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Um romance da Máfia
Jacque Dark
Copyright © 2019 por Jacque Dark
Essa é uma obra de ficção, qualquer semelhança com fatos ou pessoas reais é
mera coincidência.
Kiamarina – Marina
JK_Clarke - Kelly
1 SUMARY
UM
DOIS
TRÊS
QUATRO
CINCO
SEIS
SETE
OITO
NOVE
DEZ
ONZE
DOZE
TREZE
QUATORZE
QUINZE
DEZESSEIS
DEZESSETE
DEZOITO
DEZENOVE
VINTE
VINTE UM
VINTE DOIS
VINTE TRÊS
VINTE QUATRO
VINTE CINCO
VINTE SEIS
VINTE SETE
VINTE OITO
VINTE NOVE
TRINTA
TRINTA UM
TRINTA DOIS
TRINTA TRÊS
TRINTA QUATRO
TRINTA CINCO
TRINTA SEIS
TRINTA SETE
TRINTA OITE
TRINTA NOVE
QUARENTA
QUARENTA UM
QUARENTA DOIS
Um
Mas agora que fez 18 anos, ela vai tomar suas próprias decisões, o
pai dela vai ter que entender isso. Geovanna é muito agradecida a família, seu
pai, apesar de ser rígido sempre foi amoroso. A mãe, uma mulher miúda e
delicada, sempre pronta a servir a família e educar os filhos da melhor
maneira possivel, especialmente ela. O irmão de Geovanna, a protegeu de
tudo, mais velho que ela 7 anos, age como um guarda-costas, onde ela vai ele
a acompanha a mando do pai.
Nesse momento, o celular de Robert tocou, ele olha a tela, é o Luke, então
fixa o olhar na esposa e logo atende.
Robert: Senhor
Luke: Quero você no meu escritório agora.
Robert: É sobre o casamento?
Luke: E o que mais seria?
Robert: Sim Senhor.
—Entra!
O irmão de Geovanna abre a porta, e sem entrar, mostra a cabeça e olha para
dentro do quarto
— Posso entrar?
— É o meu irmão Katy, vou desligar, depois nos falamos.
O celular do Fabrício toca e ele olha a tela, vê que é Marco, não pode deixar
de atender, então pede licença para Geovanna e se afasta para um local onde
tem menos barulho.
— Alô
— Fabrício, venha até o hospital, seu pai feriu-se
— O que aconteceu?
— Luke, o machucou, Robert foi falar com ele sobre a Geovanna...
— Merda! Eu já estou indo para aí. A Geovanna está comigo, irei deixá-la
em casa e sigo para o hospital
Geovanna ficou sem graça por ele não a cumprimentar e abaixou a mão —
Que homem estranho — pensou.
Fabrício pigarreou e disse virando- se para Geovanna
— Irmãzinha, espera na recepção que vou ver como está papai, depois te
chamo para que você possa vê-lo.Tudo bem?
— Eu quero vê-lo agora Fabrício, não me deixa angustiada assim
— Geovanna, por favor, faça o que estou pedindo
Ela ficou fixou os olhos cor de safiras para ele e resolveu assentir.
Marco então, fez um gesto com a cabeça para dois dos soldados que
estavam ali, vigiá-la enquanto ele e Fabrício entraram na ala dos pacientes.
Assim que entraram no corredor, Marco segurou Fabrício e perguntou:
— Por que a trouxe?
— Ela não quis ir para casa
— Ela não tem querer, deveria tê-la mandado para casa, se Luke sabe que ela
está aqui o próximo a perder os dedos será você
— Foi isso que ele fez com o meu pai?
— Exatamente
— Desgraçado!
Marco empurrou Fabrício na parede e disse com o dedo apontado em sua
cara.
— Cala a boca! Você não sabe com quem está mexendo moleque, não é
porque você vai ser cunhado dele que ele não te mata. Estou tentando fazer
com que ele não mate seu pai antes do casamento. Porra! Agora vou ter que
instruir os soldados a não falarem que Geovanna veio aqui. Seu pai sabia
muito bem com quem estava mexendo, agora o resultado é esse e sou eu que
tenho que limpar a merda.
— Tudo bem Marco, tudo bem, já entendi!
— Vamos logo ver seu pai e depois chamar a Geovanna.
Eles entraram no quarto onde o pai se encontrava, ele estava com a mão
enfaixada e com soro nos braços
— Pai?
— Filho
— Como você está?
— Mal, muito mal, eu tentei filho e olha o resultado
— Pai, a Geovanna está aí fora
— Você contou para ela? o que ela sabe filho? — o pai de Geovanna ficou
muito agitado
— Calma pai, ela não sabe de nada ainda, pensa que você sofreu um acidente
de trabalho
— Filho, eu não posso mais esconder, tenho que contar para ela, amanhã o
Luke vai oficializar o noivado e no sábado será no casamento
— Merda!
***
O pai suspirou forte e a olhando fundo dentro dos seus olhos disse:
— Eu trabalho para a Máfia, seu irmão trabalha para a Máfia e você foi
prometida a casamento para o Capo, chefe da Máfia Salvatore. Ele virá
amanhã para oficializar o noivado e você vai casar com ele no próximo
Sábado.
Geovanna escutava tudo aquilo sem acreditar, não parecia real, lembrava um
filme de terror. O pai continuou:
— Então, ele veio pessoalmente matar todos nós, toda a família — Os
pensamentos dele voltaram -se naquele dia a 3 anos atrás.
***
— Clarice, está tudo pronto, vamos partir amanhã, Fabrício e Geovanna não
precisam saber o que está acontecendo até estarmos seguros.
— Eu estou com medo Robert, se ele nos achar? Estaremos todos mortos.
— Eu planejei isso durante anos, ele não vai nos achar
À campainha tocou e Robert olhou para a esposa com os olhos arregalados.
— Está esperando alguém?
— Não!
Robert levantou, foi ate a porta e olhou no olho mágico, empalidece ao ver
quem era, ele voltou-se para a esposa e em um sussurro disse:
— É ele
Clarice colocou as mãos na boca e empalideceu
— Eu tenho que abrir
A Esposa fez não com a cabeça. A campainha tocou de novo. Robert então,
pegou na maçaneta e olhando para a esposa e fez um sinal para ela ficar
quieta. Ele abriu a porta. Luke está parado com dois soldados.
— Senhor, o que o trouxe aqui?
— Posso entrar Robert? — Luke perguntou de maneira sarcástica.
— Claro senhor — Robert respondeu gaguejando.
Luke e os soldados entraram na sala, Clarice olhava para eles alarmada, Luke
a olhou para ela e logo Robert os apresentou
— Essa é minha esposa Dom Luke
Ele a olhou com olhar frio e logo voltou-se para o Robert
— Sabe por que estou aqui Robert?
— Não senhor
— Você pensa que eu sou otário ou burro?
— Não senhor
— Você pensa que iria me roubar e eu não descobriria Robert?
Nessa momento, Clarice começou a chorar e Robert suplicante pediu
— Dom Luke, por favor, poupe a minha família, a culpa é minha, eu planejei
tudo.
Nessa hora Fabrício chegou na casa e logo os soldados já apontam as armas
para ele.
— Por favor Dom Luke, a minha família não, eu sou o culpado.
— Ajoelham todos
Fabrício, Clarice e Robert ajoelharam-se
— Tem mais alguém na casa?
Robert concordou, não havia nada que ele pudesse fazer, ou aceitava ou
todos morreriam. E assim foi feito o acordo. A partir daquele dia a vida deles
foi toda manipulada pelo Luke. Ele nunca mais voltou na casa deles, porém,
sabia tudo sobre a Geovanna, cada passo dela era monitorado pelos seus
homens. Ele passava as instruções para Robert do que tinha que fazer caso
alguma coisa não o agradava com relação a ela.
Uma hora depois sua mãe bateu na porta, Geovanna ainda estava deitada,
ela não queria falar com ninguém naquele momento, porém a mãe abriu a
porta e entrou
— Geovanna, posso falar com você?
Ela desanimada sentou na cama, sua mãe aproxima-se e sentou ao seu lado.
— Mãe, como posso me casar com um homem que nunca vi na vida e além
do mais um assassino e mafioso?
— Filha, é essa a nossa vida, seu pai também é da máfia
— Você quer dizer que ele já matou pessoas?
— Ele tem que fazer o que o chefe manda e se for preciso matar ele fará.
Porém seu pai tem um cargo meio que representativo agora, ele não faz nada
na verdade, pois o Luke não confia mais nele.
— O Fabrício também?
— Seu irmão começou a pouco tempo, Luke achou melhor deixá-lo fazendo
alguma coisa na máfia pois em breve nós seremos parentes dele. Só temos
alguma ligação com ele por causa de você.
Luke estava sentado em seu quarto de uma das boates de luxo que
pertencia a máfia Salvatore, a mulher em sua cama dormia profundamente,
eles tinham acabado de ter uma sessão de muito sexo como Luke gosta. Ele
pegou o celular e abriu na foto da Geovanna, admirou-a, linda com o sorriso
puro e cabelos de fogo.
— Amanhã vou oficializar nosso noivado bambina, e em breve você será
toda minha, amore mio.
Cinco
Na manhã seguinte, Geovanna acordou cedo, ela estava tão triste que
não encontrava ânimo para nada.Levantou-se, fez sua higiene matinal, vestiu
uma roupa casual, calça de moletom e um blusão largo, ela não fazia
nenhuma questão de arrumar-se para encontrar o noivo. Prendeu os cabelos
em um coque alto e não usou nenhum pingo de maquiagem e desprovida de
acessórios. Logo alguém bateu na porta
— Entra
A mãe de Geovanna entrou e ao olhar para a filha disse:
— Vai receber seu noivo vestida assim?
— Sim — Foi a resposta seca.
— Você acha que ele vai desistir do noivado ao vê-la vestida de forma
casual?
— Não me interessa o que ele vai pensar, não vou me arrumar para receber
esse homem
— Tudo bem filha, eu entendo sua revolta
— Que horas ele vem?
— Logo após o café da manhã
Geovanna não disse nada, ficou sentada de cabeça baixa. Clarice aproximou-
se
— Filha, eu sei que será difícil aceitar, também não suporto a ideia de você se
casar com ele, mas vamos pensar pelo lado positivo, talvez ele goste de você,
tenha algum sentimento e a sua vida não será tão ruim assim.
— Você acha mãe? Sinceramente você acredita nisso? Eu duvido que esse
homem tenha algum sentimento nobre, para mim isso é só uma maneira de
ter uma noiva bobinha e submissa, mas ele vai se surpreender comigo, eu
jamais serei uma esposa assim, isso eu prometo.
A mãe de Geovanna ficou olhando para ela e temeu pela filha, ela não
sabe como ele é, então tentou avisa-la.
— Geovanna, não o desafie, você é somente uma menina, ele é um homem
muito cruel, eu não quero que ele faça mal a você
— Mãe, eu não vou aceitar pacificamente meu destino, ele quer uma esposa
submissa, isso ele não vai ter de mim. Além do mais, ele já está me fazendo
mal.
Geovanna estava irredutível, ela não iria ceder. O pai dela bateu na porta e
entrou
— Dom Luke está a caminho
— Quer comer alguma coisa filha?
— Não mãe, nada ficará no meu estômago agora, deixa tudo isso acabar
— Tudo bem! Você quer espera lá em baixo ou prefere esperar aqui e quando
ele chegar te chamo.
— Eu vou esperar aqui, saberei quando ele chegar e desço
— Okay!
Um tempo depois, Luke tocou a campainha da casa dos Taylors, ele não vai
ali desde o dia em que fez o acordo com Robert. A porta é aberta por Olívia.
Todos estavam na sala o esperando exceto Geovanna.
— Onde está a Geovanna? — Logo perguntou
— Vou pedir para a Olívia chama-la Dom Luke — Clarice disse
prontamente.
— Não precisa, estou aqui
Luke olhou para ela que acabara de entrar na sala vestida de maneira casual,
parecia uma menina. Seu corpo imediatamente teve uma resposta a ela, seu
pênis ficou ereto só de olhar para aquela figura que atormenta seus sonhos
mais eróticos desde que a viu pela primeira vez. A sorte que ele estava com
um sobretudo, que disfarçava seu estado.
Geovanna ficou olhando para ele, seu coração estava acelerado, ela
nunca tinha visto um homem tão bonito antes, ele era alto, cabelos preto e
barba, mas o que chamou a atenção dela foram os olhos, azuis como o oceano
e frios como o gelo. Ele a olhava de uma maneira tão intensa que Geovanna
não conseguiu manter o olhar, logo abaixou a cabeça. Ela escutou a mãe
disser:
— Senta aqui filha
Então obedecendo a mãe ela sentou e Luke fez o mesmo sentando-se de
frente para ela.
— Seu pai já te falou porque estou aqui não é? — Foi a pergunta direta.
— Sim, estou ciente
— Muito bem! — Luke então colocou a mão no bolso do sobretudo, tirou de
lá uma caixinha, abriu-a e mostrou para a Geovanna
— Seu anel
Ela ficou estático olhando para a jóia completamente hipnotizado. O anel
com aro cravejado com pequenos diamantes e repousando ao centro uma
pedra de Esmeralda tão enorme que ofuscava a visão de Geovanna com seu
brilho. Ela levantou a cabeça e olhou diretamente para os olhos de Luke e
sentenciou:
— Eu não preciso de um anel, eu não vou usar anel
nenhum
— A arma que vou usar contra você é essa aqui — Ele pegou no seu pênis
que estava ereto dentro das calças.
Geovanna ficou muito assustada.
— Quer sentir como ele está armado para você bambina?
Então ele pegou em seu pulso e Geovanna tentou puxar, mas ele era forte e
com força levou a mão dela até o seu membro e a fez senti-lo. Geovanna
estava tão assustada que seu coração batia descompassado, ela pensou que
iria perder os sentidos. Então ele soltou a mão dela e imediatamente ela
esfregou a mão nas roupas. Luke chegou bem próximo dela e disse:
— Não me desafie Geovanna, sairá perdendo sempre. Agora estenda a mão
para eu colocar esse anel, vamos terminar logo com isso.
Geovanna fez o que ele mandou, suas mãos estavam trêmulas. Luke a
mão direita delicadamente e deslizou o anel em seu dedo anelar. Ele segurou
a mão dela e repousou seus lábios em um beijo.
— Agora sim, oficialmente noivos, no próximo sábado estarei colocando
uma aliança de casamento e você será toda minha.
Geovanna abaixou a cabeça, ela queria muito chorar mas segurou as
lágrimas. Luke fez um gesto para que ela o seguisse e saíram do escritório.
Todos na sala estavam ansiosos e ao vê-los imediatamente moveram-se de
seus lugares. Luke pegou na mão de Geovanna e disse:
— Podemos comemorar, estamos oficialmente noivos, não é bambina?
— Sim — disse concisa
A mãe aproximou-se, pegou em sua mão, olhou para o anel e disse com
lágrimas nos olhos
— Parabéns filha
— Obrigada
Aquele tormento parecia que não iria ter fim, ela só queria ir para o
quarto e se trancar lá. Finalmente depois de algum tempo, Luke resolveu ir
embora, ele a fez acompanha-ló até a porta e chegando lá, a virou para ele e
lhe beijou nos lábios.Geovanna ficou sem reação, ela nunca havia sido
beijada daquele jeito sensual. O beijo foi rápido, terminou antes mesmo dela
conseguir entender a resposta involuntária que seu corpo manifestou. Ele a
soltou e em seus olhos viu refletido a promessa de prazer. Sem diser uma
palavra, ele virou-se e foi embora. Ela ficou olhando para o carro afastar-se
até esse sumir de vista.
Geovanna ficou até a tarde trancada no quarto, ela estava com o rosto
muito inchado de tanto chorar, então resolveu levantar-se e ir até o banheiro
lavar-se. Aproveitou para arrumar os cabelos e as roupas. Voltou para o
quato, olhou em volta e resolveu procurar o maldito anel, não iria adiantar
nada não usá-lo, terá que casar com ele de qualquer jeito. Geovanna abaixa-se
na direção que havia jogado a jóia e procurou. Achou-o rapidamente e o
colocou de volta no dedo — pelo
menos é bonito e parece caro — Pensou.
Katy pegou seu celular e logo achou o número do rapaz, fez a ligação
— Alô
— Alô Kevin, lembra de mim? A Katy
— Claro que lembro, como está?
— Bem! preciso de um pequeno favor seu
Katy contou todo o plano para Kevin
— Wow! Isso é muito louco
— Você topa? A Geovanna vai ficar muito agradecida
— Ela está aí?
— Sim, quer falar com ela?
Geovanna faz um sinal de negação não com a cabeça, porém Katy estendeu o
celular para ela e sem alternativa, teve que pega-lo.
— A..a...alô — Falou gaguejando
— Geovanna?
— Sim, sou eu
— Então quer se livrar de um namorado grudento
— Não exatamente mas é um cara chato
— Hum! E depois que você se livrar dele, a gente pode sair, conversar?
— Sim, por que não
— Então eu topo, quando vai ser?
— A Katy vai combinar tudo com você
— Tudo bem, tchau!
— Tchau!
Geovanna ficou com muita raiva, por culpa daquele homem ela estava
perdendo a oportunidade da sua vida — Que ódio! eu vou me livrar desse
desgraçado, jamais casarei com ele — Pensou ela.
Altas horas da noite, Katy enviou uma mensagem de texto para o Kevin
Katy: Você já está no hotel?
Kevin: Sim
Katy: Estamos saindo agora
Kevin: Okay!
Ela estava tão aterrorizada que não conseguia ter reação nenhuma — Ele
matou o kevin? — Se pergumtou chocada. Com voz trêmula disse:
— Não era real
— Não me interessa se era real ou não, isso seria uma ofensa. Você acha
mesmo que esse seu amiguinho iria ficar só no fingimento? Como você é
inocente bambina, é claro que ele não iria só fingir.
A mãe de Geovanna a olhou com tristeza. O futuro da filha estava nas mãos
de um homem cruel e ela não podia fazer nada.
Oito
A campainha tocou e Olívia abriu a porta para Luke, ele foi até a sala
onde estava Geovanna, Clarice e Fabrício. Ele olhou diretamente para a mão
dela ceriticando-se que estava usando o anel. Geovanna abaixou a cabeça e
ficou mexendo as mãos nervosa. Ele sentou em frente à ela e disse:
— Vamos a igreja para falarmos com o padre. Você tem alguma amiga que
gostaria de ser a sua dama de honra?
Geovanna estava trêmula, ela precisava saber o que aconteceu com a Katy,
entao, com voz suplicante pediu:
— Por favor, me diga o que aconteceu com a Katy, eu imploro
— Sua amiga está bem, entretanto, a partir de hoje não quero que tenha
nenhum contato com ela, caso o tenha, ela morrerá
Geovanna engoliu em seco, não conseguia olhar para ele — Meu Deus!
Como vou me casar com um homem desse? — Se perguntou alarmada
— Agora vamos continuar, você tem alguma amiga que pode ser a sua Dama
de honra?
Geovanna negou movimentando a cabeça
Luke virou-se para a mãe da Geovanna e disse:
— Providencie alguém para ser a Dama de honra dela e mande-a ir à St.
Patrick's Cathedral.
— Eu tenho uma prima, ela tem uma filha da idade da Geovanna, vou ligar
para ela.
— Ótimo! Agora vamos andando, o padre está nos esperando, faz a ligação
do carro.
— Sim, claro!
— Vamos Geovanna!
Ela levantou-se e pegou na mão que ele havia estendido para ela. As mãos de
Geovanna estavam frias e as dele estavam quente. Ele praticamente a arrastou
até o carro, a fez entrar e Clarice entrou logo em seguida. Luke também
entrou e sentou do lado dela. Geovanna mantinha a cabeça baixa o tempo
todo.
Com isso ele encerrou a ligação e olhou para Geovanna. Ela estava tão
horrorizada que o encarava com os olhos arregalados.
— O que foi bambina? Está assustada? — falou em tom sarcástico
Nesse momento ele recebeu uma mensagem no seu celular, Olhou para a tela
e disse:
— Serviço feito — ele falou olhando para ela com um sorriso no rosto
Geovanna queria vomitou, ela não estava acreditando que iria casar com um
monstro desses. Desviou o olhar para a mãe que estava sem expressão.
Luke a olhava para ela sério, seus olhos azuis estavam fixos em seu
rosto.Geovanna não queria olhar para ele, mas tinha certeza que ele a estava
observando com aquele olhar ameaçador, ela podia sentir a sua pele queimar.
— Não se preocupe padre, me desculpa, Geovanna só está brincando, deve
está nervosa — falou Clarice
— Será um casamento típico italiano padre — Luke falou — O casamento e
os batizados dos nossos filhos serão feitos na igreja católica não é amore
mio?
