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A prometida

Um romance da Máfia

Jacque Dark
Copyright © 2019 por Jacque Dark

Revisão: Jacque Dark

Capa: Jacque Dark

Todos os direitos reservados

Essa é uma obra de ficção, qualquer semelhança com fatos ou pessoas reais é
mera coincidência.

Dedico essa obra a todos os meus leitores do Watppad em


especial as leitoras:
Annyshwann - Cecy

Kiamarina – Marina

JK​_Clarke - Kelly
1 SUMARY
UM

DOIS

TRÊS

QUATRO

CINCO

SEIS

SETE

OITO

NOVE

DEZ

ONZE

DOZE

TREZE

QUATORZE

QUINZE

DEZESSEIS

DEZESSETE
DEZOITO

DEZENOVE

VINTE

VINTE UM

VINTE DOIS

VINTE TRÊS

VINTE QUATRO

VINTE CINCO

VINTE SEIS

VINTE SETE

VINTE OITO

VINTE NOVE

TRINTA

TRINTA UM

TRINTA DOIS

TRINTA TRÊS

TRINTA QUATRO

TRINTA CINCO

TRINTA SEIS

TRINTA SETE
TRINTA OITE

TRINTA NOVE

QUARENTA

QUARENTA UM

QUARENTA DOIS
Um

Hoje é o aniversário de 18 anos de Geovanna, finalmente a maior


idade — Agora meu pai não pode me proibir de fazer as coisas, em fim
beijarei na boca de verdade — pensou ela animada. Geovanna saiu do quarto
correndo e desceu as escadas, logo encontrou Olívia a empregada da casa.
— Olívia, hoje é a minha liberdade, estou fazendo 18 anos — ela lhe deu um
abraço forte.
— Menina Geovanna, já não tenho idade para tanto — Olívia falou rindo.
— O que temos para o café da manhã hoje? Tem que ser algo especial, é meu
aniversário
— Estou vendo que alguém acordou de bom humor — O pai de Geovanna
falou.
— Papai, hoje é a minha liberdade, lembra que você disse que eu seria livre
aos 18 anos
— Sim, lembro, e o dia que você mais queria chegou finalmente
O pai parecia triste.
— Sim, você vai me deixar sair hoje à noite não é papai? Quero comemorar,
ligarei para Katy e combinaremos de sair, ir em alguma boate talvez
— Espera um minuto mocinha, você não vai sair à noite, fez 18 anos, mas
ainda está sob a minha responsabilidade até se casar
— Papai, eu não pretendo me casar tão cedo e além do mais se eu não sair
para conhecer rapazes como vou me casar?
O pai a olhou desolado e tentou lhe falar mas não conseguiu.

A mãe de Geovanna apareceu e olhou para o marido também com


o semblante preocupado.
— Mamãe, hoje é meu aniversário
— Eu sei filha
— Gente, o que há com vocês? Não estão alegres?
Os pais dela a observavam com cara de tristeza e nada falaram. Logo seu
irmão apareceu
— Melhor contar logo para ela — ele disse com semblante preocupado
— Sobre o que estão falando?
— Sobre nada filha, curta seu dia — O pai falou beijando-a
— Vamos tomar nosso café da manhã — A mãe disse

Todos se dirigiram a mesa, Olívia começou a servi-los. A família


de Geovanna vivia em boas condições em um bairro nobre de Nova York em
uma casa confortável estilo brownstone. Ela não sabia exatamente do que o
pai trabalhava, mas tinha noção que ele trabalhava para alguém poderoso, o
irmão também trabalha para a mesma pessoa. Nada nunca lhes faltou,
Geovanna estudou em ótimas escolas e desde os três anos de idade dança
balé, sua paixão. Ela estuda em uma das mais conceituadas escola de dança
de Nova York, a Bolshoi Ballet Academy. Seu sonho é tornar-se uma grande
bailarina, no entanto ela nunca se apresentou, o pai nunca permitiu que ela
fazesse apresentações, apesar de ser regularmente requisitada pelos seus
professores.

Mas agora que fez 18 anos, ela vai tomar suas próprias decisões, o
pai dela vai ter que entender isso. Geovanna é muito agradecida a família, seu
pai, apesar de ser rígido sempre foi amoroso. A mãe, uma mulher miúda e
delicada, sempre pronta a servir a família e educar os filhos da melhor
maneira possivel, especialmente ela. O irmão de Geovanna, a protegeu de
tudo, mais velho que ela 7 anos, age como um guarda-costas, onde ela vai ele
a acompanha a mando do pai.

Geovanna sente-se uma bonequinha de cristal que a qualquer


baque pode quebrar-se e isso a estava incomodando, ela queria ter a própria
vida, ter suas desventuras, conquistas, paixões e medos. Ela é muito
agradecida a família, porém a partir de agora tomará as rédeas de sua vida.

O café da manhã terminou e Geovanna foi para seu quarto, os pais


dela seguiram para o escritório para descutirem sobre o destino de Geovanna.

— Não podemos mais esconder Robert, ela precisa saber


— Vamos segurar mais alguns dias, Luke não entrou em contato e não falou
mais sobre isso, talvez ele tenha desistido
— Acredita realmente nisso? Você sabe como ele é, com certeza irá cobrar
— Eu sei, eu sei, irei falar com ele, eu vou dar um jeito nisso, também não
suporto pensar que nossa filha casará com ele
— Faça isso o quanto antes, é nossa última esperança, venho convivendo
com esse tormento a três anos e não suporto mais

Nesse momento, o celular de Robert tocou, ele olha a tela, é o Luke, então
fixa o olhar na esposa e logo atende.

Robert: Senhor
Luke: Quero você no meu escritório agora.
Robert: É sobre o casamento?
Luke: E o que mais seria?
Robert: Sim Senhor.

Robert desligou a chamada e a esposa perguntou:


— E então?
— Ele me convocou para uma reunião para falar sobre o casamento
— Você tem que aproveitar essa oportunidade e falar com ele
— Eu vou tentar

Geovanna estava em seu quarto e conversava com sua melhor


amiga pelo face time.
— Já pedi para o meu pai me deixar sair hoje à noite, mas ele disse que não
— Ele disse que você podia ser livre quando completasse 18 anos
—Sim, mas ele veio com um papo de que tem que cuidar de mim até eu
casar, como se eu fosse casar tão cedo. Eu não aguento mais essa
superproteção

Alguém bateu na porta.

— Só um minuto amiga, alguém está batendo

Então ela disse em voz alta:

—Entra!
O irmão de Geovanna abre a porta, e sem entrar, mostra a cabeça e olha para
dentro do quarto
— Posso entrar?
— É o meu irmão Katy, vou desligar, depois nos falamos.

Ela desligou a chamada e disse para o irmão


— Entra Fabrício
— Estava falando com a katy? — Ele perguntou adentrando o quarto
— Sim
— Vim convida-la para almoçarmos juntos, vou te levar no Ellen's
restaurante
— Eu adoro esse restaurante. Não vai trabalhar hoje?
— Não,tirei o dia de folga para ficar com você no seu aniversário
— Obrigada, você é o melhor irmão do mundo
Fabrício a observou com um olhar triste, ele fez menção de falar alguma
coisa, porém
não conseguiu, Geovanna percebeu sua aflição
— O que foi Fabrício, até você com essa expressão de enterro, hoje é meu
aniversário e vocês estão agindo muito estranho.
— Não é nada, só que você já não é mais a minha garotinha das tranças
ruivas, agora é uma mulher linda e talentosa
— Ah seu bobo! Vou continuar enchendo o seu saco por muito tempo ainda
— Ela riu.
O Irmão a olhou e a abraçou. Logo desfez do abraço e disse:
— Vamos?
— Sim!
Geovanna pegou a bolsa, deu uma ajeitada no cabelo e desceu a escada junto
com o irmão
— Cadê o papai?
— O chefe mandou chama-lo
— E a mamãe?
— Está no quarto descansando

Eles seguiram até o carro e antes de entrarem, Fabrício a segurou


pelos braços e a fez olhar para ele
— Você nunca teve curiosidade de saber quem é o chefe do papai e agora
meu chefe?
— Não, por que? Deveria?
— Sim, deveria, ele é um homem muito poderoso e perigoso
— Perigoso? Como assim?
Fabrício ficou olhando para ela e disse:
— Você realmente não sabe de nada e eu me sinto culpado por isso, acho que
você deveria ser avisada.
— Avisada sobre o que? Hoje vocês estão muito estranhos, falando em
enigmas
— Deixa para lá, não quero estragar seu aniversário com essas coisas
desagradáveis
— Fabrício, se você tem algo para me falar, diga, já estou ficando nervosa
com todo esse mistério.
— Eu não vou te falar nada ainda, porém nosso pai terá uma conversa com
você em breve, então esteja preparada

Geovanna sentiu um calafrio, alguma coisa estava acontecendo e eles


estavam escondendo dela — Será que o papai vai perder o emprego? Será
que é isso que Fabrício queria dizer?— Ela se perguntava, contudo resolveu
esquecer aquilo no momento, se for isso que está pensando logo o pai irá lhe
falar

Eles seguiram para o restaurante.


Dois
Luke estava sentado em sua mesa, recostado na cadeira com um
charuto entre os lábios de olhos fechados. Alguém bateu à porta
— Entra! — foi a ordem seca
Marco, chefe dos soldados e amigo do Luke, entrou no cômodo
— O trabalho já foi feito como ordenou Luke
— Ótimo!
— O desgraçado implorou pela vida
— Todos imploram
Luke continuou fumando seu charuto ainda com os olhos fechados. Marco
suspirou e resolveu perguntar:
— Você lembra que a Geovanna está completando 18 anos hoje?
Luke ainda com os olhos fechados disse:
— Lembro perfeitamente, já mandei o idiota do pai dela vir até aqui
— Você vai continuar com isso Luke? A menina acabou de completar 18
anos, não sabe nada da vida e vai ser obrigada a casar com você, como acha
que ela irá reagir?
Luke abriu os olhos, apagou o charuto no cinzeiro e virou-se para o Marco
com seu olhar frio como blocos de gelo.
— Você acha que estou me importando qual será a reação dela? Eu quero que
se foda, eu irei casar com ela e isso já está decidido a muito tempo
— Luke, por que casar com ela? Não é por falta de mulher que queira casar
com você, acho que suzette seria mais apropriada, ela é bonita, sabe
perfeitamente quem você é, inocência está longe de seu vocabulário e é louca
por você. Daria uma ótima primeira dama da máfia.
Luke bateu com os punhos na mesa o que fez Marco assustar-se
— Porra! Qual é o seu problema caralho! Você acha que eu vou me casar
com aquela puta? Ela só serve para uma coisa, foder, nada mais. No entanto,
ela não precisa se preocupar, eu continuarei comendo ela, mesmo depois de
casado, ela e quem eu quiser.
— É isso que não entendo Luke, você vai continuar sua vida

como sempre mesmo depois de casado. Para que submeter a menina a


isso?
Luke olhou para o Marco e com um sorriso de escárnio disse
— Está muito preocupado com o destino da minha noiva Marco, por acaso
você a quer para você?
— É claro que não, somos amigos e você sabe que jamais poria os olhos em
uma mulher sua. Apenas estou tentando fazer você ter um pouco de
compaixão, se você a ama...
Luke cortou Marco com uma gargalhada
— Amor? Você acha que estou casando com ela porque a amo? Não me
confunda com idiota Marco. Eu não amo, mulher para mim só serve para um
coisa, sexo. A Geovanna foi escolhida para ser a minha esposa e ela foi
guardada para mim e somente eu terei acesso a ela. Será a mãe do meu
herdeiro. Claro que vou foder com ela, porém será apenas uma esposinha
troféu, linda, inocente, intocável e completamente submissa a mim.
— Tudo bem, já entendi — Marco disse levantando as mãos para cima em
sinal de rendição.

Nesse momento alguém bateu na porta e logo o pai de Geovanna entrou ao


ouvir a ordem de Luke para que o fizesse, seu semblante mostrava-se
preocupado.
— Dom Luke, estou aqui como me solicitou
— Marco, está dispensado, tenho assuntos para tratar com Robert
Marco levantou-se e saiu, Robert continuou de pé
— Sente-se Robert
Robert sentou-se, ele estava suando de nervoso. Luke ficou olhando para ele
e perguntou:
— Já falou com a Geovanna?
— Ainda não, ela apenas completou ano hoje, pensei em contar em alguns
dias
— Já deveria ter feito isso hoje, logo pela manhã, não vou esperar mais
nenhum minuto, já esperei 3 anos. O casamento está marcado para a próxima
semana.
— Para a próxima semana? Mas Senhor, eu acho muito cedo, me dê um
tempo para prepara-la, ela não vai aceitar tão facilmente, a menina não sabe
nem o que faço, muito menos que casará com um chefe da Máfia
— Foda-se! Eu vou amanhã para oficializar o noivado e no próximo sábado
eu irei me casar com sua filha, esse foi o nosso trato em troca da sua vida e da
sua família.
Robert engoliu à seco, como ele iria pedir para Luke adiar o
casamento ou pelo menos esperar mais alguns meses para a Geovanna
acostumar-se com a ideia? Ele não sabe mas precisava tentar, então muito
nervoso começou a falar
— Senhor, sei que fizemos um trato e eu vou cumprir, só...só... peço mais um
tempo. A Geovanna quer muito ser bailarina profissional, deixa-a pelo menos
ter uma carreira, ela adora dançar. O senhor nunca me permitiu deixá-la
apresentar-se.
— Eu sei muito bem que a Geovanna adora dançar e eu não pago aquela
escola de balé para ela atoa, ela vai continuar dançando porém somente para
mim, não quero a minha esposa se apresentando por aí, agarrando-se a
homens.
— Mas senhor, ela ainda é jovem, deixa ela pelo menos completar 21 anos...

Robert não conseguiu completar o raciocínio, Luke em um ato de


fúria abriu a gaveta pegou uma faca e agarrando com força o pulso dele
espalmou sua mão na mesa e em um golpe, cortou os dedos da mão dele.

Ele segurou o grito enquanto Luke enfurecido, continuou segurado os pulsos


dele e disse, os olhos flamejantes o encarava
— Eu vou casar com a Geovanna no sábado com você a levando no altar ou
não. Quando você fez o acordo comigo Robert, não fez somente com um
mafioso, mas com o próprio demônio.

Luke soltou a mão de Robert e esse esvaindo em sangue, segurou o


local trêmulo de dor. Luke então, jogou uma toalha para ele e disse:
— Estanca esse sangue, vou chamar Marco
Ele pegou o celular e fez a chamada
— Marco vem aqui
Logo Marco entrou no escritório e quando viu a cena arregalou os olhos
— Merda! O que aconteceu aqui?
— Isso que você está vendo. Mande um dos soldados levar Robert para o
hospital, coloque os dedos dele no gelo, quem sabe consigam salvar algum.

Robert com voz de dor disse


— Seja bom para a minha filha Luke, ela é só uma menina inocente.
— Ela será a minha esposa e eu a tratarei do jeito que quiser. Agora vai, se
você não morrer, te vejo amanhã.
Marco segurou Robert e o ajudou levantar-se. Ele chamou um dos soldados e
pediu para pegar os dedos e colocar em um saco com gelo.

Quando Robert se foi com os soldados, Marco voltou para o escritório e


confrontou Luke
— O que deu em você Luke? Como quer que tenha um casamento no sábado
se quase mata o pai da noiva.
— Deveria tê-lo matado a 3 anos atrás, mas para não morrer aceitou a
proposta e agora quer voltar atrás. Ele deveria agradecer por eu ter visto a
Geovanna e feito a proposta. Agora é um inútil e espero que ele lembre-se
com quem se meteu toda vez que olhar para a mão.
Marco apenas o olhou e pensou no destino da Geovanna. A menina não sabe
o que a espera.
Três
Geovanna e Fabrício encontravam-se no restaurante. Eles estavam
animados pois os garçons faziam um show à parte. Eles cantavam subindo
em um palco no centro do restaurante, todos batiam palmas e cantavam junto
com eles. Geovanna também cantava acompanhado-os, ela adorava aquela
música.

O celular do Fabrício toca e ele olha a tela, vê que é Marco, não pode deixar
de atender, então pede licença para Geovanna e se afasta para um local onde
tem menos barulho.
— Alô
— Fabrício, venha até o hospital, seu pai feriu-se
— O que aconteceu?
— Luke, o machucou, Robert foi falar com ele sobre a Geovanna...
— Merda! Eu já estou indo para aí. A Geovanna está comigo, irei deixá-la
em casa e sigo para o hospital

Fabrício desligou a chamada e foi falar com a Geovanna


— Geovanna, precisamos ir
— O que aconteceu?
— Papai sofreu um acidente de trabalho, estou indo para o hospital agora,
vou levá-la para casa
— Não! Eu irei com você, quero ver meu pai, por favor Fabrício
— Não acho que seria bom você ir agora, pois não sei a situação exata do
papai
— Eu quero ir Fabrício, você não vai me impedir
Fabrício a focou, ela era teimosa e por isso resolveu levá-la, ele sabe que ela
não desistirá .
— Okay! Vamos

Os dois saíram do restaurante e seguiram para o carro. Geovanna


estava nervosa — O que será que aconteceu com o papai? — Perguntou-se
Fabrício dirigia rápido, aparentava está muito nervoso. Logo chegaram ao
hospital e um homem alto vestido todo de preto veio falar com Fabrício
— Fabrício
— Marco, como está meu pai?
Marco olhou para Geovanna antes de responder e Fabrício apresentou-a
— Geovanna, esse é o Marco trabalha com o papai — virando-se para Marco
continuou

— Tive que trazê-la, Geovanna e muito teimosa às vezes.


— Muito prazer Senhor Marco — Geovanna estendeu as mãos para o homem
e esse não retribuiu, apenas ficou olhando para ela como com olhar frio.

Geovanna ficou sem graça por ele não a cumprimentar e abaixou a mão —
Que homem estranho — pensou.
Fabrício pigarreou e disse virando- se para Geovanna
— Irmãzinha, espera na recepção que vou ver como está papai, depois te
chamo para que você possa vê-lo.Tudo bem?
— Eu quero vê-lo agora Fabrício, não me deixa angustiada assim
— Geovanna, por favor, faça o que estou pedindo
Ela ficou fixou os olhos cor de safiras para ele e resolveu assentir.

Marco então, fez um gesto com a cabeça para dois dos soldados que
estavam ali, vigiá-la enquanto ele e Fabrício entraram na ala dos pacientes.
Assim que entraram no corredor, Marco segurou Fabrício e perguntou:
— Por que a trouxe?
— Ela não quis ir para casa
— Ela não tem querer, deveria tê-la mandado para casa, se Luke sabe que ela
está aqui o próximo a perder os dedos será você
— Foi isso que ele fez com o meu pai?
— Exatamente
— Desgraçado!
Marco empurrou Fabrício na parede e disse com o dedo apontado em sua
cara.
— Cala a boca! Você não sabe com quem está mexendo moleque, não é
porque você vai ser cunhado dele que ele não te mata. Estou tentando fazer
com que ele não mate seu pai antes do casamento. Porra! Agora vou ter que
instruir os soldados a não falarem que Geovanna veio aqui. Seu pai sabia
muito bem com quem estava mexendo, agora o resultado é esse e sou eu que
tenho que limpar a merda.
— Tudo bem Marco, tudo bem, já entendi!
— Vamos logo ver seu pai e depois chamar a Geovanna.

Eles entraram no quarto onde o pai se encontrava, ele estava com a mão
enfaixada e com soro nos braços
— Pai?
— Filho
— Como você está?
— Mal, muito mal, eu tentei filho e olha o resultado
— Pai, a Geovanna está aí fora
— Você contou para ela? o que ela sabe filho? — o pai de Geovanna ficou
muito agitado
— Calma pai, ela não sabe de nada ainda, pensa que você sofreu um acidente
de trabalho
— Filho, eu não posso mais esconder, tenho que contar para ela, amanhã o
Luke vai oficializar o noivado e no sábado será no casamento
— Merda!

Alguém bateu na porta e logo o médico entrou


— Doutor preciso ir embora, não posso ficar aqui — Robert fala
— Não posso te dar alta, precisa ficar pelo menos um dia em observação,
perdeu muito sangue
— Não interessa Doutor, o senhor sabe como funciona as coisas com a
Máfia
O médico suspira e diz:
— Tudo bem, vou liberá-lo, porém terá que tomar analgésicos para dor e
antibióticos para evitar uma infeção. Vai ter que continuar com o soro pelo
menos até amanhã. Não foi possível salvar os dedos para implante mas
quando estiver sarado os ferimentos, podemos falar sobre uma prótese.
— Tudo bem, eu vou tomar os remédios e pensarei sobre o assunto

***

Geovanna estava na recepção sentada muito nervosa, haviam dois


homens muito estranhos ali, parados como estátuas, nenhum músculo se
moviam. Ela as vezes lançava um olhar para eles meio desconfiada, não
sentia-se confortável e queria que o irmão voltasse logo e ela pudesse vê o
pai.

Passou-se alguns minutos e Fabrício apareceu


— Vamos Geovanna, papai quer vê-la
Geovanna levantou-se em um salto e seguiu o irmão. Fabrício bateu na porta
e logo entrou
— Papai — Geovanna logo correu para perto dele e continuou — O que
aconteceu? Foi sua mão? Como machucou? — Ela perguntava afobada.
— Calma filha, eu estou bem, já irei sair daqui hoje, não foi nada demais.
— Pai, fala logo para ela que você perdeu os dedos
— Perdeu os dedos? Como assim? — Geovanna perguntava com a testa
franzida.— O que aconteceu pai, não me esconda nada

O pai de Geovanna olhou duro para o Fabrício o recriminando por ter


contado daquela maneira e depois desviou para Geovanna abrandando o
olhar.
— Filha, eu vou te contar o que está acontecendo,em casa. Por favor, eu
preciso que confie em mim.
— Pai, você está me assustando, desde manhã ao acordar que todos vocês
estão agindo estranho.

Ele olhou para Fabrício e o Marco que estava encostado em um canto


do quarto. Ninguém falou nada por alguns minutos e logo Marco resolveu
quebrar o silêncio
— Fabrício, leva a sua irmã para casa, eu vou junto com Robert em meu
carro.
Fabrício assentiu e disse:
— Vamos Geovanna, não podemos fazer muito por agora, papai já vai para
casa e ainda temos que avisar a mamãe.
Geovanna então, despediu-se do pai com um beijo e logo saiu com o irmão.
Ela reparou que os homens que estavam na recepção os seguiram e entraram
em outro carro. Ela ficou olhando pelo espelho retrovisor e reparou que eles
os estavam seguindo
— Quem são esses homens Fabrício?
— Que homens?
— Eles estão nos seguindo desde o hospital
— Não reparei — Fabrício desconversou
Ela olhou para o irmão, alguma coisa estava acontecendo muito sério e
Geovanna estava muito preocupada.

Logo chegaram em casa e a mãe de Geovanna já estava na sala muito


nervosa
— O que aconteceu? — Ela perguntou assim que eles entraram na sala
— Papai sofreu um acidente — Geovanna falou
— Não foi exatamente um acidente mãe — Fabrício falou e olhou para
Geovanna que estava com uma expressão de surpresa. V oltando seu olhar
para a mãe continuou — Ele vai explicar tudo o que aconteceu assim que
chegar, Marco o está trazendo
— Marco? Por quê?
— Ele estava lá no hospital mãe

A conversa foi interrompida pelo som do carro de Marco chegando


com o Robert, todos foram para a porta recebê-los. A mãe de Geovanna logo
viu a mãos enfaixada e colocou a sua mão na boca com uma expressão de
horror. Robert entrou na casa e Marco disse:
— Já está entregue — Ele fez uma leve mesura para todos e foi embora.
Geovanna ficou olhando para ele. Quando o carro sumiu ela entrou na casa.
O pai já estava sentado no sofá. A mãe também sentada em outro sofá com a
cabeça baixa e o irmão de pé perto da lareira também de cabeça baixa. Ela
olhou para todos e disse:
— Me falem o que está acontecendo, eu não sou de cristal e não vou me
quebrar, só quero saber a verdade.

O pai suspirou forte e a olhando fundo dentro dos seus olhos disse:
— Eu trabalho para a Máfia, seu irmão trabalha para a Máfia e você foi
prometida a casamento para o Capo, chefe da Máfia Salvatore. Ele virá
amanhã para oficializar o noivado e você vai casar com ele no próximo
Sábado.

Geovanna ficou olhando para o pai paralisada, ela não estava


conseguindo processar aquelas informações todas — Meu pai e meu irmã
trabalham para a Máfia? Vou ter que me casar com um chefe da Máfia? Não,
não vou mesmo — Geovanna pensou e verbalizou
— Eu não vou me casar com nenhum chefe da Máfia.
Todos a olharam com os olhos arregalados.
Quatro
O clima estava pessado, o pai de Geovanna respirou profundanete,
fechou os olhos e ao abri-los disse:
— Geovanna, sente-se aqui por favor, eu vou te contar toda a história para
que você entenda tudo que está acontecendo.
Geovanna sentou-se de frente para o pai, ela precisava sentar pois suas pernas
estavam bambas.
— Bom, trabalho para a Máfia Salvatore desde jovem, comecei trabalho com
o pai do Luke, o chefe atual e fui crescendo na organização. Nunca pensei em
sair da Máfia, porém desde que o Luke assumiu no lugar do pai que pensava
nessa possiblidade. Ele assumiu a 10 anos atrás. O pai dele era visto como
um homem cruel, porém o filho é muito pior, ele simplesmente não tem
sentimentos e piedade é uma palavra que não existe na sua vida — O pai
suspirou resignado e continuou
— Ninguém sai da Máfia vivo, então eu tinha que enganar a Máfia de alguma
forma. Precisava de muito dinheiro, meu plano era rouba-lo e desparecer com
a minha família. Nós íamos trocar de nome, mudar de país, enfim, iriamos
sumir do mapa. Já estava tudo preparado, mas Luke descobriu antes mesmo
de eu executar o plano.

Geovanna escutava tudo aquilo sem acreditar, não parecia real, lembrava um
filme de terror. O pai continuou:
— Então, ele veio pessoalmente matar todos nós, toda a família — Os
pensamentos dele voltaram -se naquele dia a 3 anos atrás.

***

— Clarice, está tudo pronto, vamos partir amanhã, Fabrício e Geovanna não
precisam saber o que está acontecendo até estarmos seguros.
— Eu estou com medo Robert, se ele nos achar? Estaremos todos mortos.
— Eu planejei isso durante anos, ele não vai nos achar
À campainha tocou e Robert olhou para a esposa com os olhos arregalados.
— Está esperando alguém?
— Não!
Robert levantou, foi ate a porta e olhou no olho mágico, empalidece ao ver
quem era, ele voltou-se para a esposa e em um sussurro disse:
— É ele
Clarice colocou as mãos na boca e empalideceu
— Eu tenho que abrir
A Esposa fez não com a cabeça. A campainha tocou de novo. Robert então,
pegou na maçaneta e olhando para a esposa e fez um sinal para ela ficar
quieta. Ele abriu a porta. Luke está parado com dois soldados.
— Senhor, o que o trouxe aqui?
— Posso entrar Robert? — Luke perguntou de maneira sarcástica.
— Claro senhor — Robert respondeu gaguejando.
Luke e os soldados entraram na sala, Clarice olhava para eles alarmada, Luke
a olhou para ela e logo Robert os apresentou
— Essa é minha esposa Dom Luke
Ele a olhou com olhar frio e logo voltou-se para o Robert
— Sabe por que estou aqui Robert?
— Não senhor
— Você pensa que eu sou otário ou burro?
— Não senhor
— Você pensa que iria me roubar e eu não descobriria Robert?
Nessa momento, Clarice começou a chorar e Robert suplicante pediu
— Dom Luke, por favor, poupe a minha família, a culpa é minha, eu planejei
tudo.
Nessa hora Fabrício chegou na casa e logo os soldados já apontam as armas
para ele.
— Por favor Dom Luke, a minha família não, eu sou o culpado.
— Ajoelham todos
Fabrício, Clarice e Robert ajoelharam-se
— Tem mais alguém na casa?

A mãe de Geovanna automaticamente olhou para a janela e Luke


acompanhou seu olhar. Ele foi caminhando até a janela e parou. Geovanna
estava no quintal dançando, ela executava os passos de balé com precisão,a
menina estava com um fone de ouvido e os olhos fechados. Seus cabelos
ruivos estavam soltos e cada giro que ela dava no ar, seus cabelos como
labareda de fogo, esvoaçavam. Luke ficou olhando para aquela figura
pequena e linda como fascinado. Ele virou-se para Robert e perguntou:
— Quem é ela e quantos anos tem?
— É minha filha e só tem 15 anos senhor. Por favor, não faça mal a ela, é tão
jovem.
Luke olhou de volta para Geovanna e decidiu
— Levanta-se Robert, vamos fazer um trato. Eu poupo a sua vida e da sua
família e em troca eu quero me casar com a sua filha.
Robert olhou para ele alarmado
— Não, eu não vou me casar com ela agora, irei esperar ela completar 18
anos, até lá você é sua família irão depender completamente de mim, não
darão um passo sem que eu não saiba. Você vai continuar trabalhando na
Máfia, porém não receberá um tostão, tudo que vocês têm agora passa a me
pertencer. A sua filha será guardada exclusivamente para mim.

Robert concordou, não havia nada que ele pudesse fazer, ou aceitava ou
todos morreriam. E assim foi feito o acordo. A partir daquele dia a vida deles
foi toda manipulada pelo Luke. Ele nunca mais voltou na casa deles, porém,
sabia tudo sobre a Geovanna, cada passo dela era monitorado pelos seus
homens. Ele passava as instruções para Robert do que tinha que fazer caso
alguma coisa não o agradava com relação a ela.

Voltando ao presente Robert olhou para Geovanna


— E foi assim, eu não tive escolha e agora ele está reivindicando você, a
noiva dele. Por sua causa, estamos vivos.
Geovanna focava o nada, seus olhos começaram a marejar de lágrimas. O
líquido quente e salgado deslizaram pelo seu rosto. Ela olhou para a mão do
pai e perguntou:
— Foi ele que fez isso?
— Sim
— Por quê?
— Eu tentei argumentar com ele, pedir mais tempo, porém ele foi irredutível,
não tem negociação.
Geovanna enxugou as lágrimas com o dorso da mão, olhou para a mãe que
estava chorando, o irmão que estava sem expressão e o pai com olhar de
derrotado. Então ela levantou-se e disse:
— Com licença, vou para meu quarto
Assim, ela foi em direção a escada, a mãe fez menção de segui-la, porém o
pai impediu-a.
— Deixa-a, depois você fala com ela

Ao chegar no quarto, Geovanna deitou-se em sua cama e deu vazão as


lágrimas.

Uma hora depois sua mãe bateu na porta, Geovanna ainda estava deitada,
ela não queria falar com ninguém naquele momento, porém a mãe abriu a
porta e entrou
— Geovanna, posso falar com você?
Ela desanimada sentou na cama, sua mãe aproxima-se e sentou ao seu lado.
— Mãe, como posso me casar com um homem que nunca vi na vida e além
do mais um assassino e mafioso?
— Filha, é essa a nossa vida, seu pai também é da máfia
— Você quer dizer que ele já matou pessoas?
— Ele tem que fazer o que o chefe manda e se for preciso matar ele fará.
Porém seu pai tem um cargo meio que representativo agora, ele não faz nada
na verdade, pois o Luke não confia mais nele.
— O Fabrício também?
— Seu irmão começou a pouco tempo, Luke achou melhor deixá-lo fazendo
alguma coisa na máfia pois em breve nós seremos parentes dele. Só temos
alguma ligação com ele por causa de você.

Geovanna ficou pensando sobre tudo aquilo e resolveu perguntar:


— Mãe, por que ele precisa forçar uma moça a casar? Ele é tão repulsivo
assim?
— Não filha, muito pelo contrário, amanhã você irá vê-lo e tirar suas próprias
conclusões
— Não me interessa a aparência dele mãe, para mim ele já é desprezível,
asqueroso e todos os adjetivos ruins que eu puder nomea-lo. Eu sinto nojo
mãe.
— Eu entendo filha
Elas ficaram em silêncio por alguns minutos, Geovanna reatou a conversa
— Mãe, será que teria alguma coisa que o faria desistir de casar comigo?
A mãe pensou por alguns segundos e olhando para a filha disse:
— Sei que você vai achar isso uma coisa medieval, mas eu tenho certeza que
se você não fosse virgem, ele não casaria

O estômago de Geovanna embrulhou na hora com aquela


revelação — Meu Deus! A minha virgindade é vista como uma moeda de
troca, por isso toda a superprodução do papai, o Fabrício que não deixava eu
chegar perto de um rapaz. Eu fui guardada como uma donzela do século
passado para ser usada por um homem diabólico.
— Isso é repugnante!

A mãe a olhou com pena e a abraçou forte.

Luke estava sentado em seu quarto de uma das boates de luxo que
pertencia a máfia Salvatore, a mulher em sua cama dormia profundamente,
eles tinham acabado de ter uma sessão de muito sexo como Luke gosta. Ele
pegou o celular e abriu na foto da Geovanna, admirou-a, linda com o sorriso
puro e cabelos de fogo.
— Amanhã vou oficializar nosso noivado bambina, e em breve você será
toda minha, amore mio.
Cinco
Na manhã seguinte, Geovanna acordou cedo, ela estava tão triste que
não encontrava ânimo para nada.Levantou-se, fez sua higiene matinal, vestiu
uma roupa casual, calça de moletom e um blusão largo, ela não fazia
nenhuma questão de arrumar-se para encontrar o noivo. Prendeu os cabelos
em um coque alto e não usou nenhum pingo de maquiagem e desprovida de
acessórios. Logo alguém bateu na porta
— Entra
A mãe de Geovanna entrou e ao olhar para a filha disse:
— Vai receber seu noivo vestida assim?
— Sim — Foi a resposta seca.
— Você acha que ele vai desistir do noivado ao vê-la vestida de forma
casual?
— Não me interessa o que ele vai pensar, não vou me arrumar para receber
esse homem
— Tudo bem filha, eu entendo sua revolta
— Que horas ele vem?
— Logo após o café da manhã
Geovanna não disse nada, ficou sentada de cabeça baixa. Clarice aproximou-
se
— Filha, eu sei que será difícil aceitar, também não suporto a ideia de você se
casar com ele, mas vamos pensar pelo lado positivo, talvez ele goste de você,
tenha algum sentimento e a sua vida não será tão ruim assim.
— Você acha mãe? Sinceramente você acredita nisso? Eu duvido que esse
homem tenha algum sentimento nobre, para mim isso é só uma maneira de
ter uma noiva bobinha e submissa, mas ele vai se surpreender comigo, eu
jamais serei uma esposa assim, isso eu prometo.

A mãe de Geovanna ficou olhando para ela e temeu pela filha, ela não
sabe como ele é, então tentou avisa-la.
— Geovanna, não o desafie, você é somente uma menina, ele é um homem
muito cruel, eu não quero que ele faça mal a você
— Mãe, eu não vou aceitar pacificamente meu destino, ele quer uma esposa
submissa, isso ele não vai ter de mim. Além do mais, ele já está me fazendo
mal.

Geovanna estava irredutível, ela não iria ceder. O pai dela bateu na porta e
entrou
— Dom Luke está a caminho
— Quer comer alguma coisa filha?
— Não mãe, nada ficará no meu estômago agora, deixa tudo isso acabar
— Tudo bem! Você quer espera lá em baixo ou prefere esperar aqui e quando
ele chegar te chamo.
— Eu vou esperar aqui, saberei quando ele chegar e desço
— Okay!

Os pais de Geovanna deixaram o quarto e ela ficou lá de cabeça baixa


esperando-o.

Um tempo depois, Luke tocou a campainha da casa dos Taylors, ele não vai
ali desde o dia em que fez o acordo com Robert. A porta é aberta por Olívia.
Todos estavam na sala o esperando exceto Geovanna.
— Onde está a Geovanna? — Logo perguntou
— Vou pedir para a Olívia chama-la Dom Luke — Clarice disse
prontamente.
— Não precisa, estou aqui
Luke olhou para ela que acabara de entrar na sala vestida de maneira casual,
parecia uma menina. Seu corpo imediatamente teve uma resposta a ela, seu
pênis ficou ereto só de olhar para aquela figura que atormenta seus sonhos
mais eróticos desde que a viu pela primeira vez. A sorte que ele estava com
um sobretudo, que disfarçava seu estado.

Geovanna ficou olhando para ele, seu coração estava acelerado, ela
nunca tinha visto um homem tão bonito antes, ele era alto, cabelos preto e
barba, mas o que chamou a atenção dela foram os olhos, azuis como o oceano
e frios como o gelo. Ele a olhava de uma maneira tão intensa que Geovanna
não conseguiu manter o olhar, logo abaixou a cabeça. Ela escutou a mãe
disser:
— Senta aqui filha
Então obedecendo a mãe ela sentou e Luke fez o mesmo sentando-se de
frente para ela.
— Seu pai já te falou porque estou aqui não é? — Foi a pergunta direta.
— Sim, estou ciente
— Muito bem! — Luke então colocou a mão no bolso do sobretudo, tirou de
lá uma caixinha, abriu-a e mostrou para a Geovanna
— Seu anel
Ela ficou estático olhando para a jóia completamente hipnotizado. O anel
com aro cravejado com pequenos diamantes e repousando ao centro uma
pedra de Esmeralda tão enorme que ofuscava a visão de Geovanna com seu
brilho. Ela levantou a cabeça e olhou diretamente para os olhos de Luke e
sentenciou:
— Eu não preciso de um anel, eu não vou usar anel
nenhum

Todos da sala arregalaram os olhos assustados com a ousadia da


garota, Geovanna continuou encarando Luke que também a olhava com
intensidade.Ele então, ainda com os olhos fixos nela perguntou:
— Robert, teria uma sala onde possa falar com a Geovanna a sós?
O coração dela acelerou, o pai disse gaguejando
— Sim... sim... tenho. Vocês podem conversar no escritório

Então Luke levantou-se, fechou a caixa do anel e colocou de volta no


bolso. De maneira autoritário disse:
— Me acompanha
Geovanna levantou-se e o seguiu. Ele abriu a porta do escritório e deu
passagem para que ela entrasse primeiro. Ela estava com medo, porém não
queria demonstrar isso. Ele entrou logo em seguida e fechou a porta.
Geovanna estava no centro do cômodo e o olhava fixamente.
— Geovanna, eu não vim aqui para ser desafiado, não faça isso, você vai se
arrepender profundamente.
— O que você vai fazer? Usar a sua arma contra mim?
Ele a encarou com um olhar fatal e aproximou-se dela como um felino,
pronto para atacar sua presa. Ela mesmo com medo não recuou e nem ao
menos baixou o olhar, ela o encarava. Ele parou centímetros dela, sua altura a
amendrontava, assim como seu porte forte, se fosse entrar em luta corporal
com ele, perderia com certeza.
Luke a encarava com olhos flamejantes de desejo

— A arma que vou usar contra você é essa aqui — Ele pegou no seu pênis
que estava ereto dentro das calças.
Geovanna ficou muito assustada.
— Quer sentir como ele está armado para você bambina?
Então ele pegou em seu pulso e Geovanna tentou puxar, mas ele era forte e
com força levou a mão dela até o seu membro e a fez senti-lo. Geovanna
estava tão assustada que seu coração batia descompassado, ela pensou que
iria perder os sentidos. Então ele soltou a mão dela e imediatamente ela
esfregou a mão nas roupas. Luke chegou bem próximo dela e disse:
— Não me desafie Geovanna, sairá perdendo sempre. Agora estenda a mão
para eu colocar esse anel, vamos terminar logo com isso.

Geovanna fez o que ele mandou, suas mãos estavam trêmulas. Luke a
mão direita delicadamente e deslizou o anel em seu dedo anelar. Ele segurou
a mão dela e repousou seus lábios em um beijo.
— Agora sim, oficialmente noivos, no próximo sábado estarei colocando
uma aliança de casamento e você será toda minha.
Geovanna abaixou a cabeça, ela queria muito chorar mas segurou as
lágrimas. Luke fez um gesto para que ela o seguisse e saíram do escritório.
Todos na sala estavam ansiosos e ao vê-los imediatamente moveram-se de
seus lugares. Luke pegou na mão de Geovanna e disse:
— Podemos comemorar, estamos oficialmente noivos, não é bambina?
— Sim — disse concisa
A mãe aproximou-se, pegou em sua mão, olhou para o anel e disse com
lágrimas nos olhos
— Parabéns filha
— Obrigada

Todos saudaram os noivos, Robert abriu uma garrafa de champanhe.


Geovanna estava enjoada com tudo aquilo — Quanta hipocrisia, estavam
comemorando como se esse noivado fosse normal — Ela pensou

Aquele tormento parecia que não iria ter fim, ela só queria ir para o
quarto e se trancar lá. Finalmente depois de algum tempo, Luke resolveu ir
embora, ele a fez acompanha-ló até a porta e chegando lá, a virou para ele e
lhe beijou nos lábios.Geovanna ficou sem reação, ela nunca havia sido
beijada daquele jeito sensual. O beijo foi rápido, terminou antes mesmo dela
conseguir entender a resposta involuntária que seu corpo manifestou. Ele a
soltou e em seus olhos viu refletido a promessa de prazer. Sem diser uma
palavra, ele virou-se e foi embora. Ela ficou olhando para o carro afastar-se
até esse sumir de vista.

Geovanna então, fechou a porta e seguiu para a sala. Clarice,Roberte


Fabrício, tentaram lhe falar, porém ela estendeu a mão em um gesto de
defessa e disse:
— Por favor, me deixem em paz
Correu escada a cima até chegar em seu quarto, adentrou e bateu à porta com
força. Ela olhou para a mão com o anel e em um gesto de fúria, arrancou a
jóia e arremessou longe.Jogou-se na cama e chorou.

Geovanna ficou até a tarde trancada no quarto, ela estava com o rosto
muito inchado de tanto chorar, então resolveu levantar-se e ir até o banheiro
lavar-se. Aproveitou para arrumar os cabelos e as roupas. Voltou para o
quato, olhou em volta e resolveu procurar o maldito anel, não iria adiantar
nada não usá-lo, terá que casar com ele de qualquer jeito. Geovanna abaixa-se
na direção que havia jogado a jóia e procurou. Achou-o rapidamente e o
colocou de volta no dedo — pelo
menos é bonito e parece caro — Pensou.

Seguiu para a cama, pegou o celular, haviam varias chamadas e


mensagens da sua amiga Katy, ela resolveu ligar no face time, depois de três
toques a amiga atendeu
Katy: Finalmente
Geovanna: Estou noiva
Katy: O que? como assim?
Geovanna estendeu a mão e mostrou o anel para a amiga.
Katy: Você está brincando? Quem é o noivo?
Geovanna: Um mafioso
Katy ficou de boca aberta e Geovanna resolveu contar toda a história.
Quando terminou ela disse:
Katy: Meu Deus! Isso é medieval, como pode hoje em dia ainda acontecer
isso
Geovanna: Isso é coisa da máfia, eu também não entendo, pois até ontem
não fazia ideia que meu pai trabalhava para essa gente.
Katy: Então, pelo que entendi, ele está casando com você porque ainda é
virgem e se não fosse talvez não casaria com você
Geovanna: É o que minha mãe acha
Katy: Então temos que dar um jeito de você perder a virgindade antes do
casamento.
Seis
Geovanna estava nervosa em seu quarto aguardando a amiga Katy
chegar. Ela tinha um plano louco e ela estava pensando na possibilidade de
fazer o que a amiga sugeriu, porém elas precisavam planejar tudo
pessoalmente. A campainha tocou, Geovanna saiu do quarto e desceu as
escadas correndo
— Pode deixar Olívia eu mesmo atendo — disse para a empregada que se
dirigia a porta.
Geovanna abriu a porta afobada, Katy estava lá, com uma pequena mala nas
mãos, pois combinaram dela dormir essa noite na casa da Geovanna.
— Entra amiga, vamos para meu quarto quero muito escutar seu plano
Elas seguiram para a sala e Clarice estava lá
— Oh! Não sabia que Katy viria hoje
— Foi de última hora mãe, ela vai dormir aqui hoje
— Que bom filha, Geovanna está precisando de companhia. Você já deve
saber que ela ficou noiva
— Sim, já sei senhora Taylor.
— Ótimo! Então comportem-se meninas
— Pode deixar mãe

As duas subiram para o quarto e entraram. Geovanna trancou a porta com a


chave
— Mamãe não gosta que eu tranque a porta com a chave, mas não podemos
ser interrompidas. Então, me fala dos seus planos
— Pensei em falar com o Kevin, lembra dele?
— Lembro, sempre quis ficar comigo, mas como você já sabe meu irmão
nunca deixou eu chegar perto de rapazes, agora sei o motivo
— Pois é amiga, eu tenho o contato dele, a gente pode marcar tipo um
encontro às escuras. Eu vou falar que você quer perder a virgindade só
isso.Tenho certeza que ele vai topar na hora.

Geovanna ficou pensando sobre aquilo e resolveu indagar:


— Precisa perder a virgindade de verdade? Eu posso falar para o Luke que eu
não sou mais virgem e pronto.
— Não exatamente precisa perder a virgindade, porém pelo o que você me
falou, esse homem é muito esperto, ele vai saber que você está mentindo na
hora, no entanto podemos encenar para que a coisa pareça real e ele vê com
os próprios olhos
— Como?
— Vamos gravar um pequeno vídeo, quando você estiver com o Kevin e
enviaremos para ele.
— Não Katy, eu não vou fazer isso, é obsceno, mesmo que seja somente uma
encenação, e além do mais o Kevin não vai querer fazer isso se não for real.
— Ele vai, a gente diz que você quer se livrar de um cara grudento e que
depois que estiver livre vocês podem tentar alguma coisa.

Geovanna ficou pensando em todas as possibilidades. — Será que


realmente o Luke não casaria comigo se eu não fosse virgem? e minha
família, será que ele fará algum mal a eles? — Todas essas dúvidas rondavam
a sua mente.
— Eu...eu não sei Katy, se ele fizer algum coisa com a minha família?
— Ele não vai fazer, se realmente quisesse fazer já teria feito.
— Ele é um mafioso e essa gente não tem sentimentos. Eu tenho medo.
— Ele vai ficar com o orgulho ferido e nem aparecerá aqui amiga, você verá.
— E como vamos sair daqui e ir ao encontro com o Kevin? Eu não posso sair
à noite.
— Vamos fugir
— Fugir? Mas como?
- Quando toda a sua família estiver dormindo a gente sai. Podemos ir no meu
carro. Eu marco o encontro em um hotel desses de beira de estrada. Não vai
demorar muito, a gente precisa somente alguns minutos, grava o vídeo e
volta para casa e sua família não vai nem perceber que saímos.
— Okay! Liga para o Kevin e vamos ver se ele topa

Katy pegou seu celular e logo achou o número do rapaz, fez a ligação
— Alô
— Alô Kevin, lembra de mim? A Katy
— Claro que lembro, como está?
— Bem! preciso de um pequeno favor seu
Katy contou todo o plano para Kevin
— Wow! Isso é muito louco
— Você topa? A Geovanna vai ficar muito agradecida
— Ela está aí?
— Sim, quer falar com ela?
Geovanna faz um sinal de negação não com a cabeça, porém Katy estendeu o
celular para ela e sem alternativa, teve que pega-lo.
— A..a...alô — Falou gaguejando
— Geovanna?
— Sim, sou eu
— Então quer se livrar de um namorado grudento
— Não exatamente mas é um cara chato
— Hum! E depois que você se livrar dele, a gente pode sair, conversar?
— Sim, por que não
— Então eu topo, quando vai ser?
— A Katy vai combinar tudo com você
— Tudo bem, tchau!
— Tchau!

Geovanna passou o celular para a Katy e eles combinaram todos os detalhes.


Quando eles terminaram de falar, Katy virou-se para a Geovanna e falau:
—Tudo combinado, será amanhã à noite
— Eu espero que realmente esse plano dê certo
— Vai dá amiga, não se preocupe

No dia seguinte, Fabrício levou Geovanna e Katy para a escola de


dança, ao chegarem elas foram para o vestiário se trocarem. As outras
meninas logo repararam no anel da dela.
— Geovanna, você está noiva?
Ela olhou para o anel e ficou sem graça, não sabendo o que responder, então
Katy veio ao seu socorro
— Não, esse anel não é da Geovanna, ela apenas colocou por curiosidade, é o
anel da mãe dela não é Geovanna?
— Sim... sim, vou tirá-lo, eu...eu esqueci — Ela disse completamente
desconcertada.
Geovanna então, tirou o anel e colocou na bolsa. Nesse momento a
professora entrou no vestiário e disse para todas
— Hoje vamos ensaiar no palco para a apresentação. Geovanna, você
também vai ensaiar conosco mesmo que não se apresente.
Geovanna consentiu com um gesto positivo. Katy por curisiddae chegou
perto dela e perguntou:
— Por que você nunca pode se apresentar?
— Até dois dias atrás não saberia te responder, mas agora tenho certeza que é
o Luke que proíbe
— Que horror, você tem que se livrar logo desse homem
Geovanna balançou a cabeça positivamente. Elas foram para o palco e a obra
que eles iriam ensaiar era Lago dos cisnes, um clássico do Balé. A bailarina e
o bailarino principai, já se posicionaram e assim começou o ensaio. Algumas
vezes a professora parava para dar instruções. Geovanna era bailarina de
apoio junto com as outras. Ela girava com tanta leveza, com passos precisos,
Geovanna nunca errava, ela dançava com a alma. A professora ficava
encantada. Quando o ato terminou ela foi para trás da cortina e a professora
estava lá.
— Você é perfeita Geovanna, pena que não posso colocá-la como bailarina
principal
— Você pensou em me colocar como bailarina principal?
— Sim, você seria perfeita para o papel, mas seu pai proibiu você de fazer
apresentações.

Geovanna ficou com muita raiva, por culpa daquele homem ela estava
perdendo a oportunidade da sua vida — Que ódio! eu vou me livrar desse
desgraçado, jamais casarei com ele — Pensou ela.

Quando o ensaio terminou, todos foram para a plateia e sentaram nas


cadeiras do teatro, a professora começou a falar:
- Hoje o ensaio foi ótimo pessoal, mais um pouco e logo estarão perfeitos
para a apresentação. Agora temos um convidado muito importante, ele é um
benfeitor da escola Bolshoi de Nova York e veio falar um pouco com vocês.
Os apresento o Senhor Salvatore.

O coração de Geovanna deu um salto e ficou pálida na hora. Ela


segurou na mão de Katy e essa a olhou assustada
— O que foi?
— É ele
Katy olhou na direção de onde vinha Luke Salvatore, alto, imponente em seu
terno bem cortado, feito sob medida, Sapato italianos brilhantes e um olhar
de fazer qualquer mulher cair de joelhos. A amiga virou-se para Geovanna e
em sussurro perguntou:
— Esse é seu noivo?
— Sim

Luke parou em frente ao grupo, Geovanna imeditamente baixou a


cabeça tentando esconder-se e ficou torcendo as mãos no colo, pedindo como
em oração que ele não falasse com ela. Ele começou a falar com o grupo e
Geovanna nem prestava atenção, ela só queria que ele fosse embora, no
entado suas preces não foram ouvidas e logo ouve Luke falando:
— É com muito prazer que apoio essa grande escola onde a minha noiva
Geovanna estuda
Todos os rostos voltaram-se para ela, Geovanna não sabia o que fazer, ela
estava tão sem graça que corou, sentiu o rosto pegando fogo.Para piorar a
situação ele a chamou
— Vem aqui Bambina

Geovanna estendeu o rosto e olhou em sua direção, ela o encarou e


ele apenas a olhava com seu olhar frio que os diziam para não desafia-ló.
Então, ela levantou-se e foi para o lado dele. Geovanna havia tirado o Tutu e
substituído por calça de moletom, porém ela ainda manteve as sapatilhas e o
collant, seus cabelos estavam penteados em um coque alto típico das
bailarinas.

Ele pegou em sua mão e disse:


— Ficamos noivos ontem, não é amore mio?
Geovanna só balançou a cabeça afirmativamente. Ele olhou para a mão onde
deveria está o anel e perguntou:
— Esqueceu do seu anel bambina?
Ela não sabia onde esconder a cara, tinha certeza que todas as meninas
estavam olhando para ela e pensando que era uma grande mentirosa por ter
dito mas cedo que o anel era da mãe. O ódio cresceu em seu peito, aquele
homem a estava fazendo passar vergonha. Ela olhou nos olhos dele e teve
certeza que ele estava fazendo aquilo somente para embaraça-lá.
A professora resolveu interferir
— Geovanna deve ter tirado o anel para não estraga-ló enquanto dançava,
não é querida?
As coisas só pioravam, agora iria mentir de novo
— Sim

Luke então, virou-se para todos e disse:


— Eu espero continuar contribuindo para essa escola de dança mesmo
quando minha noiva não estiver mais dançando aqui, pois depois do
casamento ela não virá mais.
Geovanna levou um choque com aquela revelação — não dançarei mais? —
O ódio começou a subir pelo seu rosto, ela soltou-se do aperto dele e andou
pisando duro em direção ao corredor que dava para o vestiário. Ela já estava
no meio quando ele a alcançou, pegou-a pelos braços, a empurrou contra a
parede e com seu corpo a prendeu ali.
— Me solta seu idiota, eu não vou casar com você e nunca irei parar de
dançar
Luke pegou em seu rosto e a fez olhar para ele
— Você não vai parar de dançar, porém só dançará para mim e no sábado
você vai está linda, desejável e virgem entrando naquela igreja ese casará
comigo. Esperei você por três anos, não vou esperar nem um minuto a mais,
você será minha, só minha.

Luke a beijou e Geovanna não correspondeu, ela tentava sair dos


braços dele, porém ele a forçava a aceitar seu beijo. Ela então, parou de lutar,
no entanto não participou do beijo, ela não iria ceder. Ele parou de beija-lá e
disse:
— Vou adorar domar minha ruivinha briguenta
Ele passou a mão no rosto dela e voltou a falar:
— Lute o quanto quiser Geovanna, no final eu sempre vencerei, pode
acreditar nisso.

Ele a soltou e Geovanna começou a andar em direção do vestiário,


suas pernas estavam bambas. Ela entrou e haviam algumas meninas ainda lá,
Katy sem demora aproximou-se e perguntou
— Onde você estava? Aquele é seu noivo mesmo?
Geovanna olhou para os lados e viu que as outras meninas estavam paradas
querendo saber também, então ela disse em um sussurro:
— Em casa te conto

Elas trocaram de roupa imediatamente e foram para o estacionamento,


Fabrício as estava esperando
— Seu noivo estava aqui, acabou de ir embora
— Quero que ele vai para o inferno
Fabrício a olhou com os olhos arregalados.

Eles entraram no carro e foram para casa. Ao chegarem, Geovanna e Katy


foram direto para o quarto
— Aquele homem é seu noivo?
— Sim, é ele mesmo
— Meu Deus! Desculpa amiga, mas fiquei com a calcinha molhada só de
olhar para ele
Geovanna a olhou com uma cara indignada
— Por favor Katy, me poupe disse, ele pode ser bonito, mas não vale nada e
eu não vou me casar com ele. Vamos prosseguir com o plano, agora mais que
nunca eu quero me livrar dele.
Sete
Todos estavam na sala de jantar e o silêncio reinava, até que Fabrício
quebra-o
— O Luke foi na escola de dança hoje
A mãe surpresa, olhou para a Geovanna e falou:
— Foi? E você não me falou nada Geovanna
— Falar o que? Que ele foi lá só para me humilhar.
Todos ficaram olhando para ela.Robert fez uma expressão de dor
— Você está bem papai ? - Geovanna perguntou preocupada
— É só essa mão que está doendo, preciso tomar os analgésicos
— Vou pegar para você querido
A mãe de Geovanna levantou-se para pegar os remédios
— Como se machucou Senhor Taylor — Katy perguntou
Todos ficaram em silêncio, Geovanna ficou de cabeça baixa
— Eu sofri um acidente de trabalho
— Oh!
Todos voltaram a comer em silêncio. Logo após o jantar Geovanna e Katy
foram para o quarto
— O que realmente aconteceu com o seu pai? Ele trabalha para a máfia não
é?
— Sim, foi o Luke que fez aquilo, por isso que temo pela minha família.
— Não se preocupe, como disse ele vai ficar com orgulho ferido e nem vai
aparecer aqui.

Geovanna baixou a cabeça e consentiu.

As duas fizeram suas higienes noturna e deitaram-se, Clarice foi desejar-lhes


boa noite
— Boa noite meninas, durmam com os anjos
— Boa noite mãe

Altas horas da noite, Katy enviou uma mensagem de texto para o Kevin
Katy: Você já está no hotel?
Kevin: Sim
Katy: Estamos saindo agora
Kevin: Okay!

Katy, vira-se para Geovanna e disse:


— Está tudo pronto, o Kevin já está nos aguardando no hotel. Você já sabe o
que fazer. Grava tudo no celular.
— Eu sei, mas estou com medo, ele pode matar a minha família somente por
vingança— disse reciosa
— Amiga, não se preocupe com isso, ele pode ser um mafioso mas tem
orgulho, eu duvido ele aparecer aqui sabendo que você se entregou à outro.
— Okay! vamos logo com isso

As duas saíram do quarto tomando todo cuidado para não fazer


barulho. Pé ante pé elas desceram a escada, seguiram para a porta. Geovanna
abriu-a bem devagar e as duas saíram. Elas desceram os degrais correndo e
seguiram para o carro da Katy que estava estacionado a alguns metros
afastado da casa. Elas entraram no e seguiram para o hotel.

Chegaram no hotel, Geovanna disse com cara de nojo


— Que hotel horrível, não tinha um lugarzinho melhor não?
— Amiga, o lugar não importa, o importante é o objetivo final dessa
aventura. Agora vamos, o Kevin está no quarto 38, nós vamos alugar um
quarto, no entanto você seguirá o quarto do Kevin. Entra direto, ele deixará a
porta aberta.
— Okay!

Elas entram na recepção e um recepicionista as recebeu


— Sejam bem vindas! Precisando de um quarto
meninas?
— Sim, nós estamos viajando e paramos para descansar
— Tudo bem, temos um quarto disponível
Elas fizeram a ficha e logo o homem entregou a chave
— Quarto 45
— Obrigada
Elas entraram no elevador e pararam no andar do quarto do Kevin
— Vai Geovanna, Boa sorte!
Ela seguiu para o quarto muito nervosa, as pernas estavam bambas,
Geovanna olhava os números das portas até achar o número 38. Quando
encontro, parou em frente à porta, respirou fundo e abriu. O quarto estava na
penumbra, foi ela mesmo que exigiu assim, não queria que tudo fosse tão
nítido. Ela chamou por Kevin
— Kevin, você está aí?
Não obteve resposta, porém quando olhou para um canto do quarto, percebeu
que havia alguém sentado na poltrona, não dava para ver o rosto, pois estava
na sombra, mas Geovanna deduziu ser o Kevin
— Ah você está aí, fica no mesmo lugar, eu vou deitar na cama e tirar a
blusa, só vou tirar a blusa okay! Deitarei na cama e posicionarei o celular
para gravar, quando eu estiver pronta você vem e liga a câmera

Geovanna tirou a blusa e ficou somente de sutiã, colocou o celular no criado


mudo posicionado em direção a cama, deitou, entrou de baixo dos lençóis e
fechou os olhos
— Pode vim Kevin

Kevin levantou-se da poltrona e foi em direção da cama, Geovanna


sentiu quando ele sentou. Sem demora entrou debaixo do lençol e ficou em
cima dela. Geovanna estava com tanta vergonha que não queria abrir os
olhos. Kevin então, começou a beija-lá no pescoço, Geovanna sentiu algo
estranho, ela não lembrava que Kevin tinha barba. As mãos dele deslizava
pelo seu corpo de modo ousado, deixando Geovanna apreensiva com o rumo
daquilo, ela decidiu adverti-lo
— É somente para fingir Kevin, não é de verdade
— Eu não finjo Bambina
O coração de Geovanna parou de bater por algun segundos — Meu Deus!
Esse não é o Kevin

Imediatamente, abriu os olhos deparou-se com ninguem menos que


Luke Salvatore, seu noivo. Em desespero, Geovanna começou a empurra-lo
— Saí de cima de mim
Ele a segurou com força pelos braços e com ódio no olhar disse:
— Você queria perder a virgindade, agora vai
— Não!
Ela tentava sair de baixo dele, mas não conseguia, ele a segurava com força.
Ele passeou as mãos por um dos seus seios o apertou-os. Geovanna lutava
com todas as forças que podia para sair, no entanto não conseguia. Ele
explorava seus lábios em beijos ávidos enquanto sua mão encontrou a
intimidade dela. Ele começou a passar a mão por sua vagina em cima da
calcinha. Geovanna não aguentou mais e começou a chorar.

Ele parou e saiu de cima dela, ela sentou rapidamente e se encolhendo,


cobriu-se com o lençol.Luke a encarou, seu semblante era de poucos amigos.
— O que você pensa que iria fazer Geovanna? Se esse seu plano desse certo
eu iria matar você e toda a sua família.

Geovanna ficou paralisada o encarando assustada. Ela ficou


imaginando como ele descobriu, então como lendo seus pensamentos ele
disse:
— Você não dá um passo sem que eu saiba Geovanna desde que tinha 15
anos. Fiquei sabendo desse seu plano assim que sua amiga falou sobre isso no
celular com você. Depois ela entrou em contato com esse Kevin que a essa
hora deve está conversando com o capeta.

Ela estava tão aterrorizada que não conseguia ter reação nenhuma — Ele
matou o kevin? — Se pergumtou chocada. Com voz trêmula disse:
— Não era real
— Não me interessa se era real ou não, isso seria uma ofensa. Você acha
mesmo que esse seu amiguinho iria ficar só no fingimento? Como você é
inocente bambina, é claro que ele não iria só fingir.

As lágrimas começaram a escorrer pelo rosto de Geovanna, ela estava


sentindo-se culpada por ter colocado o Kevin naquela situação. Lembrou-se
da Katy e seu coração gelou — Será que ele fez alguma coisa com a amiga?
— Ela não conseguia raciocinar direito.
Antes dela conseguir sair daquele topor, Luke aproximou-se, ela recuou
institivamente. Ele segurou em seu queixo a fazendo encara-lo e com voz
diabólica avisou:
— Você não sabe com quem está mexendo Geovanna, eu não sou um
moleque que acha que pode manipular, você vai aprender a ser uma esposa
de um mafioso, porém agora, eu quero você assim, intocável até o nosso
casamento, depois você vai realmente conhecer com quem se casou.Te
mostrarei quem é Luke Salvatore. Agora vista-se.
Ele levantou-se e foi até o canto do quarto onde estava sentado
anteriormente. Geovanna pegou a blusa e a vestiu. Pegou o celular e colocou
na bolsa. Levantou-se e seguiu para a porta, Luke antecipou-se e abriu-a
dando-lhe passagem. Quando ela saiu, percebeu dois dos soldados dele no
corredor, sentiu-se constrangida e exposta. Eles seguiram até o carro e a fez
entrar,em seguida entrou e sentou do lado dela. Ela não ousava olhar para ele,
somente uma coisa atormentava seus pensamentos, o paradeiro da Katy. O
carro começou a mover-se e Geovanna só olhava para a frente, ele também
parecia que não queria muito papo.

Depois de minutos que pareceram hora, o carro chegou na casa dela.


A porta foi aberta e ela desceu rapidamente praticamente correndo, ele vinha
logo atrás dela. Assim que chegou perto da porta, essa foi aberta por Clarice
ainda vesida com robe, recebeu Geovanna com uma sua expressão assustada
Ela encarou a filha com um olhar alarmado. Geovanna sem demora entrou na
casa e seguiu para a sala, Robert e irmão também estavam lá. Geovanna
estava morrendo de vergonha, ela
não queria ver ninguém.Sem parar, seguiu para a escada, porém Luke a
segurou pelo braço com força a machucando, ele olhou para todos disse:
— Prestem atenção todos vocês, esse casamento acontecerá no sábado,
porém se houver mais um deslize desses até lá, o acordo será desfeito e o que
eu devia ter feito a 3 anos atrás eu faço agora. Lembrem-se, eu sei cada passo
de todos vocês — Luke virando-se para Geovanna disse — Principalmente o
seu Geovanna.

Luke ainda segurando com força o braço da Geovanna a fez subir as


escadas e a conduziu até a porta de seu quarto sem a solta-la nem um minuto.
Antes que ela pudesse entrar no quarto, Luke a empurrou violentamente
contra, seus olhos faiscavam de ódio
— Espero que você não apronte mais uma desas, caso contrário, eu mato a
sua família e faço de você minha amante ao invés de me casar com você,
entendeu?
Geovanna balançou a cabeça positivamente com lágrimas nos olhos

— Amanhã vamos começar os preparativos do casamento, se eu não ver o


anel de noivado no seu dedo, eu cumprirei todas as ameaças amanhã mesmo.
Luke a soltou bruscamente e virando-se desceu as escadas. Geovanna
ficou no corredor olhando assustada para onde ele havia descido. Depois de
algum tempo entrou no seu quarto, fechou a porta e deslizando na mesma,
sentou no chão e chorou como ela nunca havia chorado na sua vida.

O dia já estava amanhecendo e Geovanna escutou uma batida na porta


do seu quarto, logo sua mãe entrou. Ela ficou de pé, olhando para a filha que
estava sentada na cama. Aproxima-se e sentou em uma cadeira próximo a
cama e disse:
— Não vim aqui para te passar um sermão, eu entendo tudo que você fez e a
não a julgo, eu no seu lugar também faria qualquer coisa para livrar-se de um
casamento com esse homem.
A mãe de Geovanna fez uma pausa e continuou
— Geovanna, eu quero que você entenda uma coisa, esse homem é muito
perigoso, ele não tem sentimentos. Se você o desafiar ele irá te maltratar. Eu
não quero vê-la machucada.
— Mãe, como posso me casar com um homem desses? O que vai ser da
minha vida? Nem dançar eu posso mais. Por que eu mãe?
— Talvez ele goste de você
— Por favor mãe! Ninguém que gosta de alguém faz isso que ele está
fazendo. Eu acho que ele quer se vingar do papai e está me usando para isso,
só pode.

As duas ficaram em silêncio por alguns minutos e Geovanna voltou a falar


— Tudo bem, ele quer uma noiva no sábado ele terá, porém não participarei
de nada.
Ela levantou-se, pegou a bolsa, procurou o anel e colocou no dedo
— Pronto, agora vou tomar um banho e ficar esperando essa palhaçada
começar.

A mãe de Geovanna a olhou com tristeza. O futuro da filha estava nas mãos
de um homem cruel e ela não podia fazer nada.
Oito

Geovanna estava sentada na sala esperando o Luke chegar, eles iriam


falar alguns detalhes do casamento e depois o Fabrício irá lavar ela e a mãe
para escolher o vestido de noiva. Os pais de Geovanna não tocaram no
assunto do que aconteceu na noite passada, eles estavam agindo como se
nada tivesse acontecido,no entanto Geovanna não parava de pensar naquilo,
estava preocupada com a Katy, não faz a mínima ideia do que aconteceu com
a amiga. O destino do Kevin ela já sabia — será que ele matou a Katy
também? — Se perguntou.

A campainha tocou e Olívia abriu a porta para Luke, ele foi até a sala
onde estava Geovanna, Clarice e Fabrício. Ele olhou diretamente para a mão
dela ceriticando-se que estava usando o anel. Geovanna abaixou a cabeça e
ficou mexendo as mãos nervosa. Ele sentou em frente à ela e disse:
— Vamos a igreja para falarmos com o padre. Você tem alguma amiga que
gostaria de ser a sua dama de honra?

Geovanna levantou os olhos para ele e disse:


— Minha amiga Katy
— Você não tem uma amiga com esse nome, escolhe outra
As lágrimas começaram a descer pelo rosto de Geovanna
— O que você fez com minha amiga? — Ela disse gritando e levantando-se
do sofá
Clarice a olhou com um olhar assustado e suplicante.

Luke levantou-se e apontou os dedos em sua face:


— Não grita comigo Geovanna, você está me desafiando e se continuar com
isso, irá se arrepender de ter nascido. Melhor comporta-se como uma noiva.
Mais um chilique seu eu não repondo por mim.

Geovanna estava trêmula, ela precisava saber o que aconteceu com a Katy,
entao, com voz suplicante pediu:
— Por favor, me diga o que aconteceu com a Katy, eu imploro

Luke a observava com um semblante sério, os olhos semicerrados, parecia


que não iria lhe responder, contudo, ele disse:

— Sua amiga está bem, entretanto, a partir de hoje não quero que tenha
nenhum contato com ela, caso o tenha, ela morrerá

Geovanna engoliu em seco, não conseguia olhar para ele — Meu Deus!
Como vou me casar com um homem desse? — Se perguntou alarmada
— Agora vamos continuar, você tem alguma amiga que pode ser a sua Dama
de honra?
Geovanna negou movimentando a cabeça
Luke virou-se para a mãe da Geovanna e disse:
— Providencie alguém para ser a Dama de honra dela e mande-a ir à St.
Patrick's Cathedral.
— Eu tenho uma prima, ela tem uma filha da idade da Geovanna, vou ligar
para ela.
— Ótimo! Agora vamos andando, o padre está nos esperando, faz a ligação
do carro.
— Sim, claro!
— Vamos Geovanna!
Ela levantou-se e pegou na mão que ele havia estendido para ela. As mãos de
Geovanna estavam frias e as dele estavam quente. Ele praticamente a arrastou
até o carro, a fez entrar e Clarice entrou logo em seguida. Luke também
entrou e sentou do lado dela. Geovanna mantinha a cabeça baixa o tempo
todo.

O carro preceguiu no tráfego intenso, Luke falava ao celular o que foi


bom, pelo menos não ficava o silêncio constrangedor no ambiente. Geovanna
não estava prestando atenção no que ele falava, porém a última frase lhe
chamou a atenção.
— Você já sabe o que fazer com devedores Marco, não tem como pagar
mate.
O estômago de Geovanna revirou-se, ela não estava acreditando que ele
estava mandando matar pessoas pelo celular como se fosse a coisa mais
natural do mundo.
— Tem filhos pequenos? O que eu tenho com isso Marco, não vou dar mais
tempo nenhum para ele. Faça-o ter uma morte rápida. Me envia uma foto
para eu ver se serviço foi feito, você está muito bonzinho, não deveria nem
ter me ligado para pedir mais tempo, você sabe que eu não daria.

