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Sinopse
Katherine Madison, uma moça gentil e educada, que morava na
Califórnia, gosta de todos ao seu redor, mas se envolveu com a pessoa errada.
Após esse relacionamento, teve certas consequências em sua vida, deixando
tudo para trás. Foi embora para New York, tentar recomeçar sua vida, lá ela
consegue o emprego dos sonhos. Alguns anos trabalhando nessa empresa, o
CEO da empresa se aposenta, e é seu filho mais velho quem assume o cargo,
e Katherine sente uma forte atração por ele.
Gabriel Griffin, um homem extremamente atraente e sexy, chama
atenção por onde passa, um dos bilionários solteiros mais cobiçado de New
York, sente uma forte atração por Katherine.
Katherine quer estar longe desse tipo, não quer seu coração quebrado
mais uma vez.
Gabriel, consegue tudo o que quer, e ele a quer de qualquer forma.
Tudo que um Griffin quer, ele consegue.
Dedicatória
Dedico esse livro ao meu esposo que me incentivou a continuar
escrevendo, me dando dicas e sugestões, acompanhando tudo de perto, me
dando todo o apoio.
E à minha mãe que leu meu livro, e me ajudou bastante com dicas
para melhorar minha escrita, com alguns pontos soltos e me deu total apoio,
dizendo que sou capaz de escrever um livro.
Capítulo 1
Katherine Madison
Me sinto feliz por ter saído da casa dos meus pais na Califórnia.
Precisava seguir minha vida e meu desejo era ir para New York. Meus pais
queriam que eu continuasse na Califórnia, mas oportunidades em NY eram
maiores. Saí de casa faz três anos, cursei moda na Universidade de New York
e durante o curso consegui um estágio. Assim que concluí o curso, surgiu
uma vaga de trabalho na maior editora de revista de moda de New York, meu
sonho. Fiquei muito feliz, por poder atuar numa área que sempre quis.
Divido um apartamento no Upper West Side com minha melhor
amiga, Wendy, somos amigas desde pequenas. Decidimos vir juntas à New
York. Cursamos juntas e trabalhamos na mesma editora, na Griffin Magazine
faz um ano.
Meu irmão também veio, ele cursa Desenvolvedor de Games aqui em
New York, mas mora no centro de Manhattan. Sempre nos vemos e
mantemos contato com meus pais.
Saí da Califórnia, pois queria crescer, expandir meus horizontes. Tive
alguns namorados por lá, sim, peguei vários e não me importo. Tenho só uma
vida, tenho que aproveitar o máximo. Tive um relacionamento sério, mas não
deu certo, então saí ficando com alguns carinhas, mas nada sério.
— Bom dia, Wendy. — Entro na cozinha. Ela sorri e toma um gole do
café fumegante.
— Bom dia.
Wendy é minha melhor amiga, e divide o apartamento comigo.
Wendy é uma moça simpática, feliz e carismática. Ela é um pouco mais baixa
do que eu, uma negra com um corpo espetacular, com cabelos e olhos
castanhos. Faço tudo por ela, pois a considero como irmã, e sei que o
sentimento é recíproco.
— Não posso mais beber durante a semana. — Ela sorri. — Vou para
o trabalho de ressaca. Se Enzo me ver desse jeito, vai jogar um balde de água
fria em mim.
— Falar em beber... deu perdido naquele cara? Enzo está doido para
saber. — Ela me entrega uma xícara de café. — Enzo nem pode falar nada,
ele encheu a cara também.
— Nada, fiquei só nos amassos — Tomo um gole do café. — E Enzo
é filho do dono.
— Que nada. Seu Arthur é duro. Já estou imaginando-o, levando
bronca e vai nos contar assim que chegarmos lá.
Tomamos café falando do que rolou na noite passada.
— Vou me trocar para irmos. — Aviso.
Vou até meu quarto e me visto para o trabalho.
A Griffin Magazine é linda, toda espelhada, por dentro é tudo em
cores claras dando aquele efeito Tumblr. As paredes têm vários quadros
elegantes. De frente para avenida, a parede é de vidro do teto ao chão, dando
aquela visão divina para a movimentação de New York.
— Bom dia, Katie. — A recepcionista me cumprimenta. Aceno com
um sorriso e sigo para o elevador.
— Katherine? — Natalie me chama.
Natalie também é nossa companheira de farra e diretora dos recursos
humanos da empresa onde trabalhamos. Sabe aquela ruiva que chama
atenção? É ela.
— Estou com uma dor de cabeça infernal. — Murmura para mim e
Wendy.
— Também estou! Você viu o Enzo? — Entramos no elevador.
— Foi direto para a sala da presidência. — Informa.
— Ele deve estar puto. — Wendy sorri.
— Almoço juntas? — Nate nos olha.
— Marcado.
Assim que eu e Wendy chegamos ao nosso andar, já está uma
correria. Nosso andar tem várias mesas espalhadas, parece mais uma sala de
Call Center. Já tenho muito trabalho para fazer, e começo a fazer o designer
das fotos para a próxima capa.
— Enzo até agora não apareceu. — Wendy sussurra.
— Pois é — digo.
Continuo fazendo meu trabalho, assim que levanto a cabeça, vejo
Enzo vindo em nossa direção. Ele é o tipo de homem que deixa qualquer
mulher babando. Em seu lindo terno cinza, com seu cabelo loiro, olhos azuis,
alto e musculoso. Ele é lindo, com traços de homem feito, mas tem apenas
vinte e sete anos. Mulherengo, é ele. É nosso parceiro de farra. Mesmo sendo
filho do dono, nunca agiu como tal. É nosso amigo desde que entramos na
editora. Na verdade, nos conhecemos numa boate um tempo antes de
entrarmos na editora, e por coincidência nos reencontramos no trabalho e
seguimos com a amizade.
— Suas loucas. — Sussurra. — Minha cabeça está a ponto de
explodir.
— Nem me fale. — Wendy diz.
—Sua fase de teste vai até quando? — Pergunto.
— Não sei. — Passa a mão na barba rala. — Meu irmão vai assumir
hoje.
— Em que parte? — pergunta Wendy.
— Assumir o lugar do nosso pai. — Informa.
Gabriel é irmão de Enzo. Lindo, parece um deus grego. Nunca o vi
pessoalmente, só em fotos, mas prefiro assim, quero manter distância, é outro
que vive rodeado de mulheres. Nunca fiquei com Enzo, mas Wendy já deu
umas escapadas com ele.
— Chato? — Pergunto.
— Chato não, mas ele é bem fechado. — Faz careta.
— Enzo, preciso falar com você. — Grita uma mulher.
— Vou lá. — Se despede.
Gabriel Griffin
Gabriel Griffin
— Então cara, não rolou nada? — Meu irmão pergunta.
— Não, ela não estava em condições. — Digo.
— Nem um beijo? — Pergunta ele sorrindo.
— Ah, beijo sim. — Passo o polegar em meus lábios.
Lembro-me da sua boca macia e seu gosto de morango. Que boca
deliciosa, e que mulher.
— Então foi bom? Pela sua cara. — Ele sorri e assinto.
— E Wendy? — Pergunto enquanto dirijo.
— Conversamos, ela admitiu que está gostando de mim de outra
forma. — Explica.
— E você sente o mesmo? — O olho rápido.
— Sinto, decidimos tentar algo. — Me olha.
— Agora fica só com ela, cara. Wendy é uma pessoa boa. Sossega
esse teu pau, daqui a pouco ele cai. — Ele joga a cabeça para trás
gargalhando.
— Olha quem fala. — Me olha.
— É diferente, desde que vi Katherine não consigo ficar com outra
mulher. — Digo e ele me olha sério. — O que foi?
— Você está apaixonado!
— Não estou apaixonado. — Resmungo.
— Sei. — Debocha.
— Enzo, você sabe me dizer por que Katherine não se relaciona com
ninguém? — Preciso saber.
— Como você sabe, eu as conheço bem, mas desse assunto sei apenas
um resumo. Kate teve uma desilusão amorosa lá na Califórnia. — Explica.
— Ela é da Califórnia? — Pergunto curioso.
— Sim, as duas, na verdade. Foram criadas juntas, vizinhas. E vieram
cursar moda. — Informa.
— Entendo. E aquele Dominic? — Pergunto.
— Ele é um cara legal, faz parte do bonde. Mas pelo que vi, eles não
têm mais nada. —Assinto.
— E os pais dela? — Pergunto.
— Moram na Califórnia. Eles têm boas condições, e vivem muito
bem. —Saímos do carro.
— Pelo apartamento, notei que elas são de boa classe. — Coço a
barba.
— Os pais trabalhavam nas forças armadas dos Estados Unidos. O
pai é tenente e a mãe médica, se aposentaram recentemente. — Assinto
enquanto andamos pelo estacionamento.
— E o irmão? Mora por lá também?
— Não. Ele mora no centro de Manhattan. Cursa Desenvolvedor de
Gamer — Assinto. — Mais alguma coisa? Se quiser faço um dossiê.
— Vai à merda. — Soco seu ombro.
— Eu não sei de tudo. Mas converse com ela. — Fala calmo.
Capítulo 5
Katherine Madison
Meu irmão veio pela manhã nos visitar, conversamos sobre sua
paixonite e nos divertimos. O restante da tarde foi tranquila, conversamos e
assistimos TV. Mais tarde alguém bate na porta e vou abrir.
— Sra. Madison? — Pergunta um rapaz alto.
— Sim, sou eu.
— É para a senhora. — Me entrega um buquê de rosas vermelhas.
— Obrigada. Mas quem mandou? — Pergunto curiosa.
— Não sei, senhora. Só mandaram lhe entregar. — Se explica.
— Tudo bem. Obrigada. — Ele acena e sai andando pelo corredor.
Fecho a porta, e vejo dois pares de olhos curiosos.
— De quem é? — Kevin e Wendy perguntam em uníssono.
— Vou ver agora. — Franzo a testa.
Coloco o buquê num vaso com água e noto que tem um bilhete.
Gabriel Griffin
Acordo sentindo vários beijos. Não abro os olhos, pois estou com
muito sono.
— Acorda anjo. — Escuto a voz de Gabriel.
— Hm.... — Resmungo. Me viro e ele está de lado com a mão
apoiada na cabeça.
— Bom dia. — Me cumprimenta com um sorriso. Ele é tão lindo.
Parece até um anjo.
— Bom dia. — Sorrio manhosa — Que horas são?
— Dez horas. — Mas não ligo, hoje é domingo. — Eu preciso voltar.
— Fala baixo.
Estava bom demais para ser verdade! Me levanto e vou até o banheiro
e tranco a porta. Fala sério. Transo com ele, e ele age frio assim comigo?
Hoje é domingo, bem que ele poderia ficar comigo. E por que eu quero que
ele fique? Sou do tipo que não ligo. Que se foda. Saio do banheiro enrolada
na toalha e vejo Gabriel sentado na cama.
— Pensei que já tivesse ido. — Ele me olha sem entender. Vou para
meu closet e me visto, saio e vejo Gabriel ainda sentado na cama.
— Vai ficar aí o dia todo? — Ele nega e vai para o banheiro.
Saio do quarto e vou até a cozinha, asso uns ovos com bacon. Pego
umas torradas no armário e encho minha xícara com café, coloco tudo em
cima do balcão e me sento na bancada. Quando começo a comer Gabriel
chega na cozinha.
— Por que você está assim? — Se senta à minha frente.
— Assim como? — Pergunto.
— Fria. — Me olha.
—Você disse que iria embora, então me levantei, tomei banho e vim
comer. — Tomo meu café.
— Achou mesmo que depois de transarmos eu não iria voltar? —
Pergunta.
— É com isso que estou contando. — Comento.
— Por que você é desse jeito? — Me olha confuso.
— Prefiro ser assim, do que me apegar. — Me levanto.
— Do que você tem medo, Katherine? — Se aproxima.
— Você não ia embora? — Pergunto de costas e ele me abraça por
trás.
— Nos falamos amanhã. — Beija minha cabeça.
Não olho para ele, mas percebo que foi embora. Ele quer algo a mais
e eu não posso. Não posso me apaixonar por ele. Ele pode ter qualquer
mulher aos seus pés, serei só mais uma. Quando ele se cansar, irá me
descartar.
— Merda! — Grito.
Volto ao meu quarto, ligo o som e começo a desinfetar o cheiro de
Gabriel. Tiro os lençóis e a toalha que ele usou e coloco na lavadeira. Coloco
outros lençóis na cama, e lavo meu banheiro.
— Faxina? — Wendy entra no quarto.
— Sim. Desinfetando o cheiro de Gabriel. — Limpo a pia.
— Amiga, conversa comigo. — Me puxa para o quarto. — Eu te
conheço.
— Nós transamos, Wendy, e foi a melhor transa da minha vida. —
Suspiro. — E ele disse que tinha que ir embora. Mas fiquei puta e agi
friamente com ele, como faço com todos. Só que ele disse que irá voltar. Ele
quer mais do que eu posso dar, amiga.
— Vocês transaram? — Ela sorri.
— Para de rir, idiota. — Escondo meu sorriso.
— Deixe-o entrar, amiga. Você não ficou com ninguém desde o
Fabrício. — Ela segura minha mão.
— Não posso. Fabrício destruiu meu coração, Wendy. Tenho medo de
que aconteça de novo. — Murmuro.
— Como você vai saber?
— Gabriel é rico e é um dos solteiros mais cobiçados de New York.
Ele não irá sossegar comigo, ele vai se cansar e depois me largar.
— Amiga, Gabriel é uma pessoa boa. Vejo como ele te olha, e não é
um olhar de quem quer apenas uma noite. — Suspiro não querendo falar
sobre isso.
— Merda! — Soco a mesa. Por que ela está fugindo? Por que ela não
quer mais nada comigo? Fiz alguma merda? Quero saber porque todo esse
medo. Vou ligar para Enzo e tentar saber de mais alguma coisa. Preciso dessa
mulher mais do que nunca.
— Diz cara!
— Onde você está?
— Aqui na empresa. Na verdade, estou combinando com as meninas
sobre a viagem. — Escuto algumas vozes “Vai ser ótimo” a voz é de
Katherine.
— Preciso falar com você. Vamos almoçar?
— Beleza. — Desligo o telefone.
Minha vontade, é de contratar um investigador para saber sobre a vida
de Katherine, mas se fosse comigo eu não iria gostar. Se ela descobrisse iria
tudo por água abaixo. Visto meu paletó e desço. Ao chegar no hall do prédio,
Katherine está conversando com Wendy e Natalie, rindo bastante. Adoro ver
ela sorrindo desse jeito.
— Boa tarde, Sr. Griffin. — Oliver, meu segurança pessoal, se
aproxima.
— Boa tarde, Oliver. Mesmo restaurante. — Vejo Katherine me
olhar, ao escutar minha voz, e nossa... toda vez que ela me olha, meu coração
dispara.
— Oi, Gabriel. — Wendy acena e faço o mesmo e Katherine me dá as
costas. Entro no carro frustrado e Enzo já está me esperando, seguimos em
direção ao restaurante.
Fazemos nossos pedidos e o garçom se retira.
— Então cara, o que você quer me falar? — Enzo indaga.
— Transei com ela no sábado. — Suspiro.
— Sério? — Arregala os olhos.
— Sim. — Murmuro.
— Então estão evoluindo. Isso é bom. — Fala com um sorriso.
— Não. Ela simplesmente me ignorou depois. — Respondo.
— Bem típico dela. — Coça a barba.
— Por quê?
— Kate é assim Gabriel, ela não quer se envolver com ninguém. —
Avisa.
— Quero saber o motivo disso.
— Ela se envolveu com um rapaz na Califórnia por um tempo e ele
partiu seu coração. — Me explica.
— Mas... que porra! — Trinco os dentes. — Por causa desse puto, a
única mulher que eu quero não me quer.
— Pois é, mano. Só sei que a coisa foi feia. — Me olha. Somos
interrompidos pelo garçom que traz nossos pratos.
— Você não sabe nada sobre ele? — Pergunto, assim que tomo um
gole do suco.
— Só sei que o nome dele é Fabrício. Ela não quis contar os detalhes
na época. Então, decidi não insistir no assunto. Por isso ela sempre diz que
sai antes dos caras acordarem, para evitar constrangimento. — Ele afirma.
— Será que ele a humilhou? Ou algo do tipo?
— Aí eu não sei mano, é melhor você perguntar a ela.
— Mas como? Ela não quer mais nada comigo. — Me encosto na
cadeira.
— Kate é uma mulher decidida, vai ter que lutar. — Ele sorri.
— Não me importo em ter que lutar, apenas a quero comigo. — Passo
a mão no rosto.
— Tenta na viagem. Ela fica louca, não que você vai se aproveitar
dela. Mas ela é muito divertida e confiante. Você vai conhecer a verdadeira
Katherine Madison. — Tenta me acalmar. Assinto e como em silêncio.
— Pode admitir, vai! — Fala com um sorriso.
— Admitir o quê? — Franzo a testa.
— Que está apaixonado! — Sorri.
— Não sei... — Sussurro pensativo.
Katherine Madison
— Kevin, pode vir aqui em casa? — Falo com meu irmão ao telefone.
— Claro mana, o que foi? — Pergunta ele.
— Nossos pais chegam amanhã, por isso quero falar com você
pessoalmente.
— Beleza. Onde você está?
— Saindo da academia. Janta lá em casa. — Digo pegando minha
bolsa.
— Vai fazer o que para o jantar? Posso passar no mercado.
— Não precisa, vou fazer salmão grelhado, do jeito que você gosta.
— Agora sim. Estou indo, mana. Cuidado.
Vou caminhando para casa. Assim que entro, me deparo com Wendy
assistindo TV. Após o banho, Wendy me ajuda a preparar o jantar. Escuto a
porta se abrir, e Kevin grita avisando que chegou. Ele vem até a cozinha e
nos abraça.
— Que cheiro bom. — Sorrio para ele. — Tem cerveja?
— Tem, pega na geladeira. — Wendy aponta para a geladeira.
— Então, papai já ligou dizendo que chega amanhã. — Abre a
geladeira e pega uma long neck.
— É disso que eu quero falar. Se tem condições de você dormir por
aqui nos dias que eles estiverem?
— De boa. Amanhã, saio da faculdade e venho direto para cá. —
Bebe a cerveja.
— Ficar na sua casa, seria distante para mim e Wendy ir para o
trabalho. — Argumento.
— De boa mana, sem problema. Vamos comer? Estou morrendo de
fome. — Alisa a barriga.
— Bora encher essa solitária dele. — Wendy diz sorrindo.
Preparamos a mesa. Coloco a travessa com o salmão grelhado e
Wendy traz o restante da comida.
— Isso está muito bom. — Wendy fala de boca cheia.
— Sério, já quero a sobremesa. — Kevin toma o suco.
— Você nem terminou de comer e já quer a sobremesa? — Pergunto
sorrindo.
— O melhor é a sobremesa. — Ele sorri.
Rimos e conversamos e o restante da noite, bebemos um pouco e
depois Kevin vai embora. Limpo o restante das coisas e me preparo para
dormir. Volto na cozinha para beber água e me deparo com o buquê que
Gabriel me enviou. Pego o bilhete e cheiro, cheiro de Gabriel.
— Por que você não sai da minha cabeça? — Coloco de volta na
mesinha e vou até a enorme janela da sala, olhar a movimentação da avenida.
É tão ruim viver só, sem ninguém para lhe dar um carinho de vez em quando,
um ombro para chorar. Não digo de amigos, mas de um homem que esteja ao
meu lado. Mas Gabriel não é capaz disso. Ele é rico, tem o que quer, e a
mulher que quiser. Não temos chance. Me machucaria, mais uma vez.
Gabriel Griffin
Ela está linda, com seu lindo rabo de cavalo, um vestido mostrando
suas lindas curvas e um salto altíssimo. Não sei porque ela mexe assim
comigo. Como quero essa mulher na minha vida. Sei que em breve ela vai
ceder, sei que ela sente algo por mim. Meu irmão sempre falava dela, mas
nunca liguei em conhecê-la. Sempre falava que ela é doce, amável e doida.
— Gabriel? — Estou tão concentrado em Kate, que esqueço de Filipe
no telefone.
— Oi Filipe.
— Reunião amanhã na sua empresa, às nove.
— Ok. Nos vemos amanhã. — Desligo e vejo Enzo falando com
Wendy, sigo na direção deles, mas uma moça me aborda no caminho.
— Sr. Griffin, deseja alguma coisa? — Morde o lábio.
— Não. Obrigado.
— Tem certeza? — Insiste e tenta me seduzir, mostrando seu decote.
— Sim. Que você amanhã venha com uma roupa adequada para o
trabalho, senão será demitida. — Vergonha estampa seu rosto. Passo para
falar com Wendy e Enzo.
— Olá, pombinhos. — Me sento ao lado deles.
— Oi, Gabriel. — Wendy me cumprimenta.
— Já fiz as reservas do Hotel em Ibiza. — Aviso.
— Então, quando vamos? — Pergunta Wendy.
— Sexta às três horas. — Informo.
— Quem vai mesmo? — Pergunta Enzo.
— Nós três, Katherine e Kevin. Natalie vai dar a resposta hoje. —
Informo.
— Dominic também não confirmou. — Wendy diz e logo fico tenso.
— Ei mano, relaxa. Katherine não tem mais nada com ele. — Enzo
tenta me tranquilizar.
— Fica tranquilo, Gabriel. Ontem eu a vi cheirando o buquê que você
deu pra ela. — Olho para Wendy.
— Sério? — Pergunto surpreso.
— Sim. Só tenha paciência. Katherine é difícil de deixar alguém
entrar. — Explica.