Ela tentou soltar-se do seu aperto, porém quanto mais ela tentava sair,
mais ele a segurava forte
— Eu só não te dou uma lição hoje porque quero você linda, intocável e sem
nenhum machucado nesse rostinho lindo, mas depois do casamento você vai
me pagar todas essas gracinhas que fez.
— Me solta, eu não quero casar com você, não irei me casar com um
assassino. Deixa-me em paz seu... Ela não conseguiu completar a frase, Luke
a beijou com intensidade forçando-a corresponder. Geovanna tentava
impedir, mas não conseguia. Ele a soltou dizendo:
— Será delicioso ensinar a você quem é seu dono, quem é seu homem, te
ensinarei tudo, você querendo ou não e essas suas lágrimas não irão me
impedir. Por agora, recomponha-se e para de chorar, poupe lágrimas amore
mio, pois precisará delas em breve.
Todos ficaram em silêncio por alguns minutos, Fabrício então resolveu puxar
conversa com a prima e assim a viagem foi até o final.
Geovanna corou, ela odiava o fato de todos falarem da virgindade dela como
se fosse algo anormal.
— Não tem algo preto? - Geovanna perguntou em desfio
A mulher a olhou e deu uma gargalhada
— Minha querida, sei que Luke é um demônio às vezes, porém tenho certeza
que ele não quer nada menos que algo virginal para a noiva
O vestido realmete lhe caiu como uma luva, parecia que foi desenhado
exclusivamente para ela.
Faltavam 2 dias para o casamento e cada dia que passava ela perdia as
esperanças de se ver livre desse casamento.
Nove
Um dia antes do casamento, Geovanna estava sentada em um balanço
estilo banco que ficava atrás da casa no quintal. Ela não via saída para livrar-
se do casamento, já estava tudo pronto. O vestido dela já havia chegado com
todos os ajustes necessários, a igreja, a recepção. O casamento não seria algo
grandioso, somente cerca de 50 convidados. Luke foi extremamente seletivo.
Eles irão casar de manhã em uma das capelas da igreja. Logo depois irão
receber os convidados em um restaurante italiano que foi reservado
exclusivamente para o evento.
Mais tarde Geovanna estava em seu quarto, ela iriaa sentir falta da sua
privacidade,das suas coisas. Não fazia ideia de onde iriam morar, se teria um
quarto só para ela ou teria que dividir algum com Luke. Só de imaginar que
ela iria ter alguma intimidade com ele, fazia seu estômago revirar, não por
sua aparência, muito pelo contrário, ele era muito além de bonito, tinha uma
beleza desconcertante, másculo, um corpo atletico com músculo muito bem
destribuidos nos seus 1,90 de altura. Uma barba muito bem feita, cabelos
pretos com um corte moderno, uma tez morena constratando com os olhos
profundamente azuis. Além disso, se mostrava um homem muito experiente
na, se não fosse as circunstâncias do casamento talvez Geovanna até se
interessava por ele, porém ele era um assassino frio, um mafioso que não tem
piedade.
— Entra — ordenou
— Oi filha, posso falar com você?
— Sim mãe, pode
A mãe de Geovanna sentou na cama e ficou olhando para ela por alguns
segundos antes de iniciar a conversa
— Sei o que vou dizer pode ser um pouco embaraçoso, mas como mãe
preciso conversar certas coisas
Clarice parecia meio constrangida, no entanto respirou fundo e olhou para
Geovanna diretamente em seus olhos
— Amanhã você se casará e irá começar a sua vida de casada e isso trás
algumas obrigações para a mulher.... — Geovanna a cortou
— Mãe, você quer falar sobre sexo?
Clarice ficou corada e pigarreou
— Sim, é isso, amanhã você ir começará a sua vida sexual e eu quero te falar
que se não estiver protegida logo engravidará. Eu acredito que Luke não
usará preservativos com você, pois será a esposa dele, por isso eu comprei
para você anticoncepcional.
— Geovanna, o Luke quer ter filhos com você logo, eu acredito que o plano
dele é te engravidar já na lua de mel, por isso é de suma importância que você
não fale para ele que está tomando os comprimidos, você precisa escondê-los
bem, entende filha?
— Ele precisa acreditar que você tem alguma dificuldade para engravidar e
quem sabe te dê o divórcio
Geovanna ficou olhando para a mãe sem acreditar, aquilo tudo era
surreal para ela
— Mãe e se ele descobrir?
— Filha, ele não pode descobrir, de jeito nenhum, se isso acontecer eu não
sei qual vai ser a reação dele, mas tenho certeza que não será boa. Nós
precisamos tentar isso, se ele pensar que você não pode gerar filhos ele pode
divorcia-se de você e te dar a liberdade. Sempre que eu puder irei até sua casa
e levarei mais.
— E se eu realmente não puder ter filhos?
— Você poderá, nossa família nunca teve problemas de infertilidade e além
do mais temos que pensar na possiblidade de você poder ter filhos. Caso você
realmente não possa aí é outra história.
Ela ficou pensativa, ela era vista por Luke apenas como uma
reprodutora dos filhos dele nada mais. Não via um futuro promissor nesse
casamento
— Okay mãe, eu irei fazer isso
— Outra coisa ... será a sua primeira vez com um homem e talvez você não
sinta prazer no ato sexual no primeiro momento. mas... Geovanna a cortou
— Mãe para! Eu não vou sentir prazer em momento nenhum com esse
homem, o que mais queria nesse momento é não me casar com ele e muito
menos ter alguma relação íntima, só de pensar nisso me causa náuseas.
Geovanna baixou a cabeça, a mãe a abraçou forte e as duas ficaram assim por
um longo tempo.
Sem que percebesse, o celebrante anunciou a troca das alianças, o padre lhe
perguntou:
— Essa sua atitude não fará efeito algum, agora é minha esposa, aceitou ao
assinar os documentos
Geovanna estremeceu, ela estava com medo do que viria dali para a frente.
Luke estava fazendo ameaças velada.
A uma certa altura alguém disse que eles precisavam dançar a valsa
dos noivos. Luke pegou em sua mãos e a levou para o centro do restaurante e
a banda começou tocar uma canção de amor.
Luke empurrou Savannah para os braços de Marco que ficou com a cara
emburrada.
— Por que eu tenho que cuidar dela? — Ele falou em um sussurro para Luke
— Faça o que eu estou mandando, ela não é feia e parece bem gostosa.
Ele riu com um sorriso safado. Geovanna estava indignada, eles estavam
praticamente marcando um
encontro.
Eles seguiram para a saída, muitas pessoas desejavam boa sorte ao novo
casal. Geovanna estava com o coração apertado. A vida dela a partir de agora
nunca mais será a mesma
Dez
Geovanna estava em um quarto extremamente luxuoso, sentada na
cama enorme esperando por Luke. Eles haviam chegado naquele apartamento
no inicio da noite, porém logo após saírem da recepção, eles foram para a
casa da mãe dela para trocar o vestido de noiva por algo confortável, sua mãe
a ajudou. Luke ficou na sala esperando. Quando ela terminou foi ao encontro
dele e despedindo-se de todos, partiu para um destino incerto com seu
marido.
A limousine seguiu pelo tráfico e Geovanna não tinha ideia para onde iriam
até que resolveu perguntar para o Luke
— Nós vamos para um dos meus prédios no Central Park, não posso viajar no
momento, mas eu prometo que assim que puder a gente faz uma viagem
juntos
— Além do mais, eu não aguentaria fazer uma viagem longa com você agora.
Eu a quero muito para esperar mais tempo.
Geovanna ficou corada, tinha esperança de não precisar fazer aquilo aquela
noite, precisava de mais um pouco de tempo para acostumar-se.
— Por favor, eu... eu... gostaria de mais um tempo para me acostumar com
essa nova situação
— Algumas semanas
— Eu não quero esperar nem mais um minuto quanto mais algumas semanas
— ele suspirou e continuou
— Você não entende Geovanna, eu quero você demais, a esperei por três
anos e não vejo a hora de ter o que é meu, você. Agora vai até o quarto se
preparar e espera por mim. Vou te dar um tempo apenas de uma hora pra
acostumar-se, porém se você resistir eu não respondo por mim. Terei você
essa noite querendo ou não
— Sim
— Muito bem, agora faça o que estou mandando, vai até o quarto e me espera
lá, linda e virginal.
Seu estado de nervos estava tão tenso, que se caísse uma agulha,
pularia como uma gazela assustada. Aquela situação não é a primeira nem a
último, ela tem consciência que muitas moças passam por isso, no entanto no
seu caso, ela está prestes a se entregar a um homem que não conhece e que
agora é seu marido.
Ela ainda protestou, mas ele a segura com firmeza. A respiração acelerada, a
boca seca, o coração palpitando como se quisesse sair pela boca. Luke
admirou com olhos de desejos, os pequenos mamilos rosados.
— Lindos! Perfeitos
Ele aproximou-se e deitou em cima dela, Geovanna fechou os olhos tensa, ele
percebeu e disse
Ele começou a beijar seu corpo, fazendo uma trilha de beijos até a sua
intimidade. Ele segurou sua calcinha e foi tirando lentamente. Quando
terminou, posiciona-se em cima dela e a fez abrir as penas, ele se instala entre
elas e Geovanna sente sua ereção em contato com sua vagina, assusta-se,
entra en pânico e começa a suplicar
— Não, eu...eu não quero
— Fica quieta, eu vou possuir você agora e nada vai me impedir, então não se
mova, só sinta bambina — disse com voz jocosa.
Ele começou a beija-lá com ardor, ele posicionou seu pênis na entrada dela
apenas de leve, Geovanna com muito medo perguntou:
— Vai doer?
Geovanna tentou sair de baixo dele, porém Luke com violência prendeu os
seus pulsos de encontro a colchão e a imobilizou
O ato demorou por vários minutos e Geovanna só queria que aquilo acabasse
logo.
Ele deitou sobre ela e Geovanna sentiu sua respiração acelerada de encontro o
seu rosto. O ritmo foi diminuindo e entre beijos, Luke saiu de dentro dela e
rolou na cama trazendo-a junto dele. Ele a abraçou fazendo-a repousar a
cabeça em seu peito.
Geovanna tentou desvencilhar dos braços dele, porém Luke com firmeza a
manteve presa
— Você não vai a lugar nenhum, essa noite está apenas começando, eu quero
muito mais de você coisinha gostosa.
Então ele voltou a beija-la com paixão e a possui mais uma vez
Muito lentamente, ela tirou o braço dele da sua cintura, ele moveu-se
e Geovanna parou assustada, porém ele apenas apertou o abraço e continua
dormindo. Novamente Geovanna tentou sair de seu abraço, deslizando
lentamente, tomando cuidado para não acorda-lo. Ela conseguiu sair e
levantou-se. Pé ante pé foi até o banheiro para fazer suas necessidades
fisiológicas, uma pequena ardência se fez sentir em sua intimidada e aquilo a
incomodou — Será que é normal? — se perguntou
Após terminar, limpou-se e quando olhou para o papel higiênico, viu sangue,
seu coração acelerou, ela
lembrou que leu em algum lugar que algumas mulheres sangram na primeira
relação. Geovanna
Luke sem dizer nada a suspendeu pela cintura e a faz sentar no tampo
da pia, ele abriu o robe e a fez entrelaçar as pernas na cintura dele. Geovanna
para não cair, segura em seus ombros. Luke sem preliminares a penetrou,
empurrando fundo seu membro latente a possuindo de maneira selvagem.
Seus movimentos frenéticos o levava à escala de prazer e entrega
— Que coisinha deliciosa você é Geovanna, nunca senti tanto prazer em
foder uma mulher. Você com sua inocência me deixa alucinado.
Ele a fez descer da pia e a levou para o chuveiro. Eles tomam banho
juntos e ao terminarem, vai até o closet e escolhe uma roupa leve para vestir.
Logo depois, volta para o quarto e Luke está lá, já vestido com um terno, ela
achou estranho ele está vestido de maneira formal, mas não disse nada. Ele
parecia ocupado, pois estava sentado em uma mesa olhando alguma coisa no
laptop. Ela resolveu ajeitar a cama já que não tinha nada para fazer. Ao
levantar a colcha, ela viu uma mancha de sangue no lençol branco, seu rosto
corou violentamente e seus olhos voltam-se na direção do Luke, ele também
olhava para a mancha
— A prova da sua virgindade — Ele ruiu com ar de orgulho
— Sim, é uma delas, mas não sou eu que cuido dessas coisas
Geovanna o olhou e ele voltou a sua atenção para o laptop. Ela resolveu
procurar os lençóis nos armários e logo achou. Pegou um conjunto e arrumou
a cama. Quando terminou, Luke levantou-se e a abraçando por trás disse:
— E vou, tenho que resolver um assunto, porém volto o mais rápido possível
e vamos ficar na cama por um longo tempo.
Ele beijou no alto da sua cabeça e a puxando pela mão a levou até a cozinha
— Faz o café, tem uma cafeteira em algum lugar. Eu gosto do meu café forte
— Agora tenho que ir, não faz nenhuma gracinha, tem soldados lá fora para
vigiá-la
Ele deixou a cozinha e logo escutou a porta batendo. Geovanna ficou parada
na cozinha com o olhar vago
Ele segurou em suas mãos e essas estavam tremendo, ele ficou olhando para
elas e perguntou
— Está nervosa?
— Não...não... é que me assustei quando você abriu a porta
Luke a arrastou para o quarto e Geovanna tenta soltar-se das mães dele que a
seguravam como garras de aço.
— Me solta, eu.. eu não quero, você está me machucando
— E vou machucar muito mais se você não parar de resistir, agora você é
minha mulher e vou fazer o que quero, na hora que quiser, quando quiser e
quantas vezes quiser com você. Ontem peguei leve por causa da sua
inexperiência, mas agora acabou
Luke então a penetrou com violência, a dor que ela sentiu foi muito
pior do que da primeira vez, ela gritou e começou a chorar, tentava tirá-lo de
cima dela, porém aquilo só o irritou ainda mais, fazendo com que ele a
penetrasse com mais intensidade. Luke gemia enquanto investia seu pênis de
forma bruta nela. Geovanna parou de lutar, ela não tinha mais forças. Ele
continuou as investidas e em êxtase teve seu orgasmo, Geovanna sentiu o
pênis latente liberar em jatos fortes todo seu líquido. Entre gemidos de muito
prazer Luke regozija
— O que você tem que me dá tanto prazer? Acho que não vou enjoar de você
nunca
Ele saiu de cima dela e levantou, Geovanna ficou na mesmo posição, ela não
ousaria se mexer naquele momento. Luke pegou em seu pênis e ordenou
— Olha pra cá
Geovanna olhou pra ele
— A minha arma pra você sempre será essa
Ele foi até ela e a pegou pelos cabelos e disse
— Presta bem atenção Geovanna, você não tem direito absolutamente a nada
a não ser me dar prazer, é para isso que você serve. A partir de hoje você é
minha escrava sexual. Esteja sempre pronta para mim, tenho certeza que logo
logo você me dará um filho
O coração de Geovanna foi a boca, realmente a mãe tinha razão, ele só quer
engravida-lá. O estômago dela embrulhou.
— Agora vamos aprender mais algumas coisinhas pra me dar prazer — Luke
disse isso aproximando-se dela. Geovanna começou a respirar acelerado e de
seus lábios trêmulos de pavor saiam as palavras quase inaudível
— Não..não...não me machuque mais por favor
Luke sem piedade a pegou pelos cabelos e a sacudiu. Ele a empurrou até a
cabeceira da cama e a prendendo pelos pulsos e de novo a penetrou. Assim,
Luke e Geovanna passaram horas na cama e ele só parou quando a noite caiu.
***
O carro parou em frente, haviam muitos soldados ali. Ela olhou para
fachada imponente da mansão e disse com ironia
— O crime realmente compensa
— Compensa, você não acha? Tenho uma mansão e uma esposa linda para
fazer o que eu quiser, até domar uma língua afiada.
Geovanna não disse nada mas por dentro ela queria gritar e dizer que
não queria morar ali, que não queria aquela vida, queria ser livre e não viver
sob o jugo de um marido prepotente. Mas ela sabe que nada daquilo é
possível no momento. Ela torce para que ele logo enjoe dela e que lhe dê o
divórcio já que ela não vai lhe dá o filho que ele quer.
Luke a conduziu para um corredor longo e no final ela viu uma porta
dupla, ele parou em frente e em suspense girou a maçaneta
— Meu presente de casamento para você
Ele abriu a porta e a fez entrar. Geovanna olhava para o ambiente com os
olhos arregalados, a sala era um studio de dança. Ela olhou ao redor, havia
tudo que precisava para dançar. O chão brilhoso, as barras de ferro, um
equipamento de som com vários CDs com música clássica. Ela seguiu até o
centro da sala e as lágrimas começaram a descer do seu rosto. Luke foi até ela
e abraçou por trás perguntando
— Por que está chorando? Não gostou?
— Sim eu gostei, é-é que vou dançar aqui sozinha
— Você terá uma professora que virá uma vez na semana. Eu quero que você
continue dançando especialmente para mim.
Ele desligou a ligação — Essas putas não sabem ter limites, a gente não pode
dar uma corda que elas pensam que já são exclusivas. Porra! Nesse momento
a única que quero foder é a minha ruivinha chamada Geovanna.
***
Geovanna estava no quarto, ela não queria sair dali, seu rosto estava
horrível, todo machucado e seus braços roxos. Antes de sair aquela manhã,
Luke mais uma vez a possuiu e depois a fez tomar bando junto com ele.
Geovanna ficou quieta e fez tudo que ele quis, não queria apanhar mais. Ela
pegou o celular, ficou olhando para o aparelho, queria tanto ligar para a mãe,
mas não podia, Luke disse que ele tinha que autorizar.
Ela levantou-se e ficou andando pelo quarto —Será que ele saberia se
eu ligasse? Como ele vai saber? — Ela ficou olhando para a tela então
lembrou do comprimido de anticoncepcional — Onde está a minha bolsa? —
Seu coração deu um pulo, ela
não lembra aonde a deixou quando chegou no dia anterior —Só pode ter sido
no studio de dança — Pensou
Geovanna foi até a porta — Será que tem alguém na casa? Abriu a
porta lentamente e escutou um barulho ao longe, parecia de um aspirador de
pó. Ela fechou a porta de novo — Não posso encontrar ninguém assim com
essa cara — correu no banheiro e viu que havia uma bancada para
maquiagem, abriu as gavetas e reparou que tinha tudo quando era tipo de
maquiagem. Ela pegou uma base, era do tom da sua pele, sentou em frente do
grande espelho e tentou disfarçar o máximo que pode as marcas em seu rosto.
A base era muito boa e fez seu rosto ficar quase perfeito, só não ficou cem
por cento perfeito por causa dos lábios que estavam machucados. Então ela
resolveu terminar a maquiagem. Passou um baton e uma máscara de cílios.
Ficou bom.
Geovanna seguiu para aquela direção, a mulher ficou olhando para ela
ainda assustada e logo seguiu seu caminho. Ao chegar na porta, ela abriu e
entrou no studio, olhou em volta e não viu a bolsa, foi até o closet e achou-a
lá. Pegou rapidamente e verificou se as cartelas estavam dentro e sim,
estavam todas lá. Ela respirou aliviada e saiu do studio correndo — Preciso
encontrar um lugar seguro para esconder isso — pensou. Ela estava
procurando as escadas e uma mulher bem vestida, com um conjunto de blaze
e saia e com os cabelos presos em um coque veio em sua direção
— Bom dia Senhora Salvatore, meu nome é Hilary e sou a governanta da
casa. A arrumadeira disse que a viu procurando o studio de dança
— Bom dia! Sim e já achei, agradeça ela por mim — Geovanna ficou sem
graça, ela estava toda desengonçada perto da mulher bem vestida e de porte
altivo.
— A senhora quer tomar o café da manhã agora? Tem alguma preferência?
— Não! Obrigada, não estou com fome. Com licença!
Geovanna praticamente saiu correndo e logo achou a escada, subiu e
entrou no quarto. Foi direto para o closet. Ela começou abrir as gavetas, na
primeira tinha suas peças íntimas, ela já sabia pois já tinha trocado de roupa
porém ela não havia olhado todas. Na segunda tinha camisetas, então
resolveu esconder as cartelas ali entre as roupas. Geovanna pegou uma das
camisetas, embrulhou as cartelas com ela e colocou no fundo da gaveta. A
cartela em uso ela colocou na gaveta de peças íntimas no fundo porém antes
pegou um comprimido, colocou na boca e engoliu.
Ela foi para o quarto e sentou na cama - Esse plano tem que dar certo,
preciso me livrar desse casamento rápido - pensou
Ela pegou o celular e haviam varias chamadas do Luke, o coração dela deu
um salto - O que esse desgraçado quer? Ela ficou pensando se retornava para
ele ou não. Decidiu não retornar, se ele realmente quisesse falar com ela iria
ligar de novo.
Não demorou muito o celular tocou, ela olhou a tela e era ele.
Geovanna: Alô!
Luke: Onde você estava?
