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O MONSTRO EM MIM
2ª Edição
Todos os direitos reservados. Nenhuma parte dessa obra poderá ser reproduzida ou
Esta é uma obra de ficção. Nomes, personagens, lugares e acontecimentos descritos são
produtos da imaginação da autora. Qualquer semelhança com fatos reais é mera
coincidência. Nenhuma parte desse livro pode ser utilizada ou reproduzida sob quaisquer
meios existentes – tangíveis ou intangíveis – sem prévia autorização da autora. A violação
dos direitos autorais é crime estabelecido na lei nº 9.610/98, punido pelo artigo 184 do
código penal.
Por fim e muito importante, por favor, pague pelo meu trabalho.
600 páginas não se escrevem sozinhas. Foram meses de trabalho e
dedicação, eu mereço ser recompensada por isso, não compartilhe
esse material ilegalmente online.
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A posse também possui o seu dono.
O sentimento de posse é como uma obsessão, se
com uma mão você domina, com a outra você é
aprisionado àquele vício. Pertencer a alguém é viver
dentro dela, invadir seus pensamentos, arder em sua
pele e pulsar em seu coração.
É mais do que amor. É mais do que paixão. É mais
do que ódio.
É a força de todos esses sentimentos juntos.
É ser devorada pela loucura e amar cada segundo.
Mesmo que isso te queime e lhe consuma todo o
fôlego.
(…)
(…)
Meus dentes estavam cravados no lábio inferior, tamanho
prazer que sentia por aquela boca. Nem o boquete mais profissional
de uma puta me deu tanta satisfação.
Eu segurei seus seios redondos e firmes, revezando minha
mão livre entre um e outro. Ela tinha a porra dos peitos mais
gostosos que eu já pus meus olhos.
Cada vez que sua boca avermelhada se apertava ao redor do
meu pau eu gemia mais alto, mais rouco e mais perto de gozar em
sua garganta.
Ela apertava meu pau com as mãos, punhetava ao tirar quase
toda a boca e ficar lambendo a cabeça como se experimentasse um
sorvete do caralho.
Eu fechei meus olhos com força, louco demais para continuar
fitando aqueles olhos e não a matar com tamanha força que
desejava foder.
― Isso, porra! Abriela... isso. Chupa meu pau com força, do
jeito que eu gosto.
Comecei a meter em sua garganta, batendo minha pélvis em
sua testa, forçando-a a me engolir o máximo. Suas tentativas de se
afastar eram nada diante da minha força, e quando ela ergueu os
olhos para mim e lágrimas começaram a escorrer deles, eu senti
meu pau pulsar, as veias quase explodindo de vontade de gozar e
eu me deixei ir.
Gozei forte e soltei o cabelo de Abriela, mas ao invés de sair,
ela cravou as unhas em minhas coxas e o lambeu até que estivesse
limpo.
Ela se levantou, engoliu com força, deixando-me ver que
nenhuma gota foi perdida e passou o dedo pelos lábios, chupando-o
antes de fechar os olhos.
― Boa garota ― sussurrei, segurando seu queixo.
Seu sorriso de dedicação ao me fitar, orgulhosa por ter me
agradado, me fazia querer começar tudo de novo.
― Tudo pra você ― ela sussurrou de volta.
Poucos segundos depois, deixei-a encostar a cabeça em meu
peito.
Ela caiu no sono três minutos depois.
Não me deixe triste, não me faça chorar
Às vezes o amor não é o suficiente e a estrada se torna difícil
Venha dar um passeio pelo lado selvagem
Me deixe te beijar intensamente sob a chuva forte
Você gosta das suas garotas insanas
Escolha as suas últimas palavras, esta é a última vez
Porque você e eu
Nós nascemos para morrer
lana del rey, born to die
Depois daquela noite, onde Lucca confessou que se importava
comigo, eu nunca mais desci para ver Stela e não dei mais abertura
para encontrar Luigi sozinha. Eu confiava em meus sentimentos por
Lucca e jamais o trairia, mas não confiava que meu marido fosse se
controlar se pensasse que seu irmão tentou alguma coisa.
Os dias foram se passando, até que completavam semanas e
eu me vi com sete meses antes mesmo de conseguir refletir sobre o
fato de que daqui dois meses a minha menininha estaria em meus
braços. O plano estava traçado: Antony nasceria antes, mas ficaria
escondido em casa até que a minha filha estivesse aqui. Se
necessário, nós a deixaríamos longe das vistas até que ambos
aparentassem o mesmo tamanho.
