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Romance Contemporâneo
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Para todas as que me incentivaram a escrever esta história.
Este livro é uma ficção.
Lugares, nomes, leis, facções, são frutos da minha imaginação.
Claro que tentei aproximar o máximo possível da realidade através
maiores de 18 anos.
“É perigoso se apaixonar
Mas quero queimar com você esta noite
Me machuque
Há dois de nós
Temos a certeza do desejo
O prazer que há na dor e no fogo
Me queime.”
Fire Meet Gasoline - Sia
Sobre a “Organização”
desenvolvesse.
Da segunda metade do século em diante, políticas do novo
imperialismo levaram a conflitos coloniais e, posteriormente, a
sociais, políticas e sua liderança foi passada de pai para filho até os
dias de hoje.
e a Colin, meu irmão alguns anos mais velho, e prometeu que nos
traria presentes se nos comportássemos e ajudássemos nossa mãe
em tudo o que ela precisasse.
em breve voltaria.
da cama.
voltaram ao normal.
Quer dizer, nem todas, mas pelo menos ela já cuidava de nós,
seu filho.
era alguns anos mais velho que eu, mas assim que nos vimos pela
cabeça todas as vezes que olhava para mim ou talvez porque ele
era de uma classe social muito além da nossa.
Só que o tempo passou e chegou o dia em que não havia mais
o que temer naquele garoto. Ele era apenas mais um que ficava
tornamos amigos.
Mas então, depois de alguns meses, o garoto parou de
frequentar a nossa casa e seu pai disse que ele havia sido mandado
de ir.
cuidei dela até o final de sua vida. E foi um pouco antes de sua
morte, quando eu tinha apenas 14 anos, que ela disse algo que
— Henry.
Dei alguns passos para trás, porque fazia anos que eu não
ouvia aquele nome. Eu apenas me lembrava do garoto de olhos
Pergunte ao Colin.
De repente, as lágrimas começaram a rolar pelo seu rosto,
Ela me encarou.
— De sobrevivência.
adolescência.
Mesmo assim, eu soube que era verdade.
Emmeline
Bela e a Fera” dentro da minha bolsa. Ele era uma edição especial
que eu tinha ganhado de Melanie, uma amiga que dividia comigo o
últimos tempos.
Melanie e eu nos conhecemos nas aulas de ballet que eu
e ia me visitar uma vez a cada quinze dias para ver se estava tudo
bem. Quando arrumei um emprego, peguei minhas coisas e saí do
passado.
vezes que o vi. Estava magoada e não entendia por que ele havia
escolhido aquele caminho. Ele não fazia questão de esclarecer,
Cliquei em enviar.
Não demorou muito, mais uma mensagem chegou, mas desta
Era William.
William Levinsky era meu companheiro de dança e eu o
novas oportunidades.
Nossa conexão foi imediata.
Nossa amizade...
E o romance que se iniciou, mesmo que meu foco não fosse
esse e sim em melhorar nossos passos. Entretanto, foi inevitável
quando seus olhos verdes me fizeram sentir coisas que eu nunca
havia sentido.
~
Meus pés se movimentavam com passos leves e delicados,
enquanto eu mantinha minhas mãos esticadas na horizontal
seguindo o compasso da suave melodia de Tchaikovsky.
William sorriu.
os detalhes que incluíam sua vida criminosa, era claro. Tudo bem
que William era bem curioso com a minha vida, mas consegui não
entregar tudo, deixando apenas a parte em que Colin e eu não nos
falávamos havia quase três anos e que ele era ausente, em todos
os aspectos.
Sorri.
sonhos.
— Sei...
apagadas.
— Que estranho, era para as luzes estarem acesas. Melanie
Sorri.
— Claro que não.
Joguei meus braços ao redor do pescoço de William e encostei
minha boca na sua, em um beijo apaixonado.
ele disse, assim que separamos nossos lábios. — E como hoje você
precisou trabalhar, acho que amanhã dá para escapar e aproveitar
uma fita cinza cobrindo seus lábios e outra amarrando seus pulsos.
Os olhos de Melanie estavam vermelhos de choro intenso.
— Melanie? — Corri em sua direção, mas antes que eu
Emmeline
sorrindo mais, mesmo que seu sorriso não chegasse aos olhos. Ela
estava mais falante e até foi ao cabeleireiro fazer um corte nos
últimos dias.
Eu a achava tão bonita.
do papai.
Algo me dizia que as coisas não ficariam bem como ela havia
campo de visão.
Seus olhos azuis praticamente encobertos por mechas de
Emmeline
— Henry?
Minha voz saiu como um sussurro.
vida futura.
Seus olhos eram frios, como sempre foram. Ele mantinha uma
encharcadas.
Seu calcanhar direito descansava em cima da outra perna e
ordens:
— Entre logo, porra!
acompanhava.
— Segurem-na.
olhava para William. Olhei de volta para o rosto do meu irmão, mas
Praticamente três anos que não nos víamos e era assim que
ele aparecia.
filhos da puta!
só me machucavam.
como era a minha vida. — Claro que teria sido bem mais fácil se
você não tivesse fugido do seu irmão. — Ele deu uma olhadinha
minha pele, senti uma corrente elétrica percorrer o meu corpo, mas
isso não era algo bom. Era a mesma sensação de medo de quando
nos conhecemos, há mais de dez anos.
Colin, me diga que isso é mentira! Me diga que é tudo invenção, que
meu destino não está selado desta maneira!
Colin me fitou pela primeira vez e disse:
levou consigo.
tudo.
afastou.
— Cale a porra da boca, Emmeline — ele respondeu, nervoso.
zíper com tanta raiva que, se fosse possível, ele teria saído em
minha mão.
— retruquei, ácida.
como se eu fosse apenas uma pirralha que ele daria uma lição.
eu faria. Eu não tinha escolhido aquela vida, não era justo que me
de estar novamente.
William e Melanie estavam sentados lado a lado, ainda com as
abalá-lo.
Colin que segurou minha mão todas as vezes que eu tive medo
Henry.
Colin olhou surpreso para seus comparsas e eles riram.
Mas logo o sorriso murchou nos lábios do meu irmão, que
puxou o meu braço com uma mão e com a outra apontou para
Melanie e William.
com crueldade.
— Façam o que quiserem com ela.
Dizendo isso, Colin me arrastou porta afora enquanto eu
Emmeline
levantar com rapidez não foi boa, porque uma vertigem me atingiu e
Ela não devia ter mais do que vinte anos e claramente não era
boca. Bem, no final das contas, era isso mesmo que meu irmão
queria.
banheiro.
dourada.
Um luxo.
Tudo o que meu irmão sonhou, tudo o que eu nunca quis.
Pelo menos, não da maneira que era para ser. Eu queria ter
tipo de sentimento.
cruel.
Quando foi que eu perdi aquele menino que sempre me
protegia?
precisava fazer, Emmeline. Você sabe que a nossa vida foi marcada
para sempre. Não dá para agir como se fosse diferente.
imbecil.
— Não fale assim de William! — Pulei no peito de Colin e
me apaixonar por alguém e ser tão feliz quanto ela foi com nosso
pai?
— Você se iludiu com a alegria da nossa mãe! — Colin me
uma libra ele deixou para nós? — Sua voz emanava raiva. — Sem
falar que existem outras questões em jogo. Mamãe fez o que
passou todos esses anos desejando você. Eu acredito que ele será
bom, mas você precisa andar na linha, fazer o que ele quer.
— E se eu não fizer?
Pulei da cama e fui em sua direção, porém, ele foi mais rápido
e saiu do quarto, trancando-me.
minha vida.
Era um espetáculo.
seria uma modelo muito bem paga, por ter o corpo ideal e uma pele
incrível.
“— Eu poderia estar morta — disse ela, enquanto penteava
Thalia foi até ela, abrindo-a. Por sorte, não era Nathan. Nosso
primeiro contato já me fez ter a certeza de o querer a quilômetros de
distância.
um smoking elegante.
— Boa noite, vim buscá-la, senhorita... — ele ergueu um
aliviada, tendo certeza de que aquela profecia que minha mãe havia
mim.
Emmeline
primeira vez que nos vimos. Em um certo momento, isso foi deixado
de lado e nos conectamos em uma bela amizade.
Pelo menos, eu achava que era, até ele sumir de nossas vidas.
Henry estava belo em um terno preto justo ao corpo, colete da
mesma cor por cima de uma camisa branca de seda. Nos pés,
sapatos lustrosos completavam seus trajes que deveriam custar
milhares de libras.
ciência de que eu não era mais uma garotinha para agir dessa
forma.
não me levantei.
podia sentir o calor de seu corpo, ele levou sua mão grande até o
meu rosto e o ergueu delicadamente.
que me pertence?
— Já vamos começar assim? — Minha voz saiu com raiva.
sala de jantar?
Olhei para o rosto de Henry por alguns segundos, procurando
por aquela aura sombria, mas ela já havia passado, dando lugar ao
magnata sorridente das capas de revistas.
— Talvez.
Nosso jantar foi servido e eu ataquei a comida sem prestar
de mim?
disse:
— Venha comigo.
ser.
morar.
— Por que, não? — Ele chegou tão perto que sua presença
encará-lo.
Henry era o homem perfeito para todos, menos para mim que
é?
— Quero.
— E o que mais você quer?
Ser feliz, encontrar o verdadeiro amor que eu tenho certeza de
uma vadia que só sabia explorá-la? — Sua voz se tornou fria, cruel.
morto?
cair.
— Eu era. Eu estava muito feliz.
para trás.
Seus olhos estavam transtornados.
Emmeline
Eram nesses dias que Colin, Henry e eu íamos até o Hyde Park
— Ele me dá medo.
seus olhos.
A Bela e a Fera
Emmeline
que minha mãe deu o último suspiro, tentei enterrar com meu
por isso que ela sempre tentou fazer com que nos déssemos bem.
Em uma determinada hora, uma mulher usando um terninho
meu aparelho, afinal, como ele mesmo dissera, minha vida estava
em suas mãos. Para que eu teria um celular? Mas também podia
ser obra de Colin, que estava apenas garantindo que eu não ia
tentar me comunicar com William ou com Melanie.
Eu apenas assenti.
acostumada a lidar. Eu sabia quem Colin era, mas desde que ele se
sua presença.
Enfiei a cabeça no travesseiro e suprimi um grito.
anos. Era exatamente isso que Henry queria e isso eu não ia lhe
dar.
Henry queria uma esposa? Ele teria uma esposa.
tantos anos, quebraria enfim essa maldição e não seria como minha
mãe, que aceitou sua derrota com um sorriso no rosto.
na prática.
— Tudo bem, eu vou me arrumar rapidamente.
Greta saiu do quarto e eu respirei fundo antes de sair da cama
e vasculhar em minha mala alguma roupa que me caísse bem.
lugar por vontade própria e... agir assim, pensar dessa forma, era
como uma droga que eu tentava injetar em minhas veias para
agressiva.
— Mas será, em breve. — Ele sorriu e estendeu a mão na
direção da sala de jantar. — Meu lorde está esperando-a.
Um arrepio percorreu a minha espinha, mas eu assenti e
respirei fundo antes de marchar até a sala.
Era tudo tão grandioso, tão elegante...
me aproximasse.
você.
— Achei que o melhor quarto fosse o seu — retruquei,
sentando-me.
ao redor.
Aquela casa era tão grande.
a minha curiosidade.
propriedades em Hertfordshire.