— Eu já conversei com ele. — Enzo olha pra Wendy.
— Ela não era assim, até aparecer um cara que partiu seu coração. O
trauma foi grande, e depois disso, colocou na cabeça que nunca mais ia
deixar se envolver com ninguém. — Wendy toma seu café.
— O que ele fez? — Pergunto, mas já puto, por terem feito isso com
ela.
— É melhor você perguntar a ela. É um assunto dela, e não me sinto à
vontade em contar. — Assinto, e admiro a fidelidade de Wendy.
— Você já sentiu que todas as mulheres te querem, e a única que você
quer não te quer? — Olho meu irmão.
— Já mano, e hoje estou com ela. — Ele segura a mão de Wendy.
— Ela só tem medo, Gabriel. Ela sofreu muito. — Ela me dá um
sorriso fraco e me despeço para voltar para o escritório.
Queria saber o motivo dele ter despedaço o coração dela. Só de
pensar, meu lado furioso fica no modo ativo. Uma mulher tão linda e gentil,
sofrendo por causa de um marmanjo que não soube lhe dar valor. Já fiquei
com muitas mulheres, sem compromisso, mas nunca machuquei o coração
delas. Sempre fui claro com o que queria. Mas só de pensar que ele entrou em
seu coração e o filho da puta a destruiu. Me dá uma raiva intensa. Depois de
um tempo trabalhando, o telefone da sala toca.
— Sr. Griffin, Richard quer falar com o senhor. — Diz Rebeca,
minha secretária.
— Mande entrar. — Desligo o telefone e Richard entra. Ele é um dos
seguranças da família, confio de olhos fechados nele.
— Sr. Griffin. — Aceno para cadeira.
— Bom dia, Richard.
— Senhor, vim lhe informar que levarei a senhorita Madison ao
aeroporto após o almoço. — Avisa, com sua postura profissional.
— Aeroporto? — Franzo a testa. Katherine vai viajar? Será que ela
vai voltar para Califórnia?
— Sim. O senhor Enzo me ligou mais cedo, e pediu para levá-la e
depois a deixar em casa. — Assinto.
— Certo. Sabe o motivo? — Pergunto.
— Não, senhor. Ele não entrou em detalhes. — Diz sério.
— Tudo bem. Pode ir. — Ele assente.
— Sim, senhor. — Se despede e se retira. Pego meu telefone e ligo
para Enzo.
— Está ocupado? — Pergunto assim que ele atende.
— Não. O que foi?
— Por que você mandou o Richard levar Katherine no aeroporto?
— Porque ela iria de táxi, por isso, pedi para Richard levá-la.
— Ok. Sabe me dizer o que ela vai fazer no aeroporto? Ela vai
embora?
— Meu Deus! Não vejo a hora dela ficar com você.
— Sem enrolação, Enzo.
— Vai buscar os pais. Seus futuros sogros. — Escuto seu sorriso
abafado e suspiro.
— Tudo bem. Vou voltar ao trabalho. — Desligo o telefone.
Katherine Madison
— Obrigada, Richard. — Agradeço a Richard, que me dá um aceno
de leve.
— Quem é ele, filha? — Pergunta meu pai, desconfiado.
— Ele é o motorista de um amigo. — O ajudo com as malas.
— Quem é esse amigo? — Mamãe me olha desconfiada.
— Trabalha comigo na empresa. — Explico
— Há quanto tempo estão juntos? —Meu pai pergunta.
— Não pai, não tenho nada com ele. Somos apenas amigos.
Meu pai está sempre me protegendo. Ele é forte e alto, cabelo
castanho claro e olhos verdes, já minha mãe é baixinha e loira, com olhos cor
de mel. Kevin é a mistura dos dois, cabelos loiros e olhos verdes. E eu, sou
cópia de meu pai.
— Então qual é a dele? — Pergunta minha mãe.
— Ele gosta de Wendy, é apenas meu amigo por isso cedeu o
motorista para buscar vocês.
— Fico feliz que tudo está organizado. — Minha mãe olha ao redor.
— Cadê Kevin e Wendy? — Meu pai coloca as malas perto da
parede.
— Kevin daqui a pouco chega, e Wendy está no trabalho, chega por
volta das cinco e meia. — Vou em direção à cozinha.
— E você não está trabalhando? — Pergunta meu pai.
— Sim. Mas pedi para ser liberada mais cedo para poder buscar
vocês. — Pego água na geladeira para os dois.
— Entendo. — Meu pai diz e bebe sua água.
— Vocês vão ficar no quarto de Wendy. Kevin vai ficar no quarto de
hóspedes e Wendy vai dormir comigo no meu quarto. — Saio da cozinha,
levando o copo até minha mãe.
— Vamos guardar nossas coisas. — Mamãe diz e eu os ajudo a levar
as malas até o quarto de Wendy, e logo escuto a porta do apartamento sendo
aberta.
— Mana? — Grita meu irmão e vou até a sala.
— Oi mano. — O abraço.
— Eles chegaram? — Tira sua mochila das costas.
— Já sim, estão no quarto se organizando. — Digo, mas logo vejo
meu pai e minha mãe chegando na sala com enormes sorrisos.
— Olha quem está aqui! Filho! — Meu pai abraça Kevin.
— Oi, meu filho. — Mamãe sorri para ele.
— Fico feliz em ver vocês. — Kevin a abraça.
Nos sentamos, e eles logo começam a nos interrogar sobre nossas
vidas. Sempre preocupados.
— Como está a faculdade? — Meu pai pergunta a Kevin.
— Muito bem! Concluo ano que vem. E meu estágio está me
ajudando muito. — Kevin diz com orgulho.
— Que bom filho, fico feliz. —Mamãe segura sua mão.
— E você, Kate? — Pergunta meu pai.
— Estou muito feliz no meu trabalho. — Ele assente.
— Estou orgulhoso por vocês dois. — Meu pai sorri.
— Também estou. E eu pensando que Kate iria se perder no mundo.
— Mamãe nos faz rir.
— Eu apenas curto com meus amigos, mãe. Ainda tenho
responsabilidades. — Ela me olha assentindo.
— Então, como está por aqui? — Pergunta meu pai.
— Tudo tranquilo, pai.
— E as despesas? Precisam de algo? — Indaga papai
— Por mim está tranquilo, o senhor já paga o aluguel do apartamento.
O restante é comigo e Wendy. — Digo.
— Comigo a mesma coisa, super de boa. — Kevin fala.
— Se precisarem de algo é só pedir. — Mamãe nos olha.
— Quando vocês voltam? — Kevin pergunta.
— Já quer que a gente vá embora? — Pergunta minha mãe sorrindo.
— Não, só para saber mesmo. — Kevin segura sua mão.
— Voltamos quinta-feira à noite. Por quê? — Pergunta meu pai.
— Vamos para Ibiza sexta-feira. — Meu irmão informa.
— Quem vai? — Papai pergunta. Sempre cauteloso e preocupado.
— Nosso amigo que cedeu seu motorista, e nossos amigos de sempre.
— Digo.
— E eles são confiáveis? — Questiona meu pai sério.
— Sim, pai. Conheço Enzo já faz um tempo e sempre viajamos
juntos. — Afirmo.
A porta se abre, é Wendy.
— Tio Gustavo, tia Mary. Que saudade. — Vai até eles e os
cumprimenta.
— Está uma moça linda. — Mamãe a olha.
— Obrigada, tia. — Wendy sorri.
— Está grandona, hein. — Papai a abraça com um sorriso.
— Cresci só um pouquinho. — Sorrimos.
— Que tal sairmos para jantar hoje? — Meu pai sugere.
— Ótima ideia. — Wendy sorri.
Ficamos conversando o resto da tarde, rimos e nos inteiramos das
novidades. A noite saímos para jantar.
Capítulo 7
Gabriel Griffin
Katherine Madison
Katherine Madison
Os dias passam rápidos, ontem comprei meu vestido que vou pegar
amanhã pela manhã. vi Gabriel hoje, soube por Enzo que ele passará o dia em
vídeo conferência e reuniões em sua sala. Ainda não acredito que realmente
estou com Gabriel. Ele me faz ter frio na barriga, borboletas no estômago e
coração acelerado. Espero que ele não me decepcione. Será a última vez que
vou entregar meu coração a alguém.
Saio do trabalho e vou direto para casa. Assim que chego, recebo uma
mensagem.
Gabriel: Desculpe-me. Hoje não tive tempo de ver você, mas o nosso
jantar ainda está de pé.
Sorrio empolgada e respondo a mensagem.
Eu: Tudo bem. Vou me organizar para ir.
Gabriel: Richard vai buscar você. Não esqueça da bolsa com suas
roupas.
Não respondo, vou me arrumar e arrumar minha bolsa para o fim de
semana. Quando saio, me deparo com Wendy assistindo TV.
— Amiga, estou indo na casa de Gabriel. Só volto amanhã. — Coloco
a mochila no ombro.
— Tá bem. Se cuida. — Beijo sua testa.
— Chama Enzo para não ficar sozinha. — Vou indo até a porta.
— Já chamei. — Grita
Saio do elevador e me deparo com Richard me aguardando no hall do
prédio. Seguimos para a cobertura de Gabriel, mas quando entro não o vejo.
Observo os detalhes e me deparo com as fotos. Uma de seus pais, outra, dos
três irmãos sorridentes e uma nossa. É a foto que tiramos ontem.
— Gostou? — Me assusto com a voz de Gabriel, e o vejo se
aproximar.
— Muito bonita sua casa. — Sorrio.
— Vem. — Estende sua mão. Seguro-a e ele me leva até o sofá.
— Com licença, Sr. Griffin, deseja alguma coisa? — Pergunta uma
moça mais velha.
— Daiana essa é Katherine Madison, minha namorada. — Gabriel
nos apresenta.
— Oi. — Aceno e ela me dá um sorriso simpático.
— Leve a bolsa dela para meu quarto, por favor. — Gabriel pede.
Daiana assente e sai levando minha bolsa.
— Ansiosa para amanhã? — Me olha.
— Nervosa. — Mordo o lábio.
— Por causa dos meus pais?
— Sim.
— Não precisa ficar, eles vão adorar você. Eles são muito legais e
você vai gostar. — Ele me dá um sorriso.
— Com licença, o jantar está servido. — Daiana avisa.
— Obrigado, Daiana. Está dispensada. — Ela assente e sai da sala,
nos dando privacidade.
— Vamos. — Gabriel segura minha mão e vamos até a sala de jantar.
— Então, quando comprou essa cobertura? — Bebo meu vinho.
— Semana retrasa. Meus pais já tinham avisado que iriam voltar para
casa. Eles deixaram a cobertura para Enzo e Samantha e eu saí. — Assinto.
— Não saí antes, pois gosto de morar com eles. Mas já que eles se mudaram,
prefiro ficar por aqui por causa da empresa.
— Entendo. Meus pais moram em uma cobertura na Califórnia. —
Como meu salmão grelhado.
— Me conta como era sua vida lá. — Me olha enquanto toma seu
vinho.
— Conheci Wendy quando tinha doze anos. Morávamos no mesmo
prédio, e sempre nos encontrávamos na piscina. Com o tempo, ficamos muito
amigas, e nossas famílias também. Sinto saudades daquela época. — Fico
pensativa. — Depois de dois anos os pais de Wendy morreram em um
acidente de carro.
— E com quem ela ficou? — Pergunta.
— Depois do acidente, meus pais correram atrás da família dela, mas
ninguém quis ficar com ela. Então, meu pai entrou na justiça e conseguiu sua
guarda. — Sorrio. — Eles sempre a trataram como filha, assim como fui
pelos seus pais. E depois, não nos separamos mais.
— Nem conheço seus pais e já me sinto muito feliz pela bondade
deles. — Ele sorri.
— Tenho muito orgulho deles. Nunca deixaram faltar nada para nós
três.
— Então, ela está a par do acontecido com seu ex-namorado...
— Sim. Ela e Kevin foram meu porto seguro, só eles sabem de tudo.
— Ele assente e volta a comer.
— Depois vim para New York com Wendy.
— Wendy veio porque quis ou para ficar perto de você?
— Os dois. Sempre tivemos interesse em moda, por isso fizemos o
curso aqui em New York.
— E como conseguiram entrar na Griffin Magazine? É muito
disputada e só entra quem realmente é bom em seu trabalho. Sei que você é
muito boa no que faz. — Me olha.
— Então, como Wendy falou, conhecemos Enzo numa balada. Um
ano depois concluímos o curso. Soubemos que a Griffin Magazine estava
recebendo vagas na parte de produção e designer. Então fomos lá, e
encontramos Enzo pelo corredor. Ele deu um empurrãozinho. — Sorrimos.
— Eu sempre fui para empresa antes de me tornar o CEO, e nunca a
vi por lá.
— Pois é. — Dou de ombros e ficamos um tempo em silêncio.
— Dominic veio falar comigo. — Me engasgo com o vinho. Ele me
olha preocupado. — Você está bem? — Assinto e limpo minha boca. — Ele
veio falar sobre vocês dois. — Se encosta na cadeira.
— Não temos mais nada. — Explico.
— Eu sei disso. Ele me contou, e afirmou que o que tiveram, foi
apenas diversão, para ambos. — Bebe o vinho.
— Exatamente. Nada além disso. Ele agora está com Natalie. —
Maneio a cabeça.
— Entendo. Gostei da atitude dele, foi homem o suficiente para falar
comigo. — Comenta.
— Ele é um bom homem e um bom amigo. Você vai gostar dele.
— Espero. — Limpa a boca. — Vem, vou te mostrar a casa.
Levanto e o sigo pelo tour pela casa. A cozinha é linda e espaçosa.
Passamos pelo escritório e os quartos. Seu quarto é amplo e com vista para o
Central Park, com um cômodo interligado com uma equipada academia.
— Gostei desse. — Olho os equipamentos.
— Também gosto de malhar. — Ele pega um peso que está no chão.
— Comecei a malhar quando deixei a Califórnia. Foi meu refúgio,
descontava minhas frustrações nos exercícios. — Passo a mão nos
equipamentos.
— Está explicado esse belo corpo. — Ele sorri.
— E você? — Sento-me no banco.
— Sempre gostei de malhar. — Olha os equipamentos.
— Está explicado esse belo corpo. — O olho, cheia de desejo.
Ele sorri e vem até mim, me puxa e me beija com ferocidade. Cruzo
minhas pernas em seu quadril e ele volta para seu quarto. É só o começo de
uma noite de muito prazer.
Capítulo 11
Gabriel Griffin
Katherine Madison
Katherine Madison
Gabriel Griffin
Depois que chego em casa, peço para a governanta cuidar das minhas
roupas e vou tomar banho. Quando termino, me visto e preparo um uísque
para mim, quando o celular toca.
— Alô?
— Gabriel, é Kevin.
— Oi Kevin, alguma novidade?
— Sim, ele aceitou. Mas ele quer te ver pessoalmente.
— Vou pedir para Richard preparar a passagem dele. Quando ele
vem?
— Essa semana, provavelmente na quarta.
— Ele é mesmo de confiança?
— Sim. Pode confiar.
— Vou resolver isso amanhã. Me passe os dados dele por mensagem.
— Pode deixar. Qualquer coisa te aviso.
— Obrigado, Kevin.
— Obrigado você, por ajuda a proteger minha irmã.
— Nós dois a amamos e faremos tudo por ela.
— Espera aí, você acabou de dizer que ama Kate? — Agora que me
dou conta do que disse. Mas a amo, depois desse final de semana..., tenho
certeza.
— Sim.
— Tudo bem, preciso ir.
— Tchau Kevin.
Tomo outro gole de uísque e vou até a janela da sala. O que Kate me
falou sobre Fabrício vem em minha cabeça. Só de pensar que ele a machucou
diversas vezes, isso me deixa bastante irritado. Uma mulher inocente, doce e
amável, o ajudando a esconder coisas em sua casa, arriscando tudo por ele e
mesmo assim, esse filho da puta acabou com ela! Ele não vai mais encostar
um dedo nela. Isso eu garanto. Deixo o copo em cima da mesa e subo para o
quarto, me deito e pego meu celular e vejo umas fotos nossas que tiramos
juntos no final de semana. Nossa foto na festa, com aquele maldito vestido,
fotos na praia e na piscina, todas estamos sorrindo, felizes.
Desde que Katherine entrou em minha vida, ela se tornou minha
prioridade. Quero muito fazê-la feliz, custe o que custar.
Capítulo 16
Katherine Madison
Acordo e faço toda minha rotina matinal. Tomo café com Wendy, e
juntas vamos para a Griffin Magazine. Mal chego e já noto olhares diferentes
em minha direção.
— Está vendo, todos estão me olhando. — Comento.
— Gata, você está namorando o chefe. — Wendy fala.
— Não quero ser tratada diferente. — Digo.
Vou direto para meu setor e começo a revisar os textos, que estão
pendentes.
— Olá, cunhadinha. — Enzo se aproxima.
— Para de me chamar assim no trabalho. Já basta os vários olhares
em minha direção. — Resmungo.
— Estão com inveja. — Ele bufa.
— Preciso entregar isso à Patrícia para ela corrigir. — Me levanto e
vou até o terceiro andar atrás de Patrícia. A encontro de pé, lendo alguns
papéis.
— Patrícia, preciso que você faça uma correção, por favor. — Peço
assim que me aproximo. Ela se vira e me olha de cima a baixo, com deboche.
— Agora que está namorando o chefão está se achando, não é? —
Cruza os braços.
— O que isso tem a ver? — Pergunto sem entender.
— Você se achando, não é, garota? — Pergunta ela.
— Patrícia, estou fazendo apenas meu trabalho. — Digo séria. — E
não tem nenhuma garota aqui. — Ela sorri e começa a chamar atenção de
todos no andar.
— Estão vendo, meninas? — Fala alto. — A namorada do chefe se
achando! — Alguns sorriem achando graça e vejo Camila se aproximando.
Ela é insuportável quando quer.
— Ora, ora, ora... — Me olha com um sorriso cínico. — Se não é a
namoradinha do chefe.
— O que você quer, Camila? — Reviro os olhos.
— Como faço para conquistar o chefão? Também quero regalias. —
Me olha com deboche. Olho ao redor e as pessoas pararam o que estavam
fazendo.
— Não tenho regalias, Camila! — Aponto, começando a ficar irritada.
— Ainda não. — Maneia a cabeça.
— Pode parar por aí. Eu só vim entregar um documento para a
Patrícia. — Mostro a pasta.
— E se eu não parar? — Dá um passo à frente. — O que você vai
fazer? Contar para o seu namoradinho?
— Eu não quero brigar, Camila! — Tento me controlar.
— Mas eu quero. Você se acha demais desde que entrou aqui. Agora
que está namorando Gabriel, está pior! — Me olha com raiva.
— Para você e os demais, é senhor ou senhor Griffin, Camila. —
Uma voz masculina soa atrás de nós. Quando me viro, Gabriel está sério com
as mãos no bolso.
— Me desculpe, senhor. — Camila abaixa a cabeça.
— Quero você e Patrícia na minha sala. AGORA! — Fala um pouco
alto.
— Mas eu não fiz nada. — Camila diz.
— Nem eu. — Patrícia se defende.
— Vocês querem me fazer de idiota? — Ele solta uma risada sem
humor. — Estou olhando essa palhaçada desde o início. E sei muito bem o
que aconteceu aqui. — Fala muito irritado.
— Ela que provocou, só porque está namorando você. — Camila
aponta para mim.
— Ela já chegou aqui dando ordens, como se fosse a dona. — Patrícia
fala fazendo gestos.
— CHEGA! — Gabriel grita. Pega o telefone e faz uma ligação. —
Natalie, prepare a demissão de Camila e Patrícia. Agora! — E desliga o
telefone.
— Mas... — Ele corta Patrícia.
— Sem mais, estão demitidas. — Avisa, pondo o celular no bolso.
— Gabriel... — O chamo, ele me olha e seu rosto amolece por alguns
segundos.
— Depois nos falamos. —Toca de leve no meu braço. Assinto e ele
volta a sua cara séria.
— Vocês duas, na minha sala agora! — Aponta para Patrícia e
Camila. Sai e elas vão atrás. Olho ao redor e todos estão olhando Gabriel
indo embora com as meninas.
— Alguém pode fazer isso, por favor? — Pergunto envergonhada.
— Eu faço. — Bianca se aproxima.
— Obrigada. — Suspiro e saio indo em direção ao refeitório,
angustiada. Logo vejo Enzo, Natalie e Wendy na mesma mesa de sempre.
— Já estou sabendo o que aconteceu. — Enzo comenta e me sento ao
lado deles.
— Gabriel está puto. — Enzo fala. — Eu subi e ele não pegou leve
com elas.
— Você foi até a sala dele? — Pergunto.
— Sim, ele me ligou. — Toma seu café.
— Sério, se soubesse que iria ser desse jeito...
— Pode parando por aí! — Enzo me olha. — Gabriel, realmente gosta
de você.
— Você vai se deixar levar por causa dessas putinhas? — Pergunta
Natalie.
— Deixa elas pra lá. — Wendy fala.
Meu celular toca.
— Alô?
— Amor, vem aqui na minha sala. — Gabriel pede.
— Gabriel... é melhor não.
— Por favor. — Implora. Passo um tempo em silêncio e suspiro.
— Tudo bem.
— Estou te esperando. — Desligo o telefone.
— O que foi? — Wendy me olha.
— O chefe quer me ver. — Informo. Me despeço e sigo para o andar
da presidência, a secretária de Gabriel se adianta.
— A senhora já foi liberada para entrar. — Fala assim que me
aproximo.