Lucca não mudou, mas ele não me ignorava mais. Nós
voltamos a jantar juntos, ele não ficava completamente paralisado
ao sentir ou tocar minha barriga, e meu coração se fortificava com
isso. Uma vez nós estávamos transando e ele segurou minha
cintura, batendo-me em seu membro com força e rápido. Eu estava
de costas na cama, e Lucca em cima de mim. De repente, ele voou
e foi parar do outro lado do quarto, encarando minha barriga como
se fosse um bicho de sete cabeças.
Tive uma crise de risos porque foi a primeira vez que vi seu
pau amolecer.
Eu expliquei que Vittoria estava chutando, mas Lucca estava
muito atordoado para querer entender. Aquele era um dos pontos
altos da experiência. Poder sentir minha filha mesmo que ela ainda
não estivesse no alcance das minhas mãos. Acontecia
frequentemente, e às vezes, durante a madrugada eu descia para a
sala, onde podia acender a luz e ficava observando seus pés
ondulando minha barriga por horas e horas. Os enjoos foram
embora e a gravidez parecia um paraíso agora.
Tirei inúmeras fotos, encomendei roupinhas de todos os estilos
e contratei uma equipe para construir um closet no banheiro ao lado
do quarto dela. Nele eu queria um espelho, uma pequena cadeira e
um pelo tapete felpudo. Vittoria já tinha tantas roupas que os sacos
se espalhavam pela casa.
Damon também ganhou um pouco de tudo, mas eu tentava
não me esquecer que ela não seria tão amada por muitas pessoas.
Ele receberia o mundo assim que nascesse, e ela teria que lutar por
isso.
Alessa ficava abismada, mas Anita apoiava meu consumismo
quando se tratava da sobrinha.
Tudo estava indo bem.
Eu estava vivendo o sonho e não queria acordar.
Nós fizemos um grande chá de bebê com a presença das
esposas da família em um salão e no bar atrás das portas, os
maridos comemoravam o filho homem. Eu só permiti bexigas rosas,
em homenagem a Vittoria. Eu odiava que ela fosse ignorada e
agissem como se sua vida não fosse tão importante quanto a do
filho de Lucca.
A do meu filho.
Recebi presentes, conselhos bons e ruins, e alguns muito
duvidosos. Descobri que a vida na máfia podia ir além do que meus
temores me apresentavam, mas que eu não queria fazer parte da
famiglia da forma como Alessa fazia. Aquelas pessoas eram
oportunistas e eu não conseguia identificar quem realmente se
importava comigo e gostava de mim, e quem só estava ali me
dedicando um dia inteiro porque eu era casada com o homem mais
poderoso do país.
Por um momento, estar mentindo para eles me fez sentir
vingada.
E por isso, eu agradecia ao meu futuro filho.
― Não foi tão ruim quanto pensei que seria ― eu disse a ele
após tomar um banho naquela mesma noite. Lucca estava distante
e calado, o que não era raro, mas definitivamente tinha algo o
incomodando. Eu queria falar sobre Anita, apelar para seu lado
humano com as razões pelas quais deveria desistir do que fez.
Lucca apenas acenou em concordância.
― Você acha que seria diferente se fosse uma menina?
Ele ficou quieto por alguns segundos, depois falou:
― Eles não estariam tão empolgados.
― Foi por isso que você fez o que fez? Para aproveitar a
empolgação de todos?
Ele me deu um olhar cortante.
― Eu já disse que não vou conversar assuntos da famiglia
com você.
― Lucca ― sussurrei, sentando-me ao lado dele na cama. ―
Ela é minha família, me diga que fez isso sem pensar, que foi
impulsivo.
― Eu não ajo por impulso, todas as minhas decisões são
pensadas de todos os ângulos possíveis.
― Mas isso é absurdo! Você vai condenar minha irmã àquele
homem e a uma vida infeliz!
― Cedo ou tarde toda garota da máfia será condenada a um
homem ruim, sua mãe foi, você foi e sua filha... ― ele fez uma
pausa, esfregando o rosto ― chega, Abriela.
Ele ia dizer que minha filha também teria sido. E eu me senti
horrível que por um momento, a constatação de que Vittoria não
sofreria como as garotas da máfia sofrem, me fez sentir certo
conforto.
― Anita não merece isso, Lucca. Ela não faz por mal, isso é
reflexo do tratamento que teve em casa. O ódio de Lorenzo, os
modos como papai escolhia discipliná-la.
― Você e Alessa passaram pelo mesmo e não se tornaram
desrespeitosas. O que Anita faz passa dos limites, eu não posso tê-
la gritando comigo como se eu fosse seu amigo. Eu não sou, porra.
Eu sou seu capo!
― Ela sabe disso! Ela está arrependida, eu sei que está. Se
você me deixar...
― Abriela ― ele disse num único sopro, sua voz determinada
e firme. ― Você se casou comigo e sua família ficou para trás. Eles
têm que ficar. Você é minha esposa e me apoiará. Sua irmã merece
um castigo que ninguém estava disposto a dar a ela, mas eu estou.