Geovanna: Onde você acha que eu estava? Aqui nessa quarto escondendo
essas manchas roxas que você deixou em mim — disse gritando
Luke: E vou deixar muito mais se você não baixar o tom da voz
Geovanna: Desculpa! Eu estava lá embaixo, fui pegar a minha bolsa no
studio de dança
Luke: Quero que você venha aqui
Geovanna: Aonde?
Luke: No meu escritório
Geovanna: Para que?
Luke: Pra te foder, você acha que é para que mais? Depois vamos almoçar
juntos
O estômago de Geovanna embrulhou — ele pensa que sou o que? uma
boneca inflável
Geovanna: Luke, por favor, me dá um tempo, eu não aguento mais, prometo
que quando voltar estarei pronta pra você, não vou mais resistir, mas agora eu
só queria um tempo pra mim
Ele simplesmente a ignorou e ordenou
Luke: Você tem 10 minutos para está pronta, o motorista vai te pegar, venha
sem calcinha e use um vestido, não vou nem tirar a sua roupa, entendeu? Se
você não fizer como estou mandando, sofrerá as consequências
Geovanna passou por ele, ela estava um pouco constrangida por causa
do vestido, mas não iria desistir, se ele quer uma prostituta, ele terá. O
motorista abriu a porta e ela entrou.Rapidamente o carro deu partida. Ela não
fazia a mínima ideia onde era o escritório dele. Depois de alguns minutos o
carro parou em frente à um complexo de prédios, o local era dentro da
propriedade, ela ficou impressionada ao constatar como a propriedade era
grande, para andar tudo era preciso locomover-se de carro.
Luke andou em direção dela e a pegou pelos braços e com ódio disse
— Você não vai a lugar nenhum, veio aqui pra eu te foder e é isso que vou
fazer. Vou te mostrar como uma puta é tratada
Ele começou a puxa-lá pelos braços, o coração dela batia forte, porém não fez
nada para se livrar, somente o acompanhou, ela não queria apanhar. Eles
entraram em um quarto, Geovanna sentiu náuseas —Ele tem um quarto no
escritório para transar com as mulheres dele.
— Eu não quero ficar aqui no quarto onde você transa com as suas mulheres
— Cala a boca Geovanna, eu vou te comer aonde eu quiser. Você quer ser
uma puta, então será tratada como uma.
Ele a empurrou na cama e começou a tirar as próprias roupas, Geovanna
ficou olhando para ele com os olhos arregalados, por mais que ela o odiasse
não podia negar que ele era lindo com todos aqueles músculos perfeitos.
— Tira o vestido
Ela começou a tirar a peça e logo ficou completamente nua, ele avançou em
cima dela já com o pênis completamente ereto, abriu suas pernas e sem
preliminares a penetrou com força e começou os movimentos com
intensidade. Geovanna arqueou o corpo, a cada estocada ele aumentava o
ritmo. A cama toda balançava pela intensidade do sexo. Quando ele estava
chegando no orgasmo, tirou o pênis de dentro dela e ejaculou na sua barriga.
O líquido quente e asquerosa saiu com jatos fortes. Ele não satisfeito, subiu
em cima dela e segurou em seu rosto fazendo-a encara-lo
— É assim que uma puta é tratada. Agora vou te mostrar muito mais
Quando ele estava satisfeito em humilha- lá a fez vestir uma das camisas dele
e a levou para uma sala onde havia uma mesa posta. Ele a fez sentar e logo
uma mulher entrou e serviu o almoço. Ela ficou olhando para o prato e não
tocou, Luke começou a comer
— Melhor começar a comer
— Por quê? Vai me obrigar a comer também?
— Geovanna, você é culpada por tudo, o que adianta essa rebeldia, você é
minha mulher e vou fazer o que quiser com você. Espero que você engravide
logo, o que não vai demorar
Ela estava evitando desfia-ló para não apanhar, as marcas do rosto já estavam
sumindo e ela não queria que ele a machucasse de novo, então se submetia ao
que ele queria. O plano de não engravidar estava correndo bem, ela não
esquecia os comprimidos de anticoncepcional nenhum dia e logo sua regra
iria chegar.
Ela desligou, Geovanna percebeu que havia algo errado e que a mãe não
queria revelar, mas no encontro ela descobrira o que estava acontecendo.
Ela chegou no escritório dele, ela seguiu direto para a sala dele, já
sabia onde ficava. Ela passava pelos soldados sem olhar pra nenhum deles,
morria de vergonha, pois tinha certeza que todos sabiam o que ela ia fazer
todos os dias no escritório do chefe.Odiava aquilo. Geovanna bateu na porta,
não houve resposta porém ela podia ouvir que ele estava gritando com
alguém e ficou na dúvida se entrava ou não. Alguns soldados passavam por
ela e sem graça resolveu entrar
Ela foi para casa e tomou um banho rápido, ele havia a machucado e
além do mais seus pulsos estavam dolorido e roxo. Resolveu colocar uma
jaqueta de couro para disfarçar, por sorte, o clima não estava quente.
Geovanna terminou de se arrumar e ligou para a mãe, ela precisava falar com
o irmão e ajudá-lo de alguma maneira. A mãe logo a atendeu e ela disse o
nome do shopping e o horário que ira chegar.
Ela seguiu para o carro e logo esse afastou-se. Geovanna ficou triste, ela sabe
que vai demorar para ver os pais de novo.
A viagem foi longa e ela ficou na internet para se distrair. Quando chegou a
governanta abriu a porta
— O Luke já está em casa? — Ela perguntou
— Sim senhora
— Sabe onde ele está?
— No escritório Senhora
— Muito obrigada
Ela seguiu para o quarto, não iria falar com ele. Geovanna subiu as
escadas correndo e foi direto para o banheiro, ela sentiu algo na calcinha
molhado e tinha certeza que era a menstruação. Chegando ao toalete, desceu
a calcinha e verificou, realmente havia uma pequena mancha de sangue e
ficou eufórica, o anticoncepcional estava funcionando direitinho. Ela fez a
higiene e saiu do banheiro com um sorriso no rosto. Ao chegar no quarto o
Luke estava lá, ele a olhou com seu olhar frio e com cara de poucos amigos,
seu sorriso morreu na hora.
Luke satisfeito relaxa na cama, ela vai até o banheiro lavar a boca. Quando
terminou, olhou-se no espelho, sentindo-se uma prostituta. Ela resolve tomar
um banho, pois, tinha sêmen nas roupas dela e na pele. Ela foi até o closet
pegar uma calcinha. Quando abriu a gaveta percebeu que havia algo errado,
onde estava a cartela de anticoncepcional que havia acabado de tomar? — Se
perguntou assustada
Ela baixou a cabeça e ficou pensando em uma saída, mas não tinha nenhuma,
então resolveu atacar
— Tudo bem, quer saber, é isso mesmo, eu pretendia tomar os
anticoncepcionais e fazer você acreditar que eu não podia ter filhos, só assim
você me daria o divórcio.
— Eu já sabia Geovanna, disse que sei tudo sobre você, só queria ver até
onde você iria. A sua mãe inventou tudo isso e você concordou. Como
sempre a sua família querendo me passar a perna e você minha linda esposa
faz exatamente o joguinho deles
Geovanna ficou quieta, ela queria chorar, mas estava fazendo de tudo para
segurar, não iria dar esse gostinho para ele de vê-la humilhada mais uma vez.
Luke então aproximou-se dela e a pegou pelos braços a puxando sem
gentileza
— Vamos!
— Para onde? — Perguntou em desespero
— Eu te dei muita mordomia, agora você vai aprender quem eu sou de
verdade.
— Me solta, eu não quero ir em lugar nenhum com você, me deixa em paz,
não quero ter filho nenhum, eu quero o divórcio
Geovanna falava isso tudo sendo arrastada por Luke escada abaixo. Ao
chegarem no andar de baixo ele continuou a puxando enquanto ela
relutava.Ele a fez descer uma outra escada que levava ao subsolo da casa, era
um porão. Geovanna tentava se soltar de todos os jeitos, mas ele era forte e
ela não conseguiu. Ele a levou até um porta e abriu, a fez entrar no cômodo e
ela ficou assustada com o que viu. O quarto estava na penumbra e havia
somente um cama com correntes e algemas. Luke a empurrou no leito a
fazendo deitar.
Geovanna escutava tudo aquilo sem acreditar, ele iria mantê-la presa naquele
quarto escuro? — Se perguntou
Luke virou-se para sair, Geovanna resolveu suplicar
— Não, por favor, não me deixa aqui, eu juro que não vou mais fazer nada
para te enganar
— Cala a boca Geovanna, você vai ficar aqui e é melhor comporta-se.
Ele saiu do quarto e ela escutou a porta sendo trancada. Ela não acreditava
que ele estava fazendo aquilo.Tentou soltar-se, mas não conseguia, as
lágrimas corriam solta pelo rosto
— Luke, volta aqui, por favor... — Falou com a voz embargada pelo choro
Geovanna chorou até não ter mais lágrimas, ela estava assustada e
com dor nos braços pela posição que estava. Tentou mais uma vez se libertar
das algemas, mas não conseguiu, então decidiu parar e descansar um pouco.
Depois de algumas horas presa ali, ela escutou a porta sendo aberta e uma
mulher com uniforme de empregada entrou no quarto. Assim que a mulher
entrou as correntes se abriram e Geovanna imediatamente levantou-se da
cama.
— Sai da minha frente, me deixa sair
A mulher com olhos arregalodos a observava
— Senhora, eu trouxe seu jantar e roupas limpas para se trocar, há um
banheiro ali, a senhora tem 5 minutos para fazer sua higiene, ao terminar tem
mais 5 minutos para comer e depois voltar para a cama
— Eu não vou ficar presa aqui, fala para o Luke que eu quero falar com e ele
agora
— Geovanna, faça o que a empregada está mandando
Ela escutou a voz do Luke saindo de algum lugar, parecia um alto falante
— Luke não me deixa aqui — Ela em desespero olhava em volta do quarto
procurando de onde saiu a voz. Ao olhar para o canto do quarto observou que
haviam câmeras de vigilância. Ela correu para lá e olhou para a lente
— Por favor, eu prometo que vou fazer o que você quiser, mas me tira daqui
— Você já perdeu 2 minutos do seu tempo, se não fizer o que a empregada
mandou vai ficar sem sua higiene e sem comida
Geovanna em um excesso de fúria, vai até a bandeja que estava a comida que
a empregada havia colocado na mesa e joga no chão, depois avança até a
porta e sai do quarto, ela corre para a escada, mas dá de encontro com Luke
que a segura com força
— Me solta, você está me machucando, não vou voltar para aquele quarto
- Você vai e eu vou te dar uma lição para aprender a fazer o que eu mandar
Ele saiu e Geovanna ficou presa na cama trêmula, o rosto machucado. Ela
chorou até pegar no sono.
No dia seguinte ela acordou e outra empregada entrou com uma bandeja e a
algemas que a prendia abriu
— A senhora tem 10 minutos para fazer a sua higiene e comer
A mulher saiu e trancou a porta
Geovanna seguiu para o banheiro, não era um banheiro luxuoso, mas era bem
limpo e tinha tudo que precisava. Ela tomou um banho rápido e colocou a
camisola limpa. Foi até o quarto e abriu a tampa da comida. Era um café da
manhã completo, comeu algumas coisas e logo ouviu a voz do Luke
— Volta para a cama
— Eu não terminei de comer — Disse em rebeldia
— 1 -2 -3 ...
Ela levantou correndo e foi até a cama
— Coloca as algemas
Ela fez o que ele mandou e logo essas se fecharam
— Luke, por favor,não me deixa aqui
— Tenha um bom dia
Com isso ela não o ouviu mais.
Já haviam passado 5 dias que Geovanna estava ali. Ele não apareceu
nenhum dia , só dava as ordens pelo alto-falante. Provavelmente ele estava
esperando a menstruação dela ir embora para cumprir a ameaça de transar
com ela até engravida-la. A menstruação dela já havia ido embora a dois dias
atrás, mas jamais falaria alguma coisa. As empregadas vinham 3 vezes ao dia,
trazia comida e a deixava ir ao banheiro. Geovanna dormia a maior parte do
tempo, ela não sabe se colocavam alguma coisa na comida dela. As vezes que
estava acordada, só chorava e pensava na família.
Geovanna não fazia a mínima ideia das horas, ela só sabia mais ou menos que
era manhã, tarde e noite por causa das refeições. Provavelmente vão trazer o
jantar para ela.
Estava deitada quase dormindo quando a porta abriu, ela nem se virou
para ver quem era, já não se importava mais. Continuou na mesma posição,
os olhos pesados querendo fechar. Ela sentiu a cama afundar, alguém sentou
do lado e ela já sabia quem era, ninguém mais sentava na cama a não ser ele.
— Eu sei que está acordada piccola, vire-se para mim
Ela desanimada, virou-se para ele e sentou-se na cama.
Ele entregou uma caixa, Geovanna ficou olhando para a ela, era um teste de
gravidez
— Faça o teste agora
Geovanna levantou-se e foi até o banheiro, ela estava com frio no estômago,
não tinha certeza se queria está grávida ou não. Não estava sentindo
absolutamente nada de diferente no corpo.
***
Depois da reunião, Luke foi para uma das boates de Luxo que ele
tinha em Chelsea. Entrou e foi direto para sua suíte — Preciso de sexo
selvagens hoje e a melhor nesse assunto é a Suzette.
Ele entrou no quarto e ela já estava lá, com uma roupa que deixava qualquer
homem de quatro, menos Luke, ela podia ser bonita, mas é só mais uma
mulher pra comer mais nada.
— Finalmente mandou me chamar, já estava com saudades
— Cala a boca e faz o que você sabe fazer
— Claro meu gostoso, tudo que você quiser
— Fica de quatro
Suzette fez o que ele mandou. Luke então abriu as calças e colocou para fora
seu pênis ereto, ele colocou uma camisinha, não podia confiar nessas vadias.
Ele a penetrou por trás com potência sem preliminares. Luke enterrava seu
pênis fundo agarrando nos cabelos dela com violência. Ela gemia alto. Luke
foi intensificando as investidas e ele fazia isso com tanta violência que
Suzette já não estava aguentando. Quando ele atinge o orgasmo, saiu de
dentro dela, tirou a camisinha e jogou o sêmen em sua bunda. A mulher
cansada pergunta
— Nossa! O que há com você? Sua mulher não faz sexo anal?
Quando Luke terminou com ela já era tarde, ele a deixou e resolveu ir
para casa. Ao chegar foi para o quarto onde estava a Geovanna. Ele entrou e
ela estava dormindo. Luke ficou olhando para ela tão linda, os cabelos ruivos
estavam soltos e espalhado pela cama. O corpo dele imediatamente reagiu a
ela. Por mais que ele tenha outras mulheres, Geovanna sem sombra de dúvida
era a que lhe dava mais prazer. Ela com sua inexperiência e rebeldia o
deixava completamente babando por ela. Ele fechou a cara — Jamais deixarei
uma mulher me dominar.
Com esse pensamento ele deixou o quarto e foi para o escritório, estava sem
sono.
***
Ela estava deitada na cama com seu olhar vago quando a porta abriu,
imediatamente ela olhou e viu o Luke adentrando no quarto, seu coração
começou a bater forte, ele estava lindo, bem arrumado em seu terno
impecável. Geovanna sentiu uma raiva dentro dela — como ele podia fazer
isso com ela? Deixando-a naquele estado, presa como uma condenada. Isso
era injusto, por que ele casou com ela? Somente para maltrata-la? —Todas
essas dúvidas passavam como flashes na cabeça dela.
— Bom dia Piccola
— Bom dia!
— Não está animada? — Falou de maneira isolente
— Por que estaria?
— continua malcriada
Geovanna baixou os olhos, ela queria muito não responder a ele atravessado,
mas não conseguia. Então resolveu se desculpar
— Desculpa! Não estou me sentindo bem essa manhã
— O que você tem?
— Só um mal estar
— Hã! Deve ser sintomas da gravidez
Marco foi trocar de roupa e logo depois seguiu para a mansão. Ao chegar
tocou a campainha e a governanta atendeu.
— Senhor Marco?! O Senhor Salvatore não está
— Eu sei, não vim falar com ele, mas com a senhora Salvatore
A mulher arregalou os olhos e ficou olhando para ele alarmada, Marco
imediatamente percebeu que havia alguma coisa errada.
— A senhora Salvatore não pode falar no momento, ela está ocupada
— Hum! É um pouco urgente, é sobre a mãe dela
— Eu transmito para ela, pode falar
— Okay! Não é preciso, eu falo com o Luke mais tarde.
Marco sentou na mesa e ficou esperando por Luke, ele não sabia como vai
convencê-lo a disser o que está acontecendo, mas precisa tentar.
Alguns minutos depois, Luke chegou, ele estava no celular gritando com
alguém como sempre. Assim que entrou na sala ele encerrou a ligação
A expressão do Luke mudou de novo, dessa vez para ódio, se estava irritado,
agora vai explodir
— O que esse pirralho pensa que é? A Geovanna é minha mulher e eu não
tenho que dá satisfação da nossa vida para eles. Essa família já passou dos
limites, se não fosse pela Geovanna eu já teria matado a todos.
— Eu fui na sua casa hoje falar com sua esposa
Luke o olhou com um olhar mortal, Marco conhecia muito bem aquele olhar,
ele queria matar um. Antes dele explodir de vez Marco perguntou
— Luke, o que você fez com a Geovanna?
Ele levantou-se da cadeira e batendo os punhos com força sobre a mesa
— Marco, qual é o seu problema Porra! você quer levar um tiro?
— Luke eu não quero levar um tiro, mas sou seu amigo, você sabe, fomos
criados praticamente juntos. Poxa! eu só quero abrir seus olhos. Você não
pode tratar a sua esposa assim, ela não tem culpa pela família, pelo que o pai
dela fez.
Marco balançou a cabeça e pesou — Não tem jeito, ele quer destruir
essa família e a pobre Geovanna está pagando por isso, por algum motivo ele
fez esse acordo, mas nunca perdoou o Robert. Só espero que quando ele
perceber a burrada que está fazendo não seja tarde demais.
— Agora vamos tratar de coisas mais importante do que a minha vida com a
minha esposa. Já começaram a eliminar a máfia Colestonne? Quero acabar
com eles o quanto antes.
— Sim, Ontem já conseguimos pegar alguns deles, no entanto, ainda não dar
pra invadir a base. O velho ainda tem muitos homens fiéis.
— Sequestra uma das filhas dele, isso vai desestabilizar e enfraquecê-los
mais
— Vai ser um pouco difícil, pois todas estão casadas com Capos dele e elas
são bem vigiadas.
— Mata os maridos e sequestra uma delas. Faça isso o quanto antes.
— Tudo bem!
Quando a reunião com Luke terminou, Marco resolveu ligar para o Fabrício
— Você falou com ele?
— Sim, a Geovanna está bem não se preocupe, é que o Luke a proibiu de
entrar em contato com vocês, só isso
Ele decidiu não falar a verdade, pois, com certeza ele iria ir até à casa do
Luke e isso não ia terminar bem, então achou por bem ocultar o fato da
Geovanna está presa.
— Eu não acredito em você Marco, tem alguma coisa acontecendo
— Já disse o que aconteceu, agora se não quer me escutar é por sua conta,
quer enfrentá-lo? Vai fundo!
Marco desligou o celular — Não vou mais me meter nisso, só tenho pena da
Geovanna, como o Luke consegue maltratar uma menina tão linda, doce e
talentosa como ela — pensou
***
Geovanna não sentiu-se bem o dia inteiro, ela não comeu nada que as
empregadas trouxeram. Só ficou deitada e as vezes levantava para ir ao
banheiro vomitar, já não tinha mais nada no estômago e estava sentindo-se
fraca.
Alguém entrou no quarto, era uma das empregadas
— Não comeu nada Senhora, precisa se alimentar, trouxe seu jantar. Faz um
esforço
— Me deixa em paz!
A empregada não disse nada, deixou a comida na mesa e saiu. Depois de
algum tempo, ela resolveu levantar-se e olhar o que tinha para comer. Ela não
estava sentindo enjoos mais. Abriu a tampa da bandeja e tinha tudo que ela
gostava, resolveu comer um pouco — Até quando o Luke vai me deixar
aqui? Será que vou ficar aqui até o bebê nascer? — A pouca fome que estava
sentindo, sumiu de vez ao pensar sobre isso.
Ela largou os talheres e resolveu voltar para a cama. Não via uma saída para
aquela situação. Nada adiantava, nem suplicando ele cede. Ela ficou sentada,
tentando encontrar uma saída.
Luke chegou em casa e foi direto para seu escritório, sentou-se em sua
mesa e ficou olhando o monitor que mostrava o quarto da Geovanna. Ela
estava acordada sentada na cama.Ficou olhando para ela e imediatamente sua
libido foi acionada, era sempre assim com ela, bastava olhá-la que a desejava
como nunca desejou uma mulher. Ela podia está vestida com um saco e
mesmo assim ele a desejaria. Naquele momento ela estava vestida com uma
camisola que inibiria o apetite sexual de qualquer homem, mas para ele a ver
assim, totalmente a mercê dele o deixava excitado.