— Hum...
Bebi minha xícara de chá consciente que Henry não tirava os
olhos de mim.
raciocínio.
estremeci.
— Eu posso puni-la de várias formas, Emmeline. E, para ser
Henry sorriu.
— É, exatamente isso o que você está pensando, minha
querida... — Ele suspirou. — Eu queria quebrar as pernas dele e
teria feito isso, mas confiei que Colin seria forte o suficiente para
influência.
em meu rosto.
As lágrimas que eu estava segurando até aquele momento
começaram a rolar, meu corpo tremia com confusão e medo e eu
Henry
sobre o corpo. — E você está quieto desde que chegou. Algo está
preocupando-o.
aristocracia.
palavras. E não era apenas a sua beleza exterior. Sua leveza, seu
meu lado. — Será que pela primeira vez alguma mulher não te
quer?
O desgosto no olhar de Emmeline era algo que eu não gostava
meu pau.
— Talvez você devesse desistir dessa putinha. Você sabe que
eu daria tudo para me casar com você ou então, nós podemos
roupas em cima da poltrona. — Vai chorar para o seu pai? Vá, fale
com ele. Seu pai é um merda falido que está nas minhas mãos e eu
posso acabar com ele a hora que quiser.
chamada.
Stephanie ficou em silêncio e eu terminei de vestir as minhas
de cabeceira.
Quando eu já estava para abrir a porta, Stephanie me chamou.
gesto.
— Veremos.
Spencer.
— Sim, estava — respondi, ajeitando a manga da minha
minha parte.
— Ah, sim. É claro. — Ele suspirou, então colocou uma mão
que estão circulando por aí, você sabe. — Ele deu uma risadinha. —
como em tão pouco tempo eles descobriam coisas que até Deus
duvidava.
acontecendo.
efeito mais rápido e estavam no gosto dos jovens. Claro que havia
França.
Se as coisas deram errado, eu sabia que parte da culpa era
dele.
— Boa tarde, chefe — Albert me cumprimentou, assim que
substâncias ilícitas.
Andamos até a última sala do complexo, que era um depósito
alguma droga.
— Sim, chefe — Nathan disse. Dentro da Brandy Blood eles
obter informações não era novidade para mim. Fazia anos que eu
estava naquela vida e apesar de ter sido difícil no começo, já tinha
Sentia-me eu mesmo.
— Qual belezinha o chefe vai querer? — Nathan se aproximou
acordou, tossindo.
Parei de rir.
— Isso é por ter cuspido em meus sapatos Gianvito Rossi.
Emmeline
— Posso entrar?
expectativa.
atrás de si.
— Vim saber se a senhorita gostaria de... dar uma volta?
Conhecer a casa?
sobre a senhorita. Mas acredito que não irá gostar de ficar aqui o dia
todo trancada.
não sabia se podia confiar nela, mas era melhor ter a perspectiva de
aparência.
— Céus.
sentir outra coisa a não ser gratidão, mesmo que algumas coisas
vão contra o que eu acredito ser o certo.
— Entendo...
festinhas.
— Esta casa é antiga, mas passou por muitas reformas,
homem qualquer, sendo que ele tinha tanto poder nas mãos.
Greta me levou de volta até o primeiro andar e eu pude
Henry desde que ele era criança. Talvez ela estivesse apegada
àquela imagem e não à do homem frio e cruel que ele se tornou.
— Se você diz...
Greta abriu a boca para responder, mas fomos interrompidas
senhorita Jones.
— Para mim?
— Sim, a senhorita Stephanie Thompson.
belo vestido casual preto que ia até os joelhos. Seu cabelo era loiro
exuberante, encaracolado, caindo ao redor dos ombros. Seus olhos
eram extremamente azuis. Era como as mulheres que eu via
acompanhando Henry nas revistas.
ser Stephanie.
— Imagino que Henry já tenha dito quem eu sou...
direção da funcionária.
— O que está fazendo aqui? Acho que o meu assunto é com
companhia?
Respirei fundo.
senhora daquela casa, e se retirou da sala, não sem antes dar uma
olhada fulminante em Stephanie.
— Entendo.
o jantar.
Não foi a primeira vez que passei por lojas de grife, mas foi a
primeira vez que eu entrei em uma delas. Para não dizer que nunca
tive contato com algo luxuoso, eu tinha uma correntinha de ouro que
vitrines faziam o seu melhor para atrair a atenção das pessoas. Elas
linda.
Senti-me diminuída.
Aquele não era o meu mundo.
vestidos.
Eu não sabia quem era o motorista, mas pelo modo como Stephanie
o tratava, devia ser algum de seus motoristas particulares.
— Não fale assim com ela. — Dei um passo até ficar ao lado
de Thalia. Passei o braço ao redor do dela, que arregalou os olhos.
— Thalia é uma jovem doce, que eu aposto que quer me dizer algo
Eu suspirei.
— Você quer me ajudar com a roupa desta noite?
à escadaria.
Quando ela se foi, Stephanie suspirou e disse:
elegância natural de uma mulher criada para ser quem ela era, ao
contrário de mim, que sonhava apenas em ser uma bailarina e
conquistar o mundo através dos meus passos.
— Ok, obrigada.
Subi as escadas de dois em dois degraus, focando meus
Emmeline
Respirei fundo.
Levantei-me da penteadeira e fui na direção da porta. Não
importante para Henry, mas quando percebeu que ele não parava
Faça isso, irmã. Faça isso e vai ficar tudo bem, era o que seus
olhos diziam.
Então eu o fiz.
~
— Você é ótimo, Colin. Tem sido meu braço direito todos esses
anos. Após o casamento, vamos oficializar sua posição dentro da
Brandy Blood. — Seu olhar veio até o meu rosto. — Depois de mim,
Organização.
Observei os olhos do meu irmão e eles brilhavam com
entusiasmo.
Pelo amor de Deus.
— Será uma honra, chefe — Colin disse, anestesiado.
Emmeline. Faça o que ele quer. Seja quem ele quiser que você
seja...
— Eu não quero... — Fechei os olhos.
mais baixo. — Você sabe que ele sempre te quis. Pode ser uma
obsessão, pode ser loucura da cabeça fodida de Henry, mas se o
que ele tocava piano tão bem. Nunca tive a oportunidade de ouvi-lo.
E isso me chocou.
Por que Henry saber tocar piano me deixou assim, pasma?
— Colin já foi?
dos copos. Hesitei alguns instantes, mas depois o peguei. Ele tinha
acabado de encher na minha frente, não daria tempo de colocar
drogas.
risadinha.
pessoas que vêm até mim, não sou eu que vou até elas.
Eu sabia disso, mas me custava acreditar na frieza de uma
— Você pode dizer que sou um monstro, que eu sou horrível e, sim,
Mas eu esperei anos para tê-la e não vou desistir, assim, tão fácil.
então eu também achava que podia ser raiva. Ódio por ele achar
que em pleno século 21 podia ser o dono de uma pessoa.
Eu achei que ele diria que queria amor, que queria uma esposa
apaixonada.
Henry
lago. Nossa rotina era essa nos últimos meses, porque às vezes
meu pai percebia que não era de bom tom que as crianças
ouvissem enquanto ele fodia a mãe de Emmeline no andar de cima
Alguns passos atrás de nós, dois dos homens do meu pai nos
vigiavam.
— Então, vamos continuar caminhando em silêncio, fazendo
de conta que o seu pai não está lá fodendo a minha mãe? — Colin
pequena explosão.
palavrão!
afastando-se de mim.
Ele sabia que não havia o que dizer. A verdade estava bem
diante dos nossos olhos.
— Não mesmo. — Olhei para Emmeline e abri um leve sorriso.
no chão.
Aquela era uma reação interessante.
Colin Jones era vários níveis abaixo do meu, mas nem isso o
Seu sangue não era frio, era quente como o meu. Nos olhos
azuis também estava estampado raiva, desespero. Talvez as suas
lutas fossem por algum motivo nobre, isso pouco me importava. O
vermelhos do choro.
Ela não entendia o que aquelas palavras significavam, mas um
Emmeline
nervosa.
Depois da noite em que Henry me beijou diante do piano,
em alguns dias fiz minhas refeições no quarto. Quando ele saía para
o trabalho ou sabe-se lá para o que, eu andava pela casa.
em cima.
— O que é isso? — perguntei quando ela colocou a bandeja
o nosso noivado.
últimos dias...
aquela que ele usa para desfilar ao seu lado nos eventos e nada
mais.
logo.
Greta suspirou pesadamente.
— Oras, vai me dizer que não sabe onde encontrar o seu
Respirei fundo.
Será que foi com isso que mamãe sonhou quando entregou
Uau.
Abri a boca, estupefata.
boa?
— Está ótima, senhorita. Perfeita.
Greta era o mais próximo que eu tinha de uma amiga, pois o
seu acolhimento nesses últimos dias fora essencial para eu não
enlouquecer com a minha nova vida.
careta infeliz.
— Triste por bancar o motorista particular da noiva do seu
chefe? — comentei, ácida.
— Olá, noivinha.
acendeu um.
vou ter que perguntar ao Henry. Vai ser pior, porque ele vai saber
enganado pelo meu próprio ego, então ele viu isso como uma
fraqueza e me acertou.
— Meu Deus.
— Todos temos.
Então pensei em Henry.
Seu rosto era belo, não havia nenhuma marca. Nem em seus
Não querendo imaginar seu corpo por baixo das roupas, tratei
de mudar de assunto.
— O que vocês fizeram com a minha amiga e o meu... — Se
região que ficava ao norte do rio Tâmisa e que foi cenário de um dos
ainda era palco para uma das profissões mais antigas do mundo. E
puxou-me pelo braço e me levou até uma porta de ferro que já tinha
vermelhas.
próprios quartos.
Nathan me segurou.
Céus.
— O dele é o último — Nathan parou de andar e apontou até a
última porta do corredor. Mesmo dali o som ainda era alto. — Vá, ele
a espera.
pela boca.
Meu Deus, quem era Henry?
se ele estivesse ali dentro com uma puta e eu fosse ainda mais
humilhada?
Bati.
Ouvi sua voz grossa e encantadora dizendo “Entre”.
— Emmeline.
Deixei que a porta se fechasse atrás de mim.
— Por que está de olhos fechados? — Sua voz continha um
tom de divertimento.
isso?
Henry estava me rodeando, mas eu ainda não queria abrir os
lado.
Não queria nem imaginar o que faziam naquele lugar.
Henry
na beira do lago.
Emmeline estava tão linda em um vestidinho branco, que ela
perguntou, irritado.
— Claro que não. Eles são homens de confiança do meu pai e
afastar.
— Eu gosto que seja assim. Sua inocência me fascina.
de Colin.
— Por que fez isso? — Emmeline me encarou, enquanto se
Emmeline
— Sente-se aqui.
sabe?
Olhei para baixo, consciente de que eu estava sentada em
uma cama.
Henry se levantou do sofá e veio em minha direção.
cabeça.
Ele se aproximava com um olhar predatório, mas diferente do
poder que ele tinha. Manipular pessoas, jogar o meu jogo... — Seu
hálito quente estava a centímetros do meu rosto. Seus olhos azuis
elas saibam que quem manda sou eu. — Ele segurou meu queixo e
virou meu rosto para o lado, descendo sua boca até a minha orelha.
— Eu quero você.
volta.
Beijei-o com fúria.
Com ódio.