Marco falou alguma coisa do outro lado e Luke riu


— Compaixão? Essa palavra não existe no meu vocabulário e não deveria
existir no seu. Agora acaba logo com essa porra e depois vai até a St Patrick's
Cathedral, Você será o meu padrinho de casamento, esqueceu?

Com isso ele encerrou a ligação e olhou para Geovanna. Ela estava tão
horrorizada que o encarava com os olhos arregalados.
— O que foi bambina? Está assustada? — falou em tom sarcástico
Nesse momento ele recebeu uma mensagem no seu celular, Olhou para a tela
e disse:
— Serviço feito — ele falou olhando para ela com um sorriso no rosto

Geovanna queria vomitou, ela não estava acreditando que iria casar com um
monstro desses. Desviou o olhar para a mãe que estava sem expressão.

Eles chegaram na igreja e o motorista abriu a porta para elas, Luke já


havia descido e as esperava na porta da igreja impaciente.
— Vamos, o padre já está nos esperando na sacristia
Eles entraram, o padre, um senhor de cabelos grisalhos, gordo e vestido com
uma batina, comprimento-os feliz bem típico Italiano, ele falava um Inglês
com sotaque e misturava os dois idiomas
— Benvenuto Luke, como está?
Luke o cumprimentou dando alguns tapas em suas costas.
— Bene padre
— Então vai casar, não acreditei que esse dia chegaria
— Encontrei alguém que roubou meu coração
E pegando na mão de Geovanna a apresentou para o padre
— Essa é Geovanna, minha noiva, não é linda padre?
— Muito prazer minha jovem, realmente es molto bella, com esses cabelos
de fogo você vai ter muitos problemas para domá-la
— Já estou tendo padre
Geovanna estava com ódio, eles a estavam tratando como um animalzinho
para adestrar.
Luke continuou com as apresentações
— Essa é a mãe da Geovanna, Senhora Taylor. Daqui a pouco chegará a
prima dela com a filha que será a dama de honra da Geovana e o Marco que
será o padrinho
— Perfetto! Já podemos nos sentar e adiantarmos os detalhes

Todos acomodaram-se. O padre virou-se para Geovanna e perguntou:


— Será um casamento típico italiano ou você quer algo mais americano?
— Não sou católica, por tanto um casamento em uma igreja católica não faz
sentido para mim
— Geovanna! Não é verdade, nós somos católicos e você foi batizada na
igreja católica Clarice a repreendeu
— Não sou mais mamãe, posso mudar de religião?

Luke a olhava para ela sério, seus olhos azuis estavam fixos em seu
rosto.Geovanna não queria olhar para ele, mas tinha certeza que ele a estava
observando com aquele olhar ameaçador, ela podia sentir a sua pele queimar.
— Não se preocupe padre, me desculpa, Geovanna só está brincando, deve
está nervosa — falou Clarice
— Será um casamento típico italiano padre — Luke falou — O casamento e
os batizados dos nossos filhos serão feitos na igreja católica não é amore
mio?

O coração de Geovanna começou a bater forte — Filhos? Eu jamais


terei um filho desse homem — pesou indgnada
Nesse momento a prima da Clarice e a filha dela chegaram. Geovanna não
era íntima da prima, pois as duas eram muito diferentes. A prima era alta,
longos cabelos pretos e um corpo de dar inveja em qualquer mulher, porém
era fútil, usava sua beleza para conseguir homens ricos. Clarice sempre a
advertiu sobre a conduta da prima.
— Essa é minha prima Carmen e sua filha Savannah, esse é Luke Salvatore,
noivo da Geovanna
— Prazer! — Luke estendeu a mão para a Savannah e essa logo fougou seu
charme para cima dele.
— Muito prazer Senhor Salvatore, não sabia que minha prima havia
encontrado um Deus Grego para casar — disse com malícia sem o menor
pudor
— Não exatamente um Deus Grego, mas Italiano, ou pelo menos
descendente — Luke disse jogando seu charme
— Hum! Sortuda prima, dizem que os italianos são os melhores amantes
O padre pigarreou e pediu para que todos sentassem
Geovanna estava odiando tudo aquilo, ela estava sendo feita de boba, o
brinquedinho do Luke que ele pode manipular do jeito que quiser.

A reunião iniciou-se, Luke e o padre conversaram sobre os detalhes,


algumas vezes o padre perguntava sua opinião, todavia, ela dava uma
resposta atravessada ou então não opinava deixando que Luke resolver.
Savannah dava em cima dele descaradamente e ele não fazia absolutamente
nada para impedi-la, parecia que estava gostando daquilo. Mais tarde Marco
também chegou e os detalhes finais foram resolvidos. Geovanna estava tão
interdita em seus pensamentos que levou um susto quando Luke a pegou pela
mão e a fez levantar-se
— Vamos! — Falou bruscamente
Ela levantou-se e foi praticamente arrastada por ele. Todos seguiram para o
carro, Luke a segurou por alguns instantes e esperou que todos saíssem. Ele
lhe falou em seguida
— Esse seu joguinho infantil só está fazendo com que eu fique cada vez mais
zangado com você, não brinque com fogo Geovanna, você vai se queimar.

Ela tentou soltar-se do seu aperto, porém quanto mais ela tentava sair,
mais ele a segurava forte
— Eu só não te dou uma lição hoje porque quero você linda, intocável e sem
nenhum machucado nesse rostinho lindo, mas depois do casamento você vai
me pagar todas essas gracinhas que fez.
— Me solta, eu não quero casar com você, não irei me casar com um
assassino. Deixa-me em paz seu... Ela não conseguiu completar a frase, Luke
a beijou com intensidade forçando-a corresponder. Geovanna tentava
impedir, mas não conseguia. Ele a soltou dizendo:
— Será delicioso ensinar a você quem é seu dono, quem é seu homem, te
ensinarei tudo, você querendo ou não e essas suas lágrimas não irão me
impedir. Por agora, recomponha-se e para de chorar, poupe lágrimas amore
mio, pois precisará delas em breve.

Ele a soltou e Geovanna limpou a boca com o dorço da mão. Luke a


segurou no cutovelo e seguiram para o estacionamento juntando-se aos
outros. Fabrício a aguardava
— Vai com seu irmão, sua mãe e sua dama de Honra para escolher o vestido,
escolha algo branco. Quero que todos saibam o quanto você é pura.

Ele lhe deu um celinho e a ajudou entrar no carro. Geovanna sentou-


se no banco com seu olhar vago. Ela não queria acreditar que o seu destino
era casar-se com esse homem. Savanah e sua mãe sentaram atrás junto com
ela, Clarice foi no banco da frente, junto com Fabrício que assumiu o volante.

O carro entrou no tráfego intenso das ruas de Nova York. Geovanna


estava quieta, ela não queria assunto, no entanto, sua prima não pensava o
mesmo, logo puxou conversa
— Como você encontrou o Luke Geovanna? Quase não sai de casa.
— Não fui eu que o encontrei, mas ele que me encontrou
-—Wow! Que sorte a sua, sem fazer esforço irá casar com um milionário e eu
aqui ainda a caça de um.
— Se quiser pode ficar com ele para você

A prima a olhou surpresa e Clarice inteveio


— Geovanna está nervosa, por isso age assim, ela não queria diser isso

Todos ficaram em silêncio por alguns minutos, Fabrício então resolveu puxar
conversa com a prima e assim a viagem foi até o final.

Eles chegaram a uma boutique exclusiva na quinta avenida e logo


Geovanna reconheceu a marca de uma estilista italiana chamada Alberta
Ferretti, muito requisitada, porém poucas noivas podiam pagar pelos vestidos
desenhados por ela.
— Mãe, sei que não somos pobres mas papai pode pagar por um vestido
aqui?
— Luke que nos mandou para cá, não foi seu pai
Geovanna ficou arrasada, nem o seu vestido era a família que iria pagar. Ele
estava tomando conta da sua vida em todos os sentidos.
Todos entraram na loja e uma mulher extremamente alinhada em seu
terninho, maquiagem perfeita, os cabelos preso em um coque baixo sem
nenhum fio de cabelo solto veio atende-los.
— Sejam bem vindos, em que posso ajuda-los?
— Minha filha Geovanna Taylor veio escolher o vestido de noiva
— Perfeitamente! É a noiva do Senhor Salvatore?
— Sim
— A Senhora Ferretti já está aguardando-a
Geovanna olhou para a mãe sem acreditar — a própria estilista iria atende-
las? — se perguntou

A atendente os levou para uma sala luxuosa e ofereceu champanhe,


Geovanna recusou. mas sua prima já estava com a taça na mão. Fabrício não
entrou junto com elas, ficou no carro as esperando.

Algum tempo depois a estilista chegou, uma mulher em torno de 50


anos, cabelo loiros curto e extremamente elegante.
— Oh! Essa é a pequena noiva do Luke? — A mulher a fez levantar-se
avaliando-a com olhos curiosos.
— Luke soube escolher a noiva, lindíssima e com o olhar mais puro que eu já
vi, e esses cabelos? Buon Dio! Agora entendo porque Luke a escondeu por
tanto tempo.
A mulher girou Geovanna por varias vezes admirando-a
— Tem uma uma leveza impressionante
— Sou bailarina senhora — Geovanna disse timidamente.
A mulher a olhou curiosa e pediu
— Por favor, não precisa ser formal minha querida, pode me chamar de
Alberta

— Claro Senhora, como queira

— Vamos, Tenho modelos exclusivos que combinam com você, uma


noiva virginal

Geovanna corou, ela odiava o fato de todos falarem da virgindade dela como
se fosse algo anormal.
— Não tem algo preto? - Geovanna perguntou em desfio
A mulher a olhou e deu uma gargalhada
— Minha querida, sei que Luke é um demônio às vezes, porém tenho certeza
que ele não quer nada menos que algo virginal para a noiva

Assim elas seguiram para a sala da estilista, em seguida, Albeta olha


as fileitras de vestidos e escolhe um estilo vintage, todo de renda e manga
comprida. As costas fechada com pequenos botões de pérola e uma calda
enorme bordada com cristais swarovski. A saia do vestido era estilo sereia e
véu também seguindo o mesmo estilo da renda do vestido.
— Experimenta esse, tenho certeza que ficará lindo em você.

Geovanna então, entrou no trocador com Clarice e a atendente para


ajuda-la. Quando terminou, saiu da cabine e posicinou-se em um pequeno
tablado para que todos pudessem ve-la, sua mãe com lágrimas nos olhos
disse:
— Está lindíssima filha
Todos ficaram emocionados exceto Savannah que a fitava com uma olhar de
desdém.
— Está perfeito minha querida, é esse o seu vestido.

O vestido realmete lhe caiu como uma luva, parecia que foi desenhado
exclusivamente para ela.

Ao terminarem de fazerem algumas marcações para ajustes, despediram-se da


Senhora Albeta e foram embora. O festido ficaria pronto em dois dias e iria
para a cada da Geovanna.

Faltavam 2 dias para o casamento e cada dia que passava ela perdia as
esperanças de se ver livre desse casamento.
Nove
Um dia antes do casamento, Geovanna estava sentada em um balanço
estilo banco que ficava atrás da casa no quintal. Ela não via saída para livrar-
se do casamento, já estava tudo pronto. O vestido dela já havia chegado com
todos os ajustes necessários, a igreja, a recepção. O casamento não seria algo
grandioso, somente cerca de 50 convidados. Luke foi extremamente seletivo.
Eles irão casar de manhã em uma das capelas da igreja. Logo depois irão
receber os convidados em um restaurante italiano que foi reservado
exclusivamente para o evento.

Algumas lágrimas desceram pelo rosto de Geovanna, amanhã sua


vida pertenceria a ele e pela pequena amostra que ele deu durante o curto
tempo em que se conheceram, ela não vê um futuro maravilhoso nesse
casamento.
O irmão dela aproximou-se e sentou do seu lado, Geovanna tenta disfarçar as
lágrimas, ela não queria que a família sentissem culpados pelo seu destino
— Se eu pudesse não deixaria você casar com ele — Fabrício falou — Você
não merece esse destino
— Não se preocupe Fabrício, eu vou ficar bem, não quero que sinta-se
culpado por isso
— Se ele fizer algum mal a você Geovanna, eu juro que o mato
— Não! Por favor Fabrício, não quero que aconteça mais desgraças, eu vou
ser uma esposa obediente como ele quer
O irmão a olhou com muita tristeza e a abraçou forte, Geovanna segurou as
lágrimas
— Eu vou ficar bem

Mais tarde Geovanna estava em seu quarto, ela iriaa sentir falta da sua
privacidade,das suas coisas. Não fazia ideia de onde iriam morar, se teria um
quarto só para ela ou teria que dividir algum com Luke. Só de imaginar que
ela iria ter alguma intimidade com ele, fazia seu estômago revirar, não por
sua aparência, muito pelo contrário, ele era muito além de bonito, tinha uma
beleza desconcertante, másculo, um corpo atletico com músculo muito bem
destribuidos nos seus 1,90 de altura. Uma barba muito bem feita, cabelos
pretos com um corte moderno, uma tez morena constratando com os olhos
profundamente azuis. Além disso, se mostrava um homem muito experiente
na, se não fosse as circunstâncias do casamento talvez Geovanna até se
interessava por ele, porém ele era um assassino frio, um mafioso que não tem
piedade.

Alguém bateu na porta tirando-a de seus desvaneios

— Entra — ordenou
— Oi filha, posso falar com você?
— Sim mãe, pode
A mãe de Geovanna sentou na cama e ficou olhando para ela por alguns
segundos antes de iniciar a conversa
— Sei o que vou dizer pode ser um pouco embaraçoso, mas como mãe
preciso conversar certas coisas
Clarice parecia meio constrangida, no entanto respirou fundo e olhou para
Geovanna diretamente em seus olhos
— Amanhã você se casará e irá começar a sua vida de casada e isso trás
algumas obrigações para a mulher.... — Geovanna a cortou
— Mãe, você quer falar sobre sexo?
Clarice ficou corada e pigarreou
— Sim, é isso, amanhã você ir começará a sua vida sexual e eu quero te falar
que se não estiver protegida logo engravidará. Eu acredito que Luke não
usará preservativos com você, pois será a esposa dele, por isso eu comprei
para você anticoncepcional.

Ela estendeu o pacote em sua direção onde continha varias cartelas de


comprimidos
— Comprei para alguns meses, eu não sei quando vou te ver de novo depois
do casamento

Segiu-se uma pausa constrangedora, Clarice retomou a fala

— Geovanna, o Luke quer ter filhos com você logo, eu acredito que o plano
dele é te engravidar já na lua de mel, por isso é de suma importância que você
não fale para ele que está tomando os comprimidos, você precisa escondê-los
bem, entende filha?

Geovanna ficou quieta

— Ele precisa acreditar que você tem alguma dificuldade para engravidar e
quem sabe te dê o divórcio

Geovanna ficou olhando para a mãe sem acreditar, aquilo tudo era
surreal para ela
— Mãe e se ele descobrir?
— Filha, ele não pode descobrir, de jeito nenhum, se isso acontecer eu não
sei qual vai ser a reação dele, mas tenho certeza que não será boa. Nós
precisamos tentar isso, se ele pensar que você não pode gerar filhos ele pode
divorcia-se de você e te dar a liberdade. Sempre que eu puder irei até sua casa
e levarei mais.
— E se eu realmente não puder ter filhos?
— Você poderá, nossa família nunca teve problemas de infertilidade e além
do mais temos que pensar na possiblidade de você poder ter filhos. Caso você
realmente não possa aí é outra história.

Ela ficou pensativa, ela era vista por Luke apenas como uma
reprodutora dos filhos dele nada mais. Não via um futuro promissor nesse
casamento
— Okay mãe, eu irei fazer isso
— Outra coisa ... será a sua primeira vez com um homem e talvez você não
sinta prazer no ato sexual no primeiro momento. mas... Geovanna a cortou
— Mãe para! Eu não vou sentir prazer em momento nenhum com esse
homem, o que mais queria nesse momento é não me casar com ele e muito
menos ter alguma relação íntima, só de pensar nisso me causa náuseas.

A mãe de Geovanna a olhou para com tristeza


— Geovanna, se você resistir de alguma maneira, as coisas podem ser muito
pior, não resista filha, faça o que ele quer, não quero vê-la machucada — Ela
disse com voz chorosa.
— Você acha que ele me tomaria a força mãe? — perguntou com resignação.
— Eu não acho filha, tenho certeza

Geovanna baixou a cabeça, a mãe a abraçou forte e as duas ficaram assim por
um longo tempo.

A manhã de primavera estava linda, os pássaros cantavam a


alegria de mais um dia. Geovanna estava em seu quarto em frente do espelho
olhando para uma noiva lindíssima refletido. Seus cabelos presos em uma
trança embutida solta e entre os entrelaces da trança, pequenas flores feitas de
diamantes enfeitavam toda a extensão. Alguns fios dos cabelos cor de cobre
estavam soltos emoldurando seu rosto impecavelmente maquiado, não era
uma maquiagem pesada, a maquiadora procurou deixar seu rosto o mais
natural possível acentuando o rubro natural e os olhos verdes escuro. Apesar
de Geovanna ser ruiva natural, ela não tinha sardas e sua cútis era acetinada.

Alguém bateu na porta e o pai de de Geovanna entrou, ele usava um


smoking preto muito bem cortado. A mão ainda estava enfaixada, mas isso
não o deixava menos elegante
— Está linda filha, sempre sonhei em vê-la assim, porém queria entregá-la a
um homem que amasse, mas por culpa minha agora terá que se casar com ele
— Não se aflija pai, não quero que sinta-se culpado, você fez o que achava
melhor para a nossa família. Agora não adianta, se eu tenho que casar com
ele o farei

— Como não me preocupar Geovanna, esse homem é a personificação do


demônio, por esse motivo queria deixar a máfia — Ele parou de falar,
tentando segurar a emoção.

Geovanna emocionada, segurou as lágrimas, ela não queria mostrar para os


pais que estava com medo, contudo, estava apavorada pelo que iria acontecer
após o casamento.

A mãe de Geovanna entrou no quarto e trouxe o buquê


— Aqui está filha. Trouxe também algo azul e usado como manda a tradição.
A mãe de Geovanna estendeu para ela uma pequena presilha de cabelo com
uma pedra de safira na ponta, ela prendeu em seus cabelos.
— Espero que te traga sorte

Os pais de Geovanna seguiram para a igreja e Geovanna ficou esperando


Fabrício busca-la.

Ele bateu na porta e entrou


— Está pronta?
— Sim
— Então vamos

Ela pegou o buquê e seguiu o irmão para a limousine que já o


esperava. Chegaram rápido na igreja, pois não tinha tráfego. Savannah estava
na
porta os esperando. Ela usava um vestido de cetim comprido rosa e um
arranjo de flores na cabeça.
— Deixa ajudá-la Geovanna — Ofereceu-se
Savannah ajudou- a a descer e ajeitou seu vestido. O irmão entrou na capela e
o pai dela ficou a esperando na porta

Elas seguiram para a entrada, Robert visivilmente emocionado


segurou em suas mãos
— Está nervosa?
— Um pouco

Savannah posicionou-se na frente deles e entrou assim que a música


tocou. Em seguida todos levantaram e a marcha nupcial começou a tocar,
Geovanna deu os primeiros passos vacilantes, seu pai percebendo sua aflição,
apertou suas mãos lhe passando segurança. Ela estava tão nervosa que
parecia flutuar ao invés de caminhar através da nave da capela. Queria muito
correr para longe, só isso que passava na cabeça naquele momento. Ela olhou
em direção ao altar e viu Luke, lindo em seu fraque cinza, parecia um
príncipe, porém para ela era príncipe das trevas. Aproximaram-se do altar,
seu pai beijou-a no rosto e entrgou-a a Luke, ela olhou para seus olhos e eles
não estavam frios como de costume mas incandescentes.

A cerimônia iniciou com padre fazendo um pequeno sermão sobre a


importância do amor e fidelidade no casamento. Ele falou coisas lindas que
tocaram o coração de Geovanna. Como gostaria que realmente estivesse
casando por amor, não obrigada.

Sem que percebesse, o celebrante anunciou a troca das alianças, o padre lhe
perguntou:

— Geovanna Wayne Taylor, aceita Luke Eduard Salvatore como seu


legítimo esposo para amá-lo e respeitá-lo até os últimos dias de sua vida?
Sua boca estava seca, ela tinha que responder alguma coisa, seus olhos
arregalados fitaram os de Luke que a observava atentamente, ele não
demostrava insegurança a resposta dela, seu rosto revelava que ela faria a
coisa certa. O silêncio na capela era tocante, todos estavam na expectativa de
sua resposta, sem mais delongas fez o que esperavam e respondeu
— Sim... aceito
Um pequeno murmurinho de alívio se ouviu, as pessaos estavam aprrensivas
por ela. Savannah lhe entregou a aliança e ela colocou no dedo dele.

A cerimônia chegou ao fim e o padre os deu a bênção final, eles seguiram


para a saída. Vários convidados jogaram arroz nos noivos desejando-lhes
felicidade e prosperidade. Eles seguiram para a limousine que os aguardavam

Na intimidade do carro, Geovanna não conseguia olhar para o Luke, no


entanto ela podia sentir seu olhar em sua carne lhe queimando como brasa.

— Acabou, relaxa — Luke disse debochado


Ela não lhe deu atenção, continuou com o corpo estático olhando para frente.

— Essa sua atitude não fará efeito algum, agora é minha esposa, aceitou ao
assinar os documentos

— Por que fui obrigada — disse indignada

— Os fins justificam os meios.

Lágrimas minaram seus olhos,contudo as segurou, não iria chorar na frente


dele e domonstrar seus temores.
— Estamos quase chegando no restaurante, coloque um sorriso no rosto e
aceite seu destino, agora você é minha para fazer o que quiser
Aquela ameaça velada a deixou aflita, o que esperar desse casamento.

A limousine parou em frente ao restaurante, o motorista abriu a porta para


ela. Luke saiu também e entraram juntos. Alguns convidados já haviam
chegado, Clarice assim que os viu aproximou-se

— Quer tirar o véu, acho que ficará mais confortável


— Sim
Assim, elas pediram licença ao Luke e seguiram para a sala. Lá elas ajeitaram
o vestido,retocaram a maquiagem, ela també tirou o veu.

Depois de algum tempo elas voltaram e todos os convidados já


haviam chagado. Luke estava conversando com alguém e ela aproximou-se
— Olha quem está aqui, minha linda esposa. Querida, esse é meu Consigliere
Eduard Castillo
— Encantado
O homem era um senhor muito apessoado, alto e vestia um smoking
impecável. Ele apertou a mãe dela e disse a olhando fixamente
— Você tem muita sorte Luke por ter uma esposa tão bonita, agora entendo
porque a escondeu tão bem.
— Sì! ela é linda e só minha
Luke enlaçou os braços em sua cintura e a trouxe junto dele em uma posição
de posse. Ele beijou seu rosto e disse em seu ouvido
— Só minha para fazer o que quiser

Geovanna estremeceu, ela estava com medo do que viria dali para a frente.
Luke estava fazendo ameaças velada.

O almoço seria servido e todos sentaram em seus lugares, os noivos


sentaram em uma mesa grande junto com os pais de Geovanna, seu irmão,
Savannah com sua mãe e Marco. Tudo estava muito gostoso, porém
Geovanna não conseguia comer muito, ela estava nervosa demais.

A uma certa altura alguém disse que eles precisavam dançar a valsa
dos noivos. Luke pegou em sua mãos e a levou para o centro do restaurante e
a banda começou tocar uma canção de amor.

Luke a enlaçou e a puxou para junto de seu corpo. Eles começaram a


dançar. Ele olhava para os olhos dela, Geovanna também o fitava perdida
naquele olhar sedutor. Luke a fez repousar a cabeça em seu peito, Geovanna
fechou os olhos e só sentia seu perfume inebriante. Ele a abraçou mais forte,
fazendo-a moldurar em seu corpo forte. Geovanna podia escutar seu coração
que batia acelerado. Ele abaixou a cabeça e começou a depositar pequenos
beijos pelos seus cabelos, e foi descendo até chegar em seu ouvido, então lhe
disse em um sussurro
— Sempre sonhei com esse momento amore mio, ter você assim em meus
braços.

Ele então Levantou a cabeça e a encarando aproximou seu rosto até


repousar seus lábios nos dela. De início foi um beijo casto, mas logo Luke
intensificou. Geovanna ficou nas pontas dos pés para alcançá-lo melhor pos,
ele era muito alto. Quem os via de fora realmente achava que eles se amavam
e que aquele casamento era normal. Muitos estavam emocionados, via-se
lágrimas descendo pelo rosto das mulheres, até sua mãe estava chorando.

Luke ainda a beijando a suspendeu e a girou no ar, ela por ser


bailarina tinha uma leveza impressionante e aquela cena foi uma das mais
lindas. Quando a música terminou, Luke a colocou no chão e todos
aplaudiram os noivos. Geovanna olhava para ele hipnotizada.

Eles voltaram para os convidados e sua mãe veio ao encontro dela e a


abraçou.
— Vai dar tudo certo filha
Geovanna não disse nada. A festa continuou e a hora de irem embora chegou.
Savannah havia bebido um pouco da conta e estava no pé do Marco.
— Você sabe que minha prima não fez nenhum esforço para conquistar o
Luke — Ela falava com uma voz pastosa
— Eu sei - Marco a segurava pois ela estava quase caindo
— Como pode isso? Eu aqui doida pra fisgar um
peixe grande desses e nada e ela que só pensa em dançar consegue.
Marco não disse nada, Luke e Geovanna aproximaram- se deles para se
despedirem e Savannah se joga nos braços de Luke e diz:
— Você sabia Luke que a Geovanna disse que eu podia ficar com você para
mim?
Luke olha para Geovanna e diz:
— Quem sabe podemos nos encontrar, vou adorar te conhecer melhor já que
a minha linda esposa não se importa de eu sair com outras mulheres. Por
agora, fica com Marco, ele vai cuidar de você.

Luke empurrou Savannah para os braços de Marco que ficou com a cara
emburrada.
— Por que eu tenho que cuidar dela? — Ele falou em um sussurro para Luke
— Faça o que eu estou mandando, ela não é feia e parece bem gostosa.

Savannah com um sorriso no rosto olhou para Geovanna e disse:


— Viu, você não vai conseguir segurar um homem como esse por muito
tempo — Virando-se para Luke disse:
— Quando estiver enjoado dela é só me procurar. Estarei pronta pra você,
Por agora, seu amigo serve.

Ele riu com um sorriso safado. Geovanna estava indignada, eles estavam
praticamente marcando um
encontro.

Savannah e Marco se afastaram e Luke olhou para ela


— Eu não preciso da sua autorização para transar com outras mulheres, se eu
quiser fazê-lo eu farei. Por agora a única que quero transar é você, por tanto
vamos embora, não aguento mais esperar
O estômago de Geovanna embrulhou, ela estava sentindo-se humilhada,
então resolveu desfia-lo
— E se eu quiser transar com outros homens, preciso pedir sua autorização?

Luke com um ódio a segurou nos braços com força e disse:


— Se você ousar se quer chegar perto de outro homem eu mato você,
entendeu?
Geovanna o olhava com olhar assustado.
— Agora vamos, não vejo a hora de começar a vida de casado com você
minha bambina.

Eles seguiram para a saída, muitas pessoas desejavam boa sorte ao novo
casal. Geovanna estava com o coração apertado. A vida dela a partir de agora
nunca mais será a mesma
Dez
Geovanna estava em um quarto extremamente luxuoso, sentada na
cama enorme esperando por Luke. Eles haviam chegado naquele apartamento
no inicio da noite, porém logo após saírem da recepção, eles foram para a
casa da mãe dela para trocar o vestido de noiva por algo confortável, sua mãe
a ajudou. Luke ficou na sala esperando. Quando ela terminou foi ao encontro
dele e despedindo-se de todos, partiu para um destino incerto com seu
marido.

A limousine seguiu pelo tráfico e Geovanna não tinha ideia para onde iriam
até que resolveu perguntar para o Luke

— Para onde vamos?

— Nós vamos para um dos meus prédios no Central Park, não posso viajar no
momento, mas eu prometo que assim que puder a gente faz uma viagem
juntos

Luke carinhosamente, pegou nas mãos dela e as beijou

— Além do mais, eu não aguentaria fazer uma viagem longa com você agora.
Eu a quero muito para esperar mais tempo.

Geovanna ficou corada, tinha esperança de não precisar fazer aquilo aquela
noite, precisava de mais um pouco de tempo para acostumar-se.

Eles chegaram no prédio muito alto,era uma construção luxuoso que


pertencia ao Luke. Seguiram para a cobertura, o esplendor do lugar a deixou
desconcertada. O apartamento era muito grande e luxuoso, avista das imensas
janelas de vidro davam frente para o Central Park. Não havia ninguém ali,
porém o apartamento
foi preparado para receber os recém casados. Havia uma mesa posta para os
dois na varanda para o jantar, mas Geovanna não estava com fome.

— Eu não estou com fome

— Tudo bem, eu também não estou

Ele aproximou-se dela e posicionou-se em sua frente, Geovanna não


conseguia olhar para ele. Então, segurando em seu rosto, Luke a fez olha-lo

— Não precisa ficar nervosa, eu serei muito

carinhoso com você

— Por favor, eu... eu... gostaria de mais um tempo para me acostumar com
essa nova situação

— Mais tempo? de quanto tempo precisa?

— Algumas semanas

Ele riu e a puxando para junto de si disse

— Eu não quero esperar nem mais um minuto quanto mais algumas semanas
— ele suspirou e continuou

— Você não entende Geovanna, eu quero você demais, a esperei por três
anos e não vejo a hora de ter o que é meu, você. Agora vai até o quarto se
preparar e espera por mim. Vou te dar um tempo apenas de uma hora pra
acostumar-se, porém se você resistir eu não respondo por mim. Terei você
essa noite querendo ou não

— Sim

— Muito bem, agora faça o que estou mandando, vai até o quarto e me espera
lá, linda e virginal.

Ele a soltou e ela foi em direção ao quarto,

Luke a acompanhou com o olhar até perdê-la de vista.

Desviando o olhar, aproximou-se do bar, serviu-se de uma bebida,


sentou-se em uma das poltronas, acendeu seu charuto e ficou com os olhos
fechados absorto em seus pensamentos — Eu não quero machucá-la, mas se
ela me repelir, hoje mesmo irá conhecer o monstro dentro de mim.

No quarto, Geovanna reparou que haviam separado uma camisola


linda de cetim branco com renda e fitas. Havia também calcinha do mesmo
estilo. A cama estava preparada para receber o casal, haviam pétalas de flores
formando um coração na cama. Havia também uma mesa com champanhe
dentro de um balde de gelo e duas taças. O quarto estava na penumbra e
haviam algumas velas espalhadas pelo ambiente, o aroma era delicioso. O
local era um verdadeiro ninho de amor.

O estômago de Geovanna revirou-se, ela não queria fazer aquilo, não


hoje, não agora, não estava preparada, mas não tinha escolha ou fazia ou ele a
tomaria a força, então para que aquela noite não se tornasse algo traumático
ela resolveu arrumar-se para esperá-lo. Pegou a camisola e a calcinha e
seguiu para o luxuoso banheiro, tomou um banho rápido, tirou toda a
maquiagem, desfez o penteado e vestiu a camisola.

Agora estava muito nervosa, o esperando. Ela olhou em volta com os


olhos vagos, um nó no estômago pela perspectiva do que acontecerá naquele
quarto. Uma batida na porta se ouve, Geovanna assustou-se e levantou da
cama com o olhar alarmado. Luke entrou no quarto, ele também havia
tomado um banho e trocado de roupa. Ele a contemplou com intensidade, o
coração dela batia muito forte.
Luke aproximou-se, andando em sua direção, tão lentamente e ao
mesmo tempo legal, como uma pantera. Ele estava lindo, com uma camisa
preta e calça da mesma cor, seus cabelos ainda estavam úmidos e seu olhar de
um azul vivo e a observava como se quisesse devora-lá.

Seu estado de nervos estava tão tenso, que se caísse uma agulha,
pularia como uma gazela assustada. Aquela situação não é a primeira nem a
último, ela tem consciência que muitas moças passam por isso, no entanto no
seu caso, ela está prestes a se entregar a um homem que não conhece e que
agora é seu marido.

Luke aproximou-se dela e lhe tomou as mãos beijo-as uma de cada


vez, os lábios quentes em contato com sua pele a fez arrepiar-se
— Mãos frias anjo, vamos dar um jeito de aquece-las

Ele a abraçou e beijou-a nos lábios. A princípio, o beijo foi lento,


quase casto, porém a medida que ele apossava-se de seus lábios, intensificava
o contato, até que mergulha em sua boca em um beijo vigoroso, lhe roubando
a alma. O corpo intocado dela, manifestou-se, Geovanna sentia sensações até
então, desconhecidos por ela. O seu gosto, uma mistura de tabaco e Whiskey
a deixara enebriada. Luke a deitou na cama, seu corpo grande e musculoso a
pressionava sobre o colchão. Eles ainda estavam vestidos, mas para surpresa
de Geovana, ela já podia sentir toda masculinidade dele.

Luke explorou seu corpo com as mãos, enquanto a beijava, ele


percorreu até a barra de sua roupa e a tirou, sua pele arrepiou-se, em contato
com aquelas mãos ásperas em sua tez macia. Geovanna estava com um sutiã
que fazia conjunto com a calcinha, branco de ceda e renda. Seus cabelos
estavam soltos e emolduravam seu rosto ruborizado de vergonha.
Entre gemidos Luke sussurrou em seu ouvido

— Como você é linda bambina


Ele beijou seu rosto, cabelo, ela sentiu o seu hálito quente e sentiu
calafrios por todo corpo. Luke da pequenas mordidas no lóbulos de sua
orelha e Geovanna suspira, ela sente coisas que nunca sentiu antes, seu corpo
arrepia-se. Luke com urgência, abriu o fecho do sutiã e tirou-o, ela
imediatamente tentou esconder os seios, porém Luke não a deixou cobri-se,
segurou em seus pulsos prendendo-os de encontro ao colchão
— Não! Eu quero vê-los

Ela ainda protestou, mas ele a segura com firmeza. A respiração acelerada, a
boca seca, o coração palpitando como se quisesse sair pela boca. Luke
admirou com olhos de desejos, os pequenos mamilos rosados.

— Lindos! Perfeitos

Ele abocanha os seios redondos, o mamilos estavam enrijecidos e


Luke começou explora-los com a boca. Ela apertou os olhos com força. Sua
intimidade começam lubrificar e gemidos saem de sua boca. Luke então,
levanta-se e tira as próprias roupas, Geovanna fica olhando para ele
hipnotizada, ele era perfeito, braços e peitos fortes com poucos pelos. Ele
usava uma corrente com uma cruz. Luke tirou também as calças e por último
a cueca, ficando completamente nu em sua frente, Geovanna estava com os
olhos arregalados, ela nunca tinha visto um homem nu de verdade, só na
internet quando ela e a amiga ficavam curiosas, porém nada a preparou para
aquilo, ele era grande e Geovanna estava muito assustada.

Ele aproximou-se e deitou em cima dela, Geovanna fechou os olhos tensa, ele
percebeu e disse

— Relaxa, vai ser bom

Ele começou a beijar seu corpo, fazendo uma trilha de beijos até a sua
intimidade. Ele segurou sua calcinha e foi tirando lentamente. Quando
terminou, posiciona-se em cima dela e a fez abrir as penas, ele se instala entre
elas e Geovanna sente sua ereção em contato com sua vagina, assusta-se,
entra en pânico e começa a suplicar
— Não, eu...eu não quero

Luke, já apresentado sinais de impaciência disse

— Fica quieta, eu vou possuir você agora e nada vai me impedir, então não se
mova, só sinta bambina — disse com voz jocosa.

Ele começou a beija-lá com ardor, ele posicionou seu pênis na entrada dela
apenas de leve, Geovanna com muito medo perguntou:

— Vai doer?

— Só um pouquinho... relaxa bambina, deixa eu te levar ao paraíso junto


comigo

Luke pressionou seu pênis e começou a forçar a entrada, ela sentiu


quando seus músculos tensos se abriram e ele a penetrou. Geovanna sentiu a
carne potente e dura invadir sua cavidade. Em uma reação desesperada o
empurrou
— Não! Sai de cima de mim

Geovanna tentou sair de baixo dele, porém Luke com violência prendeu os
seus pulsos de encontro a colchão e a imobilizou

— Geovanna, Fica quieta Porra! Eu não quero te machucar

Ela começou a debater-se de baixo dele e a chuta-ló

— Não! Eu não quero você, eu te odeio seu assassino...

Ela não terminou a fala, ele a tomou em um beijo violento a


silenciando, os lábios potentes esmagaram os dela a machucando, lágrimas
salgadas desceram pelo seu rosto.
Luke a liberou do beijo e forçou-a abrir as penas, Geovanna não
resistiu, naquele momento ela só chorava. Ele posicionou o pênis na entrada
dela e antes de penetra-la disse
— Relaxa, vai doer um pouco, mas logo passa, vou tentar ser o mais
cuidadoso possível.

Ele a penetrou e Geovanna fechou os olhos com a expressão de dor.


Luke começou a mover-se, a princípio devagar e logo intensificando. Ele a
abraçou e entre gemidos ele falava coisas em Italiano em seu ouvido que
eram incompreensíveis para ela. A dor era insuportável, ela sentia seu pênis
potente entrar fundo em sua carne, rompendo todas as barreiras. Ele foi
aumentando o ritmo a cada investida, seu corpo suado a possuía a fazendo
dele. Ele gemia alto regozijando de prazer.

O ato demorou por vários minutos e Geovanna só queria que aquilo acabasse
logo.

Luke em uma investida firme e profunda chegou ao orgasmo. Ele derramou


seu líquido quente dentro dela, Geovanna sentiu o sêmen a invadindo. Luke
gemeu forte

— Como você é doce bambina, que delicia!

Ele deitou sobre ela e Geovanna sentiu sua respiração acelerada de encontro o
seu rosto. O ritmo foi diminuindo e entre beijos, Luke saiu de dentro dela e
rolou na cama trazendo-a junto dele. Ele a abraçou fazendo-a repousar a
cabeça em seu peito.

Luke beijou e inalou o perfume dos seus cabelos

— Para de chorar Giovanna, se você está machucada a culpa é sua. Eu fui o


mais cuidadoso possível.

Geovanna tentou desvencilhar dos braços dele, porém Luke com firmeza a
manteve presa
— Você não vai a lugar nenhum, essa noite está apenas começando, eu quero
muito mais de você coisinha gostosa.

Então ele voltou a beija-la com paixão e a possui mais uma vez

Eles passaram a noite toda na cama e quando já estava amanhecendo


finalmente Luke a deixou dormir. Geovanna cansada, dormiu em um sono
profundo.

Na manhã seguinte, ela acordou e sentiu seu corpo dolorido. A vagina


também estava sensível e ela sentia um pouco de dor nessa região. Geovanna
olhou para os lado e o viu dormindo profundamente, seus braços fortes
estavam repousados em sua cintura. Havia um esboço de sorriso em seu
rosto. Para ele aquela noite foi prazeroso, mas para Geovanna foi uma
experiência horrível, ela não queria que ele a tocasse mais, no entanto, ela
sabia que isso seria impossível.

Muito lentamente, ela tirou o braço dele da sua cintura, ele moveu-se
e Geovanna parou assustada, porém ele apenas apertou o abraço e continua
dormindo. Novamente Geovanna tentou sair de seu abraço, deslizando
lentamente, tomando cuidado para não acorda-lo. Ela conseguiu sair e
levantou-se. Pé ante pé foi até o banheiro para fazer suas necessidades
fisiológicas, uma pequena ardência se fez sentir em sua intimidada e aquilo a
incomodou — Será que é normal? — se perguntou

Após terminar, limpou-se e quando olhou para o papel higiênico, viu sangue,
seu coração acelerou, ela

lembrou que leu em algum lugar que algumas mulheres sangram na primeira
relação. Geovanna

levantou-se e foi até a pia. Havia um espelho enorme e Geovanna se vê


refletida. Ela estava horrível, seu corpo mostravam marcas vermelhas. Os
lábios estavam levemente inchados. Meu Deus! Geovanna passou as mãos
lábios, ele a havia machucado

As lágrimas saíram em gotas grossas fazendo uma trilha salgada em


sua bochecha. Ela enxugou-as com o dorso das mãos — Não adianta chorar,
tenho que fazer de tudo para me livrar desse casamento — Geovanna pensou

Ela sem muita opção, decidiu tomar uma banho de chuveiro


rapidamente. Ao terminar, se envolveu em um roupão felpudo. Ela estava tão
distraída que não percebeu a presença do Luke no banheiro e quando andou
até a pia deu de encontro ao corpo musculoso. Ele a segurou pela cintura e
ela o olhou assustada. Luke estava completamente nu. O coração dela
começou a bater forte como tambores.

Luke sem dizer nada a suspendeu pela cintura e a faz sentar no tampo
da pia, ele abriu o robe e a fez entrelaçar as pernas na cintura dele. Geovanna
para não cair, segura em seus ombros. Luke sem preliminares a penetrou,
empurrando fundo seu membro latente a possuindo de maneira selvagem.
Seus movimentos frenéticos o levava à escala de prazer e entrega
— Que coisinha deliciosa você é Geovanna, nunca senti tanto prazer em
foder uma mulher. Você com sua inocência me deixa alucinado.

Ele a fez descer da pia e a levou para o chuveiro. Eles tomam banho
juntos e ao terminarem, vai até o closet e escolhe uma roupa leve para vestir.
Logo depois, volta para o quarto e Luke está lá, já vestido com um terno, ela
achou estranho ele está vestido de maneira formal, mas não disse nada. Ele
parecia ocupado, pois estava sentado em uma mesa olhando alguma coisa no
laptop. Ela resolveu ajeitar a cama já que não tinha nada para fazer. Ao
levantar a colcha, ela viu uma mancha de sangue no lençol branco, seu rosto
corou violentamente e seus olhos voltam-se na direção do Luke, ele também
olhava para a mancha
— A prova da sua virgindade — Ele ruiu com ar de orgulho

Geovanna muito constrangida, começou a tirar o lençol da cama.

— Onde tem lençóis limpo? — Ela perguntou

— não faço a mínima ideia

— Mas essa não é a sua casa?

— Sim, é uma delas, mas não sou eu que cuido dessas coisas

Geovanna o olhou e ele voltou a sua atenção para o laptop. Ela resolveu
procurar os lençóis nos armários e logo achou. Pegou um conjunto e arrumou
a cama. Quando terminou, Luke levantou-se e a abraçando por trás disse:

— Para que tanto trabalho se vamos desarrumar tudo de novo em breve?

Ela corou até a raiz dos cabelos, porém rebateu

— Pensei que você fosse sair

— E vou, tenho que resolver um assunto, porém volto o mais rápido possível
e vamos ficar na cama por um longo tempo.

Ele beijou no alto da sua cabeça e a puxando pela mão a levou até a cozinha

— Vamos ver o que temos aqui para comer

Ele abriu a geladeira e estava abastecida. Pegando algumas coisas ele


preparou um sanduíche para ela e para ele.

— Faz o café, tem uma cafeteira em algum lugar. Eu gosto do meu café forte

Eles comeram em silêncio, Geovanna mantinha a cabeça baixa. Quando


terminaram, Luke andou em sua direção e a fez levantar-se

— Agora tenho que ir, não faz nenhuma gracinha, tem soldados lá fora para
vigiá-la

Ele deixou a cozinha e logo escutou a porta batendo. Geovanna ficou parada
na cozinha com o olhar vago

Assim começou a vida de casados da Geovanna e Luke.


Onze
Geovanna estava sozinha no apartamento, ela não tinha nada para
fazer então resolveu ligar para a mãe. No primeiro toque ela atendeu
Clarice: Oi filha, como está?
Geovanna: Oi mãe
Clarice: Estou surpresa por ter ligado, o Luke está aí com você?
Geovanna: Ele saiu
Clarice: Como você está? Já que o Luke não está aí podemos falar pelo face
time
Geovanna: hã! Acho melhor não mãe, eu não sei quando o Luke vai voltar
Clarice: O que ele fez com você Geovanna?
Geovanna: Nada mãe, eu estou bem
Clarice: Não minta, você não sabe fazer isso. Você resistiu não é?
Geovanna: Mãe, como aceitar esse homem que matou o Kevin e minha
amiga? Eu não consigo. Queria voltar a minha vida.
Clarice: Você tomou o seu comprimido hoje?
Geovanna: Não
Clarice: Então vai agora, você tem que tomar todos os dias, se não o fizer,
engravidara entende?
Geovanna: Sim, eles estão na minha bolsa
Clarice: Pelo amor de Deus Geovanna, não deixe Luke vê, ele precisa pensar
que você não pode gerar filhos.
Geovanna: Eu sei, eu sei! vou desligar mãe, eu prometo que tomo o
comprimido.
Clarice: Okay filha, se cuida!

Desligou o celular e foi até o closet pegar a bolsa, de lá tirou a cartela


de anticoncepcional e seguiu para a cozinha, pegou um copo de água e foi
para a sala. Ela colocou o comprimido na boca e tomou a água, nesse
momento escutou a porta abrir, ela ainda está com a cartela de comprimidos
na mão, seu coração vai a boca. Ela engole rapidamente o que a faz engasgar
e esconde a cartela embaixo do estofado do sofá. Luke entrou na sala e ela
está tossindo pelo fato de ter engasgado com a água.
— O que foi? Você está bem?
Ainda tossindo um pouco ela disse
— Sim, eu só engasguei com a água.

Ele segurou em suas mãos e essas estavam tremendo, ele ficou olhando para
elas e perguntou
— Está nervosa?
— Não...não... é que me assustei quando você abriu a porta

Ele ficou olhando para ela com aqueles olhos intimidador.


— Já almoçou?
— Não
— Então vamos a um restaurante
— Eu não quero ir
— Okay! Então vamos fazer coisas mais interessantes
Ele disse isso já a arrastando para o quarto
— Não! Eu quero ir almoçar
— Agora é tarde bambina, você ativou a minha fome de outra coisa. Vem!

Luke a arrastou para o quarto e Geovanna tenta soltar-se das mães dele que a
seguravam como garras de aço.
— Me solta, eu.. eu não quero, você está me machucando
— E vou machucar muito mais se você não parar de resistir, agora você é
minha mulher e vou fazer o que quero, na hora que quiser, quando quiser e
quantas vezes quiser com você. Ontem peguei leve por causa da sua
inexperiência, mas agora acabou

Ele a empurrou com força na cama e Geovanna com os olhos


arregalados tentou sair porém Luke a segurou com violência e arrancou suas
roupas, Geovanna muito assustada lutou com el, porém ele a imobilizou e
puxou a calcinha rasgando-a
— Não! por favor
— Cala a porra da boca, você é só uma esposinha para fazer o que eu quiser,
só me interessa o meu prazer e isso bambina você me dá e muito.

Luke então a penetrou com violência, a dor que ela sentiu foi muito
pior do que da primeira vez, ela gritou e começou a chorar, tentava tirá-lo de
cima dela, porém aquilo só o irritou ainda mais, fazendo com que ele a
penetrasse com mais intensidade. Luke gemia enquanto investia seu pênis de
forma bruta nela. Geovanna parou de lutar, ela não tinha mais forças. Ele
continuou as investidas e em êxtase teve seu orgasmo, Geovanna sentiu o
pênis latente liberar em jatos fortes todo seu líquido. Entre gemidos de muito
prazer Luke regozija
— O que você tem que me dá tanto prazer? Acho que não vou enjoar de você
nunca

Ele saiu de cima dela e levantou, Geovanna ficou na mesmo posição, ela não
ousaria se mexer naquele momento. Luke pegou em seu pênis e ordenou
— Olha pra cá
Geovanna olhou pra ele
— A minha arma pra você sempre será essa
Ele foi até ela e a pegou pelos cabelos e disse
— Presta bem atenção Geovanna, você não tem direito absolutamente a nada
a não ser me dar prazer, é para isso que você serve. A partir de hoje você é
minha escrava sexual. Esteja sempre pronta para mim, tenho certeza que logo
logo você me dará um filho
O coração de Geovanna foi a boca, realmente a mãe tinha razão, ele só quer
engravida-lá. O estômago dela embrulhou.

— Agora vamos aprender mais algumas coisinhas pra me dar prazer — Luke
disse isso aproximando-se dela. Geovanna começou a respirar acelerado e de
seus lábios trêmulos de pavor saiam as palavras quase inaudível
— Não..não...não me machuque mais por favor
Luke sem piedade a pegou pelos cabelos e a sacudiu. Ele a empurrou até a
cabeceira da cama e a prendendo pelos pulsos e de novo a penetrou. Assim,
Luke e Geovanna passaram horas na cama e ele só parou quando a noite caiu.

Geovanna estava deitada, seu corpo dolorido encolhido na cama,


haviam marcas roxas por todo ele. Ela olhou para o lado, ele não estava na
cama. Resolveu levantar — preciso de um banho — pensou
Ela sentou na cama esticou o corpo eem seguida levantou-se. Foi até o
banheiro e tomou um banho demorado. Quando terminou, vestiu-se e sentou
na frente de espelho, pegou a escova e escovou os cabelos. Ao
terminar,observou-se no espelho. Ela estava machucada, em seu lábio inferior
havia um pequeno corte e seu rosto estava com marcas roxa. Ela fechou os
olhos e ficou se imaginando dançando. Ela era tão feliz.

Abriu os olhos e viu refletido no espelho o Luke, ele estava de pé


atrás dela. Ela ficou olhando para ele através do espelho. Ele estava muito
bem, com uma blusa preta e uma calça de moletom, parecia que tinha saído
de uma academia. Geovanna ficou olhando para ele com os olhos
arregalados. Ele se aproximou dela e estendeu a mãe para ajudá-la a levantar.
Ela pegou na mão dele e esse a puxou de encontro ao seu corpo e sem dizer
nada a pegou no colo e a levou para a cama.

***

Já haviam passado uma semana do casamento de Geovanna e Luke, eles


estavam prontos para deixar o apartamento e irem para a casa de Luke em
Hamptons nos estado de Nova York. Geovanna não sabia o que esperar da
nova casa, mas estava animada em sair daquele apartamento onde ela foi
apenas um objeto sexual para o marido.

— Está pronta? - Luke perguntou


— Sim
— Então vamos!

Geovanna e Luke desceram e o carro já estava os esperando. Haviam


vários soldados do Luke fazendo a segurança deles. Aquilo a incomodav, mas
agora era a esposa de um chefe da máfia e teria que acostumar-se com aquilo.

O carro seguiu viagem, eram quase 3 horas do Central Park até


Hamptons. Luke não estava dando atenção para ela, falava ao celular o tempo
todo. Ela também estava entretida no celular mandando mensagem para a sua
mãe.
Estava tão distraída que não percebeu que Luke a estava observava

— Está falando com quem?


Geovanna se assustou com a pergunta dele e quase deixou o celular cair.
— Com minha mãe — falou meio vacilante
— A partir de hoje você só poderá ligar para sua mãe quando eu autorizar
— O quê? - Geovanna perguntou indignada
— Isso que você ouviu, somente quando eu autorizar você pode falar com
sua mãe e com toda sua família.
— Mas isso é um absurdo, você já está me levanto para morar longe da
minha família e agora quer restringir as ligações que faço para eles?
Geovanna estava com a voz bem alterada e Luke com o olhar ameaçador
disse:
— Abaixa o tom da voz para falar comigo, é assim que as coisas vão
funcionar. Agora despeça-se de sua mãe e diga que entrará em contato em
breve, já estamos chegando em casa.

Geovanna com lágrimas nos olhos, olhou para a tela do celular e


quase não conseguia ver direito, a mãe havia mandado varias mensagens. Ela
respondeu e fez o que Luke mandou. Geovanna guardou o celular na bolsa e
ficou de cabeça baixa
— Já estávamos chegando, olha a sua nova casa
Geovanna levantou o olhar e que ela viu deixou-a impressionada, a casa não
era propriamente uma casa mas uma mansão.
— Comprei essa mansão a 3 anos atrás quando a conheci e ela só estava
esperando-a para comanda-la. O que você acha?
— Impressionante!

O carro parou em frente, haviam muitos soldados ali. Ela olhou para
fachada imponente da mansão e disse com ironia
— O crime realmente compensa
— Compensa, você não acha? Tenho uma mansão e uma esposa linda para
fazer o que eu quiser, até domar uma língua afiada.

Geovanna não disse nada mas por dentro ela queria gritar e dizer que
não queria morar ali, que não queria aquela vida, queria ser livre e não viver
sob o jugo de um marido prepotente. Mas ela sabe que nada daquilo é
possível no momento. Ela torce para que ele logo enjoe dela e que lhe dê o
divórcio já que ela não vai lhe dá o filho que ele quer.

A casa era realmente impressionante. Luke e Geovanna entraram e por dentro


a mansão era mais linda ainda.

— Sua casa amore mio


Luke pegou em sua mão
— A casa está reformada na maioria dos cômodos, porém alguns ainda
precisam de decoração e você pode fazer isso para se distrair, mas o que eu
quero te mostrar eu mesmo mandei fazer e acho que você vai gostar, vem!

Luke a conduziu para um corredor longo e no final ela viu uma porta
dupla, ele parou em frente e em suspense girou a maçaneta
— Meu presente de casamento para você
Ele abriu a porta e a fez entrar. Geovanna olhava para o ambiente com os
olhos arregalados, a sala era um studio de dança. Ela olhou ao redor, havia
tudo que precisava para dançar. O chão brilhoso, as barras de ferro, um
equipamento de som com vários CDs com música clássica. Ela seguiu até o
centro da sala e as lágrimas começaram a descer do seu rosto. Luke foi até ela
e abraçou por trás perguntando
— Por que está chorando? Não gostou?
— Sim eu gostei, é-é que vou dançar aqui sozinha
— Você terá uma professora que virá uma vez na semana. Eu quero que você
continue dançando especialmente para mim.

Luke inalou o perfume de seus cabelos e disse em seu ouvido


— Dança para mim
— Agora?
— Sim, eu sempre sonhei em vê-la aqui dançando somente para mim.
— Não estou vestida apropriada para dançar

Ele a pegou pela mão e a conduziu para um cômodo menor onde


haviam varias roupas para dança todas organizadas. Ela entrou e olhou em
volta, haviam varias tipos de collants, saias próprias para balé, tutus,
sapatilhas e tudo mais que ela precisava.
— Eu vou deixá-la se trocar, estarei esperando-a na sala, deixa os cabelos
solto, eu quero vê-la como a vi pela primeira vez.

Luke saiu e Geovanna começou a olhar todas aquelas roupas, nem na


escola de dança haviam tantas peças lindas. Ela começou a passar as mãos
nas roupas e decidiu usar um collant preto uma saia da mesma cor, colocou as
sapatilhas que lhe serviram perfeitamente. Ela se alongou um pouco e saiu do
closet.

Geovanna andou até o local onde estava o equipamento de som,


escolheu um CD e colocou no compartimento. Foi até o centro da sala e
quando a música começou a tocar, Geovanna começou executar os primeiros
passos, ela girava com leveza e os cabelos ruivos esvoaçantes seguiam o
ritmo dos passos. Luke estava sentado em uma poltrona e a olhava fascinado,
ele estava muito excitado, seu pênis estava tão duro que o estava
incomodando—Porra! Como quero comer ela agora — pesou

Geovanna executava os passos com os olhos fechados, ela entrava em outra


dimensão quando estava dançando, seu corpo flexível, curvava-se com
facilidade.

Quando a música terminou ela parou ofegante, abriu os olhos e focou


em direção dele, Luke a olhava fixamente com um olhar de puro desejo e
luxúria. Ele a chamou com uma voz baixa e rouca
— Vem aqui!
Ela foi em direção dele e parou a sua frente, Luke curvou-se pegou na barra
de sua saia e deslizou a, Geovanna percebendo a intenção dele e perguntou
— O que você está fazendo?
— Tirando roupa da minha mulher
— Eu não vou fazer isso aqui, se entrar alguém?
Ele suspirou profundo e disse com uma voz grave
— Ninguém vai entrar aqui, por tanto fica quieta, não quero me irritar com
você.
Ele terminou de tirar sua saia e levantando- se, começou a descer as alças do
Collant, ele foi deslizando a peça lentamente, liberando seus seios do tecido
apertado. Ele tirou toda a peça a deixando completamente nua. Luke sentou
de novo no sofá e olhando para ela disse
— Agora você vai dançar aqui — Ele levou a mão em seu membro e tirou
das calças. Geovanna olhou para o pênis que estava ereto e seu coração
acelerou, ela não tinha a mínima ideia do que fazer

— É só subir em cima e dançar amore mio

Ela entã, se aproximou e com a ajuda dele subiu e abriu as pernas,


Luke posicionou o membro na entrada da vagina dela e segurando em sua
cintura a penetrou. Ela começou a se mover em cima dele, os movimentos de
vai e vem fluíam naturalmente. Geovanna achou diferente a maneira como
estavam fazendo, seu corpo estava se comportando de uma maneira que ela
nunca havia sentido antes, ela estava arrepiada os seios sensíveis e sua vagina
rapidamente ficou lubrificada o que permitia que o pênis deslizasse como
facilidade. Como que por instinto os movimentos ficavam cada vez mais
intensos, Luke gemia e ela também soltava pequenos gemidos.
— Vai bambina mais forte

Ela intensificou os movimentos e não tinha mais controle do seu


corpo. Com os olhos fechado ela só sentia o pênis entrando na sua carne
molhada. O barulho do sexo ecoava por toda sala. Geovanna sentia-se em
outra dimensão, assim como dançava, porém com mais intensidade. Ela
sentiu o músculo da sua vagina contrair-se e com um espasmo de prazer ela
teve um orgasmo intenso, aquilo a assustou, ela nunca havia sentido algo tão
prazeroso antes, ela queria morrer naquele momento. Geovanna deu um grito
e deitou em cima dele e ainda se movendo, buscando mais prazer. Sua vagina
contraia-se de encontro ao pênis de Luke. Ele também chegou ao orgasmo
logo depois dela. Geovanna foi diminuindo o ritmo, seus batimentos
cardíacos estavam a mil, nem quando ela dançava ficava tão esgotada assim.

Luke a abraçou ainda mantendo- se dentro dela. Seus corpos suados


recuperavam-se do prazer. Ele a beijou com uma paixão louca. Quando a
solto do beijo, Geovanna levantou-se. Ela ficou sem graça por ter se
entregado daquela maneira ao homem que jurou jamais sentir prazer. Ela
estava confusa — Como era possível sentir prazer com ele? O estômago de
Geovanna embrulhou e logo ela começou a recolher as roupas, ele ficou
olhando para ela e levantando-se ajeitou as próprias roupas. Geovanna com
muita vergonha correu para o closet.

Chegando lá e como em desespero já com lágrimas descendo pelos


rosto, começou a colocar a roupa que estava usando antes. Luke entrou no
cômodo logo atrás dela
— Por favor, me deixa sozinha
Ele a ignorou e a abraçando por trás disse
— Não precisa ficar assim, foi só um orgasmo
Ela com raiva o empurrou
— Sai daqui, não quero sentir orgasmos com você nunca mais, eu te odeio
Luke com violência a virou para ele
— Pois não me importo se você vai sentir ou não, só o que me interessa é o
meu prazer e isso eu consigo a hora que eu quiser, começando por agora.
Ele a pegou pelos braços e começou a puxa-lá para a saída, ela lutou contra
ele
— Eu não quero, me deixa em paz seu idiota, tirano e insensível.
— Com você é só assim Geovanna, se você gosta com violência então assim
será.
— Não! Me deixa ir
Luke sem paciência a arrastou para o quarto e quando chegaram lá ele bateu
nela com violência. Ele deu uma bofetada em seu rosto e Geovanna caiu no
chão, depois ele abaixou e a pegou pelos cabelos, a jogou na cama e lá ele
bateu a cabeça na cabeceira da cama. Logo depois a possuiu de maneira
violenta. A última coisa que Geovanna sentiu com aquele gesto foi prazer.
Assim começou a vida dela na nova casa.
Doze
Luke estava na sede da máfia que ficava em um complexo de prédios
dentro da propriedade. Ali era onde ele comandava todo os seu negócio no
mundo do crime. Haviam além do seu escritório, complexo de treinamento
para seus soldados, com Dacademia, um ginásio com arenas para luta,
trenamento com armas e muito mais. Seus soldados treinavam como se
fossem para a guerra. Era preciso treiná-los para combater qualquer situação
principalmente com inimigos de outras máfias ou organizações criminosas.
As autoridades não eram problema, já que eles nunca conseguiam provar
absolutamente nada contra ele. Luke tinha negócios paralelos para fazer a
lavagem de dinheiro, o que era bom, além de encobertar o negócio suja ainda
lhe dava lucros.

Ele também proporcionava entretenimento para seus homens com as


prostitutas, porém o prostíbulo ficava fora da propriedade. Ele não queria que
Geovanna tivesse contato com nenhuma daquelas putas.
Também próximo a propriedade havia um local para tortura, era um galpão
com todo tipo de objeto de tortura. O lugar era conhecido como Dark. Por
isso a máfia Salvatore ficou conhecido assim. O métodos de tortura utilizado
ali era temido por todos.

Luke também tinha escritórios em outros locais fora da propriedade,


mas ali era onde tudo funcionava.
Alguém bateu na porta do seu escritório
— Entra
Seu consigliere Edward entrou
— Dom Luke, mandou me chamar?
— Sim, quero que resolva um assunto para mim. Restrinja o dinheiro que dou
para os pais da Geovanna, reduza pela metade
— Mas eles não são seus sogros?
— Sim, porém só dava dinheiro para eles por causa da Geovanna, para eles
cuidarem dela até que completasse a maior idade, agora que ela é minha
esposa não vou mais sustentar eles. Por mim eu matava o Robert com minhas
próprias mãos, aquele desgraçado me roubou e isso não desce na minha
garganta, mas não posso matá-lo por enquanto, no entanto a hora dele vai
chegar
— Tudo bem! mais alguma coisa?
— Sim, aumente o aluguel da casa deles, eu quero ver como eles vão
conseguir pagar sem dinheiro suficiente. E deixa um aviso de que não
pagarem o aluguel em dia eu mesmo vou cobrar pessoalmente.
— Okay! Você não perdoa mesmo, nem a família da sua esposa
— Perdoar! Não sei nem o que significa dessa palavra. Ah! mais uma coisa, o
irmão dela é um dos meus gerentes da zona C, observe ele de perto, eu não
confio nele, sendo filho de quem é. Qualquer vacilo elimine-o
— Tudo bem, tudo anotado — Edward deu uma pequena pausa e perguntou
em seguida

— E como está a vida de casado?


— Maravilhosa! tenho uma mulher pra comer 24 horas — ele riu alto e
continua
— Não que eu não tivesse mulheres a minha disposição antes, mas ter uma
mulher deliciosa, que eu posso fazer o que quiser e que não precisarei
arrancar a criança do seu ventre quando ela estiver grávida, como fiz com
algumas que ousaram falar que estavam grávidas de mim, já vale a pena.
— Pretende ter filhos logo?
— É claro, já tenho 33 anos, preciso providenciar meu herdeiro.

O celular de Luke tocou e ele olhou a tela


— Está dispensado, Edward
— Com licença!
Edward saiu e Luke atendeu a chamada
— Alô
— Saudades de você gostosão, já enjoou da esposinha?
— Suzette, você sabe que não preciso enjoar de uma pra foder outra né!
— Então porque não mandou me chamar mais? Não é possível que aquela
minguada da sua mulher te satisfaça mais que eu
— Vagabunda! Não abre essa sua boca pra falar da minha esposa. Escuta
bem sua vadia, se eu quiser te procurar eu farei e não é você que decide com
quem vou foder, você não é a única sua piranha!
— Mais Luke... ela não conseguiu completar a fala, ele a cortou
— Sem mais nem menos Vadia! Se você ligar para meu celular de novo, eu
vou mandar um dos meus soldados te fazer uma visitinha e não vai ser pra te
comer.

Ele desligou a ligação — Essas putas não sabem ter limites, a gente não pode
dar uma corda que elas pensam que já são exclusivas. Porra! Nesse momento
a única que quero foder é a minha ruivinha chamada Geovanna.

***

Geovanna estava no quarto, ela não queria sair dali, seu rosto estava
horrível, todo machucado e seus braços roxos. Antes de sair aquela manhã,
Luke mais uma vez a possuiu e depois a fez tomar bando junto com ele.
Geovanna ficou quieta e fez tudo que ele quis, não queria apanhar mais. Ela
pegou o celular, ficou olhando para o aparelho, queria tanto ligar para a mãe,
mas não podia, Luke disse que ele tinha que autorizar.

Ela levantou-se e ficou andando pelo quarto —Será que ele saberia se
eu ligasse? Como ele vai saber? — Ela ficou olhando para a tela então
lembrou do comprimido de anticoncepcional — Onde está a minha bolsa? —
Seu coração deu um pulo, ela
não lembra aonde a deixou quando chegou no dia anterior —Só pode ter sido
no studio de dança — Pensou

Geovanna foi até a porta — Será que tem alguém na casa? Abriu a
porta lentamente e escutou um barulho ao longe, parecia de um aspirador de
pó. Ela fechou a porta de novo — Não posso encontrar ninguém assim com
essa cara — correu no banheiro e viu que havia uma bancada para
maquiagem, abriu as gavetas e reparou que tinha tudo quando era tipo de
maquiagem. Ela pegou uma base, era do tom da sua pele, sentou em frente do
grande espelho e tentou disfarçar o máximo que pode as marcas em seu rosto.
A base era muito boa e fez seu rosto ficar quase perfeito, só não ficou cem
por cento perfeito por causa dos lábios que estavam machucados. Então ela
resolveu terminar a maquiagem. Passou um baton e uma máscara de cílios.
Ficou bom.

Deixou os cabelos soltos para disfarçar as marcas nos braços. Os


cabelos de Geovanna eram compridos e cheios, eles estavam rebeldes aquela
manhã já que não havia penteado após o banho, eles secaram naturalmente.
Ela os deixou do jeito que estavam.

Um pouco mais confiante, Geovanna abriu a porta, o barulho do


aspirador de pó havia cessado. Com passos leves ela saiu do quarto e
caminhou em direção da escada, desceu quase sem fazer barulho, o fato de
ser bailarina a ajudava muito, pois seus passos eram leves como uma pena.
Ela chegou embaixo e olhou para os lados — Que direção fica o studio de
dança? — pensou. Resolveu ir para a direita. Ela andava e parecia que nunca
tinha fim, a casa era muito grande, então lembrou que o studio ficava no final
de um corredor. Foi andando e assustou-se quando viu uma mulher com
roupa de empregada arrastando um aspirador.
— Oh! Desculpa
A mulher pulou assustada também
— Eu estou procurando o studio de dança, meu nome é Geovanna —Ela
estendeu mão para mulher, essa não fez nenhum gesto para comprimento-lá,
porém disse
— Desculpa Senhora, estava somente limpando as salas. O Studio de dança
fica no final desse corredor, mas eu não entrei lá, não é autorizado.
— Hã! obrigada!

Geovanna seguiu para aquela direção, a mulher ficou olhando para ela
ainda assustada e logo seguiu seu caminho. Ao chegar na porta, ela abriu e
entrou no studio, olhou em volta e não viu a bolsa, foi até o closet e achou-a
lá. Pegou rapidamente e verificou se as cartelas estavam dentro e sim,
estavam todas lá. Ela respirou aliviada e saiu do studio correndo — Preciso
encontrar um lugar seguro para esconder isso — pensou. Ela estava
procurando as escadas e uma mulher bem vestida, com um conjunto de blaze
e saia e com os cabelos presos em um coque veio em sua direção
— Bom dia Senhora Salvatore, meu nome é Hilary e sou a governanta da
casa. A arrumadeira disse que a viu procurando o studio de dança
— Bom dia! Sim e já achei, agradeça ela por mim — Geovanna ficou sem
graça, ela estava toda desengonçada perto da mulher bem vestida e de porte
altivo.
— A senhora quer tomar o café da manhã agora? Tem alguma preferência?
— Não! Obrigada, não estou com fome. Com licença!
Geovanna praticamente saiu correndo e logo achou a escada, subiu e
entrou no quarto. Foi direto para o closet. Ela começou abrir as gavetas, na
primeira tinha suas peças íntimas, ela já sabia pois já tinha trocado de roupa
porém ela não havia olhado todas. Na segunda tinha camisetas, então
resolveu esconder as cartelas ali entre as roupas. Geovanna pegou uma das
camisetas, embrulhou as cartelas com ela e colocou no fundo da gaveta. A
cartela em uso ela colocou na gaveta de peças íntimas no fundo porém antes
pegou um comprimido, colocou na boca e engoliu.

Ela foi para o quarto e sentou na cama - Esse plano tem que dar certo,
preciso me livrar desse casamento rápido - pensou
Ela pegou o celular e haviam varias chamadas do Luke, o coração dela deu
um salto - O que esse desgraçado quer? Ela ficou pensando se retornava para
ele ou não. Decidiu não retornar, se ele realmente quisesse falar com ela iria
ligar de novo.
Não demorou muito o celular tocou, ela olhou a tela e era ele.
Geovanna: Alô!
Luke: Onde você estava?
Geovanna: Onde você acha que eu estava? Aqui nessa quarto escondendo
essas manchas roxas que você deixou em mim — disse gritando
Luke: E vou deixar muito mais se você não baixar o tom da voz
Geovanna: Desculpa! Eu estava lá embaixo, fui pegar a minha bolsa no
studio de dança
Luke: Quero que você venha aqui
Geovanna: Aonde?
Luke: No meu escritório
Geovanna: Para que?
Luke: Pra te foder, você acha que é para que mais? Depois vamos almoçar
juntos
O estômago de Geovanna embrulhou — ele pensa que sou o que? uma
boneca inflável
Geovanna: Luke, por favor, me dá um tempo, eu não aguento mais, prometo
que quando voltar estarei pronta pra você, não vou mais resistir, mas agora eu
só queria um tempo pra mim
Ele simplesmente a ignorou e ordenou
Luke: Você tem 10 minutos para está pronta, o motorista vai te pegar, venha
sem calcinha e use um vestido, não vou nem tirar a sua roupa, entendeu? Se
você não fizer como estou mandando, sofrerá as consequências

Luke desligou o celular, ela ficou olhando para o aparelho — Que


ódio! Eu tenho que me livrar desse asqueroso e pervertido — pensou
Geovanna levantou-se da cama e foi até o closet, tirou a roupa a calcinha e
colocou um vestido apertado — Se ele quer que eu vá sem calcinha, vou
mostrar para todos os homens dele que não estou usando uma. Ela se olhou
no espelho, o vestido marcava bastante, porém Geovanna não tinha muita
bunda, o tamanho era normal, mas os seios estavam bem evidentes, os
mamilos marcavam o tecido.