Meus olhos lacrimejaram e eu senti meu peito apertar.
― Ela não merece ― sussurrei.
― Você não me conhecia quando nos casamos. Lembra-se do
que eu fiz? Se lembra como eu te obriguei a casar no vestido
manchado de sangue de Labeli? Esse é quem eu sou, você é a
única aqui se convencendo do contrário.
― Eu pedi para não a matar e você não a matou. Isso tem que
significar algo.
Lucca me observou em silêncio por um momento.
― Significa que uma pequena parte de mim se satisfaz com o
que temos. Uma parte que restou da minha humanidade se importa
com você, mas isso não quer dizer nem por um momento que eu
vou deixar minhas ações serem governadas pela sua boceta. Ou
que meu coração vai amolecer graças a nossa vida juntos. Eu sou o
que sou e sua irmã se casará com Otto. Isso vai lhe ensinar bons
modos.
Ou será a morte de Otto Fanaro, pensei comigo.
Lucca segurou meu queixo, aproximando nossos rostos.
― Você é minha, bella. E não tem nada que possa fazer sobre
isso. Me odeie, me ame, seja como for, estamos juntos até o dia da
minha morte.
Eu fechei os olhos com força, sentindo lágrimas deslizarem
pelo meu rosto.
― Você sabe que eu jamais conseguiria te deixar, mesmo se
pudesse ― admiti, cravando minhas unhas em suas coxas.
Lucca inclinou a cabeça para o lado.
― É isso o que faz de nós tão letais.
― Mas com Anita não será assim, ela não vai se render a Otto.
― Essa é uma escolha dela e não temos nada a ver com isso.
Talvez você devesse aconselhá-la, mostrar os benefícios de se
entregar ao lado sombrio de um casamento como esse.
Eu passei a língua pelo lábio inferior, odiando-me por desejá-lo
naquele momento, mesmo quando queria matá-lo pelo que fez com
Anita.
― Eu jamais vou aconselhar que ela sinta esses sentimentos.
O que eu e você temos não é normal. Eu morreria por você, Lucca,
mesmo sabendo que você não faria o mesmo por mim.
Ele fechou os olhos, travou a mandíbula e segurou meu
pescoço, aplicando apenas um pouco de pressão.
― Morrer é fácil, Abriela. Alguns minutos de sofrimento e essa
vida acaba. Eu estou fodido estando na minha pele.
― Por quê? ― sussurrei a pergunta, fechando os olhos
quando ele arrastou os lábios pelo meu pescoço.
― Porque matar e morrer por alguém não é nada, quando
você percebe que prefere viver para essa pessoa.
Meus olhos se abriram, e eu encontrei os seus gélidos e
profundos fixados nos meus. Eu segurei seu rosto e o puxei para
cima de mim, recebendo-o sem dificuldades quando arrastou minha
calcinha para o lado e me penetrou de uma vez.
Com cada estocada funda, suas mãos passeando pelo meu
corpo e meus gemidos tomando conta do quarto, eu percebi que
estava irrevogavelmente e nada arrependida por ter entregado meu
coração para esse homem.
Eu mataria.
Eu morreria.
E eu iria viver para Lucca DeRossi.
E a parte mais aterrorizante disso, foi ouvi-lo confessar que
faria o mesmo por mim.
O amor é o mais doce sentimento,
abertamente acredito
Os leões estão em casa
As flores estão no ar
Falhando contra a escuridão
Ninguém precisa ver isso
Fogo na água é o corpo do nosso amor
feist, fire in the water
Eu nunca fui um homem paciente.
Conforme crescia percebi isso em cada uma das minhas
ações. Em como gostava de tudo do meu jeito e na minha hora, em
como burrice me irritava e como não ter tudo o que eu precisava
resolvido me tirava do sério. Matei por muito menos e me senti
aliviado, como se essa merda fosse me ajudar com alguma coisa.
Mas eu não podia matar Dante. Certamente não podia matar Dante
e Luigi. Só que eu desejava essas duas coisas mais do que tudo
alguns dias e não poder realizá-las me irritava pra caralho.
― O prazer da vida de vocês dois é me atormentar.
Luigi riu, seguindo-me para dentro do prédio de Dante. O
porteiro fingiu não nos ver e eu apertei o botão do elevador
repetidamente.
― Porra ― rosnei.
― Não vai chegar mais rápido se você ficar socando essa
merda. Relaxe, ele deve estar se recuperando de uma noitada ―
Luigi disse como se não fosse nada.
― Eu quero que ele, sua noitada e seu sono de recuperação
se fodam. Eu precisava dele e ele não estava lá.