Nossas línguas duelavam e eu sabia que precisava sair dali ou
Emmeline.
As lágrimas começaram a descer uma atrás da outra.
ter gostado do beijo, por estar excitada com seu toque, com sua
presença.
você trabalhar até tarde, porque ela gostava de sair para foder com
o chefe? — Sua voz era calma e não havia resquícios de raiva por
Henry bufou.
— Eu posso provar.
De repente, meu coração foi tomado por pavor.
Fechei os olhos e balancei a cabeça inúmeras vezes.
sabe. Mesmo que aquele sujeito fosse um santo na Terra, você não
iria voltar para ele.
Derramei mais lágrimas, então de repente eu me aproximei de
Henry.
— Você quer me destruir. Você pode ter o meu corpo, mas
deixasse.
não entendia.
— Acalme-se, senhorita.
Acalme-se.
— Você apagou.
simplesmente deixei.
travesseiro.
— Ok.
Henry se afastou da cama e levou o sujeito até a porta. Eles
suspirou.
— Preciso sair para resolver alguns assuntos. Você vai ficar
bem?
trabalho...
William.
Será que Henry disse a verdade? Será que William estava
peito.
— Eu vou ligar para o Harrogate College e pedir que mandem
Ellen para casa — Henry disse. — Sei que vocês se viram apenas
uma vez e foi bem rápido, mas acredito que a companhia de minha
de noivado.
Estava tomando os remédios receitados e, consequentemente,
de antes, agora era ele quem estava fugindo de mim. E, para ser
por algum problema que eu não fazia questão de saber o que era.
forma brusca.
— Ellen?
estivesse acordada.
— Meio-dia.
— Céus. Eu não durmo tanto assim — bocejei. — Desculpe. É
que não há muito o que fazer neste lugar, então estou um pouco
perdida no tempo.
Ellen sorriu.
Respirei fundo.
— Stephanie me ajudou.
— Sabia que ela é louca por Henry? Não duvido que esteja se
mordendo de inveja por você ser a noiva dele.
cama.
closet.
— Não vamos te enlouquecer, querida. Se você está aqui, é
porque aqui é o seu lugar. Só falta você se acostumar.
Quis retrucar dizendo que eu nunca me acostumaria, mas uma
vez mamãe me disse que as coisas que não desejamos acontecem
para testar a nossa força.
Henry
do sujeito.
— Amanhã é a festa do seu noivado e você está desse jeito.
das nossas putas. Alguém tirou uma foto e ela só não saiu na mídia,
livrei o rabo do príncipe, que agora fugia das minhas vistas, porque
primeira vez.
Apenas sabia que existia uma força maior que tudo que sempre
levava os meus pensamentos até ela.
errado.
Entretanto, coisas dando errado na minha vida não me
Claro que ele nunca retribuiu, talvez por medo da minha opinião ou
talvez porque ele sempre foi apaixonado por outra.
com quem ela começou a sair foi o bailarino. E não acho que deu
tempo de...
Cocei o queixo.
— Descubra isso para mim.
falar o que faz dentro de quatro paredes com a minha irmã. — Ele
se levantou, irritadinho. — Pensei que fosse esperar a porra do
casamento.
— É o que pretendo. — Soltei uma risada. — Mas sua irmã é
Emmeline
uma careta de desgosto. — Aquela vadia... mas claro, ela sabia que
você ficaria uma verdadeira rainha com essas roupas. Venha,
vamos.
Ellen me puxou para dentro da loja e não demorou para que
nós subimos.
canto, havia um vestido em tom creme, com mangas que iam até o
— Ok.
— Digo o mesmo.
Então, por algum motivo que eu desconhecia, olhando para o
meu reflexo no espelho, pela primeira vez não senti repulsa por
aquele noivado.
são de altas grifes. Não achei que quisesse usar algo ainda mais...
— Não importa — a cortei. — Ellen já me ajudou com tudo.
Devolvi o sorriso.
— Até lá, Stephanie.
Puxei Ellen em direção à saída, mas com a certeza dos olhos
cravados em nossas costas.
sua curiosidade para me ver era maior que tudo, por isso ela correu
para o meu quarto.
marido.
Era essa pessoa que eu estava destinada a ser.
com Colin.
— Henry!!!! — Ellen correu para os braços do irmão, que a
bebendo.
— Compras?
— Claro... sua noiva estava precisando de um vestido lindo
em mim.
Minhas bochechas esquentaram.
aqui?
em meu irmão.
Ah, céus.
— Por que ele mesmo não vem perguntar ou... no caso dele,
averiguar?
Colin esfregou o rosto em frustração.
Ele respirou fundo. — Veja bem, Henry não se importa. Mas ele
precisa saber se é inexperiente, ou você quer que sua lua de mel
não virgem?
— Sou! — gritei e saí do closet, irritada. — Minha vida sempre
— Vai embora daqui, eu não quero ver a sua cara nunca mais.
encarou.
— Um dia você vai entender que tudo o que fizemos foi para o
seu próprio bem, e nesse dia eu quero estar lá para vê-la nos
— Nunca! — vociferei.
— Veremos.
disse, seus dedos cutucando meus cachos. — Ele sempre foi tão
sozinho. Digo, ele tem a senhorita Spencer, mas ela vive o ano
inteiro no colégio das damas. Seus primos aparecem de vez em
bem sincera, ele também estava lindo usando um fraque preto com
A mordida.
Assustador.
— Este vestido foi caro. — Dei as costas e me aproximei da
não podia aceitar. Mesmo assim, era difícil afastá-lo, quando parte
do meu corpo sentiu falta disso nesses dias em que ele fugiu da
minha companhia.
— Henry... — Afastei-me, nervosa e com as bochechas
coradas. — Não diga essas coisas.
olhos de Henry.
— Obrigada. Isso... significa muito para mim.
Seu sorriso me desarmou completamente.
baixinho.
Sua expressão se esfriou, mas ele assentiu.
— Um dia.
Isso é justo, ou é o destino?
Ninguém sabe
As estrelas escolhem seus amantes
Salve a minha alma
Emmeline
presença que estava cada vez mais constante em minha vida, tudo
isso era algo que estava me deixando à beira da loucura.
entrar no papel.
quando eu falasse com você. O que será que Henry vai fazer com
Era óbvio que eu não queria nenhuma babá no meu pé, mas
Era óbvio que todos queriam ver quem seria a nova lady Spencer,
título que estava adormecido desde que a mãe de Henry falecera.
lady Spencer!
Eu estava paralisada no meio das escadas com pessoas
Ele sentiu.
É claro que sentiria.
— Faça logo.
Era mais fácil ceder.
maliciosamente.
Desta vez eu não o havia mordido.
degraus.
Cumprimentamos pessoas que eu nunca imaginei que um dia
iria conhecer. Até mesmo o primeiro-ministro estava presente, além
de um dos príncipes.
Foi bom ter revisado aqueles convites, senão teria ficado mais
perdida do que nunca.
Será que todo mundo aqui sabia quem Henry era quando não
— Sei que está nervosa com tudo isso, mas acho que você
está indo muito bem — ela disse, enquanto enchia um prato com
— O quê?
— Ouvi Stephanie no banheiro conversando com uma de suas
amigas piranhas. Ela vai inventar alguma desculpa para levar Henry
ao escritório. Ela quer... você sabe, não é?
— Sério?
— Seríssimo. Ela quer que você os encontre... e isso, claro, vai
— Não posso bancar a ciumenta, até porque o que ele faz, não
me importa.
Ellen parou de colocar coisas no prato e me encarou como se
eu fosse burra.
Ellen bufou.
— Você e meu irmão já transaram?
— Ellen! — ralhei. — Você não deveria estar falando essas
piranha te humilhar.
humilhação de ninguém.
os braços.
— Espere só mais um pouquinho...
Ellen riu.
cair na gargalhada.
— Já falei para você ter cuidado com o que diz. Não vou ter
pena de você, Stephanie.
nunca vou conseguir separar os seus dois “eu’s”. Eles são como um
só.
— Não, obrigada.
Respirei fundo.
aceitar traições, Henry. Não vou ser humilhada como a maioria das
irritada.
esposa. E, para ser sincero, eu acho vou invadir o seu quarto esta
noite e foder você até que grite o meu nome várias e várias vezes.
Engoli em seco quando as imagens do que ele acabou de
mais perto.
Prendi a respiração.
Henry tirou do saquinho um lindo solitário com uma pedra
pertence a você.
Olhei para o anel em meu dedo e respirei fundo.
estivesse travado.
— Eu quero seu coração.
— Isso não é negociável.
sua boceta.
Nunca um homem tinha ousado falar essas coisas para mim e
era para eu estapeá-lo e sair correndo, mas por algum motivo que
— Hummm...
— Por que está fazendo isso? — perguntei, arrepiada, ainda
de olhos fechados. Por algum instinto, minhas mãos foram parar em
ser boa.
Sua boca desceu pelo meu colo e ele despejou beijos ao redor
dos mamilos.
— Henry... — Suspirei.
Um de seus braços estava em volta da minha cintura,
segurando-me com força.
Enquanto sua língua brincava com meu mamilo, seus dedos
brincavam com outro, fazendo carícias que estavam me levando à
loucura.
humilhada.
Henry estava brincando comigo.
Mas se ele achava que eu iria pedir que dormisse comigo,
abelha?
— Ele próprio espantou quando quase a enforcou — falei
baixo, dando um suspiro.
— Obrigada.
— Ah, vejo que Ellen já trouxe Emmeline para vocês
conhecerem. — A voz de Henry ecoou atrás de mim, então ele se
Tia Polly abriu a boca para dizer algo, mas foi interrompida
com o grito de um homem.
Foi tudo muito rápido.
Henry
Todas as vezes que meu pai desejava me ver, não eram para
coisas boas. E eu sempre saía de lá com um hematoma em alguma
parte do corpo que ninguém conseguiria ver, por causa das roupas;
ou com minha mente apodrecida por suas palavras que feriam tanto
Alfred suspirou.
— Não sei, meu lorde. Mas é melhor ir logo, ele não tolera
atrasos.
Alfred era confiável, mas eu não tinha certeza se ele seria capaz de
dúvida.
— Ok.
Saí do quarto, ajeitando as minhas roupas. Alfred vinha logo
atrás.
E a cada passo que dávamos, eu tinha certeza de que as
atirar em pássaros, sabia me dar bem nas brigas e sem falar que eu
— Henry... recebi suas notas esses dias, você está indo muito
bem na escola — papai disse, erguendo alguns papéis. —
fez dar um pulo. — Eu sei que vocês são amiguinhos. Eu sei que
você não tira os olhos da garota. Eu sei que sua mente está
meu filho...
De repente, o pânico assolou as minhas veias e eu me
minha mãe!
Eu o odiava com todas as minhas forças.
sala.
Soltei meu pai e dei alguns passos para trás.
Papai ajeitou a gravata.
— Acho nobre de sua parte agir desta forma, porém, você
sabe que eu não gosto de perder. Emmeline será uma mulher muito
bonita no futuro, apesar de ter alguns traços do filho da puta do pai.
Papai sorriu.
— Você vai me entregar a sua alma. Vai fazer tudo o que eu
idade para que você se case com ela. Claro, se for esse o alvo que
você quer ter nas costas por causa de uma promessa idiota.
— Ok, eu aceito.
me estendeu.
— Então me prove que você está falando sério.
Engoli em seco.
— Então atire.
Fechei os olhos.