Geovanna ajeitou os cabelos e retocou a maquiagem, pegou a bolsa e


saiu do quarto, desceu as escadas e ficou esperando o motoristas em uma das
poltronas do hall de entrada. Sentindo-se como uma prostituta que esperava
pelo cliente. Logo a campainha tocou, ela não sabia se atendia ou se esperava
algum empregado fazê-lo. Resolveu atender. Assim que abriu a porta, viu um
homem de terno preto, o mesmo ao vê-la ficou encarando – a sem piscar, o
homem pa olhava assustado
— Oi, você é o motorista?
O homem apenas balançou a cabeça afirmativamente, ele parecia meio
desconcertado.
— Então vamos!

Geovanna passou por ele, ela estava um pouco constrangida por causa
do vestido, mas não iria desistir, se ele quer uma prostituta, ele terá. O
motorista abriu a porta e ela entrou.Rapidamente o carro deu partida. Ela não
fazia a mínima ideia onde era o escritório dele. Depois de alguns minutos o
carro parou em frente à um complexo de prédios, o local era dentro da
propriedade, ela ficou impressionada ao constatar como a propriedade era
grande, para andar tudo era preciso locomover-se de carro.

Haviam alguns soldados na entrada e assim que ela desceu os homens


a olharam admirados. Ela queria cruzar os braços para disfarçar o volume dos
seios, mas não o fez — Que se dane!
O motorista a levou até o escritório de Luke e disse
— É aqui Senhora, com licença!
O homem se afastou rapidamente, ela ficou olhando para a porta e resolveu
bater
— Entra! — Luke oedenou
Ela abriu a porta e entrou na sala. Luke estava lá sentado em sua cadeira atrás
de uma grande mesa de mogno brilhante. Marco também estava na sala, ele
levantou-se imediatamente quando a viu. Ela adentrou o cômodo e parou,
Luke a olhava com um olhar assassino e Geovanna engoliu em seco. Ele
desviou o olhar para o Marco e ordenou
— Está dispensado
Marco saiu da sala sem olhar para ela. Luke continuou a encarando com o
semblante fechado, ele estava com raiva e ela estava com o coração
acelerado, mas não ia baixar a cabeça

— Que Porra deu em você?


— Sobre o que está falando? Só fiz o que você mandou
— Geovanna não teste a minha paciência, como você me aparece aqui assim,
parecendo uma prostituta
— Pois é isso que sou, uma prostituta
Luke com raiva bateu os punhos na mesa e levantou, Geovanna assustou-se
mas não demostrou o medo, a pesar de está com medo
— Porra! Você gosta de apanhar não é, todos os meu homens devem está de
pau duro só de olharem pra você.
— Então me deixa ir embora, eu não queria vir aqui, só quero que você me
deixa em paz.

Luke andou em direção dela e a pegou pelos braços e com ódio disse
— Você não vai a lugar nenhum, veio aqui pra eu te foder e é isso que vou
fazer. Vou te mostrar como uma puta é tratada

Ele começou a puxa-lá pelos braços, o coração dela batia forte, porém não fez
nada para se livrar, somente o acompanhou, ela não queria apanhar. Eles
entraram em um quarto, Geovanna sentiu náuseas —Ele tem um quarto no
escritório para transar com as mulheres dele.

— Eu não quero ficar aqui no quarto onde você transa com as suas mulheres
— Cala a boca Geovanna, eu vou te comer aonde eu quiser. Você quer ser
uma puta, então será tratada como uma.
Ele a empurrou na cama e começou a tirar as próprias roupas, Geovanna
ficou olhando para ele com os olhos arregalados, por mais que ela o odiasse
não podia negar que ele era lindo com todos aqueles músculos perfeitos.
— Tira o vestido
Ela começou a tirar a peça e logo ficou completamente nua, ele avançou em
cima dela já com o pênis completamente ereto, abriu suas pernas e sem
preliminares a penetrou com força e começou os movimentos com
intensidade. Geovanna arqueou o corpo, a cada estocada ele aumentava o
ritmo. A cama toda balançava pela intensidade do sexo. Quando ele estava
chegando no orgasmo, tirou o pênis de dentro dela e ejaculou na sua barriga.
O líquido quente e asquerosa saiu com jatos fortes. Ele não satisfeito, subiu
em cima dela e segurou em seu rosto fazendo-a encara-lo
— É assim que uma puta é tratada. Agora vou te mostrar muito mais

Ele a virou de lado, a fez abrir as pernas e a penetrou de novo ainda de


maneira firme. Ele transou com ela até o início da tarde em varias posições
que Geovanna nem em seus sonhos mais eróticos pensou existir.

Quando ele estava satisfeito em humilha- lá a fez vestir uma das camisas dele
e a levou para uma sala onde havia uma mesa posta. Ele a fez sentar e logo
uma mulher entrou e serviu o almoço. Ela ficou olhando para o prato e não
tocou, Luke começou a comer
— Melhor começar a comer
— Por quê? Vai me obrigar a comer também?
— Geovanna, você é culpada por tudo, o que adianta essa rebeldia, você é
minha mulher e vou fazer o que quiser com você. Espero que você engravide
logo, o que não vai demorar

Geovanna o olhou com cara de nojo e disse


— Você casou comigo só para gerar seu filho, estragou a minha vida, não me
deixa seguir a minha carreira e me faz de escrava sexual somente pra gerar
esse criança. Pois saiba que eu não quero filho nenhum muito menos seu
Luke a encarava com os olhos frios
— Terminou o chilique? Pois saiba que você terá um filho meu e acho bom
engravidar logo
— Faz um filho em uma das suas prostitutas
— Porra! — Ele gritou — Você quer me tirar a paciência hoje não é? Come
essa Porra logo antes que eu faça algo que me arrependa
Geovanna começou a comer e as lágrimas desceram pelo seu rosto, Luke
suspirou irritado e exclamou
— Agora essa porra de lágrimas!

Ela enxugou as lágrimas. Eles comeram em silêncio. Geovanna


comeu tudo, ela descobriu que estava com fome. No final da refeição ele
repousou os talheres e foi a direção dela, pegou em suas mãos e a fez
levantar. Ele ficou olhando para o rosto dela e passou a mão pelo machucado
que ele tinha feito na noite entediar.
— Eu não quero te machucar de novo, mas se você me provocar eu não vou
ter misericórdia de você, portanto comporta-se como uma esposa, saberei ser
bem generoso
— Eu posso ligar pra minha mãe?
Ele a soltou e suspirou
— Talvez, se você comporta-se eu deixo você falar com a sua mãe sempre
que quiser

Ela ficou olhando para ele. Luke aproximou-se e pegou em seus


cabelos
— Adoro seus cabelos, tão lindos, perfumados
Luke inalou o perfume dos cabelos de Geovanna
— Está tão sexy com a minha camisa — disse com uma voz rouca
Ele a abraçou e afastou com as mãos algumas louças da mesa que caíram no
chão e a fez sentar sobre o tampo
— Luke, de novo e aqui na mesa que acabamos de comer?
— Com você em qualquer lugar. Agora fica quieta e sinta
Eles transaram sobre o tampo da mesa, Luke a fez gozar junto com ele.
Depois que terminaram ele a levou para casa e o próprio Luke dirigiu o carro.

Geovanna estava tão confusa, ela o odiava, mas ao mesmo tempo as


vezes sentia prazer com ele. Ela resolveu não pensar nisso, só tinha um
objetivo: librar-se desse casamento.
Treze
UMA SEMANA DEPOIS

Geovanna estava ansiosa aquela manhã, a professora de dança iria


chegar. Desde o dia que dançou para o Luke ela não dançou mais, estava com
saudades. Luke já havia saído e ela deu graças a Deus. Ela precisava de um
tempo, fazer as coisas que gosta. Luke era um maníaco sexual e não a
deixava em paz nenhum dia, ele a procurava todas as noites e durante o dia
ele mandava a buscar para "Almoçar" com ele que na verdade era só pra
transar com ela. As vezes ele estava ordenando mandar matar alguém pelo
celular enquanto ela fazia um boquete nele. Aquilo era nojento e ela não
queria mais passar por aquilo.

Ela estava evitando desfia-ló para não apanhar, as marcas do rosto já estavam
sumindo e ela não queria que ele a machucasse de novo, então se submetia ao
que ele queria. O plano de não engravidar estava correndo bem, ela não
esquecia os comprimidos de anticoncepcional nenhum dia e logo sua regra
iria chegar.

O celular dela tocou,era sua mãe

Mãe: Oi Geovanna, como está?


Geovanna: Bem mãe, vou voltar a dançar hoje
Mãe: Que notícia maravilhosa, ele deixou você ir para a escola de ballet?
Geovanna: Não, ele fez um studio de dança pra mim aqui na casa
Mãe: Isso é bom filha...
Geovanna: Mãe, está realmente tudo bem? Sua voz está estranha, parece
triste. Como está o papai e o Fabrício? Por que eles nunca me ligaram e todas
as vezes que liguei para eles, não me atenderam?
Mãe: Você sabe filha, por causa do Luke, ele proibiu que seu irmão e seu pai
ligassem para você ou respondessem a sua chamada.
Geovanna: Ele também me proibiu, mas depois deixou.
Mãe: Eu sei filha, mas com você é diferente... Nós não podemos desobedece-
ló...
Geovanna: Mãe, vamos nos encontrar? Podemos marcar no shopping, eu
ligo pro Luke agora e falo com ele
Mãe: Você acha que ele vai deixar?
Geovanna: Ele vai, se eu pedir direitinho
Mãe: okay! Se você conseguir, me liga para dizer qual o shopping e que
horário.
Geovanna: Está bem mãe, se cuida!

Ela desligou, Geovanna percebeu que havia algo errado e que a mãe não
queria revelar, mas no encontro ela descobrira o que estava acontecendo.

A campainha tocou — Deve ser a professora — pensou

Saiu correndo do quarto e desceu as escadas. A empregada já havia


aberto a porta e uma senhora por volta dos seus 45 anos, muito magra e de
um porte altivo estava na entrada, quando Geovanna a olhou não acreditou
em seus olhos, a sua frente estava uma das melhores bailarinas de todos os
tempos, a inspiração dela. Martha Graham era seu nome e Geovanna não
acreditava que estava em frente à sua musa inspiradora
— Senho-o-ra Graham, é uma honra recebê-la aqui - Ela disse aproximando-
se da mulher com passos vacilantes
— Minha querida, já vamos começar pela não formalidade, meu nome é
Martha e já sei que o seu é Geovanna. Agora me dê sua mão,vamos ver o que
temos aqui

Martha a girou e Geovanna com sua leveza praticamente flutuou, a mulher


ficou encantada
— Meu Deus! O Senhor Salvatore disse que você era perfeita, mas acho que
ele se enganou, você é mais que perfeita, é incrível. Vamos para o Studio de
dança, quero vê-la dançar
— Muito obrigada a Senhora...oh! Desculpa, você é minha musa inspiradora,
sempre admirei seu trabalho.
— Fico feliz por isso

As duas seguiram para o studio de dança e Geovanna animada


colocou uma das roupas que Luke havia comprado para ela. Martha ficou
impressionada com o studio, não perdia nada para um studio nas melhores
escolas de dança. Geovanna já estava pronta para começar.
Primeiro elas fizeram exercícios na barra e logo depois alguns passos que
Geovanna já conhece de cor e salteado, a professora mandava e ela
executava
— Plié 1 - 2- 3, Muito bem! Repete
Geovanna estava muito feliz por voltar a dançar depois de tanto tempo, ela
executava os comandos com prazer e precisão.
— Muito bem Geovanna, você já é uma bailarina perfeita. Vou falar com o
Senhor Salvatore para deixá-la ir a minha escola de dança, estou montando
minha equipe para apresentar-se na broadway com o repertório O quebra
nozes
— Você faria isso por mim? Sempre foi meu sonho apresentar-se em um
espetáculo
— Nunca apresentou-se?
— Não, meu pai nunca permitiu...
— Não podemos deixar que isso aconteça, você precisa apresentar-se, o
mundo precisa conhecê-la. Espero que você e o Senhor Salvatore não
pretendam ter filhos agora, você é muito jovem ainda

O coração de Geovanna deu um pulo, se ela soubesse quais são os planos


egoísta do marido, ficaria chocada.
— Não! nós não vamos ter filhos
— Que ótimo! Vou falar com ele. Agora quero que execute um trecho de O
Quebra Nozes

Ela seguiu até o aparelho de som, pegou o CD e colocou, Geovanna seguiu


para o meio do Studio.

Quando o ato começou a tocar, Geovanna executava os passos, ela já sabia


quase todos os clássicos do ballet de cor e salteado. A professora ficou
encantada. Ao terminar, Martha a aplaudiu de pé
— Bravo!
— Obrigada!
Geovanna foi trocar de roupa e logo despediu-se da professora muito
animada. Ela correu para o quarto não cabendo em si. Se o Luke a deixasse
participar do espetáculo ela ira ficar muito feliz — Tomara que a Martha o
convença

Ela resolveu ligar para ele. No segundo toque ele atendeu


— Não acredito que a minha linda esposa está me ligando
— Liguei para agradecer
— Pelo que?
— Pelo professora, não esperava que fosse alguém tão importante
— Ela é a melhor não é? Então sempre o melhor para minha esposinha
— Quero te pedir uma coisa
— Sabia que você não ligaria somente para agradecer ou falar que está com
saudades do seu marido
— Eu quero ir no shopping com a minha mãe, eu preciso vê-la e desde que
casamos eu não a vejo — Luke suspirou
— Para ir a qualquer lugar vai ser precisar ir com os soldados
— Tudo bem, eu não me importo
— Eu vou deixá-la ir mas antes, você tem que agradecer direitinho. Vem
aqui, o motorista vai te pegar
Geovanna com nó no estômago disse:
— Tudo bem!
— Vem sem calcinha.
Ele desligou e Geovanna ficou triste —Luke só pensa em sexo

Ela chegou no escritório dele, ela seguiu direto para a sala dele, já
sabia onde ficava. Ela passava pelos soldados sem olhar pra nenhum deles,
morria de vergonha, pois tinha certeza que todos sabiam o que ela ia fazer
todos os dias no escritório do chefe.Odiava aquilo. Geovanna bateu na porta,
não houve resposta porém ela podia ouvir que ele estava gritando com
alguém e ficou na dúvida se entrava ou não. Alguns soldados passavam por
ela e sem graça resolveu entrar

Ele estava sentado em sua mesa com a cadeira virada de costas


falando com alguém ao celular muito alterado
— Não quero saber Porra! Descubra quem foi porque caso contrário você que
vai pagar essa Porra!
A outra pessoa falou e ele virou-se e a viu porém continuou falando no
celular e fez um sinal para ela aproxima-se. Ela o fez e ele sem cerimônia a
fez sentar no colo dele ainda falando ao celular
— Foda-se, eu quero resultados, você sabe que não brinco, descubra quem
foi, amanhã já quero um nome Fabrício
Geovanna ficou alarmada, ele estava falando com o irmão dela e
naquele tom. Na mesma hora ela tenta levantar-se do colo dele, porém ele a
fez sentar de novo e começou a passar a mão em sua vagina, Geovanna
tentava afasta-ló, no entanto ele enfiou o dedo em sua cavidade, ela soltou um
gemido
— Não vou te dar tempo nenhum, se você não me dá uma resposta amanhã
diga adeus a esse mundo.

Geovanna tirou a mão dele de sua vagina e levantou-se o empurrando. Ele


desligou o celular e a olhou com raiva
— Você não vai matar o meu irmão — Ela disse gritando
— Geovanna, não se meta em assuntos da Máfia, isso não te interessa, e além
do mais, seu irmão trabalha para mim e se ele vacilar eu o mato sim e você
não pode fazer nada
— Seu desgraçado! — Geovanna muito alterada com lágrimas nos olhos
apontou o dedo para ele e disse
— se você fizer alguma coisa com meu irmão eu vou te denunciar para a
polícia.

Luke segura forte nos pulso dela e levanta-se da mesa a apertando


com força, Geovanna tenta sair, mas não conseguiu, ele a estava
machucando
— Vou te falar três coisas e espero que guarde muito bem. Primeiro: nunca
aponte o dedo para mim, da próxima vez eu vou quebra-ló, segundo: abaixa o
tom da voz pra falar comigo, já te avisei isso, da próxima vez vai se
arrepender e Terceiro: não me a ameaça, pois nem meus inimigos fazem isso
não vai ser você que o fara
Ele ainda a segurando e com violência a empurrou sobre o tampo da mesa
— Agora cala essa boca e faça o que uma esposa tem que fazer para
satisfazer o marido
Geovanna lutou contra ele
— Não, eu não vou fazer, me larga
— Tudo bem, se você quer com violência e assim que será.

Sem dó, ele abriu as pernas dela e a penetrou com violência,


Geovanna fechou os olhos e fez de tudo pra afasta-ló, mas ele é forte e além
do mais estava com raiva. Aquilo a estava matando, ele parecia um monstro a
penetrando sem parar e a machucando, ela começou a chorar. Quando ele
chegou no orgasmo entre gritos de prazer ele a beijou com violência ainda
dentro dela. Geovanna não correspondeu a nada. O ritmo foi diminuindo e ele
a soltou e saiu de dentro dela. Geovanna imediatamente desceu da mesa e se
afastou
— Eu quero ir embora
— Você que pediu por isso Geovanna, agora não adianta ficar com essa cara,
mas foi bom viu, acho que vou fazer mais vezes assim com você

Geovanna o observava com os olhos embaçados


— Por favor, me deixa ir embora, você já fez o que quis, agora só quero ir.
— Tudo bem bambina, pode ir porém se fizer alguma gracinha a gente vai
conversar a noite
— Eu posso ir no shopping?
— Se você quiser pode, mas saiba que eu vou saber todos os seus passos
Ela olhou para ele e com toda dignidade que pode manter, pegou a bolsa e
saiu do escritório. Ela foi andando apresada com a intimidade doendo e
trêmula de ódio. O motorista já estava esperando por ela. Atrás do carro dela
mais dois carros preto com varias homens dentro os seguiam.

Ela foi para casa e tomou um banho rápido, ele havia a machucado e
além do mais seus pulsos estavam dolorido e roxo. Resolveu colocar uma
jaqueta de couro para disfarçar, por sorte, o clima não estava quente.
Geovanna terminou de se arrumar e ligou para a mãe, ela precisava falar com
o irmão e ajudá-lo de alguma maneira. A mãe logo a atendeu e ela disse o
nome do shopping e o horário que ira chegar.

Seguiu para a saída da casa e três carros a aguardava. Ela entrou no


primeiro da fila que já estava com as portas abertas e disse para que shopping
queria iria. Os carros começaram a mover-se e logo pegou o tráfego. Ela só
pensava no irmão — tenho que fazer alguma coisa para ajudá-lo — Pensou.
Quatorze
Geovanna chegou no shopping, ela marcou em um shopping próximo
a casa da mãe.Sua mãe já estava sentada na entrada a esperando, elas foram
para um café e pediram alguma coisa para comer. Dois soldados a
acompanharam e sentaram em um mesa próximo .
— Eles vão ficar aqui nos observando? — Clarice perguntou sussurando
— Sei lá mãe, eu só sei que preciso me livrar desse casamento o mais rápido
possível.
— Está tomando o anticoncepcional?
— sim
— Eu trouxe mais para você — Clarice entregou o pacote para a filha e
Geovanna imediatamente colocou na bolsa
— Mãe, preciso falar com o Fabrício, eu ouvi o Luke discutindo com ele no
celular, ele o ameaçou mãe
— Seu pai está tentando resolver o problema dele, parece que um
carregamento do Luke foi desviado e esse era destinado para o setor que seu
irmão toma conta ele precisa descobrir quem foi hoje ainda, caso contrário, o
Luke vai cumprir a ameaça
— Mas mãe, como você fala isso com calma, ele vai matar o Fabrício
— Nós não podemos fazer nada — A mãe colocou a mão na cabeça já
demonstrando o desespero
— Geovanna, o Luke não perdoou seu pai por te-ló roubado, ele vai fazer de
tudo para destruir a nossa família, ele só não matou todos nós por causa de
você
— Mãe, se ele fizer alguma coisa com o Fabrício não fico nem mais um
minuto naquela casa. Se ele matar meu irmão vai ter que ma matar também.
— Geovanna por favor, não o desafie, ele não lhe dará o divórcio e nem vai
matá-la, mas ele pode machuca-lá.
— Ele já faz isso mãe
— O que ele fez com você?
— Ele me bateu e hoje ele me tomou a força
— O meu Deus! Geovanna... Eu não sei o que dizer... Sinto muito
— Não quero que se sinta culpada, a culpa foi minha, eu o ameacei dizendo
que chamaria a polícia caso ele fizesse alguma coisa com o Fabrício
— Filha, mesmo que você chame a polícia nada ira acontecer a ele, A máfia
dele é poderosa, eles sabem como fazer essas coisas.
— Eu não me conformo que estamos à mercê desse homen.

Geovanna e a mãe terminam de comer, o garçon trouxe a conta. Clarice fez o


gesto que iria pegar a carteira, mas Geovanna a interrompeu
— Eu pago mãe, pode deixar
— O Luke te dá dinheiro?
— Ele me deu esse cartão, mas nunca usei, essa é a primeira vez

Ela pagou e saíram, os soldados sempre atrás delas é aquilo a incomodava


— Mãe, vamos para a sua casa? A gente pode conversar a vontade lá e além
do mais preciso falar com o Fabrício
— Hã...eu não acho uma boa ideia filha, podemos ficar por aqui mesmo, você
pode fazer compras.
— Mãe, eu não quero fazer compras. O que está acontecendo? Por que você
não quer que eu vá na sua casa?
— Não está acontecendo nada Geovanna, nós nos mudamos e a nova casa
ainda não está organizado
— Se mudaram? Por quê? Compraram uma casa maior?
A mãe de Geovanna suspirou e a fez sentar em um banco.
— Geovanna, eu não queria te contar essas coisas porque sei que você vai
enfrentar o seu marido e ele vai te machucar. Filha por favor, eu vou te contar
o que está acontecendo mas não faça nada, não fale com o Luke.
— Fala logo mãe!
— O Luke cortou pela metade o dinheiro que mandava para a gente, estamos
praticamente sem dinheiro. Ele não mandava muito mas era o suficiente para
pagar as despesas básicas e os empregados e pagar o aluguel
— Mãe, eu não sabia que vocês pagavam aluguel, sempre pensei que a casa
era do papai
— E era filha, mas o Luke a tomou do seu pai, ele o fez passar a escritura
para o nome dele e nós tivemos que pagar o aluguel para ele. Seu pai não
recebia mais salário da máfia, porém fazia alguns trabalhos extras como
mecânico, ele era bom nisso você sabe,no entato agora com a mão daquele
jeito, não pode fazer nenhum trabalho extra e estamos dependendo
inteiramente do Luke e do salário do Fabrício que não é muito.
— Meu Deus!
— Luke aumentou o aluguel da casa por isso tivemos que sair, despedir os
empregados e alugar um apartamento pequeno no subúrbio

Elas ficaram em silêncio por alguns minutos, Geovanna absorvia todas


aquelas informações com um ódio crescente dentro dela — Como que o Luke
faz com minha família? — Se pergunta com raiva
— Mãe eu posso ajudar, posso dá dinheiro para vocês, o Luke não precisa
saber, eu digo que gastei com coisas para a casa
— Não Geovanna, não podemos aceitar, ele vai saber e vai ser pior. Nós
estamos bem não precisa se preocupar
— Como não me preocupar? Ele está acabando com a minha família —
Algumas lágrimas desceram pelo
seu rosto.
Geovanna então, pensou em algo que podia ajudar, ela levou as mãos as
orelhas e tirou os brincos
— Mãe toma esses brincos, eles devem valer algum dinheiro, Luke me deu
um monte de jóias, ele disse que são todas minhas e que poderia fazer o que
quisesse com elas.
— Ele vai perguntar pela joia
— Ele nem vai lembrar mãe. Vai na casa de penhor e venda, vou te dar uma
joia a cada mês

A mãe de Geovanna pegou os brincos e guardou na bolsa.


— Agora vamos para a sua casa, eu quero conhecer o apartamento
— Você é teimosa né Geovanna?
— Sou!
Elas seguiram para a saída e logo aos carros já estavam na frente com as
portas abertas, elas entraram e seguiram para subúrbio da cidade. Logo
chegaram a um condomínio modesto com prédios de até 4 andares, não era
luxuoso mas também não era tão ruim. Elas seguiram para o apartamento. Era
bem pequeno, apenas um quarto, banheiro, cozinha e sala porém bem
equipada. O pai de Geovanna estava em casa
— Geovanna? O que está fazendo aqui filha?
— Estava com saudades também papai
— Desculpa filha, eu só fiquei surpreso, o Luke sabe que você está aqui?
— Deve saber, já que esses cães dele ficam atrás de mim
— Os soldados?
— Sim
— Geovanna, você é esposa do Chefe da Máfia, jamais sairiá sem
seguranças.
— Não dou a mínima, você sabe que não queria esse casamento
— Eu sei Geovanna, mas as coisas são assim
— Cadê o Fabrício? Já conseguiu resolver o assunto do carregamento?
— Como você sabe disso?
— Eu ouvi o Luke o ameaçando
— Não se preocupe Geovanna, amanhã o Luke vai ter o carregamentos dele
ou o valor da carga
— Como?
— Geovanna, isso não é problema seu, nós vamos ficar bem, não se
preocupe
— Pai, eu dei uma jóia para a mamãe, é um brinco que Luke me deu, ele
deve valer alguma coisa. Mãe, mostra para ele

Clarice mostrou os brincos para o Robert e esse os avaliou


— Geovanna, essa é uma joia cara, são diamantes rosa, não podemos aceitar
— É claro que podem, o Luke deu para mim e disse que eu podia fazer o que
quiser. Por favor papai, aceita
— Okay! Caso ele pergunte pela joia o que dirá?
— Ele não vai perguntar, tem muitas joias que ele me deu, caso ele pergunte,
eu falo que guardei e não lembro aonde
— Eu vou aceitar e espero que realmente ele não sinta falta, porém, essa joia
vai salvar a nossa pele por um tempo, parece ser de valor
— Sim, o dinheiro vai ajudar por um tempo
— Você é uma boa filha, eu sinto muito por toda essa confusão

O celular da Geovanna tocou, ela olhou para a tele e era o Luke


— É o Luke
— Atenda logo
Geovanna: Alô
Luke: Quando você vai voltar para casa?
Geovanna: Estou visitando meus pais
Luke: Sei exatamente onde está e o que está fazendo
Geovanna: Então para que está me ligando? Vou para casa quando achar que
devo
Os pais de Geovanna a olharam horrorizados — Como ela tem coragem de
falar assim com o marido?
Luke: Vem para casa agora — Falou com voz estrondosa.

Assim ele encerrou a ligação. Geovanna ficou olhando para o


aparelho indgnada
— Idiota!
— Geovanna, você não pode falar assim com seu marido
— Ele é um idiota e eu o odeio
Os pais a olharam com ar de tristeza, eles sabem que a filha vai sofrer as
consequências pela sua rebeldia, mas não podiam fazer nada
— Tenho que ir, ele mandou eu voltar para casa
Os pais de Geovanna a abraçaram e a beijaram na bochecha
— Se cuida!

Ela seguiu para o carro e logo esse afastou-se. Geovanna ficou triste, ela sabe
que vai demorar para ver os pais de novo.
A viagem foi longa e ela ficou na internet para se distrair. Quando chegou a
governanta abriu a porta
— O Luke já está em casa? — Ela perguntou
— Sim senhora
— Sabe onde ele está?
— No escritório Senhora
— Muito obrigada

Ela seguiu para o quarto, não iria falar com ele. Geovanna subiu as
escadas correndo e foi direto para o banheiro, ela sentiu algo na calcinha
molhado e tinha certeza que era a menstruação. Chegando ao toalete, desceu
a calcinha e verificou, realmente havia uma pequena mancha de sangue e
ficou eufórica, o anticoncepcional estava funcionando direitinho. Ela fez a
higiene e saiu do banheiro com um sorriso no rosto. Ao chegar no quarto o
Luke estava lá, ele a olhou com seu olhar frio e com cara de poucos amigos,
seu sorriso morreu na hora.

— Está muito feliz? — perguntou com ar de zombaria


— Estou, não engravidei de você
Ele arqueou uma das sobrancelhas
— Isso significa que você está menstruada
— Isso
— Tudo bem, no próximo mês você ficará

Geovana não disse nada e ele continuou


— O que você fez na casa dos seus pais?
— Nada, fui conhecer o apartamento novo deles, pois, você os expulsou da
casa
— Eu não expulsei ninguém, apenas aumentei o aluguel
— Por que você está fazendo isso com a minha família? Eu casei com você
não casei, o acordo foi cumprido, agora deixa a minha família em paz
— Sim, foi cumprido, porém, seu pai me roubou e isso eu não perdoo, farei
tudo para vê-lo da pior maneira possível.
— Se você fizer alguma coisa com o meu pai eu vou embora, irei pedir o
divórcio.

Ele riu com escárnio


— Você não vai se divorciar de mim porque eu não vou te dar o divórcio, só
acaba quando eu decido, não você, por tanto faz o seu trabalho direitinho, é
para isso que você serve.
Luke sentou-se na cama e a chamou
— Vem cá
— Eu não vou fazer nada com você, estou menstruada
— Eu sei, tem outras maneira de dar prazer para o seu marido

Luke abriu as calças e colocou seu membro já ereto para fora.


— Vem cá e faz como te ensinei
Geovanna com nojo foi até ele, abaixou-se e ficou de joelhos, pegou no pênis
e levou a boca começando a fazer o movimento de vai e vem. Luke começou
a gemer, ele segurou em uma mexa de seu cabelo a fazendo intensificar o
movimento.
— Mais forte bambina, vai fundo
Ela fechou os e o sugava com vigor, Luke continuava puxando seus cabelos,
e gemia alto. Ele chegou ao orgasmo e liberou o sêmen em jato forte na
garganta dela. Geovanna engole um pouco e o resto ela cospe odiando tudo
aquilo.

Luke satisfeito relaxa na cama, ela vai até o banheiro lavar a boca. Quando
terminou, olhou-se no espelho, sentindo-se uma prostituta. Ela resolve tomar
um banho, pois, tinha sêmen nas roupas dela e na pele. Ela foi até o closet
pegar uma calcinha. Quando abriu a gaveta percebeu que havia algo errado,
onde estava a cartela de anticoncepcional que havia acabado de tomar? — Se
perguntou assustada

Luke entrou no closet naquele momento


— Está procurando por isso?
Geovanna assustada olhou para a mão dele e lá estava a cartela de
anticoncepcional. Ela gelou.
Quinze
Geovanna perdeu a cor, ela ficou sem voz olhando para o
anticoncepcional na mão do Luke. Ele a encara com o pior olhar que ela já
viu vindo dele, não eram frios, mas estavam como labaredas de fogo. O ódio
dele era evidente. Ela engoliu em seco e resolveu falar alguma coisa para
amenizar a situação.
— Luke, eu só tomei essa cartela, eu não iria usar mais
— Sério Geovanna?! — Ele então foi até a gaveta, abriu e de lá tirou todos os
anticoncepcionais que ela havia escondido.
— Vamos ver aqui... Oh! Temos anticoncepcionais para vários meses

Ela baixou a cabeça e ficou pensando em uma saída, mas não tinha nenhuma,
então resolveu atacar
— Tudo bem, quer saber, é isso mesmo, eu pretendia tomar os
anticoncepcionais e fazer você acreditar que eu não podia ter filhos, só assim
você me daria o divórcio.
— Eu já sabia Geovanna, disse que sei tudo sobre você, só queria ver até
onde você iria. A sua mãe inventou tudo isso e você concordou. Como
sempre a sua família querendo me passar a perna e você minha linda esposa
faz exatamente o joguinho deles

Geovanna ficou quieta, ela queria chorar, mas estava fazendo de tudo para
segurar, não iria dar esse gostinho para ele de vê-la humilhada mais uma vez.
Luke então aproximou-se dela e a pegou pelos braços a puxando sem
gentileza
— Vamos!
— Para onde? — Perguntou em desespero
— Eu te dei muita mordomia, agora você vai aprender quem eu sou de
verdade.
— Me solta, eu não quero ir em lugar nenhum com você, me deixa em paz,
não quero ter filho nenhum, eu quero o divórcio
Geovanna falava isso tudo sendo arrastada por Luke escada abaixo. Ao
chegarem no andar de baixo ele continuou a puxando enquanto ela
relutava.Ele a fez descer uma outra escada que levava ao subsolo da casa, era
um porão. Geovanna tentava se soltar de todos os jeitos, mas ele era forte e
ela não conseguiu. Ele a levou até um porta e abriu, a fez entrar no cômodo e
ela ficou assustada com o que viu. O quarto estava na penumbra e havia
somente um cama com correntes e algemas. Luke a empurrou no leito a
fazendo deitar.

— Aqui será o seu novo quarto


Ele pegou nos braços dela e prendeu um de cada lado com as algemas.
Geovanna tentava se soltar, contorcendo-se, esperneando, mas não conseguia.
Quando ela estava presa, Luke a observava
— Você vai ficar presa aqui até engravidar. Eu virei todos os dias só pra
foder você, e quando tiver certeza que há uma criança na sua barriga, talvez
eu tire você daqui. Um dos empregados virá trazer comida e te deixar fazer a
higiene, porém, se você fizer alguma gracinha as consequência serão bem
desagradáveis para você, por tanto não tente.

Geovanna escutava tudo aquilo sem acreditar, ele iria mantê-la presa naquele
quarto escuro? — Se perguntou
Luke virou-se para sair, Geovanna resolveu suplicar
— Não, por favor, não me deixa aqui, eu juro que não vou mais fazer nada
para te enganar
— Cala a boca Geovanna, você vai ficar aqui e é melhor comporta-se.
Ele saiu do quarto e ela escutou a porta sendo trancada. Ela não acreditava
que ele estava fazendo aquilo.Tentou soltar-se, mas não conseguia, as
lágrimas corriam solta pelo rosto
— Luke, volta aqui, por favor... — Falou com a voz embargada pelo choro

Geovanna chorou até não ter mais lágrimas, ela estava assustada e
com dor nos braços pela posição que estava. Tentou mais uma vez se libertar
das algemas, mas não conseguiu, então decidiu parar e descansar um pouco.
Depois de algumas horas presa ali, ela escutou a porta sendo aberta e uma
mulher com uniforme de empregada entrou no quarto. Assim que a mulher
entrou as correntes se abriram e Geovanna imediatamente levantou-se da
cama.
— Sai da minha frente, me deixa sair
A mulher com olhos arregalodos a observava
— Senhora, eu trouxe seu jantar e roupas limpas para se trocar, há um
banheiro ali, a senhora tem 5 minutos para fazer sua higiene, ao terminar tem
mais 5 minutos para comer e depois voltar para a cama
— Eu não vou ficar presa aqui, fala para o Luke que eu quero falar com e ele
agora
— Geovanna, faça o que a empregada está mandando
Ela escutou a voz do Luke saindo de algum lugar, parecia um alto falante
— Luke não me deixa aqui — Ela em desespero olhava em volta do quarto
procurando de onde saiu a voz. Ao olhar para o canto do quarto observou que
haviam câmeras de vigilância. Ela correu para lá e olhou para a lente
— Por favor, eu prometo que vou fazer o que você quiser, mas me tira daqui
— Você já perdeu 2 minutos do seu tempo, se não fizer o que a empregada
mandou vai ficar sem sua higiene e sem comida

Geovanna em um excesso de fúria, vai até a bandeja que estava a comida que
a empregada havia colocado na mesa e joga no chão, depois avança até a
porta e sai do quarto, ela corre para a escada, mas dá de encontro com Luke
que a segura com força
— Me solta, você está me machucando, não vou voltar para aquele quarto
- Você vai e eu vou te dar uma lição para aprender a fazer o que eu mandar

Ele a empurrou para dentro do quarto e a empregada saiu imediatamente.


Luke sem piedade, lançou-a na cama e bateu no rosto dela por varias vezes.
Quando ele se deu por satisfeito, voltou a prender nas correntes. Pegando em
seu rosto com violência disse
— presta atenção, amanhã a empregada irá voltar e trazer a sua comida, se
você fizer mais uma gracinha, ficará com fome entendeu?
Geovanna apenas balançou a cabeça positivamente
— Muito bem! Voltarei a te monitorar, então, é melhor se comportar

Ele saiu e Geovanna ficou presa na cama trêmula, o rosto machucado. Ela
chorou até pegar no sono.
No dia seguinte ela acordou e outra empregada entrou com uma bandeja e a
algemas que a prendia abriu
— A senhora tem 10 minutos para fazer a sua higiene e comer
A mulher saiu e trancou a porta
Geovanna seguiu para o banheiro, não era um banheiro luxuoso, mas era bem
limpo e tinha tudo que precisava. Ela tomou um banho rápido e colocou a
camisola limpa. Foi até o quarto e abriu a tampa da comida. Era um café da
manhã completo, comeu algumas coisas e logo ouviu a voz do Luke
— Volta para a cama
— Eu não terminei de comer — Disse em rebeldia
— 1 -2 -3 ...
Ela levantou correndo e foi até a cama
— Coloca as algemas
Ela fez o que ele mandou e logo essas se fecharam
— Luke, por favor,não me deixa aqui
— Tenha um bom dia
Com isso ela não o ouviu mais.

Já haviam passado 5 dias que Geovanna estava ali. Ele não apareceu
nenhum dia , só dava as ordens pelo alto-falante. Provavelmente ele estava
esperando a menstruação dela ir embora para cumprir a ameaça de transar
com ela até engravida-la. A menstruação dela já havia ido embora a dois dias
atrás, mas jamais falaria alguma coisa. As empregadas vinham 3 vezes ao dia,
trazia comida e a deixava ir ao banheiro. Geovanna dormia a maior parte do
tempo, ela não sabe se colocavam alguma coisa na comida dela. As vezes que
estava acordada, só chorava e pensava na família.

Geovanna não fazia a mínima ideia das horas, ela só sabia mais ou menos que
era manhã, tarde e noite por causa das refeições. Provavelmente vão trazer o
jantar para ela.

Algum tempo se passou e ela ouviu a porta abrir-se, precisava ir ao banheiro.


Ela olhou em direção a porta e seu coração bateu forte, não era uma das
empregadas que estava entrando, mas o Luke e ele trazia a bandeja com a
comida. Imediatamente ela perdeu a fome e ficou olhando para ele muito
assustada.

Ele com tranquilidade, colocou a bandeja na mesa e aproximou-se da cama, a


algema que a pendia se abriu, ela percebeu que havia algum dispositivo que
ele usava para abrir e fechar as algemas.
— Pode ir ao banheiro
Ela levantou-se e foi com passos vacilantes até o banheiro, fez as
necessidades e voltou para o quarto. Ela já havia tomado banho a tarde,
então, não achou necessário tomar de novo.
— Coma! — Foi a ordem seca
— Não estou com fome — Mentiu
— Tudo bem! Então vem aqui!
Geovanna paralizou e com olhos suplicantes pediu
— Por favor, me deixa sair daqui
— Já mandei você vir aqui, não vou repetir

Geovanna resolve obdece-lo. Com as pernas facilantes anda até ele.


— Deita na cama
— Luke...
Ele não a deixou completar a fala, pegou-a com força e jogou na cama, ela
desesperada tentou levantar-se, mas ele a imobiliza com o corpo.
— Não! Me deixa em paz — Ela pediu em desespero.
— Cala a boca porra! Melhor você não lutar porque será pior
Ele então, arrancou as roupas dela e com violência a possuiu. Quando ele
terminou a fez tomar um banho e colocou a camisola. A prendeu nas algemas
de novo e foi embora. Ele fez isso todos os dias, sempre vinha na hora do
jantar, a possuía e ia embora. Geovanna não lutava, só ficava deitada e
deixava ele fazer o que queria. Pela primeira vez ela queria engravidar logo
para acabar com aquele tormento.

Passaram-se 1 mês que ela estava naquele quarto, já não chorava


mais, não sentia mais e não reagia mais. Ela dormia a maior parte do tempo.
As vezes que estava acordada o Luke estava em cima dela a possuindo e
quando ficava sozinha e estava acordada, ficava olhando para a parede
fixamente. Os empregados vinham todos os dias e cuidavam dela. Estava em
um estado emocional tão abalado que não comia mais sozinha e as vezes as
empregadas tinham que dar banho nela.

O Luke aparecia com frequência, se ela estivesse dormindo ele a


acordava. Se o objetivo dele era engravida-lá, provavelmente já tinha
alcançado, pois, ele fazia sexo com ela varias vezes ao dia e a noite muitas
vezes por horas. Ele também parou de prendê-la nas algemas quando ia
embora, pois a estava machucando.

Estava deitada quase dormindo quando a porta abriu, ela nem se virou
para ver quem era, já não se importava mais. Continuou na mesma posição,
os olhos pesados querendo fechar. Ela sentiu a cama afundar, alguém sentou
do lado e ela já sabia quem era, ninguém mais sentava na cama a não ser ele.
— Eu sei que está acordada piccola, vire-se para mim
Ela desanimada, virou-se para ele e sentou-se na cama.
Ele entregou uma caixa, Geovanna ficou olhando para a ela, era um teste de
gravidez
— Faça o teste agora

Geovanna levantou-se e foi até o banheiro, ela estava com frio no estômago,
não tinha certeza se queria está grávida ou não. Não estava sentindo
absolutamente nada de diferente no corpo.

Fez xixi em um potinho e mergulhou a ponta do teste na urina e fechou a


tampa. Era um teste digital, então o leitor começou a piscar. Ela foi até o
Luke e entregou para ele. Luke ficou olhando para o visor e esse mostrou o
resultado depois de alguns minutos. Ele a olhou com seu olhar intenso. O
coração de Geovanna queria sair pela boca, Será que estava grávida?
Dezesseis
Geovanna ficou olhando para ele com a respiração suspensa, pela
expressão de seu rosto, não dava para saber o resultado. Então Luke estendeu
o teste para ela. Com passos vacilantes ela aproximou-se, pegou o aparelho e
olhou o visor. Seu sangue gelou, o teste dizia: Grávida. As lágrimas
começaram a descer de seu rosto, não queria aquela gravidez, não queria
aquela criança.
— Você conseguiu o que queria, agora me deixa em paz seu desgraçado —
Geovanna gritou isso em prantos
Luke apenas disse
— Volta para a cama e coloque as algemas
Ela olhou para ele sem entender, ele disse que ela sairia do quarto quando
estivesse grávida, então porque estava mandando voltar para a cama e para as
algemas?
— Você disse que eu sairia do quarto quando eu estivesse grávida
— Sei perfeitamente o que disse, porém você ainda não aprendeu não
levantar a voz para mim, por tanto ficará aqui nesse quarto até aprender quem
manda nessa porra. Agora faça o que estou mandando
— Não Luke, por favor, eu peço desculpas, eu não vou gritar mais. Você não
pode me deixar aqui, agora tem o bebê e isso pode fazer mal para ele.
— Ah! Você está preocupada com o bebê? Você nem o quer, então, não se
preocupe.

Luke levantou-se da cama e a pegou pelos braços e a fez deitar,


colocou as correntes com as algemas em seu pulso e fechou. Entre prantos
Geovanna pedia
— Por favor, não me deixa aqui, eu não aguento mais
Ele passou a mão pelo seu rosto enxugando as lágrimas
— Ficará aqui até eu decidi o contrário. Agora que está grávida não preciso
mais de você.

Luke levantou-se e foi embora deixando Geovanna, presa, grávida e


com o psicológico totalmente abalado.
Uma semana depois, Geovanna ainda permanecia presa. Luke não
apareceu mais, somente as duas empregadas que sempre viam e cuidavam
dela. Geovanna ainda não sentia nenhum sintoma de gravidez e também não
conseguia sentir afeto pela criança.

***

Luke estava em seu escritório dando instruções para o Marco e esse


resolveu perguntar
— Onde está a Geovanna, nunca mais a vi?
— Está em casa fazendo o que uma esposa tem que fazer, cuidar da gravidez
— Então ela está grávida?
— É claro! Foi para isso que casei com ela
Marco analizava o Luke e não entendia como ele podia tratar a esposa
daquele jeito. Pelo visto voltou com sua vida de antes, muitas mulheres para
satisfazê-lo, enquanto a esposa ficava em casa. Marco sentia muito pena da
Geovanna. Todos os dias era uma mulher diferente.

Alguém bateu na porta e seu consigliere Edward entrou


— Mandou me chamar senhor?
— Sim, já comprou o prédio onde os pais da Geovanna estão morando
atualmente?
— Sim, compramos todo complexo
— Ótimo! Agora aumente o aluguel deles e se caso mudarem-se faça isso em
todos os lugares que eles conseguirem alugar, pois a partir de hoje,quero que
pague uma boa quantia para as imobiliárias não aceitaram eles como
inquilinos.
— Sim senhor!
— Por que está fazendo isso? São os pais da sua esposa e avós do seu filho
— Marco perguntou
— Quero ver o Robert na miséria, sem ter onde morar. Quando ele estiver na
rua, vou cortar o pouco dinheiro que ainda mando para eles.

Marco e Edward se olharam e não falaram mais nada.


— Vamos para a sala reunião, tenho alguns assuntos para tratar

Todos levantaram-se e seguiram parava sala. O local


era enorme com vários equipamento tecnológico, a mesa se reunião era
grande e se transformava em um tela de computador com touchscreen. Luke a
ligou e mostrou um mapa cidade de Nova York, haviam outras pessoas na
sala, algum dos seus gerentes.

— Muito bem! Esses pontos em vermelho são as nossos pontos de controle,


nós atualmente controlamos quase todo os estado de Nova York porém quero
mais.
Luke passou os dedos por uma área que sinalizava verde
— Essa área pertence a Máfia Colestonne, eu quero tudo. Eles estão
enfraquecidos, vamos entrar em conflito com eles.Quero o chefe deles, vivo,
eu mesmo cuidarei dele.
— Luke, isso vai ser uma guerra sanguinária
— É isso que eu quero, mate todos, não tenha pena de ninguém
— Nem das mulheres? — Edward perguntou
— Ninguém!
— Também vamos perder algum dos nossos — Falou Marco
— Eu sei disso, tente perder o mínimo Marco, por isso que temos que montar
uma estratégica.
— Eu posso passar todos o ponto fraco deles, o velho Capo tem somente filha
mulher, ele já está fraco, então será fácil
— Sim, eu sei, por isso que agora é a hora
Luke passou dedo por uma outra área em preto.
— Essa área pertence ao Boss, Alex Vittalo, estão dizendo por aí que ele está
deixando o mundo do crime por causa de uma mulher
Todos riram
— Eu não acredito nisso, você acha que o Boss iria deixar uma mulher o
dominar? — Marco perguntou
— Eu não sei, se ele estiver fazendo isso ele é um estupido, jamais deixaria
uma mulher me dominar, porém, esse não podemos ter como inimigo, então
vamos entrar em contato com ele e perguntar. Se realmente estiver deixando
o mundo do crime eu quero comprar a área dele, não é uma área grande, pois
o interesse dele aqui é outro, mas é significativo. Se fecharmos, todo o estado
de Nova York será meu. Já temos toda Las vegas, uma boa parte de Chicago,
Los Angeles e quase todas as grandes cidades dos Estados Unidos, se
tivermos o controle de todo Estados de Nova York não haverá organização
criminosa mais poderosa que a minha dentro dos Estados Unidos. Serei
imbatível.
—Você já é Luke, atualmente você é o Capo mais poderoso dos Estados
Unidos — Marco disse
— Eu quero mais, muito mais

A reunião continuou com o plano para atacar a outra máfia.

A máfia Colestonne nunca foi inimiga da máfia Salvatore, porém,


quando o pai do Luke morreu e ele assumiu de vez o posto de Capo, entrou
em disputa territorial com eles. Desde então, Luke está destruindo eles aos
poucos. Com isso ele conseguiu enfraquece-los, mas ainda tinham uma parte
de Nova York e como o Capo atual já estava velho e não tinha filho homem
para assumir, por isso seria fácil.

Depois da reunião, Luke foi para uma das boates de Luxo que ele
tinha em Chelsea. Entrou e foi direto para sua suíte — Preciso de sexo
selvagens hoje e a melhor nesse assunto é a Suzette.
Ele entrou no quarto e ela já estava lá, com uma roupa que deixava qualquer
homem de quatro, menos Luke, ela podia ser bonita, mas é só mais uma
mulher pra comer mais nada.
— Finalmente mandou me chamar, já estava com saudades
— Cala a boca e faz o que você sabe fazer
— Claro meu gostoso, tudo que você quiser
— Fica de quatro
Suzette fez o que ele mandou. Luke então abriu as calças e colocou para fora
seu pênis ereto, ele colocou uma camisinha, não podia confiar nessas vadias.
Ele a penetrou por trás com potência sem preliminares. Luke enterrava seu
pênis fundo agarrando nos cabelos dela com violência. Ela gemia alto. Luke
foi intensificando as investidas e ele fazia isso com tanta violência que
Suzette já não estava aguentando. Quando ele atinge o orgasmo, saiu de
dentro dela, tirou a camisinha e jogou o sêmen em sua bunda. A mulher
cansada pergunta
— Nossa! O que há com você? Sua mulher não faz sexo anal?

Luke com violência da um soco na cara dela, a pega pelo pescoço a


estrangulando
— Não fala da minha esposa, você acha que vou ser gentil com uma piranha
como você? Nunca! Então faz o que sabe fazer.
Ele a soltou e já estava pronto para mais uma rodada. Luke ficou com a
Suzette durante horas fazendo muito sexo de maneira selvagem. Suzette já
estava acostumada com o jeito dele, porém naquela noite ele estava demais.

Quando Luke terminou com ela já era tarde, ele a deixou e resolveu ir
para casa. Ao chegar foi para o quarto onde estava a Geovanna. Ele entrou e
ela estava dormindo. Luke ficou olhando para ela tão linda, os cabelos ruivos
estavam soltos e espalhado pela cama. O corpo dele imediatamente reagiu a
ela. Por mais que ele tenha outras mulheres, Geovanna sem sombra de dúvida
era a que lhe dava mais prazer. Ela com sua inexperiência e rebeldia o
deixava completamente babando por ela. Ele fechou a cara — Jamais deixarei
uma mulher me dominar.
Com esse pensamento ele deixou o quarto e foi para o escritório, estava sem
sono.

***

Geovanna acordou em um sobressalto, ela olhou em volta, ainda não


havia entrado ninguém, então deduziu que ainda era muito cedo. Ela sentou
na cama e percebeu que não estava sentindo-se muito bem, seu estômago
estava embrulhado. Levantou-se da cama e foi no banheiro, estava com uma
aparência horrível, pálida, magra, os cabelos em desalinho. Até quando o
Luke iria deixá-la ali? — se pergunta — Não tinha uma resposta.

Suspirando, saiu dos devaneios e resolveu dar um jeito na aparência,


lavou o rosto, escovou os dentes e os cabelos. Ainda estava sentindo-se mal,
então decidiu deitar de novo.

Ela estava deitada na cama com seu olhar vago quando a porta abriu,
imediatamente ela olhou e viu o Luke adentrando no quarto, seu coração
começou a bater forte, ele estava lindo, bem arrumado em seu terno
impecável. Geovanna sentiu uma raiva dentro dela — como ele podia fazer
isso com ela? Deixando-a naquele estado, presa como uma condenada. Isso
era injusto, por que ele casou com ela? Somente para maltrata-la? —Todas
essas dúvidas passavam como flashes na cabeça dela.
— Bom dia Piccola
— Bom dia!
— Não está animada? — Falou de maneira isolente
— Por que estaria?
— continua malcriada
Geovanna baixou os olhos, ela queria muito não responder a ele atravessado,
mas não conseguia. Então resolveu se desculpar
— Desculpa! Não estou me sentindo bem essa manhã
— O que você tem?
— Só um mal estar
— Hã! Deve ser sintomas da gravidez

O estômago de Geovanna revirou na hora, ela não queria pensar


naquela criança que crescia em seu ventre. Com uma forte náusea ela correu
para o banheiro e vomitou. Luke foi atrás dela.
— Por favor, me deixa sozinha — Ela falou com a voz estrangulada por
causa da náusea
— Eu não vou a lugar nenhum
Geovanna teve outra náusea e voltou com a cabeça para o vaso, Luke segurou
os cabelos dela. Ela não o queria ali nesse momento, mas parecia que ele
gostava de humilha-la.Quando ela sentiu-se melhor, levantou-se e deu a
descarga, ele tentou ajudá-la a andar até a pia para lavar a boca, mas ela
recusou a ajuda puxando o braço
— Já disse para você me deixar sozinha

Então Luke a segurou com força e a trouxe de encontro ao corpo dele


— Eu sou o pai dessa criança e vou ajudá-la a passar por isso, portanto, é
melhor começar a acostuma-se com minha presença.
Geovanna teve outra náusea forte e antes de conseguir fazer qualquer coisa,
ela vomitou em cima do terno impecável do Luke. Quando viu o que tinha
acontecido, no primeiro momento ficou constrangida, mas logo a raiva veio
com toda a força e ela começou a rir, ela ria descontroladamente, Luke a
olhava sério.
Ainda rindo ela disse
— Desculpa! Eu só queria vomitar em paz, mas você (gargalhadas) ficou no
meu caminho. Deixa eu limpar (gargalhadas) essa sujeira (gargalhadas)

Luke a segurou em seus pulsos com força impedindo- a de começar a


limpar o terno
—Não precisa, eu vou tirar o terno e algum empregado limpa depois.
Ele a soltou e tirou a roupa, a sorte que o vômito não era muito e não chegou
molhar o terno até atingir a camisa, ela estava intacta. Geovanna parou de rir
e ficou olhando para ele
— Com licença, eu vou limpar a boca e gostaria de ter privacidade.
— Eu não vou a lugar nenhum
Eles ficaram se encarando e Geovanna decidiu dá de ombro e passando por
ele, seguiu para a pia e escovou os dentes. Quando terminou foi para o
quarto, Luke a seguiu.

Ela sentou na cama e as lágrimas começaram a descer pelo seu rosto,


Luke sem paciência perguntou
— Por que está chorando agora?
- Quando vou poder sair daqui? Por que ainda me mantém presa? Você já
conseguiu o seu objetivo, me deixa sair daqui?
— Para que você quer sair daqui? Para ajudar a sua família dando todas as
joias que eu te dei para eles?
O coração de Geovanna deu um salto — Será que ele sabe que eu dei o par de
brincos para o meu pai? — Se perguntou
Como que lendo seus pensamentos, Luke disse
— Sim, eu sei Geovanna, sobre os brincos e eu já os recuperei.
Geovanna ficou pensativa — Não havia nada que esse homem não descobria,
parecia que ele fez algum pacto com o diabo, não é possível.
Derrotada, ela já não tinha forças, não tinha nada que ela pudesse fazer pra
lutar contra esse homem
— Por favor, eu gostaria de ficar sozinha
Ele a ignorou e aproximando-se, sentou do seu lado e a abraçou. Ele começou
a beija-lá com carinho, na boca, nos olhos, nos cabelos em sua orelha. Ele
sussurrou em seu ouvido
— Eu escolhi você para ser a minha esposa, a mãe do meu filho e não há
nada sobre você que eu não saiba. Você me pertence Geovanna, inteiramente
e farei tudo o que quiser com você. Capisci bambina?
Entre lágrimas ela respondeu
— Sim
— Então para de chorar e aceita o seu destino. A sua família não faz parte da
nossa vida e você não vai ajudá-los, se tentar, as coisas ficarão bem ruins
para você. Eu não vou ter pena de você pelo fato de estar grávida, se você
fizer mas alguma coisa para ajudá-los, sofrerá as consequências, estamos
entendidos?
— Sim
- Ótimo! Eu espero que não precise repetir isso de novo.

Luke levantou-se e saiu do quarto com passos firmes. Ela ficou


olhando para a porta e em desespero chorou como nunca tinha chorando
antes.
Dezessete
Marco estava na sede da máfia, exercitando- se. Seu celular tocou e
ele olhou para a tela
— Alô Fabrício, o que você quer?
— Eu preciso saber da minha irmã
— Por quê? ela está na casa dela
— Marco, a Geovanna não entrou em contato e nem atende o celular a mais
de um mês
— Mas como? Eu perguntei para o Luke outro dia e ele disse que ela estava
em casa cuidando da gravidez
— Gravidez? Nós não sabemos nada sobre essa gravidez. Você tem que nos
ajudar Marco, eu sinto que alguma coisa está errado
— Mas como posso ajudar? Você sabe que o Luke odeia que nos metemos na
vida pessoal dele.
— Vai até a casa, inventa uma desculpa para ir até lá. Por favor Marco, a
minha mãe está desesperada.
— Tudo bem, vou até a casa, o Luke não está na propriedade, ele saiu mas,
inventarei alguma justificativa para ter ido na casa hoje.
— Marco, muito obrigado, você sabe que se eu pudesse iria, mas Luke me
proibiu de aparecer na sede, porém,se ele fez alguma coisa com a minha irmã,
vou acabar com ele
— Fabrício, você sabe que jamais conseguirá isso. Se Luke fez alguma coisa
com sua irmã não vamos poder fazer nada.
— Não importa, mesmo que eu morra, mas se ele tiver feito alguma coisa
com a minha irmã, eu vou enfrentá-lo

Marco suspirou e disse


— Tudo bem, se você quer conhecer o capeta antes da hora, enfrente-o
Assim ele encerrou a ligação. Marco não queria se meter com isso, ele
conhece muito bem o Luke, com certeza não vai gostar nada de alguém ir na
casa dele perguntar pela esposa.

Marco foi trocar de roupa e logo depois seguiu para a mansão. Ao chegar
tocou a campainha e a governanta atendeu.
— Senhor Marco?! O Senhor Salvatore não está
— Eu sei, não vim falar com ele, mas com a senhora Salvatore
A mulher arregalou os olhos e ficou olhando para ele alarmada, Marco
imediatamente percebeu que havia alguma coisa errada.
— A senhora Salvatore não pode falar no momento, ela está ocupada
— Hum! É um pouco urgente, é sobre a mãe dela
— Eu transmito para ela, pode falar
— Okay! Não é preciso, eu falo com o Luke mais tarde.

A empregada fechou a porta e Marco tinha certeza que alguma coisa


estava acontecendo. Ele foi para o carro, iria confrontar o Luke, mesmo com
risco de levar um tiro. Assim que entrou no carro o celular tocou, era o
Fabrício
— Você falou com ela
— Não, segundo a empregada ela estava ocupada e não podia me receber
— Eu sabia, alguma coisa o Luke fez com ela, eu vou aí
— Não venha, fica calmo, deixa eu falar com ele. Se você aparecer por aqui e
ainda confronta-lo as coisas não irão terminar bem, você sabe que ele está
buscando algum motivo para matar um de vocês.
— Eu não me importo de morrer, contando que ele não faça isso com a
Geovanna.
— Fabrício, a Geovana é esposa dele, não há muito que você possa fazer... —
Fabrício o cortou
— Eu não vou deixar ele fazer mal para a minha irmã — ele disse gritando
— Como vai ajuda-la se estiver morto? Você tem que se acalmar, deixa eu
falar com ele.
— Tudo bem Marco, se você não me retornar hoje com alguma notícia eu
vou até aí.

Fabrício desligou a ligação e Marco muito puto, dirigiu até a sede.


— Porra! sempre sou eu que tenho que resolver essas merdas
Marco chegou na sede da máfia e foi direto no escritório do Luke, ele não
estava lá — Porra! será que ele está com alguma mulher? Vou ligar para ele
Assim que ligou, Luke atendeu
— O que foi Marco?
— Preciso falar com você urgente
— O que aconteceu?
— Tem que ser pessoalmente
— Já estou a caminho, me espera no escritório
— Okay!

Marco sentou na mesa e ficou esperando por Luke, ele não sabia como vai
convencê-lo a disser o que está acontecendo, mas precisa tentar.
Alguns minutos depois, Luke chegou, ele estava no celular gritando com
alguém como sempre. Assim que entrou na sala ele encerrou a ligação

— Já está irritado Luke?


— Como não ficar irritado? Só tem incompetentes
— Então senta aí, vou te perguntar uma coisa que vai te deixar mais irritado
ainda
— Porra Marco! Qual o problema agora?
Luke sentou na sua mesa e ficou olhando para ele, Marco demorou alguns
tempo antes de falar e Luke já impaciente diz:
— Vai falar ou não Porra!
— É sobre a Geovanna...
O rosto de Luke se transformou imediatamente de raiva para preocupado,
Marco percebeu.
— O que tem a minha mulher?
— Calma! O Fabrício ligou para mim, ele disse que a Geovanna não entra em
contato com eles a mais de um mês e estão preocupados

A expressão do Luke mudou de novo, dessa vez para ódio, se estava irritado,
agora vai explodir
— O que esse pirralho pensa que é? A Geovanna é minha mulher e eu não
tenho que dá satisfação da nossa vida para eles. Essa família já passou dos
limites, se não fosse pela Geovanna eu já teria matado a todos.
— Eu fui na sua casa hoje falar com sua esposa

Luke o olhou com um olhar mortal, Marco conhecia muito bem aquele olhar,
ele queria matar um. Antes dele explodir de vez Marco perguntou
— Luke, o que você fez com a Geovanna?
Ele levantou-se da cadeira e batendo os punhos com força sobre a mesa
— Marco, qual é o seu problema Porra! você quer levar um tiro?
— Luke eu não quero levar um tiro, mas sou seu amigo, você sabe, fomos
criados praticamente juntos. Poxa! eu só quero abrir seus olhos. Você não
pode tratar a sua esposa assim, ela não tem culpa pela família, pelo que o pai
dela fez.

Luke voltou a sentar com sorriso sarcástico


— O que você acha que fiz com ela?
— Não sei, mas com certeza fez alguma coisa
— Muito bem Marco, você quer ser o intermediário da família dela, então
manda esse recadinho para eles. A Geovanna está presa no porão. Ela vai
ficar lá até quando eu quiser e avisa também que o plano do anticoncepcional
não deu certo e que ela está grávida.

Marco ficou olhando para ele e calmamente falou


— Luke, você não pode manter a Geovanna presa grávida. Sabe que uma
mulher grávida precisa ir ao médico regulamente.... — Luke o cortou
— Eu não dou a mínima para isso, ela está ótima.
— Tudo bem, você não quer me ouvir, se alguma coisa acontecer com ela ou
com o seu filho a culpa vai ser sua, só estou avisando.
— O aviso está dado.

Marco balançou a cabeça e pesou — Não tem jeito, ele quer destruir
essa família e a pobre Geovanna está pagando por isso, por algum motivo ele
fez esse acordo, mas nunca perdoou o Robert. Só espero que quando ele
perceber a burrada que está fazendo não seja tarde demais.
— Agora vamos tratar de coisas mais importante do que a minha vida com a
minha esposa. Já começaram a eliminar a máfia Colestonne? Quero acabar
com eles o quanto antes.
— Sim, Ontem já conseguimos pegar alguns deles, no entanto, ainda não dar
pra invadir a base. O velho ainda tem muitos homens fiéis.
— Sequestra uma das filhas dele, isso vai desestabilizar e enfraquecê-los
mais
— Vai ser um pouco difícil, pois todas estão casadas com Capos dele e elas
são bem vigiadas.
— Mata os maridos e sequestra uma delas. Faça isso o quanto antes.
— Tudo bem!

Quando a reunião com Luke terminou, Marco resolveu ligar para o Fabrício
— Você falou com ele?
— Sim, a Geovanna está bem não se preocupe, é que o Luke a proibiu de
entrar em contato com vocês, só isso
Ele decidiu não falar a verdade, pois, com certeza ele iria ir até à casa do
Luke e isso não ia terminar bem, então achou por bem ocultar o fato da
Geovanna está presa.
— Eu não acredito em você Marco, tem alguma coisa acontecendo
— Já disse o que aconteceu, agora se não quer me escutar é por sua conta,
quer enfrentá-lo? Vai fundo!

Marco desligou o celular — Não vou mais me meter nisso, só tenho pena da
Geovanna, como o Luke consegue maltratar uma menina tão linda, doce e
talentosa como ela — pensou

***

Geovanna não sentiu-se bem o dia inteiro, ela não comeu nada que as
empregadas trouxeram. Só ficou deitada e as vezes levantava para ir ao
banheiro vomitar, já não tinha mais nada no estômago e estava sentindo-se
fraca.
Alguém entrou no quarto, era uma das empregadas
— Não comeu nada Senhora, precisa se alimentar, trouxe seu jantar. Faz um
esforço
— Me deixa em paz!
A empregada não disse nada, deixou a comida na mesa e saiu. Depois de
algum tempo, ela resolveu levantar-se e olhar o que tinha para comer. Ela não
estava sentindo enjoos mais. Abriu a tampa da bandeja e tinha tudo que ela
gostava, resolveu comer um pouco — Até quando o Luke vai me deixar
aqui? Será que vou ficar aqui até o bebê nascer? — A pouca fome que estava
sentindo, sumiu de vez ao pensar sobre isso.
Ela largou os talheres e resolveu voltar para a cama. Não via uma saída para
aquela situação. Nada adiantava, nem suplicando ele cede. Ela ficou sentada,
tentando encontrar uma saída.

Luke chegou em casa e foi direto para seu escritório, sentou-se em sua
mesa e ficou olhando o monitor que mostrava o quarto da Geovanna. Ela
estava acordada sentada na cama.Ficou olhando para ela e imediatamente sua
libido foi acionada, era sempre assim com ela, bastava olhá-la que a desejava
como nunca desejou uma mulher. Ela podia está vestida com um saco e
mesmo assim ele a desejaria. Naquele momento ela estava vestida com uma
camisola que inibiria o apetite sexual de qualquer homem, mas para ele a ver
assim, totalmente a mercê dele o deixava excitado.

O interfone da sua mesa tocou e ele atendeu


— Senhor, o irmão de sua esposa Fabrício Taylor está aqui posso deixá-lo
entrar?
Luke olhou para o monitor da guarita na entrada da propriedade e o Fabrício
estava lá.
— Deixe-o entrar
— Sim Senhor
Vamos ver qual é a sua Fabrício, já estava a fim de matar alguém hoje e você
veio na bandeja — Luke pensou com um sorriso diabólico.

Alguns minutos depois a campainha tocou, Luke continuou em seu escritório,


os empregados sabiam que sempre deveriam mandar as visitas para a sala de
estar. A governanta bateu na porta.
— Entra! — ordenou
— O senhor Taylor está na sala de estar, Senhor
A mulher curvou-se e saiu
Luke olhou novamente para a Geovanna, ela havia deitado na cama. Ele ficou
olhando para ela atentamente e em um impulso levantou da cadeira e foi
atender o irmão dela.

Fabrício estava em pé na sala luxuosa, ele estava nervoso, mas não podia
recuar, precisa saber da irmã. Luke entrou na sala nesse momento e o olhou
com seu olhar frio
— O que te trás aqui Fabrício?
— Vim ver a minha irmã
— O Marco falou com você?
— Ele disse que você não está a deixando ligar para a minha mãe
Luke riu
— Deveria ter acreditado no Marco e não ter aparecido aqui
— Luke, onde está a minha irmã? O que você fez com ela?
— A sua irmã é problema meu, ela é minha mulher agora e você, seu pai e
sua mãe não tem mais nada a ver com ela
— Eu só quero falar com ela, vê-la
— Eu vou te dar só uma oportunidade de ir embora agora, caso contrário, as
coisas não vão ficar boas para você
— Quer saber Luke, que se dane! Você vai me matar, então faça logo porque
eu não vou sair daqui sem saber da minha irmã. Você já está destruindo a
minha família, não temos onde morar, estamos vivendo de favor, então isso
seria um tiro de misericórdia e quando o seu filho crescer e perguntar pela
família da mãe dele, explica o que fez — Fabrício terminou o discurso com a
voz alterada.

Luke o fitava sem nenhum sentimento, sem mover um músculo da face.


Fabrício por sua vez apenas baixou a cabeça derrotado.
— Muito bem Fabrício, você quer ver a sua irmã, você verá.
Fabrício levantou a cabeça com dúvida no olhar, ele não estava acreditando
que ele iria deixar ver a irmã.
— Espera aqui, vou buscá-la.
Ele saiu da sala e Fabrício ficou estupefato, ele havia conseguido convencê-
lo.