— Obrigada. — Dou um sorriso. Ando até a porta de Gabriel, dou
duas batidas e abro a porta. O vejo bem concentrado no computador,
digitando bem rápido. Ele levanta a cabeça e seus olhos azuis me fitam.
— Espere só um minuto. — Assinto e ele volta a mexer no
computador. Me sento no sofá e fico olhando a linda vista para a Quinta
Avenida, não resisto e vou até a janela, admirar toda aquela movimentação.
Escuto Gabriel falando ao telefone, mas não me viro.
— Preciso resolver um assunto agora, depois nos falamos. — Escuto-
o falar. Continuo de costas e cruzo os braços. Gabriel encerra a ligação escuto
seus passos vindo até mim. Sinto suas mãos em meus braços.
— Desculpa pelo modo que agi. — Sussurra.
— Não precisava demiti-las. — Me afasto. Ando até o meio da sala,
— Precisava sim, elas iriam ficar te irritando em todo canto. — Fala.
Viro-me e o vejo colocando as mãos nos bolsos da calça social.
— Eu já deveria ter vindo preparada para isso. — Falo.
— Ninguém vai te incomodar mais, deixei isso bem claro. — Diz.
— Eu vi, você gritou em alto e bom tom. — Murmuro. Ele suspira e
vem andando até mim.
— Amor, eu tinha que agir como o dono da empresa. É para todos
aprenderem o que acontece, quando desafiam seu chefe. — Comenta. Ele
segura meu braço de leve e nos guia até o pequeno sofá, e se senta ao meu
lado.
— Só quero que isso passe logo. — Coloco uma mexa de cabelo atrás
da orelha.
— Vem cá! — Me puxa, me fazendo sentar em seu colo de lado. —
Não fica assim. — Ele acaricia meu rosto.
— Tudo bem. —Suspiro. Ele se inclina, puxando minha nuca e sela
nossos lábios, num beijo singelo, que vai aumentando e ficando mais intenso.
— Quero você. — Sussurra em meus lábios. Ele segura minha
cintura, me levantando, fazendo-me ficar sentada de frente para ele. Minhas
mãos vão para sua gravata, a desfaço com agilidade e jogo em cima do sofá.
Ele tira meu blazer e joga no sofá. Ainda nos beijando começo a desabotoar
sua camisa dando visibilidade ao seu lindo abdome. Passo minhas unhas de
leve em sua barriga e ele estremece. Coloco minhas mãos em seu cinto e o
abro. Ele me puxa para mais perto e sua mão aperta minha bunda. Começo a
me esfregar em sua ereção e ele geme baixinho.
— Você gosta de me enlouquecer. — Fala entredentes.
Saio de cima dele e me ajoelho no meio de suas pernas, olho para ele
e sorrio. Desabotoo sua calça e ele levanta, permitindo que eu a tire junto
com a cueca. Sua gloriosa ereção, grande e grossa, pula apontando para o seu
umbigo. Olho para ele e passo a língua em meu lábio e ele sorri. Me inclino e
passo a língua de leve em sua glande e ele geme baixinho. Coloco seu pau em
minhas mãos e começo a masturbá-lo e a chupar ao mesmo tempo.
— Kate... Porra! — Geme. Sua mão vai em meus cabelos e segura de
leve. Passo a língua em todo seu pau, sem tirar os olhos deles.
— Porra... não me olha assim. — Ele joga a cabeça para trás. Tiro a
boca e continuo a masturbá-lo. Ele me olha cheio de tesão. Tiro as mãos de
seu pau, e vou até as alças do meu vestido e as abaixo, expondo meu lindo
sutiã rendado vermelho. Olho para ele que passa a língua nos lábios, se
inclina e tira meu sutiã, deixando meus seios à mostra. Ele aperta de leve e se
encosta no sofá. Me inclino e coloco seu pau entre meus seios, fazendo a
famosa espanhola.
— Caralho.... — Rosna ele.
Passo a língua em sua glande e olho para ele. Ele involuntariamente
ergue o quadril, fazendo os movimentos que lhe dão mais prazer. Junto mais
meus seios, fazendo-os apertar ainda mais seu membro, e ele rosna, forçando
mais o quadril em um vaivém satisfatório para ele.
— Chega! — Sua voz sai rouca. Tira o seu paletó junto com sua
camisa, jogando-os no sofá, me levanta fazendo com que lhe abrace com as
pernas e anda comigo até a mesa. Ele afasta as coisas de cima da mesa e se
vira para mim, levanta meu vestido e tira minha calcinha. Olha para mim e
cheira minha calcinha. Nossa..., que cena mais erótica e que me deixa tão
excitada.
— Essa é minha! — Ele me dá um sorriso safado. Joga minha
calcinha no sofá junto com seu paletó e me olha de forma intensa.
— Adoro quando você é assim. — Passo minhas mãos pelo seu
peitoral definido.
— Você vai adorar o que vai acontecer aqui. — Ele me deita na mesa
e me puxa para a beirada. Sem mais demora ele me penetra de uma vez.
— Ahh. — Reviro os olhos e me apoio na beirada da mesa.
— Você gosta, não é? — Fala entredentes. — Responde ou eu paro.
— Sim. — Sussurro.
— Não escutei.
— Sim. — Digo um pouco mais alto, e solto um gemido.
— Vira. — Dá dois tapinhas na minha perna. Saio de cima da mesa e
fico de costas para ele. Me inclino, empinando minha bunda e coloco a perna
esquerda apoiada na mesa.
— Que bunda gostosa! — Bate na minha bunda. Gemo baixinho e ele
dá outro tapa. Isso está me deixando muito excitada. Esse homem ainda vai
acabar comigo!
— Quero você dentro de mim, Gabriel. — Digo cheia de tesão. Ele
pincela seu pau na minha boceta, me deixando mais excitada e entra de vez.
— Nossa... — Me apoio na mesa. Ele enrola meu cabelo em sua mão
e começa a estocar com força. No escritório só se escuta nossos gemidos e
nossos corpos batendo. Foda-se quem está escutando lá fora, essa sensação
está me consumindo. Com sua mão esquerda ele segura meu quadril.
— Você é gostosa para caralho. — Mete fundo e rápido, me seguro na
borda da mesa para não cair. Uma sensação começa a se espalhar pelo meu
corpo.
— Mais Gabriel... mais. — Gemo alto e ele começa a estocar com
mais forças e a sensação se intensifica.
— Isso... aperta meu pau. — Grunhe sem parar de meter com força.
Esse homem ainda vai acabar comigo, ele foi feito para o sexo. Só
pode! A sensação já está mais forte, se contraindo dentro de mim.
— Gabriel... — Gemo alto e meu corpo explode com o orgasmo
tomando conta de mim. Ele ainda continua me estocando forte, atrás da sua
libertação. Sinto seu pau inchar e ele intensifica ainda mais suas estocadas.
— Katherine... — Goza dentro de mim. Sinto os jatos grossos, me
preenchendo enquanto ele vai diminuindo a velocidade das estocadas. Nós
estamos ofegantes. Ele sai de dentro de mim e me vira.
— Você ainda vai acabar comigo. — Sussurra ofegante, perto do meu
rosto. Me abraça e cheira meu cabelo. Ficamos um tempo assim e depois nos
afastamos. Ele olha para o relógio no seu pulso e suspira.
— Amor, tenho um almoço de negócios agora. Nos vemos depois? —
Me olha.
— Vou almoçar com Wendy e Natalie. Não tem problema. — Digo.
— Qualquer coisa te envio mensagem. — Beija minha testa.
— Ok. — Assinto. Começamos a nos vestir, e percebo que meu
vestido não amassou. Ainda bem! Até que o vejo guardar minha calcinha no
bolso da calça.
— Sério que vai ficar com a minha calcinha? — Sorrio.
— Claro, já que não vai estar perto de mim, sua calcinha vai servir. —
Ele me dá um olhar safado. Meu celular toca com a notificação de
mensagem. Wendy.
Wendy: Vai almoçar com a gente ou vai ficar com seu chefe?
Sorrio e escrevo de volta.
Eu: Já estou descendo.
— O que foi? — Pergunta.
— Wendy está me chamando. Preciso ir. — Bloqueio meu telefone.
— Vamos, desço com você. — Saímos de seu escritório e vamos até a
saída da empresa, e sinto olhares para nós durante todo o percurso.
— Finalmente! — Natalie se aproxima.
— Não posso ter um momento a sós com a minha namorada? —
Gabriel fala com um sorriso.
— Claro que pode! Mas precisamos dela também. — Wendy.
— Ela é toda de vocês. — Ele me olha. — Bom almoço, amor.
— Para você também. — Ele me dá um beijo na bochecha.
—Tchau meninas.
— Tchau Gabriel. — Falam em uníssono.
— Vamos? — Nate pergunta.
— Estou faminta! — Falo.
Ao chegarmos no restaurante, fazemos nossos pedidos e aguardamos.
— Então, Patrícia e Camila saíram que nem bala pegava. — Wendy
comenta.
— Elas imploram para eu não preparar os papéis. — Nate comenta.
— Eu não queria que ele as tivesse demitido. — Falo um pouco
desconfortável.
— Amiga, nós sabemos disso. Mas Gabriel é o chefe, ele tem que
manter ordem. —Wendy fala.
— Kate, se Gabriel deixasse por isso mesmo, que moral ele iria ter em
sua empresa? As garotas o desafiaram e isso não se faz. — Nate me olha.
Assinto e suspiro.
— Vocês têm falado com Samantha? — Pergunto.
— Não. — Negam.
— Notei ela estranha com Kevin. — Natalie fala.
— Como assim? — Franzo a testa.
— Acho que eles ficaram depois da festa. — Natalie sorri.
— Realmente, eu não vi o Kevin e nem Samantha depois. —Tomo
meu suco.
— Exatamente, e acho que ela está te evitando. — Wendy me olha.
— Isso... é loucura. Eu nunca iria intervir em nada. — Comento.
— Mas é por ele ser seu irmão. — Nate fala.
— Ele pode ficar com quem ele quiser. — Dou de ombros.
Depois que terminamos de almoçar voltamos para a empresa e tudo já
está normal. Concluo meu dia de trabalho e vou para casa, hoje não estou
com disposição para ir à academia. Sozinha, já que Wendy saiu com Enzo,
pego um vinho e vou assistir algo na Netflix.
Minutos depois meu celular toca e vejo o nome de Gabriel na tela.
— Oi, anjo.
— Oi, querido.
— O que está fazendo?
— Bebendo vinho e assistindo Netflix.
— Posso ir para sua casa?
— Claro! Vou preparar o jantar.
— Não precisa, vou passar no restaurante e levo a comida. Em trinta
minutos chego aí.
— Tá bom. — Desligo o telefone.
Coloco mais um vinho na geladeira e decido tomar um banho
enquanto Gabriel não chega.
— Amor, cheguei! — Escuto a voz de Gabriel.
Encontro Gabriel na sala. Ele entrou, já que tem a chave do meu
apartamento.
— Oi, garotão. — Me aproximo dele e ele me puxa pela cintura e
beija meus lábios.
— Vamos comer, antes que esfrie. — Avisa.
Pego as sacolas e levo para a cozinha, pegando pratos e copos para
nos servir. Quando me viro, Gabriel está me olhando de cima a baixo.
— O que foi? — Pergunto.
— Você está linda desse jeito. — Fala.
— De que jeito? Com o cabelo bagunçado e essa roupa? — Olho meu
corpo.
— Sim. — Assente. Dou um sorriso e começamos a comer.
— Como foi no trabalho? — Pergunto.
— Tranquilo. — Bebe o vinho. — Tive algumas reuniões, nada de
interessante.
Ficamos conversando coisas aleatórias, até terminarmos de comer.
Ele vem até mim e me coloca sentada no balcão. Tira sua jaqueta, e vai até a
pia lavar os pratos. Em seguida, vamos para a sala.
— Eu trouxe algo para você. — Me olha.
— Mais presentes? — Pergunto sorrindo.
— Desse você irá gostar. — Ele me dá um sorriso. Estica seu braço
pegando sua jaqueta no sofá e tira de lá um caixinha pequena de dentro do
bolso.
— Sei que é cedo... — Vejo uma caixinha de veludo vermelho. —
Mas queria que você usasse isso. — Pego a pequena caixa de veludo
vermelha e abro. Tem um lindo anel de ouro e brilhante, com um diamante
médio e pequenos diamantes cravejados nas laterais de todo o anel.
Realmente é muito lindo.
— Você gostou? Se você não gostou...
— Eu amei. — O olho.
— Tem certeza? Se quiser posso trocar. — Fala com cautela.
— Você pensou que eu não iria gostar? — Olho o anel.
— Sim! A vendedora que me ajudou. — Murmura. — Estava
procurando, mas não sabia qual escolher.
— É lindo, Gabriel. — Sussurro. Me inclino e beijo seus lábios.
— Posso colocar? — Aponta para o anel.
— Sim. — Assinto e ele coloca no meu anelar direito.
— Ficou lindo em você! — Acaricia o dorso da minha mão.
— Mereço pintar minhas unhas de vermelho. — Olho o anel.
— É só ir, meu amor. — Beija meus lábios.
Gabriel fica comigo até tarde da noite, faço pipoca e assistimos
filmes. Mais tarde, vai embora, pois não tem roupa para o dia seguinte.
Sugeri que ele deixasse algumas aqui e que eu levasse algumas minhas para
sua cobertura.
Ninguém nunca se interessou por mim, como Gabriel. Ele me trata
bem, me dá presentes. Mesmo sendo caros, mesmo recusando ele exige que
eu aceite. Me assumiu para todos, e não se importa com o que falam a
respeito. Estou começando a realmente gostar mais de Gabriel, acho que
estou mais que apaixonada.
Espera aí Katherine, está cedo demais!
Mas o que posso fazer? Eu realmente não quero amar, não agora. Não
estou preparada para amar de verdade. Mas será que um dia consigo amar
Gabriel?
Capítulo 17
Katherine Madison
Acordo e vou tomar logo meu banho, aparo a barba deixando-a bem
rala. Tenho que agir logo na empresa agora pela manhã já que o tal Lucas,
amigo de Kevin, vai me encontrar mais tarde. Preciso saber se Katherine está
salva daquele filho da puta. Espero que ele faça o que deve ser feito. Saio do
banho, pego meu celular e vejo a mensagem de Katherine. Sorrio e deixo
meu celular em cima da cômoda, enquanto termino de me vestir.
— Bom dia, senhor. — Daiana me cumprimenta.
— Bom dia, Daiana. — Dou um sorriso.
Acho que preciso falar com Enzo, acredito que ele também queira
ajudar. Ele é meu irmão e sei que posso contar com ele. Ele considera
Katherine como irmã e o sentimento de Katherine por ele é o mesmo.
Enquanto como, tento ligar para Enzo.
— Fala, cara.
— Preciso da sua ajuda, é sobre Katherine.
— O que houve com Kate?
— Por enquanto, nada. E quero justamente, que continue assim. Mas
o assunto é Fabrício.
— O que tem esse filho da puta?
— Vou ser direto. Contratei um amigo de Kevin da Califórnia, para
me dar informações.
— Certo. Já falou com ele?
— Ele vai me encontrar hoje na empresa. Teremos uma breve reunião
para acertar os detalhes.
— Quero participar dessa reunião.
— Conto com isso.
— Ok. Nos falamos na empresa.
Finalizo meu café e vou até a sala falar com Daiana.
— Daiana, não precisa preparar o jantar hoje. Assim que finalizar
tudo está dispensada. — Aviso.
— Sim, senhor. Tenha um bom dia. — Sorri.
— Para você também.
Me encaminho para o térreo e encontro Richard me aguardando para
seguir para Griffin. No caminho, aproveito para ver no iPod, minhas reuniões
da manhã.
Ao chegar na empresa, sigo direto para meu escritório, nunca
encontro Katherine. Certo que ela sempre chega primeiro, mas ela sempre
fica de um canto a outro. Fico pensando se ela realmente sente por mim o que
sinto por ela. Sei que é cedo, mas sinto que a amo. Depois que soube de sua
história, tive pena de tudo que passou, mas ela soube se reerguer, levantar a
cabeça e seguir em frente.
As mulheres que saia era por contrato, tinha sexo claro, mas com o
consentimento delas. O contrato era para elas serem minhas acompanhantes
em festas. nele, incluía os custos de suas despesas pessoais, e suas roupas
para irem as festas. Também havia cláusulas o sexo, o que era ou não
permitido. O contrato tinha prazo de validade, no máximo dois meses.
Depois encontrei Tiffany e me arrependi amargamente. Dei um bom
dinheiro para me ver livre dela, de uma vez. Minha família nunca gostou
dela. O que ela gostava mesmo era do luxo que tinha, das viagens, roupas de
grifes... A família de Tiffany é conhecida pela sua empresa de advocacia.
Tiffany é formada em direito e ela se acha por isso. Mas assim que terminei o
relacionamento, sabia que ela viria atrás de mim. Por isso, dei logo um basta
definitivo e graças a Deus, ela nunca mais me procurou.
A manhã passa rápida, as duas reuniões me deixaram exaustos. Por
isso meu pai me entregou a empresa, o coitado já está velho para isso. Depois
tive um almoço com outra reunião de emergência e voltei para a empresa.
Lembro-me que hoje ainda não vi Katherine, então decido ir até o seu andar e
ver como ela está. Minha visita inusitada no andar, causa estranheza nos
funcionários. Passo em frente a sala de Enzo e vejo que a porta está aberta.
Resolvo ir até lá.
— Boa tarde. — Entro na sala.
— Diz mano. — Enzo se levanta.
— Kevin chega daqui a pouco. — Aviso.
— Assim que chegar me liga. — Pede.
— Cadê Katherine? — Pergunto.
— Ela está monitorando a produção. — Me olha. — Veio falar com
ela?
— Não sobre isso. Mas vim falar com ela, para não correr o risco dela
ir até minha sala. — Ele assente.
— Beleza, vá lá falar com sua namorada. — Sorri.
— Vou lá. — Digo.
Sigo até a sala da produção. Olho ao redor e uma moça vem até mim.
— Boa tarde, senhor Griffin. — Me cumprimenta. — Deseja algo?
— Sim, quero falar com a Katherine. — Peço.
— Ela está naquela sala. — Ela aponta para o lado esquerdo.
Agradeço e sigo pelo corredor, quando sinto meu celular vibrar no
bolso. Vejo o nome de Kevin na tela.
— Já estão vindo? — pergunto.
— Em quinze minutos, chegamos aí.
Quando volto meu olhar para a sala indicada vejo Katherine. Ela
conversa com um funcionário da empresa, vendo algo no iPod.
— Ok. Estou aguardando. — Desligo o telefone.
Ela está divina como sempre!
Fico parado admirando-a de longe. Ela está entretida, e enquanto o
rapaz sai, ela continua mexendo no iPod, até a moça que me atendeu, falar
com ela. Katherine levanta seu olhar a procura de alguém, no caso eu. Ela me
vê e sorri, sorrio de volta. Aquele maldito sorriso que faz meu coração
acelerar.
Eu só tenho olhos para ela, não importa que todas as mulheres do
andar me olham, mas só consigo enxerga-la. Ela fala mais alguma coisa com
a moça e entrega o iPod para ela e vem em minha direção.
Katherine parece ter saído de uma capa de revista. As outras mulheres
a olham com inveja. Em parte, por ser bonita, e outra, por ela estar comigo.
Ela vem sorridente e para na minha frente com aqueles lindos olhos verdes.
— Olá, chefinho.
— Linda como sempre. — A olho de cima a baixo. Ela sorri de um
jeito manhoso. — Quero falar com você. — Ela assente. Saio com ela para
um lugar mais reservado no andar. Ela para na minha frente com aquele
maldito sorriso.
— Estou com saudades. — Acaricia meu rosto.
— Também estou. — Beijo sua mão. Como amo seu toque...
— Passei para te ver, pois hoje estou lotado de reunião. — A olho.
Odeio mentir, principalmente para ela.
— Se não puder, podemos marcar o jantar para outro dia. — Sugere.
— Não, o jantar vai acontecer. — Falo.
— Tudo bem. — Me inclino e dou um beijo em seus lábios. Mas
como tudo que é bom dura pouco, meu celular toca. Me afasto e vejo que é
uma mensagem de Kevin.
Kevin: Estou aqui embaixo.
Eu: Sobe direto para minha sala, Katherine não pode te ver aqui.
— Amor, preciso ir. Tenho uma reunião agora. — Guardo meu
celular no bolso.
— Tá. Preciso voltar também, aqui está um alvoroço só. — Bufa.
— Nos vemos mais tarde? — Acaricio seu braço. Ela assente e me dá
um selinho demorado.
Vou para sala de Enzo para o chamar para a reunião. Entro e Wendy
está entregando alguns papéis para ele.
— Oi Gabriel. — Me cumprimenta.
— Olá Wendy. — Sorrio para ela. — Vamos? — Olho para meu
irmão.
— Beleza. Wendy, mais tarde falamos sobre isso. Agora tenho uma
reunião com Gabriel.
— Tudo bem. Tchau para vocês. — Wendy se despede com um
sorriso e sai da sala.
Ao chegarmos no andar de minha sala oriento, minha secretária.
— Rebeca, Kevin e Lucas vão chegar a qualquer momento. Prepare
café para nós, por favor. — A olho.
— Sim, senhor. — Me dá um sorriso. Entro e vou direto para minha
cadeira, Enzo senta à minha frente.
— Ele é de confiança mesmo?
— Foi Kevin que me disse sobre ele, acredito que seja. Assim espero.
— Coço a barba.
Minutos depois, Kevin entra com o Lucas.