Minha boca estava seca. Eu queria fugir, queria correr. Queria
— Atire, Henry.
vou fazer com que todos saibam o que você é, e acredite, seus
amigos vão atormentar a sua vida enquanto você estiver neste
mundo, Henry.
Eu tremia por inteiro.
Era o único elo que eu ainda tinha com ela e talvez fosse por
isso que meu pai queria destruí-lo. A compaixão, o amor, tudo isso
Fechei os olhos.
Respirei fundo.
Eu iria direto para o inferno.
E virando do avesso
Hysteria – Muse
Emmeline
médico da família.
Aproximei-me de Henry e me ajoelhei ao seu lado no sofá.
matar.
ferimento em paz.
— Vamos ficar do lado de fora, chefe — Nathan disse.
— O quê?
respostas.
Fiquei parada na porta por vários segundos digerindo aquela
informação.
— Emmeline, venha cá. — Ouvi Henry me chamando. — Fique
aqui comigo, por favor.
quinze dias.
— Eu vou enlouquecer se ficar mais um dia nesta maldita
antes de...
As palavras morreram na minha boca.
coisas.
Henry me encarou.
— Sinto muito.
para Melanie.
Ele bufou.
— Ela está. Depois que Colin lhe drogou, ele voltou e impediu
que os homens fizessem algo com ela. Claro, agora ela está com
medo até da própria sombra, mas vai ficar bem com o tempo.
de Henry, seu corpo forte, alto e quente contra o meu. Suas mãos
— Ok.
Peguei o livro em cima da cadeira e dei a volta na cama. Tirei
coberto por uma gaze nova. — Não pode forçar para não abrir e
sangrar novamente.
— Por que não se deitou comigo todos esses dias? Você sabe que
restante.
Abri o livro e respirei fundo, consciente de sua presença, de
querendo-me.
Então comecei a ler.
arandelas e os abajures.
mãos.
eu voltar.
~
O relógio em cima do rack marcava três horas da manhã e
apesar de Henry ter dito que era para eu me trancar em meu quarto
e ir dormir, a verdade era que eu andava de um lado para o outro,
preocupava.
O que ele tinha ido fazer, seu ferimento que podia se abrir...
Eu não podia nem mesmo acordar Ellen, porque, céus, eles iriam
trancá-la.
Eu deveria fazer isso...
mim.
Para mim.
Conforme ele se aproximava, dei passos para trás, até minhas
Prendi a respiração.
As mãos vermelhas.
Ele se aproximou lentamente.
— Eu disse que era para trancar essa porta, Emmeline. — Ele
minha bochecha.
— Henry... — Tentei trazê-lo de volta a si, mas ele parecia
entorpecido.
seus sentimentos:
Mágoa, rejeição.
Ele me soltou no chão e deu uma risada de escárnio, enquanto
Emmeline
quarto. — Ele saiu sem dizer para onde ia e ele está machucado,
cheio de sangue. Meu Deus, você deve saber de alguma coisa!
respirou fundo. — Eu vou dizer onde ele está, mas promete que não
vai surtar?
— Prometo.
Colin respirou fundo.
— Ainda não.
vocês conversam.
não aceitava tudo o que me era imposto e seguia feliz por, pelo
Ah, mas se esse filho da puta pensava que isso iria ficar dessa
forma, ele estava muito enganado.
Eu já tinha atrapalhado seu encontro com Stephanie uma vez,
língua e seu dedo indicador brincou com meu cabelo. — Acho que
você não vai dar conta, queridinha.
— Cale a boca, seu imbecil! — gritei, afastando-me. — Vamos!
foi até a cadeira onde estava dormindo antes e pegou seu terno,
vestindo-o com rapidez.
carro.
Segui-o, ciente de que eu poderia chegar muito atrasada e
flagrar algo que eu realmente não queria ver.
Eu odiava Henry.
aqui.
Só que agora, havia muito mais pessoas. Homens que
deixavam suas famílias em casa para se divertirem com as
Queria virar as costas e sair dali, nunca mais olhar para o rosto
de Henry e nunca mais voltar em um lugar como aquele.
Mas eu não podia me recolher ao meu mundinho como estava
Chega.
— Nathan. — Puxei a manga de seu terno. O safado já estava
que estou aqui. Diga que quero falar com ele agora.
de volta.
minha mente.
— Espere, eu vou! Mas preciso ir ao banheiro, estou muito
apertada.
pequeno desvio.
~
O camarim das garotas era como eu imaginava.
bailarina.
Linda.
Sexy.
Como eu nunca tinha me visto.
A calcinha era apenas um fio dental, mas o que veio por cima
maiores.
— Pronta, garota? — A mulher apareceu e quando me viu,
palco.
mulher me empurrou.
— Vá, é a sua vez.
Filho da puta.
Eu o odiava.
Eu não sabia sensualizar, mas uma coisa que aprendi muito
instante.
Houve o reconhecimento.
seu favor.
A música era alta e isso me dava mais confiança no que eu
estava fazendo.
Homens começaram a gritar absurdos.
E foi nesse momento que Henry pareceu voltar a si.
ombro.
Os homens reclamaram, mas enquanto ele se afastava comigo
outra vez.
Quando passamos pela porta, ele a bateu com força e depois
me jogou na cama como se eu fosse um saco de lixo.
— Mas que caralho foi isso que acabou de acontecer??? —
ele gritou, afastando-se até uma mesinha que tinha uma garrafa de
bebida. Tirou a arma que estava em sua cintura e a descansou lá.
Doía.
Deixar minhas muralhas caírem, deixar a minha consciência
fora disso.
Doía admitir que eu o queria com tanta força que era capaz de
esquecer quem eu era.
quero foder uma boceta disposta. Se você não está disposta a ser
minha, vire as costas e saia daqui, mas não me impeça de ter o que
eu quero.
Eu já estava no inferno.
Ver o homem que Henry realmente era talvez me ajudasse a
tirá-lo dos meus pensamentos. Talvez me ajudasse a odiá-lo um
pouco mais.
— Eu quero ser sua.
Emmeline
mão cheia, que ardeu a princípio, mas eu não tive como reclamar,
porque sua boca faminta ainda estava sobre a minha.
Mas então ele se afastou um pouco.
que preciso dar uma lição em você, Emmeline. Essa bunda é minha,
desconfiava que isso era uma artimanha para o tapa que viria em
seguida.
E foi isso mesmo que aconteceu.
sua saliva.
Aproveitei para tirar as sapatilhas e jogá-las longe.
— Você não devia ter vindo, Emmeline. Eu não a queria aqui.
para trancar a porra da porta! Por que não fez o que pedi? Teria sido
tão fácil...
— Eu não quis trancar! — gritei de volta. — Eu queria ver do
desabotoar a camisa.
Eu não conseguia desviar os olhos.
Seu corpo era tão bonito. Henry era forte, mas sem exageros.
Ele parecia um deus grego, esculpido na forma de estátuas de
gesso que ficavam expostas nos museus europeus. Ele parecia feito
para mim.
E eu iria aproveitar.
Quando sua camisa caiu no chão, meu olhar foi direto para o
seu machucado.
lembrar disso?
— Era só o que tinha no banheiro.
Gemi em resposta.
— Abra as pernas para mim, meu amor — ele disse,
Fiz o que ele disse, morta de vergonha por estar tão exposta.
Por sorte, um dia antes da festa de noivado, eu tinha me depilado.
ainda mais. Eu queria sentir aquilo, queria que ele me levasse até o
ápice de todas as emoções.
importar. — Quero ouvir meu nome saindo da sua boca mais uma
vez.
Henry abaixou a cabeça e voltou a me chupar. Sua língua
meter o meu pau na sua boceta, Emmeline. Vamos chegar aos céus
juntos, meu amor.
saindo com força que eu perdi a completa noção da vida. Meu corpo
estremeceu, meu mundo parou.
de Henry, segredos eram coisas que não existiriam mais entre nós a
— Não.
Ele ergueu as sobrancelhas, surpreso.
coisas.
Henry era todo lindo, até mesmo seu pau. Grande, grosso e
— Quero.
desse jeito.
espalhar o líquido pré-gozo que estava ali. Acariciei suas bolas com
a outra mão, mas ainda não satisfeita, abaixei minha cabeça e o
lambi na ponta.
gosta disso.
Henry sorriu maliciosamente.
— Eu gosto de várias coisas, bebê. Você vai saber aos
poucos.
— Sim...
— Ótimo.
Henry posicionou seu pau na minha entrada e começou a me
penetrar bem devagar.
Doeu, claro que doeu.
Ele precisou parar várias vezes para que eu pudesse me
acostumar ao seu tamanho dentro de mim e mesmo vendo em seus
olhos que ele queria enfiar tudo de uma vez, lá no fundo, Henry
sabia que me machucaria de verdade.
— Tudo bem, Emmeline? — ele perguntou, sua voz tensa.
pedisse.
Filho da puta.
Ele foi fundo, segurei com força o lençol ao meu lado. Henry
ergueu-se contra o meu corpo e depois desceu, penetrando-me.
Oceans – Seafret
Emmeline
entendendo ao certo por que estava assim. Bem, talvez fosse o fato
de pensar que após uma noite como a que Henry e eu tivemos, ele
que Henry fosse o homem errado. Mesmo que seu lado violento
tivesse dado as caras em vários momentos. Não queria pensar que
tocá-la.
visto duas... apenas uma, que ele deixou em cima de outra mesa
quando veio irritado para cima de mim.
— Bem, eu acho.
Ele inclinou um pouco a minha cabeça.
— Vamos precisar de uma boa maquiagem para cobrir isso.
Lembrei-me da mordida.
Henry abriu um sorriso malicioso.
Mordi o lábio.
— Não.
— Me dê a pistola, Emmeline.
— Que pistola? — fingi desentendimento.
Henry deu mais um passo e desta vez não havia mais espaço
algum entre nós. Havia apenas seu corpo alto, forte e cheiroso
contra o meu, prensando-me na parede.
perfeitamente desenhado.
— Esta pistola aqui, querido? — Ergui as sobrancelhas de
forma desafiadora.
Eu queria?
Não sabia responder.
— Talvez.
meu rosto. Teria a sua tão amada liberdade. Bem, isso se você
conseguisse chegar até a porta do Pub.
linho branca.
— Claro que não, embora eu admire a sua coragem.
Henry grudou seu olhar no meu por bem mais que um minuto.
me tocando.
— Talvez.
terrível.
— E qual é?
direção.
— Eu adoro ver as suas bochechas vermelhas. — Ele a beijou
Henry sorriu.
— Diz que você gosta que eu te aperte aqui.
sobre mim.
— Gostosa pra caralho. — Henry me virou na cama e se
Sua boca desceu pelo vale entre meus seios e foi na direção
quantas vezes ela provou disso tudo? Quantas vezes ele a fez
— Nada.
— Emmeline.
Respirei fundo.
— Eu não sou experimente como as outras — falei, afastando
sua mão do meu rosto.
— Eu estava puto, ok? Falei sem pensar, sei lá. Quis te machucar,
deixá-lo na mão.
— Desça lentamente — ele instruiu.
Fiz o que ele disse e fechei os olhos enquanto era preenchida
por sua grossura. O prazer inundava o meu corpo mais uma vez. Os
olhos de Henry brilhavam enquanto suas mãos seguravam a minha
— Sempre.
— Então me foda apontando-a para mim — falei, para ver se o
choque de realidade me trazia de volta daquele emaranhado de
fundo.