Luke entrou no quarto da Geovanna, ela estava deitada e não se moveu


— Seu irmão está aí e quer te ver
Geovanna imediatamente abriu os olhos e sentou na cama
— O Fabrício está aí? Você vai me deixar vê-lo?
— Sim, vamos!
Ela levantou-se rapidamente
— preciso trocar de roupa, não quero que meu irmão me veja como uma
doida
— Você vai do jeito que está
Ela olhou para ele sem entender, então ele disse
— Quero que seu irmão saiba e reporte para o seu pai e a sua mamãe querida
como eu trato você — Ele deu um sorriso debochado
— É por isso que você está me deixando ver meu irmão, para humilhar ainda
mais a minha família?
— Garota esperta
Ela ficou olhando para ele indignada — Como ele é vil —pensou
— Vamos!
Ele saiu do quarto e ela foi atrás dele, enquanto tentava acompanhá-lo,
procurava dá um jeito na aparência. Ele andava a passos largos o que fazia
com que ela praticamente precisasse correr para alcançá-lo.
Eles entraram na sala de estar e Fabrício, que estava sentado, levantou-se
rapidamente. Ele olhou para a irmã que estava pálida, os olhos que eram
cheios de vida agora estavam apagados, em seus pulsos ele pode ver marcas,
como se ela fosse mantida presa. Claramente ela estava sofrendo abusos.
— Fabrício — ela correu para ele e o abraçou
— Geovanna, como você está?
— Eu estou bem
Luke sentou em uma poltrona, cruzou as penas e com seu olhar frio
observava a cena.
— Mamãe está muito preocupada com você, ela não recebeu nenhuma
ligação sua no último mês.
— Hã! Eu... eu sinto muito, é que nesse último mês eu e o Luke estávamos
nos conhecendo melhor, não é Luke? — ela virou-se para ele
Luke levantou-se e com uma das sombrancelhas levantadas, aproximou-se e a
segurou
— Se é o que você diz amore mio, quem sou eu para negar — ele riu para ela
e voltou a falar

— vou deixá-los a sós para conversarem. Aproveita amore mio e diz para seu
irmão como eu trato você.
Ele depositou um selinho nos lábios dela e saiu do aposento. Imediatamente
Fabrício perguntou
— O que ele está fazendo com você Geovanna? Claramente você está
sofrendo abusos, não tente me enganar, eu não vou acreditar que vocês estão
vivendo bem

Geovanna suspirou e baixando a cabeça disse


— Eu não vou mentir, o Luke está me mantendo presa em um quarto no
porão, ele descobriu que eu estava tomando anticoncepcional para evitar
engravidar.
— Desgraçado!
— Não adianta ficar revoltado, ele pode fazer mal a você
— E você acha que vou embora deixando você nas mãos dele? Não, você vai
embora comigo agora
— Não Fabrício, eu não vou. Não quero que o Luke machuque você. Vai
para casa e diz para mamãe que eu vou ficar bem. Estou esperando um bebê e
ele não vai fazer nada que prejudique o filho dele
— Então você está grávida mesmo?
— Sim

Nesse momento Luke voltou para o cômodo


— O encontro acabou, vem Geovanna
Ela virou-se para o irmão e seu olhar espelhava uma suplica silenciosa
— Eu vou ficar bem
— Você pode encontrar a saída Fabrício
Luke pegou a mão da Geovanna e a puxou em direção a porta, Fabrício em
um acesso de fúria avançou para cima do Luke
— Eu vou levar a minha irmã comigo

Luke virou-se em direção a ele e deu um soco no rosto do Fabrício que caiu
no chão sangrando.
— Não bate no meu irmão seu monstro — Geovanna gritou e Luke com ódio
a empurrou de encontro à parede, ela bateu tão forte que sentiu gosto de
sangue na boca.
Fabrício levantou-se e avançou de novo para cima do Luke. Eles começaram
a brigar, Luke era mais alto e forte que o irmão o que o deixava em
desvantagem, porém ele tentava se defender. Geovanna anda em direção
deles com dificuldade e pede
— Para Luke, você vai matar o meu irmão
Luke continua golpeando o Fabrício no rosto. Geovanna então, em desespero
avançou para cima do Luke.
— Solta o meu irmão
Ele soltou o Fabrício que ficou caído no chão. Geovanna correu e se abaixou
— Fabrício, fala comigo
Fabrício tentou se levantar, o rosto dele estava sangrando muito
— Fica deitado, eu vou chamar um médico
— Não vai não — quem falou foi o Luke
— Meu irmão está ferido e precisa de um médico
— Eu estou bem Geovanna — Fabrício disse
Ela tentou ajudá-lo a levantar-se porém Luke a segurou pelos braços e a tirou
de perto dele
— Me solta!
Nesse momento dois soldados do Luke entraram na sala e ele deu a
ordem
—Leve-o!
— Para onde você está mandando levar meu irmão?
Ela tentou se livrar das mãos dele, mas Luke a segura com força
Os soldados levaram o irmão dela sabe-se lá para onde.
— Agora você vai voltar para seu quarto
Ele a puxou pelo braço, Geovanna não tem mais forças para lutar com ele.
Luke a colocou no recinto e trancou a porta. Geovanna ficou andando de um
lado para o outro, ela estava muito preocupada com o irmão, mas não podia
fazer nada. Então, resolveu deitar. Varias horas haviam passado e Geovanna
acabou pegando no sono. No meio da madrugada, ela acordou de repente,
sentindo uma cólica forte. Ela levantou da cama e foi em direção ao banheiro,
porém, não conseguiu chegar até lá, no meio do caminho teve uma forte
vertigem e caiu desmaiada no meio
do quarto.
Dezoito
Geovanna ficou desacordada por alguns minutos, mas logo recobrou
a consciência. Ela tentou se levantar, mas não conseguiu, estava sentindo
muito cólica. Em desespero ela se arrastou até a parede e sentou encostanda
na mesma, abriu as pernas e passou a mão na vagina.Chocada viu sangue —
Meu Deu! Estou perdendo o bebê — pensou
Em desespero, começou a chamar
— Alguém me ajuda, estou perdendo meu filho
Com dificuldade, se arrastou até a porta e começou a bater
— Luke, estou perdendo o bebê, vem aqui... Alguém por favor...
Geovanna sentiu uma dor forte e com um grito, tombou no chão e percebeu
algo saindo da sua vagina, o seu corpo estava expulsando o bebê. O Sangue
escorreu pelo chão, estava tendo uma hemorragia.

Geovanna não tinha mais forças, sua visão ficou escura, estava
perdendo muito sangue. A última cena que viu antes de perder totalmente os
sentidos foi do sangue escorrendo pelo chão.

***

Luke estava sentado em uma poltrona no quarto, com um copo de


bebida na mão, não conseguia dormir, ele só pensava nela — Que Porra! —
Pensou
Ele jogou o copo de bebida no chão e levantou-se. Andou de um lado para o
outro no quarto — Porra! Eu preciso dela
Luke desceu as escadas e foi em direção ao porão. Quando entrou no quarto
viu a cena a sua frente, Geovanna estava caída no chão envolta em uma poça
de sangue, imediatamente ele correu até ela e abaixou
— Geovanna!
Ele pegou em seu pulso e sentiu que havia pulsação. Erguendo-a do chão,
saiu do quarto e gritou chamando pelo soldado da noite que fazia a segurança
interna da casa.
— Eliot!
Esse apareceu em instantes

— Chama a ambulância agora — Ele gritou


— Sim Senhor!
Eliot ligou para a emergência, enquanto Luke colocava Geovanna no sofá, ela
não se movia, seus lábios estavam pálidos, suas mãos frias
— Geovanna, acorda, você precisa reagir, você não pode morrer

Logo o barulho da ambulância foi ouvido e em minutos os paramédicos


entram na casa para ver a situação
— O que aconteceu Senhor?
— Ela está grávida, acredito que possa ter tido um aborto espontâneo.
— Vamos vericar
Os paramédicos a examinaram e disseram
— Ela está tendo uma hemorragia e precisamos levá-la agora para o hospital,
precisará de transfusão de sangue.

Luke não disse nada, apenas ficou observando eles enrolarem o corpo dela
em cobertores e colocarem soro em seu braço. Eles a deitaram na maca e a
levaram. Imediatamente ele ordenou para Eliot
— Mande os soldados segui-los, eu mesmo vou dirigindo o meu carro
— Sim Senhor
Luke subiu para o quarto e trocou de roupa rapidamente, pois, a mesma
estava suja de sangue. Quando terminou, foi até a garagem, pegou um dos
seus carros e seguiu para o hospital.

***

O médico estava olhando o prontuário da Geovanna no computador,


ela já havia sido atendida e estava recebendo sangue, por sorte era AB+ e
podia receber qualquer tipo sanguíneo, caso contrário, se precisasse esperar
por algum doador, poderia ter morrido, pois, havia perdido uma quantidade
significativa de sangue. Uma enfermeira aproximou-se do doutor e falou
— Parece que esse caso é violência doméstica, ela tem marcas nos pulsos, as
costas estão com hematomas roxos recentes, eu acredito que o aborto tenha
sido provocado por essa ultima agressão.
— O marido dela está aí?
— Sim, porém, é uma pessoa importante. O nome dele Luke Salvatore
— Hum! Alguém contactou a polícia?
— Sim, nós já os contactamos e também a assistente social para casos de
violência doméstica
— Okay! Eu vou falar com o marido dela sobre o estado que se encontra
agora e quando a polícia chegar me chama.
— Okay!
A enfermeira olhou para ela com tristeza
— Pobrezinha! Tão jovem

O médico dirigiu-se à recepção e não precisou perguntar quem era o


Luke Salvatore, ele percebeu imediatamente de quem se tratava, dentre todos
os homens que estavam ali, pelo porte superior e poder que inalava dele, ele
sabia
— Senhor Salvatore?
— Como está a minha esposa?
— Eu sou o Dr. Cooper, médico que está tratando da sua esposa — o médico
estendeu a mão e Luke apenas olhou para ele e não fez nenhum gesto para
cumprimentá-lo. O médico percebeu a arrogância do homem e logo deduziu
que teria problemas com ele. Sem ter o que fazer, abaixou a mão
— Sua esposa teve uma hemorragia muito grave após ter tido um aborto. Ela
está recebendo uma transfusão de sangue agora. O estado dela é estável.
Luke não disse nada e o médico continuou:
— Senhor Salvatore, a sua esposa teve uma queda?
— Não que eu saiba
— Nós fizemos uma ultrassom de emergência e ela teve um deslocamento da
placenta decorrente de um trauma — o médico olhou sério para Luke que não
demonstrava nenhum sentimento e continuou — Sua esposa não teve um
aborto espontâneo, mas provocado. O fato dela ter perdido muito sangue
demonstra que ela sofreu o aborto sozinha e não teve assistência até a
chegava dos paramédicos. O Senhor não estava em casa as 2 da manhã?

O médico o olhava desafiador, ele estava indignado que esse homem


deixou a esposa esvair-se em sangue antes de chamar a ambulância. Algo
muito grave aconteceu.
Luke sem expressão olhou nos olhos do médico e perguntou de maneira
arrogante
— Ela poderá ter outros filhos?
O médico se irritou com a pergunta, o homem é extremamente insensível
— Senhor Salvatore, a sua esposa quase morreu e eu tenho quase certeza que
o Senhor fez alguma coisa a ela, por isso, teve o aborto e ainda com
arrogância pergunta se ela poderá ter mais filhos? Eu não vou mais perder
meu tempo, a polícia se encarregará desse caso.
O médico vira-se para sair, porém, Luke o segura pelo braço e com uma voz
ameaçadora perguntou
— Tem família Doutor?
— Tenho, por quê?
— Não quer ver eles sofrerem um acidente ou um atentado quer?
— O Senhor está me ameaçando?
— Não, estou só avisando. Não sabe com quem está lidando Doutor Cooper
O médico olhou em volta e viu todos aqueles homens de terno preto o
olhando ameaçadoramente. Naquele momento ele percebeu que aquele
homem não era somente uma pessoa importante, mas muito perigoso.
Engoliu em seco e sentiu pena daquela moça, porém, não poderia fazer nada
e pelo visto nem a polícia iria conseguir alguma coisa.
— Com licença Senhor Salvatore, eu tenho pacientes para atender
Luke o soltou e falou
— Faça o seu trabalho e não pergunte. Será mais fácil para todos nós.

O Doutor apenas virou as costas e saiu apressado sem olhar para trás.
Luke por sua vez pegou o celular e fez uma chamada
— Edward, venha até o hospital NYC Center Emergency care agora.
— Sim senhor
Ele desligou o celular e ficou pensando sobre o que o médico disse. Ela não
havia perdido o bebê espontaneamente, mas provocado, então seduziu que
quando ele a empurrou contra a parede afetadou a gravidez — Droga! Por
que o Fabrício tinha que me desafiar? — pesou

Nesse momento o Marco chegou


— O que aconteceu Luke?
— Ela perdeu o bebê
— Eu te avisei não avisei
— Porra! Você veio aqui para dar sermão? Eu faço aquilo que tem que ser
feito, o Fabrício me irritou, ele foi lá em casa e me atacou, acabei perdendo o
controle e agredi a Geovanna.
— Luke, você tem que chamar os pais dela
— Eu não vou chamar, não os quero aqui
— O que você fez com o Fabrício?
— Mandei prende-lo no galpão, não o matei ainda, mas faltou pouco para
fazer isso
— Vou ordenar para que os soldados que estão lá com ele o solte, você não
pode mante-lo preso
— Marco, se ele aparecer de novo na minha casa eu vou matá-lo, avisa isso
para ele.
— Você não vai matá-lo, se quisesse mesmo faze-lo já teria feito e sei que
não vai fazer por causa da Geovanna
— Porra! Eu perdi meu filho e quase perdi a minha mulher por causa daquele
imbecil

Nesse momento Edward chegou e Luke passou instruções para ele.


Algum tempo depois dois policiais se apresentaram
— Senhor Salvatore?
— Sim, sou eu
— Eu sou o detetive Carl e esse é o policial Fernandes. O senhor poderia nos
acompanhar?
Imediatamente Edward se aproximou e disse
— Meu nome é Edward Castillo, sou o advogado do Senhor Salvatore e
qualquer coisa que queira tratar com ele pode falar comigo, eu o represento
— Nós só queremos fazer algumas perguntas nada mais
Edward olhou para os polícias estreitando os olhos com ameaça
— Os senhores não querem ter problemas com seus superiores não é? Deixa
eu ver aqui, detetive Carl não é, seu superior Inspetor Rodriguez certo?
O celular chamou o número e logo o inspetor atendeu
— Edward o que manda
— Temos um detetive chamado Carl aqui, quer falar com ele? Não queremos
problemas não é?
— Claro! Deixa eu falar com ele
Edward passou a celular para o detetive.
— Senhor!
— Qualquer problema que você tenha com o Senhor Salvatore, converse com
o advogado dele, estamos entendidos?
— Mas Senhor, é um caso de violência doméstica
— Eu não vou repetir, faça o que mandei.
— Sim Senhor!
— Agora passa o celular para o Edward
O detetive muito puto fez o que lhe foi ordenado
— Não teremos problemas com ele mais
— É sempre bom fazer negócio com você Rodriguez
— Estamos à disposição

Edward encerrou a ligação e olhou para os detetives


— Vamos?!
Os dois o seguiram e Luke ficou no mesmo lugar. Ele nunca se envolvia
quando alguma coisa tinha a polícia, Edward tratava desses assuntos para ele.
Provavelmente vai dar uma desculpa esfarrapada e colocar isso no inquérito.
O médico, os enfermeiros e todos que tiveram contato com a Geovanna e viu
a situação dela, também seriam instruídos a ficarem calados. E era assim que
as coisas funcionavam. Mesmo que a Geovanna falasse alguma coisa nada
aconteceria. Agora ele só estava preocupado com ela. O sentimento de culpa
queria dominá-lo, mas não deixaria, a culpa foi do Fabrício.

***

Geovanna começou abrir os olhos, ela não conseguia raciocinar


direito — O que aconteceu? Onde estou?
— Que bom que está acordando querida — ela ouviu uma voz mansa de
mulher falando. Então virou o rosto para ver quem era e se deparou com uma
enfermeira
— O que aconteceu? Onde estou?
— Está no hospital
— Meu bebê
— Calma minha querida, o médico falará com você
— Eu perdi o meu bebê
Geovanna começou ficar agitada e a mulher falou
— Calma, está tudo bem, você poderá tentar de novo, poderá ter outros
filhos
— Eu não quero outros filhos, eu não quero ter filhos com ele
Nesse momento o médico entrou
— Finalmente acordou, sou o Dr.Cooper, seu médico aqui
— O que aconteceu?
— Você teve um aborto, houve um deslocamento prematuro da placenta e
infelizmente seu bebê não resistiu, era muito pequeno, estava apenas com 5
semanas.
O médico a encarou por alguns momentos avaliando
— A Senhora teve uma queda?
— Não!
O médico olhou para a enfermeira e se voltou para a Geovanna de novo
— Seu marido está aí fora, você quer falar com ele?
— Não! Eu não quero voltar para aquele porão
O médico suspirou
— Você tem pais Geovanna?
— Sim
— Quer ligar para eles?
— Sim
— A enfermeira vai fazer a ligação e você pode falar com seus pais, basta
dizer o número

Geovanna disse o número e logo ela ouviu a voz da mãe no viva a voz
— Alô
— Mãe
— Geovanna! Como você está? O Luke não nos deixou ir até o hospital
— Mãe eu perdi o bebê
— Eu sei filha, Fabrício nos contou
— Ele está aí com vocês?
— Sim, o Luke o deixou ir embora
— Mãe, eu não quero voltar para aquela casa, não quero voltar para o porão
— Filha, o Luke não vai te colocar no porão depois do que aconteceu, nós
não vamos poder te ajudar agora, então para que as coisas não fiquem piores,
somente obedece o seu marido, promete, assim nós ficaremos mais
tranquilos
— Tá bom, eu prometo
— Se cuida filha

A ligação foi encerrada, e Geovanna ficou olhando para o nada com o seu
olhar vago Pelo menos o Fabrício está vivo — pensou
O médico e a enfermeira voltaram
— Podem deixar meu marido entrar
— Tudo bem, eu vou chamá-lo
— Obrigada!

Depois de alguns minutos Luke entrou no quarto, ele estava abatido ela
reparou, parecia que não dormiu.
— Como você está?
— Estou bem, devido às circunstâncias
Ele sentou na cadeira perto dela e pegou na sua mão
— Geovanna, eu sinto muito, não queria que nada disso tivesse acontecido
— Você matou o seu filho
Ele ficou olhando para ela sem dizer nada, a culpa o consumindo
— Não vai falar nada?
— A culpa foi do seu irmão, ele me provocou
— Eu não acredito, você está jogando a culpa em outra pessoa. Não era meu
irmão que me mantinha presa em um porão
— Você não vai ficar mais lá
— Agora não adianta, o mal já foi feito
— Podemos ter outro filho
O estômago dela embrulhou, não queria nem pensar em engravidar dele de
novo
— Eu não vou engravidar de novo
— Geovanna, não descurtirei com você aqui, precisa se recuperar
Ela deitou e deu-lhe as costas
— Me deixa sozinha por favor

Ele levantou e fez menção de falar alguma coisa, porém, desistiu e girando
nos calcanhares, deixou o quarto. Geovanna suspirou aliviado.

No dia seguinte ela recebeu a visita de uma mulher que se apresentou


como Assistente Social
— Meu nome é Melissa Innis, estou aqui para te ajudar. A senhora chegou
aqui a dois dias atrás com sinais de violência doméstica. Eu sei que não
podemos fazer nada contra seu marido, mas quero te deixar esse cartão. Aqui
tem um número de celular. Há um lugar onde recebemos mulheres que
queiram livrar-se do abuso. É um abrigo e lá podemos te proteger. Guarde
com carinho esse cartão e se um dia precisar, é só ligar
A mulher levantou-se e foi embora, Geovanna ficou olhando para o cartão e
resolveu guarda-lo.

Os dias foram passando e Luke a visitava todos os dias, ficava com ela algum
tempo. Já estava sentindo- se bem, mas o médico não liberava a alta, isso
irritou o Luke que foi falar com ele
— Minha esposa já está ótima para ir para casa
— Senhor salvatore, eu sou o médico aqui
Luke pegou no colarinho da roupa do médico irritado
— Dr. Cooper, hoje você vai dar alta para ela, estamos entendidos?
— Tudo bem Senhor Salvatore, se é assim que quer, porém, tenho algumas
recomendações. A primeira é que ela deve tomar os medicamentos em dia, a
segunda é que ela não pode se estressar e a terceira ela não pode ter relações
sexuais por um bom tempo
— Quanto tempo?
— Quanto tempo for necessário, o Senhor precisa trazê-la de volta para
avaliação daqui a uma semana e vamos averigua o estado dela, caso esteja ok
talvez liberarei relação sexual.

Luke estava puto com o médico, com certeza ele estava fazendo essas
recomendações somente para atrapalhar, mas ele não podia fazer muita coisa,
precisava seguir as recomendações médica.

A enfermeira entrou no quarto da Geovanna


— Terá alta hoje Senhora Salvatore
Geovanna não ficou muito animada com a notícia
— Já pode arrumar-se, seu marido a está aguardando. Quer ajuda?
— Não obrigada
Ela se arrumou, colocou um vestido leve e uma casaco por cima, passou um
pouco de maquiagem e ajeitou os cabelos. Sentou na cadeira e ficou
esperando o Luke busca-la, o que não demorou.
— Está pronta?
— Sim
Ela levantou e pegou na mão dele que estava estendida. Eles saíram e todos
se despediram dela. Na saída do hospital haviam vários carros preto, eles
entraram no primeiro deles e logo as portas foram fechadas e os carros
seguiram seu destino.
Geovanna não sabia como seria a vida deles dali por diante, mas esperava
que as coisas melhorassem. Eles se entre olharam e Luke lhe sorriu
Dezenove
Geovanna e Luke chegaram em casa e alguns empregados estavam na
porta os esperando. Haviam balões de boas vindas e flores. Luke mandou
preparar tudo aquilo o que foi uma surpresa para ela. Os empregados
desejaram boas vindas e logo retornaram em seus afazeres. Luke ajudou-a
subir as escadas, eles chegaram no quarto e ele disse
— Seja bem vinda de volta para seu quarto amore mio.
Ele a abraçou por trás e Geovanna desvinculou-se do abraço e afastou-se
sentando na cama. Ele fechou os punhos tentando manter o controle,
então foi em direção a cama e sentou-se do lado dela
— Gostaria de ficar sozinha — ela pediu
— Esse quarto também é meu e vou ficar aqui com você
— Você não tem coisa para fazer? Não tem pessoas para matar hoje? — disse
com sarcasmo
Ele ficou olhando para ela com semblante sério
— Não, eu não tenho, adoraria ter, quem sabe uma família intrometida que só
me trás problemas
— Para de ameaçar a minha família
— E você para de usar seu estado para me desafiar. Não ficará assim para
sempre
— Você realmente é uma pessoa vil e cruel. Sai daqui! Eu não aguento nem
ficar perto de você
— Pois vai ter que aguentar, sou seu marido e não arredarei o pé daqui.

Geovanna se levantou para sair, porém, Luke a segurou e a empurrou sobre a


cama, ele subiu em cima dela começou a beija-lá na boca, ela tenta sair, mas
como sempre não conseguiu, então começou a ceder. Luke abrandou o beijo,
percorrendo seu rosto com lábios á vidos

— Como senti sua falta bambina


— O médico proibiu relação sexual
— Eu sei o que aquele idiota do médico disse, porém, não vou fazer nada, só
quero beija-lá e ficar aqui com você
Ele voltou a tomar sua boca, ela podia sentir a ereção dele sobre as roupas.
Geovanna começou a pensar — Eu não queria engravidar dele de novo, mas
como impedir isso? Como posso evitar? Tenho certeza que assim que o
médico liberar o sexo ele não vai me deixar em paz.

Luke continuou beijando-a e explorando seu corpo com as mãos. Ele introduz
a mão por dentro de sua roupa e a levou até os seios massageando-os.
— Para Luke!
— O médico disse que não podemos ter relação sexual, mas não disse nada
sobre a gente não poder brincar. Tira o vestido!
— Luke...
— Cala a boca e faz o que eu estou mandando
Geovanna resignada tirou o vestido e ficou só de sutiã e calcinha. Ele a
abraçou e abriu o sutiã liberando os seios. Luke a fez deitar e começou a
sugar seus seios, ele fazia movimentos circulares com a língua em seus
mamilos e aquilo fazia a pele dela ficar arrepiada, mesmo sem querer seu
corpo começou a reagir aquilo e logo sua vagina começou a ficar molhada.
Ela não queria sentir desejo, mas o corpo parecia ter vida própria.

Luke desceu a mão até a sua vagina e automaticamente Geovanna fechou as


pernas
— Não!
— Tudo bem! Se você não quer que eu faça em você não farei, mas você vai
fazer em mim.
Então Luke saiu de cima dela e tirou as calças e a cueca e seu membro ereto
se mostrou na frente dela. Geovanna não queria fazer nada, ela só queria que
ele a deixasse em paz.
— Eu não quero
— Você não tem querer, vai fazer o que eu mandar.
Ele deitou na cama, Geovanna olhava para seu membro enorme pronto para
ela, sua boca ficou seca.
— Agora use essa boquinha linda Piccola
Geovanna com lágrimas nos olhos, começou a fazer o que ele mandou. De
inicício, fez timidamente, porém, Luke agarrou seu cabelos fazendo-a
intencificar
— Rápido bambina, Vai fundo!
Ela intensificou os movimentos e ele gemia e cada vez mais puxava os
cabelos dela. Geovanna só queria que ele chegasse ao prazer para acabar logo
com aquilo.
— Porra! Eu vou gozar amor
Luke sem demora liberou seu líquido quente na boca de Geovanna. O Sêmen
escorreu pela lateral de sua boca. Ela passou o dorso da mão para limpar.
Luke soltou seus cabelos, o couro cabeludo dela estava doendo. Ele relaxou o
corpo e fiou deitado na cama com os olhos fechado. Enquanto isso Geovanna
foi até o banheiro lavar a boca. Logo voltou para o quarto
— Deita aqui — ele apontava para os braços dele
Ela fez o que ela mandou, ele aninhou-a em seus braços fortes e inalou o
perfume dos seus cabelos.
— Tem certeza que não quer que eu te dê prazer?
— Não Luke, eu não quero. Será que você pode parar de pensar em sexo o
tempo todo
— Não dá! Quando olho para você só penso nisso
— Eu não sou uma boneca inflável
— Não, não é mesmo, mas é minha esposa desejável que logo estará grávida
de novo
— Você só me vê como uma reprodutora do seu filho né?
Ela tentou sair dos braços dele mas ele a segurou forte
— Para de drama amore mio, vamos descansar um pouco, hã?

Geovanna decidiu não lutar, ela sempre ia perder mesmo, então


continuou nos braços dele e em pouco tempo pegou no sono. Ela acordou
algum tempo depois e reparou que estava deitada no peitoral do marido e
suas mãos estavam também repousada ali. Ela levantou lentamente para não
acorda-ló e saiu. Foi ao banheiro e tomou um banho de chuveiro bem quente.
Entrou no closet para colocar a roupa e assim que abriu a gaveta de calcinha,
reparou que todos os anticoncepcionais atavam ali. Seu coração deu um salto
— Por que ele havia deixado os comprimidos ali? Só pode ser para me testar
— pensou

Ela resolveu pegar todos e jogar fora — Eu vou pensar em outra maneira de
não engravidar dele.
Geovanna vestiu-se de maneira informal e saiu do quarto, Luke ainda estava
dormindo. Ela pegou o celular na bolsa e resolveu ligar para a mãe
— Alô Geovanna?
— Eu deixei o hospital hoje mãe
— Que maravilha filha, como você está?
— Estou bem, mas preocupada com vocês
— Filha, não se preocupe conosco, estamos bem
— Fabrício está aí?
— Sim, quer falar com ele?
— Por favor
A mãe passou o celular para o Fabrício
— Geovanna, eu sinto muito por tudo que aconteceu
— Não foi sua culpa Fabrício
— Eu tenho uma parcela de culpa sim
— Esquece isso, eu só quero te pedir uma coisa, não venha mais aqui, não
arrume confusão. Ele não te matou dessa vez mas o fará da próxima
— Mas Geovanna, ele está te maltratando eu não posso... ela o cortou
— Por favor Fabrício, me escuta, eu estou bem, eu vou saber lidar com ele.
— Tudo bem, eu vou tentar
— Agora passa para mamãe
— Mãe, papai está bem? como ele reagiu a tudo isso?
— Seu pai está bem, não se preocupe
— Eu sei que não está, você esconde alguma coisa.Eu posso falar com ele?
— Ele não está aqui no momento, saiu para procurar emprego
O coração de Geovanna ficou pequeno em saber a situação de sua família
— Tá bom mãe, eu ligo outro dia
— Se cuida filha

Assim ela encerrou a ligação e ficou pensando como conseguir viver


com um homem que está destruindo a sua família. Ela resolveu descer e ir até
a varanda, havia uma varanda linda que dava para os fundos da casa, foi até
lá e sentou em uma das mesas, logo uma empregada apareceu e ela se
assustou
— Desculpe-me Senhora por te-lá assustado, só vim perguntar se quer
alguma coisa para beber
Geovanna reparou que a empregada era uma das que ia no porão levar
comida e cuidar dela
— Se não for incômodo, gostaria de um suco de laranja
— Não é incômodo senhora
A empregada saiu imediatamente e logo trouxe o suco. Geovanna agradeceu
e quando a empregada já ia retirar-se ela decidiu perguntar
— Qual o seu nome?
— Camila Senhora
— Muito obrigada por ter me ajudado
— Só fiz a minha obrigação Senhora, com licença
A mulher se retirou e ela ficou pensando que não tinha amigos naquela casa.
Todos só seguiam as ordens do Luke. Ela suspirou com tristeza e tomou o
suco.

Luke passou três dias com ela na casa, ele não saiu para lugar
nenhum, no terceiro dia ele voltou para suas atividades.

Eles estavam tomando o café da manhã, Luke lia as notícias do dia.


Então, ela resolveu interrompe-lo e perguntou
— Posso voltar a ter aulas de ballet?
Ele parou de ler o jornal e a olhou sério
— Por favor Luke
Ela pediu juntando as duas mãos e com olhar suplicante
— Você me pedindo assim não tem como negar, mas não vai disser para a
professora que não pretendemos ter filhos e você não vai fazer apresentação
nenhuma
— Ela falou com você?
— Falou porém esquece isso
— Tá bom, eu só gostaria de continuar com as aulas
— Tudo bem, marca para quando você quiser, te passarei o contato dela
— Obrigada

Os dias foram passando e o dia de retornar ao médico chegou,


Geovanna estava nervosa, ela tinha certeza que o médico iria liberar eles
voltarem a ter relação sexual e ela não havia ainda encontrado um jeito de
evitar engravidar novamente.
Eles chegaram no hospital e o Dr.Cooper logo os atendeu
— Oi Geovanna, como está?
— Bem Doutor, obrigada
O médico virou-se para o Luke e disse
— Senhor Salvatore a Geovanna vai fazer um exame agora que não requer a
sua presença então aguarda aqui, logo o chamaremos
Luke olhou para o médico sério
— Acho melhor você começar a tratar a minha esposa de maneira formal
O médico ficou sem graça e olhando para a Geovanna disse
— Claro, como esqueci esse detalhe. Vamos Senhora Salvatore
— Sim

Geovanna foi com o médico e Luke os seguiu com os olhos frios.

Ela entrou na sala e a enfermeira já estava lá


— Senhora Salvatore, Vamos fazer uma ultrassonografia transvaginal, é um
pouco incômodo, mas logo passa
— Okay!
— Pode tirar toda a roupa e colocar esse roupão, quando estiver pronta
podemos começar
A enfermeira saiu e Geovanna fez o que o ela mandou. Logo depois o médico
e a enfermeira retornaram e fizeram o exame, o médico disse que o útero
dela estava limpo e pronto para uma nova gestação, Geovanna resolveu
perguntar
— Doutor, eu não quero engravidar logo, mas meu marido quer, não teria
uma maneira de evitar?
— As únicas maneiras de evitar são usando contraceptivos ou abstinência
sexual
Geovanna desanimou, nenhuma das alternativas era viável para ela, qualquer
contraceptivo que ela usasse cedo ou tarde Luke iria descobrir e com certeza
as coisas não iriam ficar boas para ela, e abstinência sexual era impossível
com Luke.
— Eu posso fazer você ganhar mais uma semana, eu digo para seu marido
que só pode voltar ter relação sexual daqui a uma semana, porém, não posso
estender mais, até lá você pensa em uma maneira de convence-ló à esperar
para vocês terem filhos
— Obrigada doutor

Geovanna foi para a sala do médico e logo Luke entra na sala junto
com o médico, ele senta do lado dela. O médico senta em sua mesa e olhando
para o Luke diz:
— Senhor Salvatore, nós fizemos uma ultrassonografia na sua esposa e não
encontramos nada significativo porém eu recomendo esperar mais uma
semana para voltar a ter relações sexual.
Luke olhou para o médico com olhar mortal, ele tinha certeza que o médico
estava fazendo aquilo somente para atrapalhar a relação dele com a
Geovanna. Ele observou que o médico era um homem na casa dos 40 anos,
bem apessoado, então deduziu que ele estava interessado nela.
— Muito bem Dr. Cooper, recomendações médica são recomendações
médica
Ele olhou para a Geovanna e disse
— Vamos amore mio, vamos ter que esperar mais um pouquinho para fazer o
nosso filhinho.
Geovanna sem graça pegou na mão do marido e agradecendo ao médico
foram embora.

Luke deixou Geovanna em casa e saiu para a sede, ao chegar lá mandou


chamar o Marco na sua sala
— Então Luke, como está a Geovanna?
— Bem, mas não te chamei aqui para falar dela, tenho um trabalho para você
— Estou aqui a disposição
— Quero que alguém sofra um acidente
— Quem?
— Doutor Cooper
— O médico da Geovanna?!
— Exatamente, quero que seja um acidente de carro, faça alguma coisa no
carro dele
— Tudo bem! Mas posso te perguntar por quê?
— Não quero homem nenhum no caminho meu e da minha esposa, esse
médico já foi longe demais

Marco ficou olhando para o Luke, se ele soubesse os sentimentos que


teimavam em crescer dentro dele com relação a Geovanna, alguém iria
morrer e ele não gostaria que fosse ele mesmo.
Vinte
Geovanna acordou contente, há dois dias que Luke não dormia com
ela e nem a perturbava. A recomendação do médico de abstinência sexual por
mais uma semana foi ótimo para ela, pelo menos naquela semana iria ter paz.
A manhã estava linda, era primavera e os jardins da mansão bem cuidados
mostrava o esplendor das flores. Geovanna resolveu envolver-se na rotina da
casa, chamou a governanta e perguntou como funcionava tudo, a mulher
muito simpática explicou como as coisas funcionavam. Geovanna não queria
se intrometer na rotina, mas fazer parte dela.

Ela decidiu andar pela casa e percebeu que alguns dos cômodos
precisavam de reforma, móveis novos, talvez contrate algum decorador para
fazer esse trabalho. Seria interessante escolher as coisas e dinheiro não era
problema.

Geovanna desceu para o café da manhã, ela não sabia se Luke já


havia saído ou não, mas não estava preocupada com isso. Ao chegar em
baixo seguiu para a cozinha
— Bom dia Hilary
— Bom dia Senhora Salvatore, quer tomar o café da manhã agora
— Sim, o Luke já tomou o café?
— Ele saiu cedo Senhora e não comeu nada
— Hã!
— A senhora quer tomar o café na sala de jantar?
— Não, eu tomo aqui mesmo na cozinha, se não for incômodo
— Não é incômodo senhora, fica a vontade

Geovanna sentou-se na bancada e a cozinheira preparou ovos


mexidos, bacon e torradas. Ela comeu tudo com prazer e tomou o suco de
laranja.
— Esse suco é tão bom, é natural?
— Sim Senhora, temos um pomar com árvores frutíferas, colhermos as frutas
de lá
— Que maravilhoso! Gostaria de ir até lá conhecer
— Claro, posso pedir para o jardineiro mostrar para a senhora
— Obrigada!

O dia transcorreu tranquilo, Geovanna conheceu o pomar e os jardins.


Na propriedade havia também uma piscina imensa, quadra de tênis e outras
coisas para entreterimento.Havia um Haras onde Luke tinha cavalos árabes
puro sangue, no entanto, e o que mais a impressionou foram os carros de
luxo, haviam varias garagens com carros que valiam milhões de dólares, ele
colecionava e também os usava na pista que havia na propriedade. Geovanna
percebeu o quanto ele era rico e aquilo a incomodou, pois, tinha consciência
que todo esse dinheiro e poder vinham dos negócios sujos, que pessoas
perdiam suas vidas para que ele pudesse ter tudo aquilo.

Na propriedade também havia um caminho que levava a uma praia


particular, ela ficou curiosa em ir até lá, começou andar pelo caminho,chegou
na praia, era tão lindo, o mar com azul cristalino e areia branca. Geovanna
tirou as sandálias e sentou na areia, contemplou o mar, pensando na vida.

Ela começou a fazer círculos com as mãos na areia e estava tão


distraída que não percebeu a chegada do Luke. Ele parou ao seu lado
assustando-a ao ver seus sapatos brilhantes. Ainda sentada levantou a cabeça
e o encarou. Ele estava vestido como sempre, com um terno impecável e um
sobretudo negro, seus olhos azuis refletiam a frieza das águas do mar. Ele
estendeu a mão para ela. Geovanna olhou para aquelas mãos grandes e
poderosas, que muitas vezes decidiam destinos de pessoas inclusive sobre seu
destino, sua vida. Não tinha escolha, ele mandava e não sabia por quê, talvez
por um capricho dele, a mantinha como uma cativa, um brinquedinho ou
simplesmente por vingança pela ousadia de seu pai o ter roubado. Geovanna
não sabia, a única coisa que tinha certeza era que aquele homem não tinha
sentimentos por ninguém muito menos por ela.

Geovanna suspirou e pegou em sua mão, ele a puxou-a de encontro ao


seu corpo, a mão dela estava suja com a areia, sujando seu terno.
Imediatamente tentou limpar
— Sinto muito, eu sujei seu terno...
Ele segurou suas mãos apertando-as sutilmente
— Deixa! — Exclamou de maneira firme
Ela focou seus olhos azuis fascinada, ele era tão lindo, tão perfeito, porém, o
que tinha de beleza, tinha de cruel — Por que ele é tão ruim? — Se
perguntou

Luke também o olhava intensamente e Geovanna observou seu rosto


aproximando-se do dela e sua boca a tomando em um beijo arrebatador.
Geovanna perdeu o fôlego, ele a beijava como se quisesse sugar a sua alma.
Seus braços a circularam a trazendo mais de encontro ao seu corpo
musculoso, moldando-o ao dele. Erguendo-a em seus braços, entre beijos
seguiu pelo caminho de volta para a casa.

Ele entrou na casa com ela ainda nos braços, Geovana ficou sem
graça, pois, haviam vários soldados no recinto, mas Luke parecia não se
importar, continuou a carregando, subindo as escadas até o quarto. Luke a
deitou na cam e logo depois começou a despirce, tirou o sobretudo, jogou em
uma poltrona, em seguida o palitó do terno, Geovanna com o coração
acelerado olhava para ele com os olhos arregalados. Continuou despindo-se e
ao começar tirar a calça, Geovanna decidiu se manifestar
— Dr. Cooper disse sem relação sexual
Ele não disse nada, continuou tirando a roupa e ficou completamente nu.
Então, deitou-se sobre ela
— Dr. Cooper ... — Ela não completou a frase, ele a cortou segurando em
seu queixo com força
— Foda-se o que aquele médico disse

Luke começou a beija-lá com ardor e terminou de tirar suas roupas


com violência rasgando-as. Geovanna não fez nada para impedir, será pior,
era melhor ficar quieta. Ele continuou a beijando, explorando seu corpo com
as mãos e os lábios de maneira energética, sem carinho, parecia que ele
queria devora-lá tamanha voracidade que estava deixando-a sem fôlego.
Geovanna começou a pensar em todas as coisas que ele fez, não queria
engravidar de novo e aquele pensamento a assustou.
Com desespero, debateu-se o empurrando
— Não! eu não quero, sai de cima de mim, não quero engravidar de novo
Ela lutou contra ele, porém, com violência ele deu um tapa em seu rosto e
profetizou zangado

— Cala a porra da boca

— Luke me escuta, eu só te peço um tempo, não estou preparada para


engravidar de novo, por favor
— E o que você sugere? ficar sem transar com você como sugeriu aquele
médico imbecil? Não mesmo
— Use preservativo então
— Nunca vou usar preservativo com você Geovanna, então, esquece isso e
para de lutar, se não será pior.

Luke voltou a beija-lá e a força abrir as pernas, ele alinhou a cabeça


do seu pênis em sua entrada e sem nenhum carinho a penetrou de maneira
firme e potente. Ele começa a mover-se dentro dela, Geovanna fecha os olhos
e lágrimas descem pelo seu rosto, não tem o que fazer, ou aceita ou apanha.
Ele a penetrava cada vez mais fundo repetidamente com movimentos intenso
e ritmado. Luke segurou nas nádegas dela apertando sua carne e fazendo ela
seguir seu ritmo.
Ele sentiu o canal quente e apertado envolto do seu membro que entrava e
saia sem parar. Entre gemidos alto ele dizia
— Como você é apertada e deliciosa amore mio
Ainda a penetrando cheio de desejo e desespero ele continua
— Preciso disso, quero sentir sua boceta em volta do meu pênis, quero foder
você toda.Cada centímetro do seu corpo é meu... meu!

Geovanna ainda com os olhos fechados sentia o pênis potente


invadindo sua intimidade, ele a penetrva tão fundo que ela podia sentir o
membro colidindo contra o colo do seu útero e aquilo incomodou e começou
a doer, por isso ela pediu para ele parar
— Para Luke, você está me machucando
Luke simplesmente a ignorou e em vez de parar aumentou o ritmo a
machucando mais ainda.

Quando sentiu se prazer chegand, deu uma investida forte e explodiu


em um orgasmo intenso liberando todo seu líquido em seu ventre, Geovanna
poderia sentir seu pênis latejar dentro dela. Depois de alguns minutos ele
tombou com seu corpo suado em cima dela. A respiração voltou ao normal e
o ritmo do coração também. Geovanna não se moveu, ele ainda estava dentro
dela. Quando ele saiu, Geovanna respirou aliviada, realmente o ato sexual foi
bem doloroso para ela.

Ele a abraçou forte e a manteve bem perto dele. Eles ficaram assim
por um bom tempo. Geovanna sentiu vontade de fazer xixi e começou a
mover-se para sair, Luke então, a apertou mais e perguntou
— Vai aonde?
— preciso ir ao banheiro
— Eu também vou
Geovanna não gostou daquilo, ela queria um pouco de privacidade e além do
mais, não sentia-se ainda a vontade com a nudez dele, mesmo já estando
casada a alguns meses.
Ele levantou-se com seu físico perfeito, ela desviou o olhar e ele percebeu
— Não precisa ficar com vergonha, meu corpo é seu assim com o seu é meu
Ele pegou em seus braços e puxando-a a fez abraça-lo. Ela ainda manteve a
cabeça baixa de encontro ao seu peito. Então, ele pegou em seu queixo e a fez
olhar para ele
— Adoro esse rubor no seu rosto, a faz parecer uma bonequinha
— Eu quero ir no banheiro — Falou irritada
Ele riu e a puxou em direção ao banheiro. Geovanna foi até o toalete,
enquanto ele abre a torneira da banheira e começa a enche-lá. Quando
Geovanna terminou ele falou
— Vamos tomar banho juntos
Ela não protestou, anda até ele e juntos entram na banheira. Ele massageou o
seu corpo com sabão. Os dois corpos nus em atrito a fez sentir a ereção dele
contra a sua coxa e ela teve certeza que não tomará somente banho com ele.
De novo ele a possuiu.

***

Alguns dias se passaram e Geovanna estava caminhando ao redor da


propriedade, o local era grande e haviam varias árvores, ela adorava ficar
embaixo de alguma contemplando a natureza, tinha a sensação de liberdade,
porém, sabia que não era livre.Os soldados eram discretos, no entato, já
percebeu que nunca estava sozinha quando andava pela propriedade, ela era
vigiada o tempo todo.

Estava distraída e levou um susto quando recebeu uma mensagem em


seu celular. Ela olhou com estranheza para a tela e não havia número, estava
restrito, então, resolveu abrir, era um vídeo. Ficou curiosa e clicou, quando o
vídeo abriu, o que ela viu fez seu estômago revirar na hora. Luke estava com
uma mulher e eles estavam transando,ele fazia sexo anal com ela. Seu corpo
estremeceu, setiu nojo, repulsa por aquilo. Junto com o vídeo, havia uma
mensagem: Olha o que seu marido faz quando não está com você.
Vinte um
Geovanna correu para dentro da casa, ela sentia muitas coisas ao
mesmo tempo, nojo, revolta, raiva, indignação — Como ele fez isso comigo?
— Pensou.
Seguiu para o quarto e sentou na cama, seus pensamentos estavam a mil, ela
não sabia o que fazer. Varias perguntas giravam em sua cabeça —Será que
confrontava ele? Ignorava?

Ela não podia ignorar aquilo, não porque estava com ciúmes ou
qualquer sentimento assim, mas pelo fato dele ter casado com ela, mantendo-
a presa, a violentando e maltratando para que? Por que ele queria ficar com
ela? Somente para ter um filho? E depois que a criança nascesse, o que será
que ele vai fazer? — será que vai me mandar embora e ficar só com a
criança? — o coração dela deu um pulo — Era isso, ele pretende me matar
depois que o filho dele nascesse — pensou

Geovanna levantou-se e muito nervosa caminhando de um lado para


outro no quarto, ela passava a mão pelo corpo sentindo-se suja, como iria
suportar
que ele a tocasse de novo? — Eu tenho que encontrar uma maneira de ir
embora, não vou ficar nessa casa. Mas como? — Pensou.

De repente lembrou de algo importante, o cartão que a mulher lhe deu


no hospital, ela disse que eles a protegeria. Pegou a bolsa e começou a
procurar e logo achou, havia um número e um nome.

Precisa pensar em uma maneira de ir embora e ainda proteger a


família. Não podia ir e deixa-los à mercê dele — Eu terei que fazer o que
meu pai fez anos atrás, rouba-lo.
Ela entrou no closet, vestiu uma roupa chic, abriu o cofre com as
joias, escolheu um colar de diamantes que provavelmente valia uma fortuna.
Colocou o colar na bolsa e desceu as escadas. Os empregados estavam
fazendo seus afazeres e ela resolveu simplesmente sair e andar em direção a
saída da propriedade. Quando chegou no portão, vários homens de terno
preto enormes apareceram e um deles aproximou-se dela e perguntou
— Vai aonde Senhora?
— Vou no shopping
— Não recebi nenhuma autorização para deixá-la ir ao shopping Senhora
— Não precisa de autorização, eu sou livre e vou sair, com licença

Geovanna tentou passar pelo homem, mas esse a impediu bloquendo-


lhe a passagem, os outros se posicionaram formando uma barreira, Ela olhou
para eles e com lágrimas nos olhos voltou correndo para a casa — Droga! Eu
sou realmente uma prisioneira aqui, jamais conseguirei sair sem a autorização
do Luke. Então, ela decidiu pedir para ele. Pegou o celular e ligou
— Não acredito que a minha Piccola ligou para mim
— Luke, eu preciso sair, quero fazer compras com minha mãe. Seus soldados
não deixaram.
— Mas é claro que eles não irão deixar você sair dessa casa sem a minha
autorização
— Eu só quero ir fazer compras, por favor
— Geovanna, se você estiver planejando qualquer coisa para ajudar a sua
família eu vou descobrir, você sabe disso não é?
— Eu sei, não vou fazer nada, somente sair um pouco, estou com saudades da
minha mãe.
— Não quero que você vá a casa deles
— Eu nem sei onde eles estão morando
— Tudo bem, eu vou deixa-la ir. Vou autorizar para você sair, mas lembre-se
Geovanna, se tiver aprontando alguma coisa, vai se arrepender, entendido?
— Sim, obrigada
— Vou cobrar piccola mia.

Ele desligou e Geovanna ficou com um nó no estômago, se o plano


não der certo estará ferrada. Mas, não podia desistir, ela precisava tentar.
Então com coragem ligou para a mãe
— Mãe, como está?
— Filha, que bom que ligou, estou bem e você?
— Estou bem mãe. Liguei para te convidar para fazer compras comigo,
vamos na quinta avenida.
— O Luke permitiu?
— Sim
— Tudo bem então, vou de metrô, nós estamos
sem carro.
— Tá bom mãe, eu te espero na estação
— Combinado

Geovanna desligou e ficou pensando — Agora tenho que tentar


convencer a mamãe a aceitar o dinheiro com a venda da joia e eles irem
embora, sumirem e eu vou para o abrigo.

Com determinação, ela desceu as escadas e quando saiu da casa


haviam vários carros preto parado na entrada. O primeiro da fila estava com a
porta aberta e quem estava do lado esperando-a era o Marco. Ela ficou
olhando para ele com curiosidade e pesou — Por que o Luke o mandou ir
junto? Agora será mais difícil despistar eles.
Geovanna chegou perto do carro e focando o Marco disse estendendo a mão
— Senhor Marco, como vai?
— Bem Senhora — ele não estendeu a mão para ela
— Não é necessário tantos seguranças Senhor Marco, só irei fazer compras
— Não são ordens minha Senhora
— Eu sei que você é amigo do Luke e chefe dos soldados, por isso, não acho
necessário levar mais seguranças.
— É necessário — ele disse sério
— Tá bom, não adianta discutir, vamos!
Ela entrou no carro e reparou que além do carro dela haviam mais quatro
carros, todos com seguranças. Geovanna suspirou — Vai ser difícil despistar
todos esses.

Marco entrou na frente do carro dela e partiram para a Quinta


Avenida. Geovanna estava nervosa e com medo do plano não dar certo. O
celular dela tocou e na tela ela viu o nome do Luke, seu coração disparou
— Alô — Falou meio vacilante
— Você disse que ia no shopping, agora vai na Quinta Avenida, por que
mudou de ideia?
— Hã! Achei melhor ir lá, pois, quero comprar algumas coisas para a casa e
lá podemos encontrar as melhores lojas.
— Geovanna, até agora você nunca se interessou pela casa, por que esse
interesse súbito?
— Não é um interesse súbito, eu já estava pensando sobre isso, então hoje
resolvi sair, só isso.Também aproveito para ver minha mãe

Ele ficou em silêncio por alguns segundos


— Tudo bem, o Marco vai vigia-lá de perto
Assim ele encerrou a ligação. Agora ela tinha certeza que o Marco irá ficar
no pé dela o tempo todo — Saco! —pensou
A viagem foi longa, quase 3 horas até a Quinta Avenida. Eles seguiram para
a estação do metrô.
Geovanna mandou uma mensagem para a mãe
— Cheguei
— Estou indo aí
— Tá bom!

Geovanna então disse para o Marco


— Eu vou sair, minha mãe está vindo e nós vamos andar a pé
Imediatamente, Marco saiu do carro e abriu a porta para ela. Geovanna
desceu e todos os seguranças também desceram, porém, eles se espalharam
pela rua, não dava para perceber que eles eram seguranças. O Marco ficou
atrás dela. Clarice a encontrou
— Filha que Saudades!
— Também estava mãe
Elas se abraçaram calorosamente
— Marco, como vai?
— Bem Senhora Taylor
— O Marco vai nos acompanhar mãe
— Claro!

Elas começaram a andar e o Marco andava atrás delas. Geovanna sugeriu


— Vamos comer alguma coisa mãe?
— Sim
Elas entraram em um restaurante popular e logo foram conduzidas a uma
mesa, Marco entrou também com mais dois seguranças e sentou em outra
mesa. Geovanna suspirou aliviada, pelo menos ele não iria sentar na mesma
mesa que elas. Agora é a oportunidade de falar com a mãe
Elas fizeram o pedido e ficaram esperando a comida chegar enquanto
conversavam de coisas triviais
— Como está papai e Fabrício?
— Estão bem na medida do possível
— Onde vocês estão morando?
— Estamos de favor na casa da minha prima,mas não sabemos se vamos
continuar lá.
— Eu sinto muito por tudo isso
O pedido delas chegaram e logo começaram a comer
— Mãe, eu preciso que você me apoie em uma coisa
— O que filha?
— Eu vou deixar o Luke
O rosto da mãe ficou com uma expressão horrorizada
— Não Geovanna, você não pode fazer isso
— Fala baixo mãe, não quero que o Marco nos escute, vou te explicar tudo
Geovanna suspirou e começou a explicar seu plano

— Quando estive no hospital uma assistente social me deu um cartão, ela


disse que se eu precisasse de um abrigo para mulheres que sofrem violência
doméstica que era para eu ligar que eles me protegeriam
— Geovanna, seu marido é um mafioso, ele vai descobrir isso rápido
— Mas eu vou estar protegida pelo governo, ele não vai poder fazer nada
A mãe suspirou e perguntou
— E como você vai fazer isso?
— Primeiro, antes de eu ligar para o número do cartão, quero deixar vocês
seguros. Eu trouxe outra joia, dessa vez é um colar de diamantes. Você vai
vendê-lo pelo valor que quiserem pagar. A joia deve valer muito dinheiro,
porém, se eles ofereceram um valor suficiente para você, papai e Fabrício
saírem daqui de Nova York imediatamente, aceita. Vão para outro estado e
quando chegarem lá, saiam do país o quanto antes.
— Isso é loucura
— Mãe, se eu continuar com o Luke, me matará, ele não se importa comigo,
tem outras mulheres.
— Eu não sei, não queria fugir e deixar você aqui, por que não vem com a
gente?
— Como vou se tem todos esses seguranças atrás de mim? Nós vamos fazer
compras como disse para o Luke e em uma das lojas eu te dou a joia no
trocador de roupa, o Marco não vai poder entrar lá. Quando terminarmos nos
despedimos e você vai na casa de penhor. Quando estiver feito negócio, me
envia uma mensagem de texto, porém, não diga nada sobre o negócio, vamos
usar um código, Eu te amo se tudo deu certo se não escreva Te vejo outro dia.
Se tudo deu errado. Loso em seguida, faço a minha parte e logo para o
número do cartão.
— Eu não sei Geovanna, se o Luke descobrir onde você está?
— Já disse mãe, vou está sob proteção do governo
— Tudo bem
— Então vamos!
Geovanna pagou a conta e as duas saíram do restaurante sempre com Marco
atrás delas. Então elas começaram a entrar em varias lojas, comprando coisas
para decoração da casa. Geovanna não sabia nem o que estava comprando,
comprava qualquer coisa. Elas foram para uma loja de roupa, pegaram varias
peças para experimentar. Marco sempre atrás delas
— Mãe, você pode entrar no trocador comigo? Preciso da sua opinião sobre
esse vestido
Ela olhou para o Marco e disse
— Você fica aqui, não pode entrar em trocado feminino.
Ele apenas a olhou frio, sem expressão. Geovana virou a cara para ele e
entrou no trocador com a mãe
Lá ela deu o colar para ela. As duas continuaram a fazer mais compras.
Quando já estava caindo a tarde elas resolveram despedir-se. Geovanna
abraçando a mãe forte disse em seu ouvido
— Adeus mãe! Vai da tudo certo.

Clarice entrou na estação de metrô, porém, não iria embarcar, assim


que Geovanna se afastasse ela voltaria para ir à casa de penhor.
Geovanna entrou no carro e Marco perguntou
— Vamos para casa Senhora?
— Não, eu gostaria de fazer um pouco mais de compras.
Marco a olhou pelo retrovisor com olhar sério, ele tinha certeza que ela
estava aprontando alguma coisa.
Eles ficaram rodando pela cidade e Geovanna não dizia para onde
queria ir, Marco já estava impaciente. Geovanna queria ganhar tempo até a
mãe conseguir vender a joia. Depois de 40 minutos ela recebeu a mensagem
de texto
— Eu te amo
Geovanna suspirou aliviada, a mãe já estava com o dinheiro, agora era só
fazer a parte dela. Bateu no vidro que separava a dianteira do carro
— Marco, eu quero ir no shopping
— Tudo bem

Eles seguiram para o shopping, ao chegar lá ela fez mais algumas


compras para desfarçar e resolveu comer alguma coisa em um café. Marco
sentou próximo dela, mas em outra mesa. Geovanna então, pegou o celular o
cartão e fez a chamada.
— Alô — Uma voz de mulher atendeu
Geovanna falou sussurrando
— Melissa, aqui é Geovanna, você me deu seu cartão no hospital
— Sim lembro
— Preciso da sua ajuda, quero deixar meu marido
— Onde você está?
— Em uma café no shopping New York
— Tem alguém aí com você
— Sim, os seguranças do meu marido, mas vou tentar despistar eles, já tenho
um plano.
— Tudo bem, eu já estou indo até aí com as autoridades, não precisa se
preocupar, nós vamos te ajudar.

Geovanna então levantou-se e Marco e os outros dois seguranças


levantaram também, ela disse para o Marco
— Preciso ir ao banheiro

Marco a observava desconfiado, Geovanna passou por ele e foi em


direção ao banheiro, ele foi atrás e ficou na entrada a esperando. Dentro do
banheiro, ela tirou a roupa que estava usando e trocou por outra que ela havia
comprado em uma das lojas e escondido na bolsa, colocou uma peruca que
também havia comprado. Trocou a bolsa e colocou óculos de sol.
Saiu do banheiro sem olhar para o Marco, porém,ele achou estranho aquela
mulher, não havia a visto entrar no banheiro, decidiu segui-la, deixando os
dois seguranças na porta do banheiro. A mulher foi em direção a saída e num
impulso Marco segurou em seu braço.

Ela o olhou assustada, Marco tirou o óculos dela e viu que era
Geovanna
— O que você está tentando fazer?
— Eu vou deixá-lo, não posso mais viver com ele, diga-lhe isso
Marco em um impulso e para surpresa dela disse
— Vai! Vai logo antes que me arrependa
— Obrigada

Geovanna não estava acreditando que o Marco deixando-a ir embora.


Ela saiu rapidamente do café, os seguranças que estavam na parte de fora não
a reconheceram, ela foi andando rápido e ligou para a Melissa.
— Eu consegui despistar os seguranças, estou indo para a saída do shopping
— Nós a estamos aguardando
Ela saiu do shopping e viu o carro com a logo do governo americano. Ela foi
em direção e a mulher saiu do carro
— Geovanna?
— Sim
— Vamos! — A mulher falou sem demora
— Eu realmente estou segura com vocês?
— Sim, agora está sob os cuidadosa do governo Federal dos Estados Unidos
Geovanna entrou no carro confiante, logo eles começaram a mover-se e o
shopping ficando para trás.
Ela enviou uma mensagem para a mãe
— Estou segura
A mãe respondeu
— Estamos Partindo

Geovanna deu um sorriso nervoso, ela havia conseguido, agora iria


ficar no abrigo até decidir o que fazer. Ainda não sabia por que o Marco a
ajudou, porém, não estava preocupada com isso. Agora era livre.
Vinte dois
Luke estava completamente alterado gritando com o Marco no
celular
— Como que ela sumiu Marco? Para que eu te mandei com ela? Para vigia-lá
porra!
— Eu sei Luke, mas ela conseguiu despistar, pediu para ir ao banheiro e eu
não pude entrar com ela
— E a mãe dela?
— Eu já mandei os soldados irem lá onde ela está morando
— Como que uma menina consegue enganar todos os soldados inclusive o
chefe deles — Luke gritava
— Ela enganou você também Luke, dizendo que iria fazer compras e você
acreditou.
Luke muito puto, fechou os olhos forte e voltando a abri-los falou com o
Marco:
— Vem até aqui, vou rastrear o celular dela e ver todas as conversas que fez e
recebeu, descobrirei se alguém a ajudou

Luke desligou o celular e com o outro aparelho que ele usava somente
para falar com a Geovanna, começou a ligar para ela. Só chamava
— Ela não vai me atender — Verbalizou para si mesmo.
Ele ligou varias vezes até que recebeu uma mensagem de texto dela. Abriu
imediatamente e era um vídeo, clicou e se viu transando com a Suzette. Junto
com o vídeo havia uma mensagem
"Não me procura, me deixa em paz"
As íris dos olhos dele tornaram-se escuros de ódio.
— Eu vou matar aquela piranha da Suzette

Ele levantou em um impulso, foi até fora da casa e chamou um dos


soldados
— Sim Senhor
— Reúna dois soldados mais você e vai até a casa da Suzette, traga-a e a
prenda no galpão
— Sim Senhor
O homem saiu imediatamente e Luke voltou a ligar para a Geovanna, porém,
o telefone estava desligado.
— Droga!

***

Eles chegaram em um lugar grande com muros altos. Geovanna


olhava através do vidro do carro aquele local que seria seu lar por algum
tempo. A noite já estava caindo. Ela não sabia quanto tempo ficará ali, mas
tudo é melhor do que viver sob o jugo de um homem cruel, possessivo e
infiel.

O carro parou e a mulher e um policial que foram as acompanhando


desceram do carro e abriram a porta para ela, eles seguiram para uma
recepção e Melissa falou com o atendente que pediu para eles aguardarem.
Depois de algum tempo eles foram chamados e entraram para uma sala. Lá
havia uma psicóloga e a responsável pelo lugar. Então a Melissa
cumprimentou a todos e apresentou a Geovanna
— Essa é a Geovanna Salvatore, ela nos pediu ajuda
— Seja bem vinda Geovanna, eu sou Beatrice Hollis, sou a supervisora.
Estamos aqui para ajudá-la com todo o suporte que precisar.
— Obrigada
A mulher continuou as apresentações
— Essa aqui é a psicóloga, Maggie craft, ela te ajudará com todo suporte
psicológico.
As duas se cumprimentaram e Beatrice continuou
— A primeira coisa que nós temos que fazer é recolher todos os seus objetos,
você não pode ficar com o seu celular, você tem um?
— Sim — Geovanna pegou o celular que já estava desligado, pois o Luke
não parava de ligar para ela. Colocou em uma bandeja.
— Seu marido tentou entrar em contato?
— Sim
— É por esse motivo que você não pode ficar com o celular, não poderá ter
nenhum tipo de contato com seu marido agora, tudo será feito através de
advogados, você tem algum advogado ou tem como pagar um nesse
momento?
— Não tenho advogado e não tenho dinheiro para pagar um no momento
— Tudo bem! Nós vamos providenciar um advogado para você
— O meu marido vai saber onde estou?
— Não, os endereços dos nossos abrigos são sigilosos, somente pessoas que
trabalham conosco ou pessoas autorizadas tem acesso, sugiro que você não
passe o endereço para ninguém da sua família, apenas avise que está em um
lugar seguro se preferir, porém, se por ventura seu marido descobrir onde
você está, ele não poderá chegar perto, pois, terá uma ordem de restrição. Se
ele aparecer por aqui, será preso.
— Okay! Minha família já sabe sobre minha situação

Geovanna entregou todos os seus pertences para eles, ela só pode


ficar com documento de identificação.
— Geovanna, eu vou precisar que você preencha e assine esses formulários,
aqui explica tudo como funciona o abrigo, a partir de hoje, você está
protegida pelo governo americano, seu marido irá receber uma ordem de
restrição, isto que dizer que ele não pode chegar perto de você mesmo que ele
descubra onde está e mesmo depois que você sair daqui. Também há um
formulário para você solicitar ajuda Jurídica ao governo de forma gratuita.
Ao assinar esses formulários Geovanna, você tem que está ciente que está
entrando com um processo contra seu marido.
— Ele pode ser preso?
— Sim, caso o Juiz entenda que ele deve ser preso mas para isso você tem
que fazer uma denúncia contra ele, eu sugiro que você converse com o seu
advogado primeiro, ele te dirá o que é melhor a se fazer no seu caso
— Meu marido é muito rico e tem influência, isso pode ajudá-lo de alguma
forma? — Geovanna não queria falar que o marido é um mafioso pois não
sabe o que isso implicaria, talvez eles nem a aceitassem ali.
— Temos muitos casos assim aqui, mulheres que tinham maridos ricos. O
fato do seu marido ter dinheiro pode ajudá-lo a se safar de uma prisão por
exemplo pois ele pode pagar a fiança que nesses casos de violência doméstica
dependendo de que
tipo de violência que você sofreu, violência física ou psicológica, estupro,
cárcere privado, a fiança pode chagar até 1 milhão de dólares.
— Eu sofri todos esses
Todos a olharam assustados e logo a psicóloga falou
— Não se preocupe, você vai poder falar sobre isso e eu vou te ajudar a
superar.
— Obrigada

Geovanna preencheu todos os formulários e assinou. Eles a levaram


para um quarto onde havia outra mulher
— Abigail, essa é sua nova companheira de quarto, Geovanna
—Prazer
— Nossa, como você é jovem, tem quantos anos? — Abigail perguntou
— 18 anos
— E já está aqui? Está casada a muito tempo?
— Não! Três meses
— Três meses e já teve coragem de deixar seu marido? Quando tempo ele
demorou a te agredir?
— Ele me agrediu nos primeiros dias depois de casados
— Meu Deus! Sinto muito. Eu fiquei com meu marido durante 10 anos e só
tive coragem de denuncia-lo agora, não sofria violência física, mas
psicológica, porém, ele partiu para violência física e foi aí que tive coragem
de sair daquele casamento.
— Sinto muito
— Estamos no mesmo barco e aqui podemos nos ajudar.

Geovanna e Abigail conversaram mais um pouco e logo receberam


ordem para se recolherem. Eles deram um kit de higiene e roupas de dormir.
Ela deitou na cama que não era nem um pouco confortável como era a cama
dela na casa do Luke, mas sentiu-se leve, livre e feliz. Só de pensar que não
iria ter que aturar o Luke a fez sorrir.

***

Luke estava sentado na sua mesa no escritório da casa, recostado na


cadeira com os olhos fechados. Seu ódio era tanto que mataria alguém com as
próprias mãos naquele momento se não lhe trouxessem notícia da Geovanna.
Alguém bateu na porta e seu Consigliere e Advogado Edward entrou
— Espero que já tenha a encontrado
— Sim nós a encontramos Luke, porém, ela está em um abrigo para mulheres
que sofreram violência doméstica
Luke abriu os olhos, fitou sério para o Edward e disse
— Foda-se onde ela está, tire-a de lá hoje
— Sinto muito, mas não será possível fazer isso hoje, ela está sob os
cuidados do governo e vamos ter que ir com calma. Não adianta se precipitar
agora, nós vamos tirá-la de lá, mas tudo no seu tempo
— Quanto tempo?
— Vai depender do que a Geovanna falar para eles e a orientação que ela
receberá

Nesse momento alguém bateu na porta, era o Marco e ele foi logo
dizendo
— A família dela também sumiu, acredito que eles tenham deixado o estado
— Nós já localizamos a Geovanna, ela está em um abrigo do governo —
disse Edward
Marco ficou sério e perguntou
— E quando você vai trazê-la de volta Luke?
— Pergunta para o Edward
— Vai ser um pouco difícil tirá-la de lá, mas em breve ela voltará para a casa
Luke encarava o Marco com seu olhar frio e pespicazes
— Marco, encontre a família dela — ele disse
— Okay! Já vou providenciar isso
— Você já rastreou todas as chamadas dela? — perguntou Edward
— Sim, ela planejou tudo hoje e parece que ninguém a ajudou. Fez isso
depois que recebeu um vídeo.
— Por que está mantendo a Suzette presa Luke? — Marco perguntou

Luke pegou o celular e mostrou o vídeo para eles.


— Geovanna recebeu esse vídeo hoje de manhã
Marco e Edward ficaram olhando para o vídeo, então Marco perguntou
— Você acha que foi a Suzette?
— Se não foi ela eu saberei quem foi, já mandei os Hackers rastrearem a
chamada, o número estava restrito, mas eles conseguem descobrir.
— O que você vai fazer com a Suzette?
— Vou matá-la
— Mesmo se ela for inocente?
— Aquela puta não é inocente, eu vou matá-la independente se foi ela ou
não. Se foi ela que enviou o vídeo terá uma morte lenta, vou tortura-la, se não
foi ela, terá uma morte rápida
***

No dia seguinte, Luke recebeu a visita de um oficial de justiça e de


um investigador que ele já conhecia, pois, estava tentando pega-lo a algum
tempo, mas nunca conseguia nenhuma prova contra ele
— Detetive Julios, o que o trás aqui? — perguntou irônico
— Já deve saber Luke, finalmente alguém teve coragem de enfrenta- lo e
quem diria, a própria esposa — O homem sorriu e continuou — Esse é o
oficial de justiça e ele trouxe um presentinho para você.
Então, o homem entregou um envelope para o Luke e disse
— Isso é uma ordem de restrição, o Senhor não pode chegar perto da sua
esposa em hipótese alguma, caso o faça, será preso
Luke encarava o homem e não fez nenhum gesto para pegar o documento. O
oficial então colocou o papel encima da mesa
— O aviso está dado, vamos detetive Julios
O detetive olhou para o Luke e antes de sair disse
— Tem uma esposa muito corajosa Luke, não vou esquecer de parabeniza-la,
tenho certeza que em breve voltarei para prendê-lo.
Luke riu com ar de deboche
— Irei aguardar ansiosamente
O detetive se virou e foi embora. Luke pegou o papel e leu — Não posso
chegar perto da minha esposa? Veremos! — com um gesto de raiva, rasgou o
papel em mil pedaços.

***

Haviam passado 3 dias que a Geovanna estava no abrigo e ela já havia


adaptado a rotina. Todas as manhãs as mulheres que moravam ali, tomavam o
café e logo depois se revezavam em limpar refeitório e a cozinha, No
momento haviam 25 mulheres e 5 crianças, filhos de algumas. Todos os dias
chegavam e iam embora mulheres. O abrigo não era permanente, quando a
mulher conseguia todas as coisas legais, restrições, divórcio ou até uma
reconciliação, elas deixavam o abrigo para viverem suas vidas. Algumas
passavam apenas uma noite e tinha outras que já estavam ali a um mês.
Geovanna não faz a mínima ideia de quanto tempo iria ficar, mas espera que
tudo se resolva e que o Luke entenda que ela não quer viver com ele.
Ela já estava ciente que o Luke havia recebido a ordem de restrição e
até agora ele não apareceu, isso significa que ele acatou a ordem ou ainda não
descobriu o endereço do abrigo, porém ela estava tranquila, ele não pode
aparecer ali, caso contrário, será preso. A tarde ela receberá a visita de um
advogado e estava ansiosa, pois ela pretendia pedir para o advogado dá
entrada no divórcio, não queria continuar casada com ele.

A única coisa ruim é que ela não sabia como estava a família, pois
não tinha contato com eles, estava sem nenhum meio de comunicação —
Espero que eles estejam bem — Pensou
— Vamos! — Chamou Abigail
Elas iriam agora para uma sessão em grupo com a psicóloga, será a primeira
vez que ela irá participar.

Chegaram e haviam por volta de 10 mulheres sentadas em círculo,


eram todas recém chegadas.
— Bom dia meninas — Falou a psicóloga
— Bom dia — Todas falaram em coro
— Hoje será a nossa primeira sessão em grupo por isso para começar, sugiro
que todas se apresentem dizendo o nome, se tem filhos e a idade
Uma a uma foi levantando e se apresentando, Geovanna foi a última
— Meu nome é Geovanna, tenho 18 anos, sem
filhos
— A Geovanna é a mais nova do nosso grupo
Todas concordaram e ela sentou na cadeira de volta.
— Agora fiquem à vontade para contar suas histórias. Se alguma se vocês
quisserem compartulhar por que vieram parar aqui, levanta-se e senta na
cadeira no centro do círculo. Você pode contar toda a sua história ou uma
parte dela. Falar sobre isso será bom para aliviar e fazer com que vocês
sintam-se apoiadas. Todas aqui passaram pela
mesma situação. Quem será a primeira?

Todas ficaram em silêncio com a cabeça baixa e a psicóloga incentivou


— Coragem meninas, estamos aqui para ajudar, vamos lá!
Então uma delas levantou-se, seguiu para o centro do círculo e sentou, todas
olhavam para ela.
— Eu fui agredida e ameaçado pelo meu namorado, ele é usuário de drogas e
me ameaçou de morte.