— Boa tarde. — Kevin nos cumprimenta com apertos de mão. —
Esse é meu amigo Lucas.
— Olá, Lucas. Sou Gabriel. — Me levanto e estendo minha mão.
— Prazer, senhor Griffin. — Aperta a minha mão.
— Apenas Gabriel. — Aponto para as cadeiras.
— E esse é Enzo. — Kevin diz.
— Prazer, Lucas. — Enzo aperta sua mão.
— Prazer. — Lucas acena.
— Então Gabriel, é ele quem vai fazer o que você quer. — Kevin se
senta entre Enzo e Lucas.
— Certo. — Assinto. — Como foi a viagem? E o hotel?
— A viagem foi tranquila, e o hotel muito confortável. Obrigado. —
Dá um sorriso.
— Kevin, deve ter te adiantado sobre o que quero. — Falo sério.
— Se permite minha opinião... — Diz receoso, assinto para que
continue — Fabrício é um homem ruim. Katherine não foi a primeira.
Conheço Kate, ela não merecia ter passado por tudo aquilo. — Assinto em
concordância. — Conheci Kate na escola quando estudava com Wendy e
Kevin. Enfim, o que o senhor pedir, farei.
— Katherine me contou nos mínimos detalhes, sobre tudo que
aconteceu. — Me encosto na cadeira. — Quero saber tudo sobre ele.
— Me informarei sobre o assunto. Não sei se Kevin lhe informou
sobre o valor. — Fala.
Abre sua bolsa e tira um envelope. Ele me entrega um contrato, nele
consta informações básicas contratuais: valor do serviço, o sigilo de sua
identidade caso aconteça algo, o ressarcimento de viagens, caso seja
necessário e estorno de cinquenta porcento, caso o contratante não fique
satisfeito com o serviço.
— Posso ver? — Pergunta Enzo. Lhe entrego o papel, ficamos em
silêncio enquanto ele analisa. — Aqui parece tudo em ordem.
— Ele é de confiança, Gabriel. — Kevin me olha. Assinto, pego o
papel de volta e assino o contrato.
— Aqui. — Entrego o papel a Lucas.
— Vou sondar tudo, e colher todas as informações. — Lucas explica.
— Certo. Quero saber de tudo de Fabrício, até das pessoas que
trabalham para ele. — Peço angustiado.
— Conheço Fabrício, mas ele não sabe o que realmente faço. —
Assinto. — Também conheço alguns traficantes frouxos, que recebem
quaisquer migalhas para comprar suas drogas, em troca de informações.
— Eu ainda não acredito que Katherine se envolveu com esse
traficante. — Passo a mão no rosto.
— Simples. Katherine tem um coração de ouro, ela vê bondade em
todo mundo. — Enzo fala.
— Ela viu bondade onde não tinha. — Kevin fala sério.
— Ele a seduziu, assim como faz com todas. Kate era inocente e ele
se aproveitou. Ela terminou se apaixonando por ele. — Lucas diz.
— Você soube dos boatos? — Pergunto irritado.
— Sim. Fiquei com muita raiva quando soube. Na época, procurei
Kevin e ele me informou que ela viria para New York. — Explica.
— Melhor escolha que ela fez. — Enzo murmura.
— Com certeza. — Lucas concorda.
— Tem alguma foto desse filho da puta? — Pergunto com raiva.
— Tenho. — Afirma.
Pega a bolsa e tira uma foto e me entrega. O homem é alto, forte e de
pele clara. Cabelos e olhos escuros. Corpo repleto de tatuagens.
— Deixa eu ver. — Entrego a foto a Enzo, que faz careta. — Cara,
você é mil vezes melhor.
— Me desculpe perguntar. Por que o senhor está fazendo isso? —
Pergunta Lucas.
— Não precisa se desculpar, Lucas, aqui estamos entre amigos. —
Faço uma pausa. — Vou resumir. Enzo já conhecia Katherine faz um tempo,
ele falava dela direto na minha casa e nunca dei bola para isso. Quando
assumi o cargo do meu pai, eu a vi pela primeira vez no refeitório. Então já
sabe né...
— E quem não gosta dela? — Pergunta Kevin sorrindo.
— Então vocês namoram? — Lucas me olha.
— Finalmente. Já não aguentava mais Gabriel falando dela no pé do
meu ouvido. — Enzo sorri.
— Fico feliz em saber que tem uma pessoa que realmente gosta dela.
Ela merece ser feliz. — Ele pega sua bolsa e se levanta. — Bom, agora
preciso ir.
— Obrigado. Já vou fazer a transferência do dinheiro. — Aperto sua
mão.
— Vamos te manter informado. — Informa.
— Você trabalha sozinho? — Pergunto curioso.
— Trabalho com mais duas pessoas. — Coloca sua mochila no
ombro.
— Será que você pode trabalhar sozinho nesse caso? — Pergunto.
— Posso tentar. Por quê? — Me olha.
— Não queria que muitas pessoas soubessem da vida dela.
— Ah sim, entendo. Tudo bem, vou dar o meu melhor. — Assinto.
— E ela não sabe. — Enzo alerta.
— Meu serviço é sigiloso, nem ela mesmo sabe que trabalho com
isso. — Lucas coloca as mãos no bolso.
— Melhor. — Digo. — Levo vocês até lá embaixo.
Assim que chegamos no térreo, Katherine e Wendy estão
conversando. Elas nos veem e abrem aqueles sorrisos.
— Lucas? — Wendy arregala os olhos.
— Wendy? — Lucas a olha surpreso.
— Que saudade, cara! — Se abraçam.
— Não acredito! — Minha namorada diz.
— Diz maluca. — Lucas sorri.
— Ai, meu Deus! — Katherine o abraça. — Quanto tempo! O que
veio fazer em New York?
— Ele me ligou e disse que estava em New York. Aí o trouxe para
ver vocês. — Kevin diz.
— Você se tornou uma mulher muito bonita, Kate. — Lucas elogia.
Chega! Sei que ela é bonita, mas esse negócio de ficar elogiando-a,
não dá!
— Tá bom, chega! — Me aproximo de Katherine.
— Esse é Gabriel meu...
— Namorado. — Completo e ela revira os olhos.
— Deixa de ciúme, esse é meu amigo de infância. — Diz com um
sorriso.
— Kevin me apresentou a ele. — Lucas fala.
— Você vai passar quanto tempo aqui? — Pergunta Wendy.
— Vou embora hoje mesmo. Vim a trabalho, mas assim que o
trabalho me chamar de novo, eu venho. — Fala.
Ótimo!
— Poxa, mas quando estiver em New York, pede para Kevin avisar.
— Katherine fala cabisbaixa.
— Pode deixar, agora tenho que ir. — Lucas olha para elas.
— Saudades garanhão. — Katherine o abraça.
— Vê se dá notícias. — Wendy fala.
— Pode deixar. — Se abraçam. — Prazer em conhecê-lo, Gabriel. —
Me olha.
— Igualmente. — Aperto sua mão. Lucas se despede de Wendy e
Katherine. Depois vai embora com Kevin.
— Não gostei dessa intimidade toda. — Enzo fala cheio de ciúmes.
— Começou? — Minha cunhada cruza os braços. — Ele é meu
amigo!
— Tá! — Enzo revira os olhos. — Vou voltar ao meu trabalho.
— E eu para o meu. — Wendy passa por ele. E os dois saem
discutindo. Katherine para na minha frente cruzando os braços e fica
segurando o riso.
— O quê? — Arqueio a sobrancelha. Ela maneia a cabeça.
— Não gostei! — Faço drama.
— Quer se comparar com Lucas? — Se aproxima de mim.
— Não gostei de ouvir ele falar que você se tornou uma mulher linda.
— Falo.
— Tão lindo com ciúmes. — Toca no meu rosto.
— Não estou com ciúmes. — Murmuro, mas no fundo estou me
roendo de ciúmes. Ela se aproxima e fala no meu ouvido.
— Eu só tenho olhos para você gostosão. — Isso me faz arrepiar.
— Ótimo. — Falo convencido.
— Você é um pedaço de mal caminho, não vou deixar você ir. —
Pisca o olho.
— Olha quem fala. — A olho de cima a baixo.
— Eu não sou nada, perante esse seu lindo corpo. — Morde o lábio.
Essa mulher sabe me atiçar!
— É melhor eu voltar ao meu trabalho, antes que te arraste para
minha sala. — Ela se aproxima e fala baixinho.
— Iria adorar. — Sussurra. Meu pau pulsa no mesmo segundo
— Porra. — Passo a mão no rosto. — Te vejo mais tarde. — Beijo
sua testa e me afasto.
Saio logo de perto, antes que eu a arrastasse para meu escritório e a
faça esquecer seu nome. Volto para o meu escritório e volto ao meu trabalho.
Espero que Lucas me dê todas as informações que preciso. Quero Fabrício o
mais longe possível da minha Katherine.
Capítulo 19
Katherine Madison
Gabriel Griffin
Lucas ainda não deu notícias. Deixei meu número com ele, e o de
Enzo, caso aconteça algum imprevisto. Como Kevin também está envolvido
nisso, dou carta branca para ele também.
Organizo uns papéis da empresa, e alguns dos meus contratos com
seguranças que contratei. Guardo o contrato de Lucas, que assinei hoje, na
gaveta da mesa. Levanto e me sirvo com um copo de uísque e volto a me
sentar. Minutos depois recebo uma mensagem de Lucas.
Lucas: Fabrício continua preso, mas ele está tentando sair da cadeia
com ajuda de um advogado.
Filho da puta!
Eu: Mais alguma novidade?
Lucas: No momento, não. Antes de sair de New York, fiz umas
ligações e quando cheguei na Califórnia, soube dessa informação. Mas vou
lhe mantendo informado. Boa noite.
Eu :Ok. Aguardo sua resposta amanhã. Boa noite.
Vejo no celular que já são onze e meia. Será que Katherine já está
dormindo? Vou guardar logo esses papéis e subir para ficar com ela. Quando
estou recolhendo os papéis alguém bate na porta.
— Entre. — Escuto a porta sendo aberta.
— Está ocupado? — Pergunta Katherine, colocando a cabeça para
dentro do escritório. A olho e sorrio.
— Não, estou só guardando. — Ela assente. — Por quê?
— Por nada. — Sorri. — Posso entrar?
— Claro, meu amor. — Ela sorri e volto a olhar os papéis, mas em
seguida escuto barulho de saltos no piso do escritório. Quando levanto a
cabeça, lá está ela, de lingerie, encostada na parede. Desço meu olhar pelo
seu corpo e engulo em seco.
— Puta merda. — Sussurro.
Ela está deslumbrante com essa roupa. Porra a mulher tem um corpo
do caralho. Meu pau pulsa no mesmo instante. Nunca senti tanto desejo por
alguém, como sinto por Katherine. Ela vem andando, de um jeito sexy. Essa
mulher é um pecado em forma de gente. Ela caminha sem tirar os olhos de
mim, afasta minha cadeira e se encosta na beirada da mesa de frente para
mim.
— Tem certeza de que não está ocupado? — Me olha cheia de desejo.
Seus lindos olhos verdes estão gritando de excitação.
Engulo em seco e assinto.
— Vai cumprir o que prometeu hoje? — Passa a língua nos lábios.
— O que prometi? Não estou lembrando. — Entro no jogo dela.
— Que você iria me levar para seu escritório e me foder. — Me olha
de cima a baixo.
— Mas falei que seria no meu escritório da empresa. — Maneio a
cabeça.
— Aqui não deixa de ser seu escritório. — Ela me dá um sorriso
safado. Desamarra o nó do robe e abre, deixando à mostra sua lingerie. Puta
que pariu, cinta liga? Aí já é demais.
Admiro suas curvas, suas pernas grossas, sua cintura fina, seu sutiã
transparente mostrando seus lindos mamilos rosados. Meu pau já está
pulsando fora do normal. Ela sai da mesa e fica parada na minha frente. Me
levanto e passo as mãos em seu corpo, ela dá um tapa na minha mão. Sorri e
me empurra, me sentando na cadeira novamente. Ela quer me provocar,
safada. Ela tira o robe lentamente fazendo alguns movimentos sexys, sem
tirar os olhos de mim. Assim que tira o robe, ela o joga em cima de mim.
— Vai fazer strip-tease? — Pego o robe e o cheiro, sentindo um
aroma de morango misturado com seu cheiro natural.
— Shhh... — Coloca o indicador na minha boca.
Ela está gostosa pra caralho!
Eu não sei se vou aguentar muito tempo. Ela sorri para mim e começa
a fazer uma dança sensual. Depois ela para e pisca o olho saindo da minha
frente e anda até onde está meu celular. Não sei se vou sair vivo desse
escritório. Olho para minha calça e está molhado com meu pré-gozo. Essa
mulher quer me matar. Só pode!
Ela aciona o Bluetooth do escritório e começa a tocar Rocket de
Beyoncé. Coloca o celular no sofá, desliga algumas luzes do escritório,
deixando apenas uma luz mais escura e volta até o meio do escritório e
começa a fazer novamente a dança sensual. Ela não tira os olhos dos meus.
Passa as mãos em suas curvas e sorri para mim. Que belo show estou tendo!
Ela vira de costas para mim e começa a mexer a bunda. Essa mulher parece
profissional nisso, a música é bem sensual e com essa mulher gostosa na
minha frente, não sei se vou aguentar.
Ela se vira e vem em minha direção, para na minha frente e faz uns
movimentos. Olho cada curva do seu corpo e em seus olhos. Ela vira de
costas e balança a bunda com sensualidade. Pego meu copo de uísque e dou
um grande gole, sentindo minha garganta queimar. Essa mulher vai me fazer
ter um infarto. Ela abaixa e se senta no meu colo ainda de costas, e fica
rebolando em cima do meu pau, me fazendo gemer. Se levanta e senta na
beirada da mesa e abre as pernas. Coloca o dedo na boca e sai descendo o
dedo pelo seu corpo até chegar na calcinha.
Ela não vai fazer isso! Ela não vai...
Ela começa a fazer círculos em cima da calcinha sem tirar os olhos de
mim. Ela afasta o elástico e coloca a mão dentro da calcinha. E começa a se
tocar na minha frente. Deus... Estou tendo a visão do paraíso. Ela se toca sem
tirar os olhos de mim, seus olhos estão intensos e sorrindo para mim. Safada!
Ela começa a ficar excitada e geme baixinho. Aperto meu pau que está duro
como pedra.
— Caralho, mulher! — Solto um rosnado.
— Ahh... — Ela enfia um dedo dentro dela.
— Katherine... — Isso está acabando comigo.
Ela para de se tocar e olha para mim. Ela estica a perna e arrasta
minha cadeira e fico no meio de suas pernas. Desce da mesa, senta em meu
colo de frente para mim e começa a dançar. Coloco minha mão em sua nuca e
puxo para mais perto. Me inclino e cheiro seu pescoço, um cheiro delicioso
de morango invade minhas narinas.
— Hm... cheirosa. — Sussurro.
Dou leves beijos em seu pescoço enquanto ela rebola no meu pau.
Desço minhas mãos em sua bunda e aperto, ela geme baixinho e me beija.
Beija não, me devora. Suas mãos passeiam pelo meu corpo, enquanto a puxo
para ficar junto de mim. Sua mão vai em direção ao meu cabelo e puxa. Ela
afasta nossas bocas ofegantes.
Se afasta e senta na beirada da mesa e apoia suas mãos na beirada,
levanta suas pernas e coloca seus pés em meu pau com seu salto altíssimo.
— Tire. — Pede.
Me inclino e tiro seus saltos devagar, os coloco em cima da mesa
junto do seu robe e me levanto ficando no meio das suas pernas. Ela chega
mais perto e coloca suas mãos em meu peito. Sua boca está inchada por causa
do nosso beijo. Ela desliza sua unha pelo meu abdome me causando arrepio e
aperta meu pau, uivo baixo.
— Me foda. — Sussurra no meu ouvido.
— Por mais que eu queira te foder aqui. — Faço uma pausa. —
Prefiro ter você em minha cama. — Sussurro e escuto um sorriso seu
baixinho. Olho para ela, seus lindos olhos verdes esmeralda estão intensos.
Pego sua bunda e a levanto, que passa suas pernas em minha cintura. Pego
seu salto e seu robe ainda a beijando. Saio com ela em meus braços e subo as
escadas. Abro a porta do quarto e a fecho com o pé. Jogo o robe e os saltos na
poltrona e a jogo na cama.
— Você me deixa louco.
Subo em cima dela e beijo seu pescoço chupando de leve até chegar
em seus seios, esse sutiã dá ainda mais volume aos seus seios, deixando-os
ideal para as minhas mãos. Abaixo as alças do sutiã e o jogo longe.
Abocanho seu seio esquerdo e chupo.
— Hum. — Ela puxa meus cabelos. Depois abocanho seu seio direito
e ela geme. Olho para ela e sua expressão de prazer está me tirando o juízo.
Tiro seu peito da minha boca e vou depositando beijos em sua barriga até
chegar em sua calcinha, sem tirar os olhos dela.
— Não me olha assim. — Morde o lábio. Sorrio e volto a minha
atenção para sua calcinha. Afasto e aprecio a bela visão de sua boceta
encharcada.
— Sempre preparada para mim. — A olho e ela sorri assentindo.
Passo o dedo na sua boceta, levo o dedo até minha boca e lambo sem tirar os
olhos dela. Sem pensar duas vezes passo a língua em seu clitóris fazendo
círculos, ela geme enquanto minha boca está em sua boceta. Introduzo dois
dedos fazendo movimentos, enquanto minha língua continua em seu clitóris.
— Ahhh. — Ela se contorce na cama.
Minutos depois ela goza se contorcendo. Lambo tudo sem perder uma
gota se quer. Me levanto e vou andando até o closet, pego uma gravata minha
e volto para o quarto.
— Estenda os punhos. — Ela faz o que peço, e amarro seus punhos
com a gravata. — Não se mexa. — Assente
Tiro minha bermuda de moletom e jogo no chão. Subo em cima dela e
a beijo. Com minha mão esquerda subo seus punhos amarrados no alto da sua
cabeça, ficando no meio de suas pernas. Com a direita, seguro meu pau e
introduzo em sua entrada, devagar, sem pressa, aproveitando o momento.
Gememos com o contato, e começo a me movimentar devagar.
— Que gostoso. — Geme, mordendo o lábio.
Ela geme baixinho enquanto estoco mais rápido. Ela me olha com
intensidade, sem tirar os olhos de mim nem por um segundo. Sua boceta
apertada, encharcada, molhando todo meu pau, está me dando um prazer
imenso.
— Mais Gabriel. — Pede ofegante.
Então começo a estocar com mais força. Suas pernas estão cruzadas
em meu quadril me puxando mais para ela. Quanto mais forte, mais ela grita.
— Gosta quando te fodo com força, não é? — Pergunto ofegante.
— Sim. — Disse ela. — Ahhh.
— Isso meu amor, geme para mim. — Rosno. Abaixo minha cabeça e
chupo seu peito enquanto eu a penetro com força. Depois a beijo e seguro seu
seio. Essa mulher me jogou um feitiço que não sei mais ficar longe dela.
— Preciso... te abraçar. — Geme alto.
Desfaço o nó da gravata e ela passa seus braços pela minha cintura e
me abraça. Saio de cima dela e me sento na cama e a puxo para cima de mim,
introduzindo meu membro nela.
— Isso... boceta gostosa do caralho! — Rosno enquanto ela sobe e
desce em meu pau. Me inclino com as mãos apoiadas na cama, me
proporcionando uma bela visão dela subindo e descendo, com seus peitos
fazendo a mesma coisa. Seus cabelos estão grudados na testa por causa do
suor. Afasto seus cabelos de sua testa e ela revira os olhos de prazer. Sinto ela
se contraindo e sugando meu pau. Me inclino e abraço-a.
— Aí meu Deus... Gabriel. — Geme no meu ouvido, cravando as
unhas nas minhas costas, enquanto goza em meu pau. A seguro e forço meu
quadril de encontro aos seus movimentos, louco para gozar. Não demora
muito e gozo chamando seu nome. Depois de jorrar meu gozo dentro dela.
Ela se joga em cima de mim com a respiração ofegante, igual a minha.
Ficamos um tempo em silêncio até recuperamos nosso fôlego. Nossos
corações estão acelerados. O meu parece que vai sair pela boca.
— Você ainda vai me matar. — Digo ofegante e ela sorri. Ela levanta
a cabeça e fica me olhando enquanto coloco uma mecha de seu cabelo atrás
da orelha.
— Precisamos tomar um banho. — Sussurro.
— Precisamos. — Sorrimos.
Ela sai de cima de mim e me levanto em seguida. Vamos até o
banheiro e tomamos um banho juntos. Vamos para a cama, e logo ela
adormece, de tão exausta que ficou, também estou, mas adoro admirá-la
enquanto dorme.
Fico olhando-a deitada, com a cabeça no travesseiro coberta com o
lençol. Parece um anjo dormindo, com a mão direita mostrando o anel que
lhe dei. Em breve será um de noivado. Sei que ela não está preparada, mas
vou esperar até ela estar. Quero passar o resto da minha vida com ela.
Ela me faz sentir feliz, e ver cores onde antes, não tinha. Mesmo ela
não me amando, sei que ela gosta de estar comigo, isso já é um bom sinal, de
que estou fazendo tudo certo. Sei que ela está fazendo um esforço para se
abrir de verdade, e fico feliz com isso. Com Tiffany não me sentia feliz de
verdade, era como se carregasse uma cruz nas costas. Não sentia vontade de
levar Tiffany para um altar e dizer aceito perante todos meus amigos e
familiares. Mas com Katherine é diferente, em pouco tempo que estamos
juntos, já me sinto feliz e satisfeito. Não só pelo sexo, sei que é bastante
intenso e prazeroso, mas Katherine ainda vai ser minha por completo.