— Eu já lidei com dores bem piores, minha querida.
Automaticamente, olhei para o curativo em sua barriga. Estava
E não foi difícil alcançar o orgasmo mais uma vez quando isso
aconteceu.
Talvez eu tivesse dentro de mim um pouco da loucura de
Henry e ele fosse o ímã que estava puxando isso, trazendo à tona.
Eu só sabia que as coisas nunca mais seriam as mesmas.
Henry continuava com a pistola apontada para o meu rosto.
Emmeline
Dei uma rápida olhada para Henry. Ele estava com o olhar
perdido.
— Não seria bom chamar o médico para averiguar seu
Assenti lentamente.
oito anos de idade. Um dia meu pai descobriu que ela me ajudava e
a espancou. — Seu olhar veio direto para o meu rosto. — Desse dia
em diante, ele me machucava de propósito para que ela não
pudesse mais cuidar de mim.
seguia.
mas ele nunca foi violento nem comigo nem com Colin. Eu jamais
também.
Eu realmente estava.
— Ok, vamos.
E por algum motivo desconhecido, encaixei minha mão na de
Henry.
— Agora sabem.
Saímos na calçada e o vento forte nos atingiu, Nathan abriu a
entender o porquê.
— Foi nobre de sua parte. — Coloquei minha mão por cima da
dele e Henry automaticamente olhou para baixo.
Bem, eu também estava um pouco em choque com minhas
próprias atitudes.
O que estava acontecendo comigo?
percebido.
Nathan pulou do carro e abriu a minha porta. Henry veio ao
encontro.
Henry
aqui bem na hora. Achei que não fosse uma correspondência oficial,
porque não tem um selo, mas tinha seu nome. Não sei do que se
trata.
Olhei para o envelope novamente.
— Ok, obrigado.
permissão?
Rutherford.
Ellen bufou.
— Eu não tenho culpa dos problemas entre você e o pai dela!
longe das pestes. Mesmo que ela não enxergasse desta forma.
Traguei o cigarro, pensando em tudo o que havia acontecido
entendeu?
Balancei a cabeça positivamente enquanto mamãe terminava
de contar à Emmeline.
dias.
me surpreenderam.
Não mesmo.
Eu traí a mim mesma
Emmeline
Nossa casa...
Se fosse algum tempo atrás, eu preferia ter dado um tiro em
percebi que sua mão estava sobre a minha no banco. Ele a apertou
gentilmente. — O dono é um amigo da família... eu frequentava
morreu dois anos antes do meu pai. Nem a causa de sua morte me
fora revelado na época.
minha.
para fora.
mãe. Como todos os homens da Inglaterra devem ter sido. Ela era
belíssima.
Seus olhos vieram para mim. — Imagino que esta seja a futura lady
internet.
— Internet?
— Sim, querida. Do noivado. As notícias estão... pelo mundo
todo.
— Ah, sim, tem razão... — Sorri, enfiando uma mecha do meu
Brandy Blood e fazia dias que não nos víamos. Estava começando a
sentir falta do meu irmão cabeça-dura.
— Eles vão ficar assim conosco para sempre? — perguntei,
informação só para si... e claro que eu queria saber, mas não iria
pressioná-lo agora. Eu sabia que até mesmo homens como ele não
dias.
— Quero que me ensine a atirar.
Henry ergueu as sobrancelhas em surpresa.
que estou entrando nisso, não quero ser nenhuma idiota que não
sabe se cuidar.
— Você tem a minha proteção e a dos meus homens.
— Eu sei, Henry. — Cruzei os braços em cima da mesa e o
construir uma nova vida que eu consiga ter, pelo menos, um pouco
do controle de antes.
Seus olhos me encararam por longos instantes.
— Tenho.
— Céus, está cada vez mais frio — falei assim que entramos
no hall da mansão.
Henry fechou a porta e me ajudou a tirar o casaco.
casacos no cabideiro.
aos sábados. Naquele dia, Colin pegou uma gripe horrível e ficou
trouxe você.
Respirei fundo e fechei os olhos.
— Até.
mãe e descobri que ela morreu de tristeza, pelos maus tratos que
casa.
Mas, porra... eu não queria encerrar a noite.
culpa dessa minha loucura recente era dele e ele tinha que lidar
com isso.
Virei as costas e desci as escadas novamente. Nathan estava
os sentidos.
— Ora, safada do jeito que eu gosto. — Ele me olhou
Nosso beijo era assim, cheio de raiva, tensão e talvez era isso
coxas.
— Talvez — admiti, sentindo aquela sensação deliciosa dos
— Vamos ver.
Henry
logo em seguida.
— Deliciosa.
— Desgraçado.
Chupei com força um dos mamilos e dei uma risadinha.
— Seus xingamentos são como música aos meus ouvidos,
enquanto eu entrava e saía. Por sorte, aquela maldita mesa era bem
forte. Segurei suas pernas e grunhi quando o orgasmo se
aproximou. Então eu o segurei e saí do corpo de Emmeline.
em resposta:
— Eu sou sua, desgraçado.
com força.
Quando ela gozou pela terceira vez, me permiti gozar também.
Emmeline estremecia embaixo do meu corpo. Eu ainda estava
Emmeline
“— O que disse?
— Muito sério.
— Por quê?
— Porque eu quero. — Seus olhos azuis voltaram aos meus.
Será que eu estava tão anestesiada por sua presença, por seu
calor, que eu simplesmente anulava tudo o que ele era e tudo o que
ele representava em minha vida?
Henry tirara meus sonhos, machucara pessoas que eu amava.
Mesmo assim...
Agora eu não conseguia deixar de querer seus lábios em meu
desesperada. — Cuidado.
Olhei para cima, com medo de Henry ter acordado. Bem, a
acordada a essas horas? Está com fome? Quer que eu leve algo em
seu quarto?
biblioteca.
Talvez eu pudesse ter a minha mente iluminada ali, no lugar
onde ele tomava a maioria de suas decisões. Inclusive, aquela que
mudaria completamente a minha vida em algumas horas.
rua.
Assim, de madrugada, era o lugar mais assustador onde eu já
tinha colocado os meus pés.
Uma lembrança.
Olhei para os quatro cantos.
ficaria furioso.
Mesmo sabendo do risco, peguei o caderno nas mãos e o abri.
Era um cachorro.
“Querido diário,
anos hoje. Minha mãe me deu este caderno (escondido do meu pai)
e ela disse que se eu começasse a desenhar e escrever meus
aquelas palavras.
e dormir um pouco.
estava acontecendo.
Pessoas estavam entrando com tapetes, flores e um monte de
outras coisas.
trás.
Ele sorriu de satisfação ao me ver.
casamento.
Desci as escadas lentamente, desconfiada. Aproximei-me
dele.
lábios.
Ele parecia uma criança feliz.
casamento.
Em nosso quarto.
Minha loucura está à solta
Gangsta - Kehlani
Emmeline
Abri um meio-sorriso.
lentamente.
Levantei-me e me aproximei do espelho de corpo inteiro. Meu
pergunta ficaria para outro dia. Importava era que ela serviu
perfeitamente, como se ele tivesse memorizado as minhas medidas.
revelou.
isso.
chefe. Então, só posso desejar boa sorte a vocês. Não sei se mais a
ele, que vai precisar lidar com uma criança, ou se a você, que vai
fui desrespeitoso com você, foi porque pensei que seria apenas uma
distração. Não achei que se tornaria minha senhora.
em mim.
Podia apostar que um filme se passou em sua cabeça.
ordens?
Colin soltou minha mão e se levantou.
fazemos escolhas que nos custam caro, Emmeline. Talvez você não
existência de outros. Ou talvez ele sabia, mas não achou que seria
Fazia anos que eu não via um sorriso tão bonito. Tão genuíno.
— É linda.
vilão.
— Estou pronta.
de olhá-lo.
Como foi que aquele homem cruzou a minha vida?
delicado.
minha atenção.
de última hora.
— Henry é louco.
gente.
— Não dava para fugir. Lorde Thompson é amigo de nossa
pés.
Meu corpo começou a relaxar.
momento.
— Tudo bem...
ritmo da música.
Henry girou meu corpo, o que me fez soltar uma risada.
Relaxei em seus braços.
E eu era dele.
Não havia como fugir disso.
E eu também não queria mais...
Voltei a olhar para ele, mas eu já não tinha mais ânimo para
aquela dança.
Emmeline
Onde estavam?
Então eu o empurrei.
mulher casada.
Henry souber que está aqui, sua vida acabou? Meu Deus, você
boca. — Eu tenho um plano, ok? Tem uma pessoa que vai nos
aquele assassino?
Recuei um passo.
Apaixonada?
Não, essa era uma palavra forte demais.
embora. Se Henry souber que você está aqui, vai matá-lo. Pelo
pele.
Por que as coisas tinham que ser assim? Até algum tempo
Eu não sentia mais nada, a não ser temor por Henry nos pegar
a sós.
— Obrigada, querida.
Ellen me abraçou de volta.
— Fico feliz que você entrou na vida de Henry. Eu nunca vi
homem que era totalmente o oposto do que meu pai fora um dia.
Aproximei-me da cama coberta por lençóis negros, tirei meus
sapatos e me deitei.
~
Henry
Uau.
parte das minhas noites trabalhando, para evitar a loucura que era
de uma cadeira.
Ela assentiu.
Passei o meu nariz pela sua nuca. Feliz por cada pelo de seu
corpo se arrepiar ao meu toque.
Empurrei o vestido por seus braços e ele caiu aos nossos pés.
Caralho.
chatte.
— O que você disse? — ela perguntou, ofegante, enquanto eu
massageando-os levemente.
— Henry... — Emmeline estava entrando em combustão e eu
— Calma, amor.
Parei de tocá-la e a virei de frente para mim. Peguei sua mão e
satisfazê-la.
forma como jamais tocou, foi o que me fez soltar suas mãos e deixar
que ela voltasse ao seu plano inicial.
Assim que a camisa caiu no chão, Emmeline se aproximou e
percorreu meu peito com o nariz fino, delicado. Fechei os olhos. Ela
— Ai, meu Deus, você vai me jogar na cama com tudo, não é?
— Ela se apertou ainda mais ao meu pescoço.
Dei uma risadinha enquanto a levava sem pressa.
Será que Emmeline também se dera conta disso? Será que ela
percebia que estava me aceitando em sua vida?
Seria possível que ela me aceitasse em seu coração?
cada.
Emmeline riu e eu me enterrei em seu pescoço. Beijei-o em
cada parte. Beijei sua clavícula, mordisquei sua orelha. Falei frases
pós-orgasmo.
— Você é linda pra caralho.
Comecei a beijar seus seios e depois percorri minha língua ao
orgasmo.
— Eu quero você dentro de mim. — Ela segurou o meu rosto.
— Por favor.
— Me foda, Henry.
Respirei fundo, colando minha testa na dela.
— Não vou te foder hoje, Emmeline. Vou fazer amor com você.
Ela assentiu.
Suas mãos grudaram em meus ombros e começou a cavalgar
o meu pau com entusiasmo.
Ela era novata nisso, mas já havia pegado o jeito.
Ela tentou fechar os olhos, mas mordisquei seus lábios.
— Olhe em meus olhos — ordenei.
prazer.
Logo depois, eu gozei também, encerrando tudo com um
gemido de satisfação.
Emmeline
apropriada.
escreveu.
para si.