A mulher começou contar sua história e logo outras contaram suas


também, Geovanna ficou de cabeça baixa escutando todos aqueles relatos e
pensando como aqueles homens eram cruéis
— Mais alguém quer falar?
Todas ficaram em silêncio
— Geovanna, quer nos contar sua história?
Ela levantou a cabeça e olhou para todas aquelas mulheres que tiveram
coragem de compartilhar seus sofrimentos, então levantou-se e sentou-se na
cadeira do centro
— Eu fui obrigada a casar
— Oh! — Todas exclamaram em coro
— Havia acabado de completar 18 anos e descobri que teria que casar com
um homem que nunca havia visto na vida, tentei escapar dessa situação, mas
não foi possível, casei e em alguns dias de casamento ele me agrediu.

Geovanna contou toda a história dos três meses que ficou casada com
Luke, a única coisa que ela omitiu foi que o marido era um chefe da máfia
muito perigoso. Quando terminou de contar a sua história, haviam lágrimas
nos olhos daquelas mulheres. Ela levantou-se e sentou no seu lugar. Abigail
segurou a sua mão forte lhe dando apoio. Ela sentia-se leve.

A tarde Geovanna recebeu a visita do advogado


— Sou o Dr. Miguel, o advogado que o governo mandou, serei seu
representante legal.
— Prazer Dr. Miguel
— Então Geovanna, eu sou seu amigo aqui, estarei negociando com os
advogados do seu marido. Primeira coisa que quero te perguntar e se você
quer entrar com uma denúncia contra seu marido, a partir daí eu posso
mandar seu caso para o Juiz e esse expedir uma ordem de prisão, porém, para
eu te orientar se isso será válido no seu caso, você tem que me dizer quem é
seu marido
— Como assim Dr.?
— O que ele faz da vida?
— Ele tem empresas
— Geovanna, isso não é verdade, eu já sei quem é seu marido, o nome dele é
Luke Salvatore e antes mesmo de eu vir aqui falar com você, o advogado dele
entrou em contato comigo.
O coração da Geovanna começou a bater forte. O advogado continuou
— Você omitiu algo importante, não disse que seu marido é um Mafioso e
pior, chefe da Máfia Salvatore.
— Eu achei que não seria prudente dizer
— Geovanna, nós não estamos tratando com uma pessoa comum, ele é um
criminoso, por tanto não vai jogar limpo, temos que nos prevenir
— E o que o senhor sugere?
— Vamos entrar com a denúncia, mesmo que ele não fique preso, pois tem
dinheiro para pagar a fiança, ele terá um processo em andamento e o juiz não
vai revogar a ordem de restrição.
— Tudo bem
— Logo depois podemos entrar com o pedido de divórcio, caso você queira e
um pedido de pensão alimentar
— Eu não quero pensão nenhuma
— E como se sustentará quando sair daqui?
— Eu posso trabalhar
— Tudo bem, se é isso que quer
O advogado deu todas as orientações a Geovanna e ela fez a denúncia de
cárcere privado, agressão física e estupro.

O advogado foi embora e a noite quando Geovanna foi dormir, ficou


pensando sobre tudo o que estava acontecendo. O Luke seria preso, ele não
iria ficar muito tempo na cadeia, ela sabe, provavelmente passaria só uma
noite, mas aquilo a fez sorrir. Só o fato dele passar uma noite na cadeia já a
deixava feliz. Ela dormiu tranquila aquela noite.
Vinte três
Geovanna corria, corria como uma desesperada, suas roupas estavam
molhadas agarradas a seu corpo, ela sentia muito frio, mas não podia parar,
ele iria pega-la. Ela escutava os passos dele se aproximando cada vez mais
atrás
dela — Não! Meu Deus! Não deixe-o me alcançar.
Ela continuou correndo como louca até que tropeçou em uma pedra e caiu,
virou-se e se arrastando pelo gramado pediu
— Por favor, não me machuque
O homem aproximou-se, sua sombra escura caiu sobre Geovanna, suas mãos
grandes estendem-se em sua direção, ela fitou seus olhos azuis, frios como a
neve, focando-a com ódio, ele a agarrou com firmeza
— Nãooooooooooo — grita em desespero

Geovanna acordou em um sobressalto, sua respiração estava acelerada


e seu corpo banhado em suor. Abigail também acordou e acendeu o abajur
— O que foi?
— Tive um pesadelo
— Foi com seu ex marido?
— Sim
Abigail foi até ela e a abraçou, acalentando-a
— Vai ficar tudo bem, ele não pode mais lhe fazer mal, você fez o certo em
denúncia-lo
— Eu tenho medo — Geovanna disse com a voz embargada pelo choro
— Shhhh! Tudo ficará bem, foi só um pesadelo

Abigail ficou abraçada a Geovanna até ela se acalmar, então a deitou de volta
e a cobriu
— Está melhor?
— Sim, obrigada!
Ela voltou para a sua cama e Geovanna ficou pensando sobre o sonho, tinha
sido tão real. Ela estremeceu, em sua cabeça ecoava as palavras como um
mantra — Eu fiz a coisa certa, eu fiz a coisa certa, eu fiz a coisa certa..,
Ela repetiu isso mentalmente até conseguir pegar no sono. Dormiu e não teve
mais pesadelos.

Na manhã seguinte, ela acordou com o som do alarme anunciando um


novo dia, não havia dormido bem a noite, depois do pesadelo, teve um sono
agitado, acordando varias vezes durante a noite.
— Bom dia! — disse Abigail
— Bom dia!
— Está com uma aparência péssima, não dormiu bem né?
— Não, estou com medo, sei que hoje ele estará recebendo a ordem de
prisão.
— E isso é ótimo, ele vai ficar um bom tempo na cadeira pelo o que fez com
você
— Ele não vai ficar pois é rico e é disso que tenho medo, ele pode querer se
vingar
— Ele não pode chegar perto de você, está na restrição
— Eu sei, aqui estou protegida, mas quando eu sair daqui?
— Ele não vai fazer nada, estará com um processo enorme e se for julgado,
pegará anos de cadeia, nem com dinheiro se safará.

Geovanna ficou pensativa, Abagail não sabia quem era realmente o


marido dela, por isso, pensa que ele ficará com medo ou qualquer coisa
assim, mas ela sabe que ele não vai ficar, o fato dele ser preso o deixará com
mais raiva ainda — Será preciso que eu suma, mude de identidade e se for
preciso até de país — pensou
Ela começou a fazer planos, irá pedir para ir embora assim que ele estivesse
preso, ligará para a família para saber onde eles estão e iria para lá, ainda tem
o cartão dele, caso não tenha bloqueado, irá rouba-lo de novo, pegaria uma
boa quantinha depois quebraria o cartão, caso o mesmo estivesse bloqueado
ela venderia o anel de noivado, com certeza valeria uma fortuna.

Um pouco mais confiante, ela levantou e foi tomar um banho. Ao


terminar foi tomar café da manhã e depois entrou na rotina da organização do
abrigo com as outras mulheres. A manhã passou tranquila e a hora do almoço
chegou. Geovanna estava ajudando a servir as refeições.
A tarde ficou no playground com as crianças, filhos de algumas abrigadas,
ela adorava brincar com elas e sempre haviam crianças novas. Ainda não
havia recebido nenhuma notícia do Luke. Estava anciosa para saber se tinha
ido preso. Decidiu perguntar para supervisora. Bateu na porta
— Entra!
— Oi Beatrice, posso falar com você?
— Claro minha querida, já ia te procurar, tenho novidades sobre o seu caso
— A mulher a olhou com olhar de tristeza
— Ele foi preso?
— Na verdade não, ele conseguiu que o Juiz nem expedisse a ordem de
prisão e também fez com que revogasse a ordem restrição, eu sinto muito
O coração de Geovanna começou a bater acelerado
— Isso que disser que ele pode vir aqui e me levar embora?
— Sim
— Mas vocês falaram que iriam me proteger, que o governo iria me proteger
— ela falava já desesperada
— Eu sinto muito Geovanna, mas o seu marido tem muita influência,
inclusive no governo, eu nunca vi um caso assim, nós tentamos, mas ele
conseguiu tudo. Porém, nós temos um plano B para seu caso, como te
prometi, nós vamos te proteger, você terá que confiar em nós.
— E qual é?
— Nós vamos te enviar para outro estado, você vai para a Carolina do Norte
e ficará em um lugar isolado.Irá ficar um tempo lá até a gente conseguir te
tirar do país. O seu marido vai fazer de tudo para te achar, mas se você sair
do país, ele não vai conseguir te encontrar. Temos que fazer isso hoje. Daqui
a pouco o carro virá te pegar e te levará para o aeroporto, um jato estará te
esperando.

Geovanna ficou olhando para a mulher com olhar turvo pelas lágrimas, ela
não tinha saída, ou fazia isso ou o Luke estaria ali para levá-la. Não queria
nem pensar nisso.
— Vai arrumar suas coisas, a secretária te devolverá seus pertences pessoais
assim que você for embora
— Tudo bem!

Geovanna saiu da sala e correu para o quarto ela não tinha muita coisa,
somente a roupa que havia chegad, então resolveu vesti-la mesmo. Colocou o
sobretudo e foi procurar a Abigail para despedi-se dela. Encontrou-a com
outras mulheres conversando
— Oi Geovanna, vai embora?
— Sim, vim me despedir de você
— O que aconteceu, seu marido foi preso?
— Não, e é por isso que tenho que ir, obrigada por tudo, pela companhia e
paciência
— Boa sorte!
Elas se abraçaram e todas as outras se despediram dela. Geovanna foi até a
sala da supervisora e bateu
— Entra!
— Estou pronta!
A mulher se levantou da mesa e com olhar de pena abraçou a Geovanna
— Eu sinto muito, me desculpa, mas eu não tive escolha
A mulher a soltou e voltou para a sua mesa
— Vai Geovanna, a secretária está te esperando com as suas coisas, ela te
levará até o carro
— Obrigada!

Geovanna saiu da sala da mulher e foi para a recepção, a secretária já


estava esperando-a
— Aqui estava sua bolsa com suas coisas pessoais. Eu vou te lavar até a
saída, Vamos!
Elas seguiram para a saída e havia um Mercedes preto parado, se despediu da
secretária e entrou no carro, haviam dois homens, o motorista e um outro
homem que Geovanna deduziu ser um policial, pois, estava com ponto no
ouvido por onde recebia ordens igual os agentes do FBI, e além do mais
estava armado.

As portas se fecharam e o carro começou a movimentar-se. Geovanna


abriu a bolsa para verificar se todas as suas coisas estavam ali e logo sentiu
falta do celular, olhou para trás e percebeu que já estavam um pouco distante
do abrigo não daria para voltar. Ela ficou desanimada, queria usar o celular
para falar com a família.

A viagem até o aeroporto foi tranquila e longo que chegaram


seguiram direto para a pista de pouso, ela não precisou apresentar nenhum
documento. O carro parou perto de um jato particular brilhante e grande. O
policial abriu a porta do carro para ela e logo a conduziu para entrada da
aeronave. Ela subiu as escadas e o homem a conduziu para uma das poltronas
luxuosas, o interior do avião era estonteante e extremamente confortável.
Logo uma mulher se apresentou como a comissária de bordo. Ela ofereceu
bebida para Geovanna, porém, ela recusou e pediu somente água. Percebeu
que não iria viajar sozinha, vários agentes entraram no avião e sentaram nas
poltronas. Em seguida escutou o comandante do avião se apresentando e
dizendo para todos sentarem e colocarem os cintos de segurança, já iriam
decolar, Geovanna fez o que ele mandou. Ela estava nervosa — Será que
todos aqueles policiais estavam ali para garantir sua segurança caso o Luke
tentasse alguma coisa? — Se perguntou

O avião levantou voo e Nova York ficou para trás. Geovanna resolveu
ler um pouco, haviam algumas revistas. Seus olhos ficaram pesados e ela
acabou pegando no sono. Acordou com um dos policiais a chamando
— Senhora Salvatore, já iremos pousar, coloque o cinto.
Ela fez o que o homem mandou e então sem demora pousaram no aeroporto
Internacional Charlotte Douglas na Carolina do Norte. Ela desceu do avião e
percebeu que estava frio, ainda bem que usava um sobretudo.

Desceu as escadas e havia um outro carro a esperando, dessa vez era


um SUV 4x4 preto. A porta já estava aberta para que ela entrasse. O carro
saiu e ela percebeu que mais uma vez não precisou apresentar nenhum
documento. Seguiram para o tráfego. Geovanna olhou atraves da janela a
cidade de Charlotte, ela nunca havia ido a Carolina Norte, mas estava
achando a cidade linda. O carro começou a se afastar da cidade e entrar na
região das montanhas. Eles seguiram por uma estrada onde havia uma
vegetação bem fechada. Estavam indo para um lugar bem isolado como disse
a supervisora do abrigo.

Depois de 2 horas eles chegaram no local, era lindo, havia uma


cabana encantadora em meio a vegetação e árvores, era grande de madeira.
Geovanna ficou olhando em volta surpresa, não esperava um local tão lindo.
— Vamos Senhora — o Policial falou e a conduziu até a entrada da cabana.
Ele abriu a porta e a fez entrar, logo em seguida saiu e fechou a porta,
Geovanna se voltou e disse
— Hey! — Ela o chamou, porém o homem entrou no carro e foi embora.
Geovanna ficou sozinha ali no meio da sala, ela olhou em volta e percebeu
que a cabana era luxuosa e muito aconchegante, ela começou a chamar por
alguém
— Hey! Tem alguém aqui? Meu nome é Geovanna

Não houve resposta, parecia que estava sozinha. Deu se ombros e


resolveu olhar em volta andando pela sala, a lareira estava acessa, o que era
bom, estava frio. Havia uma cozinha com tudo que há de moderno.Também
uma escada que provavelmente levava para os quartos, decidiu não subir, não
sabia se pode fazer isso, provavelmente alguém aparecerá para dar alguma
orientação.

Ela foi em direção à lareira e parou em frente, estava bem quentinho e


aconchegante. Esfregou as mãos umas nas outras e abraçou o próprio corpo.
Ficou pensando na família — Será que eles estavam bem? — Ela não sabia,
porém, pedia a Deus todos os dias por eles. Seus pensamentos vontaram-se
para o Luke, como a vida dela havia mudado por causa dele, estava agora em
um outro estado e provavelmente terá que mudar de país por causa desse
casamento descabido. Ela não entendia por que ele insistia nesse enlace —
Por que ele não fica com as mulheres dele e a deixa em paz? Não é possível
que ele quer tanto um filho assim e além do mais, pode ter filho com
qualquer outra já que pelo visto ele não estava interessado em uma esposa,
mas no filho.

Ela suspirou fundo para segurar as lágrimas que já queriam descer


pelo seu rosto, não queria chorar, agora tem que pensar em se livrar de uma
vez por todas do Luke Salvatore.

Ficou olhando para o fogo que crepitava na lareira fixamente


— Geovanna!
O sangue dela gelou na hora quando ouviu aquela voz, ela não estava
acreditando, não era possível, a vida não era tão cruel assim com ela.
Geovanna resolveu vira-se já com lágrimas nos olhos. Olhou para ele com os
olhos arregalados. Ele estava parado no meio do cômodo, alto, lindo, vestido
com um suéter preto de gola alta, calça da mesma cor e botas de cano alto.
Seus olhos brilhavam e a focavam com intensidade.
— Luke!? — Exclamou em uma voz vacilante quase inaudível.
Vinte quatro
O coração de Geovanna batia tão forte que a sensação que tinha era
de que qualquer momento iria desmaiar. Luke continuou no mesmo lugar a
olhando com as mãos nos bolsos da calça, ele não fazia nenhum movimento
para aproximar-se dela, o que a deixava apreensiva. Sua boca estava seca,
não conseguia nem engolir de tão nervoso, porém, decidiu falar
— Luke eu...
Não conseguiu terminar a fala, ele levantou a mão silenciando-a e moveu-se,
nesse instante ela recuou um passo, o medo tomou conta do seu corpo. Ele
por sua vez, continuou avançando, sentou em uma poltrona e disse apontando
para outra poltrona de frente apara ele
— Senta!
Geovanna com as pernas bambas, foi até o local indicado e sentou, estava
nervosa e realmente precisava sentar.
— Agora se explica Geovanna, vamos ver o que a minha linda esposa vai
dizer para me convencer a não matá-la
Ela o observava apavorada, coração palpitando como louco, porém, em vez
de medo a raiva tomou conta dela — como é arrogante, ele estava transando
com outra mulher e acha que eu teria que aceitar isso? Ele era o infiel
— Você recebeu o vídeo que mandei? Eis o motivo por ter ido embora, não
vou viver com um homem infiel
Ele riu, mas a maneira como ele o fez a deixou mais amedrontada do que
tranquila, era uma risada cheio de sarcasmo
— Você acha Geovanna que vou acreditar que pelo fato de eu ter sido
"Infiel" a fez ir embora? É claro que não! Você sabia muito bem que eu teria
outras mulheres, eu sou homem e faço sexo por prazer e você é apenas uma
esposa que não deve questionar as atitudes do marido.

Geovanna ficou indignada com tamanha arrogância e prepotência, e essa


indignação cresceu em proporções assustadoras dentro dela, precisava
colocar aquilo para fora, mesmo que depois sofra as consequências. Ela
levantou-se e com muita raiva vociferou
— Pois saiba que não vou viver com um homem vil, arrogante e infiel como
você, eu quero viver a minha vida, encontrar outra pessoa que me ame, me
respeita e não ser vista apenas como uma esposa troféu e reprodutora de um
ser que será tão desprezível quanto você.

Luke também levantou-se, ela com lágrimas nos olhos ficou olhando
para ele já sabendo que vai sofrer as consequências por te-ló desafiado
daquela maneira, seu coração batia forte. Ele aproximar-se dela, ela recua até
onde pode. Ele para em frente dela e não a toca
— Você vai aprender piccola mia, qual é o seu lugar na minha vida. Vamos
ficar nessa cabana até entender quem manda na sua vida, até compreender
que eu sou o seu dono, até aprender que não tem querer, até você entender
que seu corpo, seus pensamentos, sua alma me pertencem e juro piccola mia
que eu farei você aprender o que é a ser a esposa do Luke Salvatore.

Ele se afastou dela, sentou-se na poltrona novamente e a focou com


olhos de aço
— Estou com fome, e tenho uma esposa linda que irá preparar uma refeição
para o marido, não é querida? Mas antes de ir para a cozinha, sirva-me a
minha bebida preferida, eu quero exatamente 1/3 não mais não menos que
isso.
Geovanna ficou olhando para ele sem acreditar, ele queria que ela preparasse
uma refeição para ele?
— Está esperando o que Geovanna? Sirva-me agora.
Ela percorreu a sala com os olhos a procura do local das bebidas, viu um
carrinho com varias — Qual a bebida preferida dele? eu não faço ideia —
pensou

Ela foi até o carrinho de e ficou olhando para todas, então se voltou
para o Luke
— Eu não sei qual é a sua bebida preferida
Ele a olhou sério e disse
— Que esposa é essa que não sabe qual a bebida preferida do marido? Vou
ter que te ensinar tudo mesmo.
Ele levantou e foi na direção do carrinho de bebida, Geovanna se afastou um
pouco. Ele pegou uma garrafa de Whiskey Escocês e praticamente jogou em
cima dela
— Aprenda, e não se esqueça, 1/3
Ele voltou para a poltrona e continuou a observando com olhar
mortal. Então, ela foi até o carrinho com lágrimas nos olhos e pegou um
copo. Ela tentou colocar a quantidade que ele pediu, dividiu o copo
mentalmente em três partes e colocou o líquido na altura que ela achava que
seriam 1/3. Com andar vacilante, aproximou-se dele e entregou o copo. Ele
olhou para o copo e em um impulso jogou na lareira o que fez o fogo se
ouriçar. Ela deu um pulo de susto e ele disse com uma voz estrondosa
— Está errado porra! Eu disse 1/3 exato, vai fazer de novo

Ela já chorando foi até o carrinho de bebida e com as mãos trêmulas


tentou colocar a quantidade que ele queria. Ela foi até ele e entregou o copo,
ele olhou com olhar frio e de novo jogou o copo longe que se espatifou.
Ele levantou-se e pegando em seus braços com violência a arrastou até o
carrinho de bebida dizendo com ódio:
— Você é burra? Eu disse 1/3
Ele pegou o copo, colocou a bebida e mostrou para ela
— Assim sua imbecil, da próxima vez é melhor fazer direito se não vai haver
consequências drásticas.
Ele a soltou e ela ficou pensando que a quantidade não era diferente da que
ela havia colocado, ele estava fazendo aquilo somente para humilha-lá
— Agora vai para a cozinha, espero que pelo menos saiba cozinhar

Ela seguiu para a cozinha, não sabia cozinhar bem então ele terá a
pior refeição que já comeu na vida.
Geovanna começou a olhar na geladeira, não havia nada ali, estava vazia, ela
abriu o freezer e também não havia nada. Então abriu os armários e não havia
comida, nem enlatada tinha. Ela ficou confusa, para que ele mandou ela
preparar uma refeição se não tinha comida?

Geovanna voltou para a sala e ele estava sentado na mesma poltrona


com a bebida e fumando um charuto
— Já está pronto? — perguntou com sarcasmo
— Não tem alimento para cozinhar
Ele a olhou com seu olhar frio e disse:
— Não tem alimento? Que esposa desorganizada é essa que não faz compras
de supermercado? O que uma esposa assim merece?
Ele levantou, Geovanna recuou com medo, ele aproximou-se dela e a segurou
em seus braços e a arrastou para a parte de trás da casa. Havia uma área
grande, com pomar, horta. Havia uma granja também com galinhas e ovos.
Ele a levou até lá e disse:
— Eu quero comer frango
Ela olhou para ele sem entender — Será que ele quer que eu mate a galinha?
— Se perguntou
Ele foi até um canto da granja e pegou um facão
Geovanna se assustou
— Mate!
Ela ficou horrorizada com aquilo, nunca matou nenhum ser vivo na vida,
como iria matar uma galinha? não sabia nem como fazer, nunca nem tinha
ido ao supermercado comprar frango congelado que dirá matar para comer.
— Eu não vou fazer isso, não sei nem como fazer
Ele impaciente, pegou em sua mãe e a fez segurar o facão, foi até o cercado
das galinhas e pegou uma pelo pescoço e trouxe até ela
— Corta o pescoço dele e deixa sangra até morrer

Geovanna se afastou com a faca ainda na mão e disse com voz


embargada pelo choro
— Eu não vou fazer isso, seu monstro desumano e insensível
— Você vai fazer, Porra! Corta a garganta da galinha Geovanna, agora
Caralho! — ele falava com voz de ódio seguindo em sua direção
Geovanna recuava fazendo movimento negativo com a cabeça e chorando
muito
— Não! não! eu não vou fazer isso — Ela estava desesperada
Então, jogou a faca no chão e ficou trêmula olhando para ele. Luke sem
piedade, arrancou a cabeça da galinha com as próprias mãos, a galinha se
debatia nas mãos dele enquanto o sangue jorrava para todos os lados.
Ele olhou para ela com olhar altivo e jogou a galinha no seu colo, ela não a
segurou e a galinha caiu no chão.
— Agora faça, eu quero um jantar hoje

Ele saiu do local e Geovanna ficou lá, a galinha no chão ainda


agonizando. Ela escorregou até o chão, chorando e ficou assim por um bom
tempo.
Algum tempo havia se passado, Geovanna não fazia a mínima ideia de
quanto tempo ficou ali mas ela percebeu que a noite estava caindo. Estava
com frio e resolveu sair dali. Ela olhou para a galinha e com nojo pegou pelas
assas e levou para dentro da casa, ela seguiu para a cozinha e jogou o bicho
na pia. Ela não fazia ideia de como preparar aquilo — Se pelo menos tivesse
um celular para ver como preparar uma galinha inteira e com penas —
pensou

Ela resolveu ligar a torneira, e começou a lavar a galinha, ela tentava arrancar
as penas mas era muito difícil, não saia — Como eles fazem para tirar a
pena?

Luke nessa hora entrou na cozinha e ela o olha assustada, ele havia trocado
de roupa, estava muito elegante, os cabelos estavam molhados, parecia que
havia acabado de sair do banho.
— Estou vendo que não vamos ter um jantar hoje
— Eu não consigo tirar essas penas
— É claro que não, você precisa jogar água quente para despenar, você não
sabe disso?
— Não, eu não sei
— Deveria saber

Ele saiu da cozinha e Geovanna com raiva pegou uma panela e


encheu de água, foi até o fogão e ligou o fogo — Pelo menos estava
funcionando — pensou.
Ela colocou a água para esquentar e quando já estava fervendo, pegou a
panela e jogou a água na galinha, o cheiro era horrível e ela quase vomitou.
Esperou esfriar um pouco e começou a puxar as penas, algumas saíram com
facilidade e outras não, então, resolveu esquentar mais água. Assim ela o fez
e depois de um longo tempo, finalmente havia conseguido tirar as penas
maiores da galinha, porém ainda haviam penugens, mas resolveu deixar pra
lá.
Ela olhou para o bicho e não sabia o que fazer, agora teria que cortar para
tirar os órgãos? ela não vai conseguir fazer isso e em desespero começou a
chorar e correu até a sala, ela decidiu implorar para ele não exigir que ela
cozinhe aquilo
— Luke, por favor, eu não consigo, eu não sei fazer

Olhou-a sério e levantou de onde estava, se aproximou dela, a segurou


pelas mãos e a conduziu até a sala de jantar. A mesa estava posta e havia uma
refeição completa disposto com perfeição. Ela ficou incrédula olhando para a
mesa — Ele havia feito aquilo tudo somente para humilha-lá, nunca pretendia
comer o que ela cozinhasse
Luke sentou à mesa e ordenou
— Sirva-me
Ela fez o que ele mandou e começou a colocar a comida no prato dele. Havia
bastante variedade, tinha carne e frango, estão ela optou pelo frango, não era
o que ele queria comer? Ela colocou o prato na frente dele e se afastou, ele
olhou para o prato e depois para ela
— Eu não como frango

O ódio que ela sentiu foi tão grande que a vontade que deu foi de
pegar aquele prato e jogar na cara dele, mas se controlou e em vez de fazer
aquilo, começou a chorar e em desespero saiu correndo da sala de jantar e foi
em direção a porta, abriu e desceu as escadas da saída correndo, já estava
escuro e a iluminação era precária, mas não se importou, só queria sair dali,
não suportaria mais tanta humilhação. Porém, não conseguiu nem chegar na
metade da escada, Luke a alcançou, pegou em seus cabelos e a puxou de
volta para dentro da casa. Ela gritava de dor e tentava se soltar, no entant, não
conseguiu. Eles entraram na casa, ele dirigiu-se em direção a escada ainda a
puxando pelos cabelos. Ao chegarem em cima, ele abriu uma porta e entrou
em um quarto, com um empurrão violento a jogou na cama.

Ela imediatamente sentou na cama e com olhar assustado, o observa


dispir-se.
— Pelo menos para alguma coisa você serve, tira a roupa agora – Luke
ordenou
Respirando inrregular, Geovanna não faz nenhum gesto para fazer o que ele
mandou, ele com ódio avançou sobre ela, pegou eu seu pescoço e começou a
apertar
— Mandei tirar a roupa, não vou repetir
Com o ar lhe faltando, ela tentou sair do aperto, mas ele estava
completamente transtornado. Com um gesto brusco ele a soltou e ela
começou tirar o casaco, tentando buscar ar e chorando. Tirou toda a roupa e
ficou só de sutiã e calcinha, ele também estava despido.Luke subiu em cima
dela e com violência arrancou o sutiã e a calcinha de seu corpo, ela tenta sair,
mas ele a prendeu com o corpo e sem preliminares a penetrou com força,
Geovanna arqueia o corpo e ele começou às investidas com violência, não
havia nenhum gesto de carinho naquele ato, ele simplesmente a estava
violentando de maneira brutal.

Geovanna fechou os olhos e só pedia a Deus para que aquilo acabasse


logo. Ela sentia o membro dele a rasgando. Depois de minutos que pareceram
uma eternidade ele gozou, ela sentiu o corpo dele estremecer em cima dela e
logo as investidas foram diminuindo. Quando ele para completamente, tomba
sobre o corpo dela e fica assim até a respiração voltar ao normal, ela não se
move, pois, ele ainda está dentro dela.

Quando ele se recuperou, estendeu-se apoiado nos dois braços e ordenou


— Abre os olhos e olha para mim
Ela fez o que ele mandou e ficou olhando para ele com os olhos de medo
— Você é a minha mulher, será a mãe do meu filho e o seu lugar é aqui,
embaixo de mim. Se eu quiser ter outra mulher eu terei e você vai continuar
sendo a minha esposa e fará exatamente o que uma esposa tem que fazer.
Ele saiu de cima dela, a trouxe para junto dele e a abraçando forte, disse junto
ao seu ouvido
— Sinta-se sortuda bambina porque eu a desejo, a desejo como nunca desejei
uma mulher antes, esse seu corpo delicioso me deixa louco.

Com isso ele começou a beija-lá com paixão. Luke a possui por varias
vezes e só parou altas horas da noite. Ele dormiu um sono tranquilo, satisfeito
e ela não conseguia fechar os olhos, só queria sair dali

Quando teve certeza que ele estava dormindo profundamente, com


muito cuidado, saiu do abraço dele e pé ante pé foi até uma porta que deduziu
ser o banheiro, entrou no cômodo e viu um roupão, o vestiu. Ela saiu e foi até
a porta do quarto, abriu com cuidado, ela olhou em direção a cama e ele ainda
estava dormindo.
Com muito cuidado saiu e desceu as escadas, foi para a porta e saiu da casa.

Ela começou a andar sem destino, não sabia o que fazer, só queria sair
dali, queria ficar o mais distante possível daquele homem. Foi andando
descalça pela vegetação, o frio estava cortante, seu queixo começou a tremer.
As lágrimas caíam solta pelo seu rosto. Estava muito escuro, mas continuou
andando até parar em frente à um lago, era um lago grande, a água calma
refletia a luz da lua. Geovanna ficou contemplando aquela água calma e as
lágrimas caindo descontroladamente. Retirou o roupão e começou a correr até
a margem e entrou na água, ela queria se lavar, tirar qualquer vestido dele de
sua pele. Ela andou para dentro do lago até a água chegar na altura da sua
cintura, ela parou, a água estava muito fria, então resolveu voltar, quando
ela faz o gesto para voltar sentiu uma cãibra muito forte e começou a afundar,
ela não conseguia nadar pois uma das pernas estava travada, ela sentia muita
dor. No desespero ela tenta gritar mas não consegue, ela começa engolir
água, muita água e se debate. Quando não aguenta mais lutar ela se entrega,
apenas um pensamento na sua cabeça — Vou morrer

Nesse momento mãos forte a segurou com força e em desespero


começou a se debater, ela lutou com quem a estava segurando em aflição e o
puxou para baixo, ambos vão para o fundo e Geovanna engoliu muita água.
Ele conseguiu a segurar de novo e a puxou para a margem, ele saiu da água
com ela no colo, ela estava desacordada. Luke a colocou no chão e começou
a fazer a massagem cardíaca
— Geovanna, amore mio, reage por favor
Ele fez a respiração boca a boca e ela ainda continuou desacordada.
— Geovanna, eu te amo, por favor reaja meu amor, não me deixa
Ele continuou fazendo a massagem cardíaca nela e de repente ela começou a
tossir e soltar água pela boca, ele a virou de lado e ela colocou para fora toda
a água que estava em seu esôfago.

Quando ela parou de tossir ele a virou para ele e perguntou


— O que você estava tentando fazer? Você não estava...
Ele não completou a frase ela percebeu que ele pesou que queria se matar e
querendo feri-lo assim como ele a feriu, disse com a voz ressentida
— É isso mesmo, eu queria me matar, eu prefiro morrer do que viver com
você
Ele a olhou chocado e se afastou dela como se tivesse levado um golpe. Ela
então sentou-se e se abraçou, ela tremia de frio.

Ele olhou para ela e em um gesto brusco, pegou o roupão que atava
ali perto e envolveu em seu corpo, a pegou no colo e seguiu para a cabana.
Ela não fez nada para impedi-ló. Quando chegaram dentro da cabana, ele a
fez sentar em uma poltrona em frente à lareira. Ela tremia como vara verde.
Luke foi até o carrinho de bebida e colocou uma dose de conhaque entrgando
para ela em seguida, Geovanna pegou o copo com as mãos trêmulas e levou a
boca, no primeiro gole ela começou a tossir
— Eu não bebo
Fez o gesto para entregar o copo para ele, porém, ele disse
— Te fará bem, beba
— Eu disse que não bebo, não quero
Luke então, pegou o copo e saiu para a cozinha, voltou com uma xícara de
chá.
Ela pegou e ficou bebericando, ele se serviu de um copo generoso de
conhaque e sentou na poltrona em frente dela. Eles ficaram assim, cada um
imerso em seus pensamentos mais sombrios.
Vinte cinco
Geovanna acordou com dores no corpo, parecia que havia passado
um trator em cima dela. Estava com dor de cabeça, a boca seca e com
dificuldade de levantar-se. Olhou em volta e percebeu que estava no mesmo
quarto que Luke a levou na noite anterior, ele não estava na cama, o que a
deixou aliviada. Não lembrava muito bem o que aconteceu depois que Luke a
deixou na poltrona em frente à lareira, provavelmente pegou no sono, não
lembrava de ele a ter colocado na cama. Percebeu que estava com uma
camisola, mas sem roupas íntimas.

Suspirando profundamente, começou a levantar-se, saiu da cama e foi


até o banheiro. Havia um box com chuveiro, não era luxuoso, mas bem
aconchegante, com tudo que era necessário. Ela ligou a ducha e tomou um
banho, sentiu-se melhor depois de se lavar. Se enrolou em uma toalha e
voltou para o quarto, não tinha roupas para vestir. Olhou em volta e viu um
armário, seguiu até lá e abriu, para sua surpresa tinha varias roupas dela,
também tinha peças íntimas. Pegou uma calça e um suéter e vestiu. Ajeitou
os cabelos em um coque, seu couro cabeludo estava dolorido pelo fato do
Luke ter a arrastado pelos cabelos na noite passada. Ela estremeceu só em
pensar o que ela passou nas mãos dele.

Resolveu sair do quarto e desceu as escadas apreensiva, ela não fazia


ideia de onde ele estava ou o que estava fazendo. Olhou em volta e não havia
sinal dele. Foi até a cozinha e surpresa viu que havia comida, muita comida.
Ela voltou para sala e percebeu que havia uma janela que dava para os
fundos, chegou perto e olhou pela fresta da cortina. Ela o viu, ele estava
cortando lenha, seus braços musculosos a mostra, pois havia arregaçado as
mangas do suéter que estava usando. Ele cortava a madeira em golpes
precisos, parecia que sempre fez isso na vida.

De repente ele parou e olhou em direção a casa, imediatamente ela


fechou a cortina e afastou-se. Seu coração começou bater a mil. Não sabia
como agir, o medo dela era forte com relação a ele. Ela dirigiu-se até o sofá e
sentou se encolhendo toda. Depois de alguns minutos, escutou barulho de
madeira sendo colocada em algum lugar, ele deve estar guardando a lenha no
depósito.

A porta abriu e ele entrou na casa, ela escutou seus passos vindo em
direção a sala, ficou tensa, seus olhos focam a porta muito assustados, ele
entrou no recinto e a encara
fixamente
Eles ficaram se encarando, a tensão no ar quase cortante, então ele resolveu
cortar o gelo
— Bom dia!
— Bom dia! — ela disse em um sussurro

Ele seguiu para a cozinha, Geovanna começou a escutar barulho de


louças e logo o aroma de café fresco e ovos chegou a suas narinas — Ele
estava preparando o café da manhã? — Se perguntou
Algum tempo depois ele entrou na sala com dois pratos nas mãos e seguiu
para a sala de jantar. Ele voltou e anunciou
— Café da manhã — Ele virou-se e voltou para a cozinha, Geovanna
confusa, decidou ir até a sala de jantar, ela fica em pé olhando para a mesa.
Ele chega indica a cadeira dela, ela senta e fica olhando para o prato, havia
ovos mexidos, pão e morangos. Ele havia trazido café e suco de laranja
também.
— Come

Luke começou a comer e ela fez o mesmo, eles comeram em silêncio,


Geovanna estava achando estranho aquela atitude dele,o medo dela era que
ele voltasse a maltrata-la. Quando terminaram, ele levantou-se e recolheu os
pratos. Ela também levantou-se e voltou para a sala. Depois que Luke havia
arrumado as coisas na cozinha ele entrou na sala e ficou olhando para ela, ele
aproximou-se e ela instintivamente deu um pulo assustada, Luke parou e
fechou os punhos, ela percebeu que ele estava tentando controlar-se. Com
uma voz forte ele
disse:
— Senta-se Geovanna, precisamos conversar
Ela fez o que ele mandou e Luke sentou-se à sua frente
— Eu quero me desculpar por ontem, eu perdi o controle, não queria te
machucar, mas foi mais forte do que eu. Você me... — Ele parou se falar
como se tivesse buscando as palavras, então continuou
— Você me desconcerta Geovanna e eu não sei como agir, você me desafia,
faz coisas que ninguém teria coragem de fazer
Ele baixou a cabeça como que derrotado e Geovanna ficou sem saber o que
fazer, ele estava pedindo desculpas, será que ela o perdoaria? Ela não pode,
ela não consegue.

Ele levantou a cabeça novamente e olhou para ela com olhos brilhando e não
era de ódio mas de lágrimas, ele estava chorando
— Quando você disse que preferia morrer do que viver comigo, eu entendi
que tudo que fiz a havia magoado profundamente.
Luke fez um gesto para pegar em suas mãos, porém, ela as afastou, não
queria que ele a tocasse. Ele ficou olhando para ela e levantou, andou pela
sala e disse:
— Vamos ter uma nevasca, não poderemos ir para casa nos próximos dias.

Ele virou- se e saiu, Geovanna ficou olhando para a porta sem


acreditar, ele realmente havia pedido desculpas, ele realmente estava
arrependido de tudo que tinha feito? Ela não acreditava nisso, provavelmente
é mais um jogo dele. Logo, logo ele volta ser o monstro que sempre foi.
Suspirando, resolveu subir para o quarto, não tinha nada que ela pudesse
fazer.

Acabou pegando no sono e acordou com o vento forte lá fora, ela


olhou através da janela e os flocos de neve caiam deixando tudo a sua volta
branco. Ela levantou-se e desceu — Onde está o Luke? Ela olhou na cozinha,
sala, sala de jantar e nada. Viu uma porta, então resolveu verificar, ela bateu e
não obteve resposta, resolveu entrar, ele estava lá, sentado em uma mesa com
as pernas em cima da mesma, ele estava com os olhos fechados, ela reparou
que havia um laptop e outras coisas se tecnologia.
— Luke —chamou
Ele ainda com os olhos fechado disse:
— O que você quer?
— Já começou a nevar
— Eu sei!
O clima estava muito pesado entre eles,Geovanna voltou para a sala e sentou
no sofá observando o fogo que crepitava na lareira. Seu estômago roncou,
estava com fome, mas não sabia se podia ir na cozinha preparar alguma coisa.

Os minutos passavam e Luke não saia daquele cômodo, então,


resolveu ir até a cozinha, tinha que comer alguma coisa. O vento lá fora
estava forte e a neve já havia coberto tudo, não dava para ver mais nada a não
ser o lençol branco estendido pela relva. Geovanna chegou na cozinha e abriu
a geladeira, havia bastante comida, diferente do dia anterior, ela pegou alguns
legumes, pensou em fazer uma sopa. Os armários também estavam
abastecidos. Ela começou a cortar os legumes, não era muito boa na cozinha
pois nunca precisou preparar a própria refeição mas ela era capaz de fazer
uma sopa desde que não precisasse matar algum animal para fazê-lo.

Estava distraída e não percebeu a presença do Luke na cozinha, só percebeu


quando ele a abraçou por trás e a beijou nos cabelos, imediatamente ela
virou-se, desvencilhou-se do abraço e foi para a outra ponta da cozinha
— Não me toque!
— Geovanna Por favor... — Ela o cortou
— Não! Eu não quero ouvir as suas desculpas, não quero ouvir nada vindo de
você. Eu não acredito em nada que você diz, quero a minha vida de volta
longe de você. Te odeio! te odeio! me deixa em paz!.
Ela disse tudo isso gritando e chorando ao mesmo tempo. Em um impulso
joga a faca que estava segurando na pia, saí da cozinha correndo e sobe as
escadas. Ela entra no quarto e tranca a porta. As lágrimas descem soltas. Se
jogando na cama ela se encolhe em posição fetal. Luke começa a bater na
porta tentando abri-la
— Geovanna, abre a porta
Ele força a maçaneta tentando abrir e começa a dar murros na porta o que
deixa Geovanna assustada
— Abre a porra dessa porta Geovanna, agora! — Ele esbravejou.

Ela não fez nada para abrir, então ele parou de bater e ela só escutou o
barulho do vento lá fora. Alguns segundos se passaram e ela ouve um
estrondo forte, a porta se abriu em um rompente. Ela sentou na cama
assustada e olha para ele que parecia transtornado. Ele avança para ela e a
segura, ela tenta sair, mas ele impede a abraçando estreitando-a em seus
braços
— Não!
Ela luta com ele, mas como sempre ele é mais forte e a domina com
facilidade. Ele a olha com os olhos cheio de desejo e a beija.. Ele a toma
como um homem sedento de sede no deserto que encontra um oásis. O beijo
é tão intenso que ela perde o fôlego, o raciocínio e as forças. Ela cede. Ele
percebendo que ela havia parado de lutar afrouxa o abraço e entre beijos, fala
— Por favor Geovanna, me perdoa, deixa mostrar para você que tudo pode
ser maravilhoso entre nós, eu a desejo demais, a quero demais. O que você
quer para me perdoar, eu te dou, faço qualquer coisa para ter o seu perdão
Piccola mia é só me dizer

Ela o empurrou com força e levantou da cama. Olhando para ele e com muita
mágoa disse
— A única coisa que você pode fazer para que eu um dia pense em te
perdoar, é me dá o divórcio — ela fez uma pequena pausa e continuou
— Eu quero o divórcio, não quero continuar casada com você e nunca mais
quero que chegue perto de mim.

Ele a olhou com um olhar mortal. O coração de Geovanna gelou.


Vinte seis
Luke levantou-se da cama, andou até onde estava a Geovanna e a
olhou com seu olhar cortante e uma voz ameaçadora
— Eu nunca te darei o divórcio, você é minha e nenhum homem tocará em
você enquanto eu viver. Eu vou te deixar em paz como me pediu tão
gentilmente, porém se daqui a um mês não tiver uma criança em seu ventre é
bom se preparar para me receber na sua cama até que você conceba uma.

Ao terminar de falar, ele saiu do cômodo deixando Geovanna ali,


triste e sem esperanças de se ver livre dele. O coração dela doía de desespero
— Por quê? Ela não entende, ele não a ama, não sente nada por ela, talvez
atração sexual, mas isso ele pode encontrar isso com qualquer mulher.

Ela não sabia o que pensar, se queria estar grávida ou não. O destino
que ela vislumbra é tão cruel que a faz chorar lágrimas grossa de dor e
sofrimento.

***

Luke estava muito puto, a vontade dele era de esganar a Geovanna


— Essa garota me deixa louco, Porra! Eu quero amá-la e ao mesmo tempo
matá-la. O fato dela ter quase tirado a própria vida me abalou, eu não
esperava isso dela e quase me entreguei a esse sentimento que insiste em
surgir dentro de mim. Caralho! Eu não vou deixar ela me dominar, mas
também não posso arriscar que ela tente contra a própria vida de novo,
tenho que pensar em uma maneira de deixá-la mansinha.

Ele senta atrás da mesa do pequeno escritório e fica olhando para o


nada. Ele pensa e chega a uma conclusão — Vou deixar a mãe dela morar
conosco, assim lhe faz companhia e tira essas ideias suicida da cabeça dela.
Tem uma casa menor para hóspedes na mansão, a mãe dela pode morar lá.
Mas primeiro tenho que me livrar do pai dela, ela vai sofrer por um tempo
mas logo se recuperará. O Fabrício, devolvo o cargo que ele tinha antes e
ele mora sozinho em outro lugar, talvez devolvo a casa que eles moravam.

Luke pegou o celular e fez uma chamada


— Luke, o que manda?
— Como está o pai da Geovanna Marco?
— Muito mal, está no CTI, depois que os achamos ele deu outro infarto. A
Geovanna não sabe que ele está doente, a mãe escondeu dela.
— Eu sei, ela não falou nada e parece está totalmente ignorante sobre esse
fato
— Como a Geovanna está?
— Não te liguei para falar da minha mulher. Tenho uma missão para você
— Manda
— Você vai dar um jeito de acelerar a passagem do pai dela dessa vida
— Por quê?
— Não pergunta, apenas faça. Vai até o hospital, pague alguém muito
dinheiro para acelerar a morte dele, eu quero uma notícia de que ele foi para o
inferno amanhã
— Mas Luke a Geovanna vai ficar arrasada
— Foda-se! Ele vai morrer mesmo, então só estamos dando uma ajudinha ao
destino. Além do mais ela vai se recuperar, daqui a pouco terá coisas mais
importantes para pensar, nosso filho!
— Ela está grávida?
— Espero que sim
— E a Suzette? Ainda está agonizando no galpão depois que você a
espancou
— Essa vaca ainda não morreu? Termina o serviço Porra, o que está
esperando? Não quero encontrar nenhum vestígio dessa puta na minha
propriedade
— Okay! Você que manda
Luke desligou o celular com um olhar diabólica.

***

Horas se passaram, Geovanna não havia comido nada a não ser o café
da manhã, seu estômago gritava de fome. A noite já havia caído e ela
resolveu levantar-se da cama, ficara ali chorando todo aquele tempo e não
encontrara uma saída para sua situação. Ela olhou a janela e reparou que a
nevasca havia cessado, estava escuro, porém ela pode ver que não nevava
mais.

Ela foi até a cozinha e resolveu preparar um sanduíche e beber um


copo de leite, não viu Luke em lugar nenhum — Talvez esteja dentro daquele
cômodo, não me importo, que ele fique lá para sempre — pensou

Ao terminar de comer, subiu e fez a higiene noturna, deitou na cama e


dormiu, estava cansada tanto físico como emocional. Pegou no sono
rapidamente.

A manhã estava fria, havia muita neve, porém o sol apareceu. Eles
estavam ilhados ali, não daria para ir a lugar nenhum com o tanto de neve que
havia acumulado. Luke jogou sal na escada e na parte de trás da casa para
derreter a neve que dava para as entradas tanto da frente quanto se trás da
casa e Limpou um pouco com a pá. Geovanna reparou que havia uma pickup
cinza estacionada ali próximo, provavelmente era do Luke. Ele também havia
removido o gelo do carro.

Geovanna foi para a cozinha preparar o café da manhã enquanto o


Luke trabalhava no quintal. O clima entre eles ainda estava pesado, ele não
falou com ela e ela também não fez nenhuma questão de falar com ele. Ela
preparou o café da manhã e sentou para comer, não chamou ele, se ele quiser
comer que se vire sozinho.

Luke entrou na casa e nem olhou para ela, seguiu direto para aquele
escritório e se trancou lá, Geovanna deu de ombros e continuou comendo.
O dia passava lentamente, Ela não tinha nada para fazer, só ficou sentada
perto da lareira pensando em sua situação. Ela queria tanto saber da família
— Será que Luke os encontrou igual encontrou ela? — Se perguntou.

Ela estava com seus pensamentos e de repente escutou um barulho de


motor de um trator, ela vai até a janela e vê o limpador de neve. Eles estavam
limpando uma área grande, parecia um campo. Havia outro limpador de neve
abrindo caminho entre a cabana e o local que parecia um campo. Geovanna
resolveu voltar para dentro e ficou pensativa — Será que estão limpando para
da passagem para eles irem embora? Ela não sabia.
As horas foram passando e Geovanna acabou adormecendo no sofá,
acordou com um
barulho de helicóptero, ela levantou, correu para a porta e viu a aeronave
brilhante pousar no campo que haviam aberto. Ela resolveu perguntar para o
Luke se o helicóptero estava ali para que eles fossem
embora. Ela virou-se e deu de encontro com o corpo musculoso do Luke, ele
estava atrás dela. Segurando-a disse:
— Vem cá!
Ela o seguiu até o sofá e sentou, ele fez o mesmo.
Geovanna nervosa logo perguntou:
— Nós vamos embora?
— Sim, aconteceu uma coisa e eu preciso que você esteja preparada e seja
forte.
O coração dela começou a bater forte, ela tinha certeza que era alguma coisa
com a família dela
— O que aconteceu?
— É seu pai, ele teve um infarto e morreu. Eu sinto muito.

Geovanna começou a respirar acelerado — Meu pai morreu? Ele teve


um infarto? Como, eu nem sabia que ele estava doente? — As lágrimas
começaram a descer pelo rosto dela.
— Não! Não! Meu pai, meu pai não — Ela diz essas palavras desesperadas.
Luke a segura e a abraça com força.
— Calma meu anjo, você precisa ser forte
— Você os encontrou. Você encontrou a minha família.
— Isso não vem ao caso agora, sua mãe e seu irmão precisam de você.

Ele a abraçou e Geovanna chorou em seus braços até não ter mais
lágrimas. Quando ela estava mais calma, Luke disse:
— Precisamos ir agora antes que escureça, vai pegar a sua bolsa e casaco,
coloque uma bota, vamos partir em poucos minutos.
Ela sem ânimo, levantou e faz o que ele mandou. Subiu até o quarto e
encontrou no armário um casaco de inverno impermeável preto e botas para
neve. Vestiu-se e colocou um gorro na cabeça e luvas. Seus olhos estavam
inchados mas ela não fez nada para melhorar a aparência, só queria chegar
em Nova York o quanto antes para abraçar a mãe e o irmão e despedi-se do
pai.
Ela desceu as escadas e encontrou o Luke a esperando, ele também
estava vestido com roupas de inverno.
— Vamos!
Ele estendeu a mão e ela a segurou, eles seguiram pelo caminho que o trator
havia aberto até o helicóptero.

Geovanna olhava pela janela do jato, já estavam quase chegando a


New York, o helicóptero os havia levado até o aeroporto de lá eles
embarcaram no jato particular do Luke, ela deveria ter desconfiado que
aquele avião luxuoso era dele.

Pousaram e já havia um carro na pista de pouso os esperando, eles


entraram e logo o carro segue para o tráfego. Depois de algum tempo o carro
pega autoestrada, Geovanna olha para o Luke e pergunta:
— Não vamos para o hospital?
— Não! Vamos para casa
— Mas eu quero ir para o hospital, minha mãe e meu irmão devem está lá.
— Eles não estão
— O quer você fez com eles?
— Você acha que fiz alguma coisa com eles?
— De você eu espero tudo
— Está com a língua muito afiada linda esposa, nem parece que acabou de
perder o pai

Ela virou o rosto e começou a chorar, ele por sua vez, suspirou forte e
a abraçou
— Desculpa meu anjo, eu sei como está sendo difícil para você. Sua mãe e
seu irmão estão lá em casa te esperando
Ela desfez o abraço e o olhou para ele surpresa
— Você está falando sério?
— Sim, estou
Ela ficou sem graça e resolveu desculpar-se
— Desculpa, eu não deveria ter falado assim com você
— Não tem problema, eu entendo
— Obrigada
Ele voltou a abraçá-la e de seus lábios saiu um sorriso de vitória.

Depois de uma longa viagem de carro, eles chegam a mansão. A


governanta abre a porta para eles e imediatamente os conduz até a sala de
estar onde está a mãe, o irmão e o Marco. Geovanna sem
demora corre para os braços da mãe e as duas choram, logo depois o Fabrício
também as abraça e ficam assim por alguns minutos. Luke fica olhando a
cena com cara de desdém. Marco olha para ele e logo desvia o olhar — O
cara não tem nenhum sentimento — pensa

Os três desfizeram o abraço e Geovanna olhou na direção do Marco,


esse a olhou fixamente, Ela lembrou que ele a ajudou e jamais abrirá a boca
para entrega-lo, ela tentou deixar isso bem claro em seu olhar. Ela para de
olhá-lo e vira-se na direção do Luke, ele está sério com a testa franzida —
Será que ele percebeu alguma coisa entre eu e o Marco? — Se perguntou

Luke então levantou-se e virando para o Marco disse:


— Vamos Marco
Ele aproximou-se da Geovanna e deu um selinho
— Estou no escritório, qualquer coisa é só chamar
Ela assentiu e ele seguiu para o escritório com Marco atrás dele.

A mãe e Fabrício curiosos perguntaram juntos


— Vocês estão bem?
— Sim e não, é complicado
— Ele te fez algum mal? — Fabrício perguntou
— Não vamos falar sobre a minha vida, me contem o que aconteceu com o
papai
— Seu pai estava doente, ele teve um infarto mas eu não te contei para não
preocupa-lá
— Ele teve outro infarto depois que o Luke achou vocês?
— Na verdade ele não teve um outro infarto, ele teve uma recaída por causa
do stress, então tivemos que interna-ló, foi o Marco que fez tudo, porém ele
teve uma complicação e foi para CTI mas ontem antes dele morrer o médico
havia me dito que ele tinha uma chance de ficar bem mas Deus o levou

A mãe começou a chorar e Geovanna a abraçou forte, Fabrício ficou


em um canto da sala
de cabeça baixa.

Dois dias depois todos estavam no funeral do pai da Geovanna. A


despedida foi muito emocionante. Luke ficou do lado dela, lhe dando apoio.

Os dias foram passando, a rotina dela voltou e para sua felicidade,


Luke convidou a mãe para morar com eles na casa de hóspedes, Geovanna
ficou tão feliz que não cabia em si. Fabrício voltou a trabalhar na máfia do
Luke, porém ele queria ser um soldado e foi trabalhar junto com o Marco.

Luke não dormia no mesmo quarto da Geovanna e nem aparecia,


como havia prometido, ele não a tocaria durante 1 mês. Ela não se importou,
torcia para que estivesse grávida, assim ele não precisaria toca-lá nunca mais.
Provavelmente ele está com as mulheres dele e não vai sentir falta dela.
Vinte sete
Geovanna e a mãe estavam tomando café da manhã na casa de
hóspedes, a mãe de Geovanna apesar de está morando na propriedade, não
tinha livre acesso. Luke impôs algumas regras e uma delas é que ela não faria
as refeições junto com eles. Ele também impôs que quando estivesse em casa,
a mãe não podia ficar na mansão, teria que se recolher para sua casa.
Geovanna não ligou, se a mãe não tinha livre acesso a mansão, então ela iria
passar a maior parte do tempo na casa dela

— É tão bonito aqui filha


— Sim é, você já viu o pomar? É maravilhoso
— Ainda não, mas você pode me levar lá depois.
Elas voltaram a comer em silêncio e depois de alguns minutos a mãe quebrou
o silêncio
— Geovanna, o que aconteceu quando o Luke te encontrou?
Ela ficou tensa
— Não quero falar sobre isso mãe
— Geovanna, eu quero te ajudar, você sabe que pode se abrir comigo
— Eu sei mãe, e fico agradecida por ter você aqui para me dar apoio.
— Sempre estarei com você filha e quando quiser desabafar conta comigo
— Obrigada

As duas terminaram de tomar o café da manhã e Geovanna mostrou a


propriedade para a mãe. Elas foram no pomar e colheram frutas. A casa de
hóspedes era completamente independente da casa principal, tinha uma
cozinha equipada com tudo que era necessário e a mãe podia preparar a
própria refeição.
O celular dela vibrou, ela olhou para a tela e era o Luke, ele lhe havia dado
outro aparelho de celular e. Geovanna suspirou, ela não queria falar com ele
A mãe a olhou e perguntou:
— É o Luke?
— Sim
— Não vai atender?
— Ele sabe que estou aqui, por que ele fica me ligando
— Geovanna, atende

O celular parou de vibrar, não demorou muito, começou a vibrar se novo


— Atende!
— Alô!
— Vem pra casa agora — A voz de Luke se fez ouvir com raiva
Ele não deixou ela falar nada, simplesmente desligou o celular, ela ficou
olhando o aparelho.
— Eu tenho que ir
A mãe a olhou alarmada
— Se cuida!

Ela saiu da casa apresada, era melhor ir logo antes que o Luke vem
atrás dela e a arrastaste pelos cabelos, como fez quando estavam na cabana.
Enquanto Geovanna andava pelo caminho que dava na mansão, ela viu vários
carros preto seguindo pela estrada, ela resolveu abaixar em um arbusto e
olhar, os carros pararam em frente à um lugar como um galpão, Geovanna
nunca havia ido lá pois era afastado da casa mas como a casa de hóspedes era
também um pouco afastada da casa principal ela conseguia ver o local. Os
carros pararam e ela viu que vários soldados do Luke tiraram alguém de
dentro, havia um capuz na cabeça da pessoa. Geovanna ficou assustada e
resolveu sair dali rápido, ela correu até a casa e entrou pelos fundos.

Ela andou até a sala nervosa, ficou pensando sobre o que viu — será
que eles haviam sequestrado alguém?
A governanta apareceu de repente e ela deu um sobressalto
— Desculpe-me Senhora por tê-la assustado
— Tudo bem Hillary
— O que mando a cozinheira preparar para o jantar Senhora?
Geovanna achou estranho ela perguntar, pois deu carta branca para a
governanta mandar preparar o quisesse. A governanta reparando sua dúvida e
disse:
— Foram ordens do Senhor Salvatore, ele disse que a partir de hoje quem
decide sobre as refeições é a Senhora
— Ah!
Ela pensou um pouco e disse:
— Vocês tem frango?
— Sim Senhora
— Prepara um frango a caçarola, eu acho que meu marido gosta de frango
não é?
— Perfeitamente Senhora, com licença

Ela ficou olhando a governanta se afastar e deu um sorriso sapeca já


saindo para procurar onde estava o louco do marido — Deve está no
escritório — Pensou
Então seguiu naquela direção e quando estava chegando perto ela percebeu
que a porta estava aberta e Luke falava com alguém
— Já a pegaram?
— Sim, ela já está no galpão — a voz era do Marco
— Ótimo! Agora vamos ver se o velho não vai começar a ceder. Torture a
mulher mas não a machuque o suficiente para matá-la, deixe-a consciente
— Okay!
— Agora vai, vou ligar para a Geovanna de novo, ela insiste em me
desobedecer
Marco saiu do cômodo e Geovanna imediatamente fingiu que estava
chegando aquela hora ali, ele parou quando a viu e os dois ficaram se
encarando. O celular dela começou a vibrar. Marco moveu-se e passou por
ela
— Com licença Senhora
Ela ficou olhando ele afastar-se até desaparecer, então resolveu entrar no
escritório. Luke estava sentado com o celular no ouvido
— Estou aqui Luke

Ele olhou em direção dela e desligou o celular puto


— Quantas vezes tenho que te ligar para você vir para casa?
— Eu estava com a minha mãe
— Eu sei perfeitamente onde você estava, não saí mas de lá
— Então por que fica me ligando? Eu não sabia que você estaria em casa
cedo hoje.
— Tinha assuntos para resolver aqui
— Posso ir para meu quarto?
— Não! Quero saber se já fez um teste de gravidez
Ela gelou e olhou para ele com os olhos arregalados
— Não passou um mês ainda
— Sei disso, mas você pode ter engravidado antes do dia na Cabana ou não?
— Eu não sei
— Então pronto! Vai fazer o teste
— Eu não tenho nenhum aqui
— Manda a sua mãe sair para comprar um
— Eu posso ir com ela?
— Não! Não confio mais em você
— Por favor Luke, você não me deixa sair para lugar nenhum mais
— Por sua culpa Geovanna, você escolheu assim no momento que decidiu
fazer mais uma de suas gracinhas

Geovanna baixou a cabeça e ficou pensando como ele descobriu onde


encontrá-la tão rápido, então resolveu perguntar
— Como você me achou tão rápido?
Ele riu com sarcasmo
— Que pergunta idiota amore mio, é claro que eu iria achá-la rápido, Edward
te achou no mesmo dia, porém ele só conseguiu ajeitar as coisas dois dias
depois. Você pensou que o governo iria te proteger? Não, não de mim. Com
uma boa dose de dinheiro e algumas ameaças eu tive você de volta de
bandeja.

Ela ficou olhando para ele com os olhos minados de lágrimas, então
resolveu perguntar:
— Por quê?
Ele a olhou intensamente, levantou-se e foi em sua direção. A pegou pelos
braços e a fez levantar-se, ela ficou olhando para ele hipnotizada.
Ele a abraçou e a fez sentir seu membro que já estava ereto.
— Por isso, por desejá-la ardentemente. Sente como fico só de olhar para
você
— É só sexo
— Não é só sexo com você, é muito mais que isso. É algo que nãos sei
explicar, só sentir
Ela baixou a cabeça e com um fio de voz perguntou:
— Por que você é tão violento comigo?
Ele segurou o queixo dela e a fez olhar para ele:
— Porque você me provoca, me desafia e resiste a mim. Você insiste em não
entender que você é minha e nada vai nos separar
— Você não pode forçar as pessoas a aceitá-lo...
Ele a cortou
— Eu posso e vou fazê-lo. Se você não me aceitar por bem vai me aceitar
por mal, eu não me importo, contando que você esteja aonde uma esposa tem
que está

Geovanna com raiva, tentou soltar-se do abraço dele, Porém ele a


dominou , a jogou sob a mesa e a beijou com violência, ela tentou sair mas
não conseguia e cada vez que ela tentava sair, com mais intensidade ela a
beijava. Quando ela começou a parar de resistir, ele à soltou e disse com uma
voz alterada:
— Sai daqui, vai para seu quarto antes que eu perca a cabeça com você.
Ela sem demora, correu para o quarto em prantos. Ao chegar no cômodo,
trancou a porta e deitou na cama.

Luke ficou no escritório com muita raiva, ele não queria brigar com
ela mas sempre acabavam brigado
— Droga! — esbravejou
Ele saiu do escritório e resolveu ir até o galpão fazer uma visitinha a
prisioneira e entrar em contato com o pai dela.

Depois de algum tempo, Geovanna levantou e resolveu tomar um


banho, precisava arrumar-se para o jantar. Luke insistia que o jantar fosse
formal. Ao terminar, vestiu uma roupa confortável, não estava a fim de se
arrumar. Ela olhou as horas e eram 7 da noite, o jantar era servido às 8 horas.
Então sentou em uma poltrona, colocou o fone de ouvido e ficou ouvido
música. Ela colocou a sinfonia de Tchaikovsky do clássico Lago dos cisnes e
com os olhos fechados ficou se imaginado dançando para uma plateia.

Se quiserem assistir um trecho do Lago dos cisnes ballet clássico na


mídia abaixo

Faltavam cinco minutos para às oito e ela desceu para o jantar, seguiu direto
para a sala de chá, Luke ficava esperando a hora do jantar ali, geralmente
com uma bebida e fumando aquele charuto que ela odiava. Ela entrou na sala
e ele estava sentado na poltrona perto da lareira. Ele olhou o relógio de pulso
— Está atrasada
— Faltam cinco minutos para as oito
— Você sabe que gosto de ficar aqui e que você me faça companhia até a
hora do jantar
— Não gosto do cheiro de seu charuto, me causa náuseas
— É mesmo? Deve ser porque está grávida
— Seria bom mesmo se seu estivesse, pelo menos assim não precisaria
suportar você me tocando
Luke apagou o charuto no cinzeiro com violência, Geovanna ficou olhando
para ele com os olhos arregalados — Droga! Para que fui falar isso — pensou

Ele levantou-se com os punhos fechados, as narinas delatadas e com


os olhos em chamas de ódio, avançou em sua direção, ela tinha certeza que ia
apanhar naquele momento. Ela para se defender, levanta os braços
protegendo o rosto, se encale na poltrona e fala com voz suplicante:
— Desculpa, eu não queria falar isso
Luke com raiva, parou a centímetros e fez o gesto como se fosse dá um soco
nela mas desistiu ao vê-la suplicando. Ele fechou os olhos tentando se
controlar e disse:
— Vamos jantar Geovanna antes que eu perca a paciência com você

Ela levantou-se apresada e começou a andar em direção a sala de


jantar. Ele por sua vez a segue e repara nas roupa dela
— Deveria ter colocado uma roupa melhor, sabe que o jantar é formal, tenho
certeza que você tem algo melhor que jeans e camiseta.
— Eu não estava a fim de me arrumar hoje
— Estou vendo, você tirou o dia hoje para me provocar, depois não reclama
das consequências

Geovanna engoliu a seco, ela realmente o estava provocando, porém


não conseguia resistir, ele era tão arrogante e prepotente, sempre com aquele
ar superior que a irritava.

Ele afastou a cadeira para ela e a mesma sentou-se agradecendo. Ele


seguiu para a sua cadeira em frente à ela. A copeira começou a servi-lhes o
jantar e Luke disse:
— Vamos ver o que a minha linda esposa mandou preparar para o jantar hoje
Geovanna ficou apreensiva, ela lembra que mandou preparar frango.
A copeira serviu a salada e eles comeram em silêncio, quando terminaram ela
trouxe o prato principal, frango a caçarola. Ele ficou olhando para o prato e
depois olhou para ela e disse:
— Como você adivinhou que eu adoro frango amore mio? — Falou com
sarcasmo
Ela ficou séria olhando para ele. Luke por sua vez, cortou um pedaço do
frango e olhando para ela com ar de deboche, começou a comer, ele comeu o
frango todo olhando para ela fixamente. Geovanna apenas beliscava a
comida, ela estava sem fome.

Quando terminaram eles seguiram para a sala de música e ele colocou


uma canção, a música romântica começou a tocar no ambiente. Geovanna só
queria ir para o quarto, ela não queria ficar mas nenhum minuto na presença
dele.
— Vem cá — ele a chamou
— Luke, eu gostaria de me retirar, estou cansada
— Mandei vir aqui, não vou repetir
Ela derrotada, foi até ele que a pegou pela cintura e a trouxe para junto dele e
assim começaram a dançar. Ele a fez repousar a cabeça no peito dele e ela o
segurou pelos ombros e assim dançaram ao som de Billy Joel. Geovanna
podia ouvir os batimentos cardíacos dele que batiam forte. Ele inalou o
perfume dos seus cabelos e começou a depositar pequenos beijos. Ele fez um
caminho de beijos pelo seu rosto até chegar no pescoço. Ela podia sentir sua
barba áspera de encontro à sua pele delicada.

Luke a afastou um pouco e a fez olhar para ele, passou o polegar em


seus lábios e sem demora a tomou em um beijo arrebatador. Não era um
beijos violento, mas terno, cheio de amor. Ela o correspondeu, sentindo seu
gosto, sua língua que a invadia. Ela se entregou aquele momento. A música
havia acabado, porém os dois não perceberam.

Luke parou de beija-lá na boca e com voz rouca falou em seu ouvido
— Como te desejo, como te quero Piccola mia. Deixa eu te mostrar como
pode ser bom entre a gente. Se entrega à mim meu anjo, deixe-me amá-la.
Nesse momento Geovanna o empurrou o afastando dela
— Não! Eu não quero que me toque. Eu não suporto o seu contato asqueroso,
tenho nojo. Me deixa em paz!
A expressão do rosto de Luke, passou de desejo, a surpresa e ódio em fração
de segundos enquanto Geovanna falava.

Ele avançou sobre ela e a segurou pelos braços com violência e


começou a puxa-lá em direção às escadas falando
— Pois então, terá que suportar meu contato asqueroso durante toda essa
noite.
— Me solta, você disse que não me tocaria durante um mês
— Acordo desfeito

Com isso ele a levou para o quarto e só saiu de lá com os primeiros


raios de sol surgindo no horizonte.
Vinte oito
Geovanna ficou no quarto até tarde aquela manhã, ela não queria ver
ninguém, seu celular não parava de vibrar, era sua mãe — Como iria ver a
mãe toda roxa? — pensou suspirando e segurando o choro, não queria mais
chorar.

Levantando-se, resolveu mandar uma mensagem de texto para a mãe


"Estou indo até aí"
Geovanna seguiu para o banheiro e parou de frente para o espelho, ela estava
completamente nua. Ficou olhando sua imagem refletida. Haviam varias
marcas pelo seu corpo, algumas avermelhadas outras um pouco mais escuras.
Ele a possuiu de maneira punitiva, a machucando de propósito, sem piedade,
sem sentimento, como um animal. Depois de um tempo ele tentou ser
carinhoso, porém ela o tratou com rispidez e ele sem paciência a possuiu de
maneira brutal de novo.

Ela suspirou, enxugou as lágrimas com o dorso da mão e foi tomar


um banho. Ao terminar, escolheu uma roupa para vestir que cobrisse bastante
o seu corpo, colocou uma blusa de gola alta e mangas compridas para
disfarçar as manchas no pescoço e braços. Seus rosto estava intacto apesar do
Luke a ter beijado com violência ele não deixou marcas ali. Para completar o
look ela vestiu calças jeans e sapatilhas, finalizou com uma jaqueta de couro.
No rosto fez uma maquiagem leve e deixou os cabelos soltos.

Geovanna desceu as escadas e deu de cara com a governanta


— Bom dia senhora
— Bom dia Hillary
— Vai tomar o café da manhã agora?
— Não obrigada, vou tomar café da manhã com minha mãe
— Perfeitamente senhora
— Onde está o Luke, você sabe?
— Já saiu senhora
— Tá bom, obrigada
— Com licença

A governanta se afastou e Geovanna saiu pelos fundos e foi andando


pelo caminha que dava para casa de hóspedes, quando estava quase
chegando, ela viu o galpão, parou e ficou olhando, havia uma movimetação,
pelo o que ela ouviu ontem no escritório do Luke, eles estavam mantendo
alguém como refém e era uma mulher. Ela estremeceu e seguiu seu caminho
mas não parava de pensar na pessoa que estava sendo feita de refém.

Ela chegou na casa e a mãe já a estava esperando


— Geovanna, te liguei a manhã toda, o que aconteceu?
— Nada mãe, só dormi até mas tarde hoje
— Já tomou café?
— Não, vim tomar com você
— Então vamos, vou preparar alguma coisa

Elas seguiram para a cozinha e a mãe preparou o café da manhã para as duas.
Elas estavam comendo na bancada da cozinha e Geovanna resolveu falar:
— Mãe, você pode ir até a farmácia hoje? Preciso que compre um teste de
gravidez
A mãe a olhou assustada
— Está desconfiada que está grávida?
— Não, mas o Luke quer que eu faça
— Tem alguma possibilidade de está grávida? Quando foi sua última regra?
— Depois do aborto fiquei desregulada, eu tive um sangramento mas não
ficou por muito tempo, não tenho certeza se foi uma menstruação e até agora
não veio mais, porém não sinto nada.
— Okay! Eu vou
— Obrigada mãe

Geovanna e a mãe ficaram fazendo algumas coisas na casa, ela


gostava de ajudada-la a arrumar tudo. Ela estava no andar de cima na varanda
ajeitando as almofadas das cadeiras que tinham ali. Ela olhou para baixo e
dali dava para ver o galpão melhor. Ela reparou que haviam alguns soldados
em frente à entrada — Se eu tivesse um binóculo daria para ver melhor —
pensou. Então entrou na casa e procurou por um. Olhou no closet primeiro e
não achou nada, depois olhou no criado mudo, abriu a primeira gaveta e não
havia nada, na segunda gaveta ela encontrou um. Correu para a varanda e
focou no galpão, ela ajustou a lente e logo reconheceu um dos soldados, era o
Fabrício. Haviam mais dois e eles estavam armados com fuzis.