Ela vai me amar como a amo. Quero fazê-la feliz, assim como ela me
faz, ou até mais. Por tudo que ela passou, merece mais que isso. É isso que
darei, amor. Ela se mexe e a puxo para se deitar em meu peito. Ela passa os
braços em minha barriga e adormece.
— Eu te amo. — Sussurro em seu ouvido.
Beijo sua cabeça, fecho os olhos e adormeço.
Capítulo 20
Katherine Madison
Gabriel Griffin
Acordo mais do que feliz, uma felicidade que não cabe dentro de
mim. Pego meu celular e vejo uma mensagem de Gabriel.
Gabriel: Bom dia, meu amor. Estou indo para casa dos meus pais,
eles me chamaram para almoçar com eles. Mais tarde volto com eles, para o
nosso jantar. Espero vocês às sete, e espero que seus pais não tenham
alergia à frutos do mar. Um ótimo sábado.
Eu: Bom dia, coração. Eles não têm alergia a nada. Até mais tarde,
bonitão.
Sorrio com a mensagem, ele é tão fofo. Gabriel está se saindo melhor
que encomenda. Além de lindo e gostoso, ainda está apaixonado. Me sinto
feliz com ele, espero um dia amá-lo. Um cheiro gostoso me desperta dos
meus devaneios e vou até a cozinha, minha mãe já está no fogão.
— Que cheiro bom. — Ela se vira e sorri para mim.
— Bom dia, filha. Estou fazendo feijoada.
— Que saudade de comer feijoada. — Me sento no banco e apoio
meus braços na bancada.
— Fico feliz. Vou fazer por muito tempo. — Sorrimos.
— Mãe... preciso te contar uma coisa. Quer dizer... preciso do seu
conselho. — Ela se vira para mim.
— Diga, minha filha.
— Sabe a Serena Montanari?
— Sei sim.
— Ela me chamou para participar do seu novo catálogo.
— Que maravilha, minha filha. — Ela sorri e se aproxima
— Posar de lingerie, mãe. —Aviso.
— E daí? Você não estará nua. — Dá de ombros.
— Ela me deu até segunda para responder. — Explico.
— E o que você quer? — Me olha.
— Eu quero, mas Gabriel quase surtou. Imagino a reação de papai. —
Murmuro.
— Ele também vai surtar. — Avisa. — E ainda tem Kevin.
— Pois é. — Bufo.
— Se é o que você quer, vá em frente. Essa é uma oportunidade
única.
— A senhora sabe que prezo por minha privacidade. — A olho.
— Desde que você começou a namorar Gabriel, sua privacidade foi
para o ralo.
— Sim. — Assinto. — Mas ainda vou falar com papai e Kevin. —
Ela começa a mexer na panela.
— O jantar na casa de Gabriel é hoje, não é?
— Sim, às sete.
— Que roupa devo ir?
— Mãe, não é um jantar beneficente ou uma festa de gala. — Digo
sorrindo.
— Mas estamos falando da família Griffin. — Ela fala.
— Eles são bem simples mãe, a senhora vai ver. — Ela sorri.
— Então vamos fazer compras mais tarde. — Fala.
Minutos depois meu pai chega com Kevin da rua e almoçamos. Conto
para eles sobre Serena, e nem preciso dizer que tanto quanto Gabriel, o
discurso foi o mesmo. Sei que são protetores, mas seria uma boa
oportunidade, com certeza iria ganhar um bom dinheiro.
— Vou aceitar. — Falo no meio do caos.
— Não vai, não. — Kevin se exalta.
— Vou sim!
— Filha, pelo amor de Deus. Vai ficar nua! — Meu pai fica nervoso.
— Seminua. — Minha mãe corrige.
— Tanto faz, vai ficar mostrando suas pernas, barriga...
— Para pai, eu sou adulta.
— Já falou com Gabriel? — Pergunta Kevin.
— Ele é meu namorado, não meu pai. — Retruco.
— Não vou te fazer mudar de ideia, não é? — Meu pai me olha,
suplicando.
— Não. — Ele respira fundo e suspira.
— Tudo bem. — Assente frustrado.
— Não pai! — Kevin o olha incrédulo.
— Para Kevin. Já chega! Eu vou aceitar e pronto. — Bato na mesa.
— Insuportável. — Me olha com raiva.
— Olha quem fala. — Levanto-me da mesa e vou para meu quarto.
Entro batendo a porta, chateada com a forma que os homens que mais
admiro, me tratam. Não respeitam a minha opinião e não aceitam que já não
sou mais nenhuma criança. Pego o cartão de Serena e ligo.
— Alô?
— Serena, boa tarde. É Katherine.
— Olá, minha querida, fico feliz com sua ligação.
— Estou ligando para dizer que vou aceitar sua proposta.
— Que bom minha querida, estou ainda mais feliz.
— Quando podemos nos encontrar?
— Segunda, no restaurante. Esse é seu número?
— É sim.
— Pronto, te envio uma mensagem com o endereço. Agora vou
agilizar tudo para nossa reunião segunda.
— Tudo bem.
— Fico feliz com sua resposta, não vai se arrepender. Até mais,
querida.
— Até.
Encerro a ligação e me sinto aliviada. Quero muito fazer isso, ganhar
mais dinheiro e poder fazer o que quiser. Coloco meu celular na cama e me
arrumo para sair com minha mãe. Alguém bate na porta.
— Entra! — Grito.
— Mana? — Escuto a voz de Kevin.
Saio do closet e o vejo parado fechando a porta.
— Se for para falar aquelas besteiras é melhor dar meia volta. —
Cruzo os braços.
— Me desculpa. — Murmura vindo em minha direção. Reviro os
olhos.
— Você sabe que só quero cuidar de você. Eu sei que você é adulta,
mas cuido de você.
— Mas é a minha vida, Kevin. Eu que decido o que quero ou não
fazer.
— Eu sei. — Suspira. — Mas sei lá, você vai ficar exposta demais,
vai chamar muita atenção.
— Kevin... — Me interrompe.
— Não. — Faz uma pausa. — Você quer? Tudo bem! Estou aqui para
apoiá-la. Só quero sua felicidade.
— Ainda bem! — Bufo. — Não gosto de ficar brigada com você.
— Nem eu. — Sorri. — Vem cá, me dá aquele abraço gostoso, que só
você sabe dar.
— Te amo, Kevin. — O abraço. Ele me aperta contra ele e beija meu
cabelo.
— Também te amo, mana. Sempre estarei ao seu lado. — Me olha. —
Agora vai logo, que nossa mãe está doida para fazer compras.
— Tá bem. — Sorrio. Saio do quarto e vou em direção à sala. Meu
pai também se desculpa comigo. Depois de uma pequena conversa, ele
finalmente me apoia e minha mãe fica muito feliz.
Passo a tarde com minha mãe e Wendy fazendo compras. Quando
voltamos para casa nos arrumamos e seguimos para o apartamento de
Gabriel.
Meus pais se impressionam com a opulência do prédio e da cobertura
de Gabriel. Apresento-os a Daiana, que além de ser a governanta, é uma das
pessoas que o viu crescer desde a infância
— Chegaram! — Vejo Gabriel descendo as escadas. Perfeitamente
lindo!
— Oi, meu amor. — Me abraça.
— Mãe... pai, esse é Gabriel. — Gabriel sorri. Meu pai o
cumprimenta, na defensiva, sondando Gabriel. Já minha mãe é só sorrisos.
— Desculpa dizer, mas você é muito bonito. — Minha mãe o olha.
— Estou começando a ficar com ciúmes, Mary. — Meu pai fala com
divertimento, ficando mais à vontade na presença de Gabriel.
— Deixa de drama, querido. — Sorrimos. — Já imagino os filhos de
vocês.
— Mãe! — Gabriel me olha rapidamente com um sorriso.
— Tudo bem, obrigado pelo elogio. A senhora também é muito
bonita. — Meu namorado diz.
Minutos depois os pais de Gabriel chegam com Enzo e Samantha.
Sophia simpatiza com minha mãe, e rola altas fofocas. Meu pai se enturma
com os homens, me deixando sozinha com Sam e Wendy.
— Então, como vocês estão? — Wendy pergunta a Sam.
— Estou vendo as trocas de olhares. — Falo escondendo o riso.
— Ele fica o tempo todo atrás de mim. — Sam bebe o vinho.
— Ele está conversando, mas o tempo todo te olhando.
— Deixa ele olhar. — Dá de ombros. Gabriel chega me abraçando
por trás e beijando meu pescoço.
— Que amor você dois. — Sam faz uma cara fofa, nos fazendo sorri.
— Doida que Kevin faça isso. — Wendy diz com um sorriso.
— Cala a boca. — Sam a repreende.
— Saudades. — Ele sussurra no meu ouvido.
— Também estou. — Digo baixinho. Ele me vira e me puxa pela
cintura.
— Diz que vai dormir hoje aqui. — Faz cara de cachorro pidão.
— Não posso. Tenho muita coisa para fazer em casa. — Ajeito seu
cabelo.
— Eu mando alguém fazer. Dorme aqui, vai? — Beija de leve meus
lábios.
— Vou pensar. — Sussurro em seus lábios.
— Senhor Gabriel, o jantar já vai ser servido. — Daiana avisa.
— Obrigada, Daiana. — Gabriel agradece.
Vamos para a sala de jantar. Me sento ao lado de Gabriel, que
mantém sua mão esquerda o tempo todo em minha perna, durante o jantar.
Noto os olhares entre Samantha e Kevin. Isso ainda vai dar namoro.
— Vocês precisam comer da minha feijoada. — Mamãe fala.
— Feijoada? O que é uma feijoada? — O pai de Gabriel pergunta.
— É um prato típico do Brasil. — Digo.
— Minha mãe é brasileira, Vivi uns anos lá, e os meninos vão com
frequência visitar a família. — Minha mãe explica.
— Interessante. — Sophia fala. — Quero provar.
— Claro que vai. — Wendy sorri.
— Vamos nos mudar para cá daqui um mês. — Meu pai fala.
— Sério? — Pergunta Gabriel surpreso. Meu pai assente com um
sorriso.
— Que bom, fico muito feliz. — Gabriel diz, sorrindo.
— Assim que nos mudarmos, vou fazer para vocês provarem. —
Mamãe se anima.
— Ótimo. — Arthur diz.
— Vocês vão adorar. — Enzo toma seu vinho.
— Já provou, querido? — Pergunta Sophia.
— Com toda certeza. — Ele diz com um sorriso.
— Bom, espero que venham logo. — Meu sogro se anima.
— Podemos marcar de viajar para o Brasil. — Minha cunhada diz.
— Ótima ideia. — Sophia sorri.
— Vocês vão amar minha vó. — Digo empolgada.
— Já quero conhecê-la. — Arthur me olha com um sorriso.
— Vamos marcar então. — Meu pai diz.
— Quero conhecer sua avó — Gabriel acaricia minha coxa.
— Ela é uma ótima pessoa. — Falo.
— Onde ela mora exatamente? — Pergunta Arthur.
— No Rio de Janeiro. — Mamãe diz.
— Eu já fui à São Paulo. — Gabriel fala.
— O carnaval de lá é muito bom. — Kevin bebe seu vinho.
— Já ouvi falar, seria interessante a gente ir. — Sophia nos olha com
um sorriso.
O assunto carnaval no Brasil, rende durante o restante do jantar. Já
temos até data para ir ao Brasil. Resultado do jantar: sucesso total.
No fim da noite, todos vão embora, ficando só eu e Gabriel. Depois
de um bom banho juntos, matamos a saudade da forma adequada, do nosso
jeito.
Já prontos para dormir, nos deitamos na cama.
— Vou viajar na segunda para Seattle, à trabalho. — Ele acaricia meu
braço.
— Volta quando?
— Na terça à tarde. — Faz uma pausa. — Queria que você fosse.
— Gabriel, eu trabalho. Não é porque você é o dono da empresa e sou
sua namorada, que posso ficar me ausentando. — Levanto meu rosto para
olhá-lo.
— Tudo bem. Sabia que iria dizer isso. Por isso quis que dormisse
aqui. Já que vou ficar dois dias sem te ver. — Me olha.
— Vai passar rápido. — Ele assente.
— Tomara. — Beija meus lábios.
Katherine Madison
Acordo e sinto meu corpo dolorido. Será que foi um sonho? Me sento
na cama e olho ao redor, estou no quarto de Gabriel. Olho para baixo e vejo
que estou com uma blusa sua e nada por baixo. Me levanto e sinto meu corpo
doer. Deus, aparece que levei uma surra.
Vou até o banheiro meio zonza e me olho no espelho, estou com uma
cara péssima, uma ferida no canto da boca. e várias marcas por meu corpo.
Tomo um banho e de repente, todo desespero de ontem, me abate. Lágrimas
descem em meu rosto. Tudo que passei..., foi horrível. Pedro me tocando a
força, me machucando... Foi horrível ter aquelas mãos asquerosas em meu
corpo. Obrigada Deus, por Enzo ter chego a tempo de impedir o pior. Me
visto e vou até a sala, não sei se Gabriel já sabe sobre o que aconteceu.
Wendy está no sofá.
— Wendy... — Ela levanta o rosto e vem em minha direção chorando.
— Como você está? — Sua voz sai trêmula.
— Tentando ficar bem. — Sinto as lágrimas descerem.
— Estava tão preocupada. — Afasta os cabelos do meu rosto.
— Estou bem. — Fungo.
— Vou ver algo para você comer. — Fala e sai da sala.
Fico no sofá, pensando em tudo que aconteceu. Escuto o som do
elevador, e assim que abre, vejo Gabriel.
— Gabriel. — O chamo. Ele me olha e vejo preocupação em seus
olhos. Levanto-me ainda fraca, mas consigo correr até ele. Ele me abraça
forte, e choro ainda mais.
— Oi, meu amor. — Sussurra, enquanto choro em seus braços, aqui
me sinto segura. Ele me abraça forte e beija meu cabelo.
— Chegou agora? — Pergunto olhando para ele ainda com lágrimas
em meu rosto. Ele me segura e se senta comigo no sofá. Coloca minhas
pernas em suas coxas e me abraça.
— Cheguei de madrugada, Enzo me ligou e sai de Seattle no mesmo
instante. Estava garantindo que aquele desgraçado ficasse preso. — Me
abraça mais forte.
— Nem sei o que seria de mim se Enzo não tivesse chego. — Minha
voz sai embargada.
— Me desculpa, meu amor, por não estar com você. — Beija minha
testa.
— Você não teve culpa. — Olho seus lindos olhos azuis.
— Você acordou agora? — Pergunta.
— Faz uns dez minutos. — Sussurro.
— Que bom que você chegou, Gabriel. — Wendy entra na sala, com
uma bandeja com meu café. — Enzo me ligou e disse que estavam na
delegacia.
— Tive que garantir que ele ficasse preso. — Gabriel a olha.
— Eu não fui com a cara dele. — Wendy fala. — Ele cheira a
encrenca.
— Agora já passou. — Gabriel acaricia meu braço. — Wendy, se não
for incômodo, você pode trazer café para mim?
— Claro. — Assente e se retira da sala. Gabriel tira a jaqueta e joga
no sofá e volta a me abraçar. Comemos em silêncio.
— Você não dormiu? — Pergunto tomando o café.
— Não. Fiquei lá até ter garantia de que ele ficaria preso. — Ele fala
de boca cheia.
— Desculpa.
— Ei. — Ele levanta meu queixo, fazendo-me olhar em seus olhos. —
Nada disso, você não teve culpa.
— Fico feliz que você tenha voltado. — Dou um sorriso, sincero.
— Meu amor, faço qualquer coisa por você. Eu amo você! — Seus
olhos brilham.
Gabriel realmente me ama e estou vendo-o com outros olhos. Será
que também estou apaixonada por ele? Minutos depois Kevin aparece
desnorteado.
— Mana! — Ele corre até mim. Me levanto e o abraço forte. Ele beija
minha cabeça. Kevin age como um irmão mais velho. É até engraçado, pois
eu sou a mais velha. Mas gosto do modo protetor dele. — Você está bem?
— Estou sim. Enzo e Wendy chegaram a tempo. — Ele assente e
beija minha testa. Se afasta e vai até Gabriel.
— Cara, valeu mesmo.
— Não precisa agradecer. — Gabriel o abraça.
— Queria ter dado vários socos nele. — Kevin fala furioso.
— Eu também! — Meu namorado murmura.
— Mas eu fiz por nós três! — Diz Enzo entrando com Sam no
apartamento.
— Oi cunhada. — Ela me abraça.
— Obrigada por ter vindo.
— Você é como uma irmã para mim. — Fala emocionada.
— Sinto o mesmo. — Enxugo as lágrimas do meu rosto.
— Como está se sentindo? — Pergunta Enzo me abraçando.
— Melhor. Obrigada por ter chegado a tempo. — Ele beija minha
cabeça.
— Wendy estava sentindo algo estranho. — Comenta.
— Amiga, eu e Enzo estávamos saindo do supermercado e senti algo
estranho. Que algo estava acontecendo com você. Enzo achou que era
bobagem, mas a angústia estava fora do normal. —Seus olhos ficam
marejados. — Arrastei Enzo e... nem sei o que teria acontecido se não
tivéssemos chegado a tempo.
— Vem cá. — Nos abraçamos e choramos juntas.
É incrível nossa conexão, mesmo não sendo irmãs de sangue, sempre
tivemos isso uma com a outra. Nosso cordão umbilical imaginário. Desde
nova somos assim, uma protegendo a outra. Acho que se fossemos gêmeas
não teríamos essa conexão.
— Eu te amo, irmã.
— Eu também te amo, irmã. — Enxugo suas lágrimas.
— É tão incrível a conexão de vocês! — Sam fala.
— Tem certeza que não são irmãs? — Pergunta Enzo sorrindo.
— Se eu não lembrasse dos meus pais adotando-a. Eu até poderia
acreditar. — Sorrimos.
— Kevin posso falar com você? — Pergunta Gabriel.
— Claro. — Kevin assente.
— Vem Enzo, lá no escritório. — Gabriel acena.
— Ok. — Enzo se levanta e caminha com Kevin.
— Já volto. — Ele beija minha testa e se retira.
Gabriel Griffin
Gabriel Griffin
Katherine está linda. Passar esses dias com ela está sendo ótimo, pena
ter sido pelo motivo que foi. Hoje é sua sessão de fotos, e meu ciúme está em
um nível altíssimo. Estou me controlando para não atrapalhar sua felicidade e
empolgação. Ver esse sorriso é maravilhoso, depois de noites cheias de
pesadelos, eu a acalmava venerando-a e dando todo meu amor. Tentei
convencê-la a não voltar a trabalhar, mas nem preciso dizer, que foi uma
tentativa frustrada. Queria que ela remarcasse a sessão, devido as manchas,
mas ela estava irredutível.
“Gabriel, você não manda em mim! Tenho contas para pagar. Então
nem invente de bancar o homem das cavernas comigo. Você já deveria saber,
que homem nenhum manda em mim e faço o que quiser. Então, eu vou sim
trabalhar, e ai de você se não me deixar passar!”
Como eu disse, mulher difícil. Ela é teimosa, mas eu também sou.
Agora andamos com Richard e Oliver, para auxiliar na nossa segurança.
Seguimos para o local das fotos.
— Katherine. — Serena vem em nossa direção.
— Oi, Serena. — Katherine a abraça.
— Que bom que veio, e trouxe convidados. — Serena olha para os
seguranças, de forma simpática.
— Esse é Gabriel. — Katherine nos apresenta.
— Prazer, senhor Griffin. — Aperto sua mão com um sorriso.
— Esses são Richard e Oliver, meus seguranças. — Dou um sorriso.
— Fiquem à vontade, tem lugar para todos. — Ela sorri. — Querida,
vamos nos organizar?
— Claro. Amor, te vejo daqui a pouco. — Ela me dá um selinho e se
afasta.
— Já sabem onde ficar. — Meus seguranças assentem e se afastam.
Fico observando os detalhes do espaço.
— Senhor Griffin, seja bem-vindo. — Uma moça negra se aproxima
de mim. Com os lábios vermelhos e um belo decote. Ela me olha com desejo.
— Obrigado. — Digo.
— Venha, Serena separou um lugar exclusivo para o senhor. — Ela
morde o lábio. Se Katherine visse um negócio desse, dava certinho! A moça
me conduz até uma poltrona de frente para onde será as fotos.
— Aqui será seu lugar. — Aponta para a poltrona. Me sento, e
percebo os olhares em minha direção. Incluindo a moça que me atendeu. Ela
continua parada, me observando.
— Algum problema? — Pergunto sério.
— O senhor é muito bonito. — Diz com malícia.
— Obrigado. — Desvio meu olhar à procura de Katherine.
— O que o senhor deseja? — Insiste. Deixa a caneta cair
propositalmente, só para exibir seus seios.
— Quando a sessão de fotos da minha namorada vai começar? —
Dou logo a direta de que tenho namorada.
— Katherine... é... sua namorada? — Gagueja nervosa.
— Sim, algum problema? — Pergunto sem olhar para ela.
— Não senhor, a sessão começará em trinta minutos. — Responde,
um pouco envergonhada.
— Obrigado. — Digo secamente e ela sai desconfiada. Meu celular
vibra com a notificação de mensagem.
Lucas: Desculpa a demora, mas tenho novidades. Possivelmente,
Fabrício vá sair da prisão.
Merda!
Eu: Podemos fazer alguma coisa para impedir?