Fabrício estava em pé na sala luxuosa, ele estava nervoso, mas não podia
recuar, precisa saber da irmã. Luke entrou na sala nesse momento e o olhou
com seu olhar frio
— O que te trás aqui Fabrício?
— Vim ver a minha irmã
— O Marco falou com você?
— Ele disse que você não está a deixando ligar para a minha mãe
Luke riu
— Deveria ter acreditado no Marco e não ter aparecido aqui
— Luke, onde está a minha irmã? O que você fez com ela?
— A sua irmã é problema meu, ela é minha mulher agora e você, seu pai e
sua mãe não tem mais nada a ver com ela
— Eu só quero falar com ela, vê-la
— Eu vou te dar só uma oportunidade de ir embora agora, caso contrário, as
coisas não vão ficar boas para você
— Quer saber Luke, que se dane! Você vai me matar, então faça logo porque
eu não vou sair daqui sem saber da minha irmã. Você já está destruindo a
minha família, não temos onde morar, estamos vivendo de favor, então isso
seria um tiro de misericórdia e quando o seu filho crescer e perguntar pela
família da mãe dele, explica o que fez — Fabrício terminou o discurso com a
voz alterada.
— vou deixá-los a sós para conversarem. Aproveita amore mio e diz para seu
irmão como eu trato você.
Ele depositou um selinho nos lábios dela e saiu do aposento. Imediatamente
Fabrício perguntou
— O que ele está fazendo com você Geovanna? Claramente você está
sofrendo abusos, não tente me enganar, eu não vou acreditar que vocês estão
vivendo bem
Luke virou-se em direção a ele e deu um soco no rosto do Fabrício que caiu
no chão sangrando.
— Não bate no meu irmão seu monstro — Geovanna gritou e Luke com ódio
a empurrou de encontro à parede, ela bateu tão forte que sentiu gosto de
sangue na boca.
Fabrício levantou-se e avançou de novo para cima do Luke. Eles começaram
a brigar, Luke era mais alto e forte que o irmão o que o deixava em
desvantagem, porém ele tentava se defender. Geovanna anda em direção
deles com dificuldade e pede
— Para Luke, você vai matar o meu irmão
Luke continua golpeando o Fabrício no rosto. Geovanna então, em desespero
avançou para cima do Luke.
— Solta o meu irmão
Ele soltou o Fabrício que ficou caído no chão. Geovanna correu e se abaixou
— Fabrício, fala comigo
Fabrício tentou se levantar, o rosto dele estava sangrando muito
— Fica deitado, eu vou chamar um médico
— Não vai não — quem falou foi o Luke
— Meu irmão está ferido e precisa de um médico
— Eu estou bem Geovanna — Fabrício disse
Ela tentou ajudá-lo a levantar-se porém Luke a segurou pelos braços e a tirou
de perto dele
— Me solta!
Nesse momento dois soldados do Luke entraram na sala e ele deu a
ordem
—Leve-o!
— Para onde você está mandando levar meu irmão?
Ela tentou se livrar das mãos dele, mas Luke a segura com força
Os soldados levaram o irmão dela sabe-se lá para onde.
— Agora você vai voltar para seu quarto
Ele a puxou pelo braço, Geovanna não tem mais forças para lutar com ele.
Luke a colocou no recinto e trancou a porta. Geovanna ficou andando de um
lado para o outro, ela estava muito preocupada com o irmão, mas não podia
fazer nada. Então, resolveu deitar. Varias horas haviam passado e Geovanna
acabou pegando no sono. No meio da madrugada, ela acordou de repente,
sentindo uma cólica forte. Ela levantou da cama e foi em direção ao banheiro,
porém, não conseguiu chegar até lá, no meio do caminho teve uma forte
vertigem e caiu desmaiada no meio
do quarto.
Dezoito
Geovanna ficou desacordada por alguns minutos, mas logo recobrou
a consciência. Ela tentou se levantar, mas não conseguiu, estava sentindo
muito cólica. Em desespero ela se arrastou até a parede e sentou encostanda
na mesma, abriu as pernas e passou a mão na vagina.Chocada viu sangue —
Meu Deu! Estou perdendo o bebê — pensou
Em desespero, começou a chamar
— Alguém me ajuda, estou perdendo meu filho
Com dificuldade, se arrastou até a porta e começou a bater
— Luke, estou perdendo o bebê, vem aqui... Alguém por favor...
Geovanna sentiu uma dor forte e com um grito, tombou no chão e percebeu
algo saindo da sua vagina, o seu corpo estava expulsando o bebê. O Sangue
escorreu pelo chão, estava tendo uma hemorragia.
Geovanna não tinha mais forças, sua visão ficou escura, estava
perdendo muito sangue. A última cena que viu antes de perder totalmente os
sentidos foi do sangue escorrendo pelo chão.
***
Luke não disse nada, apenas ficou observando eles enrolarem o corpo dela
em cobertores e colocarem soro em seu braço. Eles a deitaram na maca e a
levaram. Imediatamente ele ordenou para Eliot
— Mande os soldados segui-los, eu mesmo vou dirigindo o meu carro
— Sim Senhor
Luke subiu para o quarto e trocou de roupa rapidamente, pois, a mesma
estava suja de sangue. Quando terminou, foi até a garagem, pegou um dos
seus carros e seguiu para o hospital.
***
O Doutor apenas virou as costas e saiu apressado sem olhar para trás.
Luke por sua vez pegou o celular e fez uma chamada
— Edward, venha até o hospital NYC Center Emergency care agora.
— Sim senhor
Ele desligou o celular e ficou pensando sobre o que o médico disse. Ela não
havia perdido o bebê espontaneamente, mas provocado, então seduziu que
quando ele a empurrou contra a parede afetadou a gravidez — Droga! Por
que o Fabrício tinha que me desafiar? — pesou
***
Geovanna disse o número e logo ela ouviu a voz da mãe no viva a voz
— Alô
— Mãe
— Geovanna! Como você está? O Luke não nos deixou ir até o hospital
— Mãe eu perdi o bebê
— Eu sei filha, Fabrício nos contou
— Ele está aí com vocês?
— Sim, o Luke o deixou ir embora
— Mãe, eu não quero voltar para aquela casa, não quero voltar para o porão
— Filha, o Luke não vai te colocar no porão depois do que aconteceu, nós
não vamos poder te ajudar agora, então para que as coisas não fiquem piores,
somente obedece o seu marido, promete, assim nós ficaremos mais
tranquilos
— Tá bom, eu prometo
— Se cuida filha
A ligação foi encerrada, e Geovanna ficou olhando para o nada com o seu
olhar vago Pelo menos o Fabrício está vivo — pensou
O médico e a enfermeira voltaram
— Podem deixar meu marido entrar
— Tudo bem, eu vou chamá-lo
— Obrigada!
Depois de alguns minutos Luke entrou no quarto, ele estava abatido ela
reparou, parecia que não dormiu.
— Como você está?
— Estou bem, devido às circunstâncias
Ele sentou na cadeira perto dela e pegou na sua mão
— Geovanna, eu sinto muito, não queria que nada disso tivesse acontecido
— Você matou o seu filho
Ele ficou olhando para ela sem dizer nada, a culpa o consumindo
— Não vai falar nada?
— A culpa foi do seu irmão, ele me provocou
— Eu não acredito, você está jogando a culpa em outra pessoa. Não era meu
irmão que me mantinha presa em um porão
— Você não vai ficar mais lá
— Agora não adianta, o mal já foi feito
— Podemos ter outro filho
O estômago dela embrulhou, não queria nem pensar em engravidar dele de
novo
— Eu não vou engravidar de novo
— Geovanna, não descurtirei com você aqui, precisa se recuperar
Ela deitou e deu-lhe as costas
— Me deixa sozinha por favor
Ele levantou e fez menção de falar alguma coisa, porém, desistiu e girando
nos calcanhares, deixou o quarto. Geovanna suspirou aliviado.
Os dias foram passando e Luke a visitava todos os dias, ficava com ela algum
tempo. Já estava sentindo- se bem, mas o médico não liberava a alta, isso
irritou o Luke que foi falar com ele
— Minha esposa já está ótima para ir para casa
— Senhor salvatore, eu sou o médico aqui
Luke pegou no colarinho da roupa do médico irritado
— Dr. Cooper, hoje você vai dar alta para ela, estamos entendidos?
— Tudo bem Senhor Salvatore, se é assim que quer, porém, tenho algumas
recomendações. A primeira é que ela deve tomar os medicamentos em dia, a
segunda é que ela não pode se estressar e a terceira ela não pode ter relações
sexuais por um bom tempo
— Quanto tempo?
— Quanto tempo for necessário, o Senhor precisa trazê-la de volta para
avaliação daqui a uma semana e vamos averigua o estado dela, caso esteja ok
talvez liberarei relação sexual.
Luke estava puto com o médico, com certeza ele estava fazendo essas
recomendações somente para atrapalhar, mas ele não podia fazer muita coisa,
precisava seguir as recomendações médica.
Luke continuou beijando-a e explorando seu corpo com as mãos. Ele introduz
a mão por dentro de sua roupa e a levou até os seios massageando-os.
— Para Luke!
— O médico disse que não podemos ter relação sexual, mas não disse nada
sobre a gente não poder brincar. Tira o vestido!
— Luke...
— Cala a boca e faz o que eu estou mandando
Geovanna resignada tirou o vestido e ficou só de sutiã e calcinha. Ele a
abraçou e abriu o sutiã liberando os seios. Luke a fez deitar e começou a
sugar seus seios, ele fazia movimentos circulares com a língua em seus
mamilos e aquilo fazia a pele dela ficar arrepiada, mesmo sem querer seu
corpo começou a reagir aquilo e logo sua vagina começou a ficar molhada.
Ela não queria sentir desejo, mas o corpo parecia ter vida própria.
Ela resolveu pegar todos e jogar fora — Eu vou pensar em outra maneira de
não engravidar dele.
Geovanna vestiu-se de maneira informal e saiu do quarto, Luke ainda estava
dormindo. Ela pegou o celular na bolsa e resolveu ligar para a mãe
— Alô Geovanna?
— Eu deixei o hospital hoje mãe
— Que maravilha filha, como você está?
— Estou bem, mas preocupada com vocês
— Filha, não se preocupe conosco, estamos bem
— Fabrício está aí?
— Sim, quer falar com ele?
— Por favor
A mãe passou o celular para o Fabrício
— Geovanna, eu sinto muito por tudo que aconteceu
— Não foi sua culpa Fabrício
— Eu tenho uma parcela de culpa sim
— Esquece isso, eu só quero te pedir uma coisa, não venha mais aqui, não
arrume confusão. Ele não te matou dessa vez mas o fará da próxima
— Mas Geovanna, ele está te maltratando eu não posso... ela o cortou
— Por favor Fabrício, me escuta, eu estou bem, eu vou saber lidar com ele.
— Tudo bem, eu vou tentar
— Agora passa para mamãe
— Mãe, papai está bem? como ele reagiu a tudo isso?
— Seu pai está bem, não se preocupe
— Eu sei que não está, você esconde alguma coisa.Eu posso falar com ele?
— Ele não está aqui no momento, saiu para procurar emprego
O coração de Geovanna ficou pequeno em saber a situação de sua família
— Tá bom mãe, eu ligo outro dia
— Se cuida filha
Luke passou três dias com ela na casa, ele não saiu para lugar
nenhum, no terceiro dia ele voltou para suas atividades.
Geovanna foi para a sala do médico e logo Luke entra na sala junto
com o médico, ele senta do lado dela. O médico senta em sua mesa e olhando
para o Luke diz:
— Senhor Salvatore, nós fizemos uma ultrassonografia na sua esposa e não
encontramos nada significativo porém eu recomendo esperar mais uma
semana para voltar a ter relações sexual.
Luke olhou para o médico com olhar mortal, ele tinha certeza que o médico
estava fazendo aquilo somente para atrapalhar a relação dele com a
Geovanna. Ele observou que o médico era um homem na casa dos 40 anos,
bem apessoado, então deduziu que ele estava interessado nela.
— Muito bem Dr. Cooper, recomendações médica são recomendações
médica
Ele olhou para a Geovanna e disse
— Vamos amore mio, vamos ter que esperar mais um pouquinho para fazer o
nosso filhinho.
Geovanna sem graça pegou na mão do marido e agradecendo ao médico
foram embora.
Ela decidiu andar pela casa e percebeu que alguns dos cômodos
precisavam de reforma, móveis novos, talvez contrate algum decorador para
fazer esse trabalho. Seria interessante escolher as coisas e dinheiro não era
problema.
Ele entrou na casa com ela ainda nos braços, Geovana ficou sem
graça, pois, haviam vários soldados no recinto, mas Luke parecia não se
importar, continuou a carregando, subindo as escadas até o quarto. Luke a
deitou na cam e logo depois começou a despirce, tirou o sobretudo, jogou em
uma poltrona, em seguida o palitó do terno, Geovanna com o coração
acelerado olhava para ele com os olhos arregalados. Continuou despindo-se e
ao começar tirar a calça, Geovanna decidiu se manifestar
— Dr. Cooper disse sem relação sexual
Ele não disse nada, continuou tirando a roupa e ficou completamente nu.
Então, deitou-se sobre ela
— Dr. Cooper ... — Ela não completou a frase, ele a cortou segurando em
seu queixo com força
— Foda-se o que aquele médico disse
Ele a abraçou forte e a manteve bem perto dele. Eles ficaram assim
por um bom tempo. Geovanna sentiu vontade de fazer xixi e começou a
mover-se para sair, Luke então, a apertou mais e perguntou
— Vai aonde?
— preciso ir ao banheiro
— Eu também vou
Geovanna não gostou daquilo, ela queria um pouco de privacidade e além do
mais, não sentia-se ainda a vontade com a nudez dele, mesmo já estando
casada a alguns meses.
Ele levantou-se com seu físico perfeito, ela desviou o olhar e ele percebeu
— Não precisa ficar com vergonha, meu corpo é seu assim com o seu é meu
Ele pegou em seus braços e puxando-a a fez abraça-lo. Ela ainda manteve a
cabeça baixa de encontro ao seu peito. Então, ele pegou em seu queixo e a fez
olhar para ele
— Adoro esse rubor no seu rosto, a faz parecer uma bonequinha
— Eu quero ir no banheiro — Falou irritada
Ele riu e a puxou em direção ao banheiro. Geovanna foi até o toalete,
enquanto ele abre a torneira da banheira e começa a enche-lá. Quando
Geovanna terminou ele falou
— Vamos tomar banho juntos
Ela não protestou, anda até ele e juntos entram na banheira. Ele massageou o
seu corpo com sabão. Os dois corpos nus em atrito a fez sentir a ereção dele
contra a sua coxa e ela teve certeza que não tomará somente banho com ele.
De novo ele a possuiu.
***
Ela não podia ignorar aquilo, não porque estava com ciúmes ou
qualquer sentimento assim, mas pelo fato dele ter casado com ela, mantendo-
a presa, a violentando e maltratando para que? Por que ele queria ficar com
ela? Somente para ter um filho? E depois que a criança nascesse, o que será
que ele vai fazer? — será que vai me mandar embora e ficar só com a
criança? — o coração dela deu um pulo — Era isso, ele pretende me matar
depois que o filho dele nascesse — pensou
Ela o olhou assustada, Marco tirou o óculos dela e viu que era
Geovanna
— O que você está tentando fazer?
— Eu vou deixá-lo, não posso mais viver com ele, diga-lhe isso
Marco em um impulso e para surpresa dela disse
— Vai! Vai logo antes que me arrependa
— Obrigada
Luke desligou o celular e com o outro aparelho que ele usava somente
para falar com a Geovanna, começou a ligar para ela. Só chamava
— Ela não vai me atender — Verbalizou para si mesmo.
Ele ligou varias vezes até que recebeu uma mensagem de texto dela. Abriu
imediatamente e era um vídeo, clicou e se viu transando com a Suzette. Junto
com o vídeo havia uma mensagem
"Não me procura, me deixa em paz"
As íris dos olhos dele tornaram-se escuros de ódio.
— Eu vou matar aquela piranha da Suzette
***
***
Nesse momento alguém bateu na porta, era o Marco e ele foi logo
dizendo
— A família dela também sumiu, acredito que eles tenham deixado o estado
— Nós já localizamos a Geovanna, ela está em um abrigo do governo —
disse Edward
Marco ficou sério e perguntou
— E quando você vai trazê-la de volta Luke?
— Pergunta para o Edward
— Vai ser um pouco difícil tirá-la de lá, mas em breve ela voltará para a casa
Luke encarava o Marco com seu olhar frio e pespicazes
— Marco, encontre a família dela — ele disse
— Okay! Já vou providenciar isso
— Você já rastreou todas as chamadas dela? — perguntou Edward
— Sim, ela planejou tudo hoje e parece que ninguém a ajudou. Fez isso
depois que recebeu um vídeo.
— Por que está mantendo a Suzette presa Luke? — Marco perguntou
***
A única coisa ruim é que ela não sabia como estava a família, pois
não tinha contato com eles, estava sem nenhum meio de comunicação —
Espero que eles estejam bem — Pensou
— Vamos! — Chamou Abigail
Elas iriam agora para uma sessão em grupo com a psicóloga, será a primeira
vez que ela irá participar.
Geovanna contou toda a história dos três meses que ficou casada com
Luke, a única coisa que ela omitiu foi que o marido era um chefe da máfia
muito perigoso. Quando terminou de contar a sua história, haviam lágrimas
nos olhos daquelas mulheres. Ela levantou-se e sentou no seu lugar. Abigail
segurou a sua mão forte lhe dando apoio. Ela sentia-se leve.
Abigail ficou abraçada a Geovanna até ela se acalmar, então a deitou de volta
e a cobriu
— Está melhor?
— Sim, obrigada!
Ela voltou para a sua cama e Geovanna ficou pensando sobre o sonho, tinha
sido tão real. Ela estremeceu, em sua cabeça ecoava as palavras como um
mantra — Eu fiz a coisa certa, eu fiz a coisa certa, eu fiz a coisa certa..,
Ela repetiu isso mentalmente até conseguir pegar no sono. Dormiu e não teve
mais pesadelos.
Geovanna ficou olhando para a mulher com olhar turvo pelas lágrimas, ela
não tinha saída, ou fazia isso ou o Luke estaria ali para levá-la. Não queria
nem pensar nisso.
— Vai arrumar suas coisas, a secretária te devolverá seus pertences pessoais
assim que você for embora
— Tudo bem!
Geovanna saiu da sala e correu para o quarto ela não tinha muita coisa,
somente a roupa que havia chegad, então resolveu vesti-la mesmo. Colocou o
sobretudo e foi procurar a Abigail para despedi-se dela. Encontrou-a com
outras mulheres conversando
— Oi Geovanna, vai embora?
— Sim, vim me despedir de você
— O que aconteceu, seu marido foi preso?
— Não, e é por isso que tenho que ir, obrigada por tudo, pela companhia e
paciência
— Boa sorte!
Elas se abraçaram e todas as outras se despediram dela. Geovanna foi até a
sala da supervisora e bateu
— Entra!
— Estou pronta!
A mulher se levantou da mesa e com olhar de pena abraçou a Geovanna
— Eu sinto muito, me desculpa, mas eu não tive escolha
A mulher a soltou e voltou para a sua mesa
— Vai Geovanna, a secretária está te esperando com as suas coisas, ela te
levará até o carro
— Obrigada!
O avião levantou voo e Nova York ficou para trás. Geovanna resolveu
ler um pouco, haviam algumas revistas. Seus olhos ficaram pesados e ela
acabou pegando no sono. Acordou com um dos policiais a chamando
— Senhora Salvatore, já iremos pousar, coloque o cinto.
Ela fez o que o homem mandou e então sem demora pousaram no aeroporto
Internacional Charlotte Douglas na Carolina do Norte. Ela desceu do avião e
percebeu que estava frio, ainda bem que usava um sobretudo.
Luke também levantou-se, ela com lágrimas nos olhos ficou olhando
para ele já sabendo que vai sofrer as consequências por te-ló desafiado
daquela maneira, seu coração batia forte. Ele aproximar-se dela, ela recua até
onde pode. Ele para em frente dela e não a toca
— Você vai aprender piccola mia, qual é o seu lugar na minha vida. Vamos
ficar nessa cabana até entender quem manda na sua vida, até compreender
que eu sou o seu dono, até aprender que não tem querer, até você entender
que seu corpo, seus pensamentos, sua alma me pertencem e juro piccola mia
que eu farei você aprender o que é a ser a esposa do Luke Salvatore.