— O que está fazendo? — A mãe dela entrou na varanda. Geovanna


assustou-se e virou-se para ela.
— Aquele galpão, tem alguém que estão mantendo refém lá
— Não se meta com isso Geovanna, são coisas da Máfia.
— Mãe, o Fabrício está lá
— Seu irmão decidiu ser soldado do Luke não sei porque, ele escolheu seu
destino.
— Mãe, você tem o celular dele?
— Para que você quer? Não fale com seu irmão, não pergunte sobre nada
dessas coisas.
— Não vou perguntar nada mãe, só quero as vezes falar com ele, saber como
ele está
— Geovanna por favor, você tem que aprender que não deve se meter nesses
assuntos.
— Eu não vou perguntar nada, eu prometo
— Você é teimosa
— Por favor —Geovanna juntou as mãos em súplica e a mão acabou
cedendo.
— Tá bom, vou te dar o número

As horas passaram e a mãe de Geovanna foi até a farmácia comprar o teste de


gravidez junto com o motorista. Ela ficou na casa de hóspedes. Resolveu
olhar mais uma vez o galpão, foi até a varanda e olhou com o binóculo. O
Fabrício não estava mas lá e haviam outros soldados. Ela então resolveu ligar
para o irmão. O celular chamou, chamou, clamou e ele não atendeu. Resolveu
deixar uma mensagem de texto
" Sou eu a Geovanna"
Ela ligou de novo e ele atendeu no primeiro toque
— Não reconheci o número, por isso não atendi
— Eu troquei de celular. Como você está?
— Eu que pergunto como você está?
— Estou bem
— Sei!
— Você está aonde?
— Na sede
— Hã! — Ela queria muito perguntar sobre o galpão
— Fabrício, eu te vi hoje
— Aonde?
— No galpão
Pausa
— Você esteve lá? — Ele perguntou pausadamente
— Não, dá para ver o galpão da casa de hóspedes onde mamãe está morando
— Geovanna, não se meta nesses assuntos
— Fabrício, eu sei que tem uma mulher lá, vocês estão torturando ela, não é
possível que você concorde com isso
— Geovanna, pelo amor de Deus, não se meta, não fala sobre isso por
celular. Agora sou um soldado e esse é o meu serviço.
— Fabrício, você não precisa fazer isso, eu falo com o Luke...
Ele a cortou
— Não! Não fala nada entendeu, essa é a minha escolha — falou bravo
— Tudo bem, mas você sabe que não concordo com isso
— Deveria se acostumar, seu marido é o chefe da Máfia ou se esqueceu
— Não, eu lembro disso todo dia
— Então!
— Tá bom, eu não falo mais sobre isso.
— Ótimo!

Assim a ligação foi encerrada, Geovanna ficou triste e com pena daquela
mulher.

Depois de uma hora a mãe dela chegou com o teste de gravidez


— Comprei vários, faz logo um agora
Geovanna pegou um teste e foi no banheiro, seguiu as instruções e esperou.
Ela olhou para a linha e sorriu. Foi para a sala e a mãe ansiosa perguntou:
— Então?
— Negativo — Ela sorriu
— E você acha isso bom?
— Acho, não quero ter filho nenhum, quero dançar
— Você sabe que isso não é possível, seria bom que você tivesse logo esse
filho, quem sabe assim ele não te deixa em paz
— Talvez não demore muito para engravidar, depois de ontem... — Ela parou
de falar sem graça
— Não precisa ficar sem graça, você é casada e isso é normal
— Não com ele, nunca é normal com ele
— O que quer dizer?
— Ele me violenta mãe, é isso que ele faz
A mãe a olhou com os olhos arregalados
— Sinto muito, foi por isso que seu pai teve um infarto. Ele escutou o
Fabrício me falando que você ficou presa em um porão... A voz da mãe ficou
embargada e ela não conseguiu mas falar

Geovanna a abraçou e disse


— Foi minha culpa, papai morreu por minha culpa
— Não filha, não foi por sua culpa, seu pai sentia-se culpado por não poder te
proteger.
Elas ficaram abraçadas consolando uma a outra.

Geovanna voltou para casa no final da tarde, Luke não ligou para ela,
o que foi bom. Ela odiava falar com ele, odiava até ouvir sua voz. Ao chegar
seguiu direto para a cozinha para dizer o que preparar para o jantar e logo
depois ela resolveu ir até a studio de dança. Há muito tempo que ela no entra
ali.

Ela olhou em volta, o único lugar que ela realmente gostava naquela
casa. Sorriu e foi trocar de roupa. Iria dançar, sozinha mesmo, já que a
professora não viria mais pois ela decidiu não chamá-la — Para que? Daqui
a pouco vou ficar grávida, é melhor não ter esperanças do contrário. Mas
estou contente por não ter engravidado ainda, vou adorar ver a expressão do
Luke quando vê o teste.

Com isso, ela começou a se aquecer e logo já estava entregue aos


passos, ela girava e saltava no meio do salão com os olhos fechados. Ela
estava tão imersa que não ouviu um helicóptero sobrevoando a propriedade,
ela só saiu do transe quando escutou barulhos altos, como se fossem tiros. Ela
assustada, parou de dançar e desligou a música. Era muito tiro, parecia que
estava acontecendo uma guerra. Ela saiu do studio correndo pelo corredor,
nesse momento ela escuta um barulho forte, parecia uma bomba, ela se
abaixa e tenta se proteger com as mãos. Fica assim até que sente alguém a
pegando. Ela tenta sair, mas a pessoa a imobiliza e com uma coronhada a faz
desmaiar.

***

Luke estava em seu escritório da sede com o Marco quando escutou o


helicóptero
— O que é isso?
Imediatamente eles levantaram e sairam para ver o que estava acontecendo ,
logo as rajadas de bala começam sair do helicóptero
— Porra! a casa está sendo atacada — disse Marco
O coração do Luke gelou, ele só pensou na Geovanna
— Geovanna!
Ele correu como um louco e pegou um dos carros, Marco entrou junto com
ele e seguiram para a propriedade. Luke não podia ver o helicóptero, parecia
que havia pousado, porém os tiros não paravam, eles escutaram um estrondo
forte, parecia uma bomba
— Porra!
Luke chegou na frente da casa e viu que estava tudo destruído, o helicóptero
estava levantando pouso. Marco correu para onde estava a aeronave e Luke
entrou na casa passando pelos destroços.
— Geovanna — Ele gritou
Ele sobiu as escadas correndo e abriu a porta do quarto
— Geovanna! Geovanna!
Entrou no closet e nada dela, ele escutou o Marco o chamando
Ele desceu e encontrou o Marco
— Ela foi sequestrada
Luke viu tudo ficar vermelho a sua frente, ele não estava acreditando.
Imediatamente sai da casa e foi para a garagem
— Irei atrás dela
— Você não sabe para onde a levaram, precisa primeiro saber o que eles vão
querer e quem a sequestrou
— Foi o Vincenzo
— Se foi ele provavelmente vai querer uma troca, a filha dele pela Geovanna
— Eu não vou esperar aquele desgraçado machucar a Geovanna, eu vou atrás
dela.
Ele pegou uma moto, as armas, colocou o capacete e disse:
— Se ele entrar em contato, me liga, estou com o celular ligado a moto e o
ponto.
— Vou mandar os soldados te seguirem, você não pode ir sozinho
— Eu vou junto, ela é minha irmã — Fabrício falou
— Vai no carro junto Fabrício — o Marco falou

Luke saiu disparado e atrás varias carros com soldados onseguiram.


Marco olhou a volta, haviam vários corpos pelo chão dos soldados.

***

Geovanna começou a acordar aos poucos, a dor na cabeça era tão


forte que não conseguia raciocinar muito bem. Seus olhos se recusavam a
abrir, ela sentia muita dor. Sua boca estava seca, ela começou a mover-se e
percebeu que não conseguia, parecia que estava presa, então ela abriu os
olhos, estava na penumbra, havia pouca iluminação mas ela percebeu que
estava em um chão frio, suas mãos estavam algemaras a alguma coisa. Seus
pés também estavam algemados. O coração dela começou a bater forte — Eu
fui sequestrada?— Se perguntou

— Olha quem acordou, a nossa convidada


Uma voz de homem falou. Ela olhou para a direção de onde vinha a voz e viu
um senhor de terno preto, muito bem arrumado a olhando fixamente com os
olhos negros como a noite
— Quem é você? — Ela perguntou
— Seu anfitrião
— Eu quero ir embora
O homem riu
— Temos um acordo a fazer com seu marido
O coração dela bateu em ritmo acelerado, ela tinha sido sequestrada por
inimigos do Luke.
O homem abaixou-se a altura do seu rosto e passou a mão no mesmo
— Tão linda, o Luke tem bom gosto, pena que não ficará tão bonitinha
depois que meus homens fizerem um carinho em você, ruivinha
— Por favor, me deixa ir embora...
Ela sente o golpe forte em seu rosto e o gosto de sangue na boca
— Cala a boca, vamos ligar agora para seu marido
O homem pegou o celular e fez a chamada, ela escuta a voz do marido
— Vicenzo
— Luke, esse negócio é simples, minha filha e eu devolvo sua linda esposa,
porém vou deixar algumas marcas nela
— Não encosta na minha mulher
— Escuta Luke
O homem aproximou o celular no rosto da Geovanna e com a outra mão
começou a torcer o braço dela que grita de dor
— Geovanna, você está bem?
— Aiiiiiiiii!
— Seu desgraçado, eu vou te matar
— Melhor mandar seu capacho o Marco liberar a minha filha, você tem
exatamente 30 minutos, caso passe um minuto diga adeus à sua esposa

o homem desligou a ligação. Geovanna só chorava. Ela iria morrer, já não


tinha esperança. O homem aproximou-se dela e a chutou na barriga, ele
chutou por varias vezes. Depois cuspiu nela e saiu do cômodo.

A dor era tanta que ela não raciocinava direito. O gosto do sangue na
boca, ela não podia respirar direito, parece que havia quebrado alguma
costela. De repente ela escuta muitos tiros, eram tantos tiros que ela se
encolhia toda no chão, seus olhos ficaram turvos, ela não ia aguentar. A porta
do cômodo abre-se com um estrondo.
— Geovanna
Ela escuta a voz do Luke de longe
— Luke — fala quase sem conseguir
— Fica calma, eu vou te tirar daqui
Ele então abaixa-se onde ela está e com tiros precisos abre as algemas dela.
Com o estrondo forte ela desmaia. Luke a pega no colo e sai do cômodo.

Ele a leva até um dos carros e a coloca lá, verifica se ela tem
batimentos cardíacos e ao verificar que ainda está viva ele vira para o
Fabrício e ordena:
— Leva ela para o hospital
Fabrício imediatamente entra no carro e sai dali com a Geovanna, Luke reúne
seus soldados e diz:
— Vamos atrás do desgraçado do Vicenzo, eu quero ele vivo.
Luke sobe na moto e liga para o Marco
— Vai para o hospital onde está a Geovanna
— O que você vai fazer?
— Vou atrás do Vicenzo, o desgraçado fugiu porém conseguimos acabar com
os homens dele, foi muita ousadia dele me atacar, não faça nada com a filha
dele agora, eu quero matar ela na frente dele.

Luke desligou a ligação e foi atrás de seu inimigo. Depois de muita


perseguição e troca de tiros ele conseguiu pegar o homem e o levou para a
sede.
Vinte nove
Luke estava sentado do lado do leito da Geovanna, a cabeça baixa e o
corpo curvado para frente. Haviam lágrimas em seus olhos. Ele havia
chagado no hospital a meia hora atrás e as notícia que recebeu sobre o estado
de saúde dela o deixara arrasado. Ele sentia vários sentimentos juntos: raiva,
impotência e o pior de todos, culpa, ele sentia culpa por tudo que havia
acontecido a ela.

Ele lembrou de tudo que a médica lhe falou quando chegou no hospital

— Senhor Salvatore?
— Como está a minha esposa
— Podemos conversar na minha sala?
Luke olhou em volta e viu o Edward, Marco e Fabrício, a médica percebendo
a desconfiança dele disse:
— Nós vamos conversar sobre o estado de saúde da sua esposa, somente isso
Ele olhou pra a médica, e consentiu
— Siga-me Senhor Salvatore
Ele a seguiu até a sala, a médica sentou e indicou uma cadeira para ele
— Senhor Salvatore eu vou tentar ser o máximo objetiva sobre os estado de
saúde da Senhora Salvatore, não estou aqui para julgamentos, apenas para
definir o quadro clínico dela
Luke ficou olhando para ela sério e não disse nada
A médica suspirou e prosseguiu:
— Sua esposa chegou aqui com várias escoriações, uma torção no braço mas
a pior de todas foi no abdômen. Ela sofreu traumatismo grave e tivemos que
fazer uma cirurgia de emergência.

Luke suspirou forte e a médica continuou


— o órgão que foi mais afetado foi o útero, especificamente as trompas,
houve um trauma significativo de uma das trompas e essa tivemos que
remover, juntamente com o ovário. A outra trompa nós mantemos, porém ela
está com uma obstrução decorrente de sangramento no útero, esse
sangramento ocorreu algum tempo atrás. O útero também está danificado. Há
sinais de que ela sofreu abuso sexual recente, porém não achamos material
genético que indique que ela sofreu o abuso durante o sequestro.
Ele ficou olhando para a médica sem piscar.
— Em resumo, sua esposa não poderá ter filhos de maneira natural, as
chances são de 0,01%. Por enquanto não podemos saber se ela poderá gerar
uma criança, não sabemos se o útero aguentaria em caso de inseminação in
vitro, isso só com o tempo.

Luke olhava para a mulher completamente estático, nenhum músculo


do seu corpo se movia. A médica levantou-se e disse
— Sinto muito, agora o que a sua esposa vai precisar é de muito apoio e
carinho, pois os danos psicológicos muitas vezes são piores que os físicos.
Ela saiu da sala e o deixou ali com seus pensamentos mais sombrios.

Ele voltou ao presente e ficou olhando para Geovanna que estava


dormindo por conta dos medicamentos que estava tomando. Ele levantou-se e
foi para junto dela, pegou em suas mãos, ela estava tão machucada. Ele
suspirou forte e saiu do quarto.

A mãe de Geovanna estava na recepção e quando o viu foi em direção


dele perguntando:
— Como está a minha filha?
Luke sem olhar para ela de maneira grosso disse:
— Você pode ir lá vê-lá, quarto 25 — e virando-se para o Marco disse:
— Vamos Marco, temos acertos de contas a tratar.
Assim eles saíram e só ficaram a mãe, o Fabrício e alguns soldados para fazer
a segurança dela.

DUAS SEMANAS DEPOIS

— Como está se sentindo filha?


— Bem
— Terá alta hoje, a Dra. Beatriz me falou
— Hã! Que bom
— Não está animada
— Não muito
— Você não vai voltar para a mansão
— Não?! — Ela perguntou surpresa
— Não, a mansão está sendo reformada, a parte da frente foi completamente
destruída com a explosão, você vai para a cobertura do Luke, em Manhattan,
aquela que vocês ficaram na lua de mel.
— Você vai ficar comigo mãe?
— Sim, já até me mudei para lá essa semana
— E o Luke?
— Ele não está morando lá agora, não sei se vai depois que você for para lá.
— Eu espero que não
A mãe suspirou e disse pegando em suas mãos:
— Geovanna, eu sei que tudo isso foi traumático para você mas tenta não
brigar com seu marido, vocês precisam de um tempo, se entenderem
— Mãe, eu não quero me entender com ele. Para que ele vai manter esse
casamento? Eu não posso ter o filho que ele tanto queria, então o mais
sensato é ele me dê o divórcio
— Não fala sobre isso com ele ainda Geovanna, vamos ver como vão se dar
as coisas, talvez ele te dê o divórcio mas não o provoque, ele pode querer
mantê-la apenas por capricho.

Nesse momento alguém bateu na porta e o Luke entrou, a mãe de


Geovanna imediatamente levantou-se e disse:
— Vou deixar vocês sozinhos, com licença
Ela saiu e Luke sentou na cadeira próxima
— Como você está?
— Bem — Disse de forma ríspida
Luke ignorou e disse:
— Você vai para casa hoje
— Já sei, minha mãe me falou e já sei onde vou ficar, não precisa me dizer
— Que ótimo!
Ela olhou para ele e perguntou
— Por que eu tenho que ir para o seu apartamento?
— Porque você é minha esposa
— Você ainda quer continuar casado comigo?
Ele a olhou intensamente sério mas logo começou a rir e disse:
— E por que eu não continuaria casado com você? Não vejo motivos, por
tanto, você vai para o apartamento.
Ela ficou olhando para ele sério. Ele levantou-se foi até ela e pegou nas suas
mãos
— Não vamos discutir, eu quero que você sinta-se bem, eu quero te ver feliz
Geovanna e vou fazer de tudo para que isso aconteça
Geovanna não disse nada, porém em pensamento ela pensava que para ele lhe
dá a felicidade sera lhe dando o divórcio mas não iria falar sobre isso, não
agora.
— Agora vou deixar você com sua mãe para se arrumar.
Ele a beijou nos lábios e foi embora, Geovanna ficou olhando para a porta
sem entender a atitude dele.

UMA SEMANA DEPOIS

Geovanna estava na varanda olhando o Centro Park, o outono em


breve chegará e como todos os anos naquela época, as árvores mudam de cor,
o colorido é tão lindo que deixa Geovanna extasiada, ela adorava todo aquele
espetáculo da natureza.

Ela e a mãe já haviam entrado em uma rotina, no apartamento haviam


empregados que vieram da mansão, a Hillary, a cozinheira, a arrumadeira.
Infelizmente uma das arrumadeiras morreu na explosão, ela estava na frente
na sala, provavelmente arrumando quando aconteceu a explosão. Alguns
soldados haviam morrido também mas ela não os conhecia, então não sentiu
muito.

Luke não estava morando no apartamento com elas, ele vinha todos
os dias para visita-lá, mas sempre formalmente, na sala e sempre
conversavam sobre o estado de saúde dela. No dia seguinte, ela iria voltar no
hospital para avaliação e ele viria buscá-la. O relacionamento deles era frio,
formal, Luke não falava nada sobre o fato dela não poder ter mais filhos, eles
não tocavam nesse assunto, porém ele insistia em manter o casamento.
Geovanna por sua vez, também não falava nada sobre querer o divórcio, ela
iria esperar uma oportunidade para falar no assunto, por enquanto eles
estavam vivendo assim, como se nada tivesse acontecido.

A liberdade dela não era cem por cento, não podia sair do
apartamento, nem com a presença dos soldados, porém, ela não estava
preocupada com isso, não tinha vontade de sair, ainda estava muito ferida por
tudo que havia acontecido.

No dia seguinte, Luke chegou no apartamento para levá-la ao


hospital, ela já estava arrumada e logo saíram. Quando chegaram ela fez
alguns exames e a médica logo os atendeu
— Como se sente Geovanna?
— Bem
— Você está se recuperando muito bem, em mais uma semana você poderá
voltar a sua vida normal
— Vou poder dançar de novo?
— Sim, você pode dançar, não vejo nenhum problema
Geovanna olhou para o Luke que estava sem expressão nenhuma, apenas
sério. A médica continuou:
— Então é isso, daqui a uma semana te vejo de novo.
— Obrigada Dra Beatriz

Eles foram embora e no carro Geovanna decidiu perguntar para o


Luke se poderia voltar a dançar na escola de música
— Não! — Foi a resposta dele
— Por quê? você ouviu a médica dizer que posso voltar a dançar
— Eu ouvi mas você não vai para a escola de música
Geovanna fechou a cara — Por que ele não quer me deixar voltar para a
escola de música? Ela resolveu protestar
— Luke, me deixa dançar, você disse que queria me fazer feliz e minha
felicidade e dançar nada mais
— Daqui a uma semana nós vamos viajar
Geovanna o olhou surpresa e perguntou:
— Viajar para onde?
— Para a Itália
— Minha mãe vai também?
— Não, só nós dois
— Eu não quero ir
— Não é uma opção
— Luke...
Ela não terminou, ele a cortou
— Sem discursão Geovanna, já está decidido e nada vai me fazer mudar de
ideia.
— E o que a gente vai fazer lá?
— Você vai conhecer a minha mãe
— Você tem mãe? — Perguntou com surpresa
Ele a olhou com olhar divertido
— É claro que tenho mãe, como você acha que vim ao mundo?
— Não vi sua mãe no nosso casamento?
— Não a convidei
— Por quê?
— Para de fazer perguntas amore mio, apenas deixe as coisas acontecerem.
A itália é linda e você vai poder descascar, não se preocupe.

Geovanna suspirou, não tinha escolha mesmo, então resolveu não falar mais
nada.

Uma semana depois eles estavam embarcando para a Itália no avião


particular do Luke. Ela não sabia o que esperar dessa viagem, mas iria tentar
aproveitar, ela nunca havia ido a Itália, pelo menos seria uma ótima
oportunidade de conhecer outro país. Por outro lado ela não sabia quais eram
as verdadeiras intenções do Luke com essa viagem, ele nunca lhe dava
satisfação de nada, simplesmente fazia as coisas do jeito dele.

Geovanna olhava para a janela do avião, as luzes de Nova York


sumindo no horizonte. Ela olhou para o Luke que estava sentado em outra
poltrona perto dela, ele retribuiu o olhar e sorriu.
Trinta
Depois de 8 horas de voo sem escala, Geovanna já podia ver a cidade
de Roma do alto. O avião era muito confortável, havia um quarto e ela
descansou bastante lá. Luke por sua vez ficou quase o tempo todo
mergulhado no seu laptop. Ela não se importou, não queria falar com ele,
ainda estava muito magoada com tudo que aconteceu. Agora ela
estava ali com ele e não faz a mínima ideia do por que ele insistiu nessa
viagem, com certeza não é somente para conhecer a mãe dele, pelo pouco que
ele falou sobre ela quando o questionou já dava para perceber que ele não
tem uma boa convivência com ela. Que tipo de filho não convida a mãe para
o próprio casamento?

— Coloque o cinto piccola, daqui a pouco vamos pousar — Luke falou


Ela se ajeitou na cadeira e colocou o cinto. Depois de alguns minutos,
estavam pousando no aeroporto internacional de Roma. Ao descerem do
avião, havia uma limousine preta na pista de pouso e haviam vários homens
de preto, igual nos Estado Unidos, eles faziam a segurança deles. Geovanna
achou estranho ele precisar de seguranças na Itália — será que ele também
tem máfia aqui? — Se perguntou
— Para que tantos seguranças? — ela perguntou
Ele a olhou e pegando em sua mão disse:
— Não deveria nem perguntar isso

Eles seguiram para a limousine e Luke a ajudou entrar no carro. Ele


entrou logo em seguida e sentou do seu lado. Um dos seguranças entrou na
frente junto com o motorista e logo a limousine entra em
movimento a levando para um destino que não faz a mínima ideia. Ela olhava
a cidade através da janela, então resolveu perguntar:
— Para onde vamos? Sua mãe mora aqui em Roma?
— Não vamos visitar minha mãe ainda, vamos passar uns dias aqui em
Roma, quero te mostrar a cidade.
Ela não disse nada, apenas olhou através dos vidros
escuro da limousine.
Depois de algum tempo eles chegaram a um hotel de luxo que parecia
um palácio. Eles seguiram para o saguão e um homem de estatura baixa,
muito bem vestido com um terno impecável veio recebe -los
— Signor Salvatore, que honra recebê-lo aqui, a quanto tempo o Senhor não
vem. — O homem falava em Italiano
— Sí, muito tempo
O homem virou-se para Geovanna e fazendo uma mesura disse
— Seja bem vinda Signora
— Essa é minha esposa, ela não fala Italiano
Automaticamente o homem mudou para o Inglês
— Seja bem vindo Senhora Salvatore
— Obrigada
— Sigam-me, eu mesmo os levarei para o quarto de vocês.
O coração de Geovanna deu um pulo — Eles iriam dividir o mesmo quarto?
— Se perguntou

Seguiram para um elevador luxuoso, o esplendor do lugar a deixou


impressionada. Eles chegaram na cobertura e o homem os conduziu até uma
porta dupla. Ele as abriu e Geovanna se viu em um quarto incrível. A mobília
era estilo vintage todos com detalhes em dourado, haviam obras de artes por
tudo ambiente, no centro do quarto destacava-se a cama enorme, ela olhou
para aquela direção e sem graça desviou o olhar, não queria que ter que
dividir a cama com ele, não pensaria nisso agora. Ela seguiu para a varanda
que tinha uma vista incrível da cidade se Roma, já estava escurecendo e o céu
estava lindo com tons em laranja, ao fundo podia- Se ver a basílica de San
Pedro. Ela ficou encantada.

Estava tão distraída que não percebeu a presença de Luke bem atrás
dela, ela virou e deu de encontro com ele, o mesmo a segurou, eles ficaram se
olhando, ela se perdia naqueles olhos. Ele sorriu, a pegando pela mão e
entraram no quarto, então ele perguntou:
— O que achou?
— Incrível
— Vai tomar um banho, coloque um vestido lindo, vamos jantar
Ela assentiu e seguiu para o banheiro enorme

Luke a seguiu com o olhar, quando ela entrou no banheiro ele foi em
direção de uma das poltronas, sentou, ascendeu o seu charuto a ficou ali com
os olhos fechados.

Geovanna tomou um banho demorado se chuveiro, havia uma


banheira porém ela preferiu algo mas pratico. A porta do closet dava para
dentro do banheiro, o que a deixou aliviada, já que ela não queria passar pelo
quarto somente de hobby. Ela sabe que isso é uma bobeira, se o Luke quiser
fazer alguma coisa com ela, fará, porém ela não queria facilitar as coisas. Ela
entrou no closet e percebeu
que todas as suas roupas e acessórios estavam arrumados com perfeição.
Escolheu um vestido de cetim bege liso com alça fina e longo. A noite estava
agradável então não achou necessário colocar casaco, não sabia onde iriam
jantar, provavelmente no restaurante do hotel. Ela completou o look com
sandálias se salto alto e usou como acessório somente um brinco de pérolas.
Nos cabelos fez um coque solto e deixou alguns fios modulando seu rasto.
Uma maquiagem leve e estava pronta.

Saiu do closet e seguiu para o quarto, Luke também havia trocado de


roupa, parecia que havia tomado um banho porém ela não sabe onde pois não
viu nenhuma movimentação no banheiro que ela usou. Ele estendeu a mão
para ela e disse:
— Vamos

Ela pegou na mão dele e esse a conduziu para a varanda, ele a fez
subir uma escada e logo estavam em um terraço. Havia uma mesa posta para
dois, era tudo tão lindo ali, tão romântico. Luke a conduziu a mesa e
afastando a cadeira a fez sentar, ele sentou na frente dela e a olhou com um
sorriso. Ela estava tão confusa com tudo aquilo, parecia um sonho.
— Está linda amore mio, porém falta algo
Ele levou a mão no bolso do paletó e tirou uma caixa de veludo preto e
entregou para ela
— Abra
Ela o fez e viu repousado em cetim um colar espetacular, cravejado com
diamantes e no centro um pingente de diamante rosa. Ela olhou para a jóia e
ficou sem graça, automaticamente lembrou do colocar que ela deu para a mãe
vender, então fechando a caixa, ela o devolveu
— Não preciso de mais jóias, você já me deu o bastante
Ele não disse nada, apenas semicerrou os olhos e levantou da mesa, o coração
de Geovanna foi na boca. Ele tirou o colar da caixa e se posicionando atrás
dela, colocou o colar em seu pescoço que repousou em seu colo. Então,
abaixando-se em direção a seu pescoço e depositou um beijo, a pele dela
arrepiou-se toda, em um sussurro ele disse no seu ouvido
— Agora está perfeito

Ele voltou para o seu lugar e a olhou com seu olhar intenso, ele sorria
para ela. Geovanna não conseguia relaxar na presença dele, por mais que ele
esteja se esforçando para agrada-lá ela não consegue associa-lo a alguém
bom, muito menos romântico. Ela pensa que a qualquer momento ele se
transforme no demônio que sempre foi.

O jantar começou a ser servido por garçons que saíram sabe-se lá de


onde. A comida estava uma delícia, típico Italiano. Eles também serviram
vinho tinto, Geovanna não estava acostumada a beber mas ela gostou do
vinho, era adocicado porém seco. Ela comeu tudo com gosto. Quando
serviram a sobremesa ela virou-se para o garçom e disse:
— Obrigada, estava tudo uma delicia, agradeça o chefe por mim.
— Si Signora
Ela virou-se para o Luke e com um sorriso perguntou:
— Será que ele me entendeu?
— Sim, entendeu, todos nesse hotel falam Inglês, é uma exigência para
trabalhar aqui
— Oh! Claro
Ela ficou pensando como ele sabia disse, então resolveu afirmar
— Esse hotel é seu não é
— Agora é
— Como assim?
— Recebi como herança do meu avô, pai da minha mãe não só esse hotel
mas toda a cadeia de hotéis Astoria Rome Royal Hotel
— Então foi para isso que nós viemos aqui, para você assumir os negócios do
seu avô?
— Em parte, na verdade eu recebi essa herança no ano passado quando meu
avô morreu, porém só agora tive a oportunidade de vir mas não vim para
assumir nada, eu tenho pessoas que cuidam disso para mim aqui na Itália.
Ela não disse nada, apenas começou a comer a sobremesa. Ao
terminarem, Luke a ajudou levantar e juntos foram para o quarto e silêncio.
Geovanna estava nervosa, ela não queria que ele a tocasse, não estava
preparada depois de tudo que aconteceu. Nervosa, parou no meio do quarto
sem saber o que fazer, Luke aproximou-se, depositou um beijo casto em seus
lábios e disse:
— Fica a vontade, eu vou resolver alguns assuntos. Ele virou as costas e foi
embora deixando-a de boca aberta — Ele havia ido embora e deixou-a
sozinha?
Ela ainda surpresa, foi em direção a cama, sentou-se e sentou algo que ela
não queria sentir. Ciúme, sim, ela estava sentindo ciúme por que ela sabe que
ele não foi resolver assunto nenhum, com certeza está com outra mulher. O
coração dela doeu.

Geovanna demorou a pegar no sono, revirando-se de um lado par o


outro, depois de muito lutar, o cansaço venceu e ela pegou no sono. Ela
dormiu como uma pedra. Já eram por volta de 4 horas da madrugada quando
Luke retornou, ele entrou no quarto de mansinho e foi em direção da cama,
Geovanna estava dormindo profundamente, linda, parecendo uma princesa de
gelo. Ele ficou olhando para ela, contemplando cada pedacinho do seu corpo
em volto do lençol. Ele fechou os olhos, havia bebido um pouco e estava com
a cabeça tonta. Resolveu deitar, do jeito que estava e pegou no sono
rapidamente.

Na amanhã seguinte Geovanna acordou e espreguiçou-se, olhou para


o lado e estava vazio o que a fez pensar que Luke não dormiu Ali. A noite foi
tão boa que esqueceu até de voltar. Ela deu de ombros, escondendo no fundo
das suas entranhas aquele sentimento que insiste em aparecer — Não! Eu não
vou sentir isso, se ele que ter outras mulheres problema dele, pelo menos me
deixa em paz.
Determinada, levantou-se e seguiu para o banheiro, parou estática, Luke
estava lá, enrolado somente com uma toalha na cintura, seus músculos dos
braços e peito estavam a mostra ainda com gotículas de água, os cabelos
molhado, Geovanna ficou sem fôlego, ele a olhou através do espelho e disse
— Bom dia!
— Bom dia — Falou com a boca seca
Ele nada disse e continuou fazendo o que estava fazendo, ela por sua vez
moveu-se pelo banheiro e foi até a pia. Ela estava sem graça por ele está ali,
mas resolveu ignorar. Luke parecia bem a vontade, não se importando com
seu constrangimento. Ela começou a escovar os dentes, ele moveu-se e a
olhando tirou a toalha ficando completamente nu, Geovanna desviou o olhar
rapidamente do reflexo dele no espelho e baixou a cabeça. Ele por sua vez
apenas ficou se enxugando lentamente. Ela estava tão sem graça que não
conseguia se mover. Até que ele decide entrar no closet, Geovanna solta o ar
que até agora não percebeu que estava segurando e rapidamente entrou na
porta que dava para o toalete e fechou. Fez xixi e quando saiu, olhou pela
fresta da porta para ver se ele estava lá, parecia que o banheiro estava vazio.
Então ela correu para o box e tomou um banho rápido, vestiu-se de maneira
informal, jeans, camiseta e tênis.

Ela foi para o quarto e Luke estava sentado em uma poltrona


esperando-a, ele levantou-se assim que a viu e disse;
— Vamos tomar café da manhã e depois vamos
conhecer a cidade, o que você acha?
Ela animou-se e disse:
— Acho ótimo
Ela pegou a bolsa e saíram. Tomaram o café da manhã no restaurante do
hotel, o mesmo senhor que os recebeu no dia anterior veio cumprimenta-los e
ela descobriu que ele era o gerente.

Quando terminaram de tomar o café da manhã foram fazer turismo


pela cidade, o sol estava delicioso, eles andaram a pé, porém ela percebeu que
eles não estavam sozinhos, os seguranças sempre atrás, eles eram discretos e
Geovanna deu de ombros, resolveu relaxar e curtir esse momento, não queria
lembrar que era casada com um mafioso.

Eles foram para vários pontos turísticos. O primeiro lugar que ela
escolheu para conhecer foi a Basílica de San Pedro, ficou admirada pelo
esplendor do lugar, com arquitetura renascentista e obras de artes que ela só
havia visto em livros. As pinturas eram algo a parte, toda a igreja haviam
anjos pintados nas paredes nus, o local era um santuário e ela sentiu-se bem
ali. Eles continuaram o passeio e Luke fazia tudo que ela queria, ele comprou
uma chapéu para ela que os vendedores de rua vendiam em suas barracas
coloridas, ela também comprou varias objetos de artesanato para levar como
lembrança para a mãe e o irmão e até para o Marco. Luke não se importou,
apenas pagava.

Ela tirava muitas fotos com seu celular e enviava para a mãe, estava
tão feliz, aquele realmente estava sendo um dia perfeito. Na hora do almoço,
eles comeram em um restaurante típico italiano, com muita música e pessoas
dançando, nada chic e sofisticado. Ela estava adorando, o povo italiano muito
simpáticos e alegres.

Eles haviam acabado de comer e ela batendo palmas e sorrindo,


assistia os casais dançando no meio do salão do restaurante, quando um rapaz
bem
apessoado, aproxima-se dela e pegou em suas mãos a puxando para o salão,
imediatamente,Luke levanta-se e vários dos seus seguranças que estavam
espalhados pelo restaurante também levantam-se. Todas as pessoas olham
assustadas.

O rapaz que segurava a Geovanna olhou para o Luke e para todos


aqueles homens e assustado imediatamente à solta e vai embora misturando-
se as outras pessoas. Ela fica tão sem graça que sai do restaurante pisando
fundo, ele vai atrás dela, a alcança rapidamente e a segura
— Para Geovanna
— Me solta!
— Não vou te soltar, a culpa é sua por ter escolhido esse restaurante popular,
as pessoas aqui
pensam que podem tocar em tudo mas não em
você.
— Me deixa, você é um esnobe, ele só iria me tirar para dançar, não sou um
animalzinho de estimação seu
Luke com raiva apertou os braços dela e disse:
— Sim você é, você é minha, minha mulher e nenhum babaca vai tocar em
você.
Geovanna também com raiva tentou sair mas ele a segurava com mais força,
então com a voz alterada e gritando ela disse:
— Eu não sou propriedade sua, agora que não posso ter seu filho não quero
que me toque, eu quero ser livre e essa viagem idiota que você arrumou não
vai me convencer do contrário, quando voltarmos para os Estados Unidos eu
quero o divórcio, ouviu , o divórcio.

Ele a olhou sério, os olhos soltando faíscas, porém ele apenas respirou fundo
e disse:
— Não vamos falar sobre isso aqui, nós viemos para essa viagem para relaxar
e eu quero que você aproveite, não vamos brigar tá bom?

Ela ainda desconfiada, resolveu aceitar, ela também não queria que aquela
viagem se tornasse um desastre, ela estava adorando
— Tá bom, sem brigas
Ele riu e perguntou
— O que você quer fazer agora?
— Vamos ao museu?
— Você que manda

Então, eles foram para o museu. Geovanna adorou, Luke contava a história
da Itália para ela. No final
do dia, eles caminharam pela praça San Pedro, sentaram em um banco e
Geovanna jogou migalhas de pão para os pombos. Tirando o incidente do
restaurante, o dia foi perfeito.

Quando voltaram para o hotel, jantaram e quando foram para o quarto mais
uma vez ele saiu dizendo que tinha negócios a resolver e mais uma vez ela
dormiu sozinha, com aquele sentimento que ela não queria sentir.
Trinta um

O dia amanheceu lindo, realmente a Itália é um encanto, ela estava


contente por está vivendo aquela experiência. Se não fosse todos os
problemas relacionados ao casamento dela, aquela viagem seria perfeita. Ela
estava pronta para ir a Veneza, a cidade dos amantes como é conhecida,
segundo Luke, iriam ficar lá por alguns dias. Eles ficaram uma semana em
Roma e nenhum dia Luke a procurou. Durante o dia elesfaziam coisas juntos
fora do hotel e a noite ele a deixava no quarto e saia.

Ela respirou fundo, inalando o perfume da manhã através da varanda


do hotel, ficou contemplando o horizonte com os pensamentos ao longe, sem
perceber a presença do Luke atrás dela. Fechou os olhos e sentiu os braços
deles em volta da sua cintura. Ela abriu os olhos rapidamente e ficou tensa.
Desde do sequestro que ele não a tocava com mais intimidade. Ela tentou sair
do abraço, porém ele a segura com força e a mantém presa em seu abraço.
Ele começa a beijar seu pescoço e desliza a mão pelo seu corpo. Ela já
podia sentir a ereção dele em suas costas e mais uma vez tentou sair do
abraço
— Me solta Luke

Ele não a soltou, muito pelo contrário, a virou de frente para ele e a
beijou com intensidade. Ele a devorava com a boca, a língua a invadindo,
forçando-a a aceitar aquele beijo. Geovanna ainda tentou sair mas aos
poucos vai cedendo. Ele para de beija-lá e a pega no colo, entra no quarto e a
coloca na cama, Geovanna sabia o que iria acontecer e mesmo que ela resistir
não vai adiantar, então usa as palavras
— Não temos uma viagem agora? Eu já estou pronta, não quero me
desarrumar

Ele apenas riu para ela e não disse nada. Começou a se despedir, logo
seu físico perfeito se mostra, Geovanna com os olhos arregalados e
respiração irregular, fica hipnotizada. Ele termina de se despir e fica
completamente nu e sem demora a abraça beijando-a, Geovanna não queria
ceder tão facilmente, então disse:
— Para onde você ia todas as vezes que saia à noite?
Ele a olhou com surpresa e com um sorriso safado disse:
— Está com ciúmes bambina?
— Não é isso, eu só não quero pegar alguma doença, não sei com que tipo de
mulher você anda
— Você acha que eu transo com alguma mulher sem proteção? É claro que
não.
— Então você saiu com alguma mulher esses dias?
Ele suspirou e disse:
— Não Geovanna, todos os dias eu ia para o bar e ficava lá bebendo sozinho,
tentando não subir para esse quarto e fazer o que eu queria fazer com você.
Estava tentando não te magoar. Está satisfeita?
— Por que desistiu? Por que me procurou hoje?
— Porra Geovanna! Vai ficar me questionando? Foda-se essa Porra toda, eu
quero você e vou ter, não sou santo, nunca serei e você não faz ideia como eu
me controlei esses dias para não subir aqui e foder você.

Ela ficou olhando para ele com os olhos arregalados de medo e ao


mesmo tempo de desejo, era tudo tão confuso
— Porra Geovanna, vamos viver esse momento, esqueça tudo, apenas sinta,
sinta o quanto te desejo, o quanto te quero
Ele a beijou e ela não resistiu, fechou os olhos e se entregou. Luke sem
demora a despiu e começou a explorar seu corpo com a língua, os seios dela
ficaram rígidos e a pele arrepiada. Ele começou a sugar seus mamilos. Ela
sentiu a vagina começar a lubrificar. Luke foi descendo explorando seu corpo
com a boca até chegar em sua intimidade, ele começou a passar a língua em
seu clitóris, fazendo-a arquear o corpo, de seus lábios saiam pequenos
gemidos. Ele explorou sua vagina até quando sentiu que ela ia gozar, ele
então sem demora, a penetrou, ela abriu os olhos e começou a seguir o ritmo
dele. Luke não estava sendo nenhum pouco violento, pelo contrário, ele a
penetrava de forma gentil, porém firme. Ela podia sentir o pênis na sua carne
molhada e apertada. Luke gemia alto, ele a abraçou com força e intensificou
as estocadas. Geovanna abriu as penas o máximo que pode para recebê-lo
melhor. Os dois corpos suados se amaram até que Geovanna e Luke em uma
entrega total caem em um prazer infinito. Ele libera seu líquido quente dentro
dela com jatos potentes e a cavidade de Geovanna aperta o pênis com os
músculos pulsando de prazer.

Eles caem exaustos e ficam abraçados por algum tempo. Depois que
se recuperam, Luke volta a possuí-la, aquela manhã estava longe de acabar.
Ele a possuiu por horas, quando finalmente ele a deixou descansar, ela caiu
em um sono profundo, estava exausta. Luke por sua vez não dormiu, ele
ficou olhando para ela, tão linda, tão dele. Seu coração bateu descompassado,
aquele sentimento que tanto ele luta está cada vez mais forte e descontrolado.
Ele a manterá com ele até aquele sentimento não existir mais, ele não sabe até
quando mas jamais a deixará ir embora, mesmo que ela não passa lhe dá o
filho que ele ta

***

Eles já estavam em Veneza a dois dias, dois dias de pura magia e


encanto. Eles faziam tantas coisa juntos, Luke a levou a lugares incríveis,
passearam se de gôndola pelo canal, Luke alugou a gôndola somente para
eles em foi uma experiência maravilhosa. Quando eles não estavam
passeando, estavam no quarto do hotel se amando. Geovanna desistiu de
lutar, ela não queria pensar em mais nada a não ser viver aqueles momentos
como se não houvesse amanhã. Luke não estava sendo violento, porém o
sexo era muito intenso o que a deixava com marcas pelo corpo. Ele era
insaciável, eles transavam em qualquer hora e local. Até no elevador do hotel
ele transou com ela, ele fez com que o elevador parasse e ali a possuiu.

Geovanna havia acabado de tomar banho e arrumar-se para o jantar.


Essa seria a última noite deles em Veneza, segundo Luke eles iriam partir na
manhã seguinte para o sul da Itália para conhecer a mãe dele. Ela estava
nervosa, não sabia o que esperar da mulher. Luke não falava muito sobre a
mãe, a única coisa que ele falou foi que era a filha única do seu avô e que
morava em um vinhedo no sul da Itália.

Luke chegou e a foram juntos para o restaurante do hotel para uma


mesa reservada. Ele a fez sentar e logo o garçom trouxe o cardápio. Ele a
olhava com intensidade sempre, o que a deixava nervosa. Luke escolheu o
vinho que por sinal era maravilhoso e ela disse isso a ele

— Vem da vinícola da minha família


— Sua família produz vinho?
— Sim, minha mãe mora lá, amanhã você irá conhecer
— A família da sua mãe é grande?
— Não, na verdade há somente ela, meu avô tinha um irmão que morreu
cedo e não teve oportunidade de formar uma família, meu avô por sua vez
casou-se e ao teve a minha mãe, não teve um filho homem para deixar seu
legado. Quando minha mãe casou com meu pai eles foram para os Estados
Unidos e eu nasci. Eu sou o único herdeiro de dois legados, a fortuna do meu
avô e a Mafia do meu pai.
— Então seu avô não pertencia a Máfia
— Não, porém meu pai que vem de uma familia de mafiosos aqui da Itália, se
apaixonou pela minha mãe e indo contra todas as regras da família mafiosa
de que ele tinha que casar com uma mulher escolhida que pertencia a outra
família mafiosa, ele casou com minha mãe e imigrou para os Estados Unidos
começando a sua própria máfia. O pai dele ficou arrasado pois ele era o
primogênito. Meu tio irmão do meu pai assumiu a máfia aqui, porém ele já
está velho e seu único filho homem está desaparecido. Esse foi um dos
motivos de eu ter vindo para cá.

— Então, se o seu primo não aparecer, você será o único herdeiro homem do
seu tio?
—Exatamente
— Então, você terá que se mudar para cá?
— Não, eu vou nomear uma pessoa para tomar conta das coisas por aqui, mas
meu tio tem esperança de encontrar o filho
— Seu tio tem mais filhos?
— Sim, mais 2 filhas
— E elas não podem assumir a máfia?

Ele riu
— Não na nossa família, mulher não se mete em negócios
— Que machismo

A comida deles chegou e começaram a comer em silêncio. Geovanna


ficou pensando sobre todas as coisas que ele falou sobre a família e percebeu
a importância que tinha ele ter filhos para dar continuidade a dinastia. Ela não
poderá lhe dá um filho, aquela constatação fez seu coração ficar pequeno,
pela primeira vez ela pensou sobre o que tinha acontecido a ela — Nunca
poderei gerar uma vida, nunca poderei ser mãe — Ela pensou com uma
tristeza e seus olhos encheram-se de lágrimas, Luke percebeu
— Você está bem?
— Com licença, preciso ir ao banheiro

Ela levantou-se e praticamente correndo entrou no banheiro, os


seguranças imediatamente levantaram-se e a seguiram e Luke também, ele
ficou andando se um lado para outro na porta do banheiro.
Geovanna se trancou no toalete e sentou no vaso, as lágrimas começaram a
descer como cachoeira. Ela havia pedido tanto Deus para não engravidar,
chegou a odiar o bebê que estava em seu ventre. Agora não podia mais gerar
uma vida e com certeza com o tempo, Luke irá deixá-la e encontrar alguém
que posso lhe dar filhos. Deus ouviu todas as suas preces, não era isso que ela
queria? Livrar-se desse casamento?

Então ela tomou uma decisão, iria aproveitar o máximo dessa viagem
mas quando retornasse para os Estados Unidos iria pedir o divórcio, ela não
viveria mais com ele. Iria seguir sua carreira.
Alguém bateu na porta do banheiro assustando-a
— Senhora Salvatore, seu marido está lá fora preocupado, ele pediu para eu
verificar se está tudo bem
— Eu estou bem, diga para ele que já vou sair.
— Tudo bem

Quando a mulher saiu ela foi até a pia, lavou os rosto, refez a
maquiagem e saiu do banheiro, Luke estava em pé a esperando
— O que aconteceu? — Ele perguntou
— Nada, só coisas de mulher — ela riu para ele
Luke ficou olhando para ela sério, porém não disse nada, apenas levou-a pela
mão até a mesa. Eles terminaram o jantar e foram para o hotel.

Assim que chegaram no quarto, Luke já a agarrou e levou para a cama


entre beijos. Eles se amaram a noite toda.

***

O carro seguia pela estrada, Geovanna já podia ver as plantações de


uva, ela quilômetros e mais quilômetros de campo de uva. Ela pode ver de
longe os trabalhadores colhendo as uvas, estava maravilhada. O carro seguiu
para uma entrada com portões altos de ferro, esses abriram automaticamente
e o carro de deles entraram e logo atrás o comboio que os seguiam com todos
os seguranças. O carro parou em frente a uma casa, não uma casa, mas um
palacete. Eles subiram as escadas e as portas foram abertas por um mordomo
muito bem vestido, eles entraram no hall e Geovanna ficou impressionada,
ela estava em um verdadeiro palácio.

Logo uma mulher, alta, muito elegante e de porte altivo veio ao encontro
deles.

Ela olhou para Geovanna de alto a baixo, com um olhar frio e nenhum sorriso
no rosto. Então virando-se para o Luke perguntou:
— Essa é sua esposa?
— Sim, Geovanna
A mulher a olhou de volta com desdém, Geovanna sentiu-se incomodada, ela
estava vestida de maneira simples, a pesar serem roupas de grife não se
comparava as roupas que a mãe de Luke estava usando. Geovanna também
não usava nenhuma jóia, exceto os brincos, ela estava completamente
desnuda de jóias. Por outro lado a mãe dele estava com tantas jóias que
parecia uma árvore se natal, Geovanna riu por dentro.

A mulher olhou para seu rosto, aproximou-se., pegou em suas mãos e


a fez girar
— Muito magra, você não come?
— Não começa Antonella — falou Luke
— Como não Luke, você me trás uma criança magrela e me apresenta como
esposa.
E virando-se para Geovanna pergunta:
— Como você aguenta ele?
— Antonella, basta! — Luke disse ríspido
Geovanna ficou tão sem graça que não sabia onde esconder o rosto. A mulher
era tão arrogante, agora ela sabia quem Luke puxou.
— Bene, bene, vamos, mandei preparar um lanche para vocês.

Eles seguiram para uma varanda muito linda, havia uma mesa bem
arrumada. O mordomo afastou a cadeira para a mãe de Luke sentar e Luke
afastou a cadeira para ela sentar
— Obrigada — Agradeceu
Antonella não tirava os olhos dela, a mulher parecia que era dona do mundo.
O lanche começou a ser servido e logo a mãe de Luke começou a falar

— Então Geovanna, a sua família tem descendência Italiana tendo em vista


que que seu nome é Italiano?
— Não senhora, porém meu pai sempre gostou da Itália e nomeou os filhos
com nomes Italiano, meu irmão se chama Fabrício
— Seu pai é vivo?
— Não, morreu recentemente
A mulher não disse uma palavra de conforto, como qualquer pessoa faria em
um caso desses.
— Estão casados a quanto tempo?
— 6 meses
— 6 meses e ainda no engravidou sua mulher Luke?
Geovanna ficou vermelha na hora, ela ficou tão constrangida que não sabia o
que fazer, Luke por sua vez não demostrava nenhum sentimento, parecia que
nada o abalava, apenas olhava para a mãe com olhar frio.

A mulher olhou de um para o outro e deu uma gargalhada


— Vai me dizer que se casou com uma mulher seca Luke? Que não poderá
lhe dá filhos
— Quando eu decidir ter um filho, você ficará sabendo, por enquanto eu e
Geovanna não vamos ter filhos
Geovanna olhou para ele — O que ele quis dizer com isso? Ele sabe que
nunca poderão ter filhos, por que disse que quando decidisse ter um filho a
mãe
seria comunicado? Só há uma resposta para isso, ele realmente irá separa-se
dela e casar com uma mulher que possa lhe dá filho — Geovanna pensou

— Hum! Você é igual a seu pai, só faz o que te dá telha


Antonella virou-se para a Geovanna e disse:
— O pai do Luke me arrastou para o seu país, eu odiava aquilo lá, assim que
Enrico morreu voltei para a Italia. Estou aqui nessa casa que era do meu pai
vivendo de favor, já que Luke herdou tudo. O mundo para as mulheres é
cruel, você não acha?
— Está reclamando de que Antonella? não pretendo vir morar aqui, você
sabe disso —Luke disse
— Sim eu sei, você só quer saber dos lucros, nunca se interessou pelos
negócios do meu pai, somente para a Máfia.
— É isso que sou, foi para isso que nasci.

A mãe de Luke apenas o olhou sempre com seu olhar superior.


Geovanna Sentia-se como um inseto perto dela. Depois de alguns horas,
Geovanna encontrava-se em um quarto enorme, a vista dava para a infinidade
de terra que pertenciam a Luke. Ele aproximou-se dela e a abraçou
— Tudo isso é seu?
— Sim, até além do que seus olhos podem alcançar
— É tão bonito. Por que você não deixa a máfia e se dedica a isso, tenho
certeza que dá tanto dinheiro quanto a máfia
— Não estou na máfia somente por causa do dinheiro, como você vê, eu
tenho muito e de sobra. Estou na máfia pelo poder, eu fui criado para ser um
mafioso, está no meu sangue.

Ela se desvencilhou do abraço e entrou no quarto.


— O que foi Geovanna? Você sabe perfeitamente quem eu sou agora e você
é a esposa de um mafioso e nada vai mudar isso.
— Eu sei! — Ela baixou a cabeça e continuou — Sua mãe não gostou de
mim
— Antonella não gosta de ninguém
— Por que você não a chama de mãe?
— Porque ela odeia esse título e além do mais a considero somente como a
mulher que me gerou, ela nunca foi minha mãe.

Geovanna ficou triste, ela começou a imaginar como foi a vida de


Luke, com um pai que o ensinava a ser um mafioso frio e uma mãe que não
lhe deu amor. Pela primeira vez ela sentiu pena dele.

Luke a abraçou e disse


— Vamos esquecer tudo, eu só quero você bambina, só quero senti-la, toca -
la, fazê-la minha em todos os sentidos. Vem! quero te levar ao paraíso.
Trinta dois
Geovanna acordou e encontrou-se sozinha no quarto, ela fez a
higiene matinal e viu que o dia estava quente, resolveu colocar um vestido
floral. Arrumou os cabelos deixando-os solto e fez uma maquiagem
caprichada já que ela tinha certeza que a mãe do Luke irá reparar cada detalhe
dela.

Na noite passada depois que Geovanna e Luke foram para o quarto,


não saíram mais de lá. Nem para o jantar eles desceram, o mordomo bateu na
porta deles dizendo que o jantar iria ser servido porém Luke simplesmente
ignorou, Geovanna ainda tentou dizer que era indelicadeza deles não
jantarem com a mãe dele no primeiro dia deles ali mas Luke com sua frieza
apenas disse que a Antonella não se importaria e que ele era o dono daquela
casa por tanto não iria fazer o que não queria somente por etiqueta. Com isso
ele a abraçou e continuaram na cama até trade da noite quando ele descuidou
ir até a cozinha e pegar alguma coisa para comerem.

Ela desceu as escadas, não fazia a mínima ideia de como funcionavam


as coisas ali, ela estava com fome e gostaria de tomar uma café da manhã mas
não faz a mínima ideia se já foi servido ou não. Ela sentiu raiva do Luke por
deixá-la sozinha ali. Ao chegar em baixo ela ficou sem saber em que direção
tomar, a cada era enorme. Por sorte o mordomo apareceu e com uma mesura
a cumprimentou.
— Oh! Desculpe mas o senhor viu meu marido, o Luke
— Ele saiu Senhora, porém a Senhora Salvatore está na sala de chá, queira
me acompanhar por favor

Geovanna acompanhou o homem já desanimada, iria ficar com a mãe


do Luke sem a presença dele. O mordomo a conduziu a uma sala lindíssima e
Antonella estava sentada em um dos sofás lendo um periódico. Ao vê-la,
apenas levantou o olhar acima dos óculos com cara de nojo. O mordomo saiu
deixando- a ali com a megera.
— Olha quem está aqui, a esposa criança do Luke, não é à toa que ele te
chama de bambina.
Geovanna ficou vermelha, ela não queria ficar sem graça perto daquela
mulher mas não tinha como, porém decidiu se defender
— Já tenho 18 anos Senhora
A mulher riu alto e com voz de escárnio disse:
— Nossa, como é adulta (risos), onde Luke arrumou uma criança para ser a
primeira dama da máfia?

Geovanna já ficou com lágrimas nos olhos, ela nunca quis esse casamento,
nunca quis ser primeira dama de máfia nenhuma e agora tinha que ficar
aguentando ser humilhada por aquela mulher, Luke teve a quem puxar

Antonella continuou olhando para ela de baixo a cima


— Não tinha algo melhor para vestir? Luke não te dá dinheiro para comprar
roupa?

O ódio da Geovanna subiu pelo rosto em proporções assustadoras, ela


não iria ficar nem mais um minuto ali com aquela mulher lhe humilhando,
virou as costas e já ia saindo quando escutou
— Sente-se Geovanna
Geovanna percebeu que não era um pedido, mas uma ordem. Então,
respirando fundo, virou-se e sentou no sofá que Antonella apontava.

Antonella ainda com olhar altivo, pegou uma sineta e tocou,


imediatamente o mordomo apareceu
— Peça para servir o café da manhã
— Sim Senhora
O mordomo se retirou e Geovanna decidiu perguntar pelo Luke
— Deve está vendo os lucros, é só nisso que ele pensa ou em outras coisas
Ela ficou vermelha, a mulher era realmente muito indelicada, então para ser
educada disse:
— Desculpa-nos por não ter descido para o jantar ontem à noite, eu acabei
pegando no sono e Luke não queria me acordar — disse isso somente para
disfarçar o fato dela e Luke não terem descido para o jantar por estarem
transando.

A mulher riu:
— Tenho certeza que você nem dorme quando está com o Luke
Ela fechou os olhos, estava tão constrangida, as coisas só pioravam, que ódio
ela sentia do Luke por ter saído e não voltado ainda
O mordomo apareceu anunciando que a mesa já estava pronta para o café da
manhã. Elas seguiram para uma sala de jantar espetacular.
O café da manhã começou a ser servido e Antonella começou a fazer
perguntas:
— Você tem alguma profissão?
— Sou bailarina Senhora
— Bailarina? Aquelas esqueléticas que ficam girando em cima de um palco?
Agora entendo porque é tão magra

Geovanna não aguentou mais e levantando-se já ia retira-se, porém


Luke chaga nessa hora e a segura e a faz voltar para a mesa
— Senta
Ela ainda tenta desobedecê-lo mas ele a segura com força e a faz sentar
Geovanna fica de cabeça baixa e com lágrimas nos olhos, Antonella fala:
— Sua esposa é muito mimada Luke
— Cala a boca Antonella ou quem vai retirar-se dessa mesa é você, ou
melhor, sairá dessa casa e irá morar em um apartamento no centro de Roma
sem empregados e com 100 euros na sua conta por mês.
— Você não faria isso comigo
— Já estou quase fazendo

Antonella ficou quieta, porém continuou com olhar frio e altivo para
Geovanna. Ela por sua vez comeu sem vontade nenhuma, a fome que estava
sentindo sumiu. Luke parecia um rei, sentado na cabeceira da mesa com seu
porte superior.

O café da manhã terminou e Geovanna deu graça a Deus, não


aguentava mais ter que fingir que estava tudo bem. Luke a pegou pelas mãos
e a fez seguir até o escritório da casa.
Ele a abraçou e começou a beija-la, ela o afastou e disse
— Você só pensa nisso?
— Com você o tempo todo — ele a abraçou de novo
— Pois podíamos fazer outra coisa, me leva para o campo de uva, eu quero
ver como é
— Hum! Eu estava pensando em fazer coisas muito mais interessantes do que
ver uvas
— Aqui no escritório?
— Sim, entre um documento para assinar e outro, você me detrairia
Ela saiu do abraço dele e disse indignada
— Você só me ver como um objeto sexual.
— Não é isso amore mio, é que você é tão deliciosa que não paro de querê-la
— Luke, por favor, me leva para ver as uvas, me conta como é produzido o
vinho
Ele suspirou e disse:
— Quando você faz essa carinha se súplica, consegue tudo. Tá bom, vamos
ver essas benditas uvas. Primeiro precisa trocar de roupa, coloca uma bota, é
melhor para andar entre a plantação
Ele piscou para ela

Geovanna correu para o quarto e trocou de roupa, colocou uma


bermuda, uma blusa e botas. Prendeu os cabelos em um rabo de cavalo. Ela
desceu correndo as escadas e encontrou Luke a esperando, ele a olhou de alto
a baixo e riu
— Você realmente é uma menininha
— Até você? Não sou uma menininha
— É sim, minha menininha desejável
Ela apenas deu de ombros e saiu com Luke a segurando pelas mãos. Havia
uma pickup parada na frente. Eles entraram e Luke assumiu o volante. No
caminho, ele foi mostrando para ela a propriedade e contando a história.
Logo chegaram a plantação de uva, ele a ajudou a descer do carro e disse.
— Daqui desse ponto, só andando a pé ou com trator.Vamos!
Eles entraram entre as uvas e Geovanna ficou encantada, eram tantas uvas.
Ela colheu algumas e comeu, eram tão doces. Ela tirou varias fotos. Luke
então começou a lhe falar como era a produção do vinho
— Primeiro há a colheita, está vendo aquelas pessoas naquele campo? Estão
colhendo a safra que está pronta. Depois toda a uva é levado para os
terrenos para que seja esmagada. Nos ainda usamos forma artesanal de
esmagamento que é usando os pés, por isso nosso vinho é um dos. embora do
mundo. Que ir tentar?
— Eu posso?
— Você pode tudo meu anjo
Ela riu e o seguiu até os terrenos, haviam varias pessoas fazendo os
esmagamento. Então um homem aproximou-se deles e disse:
— Senhor Salvatore, que honra tê-lo aqui
— Minha esposa quer pisar algumas uvas
— É claro
Geovanna foi levada para um lugar onde eles colocaram uma espécie de bota
de coro com suspensório nela. Então ela começou a pisar as uvas. A sensação
era tão boa. Ela pisou varias uvas e algumas pessoas que estavam lá também
se aproximaram dela e um rapaz a pegou na mão e a ajudou equilibra-se. Ela
ria, segurando a mãos do rapaz, ela quase caiu e o mesmo a segurou pela
cintura, ela riu. Luke ficou olhando a cena com seu olhar frio e a cara
fechada. Então ele fez sinal para o homem responsável ali e falou alguma
coisa para ele. O homem apenas assentiu afirmativamente com a cabeça e se
afastou.

Quando se deu por satisfeita saiu de lá e foi ao encontro do marido,


ela sorria como uma boba. Luke apenas a olhou sério, pegou em suas mãos e
praticamente a arrastou para o depósito. Ele mostrou os barris onde a uva
ficava fermentando e os barris onde o vinho produzido ficava para
envelhecer. Ele deu um pouco para ela experimentar.
— É tão bom

Luke a levou de volta para a plantação de uva em um lugar bem


afastado, não havia ninguém ali. Ele a abraçou e começou a beija-lá. Ele
colocou a mão por debaixo da sua blusa e começou a massagear seus seios.
Geovanna suspirava. Ele a fez deitar entra as uvas e começou a abrir seu
bermuda
— O que você está fazendo? Não podemos fazer isso aqui
— Você já teve a sua diversão, agora é a minha vez.
Ele sem cerimônias tirou sua bermuda e praticamente arrancou a calcinha
dela e entre beijos a penetrou, ele começou os movimentos rápido, forte e
ritmados, parecia que ele nunca havia transado antes de tão desesperado ele
estava. Ela não conseguia relaxar, estava incomodada por está fazendo sexo
ali, no meio das uvas, Luke não tinha limite, quando ele queria, não
importava o lugar.

Ele gemia e a penetrava com muita força, era tão intenso que ela
começou sentir dor em vez de prazer.
— Luke você está me machucando
— Foda-se, eu adoro foder você assim, com força.
Ele intensificou as estocadas e Geovanna apenas fechou os olhos, naquele
momento ela soube que ele estava com raiva de alguma coisa. A forma como
ele a penetrava não era para lhe dar prazer mas como forma punitiva, ela
tinha certeza que ele não queria lhe dar prazer mas machucá-la.

Depois de minutos que pareciam horas ele finalmente gozou, entre


uivos se prazer ele continuou as investidas fundo, seu corpo tremia em em
cima dela. Quando ele parou, saiu de dentro dela e levantou-se. Geovanna
imediatamente, com lágrimas escorrendo pelo rosto, procurou suas roupa.
Com as mãos trêmulas ela colocou a calcinha e a bermuda e ficou ali sentada
com as penas dobradas e os braços abraçados ao joelho. Ela estava tão
confusa — Por que ele fora tão violento?

Luke estava de pé, ele ajeitou as roupas, não havia nem se despido
completamente, apenas havia aberto as calças. Ele a olhou ainda sentada no
chão, abaixou-se e a fez olhar para ele, ela estremeceu. Ele olhou para
aqueles olhos molhados de lágrimas, e sem piedade pegou em seu rosto com
força apertando e disse:
— Na próxima vez que você se engraçar para qualquer homem, eu vou te dar
uma lição para nunca mais esquecer entendeu?
Ela ficou confusa, não sabia o que ele estava falando, não havia feito anda,
então tentou falar entre lágrimas:
— O que eu fiz?
— Não se faça de inocente, você com essa carinha de anjo só engana, já está
avisada.

Ele a soltou com brusquidão e começou a andar, ela levantou-se e


começou a correr atrás dele. Chegaram até o carro, ele sentou-se atrás do
volante e a esperou entrar, mal ela sentou ele arrancou com o carro, nem
esperou ela afivelar o cinto de segurança.

Quando chegaram na casa, Luke desceu do carro e subiu as escadas


sem esperá-la. Geovanna veio logo atrás e entrou na casa, a mãe de Luke
estava no hall
— Os pombinhos brigaram é? Luke parecia um touro bravo passando por
aqui
Geovanna não disse nada, apenas pediu licença e seguiu para a
escada. Chegando no quarto ela correu para o banheiro e tomou um banho.
Quando terminou, ficou na varanda olhando para o nada. Depois de algum
tempo ela escutou alguém batendo na porta, foi até lá e abriu, era o mordomo
— Madame pediu para avisar que o almoço será servido e perguntou se a
Senhora irá acompanha-lá
— Hã! Peça desculpas a ela, mas diz que não me sinto muito bem.
— Sim Senhora

O mordomo se afastou e ela fechou a porta. Resolveu deitar um pouco


e acabou pegando no sono.

Luke estava no escritório muito puto, ele não queria machucar a


Geovanna mas ela o deixa fora de si — Porra! Eu não consigo me controlar,
ela fica toda sorridente para qualquer um — Ele passa mão pelos cabelos e
senta na cadeira — Foda-se, não vou me sentir culpado, ela mereceu e
merece muito mais por ser tão, tão... oferecida.

Perto da hora do jantar, o mordomo de novo bateu na porta, Geovanna


já estava acordada e foi atender a porta
— Madame mandou avisar que o jantar será servido às 8 horas.
Ela desanimada, trocar de roupa, Luke não havia aparecido, o que ela achou
ótimo pois não queria nem olhar na cara dele. Ela se vestiu e desceu para a
sala de jantar, não havia ninguém ali, então foi para a sala de estar, a mãe do
Luke e ele já estavam lá. Antonella a olhou de alto e baixo daquele jeito que
sempre faz e virando-se para o Luke disse:
— Deveria pagar uma escola de etiqueta para sua mulher Luke, não sabe nem
vestir-se para um jantar.

Geovanna então, com muita raiva, resolveu jogar às favas a boa


educação e olhando para a velha disse:
— E você deveria ter aulas para aprender como não ser arrogante e
presunçosa, aliás, vocês dois, mãe e filho, deveriam estudar nessa escola, ou
melhor, deveriam sumir do mapa, tenho certeza que não fariam falta para
ninguém.

Depois que ela falou tudo aquilo fez menção de sair da sala, porém
Luke com voz de comando a fez parar
— Sente-se, se sair dessa sala vai se arrepender
Ela olhou para ele com os olhos cheios de lágrimas — Como ele era tão
cruel, a levando ali para conhecer a mãe que ele sabia muito bem como era?
Por que ele gosta de humilha-lá? — Se perguntou
Para que não houvesse mais problemas, ela resolveu obedecer e sentou. Luke
por sua vez, olhou para a mãe e disse:
— Mais uma palavra sua, sairá dessa casa hoje. Para que pense sobre o que
aconteceu, vou reduzir sua mesada pela metade
— Você não vai fazer isso? — Antonella perguntou alarmada
— Vou, já está decidido
Ninguém falou mais nada, a mãe de Luke a olhava com ódio mortal. Ela por
sua vez ficou de cabeça baixa. Luke como sempre inabalável, continuou
fumando seu charuto.
Na hora do jantar, todos seguiram para sala e o jantar transcorreu sem mais
nenhum incidente.

Depois do jantar Geovanna subiu para o quarto,ela não queria ficar


mais nenhum minuto com a mãe e o Luke. Uma hora se passaram e Luke
entrou no quarto, Geovanna não queria que ele a tocasse aquela noite, porém
ela sabe que isso é quase impossível, assim que entrou no quarto Luke foi em
sua direção e a pegou na mão fazendo-a levantar do sofa e a puxou para a
cama, ela resolveu protestar

— De novo?
Ele não disse nada, apenas a empurrou na cama
— Eu não quero
— Você não tem escolha por tanto cala a boca e faz o que uma esposa tem
que fazer.

Geovanna não resistiu, seria pior, então ele fez o que sempre faz e ela apenas
fechou os olhos.

Na manhã seguinte, o celular do Luke não parava de tocar, ela acordou e


percebeu que estava abraçada a ele, tentou sair, porém ele a segurou junto
dele e pegou o celular, era o Edward
— Alô
— Luke, descobrimos quem foi o traidor, quem ajudou o Vicenzo a te atacar
Luke levantou-se em um salto e
disse:
— Estou voltando hoje, não faça nada, eu mesmo quero resolver isso
pessoalmente
Ele desligou o celular e olhou para a Geovanna que o olhava com os olhos
arregalados
— Arruma as suas coisas, vamos voltar para os Estados Unidos hoje.
Trinta três
Geovanna estava cansada, ela e Luke saíram da Itália e seguiram
direto para Nova York, o clima estava frio tendo em vista que já estavam no
final
do outono logo o inverno chegará. Eles estavam no carro já quase chegando
na mansão, a reforma já havia acabado e segundo a mãe, as coisas voltaram a
normalidade. Luke desde que recebeu o telefonema de Edward que não sai do
laptop e do celular, alguma coisa aconteceu, porém ela não estava prestando
atenção em nada disso, só queria chegar logo em casa e ir para o quarto
descansar.

Depois de quase três horas do aeroporto até a mansão, finalmente


chegaram, a mãe dela estava na entrada os esperando. Eles desceram do carro
e Luke não deu nenhuma atenção nem para ela e muito menos para a mãe, já
seguiu direto para o escritório com Edward que estava o esperando,
Geovanna abraçou a mãe
— Que saudades mãe
— Também estava
— Como foi a viagem?
— Vamos lá para o meu quarto que vou te contar
— Luke não vai gostar
— não liga mãe, você viu que ele não está nem aí para nada
— Alguma coisa aconteceu, tem relação com o ataque
— Sinceramente, não quero nem saber. Vamos!