Lucas: Infelizmente, não há nada que possamos fazer.
Eu: Certo, me mantenha informado.
Lucas: Pode deixar!
Guardo meu celular no bolso e vejo Katherine sair do camarim
vestida com um robe de seda rosa claro. Seu cabelo está com cachos e uma
maquiagem leve com um batom vermelho. E um par de saltos altíssimos. Ela
está entretida conversando com Serena.
— Senhor Griffin, isso aqui é para o senhor. — Um rapaz se
aproxima, com uma bandeja com uma garrafa de uísque, um copo e uma
caçamba pequena com gelo.
— Obrigado. — Agradeço. E enquanto o rapaz deixa a bandeja ao um
lado, vejo Kate vindo em minha direção.
— Foi você, não foi? — Pergunto assim que ela se senta em meu
colo.
— O quê? — Pergunta.
— O whisky.
— Ah sim, fui eu. Serena me perguntou qual você gosta.
— Está linda.
— Você não viu o que tem debaixo desse robe. — Pisca o olho.
— Não me atente! — Dou um gole no uísque.
— Vamos, Katherine? — Serena a chama.
— Preciso ir. Fique com a vista privilegiada. — Me dá um selinho.
— Pode deixar. — Pisco o olho e ela sai.
Kate segue em direção ao fotógrafo. Eles conversam durante um
tempo, junto com Serena até eles começarem a instrui-la e Serena tira seu
robe... Ai meu Deus! Cinta-liga? Sério?
Ela sabe como ficaria ao vê-la daquele jeito e me dá um sorriso
safado. Sua lingerie é preta, toda rendada, totalmente transparente. Safada!
Fico em meu lugar privilegiado e passo horas admirando minha
mulher em várias poses sensuais, trocas de lingerie e muito feliz. Faz valer a
pena o meu tormento de ver outros homens de olho na minha mulher.
Ela é uma mulher extrovertida, feliz, carinhosa e amável. Fico muito
feliz quando me disse que está apaixonada por mim. Só faltei soltar fogos de
artifício. Nunca vou esquecer a primeira vez que a vi no refeitório da
empresa. Ela me olhou com intensidade, provavelmente sentiu o mesmo que
eu. Atração! Nunca imaginei, que encontraria uma mulher como essa. Que
me cega, para qualquer outra mulher. Não foi fácil conquistar sua confiança,
mas consegui.
A sessão termina e Kate vai se trocar. Já dou as orientações a Richard.
— Assim que saímos daqui, vou levá-la ao Central Park. — Coloco
as mãos no bolso.
— Senhor, pode ser perigoso. — Richard alerta. — Sabe que não
pode ficar vulnerável. O Central Park é um lugar público demais e seria
perfeito para seus inimigos.
— Entendo sua preocupação. — Coço a barba. — Reforcem a
segurança.
— Quantos? — Pergunta Oliver.
— Vinte ou mais se puder. — Ele assente.
— Sim, senhor. Faremos agora mesmo. — Diz Richard, saindo com
Oliver. Vou em direção à Serena e Katherine.
— Pelo visto as fotos deram certo. — Digo.
— Exatamente. Será um sucesso. — Serena se empolgada.
— Obrigado pelo uísque.
— Merece coisa melhor, Gabriel.
— Mesmo assim agradeço. — Digo e ela sorri. — Bom, agora temos
que ir.
— Temos? — Pergunta Katherine, levantando a sobrancelha.
— Sim, meu amor. — Beijo sua mão.
— Katherine, em breve mandarei uma prévia das fotos do catálogo
por e-mail e as fotos que serão exibidas semana que vem. — Elas se
despedem e recebo o aviso de Richard de que já estão prontos para seguir.
— Aonde vamos? — Pergunta.
— Surpresa. — Ela sorri.
Katherine sempre me cobra de não podermos fazer coisas simples,
como essa. Estamos sempre rodeados de seguranças. Por isso, resolvi fazer
essa surpresa. Caminhar com ela no Central Park e fazer um lanche. Assim
que chegamos ela me olha com um largo sorriso. Richard abre a porta e ela
fica olhando ao redor sem entender.
— Vim trazer minha namorada para caminhar e fazermos um lanche.
— Digo e vejo seus olhos brilharem.
— Sério? — Pergunta surpresa.
— Sim, vamos? — Pergunto e ela assente sorrindo. Começamos a
caminhar, e ela está radiante. Mas mesmo tentando ser o mais normal
possível, a total normalidade não cabe em minha vida.
— Sério? — Pergunta ela parando e me olha séria.
— O que foi, amor? — Pergunto.
— Cheios de homens de terno andando pelo Central Park! — Ela
esconde o riso. Sabia que não passaria despercebido por ela.
— Amor, não posso vacilar, não quero te colocar em perigo. Você
sabe que não posso ficar vulnerável em um lugar público. — Digo
acariciando seu rosto. — O único jeito é esse. Se quiser podemos voltar.
— Não é isso. — Suspira. — Queria poder agir como um casal
normal.
— Meu amor, somos um casal normal. Só que um pouco diferente.
Sei que é chato, mas só pode ser assim. Eu ainda estou arriscando muito te
trazendo aqui.
— Tudo bem. — Assente. — Posso me contentar com isso.
— Vamos, ainda temos que lanchar. — Seguro sua mão.
— Lanchar?
— Sim, vamos para uma lanchonete. — Ela abre aquele sorriso que
tanto amo.
— Posso te fazer uma pergunta? — Pergunta enquanto andamos.
— Claro.
— As mulheres com que você mantinha contratos, vocês saiam? —
me olha.
— Não. Só me acompanhavam aos jantares beneficentes. Sair para
restaurante, lugares públicos, não. Era apenas sexo. — Ela assente.
Continuamos nosso passeio, até avistarmos o vendedor de algodão
doce, e minha menina feliz quer o seu. Não resisto a sua felicidade e registo
esse momento.
— Está tirando fotos minha? — Pergunta sorrindo.
— Eu? Não! — Me faço de desentendido.
— Sei. — Me dá um olhar desconfiada.
Entre conversas e sorrisos percebo algumas pessoas nos fotografando
com os celulares, já sei que seremos assunto nos sites de fofoca. Kate se
distrai admirando as flores e mais uma vez quero registrar o momento.
— Pode tirar. — Fala.
— O quê?
— Foto. — Sorrio.
Ela faz algumas poses lindas e delicadas enquanto tiro suas fotos.
Queria tirar uma com ela, então discretamente aceno para Richard,
— Senhor. — Fala assim que se aproxima.
— Sei que esse não é seu trabalho, mas queria que tirasse algumas
fotos nossas. — Digo sorrindo e ele assente sorrindo.
— O que eu não faço para o senhor? — Pega meu celular.
— Não sei se vivo sem você. — Bato no seu ombro, que sorri. —
Vem amor.
Rimos enquanto Richard tira nossas fotos. Fazemos várias fotos:
abraçados, nos beijando, nos olhando intensamente, ela nas minhas costas...
— Senhor, é melhor irmos para o próximo local. Antes que anoiteça.
— Ele me entrega meu celular.
— Vamos? — A olho e ela assente.
Saímos do parque e vamos para a lanchonete. Comemos e nos
divertimos. Entre hambúrguer e milkshake nos deliciamos com o lanche e a
companhia um do outro.
Voltamos para casa maravilhados com nosso fim de tarde.
— Vou tomar banho, daqui a pouco desço. — Ela avisa.
— Tudo bem. — Beijo sua bochecha. Ela sai e vou até o sofá e me
sento.
— Está apaixonado, hein? — Pergunta Richard com um sorriso.
— Muito. — Digo pensativo.
— Deve estar mesmo, para se arriscar tanto como hoje. — Ele sorri.
— Pois é, mas ela merece.
— Ela te faz feliz, então ela merece.
— Como é sua vida de casado? — Pergunto curioso.
— Amo minha esposa, faço qualquer coisa por ela. Vivemos bem, na
maior harmonia. — Diz
— Richard, confio em você cegamente. — Digo acenando para ele se
sentar no sofá. — Você é o meu segurança mais antigo.
— Sim. Está pensando em me demitir? — Pergunta ao se sentar.
— Deus me livre. Você é o homem que mais confio. — Sorrimos. —
O que eu quero dizer, é que quero você olhando Katherine. Sabe o ‘ex’ que te
falei?
— Sim, o traficante.
— Ele está para sair da cadeia. — Ele assente. — Todo cuidado é
pouco.
— Sim, senhor.
— Vou colocar quatro seguranças no prédio dela, para reversarem dia
e noite. E você ficará com ela caso ela queira sair para algum lugar.
— E o senhor? — Pergunta.
— Me viro com Oliver. — Digo.
— Senhor, não esqueça de sua proteção também. Oliver não dará
conta sozinho.
— Vou falar com mais homens, não se preocupe.
— Tudo bem. Mais alguma coisa?
— Não. Obrigado, Richard. Você é como um irmão mais velho. —
Aperto sua mão.
— Não precisa agradecer. Boa noite. — Assinto e ele se retira.
Minutos depois Katherine desce com um vestido soltinho e cabelos
molhados. Chamo para se sentar ao meu lado e ela vem sorrindo. Me dá um
leve beijo nos lábios e se senta ao meu lado, colocando sua perna apoiada na
minha.
— Obrigada por hoje. — Agradece.
— Não precisa agradecer. — Diz beijando sua testa. — Preciso te
falar algo.
— O que foi? — Pergunta ela me olhando.
— Depois de hoje, vou precisar colocar seguranças ao seu dispor. Não
me venha dizer que não quer. É preciso! Muita gente nos viu hoje, e esse
relacionamento não é como os que tive antes de você. É pra valer. Você sabe
que tenho inimigos, e eles podem te usar para chegar até mim, se isso
acontecer, nunca vou me perdoar. Se não quer morar comigo agora, tudo
bem, eu entendo. Mas vou colocar quatro seguranças em seu prédio e Richard
ficará à sua disposição. — Digo sério.
— Mas Richard é seu homem de confiança.
— Justamente. Por isso coloquei com você. Ficarei com Oliver. —
Ela assente.
— Tudo bem.
— Obrigado por compreender. — Acaricio seu rosto.
— Como consegue conviver rodeado de seguranças? — Pergunta
sorrindo.
— Já estou acostumado. Desde novos fomos criados assim. Enzo e
Sam também tem seguranças. Então nos acostumamos. — Dou de ombros.
— Íamos para escola com seguranças, saíamos com segurança. Meus pais
sempre foram ricos.
— Entendo. — Murmura.
— O que quer jantar? — Pergunto. — Dispensei Daiana, o que quer
pedir?
— Não sei. — Dá de ombros.
— No armário à esquerda tem um caderno com os nomes dos
restaurantes e o cardápio. Escolha e peça. Preciso fazer uma ligação agora. —
Ela assente e se levanta, indo em direção à cozinha. Pego meu celular e
procuro o número de Sérgio. Sérgio é um fotógrafo de primeira em New
York.
— Quem é vivo sempre aparece. — Fala com um sorriso, ao atender.
— Como vai, Sérgio? — Pergunto sorrindo.
— Melhor impossível. Nem vou te perguntar como está, sei que está
namorando.
— Estou sim.
— Vi fotos de vocês na internet semana passado. Muito bonita ela.
— Pode tirar o olho.
— Calma, Gabriel. — Ele sorri.
— Eu sei cara. Olha, quero umas fotos em alguns quadros. Estou com
essas fotos em meu celular.
— Esqueceu mesmo o seu fotógrafo. Nem me chamou para tirar as
fotos.
— Não esqueci, não. Tirei no meu celular hoje.
— Passa para o meu e-mail.
— Tá, espera aí. — Coloco o celular no modo de espera, e envio as
melhores fotos. — Pronto.
— Vou ver aqui se chegou. — Faz uma pausa. — Chegou. Ficaram
bonitas. Só vou precisar fazer uns ajustes e ficarão perfeitas. Então, como
quer os quadros?
Capítulo 26
Katherine Madison
Lucas Guilherme
URGENTE!
Fui assaltado hoje e não consegui contato com ninguém. Um tal de
Yuri mais conhecido como Chupeta, é um dos capangas de Fabrício, saiu
hoje para o aeroporto de Los Angeles a caminho de New York. Ele é o braço
direito de Fabrício. Me ligue assim que ver esse vídeo!!!
No fim do dia, vou para casa, estou morta de cansada. Encontro meu
pai assistindo tv na sala e minha mãe na cozinha. É tão bom ter eles de volta
no mesmo teto. Falo com eles e subo para o quarto. Tomo um banho e desço
para o jantar. Kevin chega em seguida e vai direto para o banho. Wendy está
pendurada no telefone com Enzo.
Após o jantar, ajudo minha mãe a organizar a cozinha, enquanto
Wendy arruma a mesa. Kevin vai para a varanda falar no telefone com
Samantha, e me sento com meus pais para assistir tv. Estou distraída quando
meu celular começa a tocar.
Saio da sala e vou até a varanda atender Gabriel.
— Oi meu amor. — Digo ao atender.
— Tão bom escutar sua voz. — Sussurra.
— Você escuta minha voz todos os dias. — Escuto-o sorrir.
— Ela me traz uma paz.
— Está melhor?
— De quê?
— Você estava agitado hoje.
— Ah sim... estou mais tranquilo.
— Conseguiu resolver?
— Sim. Queria você aqui comigo.
— Amor, o que combinamos?
— Só dormirmos juntos nos finais de semana.
— Exato.
— Isso está chato, amor. Preciso de você!
— Eu sei, meu amor. Mas durante a semana é ruim, tenho uma rotina
diferente da sua.
— Eu sei, eu sei. — Escuto-o suspirar.
— Não fica assim.
— A gente só tem nossos momentos em meu escritório. E você sabe...
sou muito ativo! Quero você em uma cama, não aguento mais transar com
você no meu sofá ou na mesa do escritório.
— Também estou com saudades.
— Então vem. Não quero só sexo... quero ficar ao seu lado também.
— Amanhã?
— Porra!... Tudo bem... – Escuto-o suspirar. – Como estão seus pais?
— Estão aqui assistindo tv. O que está fazendo?
— Vendo sua foto no meu escritório. — Sorrio.
— Aquela que você tirou no Central Park?
— Exatamente. Ela me acalma quando sinto sua falta.
— Prometo que amanhã durmo aí.
— Tudo bem.
— Vou deitar, amor.
— Nos vemos amanhã. Te amo!
— Também te amo.
— É tão reconfortante saber que sou retribuído.
— Eu que o diga.
— Vá dormir. Beijos.
— Beijos. — Finalizo a ligação.
Capítulo 31
Katherine Madison
Katherine Madison
Já é perto das dez da noite, e ainda estamos nos divertindo. Não parei
um minuto sequer. Mesmo comendo, continuo dançando. Gabriel bufa e
revira os olhos diversas vezes por ver alguns homens me olhando. Mas
também tem mulheres quase o engolindo com os olhos, me seguro ao
máximo para não voar na cara de cada uma delas.
— Estou com fome. — Digo a Wendy.
— De novo? — Pergunta.
— Aquele cachorro-quente está uma delícia. — Digo e ela sorri. Me
viro e vejo Gabriel conversando com os meninos.
— Amor, vou ali pegar cachorro-quente. Quer? — Pergunto.
— De novo, meu amor? — Sorri.
— Estou com fome. — Reviro os olhos.
— Tudo bem. — Beija meus lábios.
Saio de perto dele e vou direto ao bar e faço meu pedido.
— Olá, princesa. — Diz um homem chegando ao meu lado.
— Te conheço? — Ergo a sobrancelha.
— Não. Mas pode me conhecer melhor. — Se aproxima de mim.
— Não tenho interesse. — Digo séria e me viro para ver se meu
pedido está pronto.
— Vamos, linda. Estava te olhando de longe, esperando uma
oportunidade para conversar com você.
— Já disse que não tenho interesse.
— Então aquele americano de merda é mais bonito que eu? — Sorri
sínico.
— Aquele americano é meu noivo. Acho melhor você sair de perto.
— Digo séria.
Olho Richard que está me olhando. Ele entende meu olhar e chama
Oliver.
— Ele vai fazer o que comigo? Não tenho medo dele, boneca. —
Toca em meu braço.
— Não me toque. — Me afasto.
— Braba do jeito que eu gosto. — Diz se aproximando de mim.
— Sai daqui imbecil. — O empurro.
— Saia de perto da minha mulher. — Grita Gabriel.
Vejo algumas pessoas olhando o que chama atenção de alguns
seguranças do camarote.
— O que está acontecendo aqui? — Um segurança se aproxima. Olho
para trás e vejo meus amigos atrás de Gabriel.
— Ele está me importunando, tentando me tocar. — Explico.
— Mentira dela. Ela que está se insinuando para mim. — Aponta para
mim.
— Senhor. — Interrompe um garçom atrás do balcão, o mesmo que
fiz meu pedido. — Estava perto, e a vi mandando esse rapaz se afastar.
— Mas que porra! Eu não fiz nada. — Grita o homem.
— Senhor, eu sou um dos seguranças do casal e o vi se insinuando
para ela. Fiquei na minha, pois a senhorita estava com tudo sob controle. Mas
ele insistiu em tocá-la. — Afirma Oliver, falando em um português perfeito.
— O quê? Tocou nela seu imbecil? — Rosna Gabriel dando um passo
à frente.
— Amor, por favor. — Peço e ele me olha. — Não faça nada.
— Conheço o senhor. — Afirma um dos seguranças. — Griffin certo?
— Sim. — Gabriel assente.
— Se não se importa, levarei um de seus seguranças até um posto
policial aqui perto, junto com esse sujeito. Se importa?
— Não. Só quero que ele aprenda a respeitar uma mulher. — Gabriel
fala.
— Ela sai com esse tipo de roupa e ainda não quer que nenhum
homem fale com ela? — Pergunta o homem que me assediou.
— Eu poderia estar vestindo roupas íntimas, você não tem o direito de
encostar em mim seu imbecil. — Grito.
— Moça, peço que se acalme. Vamos levá-lo e já trazemos seu
segurança de volta. — Um segurança me olha.
— Tudo bem. — Digo por fim.
O segurança sai com o homem e Oliver atrás dele. Me viro para o
garçom e sorrio para ele.
— Muito obrigada. — Agradeço.
— Não precisa agradecer. Esses homens se acham no direito de
encostar nas mulheres sem o consentimento delas. — Me dá um sorriso.
— Você está bem? — Pergunta Gabriel me abraçando.
— Sim. — Digo e beijo seus lábios.
— A senhorita vai querer seu cachorro-quente ainda? — Pergunta o
garçom.
— Claro. E me traz um refrigerante, por favor. — Peço e ele assente.
Ele sai para fazer meu pedido.
— Que cara abusado. — Suzy faz cara de nojo.
— Demais. — Reviro os olhos.
— Vamos voltar para lá, para não perdemos o lugar. — Dominic
avisa. Eu e Gabriel assentimos e eles saem.
— Deveria ter vindo com você. — Meu noivo me olha.
— Pode acontecer em qualquer lugar, meu amor. — Acaricio seu
rosto.
— Desde o acontecimento com Pedro...
— Ei. Já passou. — Ele assente. — Está tudo bem.
— Onde ele te tocou?
— Só no braço. Mas me afastei logo. — Digo e ele assente.
— Tudo bem. Pegue sua comida e vamos sentar para você comer. —
Fala e eu assinto.
Se passam horas e curtimos bastante o carnaval da Bahia que é
maravilhoso. Gabriel relaxou mais um pouco depois que Richard e Oliver
voltaram avisando que o sujeito foi proibido de voltar para o camarote. Com
isso, ele se soltou mais um pouco, mas sempre perto de mim. Mais do que o
normal.
Saímos do camarote de noite, debaixo de chuva. Corremos para o
local onde o carro está nos esperando e entramos no carro. O percurso para
casa é lento, muito engarrafamento. Demora quase uma hora para chegarmos,
que andando, faríamos em uns vinte minutos. Mas Gabriel insistiu em irmos
de carro em segurança, por causa do tal homem que me assediou, poderia
estar nos esperando em algum lugar para fazer alguma coisa. Concordei em
silêncio e seguimos o trajeto cantando as músicas que está no rádio do carro.
Capitulo 34
Katherine Madison
Acordo e percebo que estou sozinha. Gabriel não está mais no quarto.
Olho o relógio e vejo que já são dez e meia. Me levanto e me arrumo para
descer.
Desço e não tem ninguém dentro de casa, mas escuto barulhos do
pessoal no quintal. Vou até a cozinha, e me sirvo uma xícara de café, quando
sinto mãos fortes me abraçando e beijos em meu ombro.
— Bom dia, meu amor. — Beija meu pescoço.
— Bom dia. — Sorrio. Me viro e dou um beijo em seus lábios.
— Descansou? — Pergunta tirando um fio de cabelo do meu rosto.
— Sim. — Digo. — Tomou café?
— Já sim. Acordei já faz um tempo. — Diz e se encosta na pia ao
meu lado.
— Todo mundo já está acordado? — Pergunto. Pego pão e coloco
presunto e queijo.
— Sim. Já ia subir para te chamar. — Beija minha cabeça.
— Hum. — Murmuro mastigando meu pão.
— O que foi? — Pergunta.
— Nada não, meu amor. — Sorrio. Ele assente.
— Suzy já chegou? — Pergunto.
— Não. Deve chegar a qualquer momento. — Afirma
Termino de tomar meu café, e lavo a louça que sujei. Vou com
Gabriel até o quintal da casa e vejo Vó Maria animada falando com Dominic
e Kevin. Todos nos cumprimentamos.
— Se divertindo, vó? — Pergunto e dou um beijo na sua cabeça.