Ela foi até o carrinho de e ficou olhando para todas, então se voltou
para o Luke
— Eu não sei qual é a sua bebida preferida
Ele a olhou sério e disse
— Que esposa é essa que não sabe qual a bebida preferida do marido? Vou
ter que te ensinar tudo mesmo.
Ele levantou e foi na direção do carrinho de bebida, Geovanna se afastou um
pouco. Ele pegou uma garrafa de Whiskey Escocês e praticamente jogou em
cima dela
— Aprenda, e não se esqueça, 1/3
Ele voltou para a poltrona e continuou a observando com olhar
mortal. Então, ela foi até o carrinho com lágrimas nos olhos e pegou um
copo. Ela tentou colocar a quantidade que ele pediu, dividiu o copo
mentalmente em três partes e colocou o líquido na altura que ela achava que
seriam 1/3. Com andar vacilante, aproximou-se dele e entregou o copo. Ele
olhou para o copo e em um impulso jogou na lareira o que fez o fogo se
ouriçar. Ela deu um pulo de susto e ele disse com uma voz estrondosa
— Está errado porra! Eu disse 1/3 exato, vai fazer de novo
Ela seguiu para a cozinha, não sabia cozinhar bem então ele terá a
pior refeição que já comeu na vida.
Geovanna começou a olhar na geladeira, não havia nada ali, estava vazia, ela
abriu o freezer e também não havia nada. Então abriu os armários e não havia
comida, nem enlatada tinha. Ela ficou confusa, para que ele mandou ela
preparar uma refeição se não tinha comida?
Ela resolveu ligar a torneira, e começou a lavar a galinha, ela tentava arrancar
as penas mas era muito difícil, não saia — Como eles fazem para tirar a
pena?
Luke nessa hora entrou na cozinha e ela o olha assustada, ele havia trocado
de roupa, estava muito elegante, os cabelos estavam molhados, parecia que
havia acabado de sair do banho.
— Estou vendo que não vamos ter um jantar hoje
— Eu não consigo tirar essas penas
— É claro que não, você precisa jogar água quente para despenar, você não
sabe disso?
— Não, eu não sei
— Deveria saber
O ódio que ela sentiu foi tão grande que a vontade que deu foi de
pegar aquele prato e jogar na cara dele, mas se controlou e em vez de fazer
aquilo, começou a chorar e em desespero saiu correndo da sala de jantar e foi
em direção a porta, abriu e desceu as escadas da saída correndo, já estava
escuro e a iluminação era precária, mas não se importou, só queria sair dali,
não suportaria mais tanta humilhação. Porém, não conseguiu nem chegar na
metade da escada, Luke a alcançou, pegou em seus cabelos e a puxou de
volta para dentro da casa. Ela gritava de dor e tentava se soltar, no entant, não
conseguiu. Eles entraram na casa, ele dirigiu-se em direção a escada ainda a
puxando pelos cabelos. Ao chegarem em cima, ele abriu uma porta e entrou
em um quarto, com um empurrão violento a jogou na cama.
Com isso ele começou a beija-lá com paixão. Luke a possui por varias
vezes e só parou altas horas da noite. Ele dormiu um sono tranquilo, satisfeito
e ela não conseguia fechar os olhos, só queria sair dali
Ela começou a andar sem destino, não sabia o que fazer, só queria sair
dali, queria ficar o mais distante possível daquele homem. Foi andando
descalça pela vegetação, o frio estava cortante, seu queixo começou a tremer.
As lágrimas caíam solta pelo seu rosto. Estava muito escuro, mas continuou
andando até parar em frente à um lago, era um lago grande, a água calma
refletia a luz da lua. Geovanna ficou contemplando aquela água calma e as
lágrimas caindo descontroladamente. Retirou o roupão e começou a correr até
a margem e entrou na água, ela queria se lavar, tirar qualquer vestido dele de
sua pele. Ela andou para dentro do lago até a água chegar na altura da sua
cintura, ela parou, a água estava muito fria, então resolveu voltar, quando
ela faz o gesto para voltar sentiu uma cãibra muito forte e começou a afundar,
ela não conseguia nadar pois uma das pernas estava travada, ela sentia muita
dor. No desespero ela tenta gritar mas não consegue, ela começa engolir
água, muita água e se debate. Quando não aguenta mais lutar ela se entrega,
apenas um pensamento na sua cabeça — Vou morrer
Ele olhou para ela e em um gesto brusco, pegou o roupão que atava
ali perto e envolveu em seu corpo, a pegou no colo e seguiu para a cabana.
Ela não fez nada para impedi-ló. Quando chegaram dentro da cabana, ele a
fez sentar em uma poltrona em frente à lareira. Ela tremia como vara verde.
Luke foi até o carrinho de bebida e colocou uma dose de conhaque entrgando
para ela em seguida, Geovanna pegou o copo com as mãos trêmulas e levou a
boca, no primeiro gole ela começou a tossir
— Eu não bebo
Fez o gesto para entregar o copo para ele, porém, ele disse
— Te fará bem, beba
— Eu disse que não bebo, não quero
Luke então, pegou o copo e saiu para a cozinha, voltou com uma xícara de
chá.
Ela pegou e ficou bebericando, ele se serviu de um copo generoso de
conhaque e sentou na poltrona em frente dela. Eles ficaram assim, cada um
imerso em seus pensamentos mais sombrios.
Vinte cinco
Geovanna acordou com dores no corpo, parecia que havia passado
um trator em cima dela. Estava com dor de cabeça, a boca seca e com
dificuldade de levantar-se. Olhou em volta e percebeu que estava no mesmo
quarto que Luke a levou na noite anterior, ele não estava na cama, o que a
deixou aliviada. Não lembrava muito bem o que aconteceu depois que Luke a
deixou na poltrona em frente à lareira, provavelmente pegou no sono, não
lembrava de ele a ter colocado na cama. Percebeu que estava com uma
camisola, mas sem roupas íntimas.
A porta abriu e ele entrou na casa, ela escutou seus passos vindo em
direção a sala, ficou tensa, seus olhos focam a porta muito assustados, ele
entrou no recinto e a encara
fixamente
Eles ficaram se encarando, a tensão no ar quase cortante, então ele resolveu
cortar o gelo
— Bom dia!
— Bom dia! — ela disse em um sussurro
Ele levantou a cabeça novamente e olhou para ela com olhos brilhando e não
era de ódio mas de lágrimas, ele estava chorando
— Quando você disse que preferia morrer do que viver comigo, eu entendi
que tudo que fiz a havia magoado profundamente.
Luke fez um gesto para pegar em suas mãos, porém, ela as afastou, não
queria que ele a tocasse. Ele ficou olhando para ela e levantou, andou pela
sala e disse:
— Vamos ter uma nevasca, não poderemos ir para casa nos próximos dias.
Ela não fez nada para abrir, então ele parou de bater e ela só escutou o
barulho do vento lá fora. Alguns segundos se passaram e ela ouve um
estrondo forte, a porta se abriu em um rompente. Ela sentou na cama
assustada e olha para ele que parecia transtornado. Ele avança para ela e a
segura, ela tenta sair, mas ele impede a abraçando estreitando-a em seus
braços
— Não!
Ela luta com ele, mas como sempre ele é mais forte e a domina com
facilidade. Ele a olha com os olhos cheio de desejo e a beija.. Ele a toma
como um homem sedento de sede no deserto que encontra um oásis. O beijo
é tão intenso que ela perde o fôlego, o raciocínio e as forças. Ela cede. Ele
percebendo que ela havia parado de lutar afrouxa o abraço e entre beijos, fala
— Por favor Geovanna, me perdoa, deixa mostrar para você que tudo pode
ser maravilhoso entre nós, eu a desejo demais, a quero demais. O que você
quer para me perdoar, eu te dou, faço qualquer coisa para ter o seu perdão
Piccola mia é só me dizer
Ela o empurrou com força e levantou da cama. Olhando para ele e com muita
mágoa disse
— A única coisa que você pode fazer para que eu um dia pense em te
perdoar, é me dá o divórcio — ela fez uma pequena pausa e continuou
— Eu quero o divórcio, não quero continuar casada com você e nunca mais
quero que chegue perto de mim.
Ela não sabia o que pensar, se queria estar grávida ou não. O destino
que ela vislumbra é tão cruel que a faz chorar lágrimas grossa de dor e
sofrimento.
***
***
Horas se passaram, Geovanna não havia comido nada a não ser o café
da manhã, seu estômago gritava de fome. A noite já havia caído e ela
resolveu levantar-se da cama, ficara ali chorando todo aquele tempo e não
encontrara uma saída para sua situação. Ela olhou a janela e reparou que a
nevasca havia cessado, estava escuro, porém ela pode ver que não nevava
mais.
A manhã estava fria, havia muita neve, porém o sol apareceu. Eles
estavam ilhados ali, não daria para ir a lugar nenhum com o tanto de neve que
havia acumulado. Luke jogou sal na escada e na parte de trás da casa para
derreter a neve que dava para as entradas tanto da frente quanto se trás da
casa e Limpou um pouco com a pá. Geovanna reparou que havia uma pickup
cinza estacionada ali próximo, provavelmente era do Luke. Ele também havia
removido o gelo do carro.
Luke entrou na casa e nem olhou para ela, seguiu direto para aquele
escritório e se trancou lá, Geovanna deu de ombros e continuou comendo.
O dia passava lentamente, Ela não tinha nada para fazer, só ficou sentada
perto da lareira pensando em sua situação. Ela queria tanto saber da família
— Será que Luke os encontrou igual encontrou ela? — Se perguntou.
Ele a abraçou e Geovanna chorou em seus braços até não ter mais
lágrimas. Quando ela estava mais calma, Luke disse:
— Precisamos ir agora antes que escureça, vai pegar a sua bolsa e casaco,
coloque uma bota, vamos partir em poucos minutos.
Ela sem ânimo, levantou e faz o que ele mandou. Subiu até o quarto e
encontrou no armário um casaco de inverno impermeável preto e botas para
neve. Vestiu-se e colocou um gorro na cabeça e luvas. Seus olhos estavam
inchados mas ela não fez nada para melhorar a aparência, só queria chegar
em Nova York o quanto antes para abraçar a mãe e o irmão e despedi-se do
pai.
Ela desceu as escadas e encontrou o Luke a esperando, ele também
estava vestido com roupas de inverno.
— Vamos!
Ele estendeu a mão e ela a segurou, eles seguiram pelo caminho que o trator
havia aberto até o helicóptero.
Ela virou o rosto e começou a chorar, ele por sua vez, suspirou forte e
a abraçou
— Desculpa meu anjo, eu sei como está sendo difícil para você. Sua mãe e
seu irmão estão lá em casa te esperando
Ela desfez o abraço e o olhou para ele surpresa
— Você está falando sério?
— Sim, estou
Ela ficou sem graça e resolveu desculpar-se
— Desculpa, eu não deveria ter falado assim com você
— Não tem problema, eu entendo
— Obrigada
Ele voltou a abraçá-la e de seus lábios saiu um sorriso de vitória.
Ela saiu da casa apresada, era melhor ir logo antes que o Luke vem
atrás dela e a arrastaste pelos cabelos, como fez quando estavam na cabana.
Enquanto Geovanna andava pelo caminho que dava na mansão, ela viu vários
carros preto seguindo pela estrada, ela resolveu abaixar em um arbusto e
olhar, os carros pararam em frente à um lugar como um galpão, Geovanna
nunca havia ido lá pois era afastado da casa mas como a casa de hóspedes era
também um pouco afastada da casa principal ela conseguia ver o local. Os
carros pararam e ela viu que vários soldados do Luke tiraram alguém de
dentro, havia um capuz na cabeça da pessoa. Geovanna ficou assustada e
resolveu sair dali rápido, ela correu até a casa e entrou pelos fundos.
Ela andou até a sala nervosa, ficou pensando sobre o que viu — será
que eles haviam sequestrado alguém?
A governanta apareceu de repente e ela deu um sobressalto
— Desculpe-me Senhora por tê-la assustado
— Tudo bem Hillary
— O que mando a cozinheira preparar para o jantar Senhora?
Geovanna achou estranho ela perguntar, pois deu carta branca para a
governanta mandar preparar o quisesse. A governanta reparando sua dúvida e
disse:
— Foram ordens do Senhor Salvatore, ele disse que a partir de hoje quem
decide sobre as refeições é a Senhora
— Ah!
Ela pensou um pouco e disse:
— Vocês tem frango?
— Sim Senhora
— Prepara um frango a caçarola, eu acho que meu marido gosta de frango
não é?
— Perfeitamente Senhora, com licença
Ela ficou olhando para ele com os olhos minados de lágrimas, então
resolveu perguntar:
— Por quê?
Ele a olhou intensamente, levantou-se e foi em sua direção. A pegou pelos
braços e a fez levantar-se, ela ficou olhando para ele hipnotizada.
Ele a abraçou e a fez sentir seu membro que já estava ereto.
— Por isso, por desejá-la ardentemente. Sente como fico só de olhar para
você
— É só sexo
— Não é só sexo com você, é muito mais que isso. É algo que nãos sei
explicar, só sentir
Ela baixou a cabeça e com um fio de voz perguntou:
— Por que você é tão violento comigo?
Ele segurou o queixo dela e a fez olhar para ele:
— Porque você me provoca, me desafia e resiste a mim. Você insiste em não
entender que você é minha e nada vai nos separar
— Você não pode forçar as pessoas a aceitá-lo...
Ele a cortou
— Eu posso e vou fazê-lo. Se você não me aceitar por bem vai me aceitar
por mal, eu não me importo, contando que você esteja aonde uma esposa tem
que está
Luke ficou no escritório com muita raiva, ele não queria brigar com
ela mas sempre acabavam brigado
— Droga! — esbravejou
Ele saiu do escritório e resolveu ir até o galpão fazer uma visitinha a
prisioneira e entrar em contato com o pai dela.
Faltavam cinco minutos para às oito e ela desceu para o jantar, seguiu direto
para a sala de chá, Luke ficava esperando a hora do jantar ali, geralmente
com uma bebida e fumando aquele charuto que ela odiava. Ela entrou na sala
e ele estava sentado na poltrona perto da lareira. Ele olhou o relógio de pulso
— Está atrasada
— Faltam cinco minutos para as oito
— Você sabe que gosto de ficar aqui e que você me faça companhia até a
hora do jantar
— Não gosto do cheiro de seu charuto, me causa náuseas
— É mesmo? Deve ser porque está grávida
— Seria bom mesmo se seu estivesse, pelo menos assim não precisaria
suportar você me tocando
Luke apagou o charuto no cinzeiro com violência, Geovanna ficou olhando
para ele com os olhos arregalados — Droga! Para que fui falar isso — pensou
Luke parou de beija-lá na boca e com voz rouca falou em seu ouvido
— Como te desejo, como te quero Piccola mia. Deixa eu te mostrar como
pode ser bom entre a gente. Se entrega à mim meu anjo, deixe-me amá-la.
Nesse momento Geovanna o empurrou o afastando dela
— Não! Eu não quero que me toque. Eu não suporto o seu contato asqueroso,
tenho nojo. Me deixa em paz!
A expressão do rosto de Luke, passou de desejo, a surpresa e ódio em fração
de segundos enquanto Geovanna falava.
Elas seguiram para a cozinha e a mãe preparou o café da manhã para as duas.
Elas estavam comendo na bancada da cozinha e Geovanna resolveu falar:
— Mãe, você pode ir até a farmácia hoje? Preciso que compre um teste de
gravidez
A mãe a olhou assustada
— Está desconfiada que está grávida?
— Não, mas o Luke quer que eu faça
— Tem alguma possibilidade de está grávida? Quando foi sua última regra?
— Depois do aborto fiquei desregulada, eu tive um sangramento mas não
ficou por muito tempo, não tenho certeza se foi uma menstruação e até agora
não veio mais, porém não sinto nada.
— Okay! Eu vou
— Obrigada mãe
Assim a ligação foi encerrada, Geovanna ficou triste e com pena daquela
mulher.
Geovanna voltou para casa no final da tarde, Luke não ligou para ela,
o que foi bom. Ela odiava falar com ele, odiava até ouvir sua voz. Ao chegar
seguiu direto para a cozinha para dizer o que preparar para o jantar e logo
depois ela resolveu ir até a studio de dança. Há muito tempo que ela no entra
ali.
Ela olhou em volta, o único lugar que ela realmente gostava naquela
casa. Sorriu e foi trocar de roupa. Iria dançar, sozinha mesmo, já que a
professora não viria mais pois ela decidiu não chamá-la — Para que? Daqui
a pouco vou ficar grávida, é melhor não ter esperanças do contrário. Mas
estou contente por não ter engravidado ainda, vou adorar ver a expressão do
Luke quando vê o teste.
***
***
A dor era tanta que ela não raciocinava direito. O gosto do sangue na
boca, ela não podia respirar direito, parece que havia quebrado alguma
costela. De repente ela escuta muitos tiros, eram tantos tiros que ela se
encolhia toda no chão, seus olhos ficaram turvos, ela não ia aguentar. A porta
do cômodo abre-se com um estrondo.
— Geovanna
Ela escuta a voz do Luke de longe
— Luke — fala quase sem conseguir
— Fica calma, eu vou te tirar daqui
Ele então abaixa-se onde ela está e com tiros precisos abre as algemas dela.
Com o estrondo forte ela desmaia. Luke a pega no colo e sai do cômodo.
Ele a leva até um dos carros e a coloca lá, verifica se ela tem
batimentos cardíacos e ao verificar que ainda está viva ele vira para o
Fabrício e ordena:
— Leva ela para o hospital
Fabrício imediatamente entra no carro e sai dali com a Geovanna, Luke reúne
seus soldados e diz:
— Vamos atrás do desgraçado do Vicenzo, eu quero ele vivo.
Luke sobe na moto e liga para o Marco
— Vai para o hospital onde está a Geovanna
— O que você vai fazer?
— Vou atrás do Vicenzo, o desgraçado fugiu porém conseguimos acabar com
os homens dele, foi muita ousadia dele me atacar, não faça nada com a filha
dele agora, eu quero matar ela na frente dele.
Ele lembrou de tudo que a médica lhe falou quando chegou no hospital
— Senhor Salvatore?
— Como está a minha esposa
— Podemos conversar na minha sala?
Luke olhou em volta e viu o Edward, Marco e Fabrício, a médica percebendo
a desconfiança dele disse:
— Nós vamos conversar sobre o estado de saúde da sua esposa, somente isso
Ele olhou pra a médica, e consentiu
— Siga-me Senhor Salvatore
Ele a seguiu até a sala, a médica sentou e indicou uma cadeira para ele
— Senhor Salvatore eu vou tentar ser o máximo objetiva sobre os estado de
saúde da Senhora Salvatore, não estou aqui para julgamentos, apenas para
definir o quadro clínico dela
Luke ficou olhando para ela sério e não disse nada
A médica suspirou e prosseguiu:
— Sua esposa chegou aqui com várias escoriações, uma torção no braço mas
a pior de todas foi no abdômen. Ela sofreu traumatismo grave e tivemos que
fazer uma cirurgia de emergência.
Luke não estava morando no apartamento com elas, ele vinha todos
os dias para visita-lá, mas sempre formalmente, na sala e sempre
conversavam sobre o estado de saúde dela. No dia seguinte, ela iria voltar no
hospital para avaliação e ele viria buscá-la. O relacionamento deles era frio,
formal, Luke não falava nada sobre o fato dela não poder ter mais filhos, eles
não tocavam nesse assunto, porém ele insistia em manter o casamento.
Geovanna por sua vez, também não falava nada sobre querer o divórcio, ela
iria esperar uma oportunidade para falar no assunto, por enquanto eles
estavam vivendo assim, como se nada tivesse acontecido.
A liberdade dela não era cem por cento, não podia sair do
apartamento, nem com a presença dos soldados, porém, ela não estava
preocupada com isso, não tinha vontade de sair, ainda estava muito ferida por
tudo que havia acontecido.
Geovanna suspirou, não tinha escolha mesmo, então resolveu não falar mais
nada.
Estava tão distraída que não percebeu a presença de Luke bem atrás
dela, ela virou e deu de encontro com ele, o mesmo a segurou, eles ficaram se
olhando, ela se perdia naqueles olhos. Ele sorriu, a pegando pela mão e
entraram no quarto, então ele perguntou:
— O que achou?
— Incrível
— Vai tomar um banho, coloque um vestido lindo, vamos jantar
Ela assentiu e seguiu para o banheiro enorme
Luke a seguiu com o olhar, quando ela entrou no banheiro ele foi em
direção de uma das poltronas, sentou, ascendeu o seu charuto a ficou ali com
os olhos fechados.
Ela pegou na mão dele e esse a conduziu para a varanda, ele a fez
subir uma escada e logo estavam em um terraço. Havia uma mesa posta para
dois, era tudo tão lindo ali, tão romântico. Luke a conduziu a mesa e
afastando a cadeira a fez sentar, ele sentou na frente dela e a olhou com um
sorriso. Ela estava tão confusa com tudo aquilo, parecia um sonho.