Elas subiram para o quarto e as malas dela já estavam lá


— Trouxe presentes para todos
— Como você é o Luke estão?
— Na mesma, eu vou me divorciar dele
— Ele sabe disso?
— Não sei, vou contratar um advogado e vou entrar com o pedido, vou alegar
traição da parte dele
— Filha, você acha que o Luke vai aceitar?
— Não quero saber, não viverei mas com ele e pronto, já está decidido
— E como vamos viver? Você não trabalha e eu também não
— Vou seguir minha carreira, vou ligar para a professora de balé e vê se ela
tem uma vaga para mim, mesmo que seja como bailarina coadjuvante.

A mãe de Geovanna a olhou com pena, ela jamais sairá desse casamento
facilmente, isso só acontecerá se Luke quiser.

***

Luke estava sentado sua mesa surpreso pelo que Edward está lhe
falando
— A governanta que ajudou no ataque?
— Sim, ela passou todas as informações da hora que a Geovanna estaria na
casa e em que localização, assim fizeram o ataque e sequestraram a
Geovanna
— Descobriu o motivo?
— Sim, e isso vai surpreende-lo. Sabe de quem ela era mãe?
— Não sei
— Da Suzette
Luke encostou na sua cadeira com uma expressão fria, Edward continuou
— Elas tinham um plano, Suzette queria ser a primeira Dama da Máfia,
porém elas não podiam usar uma gravidez para te segurar porque elas sabiam
o que acontecia com quem ousasse dizer que estava grávida de você
— Sim, apenas uma idiota fez isso, veio com uma história que a camisinha
estourou mas é claro que não cai nessa e tenho certeza que aquela criança que
arranquei da barriga dela com minhas próprias mãos não era nem meu. Serviu
de exemplo para todas as outras.
— Então elas tinham um plano de fazer você ficar dependente da Suzette, ela
era sua preferida, logo elas pensaram que pelo fato de você a preferir, seria
fácil te dobrar

Luke riu
— Idiotas! É claro que isso nunca iria acontecer, já estava noivo da
Geovanna
— Exatamente! Só que elas não sabiam disso e quando você anunciou o
casamento, todos os planos que elas tinham foram por água a baixo
Edward parou por alguns segundos e logo voltou a falar:
— Porém, quando você a procurou de novo depois do casamento, elas viram
uma excelente oportunidade de acabar com seu casamento. Suzette gravou o
vídeo, comprou um celular pré pago, enviou o vídeo por esse celular para que
você não conseguisse saber quem enviou mas elas não contavam que você
iria mandar os soldados buscá-la e matá-la mesmo não sabendo que foi ela ou
não que havia enviado o vídeo.
— O que ela pensou, que eu não iria matá-la só porque comia ela de vez
enquanto?
— Acredito que sim, por esse motivo a mãe dela se aliou ao Vicenzo, ela
queria que a Geovanna tivesse o mesmo destino da Suzette. O plano deles era
matar a Geovanna, porém você mais uma vez não fez o que era o esperado e
saiu para ir atrás da Geovanna. Eles iriam esperar você aceitar a proposta da
troca mas eles não iriam te entregar a Geovanna viva, porém você atacou a
base deles e matou todos.
— E onde está a Hillary agora?
— Fugiu e o nome dela verdadeiro não é Hillary mas Nádia e ela tem
descendência Russa
— Tem alguma ligação com a Máfia Russa?
— Sim, porém indiretamente, a mãe de Nádia veio fugida para os Estados
Unidos com a filha ainda bebê.
Edward deu uma pausa e continuou;
— Ela entrou em contato com eles e pediu ajuda para sair daqui.
— Hum! O Marco desconfiou que estava sendo investigado também?
— Não, ele continuou fazendo suas atividades normalmente.
— Okay! Vamos resolver logo esse problema, manda preparar o avião,
vamos para a Rússia.
Luke pegou o celular e fez uma ligação
— Marco, vem aqui na mansão
— Okay!
Depois de alguns minutos o Marco chegou
— Não sabia que tinha voltado
— Cheguei hoje, porém vou viajar de novo
— Para onde dessa vez?
— Estou indo para a Rússia com Edward e alguns soldados e você ficará
aqui
— O que aconteceu Luke? Por que está indo para a Rússia De repente assim?
— Edward vai te explicar tudo, eu vou arrumar arrumar algumas coisas,
sairemos o quanto antes. A única coisa que eu quero de você agora é que
toma conta das coisas por aqui.

Luke saiu do escritório e deixou Edward explicando as coisas para o


Marco. Luke subiu as escadas e foi para o quarto da Geovanna, ela estava
com a mãe, essa quando o viu levantou-se para sair mas o Luke impediu
— Pode ficar, só vim comunicar que estou indo viajar para a Rússia e não sei
quando volto.
Com isso ele virou as costas e foi para o outro quarto fazer as malas.
Geovanna e a mãe ficaram sem ação, olhando para a porta.

Quando ele terminou foi até o escritório


— Separa os melhores soldados para ir comigo Marco
— Luke, por que você tem que ir? Não é arriscado?
— Vou pegar a minha prisioneira, vou tentar negociar com eles
amigavelmente, tenho certeza que eles vão entender que a prisioneira é minha
e que eles têm que me entregar
— E se eles não quiserem negociar? Afinal de contas ela é parente deles
— Eles vão, não se preocupe Marco, eles não vão querer arrumar confusão
conosco
— Tudo bem, mas você não me deixou participar das investigações, por
acaso não confia em mim?
Luke riu e apenas disse
— Claro que confio Marco, vou te deixar aqui para cuidar da Geovanna
Marco apenas ficou olhando para ele sério.
— Agora vai Marco, faça o que eu mandei e não questione.
Marco saiu para fazer o que Luke mandou enquanto Luke e Edward
preparam tudo para a viagem.

Geovanna e a mãe estavam na sacada quarto olhando toda aquela


movimentação de carros, homens entrando e saindo. Ela não fazia ideia do
que estava acontecendo. Geovanna viu Luke saindo da casa com Edward, ele
olhou para a sacada e a viu, eles ficaram se encarando por alguns segundos e
logo Luke desviou o olhar e entrou no carro. Geovanna entrou para o quarto
— Ele nem veio se despedir de mim mãe
— E você queria que ele viesse?
— Não sei! Meu coração está meio apertado.
— Não fica assim, logo estará de volta. Essa viagem deve ser alguma coisa
da Máfia.
— Será que tem haver com o ataque?
— Provavelmente
Elas ficaram um tempo no quarto, Geovanna resolveu abrir as malas e
entregar os presentes que havia comprado. Na hora do jantar elas desceram
— Vai jantar comigo né mãe? Ja que o Luke não está aqui
— Claro
— Vamos até a cozinha, vou entregar os presentes que comprei para os
funcionários

Elas seguiram até a cozinha


— Oi Margaret, trouxe um presente para você da Viagem
— Nossa Sra Salvatore, obrigada
— Esse é para você — Ela disse entregando para a arrumadeira
— Onde está a Hillary?
— Ela não trabalha mas aqui Senhora
— Não! Por quê?
— Não sabemos Senhora
— Okay! Pode servir o jantar, minha mãe vai jantar comigo
— Sim Senhora

Elas seguiram para a sala de jantar


— Que estranho a Hillary não trabalhar mas aqui, o que será que aconteceu?
Você sabe de alguma coisa mãe?
— Não, quando estávamos no apartamento ela estava lá, depois que viemos
para cá é que eu não a vi mais, porém não fazia a mínima ideia de que ela
havia ido embora, pois ficava na casa de hóspedes.

Geovanna deu de ombros e começou a comer. Depois do janta ela pediu para
que a mãe dormisse lá na casa com ela. A mãe aceitou.

Na manhã Seguinte Geovanna acordou em um sobressalto, a mãe entrou no


seu quarto nessa hora
— Geovanna, o Marco está lá embaixo, ele quer falar com você.
— O que aconteceu mãe?
— Eu não sei filha, se troca e vai logo vê o que ele quer.
Geovanna levantou-se correndo e fez uma higiene rápida, colocou uma roupa
e desceu as escadas correndo, a mãe já estava na sala de estar com o Marco.
Geovanna olhou de um para o outro e teve certeza que alguma coisa
aconteceu. A mãe veio em sua direção e falou
— Você terá que ser forte agora filha
— O quero aconteceu?
Marco então levantou-se e disse:
— Foi o Luke, o avião que ele estava caiu em uma montanha gelada na
Rússia.
Ela ficou paralisada, os olhos fixos no rosto do Marco, não sabia o que estava
sentindo, era tudo muito confuso — O Luke está morto? É isso que o Marco
está lhe dizendo?
— Ele morreu? — Perguntou com um nó na garganta
— Ainda não temos uma posição definitiva pois ainda estão nas buscas,
porém pelas condições do acidente, as chances de ter sobreviventes são
mínimas, o avião bateu em uma montanha e explodiu. Sinto muito.

As lágrimas começaram a descer pelo seu rosto, ela


não queria chorar mas não conseguia controlar. A mãe a abraçou forte a
consolando
— Ele está morto mãe, o Luke está morto — falava com desespero
— Calma filha, ainda há esperanças
— Não! não há, ele morreu
Ela abraçou-se a mãe e chorou todas as lágrimas que conseguiu chorar.

Depois de algumas horas, Geovanna estava deitada na cama, com o olhar


vago, olhando para o nada. A mãe dela a consolava passando a mão pelos
seus cabelos.
— Ele se foi para sempre mãe e isso era tudo que eu queria
— Não, não era tudo que você queria, você o ama
Ela levantou-se e olhou para a mãe
— Como é possível isso, como é possível eu sentir algo por ele.
— Não mandamos no nosso coração, o amor acontece, mesmo com todas as
adversidades
— Agora já era, ele não está mais aqui e eu vou ter que viver com esse
sentimento dentro de mim, sozinha
— O tempo é o remédio para tudo

Uma semana depois

— Geovanna, todas as buscas foram feitas, na há sinal de sobreviventes, o


local é muito frio e quase inóspito, mesmo que alguém sobrevivesse não
ficaria vivo por muito tempo. As buscas foram suspensas.
Ela já não tinha mais o que fazer, apenas agradeceu
— Obrigada Marco

Geovanna voltou para o quarto, era o lugar que ela mais ficava na
última semana, a mãe a estava ajudando a superar, mas por dentro ela estava
arrasada, nunca pensou que sofreria tanto a morte dele.

Ela deitou na cama e chorou, chorou, chorou, agora era definitivo,


Luke havia morrido e ela não teve a chance de lhe dizer que o amava.
Trinta quatro
UM MÊS DEPOIS

Marco estava sentado na cadeira do Luke no escritório dele na


mansão, ele girava na cadeira com um sorriso no rosto. Tudo havia dado
certo, o plano foi perfeito — Agora só falta conquistar a Geovanna, isso vai
ser um pouquinho difícil, ela está sofrendo a morte dele, que bobinha, deveria
está feliz por ter se livrado de um louco possessivo, mas nada como o tempo
e eu sei esperar, ela vai ser minha e de quebra assumirei a Máfia Salvatore.

O celular do Marco toca, ele olha a tela e a cara fecha


— Alô
— Marco, quando vai assumir tudo por aí, quero minha parte
— Tudo no seu tempo Nádia, ainda está recente e a Geovanna está muito
abalada. Além do mais o testamento ainda não foi lido, ela tem esperanças
dele aparecer.
— Tem que assumir tudo o quanto antes, casa logo ou manda ela te nomear
como Capo, ela é uma idiota que não entende nada da Máfia e confia cem
por cento em você, por tanto, não demora com isso
— Ela terá que me nomear de qualquer maneira, pelo protocolo da Máfia
Salvatore, mulher não pode assumir o posto de Capo, como não há herdeiro
direto e nem a possibilidade de ter um, então é fácil convence-lá a me
nomear. Também quero me casar com ela, foi esse o meu maior objetivo por
ter feito tudo
— Você que sabe, quer casar com ela, casa, faz o que quiser, contando que
me dê a minha parte, você sabe que por mim, quando você assumisse tudo
podia matá-la.
Marco puto com a mulher disse:
— Nádia, eu vou resolver isso, não fica me ligando. Quando estiver alguma
posição te ligo
— Tá certo mas não enrola
A ligação foi encerrada e Marco olhou puto para a tela — A primeira
coisa que vou fazer quando assumir a Máfia será eliminar essa mulher,
infelizmente tive que contar com ela para me ajudar no plano, porém ela não
espera por esperar.

Alguém bateu na porta e Marco levantou-se rapidamente da mesa do


Luke e fingiu que estava olhando alguns documentos. Geovanna entrou.
— Oi Geovanna, como está hoje?
— Bem Marco, obrigada
— Então, já posso marcar a leitura do testamento com os advogados?
— Eu acho que sim, já não tenho mais esperanças, já se passaram um mês.
— Sim, eu sinto muito a falta dele e tenho certeza que você também está
sentindo
— É complicado Marco, há um turbilhão de sentimentos dentro de mim, eu
estou um pouco perdida.
Marco se aproximou dela e pegou em suas mãos
— Você sabe que sempre estarei aqui para te ajudar em qualquer coisa não é?
— Sim, eu sei e te agradeço muito, você tem
sido tão bom para mim
Eles ficaram se olhando e Marco aproximou os lábios e começou a beija-la.
Geovanna não resistiu, ele por sua vez a abraçou e intensificou o beijo. Ele
começou a acariciar o corpo dela. Nesse momento ela o afastou e ficou
confusa com o que tinha acontecido
— Desculpa Geovanna, eu... eu não deveria ter feito isso mas ... eu não posso
mais esconder..
eu estou gostando de você

Geovanna o olhou com os olhos arregalados e virou de costas para


ele, seus sentimentos estavam confusos, ela sempre viu o Marco apenas como
o melhor amigo do Luke, o braço direito dele, agora essa revelação
— Geovanna, eu sempre respeitei o Luke, você sabe, jamais me interessaria
por uma mulher dele, principalmente a esposa dele, mas no último mês por
está passando tanto tempo com você, esse sentimento começou a surgir, é
mais forte que eu
— Marco, eu não sei o que dizer, isso tudo é confuso para mim mas de uma
coisa tenho certeza, não estou preparada para ter um relacionamento com
ninguém nesse momento
— Tudo bem Geovanna, eu entendo, eu só peço que pense com carinho nesse
sentimento, eu posso te fazer feliz.
Ele aproximou-se dela, a fez virar para ele e com carinho passou as mãos
pelos seus cabelos.
— Você é tão linda, jamais te tratarei como ele te tratava
Nesse momento ela saiu do contato dele e indo até a porta disse:
— Por favor Marco, marque a leitura do testamento com os advogados
Com isso saiu do cômodo e foi direto para o quarto e se trancou lá. As
lágrimas começaram a descer descontroladamente.

Enquanto isso Marco com o olhar frio, pensava em um jeito de quebrar


aquela resistência
— Você vai ser minha Geovanna

Alguém bateu na porta do quarto da Geovanna


— Quem é?
— Sou eu
Ela levantou e abriu a porta
— O que está fazendo trancada aqui?
— Pensando
— Sobre o que?
— Sobre tudo que aconteceu no último mês
— Você ainda tem esperança de que ele esteja vivo
— Não, já pedi para o Marco marca com os advogados para a leitura do
testamento
— Já pensou em quem você vai nomear para assumir a Máfia
— Até a umas horas atrás eu estava pensando no Marco, porém diante do que
ele me disse eu estou na dúvida
— O que ele disse?
— Senta aqui mãe, o Marco se declarou para mim, disse que está gostando de
mim
Elas ficaram por silêncio por alguns minutos, então a mãe quebrou o silêncio
— Talvez isso não me surpreenda tanto
— Não!?
— Eu observei o comportamento dele nesse último mês, sempre atencioso,
cuidadoso com você e os olhares dele para você era de alguém apaixonado
— por que nunca me disse nada?
— Porque não tinha certeza e além do mais você estava muito fragilizada
— O que você acha que devo fazer mãe?
— Dê um tempo, não precipite as coisas, sofra o seu luto e um dia quando
estiver preparada, poderá da uma chance
— Eu vou nomear ele mãe, porém não pretendendo morar aqui, eu vou me
voltar para a minha carreira.
— Eu apoio você em qualquer decisão que tomar
— Obrigada

Os dias foram passando e o relacionamento de Geovanna e Marco estava


estranho, ela evitava ficar sozinha com ele, porém ele sempre dava um jeito
de lhe falar sobre seus sentimentos e que estaria esperando por ela.

Um dia antes a leitura do testamento, Geovanna recebeu uma visita


inesperada. Ela estava na varanda deitada em uma espreguiçadeira junto com
a mãe, quando a empregada veio lhe falar
— Senhora Salvatore, a senhora tem uma visita
— Quem?
— Ela se identificou como mãe do Senhor Salvatore, Antonella.
Geovanna olhou para a mãe e disse
— É a bruxa de que te falei
— Geovanna, não fale assim, vamos receber a mulher, ela perdeu o filho
— Duvido que ela esteja sentindo alguma tristeza
— Vamos recebê-la, eu vou com você
As duas seguiram para a sala de estar e Antonella estava sentada com seu
porte superior, assim que viu Geovanna ela a olhou de cima a baixo como
sempre fez
— Senhora Antonella, que honra recebê-la aqui
— Poupe-me isso, pelo jeito ainda continua uma criança mal vestida, nem
parece uma viúva herdeira de uma fortuna
— Senhora, o testamento será lido amanhã e não creio que Luke deixou todos
os seus bens para mim
— É claro que o idiota do Luke deixou tudo para você, um homem
apaixonado faz essas burrices
— Senhora, acho que está enganada...
A mulher a cortou levantando a mão
— Não vim aqui para descurtir as escolhas estúpidas do Luke, agora não
adianta, ele já está onde deveria está a muito tempo, no inferno

Geovanna ficou chocada de como Antonella tratava a morte do filho, ela não
tinha nenhum sentimento.

Antonella se levantou, olhou para a mãe de Geovanna e disse:


— E você, está fazendo o que aqui? Lugar de empregados é na cozinha
Aquilo foi a gota d'água para Geovanna
— Antonella, ela é minha mãe e te garanto que é muito mas educada que
você. Se não tem mais nada a fazer aqui, retire-se da minha casa agora, caso
contrário, chamarei os seguranças para fazê-lo

Antonella riu e disse com desdém


— Logo se vê que é sua mãe, veste- se tão mal
quanto você
—Basta! Sai da minha casa, não tenho que te aturar aqui, saia agora, saia

Geovanna estava tão alterada que sentiu um vertigem forte e cambaleou, sua
vista escureceu e caiu no chão sem sentidos.
— Geovanna, filha, fala comigo
— Será que morreu também — Antonella falou com escárnio
— Cala a boca sua bruxa e faz alguma coisa de útil, me ajuda a colocá-la no
sofá, vou ligar para a médica dela
Antonella com desgosto ajudou a mãe de Geovanna a coloca- lá no sofá, ela
logo fez a ligação
— Dra. Beatriz, aqui é a Clarice, mãe da Geovanna, ela teve um desmaio
— A quanto tempo está desacordada
— Alguns minutos
Nesse momento Geovanna começou a acordar
— Ela está acordando
— Okay! Pergunte o que ela está sentindo
— Geovanna, você está bem?
— Acho que sim, o que aconteceu?
— Você desmaiou
A mãe da Geovanna voltou a falar com a médica
— Ela voltou mas não sabemos o que causou a queda de pressão, não era
bom ela ir até o hospital
— Sim, traga-a aqui, podemos fazer alguns exames para descartar qualquer
problema tendo em vista a situação dela
— Claro, nós vamos agora
A mãe desligou o celular
— Mãe, não acho necessário, eu estou bem
— Nada disso, você teve todos aqueles problemas e a médica quer fazer
alguns exames, vamos agora
— Sentiu-se mal porque não come, olha como é magra
— Você ainda não foi embora? — Geovanna perguntou
— Não, e nem pretendo ir, vou até o hospital com vocês
— Não vou discutir, faz o que quiser

Geovanna, a mãe e Antonella, seguiram para a saída e os carros as estavam a


esperando, Fabrício estava junto
— O que aconteceu?
— Geovanna passou mal e vamos levá-la ao hospital
— Que horror, falando com soldados como se fosse da família, realmente
Luke não soube ensina-la a ser uma primeira Dama da Máfia
— Ele é meu irmão
— Quem é você? — Fabrício perguntou
— É a mãe do Luke — Geovanna disse
— Sim, sou a mãe do Luke e vou dar um jeito nessa bagunça aqui
Geovanna resolveu ignora-la, depois ela deva um jeito nessa bruxa

Todos entram no carro e seguiram para o hospital, assim que chegaram,


Geovanna foi logo atendida
— O que aconteceu Geovanna?
— Eu tive uma vertigem forte e desmaiei
— Estava sentindo alguma coisa antes de desmaiar?
— Não
— Eu vou te examinar fisicamente e pedir alguns exames de sangue
— Okay
A médica começou a examina-la, escutou o coração, pulmão,mediu a pressão
e apertou sua barriga. Ao terminar, ela fez o pedido dos exames de sangue e
logo uma enfermeira veio colher o sangue. Todos ficaram esperando o
resultado do exame na recepção. Quando estava pronto a médica a chamou
— Geovanna, vem até a minha sala
— Minha mãe pode ir junto comigo?
— Sim pode
Elas seguiram para a sala da médica
— Então Geovanna, não encontramos nada de errado nos seus exames,
exceto que está com um pouco de anemia, o que terá que corrigir,
principalmente na condição que você está
— Que condição?
— Você acredita em milagres Geovanna?
— Eu não sei, tenho motivos para acreditar?
— Tem, segundo o seu exame de BHCG você está grávida

O mundo de Geovanna parou naquele momento, a mãe levou a mão a


boca estupefata, a médica apenas olhava para ela e falava e ela simplesmente
não ouvia o que a mulher estava falando. As lágrimas começaram a descer
pelo seu rosto
— Sei que tudo indicava que você jamais poderia gerar um bebê de maneira
natural, porém mais uma vez a natureza nos surpreende e aquela chance de
0,01% aconteceu, você já está com quase dois meses. Parabéns!
— Você tem certeza disso doutora?
— Sim, mas se você quer uma prova, podemos fazer uma ultrassom agora?
— Eu quero
— Então vai se preparar, a enfermeira vai ajudar, sua mãe pode ficar com
você

Elas seguiram para a sala e a enfermeira a ajudou colocar o roupão,


ela deitou na cama e logo a médica chegou.
— Vamos lá vê seu bebezinho?
— Sim
A médica colocou um gel quentinha na sua barriga e logo começou a deslizar
o aparelho pela seu abdômen. Depois de alguns minutos a médica disse
— Aqui está o seu bebê, é pequenino ainda, mas já podemos ouvir o
coração.
A médica aumentou o volume e o som do coraçãozinho se fez ouvir por todo
ambiente, forte e rápido. As lágrimas desciam apelo rosto da Geovanna e da
mãe sem controle
— Parece está tudo bem com ele, porém por causa do seu quadro clínico,
vamos acompanhar sua gravidez de perto. Já vou marcar para a próxima
semana seu primeiro pré natal, por enquanto, vou receitar as vitaminas pré
natal e sulfato ferroso.

A médica fez mais algumas recomendações e liberou-as. Elas seguiram para a


recepção e Fabrício logo perguntou
— Está tudo bem? Por que demoraram?
— Fabrício, um milagre aconteceu, eu estou grávida
— Grávida? — Marco e a mãe do Luke perguntaram juntos
Geovanna não tinha percebido que o Marco estava ali. Ela olhou para ele que
a olhava com intensidade. Ela desviou o olhar e disse com um sorriso
— Sim, grávida de quase dois meses
— Não sei nem o que dizer irmã, talvez parabéns?
— Sim, estou muito feliz, é o meu pequeno milagre
— Não acredito, agora o Luke tem um herdeiro, se essa criança for mesmo
filho dele
Geovanna com fúria, foi em direção a Antonella e deu um tapa na cara dela
— Cala a sua boca, esse filho é um milagre, o filho que o Luke tanto queria e
nunca ponha em dúvida que essa criança não é dele
— Você me agrediu sua pirralha, vou te processar
— Processe, não quero você na minha casa e nunca chegará perto do meu
filho
— Calma Geovanna, vamos embora, você não pode se estressar

A mãe, Geovanna e Fabrício saíram do hospital. Marco ficou em pé sem


reação e a Antonella, saiu e foi pedir um táxi.

Uma hora depois Geovanna estava em casa no quarto com a mãe


— Não acredito, tem um pedacinho dele aqui mãe — Ela apontou para a
barriga
— E você está feliz filha, de verdade?
— Sim mãe, muito feliz, essa criança vai ser o meu consolo, meu milagre.
— Estou feliz por você, agora vamos cuidar para que nada aconteça a esse
serzinho.
— Sim mãe, sim

Marco estava na sua casa, sentado em uma cadeira bebendo um Whisky


— Essa criança não pode vir ao mundo, se for um menino então, vai ter que
ser eliminado antes mesmo de nascer.
Trinta cinco
Geovanna estava com um sorriso bobo, havia um bebê em seu
ventre,ela estava de quase dois meses. Ela começou a fazer os cálculos na
cabeça e chegou à conclusão que o bebê foi concebido em Roma, na semana
em que Luke a procurou a primeira vez depois do sequestro. Ela ficou feliz, o
bebê não foi concebido com violência. Sorriu mais ainda e passando a mão
na barriga disse:
— Eu vou te amar muito bebê e não vou deixar ninguém te fazer mal, o seu
papai queria muito você.

A expressão dela ficou triste de repente, Luke não estará ali para ver o
filho crescer, o coração dela ficou apertado, algumas lágrimas começaram a
rola em seu rosto, alguém bateu na porta e ela enxugou o rosto com o dorso
da mão
— Entra
— Bom dia filha, vamos tomar café da manhã
— Sim, eu já ia descer

As duas saíram do quarto e foram para a sala de jantar, a mesa já estava


posta
— A abertura do testamento é hoje né?
— Sim
— Será que a mãe do Luke vem?
— Claro que vem, você acha que ela está aqui para que? Para saber o que o
Luke deixou para ela
— Para que horas está marcado?
— 11 horas
Elas comeram em silêncio. A manhã passou tranquilo e a hora da leitura
testamento chegou, dois advogados vieram. Estavam presentes O Marco,
Antonella, Clarice e Geovanna
— Bom, o Senhor Salvatore redigiu esse testamento recentemente, tendo em
vista que ele não tem um herdeiro direto a única beneficiária de tudo é a
Senhora Geovanna Salvatore
— Eu sabia — A mãe de Luke falou
— O Senhor tem certeza disso? Todos os bens? Até o vinhedo da Itália
— Sim, o vinhedo, a rede de hotéis, as empresas aqui dos Estados Unidos,
essa casa, a Cobertura no central park, casino em Las Vegas, duas
propriedades em Los Angeles, todos os carros de luxo e os cavalos árabes.
Além disso, ele tem propriedades na França e uma ilha na Grécia. Há também
uma soma em dinheiro.
— Dr. Calvin, eu recentemente descobri que estou grávida, foi um milagre,
então, todos esses bens podem ser passadas para o meu filho?
— Sim, Seu filho automaticamente passa a ser herdeiro de tudo, porém como
ele ainda não pode responder por ele, a senhora responde por ele.

Depois da leitura, Geovanna foi para a sala de estar com todos os


outro, a mãe do Luke estava indignada.
— O desgraçado não deixou nada para mim e tudo para essa pirralha, o
vinhedo era do meu pai, ele não podia ter feito isso comigo
— Antonella, eu não me importo de você continuar vivendo lá, pode ficar
com tudo, até com os lucros
Ela olhou surpresa para Geovanna, porém não abaixou a guarda, continuou a
olhando com seu olhar superior
— É o mínimo que você tinha que fazer
Marco então resolveu interromper
— Agora temos que marcar a reunião com os membros da Máfia, assim que
tivermos confirmação do sexo do bebê
— Sim, faça isso Marco, marque a reunião com todos os membros da Máfia,
eu vou nomear o novo Capo, não precisa esperar saber o sexo do bebê.
— Tudo bem
— Não é assim que funciona as coisas, você sabe Geovanna, que se o seu
filho for homem, ele é o próximo Capo, como ele é apenas um bebê, quem
responderá por ele é você, então quem você nomear não terá autonomia para
mandar em nada, será apenas alguém representativo — A mãe de Luke falava
aquilo, olhando para o Marco, ela continuou
— Porém se você se casar de novo, o seu marido pode assumir a Mafia até o
seu filho se tornar adulto.

Geovanna estava muito confusa com aquilo tudo, ela não queria que o
filho se tornasse um mafioso, mas por outro lado, ela queria homenagear a
memória do marido e criar o filho para assumir a máfia.
— Eu vou pensar sobre tudo isso, por enquanto, não sabemos se o bebê será
menino, caso não seja, quem eu nomear pode assumir a Máfia de vez.

***

Os dias foram passando e Geovanna começou sentir alguns sintomas


da gravidez, muitos enjoos matinas, as vezes os enjoos estavam presentes
durante o dia, ela estava comendo muito pouco e o pouco que comia,
vomitava. A mãe sempre do lado dela a ajudando passar pela aquela fase.
Geovanna, estava agachada no vaso sanitário tendo mais uma crise de
vômitos. Quando ela terminou, lavou a boca e foi para o quarto
— Está melhor?
— Não mãe, parece que estou doente, não grávida
— É assim mesmo, você é igual a mim, muitos enjoos na gravidez
— Tomara que essa fase passe logo
— Vai passar, amanhã você tem pré natal né?
— Sim
— Será que já vai dá para o vê o sexo do bebê?
— Não sei, tomara que sim e eu desejo que seja uma menina
— por que?
— Será livre, não terá a responsabilidade de assumir a Máfia.

No dia seguinte, elas foram para o pré natal, Geovanna já estava entrando
para o terceiro mês de gestação.
— Então Geovanna, como está se sentindo?
— Muito enjoo
— Isso é normal, logo passará. Vamos fazer uma ultrassonografia hoje é se
for possível já podemos ver o sexo do bebê, quer saber o sexo?
— Sim
— Então vamos lá
A médica começou a fazer o exame e no final ela disse:
— Vamos ver aqui, tem alguém sem vergonha e já que mostrar para todos
que é um menino, parabéns! você será mamãe de um menino.

Geovanna ficou feliz e triste ao mesmo tempo, feliz por ser o menino
que o Luke tanto queria e triste por saber que ele jamais conhecerá o filho.
— Está tudo bem com seu bebê, seu útero também está se comportando
muito bem, porém eu recomendo evitar fazer muito esforço, como pegar peso
e também evitar de se estressar.
— Eu posso dançar? eu sou bailarina, danço balé clássico
— Sim, a dança ajuda relaxar, enquanto você estiver aguentando eu
recomendo, só não faça passos mais elaborados que precise saltar ou alguma
coisa assim por causa da condição do seu útero, do resto está liberada
— obrigada

Elas saíram do consultório feliz e pararam para comprar a primeira


roupinha do bebê
— Olha mãe, que lindo
— Sim, muito lindo, vamos comprar esse
— Quero comprar tudo mãe
A mãe riu e elas continuaram fazer compras, todas as sacolas de compras elas
entregavam aos seguranças que andavam atrás delas o tempo todo.
Elas entraram em um restaurante para comer e Geovanna perguntou:
— Quando vou poder sair sozinha, sem esse bando de soldados atrás de
mim?
— Acho que nunca, agora então, que você está carregando o príncipe da
Máfia
— Eu não gosto disso, eu não quero que meu filho seja visto como uma
moeda de troca.
— Filha, o seu filho é o único homem que restou da família Salvatore, o
primo dele foi dado como morto, assim como o Luke, o tio dele já está velho
e logo vai morrer. Então esse menino é a esperança da continuação da
família.
— Mas o Luke tem primas, elas podem gerar filhos homens
— Sim mas seriam filhos para assumir outras famílias, não a família
Salvatore
— Isso tudo é tão complicado, eu só queria ter uma vida normal com meu
filho
Ela suspirou fundo e continuou:
—Mãe, estava pensando em ir embora, sair de tudo isso, ir para outro estado,
o que você acha?
— Não sei se isso será possível. Faça a reunião com os membros da Máfia,
você precisa nomear alguém e essa pessoa assume tudo
— Sim, vou fazer isso o quanto antes

Elas continuaram mais um tempo no restaurante e depois resolveram ir para


casa. Assim que chegaram o Marco estava na lá esperando elas.
— Oi Marco, como está?
— Bem, preciso conversar com você, em particular
Geovanna percebeu que ele estava um pouco nervoso
— Aconteceu alguma coisa?
— Não, só quero lhe falar sobre a reunião com os membros da Máfia
— Então não precisamos conversar particular, minha mãe pode participar
— Por favor Geovanna, eu preciso lhe falar particular, me acompanha até o
escritório
— Vai Geovanna, tenho certeza que o que o Marco tem para falar é
importante
— Tudo bem, seja breve Marco, eu estou um pouco cansada

Eles seguiram para o escritório e logo Marco perguntou:


— Já sabe o sexo do bebê?
— Sim, é um menino
A expressão do rosto do Marco mudou, ele franziu a testa e a olhava sério
— Geovanna, você sabe que o fato do bebê ser menino as regras para a
escolha do Capo muda
— Marco, eu sei, eu vou te nomear Capo, não se preocupa
— Eu sei disso, porém não terei autonomia para agir, tudo você que terá que
decidir
— Eu deixo você decidir
— Não é tão simples assim Geovanna — Marco deu uma pausa e continuou
— A melhor maneira de resolvermos isso é se nós nos casarmos
Geovanna ficou olhando para ele sem reação — Casar? Casar de novo por
obrigação? Não mesmo —pensou
— Não vou me casar com Você Marco
— Geovanna, essa é a melhor opção, além do mais você sabe meus
sentimentos por você, eu vou cuidar de você e do seu filho
Marco foi em sua direção e tentou segura-lá, porém ela afastou-se
— Não Marco, eu entendo seus sentimentos mas eu não sinto o mesmo, não
quero me casar de novo por obrigação
Marco a olhou com olhar mortal
— Você ainda gosta do Luke, a pesar de tudo que ele lhe fez?
— Não vou discutir meus sentimentos com você. Minha decisão já está
tomada.

Geovanna fez menção de sair do escritório mas Marco a deteu apenas com
uma risada
— Você pensa que o Luke é um santo só porque está morto? Você o colocou
em um pedestal mas eu vou abrir os seus olhos sobre ele
— Não precisa, eu sei muito bem como o Luke era, não preciso que você me
diga nada
— É mesmo? Tenho certeza que você não sabe que foi ele que mandou matar
o seu pai

O coração de Geovanna parou de bater por alguns segundos — Por que o


Marco estava falando aquilo? Todos sabiam que o pai dela havia morrido por
causa do problema cardíaco
— Eu não acredito em você, por que está fazendo isso?
— Não acredita? Então escuta a ligação que ele me fez
Marco pegou o seu celular e colocou o áudio, logo a voz do Luke ecoa no
ambiente

— Luke, o que manda?


— Como está o pai da Geovanna Marco?
— Muito mal, está no CTI, depois que os achamos ele deu outro infarto. A
Geovanna não sabe que ele está doente, a mãe escondeu dela.
— Eu sei, ela não falou nada e parece está totalmente ignorante sobre esse
fato
— Como a Geovanna está?
— Não te liguei para falar da minha mulher. Tenho uma missão para você
— Manda
— Você vai dar um jeito de acelerar a passagem do pai dela dessa vida
— Por quê?
— Não pergunta, apenas faça. Vai até o hospital, pague alguém muito
dinheiro para acelerar a morte dele, eu quero uma notícia de que ele foi para
o inferno amanhã

Geovanna não queria mais escutar, ela colocou as mãos no ouvido e


começou a sentir náuseas, viu tudo girando a sua volta. As lágrimas
começaram a descer como cascata em seu rosto — Não, eu não posso
acreditar - Pensou
Ela sentou em uma cadeira e ficou ali respirando varias vezes para que a
náusea passasse. Marco voltou a falar:
— O Luke era assim, quando alguma coisa o atrapalhava ele eliminava.

Geovanna enxugou as lágrimas e com um olhar de dor disse:


— Ele mandava e você executava, por tanto para mim, tanto ele como você
são culpados pela morte do meu pai e eu o odeio, jamais casarei com você
— Você que sabe Geovanna, pensa no seu filho, será melhor para ele, não
queremos que nada aconteça a ele não é?
Ela ficou olhando para ele, e naquele momento percebeu com quem estava
lidando, ele era mau e faria qualquer coisa para alcançar seus objetivos. Ela
teme pelo seu filho, precisava tomar cuidado.
— Marco, peço que vá embora agora, eu prometo que vou pensar na sua
proposta
— Eu sabia que você iria me entender Geovanna, eu vou embora agora mas
amanhã eu quero uma resposta e na reunião da Máfia, nós vamos anunciar o
nosso casamento

Ele saiu e deixou Geovanna ali, com um nó na garganta, o estômago


embrulhando, mais uma vez estava sendo obrigada a aceitar um casamento
que não queria. Mas dessa vez ela não iria aceitar, decidida saiu do escritório
e procurou a mãe, a encontrou na sala
— Mãe, nós vamos embora
— Por quê?
— Meu filho está correndo risco aqui mãe
— O que aconteceu?
— Não vou entrar em detalhes agora, só te peço que confie em mim. Liga
para o Fabrício e peça para ele vir aqui, ele também precisa ir conosco.
— Tudo bem, eu vou ligar para ele

Depois que Fabrício veio, Geovanna explicou tudo o que estava


acontecendo, só escondeu o fato do Luke ter mandado matar o pai, ela queria
manter aquilo no fundo da sua alma, era muito dolorido pensar sobre isso.
Eles marcaram de ir embora na manhã seguinte.

Geovanna estava no quarto, não conseguia dormir, então resolveu


levantar-se, desceu as escadas e foi para studio de dança. Ela foi até o centro
do salão e fechou os olhos, lembrou a primeira vez que esteve ali com o
Luke, ela havia dançado para ele. Geovanna começou a girar com os olhos
fechados, as lágrimas insistiam em escorrer pela sua fase. Ela gira, gira e
gira, seus cabelos esvoaçavam como labaredas de fogo, sua camisola se
movia com ondas do mar. Ela para e abre os olhos lentamente, eles focam em
alguém, alto, imponente com os olhos mais azuis que ela já viu na vida. Ele a
olhava com intensidade.
— Luke?
Ela não ouviu sua resposta, caiu em um abismo escuro.
Trinta seis
Marco estava em sua casa sentado na cadeira do seu escritório com
os pés em cima da mesa — Finalmente a Geovanna vai ser minha, eu tentei
convence-lá a me aceitar sem precisar usar de ameaça, mas ela ainda gosta do
Luke, Idiota! Eu fiz um grande favor para ela, tirando ele da sua vida e como
ela reage? Chorando pelos cantos por causa dele, vai entender as mulheres.
Agora não importo mais, ela será minha. A única coisa que atrapalha nossa
união é aquela criança, droga! O desgraçado morreu mas deixou um herdeiro,
porém vou ter que dar um jeito de tira-lo do meu caminho assim como fiz
como pai dele.

Alguém bateu na porta, Marco se assusta e levanta de imediato — quem será


a essa hora Porra!? Ele pega a arma e vai até a porta
— Quem é?
— Heitor
Marco abre a porta
— O que você quer a essa hora aqui?
Nesse momento Luke aparece na sua frente, Marco fica pálido, os olhos
negros arregalam e pisca por varias vezes, ele não está acreditando em que
seus olhos estão vendo.
— Marco, quanto tempo — Luke falou com escárnio
Marco então pensou rápido, ele podia fingir que ficou feliz com o
aparecimento dele, então disse:
— Luke? Você está vivo, que surpresa maravilhosa, a Geovanna vai ficar
muito feliz
— Posso entrar? — Luke perguntou com um esboço de sorriso
— Claro, a casa é sua

Luke entrou na casa e atrás dele vários soldados, ele olhou para o Marco e
viu a arma na mão dele.
— Joga a arma no chão Marco
— Por quê? Eu vou apenas colocá-la na cintura, não iria usar contra você
— Não vou repetir
— Qual é Luke, está desconfiando de mim?
Marco olhou para o Luke e todos os soldados, prontos para atirarem, ele fez o
que o Luke mandou. Imediatamente um dos soldados abaixou e pegou arma.
— Vamos ao que interessa. Marco, você achou que podia me pegar não é?
— Sobre o que está falando Luke?
— Marco, não precisa fingir, eu já sabia do seu plano de me tirar da jogada
para ficar com a minha mulher
— Que isso Luke, eu jamais faria isso, somos amigo, fomos criados juntos...
— Não me venha com esse papo Marco, eu já tinha desconfiado a muito
tempo seu interesse pela Geovanna, porém eu ignorei, não achei que você
teria audácia de tentar tirar ela de mim mas me enganei, na primeira
oportunidade que você teve, fez exatamente isso.

Marco riu e com ar de deboche disse:


— E consegui, a Geovanna aceitou casar comigo e além do mais eu e ela já
temos um relacionamento, ela se entregou à mim e nós nos amamos.
— É mesmo Marco, você realmente acha que vou acreditar nessa sua
história? Eu sempre soube de tudo o que estava acontecendo aqui na minha
ausência. O Heitor, que agora ocupará seu cargo, era meu, digamos, espião.
Luke deu um pausa e continuou
— Eu não estava naquele avião, somente os soldados e eu e Edward fomos de
avião comercial, e as coisas saíram como eu imaginei, você mandou sabotar o
avião. Agora você e a Nádia, vão me pagar por terem me traído.
— Já que estava vivo, onde estava esse tempo todo?
— Estava na Rússia, fiquei lá observando seus movimentos, esperando a hora
que você iria dá o bote.

Nesse momento Marco avança para cima do Luke e sem demora um dos
soldados atira no seu joelho, ele cai, contorcendo de dor. Luke se aproxima e
abaixa em sua direção
— Não vou te matar rápido, seria uma morte muito fácil para você. Eu quero
te ver sofrer, arrancar seu coração com as minhas próprias mãos
— Eu contei para a Geovanna que você mandou matar o pai dela, ela nunca
vai te perdoar
Luke fechou a cara
— Foda-se o que você disse, ela é minha esposa e nunca deixará de ser
— Eu desejo que ela nunca te perdoe
Luke levantou, olhou para os soldados e ordenou
— Tire-o daqui, leve-o para o galpão para ficar junto com a Nádia

Assim os soldados fizeram, Heitor que ficou, o novo chefe dos soldados
perguntou
— O que vai fazer agora chefe?
— Vamos acabar com eles, não quero nem a alma desse traidor vagando por
aí.

Luke e Heitor, seguiram para o galpão, os soldados haviam amarrado o


Marco pendurado pelos braços. Nádia também estava lá, amarrada, ela
implorava
— Por favor Senhor, me deixa ir, foi tudo culpa dele, me obrigou a ajudá-lo
Luke nada disse apenas a olhou com desprezo e ordenou para os soldados
— Tirem a roupa dele
Assim os soldados fizeram e Marco ficou nu, então outro soldado trouxe um
balde com água cheio de gelo e começaram a jogar no corpo nu do Marco
— Seu desgraçado — Marco gritava — Ela nunca será sua de verdade, ela
não te ama
Luke com um brilho de ódio no olhar, pegou um facão, aproximou-se do
Marco e começou a correr a ponta da lâmina pela bochecha de dele, cortando
fundo a pele e o sangue começou a jorrar. Marco se contorce de dor, Luke
continuou passando a lâmina, pelo pescoço, peito, barriga, chegando até perto
do pênis, a lâmina deixava um rastro de sangue por toda a extensão do corte,
Marco uivava de dor

— Que tal começarmos por aqui? Você queria comer a minha mulher, agora
vai comer seu brinquedinho. Luke olhou a expressão do rosto de Marco de
desespero, ele começou a implorar
— Não Luke, não faça isso, pensa na nossa amizade, eu vou embora para
sempre, você nunca mais me verá
— É claro que você vai embora para sempre, você vai para o inferno
Sem piedade Luke cortou o pênis do Marco, o homem gritava de dor e
agonia. O pênis caiu no chão e Luke ordenou que um dos soldados pegassem
o membro e colocasse na boca dele. Assim o fizeram. Luke ainda não
satisfeito, começou a fazer vários cortes pelo corpo do Marco, o som abafado
dos gritos ecoavam pelo galpão. Luke parou e ainda olhando para o Marco
disse estendendo a mão
— O machado
Um dos soldados deu o machado para ele, Luke aproximou-se do Marco e
com um golpe, abriu o peito dele, sem demora ele enfiou a mão pela abertura
e arrancou de lá o coração que ainda pulsava, Marco com os olhos
arregalados, ainda se debate até que seu corpo se entrega a morte.

Luke joga o coração no chão e olha para a mulher que estava tão aterrorizada
que só a expressão da cara dela já valia a pena. Luke virou-se para um dos
soldados disse:
— Acabem com ela
— Não senhor, por favor, não faça isso, eu não tenho culpa
Os Soldados deram um soco na cara dela que desmaiou.
Luke foi para um canto do galpão e lavou as mãos em uma pia e trocou de
camisa, colocou o sobretudo e saiu de lá seguido pelo Heitor
— E agora Senhor?
— Vou para a casa, para a minha esposa

Luke e Heitor, seguiram para a mansão, ele estava ansioso para


chegar em casa e abraçar a Geovanna, dizer o quanto sentiu a falta dela
naquele tempo que ficou afastado, foi bom esse tempo, o fez refletir sobre o
relacionamento com ela, ele chegou à conclusão que aquele sentimento que
tanto tentava resistir era amor, sempre foi amor, desde o primeiro dia que ele
a viu dançando no jardim.

Eles chegaram a entrada da mansão, Luke dispensou o Heitor e entrou


na casa, estava tudo escuro exceto o studio de dança — Será que ela está lá?
— Se perguntou
Ele foi naquela direção e entrou, ela estava lá, com uma camisola larga,
girando no meio do salão, ele a olhava fascinado, estava vendo- a como a viu
pela primeira vez. Seu coração começou a bater loucamente, o desejo, o amor
que tanto ele resistiu, veio com força total. Ele a queria tanto que chegava
doer. Ela parou de dançar, lentamente abriu os olhos e o viu, ela ficou alguns
segundos parada, sem reação, os olhos fixos nele
— Luke?

Ela vai desmaiada, imediatamente Luke corre até ela e a segura seu rosto da
do pequenos tapas
— Geovanna meu amor, acorda
Ela não se move, então ele a pega no colo e sobe as escadas correndo, entra
no quarto e a coloca na cama. Ela ainda estava desmaiada, então ele vai até o
banheiro e molha uma toalha com água, volta para o quarto e passa a toalha
no rosto dela.

Geovanna começa a acordar do desmaio, ela pensa que teve uma alucinação e
começa a chamar
— Luke, Luke
— Estou aqui meu amor
Meu Deus! não era uma alucinação, ele está ali, Luke está ali de carne e osso.
Ela abre os olhos e o vê, em um impulso senta na cama, estava tão assustada
que não encontrava palavras para falar, então Luke quebrou a tensão
— Sou eu Geovanna, não precisa ficar assustada, eu estou vivo e voltei para
você
Ela ainda o olhava com os olhos arregalados. Ele pegou em suas mãos o que
a fez dá um pulo.
— Não tenha medo amor, eu estou aqui, para você
Ele então, levou as mãos dela para seu rosto, Geovanna começou a passar a
mão, sentindo sua barba, sua pele, os cabelos, de seus olhos saiam lágrimas
grossa
— Luke —falou em um fio de voz
— Sim, Luke, seu marido, o pai do seu filho

Ela parou imediatamente de acariciá-la e o olhou com surpresa


— Como você sabe?
— Eu sei tudo o que aconteceu nesse último mês aqui
— Então você estava vivo em algum lugar desse mundo e me fez pensar que
estava morto? Por que?
— Foi necessário
— Necessário? Necessário pra que?
— Para pegar meus traidores e também para fazer alguns testes
— Testes? Que tipo de teste?
— Teste de fidelidade, queria saber se a minha linda esposa seria fiel à mim
mesmo pensando que estava morto, e você passou no teste
— Seu cretino
Ela desferiu um tapa na cara dele com muita força o que o fez virar o rosto,
horrorizada, ela colocou as mãos na boca.

Luke levou a mão onde ela havia estapeado e virou o rosto para a sua direção
— Tudo bem, eu mereci, não vamos brigar por causa disso, eu voltei disposto
a fazer as pazes com você. Eu estou disposto a tudo para que nosso
casamento dê certo.
Ele parou por alguns segundos a olhando com carinho e continuou
— Eu te amo Geovanna, tentei lutar contra esse sentimento mas não foi
possível. Eu te amei desde o primeiro dia que a vi, dançando no jardim na
casa dos seus pais.

Geovanna ficou olhando para ele sem piscar, seus olhos manejados de
lágrimas mas nenhuma ousaria cair pois ela não deixaria.
— Não vai falar nada?
— O que você quer que eu fale? Que você é o último homem com quem
quero passar o resto da minha vida? Que eu jamais viverei com o homem que
foi o responsável pela morte do meu pai?

Luke suspirou, ele já estava esperando por isso. Então ele a pegou
pelas mãos e a fez levantar, ajoelhou-se aos seus pés e olhando para seus
olhos disse:
— Me perdoa, eu sei que tudo que fiz foi monstruoso e nada que eu diga vai
justificar meus atos mas eu quero uma segunda chance, uma segunda chance
para nós, pelo nosso filho. Perdão amor
Então ele a abraçou ainda ajoelhado, encostou a cabeça na sua barriga e
chorou

Geovanna não sabia o que pensar, estava tão confusa, ela o queria
abraçar e ao mesmo tempo o chutar para longe dela. Ela olhou para a cabeça
dele repousada em seu ventre e pesou — Ele pode está fingindo tudo isso
somente para ter meu perdão, ele forjou a própria morte para testar as
pessoas, então seria capaz disso também.
Ela desvencilhou-se do seu abraço e olhando para ele ali, ajoelhado e com
lágrimas nos olhos disse
— Sinto muito mas eu não acredito nas suas lágrima de crocodilo, sai daqui,
amanhã eu, minha mãe e meu irmão vamos embora, esse era nosso plano e
continuará sendo. Você para mim está morto, morreu naquele avião.
Luke levantou-se e a olhou com um olhar que parecia que iam saltar
das órbitas tamanho era o ódio, o coração dela começou a bater a mil por
hora.
Ele aproximou-se dela e parou a milímetros e com uma voz baixa disse
— Pois bem, você não quer aceitar meu pedido de desculpas, tudo bem,
porém você não vai deixar essa casa. Há uma criança no seu ventre, meu
filho e você não vai a lugar nenhum com ele, caso você o faça, terá
consequências drásticas, é só um aviso.

Com isso ele saiu de perto dela, foi até a porta e virando-se para ela
disse:
— Vou te deixar sozinha para pensar. Pense bem Geovanna, pois eu não
estou aqui para brincadeiras, essa criança é minha e se você a quer também,
terá que aceitar o pacote completo, caso não, diga adeus a seu filho.

Luke saiu batendo à porta, Geovanna ficou alguns segundos olhando para ela
e logo cai em um choro desesperador.
Trinta sete
Geovanna estava deitada toda encolhida na cama, ela estava muito
enjoada, não queria nem se mover. Alguém bateu na porta forte, ela fechou
os olhos e colocou o travesseiro na cabeça, não queria falar com ninguém
naquele momento. As batidas na porta continuaram forte
— Geovanna — Chamou a mãe
Então, ela levantou-se e abriu a porta, a mãe dela entrou desesperada com os
olhos arregalados
— Eu vi um fantasma, eu vi o Luke
Geovanna suspirou forte e sentou na cama desanimada
— Não é um fantasma mãe, é o Luke
— É ele mesmo? vivo?
— Sim mãe, ele chegou ontem à noite
— Meu Deus! Você sabe o que aconteceu?
— Ele forjou a própria morte para pegar o Marco
— E você está assim, não está feliz?
Geovanna olhou para a mãe com os olhos cheios de lágrimas e sem conseguir
segura-las chorou em um choro compulsivo. A mãe a abraçou forte
— Calma filha
Entre soluços ela diz:
— É tudo tão confuso, eu estou feliz por ele está vivo mas triste pois não
podemos ter uma relação normal, eu não consigo, eu não posso perdoa-lo. Ele
disse que me ama, mas eu não consigo acreditar nesse amor.
— Filha, eu entendo, tudo que você passou não foi fácil mas pensa, ele está
de volta, tem o filho de vocês, pelo menos tenta
— Você não entende, Luke fez coisas que não dá para
perdoar, eu preciso de um tempo, um tempo para pensar em tudo isso
— Nós não vamos mas embora né?
— Não, o Luke me ameaçou, ele não vai me deixar ir embora, vai me forçar a
viver com ele, caso eu não queira, tirará o meu filho de mim

Geovanna intensificou o choro e começou a sentir náuseas forte, ela


levantou e correu para o banheiro, vomitou tudo que podia e que não podia.
A mãe dela ficou perto. Quando ela terminou, lavou a boca e voltou para o
quarto. O celular da mãe dela começou a tocar, ele pegou e olhou para a tela
— É o Fabrício. Alô!
— Mãe o que está acontecendo? O Luke está vivo, eu acabei de vê-lo e o
pior, o Marco está morto lá no galpão, o corpo dele vai ficar pendurado lá
para que todos os soldados vejam o que acontece para quem ousar olhar para
a Geovanna.
— Aí meu Deus! — Ela exclamou horrorizada
— Nós não vamos mais partir?
— Não, o Luke voltou e não vai deixar a Geovanna ir
— Deixa eu falar com ele mãe — Geovanna falou
A mãe passou o celular para ela
— Fabrício, está tudo bem, eu e o Luke nos entendemos, não precisa se
preocupar
— Geovanna, está tudo muito louco, o Luke aparece vivo, o Marco morto...
— O Marco está morto?
— Sim, acabei de falar isso para a mamãe
Geovanna ficou em silêncio por alguns segundos
— Fabrício, não se preocupe, eu e mamãe estamos bem
— Tudo bem, Luke vai convocar uma reunião com os soldados, eu tenho que
ir
— Vai! Está tudo bem
— Okay!

Ela desligou e olhou para a mãe


— Ele matou o Marco mãe
— Era quase impossível o Marco sair vivo dessa

As duas ficaram em silêncio por algum tempo, Geovanna resolveu


tomar um banho e se trocar, ela não faz a mínima ideia de onde está o Luke e
o que está fazendo mas ela precisa comer alguma coisa. Quando ela terminou,
desceu junto com a mãe e deu de cara com o Luke conversando com um
homem
— Então Heitor deixa o corpo dele lá por uns dois dias...
Nesse momento ele olhou para a Geovanna que parou no meio da escada com
os olhos arregalados
— Olha quem apareceu, a minha linda esposa, está atrasada para o café da
manhã
Ele estendeu a mão para ela e Geovanna ficou olhando sem pega-lá, então
seus olhos desviaram para o rosto dele, os olhos dele de águia a focava,
esperando ela desafia-ló. Geovanna resolveu não fazê-lo, ela estava sem saída
e para que aquela convivência não se tornasse insuportável, ela pegou em sua
mão. Luke sorriu para ela e a ajudou terminar de descer os degraus.
— Decisão sábia amor
Ele então depositou um selinho em seus lábios trêmulos. Luke olhou para o
Heitor e disse
— Está dispensado, mas tarde estarei na reunião com os soldados
— Sim Senhor, com licença
Virando-se para ela disse
— Vamos, temos que alimentar o nosso filhinho.

Luke passou a mão na barriga dela, seu coração quase saiu pela boca,
ela queria chorar e ao mesmo tempo gritar, era tudo tão confuso dentro dela,
como resistir a ele? Como reprimir esse sentimento tão intenso dentro dela?
— Você também pode nos acompanhar Clarice —Luke disse para a mãe dela

Eles seguiram para a sala de jantar onde a mesa já estava posta, logo o
café da manhã foi servido e Geovanna comeu bem, ultimamente ela estava
sentindo muita fome após os enjoos matinais. Depois que terminaram, Luke
preparou-se para sair a reunião, antes de sair ele levou Geovanna até a porta
para se despedirem, ele a abraçou e disse
— Cuida no nosso príncipe, mais tarde volto, estou morrendo de saudades de
você
— Você matou o Marco
Luke a afastou e olhou para ela
— Está com pena dele?
— Não é isso, é que eu não consigo aceitar que você tira a vida de outra
pessoa tão friamente assim
— Eu tiro e vou tirar a vida de qualquer um que ousar em pensar querer você,
faço qualquer coisa para tirar do meu caminho pessoas que atrapalhem o
nosso relacionamento
— Inclusive meu pai...
Ele a cortou
— O seu pai me roubou e ele mereceu o destino que teve.
— Como você quer que eu te perdoe diante de uma atitude dessas? Você nem
se quer sente remorso
— Não, não sinto e além do mais se você não quer me perdoar para mim é
irrelevante, o que importa é que você continuará casada comigo pelo resto da
sua vida, eu jamais abrirei mão de você, então por tanto, para de reclamar e
seja a esposa de um mafioso e aceita o seu destino.

Ele segurou seu rosto com as duas mãos e olhando bem para ela continuou:
— O que eu te falei ontem não é nenhuma brincadeira, eu te amo, você é a
minha vida, minha menininha, desde do dia em que a vi pela primeira vez. Eu
lutei contra esse sentimento mas não posso mais. Eu te amo demais, chega a
doer, você entende a intensidade desse sentimento?
— Eu não sei o que dizer...
— Não diga nada... Apenas sinta
Luke pegou a mão dela e levou a seu peito
— É assim que meu coração bate por você, e o tamanho desse amor que está
aqui é suficiente para você também e para o nosso filho. Vocês são a minha
família e nada nesse mundo vai nos separar, nem mesmo a sua teimosia.

Geovanna baixou a cabeça, um turbilhão de pensamentos invadiam


sua mente, aquilo tudo que ele estava falando era tão intenso mas ao mesmo
tempo assustador
Luke então, a beijou na boca, os lábios dele explorava sua boca em um beijo
terno, sem violência porém firme, a língua dele entrelaçava a dela. Geovanna
não resistiu, se entregou aquele beijo sem medo, sem, reservas, sem culpa,
sem ódio. Ele libertou-a do beijo e a abraçou forte, eles ficaram assim por
algum tempo, entregues, cada um com seus pensamentos.

Ele afastou-se dela e disse


— Preciso ir, seja uma boa menina e fica ansiosa me esperando. Te amo
minha menininha. Ele abaixou até a barriga dele e a beijando disse:
— Cuida da mamãe garotão, não deixa ela esquecer do papai
Geovanna riu, ela nunca pensou que o Luke ficaria tão babão assim
— Te vejo mais tarde

Ele saiu e Geovanna ficou no hall olhando a porta, seu coração batia
em ritmo acelerado, ela o amava e não podia mas negar esse sentimento, era
mais forte que o sentimento de desprezo. Ela não iria perdoa-ló
nunca pela morte do seu pai mas iria tentar aceitar esse casamento, aceitar ser
a esposa de um mafioso. Com esse pensamento ela foi ao encontro da mãe,
nunca revelaria a ela o que o Luke fez a seu pai, isso seria dolorido demais
para ela.
— Mãe?
— Estou aqui.
Elas sentaram na sala e a mãe perguntou
— E então, vocês se entenderam?
— Mais ou menos, eu vou tentar viver esse casamento, não adianta lutar mãe,
porém não vou deixá-lo conhecer meus sentimentos, eu não vou dizer que o
amo, eu tenho o meu orgulho e além
do mais eu não o perdoei por tudo que ele fez a mim.
— Você quer fazê-lo arrastar-se aos seus pés?
— Ele praticamente fez isso me pedindo perdão, porém ele não se arrepende
de nada que fez, então esse pedido de perdão não vale nada para mim.
— Filha, não seja tão orgulhosa, as vezes o orgulho só faz sofrer.
— Não importa, o que eu já sofri desde que ele entrou na minha vida,
qualquer outro sofrimento é fichinha
— Tá bom filha, só não esqueça que você não pode estressar
— Eu sei

Elas ficaram conversando por mais algum tempo e o dia passou


rapidamente, a mãe dela almoçou com ela, Luke não veio almoçar em casa,
porém ela tinha certeza que ele viria para o jantar e ela já sabia como ela
gostava, então foi até a cozinha e mandou a empregada preparar um jantar
especial para comemorar a volta do chefe. A mãe dela resolveu ir para a casa
de hóspedes e Geovanna não protestou, ela achava bom a mãe ter seu próprio
espaço, ela não precisava mas de companhia já que o Luke havia voltado.

Quando a tarde começou a cair, ela subiu e tomou um banho


demorado de banheira e ao terminar, passou hidratante na pele especial para
gestante, o cheiro era maravilhoso. A barriga dela já estava aparecendo um
pouquinho, ela ficou se olhando no espelho, logo estaria enorme. Ela passou
as mãos pela protuberância do ventre. Ela sorriu e foi até o closet escolher
uma roupa para o jantar, como era formal, escolheu um vestido de tafetá azul
royal que ainda cabia nela. Arrumou os cabelos em coque no alto da cabeça,
colocou um brinco de pérolas, aplicou um maquiagem leva e estava pronta.
Calçou também um escarpam de salto baixo.

Ela olhou a hora e eram sete e meia, então resolveu descer e ir para a
sala que ele gostava de ficar para esperar a hora do jantar. Ao chegar lá, ele
não estava na sala, mesmo assim ela resolveu sentar e esperar. Os minutos
foram passando e nada dele aparecer — Será que ele não vem jantar? —
pensou

Quando o relógio bateu as oito ele apareceu, estava vestido de maneira


elegante como sempre
— Desculpa amore mio, eu me atrasei, tinha muitas coisas pendentes para
resolver
Ele se aproximou e a fez levantar, lhe deu um
beijo no rosto e inalando seu perfume disse:
— Está tão perfumada, tão linda, isso tudo é para mim?
— Não seja convencido, eu só me arrumei por que sei que você gosta que o
jantar seja formal
Ele riu com um sorriso maroto
— Vou fingir que acredito, minha Bambina
— Você poderia parar de me chamar de criança, eu não sou criança
— Eu sei que não, mas eu adoro chamá-la assim, além do mais a nossa
diferença de idade é grande, para mim você é uma criança
— Até que para um velhinho você está interaço
Ela riu e Luke a agarrou dizendo:
— Velhinho? Se não tivesse um jantar nos esperando, iria mostrar para você
quem é o velhinho
Ela ainda rindo disse:
— Não precisa ficar bravo, eu não me importo com a nossa diferença de
idade
— Tá bom meu amor, vamos comer, mais tarde eu mostro como o velhinho
aqui funciona

Eles seguiram para a sala de jantar, a copeira começou a servi-los e


Geovanna ficou pensando sobre o que viria após o jantar. Ela não sabe se é
seguro ter relação sexual, nunca perguntou para a médica pois pensava que
estava viúva. Agora ele está ali e vai reivindicar seus direitos de marido. Eles
não falaram muito durante o jantar e quando terminaram, Luke seguiu para a
sala de chá, ele gostava sempre de tomar uma bebida e fumar seu charuto,
Geovanna pediu para subir pois o cheiro do charuto a fazia sentir náusea, o
que não era totalmente verdade, mas ela queria esperá-lo no quarto.

Ela subiu e colocou a camisola, ficou andando de um lado para o


outro um pouco nervosa, parecia até a primeira vez que iam fazer isso. Não
demorou muito, Luke entrou no quarto, ela o olhou e o que viu em seus olhos
a fez estremecer, ele a olhava com os olhos em chamas de desejo, sem
demora ele se aproximou e empurrou- a contra a parede, ele começou beija-lá
de forma possessiva, feroz, desesperada, ele queria devorará-la. O coração
dela começou bater forte, ela estava preocupada com o bebê — Será que faz
mal para o bebê? — Essa pergunta não parava de martelar na sua cabeça.

Luke por sua vez, começou a despi-la, ele a beijava no pescoço, colo,
conforme ia desnudando-a
— Como te quero anjo, como senti sua falta, diz que você é minha, diz que
me quer, diz que sou o único em seus pensamentos
— Eu sou sua, eu te quero muito
Ele então a pegou no colo e a colocou na cama, ela estava só de calcinha. Ele
foi deslizando a mão pelo seu corpo até chegar na peça, ele foi tirando a
calcinha lentamente, Geovanna suspirava com dificuldade tamanho era o
desejo dentro dela, ele começou a beija-lá pelo corpo, seus lábios deixavam o
rastro de fogo por onde passava de Geovanna, ela estava quente, preparada
para recebê-lo dentro dela, sua vagina latejava completamente molhada. Ele
beijou seu ventre e entre beijos disse:
— Eu vou amar a sua mamãe como nunca amei antes filho.
Ele continuou a explorar seu corpo e Geovanna mordia os lábios inferiores,
ela estava completamente entregue aquele homem. Ele chegou até sua
intimidade, e ali ele deleitou-se, passando a língua pelos clitóris e por todo os
lábios da vagina até chegar na sua abertura, ele começa a passar a língua ali,
o que faz ela arquear o corpo e gemer
— Por favor Luke
— Calma amor, eu vou te dar tudo, não se preocupe, eu sou seu
Ele continuou explorando sua vagina com a língua e quando ela já estava no
limite, ele parou e posicionou seu pênis potente em sua entrada e a penetrou
com cuidado, ela sentiu uma leve ardência que a preocupou por um momento
mas quando Luke começou a mover-se dentro dela, rapidamente esqueceu o
pequeno incômodo e se entregou aquele momento mágico. Luke foi
intensificando as estocadas de maneira firme porém sem violência, ele estava
sendo gentil e muito cuidadoso. Geovanna seguia seu ritmo, ela gemia e o
arranhava nas costas. Ele aprofundou mais o pênis até entrar tudo, ele ia
fundo e os movimentos de vai e vem já estavam em
um ritmo acelerado, nada mais importava, somente aquele momento de
entrega, de amor, ela o ama e de seus lábios saiu essas palavras entre
gemidos
— Eu te amo
Nesse momento ela cai em um orgasmo delicioso, sua vagina lateja em volta
do pênis dele, Luke também goza e seu líquido quente se derrama dentro
dela, os dois se entregam aquele momento único. Seus corpos suados, se
recuperam. Luke a abraça forte, enterrando sua cabeça no peito dela. Eles
ficam assim por um longo tempo, até que Luke sai de dentro dela e deita do
seu lado de costas, Geovanna vira para o lado dele, ela queria lhe dizer o
quanto o amava, o quanto sofreu quando pensou que estava morto mas as
palavras não saiam de sua boca.
Ele voltou-se para ela, abraçou-a e a fez deitar em
seu peito.

Geovanna e Luke se amaram varias vezes durante aquela noite,


Geovanna não se importou, ela sabia como o marido era insaciável. Altas
horas da madrugada eles finalmente dormiram.

Ela acordou e se esticou, olhou para o lado e viu o Luke dormindo


profundamente, ela ficou olhando para ele com um sorriso no rosto, ele é tão
lindo e dormindo não parecia ser uma homem tão cruel que era capaz de tirar
a vida de pessoas. Geovanna desfez o sorriso e ficou triste, como pode amar
um homem tão cruel como ele?

Ela suspirou forte e resolveu levantar-se, estava com vontade de ir ao


banheiro. Ao levantar-se, sentiu um pouco de incômodo na sua intimidade
mas não se preocupou, talvez a vagina esteja mais sensível por causa da
gravidez. Foi até o banheiro e fez xixi. Quando foi se limpar, olhou para o
papel higiênico e o que viu a fez ficar pálida, havia sangue e não era pouco,
com desespero ela pegou mais um pedaço de papel e passou de novo e o
papel saiu sujo de sangue, ela estava sangrando.
Em desespero ela grita
— Lukeeeeeeeeeee
Ele vem correndo e pergunta
— O que foi amor
— Estou perdendo o bebê
Trinta oite
— Então Dra. Beatriz, o que aconteceu?
— Vamos começar pela notícia boa primeiro, você não estava tendo um
aborto. O sangramento que teve foi pelo fato de ter tido relação sexual, mas
calma, isso não quer dizer que sexo na gravidez é um problema, não é, as
mulheres podem ter sexo na gravidez sem riscos para os bebês, porém no seu
caso isso já não será possível. Então aí vem a má notícia, o seu colo do útero
está afinando, isso que dizer que ele já está se delatando para a saída do bebê,
esse período é muito cedo para que isso aconteça, caso o seu colo do útero
continuar afinando, pode provocar um aborto ou o seu bebê nascer
prematuro.
— Então isso quer dizer que, terei que ficar de repouso?
— Sim, você não poderá fazer esforço nenhum, sua gravidez saiu de risco
para alto risco. Eu vou te receitar remédios para retardar o afinamento do
colo útero e vacinas para amadurecer o pulmão do bebê. Nós vamos fazer de
tudo para segurar seu bebê o máximo possível, não sabemos se você
conseguirá chegar até o final da gravidez mas precisamos tentar manter seu
bebê pelo menos até os 8 meses. Você precisará ficar de repouso absoluto.

Geovanna escutava o que a médica falava muito assustada, ela não


queria perder aquela criança .
— Você poderá ir para casa hoje, porém vamos monitorar sua gravidez de
perto, caso sentimos necessidade você terá que ficar no hospital enterrada até
o bebê nascer
A médica também chamou o Luke e explicou a situação para ele.
— Senhor Salvatore,vou indicar uma das nossa enfermeiras para administrar
os medicamentos e ajudar a Geovanna em tudo que ela precisar em casa, por
enquanto não será necessário a internação.

Ao terminar todas as recomendações, eles foram


para casa, Luke a abraçou e ficaram assim toda a viagem. Ao chegar em casa
ele a pegou no colo e subiu com ela as escadas, a colocou na cama
— A culpa foi minha, eu não deveria...
Ela o cortou colocando as mão na sua boca
— Não, a culpa não foi sua, já estava acontecendo o processo, o sangramento
só nos alertou.
— Você é muito generosa meu amor, a culpa é toda minha por você está
passando por tudo isso
— Vamos esquecer, agora temos que pensar somente no nosso filho
— É bom que sua mãe se mude para cá, ela pode ficar aqui com você. te
ajudar no que for preciso
— Obrigada

No dia seguinte, a enfermeira chegou e começou a medica-la, ela


colocou um acesso por onde Geovanna iria receber os medicamentos. Os dias
foram passando e ela quase não saia do quarto. Luke mandou instalar uma
rampa automática na escada e ela podia ir até o jardim usando uma cadeira de
rodas. A enfermeira a levava todos os dias para pegar sol. A mãe de
Geovanna também a ajudava com tudo que fosse preciso, ela passou a dormir
no quarto de hóspedes do lado do quarto dela. Luke boa dormia com ela,
porém ele vinha todos os dias para a visitar e ficava o maior tempo possível
com ela.
A médica também ia até ela todos os dias

Quando Geovanna entrou para o quinto mês de gestação, começou a


sentir cólicas, eram cólicas fracas mas incomodava bastante, a médica
explicou que as cólicas já eram indicavam um trabalho de parto. Ela teve que
tomar medicamentos para dor.