— Muito querida. Já comeu? — Pergunta.
— Já sim. — Ela sorri.
Hoje o dia está nublado, mas ainda agradável para aproveitar a
piscina. E é o que faço. Gabriel está ajudando Dominic com a churrasqueira.
— Hoje merecia um sol daqueles de ontem. — Sam fala.
— Pois é. Mas isso não vai impedir de nos divertir. — Digo.
— Vi Suzy dando uns pega em Oliver ontem. — Kevin comenta.
— Onde? — Pergunto curiosa.
— Ontem ele foi levá-la em casa. Eles estavam na calçada em frente
daqui, estavam se beijando, quase se comendo. — Sussurra. Natalie entra na
piscina e se junta a nós.
— Estávamos falando de Suzy e Oliver. — Falo.
— Sim... Kevin me disse ontem. — Sorri.
— Rápida ela. — Samantha sorri.
— Esperta! A gente vai embora na segunda e ela fica aqui. — Dou
um gole da cerveja.
Ficamos conversando mais um pouco e começa a chover, mas não
saímos da piscina. Gabriel fica me chamando e reviro os olhos. Saio da
piscina e vou até ele.
— Você vai ficar doente. — Me entrega uma toalha.
— Vou não. — Bufo e começo a me enxugar.
— Quer comer alguma coisa? — Pergunta.
— Só carne mesmo. — Digo e ele assente.
Enquanto me enxugo ele separa algumas carnes com gorduras que eu
gosto e pega uma cerveja para mim, vou até uma mesa coberta e me sento lá,
Gabriel deixa o prato com a carne e a cerveja.
— Vou falar com meu pai. Já volto. — Beija meus lábios e sai.
Começo a cortar a carne e vejo Suzy vindo e se senta na minha frente.
— Está gostando do pessoal? — Pergunto.
— Muito. São simpáticos demais. Só os pais de Gabriel que tem certa
dificuldade em falar em português para poder me acompanhar.
— E Oliver. Fala que língua? — Ela me olha desconfiada. Ela se
aproxima olhando para os lados.
— Amiga, e que língua ele tem. — Sussurra e eu gargalho.
— Me poupe dos detalhes. Ele é segurança do meu noivo. — Digo
entre os risos.
— Tudo bem. Queria conversar com você. — Diz séria.
— Diga.
— Aqui no Brasil o desemprego está aumentando muito. Já faz dois
anos que estou parada, se não fosse você vindo para cá e bancando as coisas
para mim para me divertir com vocês, estaria em casa sem dinheiro para
comprar nem uma garrafa de água. — A olho atenta.
— Entendo. Onde quer chegar? — Pergunto.
— Se tem condições de eu ir para New York, ficar por lá e arrumar
algum trabalho? — Pergunta. Assinto pensativa.
— Olha, é complicado. Você fala inglês? — Pergunto.
— Sim e espanhol também. — Afirma.
— Passaporte? — Pergunto.
— Tenho.
— E sua família?
— Meus pais estão bem aqui. Quero trabalhar para conseguir algo
melhor e tirar eles da casa de aluguel onde moramos. — Fala um pouco triste.
— Eu trabalho na Griffin Magazine. É uma editora de revista famosa
em New York, onde Gabriel é o CEO de lá. Enzo é o editor chefe, eu e
Wendy ficamos na parte da produção. Eu sou a supervisora e Natalie a chefe
do RH. Lá só entra com indicação ou por mérito mesmo. — Explico.
— Entendo.
— Primeiro, você precisa conseguir o visto de permanência
temporária, e assim que conseguir um emprego, solicitar o visto permanente.
Para isso precisa ter emprego fixo e moradia. — Digo e ela assente. — Posso
falar com Gabriel e ver se podemos te ajudar de alguma forma.
— Fala mesmo amiga. Estou precisando muito. — Implora.
Olho ao redor procurando por Gabriel, e o vejo falando com Kevin.
Aceno para ele, que vem até mim.
— Oi, meu amor. — Diz ao chegar.
— Senta aí. Queremos falar com você. — Digo e ele assente. Ele
arrasta a cadeira e se senta
— Suzy está conversando comigo sobre trabalho. — Ele assente. —
Que aqui no Brasil o desemprego só aumenta a cada dia, e que faz dois anos
que está parada. Ela quer ir para New York arrumar algum trabalho por lá.
— Entendi. Para isso precisa de autorização para morar lá.
— Acabei de dizer isso para ela, sobre passaportes e a burocracia
— Você fala só português? — Pergunta Gabriel.
— Inglês e espanhol, fluentemente. — Suzy informa.
— Entendi. Bom... poderia arrumar uma vaga na Griffin Magazine. —
Ele diz.
— Sério? — Pergunta toda animada.
— Sim. Mas faríamos conforme as normas da editora. Inicialmente,
um tempo de experiência, para só depois ficar definitivo. — Gabriel explica.
— Poderíamos falar com aquele seu advogado. — Sugiro. — Assim
ele agiliza o mais rápido possível.
— Sim. Falarei com Marcos ainda hoje.
— Ela mora em uma casa alugada, e só os pais que estão trabalhando.
— Digo e ele assente.
Ele grita por Natalie e Enzo, que vem até nós.
— Manda as ordens. — Enzo se senta.
— Natalie, sabe se tem algum cargo disponível na empresa? —
Pergunta Gabriel.
— Hum... tem na limpeza, mas olhando direitinho deve ter outras
coisas disponíveis. — Diz.
— Eu, sinceramente, estou precisando de uma secretária. — Informa
Enzo.
— Realmente. — Natalie assente.
— Tem muita coisa para mim, que uma secretária poderia agilizar. —
Informa Enzo.
— E aí, Suzy? Topa? — Pergunta Gabriel.
— Claro. — Diz toda animada.
— Suzy quer morar em New York. Acabou de nos informar. Ela pode
tirar o visto por três meses e ir para lá. Nesses três meses ela poderia se
adequar à empresa e quando tiver tudo pronto, ela já volta com o emprego
fixo. — Afirma Gabriel.
— Isso é ótimo. Fala com Marcos, para ele agilizar a documentação.
— Diz Enzo.
— Sim. Vou falar com ele ainda hoje. — Informa.
— Bom. No serviço de secretária, pagamos vinte e seis dólares a hora,
das oito da manhã às cinco da tarde, de segunda à sexta. Mas como você
ficará três meses apenas como estagiária, pagaremos vinte e quatro dólares a
hora.
— Nossa. Muito bom mesmo. — Suzy fica animada.
— Certo. Sugiro que já nos entregue seus documentos e que essa
semana você vá para lá para agilizar a documentação e assinar o contrato de
experiência. — Informa Natalie.
— Perfeito. Já vou buscar todos os documentos. — Suzy fala.
— Tudo bem. Quando trouxer tudo te passo os detalhes. — Diz
Natalie e sai com Enzo.
— Que bom. — Digo sorrindo.
— Nem sei como agradecer. — Suzy fica emocionada.
— Não precisa. — Gabriel sorri.
— Vamos fazer assim. Vou transferir um dinheiro para sua conta,
para você começar a se estabilizar tanto aqui quanto lá. Depois que se
estabilizar você me devolve. — Digo
— Nossa. Seria muito incômodo. — Diz envergonhada.
— Não mesmo! Sei o quanto gasta para ficar definitivo em outro país,
e você vai precisar. Estou aqui para te ajudar. — Seguro sua mão.
— Muito obrigada. — Me abraça.
— Quando já estiver tudo encaminhado, vou te ajudar a procurar um
apartamento. — Digo e ela assente.
— Muito obrigada mesmo. Agora vou em casa buscar esses
documentos e volto. — Avisa.
— Peça para Oliver te levar. É mais rápido e está chovendo. —
Gabriel pega uma carne e coloca na boca.
— Obrigada. — Agradece e sai correndo toda feliz
— Muito obrigada, meu amor. — Agradeço dando um beijo em seus
lábios.
— Tudo por você, minha linda. — Me beija de volta.
O restante da tarde e noite transcorre tranquilo, bebemos e comemos
bastante, ao som de Léo Santana, Bel Marques, Harmonia do Samba, Anitta...
e vários outros cantores nacionais, nos trios elétricos.
Hoje é nosso último dia aqui na Bahia. Iremos embora em breve.
Curtimos um pouco a piscina até a hora de nos arrumar. Temos que estar no
aeroporto às duas da tarde. Fizemos as malas noite passada, para podermos
aproveitar a parte da manhã.
Nossa viagem chega ao fim, nos despedimos de Suzy, com a garantia
de nos ver em breve em New York.
Capítulo 35
Katherine Madison
Gabriel Griffin
A semana passa rápida. Hoje é sábado, dia do jantar na casa dos pais
de Gabriel em Hamptons. Ninguém sabe sobre a gravidez, além de Wendy,
que ficou com a boca fechada aguardando ansiosamente o anúncio no jantar.
Acordo hoje ansiosa, Gabriel vai chegar a qualquer momento. Levanto-me e
corro para o banheiro, esses enjoos matinais estão me matando.
Depois de tomar banho e me arrumar, pego minha mochila que está
pronta desde ontem e desço as escadas.
— Bom dia, querida. — Meu pai me cumprimenta.
— Bom dia, pai. — Dou um sorriso.
— Cadê Gabriel, filha? — Pergunta minha mãe.
— Ele disse que chegaria às nove. — Digo e eles assentem.
Vou rapidinho para a cozinha, arrumo um lanche para comer na
viagem, quando Gabriel chega na cozinha.
— Olá, meus amores. — Me Cumprimenta, me abraçando por trás,
acariciando minha barriga.
— Bom dia, amor. — Sorrio.
— Como estão? — Beija meus lábios.
— Enjoos e enjoos. — Bufo.
— Vomitou de novo, não foi? — Pergunta preocupado.
— Faz parte, amor. Depois passa. — Sorrio e beijo seus lábios.
— Levando para comer no caminho? — Pergunta apontando para a
vasilha com os sanduíches.
— Ah... sim. Não dá tempo de tomar café, como no caminho.
O percurso é rápido, como meus sanduíches e bebo meu suco. Só me
senti enjoada uma única vez, mas não cheguei a vomitar. Gabriel passa o
caminho segurando minha mão. Meus pais conversam com Gabriel e nessa
distração aproveito para cochilar.
— Amor, chegamos. — Sussurra Gabriel em meu ouvido.
Abro os olhos devagar e vejo que já estamos em frente à casa dos pais
de Gabriel. Me espreguiço e olho para Gabriel, com aqueles lindos olhos
azuis penetrantes.
— Hum. — Murmuro.
— Sei que está com muito sono, mas temos que entrar. — Acaricia
meu rosto.
— Tudo bem. — Bocejo. Tiro o cinto e saio. Gabriel vem até mim e
segura minha mão. Sophia e Arthur nos espera na porta.
— Olá, minha querida. — Sophia me abraça.
— Como vai? — Pergunto com um sorriso.
— Estou ótima e você? Me parece cansada. — Ela me analisa.
— Ela não dormiu bem essa noite. Teve insônia. — Gabriel beija sua
testa.
— Oh, sim. Isso é realmente péssimo. Às vezes também tenho. —
Sophia diz.
— É mesmo muito ruim. — Sorrio
— Venham. O almoço sai em poucos minutos. — Informa Arthur
depois de me abraçar.
Entramos na casa, e é impressionante o quanto nossas famílias se
tonaram amigas. Minha mãe e Sophia não se desgrudam. Meu pai e Arthur e
seus assuntos de homens.
Na hora do almoço, a conversa continua, mas percebo que estão me
observando comer. Sinceramente, parece que faz dias que não como. Gabriel
inicia uma conversa quando percebe, tirando o foco da minha fome.
Depois do almoço ficamos conversando um pouco na varanda,
quando sinto minha barriga embrulhar novamente. Corro para o primeiro
banheiro que vejo, vomito novamente.
— Se sente melhor? — Wendy acaricia minhas costas.
— Sim. — Dou descarga.
— Amor? — Escuto a voz de Gabriel no quarto
— Aqui, Gabriel. — Grita Wendy. Então, um furacão chamado
Gabriel, entra com tudo no banheiro se abaixando do meu lado.
— De novo? — Sua voz é de preocupação.
— Gabriel, vai ser durante os primeiros meses. — Wendy diz.
— Merda! Não tenho sangue frio para aguentar vê-la desse jeito. —
Passa a mão no rosto.
— Mas terá que aguentar... por ela. — Wendy fala.
Ele fica me olhando e abaixa a cabeça apoiando na minha perna. Faço
um carinho em sua cabeça, e vejo Wendy saindo nos dando privacidade. Ele
fica fazendo carinho na minha perna, enquanto faço em seu cabelo.
— Me desculpa estar irritado. — Ele diz baixinho ainda de cabeça
baixa.
— Tudo bem. — Sussurro.
— Eu só não gosto de ver você assim e eu não poder fazer nada. —
Murmura.
— Vai passar. — Digo e ele assente.
— Quer descer ou quer ficar na cama deitada? — Pergunta e me olha.
— Acho que um ar fresco vai me fazer sentir melhor. — Dou um
sorriso fraco.
Escovo meus dentes e desço com ele. Gabriel deita na rede e me faz
deitar em cima dele. Apoio minha cabeça em seu peito, e ele faz carinho nas
minhas costas.
— Ainda não acredito. — Sussurra beijando minha cabeça.
— Em quê? — Pergunto olhando o céu.
— Que tem um fruto do nosso amor crescendo em sua barriga. — Ele
diz.
— Às vezes não acredito também. — Sorrio.
— Estou muito feliz. Quero que saiba disso. Independente da minha
impaciência em ver você passando mal, estou feliz demais em saber que sou
pai. — Beija minha cabeça.
— Também estou muito feliz. — Beijo seu peito.
— Ansiosa para mais tarde? — Pergunta.
— Muito. — Sorrio. — Você vai falar, não é?
— Você vai. — Ele sorri.
— Não amor! — Levanto a cabeça e olho para ele. — Estou emotiva
demais para fazer um discurso desses — Ele sorri.
— Tudo bem. Eu falo. — Acaricia meu cabelo.
Ficamos assim um tempinho e acabo dormindo em seu peito.
Gabriel Griffin
Já fazem dois meses que estou morando com Gabriel, por insistência
dele. Sei que ele tem razão estou grávida dos seus dois filhos, e nada mais
certo que morar com ele. Já trouxe todas as minhas coisas às pressas, já que o
nervosinho do meu noivo, estava no meu pé para vir o quanto antes. Ele está
ainda mais nervoso com a minha segurança. Minha barriga já está maiorzinha
e a mídia a qualquer hora vai descobrir e a notícia vai se espalhar em New
York.
Semana passada fomos à consulta para saber o sexo dos bebês,
Wendy nos acompanhou na consulta, a médica só contou para ela. Ela está
ajudando a organizar para fazer surpresa.
No fim de semana, Wendy, Samantha e Natalie fizeram um chá
revelação na casa dos pais de Gabriel, contrataram uma empresa de
decoração e fizeram uma mesa linda toda decoração em tons de rosa e azul.
Gabriel chamou algumas pessoas de sua família que moram em New York
que eu já conhecia e alguns amigos do meu pai e da minha mãe do exército
que estão por aqui. Eu e Gabriel estávamos ansiosos demais, para saber o
sexo dos bebês. Gabriel, chamou seu amigo fotógrafo, Sergio, para fotografar
o chá. Ele além de ser um ótimo profissional, é muito simpático.
Na hora de saber o sexo dos bebês, Wendy nos entregou uma bola
dourada amarrada num cordão pequeno, e nos deu uma agulha e estouramos a
bola, e foi uma surpresa enorme, pedaços de papéis metalizados rosa encheu
o local, foi uma emoção enorme, todos estavam ansiosos para saberem.
Wendy, mesmo já sabendo, também se emocionou. As avós e
Samantha, faltaram pouco soltar fogos de artifícios. Dominic conseguiu vir,
ele fez questão de estar presente.
Gabriel está empolgado demais, até comprou livros sobre gestação
para se informar e não deixar nada passar em branco, me alerta todos os dias
se estou tomando todos os meus remédios, se estou me alimentando bem...
está um amor. Ele também conversou com o arquiteto, Ethan Bittencourt, um
arquiteto renomado em New York, para fazer algumas mudanças na cobertura,
e me deu carta branca para mudar o que quiser. Mudei algumas coisas, já que
estava tudo masculino demais, e agora só vai ter um homem em casa e três
mulheres, não é? Mudei alguns móveis, alguns quadros, coisa básica mesmo,
nada demais.
Sobre o casamento... decidimos nos casar no civil daqui a alguns
meses, por enquanto. Pois, eu quero me casar com minhas meninas levando
as alianças até o altar. Gabriel não concordou no início, por isso dei a
sugestão de casarmos no civil, e quando as meninas fizerem dois anos,
fazemos a cerimônia, que será no jardim da casa dos pais dele, um lugar lindo
para um casamento ao ar livre. Ele concordou, já que essa é a minha primeira
gestação e de gêmeos, todo cuidado é pouco, com um casamento agora, eu
iria enlouquecer com todos os detalhes.
— Amor, estou morta. — Sento-me no banco do carro. Richard está
colocando todas as sacolas no porta malas.
— Está sentindo alguma coisa? — Pergunta preocupado. Sorrio.
— Não, meu amor. Apenas cansada e com muita fome. — Digo.
Gabriel sorri. Ele está tão lindo, Ele olha o relógio e me olha com aqueles
lindos olhos azuis.
— Eu não falei com Daiana se iríamos almoçar em casa. Mas
podemos almoçar em um restaurante, quer? — Me pergunta segurando minha
mão.
— Eu só quero comer, amor. — Resmungo.
— Está comendo por três agora. — Sorrimos. — Richard, vamos para
o restaurante de sempre. Preciso alimentar minha mulher e minhas filhas.
— Sim, senhor. — Ele sorri.
— Deixa de drama. — Reviro os olhos.
— Nada disso. Quero minhas filhas firmes e fortes, igual a mãe. —
Fala com cuidado. Sorrio e beijo seus lábios.
Me encosto e fico olhando a janela, o restaurante é perto, dá para
irmos a pé, mas Gabriel está me cercando com seguranças, eu o entendo, sou
sua noiva e estou grávida, um alvo fácil para pegarem. Chegamos ao
restaurante e fazemos nosso pedido. O celular de Gabriel toca, e ele pega o
celular e começa a ver.
— Olha, amor, Ethan mandou o desenho do quarto das meninas. —
Ele sorri. Sorrio e ele me entrega o celular. Realmente ficou lindo e do jeito
que queríamos.
— Ficou perfeito. — Analiso as fotos.
— Quer mudar alguma coisa? — Me pergunta.
— Não, está tudo lindo. — Sorrio.
— Tudo bem, então. Vou confirmar com ele. — Assinto e ele fala ao
telefone com o arquiteto.
Capitulo 41
Gabriel Griffin
Meses depois...
Katherine Madison
Que saco!
Ficar em casa o dia todo, sem fazer nada, é um saco. Estou tão puta da
vida, Gabriel mais uma vez me negou sexo, e estou furiosa. Ele acha que não
sei o que ele faz no banheiro, passa quase uma hora no banho, e escuto
gemidos baixos e abafados. Inferno! Ele não me deseja mais! Levanto-me da
cama e vou até o espelho, minha barriga está enorme, carrego duas lindas
meninas, Maria Alice e Maria Eduarda, escolhemos os nomes juntos, na
verdade, queríamos colocar o primeiro nome igual e decidimos colocar
nomes que combinassem com o Maria.
Meus pés estão inchados, meus peitos estão grandes, o que me deixa
extremamente desconfortável com tudo isso. Literalmente, horrível!
Uma preguiça me consome e me intriga, odeio ficar parada! Mas
estou numa fase que consigo dormir até em pé, e isso é terrível. Kevin e
Wendy vivem rindo de mim, o que é um absurdo. O pior é que estou chorosa
e irritada ao mesmo tempo, brigo com Gabriel, grito e o que me irritada, é
que o desgraçado permanece calado. Aqueles malditos olhos azuis me
desmontam toda, e o que acontece? Choro por ter brigado com ele, e ele me
dá carinho. Mas hoje vou mudar tudo isso, ou ele me come ou vai dormir no
sofá. Está decidido. Como posso aguentar e segurar minha periquita, quando
um homem delicioso e gostoso, sai apenas de toalha do banheiro? Não tem
uma santa periquita que aguente uma coisa dessas.
Decido tomar um banho, com uma loção que pedi Wendy para
comprar e passo em todo meu corpo, deixando um cheirinho de morango, do
jeito que Gabriel gosta, visto um sutiã e uma calcinha de renda fio-dental,
isso mesmo! Estou grávida e não morta. Coloco um robe transparente para
dar um charme e me sento na cama. Olho o relógio e vejo que são sete horas.
Acordo com um barulhinho de algo caindo do chão e desperto. Me
mexo na cama e vejo que estou coberta com o edredom e nada de Gabriel ao
meu lado. Me sento na cama e vejo que estou sem a minha lingerie e visto
apenas uma camisa preta de Gabriel.
— Gabriel? — O chamo. A porta do banheiro se abre e Gabriel
aparece vestindo uma bermuda de moletom. Ele está extremamente abatido.
— Me desculpa. Te acordei? — Pergunta baixo.
— Não. Chegou agora a pouco? — Pergunto. Ele assente calado.
Pego meu celular na mesinha de cabeceira e vejo que é uma hora da
manhã.
— Gabriel, onde você estava? — Pergunto séria. Ele me olha.
— Com Enzo. — Responde.
— Fazendo o quê? Isso é hora de chegar? — Já fico logo exaltada.