— Está linda amore mio, porém falta algo
Ele levou a mão no bolso do paletó e tirou uma caixa de veludo preto e
entregou para ela
— Abra
Ela o fez e viu repousado em cetim um colar espetacular, cravejado com
diamantes e no centro um pingente de diamante rosa. Ela olhou para a jóia e
ficou sem graça, automaticamente lembrou do colocar que ela deu para a mãe
vender, então fechando a caixa, ela o devolveu
— Não preciso de mais jóias, você já me deu o bastante
Ele não disse nada, apenas semicerrou os olhos e levantou da mesa, o coração
de Geovanna foi na boca. Ele tirou o colar da caixa e se posicionando atrás
dela, colocou o colar em seu pescoço que repousou em seu colo. Então,
abaixando-se em direção a seu pescoço e depositou um beijo, a pele dela
arrepiou-se toda, em um sussurro ele disse no seu ouvido
— Agora está perfeito
Ele voltou para o seu lugar e a olhou com seu olhar intenso, ele sorria
para ela. Geovanna não conseguia relaxar na presença dele, por mais que ele
esteja se esforçando para agrada-lá ela não consegue associa-lo a alguém
bom, muito menos romântico. Ela pensa que a qualquer momento ele se
transforme no demônio que sempre foi.
Eles foram para vários pontos turísticos. O primeiro lugar que ela
escolheu para conhecer foi a Basílica de San Pedro, ficou admirada pelo
esplendor do lugar, com arquitetura renascentista e obras de artes que ela só
havia visto em livros. As pinturas eram algo a parte, toda a igreja haviam
anjos pintados nas paredes nus, o local era um santuário e ela sentiu-se bem
ali. Eles continuaram o passeio e Luke fazia tudo que ela queria, ele comprou
uma chapéu para ela que os vendedores de rua vendiam em suas barracas
coloridas, ela também comprou varias objetos de artesanato para levar como
lembrança para a mãe e o irmão e até para o Marco. Luke não se importou,
apenas pagava.
Ela tirava muitas fotos com seu celular e enviava para a mãe, estava
tão feliz, aquele realmente estava sendo um dia perfeito. Na hora do almoço,
eles comeram em um restaurante típico italiano, com muita música e pessoas
dançando, nada chic e sofisticado. Ela estava adorando, o povo italiano muito
simpáticos e alegres.
Ele a olhou sério, os olhos soltando faíscas, porém ele apenas respirou fundo
e disse:
— Não vamos falar sobre isso aqui, nós viemos para essa viagem para relaxar
e eu quero que você aproveite, não vamos brigar tá bom?
Ela ainda desconfiada, resolveu aceitar, ela também não queria que aquela
viagem se tornasse um desastre, ela estava adorando
— Tá bom, sem brigas
Ele riu e perguntou
— O que você quer fazer agora?
— Vamos ao museu?
— Você que manda
Então, eles foram para o museu. Geovanna adorou, Luke contava a história
da Itália para ela. No final
do dia, eles caminharam pela praça San Pedro, sentaram em um banco e
Geovanna jogou migalhas de pão para os pombos. Tirando o incidente do
restaurante, o dia foi perfeito.
Quando voltaram para o hotel, jantaram e quando foram para o quarto mais
uma vez ele saiu dizendo que tinha negócios a resolver e mais uma vez ela
dormiu sozinha, com aquele sentimento que ela não queria sentir.
Trinta um
Ele não a soltou, muito pelo contrário, a virou de frente para ele e a
beijou com intensidade. Ele a devorava com a boca, a língua a invadindo,
forçando-a a aceitar aquele beijo. Geovanna ainda tentou sair mas aos
poucos vai cedendo. Ele para de beija-lá e a pega no colo, entra no quarto e a
coloca na cama, Geovanna sabia o que iria acontecer e mesmo que ela resistir
não vai adiantar, então usa as palavras
— Não temos uma viagem agora? Eu já estou pronta, não quero me
desarrumar
Ele apenas riu para ela e não disse nada. Começou a se despedir, logo
seu físico perfeito se mostra, Geovanna com os olhos arregalados e
respiração irregular, fica hipnotizada. Ele termina de se despir e fica
completamente nu e sem demora a abraça beijando-a, Geovanna não queria
ceder tão facilmente, então disse:
— Para onde você ia todas as vezes que saia à noite?
Ele a olhou com surpresa e com um sorriso safado disse:
— Está com ciúmes bambina?
— Não é isso, eu só não quero pegar alguma doença, não sei com que tipo de
mulher você anda
— Você acha que eu transo com alguma mulher sem proteção? É claro que
não.
— Então você saiu com alguma mulher esses dias?
Ele suspirou e disse:
— Não Geovanna, todos os dias eu ia para o bar e ficava lá bebendo sozinho,
tentando não subir para esse quarto e fazer o que eu queria fazer com você.
Estava tentando não te magoar. Está satisfeita?
— Por que desistiu? Por que me procurou hoje?
— Porra Geovanna! Vai ficar me questionando? Foda-se essa Porra toda, eu
quero você e vou ter, não sou santo, nunca serei e você não faz ideia como eu
me controlei esses dias para não subir aqui e foder você.
Eles caem exaustos e ficam abraçados por algum tempo. Depois que
se recuperam, Luke volta a possuí-la, aquela manhã estava longe de acabar.
Ele a possuiu por horas, quando finalmente ele a deixou descansar, ela caiu
em um sono profundo, estava exausta. Luke por sua vez não dormiu, ele
ficou olhando para ela, tão linda, tão dele. Seu coração bateu descompassado,
aquele sentimento que tanto ele luta está cada vez mais forte e descontrolado.
Ele a manterá com ele até aquele sentimento não existir mais, ele não sabe até
quando mas jamais a deixará ir embora, mesmo que ela não passa lhe dá o
filho que ele ta
***
— Então, se o seu primo não aparecer, você será o único herdeiro homem do
seu tio?
—Exatamente
— Então, você terá que se mudar para cá?
— Não, eu vou nomear uma pessoa para tomar conta das coisas por aqui, mas
meu tio tem esperança de encontrar o filho
— Seu tio tem mais filhos?
— Sim, mais 2 filhas
— E elas não podem assumir a máfia?
Ele riu
— Não na nossa família, mulher não se mete em negócios
— Que machismo
Então ela tomou uma decisão, iria aproveitar o máximo dessa viagem
mas quando retornasse para os Estados Unidos iria pedir o divórcio, ela não
viveria mais com ele. Iria seguir sua carreira.
Alguém bateu na porta do banheiro assustando-a
— Senhora Salvatore, seu marido está lá fora preocupado, ele pediu para eu
verificar se está tudo bem
— Eu estou bem, diga para ele que já vou sair.
— Tudo bem
Quando a mulher saiu ela foi até a pia, lavou os rosto, refez a
maquiagem e saiu do banheiro, Luke estava em pé a esperando
— O que aconteceu? — Ele perguntou
— Nada, só coisas de mulher — ela riu para ele
Luke ficou olhando para ela sério, porém não disse nada, apenas levou-a pela
mão até a mesa. Eles terminaram o jantar e foram para o hotel.
***
Logo uma mulher, alta, muito elegante e de porte altivo veio ao encontro
deles.
Ela olhou para Geovanna de alto a baixo, com um olhar frio e nenhum sorriso
no rosto. Então virando-se para o Luke perguntou:
— Essa é sua esposa?
— Sim, Geovanna
A mulher a olhou de volta com desdém, Geovanna sentiu-se incomodada, ela
estava vestida de maneira simples, a pesar serem roupas de grife não se
comparava as roupas que a mãe de Luke estava usando. Geovanna também
não usava nenhuma jóia, exceto os brincos, ela estava completamente
desnuda de jóias. Por outro lado a mãe dele estava com tantas jóias que
parecia uma árvore se natal, Geovanna riu por dentro.
Eles seguiram para uma varanda muito linda, havia uma mesa bem
arrumada. O mordomo afastou a cadeira para a mãe de Luke sentar e Luke
afastou a cadeira para ela sentar
— Obrigada — Agradeceu
Antonella não tirava os olhos dela, a mulher parecia que era dona do mundo.
O lanche começou a ser servido e logo a mãe de Luke começou a falar
Geovanna já ficou com lágrimas nos olhos, ela nunca quis esse casamento,
nunca quis ser primeira dama de máfia nenhuma e agora tinha que ficar
aguentando ser humilhada por aquela mulher, Luke teve a quem puxar
A mulher riu:
— Tenho certeza que você nem dorme quando está com o Luke
Ela fechou os olhos, estava tão constrangida, as coisas só pioravam, que ódio
ela sentia do Luke por ter saído e não voltado ainda
O mordomo apareceu anunciando que a mesa já estava pronta para o café da
manhã. Elas seguiram para uma sala de jantar espetacular.
O café da manhã começou a ser servido e Antonella começou a fazer
perguntas:
— Você tem alguma profissão?
— Sou bailarina Senhora
— Bailarina? Aquelas esqueléticas que ficam girando em cima de um palco?
Agora entendo porque é tão magra
Antonella ficou quieta, porém continuou com olhar frio e altivo para
Geovanna. Ela por sua vez comeu sem vontade nenhuma, a fome que estava
sentindo sumiu. Luke parecia um rei, sentado na cabeceira da mesa com seu
porte superior.
Ele gemia e a penetrava com muita força, era tão intenso que ela
começou sentir dor em vez de prazer.
— Luke você está me machucando
— Foda-se, eu adoro foder você assim, com força.
Ele intensificou as estocadas e Geovanna apenas fechou os olhos, naquele
momento ela soube que ele estava com raiva de alguma coisa. A forma como
ele a penetrava não era para lhe dar prazer mas como forma punitiva, ela
tinha certeza que ele não queria lhe dar prazer mas machucá-la.
Luke estava de pé, ele ajeitou as roupas, não havia nem se despido
completamente, apenas havia aberto as calças. Ele a olhou ainda sentada no
chão, abaixou-se e a fez olhar para ele, ela estremeceu. Ele olhou para
aqueles olhos molhados de lágrimas, e sem piedade pegou em seu rosto com
força apertando e disse:
— Na próxima vez que você se engraçar para qualquer homem, eu vou te dar
uma lição para nunca mais esquecer entendeu?
Ela ficou confusa, não sabia o que ele estava falando, não havia feito anda,
então tentou falar entre lágrimas:
— O que eu fiz?
— Não se faça de inocente, você com essa carinha de anjo só engana, já está
avisada.
Depois que ela falou tudo aquilo fez menção de sair da sala, porém
Luke com voz de comando a fez parar
— Sente-se, se sair dessa sala vai se arrepender
Ela olhou para ele com os olhos cheios de lágrimas — Como ele era tão
cruel, a levando ali para conhecer a mãe que ele sabia muito bem como era?
Por que ele gosta de humilha-lá? — Se perguntou
Para que não houvesse mais problemas, ela resolveu obedecer e sentou. Luke
por sua vez, olhou para a mãe e disse:
— Mais uma palavra sua, sairá dessa casa hoje. Para que pense sobre o que
aconteceu, vou reduzir sua mesada pela metade
— Você não vai fazer isso? — Antonella perguntou alarmada
— Vou, já está decidido
Ninguém falou mais nada, a mãe de Luke a olhava com ódio mortal. Ela por
sua vez ficou de cabeça baixa. Luke como sempre inabalável, continuou
fumando seu charuto.
Na hora do jantar, todos seguiram para sala e o jantar transcorreu sem mais
nenhum incidente.
— De novo?
Ele não disse nada, apenas a empurrou na cama
— Eu não quero
— Você não tem escolha por tanto cala a boca e faz o que uma esposa tem
que fazer.
Geovanna não resistiu, seria pior, então ele fez o que sempre faz e ela apenas
fechou os olhos.
A mãe de Geovanna a olhou com pena, ela jamais sairá desse casamento
facilmente, isso só acontecerá se Luke quiser.
***
Luke estava sentado sua mesa surpreso pelo que Edward está lhe
falando
— A governanta que ajudou no ataque?
— Sim, ela passou todas as informações da hora que a Geovanna estaria na
casa e em que localização, assim fizeram o ataque e sequestraram a
Geovanna
— Descobriu o motivo?
— Sim, e isso vai surpreende-lo. Sabe de quem ela era mãe?
— Não sei
— Da Suzette
Luke encostou na sua cadeira com uma expressão fria, Edward continuou
— Elas tinham um plano, Suzette queria ser a primeira Dama da Máfia,
porém elas não podiam usar uma gravidez para te segurar porque elas sabiam
o que acontecia com quem ousasse dizer que estava grávida de você
— Sim, apenas uma idiota fez isso, veio com uma história que a camisinha
estourou mas é claro que não cai nessa e tenho certeza que aquela criança que
arranquei da barriga dela com minhas próprias mãos não era nem meu. Serviu
de exemplo para todas as outras.
— Então elas tinham um plano de fazer você ficar dependente da Suzette, ela
era sua preferida, logo elas pensaram que pelo fato de você a preferir, seria
fácil te dobrar
Luke riu
— Idiotas! É claro que isso nunca iria acontecer, já estava noivo da
Geovanna
— Exatamente! Só que elas não sabiam disso e quando você anunciou o
casamento, todos os planos que elas tinham foram por água a baixo
Edward parou por alguns segundos e logo voltou a falar:
— Porém, quando você a procurou de novo depois do casamento, elas viram
uma excelente oportunidade de acabar com seu casamento. Suzette gravou o
vídeo, comprou um celular pré pago, enviou o vídeo por esse celular para que
você não conseguisse saber quem enviou mas elas não contavam que você
iria mandar os soldados buscá-la e matá-la mesmo não sabendo que foi ela ou
não que havia enviado o vídeo.
— O que ela pensou, que eu não iria matá-la só porque comia ela de vez
enquanto?
— Acredito que sim, por esse motivo a mãe dela se aliou ao Vicenzo, ela
queria que a Geovanna tivesse o mesmo destino da Suzette. O plano deles era
matar a Geovanna, porém você mais uma vez não fez o que era o esperado e
saiu para ir atrás da Geovanna. Eles iriam esperar você aceitar a proposta da
troca mas eles não iriam te entregar a Geovanna viva, porém você atacou a
base deles e matou todos.
— E onde está a Hillary agora?
— Fugiu e o nome dela verdadeiro não é Hillary mas Nádia e ela tem
descendência Russa
— Tem alguma ligação com a Máfia Russa?
— Sim, porém indiretamente, a mãe de Nádia veio fugida para os Estados
Unidos com a filha ainda bebê.
Edward deu uma pausa e continuou;
— Ela entrou em contato com eles e pediu ajuda para sair daqui.
— Hum! O Marco desconfiou que estava sendo investigado também?
— Não, ele continuou fazendo suas atividades normalmente.
— Okay! Vamos resolver logo esse problema, manda preparar o avião,
vamos para a Rússia.
Luke pegou o celular e fez uma ligação
— Marco, vem aqui na mansão
— Okay!
Depois de alguns minutos o Marco chegou
— Não sabia que tinha voltado
— Cheguei hoje, porém vou viajar de novo
— Para onde dessa vez?
— Estou indo para a Rússia com Edward e alguns soldados e você ficará
aqui
— O que aconteceu Luke? Por que está indo para a Rússia De repente assim?
— Edward vai te explicar tudo, eu vou arrumar arrumar algumas coisas,
sairemos o quanto antes. A única coisa que eu quero de você agora é que
toma conta das coisas por aqui.
Geovanna deu de ombros e começou a comer. Depois do janta ela pediu para
que a mãe dormisse lá na casa com ela. A mãe aceitou.
Geovanna voltou para o quarto, era o lugar que ela mais ficava na
última semana, a mãe a estava ajudando a superar, mas por dentro ela estava
arrasada, nunca pensou que sofreria tanto a morte dele.
Geovanna ficou chocada de como Antonella tratava a morte do filho, ela não
tinha nenhum sentimento.
Geovanna estava tão alterada que sentiu um vertigem forte e cambaleou, sua
vista escureceu e caiu no chão sem sentidos.
— Geovanna, filha, fala comigo
— Será que morreu também — Antonella falou com escárnio
— Cala a boca sua bruxa e faz alguma coisa de útil, me ajuda a colocá-la no
sofá, vou ligar para a médica dela
Antonella com desgosto ajudou a mãe de Geovanna a coloca- lá no sofá, ela
logo fez a ligação
— Dra. Beatriz, aqui é a Clarice, mãe da Geovanna, ela teve um desmaio
— A quanto tempo está desacordada
— Alguns minutos
Nesse momento Geovanna começou a acordar
— Ela está acordando
— Okay! Pergunte o que ela está sentindo
— Geovanna, você está bem?
— Acho que sim, o que aconteceu?
— Você desmaiou
A mãe da Geovanna voltou a falar com a médica
— Ela voltou mas não sabemos o que causou a queda de pressão, não era
bom ela ir até o hospital
— Sim, traga-a aqui, podemos fazer alguns exames para descartar qualquer
problema tendo em vista a situação dela
— Claro, nós vamos agora
A mãe desligou o celular
— Mãe, não acho necessário, eu estou bem
— Nada disso, você teve todos aqueles problemas e a médica quer fazer
alguns exames, vamos agora
— Sentiu-se mal porque não come, olha como é magra
— Você ainda não foi embora? — Geovanna perguntou
— Não, e nem pretendo ir, vou até o hospital com vocês
— Não vou discutir, faz o que quiser
A expressão dela ficou triste de repente, Luke não estará ali para ver o
filho crescer, o coração dela ficou apertado, algumas lágrimas começaram a
rola em seu rosto, alguém bateu na porta e ela enxugou o rosto com o dorso
da mão
— Entra
— Bom dia filha, vamos tomar café da manhã
— Sim, eu já ia descer
Geovanna estava muito confusa com aquilo tudo, ela não queria que o
filho se tornasse um mafioso, mas por outro lado, ela queria homenagear a
memória do marido e criar o filho para assumir a máfia.
— Eu vou pensar sobre tudo isso, por enquanto, não sabemos se o bebê será
menino, caso não seja, quem eu nomear pode assumir a Máfia de vez.
***
No dia seguinte, elas foram para o pré natal, Geovanna já estava entrando
para o terceiro mês de gestação.
— Então Geovanna, como está se sentindo?
— Muito enjoo
— Isso é normal, logo passará. Vamos fazer uma ultrassonografia hoje é se
for possível já podemos ver o sexo do bebê, quer saber o sexo?
— Sim
— Então vamos lá
A médica começou a fazer o exame e no final ela disse:
— Vamos ver aqui, tem alguém sem vergonha e já que mostrar para todos
que é um menino, parabéns! você será mamãe de um menino.
Geovanna ficou feliz e triste ao mesmo tempo, feliz por ser o menino
que o Luke tanto queria e triste por saber que ele jamais conhecerá o filho.
— Está tudo bem com seu bebê, seu útero também está se comportando
muito bem, porém eu recomendo evitar fazer muito esforço, como pegar peso
e também evitar de se estressar.
— Eu posso dançar? eu sou bailarina, danço balé clássico
— Sim, a dança ajuda relaxar, enquanto você estiver aguentando eu
recomendo, só não faça passos mais elaborados que precise saltar ou alguma
coisa assim por causa da condição do seu útero, do resto está liberada
— obrigada
Geovanna fez menção de sair do escritório mas Marco a deteu apenas com
uma risada
— Você pensa que o Luke é um santo só porque está morto? Você o colocou
em um pedestal mas eu vou abrir os seus olhos sobre ele
— Não precisa, eu sei muito bem como o Luke era, não preciso que você me
diga nada
— É mesmo? Tenho certeza que você não sabe que foi ele que mandou matar
o seu pai
Luke entrou na casa e atrás dele vários soldados, ele olhou para o Marco e
viu a arma na mão dele.
— Joga a arma no chão Marco
— Por quê? Eu vou apenas colocá-la na cintura, não iria usar contra você
— Não vou repetir
— Qual é Luke, está desconfiando de mim?
Marco olhou para o Luke e todos os soldados, prontos para atirarem, ele fez o
que o Luke mandou. Imediatamente um dos soldados abaixou e pegou arma.
— Vamos ao que interessa. Marco, você achou que podia me pegar não é?
— Sobre o que está falando Luke?
— Marco, não precisa fingir, eu já sabia do seu plano de me tirar da jogada
para ficar com a minha mulher
— Que isso Luke, eu jamais faria isso, somos amigo, fomos criados juntos...
— Não me venha com esse papo Marco, eu já tinha desconfiado a muito
tempo seu interesse pela Geovanna, porém eu ignorei, não achei que você
teria audácia de tentar tirar ela de mim mas me enganei, na primeira
oportunidade que você teve, fez exatamente isso.