— Estávamos falando mal de vocês. — Ellen fez uma careta.
que agora eu queria saber. Queria estar por dentro de cada detalhe.
Toquei sua mão.
— Quer compartilhar?
Ele me fitou e seus ombros relaxaram.
— Não é nada de mais. Um dos membros da Câmara dos
Lordes tentou aprovar uma lei que ia nos prejudicar, mas já lidamos
com isso. O problema é que agora surgiu outra pessoa espalhando
Colin suspirou.
— Manchando a imagem de Henry, isso pode deixá-lo
Eu precisava contar.
— Mas não se preocupe. — Henry se levantou. — Eu vou
Assenti.
Henry se abaixou e me beijou.
— Hoje tenho uma surpresa para você. Coloque o seu melhor
vestido.
— Sério? O que é?
— Falei que é surpresa. Às sete, venho buscá-la.
atrai.
mas optei por um vestido dourado que era em decote canoa e sua
escuro.
— Eu já disse que você está linda? — Henry beijou minha
mão.
— Essa é a quarta vez desde que entramos no carro.
Ele sorriu.
inúmeras possibilidades.
fosse único.
E então arregalei os olhos.
como louco.
A The Royal Opera House era uma casa de ópera, uma das
ballet famosos e era tudo o que havia de mais lindo e que um dia
quase parou.
sorrindo.
insegurança.
Acho que ele esperava que eu surtasse, dizendo que a culpa
de não ser eu naquele palco era dele. Mas eu apenas sorri e disse:
dos bailarinos.
conhecerem.
Uma mulher de meia-idade se aproximou com um sorrisão
estampado no rosto.
e que seu sonho era entrar na companhia para dançar com eles.
— Você não fez isso... — falei baixinho, anestesiada.
Henry sorriu.
sorriu ainda mais. — É claro que este ano nosso cast está formado,
mas no ano que vem a senhora poderá dançar conosco, se assim
desejar.
nutrir em meu peito, que eu ainda não queria definir o que era, mas
Ele me abraçou.
— Eu disse que eu te daria o mundo, meu amor. Isso é só o
começo.
Imagino que existe um mundo com
todas as respostas,
elas estão escondidas dentro de mim?
The Skeleton Key - Epica
Emmeline
que ela a abrisse para mim, mas ela não quer. Diz que quer ficar
sozinha.
Eu acho que ela está assim desde a última briga que teve com
meu pai.
Ele lhe deu um tapa e a chamou de puta.
Disse também que ela deveria lhe agradecer por ele ter se
legítimo.
acordada. — Ele entrou no quarto com toda a elegância que lhe era
da cama.
começou a brincar com a minha. — Mas agora estou livre até depois
Não acho que sou capaz de aguentar até a noite para me enterrar
em você novamente.
suas próprias.
Fiz o que ele disse e fiquei completamente nua, com os
Arqueei as costas, pedindo por mais. Sua boca brincou com meus
mamilos e para cada chupada, eu tinha um gemido como resposta.
— Eu sou sua.
— Isso mesmo, meu amor.
Henry apoiou os braços ao meu redor e seu quadril ganhou
— Melhor ainda.
Henry sorriu e me virou de costas na cama, apoiando-se em
cima de mim.
carro.
depois entrou em uma outra rua que nos levou até o centro da
cidade. Havia casas modernas, mas eu duvidava que era ali a nossa
parada.
passado.
— Seja bem-vinda à Spencer House.
também pararam.
— É impressionante.
— Sim, eu quero.
Ele sorriu.
— Então você vai aprender.
de porcelana.
Esse homem era meu marido, mas ainda era uma incógnita
em vários sentidos.
entrávamos no palácio.
— Sim, meu lorde. Tudo pronto para a estadia de Vossas
Graças.
— Ótimo.
em cada detalhe.
— Como?
— Rudolph Spencer assassinou um homem em nome da
Engoli em seco.
gostar disso.
barbeado.
Emmeline
iluminaram rapidamente.
— Bom dia, Emme.
seus olhos.
casar com meu pai por causa da tradição de família e sua vida se
tornou um inferno. Meu pai nunca a amou, ele tinha uma obsessão
por... — Então suas palavras morreram e seus olhos se tornaram
seus arrendatários.
Não pude deixar de me surpreender em como Henry os tratava
de seu passado.
dentro de uma rocha, onde a nossa sombra podia ser vista na água
cristalina.
— É lindo.
Ele sorriu e sua testa se encostou na minha.
um tom sedutor.
— Por quê?
— Para te foder bem aqui, no meu lugar secreto. — Ele
— Eu te quero mais.
— Ninguém.
circulou, depois ele deu uma mordidinha, sempre feliz por me levar
à loucura.
— Henry!
— Diz que sentiu minha falta e eu vou te fazer ter o melhor
seios.
odiá-lo, não é?
Henry fitou meus olhos.
intimidade.
pecados.
— Ok.
Segurei seu pau com uma mão e então raspei a minha língua
desde a ponta até a base.
Henry soltou um grunhido.
— Porra, Emmeline.
Abri a boca para engoli-lo, mas ele deu um puxão no meu
Emmeline
com o Parlamento.
bastante.
cabelo.
— O quê?
— As memórias.
Henry ficou em silêncio e eu pensei que ele não ia responder,
que e como seu pai conhecia minha mãe. Mas eu sabia que, talvez,
ele não estivesse preparado para me dar aquelas respostas.
Ou talvez nem ele mesmo soubesse por que nosso destino era
interligado.
Encheu-a e me entregou.
— Beba.
Fui treinado para ser o chefe da Brandy Blood e aqui estou. — Seus
olhos se abriram, agora frios. — Minha vida nunca foi interessante,
Emmeline.
Bebi mais um gole do vinho e abaixei a cabeça.
— Eu... ahn, me recordo de algumas coisas da minha infância
adorava, porque... não me recordo bem, mas acho que ele era
jardineiro antes de se casar com minha mãe.
— O que mais você sabe sobre seus pais? — Henry
perguntou.
— Pouca coisa. Não conheci meus avós, nem sei se tenho tios
ou tias. Se tenho primos. Não sei nada disso... — Desenhei um
círculo no tapete felpudo. — O que eu sei era que meus pais eram
— Que é...?
— Apreciar a presença um do outro. — Ele deu uma risadinha
~
A manhã de Natal estava fria como as outras, mas, por sorte, a
chuva tinha parado. E nem havia sinal de neve, o que costumava
acontecer em alguns anos.
fora, onde pratiquei mais uma vez andar a cavalo. Depois, Henry me
levou até uma sala e quando digitou um código na parede, um
Peguei uma.
— Essa é uma 9mm simples — Henry disse, pegando uma
outra bem mais sofisticada. — Ela veio dos Estados Unidos. Acho
que é uma boa arma para você começar.
Ia me destruir?
— Emmeline?
uma arma não significa que você vai sair matando pessoas por aí.
Isso é tudo parte de um círculo vicioso. Meu pai era assim, meu avô
passada a mim. Você não precisa ser nada disso. — Ele pegou a
Henry riu.
— Eu vou ensiná-la. E você não vai ter uma dessa à sua
dicas, mostrando como ele fazia. E eu não queria admitir, mas ele
seu cavalo.
— Vamos participar de um almoço de Natal com alguns
amigos.
antiga. Ela estava decorada com itens de Natal, mas não era nada
extravagante. Coisas bem simples.
com entusiasmo.
Henry desceu do cavalo e suas mãos vieram à minha cintura,
ajudando-me também.
direção.
completamente extasiado.
Henry o esperou se afastar um pouco, então seus dedos se
sobreviverem.
— Entendo...
aposentasse.
Eu o considero muito.
minha idade.
Graça.
Terra.
Meus sonhos haviam sido enterrados quando Henry apareceu
em minha casa, meses atrás. Mas agora eu tinha o poder de realizar
Emmeline
oito da noite.
seria.
mãos.
Então, por isso protelei por todos aqueles dias para falar com
Henry. Apesar de ele estar sendo bem gentil e dócil, eu sabia que
está apaixonado.
Apaixonado...
fosse apenas uma obsessão, a essa altura já era para ele estar
enjoado. Se fosse amor...
tocaram meu queixo e ele deu uma risadinha. — Está com a cara de
causa do ar do campo.
— Um pouco...
Henry me encarou.
— Aham.
Seus olhos se tornaram perigosos.
— Henry...
Ele me calou ao puxar com tudo a minha calça para baixo.
— Conversas ficam para depois, Emmeline. — Ele me
aproximando.
— Não pare — pedi.
— Eu não ia parar mesmo.
— Henry!
Ele deu uma risadinha e quando estremeci de prazer, se
afastou para tirar a cueca.
— Fique de quatro para mim, meu amor.
minha perna.
Henry deu o tempo apenas de se recuperar, saiu de dentro de
mim e foi até o banheiro, onde pegou uma toalha e voltou, secando-
me.
Caí no colchão com a respiração acelerada.
Estávamos cansados.
Então a culpa me atingiu porque eu não deveria ter me
— O quê?
Droga, por que eu enrolei tanto? Agora parecia ser mais difícil
ainda.
— É sobre o dia do nosso casamento.
— O que tem?
daquela forma.
Ele estava atordoado.
mas seus olhos estavam loucos. — Ele queria que eu fugisse, disse
que tinha uma pessoa lá dentro que ia nos ajudar.
com ele?
Meus olhos ardiam pelas lágrimas que eu tentava segurar.
rosto. — Eu não falei antes porque eu sabia que essa seria a sua
reação!
— Ah, e você queria que eu reagisse como? — Seus olhos
senhorita Ellen.
É claro que eu não esperei por Henry. Assim que ele saiu, vesti
uma coisa a dizer, Emmeline: reze ao seu Deus, se é que você tem
um, para que minha irmã esteja bem, porque se algo acontecer a
ela, eu vou culpá-la pelo resto das nossas vidas.
rapidamente.
Abaixei-me no chão, desesperada.
Como eu pude ser tão burra? Como não pensei nas pessoas
ao meu redor?
Henry
— Pode.
Ela entrou e seus olhos vieram na direção do caderno que eu
— Estava desenhando?
— Sim.
— Ok.
colo.
— Henry, que bom que chegou. — Papai saiu de trás da mesa
pessoa.
com a criança.
pais a deram como pagamento de uma dívida. Claro que agora eles
estão mortos, mas... acho que já sabe o que vou fazer com ela
Olhei para o meu pai, então virei-me com o bebê nos braços e
Alive - Sia
Henry
a Londres.
Eu estava puto.
Furioso.
sério.
— Henry, por favor. Vá devagar.
— Eu não queria mentir para você. Sinto muito, achei que era
o melhor a se fazer...
conhecia.
E aquela dor era pior do que todas que já senti em minha vida.
~
Eram quase duas horas da manhã quando estacionei o carro
Emmeline assentiu.
Então virei-me e segui até o escritório, com Colin em meu
encalço.
— Problemas no paraíso? — Colin perguntou assim que
entramos.
— Sua irmã quer foder com o meu juízo. — Fui até o bar e
Domenico.
Sentado no escuro, não posso esquecer
Henry
eu achei que não havia nada que me fizesse feliz, você surgiu.
— Eu serei, mamãe.
Ela balançou a cabeça negativamente.
— Você se lembra da sua tia Eva?
— Lembro.
Mamãe respirou fundo.
mais de força. — Henry, você precisa jurar a mim que vai cuidar de
se casar.
— Casar?