Geovanna estava deitada, a dor já havia melhorado.


— Quer ir no jardim hoje Senhora?
— Sim, hoje estou me sentindo melhor
Nesse momento a mãe dela entrou no quarto
— Como está se sentindo hoje?
— Melhor mãe, vou até no jardim
— Que bom filha, tenho certeza que o nosso menininho vai se comportar
direitinho hoje.

Depois de fazer a higiene da manhã, elas foram para o jardim, ficaram lá um


bom tempo pegando o primeiro raios de sol da manhã. Luke apareceu no
jardim
— Bom dia meu amor, como você está hoje?
— Sem dor
— Que bom
Ele depositou um beijo em seus lábios e logo depois beijou a barriga dela
— Ei garotão, você tem que ficar aí mais um pouquinho, sei que você já quer
vir ao mundo para arrasar mas precisa cuidar da mamãe, não queremos que
nada de ruim aconteça a ela.
— Acho que nada de ruim acontecerá comigo Luke mas com o bebê, caso ele
nasça agora
— Você também, não quero que sofra e sei que você sofrerá caso ele nasça
antes do tempo
— Ele é forte e tenho certeza que ele vai conseguir passar por essa

Luke estava sendo maravilhoso, ela nunca imaginou que ele seria tão paciente
e carinhoso. Ele atendia todos os seus desejos, dava apoio, estava sendo um
marido exemplar
Quando Geovanna terminou se pegar sol, todos entraram na casa para tomar
o café da manhã, como
ela estava bem, também tomou o café da manhã junto com todos.

Naquela tarde, Geovanna voltou a sentir as cólicas, a enfermeira fazia


massagem para ajudar aliviar até os remédios fazerem algum efeito.

O dias foram passando e Geovanna entrou no sexto mês de gravidez,


as cólicas eram constantes, as vezes leve e as vezes muito doloridas, a médica
a examinou e disse que ela não poderia nem levantar da cama, repouso total,
só levantar para ir ao banheiro e tomar banho. Assim foi feito, ela passava
todo tempo na cama, com cólicas, os medicamentos que ela estava tomando
era que mantinha o bebê na barriga porém a médica não sabia dizer se eles
conseguiriam segurar o bebê por mais tempo.

Quando Geovanna estava perto de completar sete meses, a médica


achou melhor interna-lá no hospital, a partir daquele momento, o bebê
poderia nascer, então ela não podia levantar nem para ir ao banheiro. Ela foi
para o hospital de ambulância, Luke foi junto. Ao chegarem lá a médica veio
falar com eles
— Geovanna, a partir de agora, nós vamos fazer de tudo para segurar o bebê
pelo menos até os oito meses, você não poderá sair dessa cama para nada. O
seu bebê já está bastante pesado e mesmos que você ainda não tem uma
dilatação total, só com o peso do bebê você pode entrar em trabalho de parto.

Assim Geovanna ficou no hospital até quase o oitavo mês de


gestação, ela entrou em trabalho de parto e já havia delatado e a médica então
achou por bem realizar o parto. Luke ficou com ela enquanto o bebê vinha ao
mundo
— Vamos lá Geovanna, está quase chegando, força
Geovanna fazia muita força, Luke estava do lado dela
segurando sua mão forte. Depois de mais alguns minutos ela escuta o choro
do seu filho, a emoção foi tão forte que ela não saberia descrever, eles
mostraram o bebê para ela rapidamente e logo o levaram, Geovanna começou
a sentir tudo rodando a sua frente, ela começou a afrouxar a mão do Luke
— O que foi amor? Está sentindo alguma coisa?

Ela não conseguia falar, logo os médicos começaram a examina-lá


— O que está acontecendo? — ela escutava Luke perguntar nervoso para os
médicos
— É melhor o Senhor se retirar, nós vamos cuidar da sua esposa
— Eu não vou me retirar — Luke gritava
Essa foi a última coisa que ela escutou antes de cair na escuridão
Os médicos começaram a fazer os procedimentos para verificar o que estava
de errado, alguns enfermeiros tentava tirar o Luke do local mas ele não queria
sair
— O senhor não pode ficar aqui, precisa se retirar senhor
— Já disse que não vou sair, o que está acontecendo com minha esposa?
Nesse momento Edward chegou e disse:
— Luke, você não pode ficar aqui, eles vão salvar a Geovanna.

Luke não quis ouvir, ele pegou a sua arma e apontou para todos da equipe
— Me deixa passar ou eu enfio uma bala na cabeça de cada um
Todos ficaram parados assustados, Edward então entrou na frente do Luke e
disse:
— Abaixa a arma, você não vai poder fazer nada pela Geovanna agora mas
eles sim, se você matá-los, matará a Geovanna também

Luke completamente transtornado começou a baixar a arma, Edward sem


demora pegou a arma da mão dele
— Vamos! Tudo ficará bem

Edward conseguiu levar o Luke para a sala de espera, enquanto isso, os


médicos tentavam salvar a vida da Geovanna

Horas se passaram e Luke andava de um lado para outro na sala de espera,


ele não conseguia ficar parado
— Por que eles não falam nada? Eu vou acabar com todos eles, me dá minha
arma Edward
— Não vou fazer isso Luke, você precisa se acalmar e esperar
— Eu não quero esperar Porra nenhuma, eu quero saber da minha mulher —
Luke gritava e batia com os punhos na parede. A mãe da Geovanna e
Fabrício também estavam na sala e Fabrício se manifestou
— Nós também estamos preocupados Luke mas temos que esperar
Luke avançou para o Fabrício e pegando ele pelo colarinho disse:
— Não me pede para me esperar, se eu ouvir mais uma vez essa palavra não
respondo por mim
Nesse momento a Dra Beatriz chegou na sala, ela pigarreou e todos olharam
para sua direção, Luke
soltou o Fabrício que levou a mão a garganta tossindo um pouco e avançou
para cima da médica
— Como está minha esposa?
— Senhor Salvatore, a Geovanna, não corre risco de morte ela está bem,
porém tivemos que fazer uma cirurgia nela, infelizmente tivemos que fazer
uma histerectomia, isto é, tivemos que retirar o útero da sua esposa, ela não
poderá ter mais filhos. Sinto muito
— Eu posso vê-lá?
— Sim, assim que ela for transferida para o quarto
— E o meu filho?
— Ele também está bem, está na incubadora, o Senhor pode vê-ló através do
vidro, por enquanto não poderá receber visitas.

A mãe da Geovanna e o Fabrício seguiram a médica até o vidro para ver o


bebê, Luke ficou na sala de
espera, sentado, de cabeça baixa.
— Não quer ir ver seu filho? — Edward perguntou
— Depois eu vejo, não estou com cabeça para isso agora
Depois de algum tempo, Luke resolveu ir ver o filho, ele ficou olhando para
aquela criança tão pequeno ligada à fios. Não dava para perceber com quem
se parecia mas já dava para perceber que tinha os cabelos preto assim como
os dele. Ele ficou mais um tempo, olhando para o filho e depois se retirou.

Geovanna já havia ido para o quarto e Luke ficou com ela o tempo todo. Ele
acabou dormindo no sofá do quarto dela. Ao amanhecer ela acordou, olhou
para o lado e viu o Luke, ela o chamou
— Luke, Luke
Ele acordou e rapidamente foi para o lado dela
— O que foi, está sentindo alguma coisa, vou chamar a médica
— Cade meu bebê?
— Ele está bem, não precisa se preocupar
Luke apertou o botão para chamar uma das enfermeiras
— Eu quero ver meu bebê Luke, onde ele está?
— Está na UTI neo natal, ele nasceu pequeno, vai ter que ficar lá por um
tempo
— Ele está bem mesmo?
— Sim
Nesse momento a enfermeira entrou
— Olá Senhora Salvatore, que bom que acordou, a médica está vindo aqui já
já, agora eu vou medir a sua pressão e sua temperatura. A senhora passou por
uma cirurgia, a médica vai lhe explicar tudo
— Eu quero o meu filho
— Logo logo a Senhora vai vê-lo, por enquanto temos que cuidar da Sua
saúde, não quer que seu filha a veja doente né — a mulher sorriu mas ela não
conseguia sentir feliz, ela queria ver o filho logo.

A enfermeira fez todos os procedimentos, Geovanna sentiu que havia um


corte na sua barriga, como se tivesse feito uma cesariana. Depois de algum
tempo a Dra Beatriz chegou
— Oi Geovanna, como está se sentido
— Não muito bem, quero ver o meu filho
— Você verá, não se preocupe, agora temos que conversar.
Ela olhou para o Luke que estava sentado no sofá sem expressão. A médica
lhe contou tudo noque aconteceu, quando ela terminou havia lágrimas nos
olhos da Geovanna.
— Isso quer dizer que não nunca mais poderei ter outros filhos?
— Sim, mas pense em um lado bom, você tem seu filho, um menino lindo e
forte
— Quando poderei vê-lo?
— Hoje mesmo, só vamos ver sua barriga e logo a enfermeira trás a cadeira
de rodas para você ver seu filho. Por enquanto só pode vê-lo pelo vidro.

Depois de todos os procedimentos, eles levaram Geovanna para ver o bebê


através do vidro, Luke foi com ela e ficaram os dois olhando o pequenino
— Ele é lindo — Ela disse com a voz cheio de emoção
— É sim, se parece com você
Ela riu
—Não dá para saber, é muito pequeno
Eles ficaram em silêncio comtemplado o bebê.
— Como Vamos chamá-lo? — Ela perguntou
— Lorenzo Robert
— O nome do meu pai? — Ela o olhou assustada
Luke se abaixou diante dela e pegou em suas mãos
— Sim, o segundo nome eu decidi homenagear com o nome do seu pai. Sei
que isso não vai amenizar o que eu fiz mas quero que você saiba o quanto
estou arrependido.
Ela ficou olhando para ele e não sabia o que fizer, então apenas agradeceu
— Obrigada
Ele levantou-se e a levou de volta para o quarto.

Nos dias que se passaram, Geovanna ficou no hospital, ela passou a poder
pegar o bebê e aninha-lo
em seu peito, segundo os médicos isso era bom para a recuperação dele, as
vezes o Luke ficava com ela e ele também pegava o bebê. Eram momentos
mágicos para eles. Lorenzo começou a ganhar peso e depois de algumas
semanas estava pronto para ir para casa.

Geovanna e Luke levaram o pequeno Lorenzo para o lar deles e assim


começou uma nova etapa na vida deles.
Trinta nove
Geovanna estava com o filho no colo, ele já estava com um mês e
não parecia que havia nascido prematuro. Ela tinha acabado de amamenta-ló
e ficou admirando-o, tão parecido com o pai, a cor do cabelo e a cor dos
olhos, incrivelmente azuis. Ela suspirou e decidiu colocá-lo no berço. O bebê
tinha uma babá enfermeira que cuidava de todas as necessidades dele
— Está dormindo como um anjo Senhora, pode ir descansar, quando ele
acordar cuido dele.
— Obrigada

Ela foi para seu quarto, já havia se recuperado bem da cirurgia,


também quase não fazia nada, sempre tinha a babá do Lorenzo e a mãe por
perto para lhe ajudar com qualquer coisa. Luke era um caso a parte, ele
simplesmente estava sendo o marido que toda mulher pediu a Deus,
extremamente amoroso, cuidadoso e a paparicava como se ela fosse uma
bonequinha. As vezes ela até sentia-se sufocada com o exagero de atenção
dele.

Geovanna deitou na cama e logo o seu celular vibrou, ela olhou para a tela e
com um sorriso, atendeu
— De novo Luke?
— Só liguei para saber como você está
— Você ligou a meia hora atrás
— Eu sei mas não consigo me concentrar em nada, só penso em você e nosso
filho
— O Lorenzo está dormindo e eu vou aproveitar para dormir um pouquinho
também
— Hum! vou deixar você descansar então amor mas sonha comigo tá
— Eu acho que vou sonhar com outro homem que também tem os olhos
azuis e adora sugar meus seios
Ele riu
— Falando essas coisas você me deixa de pau duro
— Então é melhor tomar um banho frio porque se chegar perto de outra
mulher, vai perder essa parte da sua anatomia
— Duvido! você não vai se privar dessa parte da anatomia do seu marido,
você gosta dele tanto quanto eu
— Você é muito convencido
— Só sou realista e confio no meu potencial
— Luke, tenha uma boa tarde tá.

Ela desligou o celular e suspirou, tinha certeza que ele transava com outras
mulheres, eles não tinham nada a meses e um homem como ele não fica sem
sexo por tanto tempo.
O celular dela começou a vibrar de novo, era ele mas não iria atender, nesse
momento só queria descansar um pouco, o Luke a está sufocando.
Ela deita na cama, o celular para de vibrar.

Geovanna começou a fechar os olhos quando escutou um bipe no


celular, então resolveu olhar e tinha uma mensagem do Luke
" Eu não estou transando com outras mulheres"
Ela ficou olhando para a mensagem, não acreditava nisso, porém para não
arrumar problemas respondeu
" Esta bem, acredito em você"
Ela voltou a deitar e depois de alguns segundos, outra mensagem
"Eu estou falando sério, quando chegar em casa nós vamos conversar"

Ela não respondeu nada, estava cansada e queria dormir, o Luke estava sendo
maravilhoso mas ela não confiava nele. Ela suspirou fundo e dormiu, o bebê
daqui a pouco vai acordar e ela precisa descansar.

Depois de uma hora ela acorda com alguém entrando no quarto, era o Luke,
ele vai até a cama dela e senta do lado
— Já é noite? — pergunta meia desorientada
— Não, eu vim pra gente conversar
— Luke por favor, já disse que acredito em você
— Eu sei que você não está falando a verdade, eu sei que não confia em mim
— Você não me deu motivos para acreditar em você. Disse que sempre me
amou desde que me viu pela primeira vez e no entanto transava com outras
mulheres depois do nosso casamento.
— Eu sei, eu fui um estupido mas eu lutava contra esse sentimento, eu queria
provar para mim mesmo que eu não precisava somente de você, eu podia ter
quantas mulheres que eu quisesse, que você não mandava no meu coração e
além do mais você me desprezou, não aceitou o nosso casamento
— Mas é claro que não aceitei, como iria aceitar um casamento com um
homen que nunca vi na vida.
— Eu entendo e por isso eu fui tão cruel com você, eu queria que você me
aceitasse, eu queria que você me amasse como eu a amava
— Luke, você não pode tomar o amor de uma pessoa, é preciso conquista-lo.
— Eu consegui? Você disse que me amava na nossa última noite juntos
— Eu disse, eu não sei porque mas eu sinto algo especial por você, talvez
seja amor ou somente uma maneira de me proteger
— Se proteger? De mim?
— Você ameaçou tirar o meu filho de mim caso eu não te aceitasse, o que
você acha que eu senti? — Ela falava isso com a voz alterada

Eles ficaram se olhando por algum tempo, então Luke resolveu falar
— Eu não posso Geovanna, eu não posso abrir mão de você, eu queria te
deixar viver a sua vida, seguir sua carreira mas eu não estou preparado para
isso... Eu... Eu não gosto nem de pensar em você perto de outros homens.
— Mas Luke, eu não preciso ficar perto de outros homens quando danço, há
bailarinos mas é tudo muito profissional
— E os homens que vão assistir?
— Eles não vão poder me tocar
— Eu não consigo, eu morria de ciúmes quando via você nas aulas de dança
e você precisava fazer par com algum bailarino
— Você me via nas aulas? — Ela perguntou com surpresa
— Todas elas, eu estava lá, a observando, você não podia me ver, eu ficava
em uma sala com vidro escuro.

Ele deitou no colo dela e e como um menino perdido disse:


— Eu sou completamente dependente de você Geovanna, eu preciso de você
para viver.

Geovanna ficou pensando sobre aquilo, o sentimento dele é mais que amor, é
possessivo, era como uma droga.
— Geovanna, quando eu pensei que você preferia morrer do que viver
comigo, eu fiquei arrasado e foi nesse momento que decidi fazer coisas para
que você nunca mais pensasse em tirar a sua vida
Geovanna empalideceu, ela tinha que contar para ele que não havia tentado
tirar a própria vida
— Não Luke, não é verdade, eu não queria me matar aquela noite
Ele levantou imediatamente e a olhou assustado
— Não?! mas eu vi você se afogando e quando tentei te resgatar, você lutou
contra mim
— Na verdade eu senti uma cãibra forte em uma das pernas e quando você
chegou eu não aguentava mais lutar, eu pensei que iria morrer. Quando você
me segurou, eu entrei em desespero. Foi isso que aconteceu
— Por que me deixou acreditar que queria se matar?
— Porque você havia me violentado...
Ela parou de falar pois a voz não saia mais, as lágrimas começaram a descer
pelo seu rosto. Ela respirou fundo e voltou a falar
— Como você acha que me senti Luke? Você descontava a sua raiva me
tomando a força...
Ele a cortou
— Não amor, não! Eu não vou justificar o que fiz com você e não vou te
dizer que me sinto culpado porque eu não sinto. Eu não sou um homen bom
Geovanna e nunca serei. Se for preciso, farei coisas para ter o que eu desejo e
o que eu mais desejo é você.

Ela o olhou e não disse nada, não havia nada a dizer, apenas se levantou, ele
também fez o mesmo, ela aproximou-se dele e passou a mãe no seu rosto
— Vou ver o nosso filho
Ela se virou e saiu, Luke ficou olhando para a porta sério.

***

Alguns dias depois, Geovanna foi ao médico para avaliação e estava


tudo bem com ela e com o bebê. A médica disse que ela podia ter uma vida
normal. Ao sairem do consultório ela perguntou para o Luke se eles poderiam
pedir para o motorista parar em um parque da cidade.
— Para que Geovanna?
— Só para ver as crianças, daqui a pouco o Lorenzo vai está crescido e eu
gostaria que ele brincasse nos parques com outras crianças
— Isso não vai ser possível amor
— Por que não?
— Geovanna, nós não somos uma família normal que pode andar por aí em
parques da cidade, se você quer um parque, eu mando construir um na
mansão
— Não Luke, eu quero que o meu filho tenha amigos
— Isso não vai acontecer, o Lorenzo é meu herdeiro direto e ele é um alvo
valioso, você quer que nosso filho seja sequestrado?
— Não
— Então!
Ele suspirou e continuou
— Eu nunca tive infância, eu nunca tive amigos e o único cara que se dizia
amigo me traiu apesar de eu nunca considerá-lo amigo pois já sabia que um
dia ele iria me trair, meu pai sempre me ensinou isso. Eu nunca pude ter uma
vida normal, eu fui treinado para assumir a Máfia e o Lorenzo também será
— Você não confia em ninguém não é? Nem em mim você confia
— Eu confio em você amor, não se preocupe
— É claro que não confia, você me testou
— É por que eu me sentia inseguro com relação a você e o Marco, eu sempre
senti que vocês me escondiam algo

Geovanna ficou pensando e chegou à conclusão que o Luke a estava testando


de novo
— Você sabe né?
— Sei o que? — Ele a olhou com um ar de desafio
— Que o Marco me ajudou a fugir
Ele riu
— É claro piccola, sempre, no restaurante havia câmeras e eu consegui os
vídeos e vi quando ele a encontrou.

Geovanna baixou a cabeça, ela agora estava entendendo que jamais faria
qualquer coisa sem que ele não soubesse, que jamais teria liberdade enquanto
ele fosse vivo, que jamais teria a sua própria vida enquanto vivesse com ele.
Ela olhou para o filho que dormia no bebê conforto e sorriu, pelo menos tinha
ele para cuidar até quando Luke decidisse ensiná-lo a ser um mafioso frio e
assassino como ele.

Luke a abraçou e ela não resistiu, abraçou-o também


— Eu te amo Geovanna
— obrigada
— Só isso?
— Você quer ouvir que eu te amo também? que eu sou uma boba por amor
um homem como você, que me faz prisioneira?
— Prisioneira do meu amor, do nosso amor
Ele a beijou com urgência, suas bocas unidas como se fossem uma. Ele
começou a penetrar a mão dentro de suas roupas
— Eu quero você agora bambina — Falou entre beijos
— Não Luke, não podemos fazer isso aqui, o Lorenzo está aqui
— Ele é só um bebê, não entende nada
Ele começou a descer as calças dela, Geovanna respirava acelerado, tantos
meses que eles não fazem isso.
— Sobe aqui amor, você manda, faça o que quiser comigo
Ela subiu em cima dele com as pernas abertas e logo o seu membro duro
como uma rocha, invadiu sua cavidade molhada. Ela deu um gemido quando
sentiu o pênis entrando nela. Então, começou a subir e descer em
movimentos acelerados no pênis dele, ela adorava está no controle.
— Vai amore mio, mais forte — Luke gemia
Enquanto ele estava em cima dele, Luke apertava seus seios entre as mãos.

O bebê começou a se mexer, e chorou um pouquinho


Geovanna parou o que estava fazendo e olhou para o filho
— Não para Geovanna, ele está bem, eu vou gozar, vai bambina.
Ela continuou e logo ele gozou e ela logo em seguida. Rapidamente assim
que se recuperou ala saiu de cima dele e ajeitou as roupas, sentou e tentou
acalmar o filho.
— Calma meu amor, a mamãe está aqui
Ela pegou a mamadeira e deu para o bebê que sugou com força resmungando
— Ele estava com fome — Ela disse
— Ele só vive com fome
— É por que ele é um bebê e está crescendo
Ele a abraçou por trás
— Eu também só vivo com fome, de você
Ele começou a beija-la no pescoço, passando as mãos pelo seu corpo
— Para Luke, nós acabamos de transar
— Você sabe que uma vez com você não é suficiente
— Eu sei mas agora você tem que esperar
Ele desfez do abraço e encostou no banco suspirando derrotado
— Okay! Vou esperar pacientemente
— Para de drama, além do mais não dá para ficar transando no carro, daqui a
pouco estamos chegando em casa
Ele levantou as mãos rendido e ela riu

Chegaram em casa e havia uma visita nada agradável

— Antonella, o que você está fazendo aqui? — Luke perguntou já irritado


— Vim conhecer seu filho
— Poupe-me disso, com certeza veio pedir para aumentar a sua mesada
— Luke, não posso viver com aquela ninharia, não posso nem comprar a
última coleção de roupas do estilista do momento.
Geovanna ficou olhando para eles e pensou que jamais gostaria de ter uma
relação desse tipo com o filho, ela iria amá-lo incondicionalmente.

— Antonella, vem aqui conhecer o Lorenzo, ele é lindo — Geovanna disse


olhando para ela com carinho
A mulher a olhou de alto a baixo, com seu olhar frio e desdenhoso, porém
decidiu aproximar-se e olhou o bebê que estava acordado no bebê conforto.
— Igual o Luke nessa idade — Ela disse com emoção na voz mas tentava
disfarçar
— Quer pega-ló?
— Deus me live, tenho alergia a crianças, olho por aqui mesmo
— Já viu o bebê Antonella, pode ir — Luke disse seco
— Luke... — Ele a cortou
— Não quero escutar, saia, não volta aqui sem avisar.
— É por isso que te odeio, odeio que você veio ao mundo e não saiu de mim
— Antonella gritava descontrolada
— O que você disse? — Luke perguntou
— É isso que você escutou, você não é meu filho, seu pai teve você com uma
amante, uma prostituta, eu não podia ter filhos. Seu pai teve essa ideia, então
eu aceitei, ele precisava de um herdeiro para essa maldita máfia.

Luke a olhava sem acreditar, ele sentou em um sofá completamente


desorientado, Geovanna sentou do lado dele, ela queria abraçá-lo para tentar
consola-ló mas não achou prudente faze-lo naquele momento.
— Você é um bastardo Luke
Ele levantou-se com fúria e gritou
— Sai daqui, saia da minha casa agora
— Eu vou sair mas lembre-se, tudo que você herdou do meu pai não era para
ser seu, ele não era seu avô.
Ele riu um sorriso diabólico
— Pois saiba que eu jamais te devolverei nada, e mais, quero você fora do
vinhedo, vou ordenar para que não te deixem entrar. Vai viver no
apartamento em Roma com o mínimo possível para sobreviver
— Você não fará isso, Luke eu não posso viver assim.
— Você vai me pagar por te me desprezado toda a minha vida, por todas as
surras que me dava, por ter me obrigado a transar com você dizendo que era
para me ensinar a ser homem e eu aprendi ser, trepando com a minha mãe.
Ah! agora sei que não era a minha MÃE.

Geovanna escutava tudo aquilo horrorizada, ela não acredita no que estava
ouvido, era tudo tão nojento que estava com vontade de vomitar

— E você aprendeu a ser um homem, a mamãe aqui te ensinou direitinho,


você até gostava, um moleque que não sabia nem controlar um orgasmo mas
depois se tornou o rei do sexo, gostoso! Até que seu pai nos pegou trepando e
teve um ataque! Idiota! O filho era muito melhor que ele.

Luke com ódio no olhar, tirou a arma da cintura e apontou para ela
— Sai daqui, sai da minha frente se não eu acabo com você agora mesmo
— Não Luke, não faça isso — Geovanna tenta intervir
— Atira seu bastardo, vai! Acaba logo com isso
— Por favor Antonella, vai embora, não piora as coisas — Geovanna
suplicava
— Eu vou mas convença seu marido a me liberar mais dinheiro, se não eu
vou voltar!
— Você não vai, nessa casa você não entra mais e não chegará perto da
minha família.
Luke colocou a arma de volta na cintura, pegou o celular e chamou
— Eliot, venha até aqui
— Não precisa chamar seus brutamontes, já estou de saída
Eliot chegou nesse momento
— Acompanha essa mulher até a saída e a partir de hoje ela não tem acesso a
essa casa
— Vamos Senhora
Antonella olhou para eles com olhar de desdém, virou as costas e saiu

Luke ficou olhando para a direção que ela havia saído. Geovanna chegou
perto dele e segurou em seu braços, ele reagiu puxando-o
— Você não está com nojo de tudo que escutou?
— Sim, estou chocada mas ao mesmo tempo te entendo, você era só uma
criança
— Não fui sempre só uma criança, eu transei com a minha "mãe" Até os 23
anos, tudo bem que ela me ameaçava dizendo que ia contar para meu pai se
eu não transasse com ela mas eu gostava, eu gostava de trepar com a minha
mãe.
— Ela não é sua mãe de verdade
— Mas eu não sabia disso, por tanto, saber disso agora não ameniza o que eu
fiz.
— A culpa foi dela, ela sabia de tudo.

Ele a olhou com os olhos tristes, um olhar que ela nunca viu nele. Ela foi em
sua direção e o abraçou, ele não precisava de julgamentos mas de
alguém que o amasse. Ele nunca recebeu esse sentimento de ninguém.

Nesse momento o bebê chorou, ela desfez o abraço e pegou o filho.


— Vou cuidar dele, eu sinto muito por tudo isso

Ela saiu da sala e deixou um Luke perdido em seus pensamentos.


Quarenta
PASSADO SOMBRIO

Geovanna estava no quarto já pronta para dormir, o Luke não havia


aparecido nem para o jantar, ela ligou para o celular dele e o mesmo não
atendeu. O coração dela estava apertado, ela estava com muita dó dele e ao
mesmo tempo sentia nojo, nojo de toda aquela situação.

A porta do quarto abriu e Luke entrou, ele estava todo desalinhado, cabelo
bagunçado, a gravata afrouxado, parecia que havia bebido, Geovanna sem
querer julgar disse:
— Que bom que voltou, estava preocupada
— É mesmo? Tem certeza que você queria que eu voltasse?
— É claro Luke, você é meu marido, o pai do meu filho, não quero que nada
de mal aconteça com você.

Ele a olhou sério, aproximou-se dela e a fez sentar na cama. Depois, puxou
uma poltrona até para perto dela, sentou de frente e a olhou
— Deixa eu te contar a minha história, eu não quero me justificar e nem que
sinta pena de mim mas eu preciso falar e preciso que alguém me ouça.
— Eu estou aqui para escutar
—Eu tinha 13 anos quando Antonella me iniciou no sexo.
O estômago de Geovanna embrulhou, ela não tinha certeza se conseguiria
ouvir aquilo mas precisava, para ajudá-lo a superar, ela precisava ouvi-lo. Ele
continuou:
— Eu era só um menino que estava começando a conhecer a própria
sexualidade, eu me masturbava e Antonella me pegou fazendo isso, ela
simplesmente disse que eu não precisava fazer aquilo, ela ia me ensinar e
assim ela me iniciou. A primeira vez eu achei aquilo nojento, eu tinha
transado com a minha mãe e tinha gozado. Eu me senti culpado e vomitei.

Os olhos de Luke vagaram para o passado

Ele estava em seu quarto, segurava seu pênis e massageava. Suas mãos
estavam tremendo. Ele começou a se masturbar, fechou os olhos e começou a
gemer, a porta abriu de repente e ela entrou
— O que está fazendo moleque?
— Nada!
Ela ficou olhando para ele e deu um sorriso
— Eu sei o que você estava fazendo Luke, seu pai ainda não te levou para o
prostíbulo? Já tem 13 anos, não era para ser virgem ainda.
Ela se aproximou dele, sentou na cama, o menino a olhava com os olhos
arregalados
— Você sabe que a mamãe aqui é responsável a te ensinar tudo, vou te
ensinar a ser um homem.

Ela pegou na mãe dele e colocou em seus seios


— Aperta
— Não
Ela deu um tapa na cara dele
— Eu mandei apertar
— Não mãe — disse chorando
— Não me chama de mãe seu pirralho, meu nome é Antonella, já te falei.
Agora faça o que eu mandei

O menino começou a massagear os seios da mulher com as mãos trêmulas


— Isso garoto, agora deixa eu fazer seu brinquedinho ficar duro
Ela tirou a bermuda dele, e riu ao ver o pênis
— Wow! Você vai ser grande, com 13 anos e já está assim, vamos lá, vou
chupar aqui, fica quietinho, você vai gostar
Ela começou a fazer sexo oral no menino que ficou duro na hora, ele não
conseguia segurar aquilo, logo gozou rápido
— Que idiota! Já gozou? vou te que te ajudar a segurar essa porra
Ela levantou e tirou a roupa, deitou na cama do lado dele, abriu as pernas
— Sobe, trepa comigo, enfia esse seu pau na minha boceta agora. É fácil
garoto, vem logo!
O menino sem jeito, subiu entre as pernas da mulher e colocou seu pênis na
entrada dela
— Agora faz força e faz isso entrando e saindo,Vamos lá!
O menino sem experiência começou os movimentos de vai e vem
— Isso Luke vai mais forte, você leva jeito, vai, vai!
Ele intensificou e logo gozou
— É um moleque mesmo, mas não tem problema, eu vou te ensinar tudo.
A mulher levantou, colocou a roupa e saiu do quarto
O menino ficou deitado na cama sem saber o que pensar — Eu transei com a
minha mãe? — Aquela constatação o fez nausear e saindo da cama correu
para o banheiro e vomitou

Ele deu uma pausa, fechou os olhos e depois continuou:


— A partir daquele dia, ela ia no meu quarto, quando meu pai não estava em
casa e nós transávamos. Se eu recusasse, ela me batia. Com o tempo eu
acostumei com aquilo e já não sentia culpa mas ódio, eu tinha tanto ódio
daquilo tudo que comecei a me tornar cruel. Paralelo a isso, tinha meu pai,
ele me ensinou a ser um mafioso, assassino, frio e cruel. Ele gostava da
minha natureza, ele gostava quando eu matava com prazer. Meu pai me fez
matar um homem pela primeira vez quando eu tinha 14 anos. Nunca senti
remorso por fazer aquilo, pelo contrário, até gostei, amenizava a minha raiva.
Meu pai adorou.

PASSADO

O pai de Luke o levou para mais um dia de treinamento, ele o havia


mandado torturar e matar alguns homens. Ele já fazia aquilo de olhos
fechados e sem remorço.
O pai dele adorava a maneira como ele matava, com requintes de crueldade,
sem sentimento, sem pena
— Ele é perfeito, cruel por natureza, ele mata com prazer, vai ser um
excelente Capo — O pai de Luke falava com um dos seus homens, pai do
Marco.
— Sim, ele é perfeito

Ele olhou para Geovanna que estava de cabeça baixa


— Eu tinha outras mulheres também, meu pai me levou para o prostíbulo
quando eu tinha 15 anos. Eu já era experiente, Antonella me ensinou muito
bem.

PASSADO

Quando Luke fez 15 anos o pai dele o procurou


— Já está com 15 anos e tem que começar a conhecer uma mulher, vou te
apresentar umas garotas, elas vão te ensinar as coisas boas da vida.
Assim, eles foram para um dos prostíbulos do pai, no quarto tinham 3
mulheres
— É aí garotinho, aguenta três?
— Aguento até 10
Elas riram
— É mesmo? Vamos ver
O rapaizinho transou com as três como se fosse um homem muito experiente,
as mulheres ficaram impressionadas. Quando terminaram o pai perguntou
para as mulheres
— E aí, como ele foi?
— Esse menino não é virgem nem aqui nem na China, alguém já ensinou
algumas coisinhas para ele.
O pai ficou surpreso
— Deve ser coisa da internet
— Sei não, só sei que ele é uma máquina de sexo

Geovanna estava com lágrimas nos olhos, ela tentou segurar mas não
conseguiu, tudo aquilo que ele estava falando era muito triste.

— Quando fiz 18 anos, eu decidi que não iria mais transar com a Antonella,
porém meu pai um dia chegou para mim e disse que havia uma coisa que um
mafioso deveria saber: Traição é algo imperdoável e o destino é a morte, seja
quem for. E sempre haveria alguém que me trairia e disse para não confiar
em ninguém. Por esse motivo, quando Antonella começou a me ameaçar que
iria dizer para o meu pai o que a gente fazia, eu cedia, não queria que meu pai
me visse como traidor. Então a partir dali, parei de resistir e passei a gostar,
ela me dava prazer e isso para mim era o que importava. Eu me via apenas
como um amante dela, não como filho.

PASSADO

Em casa a mãe dele se aproximou


— Oi gostoso, que bom que chegou, estava te esperando
— O que você quer Antonella?
— O que você acha, vamos trepar, já tem um tempo que não fazemos
— Não quero
— Qual é garoto, você quer que eu conte para seu pai o que a gente faz
desde que você tinha 13 anos?
— Foda-se!
— Olha como você fala comigo seu moleque, você acha que só porque fode
outras mulheres não vai me foder, pois vai, eu te ensinei tudo.
— Tá bom, Antonella, você quer que eu te foda, então vamos lá, eu vou
acabar com você.
— É assim que eu gosto

Eles foram para o quarto dele e quando terminaram, Antonella disse:


— Você tá muito gostoso, estou até dolorida, sabia que ia ficar bem dotado.
— Já conseguiu o que queria, agora sai daqui sua puta
— Cala a boca, você ainda é uma moleque
— Não sou um moleque, sou um homem e um dia eu vou acabar com você,
literalmente
— Está me ameaçando? Lembre-se, eu conto tudo para o seu pai
— Sai daqui
Ela saiu e Luke ficou deitado na cama com os pensamentos mais obscuro, ele
não tinha mente, não tinha sentimentos, não tinha nada. O ódio reluzia em
seus olhos.

Ele deu uma pausa longe e depois continuou:

— Essa situação durou até meus 20 anos quando fui morar na Itália com a
família do meu pai, fiquei lá por 3 anos, nesse período não tive mais contato
com a Antonella, porém já não era um menino que sentia medo, já havia me
transformado em um mostro. Quando retornei, no primeiro dia que estava em
casa, essa mulher entrou no meu quarto e disse que eu tinha que transar com
ela, eu não me importei, já não sentia mais, ela queria ser fodida, então eu o
fiz só que meu pai chegou na hora e pegou a gente naquela situação. Ele teve
um ataque cardíaco fulminante e morreu na minha frente. Logo depois do
enterro do meu pai, eu expulsei a Antonella de casa, assumi a Máfia e me
tornei essa pessoa que sou hoje.

PASSADO

Depois de três anos ele voltou já um homem formado, pronto para assumir a
Máfia Salvatore. O pai estava muito orgulhoso, ele tinha transformado o
filho em um perfeito Mafioso
— Você é perfeito filho, se saiu melhor do que eu imaginava.

Aquela noite, eles estavam jantando e Antonella perguntou?


— Arrumou alguma namorada Italiana Luke?
— Não, não sou homem para ter namorada, mulher para mim só serve para
uma coisa, trepar
— Hum!
— Antonella, não seja indelicada em querer saber a vida sexual do garoto
— É só curiosidade de mãe

Ela olhou para o Luke com olhos cheios de malícia.

A noite luke ouviu uma batida na porta do quarto


— Entra
— Oi gostoso
Ele a olhou com os olhos frios
— Poxa, você ficou três anos fora, senti sua falta
— Quer que eu te foda?
— Não precisa falar assim Luke
— Vamos com isso logo Antonella, não tenho tempo a perder com uma vadia
Ele já levantou e tirou a roupa, ela também fez o mesmo
— Vai gostoso! me come como só você sabe fazer
— Eu vou sua puta
E assim ele começaram a transar, porém a mãe do Luke esqueceu de fazer
algo importante, trancar a porta.
Eles escutaram um barulho de porta abrindo, Luke imediatamente se virou e
ficou pálido, o pai dele estava de pé, na porta, olhando aquela cena
completamente estático
— Pai!
O homem revirou os olhos, colocou a mão no peito e caiu. Luke saiu de cima
da Antonella e correu para o pai
— Pai, pai! — Ele batia em seu rosto
Ele verificou o pulso e o coração. Não havia resposta, ele estava morto
Luke levantou-se e olhou para a Antonella
— Sai daqui vagabunda
— Não Luke, agora que vai ficar bom, só eu e você
— Sai daqui sua puta, eu te odeio, eu quero que você suma da minha frente
Antonella saiu do quarto pisando duro

Ele parou de falar, O silêncio era tão pesado que poderia ser tocado
— Antonella nunca me amou, ela me odiava, agora sei porque. Ela sempre
me maltratou, me batia desde que me conheci por gente.
Uma pausa, ninguém falava
— É isso, essa é minha história.

Geovanna levantou a cabeça, olhou para ele que estava com a cabeça
baixa, se aproximou e o puxou para junto dela, o fez deitar em seu colo.
— Eu vou te ajudar, eu sei que essas cicatrizes são difíceis de apagar mas eu
vou pelos menos tentar amenizar esse sentimento em você.
Ele levantou a cabeça e pegando em seu rosto disse
— Não Geovanna, eu já superei isso, eu não vou me tornar um cara bonzinho
só porque eu te contei essa história, eu sou que o que sou e nada vai me fazer
mudar. Eu só quero que você me aceite do jeito que eu sou.
— Eu te aceito, eu quero te dar tudo aquilo que você não teve: Carinho,
consolo, proteção e o principal, amor.
— Você é muito generosa, mais não preciso de consolo e proteção, somente
do seu amor, isso me basta. Eu preciso que me ame, assim como eu te amo,
sem reservas, sem medo, sem obstáculos.

Ela sorriu para ele. Nessa hora, Luke a abraçou forte e a fez deitar na
cama, ele a beijou com paixão, Geovanna fechou os olhos e não queria pensar
em nada, só queria sentir, só queria amar aquele homem. Assim eles
passaram a noite toda na cama se amando. Foi uma noite mágica.
Quarenta um
PENÚLTIMO CAPÍTULO

6 MESES DEPOIS

Geovanna estava no quarto de brinquedos do Lorenzo, ele já


estava com 7 meses e engatinhando, dava pequenos gritinhos com sua
boquinha babada.
— Quem é o bebê bonito da mamãe? — (gritos de bebê)
— Cadê o bebê?

Nesse momento, Luke entrou no quarto


— Oi amor — ele se abaixou em direção dela e lhe deu um beijo nos lábios
— Oi
— E esse meninão?
O bebê estendeu os braços para o pai que o pegou e levantando-se começou a
girar. Lorenzo gargalhava de orelha a orelha
— Devagar Luke, ele acabou de mamar
Luke abaixou-se e colocou o bebê no chão, que começou a brincar com os
brinquedos a volta
— Está animada para hoje à noite amore mio? — Luke perguntou
— Sim, será a primeira vez que me apresento em público
— E eu estou morrendo de ciúmes
— Não deveria, você escolheu cada pessoa que estará lá, não será uma
apresentação na Broadway
— Ainda não estou preparado para deixar você se apresentar na Broadway
Ela passou a mão no rosto dele com carinho
— Eu entendo meu amor, eu não vou insistir, essa apresentação de hoje já
está perfeita, obrigada!
— Vai me agradecer melhor a noite, depois da apresentação.
Ela riu
— Já te agradeci, varias vezes
— Tem que agradecer mais
— E vou
— Eu te amo
— Eu também te amo
Eles se beijaram e o Lorenzo foi para perto deles com um brinquedo na mão e
começou a bater no rosto do Luke, ele desfez o beijo rindo
— Eu garotão, deixa eu beijar a mamãe
— Ele é ciumento igual a você
— É isso aí filho, tem que proteger o que é nosso.
Luke piscou para ela e levantou
— Tenho que ir amor, nos vemos a noite
Ele laçou um beijo para ele, que fingiu que pegava.

Luke saiu do cômodo e Geovanna continuou brincando com Lorenzo.

Muitas coisas haviam mudado nesses 6 meses, Luke já tinha


melhorado bastante desde do dia em que lhe contou a sua história. Ela
entendeu tanta coisa depois de ouvi-lo e decidiu amá-lo, sem cobrança, sem
barreiras, simplesmente se entregou à esse amor, ele precisava desse amor
para superar tudo o que passou, a pesar dele achar que já havia superado, mas
ela sabe que não, as feridas estavam lá, abertas.

Ela insistiu que ele precisava procurar um psicólogo mas ele disse que
não estava doente e não precisava de psicólogo, ele foi irredutível. Então a
Geovanna decidiu ser a própria psicóloga dele, dando aquilo
que ele nunca teve: Amor

Ele ainda era muito possessivo em relação a ela, ciumento fora do


normal, ela não podia sair sozinha para lugar nenhum, sempre que ela saia,
ele ia junto, então, por esse motivo, ela quase não saia, pois ele estava sempre
ocupado para acompanhá-la a qualquer lugar.

A apresentação de hoje à noite foi meio que uma surpresa para ela,
não esperava isso, ele disse que foi um presente de aniversário de casamento.
Ela ficou tão feliz. Claro que não era uma apresentação normal mas ela não
se importava, se tinha um público, já estava ótimo.

O dia passou tranquilo, depois que Geovanna brincou com o Lorenzo


ela o entregou para a babá cuidar dele e foi para o studio de dança ensaiar
para a apresentação da noite, as outras bailarinas e a professora também
estavam lá, como Geovanna não pedia ir até a escola de dança, elas
ensaiaram no studio na casa dela

— Olá Geovanna, vamos começar? Está animada para hoje à noite — A


professora de dança falou
— Sim, muito, estou um pouco nervosa também
— É assim mesmo na estreia.
Todas as meninas tomaram seus lugares e o ensaio começou. Eles estavam
ensaindo O Quebra Nozes e Geovanna era a bailarina principal.

Quando o ensaio acabou ela foi para o quarto descansar um pouco até
a hora de começar arrimar-se. Ela dormiu um pouco e acordou com o
despertador do celular. Levantou rapidamente e foi tomar um banho. Ao
terminar, se vestiu com um vestido de maneira casual, não passou nenhuma
maquiagem pois iria se arrumar no local da apresentação. Ela já estava dando
os últimos retoques na aparência quando Luke chegou, ele já estava arrumado
com um smoking de caimento perfeito, ele estava lindo.

— Oi amor, está nervosa?


— Um pouco
Ele pegou em suas mãos e disse:
— Estão frias, temos que fazer alguma coisa para aquecê-las
Ele a trouxe para junto dele e a beijou, um beijo apaixonado, cheio de
promessas. Ele a apertou em um abraço forte.
— Aí, tá me machucando, eu não vou a lugar nenhum
— Eu sei, só que estou nervoso, você vai está dançando naquelas palco com
aquela roupa colada e vários marmanjos olhando para você
— Luke! Para! Aposto que você só convidou um monte de velho e todos
casados
Ele riu
— Nem todos são velhos mas de certo são casados e todos vão com suas
esposas.
— Então! Para de drama
— Tá bom! vou tentar não subir no palco e te tirar de lá
— Não ousa fazer isso
— Olha que eu faço
— Melhor a gente ir no quarto do Lorenzo para se despedir dele

Ela se desfez do abraço dele e saiu do quero seguida por Luke, eles chegaram
no quarto do bebê e ele estava dormindo, a babá estava sentada na cadeira do
lado do berço dele
— Acabou de dormir senhora
Eles chegaram perto do berço e ficaram olhando para aquele anjinho em seu
sono profundo.
— Fica com Deus filho

Eles saíram do quarto e seguiram para a limousine que já os estava


esperando, a mãe dela também iria junto com o irmão em outro carro.
Chegaram ao local e Geovanna seguiu para os camarins onde todos estavam
se arrumando, Luke segurou seu braço antes de ela ir e disse:
— Boa sorte!
— Obrigada
Ela entrou no local e logo começaram a arruma-la. Quando estava pronta ela
decidiu dá uma olhada no público pela fresta da cortina
— Nossa, tem muita gente — disse para a outra bailarina que também estava
espiando
— Sim, você vai se sair bem
— Você já se apresentou antes?
— Sim, algumas vezes, não é fácil arrumar trabalho para bailarina iniciante.
Nem todos têm a sua sorte de ter um marido que monta o próprio espetáculo
para a esposa apresentar-se

Geovanna ficou sem graça, a impressão que ela tinha era que todos
achavam que ela era um snobe que exigiu que o marido montasse um
espetáculo somente para ela apresentar-se como bailarina principal, isso a
deixou triste
A bailarina continuou
— Mas essa apresentação vai ser muito boa, dizem que o prefeito de Nova
York está aí e muita gente do dinheiro, tomara que alguém reconheça o meu
talento e me patrocine
— Tenho certeza que encontrará alguém

Geovanna se afastou, estava nervosa e ao mesmo tempo triste, aquela


era apenas uma apresentação de capricho do Luke, ele fez tudo aquilo só
para agradá-la, porém era algo só de brincadeirinha para ele, não significava
nada. Ela resolveu dá de ombro, iria dançar com a alma, como se precisasse
disso para viver.

As luzes diminuíram a intensidade, o público ficou em silêncio, as


cortina se abriram, os bailarinos tomaram o seus lugares. Geovanna vai
dançar um trecho de Quebra Nozes sozinha no palco. Ela entrou e o público
aplaudiu. Quando todos ficaram em silêncio Geovanna começou a executar
os passos, ela dançava com precisão, o talento nato. Ela girava no palco como
se fosse voar. As pessoas ficaram admiradas.

Luke estava sentado em sua mesa e a olhava sério, ele odiava pensar
que todos a estavam admirando, sem perceber, apertava o celular que estava
em sua mão, ele começou a ver as coisas em câmera lenta na frente dele, tudo
ficou vermelho, as pessoas aplaudindo o incomodava. Ele começou a ficar
com ódio de todas aquelas pessoas — Ela é minha, só minha — Pensava

— Luke? — Alguém o chamou


— Ele olhou em direção da voz e havia um homem bem vestido o olhando
— Você está bem?
— Sim, estou bem — Falou rápido, com rudeza.
Ele olhou para o palco ela já estava no final da apresentação.

Geovanna estava executando os passos finais, ela girou por todo o palco e
recebeu aplausos, ela foi até o centro e com os últimos passos terminou a
apresentação. Todos aplaudiram de pé, menos Luke que continuava sentado,
com a cara fechada.

Alguém disse
— Sua esposa é perfeita Luke
Ele não disse nada, continuou do jeito que estava

Geovanna agradeceu o público, seu coração batia acelerado, ela estava tão
emocionada que não estava contendo as lágrimas
— obrigada
Os aplausos se estenderam por algumas minutos até enquanto Geovanna saia
do palco. Ela chegou emocionada atrás da cortina e abraçou a professora
— Você foi perfeita
— Obrigada

Alguém lhe entregou um buquê de flores e ela seguiu para o


camarim. Os outros bailarinos começaram as suas apresentações. Ela entrou
no camarim ainda sorrindo e encontrou o Luke lá, em pé, sério a olhando
fixamente
— Oi, aconteceu alguma coisa?
— Aconteceu
O coração dela acelerou — Será que era alguma coisa com o Lorenzo — Já
pensou
— O que aconteceu Luke, é alguma coisa com o Lorenzo?

Ele não disse nada, andou até porta e trancou, ela ficou olhando para o que
ele estava fazendo
— O que está fazendo?
Ele ainda em silêncio, aproximou-se dela, ela o olhava meio assustada, ele
parecia alterado. Então ele enlaçou sua cintura e a puxou para ele, o tutu que
ela estava usando era rígido e atrapalhou o que ele queria fazer
— Tira isso — disse com uma voz irritada
— Luke o que foi? Por que está agindo assim?
— Não pergunta, apenas faça o que estou mandando
Ela ficou olhando para ele e resolveu fazer o que ele mandou. Virou-se e
colocou o buquê de flores em um canto, levou a mão a cintura e desfez as
amarras do tutu o tirando.

Ele sem demora a abraçou por trás, ela suspirou, ele a beijava no
pescoço com loucura, como se nunca tivesse feito aquilo antes. Então a fez
virar de frente e a sentou no tampo da penteadeira, derrubando todos os
objetos que estavam em cima no chão. Ele a beijava com urgência e enquanto
fazia isso ia abaixando o colante dela até deixá-la nua. Geovanna gemia de
excitação. Ele começou a passar a mão na vagina dela, estimulando o clitóris,
ela gemia
— Você gosta disso ?— Ele perguntava em sussurro no seu ouvido
— Sim — Ela falava com a voz alterada pelo desejo
— Você gosta de se mostrar para os homens?
— O que? — Ela tentou se afastar mas ele a segura com força
— Me solta Luke, você está louco
— Isso, estou louco, estou louco para meter uma bala na cabeça de cada
homem desse lugar
— Luke, foi você que montou esse espetáculo
— E me arrependi, no momento em que a vi no palco
Ela passou a mão no rosto dele e disse com carinho
— Não fica com ciúme, eu sou só sua, sua mulher, sua amiga, sua
companheira, não precisa ficar assim meu amor
Ele a abraçou e repousou a cabeça em seu peito
— Eu preciso tanto de você amor, tanto
— Me ama, continua o que você estava fazendo
Ele a colocou sobre a mesa de novo e sem demora a penetrou, eles se amaram
entre gemidos e juras de amor. Ao terminarem, ela ajudou ele ajeitar a roupa
e foi colocar o vestido de gala que havia trazido para cumprimentar as
pessoas depois da apresentação.

Quando ela terminou, eles saíram juntos do camarim e seguiram para o salão,
a apresentação já havia terminado e estavam aguardando eles para começar as
apresentações.

— Senhoras e Senhores, o Sr. e a Sra. Salvatore


Todos aplaudiram e eles seguiram para o meio das pessoas, eles passavam
pelos casais e Luke as apresentava. Muitos elogiavam a sua performance no
palco e Geovanna agradecia lisonjeada. Luke estava se comportando bem, as
vezes ele ficava com a cara fechada quando um ou outro, especialmente
homem a segurava por muito tempo a elogiando.

Eles andaram por todo o salão e ao final Luke a conduziu ao último casal que
iriam dividir a mesa do jantar com eles
— Amor, esse é o Alex Vittalo e a esposa dele, Júlia Vittalo
— Prazer Senhora Salvatore, dançou divinamente — Júlia falou
cumprimentado-a
— Obrigada Senhora Vittalo mas pode me chamar de Geovanna
— E você pode me chamar de Júlia
Todos se sentaram. Luke e Alex começaram a conversar sobre negócios e
Geovanna e Júlia também começaram a conversar

— A quanto tempo está casada? — Geovanna perguntou para a Júlia


— 5 anos e você?
— 2 anos e alguns meses
— tem filhos?
— Sim um menino chamado Lorenzo e você?
— Dois, uma mania chamada Sophia e um menino chamado Christian
— Que fofo, um casal
— Sim, e você não pretende ter mais?
— Eu não posso mais
— Oh! Desculpa, fui deselegante
— Não tem problema, você não era obrigada a saber.
Ela deu uma pequena pausa e continuou;
— Pretendemos adotar uma menina, aliás — Geovanna chegou perto da Júlia
e em um sussurro e falou no seu ouvido — O meu marido não sabe que
pretendo adotar uma menina — Elas riram
— Então é melhor contar logo para ele — Júlia disse em um sussurro
também
— O que as meninas estão cochichando? — Luke perguntou
— Nada amor, coisa de mulher — Geovanna falou

A noite foi maravilhosa, ela adorou a Júlia e marcaram de fazer um encontro


com as crianças para poderem brincar. Os maridos não se opuseram, pois
Alex iria ter uma reunião com o Luke na casa deles e elas aproveitavam para
fazer o encontro.

Ao se despedirem, Geovanna e Júlia se abraçaram.


— Foi muito bom te conhecer, sabe não tenho amigas
— Eu também não
— Seu marido é criminoso também né? — Júlia perguntou
— Sim, ele é da Máfia
— E aposto que ele não deixa você ter amigas
— Não
— O meu também não
As duas riram e se abraçaram.
— Me dá seu número de celular, acho que eles não vão se importar se a gente
conversar de vez enquanto, parece que eles estão tratando de negócios.
— Claro, anota aí no seu celular — Júlia falou o número

Assim, elas se despediram com a promessa de se falarem.


Luke e Geovanna estavam na Limousine e ele perguntou:
— Gostou da esposa do Alex?
— Sim, ela é muito gentil
— Vocês podem ser amigas, eu e o marido dela estamos pensando em uma
parceria.
— Hã! Eu já peguei o número do celular dela

Ele não disse nada, apenas a aninhou em seus braços e assim, seguiram a
viagem até em casa.
Quarenta dois
ÚLTIMO CAPÍTULO

Geovanna acordou e olhou para o lado, Luke estava dormindo,


ela deu um sorriso e subiu em cima dela beijando-o
— Acorda preguiçoso
— Hum! Você me acordando assim de manhã me deixa nesse estado
Ela sentiu o pênis dele ereto e começou a estimula-ló ainda mais rebolando
em cima dele
— Aí amor, eu acho que estou te deixando muito folgada
— Você pensou naquilo que te falei?
Ele fechou a cara
— Sabia que você não estava fazendo isso só por fazer, tem alguma coisa por
trás
Ele fez menção de se levantar mas ela o segurou
— Não Luke, por favor, não seja tão irredutível, diz que pelo menos pensou
sobre o assunto
— Geovanna, eu não quero outra criança aqui, já temos o nosso filho e só ele
basta
— Mas Luke, ele vai crescer sozinho, sem amigos, sem ninguém para brincar
— Ele vai ter que se acostumar, ele não nasceu para ter amigos e eu não vou
adotar uma criança sei lá de quem só para fazer companhia para ele

Luke levantou-se e foi andando em direção ao banheiro


— Eu não vou criar o meu filho como a sua mãe criou você
Ele parou imediatamente, Geovanna se arrependeu na hora por ter falado
aquilo. Ele virou-se para ela com os olhos brilhando de ódio, avançou em sua
direção com os dedos apontados para ela, Geovanna recuou instintivamente
— Aquela puta não é minha mãe
— Desculpa Luke, eu não deveria nunca ter falado isso, eu sinto muito
— Não quero ouvir falar mais esse assunto de adoção, estamos intendidos?
— Sim! — Ela disse em um fio de voz

Ele virou-se e seguiu para o banheiro, ela ficou sentada na cama de


cabeça baixa muito triste. Ela já havia pesquisado sobre adoção e tinham
tantas crianças precisando de um lar. Ela suspirou e resolveu sair da cama, ia
dar tempo ao tempo, quem sabe um dia Luke não pensa sobre o assunto.

Por causa do incidente da manhã, Luke não estava para muitos amigos, o café
da manhã foi sem conversa e antes dele sair, somente deu um beijinho no
Lorenzo e saiu. Geovanna ficou arrasada, ele havia prometido pensar sobre o
assunto na primeira vez que ela havia falado sobre aquilo, agora reage assim,
Luke é muito complicado.

— Vamos filho na casa da vovó


Geovanna seguiu para a casa de hóspedes, ela colocou o Lorenzo no carrinho,
ele já estava bem pesadinha para ir no colo. Ao chegar, a mãe dela já estava
na porta a esperando
— Oi meu amorzinho — Ela se abaixou para o Lorenzo e o pegou — Vovó
estava com saudades
— Oi mãe
— Oi filha, como você está?
Elas entraram para dentro de casa e Geovanna foi logo desabafando
— Eu e o Luke brigamos essa manhã
— Por quê?
— Eu voltei falar sobre a adoção mas ele não quer mais ouvir falar sobre
isso
— Oh filha, sinto muito, você estava tão animada
— Sim, eu queria muito adotar uma menina e outro menino, eu acho que
seria ideal
— Filha, tenha um pouco de paciência, o Luke faz todas as sua vontades, ele
vai acabar cedendo
— Eu acho que dessa vez não

Geovanna passou uma parte do dia com a mãe, ela gostava muito de
ficar com o Lorenzo o paparicando, ela acabou almoçando lá mesmo, depois
do almoço ela resolveu ir embora, o Lorenzo estava dormindo no carrinho.
Ela seguiu pelo caminho e quando chegou em casa, escutou a voz do Luke
alterada. Ela achou estranho ele está em casa aquela hora. Resolveu subir,
não queria atrapalhar os negócios dele. Ao chegar perto da escada ela escuta
ele bater com os punhos fortes sobre a mesa, ela se assusta e da um pulo
— Não quero saber, eu quero ela morta amanhã
— Mas ela já está no fundo do poço Luke, você a deixou sem nada
Ele deu uma gargalhada diabólica
— Era isso que eu queria, vê-la sem nada, agora quero vê-la no inferno. Faça
o que eu mandei Edward, manda alguém matar aquela vagabunda
— Tudo bem

Geovanna subiu para o quarto quase correndo, ela estava com


Lorenzo no colo dormindo e não queria acorda-lo. Ela chegou em cima foi
direto para o quarto do Lorenzo, o colocou no berço e depois foi chamar a
babá no quarto dela, bateu na porta e a mulher veio logo atender
— O Lorenzo está no quarto dele, fica lá e cuida dele quando acordar.
— Sim Senhora
A babá seguiu para o quarto do Lorenzo e ela foi para próprio quarto, ao
chegar, sentou na penteadeira e ficou se olhando no espelho. Ela ficou
pensando sobre o que ouviu lá embaixo e tinha certeza que Luke estava
mandando matar a Antonella. Ela se arrepiou, era estranho pensar que o
marido era alguém tão frio assim, que eliminava o problema matando. Ela
não estava com pena da Antonella mas ele já havia dado o castigo dela,
deixando-a na miséria total.

Geovanna suspirou e decidiu não pensar sobre como cruel era o Luke,
era melhor assim, somente viver um dia de cada vez. Quem sabe que com a
morte dela, finalmente ele esqueça isso tudo de vez. Ela levantou e deitou na
cama, pegou no sono.

Ela estava tendo um sonho maravilhoso, Luke a estava beijando com


paixão, ele abria as penas dela e passava a mão na sua intimidade. Ela
moveu-se, era tão real... Ela abriu os olhos e constatou que não era um sonho,
Luke estava ali
— Luke?
— Amor, preciso tanto de você agora
Ele sem demora, tirou as calças dela, ele já estava nu e começou a beija-lá
com urgência. Geovanna o recebeu com muito amor, cada dia mais ela o
amava.
— Diz que ama
— Eu te amo
— Diz que você é minha
— Eu sou sua
Eles se amaram durante toda a tarde. Quando estavam satisfeitos, ficaram
abraçados, ela deitada no peito dele, brincava com o cordão que ele sempre
usava com a cruz, escutando as batidas do seu coração com um sorriso no
rosto.
— Você está feliz? — Ela perguntou
— Que pergunta bambina, é claro
— Luke, eu sei que a pergunta que irei te fazer vai te deixar irritado...
Ele a cortou
— Vai falar sobre esse negócio de adoção?
— Não, não é isso, eu queria te perguntar sobre a sua verdadeira mãe, você
não tem curiosidade para saber quem era?
Luke se afastou dela e a olhou
— Por que você está fazendo essa pergunta? Eu não quero saber dessa
mulher, não me interessa quem era, provavelmente já deve está no inferno a
muito tempo.
Ela ficou em silêncio por alguns momentos, porém precisava fazer mais uma
pergunta
— Você se sente menos culpado por saber que a Antonella não é sua mãe
verdadeira
— Geovanna, qual é o seu problema? Por que está tocando nesse assunto
agora?
— Eu só quero te ajudar...
— Não preciso disso, se você quer saber, deixei de sentir culpa a muito
tempo, o fato de saber que ela não é minha mãe só me deu liberdade para
fazer o que sempre quis fazer com ela. Matá-la

Geovanna estremeceu, ele falava aquilo com tanta naturalidade que a


assustava, porém resolveu não tocar nesse assunto nunca mais.
— Te amo — Ela disse
— É só isso que quero ouvir da sua voz
— Te amo, te amo, te amo, amore mio
Ele riu e a abraçou e mais uma vez se amaram

***

Era o aniversário da Geovanna, estava fazendo 21 ano. Sentada na


penteadeira fazia uma maquiagem, Luke iria levá-la a um local especial,
segundo ele. Ela estava tão feliz, o Luke se tornou o marido perfeito, não
batia mais nela, mesmo as vezes que brigavam, sempre conseguia ameniza-
ló, já sabia com controlá-lo quando ele se alterava. No sexo também era
assim, ela nunca o rejeitava, mesmo que não estava disposta, cedia, fazia o
que ele queria e no final ele sabia como fazê-la sentir orgasmos e sempre era
bom.

Ela terminou de se arrumar e foi até o quarto do Lorenzo, ele estava


com a babá e correu para ela assim que a viu
— Mama
— Oi meu amor
Ela o pegou e o abraçou forte
— você está pesado
— Você bonita mama
— Obrigada filho e você está um lindo menino

Nesse momento o Luke entrou no quarto


— Papa
Lorenzo pulou do colo da mãe e correu para o pai que se abaixou para
abraçá-lo
— Oi garotão, sabe que a mamãe está fazendo aniversário hoje
— Mama — O menino apontou para a mãe
— Sim mama, papai vai dá um presente especial para ela e para você
também
Geovanna se aproximou deles e disse:
— Você está me deixando curiosa
— Tenho certeza que você vai adorar — Ele disse sorrindo
— Então vamos logo, não aguento de curiosidade
— Vai Lorenzo com a Sra.Craft, nós voltamos em breve.

Ele colocou o menino no chão que correu para seus brinquedos


— Cuida dele
— Sim Senhora

Eles saíram e os carros já estavam o esperando. Depois de uma longa viagem


eles chegaram em um local, parecia um internato infantil,ela olhou para o
Luke
— É uma escola infantil? Está pensando em colocar o Lorenzo aqui? Eu não
quero colocá-lo em um internato Luke
— Não é nada disso amor, vamos entrar
Geovanna estava com o coração apertado, eles entraram no hall e ela leu o
letreiro com o nome do lugar " The Little Sunshine" ( O pequeno raio de sol
). Uma senhora, veio atende-los.
— Senhor Salvatore, que bom reve-ló
— Essa é minha esposa, Geovanna Salvatore
— Prazer em conhecê-la Senhora Salvatore, vamos até a minha sala.

Eles seguiram a mulher, Geovanna estava com um nó no estômago, o fio de


esperança surgiu em seu coração, será que era o que estava pensando que
era?
— Sentem-se
Eles sentaram e a mulher foi logo dizendo:
— Senhora Salvatore, sei que não está ciente do por que está aqui, mas o
Senhor Salvatore nos procurou alguns meses atrás. Nós somos uma
instituição onde acolhemos crianças para adoção e finalmente depois de toda
a burocracia, vocês vão levar sua filha para casa.

Geovanna olhou para o Luke, ela não conseguia enxerga-lo direito pois seus
olhos estavam banhado em lágrimas, sua voz também não saia, era tanta
emoção que seu coração parecia que iria sair pela boca. Ela simplesmente o
abraçou, eles ficaram assim por um longo período, a mulher os olhava
emocionada.

Quando ela desfez o abraço, olhou para ele ainda com os olhos em lágrimas
— Quer ir conhecer sua filha Senhora Salvatore
Ela olhou para a mulher e entre risos e lágrimas disse:
— Sim
Eles saíram da Sala e foram para uma outra sala. Ao entrarem havia uma
mulher e uma linda menina de uns 3 anos usando seu vestido rodado com
flores, os cabelos ruivos e os olhos verdes puros os olhava com um pequeno
sorriso tímido
— Mia, essa é sua nova mamãe, Geovanna
A menina a olhou e com um sorriso aberto, correu para os seus braços,
Geovanna abaixou-se e a abraçou forte. Era tanta emoção que ela não
conseguia segurar as lágrimas, a menina então afastou-se dela, passou os
dedos em sua face e perguntou
— Por que ta cholando mamãe?
— porque eu te queria muito
— Voche vai me levar pa shua casa pa sempre
— Sim, sim, para sempre
Luke abaixou-se perto delas e a menina olhou para ele
— Voche é meu papa?
— Sim pequena e você tem um irmãozinho, Lorenzo
— Oba! vou poder bringar com ele?
— Sim meu amor, sim

Depois dos últimos ajustes e assinaturas de papéis, Geovanna e Luke


levaram a pequena Mia para casa. A menina era muito carismática e não
parava de falar e fazer perguntas. Antes de chegarem em casa, Geovanna
pediu para parar em uma loja para crianças, queria comprar algumas roupas e
brinquedos para ela. Mia adorou, mas curiosa perguntou
— Quem são os moços mamãe?
— Que moços Mia?
— Esses? — Ela apontou para os Seguranças que os seguiam o tempo todo
— Não se preocupe meu amor, eles só estão aqui para nos proteger

No final das compras, Geovanna comprou sorvete para ela e seguiram para
casa, conhecer o irmãozinho. Ao chegarem, Mia olhou encantada para a casa
— É grande
— Sim, e tem um playground nos fundos com muitos brinquedos, você pode
brincar com seu irmãozinho lá.
— Oba!
Ela entrou na casa correndo, Luke a pegou no colo e subiram as escadas

Eles chegaram no quarto do Lorenzo e ele correu para junto da mãe, quando
ele viu a Mia, se agarrou a mãe tímido
— Filho, essa é a sua irmãzinha, Mia, fala oi para ela
— Oi — O menino falou tímido
— Oi, Voche quer bringar?
Ele olhou para a mãe que disse:
— Pode ir brincar com ela, é sua irmã
Eles seguiram em direção onde ficava os brinquedos do Lorenzo e
logo começaram a brincar, Geovanna sentou com eles e brincou junto. Luke
ficou de pé olhando para a sua família que agora estava completa, só de ver a
felicidade estampado no rosto da Geovanna, já fazia tudo valer a pena. Ele se
retirou e foi para seu escritório da casa. Tinha trabalho a fazer.

Geovanna e as crianças passaram a tarde todas juntas, ela deu lanche


para eles, os banhou e à noite deu a janta. Logo depois estavam dormindo,
ela os colocou juntos na caminha do Lorenzo, Mia não tinha quarto e seria a
primeira coisa que ela iria providenciar no dia seguinte. A babá estava no
quarto e também olhava as crianças
— Ela é linda Senhora
— Obrigada, vou contratar outra babá para te ajudar a cuidar deles
— Não se preocupe, será um prazer cuidar da pequena Mia também

Geovanna foi para o quarto dela, com um sorriso de largo no rosto, ao entrar
o Luke estava lá, sem demora ela correu para seus braços e entre beijos disse:
— Obrigada, obrigada,obrigada, obrigada
Ele rindo disse
— Tem outra maneira para você me agradecer amor
Ela riu e ele a deitou na cama.

ALGUNS MESES DEPOIS

— Isso Mia, um, dois, três, gira


Mia executava os passos de balé ainda vacilante.
— Perfeito filha, será uma excelente bailarina, agora você lorenzo
— Não, Não — Luke entrou no estúdio — Você pode ensinar balé para Mia,
mas não para o Lorenzo
— É só pra ele participar Luke, só de brincadeira
— Não quero nem de brincadeira, ele vai aprender a atirar não ficar dançando
com uma saia

— Larga de ser machista, bailarinos homens não usam saia.


— Geovanna, não e acabou, não quero discursão
Eles olharam em direção às crianças e Geovanna riu, Mia estava ensinando o
irmão os passos que havia acabado de aprender e ele fazia direitinho
— desisto! — Luke disse derrotado
Geovanna riu.

NATAL

Era manhã de Natal e toda a família estava reunida na sala, as crianças


com seus pijamas com estampa de natalino. Geovanna, Clarice e Fabrício
usavam
com seus sweaters de natal. Luke por sua vez, não quis usar o seu, segundo
ele isso não combinava com um mafioso, o que os homens dele iriam pensar
se o vissem assim. Geovanna deu de ombros.

A lareira estava acessa com as meias de natal penduradas. As crianças


brincavam com seus novos brinquedos que ganharam de seus pais.
— Está nevando — Fabrício disse
Todos correram para a janela e olharam os flocos de neve caindo grossa e
logo formando um tapete branco pelo chão.
— Vamos brincar na neve?
— Sim — Todos falaram em coro

Todos saíram para receber a neve de natal, somente Luke não foi
brincar, ele ficou na varanda sentado observando sua família no quintal. Um
sorriso de lado estampava sua cara, indicando o quanto feliz ele estava. A
vida deles nao era perfeita, Geovanna ainda era introspectiva em varios
assuntos, não o havia perdoado pela a morte de seu pai e muito menos se
dobrava totalmente as seus desejos, contudo, era amorosa, carinhosa com as
crianças e principalmete amava seu marido, mesmo com todos os defeitos. O
amor as vezes não escolhe em qual solo crescer, ele simplesmente cresce,
como uma erva daninha que quanto mais se arranca seus ramos mais ela
florece. Luke e Geovanna estão vivendo um dia de cada vez e a felicidade,
essa surge a cada nacer do sol, só depende de nós.
Fim
Obrigada

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