Nesse momento Marco avança para cima do Luke e sem demora um dos
soldados atira no seu joelho, ele cai, contorcendo de dor. Luke se aproxima e
abaixa em sua direção
— Não vou te matar rápido, seria uma morte muito fácil para você. Eu quero
te ver sofrer, arrancar seu coração com as minhas próprias mãos
— Eu contei para a Geovanna que você mandou matar o pai dela, ela nunca
vai te perdoar
Luke fechou a cara
— Foda-se o que você disse, ela é minha esposa e nunca deixará de ser
— Eu desejo que ela nunca te perdoe
Luke levantou, olhou para os soldados e ordenou
— Tire-o daqui, leve-o para o galpão para ficar junto com a Nádia
Assim os soldados fizeram, Heitor que ficou, o novo chefe dos soldados
perguntou
— O que vai fazer agora chefe?
— Vamos acabar com eles, não quero nem a alma desse traidor vagando por
aí.
— Que tal começarmos por aqui? Você queria comer a minha mulher, agora
vai comer seu brinquedinho. Luke olhou a expressão do rosto de Marco de
desespero, ele começou a implorar
— Não Luke, não faça isso, pensa na nossa amizade, eu vou embora para
sempre, você nunca mais me verá
— É claro que você vai embora para sempre, você vai para o inferno
Sem piedade Luke cortou o pênis do Marco, o homem gritava de dor e
agonia. O pênis caiu no chão e Luke ordenou que um dos soldados pegassem
o membro e colocasse na boca dele. Assim o fizeram. Luke ainda não
satisfeito, começou a fazer vários cortes pelo corpo do Marco, o som abafado
dos gritos ecoavam pelo galpão. Luke parou e ainda olhando para o Marco
disse estendendo a mão
— O machado
Um dos soldados deu o machado para ele, Luke aproximou-se do Marco e
com um golpe, abriu o peito dele, sem demora ele enfiou a mão pela abertura
e arrancou de lá o coração que ainda pulsava, Marco com os olhos
arregalados, ainda se debate até que seu corpo se entrega a morte.
Luke joga o coração no chão e olha para a mulher que estava tão aterrorizada
que só a expressão da cara dela já valia a pena. Luke virou-se para um dos
soldados disse:
— Acabem com ela
— Não senhor, por favor, não faça isso, eu não tenho culpa
Os Soldados deram um soco na cara dela que desmaiou.
Luke foi para um canto do galpão e lavou as mãos em uma pia e trocou de
camisa, colocou o sobretudo e saiu de lá seguido pelo Heitor
— E agora Senhor?
— Vou para a casa, para a minha esposa
Ela vai desmaiada, imediatamente Luke corre até ela e a segura seu rosto da
do pequenos tapas
— Geovanna meu amor, acorda
Ela não se move, então ele a pega no colo e sobe as escadas correndo, entra
no quarto e a coloca na cama. Ela ainda estava desmaiada, então ele vai até o
banheiro e molha uma toalha com água, volta para o quarto e passa a toalha
no rosto dela.
Geovanna começa a acordar do desmaio, ela pensa que teve uma alucinação e
começa a chamar
— Luke, Luke
— Estou aqui meu amor
Meu Deus! não era uma alucinação, ele está ali, Luke está ali de carne e osso.
Ela abre os olhos e o vê, em um impulso senta na cama, estava tão assustada
que não encontrava palavras para falar, então Luke quebrou a tensão
— Sou eu Geovanna, não precisa ficar assustada, eu estou vivo e voltei para
você
Ela ainda o olhava com os olhos arregalados. Ele pegou em suas mãos o que
a fez dá um pulo.
— Não tenha medo amor, eu estou aqui, para você
Ele então, levou as mãos dela para seu rosto, Geovanna começou a passar a
mão, sentindo sua barba, sua pele, os cabelos, de seus olhos saiam lágrimas
grossa
— Luke —falou em um fio de voz
— Sim, Luke, seu marido, o pai do seu filho
Luke levou a mão onde ela havia estapeado e virou o rosto para a sua direção
— Tudo bem, eu mereci, não vamos brigar por causa disso, eu voltei disposto
a fazer as pazes com você. Eu estou disposto a tudo para que nosso
casamento dê certo.
Ele parou por alguns segundos a olhando com carinho e continuou
— Eu te amo Geovanna, tentei lutar contra esse sentimento mas não foi
possível. Eu te amei desde o primeiro dia que a vi, dançando no jardim na
casa dos seus pais.
Geovanna ficou olhando para ele sem piscar, seus olhos manejados de
lágrimas mas nenhuma ousaria cair pois ela não deixaria.
— Não vai falar nada?
— O que você quer que eu fale? Que você é o último homem com quem
quero passar o resto da minha vida? Que eu jamais viverei com o homem que
foi o responsável pela morte do meu pai?
Luke suspirou, ele já estava esperando por isso. Então ele a pegou
pelas mãos e a fez levantar, ajoelhou-se aos seus pés e olhando para seus
olhos disse:
— Me perdoa, eu sei que tudo que fiz foi monstruoso e nada que eu diga vai
justificar meus atos mas eu quero uma segunda chance, uma segunda chance
para nós, pelo nosso filho. Perdão amor
Então ele a abraçou ainda ajoelhado, encostou a cabeça na sua barriga e
chorou
Geovanna não sabia o que pensar, estava tão confusa, ela o queria
abraçar e ao mesmo tempo o chutar para longe dela. Ela olhou para a cabeça
dele repousada em seu ventre e pesou — Ele pode está fingindo tudo isso
somente para ter meu perdão, ele forjou a própria morte para testar as
pessoas, então seria capaz disso também.
Ela desvencilhou-se do seu abraço e olhando para ele ali, ajoelhado e com
lágrimas nos olhos disse
— Sinto muito mas eu não acredito nas suas lágrima de crocodilo, sai daqui,
amanhã eu, minha mãe e meu irmão vamos embora, esse era nosso plano e
continuará sendo. Você para mim está morto, morreu naquele avião.
Luke levantou-se e a olhou com um olhar que parecia que iam saltar
das órbitas tamanho era o ódio, o coração dela começou a bater a mil por
hora.
Ele aproximou-se dela e parou a milímetros e com uma voz baixa disse
— Pois bem, você não quer aceitar meu pedido de desculpas, tudo bem,
porém você não vai deixar essa casa. Há uma criança no seu ventre, meu
filho e você não vai a lugar nenhum com ele, caso você o faça, terá
consequências drásticas, é só um aviso.
Com isso ele saiu de perto dela, foi até a porta e virando-se para ela
disse:
— Vou te deixar sozinha para pensar. Pense bem Geovanna, pois eu não
estou aqui para brincadeiras, essa criança é minha e se você a quer também,
terá que aceitar o pacote completo, caso não, diga adeus a seu filho.
Luke saiu batendo à porta, Geovanna ficou alguns segundos olhando para ela
e logo cai em um choro desesperador.
Trinta sete
Geovanna estava deitada toda encolhida na cama, ela estava muito
enjoada, não queria nem se mover. Alguém bateu na porta forte, ela fechou
os olhos e colocou o travesseiro na cabeça, não queria falar com ninguém
naquele momento. As batidas na porta continuaram forte
— Geovanna — Chamou a mãe
Então, ela levantou-se e abriu a porta, a mãe dela entrou desesperada com os
olhos arregalados
— Eu vi um fantasma, eu vi o Luke
Geovanna suspirou forte e sentou na cama desanimada
— Não é um fantasma mãe, é o Luke
— É ele mesmo? vivo?
— Sim mãe, ele chegou ontem à noite
— Meu Deus! Você sabe o que aconteceu?
— Ele forjou a própria morte para pegar o Marco
— E você está assim, não está feliz?
Geovanna olhou para a mãe com os olhos cheios de lágrimas e sem conseguir
segura-las chorou em um choro compulsivo. A mãe a abraçou forte
— Calma filha
Entre soluços ela diz:
— É tudo tão confuso, eu estou feliz por ele está vivo mas triste pois não
podemos ter uma relação normal, eu não consigo, eu não posso perdoa-lo. Ele
disse que me ama, mas eu não consigo acreditar nesse amor.
— Filha, eu entendo, tudo que você passou não foi fácil mas pensa, ele está
de volta, tem o filho de vocês, pelo menos tenta
— Você não entende, Luke fez coisas que não dá para
perdoar, eu preciso de um tempo, um tempo para pensar em tudo isso
— Nós não vamos mas embora né?
— Não, o Luke me ameaçou, ele não vai me deixar ir embora, vai me forçar a
viver com ele, caso eu não queira, tirará o meu filho de mim
Luke passou a mão na barriga dela, seu coração quase saiu pela boca,
ela queria chorar e ao mesmo tempo gritar, era tudo tão confuso dentro dela,
como resistir a ele? Como reprimir esse sentimento tão intenso dentro dela?
— Você também pode nos acompanhar Clarice —Luke disse para a mãe dela
Eles seguiram para a sala de jantar onde a mesa já estava posta, logo o
café da manhã foi servido e Geovanna comeu bem, ultimamente ela estava
sentindo muita fome após os enjoos matinais. Depois que terminaram, Luke
preparou-se para sair a reunião, antes de sair ele levou Geovanna até a porta
para se despedirem, ele a abraçou e disse
— Cuida no nosso príncipe, mais tarde volto, estou morrendo de saudades de
você
— Você matou o Marco
Luke a afastou e olhou para ela
— Está com pena dele?
— Não é isso, é que eu não consigo aceitar que você tira a vida de outra
pessoa tão friamente assim
— Eu tiro e vou tirar a vida de qualquer um que ousar em pensar querer você,
faço qualquer coisa para tirar do meu caminho pessoas que atrapalhem o
nosso relacionamento
— Inclusive meu pai...
Ele a cortou
— O seu pai me roubou e ele mereceu o destino que teve.
— Como você quer que eu te perdoe diante de uma atitude dessas? Você nem
se quer sente remorso
— Não, não sinto e além do mais se você não quer me perdoar para mim é
irrelevante, o que importa é que você continuará casada comigo pelo resto da
sua vida, eu jamais abrirei mão de você, então por tanto, para de reclamar e
seja a esposa de um mafioso e aceita o seu destino.
Ele segurou seu rosto com as duas mãos e olhando bem para ela continuou:
— O que eu te falei ontem não é nenhuma brincadeira, eu te amo, você é a
minha vida, minha menininha, desde do dia em que a vi pela primeira vez. Eu
lutei contra esse sentimento mas não posso mais. Eu te amo demais, chega a
doer, você entende a intensidade desse sentimento?
— Eu não sei o que dizer...
— Não diga nada... Apenas sinta
Luke pegou a mão dela e levou a seu peito
— É assim que meu coração bate por você, e o tamanho desse amor que está
aqui é suficiente para você também e para o nosso filho. Vocês são a minha
família e nada nesse mundo vai nos separar, nem mesmo a sua teimosia.
Ele saiu e Geovanna ficou no hall olhando a porta, seu coração batia
em ritmo acelerado, ela o amava e não podia mas negar esse sentimento, era
mais forte que o sentimento de desprezo. Ela não iria perdoa-ló
nunca pela morte do seu pai mas iria tentar aceitar esse casamento, aceitar ser
a esposa de um mafioso. Com esse pensamento ela foi ao encontro da mãe,
nunca revelaria a ela o que o Luke fez a seu pai, isso seria dolorido demais
para ela.
— Mãe?
— Estou aqui.
Elas sentaram na sala e a mãe perguntou
— E então, vocês se entenderam?
— Mais ou menos, eu vou tentar viver esse casamento, não adianta lutar mãe,
porém não vou deixá-lo conhecer meus sentimentos, eu não vou dizer que o
amo, eu tenho o meu orgulho e além
do mais eu não o perdoei por tudo que ele fez a mim.
— Você quer fazê-lo arrastar-se aos seus pés?
— Ele praticamente fez isso me pedindo perdão, porém ele não se arrepende
de nada que fez, então esse pedido de perdão não vale nada para mim.
— Filha, não seja tão orgulhosa, as vezes o orgulho só faz sofrer.
— Não importa, o que eu já sofri desde que ele entrou na minha vida,
qualquer outro sofrimento é fichinha
— Tá bom filha, só não esqueça que você não pode estressar
— Eu sei
Ela olhou a hora e eram sete e meia, então resolveu descer e ir para a
sala que ele gostava de ficar para esperar a hora do jantar. Ao chegar lá, ele
não estava na sala, mesmo assim ela resolveu sentar e esperar. Os minutos
foram passando e nada dele aparecer — Será que ele não vem jantar? —
pensou
Luke por sua vez, começou a despi-la, ele a beijava no pescoço, colo,
conforme ia desnudando-a
— Como te quero anjo, como senti sua falta, diz que você é minha, diz que
me quer, diz que sou o único em seus pensamentos
— Eu sou sua, eu te quero muito
Ele então a pegou no colo e a colocou na cama, ela estava só de calcinha. Ele
foi deslizando a mão pelo seu corpo até chegar na peça, ele foi tirando a
calcinha lentamente, Geovanna suspirava com dificuldade tamanho era o
desejo dentro dela, ele começou a beija-lá pelo corpo, seus lábios deixavam o
rastro de fogo por onde passava de Geovanna, ela estava quente, preparada
para recebê-lo dentro dela, sua vagina latejava completamente molhada. Ele
beijou seu ventre e entre beijos disse:
— Eu vou amar a sua mamãe como nunca amei antes filho.
Ele continuou a explorar seu corpo e Geovanna mordia os lábios inferiores,
ela estava completamente entregue aquele homem. Ele chegou até sua
intimidade, e ali ele deleitou-se, passando a língua pelos clitóris e por todo os
lábios da vagina até chegar na sua abertura, ele começa a passar a língua ali,
o que faz ela arquear o corpo e gemer
— Por favor Luke
— Calma amor, eu vou te dar tudo, não se preocupe, eu sou seu
Ele continuou explorando sua vagina com a língua e quando ela já estava no
limite, ele parou e posicionou seu pênis potente em sua entrada e a penetrou
com cuidado, ela sentiu uma leve ardência que a preocupou por um momento
mas quando Luke começou a mover-se dentro dela, rapidamente esqueceu o
pequeno incômodo e se entregou aquele momento mágico. Luke foi
intensificando as estocadas de maneira firme porém sem violência, ele estava
sendo gentil e muito cuidadoso. Geovanna seguia seu ritmo, ela gemia e o
arranhava nas costas. Ele aprofundou mais o pênis até entrar tudo, ele ia
fundo e os movimentos de vai e vem já estavam em
um ritmo acelerado, nada mais importava, somente aquele momento de
entrega, de amor, ela o ama e de seus lábios saiu essas palavras entre
gemidos
— Eu te amo
Nesse momento ela cai em um orgasmo delicioso, sua vagina lateja em volta
do pênis dele, Luke também goza e seu líquido quente se derrama dentro
dela, os dois se entregam aquele momento único. Seus corpos suados, se
recuperam. Luke a abraça forte, enterrando sua cabeça no peito dela. Eles
ficam assim por um longo tempo, até que Luke sai de dentro dela e deita do
seu lado de costas, Geovanna vira para o lado dele, ela queria lhe dizer o
quanto o amava, o quanto sofreu quando pensou que estava morto mas as
palavras não saiam de sua boca.
Ele voltou-se para ela, abraçou-a e a fez deitar em
seu peito.
Luke estava sendo maravilhoso, ela nunca imaginou que ele seria tão paciente
e carinhoso. Ele atendia todos os seus desejos, dava apoio, estava sendo um
marido exemplar
Quando Geovanna terminou se pegar sol, todos entraram na casa para tomar
o café da manhã, como
ela estava bem, também tomou o café da manhã junto com todos.
Luke não quis ouvir, ele pegou a sua arma e apontou para todos da equipe
— Me deixa passar ou eu enfio uma bala na cabeça de cada um
Todos ficaram parados assustados, Edward então entrou na frente do Luke e
disse:
— Abaixa a arma, você não vai poder fazer nada pela Geovanna agora mas
eles sim, se você matá-los, matará a Geovanna também
Geovanna já havia ido para o quarto e Luke ficou com ela o tempo todo. Ele
acabou dormindo no sofá do quarto dela. Ao amanhecer ela acordou, olhou
para o lado e viu o Luke, ela o chamou
— Luke, Luke
Ele acordou e rapidamente foi para o lado dela
— O que foi, está sentindo alguma coisa, vou chamar a médica
— Cade meu bebê?
— Ele está bem, não precisa se preocupar
Luke apertou o botão para chamar uma das enfermeiras
— Eu quero ver meu bebê Luke, onde ele está?
— Está na UTI neo natal, ele nasceu pequeno, vai ter que ficar lá por um
tempo
— Ele está bem mesmo?
— Sim
Nesse momento a enfermeira entrou
— Olá Senhora Salvatore, que bom que acordou, a médica está vindo aqui já
já, agora eu vou medir a sua pressão e sua temperatura. A senhora passou por
uma cirurgia, a médica vai lhe explicar tudo
— Eu quero o meu filho
— Logo logo a Senhora vai vê-lo, por enquanto temos que cuidar da Sua
saúde, não quer que seu filha a veja doente né — a mulher sorriu mas ela não
conseguia sentir feliz, ela queria ver o filho logo.
Nos dias que se passaram, Geovanna ficou no hospital, ela passou a poder
pegar o bebê e aninha-lo
em seu peito, segundo os médicos isso era bom para a recuperação dele, as
vezes o Luke ficava com ela e ele também pegava o bebê. Eram momentos
mágicos para eles. Lorenzo começou a ganhar peso e depois de algumas
semanas estava pronto para ir para casa.
Geovanna deitou na cama e logo o seu celular vibrou, ela olhou para a tela e
com um sorriso, atendeu
— De novo Luke?
— Só liguei para saber como você está
— Você ligou a meia hora atrás
— Eu sei mas não consigo me concentrar em nada, só penso em você e nosso
filho
— O Lorenzo está dormindo e eu vou aproveitar para dormir um pouquinho
também
— Hum! vou deixar você descansar então amor mas sonha comigo tá
— Eu acho que vou sonhar com outro homem que também tem os olhos
azuis e adora sugar meus seios
Ele riu
— Falando essas coisas você me deixa de pau duro
— Então é melhor tomar um banho frio porque se chegar perto de outra
mulher, vai perder essa parte da sua anatomia
— Duvido! você não vai se privar dessa parte da anatomia do seu marido,
você gosta dele tanto quanto eu
— Você é muito convencido
— Só sou realista e confio no meu potencial
— Luke, tenha uma boa tarde tá.
Ela desligou o celular e suspirou, tinha certeza que ele transava com outras
mulheres, eles não tinham nada a meses e um homem como ele não fica sem
sexo por tanto tempo.
O celular dela começou a vibrar de novo, era ele mas não iria atender, nesse
momento só queria descansar um pouco, o Luke a está sufocando.
Ela deita na cama, o celular para de vibrar.
Ela não respondeu nada, estava cansada e queria dormir, o Luke estava sendo
maravilhoso mas ela não confiava nele. Ela suspirou fundo e dormiu, o bebê
daqui a pouco vai acordar e ela precisa descansar.
Depois de uma hora ela acorda com alguém entrando no quarto, era o Luke,
ele vai até a cama dela e senta do lado
— Já é noite? — pergunta meia desorientada
— Não, eu vim pra gente conversar
— Luke por favor, já disse que acredito em você
— Eu sei que você não está falando a verdade, eu sei que não confia em mim
— Você não me deu motivos para acreditar em você. Disse que sempre me
amou desde que me viu pela primeira vez e no entanto transava com outras
mulheres depois do nosso casamento.
— Eu sei, eu fui um estupido mas eu lutava contra esse sentimento, eu queria
provar para mim mesmo que eu não precisava somente de você, eu podia ter
quantas mulheres que eu quisesse, que você não mandava no meu coração e
além do mais você me desprezou, não aceitou o nosso casamento
— Mas é claro que não aceitei, como iria aceitar um casamento com um
homen que nunca vi na vida.
— Eu entendo e por isso eu fui tão cruel com você, eu queria que você me
aceitasse, eu queria que você me amasse como eu a amava
— Luke, você não pode tomar o amor de uma pessoa, é preciso conquista-lo.
— Eu consegui? Você disse que me amava na nossa última noite juntos
— Eu disse, eu não sei porque mas eu sinto algo especial por você, talvez
seja amor ou somente uma maneira de me proteger
— Se proteger? De mim?
— Você ameaçou tirar o meu filho de mim caso eu não te aceitasse, o que
você acha que eu senti? — Ela falava isso com a voz alterada
Eles ficaram se olhando por algum tempo, então Luke resolveu falar
— Eu não posso Geovanna, eu não posso abrir mão de você, eu queria te
deixar viver a sua vida, seguir sua carreira mas eu não estou preparado para
isso... Eu... Eu não gosto nem de pensar em você perto de outros homens.
— Mas Luke, eu não preciso ficar perto de outros homens quando danço, há
bailarinos mas é tudo muito profissional
— E os homens que vão assistir?
— Eles não vão poder me tocar
— Eu não consigo, eu morria de ciúmes quando via você nas aulas de dança
e você precisava fazer par com algum bailarino
— Você me via nas aulas? — Ela perguntou com surpresa
— Todas elas, eu estava lá, a observando, você não podia me ver, eu ficava
em uma sala com vidro escuro.