Eu tinha apenas oito anos, mas já sabia o que significava um
casamento.
quando ela fizer vinte e um anos. Não podemos deixá-la voltar para
aqueles homens, muito menos cair nas mãos de seu pai. Só você
poderá fazer isso. Jure para mim, Henry. Você irá protegê-la como
Henry
fazer isso, porque Emmeline tinha trazido tudo o que havia ruim em
todas.
hall.
pai.
Eu só gostaria de saber se ela tinha consciência da presa frágil
que era.
Aproximei-me de sua cama e a observei por alguns segundos.
Seu sono era tão pesado que nem mesmo com a minha presença
seios. Ela se remexeu, mas ainda assim não acordou. Desci a arma
mais um pouco e circulei seu umbigo com ela.
de sua boca.
— O que está fazendo aqui a essas horas? — ela perguntou,
Stephanie suspirou.
— Claro. Mas o que eu posso fazer? Meu pai ficou furioso
porque você não se casou comigo.
pai?
— Você sabe que tem.
Virei-me na direção da porta.
direção, mas ela correu pelo quarto. — Se eu souber que você disse
algo à Emmeline, eu juro que acabo com a sua vida.
polícia!
Comecei a rir.
— Você é louca.
~
Emmeline
Henry.
Eu não sabia ao certo ao que ele se referia quando disse “Vou
com que ele me tratou desde que soube sobre William, eu não
desejava ver o meu marido morto.
Ah, céus.
me olhou novamente.
para mim.
me envolveram.
eu falei:
filha do Rutherford. Sei que Henry vai querer me matar por isso,
tardios.
do meu peito.
Sabia que era difícil lidar com aquilo e nem eu sabia se estava
servidas com bacon, ovos, chá, leite e bolinhos dos mais variados
tipos.
acontecido.
Olhei para Ellen sem entender, mas ela estava entretida com
algo no celular.
poucos instantes.
— Hum, ok. Obrigada.
Alfred fez outra reverência e se retirou da sala.
mesa.
— O que é isso, Emmeline? — Ellen perguntou, curiosa.
descansar.
— Faça isso mesmo. — Apertei sua mão disposta em cima da
quarto.
A jovem se levantou, veio em minha direção e me deu um beijo
no rosto.
— Fico feliz por você estar em nossas vidas. Henry tem muita
sorte.
Vasculhe o escritório.
Lá tem todas as informações que você precisa saber.”
Emmeline
mau gosto.
O problema era que, no fundo, eu sabia que aquilo era
verdade.
Meu destino nas mãos de Henry sempre foi uma incógnita.
sala era assustadora para o desavisado que entrasse ali sem ser
convidado. A aura maligna, persuasiva... uma sala que deveria ter
inúmeros segredos.
vontade.
Eu podia ter dito não.
Cambridge”.
Henry.
Nada.
respirei fundo.
Eu precisava saber.
continuava ali.
Peguei-a e voltei ao cofre.
Enfiei na gaveta e tanto o cofre quanto a gaveta abriram.
Medo.
Será que o que eu estava prestes a encontrar mudaria a minha
aquelas palavras.
O que era aquilo?
pronunciar aquilo.
Ali dizia que ele fora jardineiro dos Spencer de 1989 a 1994,
direito.
O que era tudo aquilo?
“A Scotland Yard diz que acidente pode não ter sido uma fatalidade.”
— Emmeline?
em meu peito.
As lágrimas já estavam descendo.
~
Eu estava sentada na poltrona de couro negro quando Henry
foto dela.
ano de casamento, mamãe soube que Elisa, sua mãe, estava para
piedade nem dos animais que caíam em suas mãos. — Ele respirou
fundo, passou uma das mãos pelos cabelos e continuou: — Elisa foi
Arregalei os olhos.
— Então eu...?
ouvir até o fim. — Eva se apaixonou por ele assim que chegou à
Inglaterra, mas é claro que nunca pôde viver seu amor, porque meu
concordou que o melhor era deixá-la livre para viver com Richard.
Ele aceitou criar Colin como se fosse seu próprio filho... Ele amava a
sua mãe.
Fechei os olhos, lembrando-me do meu pai.
Não era à toa que sempre desejei encontrar um amor tão puro
e verdadeiro como o deles.
de vocês. Eu trouxe Colin para o meu lado, porque além de tudo, ele
é meu irmão! É o meu sangue. Precisava estar comigo! E depois, eu
fui atrás de você, porque eu jamais deixaria que você caísse nas
mãos erradas!
dos Domenico.
Fechei os olhos, precisava de ar. Precisava colocar em ordem
todos os meus pensamentos.
vidas.
Por que ele nos tratava tão bem.
Levantei-me rapidamente.
Precisava sair daquele escritório.
nenhuma palavra!
Ele passou as mãos pelos cabelos, em sinal de nervosismo.
Agora eu via o desespero em seu rosto.
— Leia o meu diário, Emmeline. Você precisa saber de tudo.
Emmeline
mais páginas.
Já estava quase desistindo, quando cheguei a uma página que
Era eu.
Mas não consigo sentir menos ódio por ele, por me afastar de
Emmeline. Justo agora que ela finalmente quer ser minha amiga.”
“Eu vou matar o meu pai e no dia que eu fizer isso, vou beber
o seu sangue em um de seus copos favoritos.”
escrever nada.
Ele diz que seu pai era o jardineiro e isso ninguém vai mudar.”
sempre.
Será que algum dia ela deixará de me olhar assim?
macabros.
— Continue lendo, Emmeline. — A voz de Henry me fez dar
Não sei quanto tempo fiquei ali, mas sei que quando abri os
olhos, estava sozinha novamente.
de Emmeline estava.
Descobri que ele foi o culpado por Emmeline crescer sem o
pai.
eu pedisse.
a sua cabeça.
Mas ninguém teria esse prazer, a não ser eu.
escritório.
Entrei com a arma apontada para sua cabeça.
O desgraçado riu.
Que ele deveria ter se casado com Eva e não com a mamãe,
minha arma.
para a sua vida medíocre e eu vou atrás daquela garota. Ela está
com quantos anos, hein? Hum... ela já sangrou? Porque acho que
— Ah, filho, ainda bem que você chegou. Será que consegue
colocar um pouco de juízo na cabeça do seu irmão? — ele disse,
— Acabe logo com isso, Henry. Temos pouco tempo para lidar
com tudo.
Foi ali que ele entendeu que o seu reinado havia chegado ao
fim.
minha vida.
E apertei o gatilho.”
ser baseada na loucura que foi a vida dos meus pais. Eu... céus, eu
Mesmo assim, não consegui voltar para casa. Meus pés estavam
me levando para longe.
Henry
mãe.
atordoada.
Levantei-me imediatamente.
Emmeline
grito alarmado.
— Psiu! Cale a boca! — Ele tapou a minha boca com a mão,
então fez sinal para alguém, que lhe entregou um rolo de fita crepe,
que ele rapidamente puxou e colocou no lugar. — Não quero gritos,
Emmeline.
William.
eram.
cabelos também.
— Eu sei, meu amor... — William se abaixou na minha frente.
Seus olhos fixos aos meus. — Eu sei que você está confusa,
querendo entender o que está acontecendo aqui. E logo você vai
assim, Emmeline. Você sempre foi uma garota dócil. Claro que não
Colin.
Mamãe e papai.
As descobertas.
Henry
preciso pensar.
Os homens se levantaram, resmungaram, então saíram da
sala.
— Colin, tente descobrir mais evidências — falei, porque ainda
que fazer.
uma garota?
— O sequestro da minha esposa! — gritei de volta. — E é isso
mesmo. Não me interessa o que você vai dizer, quero que coloque
e encerrei a ligação.
~
Emmeline
era bastante tempo. O turno dos homens trocou, vieram outros que
me trouxeram biscoitos e leite.
A fome era tanta que mesmo com vontade de gritar para sair
oferecido.
E quando terminei, colocaram novamente o esparadrapo.
William suspirou.
— Quer que eu tire isso da sua boca?
Ele assentiu.
— Ok, mas se você gritar, eu vou tapar novamente.
disse:
com os outros.
Giovanni... era assim que ele tinha chamado William.
deixar-me sair da Itália para vir até aqui só para buscá-la. Ele
trás de si.
— Eu não sou quem você pensa! — ele disse, afastando-se.
Domenico.
Aquilo só podia ser um pesadelo.
mais como chamá-lo, puxou meu rosto para encará-lo. — Acha que
Meu Deus.
— Eu esperei por anos para isso, Emmeline. — Ele soltou o
Não respondi, então ele puxou com mais força o meu cabelo.
— Diga, Emmeline. Em quem você está pensando?
— No meu marido! — gritei. — E eu tenho certeza de que ele
já está movendo céus e terra para encontrar você, seu filho da puta!
O segundo tapa veio com mais força.
tentei fazê-lo entender que não era a hora de revidar, mas ele
acreditou que se tivesse matado você, o problema estaria resolvido.
Respirei fundo.
atrás. Se nós cairmos desta vez, você vai junto. Vai ser sangue por
sangue, mais uma vez.
Não se aproxime muito
Henry
momento.
Respirei fundo.
Barulho de passos se aproximaram pelo corredor. A chave foi
presença.
Constance deu um grito e eu coloquei o indicador nos lábios
exatamente quem você é, e sei que com a sua ajuda aquele filho da
boca e falar tudo o que sabe, eu acho que vou começar aleijando-a
da outra perna.
falei com a voz calma, queria provocá-la. — Deve ter doído, tantos
anos olhando para o lindo rosto da menina. Filha da sua melhor
amiga com o seu namorado.
Emmeline nas danças. Mas eu juro que achei que ele era um bom
homem. — Ela respirou fundo. — Se eu soubesse que ele era
Porra.
Eu precisava de muito mais do que isso para descobrir o
paradeiro de Emmeline.
Meu celular começou a tocar e eu soltei Constance, que caiu
de joelhos no chão.
— O que é, porra? — atendi a ligação.
— Onde você está? Acabei de conseguir uma informação
e me prepare um chá.
Ela ergueu a cabeça em minha direção.
lunático.
Domenico.
~
Emmeline
puxando minha cabeça para trás. — Quero que troque suas roupas
e vista as que vou te entregar.
— Ok.
— Saiam todos.
mãe, que era para ser a mulher do meu pai. Nós teríamos poder
juntos, como ninguém mais em solo italiano viu. Porém eles
e eu.
— Seu irmão tem o sangue sujo dos Spencer. Não interessa
para nós. Mas você... — Ele deu uma risadinha. — É uma DeSantis
avião e me levar para a Itália? Será que não percebe que Henry vai
caçá-lo até o inferno?
— Ele pode vir, estou preparado para isso. Vai ser um banho
~
Giovanni tinha colocado um casaco com capuz em cima de
percorremos quilômetros.
A cada segundo, eu ficava mais nervosa.
encarou.
bem.
risco???
Eu sabia que entrar na área comum do aeroporto era uma
querida. Se o seu marido tentar algo, vai ser pior para ele... —
para cá.
Giovanni me fez enganchar meu braço no seu e começamos a
caminhar na direção do embarque.
Achei que os policiais iriam nos parar, mas não.
Eles já tinham sido comprados.
Malditos.
Ele me guiou até uma outra porta, que deu na área externa do
aeroporto.
Havia um jato particular esperando por nós.
resistir. Eu os tinha ouvido dizer que o plano estava indo por água
abaixo. Só precisava de mais tempo! — Anda, porra!
