.
Dominik sorri. – Sim. Eu quero muitos deles. E mal posso esperar
para começar a praticar. – Ele diz, escovando um cabelo do meu rosto.
Eu olho para os seus olhos e só vejo amor. Esse homem lindo e
dominante me ama muito. E eu sou uma mulher sortuda por tê-lo em minha
vida.
Nossas vidas.
- Mostre-me o caminho, senhor Cathal. – Sorrio e ele se inclina e me
beija.
A nossa felicidade está apenas começando. Finalmente, eu tenho tudo
que sempre quis ao dizer sim para Dominik Cathal, uma linda e amada
família.

FIM

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AGRADECIMENTOS

Um enorme agradecimento a todos vocês que me ajudaram a dar vida a


esta história.
Obrigado a todos vocês que me acompanham nesta jornada. Vocês leitores
lindos e amados que fazem o meu dia ainda melhor com suas mensagens de
carinho e respeito. Os seus comentários e orientações me ajudam a cada dia
criar novos personagens e lindos romances.

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NOTA DA AUTORA

Obrigada por fazer parte disso. Eu amo muito vocês. Para saberem mais
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