Me levantando da cama e coloco as mãos no quadril.
— Amor, por favor, agora não. — Me pede calmo.
— O caralho! — Ele fica calado. — Isso não é hora de homem
comprometido chegar em casa!
— Katherine... — O interrompo.
— Está pensando que não sei, Gabriel? Você está me evitando. —
Digo e sinto uma lágrima descer do meu rosto. Estão vendo?
— Eu não estou evitando você, meu amor. — Diz fechando os olhos.
— E isso aqui é o quê? — Aponto para meu corpo. — Eu me preparei
para você. Queria ter uma noite agradável com você, e o que você faz? Tira a
minha roupa e coloca a sua? Você está me evitando sim, e quero saber o
motivo! — Bato o pé no chão e ele respira fundo.
— Estou com problemas na empresa, e não estou com cabeça para
nada. — Me olha.
queles malditos olhos! Mas hoje isso não cola, estou furiosa!
— Mentira! Você acha que eu não sei que fica se masturbando no
banheiro? — Ele arregala os olhos. — Sei muito bem o porquê das suas
demoras no banheiro, Gabriel. E isso me magoa tanto. O que foi? Não me
deseja mais? — Pergunto chorando.
— Por favor, Katherine. — Pede.
— Não me chama mais de amor. Você não me olha como antes, com
desejo. Olha para o meu corpo como se eu fosse... Ah sei lá!
Enxugo as lágrimas que rolam em meu rosto e olho para Gabriel que
permanece calado.
— Você está com outra? — Ele dá um sorriso fraco.
— Está achando que estou com outra? Fala sério! — Me olha.
— Você não me deseja mais, antes éramos pura paixão e tesão, agora
o que resta é uma grávida cheia de tesão acumulado, que o noivo faz questão
de desperdiçá-la para se masturbar no banheiro. — Digo irritada.
— Amor, eu só quero que me entenda....
— Você vai dormir no sofá! — Digo firme.
— Não entendi bem. — Franze a testa.
— Você. Vai. Dormir. No. Sofá. Fui clara? — Cruzo os braços.
— Amor... — O interrompo.
— Agora eu sou amor? — Sorrio fraca. Vou até a cama, pego seu
travesseiro e jogo em cima dele. — Pode ir dormindo no sofá. Se você não
me deseja mais, não vai dividir a cama comigo. — Digo e ele fica me
olhando calado.
Deito, me cubro e apago o abajur. Vejo Gabriel indo para o sofá
cabisbaixo e se deitando nele. O sofá é de dois lugares e bastante pequeno
para ele. Ele coloca o travesseiro no canto e tenta se acomodar. Por um
momento tenho pena e quase volto com a minha decisão, mas continuo firme
e é no sofá que ele irá dormir.
— Eu ainda amo você. — Diz baixo.
Gabriel Griffin
Katherine Madison
Ah, porra!
Minha mulher está parada na minha frente, toda sexy e pronta para
uma noite de prazer. Meu pau dá logo sinal de vida dentro da cueca e engulo
em seco. Katherine consegue ser ainda mais linda do que antes, parece que a
gravidez fez muito bem a ela. Ela está com uma lingerie linda, preta com
detalhes de renda e cheia de transparências. Seus lindos cabelos loiros soltos
em forma de cascatas, suas unhas pintadas de vermelho sangue, do jeito que
ela gosta. E a boca... pintada de vermelho. Do jeito que eu gosto, ela sabe que
eu gosto.
Como a desejei esses meses... Ela nem imagina o quanto a desejei.
Sofri demais sem o seu calor, sem seus gemidos, sem seus toques, e sua
unhas arranhando minha pele enquanto sente prazer. Ela está me olhando de
um jeito que parece que vai me devorar a qualquer momento. Me olha de
cima a baixo, e para em meu pau, que está sufocado e duro dentro da cueca.
— Você ainda me deseja? — Pergunta baixo.
Eu a olho de cima a baixo, noto as mudanças de seu corpo. Ela ainda
está voltando ao seu corpo normal, mas isso não me importa, está ainda mais
gostosa. Eu a amo do jeito que ela é. E se ela está diferente e com marcas no
corpo, fico feliz, que tenha sido por nossas meninas.
— Não sei o motivo da sua pergunta, se a resposta está bem evidente.
— Aponto para meu pau duro. Ela me olha intensamente.
— Você não me procura mais, na gravidez chegava sempre tarde.
Naquela noite, me preparei para você, e você não fez nada. — Fala um pouco
triste. Vou andando até ela e seguro sua cintura, e a olho nos olhos.
— Amor, eu não te procurei, porque você estava no final da gravidez
e não poderíamos abusar. Era arriscado, querida. Saiba que nunca existiu
outra mulher em minha vida, nem por uma noite,
—Achei que você estava com outra. — Ela me olha.
— Dei motivos para você achar isso. Mas nunca lhe traí, de forma
alguma. Fui sincero e continuo sendo com você, jamais mentiria. — Seus
olhos brilham. — Eu amo você. E porra... como eu te amo. Sofri esses meses
sem ter o calor do seu corpo, do seu toque, do seu cheiro em mim... tudo.
Mas não podia fazer nada com você, queria cuidar de você, então me aliviava
no banheiro, pensando em você. Exclusivamente em você. — Explico.
— Estou diferente, Gabriel. Não estou como antes, meu corpo mudou.
— Murmura. Seguro seu rosto
— Katherine, eu amo você. Independentemente de como seu corpo
esteja, não me importa. Vou sentir tesão com você da mesma forma. Não
pense em nenhum momento que meu amor por você vai mudar. Para falar
verdade mudou. — Ela me olha tensa. — Eu te amo mais do que consigo
imaginar. — Ela sorri. — Você gerou nossas duas filhas, cuidou delas dentro
de você, mudou toda sua rotina do dia a dia, sofreu para caralho no parto e
isso fez com que eu a ame ainda mais, Katherine. Não se preocupe com as
mudanças em seu corpo, o que vale é seu sentimento por mim.
— Eu te amo, Gabriel. — Se declara e começamos a nos beijar.
Nossa noite é repleta de muito sexo. Como senti falta dela, de nossos
corpos suados e quentes pela excitação. Ouvir Katherine me chamando várias
vezes enquanto goza é excitante demais. Sinto minha pele ardendo, enquanto
ela me arranha com suas unhas, e isso me excita pra caralho. Seu rosto
corado enquanto goza, suas paredes internas prendendo meu pau
divinamente, me levando à loucura. Já são quase cinco horas da manhã e
ainda não conseguimos parar.
— Isso amor... Mete gostoso! — Ela pede ofegante.
Katherine está de quatro com sua bunda para cima enquanto meto
minha rola forte e duro dentro dela. Dou um tapa na sua bunda.
— Como senti falta disso. — Digo ofegante. Meto forte na boceta da
minha mulher, que geme enlouquecida de tantos orgasmos que teve essa
noite. Pego seu cabelo e enrolo em meus dedos e puxo-os fazendo com que
ela empine mais sua bunda gostosa.
— Amor... eu não aguento mais. — Implora.
— Aguenta sim! — Rosno.
Saio de dentro dela e a coloco deitada na cama, abro suas pernas e
meto meu pau nela. Katherine revira os olhos e crava as unhas em meus
braços, fecho os olhos rosnando. Essa mulher me mata de tesão, me
enlouquece. Desço minha mão e toco seu clitóris fazendo-a gemer alto e se
contorcer me chamando.
— Vamos, amor. Goze para mim. — Peço ofegante.
Continuo metendo firme e duro dentro dela do jeito que ela gosta,
Katherine revira os olhos e começa a se contorcer debaixo de mim, sinto sua
boceta se contrair e prender meu pau, mas ela faz um movimento involuntário
e me afasto, saindo de dentro dela. E quando saio, ela tem uma ejaculação
feminina. Um absurdo de linda! Jorra três jatos de seu líquido em cima de
mim enquanto se contorce na cama gritando e chorando ao mesmo tempo.
Minha nossa.
Que coisa absurdamente linda! Me masturbo vendo-a ter prazer e
rosno quando jatos de sêmen mela sua boceta. Fecho os olhos sentindo o
prazer que me consome e quando abro os olhos Katherine está de olhos
fechados e a respiração ofegante.
— Amor? — A chamo.
— Hum? — Murmura sem abrir os olhos.
— Consegue outra rodada? — Pergunto ofegante, com um sorriso.
Ela ergue a mão e nega com o indicador. A coitada não aguenta falar.
Sorrio e me deito ao seu lado, não falamos nada, apenas tentando acalmar
nossas respirações. Kate dorme quase que instantaneamente, e logo, também
sou vencido pelo cansaço.
Katherine Madison
Gabriel Griffin
— Sinto muito, senhor. A moça que deixou esse carro aqui, saiu com
um rapaz alto, eles ficaram um tempo sentados, e o rapaz ficou alterado, mas
logo em seguida, foram embora. — Informa um garçom do restaurante.
— Tem certeza? Como era essa mulher? — Pergunta Richard.
— Loira, nem tão alta e nem baixa demais. Estava com um vestido até
os joelhos na cor vinho e salto alto. — Diz.
— É ela mesma. — Rosno impaciente.
Saio de dentro do restaurante com o coração apertado. Olho o carro de
Katherine estacionado, o que dei a ela no natal. Me encosto nele e me permito
chorar. Deus, não permita que aquele infeliz as tire de mim.
No caminho para cá, Richard tentou localizá-las pelos rastreadores,
mas não conseguiu. Porra, porra, porra!
Vejo Richard se aproximando com Oliver e Enzo, quando meu
telefone toca. Atendo e coloco no alto falante.
— Alô?
— Merda, Gabriel! Onde você está? — Grita Lucas.
— O que foi, Lucas?
— Desde cedo que tento falar com você e nada. Decidi vir para New
York, e estou perto da sua cobertura. — Fala apressado.
— Levaram elas, Lucas. — Falo chorando.
— Merda! Merda! Merda! Fabrício?
— Yuri levou, ela e as meninas. — Enxugo minhas lágrimas.
— PORRA! Fabrício está em New York. — Fala rápido. Enzo xinga
alto.
— Gabriel, localizamos o rastreador das meninas. — Fala Richard e
surge uma fagulha de esperança. — Estão na Quinta Avenida indo em
direção à... cobertura. — Me olha confuso.
— Gabriel estou indo para lá. — Afirma Lucas e desliga o telefone.
Gabriel Griffin
Vejo minha mulher nos braços desse monstro, e minha raiva só
aumenta. Kate me olha desesperada, e sei o quanto está sofrendo, e o quanto
sofreu. Assim que a escuto gritar por mim, foi um alívio que durou segundos,
até ele apontar a arma para a cabeça dela. Medo não define metade do que
estou sentindo. Uma sensação ruim me consome e por milésimos de
segundos penso que seria o nosso fim, que nunca mais iria ver o amor da
minha vida. Pior sensação que já senti na vida.
Dou um passo à frente.
— Fique parado aí, seu merda! Ou atiro nela. — Grita Fabrício.
— Por favor, não machuque minha filha. — Implora Gustavo.
— Cala a boca, seu velho idiota! — Fabrício o olha, furioso.
— Gabriel. — Kate sussurra.
Sinto lágrimas descer em meu rosto.
— Calma, meu amor. Você vai voltar para mim. — Tento tranquilizá-
la.
— Não fale assim com ela! Quem você pensa que é? Katherine
sempre foi MINHA MULHER, e você nunca deveria ter a tocado. — Grita
comigo.
— Cara, vamos fazer com que tudo fique bem. Entregue-a e vamos
ver o que faremos com você no FBI. Mas prometemos que faremos um bom
acordo. — Um agente tenta tranquilizar e Fabrício sorri.
— Não mesmo! Vou embora daqui e ela vai junto comigo. Senão eu
mato esse bilionário de merda. — Afirma.
— Não! — Implora Katherine.
— Cala a boca sua vagabunda. — Grita com ela.
Uma raiva sobe em minha cabeça e quase perco o juízo, e Enzo
segura meu braço tentando manter minha calma.
— Soubemos que você saiu por bom comportamento. Vamos fazer
isso com você. — Um outro agente fala e ele gargalha.
— Vocês acham que me comportei bem por quê? Queria sair logo de
lá, e ter minha mulher comigo. EU A AMO! E ela vai embora comigo. —
Afirma.
— Guilherme, colabore conosco. — Pede uma agente.
— Olha, eles sabem meu nome verdadeiro. — Ele sorri. — Mas só
minha pequena tem o direito de usar meu nome.
Deus nos ajude..., por favor!
— Vamos Guilherme, temos uma proposta. — A líder da equipe fala.
— Diga sua proposta, gracinha. — Ele sorri. A líder dá um passo à
frente e ele fica em alerta.
— Se você continuar aqui, mais agentes vão chegar e te cercar. Você
não terá saída. — Fala tranquila.
— Eu não saio daqui sem ela. — Avisa.
Olho para Katherine que está me olhando enquanto chora
silenciosamente. Ela sibila um “eu te amo” e assinto. Fabrício me olha e olha
para as pessoas atrás de mim.
— Você a ama? — Pergunta a agente. Ele olha para ela.
— Eu morreria por ela. — Fala e a líder dá mais um passo.
— Se você a ama, deixe-a ir. Será que você não pensa em como a
vida dela será um inferno? Ver você fugindo de nós o tempo todo. — Diz a
agente.
Ele fica calado pensativo. Ela está ganhando tempo, está tentando tirar
o foco dele.
— Se você ficar, será preso por sequestro e tentativa de homicídio. —
Informa. — E ficará longe dela, por um bom tempo.
— Eu não a quero longe de mim. — Insiste.
Beija o topo da sua cabeça, e Katherine fecha os olhos, provavelmente
com nojo.
— Então. Ela também te ama, e quer seu bem. — Diz a policial.
— Ela não me ama. Mas vai me amar, eu sei. — Ele sorri.
— Ela ama sim. Não é, Katherine? — Pergunta a mulher.
Katherine me olha, e sinalizo, disfarçadamente, para que concorde.
— S-sim. — Minha mulher afirma.
— Você me ama, minha princesa? — Pergunta sorrindo. Ela balança
a cabeça em concordância.
— Olha aí, bonitão. Ela te ama. Tem certeza que quer fazê-la sofrer?
— Pergunta a policial.
— Não. — Responde.
— Pode fazer assim, se a deixar ir, não iremos prendê-lo no momento.
Você pode ir embora e viver livre. — Fala a mulher.
— Mas ela voltará para esse idiota. — Aponta para mim.
— Não vai. Você não entendeu? Ela acabou de dizer que te ama. —
Informa a policial.
— Mas ele vai querer ela de volta. — Diz.
— Ela não vai voltar para mim, Fabrício. Ela acabou de dizer que te
ama, eu fui enganado. — Digo.
— Tem certeza? — Pergunta.
— Absoluta! — Afirmo.
— Olha aí, Gabriel não a quer mais. — Diz a mulher.
— E o que ele está fazendo aqui? Pode ir embora. — Aponta para
mim.
— Ela é a mãe das minhas filhas, não quero que ela morra. — Digo.
— Ela não vai morrer! — Afirma.
— Vai sim. A qualquer momento você vai dar um tiro na cabeça dela.
— Informa a policial.
Ele paralisa e olha para ela, rapidamente retira a arma da cabeça dela
e a abraça.
— Me desculpe, meu amor. Não queria fazer isso. — Beija a cabeça
dela.
Olho para a policial que maneia e cabeça para mim, concordando com
meu pensamento, de que ele é doente ao extremo.
— Então, deixe-a conosco. — Pede a policial. Ele olha para Katherine
e suspira.
— Você me promete que não voltará para ele? — Pergunta.
— Sim. Só vou ver ele, quando pegar minhas filhas. — Kate diz,
tranquila.
— Vocês vão deixá-la longe dele? — Pergunta ele à policial.
— Pode confiar em nós. Estaremos de olho nele. — Informa a
policial.
Ele fica calado e a olha. Beija o topo da sua cabeça e acaricia seu
rosto.
— Ainda vamos ser felizes, meu amor, eu prometo.
— Estarei lhe esperando. — Ela força um sorriso.
— Vai me esperar mesmo? — Ele sorri.
— Vou sim. — Ela assente.
— Vamos, os agentes já estão chegando. — A policial alerta.
— Eu amo você. — Ele se declara.
— Também. — Ela diz.
Ele a olha por um tempo e depois para a policial. Ele solta Katherine e
suspira, ela desvia seu olhar e olha a policial, que assente para ela ir até ela.
Ele fala algo para ela que balança a cabeça e sai de perto dele devagar. Sinto
um alívio preencher meu corpo quando ela vai andando devagar, com
dificuldade de tão nervosa que está. Ela olha para trás se certificando de que
está tudo bem, e continua andando. Mas quando olho para Fabrício, seu
semblante muda imediatamente para ódio.
— Acham que me enganam? Eu sei que ela vai voltar para você,
Gabriel. Então, se ela não ficar comigo, também não ficará com você. —
Grita.
Katherine rapidamente se vira, e olha para Fabrício que ergue a mão
com a arma em punhos direcionada para mim. É tudo muito rápido, não dá
tempo de pensar, apenas de gritar um “não” bem alto, quando ele puxa o
gatilho e Katherine se jogo na minha frente gritando. Uma sensação ruim se
espalha em meu corpo e sinto-me trêmulo. Antes que ela caia no chão eu
corro e a seguro em meus braços, toda melada de sangue.
— Meu amor. — Digo com a voz trêmula.
Ela me olha com os olhos marejados e minhas lágrimas caem em sua
roupa.
— Por que fez isso? — Choro. Escuto vários tiros e não me importo,
só me importa que minha mulher está morrendo em meus braços, e não sei o
que fazer. Coloco minha mão em cima de onde foi atingida e ela geme.
— Dói. — Sussurra.
— Não deveria ter feito isso. — Soluço. Ela coloca sua mão
ensanguentada em cima da minha, melando-me também.
— Sim... eu deveria. — Fala com dificuldade.
— Merda! — Enzo a olha. — ALGUÉM CHAMA UMA
AMBULÂNCIA, CARALHO!
Tiro alguns fios de cabelo da frente do seu rosto.
— Gabriel... cui... cuide delas. — Me pede.
— Não! — Choro. — Você vai viver e vai ficar comigo e com elas.
Kevin e Gustavo gritam quando veem Katherine em meus braços
ferida, minha camisa, está banhada de seu sangue. Seus olhos ficam
sonolentos e o desespero me assola.
— Não durma, fique comigo. — Peço. Ela me olha e sorri fraco.
— Eu... amo... você. — Geme de dor. — Saiba que... você me... fez
muito... feliz.
— Não diga isso agora. Você vai viver e vai ficar comigo. Merda,
Katherine, abre esses olhos. — Peço desesperado. Ela ergue a mão e toca em
meu rosto.
— Você foi a coisa..., mais feliz que me aconteceu. — Lágrimas caem
em seu rosto e ela tenta fechar os olhos. Deus, não permita que ela morra.
— Fique de olhos abertos, Katherine. Não se atreva a fechar seus
malditos olhos! — Digo sentindo lágrimas descerem em seu rosto.
Ela tenta deixar os olhos abertos, e isso me aflige ainda mais. Meu
coração está se despedaçando em mil pedaços, vendo minha mulher morrer
em meus braços.
— ALGUÉM AJUDA! ELA ESTÁ MORRENDO! — Grito e vários
policiais vêm até mim. — Por favor, meu amor, fique de olhos abertos. —
Peço acariciando seu rosto.
— Estou cansada. — Sussurra.
— Eu sei, eu sei. Mas tente ficar acordada. — Imploro.
— Não dá. — Geme de novo. — Eu... te amo... Gabriel. — Me olha.
Ela fecha os olhos em seguida e perco o chão. Grito e choro para ela acordar,
mas ela não faz. Estou com a mulher da minha vida em meus braços
desacordada, morrendo, não sei o que fazer.
Vejo pessoas de branco correndo até nós.
— Deixa-nos lavá-la para o hospital. — Pede um homem.
— Minha mulher está morrendo, faça ela acordar. — Grito
desesperado.
— Calma senhor, vamos salvá-la. Agora deixe-me examiná-la. —
Pede calmo.
— Gabriel, deixe ele levar Katherine. Ela já perdeu muito sangue. —
Diz Enzo.
Assinto e eles a pegam dos meus braços e a levam para a ambulância,
corro e entro na ambulância com eles, que saem disparado pelas ruas de New
York. Seguro a mão dela, enquanto os médicos fazem os primeiros
procedimentos necessários até chegar ao hospital.
Fique comigo, por favor...
Capítulo 49
Gabriel Griffin
Fim!
Agradecimento
Quero agradecer primeiramente a Deus, por ter conseguido chegar até
aqui, pois nunca pensei que um dia meu livro viria para Amazon. Quero
agradecer ao meu esposo e minha mãe.
Agradeço à minha família, pelo apoio e o incentivo. Aos meus leitores
do Wattpad, que mesmo sabendo que teria alguns erros por ser meu primeiro
livro, foram até o fim e adoraram todos os personagens.
Carina Barreira, obrigada pela revisão, por trabalhar duro nesse livro,
porque não foi fácil, e obrigada pela compreensão.
Créditos de Imagem
Ícone feito por Freepik de www.flaticon.com
Table of Contents
Sinopse
Dedicatória
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capitulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capitulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40
Capitulo 41
Capítulo 42
Capítulo 43
Capitulo 44
Capítulo 45
Capítulo 46
Capítulo 47
Capítulo 48
Capítulo 49
Capítulo 50
Capítulo 51
Epílogo
Agradecimento
Créditos de Imagem