— Eu não vou! — gritei, já estávamos bem próximos do jato,
Giovanni.
Olhei para os lados e homens começaram a surgir,
encurralando-nos.
Os homens de Domenico sacaram suas armas, mas os
homens que estavam escondidos estrategicamente ao redor da
cruzado.
Joguei-me no chão e tentei engatinhar até a arma, mas
Giovanni me segurou e uma luta começou entre nós.
sangue!
Tentei empurrá-lo para longe, mas Giovanni era mais forte.
Giovanni.
Sua 9mm sempre tão apreciada, agora apontada no crânio de
meu inimigo.
Emmeline
demônios.
Era gostoso senti-lo tão duro, desejoso pelo que estava por vir tanto
quanto eu estava.
meu.
a ele.
De corpo, alma e sangue.
Lambendo-os, mordiscando-os.
Suas mãos acariciavam cada parte do meu corpo. Ora ele me
— Eu sou sua.
Henry aumentou a velocidade de seus movimentos, entrando e
saindo do meu corpo. Gemidos eram os sons que escapavam de
seus braços.
— Temi que você me rejeitaria — ele disse, sua respiração
voltando ao normal enquanto deslizava a ponta dos dedos em meu
braço.
— E por que eu faria isso? — Imitei seus movimentos,
meu pai me levou até sua casa. Você era só uma criança de oito
Em meu lar.
~
poltronas.
apagou o cigarro.
— Você diz isso de uma forma tão... calma.
— O quê? — Cruzei os braços.
— Mas eu aceitei.
Colin ergueu a cabeça e me encarou por alguns instantes.
ele confessou. — Algo como “Eu odeio você por ter me escondido
— Caralho...
Cocei a cabeça.
ela.
— Porra, que inferno! — Colin saiu bravo na direção da porta.
— Agora ela vai reclamar com Henry que eu fui grosseiro e ele vai
falar no meu ouvido até não querer mais! Vocês mulheres nos
enlouquecem! Malditas sejam.
Posso entrar?
calma.
— Eles são muito amigos de lorde Spencer... é natural que os
convidem para essas festas, minha lady. A senhora não precisa ir,
se não quiser, mas se seu marido faltar, é quase como um
coisas. — Henry jogou o papel para trás e agora com as duas mãos
Henry riu.
Sua boca se grudou à minha e nos beijamos com avidez.
já.
Joguei a cabeça para trás, rindo.
— Você é incorrigível.
— E você adora.
Então com um puxão, os botões voaram longe.
Henry tinha razão.
Eu o adorava.
Eu o amava.
Me beije intensamente antes de ir
Tristeza de verão
Eu só queria que você soubesse
Que, amor, você é o melhor
Emmeline
quarto.
Quase perdi o fôlego ao vê-lo.
— É? Por quê?
— Porque eu vou furar os olhos de cada um que ousar olhar
conter um gemido.
— Pode ser uma boa ideia, mas... — Afastei-me de seus
chatas.
— É claro.
fim.
Eu podia ter mentido, mas ele veria a verdade em minha íris.
— De certa forma, sim.
assolar.
Bufei.
verdade.
Durante a noite tive um pesadelo, no qual Henry e eu
nossas cabeças.
Ele conseguiu me soltar e com um pouco de força, eu saí do
carro, mas quando olhei para trás, ele continuava preso no banco.
Então não houve mais tempo.
Acordei suando, desesperada, e só me acalmei quando toquei
Assenti minimamente.
— Bem, vamos? — Ele se afastou e segurou minha mão. —
— Eu sou completa.
~
não é?
Henry assentiu.
— E ele é bonito?
Dei uma risadinha. Ellen sempre levava as coisas com bom
humor.
— Isso não importa, Ellen. O que importa é que se um
casamento entre vocês acontecer, seria ótimo para criarmos laços
com os italianos. — Sua mão apertou a minha levemente. — Um
cumprimentar.
acontecido comigo.
de Cambridge.
havia perdido.
pessoas.
— Não ligue para ela. — Henry bufou. — Venha, quero te
águas descansavam.
a minha cintura.
— Quem?
— Minha mãe. Ela gostava de George... era o único amigo que
— Entendo...
Abri um meio-sorriso.
realmente vai ser muito bom fazer negócios com esse sujeito.
— Tudo bem, eu entendo. — Sorri. — Vou procurar Ellen.
— Você é maravilhosa.
seu encalço.
Fiquei um tempo olhando para a fonte, pensando em tudo o
a queima de fogos.
Quando Henry me viu, cumprimentou o homem e veio em
minha direção.
— Prontíssima.
que bebesse.
Emmeline
esperança.
Esperança...
— Ele não vai gostar quando acordar e ver que você não está
se alimentando direito.
De repente, as lágrimas começaram a rolar em meu rosto.
— Era para ter sido eu, Colin — falei, as lágrimas jorrando com
primeira gaveta.
Dias antes do acontecimento, Henry havia me dito que
guardaria uma pistola ali, por precaução.
~
Atravessei o corredor gelado e úmido com o barulho dos meus
— Ótimo.
Fiz menção de passar por Colin, mas ele segurou o meu
braço.
— Você não precisa fazer isso. Ele é o meu irmão...
— Mas ele é o meu marido, porra! — Puxei meu braço de
instantes.
— Perdoe-me.
Respirei fundo, passando uma mão pelo cabelo.
Estava exausta.
— Ótimo.
pedaço de pão.
No centro da sala, uma cadeira, onde Stephanie estava com
Começou a gritar, mas o barulho era abafado pela fita em sua boca.
da ligação.
Coloquei o celular no viva-voz.
viva-voz. — Alô???
está?
está acontecendo!
está louca!
— Louca? Talvez eu esteja mesmo. — Arregalei os olhos,
pecados?
Stephanie balançou a cabeça negativamente.
gostava do senhor...
favor, Emmeline.
Ele chorava e fungava.
E eu estava cansada daquela merda toda.
gasolina.
— Jogue nela — ordenei.
— Senhora?
— Acabe com ele. E queime tudo.
Deixe-me escapar em seus braços
Emmeline
meus braços.
Sempre eram lírios brancos.
Eu não sabia quais eram as flores favoritas de Henry, mas
dias.
ele disse, irritado. — Sabe que isso pode fazer mal ao bebê, não
sabe?
aparecer.
A situação em que eu estava...
O inferno que teimava em me puxar para dentro. A depressão
que me rondava a cada segundo que Henry passava deitado
Colin suspirou.
— O médico disse que quer falar com você hoje — Colin disse,
notícia boa.
acorde. Ele saiu do coma, mas não responde a nenhum dos nossos
estímulos. Ele pode ficar assim por anos e nunca mais voltar a ser
quem era.
Suas palavras me jogaram em um abismo no qual eu não
estava preparada.
Colin me amparou quando eu quase caí, chorando em
desespero.
essa criança vai crescer sem o pai? Me diga, Henry. Você sempre
soube de tudo. Como não sabia que eu já estava esperando um
E eles abriram.
Dei um passo para trás, atordoada.
— Henry? Henry? — Encostei-me na cama e coloquei as mãos
vez!
— Emme? — Sua voz saiu como um sussurro.
Estava tão eufórica que já não sabia mais o que fazer a não
— Henry acordou!
O médico olhou para o meu marido e eu vi o assombro em seu
rosto.
vez, mas tudo o que importava agora era poder falar com Henry.
Os médicos tinham nos expulsado do quarto para fazer os
estava acordado.
meses.
— Sim!
beijo apaixonado.
E nesse momento eu soube que, mesmo que sua mente
Henry
Minha filha.
Não tinha palavras para explicar o tamanho dos sentimentos
que eu carregava dentro do peito quando eu olhava para Emmeline
de nossas vidas.
— Você está feliz? — Emme perguntou enquanto saíamos
pelo corredor da nave principal em direção à porta que estava sendo
Emmeline
— Acabou?
— Lorde Spencer acabou de chegar e todas nós sabemos que
aproximando.
— É impressão minha ou essas garotas têm medo de mim?
Henry bufou.
— Isso é ridículo, ainda mais quando estou com um bebê nos
braços.
Virei-me para Henry e meu coração derreteu ao vê-lo com
nosso segundo filho nos braços. Seu nome era Louis, ele tinha
aí.
medida do possível.
Ele era um homem bonito, agradável, a respeitava e com o
o lado do motorista.
— Vou buscar Felicity no Harrogate para ver Ellen e ficar
conosco por alguns dias — Henry disse, colocando o cinto. —
Enfim, a vida não é perfeita, mas ela é muito boa, não acha, Emme?
Aproximei-me dele e depositei um beijo em seu rosto.
do mundo.
Eu tinha um marido maravilhoso.
Filhos perfeitos.
E a certeza de que onde nossas mães estivessem, elas
Fim.
Olá! Se você chegou até o final, MUITO OBRIGADA!
Henry e Emmeline foram uma grata surpresa em minha vida e
eu me apaixonei muito por esse casal e essa história cheia de
percalços, mas com um final feliz, afinal, quem disse, que mafiosos
não podem amar?
Quero dizer que eu tenho uma ideia para uma possível história
Muito obrigada!
Nascida e criada em Jacareí, interior do Estado de São Paulo,
Olívia é casada e mamãe de um gato laranja. Desde criança sempre
foi apaixonada por livros, gastando horas dentro da biblioteca da
transformam as pessoas.
Instagram:
@oliviamolinarii
E-mail:
autoraoliviamolinari@gmail.com
Wattpad:
https://www.wattpad.com/user/OllyMolinari
Skoob:
https://www.skoob.com.br/usuario/1256662
Notas
[←1]
Este é um dos passos essenciais no ballet, que significa para fora, manter os
calcanhares virados para fora. O movimento da perna é feito em direção circular da
frente para trás.
[←2]
A banoffee pie nasceu na década de 1970 pelas mãos de Ian Dowding e Nigel
McKenzie, em East Sussex. A torta feita a par r da base de biscoito, coberta por leite
condensado cozido (ou doce de leite), bananas e chan li foi ba zada pela
combinação de banana e caramelo. A massa finalizada pode ser polvilhada com
chocolate ou café.
[←3]
O Teatro Bolshoi é considerado uma das melhores para dançar balé e além de ser
um edi cio histórico da cidade de Moscou, capital da Federação Russa. Foi
desenhado pelo arquiteto Joseph Bové para abrigar espetáculos de ópera e balé.
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Harrogate Ladies 'College é um internato independente e uma escola diurna
localizada na cidade de Harrogate, North Yorkshire, Inglaterra. Fundada como uma
escola para meninas em 1893, a faculdade agora educa meninas de 2 a 18 anos e
meninos até 11 anos. É membro da Associação de Escolas de Meninas e Escolas
Afins.
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O American Cream Draft é uma raça de cavalo de tração, sendo a única que foi
desenvolvida nos Estados Unidos que ainda existe. É reconhecida por sua pele de
coloração creme, conhecida como "champanhe dourado", produzida pela ação
do gene champanhe sobre uma pelagem cor branca-rosada, e por seus olhos azuis
(quando ainda potro) e, posteriormente, âmbares, avelãs ou verdes (na idade adulta),
também característicos do gene.
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Winston Leonard Spencer-Churchill, foi um polí co conservador e estadista
britânico, famoso principalmente por sua atuação como primeiro-ministro do Reino
Unido durante a Segunda Guerra Mundial. Ele foi primeiro-ministro britânico por
duas vezes