― Abriela está te deixando sentimental, irmão. ― Ele bateu
em minhas costas com as duas mãos. ― Peça o divórcio e volte
para a vida boa de verdade com a gente.
Para o caralho com isso.
― Você vai morrer de gonorreia enquanto Dante se afoga no
vômito da overdose e eu vou cortar o seu pau cheio de verrugas e
enfiar em sua garganta, filho da puta.
A porta do elevador abriu. A gargalhada de Luigi me seguiu
quando ele abriu a porta do apartamento de Dante com uma
paciência que me testava.
― Bem-vindo, alteza ― zombou.
Eu bati a porta atrás de mim e me virei, pronto para gritar seu
nome, mas a cena diante de mim interrompeu qualquer
pensamento.
― Melhor jeito de começar o dia, porra! ― Luigi gritou, fazendo
a prostituta de cabelos loiros e curtos pular do colo de Dante.
De olhos arregalados, ela tampou os seios com o braço e
segurou sua camisola na cintura.
― Existe uma campainha lá embaixo, filho da puta ― Dante
rosnou, levantando-se.
Ver meu irmão em suas duas facetas era algo curioso e
confuso pra caralho.
Lá fora, um homem de outro século assumia o corpo de Dante,
mas quando as portas se fechavam, o assassino viciado em
autoflagelo se escondia no conforto do escuro. Os olhos cinzentos
de Dante, dilatados e bem alertas nos fitaram com desagrado. Ele
tinha o pau pendurado para fora do terno caro denunciando o que
fazia há poucos minutos.
A mulher olhava incerta de um para outro e para o outro. Como
se temesse o que podia acontecer. Dante tirou o preservativo e
jogou a arma no sofá.
― Saia, Amira. ― Ela não perdeu tempo em obedecer ao seu
comando. E não fugiu de mim o olhar magoado que deu a ele.
― Puta merda! ― Luigi exclamou entre o riso e a surpresa.
Dante ajeitou o pau dentro da calça e arrumou o paletó.
― Quero a minha chave de volta.
― Quem é essa mulher? ― perguntei.
― Ninguém.
Eu fitei Luigi, que tinha um sorriso doente no rosto. Ele estava
se divertindo, o que significava que sabia de algo.
― Quem é ela? ― repeti a pergunta com mais ênfase dessa
vez.
Dante caminhou até estar à minha frente e apontou para o
chão entre nossos pés.
― Uma hóspede na minha casa. Minha casa. Ou seja, minhas
regras.
― Amira Cardinale ― disse Luigi.
― Cardinale?
― Sim, Nova York e essas merdas. ― Luigi caiu
dramaticamente em uma das poltronas do cômodo escuro e
suspirou. ― Eu a encontrei dois anos atrás em um bordel caindo
aos pedaços e a trouxe para Dante ― suas sobrancelhas dançaram
―, mas a ideia era que ele encontrasse um lugar seguro para ela,
não que a mantivesse como seu pet domesticado, mas eu entendo.
Boquete incrível e boceta apertada pra caralho, eu também teria
ficado com ela por um tempo.
― Você a quer? ― perguntei ao meu subchefe.
― Eu já a tenho, mas se está perguntando se quero me casar,
a resposta é não.
― Ninguém fica com alguém por anos sem que sinta algo.
Luigi abriu os braços, ainda sentado.
― Se for levar por esse lado, Dante sente coisas por muitas
mulheres, como Denise e Carmén.
Dante o fitou com surpresa, como se não entendesse como
era possível Luigi saber tal informação.
― Cale a boca, maníaco filho da puta.
― Como você faz pra gerenciar essas duas personalidades lá
fora? Deveria me ensinar alguns truques, eu fico com todos os
julgamentos quando você claramente é pior.
― Como se você desse uma foda por julgamentos.
― Eu não me importo com suas múltiplas personalidades,
contanto que elas não os impeçam de atender a porra do telefone.
― Fitei Dante. ― Quer ir avisar a sua prostituta que estamos
saindo, irmão?
Ele me deu um olhar que mostrava sua impaciência em lidar
com o assunto e passou por mim, saindo pela porta.
― Vamos logo com isso.
Luigi o seguiu com um sorriso no rosto, e quando entramos no
elevador, eu percebi pelo rosto dele que as piadas estavam longe de
acabar. Seria a porra de um longo dia.
Explodindo de amor,
Nana Simons
[1]
beije sua noiva para torná-la sua esposa.
[2]
Graças a Deus
[3]
Tudo bem
[4]
Maldito, Santo Deus
[5]
Desgraçado
[6]
Seu desgraçado
[7]
Pelo amor de Deus
[8]
Meu amigo
[9]
Obrigada, obrigada
[10]
Saúde!