Geovanna ficou pensando sobre aquilo, o sentimento dele é mais que amor, é
possessivo, era como uma droga.
— Geovanna, quando eu pensei que você preferia morrer do que viver
comigo, eu fiquei arrasado e foi nesse momento que decidi fazer coisas para
que você nunca mais pensasse em tirar a sua vida
Geovanna empalideceu, ela tinha que contar para ele que não havia tentado
tirar a própria vida
— Não Luke, não é verdade, eu não queria me matar aquela noite
Ele levantou imediatamente e a olhou assustado
— Não?! mas eu vi você se afogando e quando tentei te resgatar, você lutou
contra mim
— Na verdade eu senti uma cãibra forte em uma das pernas e quando você
chegou eu não aguentava mais lutar, eu pensei que iria morrer. Quando você
me segurou, eu entrei em desespero. Foi isso que aconteceu
— Por que me deixou acreditar que queria se matar?
— Porque você havia me violentado...
Ela parou de falar pois a voz não saia mais, as lágrimas começaram a descer
pelo seu rosto. Ela respirou fundo e voltou a falar
— Como você acha que me senti Luke? Você descontava a sua raiva me
tomando a força...
Ele a cortou
— Não amor, não! Eu não vou justificar o que fiz com você e não vou te
dizer que me sinto culpado porque eu não sinto. Eu não sou um homen bom
Geovanna e nunca serei. Se for preciso, farei coisas para ter o que eu desejo e
o que eu mais desejo é você.
Ela o olhou e não disse nada, não havia nada a dizer, apenas se levantou, ele
também fez o mesmo, ela aproximou-se dele e passou a mãe no seu rosto
— Vou ver o nosso filho
Ela se virou e saiu, Luke ficou olhando para a porta sério.
***
Geovanna baixou a cabeça, ela agora estava entendendo que jamais faria
qualquer coisa sem que ele não soubesse, que jamais teria liberdade enquanto
ele fosse vivo, que jamais teria a sua própria vida enquanto vivesse com ele.
Ela olhou para o filho que dormia no bebê conforto e sorriu, pelo menos tinha
ele para cuidar até quando Luke decidisse ensiná-lo a ser um mafioso frio e
assassino como ele.
Geovanna escutava tudo aquilo horrorizada, ela não acredita no que estava
ouvido, era tudo tão nojento que estava com vontade de vomitar
Luke com ódio no olhar, tirou a arma da cintura e apontou para ela
— Sai daqui, sai da minha frente se não eu acabo com você agora mesmo
— Não Luke, não faça isso — Geovanna tenta intervir
— Atira seu bastardo, vai! Acaba logo com isso
— Por favor Antonella, vai embora, não piora as coisas — Geovanna
suplicava
— Eu vou mas convença seu marido a me liberar mais dinheiro, se não eu
vou voltar!
— Você não vai, nessa casa você não entra mais e não chegará perto da
minha família.
Luke colocou a arma de volta na cintura, pegou o celular e chamou
— Eliot, venha até aqui
— Não precisa chamar seus brutamontes, já estou de saída
Eliot chegou nesse momento
— Acompanha essa mulher até a saída e a partir de hoje ela não tem acesso a
essa casa
— Vamos Senhora
Antonella olhou para eles com olhar de desdém, virou as costas e saiu
Luke ficou olhando para a direção que ela havia saído. Geovanna chegou
perto dele e segurou em seu braços, ele reagiu puxando-o
— Você não está com nojo de tudo que escutou?
— Sim, estou chocada mas ao mesmo tempo te entendo, você era só uma
criança
— Não fui sempre só uma criança, eu transei com a minha "mãe" Até os 23
anos, tudo bem que ela me ameaçava dizendo que ia contar para meu pai se
eu não transasse com ela mas eu gostava, eu gostava de trepar com a minha
mãe.
— Ela não é sua mãe de verdade
— Mas eu não sabia disso, por tanto, saber disso agora não ameniza o que eu
fiz.
— A culpa foi dela, ela sabia de tudo.
Ele a olhou com os olhos tristes, um olhar que ela nunca viu nele. Ela foi em
sua direção e o abraçou, ele não precisava de julgamentos mas de
alguém que o amasse. Ele nunca recebeu esse sentimento de ninguém.
A porta do quarto abriu e Luke entrou, ele estava todo desalinhado, cabelo
bagunçado, a gravata afrouxado, parecia que havia bebido, Geovanna sem
querer julgar disse:
— Que bom que voltou, estava preocupada
— É mesmo? Tem certeza que você queria que eu voltasse?
— É claro Luke, você é meu marido, o pai do meu filho, não quero que nada
de mal aconteça com você.
Ele a olhou sério, aproximou-se dela e a fez sentar na cama. Depois, puxou
uma poltrona até para perto dela, sentou de frente e a olhou
— Deixa eu te contar a minha história, eu não quero me justificar e nem que
sinta pena de mim mas eu preciso falar e preciso que alguém me ouça.
— Eu estou aqui para escutar
—Eu tinha 13 anos quando Antonella me iniciou no sexo.
O estômago de Geovanna embrulhou, ela não tinha certeza se conseguiria
ouvir aquilo mas precisava, para ajudá-lo a superar, ela precisava ouvi-lo. Ele
continuou:
— Eu era só um menino que estava começando a conhecer a própria
sexualidade, eu me masturbava e Antonella me pegou fazendo isso, ela
simplesmente disse que eu não precisava fazer aquilo, ela ia me ensinar e
assim ela me iniciou. A primeira vez eu achei aquilo nojento, eu tinha
transado com a minha mãe e tinha gozado. Eu me senti culpado e vomitei.
Ele estava em seu quarto, segurava seu pênis e massageava. Suas mãos
estavam tremendo. Ele começou a se masturbar, fechou os olhos e começou a
gemer, a porta abriu de repente e ela entrou
— O que está fazendo moleque?
— Nada!
Ela ficou olhando para ele e deu um sorriso
— Eu sei o que você estava fazendo Luke, seu pai ainda não te levou para o
prostíbulo? Já tem 13 anos, não era para ser virgem ainda.
Ela se aproximou dele, sentou na cama, o menino a olhava com os olhos
arregalados
— Você sabe que a mamãe aqui é responsável a te ensinar tudo, vou te
ensinar a ser um homem.
PASSADO
PASSADO
Geovanna estava com lágrimas nos olhos, ela tentou segurar mas não
conseguiu, tudo aquilo que ele estava falando era muito triste.
— Quando fiz 18 anos, eu decidi que não iria mais transar com a Antonella,
porém meu pai um dia chegou para mim e disse que havia uma coisa que um
mafioso deveria saber: Traição é algo imperdoável e o destino é a morte, seja
quem for. E sempre haveria alguém que me trairia e disse para não confiar
em ninguém. Por esse motivo, quando Antonella começou a me ameaçar que
iria dizer para o meu pai o que a gente fazia, eu cedia, não queria que meu pai
me visse como traidor. Então a partir dali, parei de resistir e passei a gostar,
ela me dava prazer e isso para mim era o que importava. Eu me via apenas
como um amante dela, não como filho.
PASSADO
— Essa situação durou até meus 20 anos quando fui morar na Itália com a
família do meu pai, fiquei lá por 3 anos, nesse período não tive mais contato
com a Antonella, porém já não era um menino que sentia medo, já havia me
transformado em um mostro. Quando retornei, no primeiro dia que estava em
casa, essa mulher entrou no meu quarto e disse que eu tinha que transar com
ela, eu não me importei, já não sentia mais, ela queria ser fodida, então eu o
fiz só que meu pai chegou na hora e pegou a gente naquela situação. Ele teve
um ataque cardíaco fulminante e morreu na minha frente. Logo depois do
enterro do meu pai, eu expulsei a Antonella de casa, assumi a Máfia e me
tornei essa pessoa que sou hoje.
PASSADO
Depois de três anos ele voltou já um homem formado, pronto para assumir a
Máfia Salvatore. O pai estava muito orgulhoso, ele tinha transformado o
filho em um perfeito Mafioso
— Você é perfeito filho, se saiu melhor do que eu imaginava.
Ele parou de falar, O silêncio era tão pesado que poderia ser tocado
— Antonella nunca me amou, ela me odiava, agora sei porque. Ela sempre
me maltratou, me batia desde que me conheci por gente.
Uma pausa, ninguém falava
— É isso, essa é minha história.
Geovanna levantou a cabeça, olhou para ele que estava com a cabeça
baixa, se aproximou e o puxou para junto dela, o fez deitar em seu colo.
— Eu vou te ajudar, eu sei que essas cicatrizes são difíceis de apagar mas eu
vou pelos menos tentar amenizar esse sentimento em você.
Ele levantou a cabeça e pegando em seu rosto disse
— Não Geovanna, eu já superei isso, eu não vou me tornar um cara bonzinho
só porque eu te contei essa história, eu sou que o que sou e nada vai me fazer
mudar. Eu só quero que você me aceite do jeito que eu sou.
— Eu te aceito, eu quero te dar tudo aquilo que você não teve: Carinho,
consolo, proteção e o principal, amor.
— Você é muito generosa, mais não preciso de consolo e proteção, somente
do seu amor, isso me basta. Eu preciso que me ame, assim como eu te amo,
sem reservas, sem medo, sem obstáculos.
Ela sorriu para ele. Nessa hora, Luke a abraçou forte e a fez deitar na
cama, ele a beijou com paixão, Geovanna fechou os olhos e não queria pensar
em nada, só queria sentir, só queria amar aquele homem. Assim eles
passaram a noite toda na cama se amando. Foi uma noite mágica.
Quarenta um
PENÚLTIMO CAPÍTULO
6 MESES DEPOIS
Ela insistiu que ele precisava procurar um psicólogo mas ele disse que
não estava doente e não precisava de psicólogo, ele foi irredutível. Então a
Geovanna decidiu ser a própria psicóloga dele, dando aquilo
que ele nunca teve: Amor
A apresentação de hoje à noite foi meio que uma surpresa para ela,
não esperava isso, ele disse que foi um presente de aniversário de casamento.
Ela ficou tão feliz. Claro que não era uma apresentação normal mas ela não
se importava, se tinha um público, já estava ótimo.
Quando o ensaio acabou ela foi para o quarto descansar um pouco até
a hora de começar arrimar-se. Ela dormiu um pouco e acordou com o
despertador do celular. Levantou rapidamente e foi tomar um banho. Ao
terminar, se vestiu com um vestido de maneira casual, não passou nenhuma
maquiagem pois iria se arrumar no local da apresentação. Ela já estava dando
os últimos retoques na aparência quando Luke chegou, ele já estava arrumado
com um smoking de caimento perfeito, ele estava lindo.
Ela se desfez do abraço dele e saiu do quero seguida por Luke, eles chegaram
no quarto do bebê e ele estava dormindo, a babá estava sentada na cadeira do
lado do berço dele
— Acabou de dormir senhora
Eles chegaram perto do berço e ficaram olhando para aquele anjinho em seu
sono profundo.
— Fica com Deus filho
Geovanna ficou sem graça, a impressão que ela tinha era que todos
achavam que ela era um snobe que exigiu que o marido montasse um
espetáculo somente para ela apresentar-se como bailarina principal, isso a
deixou triste
A bailarina continuou
— Mas essa apresentação vai ser muito boa, dizem que o prefeito de Nova
York está aí e muita gente do dinheiro, tomara que alguém reconheça o meu
talento e me patrocine
— Tenho certeza que encontrará alguém
Luke estava sentado em sua mesa e a olhava sério, ele odiava pensar
que todos a estavam admirando, sem perceber, apertava o celular que estava
em sua mão, ele começou a ver as coisas em câmera lenta na frente dele, tudo
ficou vermelho, as pessoas aplaudindo o incomodava. Ele começou a ficar
com ódio de todas aquelas pessoas — Ela é minha, só minha — Pensava
Geovanna estava executando os passos finais, ela girou por todo o palco e
recebeu aplausos, ela foi até o centro e com os últimos passos terminou a
apresentação. Todos aplaudiram de pé, menos Luke que continuava sentado,
com a cara fechada.
Alguém disse
— Sua esposa é perfeita Luke
Ele não disse nada, continuou do jeito que estava
Geovanna agradeceu o público, seu coração batia acelerado, ela estava tão
emocionada que não estava contendo as lágrimas
— obrigada
Os aplausos se estenderam por algumas minutos até enquanto Geovanna saia
do palco. Ela chegou emocionada atrás da cortina e abraçou a professora
— Você foi perfeita
— Obrigada
Ele não disse nada, andou até porta e trancou, ela ficou olhando para o que
ele estava fazendo
— O que está fazendo?
Ele ainda em silêncio, aproximou-se dela, ela o olhava meio assustada, ele
parecia alterado. Então ele enlaçou sua cintura e a puxou para ele, o tutu que
ela estava usando era rígido e atrapalhou o que ele queria fazer
— Tira isso — disse com uma voz irritada
— Luke o que foi? Por que está agindo assim?
— Não pergunta, apenas faça o que estou mandando
Ela ficou olhando para ele e resolveu fazer o que ele mandou. Virou-se e
colocou o buquê de flores em um canto, levou a mão a cintura e desfez as
amarras do tutu o tirando.
Ele sem demora a abraçou por trás, ela suspirou, ele a beijava no
pescoço com loucura, como se nunca tivesse feito aquilo antes. Então a fez
virar de frente e a sentou no tampo da penteadeira, derrubando todos os
objetos que estavam em cima no chão. Ele a beijava com urgência e enquanto
fazia isso ia abaixando o colante dela até deixá-la nua. Geovanna gemia de
excitação. Ele começou a passar a mão na vagina dela, estimulando o clitóris,
ela gemia
— Você gosta disso ?— Ele perguntava em sussurro no seu ouvido
— Sim — Ela falava com a voz alterada pelo desejo
— Você gosta de se mostrar para os homens?
— O que? — Ela tentou se afastar mas ele a segura com força
— Me solta Luke, você está louco
— Isso, estou louco, estou louco para meter uma bala na cabeça de cada
homem desse lugar
— Luke, foi você que montou esse espetáculo
— E me arrependi, no momento em que a vi no palco
Ela passou a mão no rosto dele e disse com carinho
— Não fica com ciúme, eu sou só sua, sua mulher, sua amiga, sua
companheira, não precisa ficar assim meu amor
Ele a abraçou e repousou a cabeça em seu peito
— Eu preciso tanto de você amor, tanto
— Me ama, continua o que você estava fazendo
Ele a colocou sobre a mesa de novo e sem demora a penetrou, eles se amaram
entre gemidos e juras de amor. Ao terminarem, ela ajudou ele ajeitar a roupa
e foi colocar o vestido de gala que havia trazido para cumprimentar as
pessoas depois da apresentação.
Quando ela terminou, eles saíram juntos do camarim e seguiram para o salão,
a apresentação já havia terminado e estavam aguardando eles para começar as
apresentações.
Eles andaram por todo o salão e ao final Luke a conduziu ao último casal que
iriam dividir a mesa do jantar com eles
— Amor, esse é o Alex Vittalo e a esposa dele, Júlia Vittalo
— Prazer Senhora Salvatore, dançou divinamente — Júlia falou
cumprimentado-a
— Obrigada Senhora Vittalo mas pode me chamar de Geovanna
— E você pode me chamar de Júlia
Todos se sentaram. Luke e Alex começaram a conversar sobre negócios e
Geovanna e Júlia também começaram a conversar
Ele não disse nada, apenas a aninhou em seus braços e assim, seguiram a
viagem até em casa.
Quarenta dois
ÚLTIMO CAPÍTULO
Por causa do incidente da manhã, Luke não estava para muitos amigos, o café
da manhã foi sem conversa e antes dele sair, somente deu um beijinho no
Lorenzo e saiu. Geovanna ficou arrasada, ele havia prometido pensar sobre o
assunto na primeira vez que ela havia falado sobre aquilo, agora reage assim,
Luke é muito complicado.
Geovanna passou uma parte do dia com a mãe, ela gostava muito de
ficar com o Lorenzo o paparicando, ela acabou almoçando lá mesmo, depois
do almoço ela resolveu ir embora, o Lorenzo estava dormindo no carrinho.
Ela seguiu pelo caminho e quando chegou em casa, escutou a voz do Luke
alterada. Ela achou estranho ele está em casa aquela hora. Resolveu subir,
não queria atrapalhar os negócios dele. Ao chegar perto da escada ela escuta
ele bater com os punhos fortes sobre a mesa, ela se assusta e da um pulo
— Não quero saber, eu quero ela morta amanhã
— Mas ela já está no fundo do poço Luke, você a deixou sem nada
Ele deu uma gargalhada diabólica
— Era isso que eu queria, vê-la sem nada, agora quero vê-la no inferno. Faça
o que eu mandei Edward, manda alguém matar aquela vagabunda
— Tudo bem
Geovanna suspirou e decidiu não pensar sobre como cruel era o Luke,
era melhor assim, somente viver um dia de cada vez. Quem sabe que com a
morte dela, finalmente ele esqueça isso tudo de vez. Ela levantou e deitou na
cama, pegou no sono.
***
Geovanna olhou para o Luke, ela não conseguia enxerga-lo direito pois seus
olhos estavam banhado em lágrimas, sua voz também não saia, era tanta
emoção que seu coração parecia que iria sair pela boca. Ela simplesmente o
abraçou, eles ficaram assim por um longo período, a mulher os olhava
emocionada.
Quando ela desfez o abraço, olhou para ele ainda com os olhos em lágrimas
— Quer ir conhecer sua filha Senhora Salvatore
Ela olhou para a mulher e entre risos e lágrimas disse:
— Sim
Eles saíram da Sala e foram para uma outra sala. Ao entrarem havia uma
mulher e uma linda menina de uns 3 anos usando seu vestido rodado com
flores, os cabelos ruivos e os olhos verdes puros os olhava com um pequeno
sorriso tímido
— Mia, essa é sua nova mamãe, Geovanna
A menina a olhou e com um sorriso aberto, correu para os seus braços,
Geovanna abaixou-se e a abraçou forte. Era tanta emoção que ela não
conseguia segurar as lágrimas, a menina então afastou-se dela, passou os
dedos em sua face e perguntou
— Por que ta cholando mamãe?
— porque eu te queria muito
— Voche vai me levar pa shua casa pa sempre
— Sim, sim, para sempre
Luke abaixou-se perto delas e a menina olhou para ele
— Voche é meu papa?
— Sim pequena e você tem um irmãozinho, Lorenzo
— Oba! vou poder bringar com ele?
— Sim meu amor, sim
No final das compras, Geovanna comprou sorvete para ela e seguiram para
casa, conhecer o irmãozinho. Ao chegarem, Mia olhou encantada para a casa
— É grande
— Sim, e tem um playground nos fundos com muitos brinquedos, você pode
brincar com seu irmãozinho lá.
— Oba!
Ela entrou na casa correndo, Luke a pegou no colo e subiram as escadas
Eles chegaram no quarto do Lorenzo e ele correu para junto da mãe, quando
ele viu a Mia, se agarrou a mãe tímido
— Filho, essa é a sua irmãzinha, Mia, fala oi para ela
— Oi — O menino falou tímido
— Oi, Voche quer bringar?
Ele olhou para a mãe que disse:
— Pode ir brincar com ela, é sua irmã
Eles seguiram em direção onde ficava os brinquedos do Lorenzo e
logo começaram a brincar, Geovanna sentou com eles e brincou junto. Luke
ficou de pé olhando para a sua família que agora estava completa, só de ver a
felicidade estampado no rosto da Geovanna, já fazia tudo valer a pena. Ele se
retirou e foi para seu escritório da casa. Tinha trabalho a fazer.
Geovanna foi para o quarto dela, com um sorriso de largo no rosto, ao entrar
o Luke estava lá, sem demora ela correu para seus braços e entre beijos disse:
— Obrigada, obrigada,obrigada, obrigada
Ele rindo disse
— Tem outra maneira para você me agradecer amor
Ela riu e ele a deitou na cama.
NATAL
Todos saíram para receber a neve de natal, somente Luke não foi
brincar, ele ficou na varanda sentado observando sua família no quintal. Um
sorriso de lado estampava sua cara, indicando o quanto feliz ele estava. A
vida deles nao era perfeita, Geovanna ainda era introspectiva em varios
assuntos, não o havia perdoado pela a morte de seu pai e muito menos se
dobrava totalmente as seus desejos, contudo, era amorosa, carinhosa com as
crianças e principalmete amava seu marido, mesmo com todos os defeitos. O
amor as vezes não escolhe em qual solo crescer, ele simplesmente cresce,
como uma erva daninha que quanto mais se arranca seus ramos mais ela
florece. Luke e Geovanna estão vivendo um dia de cada vez e a felicidade,
essa surge a cada nacer do sol, só depende de nós.
Fim
Obrigada